ORTOCURSO / PRONA ON LINE CURSO - SBOT-RJ

Transcrição

ORTOCURSO / PRONA ON LINE CURSO - SBOT-RJ
PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA
ORTOCURSO / PRONA ON LINE
CURSO PREPARATÓRIO PARA O TEOT
27 de Fevereiro de 2016
NOME: ____________________________________________________________
HOSPITAL: ________________________________________________________
(
) R1 ( ) R2 ( ) R3
( ) R4
(
) Não Residentes
1) Na fratura do colo do fêmur tratada com artroplastia do quadril, a incidência de
luxação pós operatória é maior no acesso
a) anterior.
b) posterior.
c) anterolateral.
d) lateral direto.
Rockwood and Green’s - Fraturas em Adulto - Editora Manole - 7ª
edição - Volume 2 - página 1571.
R=B
O acesso posterior proporciona excelente visão da articulação do quadril,
tanto para hemiartroplastia quanto para artroplastia total do quadril.
Também tem a vantagem de ser extensível, tanto em direção proximal
quanto distal, apesar desta facilidade não ser frequentemente requerida
em cirurgias de fratura do colo femoral. A principal desvantagem desse
acesso está no fato de que ele está associado a maiores taxas de luxação
em relação às observadas nos acessos anterior e anterolateral. Embora
este risco seja aceitavelmente baixo nas cirurgias para artrose do quadril,
ele é bem maior nos pacientes submetidos à artroplastia do quadril por
fratura do colo do fêmur, o que representa uma desvantagem
significativa.
2) Na classificação de DORR quanto à morfologia da região proximal do fêmur, o
tipo que corresponde a uma curvatura da diáfise femoral retificada, ou em varo,
éo
a) A.
b) B.
c) C.
d) D.
Rockwood and Green’s - Fraturas em Adulto - Editora Manole - 7ª
edição - Volume 2 - página 1603.
R=C
O tipo A corresponde à metáfise pequena, cortical grossa e estreitamento
ístmico alto. O tipo B corresponde à metáfise mais larga, cortical mais
fina e istmo reduzido, mas alargado. O tipo C corresponde à metáfise
larga, cortical fina e curvatura da diáfise femoral retificada ou em varo,
com perda do estreitamento do istmo.
3) Das fraturas associadas do acetábulo, o tipo mais comumente encontrado é a
a) transversa com parede posterior.
b) da coluna posterior com parede posterior.
c) transversa com traço de fratura vertical inferior.
d) completamente dissociada do esqueleto axial.
Rockwood and Green’s - Fraturas em Adulto - Editora Manole - 7ª
edição - Volume 2 - página 1485.
R=D
A fratura das duas colunas, ou fratura bicolunar, é a mais comum das
fraturas associadas, representando 23% de todas as fraturas acetabulares.
Essa fratura é singular pois representa um acetábulo completamente
desconectado do esqueleto axial.
4) Na lesão do anel pélvico, o tipo “em livro aberto” é classificado por TILE como
a) B1.
b) B2.
c) C1.
d) C2.
Rockwood and Green’s - Fraturas em Adulto - Editora Manole - 7ª
edição - Volume 2 - página 1426.
R=A
Na classificação de TILE, as lesões tipo B são as rotacionalmente
instáveis e verticalmente estáveis, sendo divididas em: B1 livro aberto,
B2 compressão lateral ipsilateral e B3 por compressão lateral em alça de
balde. Nos tipos C, o anel pélvico é rotacional e verticalmente instável.
5) Entre as lesões ósseas benignas e pseudotumorais, a mais frequente é o
a) osteocondroma.
b) osteoma osteoide.
c) cisto ósseo simples.
d) defeito fibroso cortical.
Beaty JH, Kasser JR. Rockwood and Wilkins’ Fractures in Children.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. Cap 6.
R=D
O defeito fibroso cortical é a condição mais frequente entre os tumores
ósseos e lesões pseudotumorais vista na criança em crescimento. Sua
variante maior e intramedular é chamada de fibroma não ossificante.
Ambos podem estar associados a fraturas patológicas em crianças. Estas
lesões são caracterizadas pela presença de tecido fibroso, células
espumosas e células gigantes multinucleadas.
6) No cisto ósseo simples, a frequência de fratura patológica sincrônica ao
diagnóstico da lesão e a de ossificação do cisto após a consolidação da fratura
patológica são, respectivamente, cerca de
a)
b)
c)
d)
70% e 10%.
10% e 70%.
40% e 60%.
60% e 40%.
Beaty JH, Kasser JR. Rockwood and Wilkins’ Fractures in Children.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. Cap 6.
R=A
Cistos ósseos simples geralmente são assintomáticos até fraturarem. Em
mais de 70% dos casos, a apresentação inicial é fratura patológica devido
a trauma de baixa energia. As fraturas são usualmente incompletas,
minimamente desviadas e consolidam em aproximadamente 6 semanas.
Em menos de 10% dos casos o cisto se ossifica após a consolidação da
fratura.
7) O cisto ósseo aneurismático central que acomete toda a largura da metáfise
corresponde, na classificação de CAPANNA, ao tipo
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
Beaty JH, Kasser JR. Rockwood and Wilkins’ Fractures in Children.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. Cap 6.
R=B
Apesar de o cisto ósseo aneurismático se manifestar radiograficamente
como uma lesão lítica metafisária excêntrica, Capanna descreveu, em
1985, uma classificação dividida em 5 tipos, ddee acordo com a localização
da lesão, como mostra a figura abaixo.
No tipo I,, a lesão é central no osso e não compromete toda a largura da
metáfise. No tipo II
II,, a lesão central compromete toda a largura da metáfise. No
tipo III,, a lesão é excêntrica. Os tipos IV e V correspondem a lesões de
superfície. No tipo IV
IV, o periósteo está intacto e no tipo V há extensão para
partes moles.
8) O osteossarcoma secundário é decorrente mais frequentemente de
a) doença de PAGET e osteocondromatose.
b) osteocondromatose e os
osteomielite.
c) doença de PAGET e radioterapia.
d) radioterapia e osteomielite.
Canale ST, Beaty JH. Campbell’s Operative Orthopaedics. Philadelphia:
Saunders. Cap22.
R=C
Osteossarcoma secundário ocorre no local acometido por outro processo
ou doença. Raramente ocorre em pacientes jovens, mas constituem quase
metade dos osteossarcomas em pacientes com mais de 50 anos de idade.
Os fatores mais comuns associados ao osteossarcoma secundário são
doença de Paget e tratamento com radioterapia prévia. A incidência de
osteossarcoma na doença de Paget é cerca de 1% e pode ser maior (de
5% a 10%) para os pacientes com doença avançada poliostótica.
Osteossarcoma secundário à doença de Paget mais comumente acomete
pacientes na sexta a oitava décadas de vida, sendo a pelve o local mais
comum. Osteosarcoma induzido por radiação ocorre em
aproximadamente 1% dos pacientes que foram tratados com mais de
2.500 cGy e podem ocorrer em locais incomuns, como o crânio, coluna,
clavícula, costelas, escápula e pelve. Embora o osteossarcoma seja o
sarcoma induzido pela radiação mais comum, fibrossarcoma,
histiocitoma fibroso maligno, também são relativamente comuns neste
cenário. O tempo médio para a ocorrência de osteossarcomas secundários
é de 10 a 15 anos após a exposição à radiação. Outras condições
associadas ao osteossarcoma secundário incluem displasia fibrosa,
infarto ósseo, osteocondromas, osteomielite crônica, melorreostose e
osteogênese imperfeita.
9) O tumor maligno primário que mais frequentemente acomete o sacro é o
a) cordoma.
b) plasmocitoma.
c) osteossarcoma.
d) condrossarcoma.
Canale ST, Beaty JH. Campbell’s operative orthopaedics. Philadelphia:
Saunders. Cap 22.
R=A
Cordoma é uma neoplasia maligna rara que surge a partir de
remanescentes da notocorda. É a segunda malignidade primária mais
comum da coluna (atrás do mieloma), sendo a malignidade primária mais
comum do sacro. Mais do que 50% dos cordomas surgem na região
sacrococcígea, e mais do que 30% surgem na base do crânio. O restante é
distribuído pelo restante da coluna. O pico de incidência do cordoma
sacrococcígeo ocorre entre a quinta e a sétima década. A maioria das
séries mostram predominância masculina de 3:1, especialmente para
tumores sacrococcígeos.
10) No tumor de células gigantes, áreas de cisto ósseo aneurismático secundário
podem ser vistas na ressonância magnética em aproximadamente
a) 5% dos casos.
b) 20% dos casos.
c) 50% dos casos.
d) 80% dos casos.
Canale ST, Beaty JH. Campbell’s Operative Orthopaedics. Philadelphia:
Saunders. Cap 21.
