Negócio da China

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Negócio da China
REVISTACARGILL
Negócio da China
A Ásia é um dos maiores
consumidores de carne e grãos.
O produtor brasileiro agradece
ANO 28 - FEV.
MAR. 2008
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O ano da conectividade
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Reinhold Stephanes: agronegócio em alta
entrevista
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O poder dos mercados asiáticos
visão global
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mensagem
Reaproveitamento de resíduos
responsabilidade social
Novidades Seara: um verdadeiro banquete
consumo
directions
Saúde, segurança e meio ambiente
expertise
Notícias Cargill
destaques
Segredos de uma aromista
personagens
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Revista Cargill é uma publicação bimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos funcionários, clientes e fornecedores
da Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi
– Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb 18.755) – Comitê Editorial: Ana Caiasso, Andrea Anjos, Cristine Busato,
Débora Sesti, Denyse Barreto, Derli Halberstadt, Diógenes Silva, Gerson Beraldo, Lisandra Faria, Luciana Zaneti, Luciane Reis, Marcello Moreira, Mauricio
Chiavolotti, Neusa Duarte, Renata Holzer, Shirley Lobo, Sônia Matangrano, Tatiana Maranha, Vagner Rodrigues, Valmir Tambelini, Vera Duarte, Vitor
Ideriba e Yanah Abreu – Colaboração: Gabriela Guerra e Milena Siqueira – Projeto Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br - Editoração e Direção de
Arte: Arco W Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo: Thear Editora – Edição de Textos: Anna Costa e Letícia Tavares
– Reportagem: Fabiana Garbelotto, Renata de Salvi, Renata Rossi e Thais Corrêa – Foto Capa: Nanjing Road - China - DAJ/Getty Images-RF. A Revista
Cargill não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas.
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Desenvolvimento de líderes
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Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220.
Nesta primeira edição da Revista Cargill em 2008, trazemos notícias que demonstram
esse espírito de colaboração, como a diversificação de portfólio de produtos da marca Seara; as
conquistas da Unidade de Compostagem, em Uberlândia (MG), na reutilização de resíduos; as
atividades da Cargill para a comercialização de grãos e carnes para os mercados asiáticos. A revista traz, ainda, uma entrevista exclusiva com o ministro Reinhold Stephanes sobre as perspectivas
do agronegócio para 2008, bem como um balanço do setor em 2007.
Boa leitura!
Sérgio Rial
Presidente
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Por trás das conquistas da companhia em 2007, que permitem que nos tornemos o
parceiro preferido de nossos clientes e fornecedores, estão a garra e a colaboração de nossos
funcionários que se abriram para novas idéias. Dos muitos embriões de projetos conjuntos,
em diferentes áreas, nascerão inovações que surpreenderão o mercado e manterão a Cargill no
patamar de empresa reconhecida mundialmente pela excelência de tudo aquilo que entrega a
seus clientes.
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Também foi representativa, pelo sexto ano consecutivo, a presença da Cargill no Guia
Você S.A./Exame entre as 150 melhores empresas para trabalhar no país. No tocante à responsabilidade social corporativa, prosseguimos com nossas iniciativas internas, a começar pelo
Programa Integrar, que continua a abrir novas possibilidades para a inserção de portadores de
deficiência no mercado de trabalho brasileiro. Também o sonho da casa própria para cerca de
100 funcionários da fábrica de Itapiranga (SC) está sendo realizado por meio do programa Minha
Casa. No âmbito externo, o investimento social privado da companhia se faz representar pela
Fundação Cargill, que hoje está consistentemente apoiando a educação na rede de ensino municipal por meio de seus programas Fura-Bolo e “de grão em grão”.
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No que diz respeito à expansão de nossas atividades, destacamos, entre outras ações, a
entrada da Cargill no mercado de compound e chocolate industrial, que passaram a ser produzidos na fábrica de Porto Ferreira (SP); o lançamento de produtos como a linha de fatiados Seara,
da nova linha de gorduras vegetais Mazola Chef; e o rejuvenescimento das embalagens do óleo
composto Maria.
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Foto: Sérgio Zacchi
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ois mil e sete foi um ano pleno de conquistas nos mais variados segmentos do
agronegócio brasileiro, nos quais a Cargill imprimiu sua marca com soluções,
inovação e criatividade. Estivemos mais perto do consumidor por meio de uma
nova campanha de Liza para TV; e marcamos presença nas discussões mais importantes sobre saúde, segurança e meio ambiente do setor. Exemplos nesse sentido não faltam:
participação ativa na Round Table on Responsible Soy Association (RTRS), organismo internacional com objetivo de desenvolver e promover critérios para a produção de soja economicamente
viável, socialmente justa e ambientalmente sustentável; o balanço de um ano da Moratória da
Soja em evento aberto à imprensa e à sociedade civil, que colocou de forma transparente os caminhos que estão sendo percorridos pelo setor para criar um sistema de governança para a soja
no bioma Amazônia; e o patrocínio do evento One World, One Health, que reuniu governistas,
acadêmicos, indústria e o terceiro setor para buscar soluções que preservem o meio ambiente,
seres humanos e animais.
Foto: Divulgação/Sarah Mischke
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Depois de três anos de dificuldades climáticas
e de baixos preços, 2007 trouxe esperança
e bons resultados para o setor agrícola do país
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O bom desempenho da agricultura brasileira no ano de
2007 marca o início de uma era de fartura e resultados
positivos na produção e comercialização de grãos e de
outras commodities, bem como carne bovina, suína e de
frango. Iniciativas voltadas à sanidade animal, o momento
favorável para as culturas como milho, soja e açúcar, além
da corrida em busca de alternativas para a produção do
biocombustível, marcaram a última safra e colocaram o
Brasil no topo das exportações de alimentos, atrás apenas
dos Estados Unidos.
estão diminuindo, os preços vem aumentando e a demanda mundial é crescente. Embora seja um bom contexto, precisa ser administrado. O aumento do preço do
grão, da soja ou do milho, reflete-se também na produção de frango, de suínos e de carnes. A elevação do preço
desses produtos básicos pode criar certo impacto para
aqueles produtores que usam a matéria-prima agrícola
como insumo, mas o mercado tende a se ajustar.
Revista Cargill - O biocombustível abre novas oportunidades no setor?
Stephanes - A bioenergia do etanol está em nossa agenda
de prioridades. Em 2007, a produção de álcool cresceu
11,2%, sendo que em área plantada chegou a 7,3% e, o
mais importante: em locais de pastagem, o que é desejável. Essa diferença se deu pelo aumento da produtividade,
e as perspectivas de produção de álcool e biodiesel se
mostram extremamente promissoras no país. As estimativas de expansão podem nos levar a uma necessidade
de utilização de uma área adicional de até 10 milhões
de hectares, na próxima década. O que representa um
percentual pequeno, no conjunto dos 300 milhões de
hectares usados atualmente para a agricultura e pecuária.
Podemos produzir bioenergia compatibilizando segurança alimentar e questões sociais e ambientais. Vale
considerar que será estabelecida uma certificação para os
produtores de biodiesel e álcool. Nosso foco é manter a
liderança na tecnologia de produção de álcool e desenvolver, com produtividade adequada, o biodiesel.
