Viagens da Comida Saudável Marrocos
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Viagens da Comida Saudável Marrocos
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Maio 2016 * Número 5 * Mensal Viagens * Retiros * Eventos * Entrevistas * Partilhas * Artigos www.zenfamily.org Marrocos O regresso ... Novas Rúbricas Shiatsu, Yoga, Cosmética Natural e muito mais Os nossos retiros Corpus Sanus-Saúde Integral inaugura os eventos 2016 na Casa dos Sonhos Viagens da Comida Saudável A segunda Edição já é uma realidade Entrevista a Daniela Ricardo “O livro foi escrito em fluxo. Apesar de ter sido fácil escrever, foi também uma aventura e uma aprendizagem.” www.zenfamily.org Nº 5 | Maio 2016 | Revista Mensal On-Line GRATUITA EDITORIAL E rapidamente estamos em Maio e com ele vem a nossa Revista Zen Family Nº 5! É um privilégio ver este projecto crescer mês após mês e com ele ver também novas pessoas a juntarem-se a nós para enriquecer ainda mais os nossos conteúdos e ofertas para os nossos leitores. Estar activo em tranquilidade e tranquilo em actividade Esta a máxima da Zen Family! Director Geral: Luis Baião [email protected] A cada edição aumenta também o entusiasmo e a responsabilidade de levar cada vez mais conteúdos, mais temáticas, mais partilhas, que sejam tão inspiradoras para os nossos leitores como o são para nós, responsáveis pelo projecto. Direcção Editorial: Sónia Ribeiro [email protected] Arte e Imagem: Zen Family Alimentação e Saúde: Chef Daniela Ricardo Chefe de Redacção: Sónia Ribeiro Redacção: Daniela Ricardo e Luis Baião Continuem desse lado, que nós continuaremos aqui, edição após edição, a levar até vós o que de melhor sabemos fazer. Colaboradores: Equipa e Leitores Zen Family Produtora: A Promotora de Felicidade e Zen Family Sugestões de leitores e Feddback: [email protected] Venham connosco, deixem-se levar pela magia das palavras. Somos todos um! Distribuição: Todos aqueles que querem partilhar e dar a conhecer a magia! Tiragem: Ilimitada Sónia Ribeiro 2 ÍNDICE Partilhas de um viajante! ............................................................................................................... 6 Viagens da Comida Saudável ......................................................................................................... 8 A Promotora de Felicidade ........................................................................................................ 11 Banhos de Optimismo ................................................................................................................. 12 Histórias, Mitos e Contos ............................................................................................................ 14 Casa dos Sonhos .................................................................................................................................... 16 Dieta Espiritual........................................................................................................................... 18 Contributo dos Viajantes... ......................................................................................................... 22 JAPAMALA-Um caminho para a Serenidade .......................................................................... 24 As Receitas da Dani ................................................................................................................ 28 Zen Shiatsu ............................................................................................................................. 32 Só em Gratidão........................................................................................................................ 35 Despertutor - Consciência de Vida! ............................................................................................. 36 Pensamentos de Uma Mãe Zen ........................................................................................... Zen Yoga 41 ............................................................................................................................... 42 AlQimia .................................................................................................................................. 45 Só Uma Dica ...................................................................................................................... 46 Zen Numerologia .................................................................................................................... 47 Alimentação Saudável .............................................................................................................. 48 O Caminho É o Amor .............................................................................................................. 50 Zen Cosmética Natural .......................................................................................................... 52 Entrevista ............................................................................................................................... 56 In Inspiração ............................................................................................................................ 60 Em Amor, Somos todos Um! ................................................................................................ 62 Testemunhos .............................................................................................................................. 64 Agenda ........................................................................................................................................ 66 3 DE 5 1 A 6 V E A L M O O I A S O SEGUN M ED DO e as ad Um xp er iên cia s in esqu 4 ecivei s da viag em GRUPO DO ANO AO DESERTO DOS SON HOS Floresta dos Cedros Marrocos 5 Partilhas de um viajante! Assim ando em movimento a desafiar-me a mim e o mundo! Gosto do imprevisível, pegar nas malas, sair sem rumo, viajar, criar desafios e aguardar os resultados. Esta característica em mim que não prescindo é das mais controversas do meu ser. Ser directo no que penso leva algumas pessoas que vivem na mentira a não conseguirem lidar da melhor forma comigo. Gosto de beijos e abraços inesperados, sorrisos largos e verdadeiros. Pessoas que falam o que sentem agindo em conformidade com o que dizem. As que demonstram, ainda mais e mais … Prazer! Mas quem consegue, sabe que da minha boca, ouve o que sinto e não as palavras bonitas que muitas vezes gostavam de ouvir para ficar bem na fotografia. Essas palavras mesmo pronunciadas com amor, onde dizemos aquilo que não gostamos e não aceitamos nas nossas vidas as pessoas não estão habituadas a ouvir. Não estão habituadas a ser confrontadas e a discutir o assunto com verdade. Elas não querem que sejas tu mas sim o que elas gostariam que tu fosses. Essa decisão só tu podes decidir. Ou és quem és, ou és quem queres que os outros querem que tu sejas. Não prescindo deste gostar. Faz parte da minha essência. Todos nós temos uma essência que devemos procurar e depois vivê-la como se não existise amanhã. Digo isto vezes sem conta. Vivam as vossas paixões antes que seja tarde. Não permito hipocrisias na minha vida. Permiti-las é aceitar que somos iguais. 6 Eu quando não concordo digo e discuto o assunto confrontando mas não perco muito tempo à espera da aprovação do outro. O outro tem o direito de pensar o que quer e o direito de ouvir a verdade do que pensa, mesmo que não goste de ouvir. Esta verdade faz a filtragem das pessoas que estão na tua vida. Tenho pessoas que sabem o que sou e não o que pensam que sou. Assim vai a minha vida de viajante. Deito-me tranquilo porque nada fica dentro de mim por dizer se tenho vontade de dizer. Esta a minha paz de viajante. E sabem uma coisa? Posso dizer que hoje em dia tenho muitas pessoas LINDAS à minha volta e a cada dia crescem mais novas amizades. Adoro e permito-me fazer as minhas escolhas na autenticidade de cada novo ser que entra na minha vida. Sempre a fluir! - Luís Baião, in Inspiração Luis Baião Progenitor Zen Family Viajante e Explorador da Vida [email protected] www.facebook.com/luisbaiaozenfamily 7 Viagens da Comida Saudável e viagens. De seguida volta à capital para a segunda presença no programa “Faz Sentido” de Ana Rita Clara na SIC Mulher. Após a primeira presença neste programa Daniela foi convidada a ter uma rubrica mensal neste programa, desta vez apresentou uma receita que não fazendo parte do livro não deixou de deliciar os espectadores e de suscitar curiosidade para o livro, assim como fazer nascer ideias para quem sabe um segundo livro com novas viagens, novos países e novas receitas. A Cozinha Angolana foi a premiada, com o toque de “Viagens da Comida saudável”! Sempre equilibrado, nutritivo, saudável com produtos biológicos locais e sazonais. Hummm! E ficou bem saboroso com gindungo português! Abril trouxe mais eventos para apresentação do livro: “Viagens da Comida Saudável” começando pelo alentejo, Évora recebe Daniela Ricardo e Luis Baião para uma apresentação do livro e partilhas inspiradoras deixando os presentes com vontade de experimentar receitas 8 Durante este mês Daniela marcou ainda presença no workshop “Os sentidos do Vinho” na Oficina Zen no Porto e voltou ainda ao Alentejo marcando presença na “Festa da Primavera” onde divulgou o livro, que foi um sucesso. No fim-de-semana de 9 e 10 de Abril foi a vez de marcar presença no Festival Happy Life onde foi realizado um showcooking e onde Daniela contou também com a presença de diversos amigos. Este festival foi um sucesso e as receitas também, motivando ainda mais os presentes a adquirir o livro. O próximo mês será mais um de intenso trabalho com apresentações em diversas zonas do país já marcadas. Ainda durante este fim-de-semana chegava uma grande notícia: a 2ª edição do livro está neste momento a ser impressa, que bela novidade que vem reforçar o sucesso de vendas. www.facebook.com/abiofamily.pt Cada vez mais são as pessoas a despertar para a necessidade de adoptar uma vida e alimentação saudável e assim se vai passando a mensagem. A 18 de Abril foi a vez de visitar a RTP 1 no programa “A Praça” onde foi confeccionada uma receita do livro alusiva a Marrocos. 9 Aos olhos dos viajantes...Marrocos Existem momentos Verdadeiramente Únicos ... Foto de Sandra Alves Viajante Zen Family Merzouga (Deserto Sahara) , 26 de Abril de 2016 10 A Promotora de Felicidade Celebração Olhando para trás na minha vida, há alguns anos … eu realmente sofria com preocupações e ansiedade! CELEBRAÇÃO era uma palavra que só associava a festas de família e amigos, a férias, a um trabalho novo…etc… Todos nós temos formas diferentes de gerir os nossos pensamentos, a nossa mente, no meu caso, sempre fui uma pessoa positiva, sempre encarei as coisas com um sorriso no rosto, no entanto CELEBRAR no verdadeiro sentido da palavra era algo que desconhecia! Era preocupada com o que os outros pensam, com o dinheiro (excessivamente!), com a “segurança”, tinha sempre algo a toldar-me a mente e a não me permitir deixar fluir e celebrar a vida! Olhando para o meu presente, continuo a ser uma pessoa positiva, continuo a manter um sorriso no rosto, aprendi a CELEBRAR, claro que continuo a ter preocupações, mas não lhes dou o mesmo significado e deixo a vida fluir! O que mudou? Tudo e nada! Tudo, pois decidi sair do padrão, sair da zona de conforto, ir à luta, guerrear pelos meus objectivos e ideais, de acordo com os meus valores e independentemente do que os outros possam pensar, ou criticar. Nada, pois simplesmente passei a respeitar a minha essência e autenticidade, a minha verdade! Sou muito mais feliz do que era, por dentro e por fora, educo a mente, faço por isso ! Às vezes – tem dias ! – ela lá consegue levar a melhor, quando estou mais frágil, quando estou menos consciente, quando me permito “ser humana”… mas logo dou a volta e “ponho -a no lugar”! Sinto as emoções à medida que aparecem, permito-me senti-las para as deixar passar, se hoje acordei mais cinzenta, aceito, reconheço, sinto e deixo fluir – choro, berro, permito-me até lamentar (cada vez menos!) pois sei que logo vem um novo dia e vou acordar mais colorida. Reconheço e aceito, conecto-me com a minha essência, a minha alma, a minha verdade e vivo, deixo passar: TUDO PASSA! CELEBRO as vitórias, as conquistas, mas celebro também as aprendizagens e frustrações pois elas têm um papel muito importante no nosso crescimento enquanto seres humanos, enquanto seres espirituais. Não adianta pré-ocuparmos a mente com suposições, com algo que ainda não aconteceu e que os nossos medos desperta, respirar fundo, tomar consciência, celebrar a vida, agradecer cada oportunidade e ser Feliz. TU estarás sempre lá para TI TU estarás sempre de braços abertos para TI Celebra a vida, tão só em Amor, Simples! Sónia Ribeiro A Promotora de Felicidade [email protected] www.facebook.com /apromotoradefelicidade 11 Banhos de Optimismo O nosso tempo A palavra tempo (Tempus) pode definir-se como a grandeza física que permite medir a duração ou a separação das coisas mutáveis/sujeitas a alterações. Esta mesma grandeza, cuja unidade básica é o segundo, permite ordenar os sucessos em sequências, estabelecendo assim um passado, um presente e um futuro. O tempo dá lugar ao princípio de causalidade, que é um dos axiomas do método científico. A cronologia permite datar os momentos em que ocorrem determinados acontecimentos. Trata-se de uma linha de tempo onde se pode representar graficamente os momentos históricos em pontos e os processos em segmentos. Já a filosofia oriental parece ter sustentado que o tempo, bem como o espaço são construções da mente humana. Mas o tempo pode ser também o momento em que se realiza a acção. Pode-se distinguir o tempo absoluto ou tempo relativo. Muitas são as definições de tempo, mas nesta edição vou escrever sobre aquele que costumamos chamar de o “nosso tempo”. O nosso tempo é o tempo que temos disponível para viver e aquilo que fazemos com ele. Atualmente parece que vivemos na era da falta de tempo. Ouço com muita frequência a frase “faltame tempo”…e normalmente falta tempo para estudar, para ficar mais com a família, para nos encontrarmos com amigos, para praticar desporto, para ler, para passear. Fico preocupada quando percebo que muitas vezes nos falta tempo para crescer, para educar, para sorrir, para amar, para sermos nós próprios, para viver, para ser feliz. Falta-nos tempo para olhar para nós, para perceber as nossas vontades, para pensar nos nossos desejos, para sonhar, para lutar, para ser. 12 Pergunto-me: Mas afinal, o que andamos todos a fazer com o nosso tempo? Como é que ele é preenchido? Possivelmente estamos em modo: piloto automático, fruto de uma sociedade moderna onde tudo é agitação e em que quem não mergulha nesta correria parece não estar no ritmo certo. Vivemos com os dias cronometrados, esquecemo-nos de parar…parar para sentir que o tempo apenas é escasso quando nos deixamos controlar por ele. Que para uma vida saudável e equilibrada precisamos ter tempo para ser. Por momentos, tire o relógio, usufrua daquela liberdade que é desligar o despertador ao sábado e acordar á hora que for, fique horas a conversar com alguém de quem gosta, faça um passeio sem hora marcada para o regresso, faça com que o tempo corra a seu favor. Não se esqueça que o nosso tempo é o bem mais precioso e que uma vez gasto ele não volta. Nídia Massano Repórter/Locutora [email protected] Aproveite o seu tempo. 