BOLETIM MENS@L DE COMÉRCIO AGRÍCOLA

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BOLETIM MENS@L DE COMÉRCIO AGRÍCOLA
Boletim No. 67/Março 04
DNC / MIC
MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
DIRECÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO
Praça 25 de Junho N° 37 (2° Andar)
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BOLETIM MENS@L DE COMÉRCIO AGRÍCOLA
No. 67
Março 04
Preços de cereais registam subida desde meados de 2003
Os preços internacionais da maioria dos cereais têm vindo a subir desde os meados do
segundo semestre de 2003 até à presente data. Os preços de exportação de trigo registaram
fortes aumentos, em consequência da escassez da oferta no mercado internacional.
Enquanto que as projecções de trigo são promissoras e se criam expectativas de os preços
baixarem no hemisfério norte nos próximos meses à medida que a colheita se avizinha, os
preços de exportação dos produtos como milho, arroz e mexoeira não dão sinais de baixar
tão cedo, nas actuais condições de oferta e procura. A tabela seguinte mostra a evolução
dos preços de cereais:
2004
2003
Mar. Out.
USA
Mar.
US$/ton
Trigo
168 150
146
Milho
128 104
105
Mexoeira
132 111
104
Trigo
151 148
149
Milho
109 101
95
Arroz inteiro
253 199
198
Arroz partido
213 158
144
Argentina
Tailândia
A previsão de comércio mundial de cereais feita pela
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação (FAO) aumentou em 3 milhões de
toneladas para 230 milhões desde meados de 2003,
mesmo assim ainda 12 milhões de toneladas, ou seja, 5
%, abaixo dos níveis projectados no ano transacto. Esta
redução considerável é devida principalmente à redução
do comércio de trigo e de arroz, enquanto que o
comércio de produtos tais como milho e mexoeira está
projectado para os mesmos níveis do ano económico
2002/03. No concernente ao trigo, os Estados Unidos e o
Brasil e muitos países do norte da África e da Ásia
prevêem reduções drásticas nas suas importações.
Quanto ao arroz,esperam-se cortes nas importações do
Bangladesh, Indonésia e Brasil.
Consulte
Quente - Quente
para obter informação semanal sobre a
evolução dos preços nos maiores
mercados agrícolas no país
Ministério da Agricultura e
Desenvolvimento Rural
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Boletim No. 66/Fevereiro 04
DNC / MIC
Últimas perspectivas de Milho Abril 04)
Quénia - défice
As disponibilidades em
cereais para 2003/04
estimam-se em 2.97
milhões de tons, contra as
necessidades de consumo
de 4.58 milhões. O défice
de 1.6 tons será coberto
por 1.3 milhões de tons de
importações e 300 mil tons
de ajuda alimentar.
Tanzânia - défice
As disponibilidades em cereais para
2003/04 estimam-se em 4.2 milhões
de tons, contra as necessidades de
consumo de 4.6 milhões. O défice de
400 mil tons será coberto por 370
mil tons de importações e 300 mil
tons de ajuda alimentar previstas.
-
Zimbabwe – défice
Zâmbia - excedente
A produção da campanha 2003/04 está
estimada em 1,4 milhões de tons, igual
aos níveis da campanha anterior,
superior em 83% aos níveis de 2002 e
em 35% à média dos últimos 5 anos.
O país não precisa de importar milho
no ano comercial 2003/04, a não ser
pequenas quantidades de trigo e arroz.
+ +
+
- -
Malawi - excedente
Uma avaliação preliminar da
época agrícola 2003/04 estima a
produção de milho, arroz, trigo e
mexoeira em 1,7 milhões de
toneladas, prevendo-se uma baixa
no milho em 4% e um aumento
na mandioca em 9%. O país não
vai precisar de importar milho no
ano comercial 2003/04 devido à
produção satisfatória e a níveis
sem precedentes de stocks
transitados. Contudo, está a entrar
milho por via do comércio
fronteiriço.
+
Com o aumento das
áreas semeadas e
perspectivas de bons
rendimentos por
hectare, prevê-se um
crescimento na
produção de milho na
ordem de 30%, para
1,7 milhões de tons. A
produção total de
cereais está estimada
em 1.93 milhões de
tons. O país precisará
de importar 1 milhão
de tons de cereais,
sendo 765 mil tons de
milho, das quais 363
mil no âmbito de ajuda
alimentar.