Em entrevista à Revista Cargill, o ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento Reinhold Stephanes, fala sobre os
bons ventos que sopram na agricultura brasileira, traça um
panorama para 2008 e aborda questões como biocombustível e a precariedade da infra-estrutura logística do país.
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Ano da retomada:
agronegócio em alta
Revista Cargill - Como o senhor avalia o ano de 2007
para a agricultura e pecuária no Brasil?
Stephanes - Depois de um período de três anos em que
o setor rural passou por dificuldades – climáticas e pelos
baixos preços – nas últimas seis safras (três de inverno e
três de verão), vislumbramos o começo da virada e de um
processo que deverá durar alguns anos. Nosso otimismo
tem como base a recuperação do ritmo de crescimento
e as boas perspectivas de mercado futuro para culturas
como milho, soja, cana-de-açúcar, entre outras.
Revista Cargill - Quais as perspectivas para esse setor
em 2008 e para os próximos anos da gestão do atual
governo?
Stephanes - O mundo está demandando produtos
agrícolas. Quando o período era de oferta e havia mais
produtos do que demanda, os preços estavam sempre
reprimidos. Neste momento, a situação se inverteu. Os
estoques mundiais de praticamente todos os produtos
Revista Cargill - Hoje o agronegócio corresponde a
um dos maiores PIBs nacionais. Há novos incentivos
fiscais ou novas leis para facilitar a vida do agricultor
brasileiro em 2008?
Stephanes - Vivemos a realidade estabelecida no Plano
Agrícola e Pecuário 2007/08 lançado em junho de 2007.
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Nele, estão definidos os compromissos do governo federal para esta safra agrícola. Há linhas de investimento que
são de longo prazo e de custeio e comercialização que
atendem necessidades em curto prazo. Temos trabalhado
para garantir um aumento de produção e renda para consumidores, exportadores e produtores. Não tivemos, até
o momento, de efetuar grandes modificações graças às
forças de mercado que atuam regularmente. Além disso,
para certas culturas nas quais somos grandes exportadores, os preços internacionais são muito favoráveis. É o caso
da soja, do milho e de produtos como o etanol, o suco de
laranja e o café. Contudo, se houver algum imprevisto não
teremos dúvidas em lançar mão de instrumentos para
garantir a nossa meta inicial para a safra.
em outros portos exportadores de grãos, como Paranaguá (PR), São Francisco (SC) e Rio Grande (RS). Faz-se
necessária, ainda, a reforma do sistema de serviços de
cabotagem. É inaceitável que o custo de transporte
dos estados do Sul para o Nordeste seja maior do que
o do Brasil para a China, por exemplo. Apesar de todos
esses problemas, a cada ano, em função de ganhos de
escala na produção e de expansão do mercado externo
aos produtos agropecuários, o agronegócio continua
fundamental para a economia e o desenvolvimento
brasileiros.
Revista Cargill - Entre as medidas voltadas para a sanidade animal no Brasil, quais o senhor destacaria como
de maior relevância para o setor?
Stephanes - Nesse ponto temos o maior empenho deste
ministério. Em 2007 não tivemos problemas de sanidade
animal no Brasil. Isto é bom e indica que o setor de Defesa
Agropecuária está funcionando. Avançamos ao mudar a
sistemática do Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), passando-o para
a Secretaria de Defesa Agropecuária, que tem poder de
fiscalizar e facilita o controle do tráfego animal. Mas estamos ajustando todo o processo de rastreabilidade. Esperamos com isso evitar que ocorram questionamentos
sobre o sistema de controle de nossa produção. Isso é o
mais importante neste estágio, levando-se em conta que
o Brasil é o maior exportador mundial de carnes.
Revista Cargill - Quais medidas o ministério pretende
tomar para tornar os produtos agrícolas brasileiros
mais competitivos?
Stephanes - O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento tem vários instrumentos para contribuir
com o crescimento do agronegócio brasileiro. Entre os
mais expressivos estão o crédito rural (custeio, comercialização e investimentos), as taxas de juros, a renegociação da dívida de uma parte dos produtores e o seguro
rural. De muita importância, também, estão os esforços
na área de defesa sanitária animal e vegetal; a luta para
diminuir as barreiras internacionais; o desenvolvimento
da biotecnologia; a compra de parte da produção pela
Conab (Companhia Nacional de Abastecimento); os
trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela Embrapa,
entre outros. Todo esse esforço conjunto resulta em
evolução expressiva das exportações, que desde 2000
crescem 16,5% ao ano, enquanto o mercado interno de
190 milhões de pessoas continua sendo abastecido. Em
2007, na área de crédito, por exemplo, o governo federal
disponibilizou R$ 70 bilhões a taxas de juros favoráveis
para as diferentes demandas do setor primário.
“Podemos produzir bioenergia
compatibilizando segurança
alimentar e questões sociais
e ambientais”
Revista Cargill - O que o país precisaria para consolidar sua posição de exportador de produtos agrícolas?
Stephanes - Esta posição já está consolidada. Chegamos,
ao final de 2007, atrás somente dos Estados Unidos, o
grande exportador de alimentos. Antes de 2030 a primeira posição será brasileira, pois temos clima, área de
solo compatível, tecnologia de ponta, agricultores competentes e um setor agroindustrial sério que tem reconhecimento internacional. Devemos continuar com esse
foco para que problemas conjunturais não afetem nossa
posição internacional. Minha orientação é um olho na
produção e outro nas negociações internacionais. Não
vamos baixar a guarda. Preço e qualidade sozinhos não
são capazes de garantir nenhum mercado cativo e nossos competidores não dão trégua. 
Revista Cargill - Um dos grandes problemas do país é
a ineficiência do transporte rodoviário, ferroviário, aeroviário e de portos, o que dificulta o desenvolvimento
da agricultura. Quais seriam os principais pontos a serem considerados para a melhoria da infra-estrutura?
Stephanes - No Centro-Oeste, que hoje detém a maior
produção de grãos e carnes do Brasil, a questão de transporte é um grande fator de restrição e de elevação de
custos. E, portanto, de diminuição de renda do produtor. Não se pode deixar de considerar as limitações dos
nossos portos, como o de Itaqui, no Maranhão, onde a
demanda de exportações é de 5 milhões de toneladas de
grãos e a capacidade não chega a 2 milhões. É possível
que, nos próximos três anos, venhamos a ter problemas
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China, Índia e Japão
estão entre os grandes
importadores de soja e de
carne do mercado brasileiro.
E os produtores já abriram
os olhos para isso
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A força vem da Ásia
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stá na Ásia o maior índice populacional
do planeta. Somados, China e Índia detêm
mais de 2,4 bilhões dos cerca de 6 bilhões
de moradores do planeta Terra. A economia de ambos vem crescendo em ritmo acelerado, entre
8% e 10%, nos últimos anos. Diante desses números, não
é de estranhar que a região atraia o olhar interessado de
grandes empresas e investidores. Todos desejam estabelecer parcerias com esses países, além de Japão e Coréia
do Sul, que, apesar de não terem tantos habitantes
quanto China e Índia, têm dinheiro. E o Brasil, claro, não
fecha seus olhos para o Oriente.
