Toxocara - lamdosig

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Toxocara - lamdosig
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Toxocara
• O nematódeo vive no intestino
delgado do cão (Toxocara
canis) ou do gato (Toxocara
catis e leonina)
• Alimentam-se de produtos prédigeridos (aminoácidos,
vitaminas e oligoelementos)
Toxocara canis
O ciclo de vida pode se fechar de
várias formas (somática e
hepatotraqueal)
Transmissão horizontal (forma
direta): vermes adultos eliminam
ovos que contaminam o solo:
animais (adultos ou filhotes) ou
humanos.
Transmissão vertical → as larvas de
Toxocara podem ser transmitidas de
mãe para filhote por via
transplacentária ou através do leite
durante a amamentação
Hospedeiro paratênico (roedores, répteis e
pássaros )
Toxocaríase- sinais clínicos (animal)
Toxocaríase
A doença nos animais:
L3 eclodem no intestino invadem a mucosa→ através da circulação→
Sistema porta e fazem o ciclo fígado → coração → pulmão →
regressando ao tubo digestivo via brônquios, traquéia e esôfago.
Em um mês o ciclo já está completo e começam a aparecer ovos nas
fezes ( 200.000 ovos/dia). Mais comum em animais até 3 meses.
Ø 6 meses: fígado, pulmões, coração, musculatura esquelética e
paredes do trato digestivo.
A doença se manifesta principalmente sob forma de diarréia, falta de
apetite e apatia; o animal pode ficar com o abdômen distendido
(“barrigudo”) ou ter queda acentuada de peso (ficando bem magro).
Quando a infecção pré-natal é muito grande, cães jovens podem morrer pois a migração
das larvas causa lesões hepáticas e focos pneumômicos.
Em infecções maciças podem ocorrer obstruções no sistema digestivo. Vômitos e
diarréia podem ser observados pela ação irritante dos adultos na mucosa gástrica e
intestinal.
Alguns adultos podem penetrar nos canais biliares ou pancreáticos levando a quadros
agudos e às vezes fatais.
Competição alimentar ocorre devido à sua ação espoliadora de aminoácidos essenciais,
vitaminas e sais minerais levando ao enfraquecimento.
Sinais neurológicos vão desde irritação, até crises convulsivas, e estão associados com
as toxinas parasitárias de vermes vivos ou mortos, irritação das terminações nervosas
intestinais e sensibilização do sistema nervoso central pelas larvas erráticas (Freitas,
1977; Cury & Lima, 2002).
Toxocaríase
A doença no homem:Toxocara canis, Toxocara leonina e Toxocara cati
a) manifestações pulmonares (síndrome de Loeffler - tosse, febre,
infiltrado pulmonar e eosinofilia);
b) toxocaríase oculta - forma pouco diagnosticada, em que podem ser
observadas dor abdominal, hepatomegaia e eosinofilia ocasionallarva migrans visceral.
c) toxocaríase ocular – caracteriza-se por dor e hiperemia oculares,
diminuição da acuidade visual, estrabismo e como lesões oculares
mais encontradas: granuloma retiniano (localizado em pólo
posterior ou em retina periférica), endofalmite,
uveite, ceratite, abscesso vítreo e neurite óptica;
Toxocaríase
Controle:
lavar bem as mãos após manipular terra e animais;
• lavar bem verduras e legumes deixando-os de molho em água com
vinagre ou algumas gotinhas de água sanitária;
• educar as crianças desde a primeira idade, orientando-as a não
brincar em locais suspeitos, não levar mão suja ou objetos sujos à
boca);
• vermifugação periódica de cães e gatos;
• evitar acesso de cães e gatos a parques, tanques de areia e outros
lugares públicos;
• recolhimento de animais vadios.
•
Diagnóstico; parasitológico de fezes : exame direto ou sedimentação
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tratamento
Larva migrans cutânea
• Iniciar aos 14 dias de vida. Poderá ser repetido a intervalos
de três a quatro semanas até os três meses de idade. A
cadela deve ser tratada simultaneamente.
• Nome popular; bicho
geográfico.
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• Agente etiológico:
• Ancylostoma braziliense
e A. caninum( cães,
gatos)→nematoide.
febantel (25 mg/kg PO, dose única),
fenbendazol (50 mg/kg PO,uma vez ao dia, por três dias),
ivermectina (0,2 a 0,4 mg/kg PO ou SC, em dose única),
mebendazol (22 mg/kg PO, uma vez ao dia, por três dias),
milbemicina oxima (0,5 mg/kg PO, em dose única),
pamoato de pirantel (5 mg/kg PO, em dose única),
selamectina (6mg/kg SPOT-ON,em dose única).
