CONT. DE RAMULARIA.EPOCA DE APLIC. EMBRAPA

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CONT. DE RAMULARIA.EPOCA DE APLIC. EMBRAPA
CONTROLE QUÍMICO DA MANCHA DE RAMULARIA (Ramularia areola) DO
ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DA IDADE DA PLANTA E DA SEVERIDADE DA
DOENÇA SAFRA 2003/2004, NA REGIÃO DE CAMPO VERDE – MT.
Luiz Gonzaga Chitarra, Pesquisador Embrapa Algodão, Alameda Aníbal Molina S/N,
Bairro Ponte Velha, CEP: 78115 – 910, Várzea Grande – MT, e-mail:
[email protected]
RESUMO
A mancha de Ramulária, causada pelo fungo Ramularia areola Atk, é considerada
uma das principais doenças do algodoeiro na região do cerrado brasileiro devido a sua
ocorrência com abrangência e intensidade, principalmente em áreas onde se cultiva o
algodão sem utilizar a prática da rotação de culturas. A dispersão do patógeno é bastante
rápida e perdas significativas podem ocorrer se intervenções de controle não forem
adotadas em tempo hábil. O controle químico desponta como uma das táticas de manejo
que reduzem a taxa de progresso da doença no campo. Este trabalho teve como objetivos
avaliar a eficiência de diferentes fungicidas e a influência da época das aplicações destes no
controle da mancha de ramularia. De acordo com os resultados, os tratamentos Brestanid +
Derosal (0,4+ 0,5 l /ha) e Folicur (0,75 l/ha) mostraram ser eficientes e economicamente
viáveis no controle de ramulariose, em três aplicações espaçadas de aproximadamente 15
dias, considerando que a primeira aplicação destes produtos deverá ser feita quando a
severidade da doença estiver próxima da nota 2,0, ou seja, no início dos primeiros sintomas
da mancha de ramularia. Aplicações com a doença em estágio muito avançado, com notas
acima de 2,5 podem não trazer máxima rentabilidade em relação aos produtos aplicados. O
tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha+0,2%) não foi eficiente no controle da ramulariose
nem diferiu significativamente da testemunha em termos de produtividade em nenhuma das
épocas de aplicação.
REVISÃO DE LITERATURA
A mancha de Ramulária, causada pelo fungo Ramularia areola Atk, foi descrita
pela primeira vez em 1890 e desde então tem sido relatada em todas as regiões produtoras
de algodão do mundo. A doença é prevalecente em condições de alta umidade e, na maioria
das vezes, causou poucas perdas econômicas, devido à sua ocorrência apenas no final do
ciclo da cultura. Atualmente é considerada uma das principais doenças do algodoeiro na
região do cerrado brasileiro devido a sua ocorrência com abrangência e intensidade,
principalmente em áreas onde se cultiva o algodão sem utilizar a prática da rotação de
culturas (Paiva et al., 2001).
Os sintomas da doença manifestam-se em ambas as faces da folha, consistindo
inicialmente de lesões geralmente angulosas, de coloração branca, e posteriormente de
coloração amarelada e de aspecto pulverulento, caracterizado pela esporulação do fungo,
sobretudo na face inferior da folha. Posteriormente, manchas arroxeadas são observadas
nestes pontos de esporulação (Araújo, 2000). Em períodos chuvosos, podem ocorrer
manifestações precoces, provocando a queda das folhas e apodrecimento das maçãs do
terço inferior das plantas (Gondim et al., 1999). O desfolhamento extensivo da planta em
infecções severas resulta em perdas qualitativas e quantitativas. Plantas afetadas pela
doença apresentam abertura prematura de cápsulas, podendo ocasionar uma redução na
produtividade em até 35% (Iamamoto et al., 2002).
A dispersão do patógeno é bastante rápida e perdas significativas podem ocorrer se
intervenções de controle não forem adotadas em tempo hábil. O controle químico desponta
como uma das táticas de manejo que reduzem a taxa de progresso da doença no campo.