África do Sul – excedente
Devido a melhorias na queda de chuvas
na segunda metade da época agrícola, a
produção de milho para 2003/04 está
estimada em 9,7 milhões de toneladas.
No seu conjunto, a produção prevista
está perto da média normal do país, mas
inferior à de 2002. As estimativas das
exportações mantêm os níveis do ano
transacto, de 1.4 milhões de toneladas.
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Boletim No. 67/Março/ 04
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Preços Domésticos de Milho
(gráfico 1/6)
Em Março/03, os preços a retalho de
milho branco continuaram a registar
pequenas oscilações com tendência a
baixar nos mercados de Maputo, Manica
e Nampula e a subir no de Tete. Na
cidade da Beira, após dois meses de
relativa estabilidade, o preço veio a sofrer
oscilação nas duas últimas semanas do
mês. O preço mais baixo, de 3.500 Mt/kg,
registou-se na cidade de Manica e o mais
alto, de 6.500 Mt/kg, na cidade de
Maputo. Os preços reais, obtidos pelo
ajuste dos preços nominais através do
índice de preços no consumidor foram, no
período em análise, superiores aos de
igual período de 2002/03, à excepção da
cidade de Tete onde foram ligeiramente
inferiores.
Fonte: SIMA/DNC
Projecções do Balanço Alimentar
Mensal (gráficos 3/6 e 4/6)
A projecção do balanço mensal do milho
feita no mês de Março/04 aponta para
uma situação de oferta relativamente
confortável para o aprovisionamento do
mercado para os próximos meses. Com
efeito, as colheitas referentes à campanha
agrícola 2003/04 já iniciaram, o que
permitirá o aumento dos níveis da oferta
de milho no mercado. Todavia, poderão
registar-se défices locais, particularmente
em algumas zonas do centro e toda a
região sul do país que foram afectadas
pelas calamidades naturais. Os fluxos de
exportação no âmbito do comércio
fronteiriço,
envolvendo
o
sector
comercial informal, estão a decorrer nas
zonas fronteiriças principalmente com o
Malawi, apesar do teor de humidade que
o milho ainda apresenta. As moageiras
sediadas na zona sul do país, onde a
produção é geralmente fraca, continuam a
importar milho da África do Sul para
assegurar o seu aprovisionamento.
O balanço mensal de arroz apresenta
níveis confortáveis de aprovisionamento
de mercado para os próximos meses,
cujos recursos provém de importação e da
produção doméstica (stocks da campanha
2002/03). Prevê-se o início das colheitas
da campanha 2003/04 para Abril/Maio, o
que vai incrementar os níveis de oferta do
arroz no mercado.
A
oferta
de
trigo,
produto
tradicionalmente
de
importação,
apresenta uma situação de oferta
igualmente satisfatória para os próximos
meses, cujos recursos provém além de
importações comerciais, de ajuda
alimentar do Governo dos Estados
Unidos da América que está a fornecer
trigo no âmbito da Lei Americana de
Comida para o Progresso.
Fonte: DNC
União Europeia
Baixa a quota C do açúcar
Analistas acreditam que o volume da
quota C da União Europeia (UE) para o
açúcar da campanha agrícola 2004/05
será significativamente mais baixa do que
se esperava devido aos declínios da
produção projectados na época agrícola
2003/04.
O relatório da EDF & Man Sugar admite
que a colheita da campanha 2003/04 dos
países UE possa vir a ser 12% inferior às
12.962 milhões de toneladas produzidas
na campanha 2002/03. De acordo com o
mesmo relatório, o declínio foi em parte
causado por uma redução de 7.3% nas
áreas de cultivo da beterraba, mas
sobretudo pelos fracos resultados da
produção em diversos países da UE.
No regime do açúcar da UE, as quotas de
produção A e B são as subsidiadas por
Bruxelas, e qualquer açúcar produzido
3
Boletim No. 67/Março/ 04
DNC / MIC
Chegam ao Ministério da Indústria e
Comércio pedidos de países vizinhos e
doutros continentes, a solicitar
endereços de empresas moçambicanas
relacionadas com o comércio agrícola a
fim de estabelecer contactos comerciais.