13 Histórias, Mitos e Contos Tributo à Mãe Terra “A Vossa Mãe está em vós, e vós Nela. Ela vos ilumina e Ela vos dá vida. Foi ela quem vos deu o vosso corpo, e a Ela o devolvereis algum dia. O sangue que corre em vós nasceu do sangue da nossa Mãe Terra. O Seu sangue cai das nuvens, brota no seio da terra, murmura nos regatos das montanhas, flui espaçosamente nos rios das planícies, dorme nos lagos e se enfurece nos mares tempestuosos. O ar que respiramos nasceu do alento da nos- montanhas, são como gigantes que jazem adormecidos nos pés das montanhas, como ídolos levantados no deserto, e estão ocultos nas profundidades da terra. sa Mãe Terra. A Sua respiração é azul celeste nas alturas dos céus, silva nos cumes das montanhas, sussurra entre as pétalas do bosque, ondeia sobre os trigais, dormita nos vales profundos e abrasa no deserto. A dureza dos nossos ossos nasceu dos ossos da nossa Mãe Terra, das rochas e das pedras. Erguem-se desnudas aos céus no alto das sos olhos como as profundidades invisíveis da terra. A luz de nossos olhos e o ouvir de nossos ouvidos nascem ambos das cores e dos sons da nossa Mãe, que nos envolve como as ondas do mar à praia, como o ar amontoado envolve a ave. 14 A delicadeza da nossa carne nasceu da carne da nossa Mãe Terra; carne que madura amarela e vermelha nos frutos das árvores, e nos alimenta nos sulcos dos campos. Os nossos intestinos nasceram dos intestinos da nossa Mãe Terra, e estão ocultos aos nos- Em verdade vos digo que o Homem é Filho da Mãe Terra, e dela recebeu o Filho do Homem em todo seu corpo, do mesmo modo que o corpo recém-nascido nasce do seio de vossa mãe. Em verdade vos digo que sois unos com a Mãe Terra; ela está em vós e vós, nela. Dela nascestes, nela viveis e a Ela de novo retornareis. Guardai portanto Seus mandamentos, pois ninguém pode viver muito nem ser feliz senão aquele que honra sua Mãe Terra e cumpre Suas leis. Pois a vossa respiração é a Sua respiração, o vosso sangue, o Seu sangue, os vossos ossos, os Seus ossos, a vossa carne, a Sua carne; os vossos intestinos, os Seus intestinos, os vossos olhos e vossos ouvidos, Seus olhos e Seus ouvidos. Ela nos deu o Seu corpo, e ninguém senão Ela o cura. Feliz quem ama a sua Mãe e repousa sossegadamente em seu refúgio, porque a vossa Mãe vos ama, até mesmo quando lhe viram as costas. E, tanto mais vos amará se regressardes de novo a ela. Em verdade vos digo que muito grande é o Seu amor, maior que a maior das montanhas e mais profundo que o mais fundo dos mares. E aqueles que amam a sua Mãe ela nunca os abandona. Assim como a galinha protege a seus pintinhos, como a leoa os seus filhotes, como a mãe o seu recém-nascido, assim protege a Mãe Terra o Filho do Homem de todo perigo e de todo mal. ” Envangelho dos Essenios Dr.Edmonf Bordeaux Székely Neste mês, inspirou-me fazer um tributo especial á Mãe Terra. Este “colo” que nos acolhe, que nos dá vida, que nos nutre, que nos presenteia com a sua beleza e com os seus recursos. Lendo no outro dia, coisas breves que fui escrevendo ao longo dos anos, encontrei um pequenino texto que escrevi em agosto de 2010 e partilho: “O som da brisa envolve o silêncio, surge um solo de um rouxinol e as folhagens acompanham numa dança sensual, o ritmo da vida. O sol põe-se e surge a lua, tudo segue o mesmo ritmo, o ritmo da vida. O ritmo da vida, segue as leis, as leis do Universo. E aqui estou eu, neste pequenino Planeta Azul, onde os Homens, criaram as suas Leis, mas…e as leis da vida…e as leis do Universo.... que regem esse ritmo, que nos envolve e nos inspira onde quer que nós possamos estar, esse pulsar de vida que existe ao nosso redor, basta observar e estar atento, e senti-lo a ressoar dentro de nós. Como nos esquecemos de olhar a maior fonte de inspiração de vida, para entender que não podiamos ter criado as leis dos Homens que não respeitam as leis do Universo, nem os seus ritmos.” Somos visitantes deste Planeta, somos convidados nesta Casa, e tal como quando somos convidados a ir a casa de alguém, devemos respeitar quem lá vive, respeitar as leis que lá existam e não chegar, tomar posse, desapropriar quem lá esteja, ignorar as leis e os ritmos que lá existam. É tão obvio para nós que não o fariamos se fossemos convidados a visitar a casa de alguém, mas não nos parece tão obvio quando pensamos da mesma forma o estarmos a habitar no Planeta Terra, a Mãe, que nos acolheu, que nos acolhe, que tem Vida e que dá Vida. Honrar a Vida é também honrar o Planeta onde existimos. Obrigada Mãe Terra por nos acolheres, nos nutrires e nos amares. Susana Nereu Peregrina no Planeta Terra Coach e Empresária [email protected] 15 Casa dos Sonhos É com todo o Amor e dedicação que temos vindo a transformar a já fantástica Casa dos Sonhos de forma a receber cada vez com mais magia todos aqueles que escolhem fazer parte dos nossos retiros. Este ano o primeiro retiro está já ESGOTADO, será o Corpus Sanus - Saúde Integral nos dias 13, 14 e 15 de Maio e, os seus participantes serão recebidos com pompa e circunstância na nossa colorida casa, onde o ar é mais puro, onde a energia flui, onde amigos se encontram, almas se reencontram, onde as palavras são poucas para descrever o que se vive. 16 Devido ao grande sucesso deste primeiro evento de 2016, que esgotou em 24h, iremos fazer um evento semelhante em Junho fora da Casa dos Sonhos para podermos receber mais gente mas, num local que também nos apaixona, vamos ser certamente uma centena de pessoas a tomar consciência, seja através de workshops, convivio, palestras, caminhadas, piscina interior e exterior, novos amigos que vamos fazer e muito mais ... As gentes da aldeia recebem como ninguém, sempre com um sorriso, um “Bom dia!”. É sempre com muita gratidão que voltamos à Aldeia, é sempre com muita vontade de partilha, com desejos de dar o nossos melhor e de melhorar a cada evento, a cada nova pessoa que se torna amiga, a cada desafio que aparece. Aqui as ideias fluem, aqui os olhares são cúmplices, aqui fazem-se amigos para a vida, aqui a comunhão com a Natureza é inexplicável. Estamos de braços abertos, prontos a receber os nossos amigos, os nossos viajantes, também aqueles que timidamente nos visitam pela primeira vez e logo se sentem em casa. É um privilégio dispôr deste pedaço de chão, num local abençoado pelo Universo. É um ganhar anos de vida, conviver com estas gentes que desafiam o tempo, que são de sorriso fácil. Fique atento aos próximos eventos . 17 Dieta espiritual Porque é que as pessoas escolhem a Índia? Depois de escrever o livro – “Liberta-te de Pensamentos Tóxicos: 7 passos para uma Dieta Espiritual” inúmeras pessoas colocam a questão: por que razão a Índia? O que este país tem de tão especial para que as pessoas o escolham como destino para um mergulho espiritual? Precisamente por essa razão não resisti a escrever um artigo para a Zen Family – uma revista que também fala de viagens, sobre o que significa para mim a índia e o impacto que este lugar teve para mim. Índia é um país mágico, a este local pode mesmo aplicar-se a expressão – primeiro estranha-se, depois entranha-se. Dois meses foi o tempo suficiente para perceber por que razões as pessoas procuram este gigante e transformador local. Na Índia é muito natural ver pessoas sozinhas, quer homens quer mulheres. As pessoas escolhem este sítio porque estão em busca de si próprias, querem sentir que não vivem só por viver, pretendem despertar, pretendem saber quem são, pretendem liberdade, pretendem descobrir o amor a outros níveis – amor pela vida, amor por si mesmo, amor pelos outros de uma forma desprendida e sem desejar nada em troca. E é curioso, de facto esses sentimentos são rápidos de encontrar quando se mergulha num mundo tão espiritual como é a Índia, num mundo onde não existem fronteiras, raças, cores, cargos, todos somos iguais. Pelo menos em Rishikesh, capital do yoga este é o sentimento que se vive. Sentimo-nos em casa, medita-se em qualquer lado a qualquer hora. Não há medo de se fazer perguntas, nem vergonha de ir atrás das respostas. As pessoas procuram um contacto profundo com as suas almas, procuram saber mais sobre o tema espiritualidade, sobre o amor, sobre a vida, procuram desenvolver a consciência e o auto-conhecimento. A humildade é também uma imagem de marca, quer nos locais, nos gurus, nos professores, nos mestres, quer nos turistas que deci18 dem mergulhar nesta cultura. A intensidade com que vivemos naquela realidade é indiscritível…É tão bonito quando vamos até as margens do rio Ganges e encontramos pessoas de todo o lado - indianos, russos, brasileiros, americanos, portugueses, ingleses, israelitas, italianos, espanhóis, costa-riquenhos, todos eles com o mesmo propósito e com a mesma vontade, todos eles “perdidos” com o seu olhar no fluir da água que corre, e em simultâneo com um sentimento de real encontro entre as suas almas. Sim na Índia fala-se em almas sem pudor, ninguém tem vergonha de falar em Deus, no Universo, no poder da atracção. Aqui essa linguagem não é estranha é comum, é mágica. O que não é normal é a crítica, a separação, a censura, a superioridade, a arrogância. As pessoas dão e abrem-se para receber, as pessoas reconhecem a beleza que existe dentro de cada ser humano e não se retraem a espalhar amor. É natural espalhar abraços, sorrisos, elogios. Na Índia vive-se uma espécie de mundo considerado utópico e quem lá foi sabe do que falo. Pessoas de todo o mundo encontram-se para unir o mundo, para esquecer as diferentes línguas pois a língua é sempre a mesma, é a única língua universal que todos podemos compreender, que todos falamos – a língua do amor. Adorei sentir que ali não existiam cargos, não existem Doutores nem Engenheiros, pelo contrário, o sentimento de igualdade imperava nas ruas, o sentimento de partilha era tão autêntico, tão verdadeiro, tão natural. É tão curioso como os hindus abraçam qualquer pessoa, independentemente da religião que ela tenha eles aceitam e até tentam crescer connosco, apesar de nos ensinarem muito no campo da espiritualidade, da entrega e da fé, eles consideram que podem aprender com cada turista que ali vai, o que de facto é verdade, todos os dias estamos a aprender com alguém, mas é bonito ver essa humildades nos mestres e gurus. Não importa se as pessoas estão cheias de tatuagens, de piercings, vestidas de branco ou de preto. Somos todos iguais – lá somos encarados como almas e as almas não têm adereços. É isso que sinto, ao contrário de outros locais no mundo, na índia os adereços, as roupas, as opções de cada um não ditam o que eles são, nem o que eles valem. O normal na Índia é cuidar das nossas almas e do seu brilho, é cuidar da nossa mente e da sua serenidade, é cuidar do nosso corpo e da sua saúde. É normal falar em Deus, no universo, nas leis da vida, é natural falar da energia, é natural expor medos, inseguranças, mágoas, revoltas, crises existências, é natural não ter respostas, é natural dizer que não se sabe e que se quer aprender. Algumas pessoas vão para a Índia para se encontrar porque lá o encontro com o nosso espírito é promovido e incentivado. Os Ashrams oferecem-nos yoga, meditação e palestras onde se fazem perguntas de todo o tipo. Assisti a uma palestra magnífica onde pudemos debater a homossexualidade, o sexo, a poluição do rio Ganges, a fome, a pobreza. Eles abraçaram as perguntas com amor, sem tabus, sem crítica e abraçaram também as pessoas que colocavam as questões, eles não se recusam a responder a qualquer pergunta, por mais delicada que fosse, eles respondiam sem desviar o assunto. Numa dessas palestras um dos gurus mostrou-se emocionado e feliz por ver a forma como o mundo, como inclusive os jovens se estavam a abrir para a espiritualidade, para a meditação, para a saúde mental. Nestas palestras a que assistia adorava a diversidade de idades e de estilos, vi jovens entre os 16 e 18 anos, vi adultos na faixa dos 20 aos 60 anos, todos eles mostravam no olhar uma sede de viver, de aprender, de amar, de ser melhor. O meu sentimento era exactamente o mesmo, não podia observar os meus olhos mas podia sentir o meu coração, e o amor que transbordava em mim pelas pes- soas que se atravessavam no meu caminho, esse amor era inexplicável, era real, era puro, era e foi uma forma poderosa de me ligar a este mundo onde vivo, onde nós vivemos. Não estou a dizer que tudo é um mar de rosas, porque não é. Vive-se altos e baixos, mas os altos acabam por compensar os baixos e é por isso que todas as pessoas voltam, as pessoas que fui conhecendo; é muito fácil conhecer pessoas na índia, paramos para beber um chai (típica bebida, chá do país) e quando damos conta estamos numa longa conversa com outros turistas que se encontram ali a usufruir dos terraços, varandas e da vista do Ganges; quase todos eles me disseram que não era o primeiro ano ali e que todos os anos voltavam, voltavam porque se sentem em casa, porque vivem experiências únicas, porque não 19 Dieta espiritual param de aprender e porque em simultâneo experienciam aquela que é considerada a utópica mas linda música de Jonh Lennon - Imagine. A letra diz: “Imagine todas as pessoas a viver no presente Imagine se não houvesse nenhum país […] Nem religião também hindu, jeová ou judeu, isso não tinha qualquer importância o que era importante era o crescimento, o amor, a fé, a entrega, o despir de preconceitos. Vi tantos jovens preocupados com o mundo onde vivem, preocupados em torná-lo melhor, em protegê-lo. Imagine todas as pessoas a viver a vida em paz […] Imagine todas as pessoas partilhando todo o mundo […]” Confesso que houve momentos que senti que isto não é utópico e sim possível, confesso que houve momentos em que me senti a viver num mundo sem fronteiras, sem religiões que separam o Homem, pois ninguém se preocupava com as crenças do outro, falávamos em Deus sem discutir o que era ou não certo e verdadeiro, não importava quem era cristão, fingir que essa parte não estava lá até porque essa parte mexeu profundamente comigo, penso que mexeria com qualquer um. Muitas vezes oiço pessoas queixarem-se, chorarem até porque não podem por exemplo, dar uns ténis de marca aos filhos, se essas pessoas mergulhassem na realidade da Índia perceberiam que isso não é um motivo para choros nem lamentos, perceberiam que nos devíamos sentir imensamente gratos por ter casa, comida, roupa, calçado. 