R=B
A ressonância magnética é útil para determinar a extensão do tumor de
células gigantes no osso e nos tecidos moles. Na ressonância magnética,
a lesão geralmente é hipointensa nas sequências ponderadas em T1 e
hiperintensa nas sequências ponderadas em T2. A RM também pode
revelar níveis de fluido-sangue característicos do cisto ósseo
aneurismático secundário, que ocorre em 20% dos pacientes com TCG.
11) Os ossos mais comumente fraturados em crianças vítimas de abuso infantil são
a) o fêmur, a tíbia e o úmero.
b) o úmero, a pelve e os do antebraço.
c) a coluna, a tíbia e o fêmur.
d) os metatarsos, os metacarpos e o fêmur.
Canale S. T. Campbell's operative orthopaedics. St. Louis: Mosby. 11th
ed., p. 1537.
R=A
As fraturas por abuso infantil geralmente são vistas em crianças entre 0 e
2 anos. Acometem principalmente ossos longos e normalmente
observam-se múltiplas fraturas em diferentes estágios de consolidação.
12) O valor normal do ângulo de BAUMANN, utilizado para avaliação da redução
da fratura supracondileana do úmero em crianças, é de
a) 63o (variação de 56 a 72 o).
b) 72o (variação de 64 a 81o).
c) 90o (variação de 83 a 97 o).
d) 108o (variação de 100 a 117o).
Canale S. T. Campbell's operative orthopaedics. St. Louis: Mosby. 11th
ed., p. 1583.
R=B
O ângulo de Baumann é o método mais citado na literatura para
avaliação da redução desta fratura. 5o de alteração deste ângulo, em
relação ao normal, resultam em uma alteração de 2o no ângulo de
carregamento do cotovelo. Alguns autores sugerem que para melhor
avaliação da redução pós-fratura, o ângulo do membro contralateral deve
ser comparado.
13) A fratura proximal do fêmur mais frequente em crianças é a
a) transepifisária.
b) basocervical.
c) transcervical.
d) intertrocantérica.
Canale S. T. Campbell's operative orthopaedics. St. Louis: Mosby. 11th
ed., p. 1616.
R=C
A fratura transcervical (tipo II de DELBET E COLONNA) é a que
ocorre com maior frequência e tem alto índice de necrose associada
(cerca de 50%), principalmente nas fraturas com maior desvio.
14) Após uma fratura proximal do fêmur em criança, a osteonecrose que acomete
parcialmente a cabeça femoral é classificada por RATLIFF como do tipo
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
Canale S. T. Campbell's Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby. 11th
ed., p. 1619.
R=B
A principal complicação após a fratura proximal do fêmur em crianças é
a osteonecrose. A classificação de Ratliff é dividida em 3 tipos: tipo I –
toda a cabeça femoral envolvida; tipo II – envolvimento parcial da
cabeça femoral; tipo III – área de necrose da linha de fratura até a fise.
15) Na fratura da placa fisária distal da tíbia do tipo II de SALTER-HARRIS, o
mecanismo de trauma mais provável é
a) adução.
b) supinação, rotação interna e flexão dorsal.
c) compressão axial.
d) abdução, rotação externa e flexão plantar.
Canale S. T. Campbell's Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby. 11th
ed., p. 1684.
R=D
Carothers e Crenshaw descreveram uma classificação da fratura da placa
fisária distal da tíbia, baseada no mecanismo de trauma. Abdução,
rotação externa e flexão plantar produzem fraturas do Tipo I e II (a mais
comum) de SALTER-HARRIS. Adução produz fraturas dos tipos III e
IV. Compressão axial produz fraturas do tipo V.
16) Na fratura do colo do rádio em criança, após manobra de redução fechada, o
tratamento conservador está indicado quando observa-se angulação residual da
cabeça do rádio de até
a) 70o.
b) 50o.
c) 30o.
d) 15o.
Canale S. T. Campbell's Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby. 11th
ed., p. 1559.
R=C
As fraturas do colo do rádio em crianças que apresentam angulação da
cabeça de até 30o mostram bons resultados funcionais, semelhantes ao
tratamento cirúrgico. Fraturas com angulação maior podem ser tratadas
conservadoramente se, após manobra de redução fechada, for conseguida
angulação satisfatória.
17) Na fratura-luxação de MONTEGGIA, o desvio posterior da cabeça do rádio é
classificado por BADO como tipo
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
Canale S. T. Campbell's Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby. 11th
ed., p. 1552.
R=B
A classificação de BADO consiste em 4 tipos: tipo I (mais comum) –
desvio anterior da cabeça do rádio; tipo II – desvio posterior; tipo III –
desvio lateral; tipo IV – além do desvio da cabeça radial, existe fratura
da diáfise do rádio.
18) O ligamento iliofemoral limita os movimentos do quadril de
a) extensão e rotação interna.
b) extensão e rotação externa.
c) flexão e rotação interna.
d) flexão e rotação externa.
Cirurgia preservadora do quadril adulto página 64 Editora Atheneu
R=B
O ligamento iliofemoral é o mais forte dos 3 ligamentos capsulares do
quadril; tem como função limitar os movimentos de extensão e rotação
externa do quadril, prevenindo a translação anterior da cabeça femoral e
mantendo a postura ereta estática, com mínima atividade muscular. O
ligamento isquiofemoral limita a rotação interna e adução com o quadril
em flexão. O ligamento pubofemoral tensiona a cápsula articular nas
extremas amplitudes de movimento. Esses ligamentos vêm dos 3 ossos
pélvicos, se inserem na linha intertrocantérica e resultam no
envolvimento de mais de 95% do colo femoral.
19) O tendão do músculo glúteo mínimo se insere na faceta trocanteriana
a) anterior.
b) póstero-superior.
c) lateral.
d) posterior.
Cirurgia preservadora do quadril adulto página 67 Editora Atheneu.
R=A
Pfirmann e cols. descreveram quatro facetas distintas no trocanter maior:
1. Faceta anterior – inserção do glúteo mínimo, com formato ovalado e
adjacente à borda medial da linha intertrocanteriana, guardando relação
íntima com a cápsula do quadril;
2. Faceta póstero-superior – inserção do tendão do glúteo médio, de
orientação oblíqua no topo do maciço trocantérico;
3. Faceta lateral – inserção lateral do tendão do glúteo médio, com formato
triangular de base invertida;
4. Faceta posterior – em continuidade com as facetas lateral e pósterosuperior, é o local onde se encontra a bursa trocantérica.
20) Na articulação do quadril, a lesão em carpete com flap cartilaginoso extenso da
transição condrolabral (ALAD) foi classificada por MARC PHILIPPON em
a) ALAD 1.
b) ALAD 2.
c) ALAD 3.
d) ALAD 4.
Cirurgia preservadora do quadril adulto pg 341 Editora Atheneu.
R=C
Bryan T Kelly e Marc Philippon classificaram a lesão da transição
condrolabral acetabular (Acetabular Labrum Articular Disruption – ALAD)
em quatro graus:
ALAD 1 – amolecimento da cartilagem;
ALAD 2 – deslocamento precoce da cartilagem (início da lesão em carpete);
ALAD 3 – formação do flap cartilaginoso extenso (lesão em carpete);
ALAD 4 – perda completa da cartilagem.
21) A articulação sacroilíaca pode ser avaliada pelo teste de
a) ELY.
b) OBER.
c) THOMAS.
d) GAENSLEN.
Cirurgia preservadora do quadril adulto pg 135 Editora Atheneu.
R=D
O teste de Gaenslen é realizado com o paciente em decúbito dorsal. O
examinador posiciona o membro a ser examinado rente à borda da maca
e solicita então para que o paciente flexione o quadril contralateral e que
segure o membro com as duas mãos contra o peito. Então, o médico
segura o membro a ser examinado e o deixa descer rente a mesa,
estressando a articulação sacroilíaca ipsilateral, gerando dor caso haja
alguma patologia.
22) Na fratura periprotética femoral, segundo o sistema de VANCOUVER, a lesão
que acomete a região diafisária ou metafisária distal, que não pode ser
estabilizada com haste longa de revisão e que se encontra desviada é classificada
como
a) C1.
b) C2.
c) C3.
d) C4.
John Callaghan: The adult hip volume 2 pg 1213 2a. Ed.
R=C
CLASSIFICAÇÃO DE VANCOUVER PARA FRATURA
PERIPROTÉTICA FEMORAL
A – fratura metafisária femoral que não se estende à diáfise
Ag – trocanter maior
Al – trocanter menor
B – fratura diafisária passível de ser estabilizada com haste femoral longa de
revisão
B1 – prótese fixa
B2 – prótese solta
B3 – estoque ósseo inadequado
C – fratura diafisária distal ou metafisária que não pode ser estabilizada com
haste longa de revisão
C1 – perfuração cortical
C2 – fratura sem desvio
C3 – fratura desviada ou instável
23) Na ossificação heterotópica, segundo a classificação de BROOKER, as lesões
que se estendem da pelve ou do fêmur e são separadas por mais de 1 centímetro
são classificadas como tipo
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
John Callaghan: The adult hip 2a. Ed Vol 2 pg 1110.
R=B
Diversas classificações para ossificação heterotópica já foram descritas.
