Empresas empreendedoras - Caixa Geral de Depósitos
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Empresas empreendedoras - Caixa Geral de Depósitos
Caixa JANEIRO 2015 Empresas CASOS DE SUCESSO: Grupo Luís Vicente e Marec PORTAL: Caixa lança plataforma de apoio ao negócio internacional Esta revista faz parte integrante do Diário Económico n.º 6096 de 23 de janeiro de 2015. Foto: João Cupertino OFERTA IBÉRICA: As soluções financeiras para fazer negócios em Espanha ENTREVISTA NUNO FERNANDES THOMAZ Empresas e empreendedores são os campeões da recuperação económica índice 6 10 Pág. 4 e 5 ABERTURA ENTREVISTA: NUNO FERNANDES THOMAZ, VICE-PRESIDENTE DO GRUPO CAIXA Pág. 6 e 7 EnCaixa OFERTA IBÉRICA: FECHAR NEGÓCIOS COM ESPANHA É MAIS FÁCIL 12 Pág. 8 e 9 MERCADOS PLATAFORMA ONLINE APOIA O NEGÓCIO INTERNACIONAL Pág. 12 e 13 À LUPA GRUPO LUÍS VICENTE: NO REINO DOS SABORES NATURAIS Pág. 10 e 11 À LUPA MAREC ESPAÇO CASA: A MARGEM QUE ESTÁ A INUNDAR O MUNDO Pág. 14 E 15 SALDO POSITIVO SEPA: NOVO FORMATO DE COMUNICAÇÕES NOS PAGAMENTOS ALDEIA GLOBAL Jan. 27 . Lisboa Caixa Empreender Award Caixa Capital & Tech Transfer Accelerators Culturgest – Grande Auditório Contactos: www.cgd.pt/empresas Inscrições em www.eventbrite.pt 28 . Lisboa João Paulo Dias / Arquivo Económico Workshop: Introdução à Ferramenta Business Model You womenwinwin.com Culturgest www.womenwinwin.com Contactos: 213 225 790; [email protected] Mar. 4 a 6 . Lisboa Green Business Week: Semana Nacional para o Crescimento Verde Fundação AIP Centro de Congressos de Lisboa www.greenbusinessweek.fil.pt Contactos: 218 921 500; [email protected] 4 a 7 . Matosinhos EXPORT HOME 2015 – Best Portuguese Furniture Showcase Fev. 5/12/19/26 . Lisboa Conferências: O Poder dos Afetos Exponor www.exporthome.exponor.pt Contactos: 229 981 473; 229 981 473; [email protected] Culturgest – Pequeno Auditório www.culturgest.pt Contactos: 217 905 155; [email protected] 5 a 8 . Batalha Mar. 26 . Porto FRUTITEC/HORTITEC Exposalão www.exposalao.pt Contactos: 244 769 480; [email protected] Música – Nate Wooley 12 . Matosinhos Culturgest Porto – Pequeno Auditório www.culturgest.pt Contactos: 222 098 116; [email protected] QSP SUMMIT 2015 – The Future Trends 14 . Lisboa Exponor QSP/AIP www.qspmarketing.pt Contactos: 226 108 552; [email protected] As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção desta publicação foram compensadas no âmbito da estratégia da CGD para as alterações climáticas. Nos bastidores da Culturgest Culturgest www.culturgest.pt Contactos: 217 905 155; [email protected] EnCAIXA Palavra chave CAPITAL DE RISCO z A Caixa Capital disponibiliza quatro tipos de fundos, que respondem às necessidades de financiamento das 4 empresas em função do estágio de desenvolvimento em que JANEIRO JANEIR JAN EIRO O 20 2 2015 015 se encontram. Caixa Ca aixa Empresas MERCADOS À LUPA SALDO POSITIVO “Empreendedores, empresários e empresas são os campeões” João Cupertino ABERTURA N T NUNO FERNANDES THOMAZ ENTREVISTA VICE-PRESIDENTE DO GRUPO CAIXA Vice-presidente do Grupo Caixa, Nuno Fernandes Thomaz confia na recuperação económica. Reafirma o envolvimento da CGD neste esforço coletivo mas ressalva os verdadeiros campeões: os empreendedores, os empresários e as empresas. O capital de risco é um pilar estratégico. qualidade dos nossos produtos, serviços e colaboradores. É muito bom que consigamos chegar ainda mais longe nas empresas e na conquista da sua confiança – superando expectativas. Como é que isso foi conseguido? Como releva os principais fatores distintivos da CGD junto das empresas? Destacaria três fatores essenciais de um conjunto diversificado. Desde logo, a qualidade do serviço, muito reconhecida, aliás, pelos nossos clientes e inclusive pela concorrência. Depois, a capilaridade da nossa rede comercial. Estamos de facto muito próximos das empresas e garantimos uma enorme