20 Vi também pobreza, aliás miséria, não posso Lamentamos muitas vezes não ter o que o vizinho do lado tem, considerando que a nossa felicidade está nesse objecto, pura ilusão de uma alma que não se encontrou e que procura artefactos para criar uma felicidade, felicidade essa temporária. Essa foi outra das grandes experiencias que vivi na Índia – o despojamento, o dormir em locais do mais simples e humilde que existe, eu queria ter essa experiencia e tive. Eu não quis fugir da pobreza, é importante não fugirmos dessa realidade, primeiro, para perceber o que podemos fazer para contribuir e segundo, para não nos queixarmos do que não temos, quando na verdade se calhar nem sabemos de facto o que é nada ter. Vi crianças dormir debaixo de um mero toldo só em cuecas, sem quarto, cozinha, nem casa de banho, viviam assim à beira de uma estrada ruidosa e movimentada, expostas ao mundo sem qualquer conforto. Depararmo-nos com esta realidade é um murro no estômago e muitas vezes esse murro derruba o nosso muro das lamentações e que assim seja. vés dos olhos de quem observam, são capazes de quebrar as barreiras, as capas, são capazes de deixar cair os receios do “parece mal”. É fácil, na Índia é muito fácil as pessoas deixarem cair os véus, deixarem cair a “pele” que vestem para agradar os outros, na Índia as pessoas deixam de recear ser autênticas, aliás, elas passam a desejar ser autênticas para poder experienciar o nível de amor que vêem nos outros. Na Índia nós aprendemos que não há que temer Ser, porque Ser é das coisas mais sagradas que podemos experienciar na terra, Ser é o verdadeiro sucesso, a verdadeira realização, a verdadeira descoberta, a verdadeira felicidade, a verdadeira forma de vivermos em paz connosco e com os outros. Índia um paraíso que se estranha, mas que se entranha nas nossas células ao ponto de queremos regressar, ao ponto de querermos permanecer, ao ponto de termos dificuldade em voltar para o nosso país, para as suas regras, para os cargos, para a imagem, para as obrigações. Estou apaixonada pela liberdade que pude experienciar num país dito “fechado”, principalmente para as mulheres, permaneço apaixonada por quem lá conheci, desde locais, a mestres, a professores, a turistas, permaneço apaixonada pela magia do Rio Ganges, permaneço apaixonada por quem lá fui, e pela forma como voltei, permaneço apaixonada pela vida, permaneço apaixonada pela extraordinária bênção de viver o presente e de não deixar que este maravilhoso presente me escape das mãos, permaneço apaixonada por tudo, permaneço apaixonada por nada, permaneço apaixonada pela ideia de lá voltar… Na Índia ninguém é olhado como um “louco” ou diferente, na Índia as pessoas cruzam olhares e olham realmente umas para as outras, as pessoas partilham sorrisos e abraços e muitas vezes só porque sim, só porque têm vontade, só porque são capazes de ver atra- Rute Caldeira Terapeuta Holistica [email protected] 21 Contributo dos viajantes... Esta não foi a primeira Viagem que fiz com a Zen Family e seguramente não será a última. A riqueza humana marca presença e fica para sempre, muito mais de que o carimbo no passaporte é o registo que fica no coração. com um templo que me fez sentir inserida na cultura religiosa deste povo. O Templo da Paz no Mundo cortou-me a respiração pela dimensão energética, os pés ligaramse ao chão quente daquele lugar, mas foi por pouco tempo, o céu lançou uma chuva de granizo como nunca tinha presenciado, o grupo abrigou-se aninhando-se como passaritos contentes e excitados com as primeiras chuvas, foi gratificante e sim… muito refrescante. Nagarkot ofereceu uma vista deslumbrante aos olhos e á alma, em plena montanha, adormeci com um céu estrelado e acordei com o sol a pincelar de branco dourado os Himalaias, a gratidão que senti foi musicada pelo cantar dos pássaros e troquei abraços com a minha querida Célia, a emoção e o ar que respirava estavam ligados…fazendo-me perder o pio… é verdade!! Na chegada ao Nepal, aguardavam-nos de braços abertos o Querido Luís e o Zé Augusto. Mesmo com a cidade de Kathmandu às escuras sentia-se a energia do grupo á flor da pele e imperava a alegria da chegada. Os próximos dias previam-se muito coloridos e saborosos, temperados com magia, emoções, sorrisos, cumplicidades, partilha, sabedoria, descobertas… O Lago de Phewa em Pokhara recebeu-nos e envolveu-nos nas suas águas e margens verdejantes, a serenidade do percurso e dos mestres do remo levaram-nos a uma ilha 22 Em Bhaktapur vivi a experiência da recuperação, Boudhanath Stupa está a ser reconstruída, não vi máquinas, tudo passa pelos ombros, pelas mãos e sobretudo pela vontade Humana de reerguer. Na verdade também a minha essência tem estado em remodelação, tenho que rever os meus velhos projectos… Embalada pelos incensos pedi a energia da recuperação a Buda. Finalmente o Butão, o País da Felicidade estava estampado na cara dos nossos guias, e das pessoas com quem me cruzei, a alegria nos olhos, a atitude de respeito em relação às suas tradições e costumes, o amor com que nos receberam e conduziram durante toda a estadia deixaram-me vulnerável… era autêntico, genuíno e inesgotável. A subida ao Ninho do Tigre começou bem cedo, e num primeiro contacto visual apostei comigo mesma que a energia que me levaria a entrar na montanha será a mesma que vou usar na minha vida, novos percursos, novas metas, substituir medos por desafios e Fluir. A subida foi lindíssima, mágica, a montanha e a floresta refrescaram-me o rosto com uma energia muito subtil. No grupo cada um seguia ao seu ritmo, senti-me ligada a todos eles, fosse pelas gargalhadas ou pelos silêncios, a alegria de só Ser e Estar Ali expandiu-se e soprou-me aos ouvidos a palavra Felicidade. Não voei pela montanha na parte de trás de uma tigresa como Guru Rinpoche, mas a sensação da chegada ao Mosteiro Taktsang foi como se tivesse sido levada por uma energia que não era só minha. A Felicidade continuou em viagem com todo o grupo, a celebração da renovação de votos do Luís e da Dani, foi um momento emocionante de celebração ao amor com liberdade e verdade. A Linda voz da Sílvia uniu todos os corações tendo como pano de fundo o Rio Pho Chu e Mo Chu. Esta viagem fez-me olhar de frente para as minhas fragilidades e para as minhas verdades, tenho ainda um longo e fantástico caminho a percorrer. Regressei inspirada pela experiência e pela energia de um grupo de pessoas fantásticas. Estou profundamente grata ao Luís, á Dani e ao prof. José Augusto por partilharem a sua sabedoria. Estou grata á terra, ao céu, ao mar e á energia do amor que nos permite que cada dia seja sempre melhor. 23 Texto e Fotos de: Lina Lopes Viajante Zen Family JAPAMALA - Um caminho para a Serenidade O que é um JAPAMALA? “Japa” é uma palavra sânscrita que significa “murmurar, sussurrar”. A palavra “Mala” também é de origem sânscrita e significa “corrente” ou “cordão”. O Mala representa a realidade interna. Este objecto sagrado foi trazido para o Ocidente pelos Romanos e sendo o nome “Japa” muito idêntico a Jap (Rosa), assim nasceu o nome Rosarium (rosário) com que no Ocidente se designam os “terços”. Quem utiliza o Japamala? Estes colares estão nas mãos de pessoas de todos os credos e religiões, como um instrumento de oração ou como instrumento para a técnica de concentração e meditação, auxiliando o homem na sua busca pela espiritualidade. Existem diversas religiões e filosofias que - Os muçulmanos e os sufistas usam o Tasbi - como é conhecido o rosário muçulmano. Pode ser feito de madeira, madrepérola, metais e pedras preciosas, com ricos significados dentro da astrologia islâmica, contem 99 ou 33 contas. O Japamala é utilizado para contar mantras em grupos de 108 repetições. Um Mala pode conter contas que somem múltiplos de 108, de modo que facilitem o cálculo do número total de 108 repetições. Por exemplo, as pulseiras usadas para este fim possuem 18 ou 27 contas, existem também Japamala com 54 contas. Porquê o número 108? O número “108” é considerado um número sagrado, por diversas razões matemáticas, físicas e metafísicas. Para se ter uma ideia, este número é o produto de operações ma- temáticas simples e precisas. Exemplo: ao multiplicar-se 1 elevado a ele mesmo por 2 elevado à 2ª e por 3 elevado à 3ª o resultado é 1 x 4 x 27 = 108. O alfabeto sânscrito possui 54 letras ou fonemas masculinos e 54 que são chamados femininos, resultando em 108 fonemas. utilizam colares semelhantes ao “japamala”: - Para os budistas tibetanos o Mala é um elemento religioso de destaque, que ajuda a limpar a mente . Para eles a repetição dos sons sagrados, ajuda abrir o coração para o amor e a compaixão. - Os católicos utilizam o rosário ou “terço” para fazer as orações. O rosário possui 50 contas separadas de dez em dez por outra conta maior, somando 54 contas. E os seus extremos unem-se numa cruz. Para que se utiliza o Japamala? O Japamala auxilia na prática da concentração agindo como um ponto de apoio. 24 Ele não impede a mente da dispersão - pois isso é próprio do estado de agitação da mente - mas faz com que se tenha consciência da necessidade de voltar a focar a mente no objectivo. Alem disso, o Japamala pode ajudá-lo a dispersar a tensão, a ansiedade e o medo permitindo atingir níveis mais altos de consciência e realização espiritual uma vez que nos remete para a atenção plena. Quanto mais se utilizar o Japamala, mais ele será impregnado da nossa própria energia. Utilizado de modo apropriado, o Japamala converte-se num poderoso amuleto, ou talismã, que confere sorte, saúde, protecção, prosperidade, felicidade, consciência e realização espiritual. Porque é que o Japamala tem uma “pedra de fecho”? A conta do fecho (ou central) do Japamala chama-se “Meru”. Este fecho pode ser formado por uma única conta ou por um conjunto de peças e entrançados. Este “fecho” funciona como a conta estática do Japamala e é finalizado de forma tão distinta para que não seja ultrapassada ao finalizar o Mantra: se pretender continuar a mantrar após terminar uma sequência, deve virar o “Mala” ao contrário e recomeçar no sentido inverso. O objectivo? O “Meru” é fixo, as restantes contas não são: o que se pretende é que quando puxamos as contas a cada frase, ganhamos um espaço entre elas juntando as contas que ficaram para trás. Desta forma, seguindo toda a sequência do mantra, cada vez que “puxamos” uma conta o nosso polegar toca o dedo médio formando o “Mudra da riqueza espiritual”. Esta é uma das razões pelas quais os Japamala devem ter uma ligeira folga entre as contas. Como usar o Japamala? Segurar o Japamala entre o polegar e o dedo médio, sempre na mão direita (esta é a forma mais comum - não usar o indicador) e recitar o mantra inteiro em cada conta. Ao finalizar o mantra, passar para a conta seguinte. Deve repetir o mantra tantas vezes quanto as contas que o Japamala tiver (108; 54; 27; 18). Ao finalizar a sequência, se quiser continuar a mantrar não deve passar para o outro lado da pedra de fecho: virar o japamala na mão e recomeçar. Tipos de Japamala. Existem infinitos tipos de Japamala: eles são feitos com todos os materiais disponíveis na mão do Homem. Aqui fica uma descrição e referência aos materiais e origens mais comuns e mais extraordinários. Japamala com contadores: os Japamala mais comuns têm 108 contas. Existem, no entanto Japamala com contas extra - Contadores. Estas peças servem para dividir contagens nos Japamala: servem apenas como sinalizadores para que possamos, de olhos fechados, situar-nos no Mala. Também servem como contadores para exercícios respiratórios ou para fazer sequências de contagem específicas. Há algumas variações: em alguns Malas, além das 108 contas existem outras quatro, um pouco menores, nas posições 7 e 21, para facilitar a contagem em certas orações e mantras que devem ser recitados este número de vezes. No Tibete, as contas divisórias (contadores) podem ser de pedras semipreciosas. Os mais preciosos são os feitos de ossos de homens santos ou de lamas. Os malas Tibetanos normalmente são divididos em quatro grupos de 27 contas por três contas um pouco maiores que representam as Três Joias (Buda, Dharma, Sangha) e ainda possuem um “dorje”( um raio) e um “drilbu” (um sino) nos seus contadores. É de suma importância que o Japamala seja uma parte de nós mesmos, que o conheçamos como a nossa própria mão para que não necessitemos de focar a nossa atenção nas 25 JAPAMALA - Um caminho para a Serenidade peças à medida que progredimos na entoação dos Mantras. Por esta razão não é aconselhável a utilização de Japamala com contadores a principiantes. “Conhece o teu Japamala como te conheces a ti mesmo”: será o mesmo que dizer que à medida que nos vamos descobrindo interiormente, nos tornamos mais próximos do objecto. Quando já não precisamos do Japamala, ele tornou-se parte de nós! Japamala de Rudraskas: a rudraksha é, na filosofia hindu, conhecida como a Lágrima de Shiva e considerada a manifestação mais potente da Força Cósmica. Por essa razão a rudraksha é objeto de veneração e é utilizada como uma fonte para alcançar o Eu Superior, frequentemente simbólica da ligação entre a terra e o céu. A árvore de onde são extraídas as sementes de rudraska é botanicamente catalogada como Elaeocarpus ganitrus e as propriedades terapêuticas do seu fruto são o alívio do stress e a redução dos problemas circulatórios. Talvez por isso a rudraska, na Índia, seja tão considerada na confecção dos Japamala, embora apenas 5% da produção seja oriunda deste país. Os gomos das sementes da rudraska chamam-se MUKHI e acredita-se que quanto maior número de mukhi, maior a qualidade da rudraska. Japamala de contas Tulsi: as contas com que se fazem estes Japamala vêm de uma planta chamada Tulsi, ou Manjericão Santo (Ocimum tenuiflorum). A Tulsi é a planta sagrada de Krishna. É muito apreciada pois tem propriedades terapêuticas extraordinárias: remove o flúor da água e beneficia a Glândula Pineal. Na Índia, o Tulsi é uma planta universalmente apreciada por yogis, místicos e santos de várias tradições espirituais: é adorada há mais de 5000 anos. 26 Encontram-se nos textos sagrados Vedas muitas referências a esta planta. As suas flores, folhas e madeira são parte integral da vida e adoração indiana. Nenhuma oferenda é considerada completa sem flores ou folhas de Tulsi, e a madeira é cuidadosamente queimada para a confecção de colares e Japamala. Os Japamala de Tulsi, acredita-se, transportam na oração a energia sagrada e santificam a sua entrega divina. Japamala de Sândalo: este Japamala é sempre muito leve, feito de uma madeira sagrada na Índia. Muitas vezes usada para fazer estátuas das infinitas divindades uma vez que tem uma poderosa ligação à energia dévica. Existem subespécies de sândalo um pouco por todo o Mundo, por isso não é difícil encontrar sândalo oriundo do Brasil, Havai e Timor – é no entanto o sândalo indiano o mais apreciado. No