Caso esteja interessado, favor de nos
facultar os seus contactos completos
através do fax 01 – 300664 ou e-mail
[email protected]
para além dessas quotas é qualificado
como açúcar C e deve ser exportado a
preços internacionais sem subsídios.
Como refere um analista da Man Sugar
com a expectativa de que 626 mil
toneladas transitem para a campanha
2004/05, 2.1 milhões de toneladas
poderão exportadas. No ano passado, a
exportação do açúcar C foi de
aproximadamente 3.3 milhões de
toneladas, após o trânsito de 919 mil
toneladas para a presente campanha. Para
a campanha 2004/05, Man Sugar acredita
que uma redução ainda maior nas áreas
de produção, combinada com quantidades
menores de açúcar C a transitar, pode ser
um sinal de prolongada escassez no
abastecimento da UE.
Preços de gengibre permanecem firmes
Comerciantes europeus de especiarias
prevêem que os preços de gengibre
permaneçam firmes até ao fim do ano
devido à diminuição constante da oferta.
Desde o início do ano os preços globais
de gengibre subiram para mais de dobro.
Nas primeiras semanas de Março, uma
empresa comercial em Londres cotou
todo o gengibre da Índia a US$3.000/ton
CIF Cochina, contra US$1.400 três meses
antes. A subida de preços foi
impulsionada
principalmente
pelas
inundações ocorridas o ano passado na
China, o maior produtor mundial deste
produto, agravada pela falta de chuvas no
período de plantio que afectou a nova
colheita indiana. Segundo comerciantes
de especiarias em Londres, a fraca oferta
de gengibre é um problema mundial. Na
Europa os stocks são muito baixos e os
comerciantes têm sido relutantes em
pagar preços altos, situação que poderá
mudar até finais de Maio/03.
Entre os finais de 2003 e princípios de
2004 as exportações indianas de gengibre
subiram drasticamente para mais de
dobro nos últimos meses, atingindo
US$3.400/ton num período de 9 meses,
até 31 de Dezembro/03. Tradicionalmente, a Índia produz cerca de 250 mil
toneladas de gengibre, mas ultimamente,
tem sido verificada uma redução no
volume das exportações, devido à
combinação
de
vendas
elevadas
antecipadas na presente época e o
interesse pelas novas colheitas.
Em Moçambique, embora não haja dados
exaustivos sobre a produção de gengibre,
um estudo feito recentemente identificou
as zonas costeiras da província da
Zambézia e as de Machipanda no distrito
de Manica, como ideais para o efeito. Em
termos de comercialização, sabe-se que
alguns
comerciantes
zimbabweanos
adquirem o gengibre directamente ao
produtor em Manica, admitindo-se que
seja escoado através dos portos da Beira e
Maputo para os outros mercados,
sobretudo o sul-africano, que por sua vez
é abastecido de gengibre seco da China,
Índia e Nigéria.
Neste caso, para Moçambique competir
com sucesso no mercado sul-africano
deve primar pela qualidade, cumprimento
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Boletim No. 67/Março/ 04
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de normas e padrões, aprofundar os
estudos de mercado e direccionar mais
recurso para a exploração de gengibre
fresco.
Compras da China estimulam
subida do preço do arroz tailandês
Julga-se que os preços de arroz na
Tailândia poderão continuar a subir num
futuro
próximo,
devido
ao
prosseguimento das compras deste
produto recentemente iniciadas pela
China.
Segundo um relatório do departamento de
arroz duma corretora britânica, os preços
do arroz Thai registaram uma subida
regular a partir dos princípios de
Março/03 após relativa estabilidade em
Fevereiro último, devido a uma grande
afluência de encomendas extras. A
maioria
destas
encomendas
é
provenientes da China, o principal
comprador, que, para além de compras
regulares de arroz aromático terá
importado cerca de 200 mil toneladas de
arroz Thai desde o início do mês de
Março.
Um outro factor que terá influenciado a
recente subida de preços do arroz Thai é a
suspensão das vendas deste produto pelas
autoridades de Bangkok, até que termine
a inspecção de âmbito nacional em curso
em todos os armazéns.A inspecção surge
na sequência de alegações feitas pelas
autoridades governamentais sobre irregularidades cometidas por alguns
exportadores.