Entretanto, não existem produtos químicos registrados para o controle da mancha de
ramulária na cultura do algodoeiro, embora existam estudos apontando produtos eficazes no
controle da doença. De acordo com Andrade et al. (1999), Cassetari Neto et al. (2000),
Cassetari Neto & Machado (2000) e Prade et al. (2000), a medida mais utilizada por
produtores de algodão da região Centro Oeste para a redução do inóculo de Ramularia
areola tem sido o uso de fungicidas, e a sua aplicação deverá ser realizada quando ocorrer
até 25% da área foliar infectada no terço inferior das plantas.
Segundo Iamamoto et al. (2001), Fazzari et al. (2002), Iamamoto et al. (2002),
Ragonha et al. (2002a,b) e Souza et al. (2002a,b), os fungicidas a base de benzimidazóis,
estrobilurinas, triazóis e estano-orgânicos apresentaram-se eficientes no controle da mancha
de ramularia sob condições de infecção natural, assim como suas respectivas associações,
proporcionando um incremento em até 51% ou até 134 @/ha de algodão em caroço.
Machado et al. (1999) relatou a eficiência de carbendazim, procloraz, fentin
hidróxido de estanho, tiofanato metílico e propiconazole no controle da mancha de
ramularia acima de 80% em relação à testemunha sem fungicida. Resultados semelhantes
foram obtidos por Cassetari et al. (2001a, b) e Prade et al. (2001), em experimento
utilizando 6 fungicidas em diferentes doses e associados, onde os produtos carbendazim,
trifenil hidróxido de estanho e fluquinconazole apresentaram maior eficiência no controle
da mancha de ramularia.
De acordo com Cia et al. (1999), existe diversidade genética entre linhagens e
cultivares de algodão quanto à resposta diferencial à infecção causada por Ramularia
areola, e a doença pode causar danos em genótipos considerados suscetíveis. Segundo
Freire (1996), o meio mais seguro e econômico de controle desta doença é o uso de
cultivares resistentes.
METODOLOGIA
O ensaio foi instalado na Fazenda Filadélfia, em Campo Verde – MT. Foram
utilizadas sementes de algodão da variedade Delta Opal, suscetível a mancha de ramularia.
O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com 10 tratamentos (9 com fungicidas
e 1 testemunha), com 4 repetições (Tabela 1). Cada parcela foi constituída por 4 linhas de
plantio, medindo 6m de comprimento espaçadas de 0,90m.
Foram realizadas 3 aplicações com fungicidas para cada tratamento (exceto a
testemunha), espaçadas de 15 dias. As aplicações foram iniciadas em 3 épocas diferentes
em relação ao desenvolvimento da doença conforme descrito abaixo:
Þ 1ª Época: Três (03) tratamentos com a 1ª aplicação nas parcelas apresentando incidência
da mancha de ramularia nas plantas entre as notas 1 e 2 conforme escala de notas
apresentado na Tabela 2;
Þ 2ª Época: Três (03) tratamentos com a 1ª aplicação 15 dias após a 1ª Época;
Þ 3ª Época: Três (03) tratamentos com a 1ª aplicação 30 dias após a 1ª Época.
Tabela 1.
Relação dos tratamentos com seus respectivos nomes comerciais, épocas de
aplicação, nomes comuns e dosagens, utilizados no ensaio de controle de
mancha de ramularia em Campo Verde – MT, Safra 2003-2004.
TRATAMENTOS
Nome Comercial
1 - Folicur 200 CE
2 - Priori + Nimbus
3 - Brestanid + Derosal 500 SC
4 - Folicur 200 CE
5 - Priori + Nimbus
6 - Brestanid + Derosal 500 SC
7 - Folicur 200 CE
8 - Priori + Nimbus
9 - Brestanid +Derosal 500 SC
10 - Testemunha
Época de
Nome Comum
aplicação
1ª
tebuconazole
1ª
azoxystrobin + óleo mineral
1ª
fentin hidróxido de estanho +carbendazim
2ª
tebuconazole
2ª
azoxystrobin + óleo mineral
2ª
fentin hidróxido de estanho + carbendazim
3ª
tebuconazole
3ª
azoxystrobin + óleo mineral
3ª
fentin hidróxido de estanho + carbendazim
-
Dose
(l ou Kg p.c. / ha)
0,75
0,2 + 0,2%
0,4 + 0,5
0,75
0,2 + 0,2%
0,4 + 0,5
0,75
0,2 + 0,2%
0,4 + 0,5
-
As avaliações foram realizadas antes da primeira aplicação, aos 15, 30, 45 e 60 dias
após a primeira aplicação. As avaliações foram baseadas em escala de notas observando-se
a incidência e severidade dos sintomas nas plantas, atribuídos por parcela, conforme Tabela
2.