A mais utilizada é a de Brooker
0 – Sem formação de osso heterotópico
1 – Ilhas isoladas de osso nos tecidos moles
2 – A exostose se estende da pelve ou do fêmur e é separada por mais de
1 centímetro
3 – A exostose é separada por menos de 1 centímetro
4 – Representa a anquilose radiográfica do quadril
Graus 1, 2 e a grande maioria dos pacientes com grau 3 são
assintomáticos ou apresentam algum grau de limitação do arco de
movimento. Grau 4 apresenta sintomas mais intensos.
24) Na epicondilite medial do cotovelo, os tendões mais acometidos são o flexor
a) ulnar do carpo e pronador redondo.
b) radial do carpo e pronador redondo.
c) ulnar do carpo e flexor superficial dos dedos.
d) radial do carpo e flexor superficial dos dedos.
Canale S.T. Campbell’s Operative Orthopaedics. St. Louis:
Mosby/Manole. 10a ed.
R=B
A epicondilite medial é 7 a 10 vezes menos frequente que a lateral e os
tendões mais acometidos são o flexor radial do carpo e o pronador
redondo. Na epicondilite lateral, o tendão mais acometido é o extensor
radial curto do carpo seguido pelo extensor comum dos dedos.
25) A compressão do nervo interósseo posterior pode ocorrer
a) na arcada de FROHSE.
b) pelo ligamento de STRUTHERS.
c) pelo lacertus fibrosus.
d) pela cabeça profunda do pronador redondo.
Canale S.T. Campbell’s Operative Orthopaedics. St. Louis:
Mosby/Manole. 10a ed.
R=A
O nervo interósseo posterior é um ramo motor do nervo radial e pode ser
comprimido por uma arcada do músculo supinador (arcada de FROHSE).
Outros locais de compressão são a borda do tendão extensor radial curto
do carpo, aderência junto à cabeça do rádio, plexo vascular de ramos da
artéria recorrente radial e suas veias e borda distal do supinador.
26) É considerada causa extrínseca de rigidez do cotovelo a
a) contratura capsular.
b) lesão cartilaginosa.
c) incongruência articular.
d) aderência.
Canale S.T. Campbell’s Operative Orthopaedics. St. Louis:
Mosby/Manole. 10a ed.
R=A
As causas extrínsecas de rigidez do cotovelo ocorrem quando não há
patologia intra-articular e estão relacionadas a alterações cutâneas
musculares e capsulares. As causas intrínsecas isoladas, como lesão
cartilaginosa, incongruência articular e aderência, não são frequentes. A
principal causa de rigidez é mista.
27) A fratura do coronoide representada abaixo causa instabilidade rotatória
a)
b)
c)
d)
póstero-medial.
póstero-lateral.
ântero-medial.
ântero-lateral.
Rockwood C.A. et al. Fractures in Adults. Philadelphia: Lippincott. 6a
ed., p. 1037.
R=A
A fratura do processo coronoide representada é classificada por
O’DRISCOLL como tipo III subtipo 1, devido ao acometimento da base.
Nesta localização, pode evoluir com instabilidade rotatória pósteromedial do cotovelo em razão de atingir o tubérculo sublime, que é o local
de inserção do ligamento colateral medial.
28) O não fechamento do neuroporo anterior e posterior levam, respectivamente, a
a) diastematomielia e espinha bífida.
b) anencefalia e espinha bífida.
c) anencefalia e regressão caudal.
d) diplomielia e regressão caudal.
Morrissy RT, Weinstein SL. Lovell and Winter’s Pediatric Orthopaedics.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins.70 th ed., cap.1, p.5.
R=B
A formação do tubo neural não ocorre simultaneamente. As duas
aberturas finais são denominadas neuroporos. A alteração do fechamento
do neuroporo anterior leva à anencefalia e a do posterior à espinha bífida.
29) Dimple e tufo piloso sacral são encontrados na
a) agenesia sacral.
b) medula ancorada.
c) mielomeningocele.
d) espinha bífida oculta.
Morrissy RT, Weinstein SL. Lovell and Winter’s Pediatric Orthopaedics.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. 70 th ed., cap.4, p.90.
R=B
O dimple sacral e o tufo piloso, acima da fenda da nádega, é encontrado
na medula ancorada subjacente ou na lipomeningocele. Tais desordens
podem causar paralisias dos membros inferiores e luxação paralítica do
quadril.
30) Na anemia de FANCONI, são alterações ortopédicas comumente encontradas
a) a agenesia de patela e a duplicação do polegar.
b) o pé torto congênito e o polegar hipoplásico.
c) a ausência do rádio e a ausência do polegar.
d) a D.D.Q e o trifalangismo.
Morrissy RT, Weinstein SL. Lovell and Winter’s Pediatric Orthopaedics.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. 70 th ed., cap.10, p.319.
R=C
Os defeitos ortopédicos são comuns ao nascimento em pacientes com
anemia de Fanconi. Cerca de 50% dos pacientes apresentam alterações
dos membros superiores, onde a mão e o antebraço são os locais mais
acometidos. Hipoplasia ou ausência do rádio e alteração do polegar
concomitante são manifestações não patognomônicas comuns da doença.
31) Na paralisia cerebral, o uso da toxina botulínica A
a) causa denervação química e irreversível na junção neuromuscular.
b) causa bloqueio na liberação sináptica de noradrenalina.
c) posterga procedimento cirúrgico ortopédico.
d) não causa efeito sistêmico.
Morrissy RT, Weinstein SL. Lovell and Winter’s Pediatric Orthopaedics.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. 70 th ed., cap.14, p.498.
R=C
Injeção muscular de toxina botulínica A resulta em quimiodenervação
reversível dose dependente, bloqueando a liberação pré-sináptica de
acetilcolina na junção neuromuscular, podendo ocorrer leve efeito
sistêmico pela alta afinidade aos receptores neuromusculares. A toxina
pode ser usada em crianças com paralisia cerebral e alterações dinâmicas
da marcha para postergar a cirurgia ortopédica.
32) É considerada causa de hipercrescimento do membro a
a) irradiação.
b) doença de BLOUNT.
c) pseudartrose congênita da tíbia.
d) síndrome de KLIPPEL-TRÉNAUNAY.
Herring JA. Tachdjian’s Pediatric Orthopaedics. Philadelphia: Saunders.
4 th ed.,p.1192.
R=D
São causas de hipercrescimento do membro: sobrecrescimento póstraumático (fratura diafisária de fêmur e tíbia), síndrome de sobre
crescimento de partes moles (neurofibromatose, KLIPPELTRÉNAUNAY, PROTEUS, hemi-hipertrofia idiopática) e artrite
inflamatória.
33) O sinal do nariz de tamanduá e o esporão de tração no tálus são encontrados
a) na fratura por stress no médio pé.
b) na osteocondrite do tálus.
c) na coalizão tarsal.
d) no pé cavo varo.
Herring JA. Tachdjian’s Pediatric Orthopaedics. Philadelphia: Saunders.
4 th ed.p.1134.
R=C
Na coalizão tarsal pode aparecer o esporão superior do tálus, que se
acredita ser um esporão de tração causado por movimento anormal no
tornozelo, por diminuição da mobilidade da articulação subtalar, e foi
posto em dúvida se seria um impacto da cabeça do tálus no navicular, já
que esta articulação é normal. O nariz de tamanduá é uma prolongação
anterior do calcâneo, mais bem visto na incidência em perfil do pé.
34) Disgenesia epifisária, epífise irregular e fragmentada, placa fisária irregular e
alargada, placa terminal da coluna convexa e corpo vertebral de L2 cuneiforme e
com bico anterior são características
a) do raquitismo.
b) da hipovitaminose A.
c) da hipofostatasia renal.
d) do hipotireoidismo congênito.
Herring JA. Tachdjian’s Pediatric Orthopaedics. Philadelphia: Saunders.
4 th ed.p.1940.
R=D
O hormônio tireoidiano é muito importante na regulação do crescimento
e maturação óssea, levando à alteração na formação endocondral.
Radiologicamente podemos encontrar epífises com desenvolvimento
atrasado, irregular e fragmentada (como no Perthes), a placa fisária pode
ser alargada e irregular (como no raquitismo), alteração da ossificação
craniana pode ser observada, assim como alterações no corpo vertebral.
35) Na doença de PERTHES, o tratamento cirúrgico de escolha para o quadril em
dobradiça é a osteotomia
a) de SALTER.
b) femoral varizante.
c) femoral valgizante.
d) derrotatória e extensora do fêmur.
Herring JA. Tachdjian’s Pediatric Orthopaedics. Philadelphia: Saunders.
4 th ed.p.819.
R=C
A cabeça achatada leva à restrição da abdução e o quadril em dobradiça.
A osteotomia valgizante é indicada se a cabeça e o acetábulo são
congruentes na adução, mas incongruentes na posição neutra ou na
abdução.
