Classe: Bardo

Transcrição

Classe: Bardo
O Bardo
Suplemento para Old Dragon
“É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.”
– William Shakespeare
Autor: CR
Editor: CR
Ilustrador: CR
SUMÁRIO
Introdução ........................................................................................................................4
Bardos .................................................................................................................................5
Bardos em Jogo.................................................................................................................5
Tabelas ..............................................................................................................................6
T1-1: Progressão do Bardo................................................................................................6
T1-2: Talentos de Bardo ...................................................................................................6
T1-3: Talentos de Ladrão ..................................................................................................7
T1-4: Carisma, Sabedoria e Inteligência .............................................................................7
Instrumento Musical ........................................................................................................7
Encantar ............................................................................................................................7
Conhecimento de bardo ...................................................................................................8
O grimório .........................................................................................................................8
Preparando magias...........................................................................................................9
Lançando magias ..............................................................................................................9
Talentos de ladrão ............................................................................................................9
Lista de Magias .................................................................................................................9
Nova Magia........................................................................................................................9
Bardos famosos das lendas ............................................................................................10
Uma Última Sinfonia.......................................................................................................11
3
O Bardo
K
“ ing Charles, our great Emperor,
Has been in Spain for seven long years.
He has conquered that haugthy land right to the seam
No fortress can resist him.
No wall, no city, remains to be smashed,
Except Saragossa, which is on a mountaintop.
King Marsile, who does not love God, defends it,
He serves Mohammed and prays to Apollo:
He cannot prevent misfortune from befalling him there.”
– The Song of Roland
Introdução
A classe bardo foi introduzida no RPG por Doug Schwegman, que, em
1976, publicou na extinta revista Strategic Review de n. 201 – revista
distribuída pela empresa TSR Inc. com o intuito de dar suporte aos
wargamings e principalmente ao Dungeons & Dragons – uma matéria
contendo regras para utilização da referida classe no OD&D.
Doug Schwegman conta na introdução de seu artigo que sua maior
inspiração para a confecção da classe aqui descrita adveio de diferentes
tipos de profissões artísticas da antiguidade, dentre elas os escaldos
nórdicos, os menestréis europeus e, obviamente, os bardos celtas. Conta
também o criador da classe que, de quando da produção do artigo,
optou por espelhar os alicerces de sua obra principalmente nos nórdicos
e nos celtas, o que dava ao bardo, preliminarmente, uma característica
mais combativa e guerreira, a despeito de seu conhecimento nas artes
ladinas e mágicas.
Posteriormente, no AD&D, Gary Gygax optou por fazer menção aos
bardos no Player’s Handbook 1st edition, utilizando-se, provavelmente,
de muito das idéias pioneiras de Doug. Contudo, naquela época, assim
como os psiônicos, os bardos não eram retratados como classes
possíveis a personagens jogadores, mas sim amostras especiais que
poderiam ser utilizadas pelo mestre para incrementar suas aventuras.
Como classe definitiva no rol de escolhas dos jogadores, o bardo só veio
a ser introduzido na segunda edição do AD&D. Nesta edição, eles ainda
tinham muito dos elementos da tradição celta tecida por Doug, mas
vinham mudando pouco-a-pouco, até o advento do D&D 3.0, onde a
maioria das classes possuía uma estrutura mais abstrata, certamente no
intuito de dar oportunidade ao jogador de encaixá-las como bem
entendesse nas histórias montadas para seus personagens. O bardo
então virou uma espécie de classe “pau para toda obra”, e teoricamente
mais próximo dos menestréis.
A última aparição dos bardos no Dungeons & Dragons foi no Player’s
Handbook 2 da 4ª edição.
4
Bardos
Os bardos são uma mistura dos três grandes tipos de artistas da antiguidade: os escaldos,
espécie de ‘historiador’ nórdico que se lançava em meio a intensas batalhas no intuito de
registrar atos de bravura e coragem de seu povo a fim de transmiti-los aos seus compatriotas
por meio da tradição oral — vez que na cultura viking não havia a escrita —; os menestréis
europeus, artistas muitas das vezes errantes que entretinham o público com histórias incríveis e
fantasiosas de sua própria autoria ou roubadas de outros menestréis; e os bardos celtas, que
eram treinados pelos druidas para acompanhar os heróis e promover um registro acurado de
seus atos, servindo também como mediador de conflitos entre tribos, dada a sua grande
capacidade social.