entanto o descontrole total na utilização desta madeira transformou o sândalo numa árvore ameaçada e, os mais conscientes evitam hoje em dia a sua utilização para não contribuírem para o seu desaparecimento. Os Japamala feitos com contas de sândalo libertam um aroma muito suave e característico, dizem ser a fragrância que Deus nos deu para acalmar a mente. Por isso são considerados óptimos companheiros de meditação pois o seu aroma ajuda a controlar a mente e mais facilmente se entra num estado profundo de meditação. Japamala de pedras semipreciosas ou cristais: as pedras são minerais e a sua estrutura é composta por átomos de energia. Quando entram em contacto com uma ener gia reflectora (luz), a mistura dessa energia com a composição química da pedra, formase uma nova energia: uma vez que cada tipo de pedra tem uma composição única, a nova energia gerada tem características únicas. Por isso há pedras que possuem efeitos relaxantes, ou estimulantes, curativos, indutores de um determinado estado mental, etc. Os Japamala de pedras semipreciosas ou cristais pretendem unir o efeito Mental do Mantra entoado às propriedades da pedra com que é feito. É muito usual utilizar pedras como a Ametista para fazer Japamala, pois esta pedra tem propriedades estimulantes do estado meditativo, é a pedra da tranquilidade, inspira a cura e a intuição. O Japamala de Âmbar, por exemplo confere protecção, beleza e amor. E assim cada pedra terá a sua função na composição do Japamala unindo as suas propriedades ao efeito da oração. Japamala de contas de vidro: o vidro é feito de uma mistura de matérias-primas naturais. Conta-se que ele foi descoberto por acaso, quando, ao fazerem fogueiras na praia, os navegadores perceberam que a areia e o calcário (conchas) se combinaram através da ação da alta temperatura. Há registros de sua utilização desde 7.000 a.C. por sírios, fenícios e babilónios. As contas de vidro impregnamse rapidamente da nossa energia. A sua composição permite que varie a temperatura em função do tempo de contacto e é facilmente reenergizado. Sendo a sua composição formada quase na totalidade por areia e calcário, faz com que esta seja uma matéria prima de excelência para a produção consciente dos Japamala. Japamala de Pedras Vulcânicas: as contas de lava vulcânica são muito utilizadas para fazer Japamala por ser uma pedra com uma forte ligação á terra (expelida das suas entranhas por acção do fogo). As contas vulcânicas conferem uma forte protecção física – protegem o corpo – para além de serem elemento de protecção da casa e repelirem a negatividade. Este será um Japamala forjado pela Terra e pelo Fogo que não permite a absorção de energia externa: é um fantástico amuleto de protecção quando impregnado da nossa energia e selado pela intenção de um Mantra. Japamala de Ossos: no Nepal é pode, encontrar-se Japamala feitos com 108 finas contas de ossos de crânio humano. Estes ossos são de crânio de budistas praticantes que já fizeram a sua passagem. O valor destes Mala é muito elevado devido a sua raridade. O propósito deste Mala de Ossos é orar, recitar mantras e meditar essencialmente no conceito de Desapego: a utilização desta matéria prima é a concretização desse mesmo Desapego. Podemos ainda encontrar Japamala de Semente de Lótus, Quartzos, Turquesa, Jade, Sementes de Bodhi do Nepal, Pérolas, Madeira de Rosa, entre muitos outros materiais. Cada material tem a sua energia espiritual, tendo mais ligação com certos tipos de divindades, mantras e energias. Limpeza, tratamento e reenergização do Japamala: Existem correntes filosóficas que determinam que o Japamala deve ser preservado de toque e olhar alheio. Existem correntes que defendem que se deve ter um Japamala diferente para cada Mantra. Em algumas culturas ou religiões estabelece-se que o Japamala deve ser mergulhado em água e sal antes de utilizado. A indicação para nunca pousar o Japamala no chão ou nunca o pendurar ao pescoço também é comum. Assim como a absoluta proibição de utilização da mão esquerda para pegar no mala! Existem infindáveis preceitos sobre a sua utilização. Partindo do principio que quando utilizamos o Japamala ele se impregna da nossa energia, a sua reenergização depende do nosso estado de espírito. No entanto caberá a cada utilizador decidir – escolhendo o dogma ou prescindindo dele – qual a melhor forma de utilizar esta ferramenta. O Japamala deve ser um meio para atingir um fim e, portanto, não deve a sua utilização ser um fim em si mesmo mas um caminho para a disciplina interior e o encontro com a Atenção Plena. Texto e Fotos de: Sandra Maria Marques Projecto Zafu & Zafu www.facebook.com/zafus.zafus 27 As receitas da Dani ApeteChia Frutos do Bosque Esta é uma receita muito fácil de fazer que pode ir mudando de acordo com as estações do ano. Ingredientes: • 125g de sementes de chia ● 800 ml de bebida de arroz ou de aveia ● 2 colheres de sopa de geleia de arroz ● compota 100% fruta de frutos do bosque ● 50ml de sumo de maçã ● sementes de sésamo tostadas ● hortelã fresca Preparação: Coloque num recipiente as sementes de chia, com a bebida de arroz e a geleia de arroz. Deixe assim cerca de duas horas para que o liquido seja todo absorvido. se ficar muito espesso pode acrescentar um pouco de bebida de arroz. À parte numa tigela dissolva a compota de frutos do bosque com o sumo de maçã, para que não fique tão espesso, mas mantenha um textura cremosa. Num copo ou numa taça de sobremesa coloque uma porção de doce de chia (¾ ). Cubra este com a compota de frutos do bosque. Decore com folhas de hortelã e sementes de sésamo tostadas. Hummm! Fica delicioso! Atreve-te a ser diferente! Experimenta! Alimenta-te de uma forma consciente! Daniela Ricardo Chef Cozinha Natural Autora do livro “Viagens da Comida Saudável” [email protected] www.facebook.com/abiofamily.pt 28 Moqueca de Tofu á Angolana Ingredientes: • 1/2 kg ● 4 cebolas médias ● 4 dentes de alho ● 2 chávenas de chá de abóbora cozida com 1 pimento vermelho, reduzido a puré ● 1 pimento vermelho cortado em tiras finas (Kimpira) ● 1 pimento verde cortado em tiras finas (Kimpira) ● 4 colheres (sopa) de azeite ● Sal marinho integral q.b. ● Cominho q.b. ● Pimenta preta ● Gindungo (pimenta malagueta) q.b. ● Gengibre (um pedaço do tamnho de uma noz) ● 1 folha de Louro Preparação: Num tacho, coloque as cebolas cortadas a cebola em meias luas, os alhos esmagados e o azeite. Deixe cozinhar até ficar dourado. Adicione o puré de abóbora com pimento vermelho. Acrescente os pimentos o tofu e tempere com os cominhos, o sal, a pimenta preta, o gengibre picado, o gindungo e o louro. Tape para cozinhar durante 5 minutos. Está pronto a servir. Nota: Este prato pode acompanhar com pão (tipicamente Português) ou com funge, também conhecido por pirão, uma massa viscosa feita com farinha de milho ou de mandioca, cujo o caldo em que cose pode ser de peixe ou de outros sabores do nosso agrado. Atreve-te a ser diferente! Alimenta-te de uma forma consciente! 29 Aos olhos dos viajantes...Marrocos Deserto Sahara Merzouga, Marrocos Abril 2016 Foto de Ana Sofia Viajante Zen Family 30 31 Zen Shiatsu Uma perspetiva holística sobre a Saúde da Mulher! Como mulheres temos desafios específicos em relação ao nosso bem-estar e saúde. O nosso equilíbrio tanto a nível físico como mental e emocional está intimamente ligado ao ciclo natural menstrual e às mudanças hormonais que ocorrem ao longo da nossa vida. Vivemos numa sociedade que não reconhece e apoia a importância da nossa natureza cíclica e das transições naturais que são parte intrínseca do nosso desenvolvimento humano. Como consequência, temos dificuldade em confiar nas mensagens dos nossos corpos e em conectar e aceitar de um modo positivo os nossos ciclos femininos e as mudanças resultantes. Neste artigo transmito a perspetiva da medicina oriental, em particular da medicina tradicional chinesa e do shiatsu sobre a saúde da mulher, tendo como objetivo criar outras possibilidades de interpretar a experiencia de ser mulher nesta sociedade ocidental. É frequente sentirmos que o período menstrual é algo incomodo, uma inconveniência, que traz consigo dor e desconforto, afetando as nossas rotinas e obrigações sociais. Provavelmente não o sentimos como algo natural e uma oportunidade de desenvolvermos uma relação mais intima com o nosso corpo e as nossas necessidades. A maternidade é muitas vezes sentida como uma interrupção no ritmo das nossas carreiras e talvez valorizemos menos a oportunidade de crescimento pessoal, autodescoberta e a experiencia do amor incondicional. A menopausa é vista como o fim da nossa juventude, não como o início de uma nova fase em que podemos explorar novas liberdades e embarcar num caminho mais dedicado ao autoconhecimento e espiritualidade. A sexualidade feminina está associada à juventude e beleza terminando quando envelhecemos, enquanto na medicina oriental a energia sexual está sempre presente e é apenas um dos tipos de energia que flui através de nós, contribuindo para a nossa energia vital, saúde e longevidade. Ainda que a vida da mulher tenha mudado muito nos últimos 2000 anos, os ciclos naturais que regem os nossos corpos permanecem os mesmos. Em algum momento da nossa vida experimentámos (ou provavelmente experimentaremos) irregularidades menstruais, períodos dolorosos, infeções vaginais ou 32 urinárias, sintomatologias de menopausa. Entender os nossos ciclos naturais e os sinais de desarmonia é uma ferramenta poderosa que possuímos como mulheres, para podermos fazer escolhas que beneficiem a nossa saúde, aumentem a nossa vitalidade e reduzam a probabilidade de adoecermos. Por esta razão a ginecologia é uma das especialidades mais antigas e respeitadas na medicina oriental! O início da menstruação, a gravidez e a menopausa são considerados, na medicina oriental, fases de transição primordiais na vida da mulher, nas quais ela tem a oportunidade de fortalecer a sua saúde ou o oposto, caso haja pouco cuidado com o estilo de vida e o cuidado próprio. Energia vital e saúde Central à medicina e filosofia oriental é o conceito de energia vital (Ki ou Chi). Esta é a energia que cria a vida, nos dá vitalidade e suporta todas as nossas funções fisiológicas e psíquicas. É a força motriz da função digestiva, movimento do corpo e do intelecto, entre outros. O Ki circula através dos meridianos de energia que percorrem todo o corpo. Quando o Ki é abundante e flui livremente e sem obstruções existe saúde, quando o Ki não é suficiente ou a sua circulação está bloqueada surgem os desequilíbrios e a doença. Período menstrual Cada mês desde jovens experimentamos algo natural, cíclico e intrínseco à nossa natureza, que de algum modo entra em conflito com o que a sociedade espera de nós, isto é que mantenhamos o nosso nível de atividade, respondendo às nossas responsabilidades e exigências sociais sem manifestar sintomas físicos ou emocionais. A nivel médico, irregularidades menstruais são vistas como disfunções, no entanto a medicina oriental tem uma perspectiva diferente sobre o nosso ciclo criativo biológico. A medicina chinesa denomina a menstruação, “água celestial” (tian gui) pois não é apenas a eliminação de material das paredes do útero, mas contém também a nossa energia vital. O início da menstruação é considerado uma fase de transição fundamental, marcando o início de uma nova relação com o nosso corpo e emoções. A regularidade, duração e a quantidade do fluxo menstrual, bem como as suas características e a existência ou não de dor, refletem o nosso estado geral de saúde. Assim qualquer perturbação relacionada com o ciclo menstrual, segundo a medicina tradicional chinesa (MTC), é um sinal de desequilíbrio energético (desequilíbrio na circulação de energia nos meridianos e órgãos do corpo). Estes desequilíbrios, que muitas vezes se manifestam naquilo a que chamamos síndrome pré-menstrual (SPM), são relevantes para a saúde da mulher e se não forem tratados,podem mais tarde estar relacionados com o aparecimento de nódulos, quistos, tumores, problemas de fertilidade, entre outros. 33 Zen Shiatsu A sabedoria oriental dá grande importância e atenção ao auto-cuidado durante esta fase em que estamos mais sensíveis e vulneráveis. Recomenda-se especial atenção à dieta durante o período menstrual, evitar o trabalho excessivo e a exaustão física e emocional. Qualquer perturbação do ciclo menstrual pede que consideremos o nosso estado emocional, as causas de stress, preocupação ou frustração, que podem potencialmente impedir o livre fluxo da nossa energia vital e considerar como lidar positivamente com estas causas. Somos seres emocionais As nossas emoções são também manifestações de energia. A saúde corpo-mente depende do fluxo livre da energia vital (Ki), incluindo as emoções. Perturbações ao nível emocional e mental afetam o movimento de energia através do nosso corpo. Emoções suprimidas, não expressas ou intensas podem induzir estagnação ou bloqueio da energia vital que por sua vez se manifesta em sintomas a nível físico. Por exemplo emoções como a culpa, frustração, irritação (sinais de energia emocional bloqueada), podem afetar o ciclo menstrual e manifestar-se como sintomas pré-menstruais. Em casos extremos podem mesmo levar à cessação do ciclo (geralmente temporariamente). Cristina Gondar Terapeuta Zen Shiatsu [email protected] 34 Só em Gratidão A 2ª Edição do nosso livro “Viagens da Comida Saudável” está a imprimir! Estamos muito felizes por a mensagem de uma alimentação consciente e natural, inspirada em sabores dos quatro cantos do mundo, estar a inspirar tantos a mudar ou a perpetuarem bons hábitos de vida. Parabéns a todos os que se atreveram a ser diferentes e decidiram mudar. Parabéns a todos os que com pequenas alterações no seu dia-a-dia, começam a tomar consciência do poder dos alimentos. Parabéns a todos que se permitem viajar à mesa, de uma forma saudável e equilibrada. Parabéns a nós que nos permitimos acreditar e realizar os sonhos. Sempre a fluir - Luís Baião & Daniela Ricardo, in Inspiração - 35 Despertutor - Consciência de Vida! Porque criamos resultados que ninguém Deseja? Esta questão que lanço prende-se sobretudo com a perspectivação sócio-cultural dos grandes sonhos, intenções e objectivos que advogamos para a nossa humanidade colectiva face aos Resultados que demonstramos alcançar e que em acto contínuo reconhecemos que não são aquilo que desejamos. Porque estamos numa fronteira geo-administrativa chamada Portugal e temos como referência mais de 1000 anos de história comum vamos cingir-nos a uma visão “Nossa” e necessariamente redutora, face à importância que o tema nos merece, facto pelo qual apresento o meu lamento. Não me deterei em questões históricas e apontarei a situações que dada a limitação de espaço-texto não podem ter um nível de fundamentação e caracterização desejável. Aqui mesmo estou a tornar transparente que estou