36) Na displasia do desenvolvimento do quadril, NÃO há forte associação com
a) oligodramnia.
b) metatarso aducto.
c) pé torto congênito.
d) torcicolo congênito.
Herring JA. Tachdjian’s Pediatric Orthopaedics. Philadelphia:
Saunders.4 th ed.p.642.
R=C
O torcicolo congênito (15-20%), metatarso aducto (1,5-10%) e a
oligodraminia estão frequentemente associados à DDQ, enquanto que o
PTC não tem correlação significante.
37) Segundo a classificação de DAHL para infecção do trajeto de pino de um
fixador externo, no subtipo 4 deve-se
a) manter a ferida limpa com álcool 70%.
b) realizar curativo diário com antibióticos tópicos.
c) iniciar antibioticoterapia oral.
d) retirar o pino.
Rockwood and Green's Fractures in Adults - 8a edição - pág 300.
R=D
No subtipo 4 ainda não existe osteomielite instalada. Logo, a simples
retirada do pino deve resolver o processo infeccioso. No subtipo 5, por já
haver infecção óssea, a curetagem se torna obrigatória.
38) O alongamento femoral NÃO deve ser feito no eixo
a) mecânico, porque gera deformidade em varo do fêmur.
b) anatômico, porque gera deformidade em varo do fêmur.
c) mecânico, porque desvia o joelho medialmente.
d) anatômico, porque desvia o joelho medialmente.
Campbell's Operarive Orthopaedics - 12a edição - pág 1070
R=D
Os alongamentos ósseos femorais devem sempre ser feitos no seu eixo
mecânico, pois alongar no eixo anatômico implica mudar o eixo
mecânico. Na tíbia não existe esta implicação, pois os eixos anatômico e
mecânico são coincidentes.
39) Na reconstrução do LCP o “killerturn” está associado à técnica
a) inlay.
b) transtibial.
c) transportal.
d) de dupla-banda.
Fraturas em Adultos – Rockwood & Green – Editora Manole - 7 ª
edição – Volume 2 – página 1853.
R=B
O killer turn ocorre pela angulação imposta ao enxerto na saída articular
do túnel tibial na técnica transtibial. A técnica inlay evita o killer turn
pois a fixação tibial é realizada sob visualização direta sem realização do
túnel tibial. A técnica transportal é realizada para reconstrução do LCA e
a dupla banda não tem relação com o killer turn.
40) A causa mais comum para o insucesso da reconstrução do LCA é
a) infecção.
b) reabilitação inadequada.
c) falha na técnica cirúrgica.
d) realização da cirurgia na fase aguda.
Canale S. T. Campbell's Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby.
10th ed., p. 2280.
R=C
Todas as opções são causas de falha na reconstrução do LCA. A mais
comum é a falha na técnica cirúrgica, principalmente, por erro de
posicionamento dos túneis ósseos.
41) O tipo mais comum de lesão meniscal é a
a) radial.
b) oblíqua.
c) horizontal.
d) longitudinal.
Canale S. T. Campbell's Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby. 10th
ed., p. 2187.
R=D
A lesão longitudinal é mais comumente encontrada no corno posterior
dos meniscos, podendo evoluir para a lesão em alça de balde ao se
estender até o corno anterior, deslocando-se para o intercôndilo.
42) No genu varo artrósico, a osteotomia tibial proximal do tipo COVENTRY está
contra-indicada quando há necessidade de correção de ângulo de varismo a
partir de
a) 10o.
b) 15o.
c) 20o.
d) 25o.
Canale S. T. Campbell's Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby. 10th
ed., p. 920.
R=C
Em 1965, Coventry descreveu a osteotomia tibial supratuberositária
valgizante em cunha de fechamento lateral para deformidades em varo.
Assim como na osteotomia em cunha de abertura medial, existe o limite
angular de 20º para correção. Para correções maiores, osteotomias
cupuliformes ou até mesmo duplas osteotomias são mais bem indicadas.
43) Na artroplastia total do joelho, a utilização dos côndilos femorais posteriores
como referência para os cortes anterior e posterior do fêmur no joelho em valgo
pode resultar em
a) infração da cortical anterior.
b) componente femoral em flexo.
c) elevação da interlinha articular.
d) rotação interna do componente femoral.
Canale S. T. Campbell's Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby. 11th
ed., p. 402.
R=D
Na deformidade em valgo é muito comum que haja displasia do côndilo
femoral lateral associada. Nesta situação, ao se apoiar o guia de
referência para cortes femorais na região posterior dos côndilos, o corte
geralmente é feito em rotação interna, o que pode causar desequilíbrio do
espaço de flexão, além de dor ou instabilidade patelofemoral. Portanto,
na displasia condilar lateral, o ideal é utilizar como referência para
rotação (ideal 3o de rotação externa) a linha de Whitesides ou o eixo
transepicondilar.
44) Na artroplastia total do joelho, o preenchimento com cimento pode ser utilizado
como recurso para defeitos ósseos de até
a) 3 mm.
b) 5 mm.
c) 10 mm.
d) 15 mm.
Canale S. T. Campbell's Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby. 10th
ed., p. 273.
R=B
Na artroplastia total do joelho, defeitos com menos de 5 mm são
preenchidos com cimento. Nos defeitos entre 5 e 10 mm deve-se utilizar
enxertos ósseos estruturais obtidos dos próprios cortes já realizados. Para
defeitos maiores do que 10 mm, as cunhas ou blocos metálicos são
indicados.
45) No ombro, a incidência radiográfica que mais bem identifica o rebordo ânteroinferior da glenoide é a
a) de STRYKER.
b) de ROCKWOOD.
c) apical oblíqua de Garth.
d) ântero-posterior com rotação medial do úmero.
Rev Bras Ortop _ Vol. 33, Nº 11 – Novembro, 1998.
R=C
Na avaliação da luxação glenoumeral anterior com instabilidade do tipo
traumática, algumas estruturas ósseas devem ser avaliadas na radiografia
simples, sendo a fratura da rebordo ântero-inferior da glenoide e a lesão
de Hill-Sachs importantes lesões a serem pesquisadas. As incidências de
West Point e apical oblíqua de Garth avaliam a região ântero-inferior da
glenoide mais adequadamente.
46) A incidência de lesões assintomáticas do manguito rotador na população idosa
acima de 70 anos é de aproximadamente
a) 100%.
b) 40%.
c) 15%.
d) 0%.
J Bone Joint Surg Am. 2009 Feb;91(2):289-96.
R=B
Os estudos de imagem demonstram prevalência elevada de lesões
assintomáticas do manguito rotador, principalmente associada ao
aumento da idade, atingido frequência em torno de 40% em pacientes
acima dos 70 anos.
47) A lesão parcial do manguito rotador com profundidade de 5 mm é classificada
por ELLMAN como de grau
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
Clin Orthop Relat Res (2010) 468:1514–1520.
R=B
As lesões de espessura parcial do manguito rotador (ECR) foram
classificadas por Ellman de acordo com a profundidade da lesão. No
grau 1 é inferior a 3 mm; no grau 2, tem entre 3 e 6 mm; no Grau 3 é
maior do que 6 mm de profundidade. Estas são ainda divididas em
articular (E), bursal (B), ou intersticial (I).
48) Na fratura da escápula que necessita tratamento cirúrgico, classificada como tipo
V segundo IDEBERG, o acesso mais adequado é o
a) de NEER.
b) PATE.
c) JUDET.
d) deltopeitoral.
J Orthop Trauma. 2009 Sep;23(8):558-64.
R=C
A abordagem de Judet modificada permite excelente visualização da
fratura da glenoide e da escápula, favorece a redução e preserva a função
do manguito rotador. A fixação ao longo da margem lateral da escápula,
proporciona um excelente posicionamento para a placa, permite a escolha
de comprimentos maiores de parafuso e consequentemente maior
estabilidade da fratura.
49) O mecanismo suspensório do ombro NÃO é formado pelo
a) processo glenoideo.
b) processo coracoide.
c) ligamento coracoumeral.
d) ligamento coracoacromial.
The Shoulder. Rockwood. 3rd Ed. Vol.1, p. 432.
R=C
Os componentes do mecanismo suspensório do ombro são: o acrômio, o
processo coracoide, a extremidade distal da clavícula, a glenoide, os
ligamentos coracoacromial e coracoclaviculares e a articulação
acromioclavicular. Este complexo é responsável pela manutenção da
relação estável entre o esqueleto axial e a extremidade superior.
50) Na luxação acromioclavicular inveterada, a técnica de WEAVER DUNN utiliza
para reconstrução o ligamento
a) trapezoide.
b) coracoumeral.
c) conoide.
d) coracoacromial.
The Shoulder. Rockwood. 3rd. Vol.1, p.575.
R=D
Na luxação acromioclavicular inveterada do ombro, ou seja, mais de 3
semanas de lesão, o reparo primário apresenta resultados elevados de
recidiva. No tratamento cirúrgico são necessárias técnicas de
reconstrução, dentre as quais podemos destacar a de Weaver Dunn, onde
a reconstrução do ligamento coracoclavicular é realizada com parte do
ligamento coracoacromial.
