Luzes de Natal - Diocese de Beja
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Luzes de Natal - Diocese de Beja
13 de Dezembro de 2007 13 Dezembro 2007 SEMANÁRIO REGIONALISTA Director: ALBERTO GERALDES BATISTA Ano LXXIX – N.º 3951 Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. 00212007-M.P.C. PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS 2350-999 TORRES NOVAS TAXA PAGA Preço 0,50 € c/ IVA Luzes de Natal Muito antes da data em que se convencionou celebrar o nascimento de Jesus, o Menino de Belém, já há, por todo o mundo, múltiplos sinais festivos de Natal. Os mais vistosos e apelativos são as luzes multicores, que, em grande profusão, iluminam os grandes espaços citadinos, as montras comerciais e os próprios lares das famílias, mormente aqueles em que vivem crianças, que vibram, como ninguém, com estes espectáculos, multimédia que associam facilmente às prendas com que são abundantemente mimoseadas. Numa destas noites calmas e frias de Dezembro, calcorreadas algumas artérias do burgo, onde se concentra o comércio e as luzes de Natal convidam a observar as pessoas e as coisas, pusemo-nos a indagar, no nosso espírito, o texto e o contexto desta grande Festa que, para os cristãos, é o Natal de Cristo, para muitos, simplesmente a Festa da Família e, para alguns, coisa nenhuma, que é como quem diz, uma data sem expressão nem significado. À luz das luzes de Natal e com outras “luzes” - a leitura da vida real, o que vemos, ouvimos e lemos e também a visão do mundo que a fé cristã, e só ela, nos garante, vieram ao de cima, no nosso pensamento, muitas realidades cruas e nuas e também alguns motivos da esperança num futuro de paz e fraternidade para a humanidade nos tempos que aí vêm. Aqui vão, com a espontaneidade com que nos vieram à mente, alguns tópicos da nossa reflexão intimista em tempo de Advento. O espectáculo das iluminações está a revelar-nos, com maior realismo, a verdade de um comércio tradicional - aquele que anima os centros citadinos - a agonizar, com lojas vazias de clientes, porque o dinheiro é escasso e lá se vai todo para os chineses, centros comerciais e grandes superfícies. E os comerciantes, aflitos, a deitar as mãos à cabeça e a interrogarem-se: Onde é que isto vai parar? Que vai ser da nossa vida? E os cidadãos, perplexos também, com o abandono dos centros históricos, que outrora foram centros de convívio, a isolarem-se no seu mundo de interesses familiares e económicos, D. João Alves Opinião As grandes prioridades da Igreja, em Portugal, lembradas aos Bispos por Bento XVI Comunhão eclesial Organização das comunidades Mudança das mentalidades Formação dos leigos Revisão dos percursos da iniciação cristã Página 3 e a demitirem-se dos seus deveres de cidadania e de intervenção cívica em prol do bem comum, porque, pensam e dizem, não vale a pena... Cada um que se governe... Isto não tem conserto... As luzes de Natal acentuam ainda, e de que modo, a grande doença do século - a solidão de milhões de pessoas por esse mundo fora, algumas com nome e rosto, na nossa família e na nossa rua. Pessoas idosas, quase sempre, a D. António Marcelino Paróquia, uma estrutura a pedir renovação viverem sozinhas em suas casas ou simplesmente arrumadas, como trastes inúteis, em qualquer Lar da Terceira Idade. Muitas com magras reformas, que mal dão para aviar os remédios na farmácia e quase todas inconformadas com a vida madrasta que as atirou para a negra solidão, porque a família ou desapareceu ou as renegou impiedosamente. A par da miséria imerecida e da tragédia das muitas solidões dos nossos contemporâneos, os luxos e esbanjamentos escandalosos de uns quantos que se passeiam em carros topo de gama e jactos particulares para fugirem à rotina do Natal, no seu país, a gastarem fortunas nas férias da neve, lá por Andorra ou pela Suiça, ou, mais longe, em países exóticos, com temperaturas mais amenas, como o Brasil e as Caraíbas. À luz das luzes do Natal, estamos a descobrir aquela que devia ser a festa do aniversariante - Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido em Belém - cada vez mais paganizada, porque substituida por um “Pai Natal” importado, esse, sim, exclusivamente comercial, por muitas festas sociais e familiares, muito circo, muitos passeios, muitos espectáculos, muitas consoadas, muita pretensa solidariedade e fraternidade, nas mensagens que se mandam e recebem, e com um grande vazio na alma, porque faltam razões de viver, falta verdadeiro espírito natalício, falta fé no Menino, que é o Filho de Deus. A par destas e de outras sombras de Natal, há também luzes que brilham mais e, apesar de tudo, nos devem incutir esperança num mundo melhor. Descobrem-se, por exemplo, pelo Natal, almas extremamente generosas, que dão muito do que têm e se dão a si mesmas aos irmãos pobres, aqueles que não têm nada nem ninguém. São multidões de voluntários a receber géneros nos supermercados para o Banco Alimentar contra a Fome, a promover reuniões de festa com os sem-abrigo, com crianças, com idosos, com imigrantes, são vocações que despertam, com estes gestos solidários, para o outro e, vencendo o seu natural egoismo, se dispõem a fazer felizes quantos se atravessam nos caminhos das suas vidas. Luzes de Natal, do verdadeiro Natal, são, sobretudo, as marcas da nossa cultura cristã, nos presépios que se mostram nos nossos museus, ou noutros, mais ingénuos, mas igualmente belos, armados nas nossas igrejas e em muitos lares cristãos, nas lindas canções do “Menino”, que soam por aldeias e cidades, e nos próprios enfeites religiosos que decoram lugares públicos e particulares, a lembrar que este Natal, como todos os Natais, é tempo de evocar Jesus Cristo e de viver a Boa Nova que os Anjos anunciaram em Belém de Judá. As luzes de Natal terão necessariamente de nos levar ao Presépio, de nos mostrar o “Emmanuel” anunciado pelos Profetas, o Deus connosco, presente na história dos povos e de cada um de nós, de nos comprometer com a salvação proclamada no primeiro Natal, de nos ajudar a redescobrir a nossa vocação humana e cristã, vocação de Solidariedade, de Paz e de Amor, neste mundo concreto de pessoas, um mundo tão recheado de problemas angustiantes, mas também um mundo onde Deus continua presente e onde nós, os que acreditamos em Deus, podemos e devemos ser arautos de Esperança. Para todos, um Natal de luz, um Natal de Fé e de Esperança! Alberto Batista A igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Beja Arte e História de um Espaço Barroco (1672-1698) de Vítor Serrão, Francisco Lameira e José António Falcão A paróquia, que é ainda uma instituição importante na Igreja, tornou-se uma realidade muito diferenciada e complexa. No meio urbano, ela mostra que falar de limites de território é estar fora do tempo. Nos meios de transição e de mobilidade, por razões de trabalho e outras, ela perde identidade. Nos meios rurais desertificados, é uma memória sem sonhos nem projectos. Há dezenas de anos, as dioceses com muitos padres criavam paróquias para os ocupar. Não se pensava em ajudar outras que os não tinham. Apresentação no próximo dia 14 de Dezembro, sextafeira, pelas 18:30 horas, na igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Beja, com a presença dos autores dos textos e da Dra. Zita Seabra, directora da Alêtheia Editores. Página 8 Página 2 IGREJA 2 – Notícias de Beja 13 de Dezembro de 2007 As Paróquias de Santa Margarida da Serra, S. Francisco da Serra, Melides e Carvalhal despedem-se do Pe Júlio Lemos e dão as boas vindas ao Pe Hugo Conçalves Num ambiente marcado por certa tristeza vestida já de saudade,na iminência da partida do pastor a quem o rebanho se habituou, e a expectativa do novo pastor, ainda desconhecido, se fez a passagem de facho em duas celebrações distintas numa Eucaristia em S. Francisco da Serra com a comunidade local e Santa Magarida da Serra, presidida pelo Arcipreste, e numa celebração tipo vigília no Carvalhal para a Paróquia de Melides e a gente do Carvalhal, uma paróquia ainda sem paredes. Num e noutro local a gratidão se misturou com a emoção. Foi bonito ver a participação de toda a gente, crianças e adultos com a expressão muito significativa de jovens, activos e participativos. Deu para rezar, para partilhar e para conviver. E nem o lanche faltou ! Fica aqui, uma amostra do sentir do ‘povo’ que deixou falar o coração: “Parte o Pároco, mas fica o AMIGO”, disseram os ‘franciscanos. ‘O Pe Júlio soube estar junto de nós nos momentos de dor, de tristeza, de solidão, nos maus e nos bons momentos... Vamos ter sau- dades da alegria dele, da sua boa vontade, das suas palavras e até das suas rabujices...O Pe Júlio é daquelas pessoas que tem sempre uma palavra amiga... aquela palavra que nós precisamos de ouvir naquele momento....Devido à sua alegria e à sua coragem e espírito empreendedor, esta Paróquia ganhou novo dinamismo.Houve um aumento significativo da participação das pessoas, quer nas celebrações eucarísticas, quer na vida paroquial. As celebrações ganharam nova vida. Esta comunidade tornou-se viva e participativa. Para onde quer que vá,leva consigo a nossa amizade e o nosso carinho.’ Foi com este tom amigo e agradecido que esta boa gente se despediu do Pe Júlio. Ao Pe Hugo, também dirigiram palavras simpáticas. “Queremos dar-lhe as boas vindas com muito carinho e dizer-lhe que esperamos sinceramente poder criar consigo a mesma relação de amizade e empatia que criamos com o Pe Júlio. Se por um lado, nestes anos crescemos muito como comunidade cristã à medida que fomos crescendo fomos desenvolvendo alguns projectos com os jovens, com os idosos, com os mais desfavorecidos. Alguns ainda não passaram mesmo de projecto... não houve tempo paa mais. Mas, pensamos que os mesmos devem continuar a ser desenvolvidos e para isso contamos consigo. Conte também connosco. Um pastor a quem seja entregue este rebanho não tem uma tarefa fácil; somos um rebanho desobediente, às vezes mesmo rebelde... mas, no fundo estamos sempre disponíveis. Esperamos que nos ajude a concretizar alguns projectos e saiba que poderá contar connosco. Seja muito bem vindo; desejamos muitas felicidades para o seu trabalho que não vai ser fácil; mas cá estaremos todos juntos para ultrapassar as dificuldades e continuar em conjunto a construir uma comunidade viva e activa e cheia de fé. Manuel Magalhães, Pároco de Santiago do Cacém Beja Intercultural – Semana dos Migrantes Trata-se de uma organização conjunta da Câmara Municipal de Beja, SOLIM, Cáritas (CLAII), projecto Inclusão pela Arte e Terras Dentro que tem como objectivo primordial comemorar o dia Internacional das Migrações (18 de Dezembro) e impulsionar a integração dos imigrantes residentes no concelho de Beja. Da iniciativa fazem parte múltiplas actividades que abrangem as várias comunidades de imigrantes que se estabeleceram e vivem em Beja: semana gastronómica com pratos oriundos de países como a China, Brasil, Ucrânia, etc.; debates sobre integração e desenvolvimento; torneio de futsal; Inauguração de um núcleo documental sobre a imigração e multiculturalidade; entre outros eventos (ver programa em anexo). Segundo a organização, as expectativas são de que se possa melhorar o conhecimento mútuo e a interacção entre locais e imigrantes no sentido de que Beja se possa desenvolver sob o signo da Igualdade. A Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Beja Arte e História de um Espaço Barroco de Vítor Serrão, Francisco Lameira e José António Falcão A igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Beja, cuja construção remonta a 1672 e cuja notável decoração interna decorreu, no essencial, até cerca de 1700, é um dos mais notáveis testemunhos daquela linguagem artística a que se convencionou chamar de Arte Total do Barroco português. O seu conhecimento quase se reduzia ao que sobre ele escreveu Túlio Espanca no seu Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Évora, permanecendo em estado de abandono e desagregação da sua talha e pinturas até que, em anos recentes, entre 2001 e 2004, o esforço da Diocese de Beja, do então IOOAR, e das equipas de restauro Junqueira 220, Carlos Nodal e Mural da História, permitiu que o edifício fosse estudado e intervencionado, permitindo assim 16 de Dezembro de 2007 A alegria, que perpassa através do Advento e impregna os textos litúrgicos, nasce desta certeza consoladora: Deus, após o pecado, não abandona o homem, mas encarnou e tornou-Se presente na história humana e na existência de cada homem, abrindo assim um novo caminho à humanidade. Esta alegria, por sabermos que Deus está próximo do homem com o Nascimento do Salvador, trazendo a todos, particularmente aos mais pobres e deserdados a esperança da felicidade plena, deve ser a atitude fundamental do Cristão. I Leitura Is 35, 1-6a.10 O texto desta leitura refere-se, em primeiro lugar, ao regresso do exílio do povo de Deus e descreve a atitude espiritual desses momentos numa explosão de alegria. As imagens que aparecem ao longo do texto são comparações; mas Jesus realizou expressamente, mostrando assim, que o verdadeiro regresso do exílio à pátria é Ele quem o realiza, em nosso favor, ao levar-nos consigo e em Si ao Pai. Leitura do Livro de Isaías Alegrem-se o deserto e o descampado, rejubile e floresça a terra árida, cubra-se de flores como o narciso, exulte com brados de alegria. Ser-lhe-á dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e do Sáron. Verão a glória do Senhor, o esplendor do nosso Deus. Fortalecei as mãos fatigadas e robustecei os joelhos vacilantes. Dizei aos corações perturbados: “Tende coragem, não temais: Aí está o vosso Deus, vem para fazer justiça e dar a recompensa. Ele próprio vem salvar-vos”. Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria. Voltarão os que o Senhor libertar, hão-de chegar a Sião com brados de alegrias, com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto. Reinarão o prazer e o contentamento e acabarão a dor e os gemidos. Salmo Responsarial Salmo 145 (146) Refrão: Vinde Senhor, e salvai-nos. De 13 a 18 de Dezembro Da obra III Domingo do Advento Ano A que ela pudesse reabrir e ser devolvida à comunidade e também aos públicos interessados, portugueses e estrangeiros. Trata-se de um notabilíssimo monumento, cuja valia assume expressão internacional, justamente porque caracteriza essa típica linguagem sui generis do Barroco nacional, tão distinta na sua expressão e ao mesmo tempo tão influenciada nas suas origens, das fontes barrocas italianas e francesas do século XVII, e que começa a ser lentamente reconhecido depois de um largo e injusto limbo de esquecimento. O observador não esperaria encontrar numa igrejinha de Beja, aliás no seu prospecto de arquitectura, um tão rico espaço de obras da melhor arte barroca do século XVII, o que só por si justifica uma visita denorada. Acresce que o espaço guarda também, as pinturas sobre tela, que são de Bernardes e de seu pai Pedro Figueira, bem como a luxuriante obra de talha dourada, que pertence a dois mestres entalhadores ao tempo famosos, Francisco da Silva e Manuel João da Fonseca, e as peças de imaginária estofada e policromada e, enfim, os azulejos do silhar, que são de Gabriel del Barco - ou seja, estamos perante um conjunto primoroso da melhor e mais moderna arte produzida no Portugal do tempo de D. Pedro II. Este livro, amplamente ilustrado, atesta as valências dos projectos integrados aplicados ao campo do Património Cultural, reunidos técnicos de diversas especialidades, nomeadamente Vítor Serrão, Fernando Lameiras e José António Falcão. II Leitura Tg 5, 7-10 Dentro de toda a história da salvação, a vida de cada um de nós é uma gota de água no oceano ou um instante no meio de todo esse tempo. A hora da última vinda do Senhor, a pôr o ponto final nessa história e a consumá-la para todos os homens e para cada um deles, há-de ser aguardada na paciência e na fidelidade de cada momento, porque o Senhor virá. Leitura da Epístola de São Tiago Irmãos: Esperai com paciência a vinda do Senhor. Vede como o agricultor espera pacientemente o precioso fruto da terra, aguardando a chuva temporã e a tardia. Sede pacientes, vós também, e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. Não vos queixeis uns dos outros, a fim de não serdes julgados. Eis que o Juiz está à porta. Irmãos, tomai como modelos de sofrimento e de paciência os profetas, que falaram em nome do Senhor. Evangelho Mt 11, 2-11 O sonho de Isaías, descrito na primeira leitura, aparece nesta leitura realizado por Jesus. É Ele que, finalmente, vem anunciar a Boa Nova do seu mistério pascal, em que todos somos chamados a participar. Assim, o fim dos tempos e a sua última vinda já está, em certo modo, a realizar-se. Mas é preciso aguardar, na fidelidade e na vigilância, que ela se realize completamente. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Naquele tempo, João Baptista ouviu falar, na prisão, das obras de Cristo e mandou-lhe dizer pelos discípulos: “És Tu Aquele que há-de vir ou devemos esperar outro?” Jesus respondeu-lhes: “Ide contar a João o que vedes e ouvis: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a boa nova é anunciada aos pobres. E bem-aventurado aquele que não encontrar em Mim motivo de escândalo”. Quando os mensageiros partiram, Jesus começou a falar de João às multidões: “Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Então que fostes ver? Um homem vestido com roupas delicadas? Mas aqueles que usam roupas delicadas encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim – Eu vo-lo digo – e mais que profeta. É dele que está escrito: ‘Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, para te preparar o caminho’. Em verdade vos digo: Entre os filhos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista. Mas o menor no reino dos Céus e maior do que ele”. OPINIÃO 13 de Dezembro de 2007 Notícias de Beja – 3 Orientações pastorais existem. Concretizá-las melhor é o que falta Depois de ter relido, com toda a atenção, a mensagem que o Santo Padre dirigiu aos bispos portugueses, que tanto interesse despertou na Comunicação Social do nosso País, escrevo este artigo a indicar as principais orientações pastorais apresentadas pelo Papa para a renovação da Igreja em Portugal. Quis Sua Santidade primeiramente sublinhar que a comunhão eclesial há-de ser, no trabalho pastoral, a prioridade maior. Por outras palavras, Sua Santidade propôs que o trabalho pastoral, todo ele, leve à formação de comunidades eclesiais em que Deus seja a fonte de luz e vida e as relações interpessoais dos seus membros manifestem respeito, fraternidade, amor, reconciliação de todos para com todos… Esta é prioridade pastoral de sempre, mas que interessa lembrar em cada dia, até porque, hoje, muitas comunidades eclesiais nem sempre transmitem esta imagem. Como sabemos, é na medida em que as comunidades da Igreja viverem e testemunharem a comunhão, como se vem expondo, que têm novidade a anunciar ao mundo em que se inserem . Já no começo da Igreja os “pagãos” olhando as comunidades cristãs e o modo como os seus membros viviam e se relacionavam, diziam: “vede como eles se amam” ou seja, vede como são irmãos e amigos que partilham as alegrias e tristezas uns com os outros animados pela fé em Deus manifestada poderosamente em Jesus Cristo seu Filho. E noutro passo do mesmo livro dos Actos afirma-se que todos os dias aumentava o número dos discípulos de Cristo. Vinte séculos depois desses factos referidos nos Actos dos Apóstolos, em simpósio reunido em Roma, acerca da evangelização da Europa, concluiu-se que, evangelizar hoje a Europa, só pela palavra iluminadora do Evangelho confirmada por um provocador testemunho de vida, individual e comunitário, vivida sob a acção do Espírito de Deus. Sendo assim compreende-se que o Papa deduza daqui algumas chamadas de atenção ou orientações pastorais para a vida e testemunho da Igreja em Portugal. O Santo Padre começou por chamar a atenção para a necessidade de se rever a organização das comunidades eclesiais, certamente, como indica, para que todos os cristãos se sintam a participar na sua vida. bém outros órgãos previstos no direito canónico. É da experiência, porém, que tirando o órgão colectivo para a economia paroquial ou diocesana, o Conselho Pastoral Paroquial ou Diocesano, os mais importantes, rara- Quis Sua Santidade primeiramente sublinhar que a comunhão eclesial há-de ser, no trabalho pastoral, a prioridade maior. O Santo Padre começou por chamar a atenção para a necessidade de se rever a organização das comunidades eclesiais. Bento XVI sugere, a seguir, que se processe uma mudança de mentalidade nas comunidades cristãs. O Papa lembra que urge proporcionar a todos os membros da Igreja, especialmente aos leigos, uma formação forte e esclarecida, para serem capazes, na humildade e alegria, de proclamar a palavra do Evangelho. O Papa pediu que os bispos revissem como se estão a fazer os percursos da iniciação cristã nas dioceses portuguesas. Têm aqui lugar certo não só os vários conselhos que estão previstos no ordenamento jurídico da Igreja, como sejam, o Conselho Pastoral Paroquial e o Conselho Pastoral Diocesano; o Conselho Económico Paroquial e o Conselho Económico Diocesano, mas tam- mente funcionam satisfatoriamente por certa ineficácia na transformação da vida da comunidade a que pertencem. Outro aspecto é o da articulação paroquial ou diocesana da chamada “pastoral especializada” ou dos movimentos e associações laicais com a também designada “pastoral territorial”. Poucas são as comunidades em que esta articulação se faz de modo satisfatório. Tem muita razão o Santo Padre ao propor a revisão da organização das comunidades eclesiais. Bento XVI sugere, a seguir, que se processe uma mudança de mentalidade nas comunidades cristãs. É uma evidência em todo o mundo. Tendo havido um Concílio que procurou, predominantemente, a renovação pastoral, é claro que terá de haver mudança de mentalidade para se viver e agir a ritmo conciliar. É que se procedeu a uma profunda renovação quer quanto à compreensão da Igreja e da sua missão; quer quanto à sua relação com as realidades temporais; quer quanto ao seu relacionamento com Igrejas e Confissões cristãs não católicas; quer quanto à relação com Confissões não cristãs; quer quanto à evangelização, à vida religiosa, à formação sacerdotal, à catequese, às missões ad gentes; quer quanto à liberdade religiosa, à relação com o ateísmo, etc. etc. E Bento XVI não deixa de chamar a atenção para o afastamento de bastantes cristãos, mesmo em Portugal, da prática dominical, isto é, da celebração da Eucaristia aos domingos, acto imprescindível da vida cristã . Entra aqui a necessidade de tornar muito mais evangelizadoras as comunidades eclesiais que, em nossos dias, se apresentam tão debilitadas no seu entusiasmo missionário! O Papa lembra que urge proporcionar a todos os membros da Igreja, especialmente aos leigos, uma formação forte e esclarecida, para serem capazes, na humildade e alegria, de proclamar a palavra do Evangelho. As nossas comunidades eclesiais e a maioria dos leigos perderam este zelo e, por isso, estão muito longe do entusiasmo pela evangelização de tantas outras épocas da Igreja! Em Espanha, num estudo sério, chegou-se, há anos, à conclusão de que só 7% das comunidades paroquiais tinham perfil evangelizador. Hoje, as coisas não mudaram muito, lá e cá… Então como agir? O Papa recomenda que se cuide muito bem da iniciação cristã, isto é, desse longo esforço, com os meios que a Igreja oferece (sacramentais e não sacramentais) de modo a formar cristãos amadurecidos, adultos na fé, capazes de testemunharem com fidelidade a fé da Igreja. Não explicitou o Papa, mas explicita-o agora, que nessa faixa dos que não são regularmente praticantes dominicais está a maioria esmagadora dos baptizados que ainda se declaram livremente católicos, mas que vão definhando na fé, esperando sem o pensarem, que apareça alguém que os saiba ajudar a regressar à mesa da família eclesial, encontrando e seguindo os caminhos da fé vivida e testemunhada. É uma arraigada convicção do meu espírito que está aqui uma das maiores urgências pastorais da Igreja na Europa e em Portugal. O Papa pediu que os bispos revissem como se estão a fazer os percursos da iniciação cristã nas dioceses portuguesas. Penso que se tem de fazer uma profunda revisão em ordem a tomar, a nível nacional, compromissos pastorais em todas as dioceses. Julgo que é urgente o episcopado tomar a decisão de lançar uma grande e longa campanha pela evangelização dos que se foram afastando. É que comunidade que não é evangelizadora não se renova. Quando muito vai existindo sem chama. E para me não alongar excessivamente sublinho a referência que o Papa fez a Fátima designando-a escola de Maria, como Mestra das verdades eternas, da oração, da fé e do amor. Quanto havia a dizer aqui sobre a missão de Fátima na Igreja em Portugal e fora dele!… Muito se tem feito, mas muito mais é preciso realizar ainda, sintonizando com as propostas do Papa que procurei interpretar desta forma. Este artigo saiu talvez um pouco árido mas foi escrito para ajudar a ler por dentro a mensagem do Papa porque, como diz o poeta: “É por dentro que as coisas são”. João Alves, Bispo Emérito de Coimbra Vende-se em Beja Apartamento composto por 2 quartos, sala, cozinha, wc, hall de entrada e quintal. Tel.: 967142164 A Fundição de Sinos de Braga SERAFIM DA SILVA JERÓNIMO & FILHOS, LDA Sede & Secção de órgãos: Praceta Padre Diamantino Martins, n.º 9 4700-438 Braga Telefone 253 605 770 Fax 253 065 779 Fábrica: Rua Cidade do Porto, Ferreiros, 4705-084 Braga PATRIMÓNIO 4 – Notícias de Beja PEDRA ANGULAR 13 de Dezembro de 2007 PÁGINA DO DEPARTAMENTO DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DA DIOCESE DE BEJA Uma iniciativa da Diocese de Beja e da Arte das Musas 4.