em vias de criar um resultado que não desejo...mas aceito correr o risco. Criamos e mantemos este estado de “Coisas” porque estamos ANESTESIADOS. Se atendermos à dimensão social, pela via dos diferentes sistemas que idealizamos e colocamos em prática vejamos: Sistema Democrático – assente num poder não nominativo, ou seja, que não nomeia pessoas (exceptuando para a Presidência da República), partidário em estatutos e programático em intenções de generalizações sem substracto, levando a rotações de poder sem lideranças reconhecidas e com profunda desconexão às gentes que se Serve, servindo “poderes” com questionáveis conflitos de interesses e ausência de transparência. Estamos anestesiados à falta de líderes que nos inspirem colectivamente. Estamos anestesiados a um sistema democrático que não é verdadeiramente representativo e não se constitui como um apelo à tomada de posição dos verdadeiros líderes nas nossas comunidades e à tomada de participação de largo espectro dos cidadãos que a compõem. Sistema Alimentar – assente numa prática de comer pelo prazer e não de comer para nutrir, energizar e auto-regular. Suportada em políticas e lobbys que não suportam a manutenção de saúde, mas sim a manutenção de lucros astronómicos. Porquanto haver centenas de produtos no hipermercado que são “fabricados” com os mesmo 30 ou 40 elementos base é promover falta de diversidade, extrema sintetização e mecanização alimentar. Estamos a permitir-nos ser alimentados com “Ração”. Acreditamos que ir ao hipermercado e poder escolher entre centenas de produtos é um acto de civilidade, progresso e de liberdade quando na realidade entrar num hipermercado de uma qualquer cadeia é geralmente um atestado de “escravidão”, porque não queremos escolher em nosso favor. Estamos escravos dos aromatizantes, conservantes, melhorantes e demais “...antes” que não auguram nada de bom no “depois”. Quase tudo tem químicos de síntese, quase tudo tem açúcar para nos viciar, quase tudo está feito com o propósito de gerar consumo e mais consumo, prazer de comer, e a baixo custo. Estamos anestesiados a um sistema alimentar que nos vicia nos sabores, texturas e estética alimentar, mas que nos mata na nossa essência e nos adormece na nossa capacidade e no nosso sentir. Sistema Educativo – que promove ignorância do que significa Ser-se e Tornar-se Humano. Assente em programas desactualizados, em salas de aulas e agregação de alunos (por idades) que estão obsoletas, em professores que vivem um inferno para terem estabilidade e que não têm estímulos globais a tornarem-se melhores, num sistema que vai promovendo ignorantes, seres que aceitam sem questionar, seres que têm capacidades imaginativas e artísticas castradas, seres que não vêem como aplicar conceitos e que não têm onde aplicar conceitos, seres que têm que se acomodar a uma ordem vigente ou “sempre serão Nada na Vida”. Estamos a impor um sistema que leva ao engano constante e à memorização, que qual- quer período com a enormidade de estímulos a que estamos sujeitos, vai anular. Estamos anestesiados ao acreditar que educar um Ser Humano é instrui-lo de coisas. Sistema de Saúde – assente na demonização da dor e no diagnóstico de sintomas e ataque a efeitos, promovendo “ad eternum” condições de dependência vergonhosa de laboratórios e corporações. Quando sabemos que nos podemos tratar com alimentos, óleos essenciais, intervenção energética (acupunctura e afins), carinho humano, plantas, etc. Estamos anestesiados a um sistema de saúde que nos convoca a ceder a autoridade sobre a nossa saúde a um outro, porque deixámos de sentir, porque deixamos de nos dar descanso, porque deixámos de nos alimentar correctamente. É claro que se partir uma perna ou tiver um acidente qualquer um de nós vai querer e saber reconhecer o valor da medicina alopática. A questão de fundo é que transferimos a totalidade da responsabilidade para o especialista A e o especialista B e o C e por aí fora, e eles raramente falam uns com os outros, vendo-nos como um conjunto de partes com sintomas, sujeitos a mecanismos de diagnóstico de sintomas. Estamos anestesiados à nossa condição de saúde, e anestesiados para não sentir dor nos nossos corpos. 37 Sistema Económico – assente na Terciarização das nossas Vidas, ou seja, na valorização de Não Existências, de Não Realidades e que promove a polarização extremada da sociedade pela via dos que continuamente acumulam mais e são possuidores de mais... Bens - EGOnomia, e em polo oposto por aqueles que continuamente acumulam mais e são possuidores de mais...Divida e mais dependência. Estamos anestesiados a acreditar que ter sucesso como ser humano é ter posse de Coisas. E Por mais que não apreciemos a existência do grupo do “1%”, grande parte de nós gostaria de ter os benefícios inerentes à sua condição de Vida. E fica a questão de como este 1% vê Despertutor - Consciência de Vida! supridas as suas necessidades? Será recorrendo à MINA humana (exploração) de grande parte dos 99%, sendo que esta mineração nunca acaba dado que nascem sempre mais...e esta mina humana anda anestesiada pelo poder de Ter, alimentado pelo paradigma do sistema energético... O dinheiro tal como o concebemos hoje já há muito não tem de estar agregado em valor de existências em ouro. Pode criar-se dinheiro do Nada, que é precisamente o que os Bancos Centrais fazem e depois geram deficit astronómicos. O que levará no limite ao colapso do sistema económico e à reinvenção do mesmo, podendo acontecer pela via do caminho mais fácil – nova moeda – ou do mais exigente mas eventualmente mais adequado aos tempos que vivemos – novo sistema de valorização. Estamos anestesiados ao apelo incessante de consumir mais produtos, mais serviços, mais locais e geografias, mais experiências, mais desejos, mais, mais e mais. Estamos anestesiados a acreditar que não há alternativa e que esta realidade é o pináculo da nossa existência. trabalhar 8 horas por dia, 5 dias por semana, 50 semanas por ano, por mais de 12 anos. Mesmo que um barril custasse 250Euros, o escravo petróleo custar-nos-ia pouco mais que 1 cêntimo por hora para realizar o trabalho mais duro. Pensem em ser pagos 1 cêntimo à hora durante 12 anos para fazer qualquer tipo de trabalho. Vocês iriam fazê-lo? Vocês iriam pedalar todos os dias para se deslocarem 20km para o trabalho, ida e volta; vocês iriam fisicamente accionar um mecanismo para terem a funcionar o computador que lê esta edição da revista; vocês iriam subir todos os dias as escadas de dezenas de andares de edifícios onde os elevadores não podiam funcionar; vocês iriam cultivar toda a comida que consomem e cuidar dos animais que iriam comer mais tarde, matando-os vocês mesmos; vocês iriam apanhar algodão e tecer as camisolas que têm vestidas; vocês iriam apanhar a lenha e fazer o fogo que precisariam para cozinhar a próxima refeição, vocês iriam construir a vossa casa ao longo de 5 anos consecutivos sem acesso a energia? Permitam-me que responda por vocês. Rotundo NÃO! Claro que não iriam trabalhar a 1 cêntimo à hora durante 12 anos. Vocês chamariam a isso escravatura! Ou em alternativa, para as dimensões mais básicas de abrigo, alimento, fogo e vestuário, sobrevivência. E nos dias de hoje ninguém quer SÓ sobreviver, quer-se viver e mais do que isso, ter uma muito BOA VIDA. É um factor extremo de anestesia estarmos pendurados no Fantasma de Valor do Sector Terciário, que cria produtos e serviços com base nas existências REAIS do sector secundário que transformou as matérias-primas que o sector Primário produziu ou extraiu do Planeta. E o faz a partir da imensa abundância de energia a um baixo custo. São 80 milhões de barris de petróleo por dia a serem consumidos por esta gigantesca máquina de produção e consumo. E nós fazemos parte! Nós suportamos a nossa existência neste escravo que tem um FIM! Falamos de nos tornar mais autênticos e ligados ao mundo e à Natureza, mas continuamos a Sistema de Justiça – que promove injustiça, pelo tempo necessário ao cumprimento do sistema, pelos inúmeros mecanismos que estão criados e valorizados para atentar, negar, contrapor e protelar o sistema, por quem o conhece ou tem os meios para pagar a quem o conhece. Estamos anestesiados porque continuamos a acreditar que perante a injustiça se fará justiça. Sistema Linguístico – escrevemos com base num Acordo Ortográfico com o qual quase ninguém está de acordo e seguimos anestesiados à sua imposição, inclusive no raio do corrector ortográfico dos processadores de texto. Sistema Energético – muito do que hoje acontece é porque temos um escravo ao nosso “serviço”. A quase totalidade das nossas necessidades energéticas está directamente dependente do uso do petróleo ou dos seus derivados. Um barril de petróleo equivale a 25000 horas de trabalho físico duro. É o mesmo que uma pessoa 38 37 diferença no Todo, no espaço colectivo que formamos. Temos de sobressair para nós, em favor da nossa individualidade (e dos que nos estão próximos) e não acreditamos poder liderar e influenciar positivamente o Todo no sentido da mudança do espaço social e do espaço cultural do qual Todos fazemos parte enquanto membros de Comuns. Por outro lado, concorre para este estado de Sermos, o facto de que grande parte de nós se mostra um adulto-criança, significando isto que somos adultos em idade e maturidade física, inegável aos olhos uns dos outros, mas pela outra via somos crianças, pelo facto que persistimos em não querer assumir responsabilidades pelas nossas acções ou pelas consequências das nossas acções, hoje, amanhã e no futuro. Sintoma claro deste mecanismo encontramos no Sistema Político. usar sem consciência o escravo Petróleo, que nos fornece trabalho duro a 1 cêntimo à hora. É um factor extremo de anestesia termos perdido por completo a noção do que significa viver sem a presença de energia abundante e barata. Sendo que abundância no tema petróleo é um mito e o estar continuamente barata uma ilusão! O Petróleo é de ampla aplicação e acesso. É um Sistema energético de Escala Global! E que alimenta todos os outros sistemas. Veja-se o exemplo do Estado Islâmico que financia toda a sua operação a partir da tomada de posse de poços de petróleo e refinarias para a sua transformação. O Poder do Mundo actual não está em quem tem o dinheiro, mas em primeiro lugar está em quem tem a Energia. Qualquer alternativa actualmente existente não é escalável em 20 anos para a amplitude do uso do petróleo. Portanto quando este acabar ou os seus preços se tornarem claramente proibitivos...sem dúvidas que grande parte da nossa anestesia desaparecerá...porque ficaremos com fome e quereremos sobreviver. Temos estado a focar-nos em dimensões sistémicas. Mas não esqueçamos que juntos formamos Cultura. Vamos ver agora esta dimensão. Se atendermos à dimensão cultural, pela via dos comportamentos repetidamente manifestados por largas franjas da população: Somos ensinados a promover uma cultura narcisística e de base competitiva. É esse o mote do mundo máquina de que aqui vos tenho falado. A excelência é a mediana! Desde tenra idade! Sobressai se queres ter sucesso. Uma espécie de “Sonho Americano” em território Nacional. Esse meio educativo leva-nos a criar uma imensa dissonância do Todo. Estamos e sentimo-nos separados uns dos Outros e da nossa Casa – o planeta Terra. Torna-se assim muito fácil acreditar que temos que fazer o melhor que pudermos por nós, ainda que isso traga sofrimento aos outros ou à Terra. E no extremo oposto somos levados a acreditar que sozinhos não fazemos qualquer Colectivamente temos basicamente dois modos de lidar com o Planeta do qual fazemos parte e nos suporta à Vida: 1 – Tratamo-lo como uma MINA sendo uma fonte infindável de recursos a explorar que existem para satisfazer as nossas necessidades, em primeira e última instância. Somos Mineiros obcecados! 2 – Tratamo-lo como um imenso ESGOTO e LIXEIRA onde depositamos os nossos excessos, os nossos desperdícios e os nossos restos obsoletos. Uma espécie de obsessão com a PUREZA, que é decerto meramente estética e odorífera. A inconsciência colectiva permite-nos degradar a única nave espacial que pode suportar a vida humana nesta parte da galáxia – a Terra. Este modo de estar é insano, e é verdadeiramente uma insanidade colectiva para a qual estamos anestesiados. 39 Outra dimensão da perspectiva cultural, reforçando que estou a apresentar uma generalização, é que colectivamente temos três posturas típicas para lidar uns com os outros: e repetimo -las a diário nas inúmeras relações que mantemos ou iniciamos: Despertutor - Consciência de Vida! • Os outros ou nos vão satisfazer necessidades e interesses; ou • Os outros nos vão tapar feridas; • Os outros nos vão criar problemas, e isso implica que temos de agir em conformidade. Esta visão dos “Outros” ciclicamente nos anestesia ao acto de “descobrir” os Outros e a descobrirmo-nos através dos Outros. É uma profunda anestesia...outra. Reforço a ideia de que esta visão social e cultural é redutora. Pretende-se sobretudo trazer à consciência estas dimensões, e mais ainda, perceber o quanto elas se Somam umas às outras, pelo poder de inter-relação que existe. Estas realidades somam-se para o bem e para o mal. E no que à Anestesias se refere, estas somas produzem Anestesias Gerais. Todas estas anestesias em ACUMULADO, ditas Gerais, contribuem para estados contínuos de Negação Colectiva. E grande parte de nós segue o movimento do Colectivo. “Se os Outros assim fazem, porque razão hei-de eu fazer diferente?” Será o pensamento frequente... E ao queremos manter-nos confortáveis na nossa singularidade, no nosso “mundo de algodão doce”, participamos nesta tragédia acelerada, por ser “nossa” mas também dos outros, noutros países e noutras culturas. Sentimo-nos poderosos em ter uma Vida diminuída para ser tão previsível (fornecedora de um ambiente de estabilidade e segurança). Sentimo-nos poderosos por estar anestesiados. A nossa grande recompensa por estarmos anestesiados é sermos socialmente aceites. Não se passa de um estado de Anestesia Geral para um estado Sem Anestesia, como se de um interruptor se tratasse. Todos temos um nível de anestesia! Ela é tanto maior quanto maior a desconexão para connosco, para com os outros e para com o Planeta. Restaurar a ligação é um processo contínuo e expansivo. Até quando aceitaremos singularmente fazer completamente parte deste cenário? 