Emodepsida (3mg/kg SPOT-ON) >8 sem; >0,5kg
Ancylostoma
Mucosa do intestino delgado
BH: prevalência de 76% de A. canis e de 1,66 % de A. braziliense
Ciclo:
Ovos postos no ID → 24/48h ( interior do ovo) L1 → eclode e evolui
para L3 (infectante). Cães e gatos se infectam pelas vias oral (mais
freqüente), percutânea, transplacentária e lactogênica.
Via oral: L3 penetram na parede intestinal → L4→ retornam à luz
intestinal e atingem a fase adulta.
Ancylostoma
• Penetração percutânea pode provocar irritação local.
• Alterações pulmonares podem ser observadas através
do exame clínico e exames radiológicos, devido a
migrações das larvas.
• Espoliação sangüínea, úlceras na mucosa intestinal são
associadas à fixação das formas adultas pela sua peça
bucal. Um adulto de A. caninum pode sugar até 0,8 ml
de sangue ao dia.
• O quadro é mais severo em cães jovens e caracterizase por diarréia sanguinolenta, anemia, emagrecimento,
anorexia, podem ficar desidratados, deprimidos e menos
ativos.
• Enterite eosinofílica.
Ancylostoma
Via percutânea: L3 → passam pelos capilares subcutâneos
de forma ativa → alcançam os pulmões → muda L4 → por
expectoração e deglutição → chegam ao intestino delgado,
onde se tornam adultas.
A partir dos seis meses de idade (sensibilizados por infecções
anteriores) → L3 que penetram a pele ou mucosa não chegam ao
intestino e ficam em latência na musculatura.
Nas cadelas no periparto, estas larvas, devido à ação provável dos
esteróides sexuais, podem se reativar, mobilizando-se e podendo
atravessar a barreira placentária e a glândula mamária (via
transplacentária e lactogênica).
Ancylostoma
Diagnóstico: exame parasitológico de fezes
O controle:
localizar e eliminar as fontes de infecção através o
tratamento dos animais infectados,
higiene ambiental, manejo dos animais a fim de se
evitarem áreas onde as larvas possam sobreviver
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Tratamento (Ancylostoma)
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febantel (25 mg/kg PO, em dose única),
fenbendazol (50 mg/kg PO, uma vez ao dia, por três dias),
ivermectina (0,2 a 0,4 mg/kg PO ou SC, em dose única),
Mebendazol (22 mg/kg uma vez ao dia, durante três dias),
milbemicina oxima (0,5mg/kg PO, em dose única),
moxidectina (0,2 g/kg SC, em dose única),
moxidectina SPOT-ON ( 7 semanas)
pamoato de pirantel (5 mg/kg PO, em dose úncia)
Emodepsida (3mg/kg SPOT-ON) >8 sem; >0,5kg -Profender
•
O tratamento deve ser realizado a partir da segunda semana de
vida associado ao tratamento da mãe simultaneamente.
Dipylidium caninum
• 200 citações de infecção em humanos→ingestão de
pulgas infectadas→ dor abdominal e prurido anal.
• Ciclo:
• Proglotides grávidas → eliminadas com as fezes ou
saem ativamente pelo ânus.
• Cápsulas ovígeras → eliminadas com as fezes→ovos
liberados→ingeridos por larvas de pulgas ou
piolhos→larvas cisticercóides→ingestão de
pulgas→intestino alcançam maturidade em 2-3
semanas.
• Gatos A.tubaeforme
Dipylidium caninum
Alteração clínica:
em geral a infecção não provoca
danos graves. Nas infecções
intensidade → irritação da
mucosa com enterite. A saída
ativa da proglote pelo ânus pode
causar prurido na região
perianal.
Diagnóstico:
• encontro de cápsulas ovígeras
nas fezes( métodos de
flutuação ou sedimentação).
• Visualização de proglotes
ativas nas fezes ou na região
perianal.
Intestino grosso
Tratamento
• praziquantel (5 mg/kg PO dose única)
• Nitroscanato (50 mg/kg dose única). O controle baseiase na eliminação das pulgas e piolhos.
Trichuris
• Trichuris vulpis – cão
• T. campanula – gato
• T. serrata – gato
O ciclo é direto → milhares de
ovos eliminados diariamente
com as fezes.