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Foto: Delfim Martins/Pulsar Imagens
O bom desempenho desses países reflete no bolso
e no comportamento dos chineses e indianos. Na China,
por exemplo, a renda per capita é estimada, hoje, em cerca
de US$ 1,3 mil nas regiões urbanas. “O aumento do poder
aquisitivo faz com que eles deixem de lado o hábito alimentar tradicional por um jeito mais ocidental, jantando
fora de casa, em restaurantes e bares, aumentando o consumo de soja, por ser uma importante fonte de proteína
e gorduras, o que obriga a China a importar cada vez
mais”, explica Guillaume Cambour, gerente de Trading/
Exportação da Unidade de Negócio Complexo Soja.
Essa busca por produtos atravessou o Pacífico
e aportou no Brasil. Atualmente, a China é o terceiro
maior parceiro comercial do país, atrás dos Estados
Unidos e da Argentina, e o que mais importa matériasprimas brasileiras como aço, minério de ferro e soja.
Segundo Sergio Mendes, diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o mercado
chinês consegue absorver todos os volumes adicionais
da produção de soja brasileira. Ele afirma que em 1996 a
China comprava 3,6 milhões de toneladas de soja e milho do Brasil. Em 11 anos esse número subiu para mais de
30 milhões de toneladas de ambos os grãos. “Não existe
commoditie que teve tanto aumento no volume de compra nos últimos anos quanto essas duas”, diz Mendes.
Em menos de dez anos, a China se tornou o primeiro importador mundial de soja, seja em grão, óleo ou
farelo, apesar de já terem uma grande indústria de moagem do grão. Segundo Cambour, eles importam mais de
50% do que se movimenta no mundo. “Os embarques
físicos de soja estão, no mercado em geral, entre 65
milhões e 70 milhões de toneladas. Só a China deve importar cerca de 34 milhões de soja em 2007 e 2008”, diz o
gerente. A Europa, que até pouco tempo atrás ocupava a
primeira posição como importadora, comprou em 2007
cerca de 15 milhões de toneladas. Ou seja, além de ser
o primeiro importador, os chineses deixam o segundo
colocado muito distante.
Paradoxo chinês
Há um terceiro fator adicional para o crescimento
das importações chinesas. “Eles não conseguem aumentar a produção”, diz Cambour. O produtor chinês tem
uma área de plantio restrita, tecnologia rudimentar
e quase nada de maquinário. Com essas limitações, a
China vem buscando soluções para garantir o abastecimento de seu mercado e controlar a inflação, por meio
do controle do fluxo de importação, aplicando tarifas
Mais de 30 milhões de toneladas de soja brasileira desembarcam anualmente
nos portos asiáticos
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Foto: Arquivo Cargill
Por conta das péssimas condições das estradas e
da ausência de trens para escoar a produção, o transporte da soja, por exemplo, fica cerca US$ 40 mais caro que
o dos americanos. “Como se não bastassem essas questões, temos ainda a excessiva carga tributária interna,
como o ICMS, que faz o produto brasileiro perder em
preço”, afirma Fábio Trigueirinho, secretário da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Apesar desses problemas internos e externos, o clima é
de otimismo para os empresários brasileiros, pois tanto
chineses quanto americanos estão trocando o cultivo da
soja pelo do milho, por causa dos biocombustíveis.
Para a Ásia, a Seara exporta coxas de frango, frango inteiro e cortes cozidos
Depois desse período, quando o problema de saúde animal
já estava controlado no continente, ambos os países diminuíram o volume de compra de carnes brasileiras.
Carne na mesa oriental
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Os desafios enfrentados pelas empresas produtoras
de carnes, sejam bovinas, suínas ou de aves, são ainda maiores do que os obstáculos existentes na exportação de grãos.
Para Alexandre Mendonça de Barros, agrônomo e professor doutor de Economia Agrícola e Desenvolvimento Econômico na Fundação Getulio Vargas (FGV), pelo tamanho
e potencial de compra desses mercados, o volume de carne
exportado para esses países ainda é tímido. “As maiores exportações brasileiras de suíno e aves para a Índia e o Japão
ocorreram em 2004, auge da gripe aviária na Ásia”, lembra.
Negócio da China
enorme território, a Índia possui produtividade agrícola e de proteína animal baixa. Há várias razões
para explicar isso. A principal delas é a cultural. O
indiano come pouca carne, seja ela qual for. Outros
fatores negativos são a pobreza e as técnicas agrícolas rudimentares. A Índia está entre os três maiores
compradores de óleo de soja do Brasil, junto com
China e Irã. “Mesmo com uma alta tarifa sob o produto, de 45%, os empresários brasileiros enxergam
o mercado indiano com muito interesse pelo seu
tamanho e volume”, diz Fábio Trigueirinho, secretário da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos
Vegetais (Abiove). Em 2006, a Índia importou 225
toneladas de óleo de soja brasileiro. Entre janeiro e
outubro de 2007, foram 258 mil toneladas, segundo
dados da Abiove.
A China tem um lugar de destaque no ranking dos
países onde a Cargill investe e está presente, especialmente nos negócios de soja. “Há sete anos, 90% do que
a Cargill embarcava no Porto de Santos ia para a Europa. Hoje, mais de 50% vai para a China e, conseqüentemente, a Europa recebe um volume menor”, explica
Guillaume Cambour, gerente de Trading/Exportação
da Unidade de Negócio Complexo Soja. “A Cargill tem
grande participação nas exportações para a China,
tendo em vista o aumento de capacidade de moagem
da própria empresa naquele país”, completa.
Para a Índia, a Cargill exporta óleo de soja. Apesar de ser um país com uma grande população e
Fontes dos dados: Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
e Infoplease (dados populacionais sobre Índia e China)
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Foto: Arquivo Arco W
Se no Japão e na Índia os ventos não sopram a favor da importação de proteína animal, entre os chineses a
conversa é outra. “Produzir um quilo de frango e de suíno
consome muita água, e a importação é a maneira mais
econômica de contornar esse gasto”, diz o professor da
FGV. Para David Andrzejeweski, diretor de Negócios de
Aves da Seara, empresa adquirida pela Cargill em 2005,
os mercados asiáticos, especialmente Japão, Cingapura e
Hong Kong, são alguns dos mais importantes. Entre os
produtos exportados pela empresa, merecem destaque
coxas de frango, frango inteiro e cortes cozidos. “Esse mercado movimenta mais de US$ 200 milhões por ano para a
Seara”, conta David. Entre os planos da companhia para os
países asiáticos, está o incremento no volume de exportação de frango, especialmente cozido, já que o valor desse
produto é maior do que o do in natura. 
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para os produtos importados. E essa é uma das grandes
barreiras encontradas pelo empresariado brasileiro,
quando o assunto é exportação.
Resíduos bem tratados
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Foto: Arquivo Cargill
Unidade de Compostagem
em Uberlândia é referência
de responsabilidade ambiental
ao tratar 100% dos resíduos
do maior complexo
industrial da Cargill fora
dos Estados Unidos
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“Além disso, a empresa passou a agir de maneira
sustentável, atuando sem perdas no processo produtivo
e, ao mesmo tempo, contribuindo para o equilíbrio das
questões econômicas em relação aos aspectos sociais e
ambientais”, explica.