51) A luxação posterior do ombro tem taxa de negligência do diagnóstico de cerca
de
a) 20%.
b) 40%
c) 60%.
d) 90%.
The Shoulder. Rockwood. 3rd Ed, p. 688.
R=C
A luxação posterior do ombro deve ter alto índice de suspeição pelo
ortopedista, pois o diagnóstico inicial na emergência é negligenciado em
até 60% dos casos.
52) Segundo a classificação de MAYFIELD para instabilidade progressiva
perilunar, o estágio I corresponde à lesão do ligamento
a) escafo-semilunar.
b) semiluno-capitato.
c) escafo-capitato.
d) semiluno-piramidal.
ROCKWOOD AND GREEN’S, FRACTURES IN ADULTS, 6ª
EDIÇÃO, Vol 1 PG. 889.
R=A
A classificação de MAYFIELD para instabilidade progressiva perilunar
do carpo é baseada no mecanismo de trauma em sentido horário. Desta
forma, iniciando-se a lesão pela borda radial do punho, a primeira
estrutura ligamentar acometida é o ligamento escafo-semilunar. Na
sequência final da lesão, ocorre lesão do ligamento semiluno-piramidal.
53) A fratura do tubérculo do escafoide, tipo A1 da classificação de HERBERT &
FISHER,
a) corresponde a lesão instável, necessitando sempre de tratamento
cirúrgico.
b) pode produzir união fibrosa incapacitante.
c) corresponde a lesão benigna e representa uma avulsão ligamentar.
d) não necessita de qualquer tipo de tratamento.
ROCKWOOD AND GREEN’S, FRACTURES IN ADULTS, 6
EDIÇÃO, Vol. 1 PG. 872.
R=C
A lesão é considerada benigna pois não necessita de tratamento
cirúrgico, sendo necessária somente imobilização provisória baixa com
polegar livre. Nesta região existe o ligamento escafo-capitato, que
impede o escafoide de apresentar deformidade em flexão.
54) Na fratura-luxação dorsal da IFP com mais de 40% de superfície articular da
falange média acometida, os responsáveis pelas forças deformantes são
a) o tendão flexor profundo e o tendão extensor central.
b) o tendão flexor superficial e o tendão extensor central.
c) as cintas laterais do tendão extensor e o tendão flexor superficial.
d) os tendões flexores profundo e superficial.
ROCKWOOD AND GREEN’S, FRACTURES IN ADULTS, 6
EDIÇÃO, Vol 1, PG.791.
R=B
Uma vez perdida a estabilidade articular pela lesão óssea maciça, o
tendão extensor central traciona a base da falange média em sentido
dorsal e proximal, enquanto que o tendão flexor superficial, inserido ao
longo da diáfise da falange média, promove sua flexão.
55) Na fratura-luxação de BENNETT, as forças deformantes são produzidas
principalmente pelos tendões
a) abdutor longo do polegar e flexor longo do polegar.
b) adutor do polegar e flexor longo do polegar.
c) abdutor longo do polegar e extensor longo do polegar.
d) abdutor longo do polegar e adutor do polegar.
ROCKWOOD AND GREEN’S, FRACTURES IN ADULTS, 6
EDIÇÃO, Vol 1, PG. 839.
R=D
Na fratura-luxação de BENNETT, o músculo adutor do polegar promove
a deformidade em adução do primeiro metacarpiano enquanto o abdutor
longo traciona em sentido proximal.
56) A síndrome escafo-capitato ocorre na
a) fratura-luxação perilunar do carpo.
b) dissociação escafo-semilunar.
c) luxação perilunar do carpo.
d) lesão ligamentar semiluno-piramidal.
ROCKWOOD AND GREEN’S, FRACTURES IN ADULTS, 6
EDIÇÃO, Vol. 1, PG. 900.
R=A
Conhecida também por síndrome de Fenton, é uma variação na
apresentação da fratura-luxação perilunar do carpo. Ocorre quando ao
invés de haver luxação entre o semilunar e o capitato, a força deformante
passa pela base do capitato provocando fratura do colo ou de sua cabeça.
57) Na luxação complexa metacarpofalangeana dos dedos longos, o dedo mais
frequentemente acometido é o
a)
b)
c)
d)
indicador.
médio.
anelar.
mínimo.
ROCKWOOD & GREEN’S, FRACTURES IN ADULTS, 6ª EDIÇÃO,
Vol. 1, PG. 816.
R=A
A articulação metacarpofalangeana apresenta uma maior amplitude
articular na extensão, quando comparada com as articulações
interfalangeanas proximais e distais, pela ausência do checkrein. Isto,
associado à placa volar mais distensível, facilita o trauma em
hiperextensão. Os dedos longos mais externos ficam mais expostos ao
trauma direto. O indicador é o dedo mais frequemente acometido, sendo
seguido pelo dedo mínimo.
58) Na artrite reumatoide, as alterações radiográficas precoces são, EXCETO
a) a periostite.
b) o edema de partes moles.
c) a condrólise.
d) a osteoporose.
Sizínio & Herbert, 4a Edição, Ed. Artmed, p. 730.
R=C
Condrólise e luxações/subluxações são consideradas alterações tardias da
artrite reumatoide.
59) Na artropatia neuropática de CHARCOT, de acordo com a classificação de
BRODSKY, o acometimento do calcâneo ocorre no tipo
a) 1.
b) 2.
c) 3-A.
d) 3-B.
Sizínio & Herbert, 4a Edição, Ed. Artmed, p. 748.
R=D
A classificação de Brodsky para a artropatia neuropática de Charcot é
anatômica e permite o reconhecimento de potenciais problemas e
prognóstico. De acordo com o local de acometimento, é dividida em:
tipo 1 (mediopé); tipo 2 (retropé); tipo 3A (tornozelo) e tipo 3B
(calcâneo).
60) No pé diabético, a dificuldade de difusão dos nutrientes ocorre devido à
a) neuropatia autonômica.
b) microangiopatia.
c) macroangiotapia.
d) neuropatia.
Sizínio & Herbert, 4a Edição, Ed. Artmed, p. 748.
R=B
A microangiopatia é uma vasculopatia que aparece por espessamento da
íntima dos capilares e das arteríolas do pé, promovendo dificuldade de
difusão. A macroangiopatia é a doença oclusiva arterial que acomete
vasos maiores.
61) No pé cavo neurológico, a dificuldade de extensão do tornozelo na síndrome de
CHARCOT–MARIE-TOOTH ocorre devido à fraqueza do músculo
a) fibular curto.
b) tibial anterior.
c) tibial posterior.
d) fibular longo.
Sizínio & Herbert, 4a Edição, Ed. Artmed, p. 696.
R=B
Existe grande número de pacientes com pé cavo de origem neurológica.
Charcot–Marie-Tooth é uma doença com herança genética, progressiva,
que gera limitações ao paciente. A característica comum é a perda da
função dos músculos por acometimento neurológico. Acomete o tibial
anterior e o fibular curto, com frequência.
62) Na biomecânica da marcha, a articulação subtalar atinge o máximo de sua
inversão na fase de
a) ciclo do passo.
b) desprendimento.
c) apoio monopodálico.
d) choque inicial.
Sizínio & Herbert, 4a Edição, Ed. Artmed, p. 709.
R=B
Na fase de duplo apoio inicial ocorre choque do calcâneo e rápida
descarga de peso cobre o calcâneo que tocou o solo. Na fase de apoio
simples (monopodálico) o corpo se desloca para anterior, o tornozelo
inicia extensão e a subtalar inicia movimento de variação. Na fase de
duplo apoio final (desprendimento), a articulação subtalar chega ao
máximo de variação e rigidez, calcanhar se eleva do solo.
63) A fasciíte plantar é mais frequente em
a) homens jovens.
b) homens idosos.
c) mulheres no climatério.
d) mulheres na menopausa.
Sizínio & Herbert, 4a Edição, Ed. Artmed, p. 641.
R=C
A talalgia é frequente no consultório e a fasciíte plantar é uma doença do
dia-a-dia. Acometimento é maior em mulheres (60%), próximo do
climatério e com aumento do peso. Nos homens, incide em população
adulta mais jovem que pratica esportes.
64) No hálux rígido, são posições preconizadas para artrodese metatarso-falângica,
EXCETO
a)
b)
c)
d)
15º de valgo.
30º de flexão dorsal.
10º rotação interna.
0º rotação externa.
Sizínio & Herbert, 4a Edição, Ed. Artmed, p. 690.
R=C
A posição ideal da artrodese articulação metatarso-falângica do hálux é:
15 a 20º de valgo; 20 a 30º de flexão dorsal e rotação neutra.
65) Na lesão crônica do tendão de Aquiles, é indicação de reforço tendinoso quando
o comprometimento da área transversa for a partir de
a) 5%.
b) 10%.
c) 30%.
d) 50%.
Sizínio & Herbert, 4a Edição, Ed. Artmed, p. 660.