Tabela 2.
Escala de avaliação para o índice de incidência e severidade da mancha de
Ramularia.
Nota
Descrição
1
Planta sem sintomas
2
Planta com até 5% de área foliar infetada, sem incidência no terço médio
3
4
5
Planta com 5 a 25% de área foliar infectada com incidência no terço médio
Planta com 25 a 50% de área foliar infectada e incidência no terço superior
Planta com área foliar infectada acima de 50%, incidência no terço superior e queda
de folhas no terço inferior
As aplicações foram realizadas com equipamento de pulverização costal e pressão
constante (CO2), com volume de calda de 120 l/ha.
A colheita manual foi realizada nas duas linhas centrais de cada parcela,
descartando-se 0,50m de cada extremidade, sendo a produtividade calculada por
tratamento, em @/ha de algodão em caroço.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela 3 apresenta as notas de incidência e severidade da mancha de ramularia nas
diferentes épocas de aplicação de fungicidas. A 1ª aplicação de fungicidas foi realizada aos
76 dias após a emergência, baseada na incidência e severidade da doença nas parcelas
avaliadas, onde foi constatada a nota de 1,5 para todos os tratamentos, ou seja, o início dos
primeiros sintomas da mancha de ramularia. As aplicações de segunda e terceira época
receberam notas, porém, não receberam os tratamentos.
Na aplicação de 2ª época, aos 90 dias após a emergência, verificou-se que a
severidade da mancha de ramularia manteve-se uniforme nas parcelas avaliadas, com nota
de 2,75, não variando entre si. Os tratamentos que receberam aplicação de 1ª época
receberam sua segunda aplicação e os de terceira época não receberam nenhum tratamento.
Na aplicação de 3ª época, aos 107 dias após a emergência, verificou-se uma leve
variação das notas de severidade da doença, entre 3,06 a 3,25. Nestas parcelas observou-se
que 5 a 25% da área foliar das plantas avaliadas estavam infectadas, e as plantas
apresentavam sintomas da doença no terço médio. Estes valores mostram que a doença
encontrava-se num estágio mais avançado em relação ao início das outras aplicações. Os
tratamentos de 1ª época receberam sua última aplicação e os de 2ª época a segunda
aplicação.
Tabela 3: Notas de severidade de mancha de ramularia (Ramularia aerola) antes das
aplicações com fungicidas (variedade Delta Opal), na 1ª época de aplicação (76
dias após a emergência), na 2ª época (90 dias após a emergência), e 3ª época
(107 dias após a emergência) e as respectivas notas após as três aplicações.
Safra 2003/2004 - Campo Verde-MT.
Tratamentos
1- Folicur 200 CE
2- Brestanid + Derosal 500 SC
3- Priori + Nimbus
4- Folicur 200 CE
5-Brestanid + Derosal 500 SC
6- Priori + Nimbus
7- Folicur 200 CE
8- Brestanid + Derosal 500 SC
9- Priori + Nimbus
10-Testemunha
época
1ª
2ª
3ª
-
1ª
1,50
1,50
1,50
1,43
1,43
1,30
1,42
1,42
1,50
1,50
Notas de severidade nas aplicações
2ª
3ª
4ª
5ª
15 após 5ª
3,19
3,94
4,56
2,63
2,94
3,00
3,50
3,81
2,56
2,75
3,44
4,13
4,63
2,69
3,00
4,00
4,25
2,75
3,06
3,44
3,94
4,25
2,75
3,19
3,50
4,25
4,63
2,75
3,13
3,56
2,75
4,56
3,19
3,69
4,25
2,68
4,19
3,06
3,38
3,81
2,75
4,63
3,25
3,63
4,38
2,75
3,31
3,77
4,56
4,81
Após 15 dias da última aplicação realizada nos tratamentos 7, 8 e 9 todos os
tratamentos receberam notas em relação à presença da mancha ramularia, e observou-se
que o tratamento de 1ª aplicação com o fungicida Derosal + Brestanid foi o que obteve
menor valor.