Mesmo antes de ser totalmente concluída, a
unidade de Compostagem já se tornou referência no assunto. Funcionários de outras fábricas da Cargill, órgãos
públicos, autoridades locais e estudantes universitários
realizam visitas regulares às instalações, que devem ser
finalizadas em 2008. Um bom exemplo de cidadania,
transformação social e respeito ao meio ambiente. 
Na prática
Os resíduos de milho, de soja e do ácido cítrico
são levados das três plantas produtivas, que formam o
complexo industrial de Uberlândia, para cerca de cinco
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Além dos equipamentos necessários para a transformação biológica dos materiais e de um laboratório
para análises diárias do substrato, a unidade possui uma
estufa onde são produzidas mudas nativas do Cerrado,
características da região.
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Uma das iniciativas mais relevantes da Cargill
nesse sentido foi a instalação, em 2005, da unidade de
Compostagem em Uberlândia. Ali são tratados todos os
resíduos gerados pelo maior complexo industrial da empresa, fora dos Estados Unidos, trabalho que antes era
realizado em parceria com outras empresas. De acordo
com Rudolfo von Borstel, supervisor de Meio Ambiente,
com a nova sistemática foi possível ter o controle total
sob o tratamento dos resíduos.
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Sete funcionários, um deles agrônomo, um técnico de laboratório e cinco operadores realizam o trabalho no local. São processadas 5 mil toneladas de resíduos
por mês – capacidade operacional da unidade – que são
transformadas, após 90 dias, em 4 mil toneladas de composto orgânico. O produto final, registrado com o nome
Plantill no Ministério da Agricultura, é usado como
substrato para as plantas. Parte é destinado a projetos
de recuperação de áreas degradadas e de reflorestamento da Cargill e, outra, aos programas da Fundação Cargill,
como o “de grão em grão”.
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quilômetros dali, onde passam pelo processo de decomposição nos cerca de 25 hectares, que foram cuidadosamente preparados para recebê-los. A preocupação em
atender de forma inovadora à legislação ambiental, prevenindo os impactos ambientais, e a busca da melhoria
contínua do processo são as premissas para a operação
da unidade.
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Unidade de Compostagem: resíduos são transformados em composto orgânico.
Parte é utilizado em projetos ambientais da Cargill e sociais da Fundação Cargill
preservação ambiental deixou de ser um
assunto restrito a entusiastas e cientistas, ganhando as ruas e amplo espaço
na pauta de reuniões empresariais. Sociedade, instituições privadas e governo discutem – com
urgência – o que fazer para evitar o aquecimento global e
melhorar a qualidade de vida na Terra. Na Cargill isso não
é diferente. O tema tem recebido a atenção necessária e
já é possível colher bons frutos das ações e práticas que
a empresa vem implantando com base num modelo de
negócio sustentável. Um cenário em que todos ganham:
sociedade, empresa e, principalmente, o meio ambiente.
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De pão de queijo a frutos do mar prontos para comer,
a Seara surpreende o consumidor com mais de dez
novos produtos no primeiro trimestre de 2008.
Uma delícia de inovação
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Lançamentos de dar
água na boca
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onveniência, praticidade e vida saudável.
Essas são as três principais tendências
na alimentação mundial que serviram
de base para que a Seara colocasse no
mercado, nos meses de dezembro de 2007, janeiro e
fevereiro de 2008, nada menos que 17 lançamentos que
tornarão a vida dos brasileiros mais prática, saudável e
saborosa. Um número que impressiona e vem acompanhado de uma meta igualmente ousada: dobrar o negócio no mercado brasileiro até o ano de 2010.
Foto: Arquivo Arco W/PhotoXpert RF
Todos os lançamentos têm um gostinho acentuado de inovação, uma exigência ditada pelo novo
perfil dos lares brasileiros, cada vez mais com mulheres
trabalhando fora de casa e casais sem filhos. Foi pensando neles que a Seara criou alimentos com sabores
do mar na série de pratos prontos congelados. Bobó
de camarão, estrogonofe de camarão, tilápia ao molho
de camarão e tilápia ao molho de Catupiry® integram,
a partir de janeiro, uma linha que hoje é composta de
cinco itens à base de frango e carne suína. As novas
receitas são pioneiras no mercado e estão voltadas
para aqueles que apreciam variedade no cardápio,
praticidade e alimentação leve. Os produtos vêm acondicionados em embalagens redondas, de 500 gramas,
que permitem seu aquecimento uniforme diretamente
no microondas.
Além da variedade de carnes, a linha de pratos congelados ganhou mais duas novidades: lasanha bolonhesa
e lasanha 4 queijos. De acordo com Naemi Fukushima,
gerente de produto, a entrada para o segmento de massas
tem caráter especial para a empresa, que passa a oferecer
um cardápio completo com proteínas e carboidratos. “O
mercado de pratos congelados movimenta 24 mil tone10
Fotos: Arquivo Cargill
Parte dos
lançamentos da
Seara para deixar
a vida do brasileiro
ainda mais prática
e saborosa
ladas ao ano, das quais 94% correspondem a lasanha. É
um volume expressivo e uma grande oportunidade de
fortalecimento do portfólio Seara para entrada no médio e grande varejo”, conta Naemi.
Único em formato oval, é ideal para ser consumido com
pão francês. Pode ser assado ou frito em apenas alguns
minutos. Elaborado sob o controle total de qualidade
Seara, pode ser usado em lanches ou mesmo em refeições de consumidores de todas as idades. A embalagem
contém 10 unidades (600 g).
Frango com gosto de pizza
Para um bom churrasco
Para integrar a linha de empanados a Seara lança, em fevereiro, o primeiro steak e tirinhas (aperitivos
de frango) com sabor diferenciado, o Steak Pizza e as
Tirinhas Pizza. Também como aperitivo, a Seara traz
de Minas Gerais o pão de queijo congelado nas versões
coquetel e tradicional, ambas em embalagem de 400
gramas. “Trata-se de um mercado muito atraente para
a companhia, pois movimenta 17 mil toneladas ao ano e
não possui sazonalidade. Além disso, é um produto consumido em todo o país, por pessoas de todas as idades e
classes sociais”, explica Naemi.
Outra novidade é a Picanha Bovina Argentina,
produzida pela Finexcor, uma empresa do grupo Cargill
com mais de 40 anos de mercado, líder na elaboração de
alimentos a base de carne bovina e referência de qualidade em carnes in natura. De corte nobre, a picanha é
famosa por seus suculentos cortes especiais. O produto
será apresentado em três tamanhos: extra premium (até
1,6 kg) para supermercados; premium (1,6 kg a 2,2 kg)
e especial (acima de 2,2 kg) para food service, todas em
embalagem a vácuo transparente. Para os amantes de
carne suína, a empresa também tem lançamentos: Linha
Special Line, com filé mignon suíno, lombo, sobrepaleta
e bisteca em embalagens de 1 quilo, com tempero suave,
prontos para aquecer e servir. 