abrangência geográfica. Temos mais de seis gestores Caixa Empresas em cada um dos cerca de trinta Gabinetes Caixa Empresas e mais de 260 unidades de atendimento Caixa Empresas na rede de particulares – para empresas de menor dimensão. Por último, e muito importante, a nossa plataforma internacional, com características únicas em Portugal. Presente em 23 países, com filiais, sucursais e escritórios de representação, é uma estrutura altamente valorizada pelas empresas que exportam ou que se pretendam internacionalizar. João Cupertino Considera que essa proximidade é reconhecida? É visível na tendência consistente de crescimento da nossa quota neste segmento. A Caixa é o maior Banco de particulares e caminhamos para nos tornarmos no maior Banco das empresas. São resultados que nos orgulham e nos motivam. Torna-se usual ouvirmos manifestações de grande agrado dos clientes-empresas. Aquelas que trabalham connosco pela primeira vez reconhecem a excelência e sofisticação do serviço, a Através do nosso serviço. Revela-se todos os dias com alta modernidade e inovação. Isto envolveu um investimento em plataformas de e-Banking e em toda uma estrutura técnica. Mas – reforço com veemência –, através da qualidade dos nossos colaboradores. As pessoas fazem toda a diferença pela postura e capacidade de reagir às necessidades das empresas nossas clientes. Como avalia o atual momento económico? O País está de facto a conseguir dar a volta e a ultrapassar o cenário complicado que nos afligia. Creio que os verdadeiros campeões desta recuperação económica são, o que eu chamo, os três “E” da nossa economia. Os Empreendedores, os Empresários e as Empresas. Mas a Caixa tem estado com eles. O tecido empresarial português deu a volta ao contexto de dificuldade através das exportações. Daí que as reais necessidades das nossas empresas passem por esta exigência de expandir o negócio além-fronteiras. Estamos particularmente habilitados a ajudar e temo-lo feito através desta resposta às suas necessidades de apoio na internacionalização. De que maneira? Sobretudo por via da nossa experiência na área de comércio externo. Esta é uma área crítica no segmento das empresas, onde temos soluções muito focadas e onde dispomos da plataforma internacional. Reforço que marcamos presença nos principais países de trade – Espanha, Angola, França, Moçambique, Brasil, China, entre muitos outros. A CGD tem capacidade para se articular como hub financeiro entre a Europa, África e América Latina, nomeadamente Brasil. Temo-nos sabido movimentar nestes flows comerciais. Como está a posição em Espanha? Espanha é o principal trade partner de Portugal e merece-nos toda a atenção. O Banco Caixa Geral, nossa estrutura local, atravessou algumas dificuldades mas apresenta bons resultados, após a reestruturação. Estamos muito atentos às oportunidades deste mercado. Posiciona-se, por exemplo, como parceiro de Moçambique, assim como nos negócios cross border para Angola. Além do foco na internacionalização a oferta CGD contempla valências sectoriais... Sem dúvida, a Caixa definiu como sectores prioritários o dos bens transacionáveis, o exportador e a nossa estrutura produtiva. Destacamos, contudo, os sectores Primário e Secundário. Isto não nos impede de acompanhar outras frentes, como por exemplo o sector do Comércio e Serviços. Esta tendência é um pouco o que deve ser a Banca: voltar ao back to basics. Ou seja, fazer com que as pessoas que trabalham na Banca saibam tanto, ou mais, dos sectores que apoiam, como os seus operadores. Por exemplo, no sector Primário, a Caixa constituiu uma equipa com competências específicas, de onde as áreas comerciais têm recebido know-how. O capital de risco afirma-se como uma alternativa sólida de financiamento? O capital de risco é fundamental porque a estrutura de capitais na maioria das empresas portuguesas é desadequada. As empresas estão