A Tailândia continua a ser, de momento,
a única fonte de abastecimento de arroz
capaz de fornecer quantidades elevadas.
Entretanto, o comité da política de arroz
anunciou alterações no esquema de
intervenção de arroz em casca, a
funcionar de 20 de Março a 30 de Julho
do ano em curso.
Milho regional (gráfico 5/6)
Em Março/04, os preços de milho branco
e amarelo no mercado Randfontein, tanto
em Rand como em Dólar, reverteram a
tendência ascendente que vinham
registando a partir dos finais de 2003. O
preço de milho branco baixou de
ZAR1.312/ton para ZAR1.090/ton e de
US$196/ton para US$163/ton; para o
milho amarelo, a redução foi de
ZAR1.367/ton para ZAR1255/ton e de
US$204/ton para US$187/ton. Na Bolsa
Agrícola SAFEX, os preços de contratos
futuros de milho branco cotados em
Março/04
para
Maio/04
também
baixaram se comparadas às cotações de
Fevereiro/04 para o mesmo período; esta
redução foi de ZAR1.348/ton para
ZAR1.125/ton e de US$201/ton para
US$168/ton. Em relação ao milho
amarelo, as cotações para o período em
referência baixaram de ZAR1.310/ton
para ZAR1.195/ton e de US$195/ton para
178US$/ton. Uma melhoria de condições
climatéricas em relação ao cenário de
seca que se vivia na zona e consequente
optimismo quanto às previsões das
colheitas de milho no país, são os
principais factores para a redução dos
preços de milho na RSA
Fonte: DNC, FWS NET e SAFEX
Mercado internacional de milho
(gráfico 5/6)
Em Março/04 o preço FOB Durban de
milho branco baixou de US$225/ton
para US$191/ton. Relativamente ao
milho amarelo dos EUA, o preço FOB
subiu ligeiramente de US$124/ton para
US$129/ton. Na Bolsa Agrícola da
Argentina, depois duma estabilidade, o
preço FOB de milho branco baixou de
em US$105/ton para US$109/ton.
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Boletim No. 67/Março/ 04
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Preços Domésticos de Arroz
(gráfico 2/6)
toneladas contra 27,5 milhões de
toneladas em 2003. Esta redução toma em
consideração a procura mais fraca de
importação por parte de alguns dos
grandes importadores asiáticos e sulamericanos que tiveram melhorias na
produção.
Em Março/04, o preço de arroz foi
praticamente estável apesar de pequenas
oscilações com tendência a subir nas
cidades de Nampula e Tete e a baixar nas
cidades de Maputo e Beira. O preço mais
baixo, de 7.000 Mt/kg, registou-se na
cidade de Nampula, e o mais alto, de
11.000 Mt/kg na cidade de Tete. Em
relação aos preços reais, em Março/04
registaram índices mais baixos do que em
igual período de 2003 nas cidades da
Beira e Manica, ligeiramente superiores
nas cidades de Maputo e Nampula e
iguais aos de igual período de 2003 na
cidade de Tete.
Segundo a FAO, a produção global de
arroz poderá crescer em cerca de 2,6%
para 591 milhões de toneladas contra 576
milhões de toneladas em 2002/03. Boas
condições climáticas e incremento das
áreas arrozeiras têm contribuído para a
elevação da produção, sobretudo na Índia.
Por outro lado, a produção chinesa poderá
baixar novamente em consequência de
reduções constantes das áreas plantadas.
As reservas mundiais de arroz para
2003/04 poderão voltar a cair mais uma
vez de 122 milhões de toneladas em
2002/03 para 102 milhões de toneladas, o
nível mais baixo desde 1987.
A subida do preço nos EUA pode estar
associada ao aumento da procura e a fraca
competição da China.
Fontes: FAO & SAFEX
Fonte: SIMA/DNC
Arroz internacional
Em Março/04, os preços mundiais de
arroz subiram fortemente devido à grande
procura por importadores asiáticos por
um lado, e à escassa oferta por outro. As
compras massivas do governo tailandês
para sustentar os preços internos também
contribuíram para manter os preços de
exportação em níveis altos.
O índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO)
progrediu para 108,8 pontos, contra 98,3
pontos em Fevereiro/04 (base 100 =
Janeiro de 2000). É muito provável que
os preços se mantenham firmes ao longo
de 2004, devido à escassez da oferta,
sobretudo na Índia e China, onde as
reservas internas baixaram bastante no
final de 2003.
O comércio mundial em 2004 poderá
baixar para cerca de 25 milhões de
Segundo a FAO, as tendências de
consumo a longo prazo fazem crer que
até 2004 a demanda mundial poderá
crescer cerca de 30% em relação à
produção actual.
Na Tailândia, os preços de exportação
subiram bastante devido ao aumento das
importações, sobretudo da China, Iraque
e África. Por outro lado, a política de
compras governamentais de arroz em
casca tende a limitar a disponibilidade e a
pressionar os preços de exportação. Estes,
porém, poderão estabilizar em função da
diferença em relação aos preços do arroz
do Vietname. A Tailândia fez uma
revisão das suas previsões de exportação
para o ano 2004 para um volume recorde
de 8,5 milhões de toneladas. O governo
conta com as dificuldades indianas e
chinesas para exportar mais este ano. Em
Março, o arroz Tai 100%B subiu para
US$248/ton FOB, contra US$220 em
Fevereiro. O quebrado Tai A1 Super,
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Boletim No. 67/Março/ 04
DNC / MIC
continuou subindo atingindo US$202 em
Março/04 contra US$ 184/ton em
Fevereiro/04.
No Vietname, os preços também subiram
por causa da escassez da oferta e os
produtores retêm as suas reservas para
mantê-los elevados. Porém, o mercado
externo manteve-se activo por causa das
vendas, particularmente para a China,
África e Filipinas. Calcula-se que as
exportações vietnamitas poderão alcançar
cerca de 4 milhões de toneladas em 2004
contra 3,7 milhões de toneladas em 2003.
O arroz Viet 5% subiu de US$199/ton em
Fevereiro para US$218/ton em Março/04.
O Viet 25% passou de US$186/ton em
Fevereiro/04 para US$207/ton em
Março/04.
uma média de US$368/ton em Março,
contra US$336/ton em Fevereiro.
No Mercosul, a colheita está em curso.
No Brasil, um ciclone afectou o litoral
Sul, devastando importantes áreas
arrozeiras em Santa Catarina, o terceiro
Estado produtor do país. Os preços de
exportação na Argentina e Uruguai
mantiveram-se firmes já que a demanda
de importação brasileira é também forte,
pelo menos até a chegada da produção
nacional ao mercado.
Na África, espera-se um aumento das
importações na Nigéria, Mali e na região
austral. Na região continental, as
importações poderão cair em 2004,
graças a um aumento da produção nos
países costeiros do Oeste.
Fonte: InfoArroz
No Paquistão, os preços continuaram em
ascensão em função duma oferta muito
limitada. O arroz Pak 25% subiu de
US$210/ton em Fevereiro/04 para
US$236/ton em Março/04. Estes preços
bastante altos começam a criar problemas
para os exportadores paquistaneses que
abrem espaço na África Ocidental em
relação ao competidor indiano que
mantém os preços mais baixos.
Na Índia, apesar da limitação das
reservas internas, os preços de exportação
mantiveram-se competitivos, de tal sorte
que as autoridades indianas não
tencionam subsidiar as exportações, como
fizeram no ano passado. Não obstante, as
exportações indianas caíram de 4 milhões
de toneladas em 2003 para 2 milhões de
toneladas em 2004.
Nos Estados Unidos, os preços de
exportação tiveram um forte salto graças
às vendas para à América Central, o que
poderá incentivar os produtores norteamericanos a aumentar as áreas arrozeiras
em 2004. O arroz Long Grain 2/4 atingiu
Trigo na África do Sul
(gráficos 5/6)
Em Março/04, os preços futuros de trigo
cotados em Rand para Maio/04 no
mercado Randfontein da RSA baixaram
em comparação com as cotações de
Fevereiro/04 para o mesmo período. Em
Rand, baixaram de 1744/ton para
1734/ton e em Dólar de 260/ton para
258/ton. Esta redução pode estar
associada à previsão de subida da
produção na presente campanha agrícola,
que poderá situar-se entre 1,87 milhões
de tons e 2,3 milhões de toneladas.