40 Quando decidiremos Acordar desta Anestesia profunda? O que é que este mundo social e cultural nos está a pedir, a cada um de Nós? E a Todos, na medida em que estes, sabemos nós, são os Resultados que ninguém deseja? Felizmente começamos a ter referências globais de que pode ser diferente – Butão e Costa Rica são dois bons exemplos. Felizmente também temos na nossa sociedade cada vez mais exemplos de pessoas singulares e colectivas que lideram propostas transformativas de profundidade e de forte valor e significado. Mas o maior agente da sua mudança é você mesm@. Para onde está a ir? Como está a proceder nessa caminhada? Bem haja por querer ter chegado até aqui. A Maior Coragem é Um ousar mostrar Ser aquilo que É José Soutelinho Despertutor [email protected] Pensamentos de uma mãe Zen A transformação pessoal no ser humano, é muito interessante e muito importante! A amizade e o amor entre o ser humano, não guardar rancor, esquecer as ofensas, desligarmosnos das coisas más que existem no nosso interior, é uma bênção que não tem preço e que nos ajuda a viver. Temos de dar as mãos, procurando dentro do possível, ajudarmos-nos mutuamente uns aos outros, esquecendo mágoas do passado, ultrapassando obstáculos, vamos em frente com os projectos para uma vida melhor e mais sadia. Com uma mente aberta, com amor pelo próximo e gostando de nós mesmos, tudo se consegue ultrapassar. A intriga, é inimiga de todos os seres humanos. Por isso, vamos desligarmo-nos disso, não ligar às fofocas existentes e seguir para um patamar superior da harmonia da vida! Não vamos permitir que a vida seja um fardo. Vamos aliviá-la através das acções que praticamos com todos os seres vivos que connosco coabitam neste nosso maravilhoso planeta Terra... Vitália Baião Guardiã da Casa dos Sonhos [email protected] 41 Zen Yoga Yoga Sámkhya – É o Yoga Total, referido nos Darshana (pontos de vista filosóficos hindus), quando só havia um Yoga e o Yoga se chamava Sámkhya Sámkhya é o sistema filosófico Mãe/Irmão, complementar do Yoga, a sua origem, e a sua chave. É uma filosofia essencialmente cosmogénica e antropogénica, naturalista e técnica e a palavra significa número, razão. Há cerca de 2500 anos o Yoga foi codificado, pela primeira vez pelo Grande Mestre Patañjali, na sua obra “Yoga Sutra” como: “Yoga chitta vrtti nirodhah” (Yoga é o controlo da frequência das ondas mentais) A palavra Yoga significa juntar (ou ligar), da raiz Yuj – diz-se yudj = jugo. Diz-se “o Youga” (como Iodo, uma vez que o som “ó” não existe no Samskrta); é uma palavra masculina. A prática do Yoga atrai, cada vez mais pessoas, todos os anos, em todos os continentes; pessoas que procuram um maior bem estar e paz interior, que se reflecte naturalmente numa maior serenidade no seu dia a dia. Mas, o que é o Yoga? Em que reside a sua força e o seu poder de transformação pessoal e consequentemente, mundial? Um pouco de História… O Yoga é um sistema filosófico prático, com mais de 6 mil anos, com origem na Índia, na civilização Nága Drávida, no Vale do Indo. Os Nága Drávida utilizavam normas urbanísticas e de engenharia sanitária hoje em voga, eram engenheiros hidráulicos e navais notáveis, tudo isto numa época em que os egípcios ainda não tinham começado a construir as pirâmides. Eram politicamente descentralizados, amavam a natureza, eram artistas, humoristas, fabricantes de brinquedos, filósofos, astrónomos e praticavam Yoga. Selo de Estiatina encontrado no Vale do Indo, representando Shiva Pashupati (Shiva- o primeiro Grande Mestre do Yoga) 42 YOGA A prática do Yoga Em Portugal, os Áshrama (centros do Yoga) da Confederação Portuguesa do Yoga (http://www.yoga-samkhya.pt/), sob a orientação do Gr. Mestre Internacional do Yoga H. H. Jagat Guru Amrta Súryánanda Mahá Rája, ministram as suas aulas utilizando todas as 14 Disciplinas Técnicas do Yoga. É na sábia estruturação das diversas disciplinas e na condução Mestre – Discípulo / Professor-Aluno que reside o verdadeiro poder transmutador do Yoga. Exemplos de algumas disciplinas técnicas: Dhyána / Samádhi (Samyama) – Meditação / Iluminação, pelo controlo da frequência das ondas mentais; é a meta do Yoga, é o topo da pirâmide, cuja base são todas as outras disciplinas técnicas (e sem as quais não há verdadeira meditação). Mas para alcançar Dhyána, temos primeiro de dominar a total abstracção dos sentidos e a concentração contínua; e uma vez alcançado Dhyána, a Supra Consciência, a Mente Supra Cognitiva, podemos partir daí e alcançar o Samádhi (Iluminação) – a Suprema Consciência Intelectiva (Buddhi) humana – Cósmica. Pránáyáma – Exercícios respiratórios de influência energética e neuro-vegetativa; tomando consciência do Prána (aniões do Oxigénio), optimiza-se a função respiratória, que apesar de ser tão natural, é tão pouco consciente. Aumentando de forma excepcional a capacidade respiratória, adquirimos a capacidade de nos recarregarmos energeticamente, de actuarmos sobre o Sistema Nervoso Autónomo e sobre as funções neurovegetativas. A respiração é essencial à Vida; um Pránáyáma conscientemente celular e optimizado é essencial à evolução de um praticante de Yoga Ásana – Posições psicobiofísicas; através dos diversos tipos de Ásana (lateroflexões, anteflexões, retroflexões, musculares, aberturas pélvicas, equilíbrio, torções e anti-gravíticos) estruturados de forma sábia, adquire-se uma resistência física, muscular, energética, emocional e neurológica excepcional, assim como uma flexibilidade muscular, articular e da coluna vertebral, contribuindo para uma saúde geral do organismo. Yoganidrá – Técnicas do relaxamento físico, emocional e mental. Através do Yoganidrá, alcançamos estados de relaxamento totais e recuperações fulgurantes em poucos minutos e o sistema imunitário fortalece-se. Kriyá – Tonificação e limpeza orgânica; muito para além do “Mente sã em corpo são”, o Yoga promove processos de limpeza e desintoxicação profundos, físicos e energéticos. Bandha – Dinamizações musculares e neuro-endócrinas. Através da actuação directa sobre os plexos nervosos e o sistema endócrino, o organismo desencadeia processos internos extraordinários, levando o praticante a um estado constante de vitalidade e juventude. Pújá – Retribuição energética. Através do Pújá, o praticante de Yoga torna-se mais grato, mais consciente do lado positivo da Vida e aprende a retribuir, vivendo mais feliz. Mánasika – Mentalização, fortalecimento da vontade e projecção da consciência. A cada instante, em cada exercício, o praticante do Yoga aprende a focar a sua mente de forma positiva, a forjar a sua vontade e a realizar os seus sonhos. Com a prática regular do Yoga, são sentidos os seguintes benefícios: • Mais saúde, em geral; • Ausência de stress; • Um sono biológico nocturno de máxima qualidade; • Maior concentração, melhor rendimento escolar e profissional; • Um sistema imunitário mais forte; • Um emocional positivo e altamente criativo; • Maior raciocínio lógico e sensibilidade artística; • Funcionalidades orgânicas optimizadas, melhor peristaltismo; • Tomadas de decisão mais velozes e inspiradas; • Boa musculatura, flexibilidade, boa forma e resistência, peso saudável e silhueta adequada; • Capacidade de captar, aumentar e utilizar a energia. Além das disciplinas técnicas, o Yoga tem uma base ética e de responsabilidade social e individual, sem a observância da qual não há verdadeira evolução. Esta base é composta pelos 5 Yama e pelos 5 Niyama referidas pelo grande Mestre Patañajali. 43 Zen Yoga Além das disciplinas técnicas, o Yoga tem uma base ética e de responsabilidade social e individual, sem a observância da qual não há verdadeira evolução. Esta base é composta pelos 5 Yama e pelos 5 Niyama referidas pelo grande Mestre Patañajali. Os Yama (regras sociais), promovem, entre outros, a Não agressão (Ahimsá), a Verdade (Satya), a Honestidade (Aparigraha) e os os Niyama (regras individuais), promovem uma condulta pessoal regida, entre outros por um constante Auto Estudo (Svádhyáya), Força de vontade (Tapah), Pureza (Shaucha). O Yoga como Via para a Paz Mundial Quando praticamos Yoga, sentimo-nos em Paz, sentimo-nos em harmonia com o Planeta e com uma profunda Gratidão por tudo quanto nos dá. E quando nos sentimos de coração 44 cheio, a transbordar de Amor, queremos retribuir, espalhar esse Amor, essa Paz por todos aqueles que nos rodeiam…e assim, pouco a pouco, vamos tecendo teias de entendimento, de solidariedade, de fraternidade. E acreditando que a Paz Mundial é possível, que a Raça Humana é só uma, independentemente das suas origens e crenças, o meu Mestre H. H. Jagat Guru Amrta Súryánanda Mahá Rája, sonhou e concretizou o Dia Internacional do Yoga (http://internationaldayofyoga.com/pt/), hoje celebrado em todo o Planeta, com milhares de participantes, e que começou em Portugal, em 2002, em Setúbal. Em Dezembro de 2014 este dia foi oficializado na ONU, e em Junho de 2015 milhares de pessoas, em todo o Mundo celebraram, juntas este primeiro dia Global da Humanidade. O Dia Internacional do Yoga celebra-se no solstício de Verão, 21 de Junho - o maior Dia do Ano, o Dia da Luz (ou no domingo seguinte caso o dia 21 não coincida com um domingo). Em 2016, em Portugal será celebrado no dia 26 de Junho, em Coimbra. A Confederação Portuguesa do Yoga é também a instituição responsável pela edição da única revista sobre Yoga em Portugal – a Revista OM YESS (http://www.omyess.com) – à venda em diversos locais no país. OM Shánti! Cláudia Martins Directora Ashrama Évora Dhyána [email protected] AlQimia Conhecer e Saber Não penses em ser… sê. Não penses em fazer… faz. Não penses em experimentar… experimenta. Não penses se vais gostar ou não gostar… descobre. Não te iludas com o teu “super eu” do futuro que será espectacular, sábio, feliz e realizado. A realização é agora. Não queiras ter felicidade… sê feliz. Ser feliz é algo “Presente”, uma dádiva a cada a cada instante. A felicidade não existe no futuro e o passado já deixou de ser. Não esperes que te venha coragem… descobre-a e conquista-a. Não esperes que te seja dada liberdade… sente-a e aceita-a. Não esperes que te seja dada felicidade…. sê presente e recebe-a. Não penses em ser… limita-te a ser. Abre-te ao mundo, ao bom e ao mau, Presente e Consciente… deixa-te levar pela corrente Presente e Consciente toma o leme, (des)fralda velas, move a âncora Presente e Consciente navega e deixa-te levar Como saber? Não sei! …experimenta e descobre …presente e consciente …com dias de chuva e sol …de caca e de leite …pensa 1 e experimenta 7 “Um coração em paz vê uma festa em todas as aldeias” Vasco Daniel Projecto AlQimia [email protected] 45 Só Uma Dica As pessoas que só vão andando! A quantidade de pessoas que somente vão andando em vez de andar é impressionante. As pessoas que se limitam ir andando, gostam muito de colocar a culpa no exterior. Não percebendo que são lindas e belas e assim se permitirem viver a vida delas com dignidade. que se aproveitem e nada fazes para mudar senão culpar o exterior a ti mesmo. Começa por reconhecer o problema. Depois corrige-o. Começa hoje e no agora, porque és boa demais para tolerar mais um minuto a culpa em ti e do outro para aquilo que andas a adiar eternamente. Se quiseres evitar a manipulação, a primeira coisa que tens a fazer é reconhecer que estás, de fato, a ser manipulada. A vida não tem prazo de validade, amanhã já pode ser tarde. Isso exige AUTO-honestidade e vontade de admitir para ti mesma que estás a deixar Estás à espera do quê para começares andar em vez de ir andando? Sempre a fluir! Luis Baião - in Inspiração [email protected] www.facebook.com/luisbaiaozenfamily 46 Zen Numerologia Sabe quais são os seus números? Sabia que quando nasceu recebeu a influência das vibrações inerentes aos números da sua data de nascimento e do nome que lhe deram? Não? Saiba então que todos nós somos fruto de um conjunto de números que interage entre si, possuindo aspectos positivos e negativos, vibrações harmónicas ou antagónicas, qualidades e dificuldades, determinando quem nós somos, a nossa missão de vida e o karma com que viemos. mente, pois interagem entre si, reforçando ou minimizando algumas das características a eles associadas. É esse Estudo Numerológico que lhe vai permitir ter uma compreensão mais profunda de si mesmo e da vida e interpretar as vibrações predominantes em cada momento, as tendências de comportamento e as situações que poderão ser mudadas ou reajustadas, de acordo com o seu livre arbítrio. Ao alinhar-se com a sua missão de vida estará a evitar agravar o karma com que veio e a viver de forma mais consciente e harmoniosa, acelerando o seu processo de evolução. Nunca tinha pensado nisso? Pois fique a saber que é mesmo um facto irrefutável. Eu, você, todos nós, resultamos de uma “miscelânea” de números e portanto, ninguém se resume a um só número. Todos viemos com um “código de barras” pessoal e exclusivo. E agora pergunto-lhe, conhece os seus números? Sabe qual a sua essência e o seu propósito de vida? Quais as suas potencialidades? Qual o seu Karma? Em que Ciclo de Vida se encontra? Que energia rege o seu Ano Pessoal actual? ... Como tudo no Universo é vibração e energia, facto corroborado pela Física Quântica dos nossos dias, os números e as letras são-no também. Somos portanto, seres únicos compostos por várias energias e potencialidades que importa compreender e gerir de forma harmoniosa, tendo em vista a nossa evolução pessoal. Assim, CADA UM DE NÓS, RESULTA DE UMA COMBINAÇÃO DE NÚMEROS PESSOAL E ÚNICA. Já pensou em consultar um Numerólogo e solicitar o seu ESTUDO NUMEROLÓGICO? Não hesite muito pois constatará que é uma decisão de que nunca se arrependerá! Conheça os seus números! Conheça-se melhor! E como saber os meus números? – está agora a pensar. Eu explico-lhe. A determinação dos seus números resulta de um conjunto de cálculos que possibilita a elaboração do seu Mapa Numerológico e o consequente Estudo Numerológico. Não devem ser analisados isolada- Anabela Subtil Projecto Our Numbers [email protected] 47 Alimentação Saudável O pesticidas, nas suas dietas detox. Não são estes também agentes tóxicos? peração Verão! oEsta altura do ano é sempre muito profícua em bebidas desintoxicantes, dietas detox e dietas de emagrecimento milagrosas e que têm como objectivo limpar o nosso organismo dos excessos que cometemos, limpar os alegados agentes intoxicantes que vamos ingerindo diariamente e obter uma silhueta esbelta para mostrar com as roupinhas de Verão. Tenham em atenção as vossas escolhas. Façam um detox sustentável e que seja eficaz para o vosso corpo. Fazer uma alimentação à base de cereais integrais, vegetais e leguminosas, todos de origem biológica, locais e da época são uma escolha mais eficaz e duradoira. Mas de que adianta andar a “limpar” a casa, se entramos sempre com as botas cheias de lama? E funcionam estes detox e dietas milagrosas de emagrecimento? O ideal é fazerem o vosso detox com um plano alimentar saudável e equilibrado que realmente recupere a vossa saúde física e mental. Um plano assim, é algo que possa ser sustentável e que possa ser feito todos os dias. Caso contrário não é uma boa solução e só imprime stress no nosso organismo. E um plano alimentar equilibrado e saudável é que é uma dieta milagrosa eficaz! Desta forma não necessitaremos de colocar o nosso corpo em stress e privá-lo de inúmeros nutrientes para que