PCD - Stericontrol

Pacote Desafio (PCD)
Porque utilizar?
O termo “Pacote Desafio” vem do inglês Process Challenge Devices = PCD (Dispositivo de Desafio do
Processo). Um PCD pode ser montado manualmente pelo usuário dentro de sua instituição ou ser comprado
“pronto” em empresas especializadas. Ao contrário do que pode parecer o uso de PCD´s prontos, trazem mais
economia e qualidade ao usuário do que ele pode imaginar.
Desde o início das rotinas de monitoração e em especial após o início dos anos 70 muito foi discutido sobre o
“baixo” custo de se montar um PCD com tecidos e pacotes do próprio uso do hospital. Com isso, alguns
fatores importantes fazem com que desde então a cada dia hospitais cirúrgicos públicos ou privados migrem
para o uso dos testes PCD, opção essa que já foi feita pela maioria dos hospitais Americanos e Europeus e
em alguns dos principais hospitais do Brasil.
Abaixo identificamos alguns dos principais fatores que os levaram a tomar essa decisão de trocar o PCD
montado dentro dos hospitais por um sistema de PCD pronto disponível no mercado.
A Dificuldade de Reprodutividade dos Resultados:
Os pacotes feitos manualmente devem seguir regras e normas muito rígidas para assegurar a qualidade e
reprodutividade diária dos resultados, por exemplo: No caso dos pacotes Bowie Dick Pacotes, eles tem de ter
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tecidos com medidas controladas (fios p/mt ), pacote com dimensões de 25cmX30cmX28cm. e 4kg de peso,
devendo ser confeccionado em toalhas cirúrgicas, lavadas recentemente e sem passar.
Veja como se monta um PCD padrão AAMI:
O PCD padrão AAMI deve consistir de 16 campos ou toalhas cirúrgicas de huckaback (um tipo de linho) tem
de ser reutilizáveis ou toalhas absorventes, em bom estado, cada um dos quais medindo 41cmX66cm. précondicionado (Pré-condicionamento consiste de manter as toalhas à temperatura ambiente entre 18°C a 24°C
e umidade relativa de pelo menos 35% durante pelo menos 2 horas). Cada toalha é dobrada longitudinalmente
em terços e, em seguida, dobradas transversalmente no meio. Depois de serem dobradas, as toalhas são
colocadas uma sobre a outra, para formar uma pilha que é de aproximadamente 23cmX23cmX15cm de altura.
Um ou mais indicadores químicos e/ou biológicos são colocados entre as toalhas oitava e nona (centro
geométrico do pacote). A embalagem é então fechada de maneira que irá produzir aproximadamente 15 cm de
altura, deve pesar aproximadamente 3 libras (1,360kg) e deve ter uma densidade de aproximadamente 11,3
libras por metro cúbico.
Onde estão os problemas?
1 - O tecido utilizado no Brasil não é o mesmo tecido utilizado nos EUA e Europa para montagem dos PCD´s,
quando da confecção das normas BS-7720 – ISO-11140-1 – EN-867-3 o tecido correto seria o huckaback (um
tipo de linho) que nada tem haver com os tecidos (brim e algodão) normalmente utilizados nos nossos
hospitais.
2 - As medidas dos pacotes (23cmX23cmX15cm) nem sempre são respeitadas ou conferidas o que pode
acarretar pacotes grandes ou pequenos.
3 – O peso é outro fator importante, raramente se encontra uma balança em uma central de esterilização. Se
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montarmos um pacote acima do peso de 3 libras (1,360kg), mudamos a densidade do pacote (11,3 libras mt ),
se montamos abaixo do peso também modificamos os parâmetros pedidos na norma. Isso influencia
diretamente na taxa de remoção do AR e na penetração do vapor, proporcionando falsos resultados. Grande
parte dos hospitais não tem uma balança na CME e quando tem, pela rotina dificilmente lembram de pesar o
PCD. (falta padrão de reprodutividade).