R=D
Nas lesões do tendão de Aquiles que serão submetidas à cirurgia, quando
a área acometida for maior que 50% é preconizada a realização de
reforço tendinoso para evitar re-rupturas. Os mais utilizados são o tendão
do fibular curto e o do flexor longo do hálux. Também há autores que
indicam a utilização dos tendões flexores do joelho.
66) Na vascularização da cabeça femoral, o grupo retinacular mais importante é o
a) medial.
b) lateral.
c) anterior.
d) posterior.
Rockwood CA, Green DP, Bucholz RW. Rockwood and Green’s
Fractures in adults, pagina 2042. Philadelphia: Lippincott.2015.
R=B
Existem 3 fontes de nutrição para a cabeça femoral: vasos capsulares,
intramedulares e pelo ligamento redondo, sendo o primeiro o mais
importante nos adultos. As artérias circunflexas medial e lateral formam
um anel extracapsular, dando origem a vasos capsulares cervicais
ascendentes, que quando penetram na cápsula formam o retináculo de
Weitbrecht. A partir daí são chamados de artérias retinaculares, que
formam os quatro grupos referidos na questão. A principal artéria
contribuinte é a circunflexa medial. O anel subsinovial formado pela
anastomose entre os vasos terminais chama-se Anel de Chung.
67) Na fratura AO 33, é considerada CONTRA-INDICAÇÃO para haste
retrógrada o tipo
a) C2.
b) C1.
c) B2.
d) A3.
Rockwood CA, Green DP, Bucholz RW. Rockwood and Green’s
Fractures in adults, página 2257. Philadelphia: Lippincott.2015.
R=C
Nas fraturas da extremidade distal do fêmur, são contra-indicações para
uso de haste intra-medular retrógada as fraturas articulares complexas e
condilares isoladas, bem como joelho rígido com flexão menor que 20o,
fratura ao nível do pequeno trocanter e presença de infecção ao nível do
joelho.
68) Na fratura do platô tibial, HONKONEN preconiza tratamento conservador para
aquelas com
a) alargamento lateral de até 5 mm.
b) degrau articular lateral de até 4 mm.
c) desvio varo/valgo lateral maior que 10o.
d) fragmento medial com desvio de até 2 mm.
Rockwood CA, Green DP, Bucholz RW. Rockwood and Green’s
Fractures in adults, página 2325. Philadelphia: Lippincott.2015.
R=A
Honkonen em sua publicação lista como bem tolerados os desvios do
platô lateral com até 5mm de alargamento e até 3mm de degrau articular.
Considera também que devem ser evitados casos com desvios ou
inclinações mediais.
69) Na fratura do platô lateral, é mais bem indicada na enxertia para preenchimento
do defeito ósseo a utilização de
a) hidroxiapatita.
b) sulfato de cálcio.
c) osso esponjoso autólogo.
d) cimento de fosfato de cálcio.
Rockwood CA, Green DP, Bucholz RW. Rockwood and Green’s
Fractures in adults, página 2332. Philadelphia: Lippincott.2015.
R=D
Em modelos de fraturas com cisalhamento e depressão, o uso de
cimento de fosfato de cálcio para preenchimento do defeito ósseo
mostrou maior rigidez, menos sintomas e menor quantidade de perda de
redução no seguimento do pós-operatório.
70) Nas fraturas AO 43, é considerado limite para uso do fixador externo poupador
da articulação tíbiotalar, a presença de maciço ósseo distal de
a) 0,5 cm.
b) 2 cm.
c) 5 cm.
d) 7 cm.
Rockwood CA, Green DP, Bucholz RW. Rockwood and Green’s
Fractures in adults, página 2487. Philadelphia: Lippincott.2015.
R=B
Isto se dá porque a estabilidade da metáfise distal é dependente da
fixação da epífise, além do risco de se invadir a articulação com pinos e
possível desenvolvimento de artrite séptica.
71) Na fratura do tálus HAWKINS tipo III, o corpo do tálus é deslocado
a) ântero-medialmente e transladado pelo ligamento bifurcado.
b) póstero-lateralmente e transladado pelo ligamento deltoide.
c) ântero-lateralmente e rodado pelo ligamento bifurcado.
d) póstero-medialmente e rodado pelo ligamento deltoide.
Rockwood CA, Green DP, Bucholz RW. Rockwood and Green’s
Fractures in adults, página 2596. Philadelphia: Lippincott.2015.
R=D
A lesão de partes moles faz parte do conjunto da fratura do tálus de alta
energia. O corpo do tálus, no tipo III da classificação de HAWKINS,
pode estar extruso póstero-medialmente e rodado pelo ligamento
deltoide. Em casos mais complexos por fratura aberta, o tálus pode estar
destacado de partes moles bem como se perder na cena do trauma.
72) São fatores estabilizadores da articulação tarso-metatarsiana, EXCETO o
a) ligamento entre cuneiforme medial e o segundo metatarso.
b) ligamento entre primeiro e segundo metatarsos.
c) arco transverso do tarso.
d) tendão fibular longo.
Rockwood CA, Green DP, Bucholz RW. Rockwood and Green’s
Fractures in adults, página 2714. Philadelphia: Lippincott.2015.
R=B
Os cuneiformes são parte do arco tranverso, simulam arco romano e são
nicho para estruturas musculotendinosas e neurovasculares. O arco
longitudinal é dorso-convexo, indo da cabeça dos metatarsos ao
calcâneo, e é estabilizado pela aponeurose plantar, ligamento plantar
longo e o tendão fibular longo. O ligamento de Lisfranc vai da cunha
medial ao 2º metatarsal. Não existe ligamento intermetatarsal entre o 1º e
o 2º metatarsal.
73) A fratura de JONES, segundo a classificação de DAMERON, ocorre na zona
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
Rockwood CA, Green DP, Bucholz RW. Rockwood and Green’s
Fractures in adults, página 2739. Philadelphia: Lippincott. 2015.
R=B
Dameron descreveu a capacidade de consolidação das fraturas da base do
5o metatarso e correlacionou com a inserção do tendão fibular curto.
Zona I: avulsão tuberositária. Zona II: junção metafiso-diafisária. Zona
III: fratura por estresse diafisária proximal.
74) Na fratura da glenoide do tipo Ia de GOSS, com fragmento maior do que ¼ da
glenoide e não cominuto, o tratamento mais bem indicado é
a) tipoia por 6 semanas.
b) fixação artroscópica com âncoras.
c) osteossíntese com parafuso de compressão.
d) transferência do coracoide para a região ântero-inferior da glenoide.
Ring D, Jupiter JB. Injuries to Shoulder Girdle. In: Browner BD, Jupiter
JB, Levine AM, Trafton PG, Krettek C, editors. Skeletal Trauma: Basic
Science, Management, and Reconstruction. 4Th Edition. Philadelphia,
PA. SaundersElsevier. 2009.
R=C
A fratura da glenoide classificada por Goss como tipo I afeta a
estabilidade – sendo que Ia são as anteriores, ou seja, o Bankart ósseo.
Quando o fragmento é pequeno, menor que ¼ da glenoide, pode ser
fixado por âncoras, de forma artroscópica, como a lesão de Bankart.
Quando o fragmento é maior que ¼ da glenoide, as âncoras não são
capazes de dar sustentação mecânica, por isso o melhor é a fixação com
2 parafusos de compressão.
75) Na fratura distal do rádio, LA FONTAINE descreve como critério de
instabilidade
a) fratura isolada do rádio.
b) fratura simples transversa.
c) desvio inicial maior que 20o.
d) fratura com extensão articular para a radiulnar distal.
Cohen MS, Jupiter JB. Fractures of distal Radius. In: Browner BD,
Jupiter JB, Levine AM, Trafton PG, Krettek C, editors. Skeletal Trauma:
Basic Science, Management, and Reconstruction. 4Th Edition.
Philadelphia, PA. SaundersElsevier. 2009.
R=C
Os critérios de La Fontaine para instabilidade da fratura distal do rádio
são: angulação inicial maior que 20o; cominuição metafisária dorsal;
fratura intra-articular rádio-carpal; fratura da ulna associada e idade
maior que 60 anos.
76) Na tríade terrível do cotovelo, quando houver fratura multifragmentar da cabeça
do rádio, o tratamento deve ser a redução da luxação do cotovelo e
a) a excisão da cabeça do rádio.
b) osteossíntese da cabeça do rádio sem necessidade de reparo ligamentar.
c) artroplastia da cabeça do rádio sem necessidade de reparo ligamentar.
d) artroplastia da cabeça do rádio com reparo ligamentar medial e lateral.
McKee MD, Jupiter JB. Trauma to Adult Elbow and fractures of distal
humerus. In: Browner BD, Jupiter JB, Levine AM, Trafton PG, Krettek
C, editors. Skeletal Trauma: Basic Science, Management, and
Reconstruction. 4Th Edition. Philadelphia, PA. SaundersElsevier. 2009.
P1522-4.
