Madona do Cravo (1470-1475) Esta Madona é considerada o

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Madona do Cravo (1470-1475) Esta Madona é considerada o
Madona do Cravo (1470-1475)
Esta Madona é considerada o primeiro
quadro integralmente pintado por
Leonardo.
Existem paralelos formais muito claros
com a pintura flamenga e com as
Madonas que se produziam no atelier
de Andrea del Verrocchio.
A Anunciação (1472-1474)
Deste tempo em que estudava e aprendia pintura no estúdio de Verrocchio, datam mais duas
obras, todas elas retratando a A Anunciação. A primeira, uma obra grande (98 x 217cm) mas que
antevia um génio plural, teve como base inspiradora Fra Angelico e Lorenzo di Credi, colega de
atelier de Leonardo; a segunda é muito menor, 14 x 59 cm.
Nesta segunda obra, Maria é representada com uma certa monumentalidade, pautada pela sua
postura erecta.
Nessa pintura, a mais marcante dos primeiros anos do pintor, o jovem Leonardo apresenta a faceta humanista e inteligente da Virgem.
As asas do anjo foram pintadas com precisão naturalista, um exemplo da curiosidade científica
típico da carreira de Leonardo. Usou o seu conhecimento sobre as asas de pássaros para fazer as
asas do anjo.
O Baptismo de Cristo (1475-1478)
Entre os trabalhos iniciais de Leonardo
encontra-se O Baptismo de Cristo,
realizado em parceria com Verrocchio,
que pintou a maior parte da obra, sendo
que Leonardo só pintou um dos anjos
da esquerda e parte da paisagem.
Os estudos da natureza e de modelos
vivos foram postos em prática nesta
obra, onde pintou o anjo que segura
algumas roupas. Porém, a figura do
anjo é, de longe, muito melhor pintada
que as figuras pintadas por Andrea del
Verrocchio
A Virgem das Rochas - 1ª versão
(1483-1486)
Maria olha com doçura para S. João que
está envolvido numa oração. Maria tem
a mão direita à volta dos ombros de S.
João, enquanto que a mão esquerda se
eleva como se fosse uma protecção por
cima da figura de Jesus. De um lado da
cena está um anjo, provavelmente Uriel
que olha para fora do quadro com um
sorriso calmo, estabelecendo contacto
com o observador.
Leonardo escolheu pintar um enfático
momento da infância de Cristo quando
o pequeno João Baptista, com a
protecção de o anjo Uriel, conheceu a
Sagrada Família numa gruta do Egipto.
Na cena João Baptista reconhece Jesus
como sendo o Cristo. A posição da
figura de João na composição é mais
abaixo que a de Jesus. No entanto, em
vez de Jesus conceder a bênção a João,
é João quem a concede a Jesus. Algo
que escandalizou os monges. A própria
mão de Maria, posta sobre o ombro do
pequeno Jesus, assemelha-se a uma
garra de condor.
A pintura solenemente declara a
riqueza do conhecimento estilístico do
traje e da sua representação, a julgar
pela concepção notável do vestuário
de Uriel, impressa numa figura sóbria e
imponente.
Encontra-se em exposição nas paredes
do Museu do Louvre, em Paris, e foi
levada para a França pelo próprio
Leonardo.
São Jerónimo no deserto (14801482)
Esta obra é apenas um esboço num
tema e numa composição pouco
usuais na época. São Jerónimo, como
penitente, ocupa com a sua figura
o centro da pintura, sentado, visto
na diagonal linear. O seu olhar está
perfeitamente oposto ao do espectador
e do próprio pintor; São Jerónimo olha,
de forma subserviente, para algo fora
da pintura. Em frente ao santo homem,
um leão deitado cuja forma do corpo
juntamente com a cauda formam duas
espirais na base da pintura. No fundo da
obra, a paisagem inacabada de rochas
e escarpa.
A Adoração dos Magos (14811482)
Os elementos paisagísticos e o drama
pessoal ressoam na obra de arte
inacabada: A Adoração dos Magos,
encomenda dos monges de San
Donato a Scopeto. É uma composição
muito complexa sobre cerca de 250cm
de largura e comprimento de uma
placa de madeira. Para este trabalho
o artista esboçou vários desenhos
e numerosos trabalhos e estudos
preparatórios, incluindo um detalhe de
uma perspectiva linear das ruínas de
um edifício clássico.
Retrato de Dama (1490)
Retrato de Dama, cuja modelo é Beatriz
d’Este, este quadro fora pintado com
a participação dos irmãos Ambrogio e
Evangelista de Predis
Madona Litta (1490-1491)
Madona Litta é uma representação de
formato reduzido da Virgem Maria e do
Menino. A atribuição deste trabalho a
Leonardo permanece controversa, pois,
como refere Zollner , a agressividade
geral dos contornos de ambas as figuras
juntamente com o plano de fundo
monótono em termos de atmosfera
levaram a suspeitar da mão de um aluno
a quem o mestre deu o trabalho para
o fazer ou acabar. Ao mesmo tempo,
um estudo preparatório autenticado
por Leonardo para a Madona Litta
demonstra que esteve directamente
envolvido, pelo menos na composição
do quadro.