4 - Tem que ser mantida toda uma rotina em conjunto com a lavanderia, pois depois de feito o teste PCD, os
tecidos tem de ser reprocessados (encaminhados a lavanderia para lavar) não podem ser passados por isso é
fundamental que sejam identificados pois o ressecamento do tecido pode comprometer o ciclo de teste pela
absorção do vapor, apresentando resultados falso positivo.
5 – O fator pessoal também tem de ser considerado, pois nossa mão de obra geralmente não é bem treinada
para fazer os testes da maneira correta, tomando e observando todos estes cuidados. O custo com
treinamento também pode ser considerado, bem como o tempo do funcionário na montagem e rastreamento
das fases anteriormente relatadas.
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Pacote Desafio (PCD)
Porque utilizar?
6 – O custo que envolve troca de tecidos regularmente, montagem dos pacotes, espaço utilizado em máquina
de lavar, sabão, processo monitorado, risco de erro.
Ao colocarmos todos estes custos na ponta do lápis veremos que o simples e mais importante benefício
quando optamos pelo uso dos testes PCD é o de termos resultados sempre baseados em parâmetros
estabelecidos, ou seja, conseguimos reproduzir resultados tendo como base um padrão, que não sofre a
possibilidade de erros de montagem, qualidade de tecido, desgaste, etc.
Custos do pacote e processo:
• Quanto custa o Kg da lavagem em sua lavanderia?
• Quanto custa a hora do seu funcionário? (em média 12 minutos para localizar, separar e preparar
cada PCD).
• Quantos PCD´s vão ser montados e reprocessados por dia?
• Não somamos ainda a este levantamento os custos com:
- Energia Elétrica das lavadoras (falta de dados dos fabricantes dos equipamentos).
- Compra de Tecidos especiais para o teste.
- Grande desgaste dos tecidos e identificação.
- Rotina específica de reprocessamento.
- Fitas adesivas para fechamento de pacote.
Como visto o custo total na realização de toda essa operação ainda pode ser maior. Além de todos os
problemas que podem ocorrer conforme descrevemos no primeiro tópico desta missiva, eles podem acarretar
a repetição do procedimento do teste para dissipar possíveis dúvidas, aumentando mais ainda o custo total
desta operação. Esse é o custo efetivo do procedimento.
Uma vez que utilizaremos o PCD o tempo para realização do procedimento é muito menor, além de facilidade
e padrão de leitura dia a dia (reprodutividade) e fácil sistema de arquivamento, compacto, seguro, organizado
e ecologicamente correto. “Qualidade padronizada de resposta com segurança não tem preço!”
Conclusão do porque eu devo utilizar um PCD comercial.
1. O PCD é fabricado conforme normas internacionais.
2. Reprodutividade dos resultados, o teste não vai variar os resultados conforme o peso, gramatura, etc.
3. Baixo custo quando comparado a montagem e toda a logística necessária para montar um pacote
manual.
4. Ecologicamente correto:
a. Não usa água...
b. Não precisa ser lavado (reprocessado) usando produtos químicos que vão parar em nossos
rios e mananciais...
c. Economia de energia elétrica, pois não precisa utilizar as lavadoras e secadoras...
d. No caso do PCD SteriScan, não utiliza papel*em sua produção por isso não contribui com o
desmatamento ou acúmulo de resíduos...
e. No caso do PCD SteriScan, produto totalmente reciclável...
*Importante:
Um PCD que utiliza papel na sua confecção pesa em média 0,275kg, se o cliente utiliza 200 PCD´s de
papel por mês são 55 kg/mês. Em longo prazo são desperdiçados 660 kg/ano de papel só com esse
tipo de PCD. Pense nisso! Ao optar por um PCD lembre-se que o PCD SteriScan, não utiliza papel.
Autor: A. Sergio Ceolin - Stericontrol
Referências:
• ISO 11140-1: 2005
• ANSI/AAMI ST79:2011 - Association for the Advancement of Medical Instrumentation.
• EN 867-3
• Bowie, J.H., Kelsey, J.C., Thompson, G.R., THE BOWIE AND DICK AUTOCLAVE TAPE
TEST, Lancet I: 1215, 1963.
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