descapitalizadas. Quanto mais contrariarmos esta tendência, melhor. Aqui a CGD tem feito um percurso muito interessante. Definimos como estratégico o pilar da capitalização. A Caixa Capital tem uma estratégia muito clara. É o principal player do capital de risco em Portugal e tem sido bastante inovadora na forma como reorganizou os seus fundos. Que oferta apresentam? A Caixa Capital abrange todos os ciclos de vida das empresas. Temos quatro tipos de fundos: o Fundo Empreender +, mais ligado ao early stage e para empresas que se estão iniciar; o Fundo Caixa Crescimento, para expansão das empresas; temos outro Fundo do Grupo CGD para empresas que estão em estágios mais avançados; e temos ainda o Fundo dos Fundos, onde procuramos apoiar sociedades de capital de risco para que saibam e possam acompanhar com detalhe as empresas onde investem. E as empresas estão a reagir bem? Ainda há um longo caminho a percorrer. Esta área da capitalização não é um problema exclusivo dos bancos. Os próprios empresários têm de perceber as suas vantagens e permitir que se abra o capital das suas empresas. A Caixa tem sido muito ativa neste esforço de sensibilização, com inúmeras iniciativas que promovemos e apoiamos em defesa do empreendedorismo, da capitalização das empresas e da sua iniciativa. Caixa Empresas JANEIRO 2015 5 ABERTURA EnCAIXA MERCADOS À LUPA SALDO POSITIVO Fechar negócios com ESPANHA é mais fácil Espanha está na primeira linha do esforço de internacionalização das PME nacionais. A CGD dedica especial atenção ao mercado vizinho com uma estrutura robusta de agências em Espanha e Portugal e com um pacote específico de produtos e serviços, como o Passaporte Ibérico. Caixa 6 Empresas JANEIRO 2015 rescer para o mercado espanhol pode ser bem mais simples do que imagina, com uma parceria financeira capaz de oferecer uma estrutura integrada nos seus mercados de origem e de destino. Com cerca de 1000 agências em ambos os países, e uma equipa de Gestores Empresa habilitada para o ajudar nas suas decisões de gestão, a CGD consegue ainda garantir uma oferta capaz de responder às especificidades de cada operação comercial. Desde logo, com a possibilidade de abertura de conta, a partir de qualquer agência em Portugal, através da qual passará a gerir o seu relacionamento com fornecedores e clientes em Espanha, passando pela facilidade das transferências, recurso a pagarés, possibilidade de levantamentos e ainda a oferta do Passaporte Ibérico. Um serviço “chave na mão” para empresas nacionais e espanholas que mantenham um interface comercial transfronteiriço. O foco desta oferta complementa a proposta global da CGD para apoio à atividade das empresas nacionais, onde se inclui uma atenção especial à tesouraria com a Gestão Automática de Tesouraria (GAT), o serviço Caixa MaisTesouraria – para gestão de pagamentos a fornecedores e recebimentos de clientes – e uma conta corrente para financiamentos de curto prazo. Esta oferta global inclui ainda soluções de investimento e capitalização para os momentos decisivos de crescimento, como sejam o crédito a médio e longo prazo, a Linha PME Crescimento 2014 (ainda em comercialização) ou a Linha Investe QREN, que permite cobertura por garantia mútua até 50% do capital em dívida, prazo alargado até oito anos e a ausência de comissões bancárias. As vantagens do Passaporte Ibérico Com forte personalização e com um preçário vantajoso em diversas operações, o Passaporte Ibérico permite imediata articulação entre o gestor de clientes da CGD e do Banco Caixa Geral, admite ainda um limite de crédito ibérico, muito simples de contratar e fácil de movimentar. O objetivo é dar escala à gestão da sua tesouraria e o resultado é a total agilização dos movimentos bancários entre a Caixa, o Banco Caixa Geral, a casa-mãe e a sua filial ou parceiro comercial. Como experimentar a conveniência dos pagarés? Bastante