Na tabela 4, observa-se que as parcelas que receberam aplicação na primeira época,
independente do tratamento, obtiveram maior produção média de algodão em caroço,
266,74 @/ha, seguida pela 2ª época de aplicação com uma produtividade de 258,00@/ha.
A diferença média entre a 1ª época de aplicação e a 2ª época foi de 8,74@/ha, e em
relação à 3ª época foi 20,10 @/ha. A 2ª época apresentou maior produtividade em relação à
3ª época de aplicação, com uma diferença média de 11,35@/ha. Observa-se no entanto que
o controle químico da mancha de ramularia no algodoeiro deverá ser feito no aparecimento
dos primeiros sintomas da doença, o que poderá acarretar em incremento da produção ou
em menor perda, independentemente do tratamento utilizado. Isto ocorreu devido às
aplicações iniciadas aos 76 dias após a emergência da cultura, com uma nota de severidade
por volta de 1,5.
Tabela 4: Média da Produtividade (@/ha) em relação à época de aplicação dos
tratamentos, independentemente do tipo de tratamento excluindo a testemunha
e a diferença média entre as épocas de aplicação. Variedade Delta Opal. Safra
2003/2004, Campo Verde – MT.
Època de aplicação
Produção
Diferença entre época de
Produção
1ª época
266,74
|1ª-2ª| = 8,74
2ª época
258,00
|2ª-3ª| = 11,35
3ª época
246,64
|3ª-1ª| = 20,10
Através da tabela 5, observa-se que os tratamentos Folicur e Brestanid + Derosal,
aplicados em primeira época, com 269,65 e 291,56 @/ha, respectivamente, diferiram
significativamente da testemunha. Na 2ª e 3ª época de aplicação, o tratamento Brestanid +
Derosal, com uma produtividade de 287,97 e 262,37(@/ha respectivamente, diferiu
significativamente da testemunha, que obteve uma produtividade de 227,36(@/ha.
O tratamento Priori + Nimbus não diferiu estatisticamente da testemunha em
nenhuma das três épocas de aplicação.
Os tratamentos Folicur e Derosal + Brestanid foram os que apresentaram maior
produtividade para as três épocas de aplicação. O tratamento Derosal + Brestanid teve uma
produtividade superior à testemunha de 28% e 26% na 1ª e 2ª época de aplicação,
respectivamente.
Os tratamentos que apresentaram maior produtividade, independentemente da época
de aplicação, foram Brestanid + Derosal seguido pelo tratamento Folicur.
Tabela 5: Produtividade (@/ha), média de produtividade por época de aplicação, diferença
de produção (%), e média de diferença (%) por época de aplicação em relação a
testemunha dos tratamentos com suas respectivas épocas de 1ª aplicação.
Variedade Delta Opal. Safra 2003/2004, Campo Verde – MT.
Tratamentos
1- Folicur 200 CE
2- Brestanid + Derosal
3- Priori + Nimbus
4- Folicur 200 CE
5- Brestanid + Derosal
6- Priori + Nimbus
7- Folicur 200 CE
8- Brestanid + Derosal
9- Priori + Nimbus
10- Testemunha
Época da 1ª
Aplicação
1ª (76DAE)
2ª (90DAE)
3ª(107 DAE)
-
Prod (@/ha)
269,65 ab
291,56 a
239,01 cde
253,11 c
287,97 ab
232,90 de
246,46 cde
262,37 bc
231,09 de
227,36 de
Média de prod.