ele emagreça à força. E claro está que conseguimos o objectivo da operação verão, mas mal acaba a dieta restritiva, o nosso corpo começa a armazenar tudo o que comemos, pois ele Hoje estamos expostos a uma quantidade e variedade de substâncias tóxicas sem precedentes. Muitas delas persistem no ambiente e no nosso organismo, com prejuízos comprovados para a saúde. Na minha opinião, não existe realmente uma dieta desintoxicante, principalmente se não temos atenção à qualidade dos alimentos que ingerimos. Eliminamos algumas das toxinas com os exercícios, com a eliminação de alimentos da nossa dieta, com a ingestão de bebidas que estimulam o funcionamento dos rins e do fígado. Fazemos mil e uma coisas, que nos ajudam a desintoxicar, mas que não são tão eficazes como pensamos ser. A maioria das pessoas que opta por este tipo de dietas, continua a não ter atenção à escolha dos seus alimentos e ingere quantidades enormes de aditivos químicos e 48 bem sabe que pode vir outro período de crise e de fome. E assim, engordamos, até mais do que antes. Então? Este verão vamos ter uma postura diferente. Vamos adoptar uma alimentação saudável e equilibrada, baseado em cereais integrais, leguminosas e vegetais (para não privar o nosso corpo de nenhum grupo de nutrientes). E como vimos antes de preferência biológicos, sem aditivos químicos e pesticidas. Assim passaremos a estar em forma todo ano, sem necessitar de “Operações Verão”! Atrevam-se a ser diferentes! Alimentem-se de uma forma consciente! Nota: Caso necessite de uma consulta de orientação alimentar, para elaborar um plano de acordo com as suas necessidades envie um mail para: [email protected] Daniela Ricardo Chef Alimentação Natural [email protected] www.facebook.com/daniela.ricardo.33 Evento O Caminho Despertar é ode Amor consciências É nas tuas virtudes que encontras a tua glória, nunca no que te é dado sem saberes como se conquista. Antes de mais, agradece sempre as dificuldades e às pessoas que tas criaram. Ao princípio é difícil, bem sei, mas não há situação nem gente que nos prepare melhor para a luta que é o amor próprio. Os outros até podem ter mais oportunidades ou conseguir as coisas de uma forma facilitada, mas se respeitares sempre as tuas virtudes, a verticalidade da tua essênca, em detrimento de ficares paralisado ou angustiado por isso ou por parecer que contigo é sempre preciso o triplo do esforço, mais cedo ou mais tarde chegará o teu momento de glória. E os guerreiros querem glória, não querem facilidades. Não me sinto sortudo, não vejo aquelas coisas que dizem cair do céu nem sou alvo de oferendas de mão beijada. Nunca fui. Sempre tive de contar comigo, de puxar por mim e de ir aos limites para ser quem sou e estar onde me encontro. Porém, já testemunhei conquistas sem batalhas; já assisti, mesmo ao meu lado, a autênticos dilúvios de presentes injustificáveis; e já presenciei, inúmeras vezes, a insensatez de quem oferece a quem nada ou pouco fez. É imerecido, já pensei tantas vezes. Mas será? Será injusto ou será uma provação, uma oportunidade que a vida me está a dar para me superar mais uma vez, lutando pelo que quero para mim e aceitando o que vai acontecendo aos outros? É que a injustiça amarra-nos e desfoca-nos e cedo aprendi que ficar a matutar sobre ela é ainda pior, revolta-nos. Jamais poderemos ficar paralisados com as oportunidades ou com as facilidades dos outros. Jamais nos poderemos deixar consumir pela ira de não as termos de uma forma simplificada. O foco tem de estar em nós. Se queremos a mesma sorte, temos de conquistá-la e se a única via for o suor e o trabalho, a persistência e o crer, o sacrifício e a dor, que assim seja, pois uma coisa te garanto: ninguém que receba o que nada fez por merecer sabe dar verdadeiro valor a alguma coisa. É como não tê-la, como se nunca a tivesse tido. Apenas o mérito nos aufere a sorte eterna. És virtuoso meu guerreiro e é só nisso que precisas acreditar. AMA-TE 50 Gustavo Santos Coach, Escritor www.gustavosantos.pt 51 Zen Cosmética Natural A nossa pele tem de ser tão bem nutrida como a nossa alma, mente, espirito e corpo, senão o processo de equilíbrio e bem estar fica incompleto. Que adianta cuidar da alimentação com alimentos orgânicos e naturais se o primeiro hábito diário da maioria das pessoas é escovar os dentes com um dentífrico carregado de açúcar, petróleo, conservantes químicos que entram no organismo e na corrente sanguínea para intoxicar o corpo. O que usamos na nossa pele deveríamos poder comer, pois se algo faz bem à nossa pele, faz bem ao nosso corpo. Se pedisse para comer o seu hidratante de rosto, ou champô ou mesmo o dentífrico dentário, ingeria? Não! Aliás é recomendado a sua não ingestão pois é tóxico. Agora pensem comigo: o que andam a colocar na vossa pele? 52 Foi essa questão que me levou a este mundo da cosmética natural, pois se algo faz bem à pele também deveria fazer bem ao nosso organismo. Faz mais sentido pensarmos que se não puder comer ou ingerir algum cosmético, então ele não é assim tão saudável quanto isso. A nossa pele é o maior órgão do corpo humano e tem capacidades e funções importantes como protecção, impermeabilização, sustentação, reguladora da temperatura, elimina toxinas, tem uma grande capacidade de assimilação e comunicação entre as células de todo o corpo humano. A pele absorve com rapidez grande parte, estima-se mais de 70% do que colocamos nela, isso quer dizer que em poucos minutos tudo estará na corrente sanguínea. Os cosméticos industriais estão recheados de promessas e elixires de juventude que são nada mais, nada menos, produtos químicos e sintéticos derivados de petróleo, conservan- tes químicos cheios de sulfatos, de parabenos, de fragrâncias sintéticas, pigmentos coloridos, de fórmulas químicas que prometem milagres, mas que grande parte desses componentes “irresistíveis” são responsáveis e estão comprovados com o relacionamento de doenças dermatológicas, cancro, alergias, irritações cutâneas, enxaquecas, mau estar e mau funcionamento de alguns órgãos. Até nos cosméticos mais inocentes como os de bebés, o óleo de bebé por exemplo é feito à base de óleos, parafina e glicerina que provém do petróleo, é altamente alergénico e pode até inibir a respiração da pele. Mas no mercado já existem cosméticos com essa preocupação, onde os conservantes químicos são retirados e são substituídos por conservantes sintéticos menos nocivos ou o ideal por conservantes naturais. Existem também cosméticos com ingredientes de origem vegetal e cosméticos com ingredientes de origem vegetal biológica e orgânica. Qual a diferença entre cosméticos sintéticos e naturais? Os ingredientes sintéticos são muitas vezes criados para imitar ou substituir o que é natural mas a menor custo de produção e também para não terem de esperar pela colheita sazonal. Resumindo: é mais uma indústria onde o dinheiro e o volume de negócio é o mais valorizado. Os cosméticos sintéticos são menor tolerados pelo nosso organismo e os resultados são mais lentos, por vezes nocivos e rejeitados pelo nosso corpo com efeitos secundários que por vezes nem associamos ao uso dos cosméticos. Por sua vez os cosméticos naturais são valiosos e estão em harmonia com a nossa pele e organismo, pois contém vitaminas, sais minerais e minerais, presentes iguais aos da nossa constituição da pele. A absorção é rápida, resultados visivelmente imediatos, o risco de reação ou alergia é quase zero, tolerância a 100%, e sem efeitos secundários. Depois existe uma questão importante de alguns sintéticos serem testados em animais, infelizmente hoje em dia ainda existem laboratórios que fazem essa crueldade, empresas que usam exploração humana, racial e infantil, poluição dos rios e mares. Essas empresas e laboratórios até são bem conhecidos e fazem parte da vida diária de muitos seres humanos desde os cosméticos aos alimentos. Por isso antes de adquirirem um cosmético, estejam atentos aos rótulos, aos ingredientes, aos certificados, se são testados em animais, pesquisem se usam exploração humana e se são ecológicos para o planeta. Cosméticos Naturais, porquê? 1) A pele é o maior órgão do corpo (incluindo o couro cabeludo), e tudo o que colocas na pele acaba na corrente sanguínea. 2) Não contêm ingredientes sintéticos que podem agredir a pele, como conservantes, corantes e derivados de petróleo. 3) São realmente naturais, feitos com ingredientes naturais, vegetais e óleos essenciais que não agridem a saúde, e são melhor absorvidos pela pele. 4) Os homens usam em média 6 produtos de higiene pessoal por dia, e a mulher 12, e são expostos a 168 substâncias químicas diferentes todos os dias. 5) Apenas 10% das 80,000 substâncias químicas catalogadas na indústria de cosméticos foram testadas para a segurança de uso em humanos. 6) Os governos não regulam de forma efetiva a maioria das substâncias potencialmente tóxicas usadas na indústria de cosméticos. 7) Há inúmeros estudos científicos ligados a exposições de toxinas químicas ao aumento da infertilidade, problemas hormonais, cancro, enxaquecas e entre outras doenças. 8) Consumo consciente - apoiar empresas comprometidas com a preservação do meio ambiente e a estrutura do comércio justo, e assim contribui para uma economia mais sustentável e um mundo melhor. 9) Usam produtos naturais e biodegradáveis, melhoram a qualidade do esgoto, contaminando e poluindo menos os lençóis de água e dos oceanos. 10) Se amas os animais e o ser humano, provavelmente não vais querer usar produtos que são testados em animais e utilizam a exploração humana racial e infantil. 53 Zen Cosmética Natural Onde encontrar esses cosméticos? Em lojas de produtos biológicos, orgânicos, ervanárias, supermercados, hipermercados, lojas de produtos conscientes, ecológicos e de alimentação vegetariana, vegan e macrobiótica. Em quintas e feiras orgânicas e biológicas espalhadas de Norte a Sul do país. Em comercio artesanal de produtores que são extremamente ricos e nutritivos onde tem a certeza absoluta que são, feitos á mão e conseguem controlar de onde vêm os ingredientes e ainda adaptar se necessário à vossa pele ou necessidade. Podem sempre fazer workshops de cosméticos naturais e aventurarem-se a serem os vossos próprios criativos e fazerem os seus próprios cosméticos. Quem sabe não descobrem uma paixão. Faça os seus próprios cosméticos. Nesta primeira edição escolhi duas receitas fáceis de fazer e de uso diário. Uma para a família inteira e outra para quem se desmaquilha diariamente. Desmaquilhante bifasico para olhos, rosto e lábios: 70ml de Hidrolato de Rosas (água de rosas) Bio 30ml de Óleo vegetal de Amêndoas Doces Bio Preparação: Colocar num recipiente com capacidade de 100ml (se for vaporizador poupam mais), primeiro o Hidrolato de Rosas e de seguida o Óleo de Amêndoas Doces. Modo de usar: Agitar sempre antes de usar para as duas soluções de misturarem. Colocar num disco de algodão e retirar toda a maquilhagem ou sujidade dos olhos, rosto e lábios. Passar o rosto por água para retirar vestígios de maquilhagem e tonificar a pele com o Hidrolato de Rosas. Gisela Nunes Projecto Feluz [email protected] 54 Dentífrico dentário: 6 colheres de sopa bem cheias de Argila Branca Refinada Bio(se for necessário colocar no moídos de café para ficar sem areias e super fina) 7 colheres de sopa de Óleo Vegetal de Côco Bio 6 gotas de Óleo Essencial de Hortelã Pimenta Bio 1 gota de Óleo Essencial de Árvore de Chá Bio 1 gota de Óleo Essencial de Limão Bio Preparação: Derreter em banho maria o Óleo de Côco e adicionar à Argila Branca refinada, misturar com uma colher até obter uma pasta espessa homogênea, sem grânulos e areias. No final adicionar os Óleos Essenciais e misturar novamente. Guardar num recipiente de vidro bem fechado e colocar na casa de banho. Modo de usar: Colocar uma pequena parte na escova de dentes e escovar os dentes normalmente, bochechar no final. Observação: Escolham ingredientes Biológicos ou Orgânicos (que são a mesma coisa) pois são mais puros, de máxima concentração, isentos de químicos e os resultados são imediatos. Podem adquirir na loja on-line Circulo Bio. Aos olhos da Zen Family...Marrocos “O melhor que podes dar ao outro, é o respeito por ti próprio.” Luis Baião, em viagem por Marrocos Abril 2016 Foto Zen Family 55 Entrevista Foi a ver as mulheres de família a cozinhar que nasceu a paixão pela cozinha. Embora não se lembre atualmente dos primeiros pratos que confecionou, recorda-se muito bem das primeiras invenções e experiências na cozinha. Nem sempre teve uma alimentação equilibrada mas foi quando começou a praticar Yoga a estudar macrobiótica que despertou para a Consciência alimentar. Fundou com um colega o projeto Ideal Natural e abriram juntos o Instituto Macrobiótico do Porto. Juntou-se á Zen Family e fundou a Biofamiliy, um projeto de workshops e palestras sobre uma alimentação mais saudável. Recentemente publicou o seu primeiro livro: “Viagens da comida Saudável”, um livro de receitas inspirado em cozinhas de todo o mundo. Saboreie, nesta edição a entrevista com Daniela Ricardo. Como e quando nasceu o teu gosto pela cozinha? O meu gosto surgiu cedo, a ver a minha avó e a minha mãe a cozinhar. As duas são duas cozinheiras de “mão cheia”. Mas a minha aventura e verdadeira paixão pela cozinha, nasceu mais tarde, quando descobri que a alimentação tem uma grande influencia na nossa vida e na nossa saúde. quilibrada. Foi quando comecei a praticar yoga e deixei de comer produtos animais. Nessa altura era o único critério, mas o conteúdo do prato nem sempre tinha todos os elementos para que fosse equilibrada. Só mais tarde quando um amigo me falou da macrobiótica e comecei a estudar é que comecei a comer de forma equilibrada. Quando despertas para a consciência alimentar? Despertei para a consciência alimentar quando comecei a estudar macrobiótica. Eu já tinha consciência ambiental, mas olhando bem para trás, era uma consciência muito superficial. Quando comecei a estudar e aprofundar os assuntos acerca de ecologia, alimentação, agricultura sustentável, o poder dos alimentos, é que a consciência alimentar surgiu de verdade. Qual o primeiro prato que confecionaste? Como correu a experiência? Que memórias tens desse resultado? Não me recordo de qual o primeiro prato que confeccionei. Mas lembro-me de dois pequenos episódios com comida que foram um desatre… Eu sempre gostei de inventar e certo dia lembrei-me de fazer um arroz de bacalhau com legumes, que ficou intragável de tão salgado que estava. Acrescentei sal sem provar se estava salgado! Erros de principiante. O outro foi com um cheese cake que nunca ficava com consistência, pois eu insistia em adicionar os ingredientes de forma errada e adicionava a parte quente à fria, que solidificava de forma irregular antes de conseguir misturar. Porque decidiste estudar alimentação? Decidi estudar alimentação e não só, porque me fez sentido. Foi