vulgarizado no mercado espanhol, este meio de pagamento permite-lhe ir ao encontro das especificidades locais. Trata-se de uma promessa unilateral de pagamento, onde o emitente assume as mesmas obrigações que o aceitante de uma letra de câmbio. A Caixa assegura a cobrança de pagarés do outro lado da fronteira, agiliza as operações comerciais e antecipa o seu pagamento com recurso a conta corrente. As transferências são na hora Este serviço viabiliza fluxos de dinheiro entre contas da Caixa e do Banco Caixa Geral com crédito imediato e sem custos – quando se trata da mesma empresa ou grupo empresarial. Além disso, permite ainda transferências para outros bancos em Espanha com crédito na conta do beneficiário até 24 horas – com possibilidade de não se exceder uma margem de 12 horas, se a ordem de transferência for feita até ao meio-dia. Facilidade nos levamentos Integrar uma rede de negócios implica integrar operações bancárias, nomeadamente os levantamentos de numerário. Com esta solução, os levantamentos podem ocorrer a partir de qualquer agência da Caixa em Portugal ou do Banco Caixa Geral em Espanha. Sempre com informação atualizada para consulta de contas domiciliadas em Espanha ou em Portugal. Informe-se em qualquer Agência ou Gabinete Empresas da Caixa ou através do e-mail [email protected] Palavra chave REDE z Vasta rede de agências da Caixa em Portugal e Espanha e uma equipa de gestores dedicada a apoiar as empresas de ambos os países. e-Banking: Cartões OnBizz e Caixa Break O Caixa e-Banking, plataforma de banca eletrónica para empresas da CGD, oferece agora funcionalidades adicionais para os clientes dos cartões Caixa OnBizz e Caixa Break. Estes dois cartões empresariais pré-pagos – para gestão de tesouraria e do subsídio de refeições para empregados, respetivamente – oferecem agora possibilidade de consulta específica e ativação no Caixa e-Banking, o que torna o controlo dos seus movimentos mais simples e imediato. Para carregar ambos os cartões basta aceder a Caixa e-Banking em cgd.pt, mediante o cuidado prévio de solicitar estes acessos na assinatura de contrato de adesão ao Caixa e-Banking. No caso do Caixa Break, aquela funcionalidade acumula ainda com o passo inicial de poder solicitar os seus cartões. Estes movimentos eram apenas viáveis num portal específico, de gestão eletrónica de pré-pagos, que passou agora a ser complementado pela acessibilidade e conveniência de acessos do Caixa e-Banking. O cartão Caixa Break destina-se ao pagamento do subsídio de alimentação dos empregados, permitindo que empresas e empregados beneficiem de facilidades fiscais em sede de TSU e IRS. O Caixa OnBizz visa o pagamento de prémios e incentivos ou adiantamento e reembolso de despesas, desburocratizando os processos de pagamento e facilitando a gestão aos colaboradores. © Hugh Sitton / Corbis / VMI Saiba mais em cgd.pt/empresas Caixa Empresas JANEIRO 2015 7 ABERTURA EnCAIXA MERCADOS À LUPA SALDO POSITIVO PLATAFORMA ONLINE APOIA O NEGÓCIO INTERNACIONAL Da Ásia ao continente americano, passando pela Europa e por África, a plataforma Caixa Empresas dá-lhe informação essencial sobre os mercados chave para internacionalizar a sua empresa. Inclui um diretório com a presença mundial da CGD. Tudo para apoio ao negócio. Internacionalizar a sua empresa ou passar a colocar grande parte da sua produção no mercado externo implica, numa primeira etapa, esclarecer-se sobre a realidade que encontrará lá fora. O contexto de negócio nos mercados de destino é um fator crítico de sucesso. Ponderar cada detalhe, desde o cenário macroeconómico e contexto social, passando pelo enquadramento legal e fiscal, entre muitos Caixa 8 Empresas JANEIRO 2015 outros indicadores, como potenciais redes de parceria constituem tópicos a relevar no plano de negócios para identificar oportunidades e ameaças, pontos fortes e pontos fracos de cada destino. Foi