ª edição do Festival Terras sem Sombra de Música Sacra arranca em Mértola Primeiro espectáculo tem lugar a 15 de Dezembro e traz à nossa região um dos mais importantes ensembles de música antiga do país O Baixo Alentejo recebe este mês, pela quarta vez consecutiva, o Festival Terras sem Sombra, promovido pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e pela Arte das Musas, com o apoio da DirecçãoGeral das Artes do Ministério da Cultura e de diversos municípios da região. Em 2007-2008 o ciclo inicia-se na Igreja Matriz de Nossa Senhora de Entre-as-Vinhas, em Mértola, com um espectáculo do Ensemble Sete Lágrimas, intulado Mediterræ: As Devoções Eruditas e Populares no Eixo Latino Mediterrânico. O espectáculo terá lugar no dia 15 de Dezembro, pelas 21 H 00, e as entradas são livres. Apresentamos em anexo o repertório, de excepcional qualidade musical, que irá ser interpretado. Fundado em 2000 sob o nome L’Antica Musica, o Ensemble Sete Lágrimas é um agrupamento de músicos especializados em música antiga e contemporânea dirigido pelos tenores Filipe Faria e Sérgio Peixoto que desenvolve programas onde se combinam o virtuosismo com delicadas composições de melancolia. Dois tenores, duas flautas de bisel, alaúde e tiorba e viola da gamba são a instrumen- tação base dos programas já apresentados em Festivais nacionais como o Festival dos Capuchos, o Festival Terras sem Sombra e os Encontros de Música Antiga de Loulé. Em 2006-2007 o grupo desenvolve diversos projectos de gravação e edição discográfica: para a editora Dialogos, com a encomenda de obras ao compositor inglês, residente em Portugal, Ivan Moody, e para a editora Numérica. Desde 2006 o consort desenvolve projectos de composição de música original e arranjos de música antiga para projectos audiovisuais. A este propósito efectuou já a banda sonora original, baseada em música dos séculos XVI a XVIII, de uma série de treze programas televisivos da estação SIC. Em cada concerto o projecto cénico é elaborado de acordo com o programa interpretado e com o espaço de apresentação, utilizando um cuidadoso recurso à luz, a adereços cénicos ou à projecção vídeo. O Sete Lágrimas Consort estreouse, em Lisboa, em 2001, com o Primeiro Livro de Madrigais para Duas Vozes, de Thomas Morley (1595). Fruto de uma intensa pesquisa de cerca de um ano, este repertório encerra em si mesmo a magia da Renascença europeia que fez da música e dos paradigmas clássicos uma forma de arte nova que comunicou com o público de um modo ainda não experimentado. Desde essa data o ensemble efectuou diversos concertos em Lisboa, Almada, Cascais, Évora, Moita, Azambuja, Arraiolos, Almodôvar e Loulé, de onde se destacam os do 1.º Festival Terras sem Sombra de Música Sacra do Baixo Alentejo (Almodôvar, 2003), do VI Encontro de Música Antiga de Loulé (Almancil, 2004) e do Festival dos Capuchos, O Ocaso no Jardim das Hespérides (Almada, 2005). Em 2006/2007 já se encontra agendado novo concerto integrado no 3.º Festival Terras sem Sombra de Música Sacra do Baixo Alentejo (Santiago do Cacém, 2007), num cartaz que inclui a presença do Coro Gulbenkian, para além do concerto do 18.ª Temporada de Música em São Roque (Lisboa, 2006). A composição actual do ensemble abrange actualmente Filipe Faria e Sérgio Peixoto, tenores, Pedro Castro (Flautas de Bisel e Oboé Barroco), Denys Stetsenko (Violino Barroco), Hugo Sanches (Tiorba, Guitarra Barroca e Vihuela), Duncan Fox (Violone) e Sofia Borges (Percussão). Sete Lágrimas lançou em 2006 o seu primeiro CD, saudado pela crítica em tom entusiástico. Transcrevemos alguns dos textos então publicados: “Neste seu primeiro CD, o grupo Sete Lágrimas oferece-nos uma confirmação da maturidade artística que a interpretação de música antiga alcançou em Portugal. Exemplo de sensibilidade e bom gosto, faz-nos esquecer que na sua base estão raras competências técnicas, adquiridas durante anos de esforçada aprendizagem. De facto, a música flui, judiciosamente equilibrada e fraseada, sem que os detalhes deixem de ser transparentes, oferecendo-se à degustação do ouvinte. As vozes fundemse admiravelmente e os instrumentos revelam um entendimento plenamente partilhado. A proposta de repertório é, de alguma forma, ousada, não apenas por justapôr melodias sobre traduções francesas dos Salmos, de Marot, cantadas em estilo de discante, a peças de Heinrich Schütz e belos, embora pouco conhecidos, responsórios do célebre padre Martini, mas também porque os tempos distendidos, convidando à contemplação, contrariam a pressa inconsequente dos tempos que correm. No livrete que acompanha o disco, lê-se que Dowland reivindica as Lágrimas como expressão não só de tristeza, mas também de alegria interior. É esta alegria que, lentamente, vai escorrendo deste disco, para ouvidos que a saibam recolher e ecoar.” (Manuel Pedro Ferreira, Musicólogo e Crítico Musical). “Sob o sugestivo título Lachrimae #1, o programa do primeiro CD do Sete Lágrimas Consort percorre um período temporal que se estende dos finais do século XVI ao século XVIII onde se cruzam várias tradições e estilos musicais (francês, italiano, germânico) e a expressão ritual de vários credos religiosos (catolicismo, protestantismo) unidos por fios condutores evidentes ou subtis. O tema das lágrimas como expressão da dor, do sofrimento íntimo ou colectivo, da melancolia, da fé ou da intolerância religiosa estão implícitos em quase todas as épocas no contexto de criação de várias peças musicais ou no seu próprio conteúdo, atingindo uma expressão particularmente rica e tocante no período barroco. Por outro lado, a voz que canta (mas também chora) é um elemento primordial intrínseco à própria natureza da música, que é aqui entendida de forma abrangente estendendo-se à aspiração que conduziu compositores e intérpretes da época barroca a tentar igualar a eloquência da voz humana na música instrumental.” Cristina Fernandes (Musicóloga e Crítica Musical) Programa Sobre a Recercada Segunda de Diego Ortiz; Claude Goudimel (1514-1572), França (adapt. Sete Lágrimas), Seigneur écoute ma priére; Tomás Luiz de Victoria (15481611), Espanha, O vos omnes; Diogo Dias Melgaz (1638-1700), Portugal, In monte oliveti; Tradicional, Itália (Friuli), Lusive la lune; Carlo Gesualdo (1566-1613), Itália, O vos omnes ; D. João IV (16031656) (atribuído), Portugal, Crux fidelis; Tradicional, Espanha, (Catalunha), El noi de la mare; Josquin Desprez (1450?-1521), França, Ave Maria; Guillaume Dufay (13971474), França, Ave regina cælorum; Claude Goudimel (1514?-1572), França (adapt. Sete Lágrimas), Sur ta montagne; Tradicional, Itália (Piemonte), Fuga in Egitto; Vilancico Anónimo (Século XVI), Portugal, Senhora del mundo; Tradicional, Itália (Piemonte), Gesu bambin l’è nato; Llibre Vermell de Montserrat (Século XIV), Espanha Maria Matrem; Juan de Anchieta (1462-1523), Espanha, Con amores la mi madre; Claude Goudimel (1514?-1572), França (adapt. Sete Lágrimas), O que c’est chose belle; Claude Goudimel (1514?-1572), França (adapt. Sete Lágrimas), La terre au seigneur appartient; Cancionero de Montecassino (Século XV), Espanha, Adoramus te, Tradicional, Itália (Lobardia), San Giuseppe e la Madonna. DIOCESE 13 de Dezembro de 2007 Notícias de Beja – 5 A Igreja de Beja em marcha Crismas em Abela, Santiago do Cacém No dia 30 de Novembro, à noite, em Abela, participei num encontro de preparação para o Crisma pertencentes às diferentes paróquias do concelho de Santiago do Cacém confiadas aos Padres Vicentinos. Muita gente, com belos teste- munhos e confissão sacramental aqueceram o amplo espaço do templo. A 9 de Dezembro, com a participação de D. Manuel Falcão, bispo emérito, dos padres da comunidade vicentina de Santiago do Cacém e também do Pe. Carlos César, ex- membro dessa comunidade, 45 pessoas receberam o sacramento do Santo Crisma na igreja paroquial de Abela, mas só 13 eram desta paróquia, sendo as restantes de Santiago do Cacém, com excepção de uma, que veio do Cercal. Foi significativa a presença de muitos escuteiros, pois 13 dos crismandos eram caminheiros do agrupamento do CNE de Santiago. Notou-se uma longa e acurada preparação dos crismandos e muitos estão comprometidos na vida paroquial e comunitária. Esperamos que com a riqueza dos dons do Espírito Santo essa participação ainda se torne mais fecunda para as famílias e o meio social. No final da celebração houve almoço festivo no salão do Clube Abelense. Nas paróquias confiadas ao Irmão Domingos No dia 8, solenidade da Imaculada Conceição, fui celebrar a Eucaristia às paróquias de Pedrógão e Selmes, confiadas ao Diácono Domingos. Foi reconfortante ver a participação activa de muitas crianças, que frequentam a catequese, feita com a colaboração de catequistas idos de Beja e que estão a ajudar a formar pessoas dessas paróquias para este serviço. A pastoral em corresponsabilidade comunitária cria e fortalece as comunidades, o qeu já se começa a notar nestas paróquias. Pastoral da Família em S. Teotónio e Ervidel Neste segundo ano em que a diocese está a ter a família como pólo unificador da sua acção pastoral, as paróquias vão assumindo este propósito, sensibilizando as comunidades, promovendo e realizando actividades com as famílias e para as famílias. No passado dia quatro, a paróquia de São Teotónio realizou o primeiro encontro de lançamento de Equipas Paroquiais de Família. Depois de a Comissão Diocesana da Pastoral da Família ter entrado em contacto com o Padre Abílio e explicado o objectivo destas equipas, ele lançou-se ao trabalho e foi contactando pessoalmente vários casais e convidando-os para um primeiro encontro. Trinta pessoas, quinze casais, manifestaram o seu desejo de iniciar este percurso de formação. Neste primeiro encontro estiveram presentes, além do pároco, o Dr. António Mendonça como Coordenador da Comissão Pastoral da Família e o Assistente desta Comissão. A Paróquia de São Teotónio iniciou neste Advento uma Missão que tem como objectivo permitir, a todos aqueles que o quiserem, iniciar ou aprofundar a sua vida cristã. Com este propósito, deseja o pároco inserir a visita da Imagem de Nossa Senhora, que ali chegará no dia dezanove de Abril, neste percurso de fé proposto a toda a população da Vila. É, pois, nesta dinâmica