R=D
As lesões da tríade terrível do cotovelo são: fratura da cabeça do rádio,
luxação do cotovelo e lesão do ligamento colateral medial ou fratura do
coronoide tipo 2 ou 3 de Morrey-Regan. Cada elemento da tríade deve
ser tratado, fazendo-se quando possível a síntese da cabeça do rádio ou a
artroplastia, se presentes 3 ou mais fragmentos. Lesões ligamentares
devem ser reparadas e, no caso do ligamento colateral medial, faz-se o
reparo ou a reinserção do processo coronoide, se houver fratura deste.
77) Na fratura articular desviada do terço distal do úmero no adulto envolvendo o
plano coronal, a fixação cirúrgica deve ser feita com
a) placas bloqueadas ortogonais.
b) parafusos do tipo HERBERT.
c) placas de reconstrução ortogonais.
d) parafusos esponjosos de rosca parcial 4.0.
McKee MD, Jupiter JB. Trauma to Adult Elbow and fractures of distal
humerus. In: Browner BD, Jupiter JB, Levine AM, Trafton PG, Krettek
C, editors. Skeletal Trauma: Basic Science, Management, and
Reconstruction. 4Th Edition. Philadelphia, PA. Saunders Elsevier. 2009.
R=B
Em caso de fratura no plano coronal pode se lançar mão de parafusos de
cabeça rosqueada tipo Herbert para fixação de pequenos fragmentos do
capitelo e/ou da tróclea.
78) Na luxação acromioclavicular, de acordo com a classificação de ROCKWOOD,
o tratamento cirúrgico tem indicação absoluta no tipo
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
Ring D, Jupiter JB. Injuries to Shoulder Girdle. In: Browner BD, Jupiter
JB, Levine AM, Trafton PG, Krettek C, editors. Skeletal Trauma: Basic
Science, Management, and Reconstruction. 4Th Edition. Philadelphia,
PA. SaundersElsevier. 2009.
R=D
A luxação acromioclavicular ocorre por trauma direto sobre a clavícula
ou por trauma indireto lateral do ombro. As lesões podem ser
classificadas por Rockwood de acordo com o grau de desvio (pela
distância córaco-clavicular) e pelas lesões ligamentares presentes:
tipo I – entorse dos ligamentos acromioclaviculares;
tipoII – lesão dos ligamentos acromioclaviculares, porém com os
ligamentos córaco-claviculares (conoide e trapezoide) íntegros;
tipo III– lesão dos ligamentos acromioclaviculares, e entorse dos
ligamentos córaco-claviculares (conoide e trapezoide), porém com
aumento de até 100% da distância córaco-clavicular;
tipo IV– lesão dos ligamentos acromioclaviculares e dos ligamentos
córaco-claviculares, com luxação posterior da clavícula, fazendo uma
lesão em botoeira no trapézio;
tipoV– lesão dos ligamentos acromioclaviculares e dos ligamentos
córaco-claviculares (conoide e trapezoide), com aumento de 150% até
300% da distância córaco-clavicular, ocorrendo grande desvio, pois há
desenluvamento da porção distal da clavícula, com lesão das inserções
musculares do deltoide, peitoral maior e trapézio;
tipoVI– luxação inferior, extremamente rara.
As luxações dos tipos 4, 5 e 6 devem ser tratadas cirurgicamente, com
reforço ou reparo dos ligamentos acromioclaviculares e córacoclaviculares. No caso de artrose acromioclavicular, a lesão pode ser
tratada com simples excisão distal da clavícula (aberta ou artroscópica) e,
se estiver instável, deve-se associar procedimento de estabilização
córaco-clavicular.
79) Na fratura da grande tuberosidade do úmero, há indicação cirúrgica quando o
desvio e a angulação estão com valores, respectivamente, a partir de
a) 10 mm e 40º.
b) 5 mm e 40º.
c) 10 mm e 45º.
d) 5 mm e 45º.
Green A, Norris TR. Proximal Humerus Fractures and Fracturesdislocations. In: Green, Swiontkowski editors. Skeletal Trauma in
Children. 4Th Edition. Philadelphia, PA. Saunders Elsevier. 2009.
R=D
Nas fraturas da grande tuberosidade do úmero, diferentemente dos outros
fragmentos de Codman (grande tuberosidade, pequena tuberosidade, colo
cirúrgico e colo anatômico), quando se define uma parte de Neer, o
desvio tolerado é menor, sendo de 5 mm de desvio e/ou 45º de
angulação.
80) Na fratura diafisária do úmero no adulto, são indicações cirúrgicas
a) extensão articular, bilateralidade e fratura do antebraço ipsilateral.
b) bilateralidade, fratura do antebraço ipsilateral e paralisia do nervo radial.
c) fratura do antebraço ipsilateral, paralisia do nervo radial e extensão
articular.
d) paralisia do nervo radial, extensão articular e bilateralidade.
Schemitsch EH, Bhandari M, Talbot M. Fractures of the Humeral Shaft.
In: Green, Swiontkowski editors. Skeletal Trauma in Children. 4Th
Edition. Philadelphia, PA. Saunders Elsevier. 2009.
R=A
São indicações de tratamento cirúrgico: fratura exposta, fratura associada
à lesão vascular que necessite de reparo, paralisia do nervo radial após
manipulação (redução) da fratura, fraturas segmentares, fratura do
antebraço ipsilateral, fraturas bilaterais do úmero, politraumatismo,
algumas fraturas patológicas e fraturas periprotéticas. As fraturas
associadas à lesão do nervo radial (11% de prevalência), no momento do
trauma inicial, sem que tenha havido manipulação do mesmo, em geral
são neuropraxias e não necessitam abordagem do nervo de imediato.
Caso haja alguma razão para abordagem do nervo, a fratura deve ser
submetida à osteossíntese.
81) No tratamento cirúrgico da fratura diafisária do terço médio do antebraço, o
acesso de HENRY é feito entre os músculos
a) braquiorradial e flexor radial do carpo.
b) flexor radial do carpo e flexor superficial dos dedos.
c) flexor superficial dos dedos e flexor profundo dos dedos.
d) flexor profundo dos dedos e flexor ulnar do carpo.
Jupiter JB, Kellan JF. Diaphyseal fractures of the forearm. In: Browner
BD, Jupiter JB, Levine AM, Trafton PG, Krettek C, editors. Skeletal
Trauma: Basic Science, Management, and Reconstruction. 4Th Edition.
Philadelphia, PA. Saunders Elsevier. 2009.
R=A
O acesso cirúrgico de Henry – volar, é feito entre o braquiorradial e o
flexor radial do carpo. No plano profundo, dependendo da localização da
fratura, pode ser dissecado o supinador no terço proximal, o pronador
redondo e o flexor superficial dos dedos no terço médio e o pronador
quadrado no terço distal. O acesso de Henry dá cobertura muscular à
placa, promove uma fasciotomia volar, dá acesso seguro a todo o rádio,
sendo que na diáfise, pela superfície ser plana, facilita a redução e a
acomodação da placa.
82) A inervação do disco intervertebral é realizada pelo
a) nervo sinu-vertebral.
b) ramo medial do ramo dorsal.
c) ramo dorsal do gânglio vertebral.
d) ramo intermédio do gânglio dorsal.
Campbell 11a edição pag1899.
R=A
O disco vertebral, o corpo vertebral e o ligamento longitudinal posterior
são inervados pelo nervo sinu-vertebral, pequeno filamento que origina
do ramo ventral do gânglio dorsal.
83) A fraqueza do músculo tríceps ocorre no acometimento da raíz
a) C5.
b) C6.
c) C7.
d) C8.
Campbell 11a edição pág 1920.
R=C
O músculo chave da raíz de C7 é o tríceps.
84) Na espondilodiscite, a alteração radiográfica só aparece com
a) 1 semana a 2 meses de evolução.
b) 2 semanas a 3 meses de evolução.
c) 4 semanas a 4 meses de evolução.
d) 6 semanas a 4 meses de evolução.
R=B
Achados na radiografia simples, tais como diminuição do espaço discal,
irregularidade das placas e defeito subcondral, só são visualizados entre a
segunda semana e o 3o mês de evolução.
85) Na estenose do canal vertebral, a zona de LEE que corresponde à região
foraminal é a
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
Campbell 11a edição pág 1995.
R=B
A estenose lombar é dividida anatomicamente em central e lateral.
A zona lateral da estenose lombar foi dividida em 3 zonas por Lee.
1 - zona de entrada – corresponde ao recesso.
2 - zona média – foraminal.
3 - zona de saída – extraforaminal.
86) Na constituição da lordose lombar fisiológica, os segmentos discais L4-L5 e
L5-S1 contribuem com percentual de aproximadamente
a) 30%.
b) 40%.
c) 50%.
d) 60%.
Campbell 11a edição pág 2019.
R=D
Os discos vertebrais contribuem com 67 % da lordose lombar. Este
conceito é importante porque, na correção da escoliose no adulto, o
equilíbrio sagital deve ser estabelecido, com a linha do eixo vertical
sagital que corta o meio do corpo de C7, devendo passar menos de 5 cm
de distância do corno posterior do sacro.