justamente para responder a este tipo de necessidade que a CGD lançou a plataforma de negócio internacional Caixa Empresas. Visite-a em plataformainternacional.cgd.pt INFOGRAFIA: Susana Lopes | [email protected] Caixa Empresas JANEIRO 2015 9 EnCAIXA 4 pontos a destacar 1 2 3 O departamento de compras da Marec Espaço Casa contacta diretamente as fábricas, sem intermediários, com vantagens para o consumidor no preço final. A empresa tem cerca de 600 funcionários em território nacional. Em 2014, o volume de negócios global rondou os 55 milhões de euros. MERCADOS Objetivos para os próximos três anos na rede de lojas: presença em todas as capitais nacionais de distrito, 40 em Espanha e 10 em Angola. Caixa 10 Empresas JANEIRO 2015 SALDO POSITIVO MAREC A margem que está a inundar o mundo Q 4 À LUPA Fotos: Sara Matos ABERTURA Artigos para casa com boa relação qualidade-preço e design inovador. A fórmula nasceu na Margem Sul do Tejo, espalhou-se pelo País e já entrou em Espanha e Angola. ualidade e baixo custo. Dois conceitos que parecem inseparáveis de artigos para o lar mas que Manuel Martino percebeu não estarem suficientemente explorados em Portugal. Depois de várias viagens internacionais (em especial a França) para estudar o conceito e o modelo de negócio, o empresário aliou-lhes diversidade e atratividade na apresentação em loja, explorando o design, e lançou o negócio no setor para o qual sempre esteve atento. Estávamos em 2004 e nascia assim, nos arredores de Almada (Sobreda), a primeira Espaço Casa. O sucesso foi imediato. “Era impressionante como os artigos novos que chegavam à loja eram logo levados pelos clientes quando estavam ainda a ser repostos, não chegando nalguns casos sequer ao expositor de destino”, lembra José Eduardo Coelho, diretor financeiro da Marec Espaço Casa S.A. Demorou quatro anos a abertura de uma segunda unidade e o salto para a criação, justamente, da Marec Espaço Casa. “Com a abertura em 2008 da se- gunda loja, em Palmela, numa zona industrial, rapidamente obtivemos uma resposta positiva por parte dos clientes e sentimos que a aposta estava ganha”, refere José Eduardo Coelho. O conceito de negócio estava validado pelo público e, por isso, bem definido: “Uma grande variedade de produtos para o lar, de cores e formas modernas, tendo em comum um uso muito prático no quotidiano e preços acessíveis e de boa relação com a qualidade.” No ano seguinte, inicia-se a expansão geográfica da Marec Espaço Casa com a criação de uma rede nacional de lojas. Atualmente, existem 48 unidades Espaço Casa, em pontos tão diversos como Guarda, Chaves, Évora e Funchal. Não se confinando ao território português, a empresa de utilitários para o lar começou o seu processo de internacionalização em 2012, abrindo uma loja em Badajoz, no centro comercial El Faro. De 2012 para cá, a expansão intensificou-se, no sentido de um maior número de lojas e localizações mais distan- Veja on-line o vídeo da Marec Espaço Casa Consolidar a indústria é prioridade Na primeira linha do apoio ao tecido produtivo e à indústria, a CGD tem uma oferta ampla em três frentes essenciais. Desde o investimento (linhas protocoladas pela Caixa – PME Crescimento 2014, Investe QREN, Linha Garantia Mútua FEI 2013-2015, entre outras –; Linha Caixa Capitalização; Solução Caixa Empresas Energias Renováveis), ao apoio à atividade (antecipação de recebimentos através de limites de crédito para desconto comercial; Caixa MaisTesouraria; um limite de crédito para gerir os pagamentos a fornecedores e os recebimentos de clientes) e ainda no apoio à gestão corrente (através de limites para financiamentos de curto prazo, emissão de garantias bancárias e produtos de comércio externo para apoiar as suas exportações). José Eduardo Coelho, diretor financeiro da Marec Espaço Casa tes: três em Madrid (estando prevista a abertura de outras três já este trimestre) e