Já na linha de hambúrgueres, a Seara lança hambúrguer bovino em formato oval, temperado e congelado. Com tamanho maior que os padrões apresentados
pelo mercado, possui 60 gramas, preenche todo o pão.
Investimentos
A Seara está presente no Brasil há 51 anos. Atualmente, a empresa é líder na exportação de cortes de frango
com qualidade e serviços reconhecidos em diversos mercados internacionais. É uma das maiores empresas do país
no segmento de aves e carnes processadas. Lidera também as exportações de carne suína e, no mercado interno,
atua fortemente com pratos prontos congelados.
O ano de 2007, foi marcado por uma fase de expansão com investimentos que propiciaram o aumento de
produção e a melhoria da produtividade nas unidades de Jacarezinho (PR), Nuporanga (SP), Sidrolândia (MS) e
Forquilhinha (SC). Essas ações priorizaram o negócio de aves (produção e exportação) e o mercado interno, para
o qual a empresa está lançando novos produtos e ampliando o portfólio em 50%, tendo como foco o dobro das
vendas em três anos. Já no negócio de suínos, a atenção está voltada às melhores práticas e à conquista de novos
segmentos de mercado no Brasil.
11
Desenvolvendo líderes
Enquanto as pessoas tiverem integridade,
convicção e coragem, acreditamos que elas podem
desenvolver-se como líderes
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Foto: Arquivo Cargill
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Dave Larson*
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ma nova e importante área de foco para a nossa Intenção
Estratégica 2015 é a gestão de talento. Precisamos prestar
mais atenção ao desenvolvimento de nosso maior recurso, que não é o capital, nem as instalações, nem os
produtos que vendemos. São as pessoas.
Nosso foco em gestão de pessoas significa que “selecionaremos, desenvolveremos e reteremos as melhores pessoas”.
Gostaria de voltar minha atenção a um aspecto crucial desse
esforço: o desenvolvimento de lideranças.
Existem muitos tipos de líder nesta organização – milhares deles. Tenho orgulho de ser parte da alta liderança desta
empresa. Mas sabem de uma coisa? Quem está fazendo tudo isso
acontecer são as pessoas no campo, que lidam com nossos clientes,
nossas comunidades e nossos funcionários.
Liderança afeta cada um de nós – porque cada um tem oportunidades de mostrar liderança em sua função. E todos nós somos afetados
pela qualidade de nossos líderes. Quando não estamos trabalhando para
alguém em quem confiamos, que admiramos, o trabalho não é muito
divertido, não é mesmo? Para que tenhamos a chance de ser uma grande
empresa – e acredito que temos essa oportunidade – precisamos realmente voltar nosso foco à liderança de alta qualidade.
Liderar significa persuadir as pessoas a seguir alguém – não de uma
forma passiva ou letárgica, mas sim comprometida. Se você já fez parte de
uma grande equipe, sabe que isso só foi possível graças a uma grande liderança. Portanto, passaremos a empenhar mais tempo e energia na gestão
do talento, o que inclui o desenvolvimento de líderes.
A Cargill aspira crescer para dobrar seu atual tamanho. Contar com
líderes comprometidos e talentosos é absolutamente essencial para o crescimento. À medida que conseguimos trazer pessoas desse naipe a bordo,
e promovemos seu desenvolvimento, as perspectivas de crescimento aumentam consideravelmente. Muita gente pensa que crescimento significa
apenas investimento de capital. Porém, o capital apenas sustenta o crescimento; não o promove. Pessoas promovem o crescimento.
12
No coração do Modelo de Liderança da Cargill residem integridade, convicção e coragem. É possível que
isso não possa ser ensinado. Pessoas sem grande integridade ou coragem em suas convicções nunca serão grandes líderes. Os outros simplesmente não confiarão nelas.
Todos os grandes líderes desenvolvem uma ligação de
confiança com seus liderados. Se você chegou a trabalhar com alguém em quem não confiava, provavelmente
se lembra que não foi uma boa experiência e você não
estava muito engajado. Não haveria como estar.
Enquanto as pessoas tiverem integridade, convicção e coragem, acreditamos que elas podem desenvolver-se como líderes. Parte dessa responsabilidade recai
sobre a organização e parte sobre o indivíduo.
Fui um dos primeiros professores do nosso programa Liderança com Foco no Futuro (Future Focused
Leadership), sob o qual a atual cúpula da empresa ensina
pessoalmente a próxima geração de líderes. Esse programa faz parte da Academia de Liderança da Cargill (Cargill
Leadership Academy), que oferece
vários outros para todos os níveis de
liderança, incluindo um denominado
Aspectos Fundamentais da Administração
(Fundamentals of Management), voltado a supervisores
exercendo pela primeira vez posição de líderes.
As pessoas que já passaram por essas aulas entendem melhor como os outros as vêem. Desenvolvem
mais a inteligência emocional para complementar suas
habilidades intelectuais. A grande maioria dessas pessoas tentou fazer algo para melhorar a forma como
sua liderança é percebida. Esse não é um programa de
treinamento. O desenvolvimento de liderança implica
uma experiência compartilhada com funcionários que
assumiram as rédeas de seu próprio desenvolvimento.
O recado deve ser alto e claro. Se você quiser
prosperar nesta organização, assuma a responsabilidade
por seu próprio desenvolvimento. Procure um mentor,
encontre um tutor que tome interesse por você e o
ajude em seu desenvolvimento. Eu não tenho conhecimento de ninguém que tenha sido muito bem-sucedido
nessa compania sem que tenha adotado essa conduta.
Você nunca será um grande líder se ficar parado esperando alguém “treiná-lo”.
Atualmente, somos uma empresa muito boa.
Temos uma chance de vir a ser uma empresa excelente.
Isto implica contar com pessoas em posições de liderança que assumem a responsabilidade por seu próprio
desenvolvimento. Isso nos tornará uma grande empresa.
E temos os tutores que ajudarão essas pessoas a galgar
muito além daquilo que jamais imaginaram. 
Ilustração: Marcelo Cipis
* Dave Larson é vice-presidente executivo
A seção “Directions” traz artigos escritos pela Equipe de Liderança
Mundial da Cargill dirigidos aos funcionários da companhia em
todo o mundo. Esta seção é publicada bimestralmente na revista
Cargill News International, com distribuição para todas as
unidades da empresa, nos diversos países em que atua.
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Compromisso com as pessoas
e o meio ambiente
LaRaye Osborne*
Com foco em ações estruturadas nas áreas ambientais, de segurança e de
saúde, a Cargill fortalece o seu compromisso de crescimento sustentável
H
de políticas e programas em nível global, para assegurar
que nossas atividades sejam ambientalmente equilibradas e garantam a saúde e segurança de nosso quadro de
funcionários e do público. Alguns de vocês devem estar
questionando como um grupo de cinco pessoas consegue administrar a área de EHS de uma empresa com 150
mil funcionários em cerca de 1.200 unidades industriais
em diferentes localidades, distribuídas em 66 países.