um click. Foi quase como uma revelação! E porque percebi do papel importantíssimo que tem na nossa vida. A velha frase “somos o que comemos” começou a fazer todo o sentido. Percebi que tudo o que ingerimos vais fazer de alguma forma parte de nós. Qual o teu prato favorito? Arroz Integral. Adoro Arroz de todas as formas e feitios... O que é que mudou na tua vida e nos teus comportamentos, desde esta experiência? Mudou a forma de me alimentar, de cozinhar e de ver o mundo. Mudou a minha forma de estar no mundo. Fiquei muito mais consciente Sempre tiveste uma alimentação equilibrada? Não.Houve uma fase da minha vida que de facto a minha alimentação era bastante dese56 do que realmente é comida viva e que protege o ambiente e o nosso corpo. Foste, vice-presidente do Instituto de Macrobiótico do Porto. Como correu esta experiência? Vice-presidente? Acho que esta não é bem o nome a dar. Eu abri o Instituto Macrobiótico de Portugal - Porto, com sociedade com aquele que é hoje um grande amigo meu - o Nuno Félix Teixeira. E nós fazíamos tudo. Desde a organização dos cursos, das aulas, das salas, das limpezas até à contabilidade. Tudo era feito por nós os dois. Foi uma boa experiência. à qual eu estou muito grata, pois aprendi muitas coisas e conheci imensas pessoas e que me permitiu perceber que eu tenho um espirito nômada, que não gosto de estar confinada a um espaço e que preciso de expandir os meus horizontes. Entretanto, criaste a aBiofamily. Fala-nos um pouco deste projeto?! A aBiofamily surgiu muito intuitivamente. Eu já tinha a paixão pela comida, pela consciência alimentar, pelo criar coisas novas, pelo ensinar e despertar consciência para a necessidade de uma alimentação consciente e natural. O Luís, o meu marido, também tem isso dentro dele, também ele tem formação em macrobiótica, embora a sua verdadeira paixão sejam as viagens e os eventos. Assim, apadrinhada pela zen family (a empresa de viagens do Luís) começou a surgiu a aBiofamily, cozinhando nos eventos da Zenfamily, organizando workshops itinerantes, Assim sendo a aBiofamily é um projecto familiar que tem por missão despertar consciências. também acesso a eles. É muito interessante conhecer a verdadeira cozinha de cada país, algo que só acontece de verdade quando constatas com os locais e são eles que te ensinam como fazem. Quais as maiores aprendizagens que fizeste? Em viagem? A maior aprendizagem de todas é perceber que nada somos, que nada sabemos e que temos um mundo inteiro para explorar. Que todos os dias podemos aprender uma coisa nova, desde que tenhamos a humildade de estar receptivos ao que partilham connosco. Com a Zen Family fazes imensas viagens por vários países pelo mundo. Nestas viagens tentas conhecer as cozinhas de cada país? Sempre que tenho oportunidade lá estou eu a espreitar as cozinhas. O que com a Zen family é sempre muito fácil para mim, pois como o Luís conhece bem as rotas e tem amigos em todos os locais, eu sendo esposa dele tenho Houve algum sabor de algum país de que tenhas ficado fã? Todos os países têm sabores típicos e fico sempre apaixonada por todos eles. Por as imensas 57 Entrevista possibilidades de criações que podemos ter com novos sabores, e também com novas cores e novas texturas. Em Marrocos o sabor das tajines, no Cambodja e agridoce, na Tailândia o picante, na Índia as massalas, … em todos os locais descubro sempre algo que me faz ficar fã. Entretanto, trazes estas aprendizagens e decides aventurar-te na escrita. Como foi escrever este livro? Foi muito fácil. O livro foi escrito em fluxo. Apesar de ter sido fácil escrever, foi também uma aventura e uma aprendizagem. Eu nunca tinha escrito um livro. Foi interessante colocar no papel o que vivi em viagem e fazer o flashback, para trazer essas memórias à superfície. Essa é parte que conta história da viagem, mas o livro é muito mais que isso. Tem a parte da gastronomia local, dos países por onde passei, o que foi a minha experiência e o que eu considero essencial adaptar para uma alimentação mais equilibrada, consciente e natural. Claro está, explicando sempre porquê o que me leva a abordar um mito ou um alimento polêmico em cada país. E como é um livro também de cozinha, não podiam falar as receitas. Esta foi uma parte do livro muito divertida, pois tive que reinventar as receitas e adaptá-las ao meu conceito de cozinha consciente e natural, que passa por utilizar produtos biológicos, locais, sazonais e já agora de fácil acesso para que todos consigam fazer as receitas em casa. 58 Como tem sido o feedbck? O Feedback tem sido estupendo. O livro tem uma grande aceitação por todos. A mensagem principal que me passam é que é um livro que apetece comer. É fácil de ler e de entender a mensagem, as receitas são super fáceis e super saborosas. E leva-nos em viagem sentados à mesa degustando ou lendo os relatos de viagem. Deixa um convite para os que ainda não tem o livro, sobre o que podem lá encontrar? Acho que já fomos falando um bocadinho sobre isso… Mas para aqueles que ainda não conhecem o Livro “Viagens da Comida Saudável” este é um livro de viagens, de gastronomia, de consciência alimentar e de receitas, que nos leva a viajar por sabores e cores dos quatro cantos do mundo. São nove os países que podem encontrar neste livro: Marrocos, Peru, Brasil, Índia, Cambodja, Vietname, Tailândia, Nepal e Portugal (claro!). E para finalizar, uma mensagem/conselho para que tenhamos todos uma alimentação mais saudável. Isso é fácil. Simplifiquem. Comam simples. Evitem alimentos processados. Abusem de cereais integrais, leguminosas e vegetais. Se precisam de mais dicas… é só procurar no livro. Está tudo lá. “Viagens da Comida Saudável”, com edição do Chá das Cinco, um livro que pode adquirir nas livrarias de todo o país. Nídia Massano Repórter/Locutora [email protected] In Inspiração Afinal o que é o Sucesso? É tu poderes ires para a cama todas as noites com a alma em paz. Ter a alma em paz é saber que foste tu nas tuas vontades e não o que os outros queriam que tu fosses. Ter a alma em paz é perceberes que na tua vida tens 20% de loucura para manter a sanidade mental. Ter alma em paz é perceberes que faças o que fizeres nunca vais ser perfeito mas podes sempre ser honesto contigo mesmo. Ter alma em paz é saber dizer não a todos aqueles que não respeitam o teu ser. O respeito começa quando nos damos ao respeito. Ter alma em paz é dizeres SIM e quereres dizer SIM ou dizeres NÂO e queres dizer NÂO. É dizeres o que pensas na verdade. Se dizes sim e a vontade é dizer não, a isso chamo hipocrisia. Ser hipócrita não traz nunca paz na tua vida. Esta a beleza da vida estar em paz em cada deitar e perceber que as coisas podem não acontecerem como tu planeaste. Mas mais tarde ou mais cedo se tiveres a vibrar no Amor elas acontecem naturalmente. Vamos deitar-nos todos os dias com a alma em paz? Luis Baião Progenitor Zen Family Viajante e Explorador da Vida [email protected] 60 Aos olhos dos viajantes...Marrocos “Morrias de vertigens se chegasses ao meu nível” é a frase que levo daqui, com uma das maiores lições de toda a minha vida! Até um dia Deserto! Bom dia mundo! Próóóóxima paragem... Foto de Sara Cruz Viajante Zen Family Merzouga (Deserto Sahara) 29 de Abril de 2016 61 Em Amor, Somos Todos Um! É COMO SE ALGO FALTASSE NA MINHA VIDA Por certo já alguma vez sentiste o mesmo, sentiste que a tua vida estava incompleta, que faltava algo que te fizesse sentir realmente feliz, realmente parte do Universo, realmente útil, realmente vivo. Há anos, dizia para mim mesma: “A vida não pode ser só isto!”, o vazio por trás da vida “normal” aumentava a cada dia e chegou a altura em que já não conseguia sequer lidar com isso, era forte demais o apelo à procura do meu EU, da minha essência, da minha missão. Sou uma mulher feliz há muitos anos, embora a verdadeira noção de SER COMPLETA só tenha surgido nos últimos quatro anos da minha vida, desde que descobri a minha missão e a assumi como directriz de vida. 62 Quando pensamos que a nossa vida está”encaminhada”, temos saúde, trabalho, família, filhos, amigos, alguns bens ditos necessários e essenciais como casa, carro, etc...julgamos, por vezes, que a vida já nos deu as condições essenciais para sermos felizes e a única coisa que temos que fazer é manter essas mesmas condições e sermos felizes para sempre. Claro que temos sempre sonhos a realizar, mas em termos de expectativas, muitos de nós se darão por satisfeitos com estes feitos, eles bastam para manter um resto de vida rotineira, dentro da nossa zona de conforto, com bem-estar, felicidade quanto-baste e de preferência poucos sobressaltos! E, quando afinal não é assim? Quando a vida te diz através do teu subconsciente que não chegaste sequer a meio do caminho para a Felicidade, que não encontraste a tua missão, que isso não é vida! Inicialmente tentas desvalorizar a voz da Intuição e segues o teu percurso habitual, aí os sinais começam a ser mais evidentes, o vazio que sentes no peito, a falta de algo que te apaixone, a falta das borboletas na barriga, a inércia de um dia igual ao outro, dia após dia, mês após mês, ano após ano...fraquejas, vais-te abaixo se nada fizeres. Serás um guerreiro se enfrentares essa falta, lutando por encontrar as respostas, que estão dentro de ti - estão sempre dentro de ti ou, por outro lado, vais deixar-te vencer pelo negativismo, pela preguiça, pela vitimização e seres mais um “sem rumo”. Quando sentires que te falta algo na vida, que ainda não encontraste a tua missão, a felicidade, olha para dentro e observa-te, faz-te perguntas, certamente que obterás resultados e passarás à ação que te levará ao caminho que pretendes percorrer. A escolha é tua e as oportunidades estão sempre a aparecer se estivermos atentos. Se não levarmos a vida demasiado a sério, em bem-estar, em gratidão, facilmente estamos mais atentos ás pistas que ela nos dá para descobrirmos o nosso caminho. Sónia Ribeiro Wellness Coach www.soniaribeiro.eu [email protected] www.facebook.com/sonia.mm.ribeiro 63 Testemunhos “Este fim de semana vim fazer um retiro. Que maravilha! Regresso com o coração cheio de amor. Agradeço do fundo do coração à “Zen Family”, pela forma única como sabem receber. Ganhei uma nova Familia.” Fátima Lopes (Apresentadora) “Ao longo dos meus 15 anos a dar aulas, sempre vivi com paixão, entrega e crença! Obstáculos surgiram no caminho, mas as respostas como por magia, sempre conseguiram contornar esses mesmos obstáculos!Talvez nunca tenha percebido por que razão isso aconteceu. Mas sim. As coisas boas acontecem porque algo de bom foi acontecendo. É esse o caminho que quero seguir e quero partilhar! O fim de semana foi mágico, pois alimentou sentimentos de paz, harmonia, crença, felicidade e gratidão. Podermos sorrir, é fazer rir, sorrir e acima de tudo fazer acreditar! Quem sabe se um dia não estamos todos a rir?!! Obrigado por me terem feito rir e sorrir! Paulo Isidro “Olá Luís e familia! A minha experiência na Casa dos Sonhos, foi maravilhosa e memorável. A Casa Dos Sonhos tem uma decoração de glamour e Zen. Nestes dias aprendi muita coisa e sentir novas experiências. A caminhada na montanha e a experiência da meditação na ribeira foi uma sensação de libertação e desapego de muitas situações. A interacção do grupo foi fantástica a partilha das situações. Uma das coisas que mais aprendi foi o “ dar” ( abrir o meu coração) e muito mais. A familia da Casa dos sonhos, o Sr António e D. Vitália e a Daniela , transmitem um carinho sem limites que nunca tinha sentido com ninguém. Estou grata por estes dias fantástico, por todas as experiências vividas, por conhecer pessoas inesquecíveis grupo e familia da Casa dos Sonhos. Sonho com proximas experiências com A Zen Family, Beijinhos” Paula Peixoto “ “Neste mundo globalizado e tecnológico em que as pessoas vivem cada vez mais atrás de dispositivos móveis, vidas virtuais e sem expressão, cada vez mais solitárias, a Casa dos Sonhos e as pessoas que lhe dão expressão, são um oásis que deve ser descoberto e preservado com o maior carinho do mundo. Este fim-de-semana fui presenteado com a graça de poder passar momentos inesquecíveis num lugar mágico com pessoas magníficas que me proporcionaram momentos únicos, fazer novos amigos e uma experiência alimentar, ambiental e espiritual fabulosa! Estou grato a todos pela forma simples e ao mesmo tempo grandiosa como me fizeram sentir parte da vossa grande família. Conseguiram encher o meu coração de paz e amor, e fazer-me acreditar, de novo, que devemos seguir os nossos sonhos, lutar por eles e tudo é possível desde que o desejemos com a motivação certa. A energia que se viveu neste lugar mágico foi harmoniosa, conciliadora, curativa e permitiu realinhar com o eu interior e com o universo. A partilha de experiências pessoais e o descobrir novas pessoas com tanto talento, foi sem qualquer sombra de dúvida um elixir potente de inspiração para a procura de novos caminhos e vivências. Quero agradecer a todos, à aBioFamily pelas condições proporcionadas, pelo carinho e a alimentação fantástica, a disponibilidade, e por tratarem tão bem de nós. Às inigualáveis meninas do Ki de Aveiro, Sara e Clara pela simpatia, carinho e inspiração, pelo workshop e pela saborosa refeição que confecionaram para nós, ao João pela bela demonstração e aplicação dos óleos essenciais, e a todos os amigos que participaram, partilharam e ajudaram a fazer deste momento uma memória única e inesquecível. Bem-haja a todos! Miguel Freitas 64 65 Agenda Zen Family MAIO 2016 • Viagens Internacionais: De 6 a 15 de Maio Zen Family em Marrocos - ESGOTADO • Workshop aBiofamily: 7 de Maio Oficina Zen Porto - Últimas Inscrições • Casa dos Sonhos: 13 a 15 de Maio Corpus Sanus - Saúde Integral - ESGOTADO • Workshops/Palestras: 18 a 22 de Maio Zen Family e aBiofamily nos AÇORES - ESGOTADO • Jantar Temático “Viagens da Comida Saudável” 26 de Maio no restaurante PÉ D’ARROZ INSCRIÇÕES ABERTAS • Caminhos de Santiago 29 de Maio 3ª Etapa: ESPOSENDE - VIANA CASTELO INSCRIÇÕES ABERTAS Mais informações consultem o nosso site: WWW.ZENFAMILY.ORG Por email: [email protected] 66 EM BREVE • ”Viagens da Comida Saudável”: 4 de Junho Feira do livro Lisboa Sessão de autógrafos com Daniela Ricardo • Casa dos Sonhos: 10 de Junho Encontro de Viajantes Marrocos • Palestra / Apresentação Livro ”Viajens da Comida Saudável”: 17 de Junho Viana do Castelo Entrada Gratuita - Inscrições em Breve • ”Pic-Nic Zen Family / aBiofamily”: 19 Junho PORTO - Parque da Cidade GRATUITO - Inscrições em Breve • ”Viajar, Comer, Inspirar”: 25 e 26 de Junho Fim-de-semana em Penela (Duecitânia Hotel) Inscrições abrem a 2 de Maio ...E muito muito mais, estejam sempre atentos ao nosso site e páginas do Facebook www.facebook.com/zenfamilyproject Viajamos não para escapar à vida, mas para que a vida não nos escape 67 Viagens com alma re a Fluir... Semnfp a m i l y. o r g w w w. z e