seis em Angola (cinco em Luanda e uma em Benguela). Na entrada em Espanha, a Caixa foi preponderante, uma vez que todo o apoio financeiro a esta operação foi dado via Banco Caixa Geral (Grupo Caixa). Inovação nos produtos… e nos processos O crescimento da Marec Espaço Casa está diretamente associado à inovação e ao empreendedorismo – sempre perseguidos. A empresa não pretende ser um mero elo final (vendedor) na cadeia de valor que leva os produtos, desde a sua conceção, ao cliente. Por isso, visita diariamente as fábricas fornecedoras, às quais apresenta propostas criativas para os artigos, concebendo-os assim em conjunto. Na mesma lógica, tem desde 2010 a sua marca própria para todos os setores em que opera. Conforme refere José Eduardo Coelho, “está devidamente personalizada através de um departamento de design que cria a linha dos produtos e respetivas embalagens, enquadrando-as na essência da imagem e da insígnia”. No campo da inovação comercial, a disposição das lojas Espaço Casa privilegia a atratividade, de modo a ser o primeiro fator que pode levar o cliente a comprar. O produto é exposto por cor, sem barreiras para o público, convidando-o assim a ver toda a loja. Em todo este percurso de afirmação até chegar ao sucesso, a Caixa revelou-se fundamental. “Tem um papel muito importante, já que foi o nosso primeiro banco. Apoiou-nos sempre que era necessário e está connosco desde o início do projeto”, sublinha o diretor financeiro. Além da entrada em Espanha, a Caixa foi decisiva no começo da importação direta de mercadoria do Oriente, em 2011, disponibilizando instrumentos financeiros como as linhas Especiais PME, linhas de Comércio Externo, leasing, TPA nas lojas, confirming e Passaporte Ibérico. Programa Portugal 2020 A Caixa assegura o financiamento de projetos aprovados no Sistema de Incentivos do QREN ou no programa Portugal 2020, com financiamento a médio e longo prazo (complementar às principais linhas protocoladas, como a PME Crescimento e a Investe QREN), com financiamento a curto prazo para antecipar o recebimento de subsídios. Tem ainda garantias bancárias para apoio aos projetos de investimento e declarações de intenção ou aprovação do financiamento. Neste apoio ao Portugal 2020, destaque ainda para a cobertura financeira integral do investimento, o acompanhamento financeiro ao longo do processo de candidatura e o aconselhamento experiente pela rede de gestores Caixa Empresas. Saiba mais em cgd.pt/empresas Caixa Empresas JANEIRO 2015 11 ABERTURA EnCAIXA MERCADOS À LUPA SALDO POSITIVO GRUPO LUÍS VICENTE REINO NO DOS SABORES NATURAIS Da divina pera-rocha à fruta tropical. Da fruta fresca cortada à fruta crocante desidratada. O Grupo Luís Vicente produz milhões de quilos para outros tantos milhões de consumidores, em quatro continentes. Empresa de génese familiar, que opera num setor de atividade tradicional, com 50 anos de existência, situada fora das grandes áreas urbanas. Não, não é o retrato de mais um caso de crise na economia. É antes o perfil da empresa líder nacional no setor hortofrutícola, já com grande expressão internacional, não só pelo que exporta como pela presença corpórea nos próprios mercados. O Grupo Luís Vicente S.A. é o exemplo vivo de que o sucesso não está interdito a nenhuma área de atividade, mas à mercê da competência e do sentido estratégico aliados à vontade de crescer. A empresa da Freixofeira (concelho de Torres Vedras) comercializa anualmente mais de 50 mil toneladas de frutas e legumes, e fá-lo em 38 países e quatro continentes. O administrador executivo do Grupo Luís Vicente, Manuel Évora, explicou ao Caixa Empresas que há “três Caixa 12 Empresas JANEIRO 2015 áreas bem vincadas” de oferta: a produção em Portugal; a produção internacional localizada e a produção internacional segundo uma estratégia de procurement. A produção nacional é assegurada pela Globalfrut – a organização de cerca de 100 produtores constituída pelo Grupo Luís Vicente –, atingindo 15 a 20 mil toneladas, nas quais a pera-rocha assume preponderância (dois terços do total). O Brasil e a Costa Rica são as duas plataformas para a produção internacional do Grupo Luís Vicente, beneficiando da parceria com produtores locais. As frutas tropicais (manga, papaia, mamão, abacaxi) são o “prato forte” da plantação nestes dois países, num total que ronda as 17 mil toneladas ao ano. Estas frutas são comercializadas sob a chancela de uma marca própria criada para o efeito, a Plump. Relativamente ao terceiro eixo de atuação, onde os produtos são adquiridos em função das especificações dos clientes, o Grupo Luís Vicente posiciona-se, durante todo o ano, em operações de compra nas zonas do mundo onde são produzidos os melhores produtos aos melhores preços. No percurso de empresa, que evoluiu de negócio à escala regional – criada por Luís Vicente há meio século – a player internacional bem assumido no mercado das frutas, sobressai o sentido estratégico. Manuel Évora aborda, justamente, o modo como foi encarada a comercialização no estrangeiro e o que a tornou um ponto-chave na estratégia global do Grupo: “Existem duas formas distintas de se abordar a internacionalização das empresas. Uma delas, a mais corrente, consiste apenas na exportação de produtos. Outra das formas é estar presente no mundo global, criando estruturas internacionais próprias de produção e distribuição, o que já fazemos desde 2007.” Sintomático do seu perfil inovador, o Grupo Luís Vicente criou a empresa Nuvi Fruits, entrando na área fabril das frutas e legumes (com um investimento de dois milhões de euros na unidade de fruta fresca cortada). Veja on-line o vídeo do Grupo Luís Vicente Fotos: Neves António Manuel Évora, administrador executivo do Grupo Luís Vicente 3 pontos a destacar A estrutura posiciona-se, por um lado, no mercado da fruta fresca cortada pronta a consumir e das sobremesas de fruta (com marca própria); por outro, num investimento em desenvolvimento de frutas desidratadas 100 por cento crocantes (também com designação autónoma, a Frubis). A Caixa, conforme refere o administrador executivo do Grupo, tem sido um parceiro da maior importância para a Luís Vicente: “A parceria com a CGD é de longa data e é um dos pilares financeiros que tem suportado o crescimento da empresa.” Manuel Évora sublinha que “a CGD faz parte dos que confiam e acreditam na Luís Vicente como a melhor empresa de frutas a operar em Portugal” e, “sem dúvida, muito contribuiu para este sucesso”. O “apoio a determinados investimentos geradores de maior rentabilidade e o suporte à internacionalização (estabilidade no financiamento de produções longínquas e suporte nas relações internacionais)” materializam este apoio da Caixa. 1 A Luís Vicente tem mais de 500 clientes em todo o mundo. 2 Próximos passos: abertura de uma estrutura na Colômbia (a somar ao Brasil, Costa Rica, Holanda e Espanha); aumento da área de produção de abacaxi e início da produção de mandioca (Costa Rica); projeto fabril em Portugal de fruta 100% crocante. 3 Números em Portugal: 270 trabalhadores; 53 milhões de euros de volume de negócios (25% para exportação) e quatro unidades de distribuição (Freixofeira, Sobral da Lourinhã, MARL e Açores. Soluções integradas para o seu comércio Desde a gestão da tesouraria à gestão de pagamentos e do investimento para ampliar o seu negócio, a oferta Comércio e Serviços da CGD tem resposta integrada às necessidades de cada negócio ou loja. A solução Netcaixa agiliza os recebimentos com um TPA, físico ou virtual, com possibilidade de tecnologia contactless e um conjunto único de funcionalidades e vantagens, como a devolução de parte da tarifa de serviço em pagamentos com cartões da Caixa. O cartão OnBizz facilita pagamentos correntes com maior controlo sobre as