á cinco anos a Cargill realizou uma
“pesquisa de cultura” em escala global
entre seus gestores e funcionários. Não
nos surpreendemos com o resultado de
que os dois atributos mais associados à Cargill foram ética e segurança. Nós, da Cargill, sabemos instintivamente
a importância que nossa organização dá às práticas éticas nos negócios, bem como às questões de segurança
de seus funcionários e do meio ambiente.
Na verdade, nossa estrutura para organizar e alinhar
todas as práticas é maior: temos uma equipe de mais de 400
profissionais integrados às Unidades de Negócios. Além de
desempenharem um papel de liderança, essas pessoas dão
suporte local aos mais de 150 mil funcionários, que por sua
vez, também tem um papel importante com relação à
saúde e segurança de cada um.
Talvez um número menor de funcionários
conheça as estruturas e processos adotados para permanecermos fiéis aos nossos valores de segurança e
comprometidos com uma execução impecável alinhada
às nossas expectativas e objetivos. Este artigo lança luz
sobre algumas das questões de EHS (Environment, Health
and Safety – Saúde, Segurança e Meio Ambiente), permitindo compreendê-las de uma forma mais abrangente.
Imperativos estratégicos
A gestão de EHS compreende sete imperativos
estratégicos, que vão da garantia de conformidade à ges-
A área de EHS Corporativo da Cargill conta com
cinco profissionais responsáveis pelo desenvolvimento
14
Cooperação com clientes e ONGs,
tornando-se o parceiro preferido
tão de riscos e aproveitamento de oportunidades para
atender às necessidades de nosso público de interesse,
passando pela promoção de práticas de negócios ambientalmente sustentáveis em toda a cadeia de valores
da Cargill.
Ativistas ambientais em todo o mundo estão mudando seu foco de atuação da indústria para a agricultura,
sob a alegação de que as atividades agrícolas são responsáveis por vários desastres ambientais, que vão do desmatamento ao desaparecimento de espécies em decorrência
do uso desordenado dos recursos hídricos e da poluição de
mananciais. Várias ONGs se amparam na pressão dos consumidores para atacar o “valor da marca” de empresas com
capacidade para influenciar mudanças. A Cargill, como
uma das maiores organizações de agronegócios do mundo,
com uma carteira de grandes clientes da indústria alimentícia e de bebidas, é um dos principais alvos das ações de
organizações não-governamentais.
As táticas utilizadas para alcançar essas estratégias incluem: desenvolvimento e conformidade de
Políticas de EHS; estabelecimento de Requisitos Básicos
e Diretrizes, além de métricas e objetivos; liderança e
suporte técnico; cooperação com clientes; Unidades
de Negócio, Áreas Funcionais da empresa; indústria e
Organizações Não-Governamentais (ONGs), entre outros, para a identificação de melhorias nos nossos negócios, ramos de atividades e valores; avaliação de progresso; desenvolvimento de talentos e reconhecimento do
alto grau de desempenho do EHS.
Contudo, esse desenvolvimento inclui também
uma oportunidade. A Cargill vem se tornando literalmente o parceiro “preferido” de muitos clientes-chave, órgãos
governamentais e entidades não-governamentais na busca de entendimentos e soluções práticas e significativas
para preocupações legítimas.
Desafios do crescimento
À medida que a Cargill conquista novos mercados e novos negócios, maiores são os desafios de EHS
a serem enfrentados. Assim, nossos programas estão
em constante mudança para antecipar e prevenir riscos. Além dessa rotina de trabalho, as equipes de EHS
globais estão trabalhando em três prioridades de crescimento até maio de 2008. A primeira delas diz respeito ao aprimoramento dos programas de segurança de
veículos a motor, pois a terceira maior causa de acidentes fatais entre os funcionários da Cargill no trabalho
envolvem veículos a motor, que também representam
um risco significativo fora do ambiente de trabalho.
A parceria da Cargill, no Brasil, com a The Nature
Conservancy na região amazônica é um grande exemplo
da força desses elos cooperativos. Num esforço conjunto,
a parceria está ajudando os fornecedores de produtos
agrícolas a cumprir o código florestal brasileiro, por meio
de um trabalho de conscientização sobre a produção sustentável de soja e as conseqüências de seu cultivo em áreas que venham a ser desmatadas na floresta amazônica.
Vários clientes buscam o suporte da Cargill para entender melhor a pegada ambiental ou do carbono dos produtos da Companhia. Estamos trabalhando em conjunto
com várias empresas no sentido de ampliar a compreensão
a respeito da cadeia de fornecimento e desenvolver medidas adequadas para diminuir, cada vez mais, o impacto
ambiental de seus processos agrícolas e não-agrícolas.
Outra frente que será trabalhada, em 2008, é a
compreensão de riscos e ameaças de saúde emergentes. Isso porque, à medida que continuamos a expandir
nossas atividades em economias em desenvolvimento,
a saúde e produtividade de nossos colaboradores enfrentam novos desafios com doenças como HIV/Aids,
tuberculose e malária. Nos locais em que essas doenças predominam, devemos reunir esforços que vão
além das questões típicas de saúde e segurança ocupacionais.
Também procuramos aproveitar as oportunidades criadas para levar a nossos clientes uma gama de novos produtos e serviços, ajudando-os assim a atingir seus
objetivos “verdes”. Esses produtos e serviços incluem a
embalagem NatureWorks, revestimento de espuma de
mobília com poliol BiOH™ e serviços de originação de
créditos de carbono para a otimização de processos. 
Por fim, concentraremos nossos esforços no desenvolvimento de Sistemas de Gestão de EHS robustos
e consistentes. Até o final de 2008, mais 75 fábricas da
Cargill deverão receber a certificação ISO 14001, de sistemas de gestão ambiental. Várias de nossas unidades
brasileiras já atingiram essa meta, sempre incorporando
sistemas de gestão de saúde e segurança à ISO 14001.
* LaRaye Osborne é a vice-presidente mundial de Meio
Ambiente, Saúde e Segurança da Cargill
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ovidade para suinocultura. A Cargill Nutrição Animal – Purina lançou
em 2007, no Brasil, o Optipork System, uma ferramenta inovadora e
diferenciada para auxiliar o suinocultor. É um programa de “modelagem biológica” que simula a curva de crescimento dos suínos por meio de dados
fornecidos pelas granjas, como clima, instalações, sanidade, manejo e programa
nutricional. A tecnologia gera relatórios para o criador de suínos, fornecendo
informações que auxiliam nas decisões sobre como cuidar do seu rebanho para
obter um melhor custo-benefício. Desenvolvido pelo Centro de Pesquisa e Geração de Tecnologia da Cargill Nutrição Animal – Purina, em Elk River, nos Estados
Unidos, o Optipork System já é utilizado em vários países e foi adaptado a realidade brasileira.
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ação para cada fase. A Purina lançou em janeiro de 2008 uma nova linha de
rações para gado leiteiro com o objetivo de melhorar seu desenvolvimento
e a produção de leite. São dezoito produtos das marcas: Purilac, Purilac HP
e Terneirina e Bezerrina (para bezerras), Novilhina (para novilha de 5 meses até o
pré-parto), Prepartina (para a fase de pré-parto), Ger-o-leit e Milk Tech (para vaca
em lactação, produtora de leite), e Purina Pasto Leite (suplemento mineral e protéico
para todas as fases de novilha e vaca em lactação criadas a pasto). As novidades, disponíveis em pontos-de-vendas da Purina em todo o Brasil, trarão outros benefícios ao
produtor, como a diminuição da incidência de doenças e a ampliação da qualidade
na nutrição dos animais.
