NO RISCO DA CANETA: uma análise da produção de pontas de

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NO RISCO DA CANETA: uma análise da produção de pontas de
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NO RISCO DA CANETA: uma análise da produção de pontas de
aço nos séculos XIX e XX
Alahna Santos da Rosa1
RESUMO
O presente artigo propõe-se a avaliar uma das peças do acervo tridimensional
do Museu Joaquim José Felizardo, sendo esta uma caixa de pontas de aço
para canetas, produzida pela Fábrica Berta em Porto Alegre/RS, no século XX.
Analisa, de forma sucinta, a evolução dos instrumentos de inscrita, o comércio
e produção de pontas de caneta nos séculos XVIII e XIX e a produção do
material que está disponível no Museu. A falta de produção científica sobre a
tipologia de objeto e sobre os instrumentos de escrita em geral, trouxeram
obstáculos, no entanto, foi possível contextualizar o objeto em um cenário mais
amplo para que pudéssemos avaliar sua produção no meio restrito no qual nos
inserimos.
Palavras-chave: Cultura Material. Museu. Caneta-tinteiro. Ponta de aço.
1 INTRODUÇÃO
Selecionado dentre o acervo tridimensional do Museu Joaquim José
Felizardo, o Museu de Porto Alegre, a caixa de pontas de aço para canetatinteiro (penas de aço, conforme a nomenclatura na caixa que acondiciona o
objeto). O item será analisado neste de forma objetiva, dissertando a respeito
da evolução dos instrumentos de escrita, abordando a produção em escala
internacional, a mudança da pena de ave para a ponta de aço e seus usos, e
então na produção de pontas pela Fábrica Berta, em Porto Alegre/RS, no
século XX.
Além de estar baseado em teóricos da cultura material e em fontes que
apresentam o histórico das empresas envolvidas, o artigo também foi
fundamentado nas informações encontradas no sistema de documentação do
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Graduanda em Bacharelado em Museologia. Artigo desenvolvido para obtenção da nota final
da disciplina BIB03240 – Cultura Material e Cultura Visual na Museologia Brasileira – 2016/1.
Docente: Fernanda Albuquerque. Contato: [email protected]
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museu, o DONATO. Outras informações foram obtidas em contatos com a
responsável pelo acervo tridimensional e pelo Museu, Letícia Bauer.
Visa a contextualização do objeto em um espaço e tempo para que seja
possível realizar a análise do seu contexto na evolução dos instrumentos de
escrita. Busca também avaliar o objeto selecionado no Museu de Porto Alegre
conforme sua capacidade de representar cultura e, então, dissertar sobre o
papel do objeto como documento historicamente mais amplo.
2 BREVE HISTÓRICO
Desde os primórdios do mundo o ser humano procura uma forma de
comunicar-se e, consequentemente, deixar registros de sua passagem. Para
isso foram desenvolvidas diferentes formas de escrita e comunicação, assim
como diferentes suportes para essa escrita. São considerados, como exemplos
de suportes de antigamente, os seguintes mecanismos de comunicação: (a)
pinturas rupestres as quais eram realizadas nas paredes das cavernas com
pigmentos de plantas e sangue dos animais; e(b) marcação de tabletes de
argila. No decorrer do desenvolvimento dos meios de comunicação temos
como exemplo os protótipos de canetas.
Por volta do ano 700 d.C a pena foi introduzida no cotidiano da
sociedade letrada. A caneta era feita de pena de aves, e de acordo Bellis
(2016a) as penas mais fortes eram as retiradas da asa esquerda de uma ave
viva, pois essas curvavam-se para fora quando utilizadas por um escritor
destro. Diversos animais ofereciam penas para diferentes utilidades, as de
corvos para uma caligrafia mais delicada, as de ganso, pato e cisne eram as
mais comuns e preferidas dos escritores, já que, conforme explica Brito (2010),
armazenavam mais facilmente a tinta, em consequência de sua cânula larga e
oca. Para que se alcançasse um modelo ideal para uso, as penas eram limpas,
afiadas em bisel (corte oblíquo) e levemente fendidas para que a tinta
escoasse com regularidade.
A pena, além de instrumento de escrita, foi um símbolo da escrita e da
literatura, e essa característica fazia com que os literatos fossem sempre
representados com a pena em mãos, para marcar sua condição.
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Camões, Padre António Vieira, Bocage e tantos outros, aparecem
frequentemente retratados com uma pena na mão. E não só – a pena
tornou-se símbolo de cultura e erudição, mesmo quando essa cultura
não era estritamente literária. Cientistas, políticos, homens de leis,
militares e mesmo burgueses, faziam questão de serem retratados
ostentando esse símbolo. Talvez com isso se pretendesse dar, com
alguma presunção, um ar de intelectualidade. (BRITO, 2010, s.n.)
