X - Reunião - Doença de Creutzfeldt-Jakob - Digimax
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10ª Reunião de Casos www.digimaxdiagnostico.com.br/ • Paciente K. C. S. C., 38 anos, sexo feminino. • Quadro de tremores, demência, lentidão ao caminhar e ao falar. • Em uso de cinarizina e cloridrato de donepezila. FLAIR DIFUSÃO FLAIR DIFUSÃO FLAIR DIFUSÃO Hipótese Diagnóstica Alterações parenquimatosas citadas (típicas) + Quadro clínico: tremores, demência e lentificação (típico) = Fortemente sugestivo de Doença de Creutzfeldt-Jakob Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) Distúrbio demencial potencialmente transmissível, rapidamente progressivo e fatal, causado por um príon (partícula infecciosa proteinácea desprovida de DNA e RNA). São 4 subtipos: 1) Esporádico (85%) (DCJe) 2) Familiar (10%) autossômica dominante 3)Iatrogênica transmitida por tecidos humanos: (menos de 1%) -transplante de córnea, -enxertos de dura-máter, -infusão de hormônio de crescimento retirado de hipófise humana. 4) DCJ nova variante (DCJv), relacionada com epidemia de encefalopatia espongiforme bovina. Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) • Incidência: 1 a 2 casos em 1 milhão de habitantes por ano. • Faixa etária: Jovens na DCJ nova variante Idoso na DCJ esporádica (6ª a 7ª décadas) • Distribuição semelhante em homens e mulheres. • Agente infeccioso: príon, uma anormalidade estrutural de proteína priônica celular, de função biológica desconhecida, encontrada em tecidos saudáveis. • DCJ é devido a degeneração neuronal resultante do acúmulo da isoforma patológica da proteína priônica celular normal. Essa estrutura reformulada interrompe a função e determina a morte neuronal. Quadro Clínico • Curso típico de invariável progressão. • Mioclonias e piora das habilidades cognitivas em questão de semanas a dias. • Astenia, hiporexia, afasia, perda visual, hemiparesia, amiotrofia, mioclonias, postura rígida. • Evolui com mutismo acinético e morte em 100% dos casos. Diagnóstico • Suspeitado pelo quadro de demência rapidamente progressiva na totalidade dos casos. • Sinais piramidais, extra-piramidais, cerebelares. • Não há marcador laboratorial para a DCJ. • Eletroencefalograma mostra-se alterado (ondas trifásicas) na maioria dos pacientes (independente da variedade e da fase da doença). Diagnóstico • LCR normal: exclui encefalites e neuroinfecção. • Teste por Western Blot para fragmentos da proteína 14-3-3 no LCR: Sensibilidade 96% Especificidade 99% • Quando positivo é altamente sugestivo de doença priônica esporádica. Diagnóstico Diagnóstico definitivo por biópsia cerebral ou necropsia. • Análise neuropatológica • Neuro-histoquímica. Ressonância Magnética • É a importante arma diagnóstica na DCJ. • Forma recém descrita como Nova Variante: altamente sensível e específica quando demonstra hipersinal na região talâmica posterior (Sinal Pulvinar). • Alterações na sequência difusão são mais evidentes do que nas T2- ponderadas. • Sequência Difusão também tem se mostrado superior a sequência Flair na detecção de lesões corticais. (A) FLAIR (B) DIFUSÃO Imagem da literatura. (A) Hiperdensidade simétrica no caudado e putamen, característica de DCJ esporádica. (B) Mostra restrição de difusão assimétrica nos núcleos caudados e putamen. O envolvimento do putamen anterior mais que o posterior é típico da DCJ. Hiperdensidade assimétrica nas fitas corticais dos lobos temporais e frontais. Tratamento • Ainda não há tratamento capaz de modificar a evolução fatal da doença. • Porém, o diagnóstico precoce pode possibilitar medidas terapêuticas eficazes no futuro. • Algumas drogas usadas: Antivirais, anticonvulsivantes, corticóides, clorpromazina, interferon, antimalárico, fenotiazínicos. Caso prévio diagnosticado em 2013: • Paciente M. T. M.; 69 anos; sexo feminino. • Queixa: Perda de memória, demência progressiva, tremores e ataxia cerebelar; • Foram realizadas 03 Ressonâncias Magnéticas (Janeiro- Fevereiro- Abril) AXIAL FLAIR 21/01/13 DIFUSÃO 21/01/13 AXIAL FLAIR 25/02/13 DIFUSÃO 25/02/13 AXIAL FLAIR 24/04/13 DIFUSÃO 24/04/13 Referências bibliográficas • OSBORN Anne G., SUSAN I. Blaser. Diagnostic Imaging Brain - Editora Elsevier • https://www.unifesp.br/dneuro/neurociencias/217_relato.pdf • http://www.scielo.br/pdf/anp/v62n2a/a29v622a.pdf
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