Fonte: SAFEX / DNC
Trigo nos Estados Unidos
(gráficos 5/6)
De Fevereiro/04 a Março/04, o preço de
trigo HRW US Nº 1 subiu de US$159/ton
para US$163/ton e o da qualidade SRW
US Nº 2 também subiu de US$163/ton
para 166US$/ton. Esta subida deveu-se
sobretudo à redução global da oferta de
trigo no mercado internacional devido, à
seca, por um lado, e à substituição de
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Boletim No. 67/Março/ 04
DNC / MIC
trigo por milho amarelo para rações, por
outro.
Fonte: DNC, FAO & SAFEX
Mercado Internacional de Açúcar
(gráficos 6/6)
Em Março/04, o preço de açúcar amarelo
subiu de US$128/ton para US$150/ton
relativamente ao de Fevereiro/04 e de
açúcar branco também subiu de
US$210/ton para US$234/ton. A subida
de preço de açúcar branco deve estar
associada à fraca oferta.
Fonte: INA/DNC
Mercado Internacional de Algodão
(gráficos 6/6)
De Fevereiro/04 a Março/04, o preço de
algodão de índice “A” baixou de
US$0.074/lb/peso para US$0.072/lb/peso.
Espera-se que a tendência de preço deste
produto seja decrescente ao longo deste
ano, devido à melhoria da produção,
sobretudo nos EUA.
se com W450, a classe mais baixa
comercializada, enquanto que o da
amêndoa partida se situou entre US$1.65
a US$1.70/lib/ton. Nos Estados Unidos e
na Europa, muitos compradores têm pago
preços altos só para as classes que lhes
interessam, enquanto aguardam pela
melhoria dos preços. Muitos peritos de
amêndoa têm o sentimento de que a
procura poderá manter-se fraca por mais
tempo e
observadores industriais
acreditam que, se os preços da matériaprima não baixarem, as disponibilidades
no mercado poderão reduzir nos
próximos meses, o que poderá como
consequência provocar uma subida de
preços.
Preços indicativos da Castanha de Caju em
US$/lb/peso, FOB Índia.
W180
W210
Preço
1ª semana de
Março
2.80
2.45-2.50
Preço
1ª semana
de Abril
2.80
2.50
W240
2.00-2.05
2.12-2.17
W320
1.83-1.88
1.93-1.98
Duma maneira geral, o mercado da
amêndoa de caju continua estável, com
alguns negócios isolados para mercados
distantes.
W450
1.70
1.80-1.82
SW320
1.75
1.80-1.85
SW360
1.70
1.75-1.80
SSW
1.50
1.55-1.60
Segundo reportam exportadores indianos
da amêndoa de caju, a queda nos custos
da matéria-prima, combinada com a
subida dos preços da amêndoa, fez
aumentar as margens de comercialização
do produto nas últimas semanas. O
aumento do preço verificou-se em relação
às classes mais baixas, enquanto que o
das classes superiores não deu qualquer
sinal de subida. A maior subida registou-
FS
1.65
1.70-1.75
FB
1.60
1.65-1.70
LWP
1.45-1.50
1.45-150
SS
1.50-1.55
1.60
Fonte: Cotlook
Amêndoa de Caju
Qualidade
SB
SP
1.50-1.55
1.60
1.25-1.30
1.25-1.30
Fonte: Cashew market report
8
Boletim No. 67/Março/ 04
DNC / MIC
Esta é a sexagésima setima edição do
“Boletim Mens@l
de Comércio Agrícola”
publicada pela
Direcção Nacional do Comércio do
Ministério da Indústria e Comércio.
A forma de apresentação e o conteúdo
deste Boletim ainda estão na fase de
desenvolvimento.
Antecipadamente, agradecemos
qualquer tipo de comentário sobre o
formato e o conteúdo.
Preparado e produzido com a
colaboração do Projecto “Assistência à
Gestão do Mercado” MIC e FAO –
Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura, financiado
pela Comunidade Europeia
ÍndiceACotlook-Algodão
Centimos US$/lb
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
ÍndiceCotlookA
Jan- Fev M
ar Abr M
ai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan
03
O que são preços futuros ?