Normalmente, os bardos vêem na aventura uma grande oportunidade de aprendizado, vez que
acompanhar aspirantes a heróis, além de ser uma grande fonte de inspiração, é também um
meio de por em prática aquilo que mais amam fazer na vida: exaltar a arte através de
suas performances e magia.
São na maioria das vezes pessoas ágeis e velozes, que aprenderam a evitar
conflitos físicos no intuito de terem mais liberdade para acompanhar a história
sendo contada através dos combates de seus companheiros. Além disso,
distinguem-se por também serem guerreiros eficazes, capazes de dar
suporte aos combatentes de seu grupo quando necessário. E, apesar de
possuírem fortes restrições no que tange a magia, os bardos se
tornam uma classe de excepcional utilização quando passam a gozar
do direito de lançar feitiços, tanto arcanos quanto divinos.
Diante de uma versatilidade quase caótica, reflexo do próprio
modo de ser da energia transmitida pela arte, os bardos não têm tendências à ordem, o que
lhes permite ser de extrema adaptabilidade para o grupo, servindo de substituto primário das
classes padrões.
Devido à raridade desse tipo de aventureiro, é considerado de grande sorte o grupo de heróis
que tem o prazer de contar com um bardo em suas aventuras.
BARDOS EM JOGO
• Dado de Vida (DV): d6;
• Carisma mínima: 15;
• Destreza mínima: 12;
• Inteligência mínima: 12;
• Sabedoria mínima: 12;
• Limitação racial: apenas humanos e elfos;
• Tendência: neutra ou caótica;
• Armadura: o bardo só pode usar armaduras
de couro. Caso contrário, fica impossibilitado
de encantar, usar magias e os talentos de
ladino;
• Escudos:
podem
ser
usados,
mas
normalmente
atrapalham
o
uso
do
instrumento musical, item primordial para o
bardo;
• Arma: o bardo só pode usar armas de ataque
à distância, armas pequenas, que podem ser
usadas com apenas uma das mãos, e espadas
longas;
• Itens mágicos: o bardo não pode utilizar
varinhas, cajados e cetros.
5
Tabelas
T1-1: Progressão do Bardo
Nível
XP
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
0
2.000
4.000
8.000
16.000
32.000
64.000
128.000
256.000
304.000
408.000
516.000
632.000
704.000
808.000
916.000
1.032.000
1.064.000
1.128.000
1.256.000
Dado de
Vida
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
+1 P.V.
+1 P.V.
+1 P.V.
+1 P.V.
+2 P.V.
+2 P.V.
+2 P.V.
+2 P.V.
+2 P.V.
+3 P.V.
Base de
Ataque
+1
+1
+2
+2
+2
+3
+3
+3
+4
+4
+4
+5
+5
+5
+6
+6
+6
+7
+7
+7
JP
15
15
15
14
14
14
13
13
13
12
12
12
11
11
11
10
10
10
9
9
T1-2: Talentos de Bardo
Círculo de Magias
Nível
1º
2º
3º
4º
5º
Encantar
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
1
1
2
3
3
3
3
3
3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
1
1
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
4
4
1
1
2
2
2
3
3
3
3
3
4
1
1
2
2
2
2
3
1
1
2
15%
20%
22%
24%
30%
32%
34%
40%
42%
44%
50%
53%
56%
60%
63%
66%
70%
73%
76%
80%
Conhecimento
de Bardo
0%¹
5%
7%
10%
13%
16%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
55%
60%
65%
70%
75%
80%
85%
Líng.
Adi.
0
0
0
1
0
1
1
0
1
1
0
1
1
0
1
1
0
1
1
1
¹Conta apenas o modificador de Sabedoria da tabela T1-4: Carisma, Sabedoria e Inteligência.
6
T1-3: Talentos de Ladrão
Nível
Abrir
fechaduras
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
0¹
10%
15%
15%
17%
20%
20%
23%
25%
25%
27%
30%
30%
33%
35%
35%
37%
40%
45%
50%
Reconhecer
e desarmar
armadilhas
0¹
5%
10%
20%
21%
23%
23%
25%
26%
28%
28%
30%
31%
33%
33%
35%
36%
38%
38%
40%
Moverse em
silêncio
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
55%
60%
65%
70%
72%
74%
76%
78%
80%
82%
84%
86%
88%
Esconderse nas
sombras
0¹
0¹
10%
12%
14%
15%
17%
19%
20%
22%
24%
25%
27%
29%
30%
32%
34%
35%
36%
40%
Pungar
Ouvir
Barulhos
0¹
20%
23%
25%
28%
30%
33%
35%
38%
40%
43%
45%
48%
50%
53%
55%
58%
60%
63%
65%
1-2
1-2
1-2
1-2
1-3
1-3
1-3
1-3
1-3
1-4
1-4
1-4
1-4
1-4
1-4
1-5
1-5
1-5
1-5
1-5
¹Conta apenas o modificador de destreza.