Madona do Fuso (1501)
Madonna do Fuso foi realizada a óleo,
em Florença, o original já não existe;
existem apenas cópias baseadas no
primeiro. Foi pintado quase no mesmo
período de Mona Lisa, daí o facto de
as paisagens no fundo da composição
serem semelhantes em ambos os
quadros.
O nome desta pintura realizada por
Leonardo é esse porque o Menino
segura um fuso de fiar, cuja forma, em
primeira vista, se assemelha a uma cruz
e só numa observação mais precisa se
clarifica o que de facto representa. O
fuso demonstra o espírito doméstico da
Madonna (Virgem Maria), mas também
remete o observador para uma alusão
da cruz, símbolo de Jesus Cristo.
Ao longo dos tempos, vários críticos
têm atribuído diversas interpretações
ao fuso, mas o mais certo, é mesmo que
represente uma cruz, mas simplesmente,
de forma simbólica.
Batalha de Anghiari (1503-1505)
Em 1503 foi encarregado de realizar a Batalha de Anghiari para o Palácio de Vecchio.
Um mural público que devido a problemas técnicos, em relação a nova maneira por ele criada para
a execução de afrescos, não o conclui.
As asas do anjo foram pintadas com precisão naturalista, um exemplo da curiosidade científica típico
da carreira de Leonardo. Usou o seu conhecimento sobre as asas de pássaros para fazer as asas do
anjo.
A virgem e o menino com Santa
Ana (1508-1510)
Leonardo da Vinci inicia uma nova
pintura de avultadas medidas (168 x
112 cm). Nessa nova pintura Leonardo
controla bastante bem a técnica do
sfumato, mas ficou por concluir devido
à sua partida para Roma. Esta obra
retrata a Virgem Maria, seu filho Jesus
e sua mãe Santa Ana, avó de Jesus, em
uma cena privada e intimista da vida
dos personagens.
O que faz esta pintura incomum é
que há duas figuras posicionadas
obliquamente, sobrepostas. Maria está
sentada no joelho de sua mãe, Santa
Ana. Ela inclina-se para frente para
segurar o menino Jesus que brinca
com um cordeiro, sinal de seu próprio e
vindouro sacrifício.
No fundo do quadro há cordilheiras
geladas, que aos poucos perdem sua
nitidez devido à distância. A maior
parte das pinturas de Leonardo possui
montanhas ou cordilheiras, devido
a sua curiosidade e admiração pelas
mesmas.
As figuras, sem exclusão do cordeiro,
conservam uma aparência leve e suave
através do esbatimento da cor, técnica
muito aplicada nas obras tardias de
Leonardo, de nome sfumato.
Leda e o Cisne (1510-1515)
Em Milão, Leonardo inicia uma pequena
pintura intitulada como Cabeça de
Mulher ou La Scapigliata, que fica
inacabada, mas, três anos depois
serviria de modelo para o rosto de Leda
e o Cisne.
Em 1515, Leonardo conclui sua
pintura Leda e o Cisne, baseado da
Mitologia Grega (um dos dois únicos
nus atribuídos a Leonardo). A pintura
Leda, provavelmente foi destruída pela
inquisição da igreja Católica, assim
como algumas obras de Botticelli.
Crê-se que o original de Leda e o Cisne
esteja perdido. É conhecido através de
fontes escritas e de algumas cópias.
Tanto os desenhos, como as cópias
do quadro centram-se nas aventuras
amorosas do Pai dos Deuses, Zeus,
que tinha por hábito perseguir jovens
disfarçado de uma criatura selvagem,
sob
uma
forma
aparentemente
insuspeita e não erótica: no caso de
Leda, sob a forma de cisne.
São João Batista (1510-1515)
Enquanto ainda pintava Leda, Leonardo
iniciou a pintura a óleo, intitulada de
São João Batista, que somente viera a
concluir em 1516.
Logo após o seu término, viaja para
a França, a convite do rei Francisco I,
levando consigo as obras: Mona Lisa, a
Madona das Rochas, e São João Batista.
Não se sabe se esta obra foi pintada
representando o santo com uma
delicadeza feminina propositadamente;
acredita-se que Leonardo queria
provocar a Igreja, que parece contradizer
a personalidade de João Batista descrita
na bíblia.
A utilização da técnica do sfumato,
desenvolvida por Leonardo fazem
com que a figura de S. João pareça
querer emergir, radiante com a luz, da
escuridão.