da comunidade paroquial que se inscreve, também, um trabalho específico com as famílias. Assim, na tarde do próximo dia vinte e sete de Janeiro, a Comissão Diocesana da Pastoral da Família irá a São Teotónio oficializar a primeira destas Equipas. Também a Paróquia de Ervidel aproveitou a festa da Imaculada Conceição para uma actividade com famílias. Assim, o Padre Olavo dirigiu um convite aos casais que neste ano fazem vinte e cinco anos de casamento para uma celebração e renovação do seu compromisso matrimonial. Na celebração da Eucaristia, presidida pelo Vigário Geral da Diocese, vários casais que responderam ao convite, bem como as suas famílias celebraram festivamente a Eucaristia da festa da Imaculada Conceição e renovaram o seu compromisso matrimonial. No final realizou-se um almoço de convívio onde os casais presentes manifestaram o desejo de que se continuasse este propósito. Cónego António Domingos Dia 19 de Dezembro, às 21h30, na Biblioteca Municipal de Beja Apresentação do livro “Apríngio, comentário do Apocalipse” Apríngio, bispo de Beja nos tempos do rei visigodo Teudis (531548), tem sido injustamente esquecido entre nós. Tal injustiça é posta a nu pelos termos elogiosos com que já S. Isidoro de Sevilha se refere à pessoa e obra do primeiro bispo conhecido de Pax Julia: “Apríngio, bispo da Igreja Pacense das Hispânias, eloquente no uso da língua e erudito no saber, interpretou o Apocalipse do Apóstolo João com subtileza e estilo brilhante, quase melhor do que parece terem-no feito os antigos comentadores eclesiásticos. Escreveu ainda outras obras que, todavia, chegaram a nossos olhos apenas em mínima parte. Brilhou no tempo de Teudis, príncipe dos Godos.” (De viris ilustribus, 30, 40) Dessa “outras obras” de que fala S. Isidoro nada chegou até nós. Melhor sorte mereceu, porém, o Comentário ao Apocalipse, que pode, finalmente, ser lido numa edição científica e na língua de Camões, contribuindo assim para o enriquecimento do património cultural de una época e de un tenitório que são raízes da história e da cultura portuguesa. Philokalia, é um termo gergo que significa “amor das coisas belas”. Foi o título dado por Basílio de Cesareia e seu amigo Gregório de Nazianzo (séc. IV) a uma antologia de textos por eles coleccionados da obra de grande Orígenes. Iniciativas do género sucederamse ao largo dos séculos, com o objectivo de facultar a cada época os melhores frutos que a sabedoria cristã do passado produziu. É neste espírito, e com propósito de continuar a alimentar o desejo e o amor pelas belezas duradoiras, que surgiu esta colecção que pretende facultar a um público de leitores cada vez mais vasto as “jóias” da literatura e espiritualidade do cristianismo dos primeiros séculos. Padre Hugo Gonçalves toma posse das paróquias Nos dias 8 e 9 de Dezembro o Pe. Hugo tomou posse das paróquias de S. Francisco da Serra, Santa Margarida e Melides, ficando nesta última “in solidum” com o Pe. Adalberto. O arcipreste, Pe. Magalhães, leu a provisão e participou no acto. Apesar de receberem um padre jovem, com vontade de desenvolver um bom trabalho pastoral, as populações mostraram-se tristes com a despedida do Pe. Júlio, pois gostariam de continuar com ele, o que infelizmente não foi possível, atendendo à sua dificuldade em manter-se como capelão do estabelecimento prisional de Pinheiro da Cruz. No dia 8, à noite, houve uma vigília em estilo de Taizé no lugar do Carvalhal, com muita participação juvenil. Arciprestado de Cuba reúne em Vila Nova da Baronia Por motivo de ausência de alguns dos seus membros na data prevista para o encontro, a reunião do clero deste arciprestado realizou-se no dia 6 de Dezembro, da parte de tarde, na paróquia de Vila Nova da Baronia. Uma parte do tempo foi de partilha sobre o decurso da experiência das paróquias confiadas ao Diácono Domingos, da Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis. A seguir à celebração da Eucaristia o clero presente atendeu as pessoas que desejaram confessar-se, começando assim a sua preparação para o Natal. Presença nas Comunicações Sociais Por altura do Natal os vários meios de comunicação social procuram o Bispo para escutar a sua sensibilidade não apenas sobre as festas religiosas, mas também sobre as diferentes questões da vida social, económica, cultural e política, que estão em voga e de que se fala e escreve. No dia 29 de Novembro, na Radio Voz da Planície, durante uma hora, no programa Grande Plano, em diálogo com a jornalista Ana de Freitas, fui abordando muitas dessas questões. Na qualidade de Presi- dente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana também sou abordado por vários órgãos de comunicação a nível nacional. Embora não tenhamos respostas para tudo, é bom sinal sermos procurados pelos órgãos de comunicação. Pena é que a nível regional e local nem todos aproveitem estes meios para chegar junto das populações dispersas do Alentejo, dado que nos espaços das igrejas apenas contactamos com uma pequena percentagem dos habitantes. Beja prepara a vinda da Imagem Peregrina de Fátima No dia 9, de tarde, quase 90 pessoas, propostas pelos párocos e convidadas pelo Bispo, reuniram no salão do Centro Pastoral de Beja, para combinar a preparação da cidade para a visita da Imagem Peregrina, no mês de Maio. O Bispo, tendo explicado o seu projecto de Missão para a cidade, desafiou os presentes a formarem grupos e assembleias de rua ou de bairro, para durante a Quaresma e tempo pascal aprofun- darem os laços sociais e a fé cristã. Os animadores destes grupos receberão formação nas primeiras semanas do ano de 2008. Depois de muitos dos presentes darem ricas sugestões, o encontro terminou com uns momentos de oração e reflexão sobre a nova encíclica do Santo Padre, tomando Nossa Senhora como estrela da esperança. Agenda dos próximos dias: No dia 14 de Dezembro, pelas 14,30 horas, no Cinema Pax Julia de Beja, tem lugar a acção Dez Milhões de Estrelas, da qual faz parte a inauguração de uma exposição de presépios feitos por diversos concorrentes. Às 18,00 horas, na igreja dos Prazeres é apresentado ao público um livro sobre esta preciosidade artística. À noite, o Infantário de Nossa Senhora da Piedade, em Odemira, das Irmãs Oblatas, faz a sua tradicional festa de Natal, a grande atracção do concelho. A partir desse dia multiplicam-se as festas de Natal pelas instituições do Baixo Alentejo e também o tradicional Cante ao Menino, para muitas das quais o bispo foi convidado. No dia 18, os professores e funcionários do Instituto de Nossa Senhora de Fátima têm o encontro e ceia de Natal com a presença do Bispo. No dia 20 a Comunidade Terapêutica Horta Nova, da Caritas Diocesana, tem a sua tradicional celebração e ceia de Natal. No dia 21 será a do Seminário Diocesano e no dia 22 a da Mansão de S. José, pólo um. No dia 23, pelas 18,00 horas, Peroguarda realiza o seu habitual Cante ao Menino, que deslumbrou o músico Jacometti, a ponto de ter escolhido o cemitério desta terra para acolher os seus restos mortais. No dia 25, às 12,00 horas, Pontifical de Natal na Sé de Beja. † António Vitalino, Bispo de Beja SOCIEDADE 6 – Notícias de Beja 13 de Dezembro de 2007 Tempo de esperança «Quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança, sem a grande esperança que sustenta toda a vida (cf. Ef 2,12). A verdadeira e grande esperança do homem, que resiste apesar de todas as desilusões, só pode ser Deus – o Deus que nos amou, e ama ainda agora «até ao fim», «até à plena consumação» (cf. Jo 13,1 e 19, 30)...Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada indivíduo e a humanidade no seu conjunto» (Bento XVI, ‘Spe salvi’ 27 e 31). Efectivamente, o nosso Deus é um Deus de esperança e quem acredita n’Ele só pode ser e viver na esperança. Na linha do que dizia, o Cardeal Joseph Suenens – um dos maiores bispos/teólogos mentores do Concílio Vaticano II – quando o interrogavam ‘por que é que era um homem de esperança’, ele dizia: ‘porque acredito no Espírito Santo’. Cremos que este desafio do nosso actual Papa sobre a reflexão à volta da esperança – virtude teologal, dimensão humana, fraterna/social e cristã tão típica do tempo litúrgico do Advento/Natal – é, mais do que nunca, um grito para acordarmos da letargia consumista e do materia- lismo alarmista com que temos de nos confrontar diariamente. ‘Spe salvi’ (oficialmente dita como uma encíclica sobre a ‘esperança cristã’) poderá ser traduzido por ‘salvos pela esperança’ ou, de forma mais abrangente e comprometedora como ‘a esperança que nos salva’ ou ainda, como diz uma outra tradução (da Bíblia mais ou menos oficial em português) de Rm 8,24: ‘na esperança que fomos salvos’. Há, de facto, um forte desafio a que a esperança seja traduzida muito para além daquilo que nos vai enfezando nas dicas e tricas do dia a dia e por entre as quezílias mais ou menos mundanas, até nas teias do nosso complexo mundo de Igreja... católica. * Amadurecendo a caminhada em esperança «O homem, na sucessão dos dias, tem muitas esperanças – menores