T1-4: Carisma, Sabedoria e Inteligência
Carisma,
Sabedoria e
Inteligência
Ajuste: Encantar
(Car) e
Conhecimentos
de Bardo (Sab)
Nº de vezes de
Encantar (Car)
Magias Adicionais (Int)
1
2-3
4-5
6-7
8-9
10-11
12-13
14-15
16-17
18-19
20-21
22-23
24-25
26-28
28-29
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0
0
0
+5%
+10%
+15%
+20%
+25%
+30%
+35%
1¹
2
3
4
5
6
7
8
9
0
0
1 de 1º círculo
2 de 1º círculo
1 de 2º círculo e 2 de 1º círculo
2 de 2º círculo e 2 de 1º círculo
1 de 3º círculo, 2 de 2º círculo e 2 de 1º círculo
1 de 3º círculo, 2 de 2º círculo e 3 de 1º círculo
1 de 3º círculo, 3 de 2º círculo e 3 de 1º círculo
¹Caso venha a sofrer de redução nos atributos, o bardo ainda poderá usar seu encantar 1 vez por dia.
Instrumento Musical: para que possa lançar mão de suas habilidades extraordinárias, como
enfeitiçar, hipnotizar, pasmar e lançar magias, o bardo necessita usar um instrumento musical
dentre os seguintes: alaúde, bandolim, concertina, flauta doce, flauta transversal, harpa, lira,
oboé, ocarina, saltério, saz, rabeca, violino ou outros.
Encantar: o bardo possui uma personalidade carismática por natureza. Isto, aliada às grandes
habilidades de manipulação e presença, é capaz de incutir idéias até mesmo na mais sólida
convicção anã. Fazendo uma pequena performance cantada e tocando seu instrumento musical
predileto, o bardo é capaz de produzir um desses três efeitos:
7
• Enfeitiçar: um único alvo humanóide que consiga entender a linguagem do bardo é
atacado por canções sugestivas que o incitam a realizar uma única tarefa simples à
vontade do bardo (essas como na magia enfeitiçar pessoas). Dura 1 hora + 10 minutos
/nível.
Atenção: este é o único efeito dos três listados que requer também uma jogada de proteção modificada pela
Sabedoria. Caso o alvo passe no teste, irá imediatamente ter uma reação hostil com o bardo, podendo
eventualmente atacá-lo.
• Hipnotizar: o bardo deve escolher uma única criatura, que será o alvo de canções
melodiosas e danças hipnotizantes. A performance do bardo toca tão profundamente a
alma do alvo, que é capaz de fazê-lo ficar estático por 1d4 rodadas. O efeito cessa se o
alvo for atacado ou se o bardo interromper a performance.
Atenção: A cada 3 pontos de Inteligência que o alvo tiver a mais que 10, o número de rodadas hipnotizado é
diminuído em 1, sendo que, no mínimo, o alvo ficará hipnotizado por 1 rodada. Logo, se o alvo tiver Int 13, o
n. de rodadas hipnotizado será de 1d4-1; Int 18, 1d4-3, e assim por diante.
• Pasmar: uma canção de melodia incomodativa acaba por confundir a mente de todos
os oponentes que possam ouvi-la. Todos os inimigos que ainda não agiram perdem a
ação na rodada em que o pasmar é utilizado (magos não perdem as magias
conjuradas, mas têm de iniciar uma nova conjuração). Não é possível retardar essa
ação.
O número de vezes que o bardo pode tentar encantar uma criatura depende do seu Carisma
(consulte a tabela T1-4). Criaturas com mais de 4 DVs/níveis retiram, a cada DV ou nível acima
de 4, -3% da chance de o bardo conseguir encantá-la. Logo, um ladino de 9º nível retiraria 15% das chances de o bardo encantá-lo (a percentagem deve ser comparada na tabela T1-2:
Talentos de Bardo). Para fins de pasmar, o DV de um grupo deve ser considerado como uma
média. A iniciativa dessa habilidade equivale à Destreza do bardo.