A simbologia da pena foi retratada em diversos meios e por diferentes
artistas e até hoje segue representando o intelecto, a cultura e a erudição.
Contudo, o instrumento foi perdendo força no fim do século XVIII e foi
rapidamente substituída pelo lápis e a caneta, sobre a qual discorrerei a seguir.
3 AS CANETAS DE PONTA
Após centenas de anos de uso, as penas acabaram sendo gradualmente
substituídas pelos diferentes modelos de canetas. Partia-se do princípio de
reproduzir a característica que a pena tinha de acumular tinta, evitando que o
escritor precisasse retornar ao tinteiro com frequência. Em algumas partes do
mundo havia as reed pens, que assim como a pena, eram feitas de material
orgânico – bambu – convenientemente modificado para realizar a necessidade
do homem. Tal instrumento também seria substituído pelas canetas com
pontas de metal.
Após as reed pens e as penas, começaram a ser desenvolvidas as dip
pens e, em seguida, as fountain pen – as canetas-tinteiro. As tais dip pens são
canetas com ponta de metal, feitas de osso, plástico ou metal, sendo mais
frequentemente confeccionadas em madeira. A dip era apenas uma haste com
uma peça metálica em uma das extremidades, cuja sua finalidade era receber
a ponta para a escrita. Vale ressaltar que o nome dip pen vem do ato de
dipping, do inglês mergulhar – a caneta na tinta –, já que não possuíam
reservatório de tinta, e apesar de ter surgido no início do século XIX,
distanciou-se da característica principal dos exemplares antecedentes.
Com os avanços nos modelos, no fim do século XIX, desenvolveu-se a
caneta-tinteiro. Que se caracterizou especialmente por conseguir assemelharse às penas e recriar um reservatório de tinta. O mecanismo de reserva era,
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em grande parte, preenchimento com ajuda de um conta-gotas e,
posteriormente, já no século XX, foram disponibilizadas no mercado uma
grande quantidade de exemplares de auto-carga, onde a caneta carregava
consigo um saco de borracha comprimido que armazenava a tinta e que,
quando necessário, era liberado pelos mecanismos internos da caneta para
preenchê-la. É interessante observar que, conforme esclarece Bellis (2016b)
“the different ways that reservoirs filled proved to be one of the most
competitive areas in the pen industry”, estima-se que, pelo menos, cinco
diferentes tipos de patentes de canetas com reservatório, desenvolvidas
visando melhorias em relação ao modelo anterior.
Tanto a caneta-tinteiro quanto a dip são utilizadas até os dias atuais,
para ilustrações ou caligrafias especiais, pois essas canetas proporcionam um
traço único, que se modifica e se caracteriza conforme a leveza e o movimento
da mão de quem escreve. Essas particularidades são dadas pelo tipo de ponta
utilizada para a escrita, veremos mais a seguir.
4 A PONTA METÁLICA
A ponta é a parte da caneta-tinteiro ou dip pen que entra em contato
direto com a superfície a ser marcada e deposita a tinta que fora previamente
coletada. A ponta pode variar de tamanho, finalidade, formato e material do
qual é feita.
A ponta mais utilizada para escrita, tanto com a dip pen quanto com a
caneta-tinteiro, era a de metal, que tornou-se popular ainda no século XIX
devido à sua produção em massa. As pontas de metal são muito mais afiadas,
contam com uma pequena abertura que serve para segurar a tinta e se
desgastam com mais rapidez quando comparadas com as penas de ave. A
pena de metal também pode ser produzida em formatos diferentes para
finalidades diferentes e, visto que nas extremidades das canetas havia um
encaixe de metal, elas podiam ser substituídas facilmente.
Em meados do século XIX e as penas começaram a ser substituídas
pelas canetas com pontas de metal e John Mitchell, que já produzia penas,
inovou sua produção, tornando-se o primeiro fabricante a utilizar uma máquina
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para cortar o molde das pontas, facilitando e acelerando a sua confecção.
Juntamente com seu irmão, William, John inaugurou seu próprio comércio de
canetas em Birmingham, Inglaterra. E com o tempo, ambos foram
considerados pioneiros nessa produção.
Conforme informações encontradas no site do jornal Birmingham Mail, a
cidade é conhecida pelo Birmingham Pen Trade, por causa da grande
quantidade de comércios e fabricações de canetas no fim do século XIX e
início do século XX (CANNON, 2014).