ou maiores – distintas nos diversos períodos da sua vida. Às vezes pode parecer que uma destas esperanças o satisfaça totalmente, sem ter necessidade de outras. Na juventude, pode ser a esperança do grande e fagueiro amor; a esperança de uma certa posição na profissão, deste ou daquele sucesso determinante para o resto da vida. Mas quando estas espe- ranças se realizam, resulta com clareza que na realidade, isso não era a totalidade» (Bento XVI, ‘Spe salvi’ 30). Na fase das ‘esperanças’, que é a juventude, vemos, por vezes, pulular a nossa capacidade de interpretar os sinais de esperança, que passam pelo sucesso/amor, a profissão – quão vulnerável nos dias que correm! – e mesmo do projecto de vida... ao ritmo das mais díspares contingências e vicissitudes pessoais, familiares e/ou comunitárias. Saber olhar mais além do que aquilo que se vê, torna-se como que uma das mais fundamentais perspectivas de conduta no presente e para o futuro. Quem não tem desafios de exigência à luz do Evangelho com dificuldade saberá (ajudar) discernir caminhos de futuro para os mais novos. O sonho, de facto, comanda a vida... embora se vão burilando as (nossas) intenções mais profundas. Estaremos todos e cada um de nós disponíveis para espalharmos esta esperança viva à nossa volta? Depende de nós, cristãos, que a esperança não seja uma desilusão, mas uma vivência traduzida em gestos simples, efectivos e afectivos... onde quer que nos encontremos. A. Sílvio Couto Cristianismo do Sudão em risco de desaparecer As políticas do governo sudanês conduzirão a prazo ao desaparecimento do cristianismo do Sudão, considera o bispo auxiliar de Cartum, adiantando que isso o leva a questionar a unidade do país defendida pela comunidade internacional. “Não existem abusos directos, uma afronta directa aos cristãos, mas as políticas aplicadas levam a que cristianismo vá morrendo aos poucos até acabar”, declarou à Agência Lusa D. Daniel Adwok, de 55 anos, em visita a Portugal, na primeira semana de Dezembro. Segundo o bispo auxiliar de Cartum, “o governo diz que não parará de tentar islamizar a sociedade e que so defenderá a religião islâmica”, pelo que “não existem hipóteses de desenvolvimento para a cultura e a religião” cristã. Dr. Rui Miguel Conduto CARDIOLOGISTA CONSULTAS: Sábados Publ. Quartas-Feiras e Sextas-Feiras UNIMED Campo Grande, 46-A - Telefone 217 952 997 Lisboa Cartório Privado de Odemira A cargo da Notária Ana Paula Lopes António Vasques. Certifico, para fins de publicação que foi lavrasa neste Cartório Notarial, no dia de hoje, de dezoito a folhas vinte do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Oitenta e Quatro - E”, escritura de Justificação, na qual Idalina Fernandes Coelho, casada com Mário Francisco Coelho, sob o regime imperativo da separação de bens, natural da freguesia de Santa Clara-aVelha, concelho de Odemira, residente em Caveirinhas, Pereiras-Gare, Odemira, contribuinte fiscal número 149160526; Manuel Fernandes Coelho e mulher Alice Maria Gonçalves, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, respectivamente, da freguesia de Santa Clara-aVelha e da freguesia de Sabóia, ambas do concelho de Odemira, residentes em Casas Novas, Pereiras-Gare, Odemira, contribuintes fiscais números 128 481447 e 142276181; Joaquim Fernandes Coelho e mulher Maria de Lurdes Botelho Martins, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Santa Clara-a-Velha, concelho de Odemira, residentes em PereirasGare, Odemira, contribuintes fiscais números 105181420 e 105181412, declaram ser donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, de uma parcela de terreno com a área de noventa e oito metros quadrados, situada no Alto da Estação, freguesia de Pereiras-Gare, concelho de Odemira, a confrontar a Norte com Eufrazina Maria Antónia, Sul com Certificado Travessa Pública; Nascente com Herdeiros de Maria Perpétua Fernandes e do Poente com Rua do Alto da Estação; inscrita na respectiva matriz da referida freguesia, em nome de Maria Perpétua Fernandes - Cabela de casal da herança, como parte do artigo 214; Que esta parcela veio à posse de Maria Perpétua Fernandes, sua mãe, falecida em dezasseis de Abril de dois mil e quatro, no estado de viúva de José Pedro Coelho, com quem havia sido casada sob o regime imperativo de separação de bens, de quem, os ora justificantes, foram declarados únicos herdeiros, por escritura de habilitação de herceiros lavrada neste cartório a folhas cem, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Dezoito-E”, por compra meramente verbal, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e quarenta, a João Coelho, ao tempo solteiro, maior, residente em Pereiras - Gare, Odemira, actualmente já falecido; Que esta parcela de terreno se destinou a constituição de logradouro do prédio urbano, situado no Alto da Estação, freguesia de Pereiras-Gare, concelho de Odemira, descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o número trezentos e setenta e oito da dita freguesia, onde se encontra registada a aquisição a seu favor, em comum e sem determinação de parte ou direito, conforme inscrição G Ap. nove, de doze de Janeiro de dois mil e seis; Que naquela descrição registral consta um prédio urbano com a área de setenta metros quadrados, composto de casa de rés-do-chão, para habitação, tendo, actualmente, a superfície coberta de cento e trinta e dois virgula oitenta metros quadrados, sendo o quintal de trinta e cinco virgula vinte metros quadrados, pelo que se encontra omissa uma área de noventa e oito metros quadrados; Que a referida parcela de terreno com a área de noventa e oito metros quadrados, foi adquirida e tem vindo a ser possuída e utilizada como logradouro a poente e área de implantação, após obras de ampliação efectuadas, daquele identificado prédio urbano, em nome próprio, com a consciência de nunca, nem mesmo no acto da aquisição, estar-se a prejudicar direitos alheios, com o conhecimento de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse. Trata-se, por conseguinte, de uma posse caracterizada pela boa fé e exercida de uma forma pública, contínua e pacífica. Que esta posse dura há mais de vinte anos, conduziu à usucapião, que invocam pela presente escritura, justificando deste modo o respectivo direito de propriedade para efeitos de inscrição no registo predial, em virtude de não existir nenhum título extrajudicial, que comprove esta aquisição efectuada por sua mãe. Que atribuem à parte justificada o valor de xatorze mil e setecentos euros. Está conforme, nada havendo na parte omitida além ou em contrário do que se certifica. Odemira, 8 de Novembro de 2007 A Notária A na Paula LopesAntónio Vasques Rua Heróis Dadra, 5 - Beja – Telef. 284 327 175 Marcações das 17 às 19.30 h., pelo Telef. 284 322 973/914 874 486 Publ. Cartório Notarial de Serpa Certificado Certifico para efeitos de publicação que, no dia 16 de Novembro de 2007, lavrada a fls. 34, do livro de notas número 158-D, deste Cartório, foi efectuada uma escritura de Justificação, pela qual Odete Martins Peres Santos, NIF 154.616.710 e marido Manuel José dos Santos, NIF 104.038.497, casados no regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, residentes nessa freguesia, alegam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano de rés-do-chão, destinado a habitação, com a superfície coberta de noventa e nove metros quadrados, sito em Santana de Cambas, freguesia de Santana de Canbas, concelho de Mértola, que confronta de norte com Manuel Zarcos Colaço, do sul, e nascente com Via Púlica e pelo poente com João Conduto, inscrito na matriz, em nome da antepossuidora Escolástica Maria, sob o artigo 927, com o valor patrimonial de 551,89 euros, a que atribuem igual valor, não descrito na Conservatória do registo Predial de Mértola. Que identificado imóvel veio à sua posse por haverem adquirido por doação efectuada por sua avó Escolástica Maria, viúva, já falecida, residente que foi na aludida freguesia de Santana de Cambas, por volta do ano de mil novecentos e setenta e um, não tendo sido celebrada a respectiva escritura. Porém, desde aquele ano e sem interrupção, os justificantes entraram na posse do referido prédio, usufruindo todas as suas utilidades e suportando os respectivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes pernita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justificaram a aquisição do aludido imóvel por usucapião. Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, dezasseis de Novembro de dois mil e sete. A 2.