87) O método de REDLUND-JOHNELL, utilizado para invaginação basilar, utiliza
como parâmetro a linha de
a) McRAE.
b) RANAWAT.
c) McGREGOR.
d) CHAMBERLEIN.
Campbell 11a edição pág 2027.
R=C
O método de Redlund-Johnell é considerado o melhor para medição de
invaginação basilar, utiliza como parâmetros a linha de McGregor, que é
a linha que liga o palato duro à borda externa do occipto, na radiografia
da coluna cervical em perfil neutro, e o ponto médio da borda inferior do
corpo de C2. O valor normal desta distância em homens é 34mm ou mais
e 29 mm ou mais em mulheres.
88) No tratamento da fratura do tipo explosão na coluna lombar, a redução indireta
da retropulsão do fragmento ósseo do muro posterior no canal vertebral, através
da técnica de ligamentotaxia, é eficiente até
a) 2 a 4 dias de fratura.
b) 10 a 14 dias de fratura.
c) 3 semanas de fratura.
d) 3 meses de fratura.
CAMPBELL 11a edição , pág 1611.
R=B
Fratura por explosão dos tipos A3 e A4 caracterizam-se por retropulsão
do fragmento do muro posterior para o canal vertebral. Neste fragmento,
está inserido o ligamento longitudinal posterior. Ao realizarmos a
instrumentação e a distração posterior, este fragmento pode ser reduzido,
diminuindo a compressão do canal, porém isto só funciona até 14 dias da
fratura. O sinal da cortical reversa na tomografia é contra-indicação a
esta técnica, pois é um sinal indireto de lesão do ligamento longitudinal
posterior, essencial para a ligamentotaxia.
89) A luxação cervical unilateral encontrada no mecanismo de flexão-distração,
segundo ALLEN-FERGUSSON, corresponde ao estágio
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
Campbell 11a edição página 1596.
R=B
A classificação de Allen-Ferguson é baseada no mecanismo da lesão,
sendo subdividida em: flexão-compressão (5 estágios), compressão
vertical (3 estágios), extensão-compressão (5 estágios), extensãodistração (2 estágios ), flexão lateral (2 estágios) e flexão –distração, este
como solicitado é dividido em 4 estágios, sendo:
Estágio 1 - falência do complexo posterior , visto no RX com flexão
Estágio 2 - luxação unilateral –
Estágio 3 - luxação bilateral – corpo ultrapassa mais que 50% da vértebra
adjacente
Estágio 4 - vértebra flutuante
90) As raízes responsáveis pelo reflexo bulbo-carvenoso são
a) S4-S5.
b) S3-S4.
c) S2-S3.
d) S1-S2.
CAMPBELL 11a edição pagina 1570.
R=C
O reflexo bulbo-cavernoso é o primeiro reflexo a retornar após o término
do choque medular. Ele é testado ao ser tracionada a sonda vesical ou a
glande, seguida pela contração involuntária do ânus. O choque medular
normalmente tem duração de 24 a 48 horas.
91) No exame físico do joelho, o sinal de PISANI corresponde
a) à dor posterior ao caminhar agachado.
b) à hiperlateralização da patela no estresse inferolateral.
c) ao desaparecimento do cisto meniscal na flexão do joelho.
d) ao contato entre a patela e o fêmur na digito pressão em joelho
edemaciado.
Canale S.T. Campbell´s operative orthopaedics. St. Louis: Mosby/
Manole. 12ª ed., pag. 2080.
R=C
O cisto meniscal, caracteristicamente, é mais proeminente quando o
joelho está em extensão e menos proeminente em flexão. Cistos
pequenos podem desaparecer com o joelho fletido, configurando então o
sinal de Pisani.
92) Na ATJ, a incompetência ou liberação das estruturas anteromediais (ligamento
colateral medial profundo e pata anserina) no joelho aumentam a frouxidão
ligamentar com o joelho em
a) flexão.
b) extensão.
c) rotação interna.
d) rotação externa.
Canale S.T. Campbell´s Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby/
Manole. 12ª ed., pag. 407.
R=A
Na artroplastia total do joelho, independente da técnica utilizada, o
cirurgião tem que saber quais estruturas anatômicas irão afetar os
espaços de flexão e extensão, podendo assim corrigir os diferentes tipos
de assimetrias. Inúmeros estudos biomecânicos tem demonstrado quais
estruturas anatômicas interferem nos espaços de flexão e extensão. Em
geral, a liberação das estruturas posteriores (ligamento posterior oblíquo,
cápsula posterior e semimembranoso), altera mais o espaço de extensão;
a liberação da metade anterior do ligamento colateral medial e pata
anserina modifica mais o GAP de flexão.
93) O ligamento patelofemoral medial, na patela, está inserido
a) no 1/3 distal.
b) no 1/3 médio.
c) no 1/3 proximal.
d) em toda borda medial.
Canale S.T. Campbell´s Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby/
Manole. 11ª ed., pag. 2265.
R=C
O ligamento patelofemoral medial está localizado na segunda camada do
joelho e corresponde a um espessamento do retináculo medial em sua
região mais proximal. Sendo assim, na reconstrução deste ligamento
deve-se fixar o enxerto no 1/3 superior (proximal) da patela.
94) No pé torto congênito, há hipotrofia da artéria
a) fibular.
b) plantar lateral.
c) plantar medial.
d) tibial anterior.
Canale S.T. Campbell´s Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby/
Manole. 11ª.
R=D
Crianças portadoras de pé torto congênito têm, caracteristicamente,
hipotrofia da artéria tibial anterior e da musculatura da panturrilha.
95) Na deficiência focal proximal do fêmur, há uma associação da hipoplasia
femoral com mães portadoras de
a) sífilis.
b) rubéola.
c) diabetes.
d) citomegalovirus.
Canale S.T. Campbell´s Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby/
Manole. 11ª ed., pag. 1128.
R= C
A incidência da deficiência focal proximal do fêmur é de 1/50.000
nascidos vivos, havendo envolvimento de diabetes materno com a
hipoplasia femoral.
96) Na luxação congênita do joelho, o tratamento com suspensório de PAVLIK está
bem indicado quando há
a) hiperextensão somente.
b) hiperextensão e subluxação.
c) subluxação e luxação.
d) luxação somente.
Canale S.T. Campbell´s Operative Orthopaedics. St. Louis: Mosby/
Manole. 11ª ed., pag. 1113.
R=B
No recém-nato com leve a moderada hiperextensão ou subluxação,
métodos de tratamento conservador, como o uso do suspensório de
Pavlik para posicionar o joelho numa posição de flexão mantida, têm
grande chance de sucesso.
97) A radiografia abaixo corresponde a pseudartrose congênita da tíbia classificada
por BOYD como do tipo
a)
b)
c)
d)
I.
II.
III.
IV.
Canale S.T. Campbell´s Ope
Operative
rative Orthopaedics. St. Louis: Mosby/
Manole. 11ª ed., pag. 1113.
R=C
Segundo a classificação de Boyd, o tipo III se caracteriza pela
pseudartrose desenvolver
desenvolver-se
se em um cisto congênito, usualmente próximo
à junção dos terços médio e distal da tíbia.
98) A epifisiólise
pifisiólise proximal do fêmur tem associação com
a) torcicolo congênito e deformidade de SPRENGEL.
b) LEGG-CALVÉ
CALVÉ-PERTHES e pé plano espástico.
c) doença de BLOUNT e pé cavo.
d) escoliose idiopática e hipotireoidismo.
Tachdjian´s.
´s. Pediatric Orthopaedics. 4th Edition, chapter
hapter 18.
R=B
A epifisiólise proximal do fêmur tem sido associada com a doença de
Blount infantil e do adolescente. Também tem sido reportada em
pacientes portadores de doença de LEGG
LEGG-CALVÉ-PERTHES
PERTHES e com pé
plano espástico.
99) Na osteogênese imperfecta, a fisiopatologia da doença está ligada a defeito em
gens que codificam a formação de colágeno do tipo
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
Tachdjian´s.
´s. Pediatric Orthopaedics. 4th Edition, chapter 32.
R=A
A genética molecular e pesquisas qualitativas de colágeno mostraram
que na grande maioria (90%) dos pacientes portadores de osteogênese
imperfecta foi detectado um defeito identificável nos gens codificadores
de colágeno do tipo I.
100)
Na fisiopatologia da artrogripose múltipla congênita (amioplasia), a
medula espinhal está menor que o normal especialmente nos segmentos
a) cervical e torácico.
b) cervical e lombar.
c) torácico e lombar.
d) torácico e sacral.
Tachdjian´s. Pediatric Orthopaedics. 4th Edition, chapter 31.
R=B
A fisipatologia da atrogripose inicia com a falha no movimento fetal,
usualmente causada por falha no desenvolvimento das células do corno
anterior da medula. Consequentemente, a medula espinhal fica menor
que o normal, especialmente nos segmentos cervical e lombar.

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