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allo na TV. A Páscoa começou mais cedo. Ao menos
para Gallo, que desde janeiro
fortaleceu a divulgação de sua marca,
inclusive na edição limitada do produto Gallo Novo – Colheita 2007-2008,
desenvolvido a partir das primeiras
azeitonas da colheita que ocorre no
início de novembro. Para a Páscoa de
2008, a presença de Gallo foi reforçada
nos principais pontos-de-vendas do país.
Para aumentar a visibilidade e tornar a
marca ainda mais próxima do consumidor, Gallo está presente na TV aberta e
em mídia impressa e está desenvolvendo
ações de relações públicas e promoções
nos pontos-de-venda.
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Fotos: Arquivo Cargill
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argill na comunidade. A Cargill participou, no mês de novembro, do
projeto social Oeste Criança, da TV Oeste, afiliada da TV Globo na
Bahia. O projeto tem como objetivo arrecadar alimentos não perecíveis para doá-los a entidades carentes da região de Barreiras (BA). A empresa
apoiou a campanha contribuindo com caixas de óleo de soja Liza, além de
participar da entrega de alimentos em caminhões, quando contou com a presença voluntária de 15 funcionários da fábrica da Cargill em Barreiras, todos
uniformizados com camisetas e bonés com a marca Cargill.
O
Fotos: StudioMundial
azeite número 1. O azeite
de oliva Gallo recebeu pela
segunda vez o prêmio Top
of Mind. Organizado pela Folha de
S.Paulo, o prêmio da categoria azeites
identifica as marcas mais lembradas
pelos consumidores brasileiros. A
marca Gallo subiu 4 pontos percentuais em relação ao ano passado, e
atingiu a marca dos 21% – 18% a mais
que o segundo colocado da categoria.
A premiação foi mais uma forma de
reconhecer a marca, presente no país
desde 1918. Esta foi a 17ª edição do
evento, realizada em 2007 na cidade
de São Paulo (SP).
F
ábrica de chocolate. Com a inauguração de uma nova unidade produtiva
na cidade de Porto Ferreira, interior de São Paulo, a Cargill – maior processadora de cacau da América Latina – amplia sua área de atuação e ingressa
no mercado de compounds (cobertura sabor chocolate) e chocolates industriais, ambas
disponíveis a granel, em baldes, pedaços, barras e futuramente em gotas. A unidade
está estrategicamente instalada em uma região produtora de açúcar e próxima de
importantes clientes. A nova estrutura tem capacidade de produção instalada de
10 mil toneladas por ano. Os funcionários e líderes da Cargill (foto) marcaram presença
no evento de inauguração da fábrica, em 5 de dezembro, bem como clientes, fornecedores e autoridades locais.
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apacitação em foco. A
Unidade de Negócio Proteína Animal/Seara promoveu,
entre outubro e novembro de 2007, o 1º
Congresso de Desenvolvimento Humano, evento que trouxe nove cursos com
temas apontados nos Planos de Desenvolvimento Individuais dos funcionários.
Os cursos ocorreram simultaneamente
em 10 fábricas da Seara com duração
de 36 dias. Ao todo foram 47 turmas
e 1.295 funcionários capacitados em
temas, como Comunicação e Eficácia
Pessoal, Negociação e Administração
do Tempo. O treinamento é resultado de uma parceria com a Fundação
Getúlio Vargas (FGV), responsável por
ministrar oito dos nove temas. A exceção
foi para Finanças para Não Financeiros,
que ficou sob a responsabilidade da área
de Controladoria.
m dia para o futuro. Dois
mil e quinhentos funcionários das unidades da Cargill,
de todo o Brasil, participaram da
campanha organizada pela Fundação
Cargill, Um Dia para o Futuro (foto).
Eles foram convidados a doar qualquer quantia em dinheiro para ampliar a atuação dos projetos da Fundação. Os funcionários da Seara, que
não participariam dessa primeira fase,
fizeram questão de colaborar com as
doações. A campanha de comunicação aos funcionários foi viabilizada
com verba da Unidade de Negócio
Cargill Foods. O dinheiro arrecadado
beneficiará bibliotecas públicas.
17
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nidades de Negócio premiadas. Os funcionários da
fábrica de Mairinque (SP),
responsável pela produção de maionese
Liza, processamento de soja e linha de
óleos especiais, estão em festa. A planta
recebeu um prêmio importante em resposta à dedicação e ao comprometimento de seus profissionais. Trata-se do Best
Plant Award 2007, conquistado por meio
do trabalho de conectividade entre as
áreas da Cargill. Este prêmio foi conquistado junto com duas outras plantas da
Cargill: Cargill Corn Milling de Wahpeton,
Estados Unidos, e a Cargill Cacau, na Holanda. A premiação é resultado das boas
práticas direcionadas ao cliente, além de
inovação, alta performance, segurança,
meio ambiente e responsabilidade social.
Outra fábrica da empresa, em Três Lagoas (MS), responsável pelo processamento de soja, foi a primeira colocada
na 12º edição estadual do Prêmio Sesi
de Qualidade no Trabalho. A premiação ocorreu em setembro, no Centro de
Atividades Mario Amato, do Sesi em
Dourados (MS). O prêmio avaliou as
práticas de gestão e valorização dos
seus funcionários.
V
Foto: Arquivo Cargill
isual renovado. O Jornal
Fundação Cargill está de
cara nova. Com visual
e conteúdo renovados, também
ganhou maior número de páginas,
tendo como principal objetivo ampliar e aprimorar a comunicação
com educadores e voluntários que
participam do Programa Fura-Bolo e
do “de grão em grão”. O veículo passa a ser impresso em papel reciclado,
em cores, e conta com novas seções
para chamar ainda mais a atenção
do leitor.
18
(WCS), uma das mais importantes organizações mundiais dedicadas à preservação
das espécies animais, firmaram parceria para
fortalecer o apoio aos esforços globais de pesquisa sobre a relação entre a saúde dos seres
humanos, animais domésticos e animais selvagens e de monitoramento da gripe aviária e
outras doenças contagiosas transmitidas pelas
espécies animais. A Cargill está investindo US$
1,5 milhão em duas ações capitaneadas pela
WCS: a expansão da rede global de controle
da gripe aviária na Indonésia e no Vietnã e a
concessão de aportes financeiros para projetos de saúde animal realizados no Brasil. Esses
projetos serão selecionados após criteriosa
avaliação de um comitê multissetorial formado por especialistas brasileiros.
 A Cargill expande suas operações no
segmento avícola da Grã-Bretanha com
a compra da Freeman’s of Newent Ltd.
(Freeman’s), a maior processadora de frangos do país. O negócio complementará as
operações de frangos da Sun Valley Europe
e demonstra o compromisso contínuo da
companhia com o segmento avícola britânico. O negócio avícola global da Cargill
passou por várias mudanças nos últimos
anos com a aquisição da Seara, em 2005,
processadora brasileira de aves e suínos.