ª ajudante Maria da Conceição Vaz Martins Miguel REGIONAL 13 de Dezembro de 2007 Lar de Vila Nova da Baronia em festa Beja Grândola Arquivo Municipal vai ter novas instalações Árvore de Natal com dez metros O Arquivo Municipal de Beja vai ficar instalado num edifício da Rua da Moeda que vai sofrer obras de recuperação e adaptação para aquele fim específico. Neste sentido, a Câmara Municipal de Beja já adjudicou a obra por 125 mil euros, devendo a mesma estar pronta dentro de quatro meses. O acervo do futuro Arquivo Municipal será constituído por documentos provenientes do edifício principal da autarquia, que englobam documentação dos serviços de Contabilidade, Recursos Humanos, Património e Notariado, Taxas Por ocasião do 100º aniversário da utente, D. Marcelina Mendes, o Centro Social e Paroquial de Vila Nova da Baronia organizou no passado dia 2 de Dezembro uma animada festa de aniversário, onde para além das funcionárias da IPSS e dos utentes da valência do Lar de Terceira Idade, também estiveram presentes os familiares mais próximos da aniversariante. A festa de aniversário contou com a celebração de uma Eucaristia de Acção de Graças pelos 100 anos que a D. Marcelina teve o previlégio de viver, celebração esta que foi presidida pelo Presidente e Pároco da instituição e animada pelo Coro da Paróquia de N.ª Sr.ª da Assunção. Seguidamente foi servido um jantar comemorativo que foi abrilhantado pelo Grupo Coral Feminino “As Madrugadeiras”, constituído por elementos das duas freguesias do concelho de Alvito, que permitiram a esta centenária reviver com entusiasmo as modas de antigamente. A nós, Instituição, resta-nos desejar à D. Marcelina a continuação de muitos e bons anos de vida… e Licenças e do Gabinete de Apoio à Presidência. Neste sector, a documentação mais antiga data de 1940. Segundo explica a autarquia em comunicado, no local serão ainda depositados documentos provenientes do Departamento Técnico como, por exemplo, processos de obras particulares. Ao mesmo tempo, “pela primeira vez na história’ do Município de Beja, o Arquivo Fotográfico do concelho, com espécimes datados de 1890 até à actualidade, ficará -disponível para consulta pública. Edia lança concurso na margem esquerda A empresa gestora do Alqueva anunciou, há dias, o lançamento de um concurso público para instalar o aproveitamento hidroagrícola de Orada-Amoreira, num investimento de 16,5 milhões de euros, que irá beneficiar 2.655 hectares na margem esquerda do Guadiana. A empreitada, além dos blocos de rega da Orada (633 hectares) e de Hortinhas (2.022 hectares), inclui a telegestão desta área e a cons trução da rede de drenagem, com cerca de sete quilómetros, e da rede viária, com 27 quilómetros e constituída por 16 caminhos agrícolas. O concurso, explica a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), é o primeiro de um conjunto de outros a lançar brevemente e destinados a equipar grande parte da Rede Secundária de Rega do sub-sistema do Ardila, que no total irá beneficiar mais de 29 mil hectares na margem esquerda do Guadiana. Actualmente, a água de Alqueva já “alimenta’ cerca de 8.811 hectares de regadio, estando 20.665 em execução, adjudicados ou em concurso. Com o “avanço dos regadios na margem esquerda do Guadiana” e as várias obras, concluídas, em curso ou a lançar em breve, a EDIA garante que serão criadas as condições para alcançar a meta de 53.187 hectares de regadio estabelecida para 2009. Trata-se de quase metade dos 110 mil hectares de regadio previstos no projecto global, cuja conclusão deverá acontecer até 2013, depois de inicialmente prevista para 2025, revista para 2015 e recentemente antecipada em dois anos. Respostas às questões da última página Maria do Rosário Inverno 1, Bíblia. Sansão é um dos heróis populares, cuja história se encontra no Livro dos Juizes (cap. 13-16). 2. Meteorologia. Chamam-se súmulos. 3. Literatura portuguesa. O autor de “Os Simples” foi Guerra Junqueiro, que neste livro retrata os pobres de seu tempo. Consulte a página da Diocese de Beja www.diocese-beja.pt Monografia de alvoco da Serra António Mendes Aparício À venda: Livraria Diocesana Praça da República, Beja Papelaria Estudantina Largo Manuel Ribeiro, Beja Notícias de Beja – 7 Grândola tem este ano a maior Árvore de Natal de sempre. Instalada no Largo dos Correios, a Árvore de Natal gigante tem 10 metros de altura e o brilho de 32 mil lâmpadas. Este é um presente da Câmara Municipal de Grândola aos munícipes para assinalar a quadra natalícia. Outro ponto forte é a iluminação que valoriza as árvores da Praça da Republica, o Jardim 1º de Maio, alguns edifícios emblemáticos da vila como os Paços do Concelho, a Biblioteca e as ruas centrais da vila. Muita luz e brilho que prometem atrair muitos visitantes. Odemira Câmara Municipal baixa impostos A Câmara Municipal de Odemira vai baixar o Imposto Municipal sobre Imóveis, a Derrama e a participação autárquica no IRS, os impostos sob fixação municipal, já a partir de 2008, uma medida aprovada por unanimidade e que tem por objectivo contribuir para fixar a população e atrair investimentos. A taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis passa a ser de 0,7% nos prédios urbanos e de 0,4% nos novos prédios avaliados, em vez dos 0,76% e 0,475% antes praticados. A derrama a lançar sobre o rendimento das empresas (IRC) passa a ser de 0,5% para as empresas com um volume de negócios até aos 150 mil euros e de 1% para as restantes, em vez dos anteriores 8% genéricos. Quanto à participação no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) com domicílio fiscal no concelho de Odemira, respeitante aos rendimentos de 2008, passa a ser de 2,5%, em vez dos anteriores 5%. Mértola Câmara apoia Associações culturais No âmbito dos Instrumentos de Apoio ao Associativismo Cultural, a Câmara Municipal de Mértola aprovou, por maioria, conceder apoios financeiros a seis instituições, num total que ascende a 15 mil euros. Estes subsídios enquadram-se nos programas de apoio à cedência de materiais e aquisição de bens e equipamentos e de apoio à construção, remodelação e recuperação de infra-estruturas. De acordo com os critérios estabelecidos nos referidos programas, a Câmara irá conceder os seguintes apoios: à Associação de Instrução e Recreio de Alves 2.500 euros destinados à aquisição de equipamento para a sala de convívio; ao Centro Cultural de Sapos um montante de 2.500 euros para compra de equipamento de cozinha; ao Centro Recreativo e Cultural de Álvares uma verba de 2.500 euros destinados à compra de equipamento para a cozinha e sala de convívio; ao Núcleo Sportinguista de Mértola 1.618,58 euros para a aquisição de equipamento para a sala de convívio; ao Centro Recreativo e Cultural de S. Bartolomeu de Via Glória 5.460 euros destinados a obras de recuperação; à Sociedade Recreativa Mesquitense 500 euros para fazer face às despesas com a reparação do muro envolvente. 13 Dezembro P r o p r i e dade da D i o c e s e d e B e j a Contribuinte Nº 501 182 446 Director: Alberto Geraldes Batista Redacção e Administração: Rua Abel Viana, 2 - Apartado 95 - 7800-440 Beja Tel. 284 322 268 Fax: 284 322 386 E-mail: [email protected] http://www.diocese-beja.pt Assinatura 22 Euros anuais c/IVA Composição e Impressão: Gráfica Almondina - Torres Novas Tel. 249 830 130 - Zona Industrial - Torres Novas 2007 Registo N.º 102 028 Depósito Legal N.º 1961/83 Editado em Portugal Tiragem 3.000 ÚLTIMA PÁGINA 13 de Dezembro de 2007 Espaço Ludo-Cultural Paróquia, uma estrutura a pedir renovação Vou partir da paróquia para que a recomendação do Papa seja melhor compreendida. A paróquia, que é ainda uma instituição importante na Igreja, tornou-se uma realidade muito diferenciada e complexa. No meio urbano, ela mostra que falar de limites de território é estar fora do tempo. Nos meios de transição e de mobilidade, por razões de trabalho e outras, ela perde identidade. Nos meios rurais desertificados, é uma memória sem sonhos nem projectos. Há dezenas de anos, as dioceses com muitos padres criavam paróquias para os ocupar. Não se pensava em ajudar outras que os não tinham. Ir para as missões implicava sair da diocese e o padre dizia ao bispo que se ordenara para a sua diocese e não para outras. Nos meios urbanos, a crescer demograficamente, a solução mais normal foi criar novas paróquias, sem uma reflexão que as tornasse operativas já no tempo que corria. Nasciam com o destino traçado de serem o que outras sempre foram, com alguma cosmética de imaginação e cheiro de juventude. Mas, por vezes, já nasceram velhas. Se a solução de “um novo estilo de organização” começar pela paróquia, o diagnóstico da realidade é tão simples, como inconsequente. Neste país de dois palmos, há zonas populacionais onde faltam paróquias, zonas onde elas abundam, apesar de mortas, zonas intermédias, em que nem se sabe bem quem são os paroquianos. O resto pouco conta.As últimas sondagens à prática dominical mostram que, mesmo em zonas não urbanas, a igreja da paróquia já não é pólo de atracção para alguns paroquianos ainda residentes. Exigências canónicas e planos pastorais da Diocese passam até agora pelas paróquias. Porém, em muitos casos, não passam de facto. A ferrugem do tempo sedimentou formas de individualismo pastoral, hoje sem qualquer futuro. A mobilidade, ainda que apenas verificada e lamentada, gera cristãos que, se ainda cumprem o preceito dominical, não têm qualquer vínculo comunitário. Não se sentem bem na sua paróquia da residência, porque não vão lá. Não