despesas através desta modalidade de pré-pago. Para necessidades de investimento, a CGD tem soluções no âmbito das linhas de crédito protocoladas (PME Crescimento, Investe QREN ou Comércio Investe para candidaturas aprovadas ao abrigo da Medida Comércio Investe) e de financiamento a médio/longo prazo ou de leasing (imóveis ou equipamentos). Saiba mais em cgd.pt/empresas Caixa Empresas JANEIRO 2015 13 ABERTURA EnCAIXA MERCADOS À LUPA SALDO POSITIVO SEPA: Novo formato de comunicações nos PAGAMENTOS Uniformizar as condições, os direitos e as obrigações de particulares e empresas no que diz respeito a pagamentos e transferências em euros, independentemente da localização. Eis o objetivo do projeto europeu SEPA. Até à data da migração, em agosto de 2014, as empresas tiveram que responder às exigências SEPA. Nalguns casos no entanto, é importante ainda fechar este novo ciclo com a aplicação do formato ISO20022 XML para comunicações com prestadores de serviços de pagamento. A Área Única de Pagamentos em Euros (SEPA – Single Euro Payments Area, no original em inglês) é um projeto europeu que tem como objetivo criar uma infraestrutura comum de pagamentos em 34 países, eliminando as distinções entre pagamentos nacionais e internacionais, que passam a ser regidos pelas mesmas regras. O que é a SEPA? A Área Única de Pagamentos em Eu- Caixa 14 Empresas JANEIRO 2015 ros é um espaço geográfico onde particulares, empresas e outros agentes económicos podem efetuar e receber pagamentos em euros. Isto em idênticas condições, direitos e obrigações, qualquer que seja a sua localização, e sendo eliminadas as diferenças entre os pagamentos nacionais (dentro das fronteiras de cada país) e transfronteiriços (entre países). Quais os instrumentos de pagamento disponíveis no SEPA? No âmbito da SEPA, estão disponíveis instrumentos de pagamento, as Transferências a Crédito SEPA e os Débitos Diretos SEPA, através dos quais qualquer cidadão, empresa ou instituição pode fazer ou receber pagamentos em euros, no espaço SEPA. Quais as vantagens para as empresas? Z Maior rigor e eficiência na gestão financeira, podendo realizar transferências a crédito e débitos diretos em todo o espaço SEPA através de uma única conta bancária; Z Maior eficácia na execução de transferências com a utilização do identificador de conta IBAN; Z Redução de custos e de tempo devido à centralização de pagamentos e de liquidez; Z Simplificação da gestão e controlo de 3 pontos a destacar 1 2 Elimina as diferenças existentes entre pagamentos nacionais e transfronteiriços entre os 34 países SEPA. Estão disponíveis transferências a crédito e débitos diretos paneuropeus. © Colin Anderson / Blend Images / Corbis / VMI 3 Obriga à conversão do formato usado nas comunicações dos serviços de pagamento. Até 1 de Fevereiro de 2016, opte pelo ISO20022 XML. pagamentos, com a uniformização de procedimentos; Maior escolha dos Prestadores de Serviços de Pagamento (PSP); Serviços de valor acrescentado que melhoram o processo de pagamentos: faturação eletrónica; reconciliação eletrónica (das faturas com os pagamentos e a atualização automática das contas do pagador); e soluções de pagamento para banca via Internet. O que é exigido às empresas? A grande prioridade é aproveitar a data de 1 de Fevereiro de 2016, até à qual Portugal obteve a derrogação necessária para as conversões exigidas em ma- téria de interface com os prestadores de serviços de pagamento, bancos ou outros; Utilizar, portanto, o formato ISO20022 XML na comunicação com os seus prestadores de serviços de pagamento; Usar o IBAN para identificar as contas de pagamento; Pedir esta informação a clientes, fornecedores e colaboradores, e comunicar os dados das contas da empresa aos parceiros de negócio; Comunicar aos clientes ou devedores o novo número de entidade credora. Consulte toda a informação sobre a SEPA em www.cgd.pt/empresas