Conhecimento de bardo: é a habilidade que o bardo tem de conhecer determinada lenda,
pessoas conhecidas, lugares e artefatos, seja por ter
estudado, ouvido de alguém ou qualquer outro motivo. O
mestre deve determinar o quanto é possível saber sobre os
fatos averiguados, não precisando o bardo tocar nos
equipamentos ou entrar efetivamente na masmorra para
“lembrar” das histórias. O conhecimento de bardo só
pode ser utilizado uma vez por lenda, item, lugar etc.
Línguas adicionais: a facilidade de comunicação do
bardo o permite aprender, com um pouco de estudo,
e sem testes, a escrever, ler e falar qualquer
língua.
Magia: o bardo é um ousado discípulo da arte que
percebeu ser a magia nada mais que uma
poderosa força capaz de ser manifestada no plano
material por diversos meios diferentes, sendo um
deles, magníficas performances musicais. Por este
motivo, é capaz de conjurar magias tanto arcanas
quanto divinas. Entretanto, seu atributo-chave é sempre a
Inteligência, e suas magias são sempre consideradas como
arcanas para todos os efeitos.
O grimório: ao contrário dos magos, o grimório dos bardos possui fórmulas mágicas
traduzidas em letras de músicas, partituras, poemas e peças teatrais. Os bardos não começam
com nenhuma magia em seu repertório, bem como também não recebem nenhuma magia nova
ao avançar de nível, devendo adquiri-las sempre no decorrer de suas carreiras como
aventureiros ou aprendendo com outros bardos. Os bardos normalmente não copiam magias de
grimórios de magos (e sim de outros menestréis), entretanto, caso o queiram, o teste de
8
chance de aprender magia copiando do grimório de um feiticeiro será reduzido à metade e
arredondado para cima; o tempo e os gastos necessários para tal reprodução serão triplicados.
E, ao contrário dos clérigos, os bardos necessitam aprender as magias divinas que lhe sejam
permitidas conjurar de sua lista de magias, pois não são filiadas a uma divindade que lhe
concede bênçãos e preces.
Preparando magias: para preparar suas magias, o bardo deve estar completamente
descansado, sendo suficiente para tal uma boa noite de sono. Ao despertar, o bardo, caso
queira, ensaia as magias que pretende usar naquele dia, respeitando
o limite que seu nível impõe a cada círculo e limitando-se às magias
que possui em seu grimório.
Lançando magias: para que o bardo lance suas magias, basta ao
jogador dizer ao mestre que magia pretende lançar. O mestre pode
pedir alguns detalhes ao jogador, como determinar o alvo da magia
ou qual o objetivo a ser alcançado. Para lançar suas magias, o bardo
deve ser capaz de tocar seu instrumento musical, mover o corpo e
cantar. O bardo não pode lançar uma magia enquanto corre nem
sob qualquer tipo de perturbação. Se o bardo for atacado enquanto
conjura a magia, esta será perdida. O bardo só pode lançar uma
magia por turno.
Talentos de ladrão: funcionam como os mesmos talentos homônimos da classe ladrão.
Lista de Magias
1º círculo
Detectar magia
Enfeitiçar pessoa
Ilusão
Remover medo
Sono
Ventriloquismo
Simular Instrumento Musical*
2º círculo
Ajuda
Aterrorizar
Cântico
Cativar
Despedaçar
Detectar alinhamento
Detectar invisibilidade
Falar com animais
Mensagem
Silêncio 4,5m
3º círculo
Convocar insetos
Imobilizar pessoas
Invisibilidade 3 m
Invocar criaturas I
Proteção contra projéteis
Sugestão
Velocidade
Visão da verdade
4º círculo
Adivinhação
Confusão
Detectar mentiras
Extensão I
Idiomas
Invocar criaturas II
Medo
Metamorfose
5º círculo
Extensão II
Imobilizar monstros
Invocar criaturas III
Missão
Telecinésia
Teleporte
Nova Magia
Simular Instrumento Musical
Arcana 1
Alcance: pessoal
Duração: 1d6 rodadas + 1 rodada/nível
9
Com esta magia, o bardo é capaz de imitar perfeitamente bem o som de um instrumento
musical de sopro obra-prima à sua escolha. Para isso, deve levar ambas as mãos à boca como
se estivesse segurando o instrumento musical desejado e ser capaz de soprar o ar. Caso passe
num teste de Destreza, o bardo pode variar os instrumentos musicais tocados, criando um
incrível efeito de conjunto musical. Esta magia não exige do bardo a utilização de cantos e
danças para sua conjuração, somente gestos e falas. Simular Instrumento Musical também
permite ao usuário usar seus talentos de bardo e lançar magias que exijam o uso de
instrumentos musicais.