• As formas adultas vivem no ceco e cólon dos
cães e gatos.
No meio ambiente, no interior
dos ovos evoluem→ L3
• Possui distribuição cosmopolita. Vivem com a
extremidade anterior fixada à mucosa e
alimentam-se de líquidos tissulares, células
• epiteliais e sangue (Cury & Lima, 2002).
Os ovos são resistentes,
mas necessitam de umidade e
as larvas em seu interior não
resistem à exposição aos raios
solares.
• Os cães se infectam ao
ingerir ovos com L3. As
larvas eclodem dos ovos e
terminam seu
desenvolvimento na
mucosa intestinal.
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Trichuris
Em infecções por número de parasitas →
inflamações do ceco e cólon (dilaceram a
mucosa, levando à necrose, além da ação
espoliadora direta).
Estes fatores →diarréia sanguinolenta, anemia,
desidratação e, às vezes, morte. As lesões
necróticas favorecem a proliferação bacteriana
e também de certos protozoários ciliados como
Balantidium coli
Fígado
• Platynosomum concinnum
• Trematódeo que habita os ductos biliares e a vesícula
biliar de gatos. É encontrado em áreas tropicais e
subtropicais do mundo.
• No Brasil, sua prevalência foi descrita no Rio de Janeiro,
atingindo 37,27%.
Platynosomum concinnum
Alguns animais são assintomáticos. Conforme o grau do
parasitismo podem obstruir o fluxo biliar, seja
mecanicamente ou pelo processo inflamatório gerado pelo
parasitismo na parede do ducto
biliar.
Os sinais clínicos mais evidentes são inapetência, letargia,
anorexia, emagrecimento, vômitos, diarréia, anemia,
hepatomegalia, ascite e icterícia (Ferreira & Almeida,
2003).
O tratamento (Trichuris)
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mebendazol (22 mg/kgPO uma vez ao dia por cinco dias);
fenbendazol (50 mg/kg PO dose única);
milbemicina oxima (0,5 mg/kg PO),
ivermectina (0,2 a 0,4mg/kg PO ou SC).
Moxidectina SPOT-ON ( 7 semanas)
• Em função da localização do parasita adulto ( porção terminal do
tubo digestivo) e pela presença de muco, pode haver interferência
com a ação do antihelmíntico, sendo recomendado duas doses de
antihelmíntico, com intervalos de 21 dias e controle por exames
parasitológicos deve ser realizado oito dias após a vermifugação
(Cury & Lima, 2002).
Platynosomum concinnum
Os ovos alcançam o meio exterior junto às fezes→ caracol
terrestre Subulina octona ingere os ovos e destes eclodem
miracídeos→ dos quais desenvolvem-se esporocistos.
Esporocistos contendo cercárias alcançam o solo e são ingeridos por
isópodos terrestres (besouros e percevejos), onde as cercárias
evoluem para metacercárias.
Estes isópodos são ingeridos por vertebrados inferiores, lagartixas
e sapos e nestes as metacercárias ficam encistadas. Quando o gato
ingere um destes hospedeiros a metacercária se libera e migra para o
fígado, ductos biliares e vesícula biliar, onde evolui para adulto
Platynosomum concinnum
O tratamento indicado é com praziquantel (20 mg/kg PO) uma única
dose .
Em outro protocolo, a mesma droga é indicada, na dose de 10mg/kg
PO, durante três dias.
A terapia deve ser repetida no intervalo de 12 semanas. Outras
drogas não têm resultados consistentes. O controle desta parasitose
passa por evitar o contato dos gatos com as lagartixas, o que é uma
tarefa difícil, em virtude do comportamento natural dos gatos.
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Helmintos do Sistema Renal
Dioctophyme renale
Dioctophyme renale
• Nematódeo que habita os rins
de cães, raposas e outros
carnívoros.
Os parasitas adultos destroem o parênquima renal levando à
insuficiência renal.
• Tem distribuição cosmopolita,
porém com baixa prevalência.
Quando encontrados na cavidade abdominal, podem levar à peritonite
crônica e ao hemoperitônio.
• L3 penetram na parede do
• estômago→a cavidade
peritoneal e penetram nos rins.
O diagnóstico se baseia no encontro de ovos no sedimento urinário.
• Em cães podem ser
encontrados parasitas livres
na cavidade abdominal.
O tratamento indicado é a remoção cirúrgica da forma adulta dos rins
ou da cavidade abdominal.
O controle: evitar que os cães se alimentem de peixe crú.
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