Por época
(@/ha)
266,74
258,00
246,64
Diferença
(%)
118,60
128,24
105,12
111,33
126,66
102,44
108,40
115,40
101,64
100,00
Média
Diferença
(%) por
época
117,32
113,47
108,48
Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si, segundo teste de Tukey (5%)
Os dados apresentados na tabela 6 referem à análise de custo/benefício dos
tratamentos com fungicidas aplicados no controle de mancha de ramularia. Os maiores
valores em incremento de renda por hectare foram obtidos nos produtos aplicados na 1ª
época. Para o tratamento Brestanid + Derosal aplicado na 1ª época, o retorno foi de R$
945,69/ha, sendo o maior entre todos os tratamentos testados. O tratamento Priori +
Nimbus obteve o menor incremento de renda entre os três produtos testados, independente
da época de aplicação. Observa-se no entanto que quanto mais precoce for a época de início
das aplicações maior será o incremento da renda.
Tabela 6: Produtividade média (@/ha), receita obtida, custo, receita líquida/ha e
incremento ou perda, em R$/ha, dos tratamentos em relação à testemunha
(variedade Delta Opal), Safra 2003/2004, Campo Verde – MT.
Prod
Receita
Custo
Renda liquida
Incremento
Incremento
Tratamentos
(@/ha)
Médio/época
1- Folicur 200 CE
269,65
5.064,02
297,45
4.766,57
496,75
2- Brestanid + Derosal
291,56
5.475,49
259,98
5.215,51
945,69
490,56
3- Priori + Nimbus
239,01
4.488,60
189,54
4.299,06
29,24
4- Folicur 200 CE
253,11
4.753,40
297,45
4.455,95
186,13
5- Brestanid + Derosal
287,97
5.080,07
259,98
4.820,09
550,27
216,96
6- Priori + Nimbus
232,90
4.373,86
189,54
4184,32
-85,50
7- Folicur 200 CE
246,46
4.628,51
297,45
4.331,06
61,24
8- Brestanid + Derosal
262,37
4.927,30
259,98
4.667,32
397,50
113,08
9- Priori + Nimbus
231,09
4.339,87
189,54
4.150,33
-119,49
10- Testemunha
227,36
4.269,82
0,00
4.269,82
@ de algodão em caroço = R$18,78 (Fonte: CONAB, Junho de 2004);
Aplicação = R$15,00;
US$1,00 = R$3,00 (Cotação média em 19 de Junho de 2004);
Os preços dos produtos foram fornecidos pelas Empresas fabricantes e representam uma média do mercado,
podendo haver variações , dependendo do levantamento.
CONCLUSÕES
·
O controle de ramularia, quando iniciado em níveis próximos à nota 2,0, conforme
escala utilizada nos ensaios, ou seja, “até 5% de severidade sem ocorrência no terço
médio da planta”, com produtos eficientes no seu controle, em três aplicações espaçadas
de aproximadamente 15 dias, propicia otimização de ganhos em produção e
rentabilidade;
·
Sob alta pressão da doença, com aplicações iniciando-se a partir de nota 2,75 o
tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha + 0,2%) em 3 aplicações espaçadas de
aproximadamente 15 dias não foi eficiente no controle de mancha de ramularia;
·
Os produtos Brestanid + Derosal (0,4+ 0,5 l /ha) e Folicur (0,75 l/ha) mostraram ser
eficientes e economicamente viáveis no controle de ramulariose, considerando que a
primeira aplicação destes produtos deverá ser feita quando a severidade da doença
estiver próxima da nota 2,0, ou seja, no início dos primeiros sintomas da mancha de
ramularia;
·
O tratamento Priori + Nimbus (0,2 l/ha+0,2%) não foi eficiente no controle da
ramulariose nem diferiu significativamente da testemunha em termos de produtividade
em nenhuma das épocas de aplicação;
·
Nenhum dos tratamentos utilizados causou fitotoxidez às plantas tratadas.
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SOUZA, B.A.; IAMAMOTO, M.M.; GOES, A.; ANDRADE, A.G.; RAGONHA, E.;
FAZZARI, F.S. Avaliação do efeito de três fungicidas em diferentes doses no controle
da mancha de ramularia do algodoeiro. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v.27,
Suplemento, p.168. 2002b (Abstract).

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