Bardos famosos das lendas
Taliesin
Will Scarlet
Taliesin é considerado o poeta mais antigo
da língua galesa, que viveu, acredita-se,
entre 530 e 600 d.C. Uma figura lendária,
celebrado em diversas obras medievais
acerca do tema, incluindo “O Livro de
Taliesin”, que, a despeito de não ser
contemporâneo ao artista em cerne por ser
datado de 1275 d.C., é uma das mais
elogiadas obras a seu respeito. Conta-se
que Taliesin era muito sábio, pois havia
bebido por engano gotas de uma poção
mágica fabricada por uma feiticeira ao qual
era subordinado.
Membro dos “Homens Alegres” (Merry Men,
no original), bando de foras-da-lei liderados
por Robin Hood, Will Scarlet era
considerado o mais hábil espadachim do
grupo. Contam as histórias que Will Scarlet,
ao contrário do restante dos outros
homens, tinha uma aparência jovial que
contrastava
com
seu
temperamento
explosivo e tempestuoso. Normalmente,
preferia se vestir com roupas elegantes e
nobres, e usava, regularmente, seda
vermelha como partes de seu traje.
Alan-a-Dale
O Flautista de Hamelin
Controversa figura folclórica alemã, o
flautista de Hamelin é conhecido por ser
uma representação maligna dos bardos.
Conta a lenda que, após ter livrado a
cidade de Hamelin de uma praga de ratos
usando magia e música, o desconhecido
forasteiro reivindicou o pagamento ofertado
pelas autoridades locais pela quantidade de
ratos mortos afogados no rio próximo.
Contudo,
mesmo
tendo
firmado
comprometimento, os responsáveis pela
cidade não arcaram com o devido,
despertando a ira do flautista que, mais
tarde, voltou à cidade, enfeitiçou todas as
crianças e as trancafiou numa caverna.
Algumas variáveis da mesma história
contam versões mais tenebrosas do final.
Assim como Will Scarlet, Alan-a-Dale
também fazia parte do grupo de foras-dalei que seguia Robin Hood. Contudo, ao
contrário
de
Scarlet,
Alan
era
verdadeiramente um menestrel. Em alguns
contos, há confusão entre os feitos de Will
e Alan.
Homero
Poeta grego a quem se dá a autoria dos
ricos e importantíssimos poemas Ilíada e
Odisséia. Homero, assim como outras
figuras ilustres da Grécia Antiga, é envolto
em brumas de incerteza e controvérsia,
fazendo pesquisadores se perguntarem se
ele realmente tenha existido.
10
Uma Última Sinfonia
♫ Autores originais dos sistemas e das regras: Dave Arneson e Gary Gygax.
♫ Referências: Doug Schwegman, Gary Gygax, Monte Cook, Jonathan Tweet, Skip Williams,
Antônio Sá e Fabiano Neme.
♫ Notas: o bardo como classe aqui apresentado foge um pouco do concebido pelos autores do
Old Dragon. De fato, a classe de personagem que você, leitor, tem em mãos, é uma mistura de
ideias e mecânicas diversas, que partem do conceito original, criado por Doug Schwegman, e
traçam paralelo com os entendimentos de Gary Gygax e com os dos criadores do D&D 3.5 –
além das minhas próprias concepções.
Assim como nos jogos antigos era o paladino, o bardo também pode ser considerado uma
classe “especial”, em que somente as pessoas mais incríveis, as que eram verdadeiramente
“escolhidas”, podiam seguir tal caminho. Isso está refletido na quantidade de atributos mínimos
necessários para se tornar um bardo, deixando clara a dificuldade em se encontrar aventureiros
com tamanha versatilidade, evitando, dessa forma, um “bard boom”.
Por fim, um leitor mais atento perceberá que muitas das características originais permaneceram
nessa versão não-oficial do bardo, seguindo à risca as ideias dos velhos mestres. Mas também
perceberá que algumas habilidades e conceitos foram modificados, principalmente para se
encaixar no modelo Old Dragon e para dar uma roupagem mais atualizada e menos obsoleta
para o personagem.
Cheers.
CR.
11

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