são da paróquia ou da igreja onde vão, dos religiosos ou outra, porque não residem lá e não querem nada que os prenda. Apenas laços de amizade pessoal ou mesmo nenhuns. Numa Igreja, Povo de Deus e Comunhão responsável, isto não chega. Muitas paróquias já são pouco mais que instâncias canónicas obrigatórias para actos de jurisdição paroquial: baptizados, comunhões solenes, confirmações, processos de casamento, funerais… Mesmo assim, o sistema de licenças pagas para transferências e de excepções aceites para lugares especiais, como colégios e santuários, debilita ou mata a vida comunitária ainda possível, e deixa as pessoas, no presente e para o futuro, sem raízes e referências visíveis e sensíveis. O anonimato nunca responsabiliza.Deste modo, torna-se difícil a formação cristã de adultos, continuada e diferenciada. Quando as paróquias, e são muitas, pouco ou nada oferecem de válido neste campo, os que não se resignam a ser apenas cristãos rotineiros e ignorantes procuram noutros espaços eclesiais o alimento da sua fé e do seu compromisso apostólico. Será este o caminho? Em tempo de reflexão e de procura não se pode excluir nenhuma hipótese válida.A paróquia estará então condenada a desaparecer? As instituições seguem as leis da vida. Renovar não é matar, sem mais, mas também não é cedência, de modo habitual e acrítico, a situações que empatam e impedem uma renovação necessária e urgente. Onde se justifica a paróquia, e justifica-se ainda em muitos casos, ela e o seu responsável devem ter consciência de que, por mais apetrechados que estejam, necessitam de integração complementar em novas formas e espaços pastorais, que melhor sirvam a vida e potenciem a acção da Igreja. Estruturas intermédias alargadas tornaram-se necessárias, porque a vida e as relações das pessoas passam-se em espaços novos e abertos. Equipas eclesiais arciprestais e vicariais, unidades pastorais comunitárias, novos modos de servir e assistir os fiéis, podem e devem ser caminho renovador. Se for só o clero a procurar este caminho, depressa ele se tornará velho. Os leigos são mais sensíveis às mudanças que interpelam a Igreja. Sofremnas mais. Há que ouvi-los, interrogar-se em comum, e decidir solidariamente. António Marcelino, Bispo emérito de Aveiro Recordar é viver O que segue foi respigado em antigos números do Notícias de Beja. Há 75 anos (1932). O Vigário Geral da Diocese, Mons. João Eduardo Marques, publicou um Aviso a comunicar que a Missa da MeiaNoite do Natal só pode ser celebrada com licença expressa para cada caso, a qual pressupõe que o respectivo pároco ou reitor se responsabiliza pela manutenção da ordem e respeito devidos à casa de Deus. Há 50 anos (1957). Nos seus números de Dezembro, o jornal dá grandes espaços às bodas de ouro sacerdotais do Senhor D. José do Patrocínio Dias, publicando o programa das comemorações em Fátima (dias 14 e 15), Covilhã (dia 21) e Beja (dias 27 a 30). Muitos diocesanos deslocaram-se a Fátima como peregrinos. Daremos mais pormenores na próxima semana. Há 25 anos (1982). Na manhã do dia 8, D. Manuel Falcão coroou, na igreja de Ferreira do Alentejo, a imagem de Nossa Senhora da Conceição que, segundo reza a tradição, Vasco da Gama levou consigo na viagem à Índia e que a população da vila venera como sua Padroeira. A coroa de prata foi oferta da população local. A nossa língua Com frequência, pessoas do povo e, embora menos frequentemente, gente com estudos cometem erros de morfologia e de sintaxe, nomeadamente na conjugação de verbos. Conta-se como anedota que um miúdo da escola, ao narrar numa redacção que um rato escapara ao gato por se esgueirar por um pequeno buraco, escreveu que ele se salvou “porque o gato não cabeu no buraco”. A professora, para correcção, mandou que o miúdo escrevesse numa folha de papel 30 vezes a forma correcta coube. O miúdo, depois de encher a folha com 25 palavras certas, foi ter com a professora e disse-lhe: «O resto não cabeu!» Isto é contado como anedota. A palavra anedota tem sentido diverso em português e noutras línguas, como o francês e o alemão. Nestas línguas, anedota é uma historieta de sentido edificante, não necessariamente para rir. Entre nós, as anedotas são para fazer rir, embora muitas delas não tenham graça nenhuma... Outra incorrecção, esta frequente no nosso Alentejo, é a maneira de dizer da Tia Rosa, mulher sexagenária que, ao perguntarem-lhe há quanto tempo estava casada, res- pondeu: «Eu casi há mais de 40 anos, casi muito nova...» Faz lembrar a resposta doutra mulher ao marido que a interpelava: »Ó mulher, olha o remédio!» Resposta: «Ó home, não t’assarapantes, já o tomi.» Outros verbos frequentemente mal tratados são, p.ex., o verbo entreter (em frases como: «Os meliantes entreteram-se a cortar pneus dos carros»), o verbo intervir (ex., «ele não interviu no desacato») e ouvir (ex., «tenho ouvisto falar disso»). Enciclopédia Continuamos a transcrever o artigo da Enciclopédia Católica Popular sobre o Natal e sua celebração, NATAL. 3. Celebração litúrgica. Depois da Páscoa, que celebra o mistério da Redenção, o maior dia festivo do Ano Litúrgico é o Natal. A sua celebração é preparada pelo tempo do Advento, polarizado pela figuras bíblicas de Isaías, João Baptista e Maria, adensando-se nos dias 17 a 24; e prolonga-se pelo tempo do Natal até ao domingo a seguir à Epifania. Particularidade do Natal é a de no seu dia se poderem celebrar (com intenção livre) três missas: a da Meia-Noite ou do Galo (desde o séc. V), a da Aurora (desde o séc. VI) e a do Dia (a que primeiro foi instituída, no séc. IV). Modernamente foi acrescentada mais uma, para a celebração vespertina do dia 24. Excepcionalmente pode juntarse o Ofício das Horas à missa da Meia-Noite. Nas missas de Natal, às palavras do Credo “E incarnou...” , todos se ajoelham. A solenidade do Natal tem oitava, ao longo da qual se celebram várias festas com ele relacionadas: S. Estêvão (1º mártir), S. João Evangelista (o discípulo predilecto), os Santos Inocentes e, no domingo (ou dia 30) a festa da Sagrada Família. Na oitava celebra-se a solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, começando o novo ano sob a protecção de Nossa Senhora. No dia 6 de Janeiro (e em Portugal no domingo seguinte) celebra-se a solenidade da Epifania ou manifestação de Jesus aos gentios representados pelos Magos do Oriente. O Tempo do Natal termina com a celebração do Baptismo do Senhor (no domingo depois de Epifania). A festa da Apresentação do Senhor, de temática relacionada com o Natal, faz a transição para a Páscoa, pela profecia de Simeão sobre o que Maria havia de sofrer pelo seu Filho. Coisas e loisas IGUARIAS DO NATAL. A quadra natalícia é o tempo do ano mais bem caracterizado pelas iguarias que a tradição lhe atribuiu e mantém. Fazem parte da festa do Natal as refeições em família. O Natal, que foi dia forte para a Sagrada Família de Nazaré, é hoje, para cada família cristã, um dia de reflexão e de alegria, que, naturalmente se celebra também à mesa com iguarias características. Na ceia da noite de Natal não faltam nas mesas dos portugueses o bacalhau cozido com batatas e o peru assado; e, à sobremesa, as filhoses, as rabanadas, as broínhas e, sobretudo o bolo rei. Sobre a história e o significado deste último, que é o rei dos bolos de Natal, daremos conta aos leitores deste espaço na próxima semana. Os países cristãos têm as suas especialidades gastronómicas natalícias, algumas das quais se estão a mundializar. É o caso, por exemplo, do panetone italiano, que já chegou às pastelarias das nossas cidades. Tipicamente portuguesas são as filhoses, surgidas da cozinha da gente simples dos nossos campos. Também lhe chamam “filhós” (plural usado no Minho), “belhoses” (Beiras Baixa) e “velhoses” (Beira Litoral). Parecem derivadas dos “aumat” árabes, bolinhas com semelhante composição e sabor. Tornou-se habitual a oferta pelo Natal, sobretudo às crianças, de bombons. Tem a sua origem na doçaria conventual, numa altura em que as filhas de famílias nobres frequentavam os conventos, para lá levando as suas exigências culinárias. Outrora privilégio das gente rica, com a industrialização a partir do séc. XIX passaram a estar ao alcance de todas as bolsas. Puxe pela cabeça 1. Bíblia. Em que livro do A.T. se encontra a história de Sansão atraiçoado por Dalila? 2, Meteorologia. Que nome se dá às nuvens frequentes na Primavera e Outono, que parecem grandes novelos de lã, muito brancas e de contornos bem definidos? 3. Literatura portuguesa. Quem foi o autor do livro “Os Simples”, por ele considerado a sua melhor obra? (Ver respostas na penúltima página) Bom humor 1. Entre compadres. »Vamos almoçar num restaurante em que se come como em tua casa?» «Deus me livre!...» 2. No tribunal. Pergunta o juiz: «O réu lembra-se de qual foi a palavra que desencadeou a rixa?» «O senhor é estúpido, Sr. Dr. Juiz.» 3. No jardim botânico. Diz o guia: «Veja, minha senhora, esta é a planta do tabaco.» «E quando começa a dar cigarros?» Manuel Falcão, Bispo emérito de Beja