Preços futuros são os preços acordados entre vendedores e compradores no presente, para a
compra e venda numa data futura. Os preços futuros resultam de negociações na bolsa
sobre um contrato e prevalecem para uma data futura determinada. Os contratos são, por
exemplo: fornecimento de 10 toneladas de algodão com certas especificações), a serem
entregues em Julho de 2001, a um determinado valor.
O motivo principal para a existência de bolsas agrícolas onde se negoceia preços futuros, é
a gestão e diminuição de riscos de alterações imprevistas de preços de produtos no futuro.
Portanto, preços futuros são o melhor prognóstico sobre o preço de um produto, que estará
vigente no mercado naquela data futura. A determinação desses preços é o resultado duma
monitorização contínua, feita pelos participantes nos mercados do futuro, sobre as
condições da oferta e procura. As influências sobre a oferta e procura podem ter origem em
factores internos, sub-regionais e internacionais. É importante assinalar que a grande
maioria dos contratos não resultam na entrega física do produto, porém são realizados entre
as partes que acordaram aquele contrato, mediante uma transacção financeira através da
bolsa.
Ironicamente, os mercados futuros, como por exemplo 'SAFEX' na África do Sul e 'CBOT'
nos Estados Unidos, têm a virtude de ser mercados flutuantes e especulativos. Contudo,
promovem mecanismos para assegurar preços consistentes. Concluindo, podemos dizer que
um funcionamento adequado dos mercados futuros ajudam a melhorar a transparência no
mercado e estabilizar os preços.
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Boletim No. 67/Março/ 04
DNC / MIC
Glossário de termos utilizados
no Boletim Mens@l de Comércio Agrícola
Abreviatura
B&P lda
CBOT
DINA
DNC
EUA
FAO
FEWS
FOB
GRAIN SA
HRW US Nº 1
INFOCOM
INA
IPC
IRRI
ISA
ISO
MADER
MIC
Mt
OMC
ONG
OSIRIZ (IPO)
SACU
SADC
SAFEX
SAGIS
SIMA
Spot
SRW US Nº 2
Thai 100%B
ton
u/m
US$
ZAR
WR 10-15%
WR 25%
Significado
Intermediaria (Broker) no SAFEX
Bolsa de Chicago
Direcção Nacional da Agricultura - MADER
Direcção Nacional do Comércio - MIC
Estados Unidos de América
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
Sistema de Aviso Prévio sobre Fome
“Free on Board” - Mercadoria livre de encargos a bordo do navio no porto
de origem
Empresa sul-africana que difunde preços de cereais
Qualidade de trigo nº1 (hard red wheat) dos EUA
Informação Comercial e de Mercados – Serviços do MIC
Instituto Nacional de Açúcar
Índice de Preço no Consumidor
Instituto Internacional de Pesquisa de Arroz
Associação Internacional de Açúcar
Organização Internacional de Açúcar
Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural
Ministério da Indústria e Comércio
Metical (Moeda de Moçambique)
Organização Mundial do Comércio
Organização Não Governamental
Organização Internacional vocacionada ao mercados de arroz
União Aduaneira da Região da África Austral
Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral
Bolsa agrícola sul-africana de futuros
Serviços de Informação de Cereais na África do Sul
Sistema de Informação de Mercados Agrícolas
Preço ‘spot’ significa o preço de negociação de mercadoria naquele dia
Qualidade de trigo nº 2 (soft red wheat) dos EUA
Arroz de Tailândia de qualidade –100%B
Tonelada
Unidade de medição
Dólar americano (Moeda dos Estados Unidos de América)
Rand sul-africano (Moeda da República da África do Sul)
Arroz branco em que 10-15% está partido
Arroz branco em que 25% está partido
FICHA TÉCNICA
Editor: Ministério da Indústria e Comércio – DNC, Praça 25 de Junho nº 37, 2º Andar
Telefone: + 258 1 300664/5, Fax: +258 1 300664/5
Direcção: José Egídio Paulo
Produção: INFOCOM. Redacção: Olga Munguambe, Gabriel Muianga, Francisco Filipe,
Lúcia Dimene, Samuel Garicai Arone, Manuel Jamisse, José Maria, Isabel Mazive, Isabel
Coutinho, Isabel Simango, Frans van de Ven e Alexander Schalke (FAO/EU-MIC).
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