Ó fortuna
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Ó fortuna
O fortuna Velut luna Statu variabilis, Semper crescis Aut decrescis; Vita detestabilis Nunc obdurat Et tunc curat Ludo mentis aciem, Egestatem, Potestatem Dissolvit ut glaciem. Ó fortuna Como a lua Variável Sempre crescendo E minguando Vida odiosa Primeiro oprime Então alivia A mente só por diversão Pobreza Poder Derretem como gelo Sors immanis Et inanis, Rota tu volubilis, Status malus, Vana salus Semper dissolubilis, Obumbrata Et velata Michi quoque niteris; Nunc per ludum Dorsum nudum Fero tui sceleris. Destino - monstruoso E vazio Roda da sorte Tu és malevolente Bondade em vão Que sempre não leva à nada Obscura E coberta Você também me amaldiçoou E agora no jogo Eu trago minhas costa nuas À tua vilania Sors salutis Et virtutis Michi nunc contraria, Est affectus Et defectus Semper in angaria. Hac in hora Sine mora Cordum pulsum tangite; Quod per sortem Sternit fortem, Mecum omnes plangite! O destino está contra Minha saúde E virtude Dás E tira Sempre escravizando Então agora Sem demora Puxe essa corda vibrante Já que o destino Extermina o forte Chorem comigo! Ó Fortuna És como a Lua Mutável Sempre aumentas E diminuis A destetável vida Ora escurece E ora clareia Por brincadeira, a mente Miséria Poder Ela os funde como gelo Sorte maldita E vazia Tu és, roda volúvel És má Vã é a felicidade Sempre dissolúvel Nebulosa E velada Também a mim contagias Agora por brincadeira O dorso nu Entrego à tua perversidade I - Fortuna Imperatrix Mundi (Fortuna, Imperatriz do mundo) Ó Fortuna variável como a lua cresces sempre ou diminuis, detestável vita! joje maltratas amanhã lisonjeias brincas com os nossos sentidos a miséria o poder fundem como gelo em ti. Destino cruel e vão roda que giras a tua natureza é preversa a tua felicidade vã sempre a dissipar-se pela sombra e em segredo aproximas-te de mim apresento o meu dorso nu ao jogo da tua preversidade. Felicidade e virtude são-me agora contrárias; afecções e derrotas estão sempre presentes. Nesta hora sem demora pulsai as cordas pois que o bravo, derrubado pelo destino chorai todos comigo. 2. Fortune plango vulnera (Feridas causadas pela fortuna) Choro as feirdas causadas pela fortuna com olhos lacrimosos pois, rebelde, retoma os seus dons. Na verdade, está escrito que a cabeça coberta de cabelos a maior parte das vezes revela-se, quando a ocasião se apresenta calva. No trono da Fortuna sentei-me com orgulho coroado com as flores variadas da prosperidade. Floresci então feliz e abençoado eis-me agora caído do cume e privado de glória. Gira roda da fortuna eu desço e pereço outro é levado para cima; no cimo de tudo senta-se o rei, no vértice: ele que se guarde de cair! E sob o eixo da roda lê-se: Rainha Hécuba.
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statu variabilis, semper crescis aut decrescis. vita detestabilis, nunc obdurat et tunc curat; ludo mentis aciem, egestatem, potestatem dissolvit ut glaciem.
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