A empresa atualmente possui instalações
avícolas na Grã-Bretanha, França, Irlanda,
Holanda, Canadá, Brasil, Honduras, Nicarágua e Tailândia.
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 A Cargill e a Wildlife Conservation Society
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estaque para os fornecedores. Em tradicional jantar de
confraternização entre colaboradores, clientes e parceiros, a MiracemaNuodex – que produz matérias-primas
para indústrias – premiou os melhores
fornecedores de 2007 em cinco categorias.
A Cargill venceu na categoria de Ácidos
Graxos, Óleos e Gorduras. O prêmio, que
está em sua 3a edição, é uma forma de reconhecimento pelo trabalho realizado no
ano pelos seus fornecedores. Vitor Ideriba,
gerente de vendas, da Unidade de Negócio
Óleos Industriais e Lubrificantes (na foto, à
direita) recebeu o prêmio.
de inaugurar um novo centro de pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos e uma nova
fábrica de produção no Brasil, no Estado de São
Paulo, com o objetivo de servir sua carteira de
clientes na América Latina, a qual vem crescendo rapidamente. Obtido a partir de óleos vegetais, o poliol BiOH™ é a matéria-prima da espuma de poliuretano biocompatível. O novo centro
de P&D, localizado em Plymouth, Minnesota,
inclui uma área de produção piloto que simula
as linhas de produção dos clientes. Em 2007 a
tecnologia de polióis BiOH™ da Cargill ganhou
o prêmio Química Verde dos Estados Unidos,
concedido pela Agência de Proteção Ambiental
(EPA) e pela Sociedade Química Americana.
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elacionamento ampliado. Pensando em estreitar o relacionamento
da empresa com seus clientes e fornecedores, a Unidade de Negócio
Cargill Nutrição Animal - Purina reestruturou a área de Atendimento ao Cliente. Foram implantadas ferramentas que gerenciam e administram
de forma avançada o relacionamento com o cliente, unindo e consolidando
as opiniões e sugestões em um só departamento. Tudo dentro de uma metodologia própria e sistemas de gestão de informações, o CRM (Customer
Relationship Management). Com essa mudança, o cliente e o revendedor recebem com maior agilidade as respostas às suas dúvidas
e questionamentos. Para entrar em contato com a área
de Atendimento ao Cliente da Purina, basta acessar o
“Fale Conosco” no site www.nutrimentospurina.com.br
ou ligar para 0800-7041241.
 A Divisão de Polióis BiOH™ da Cargill acaba
P
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rêmio para a qualidade. A Cargill recebeu em dezembro o prêmio de
Fornecedor mais Lembrado das Indústrias da Alimentação, concedido pela
Editora Segmento, que é responsável pela revista Indústria da Alimentação
e por publicar o Anuário Brasileiro das Indústrias da Alimentação (ABIA). Em sua
1a edição, o prêmio, que tem o objetivo de destacar produtos, serviços e equipamentos que estão qualificados a
atender às mais modernas técnicas utilizadas no
Brasil, no segmento de food service, organizou uma
pesquisa com quase 6 mil profissionais da indústria
da alimentação. Foram avaliadas 2.601 empresas do
Brasil, em 44 categorias diferentes. A Cargill foi reconhecida na categoria Acidulantes (regulador de acidez
no alimento), Cacau, Farinha e Óleos/Gorduras.
Universo de sabores
Agora dá para entender melhor a importância desse componente no alimento,
responsável por 100% do sabor e do cheiro.
E, para acertar essa alquimia de sensações,
entram em cena os aromistas. A
Cargill tem uma equipe que
desenvolve aromas para bebidas, confeitos e
salgados na Unidade
de Negócio Flavor
Systems, em Cosmópolis, interior de
São Paulo. A gerente
da criação, Almerinda Ferreira
de Andrade, experimenta tudo que
é desenvolvido nos laboratórios da
empresa. Todos os aromas passam pela equipe dessa
carioca de 49 anos, há 11 meses na Cargill. Formada
em Química, e apaixonada pela gastronomia, ela confessa praticar o exercício da degustação desde criança.
Almerinda lembra que, quando ainda era criança, comia
de casca de abóbora, passando por pétalas de rosas, a
boa comida, claro. Sem saber, ela já estava sendo preparada para esse universo de sabores.
Os aromas são elaborados a partir de misturas de substâncias aromatizantes naturais ou
sintéticas, como óleos essenciais, álcool, ácidos,
éteres, aldeídos, entre outros. A
primeira análise é visual e olfativa. Se é agradável, passamos
para o segundo passo, a degustação, que pode ser em uma base
simples, em água, ou no
produto definitivo,
como em sorvetes,
refrigerantes, biscoitos,
balas, extrusados de milho,
goma de mascar, bolos, refrescos em pó, iogurtes, pós para sobremesas, sopas em pó, creme dental,
entre outras aplicações. Nós, os aromistas, trabalhamos
mesmo quando estamos fora da empresa, pois estamos
sempre associando o cheiro de um ambiente com o sabor de um alimento. Não é raro que parentes e amigos
nos indaguem sobre um ingrediente de um prato. Em
geral, temos uma participação específica no processo
de elaboração de um produto, entretanto nosso papel
é importante. Volto a ter contato com o aroma desenvolvido no momento do lançamento do produto. Gosto
sempre de experimentar o alimento. Fico curiosa para
saber o resultado final. E estou sempre atenta se o aroma

desenvolvido aqui será um campeão.
“
Costumo dizer que o trabalho do aromista é
tentar imitar a natureza. Sintetizamos aromas de pêssego,
morango e tantos outros em laboratório. Trabalhamos de
acordo com as necessidades do cliente. Seja de um aroma
”
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mais comum, seja de um aroma exótico. A Cargill possui
uma coleção de aromas, e se o cliente pede um tradicional,
como morango, primeiro verificamos em nossa coleção o
que existe e se atende ao que está sendo solicitado. Caso
contrário, temos de desenvolvê-lo. Às vezes, são sabores
pouco comuns no Brasil, como a orchata (bebida nãoalcoólica de origem vegetal muito conhecida na Espanha).
Nesses casos, aproveitamos a conectividade entre as Unidades de Negócio da Cargill, dentro e fora do país, para
conseguir amostras do produto e, então, reproduzi-lo.
P
O
aroma é um componente extremamente importante para a indústria alimentícia. Você consegue imaginar uma bala
ou um doce sem aquele perfume e gosto
arrebatadores? Quase impossível. É esse ingrediente que
aguça sentidos como olfato e paladar, e também atiça a
visão e a memória. Quantas vezes não somos surpreendidos por sabores que nos levam de volta à infância, a
lembrar de lugares e de pessoas queridas?
Almerinda Ferreira
Comida sem gosto e sem cheiro não faz sucesso em nenhum
lugar. Aguçar as sensações e ampliar o prazer na hora da
mesa é o segredo para o produto não parar na gôndola.
Por isso o trabalho dos aromistas é fundamental
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ANÚNCIO
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