Além dos irmãos Mitchell, nas
redondezas do Jewerlly Quarter, outro fabricante também se destacou: Joseph
Gillott, que inovou as formas de produzir buscando facilitar os processos e
aumentar a quantidade de pontas produzidas. Conforme o site da empresa
William Mitchell Calligraphy Ltd. informa, a empresa de William Mitchell,
fundada em 1825, fundiu-se à empresa Hinks, Wells & Co. – de John Hinks e
George Wells, fundada em 1836 – para criar a British Pens, por volta dos anos
1920 e a empresa Joseph Gillott & Sons juntou-se à British Pens em meados
dos anos 70 (DESCONHECIDO, 2016).
5 A PEÇA DO MUSEU
No Museu Joaquim José Felizardo, o Museu de Porto Alegre, foram
separados alguns objetos para que avaliássemos conforme os estudos
desenvolvidos na disciplina de Cultura Visual e Cultura Material na Museologia.
Dentre esses diversos objetos, em diferentes materialidades e suportes, escolhi
trabalhar com a caixa de pontas de aço para caneta da Fábrica Berta. Dessa
vez pretendo analisar o objeto de forma mais direta e menos subjetiva,
questioná-lo a respeito de sua produção e vida prévia, e não tanto sobre sua
subjetividade e representatividade histórica ou pessoal. A peça do museu é
mistificada e o olhar da pesquisa auxilia-nos a
Perceber que aqueles objetos que nós considerávamos apenas como
coisas velhas, achando que não tinham nada a ver conosco, servem,
na verdade, para compreendermos uma porção de coisas que
acontecem todos os dias em nossas casas, em nossas cidades, em
nosso país e até no mundo. (BARBUY, 1995, s.n)
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Reafirmo esse pensamento, pois vemos acima o quanto podemos
descobrir de uma história apenas observando o objeto por aquilo que ele é em
essência, em uso, além da representatividade que ele tem como objeto único.
Iniciemos pela caixa. Objeto de 4,5cm de altura, 6,5cm de largura e
2,2cm de profundidade, em papelão, com a logomarca e nome da empresa
fabricante, nome do produto e informações extras impressas, no que parece
ser, papel seda. Em seu interior conta com mais uma pequena folha de papel
seda e, desde sua doação, 13 pontas de caneta, originalmente havia 100
peças. As pontas de caneta são de aço, conforme informados na caixa,
acredita-se que tenham sido cunhadas à máquina. Com 4,0cm de comprimento
e 0,5cm de largura, em consequência de seu formato pode ser considerada
uma pointed nib, uma ponta mais afiada, pontiaguda e flexível. Sua flexibilidade
permite, que ao alterar a pressão sobre a ponta, alterne-se entre traços mais
finos e mais largos. Cabe a menção de que além da pointed nib havia também
a broad nib, a mais antiga das duas. A broad nib era uma ponta mais rígida e
sua extremidade era ampla, muitos estilos tipográficos foram desenvolvidos
com essa ponta, como o itálico da Renascença, por exemplo.
Fonte: Acervo Pessoal/Thais Morales
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Fonte: Acervo Pessoal/Thais Morales
Fonte: Acervo Pessoal/Thais Morales
Fonte: Acervo Pessoal/Thais Morales
Embora a caixa trouxesse a marca estampada na tampa, na ponta
também é possível observar uma marcação com o nome da fábrica. É
importante ressaltar, pois concordo com o pensamento de Barbuy (1995)
“através das marcas pode-se descobrir coisas como a época do objeto, sua
cidade de origem e quem o fabricou”, sendo marcas propositais ou que tenham
sido causadas pelo uso do objeto. A marcação da ponta trás o nome da fábrica
“BERTA”, uma metalúrgica que foi considerada a primeira grande do estado.
Fundada em 1871 pelo alemão Emmerich Berta, produzia apenas cofres,
estendida em 1891 em razão da sociedade com Alberto Bins, que após a saída
de Berta, em 1904, ficou como único proprietário. A partir daí a empresa
cresceu em tamanho físico e de variedade de produção, em 1910 já contava
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com dois motores à vapor, de acordo com alguns registros até meados da
década de 70 a fábrica ainda estava ativa.
Conhecendo a história da empresa é possível compreender o que está
escrito na tampa da caixa, onde encontramos a frase “Sucessora de Alberto
Bins”, podemos induzir então que a produção dessas penas tenha sido após o
ano de 1904. Essa caixa de penas pertenceu à Lothar Francisco Hessel, que
costumeiramente doava objetos ao Museu de Porto Alegre, à Biblioteca do
Estado e ao Arquivo Público, conforme constam nos registros da instituição. O
objeto está registrado como recebido em 25 de maio de 1982 e classificado
como objeto da coleção de Comunicação.
Em seu texto, Rede (1996, p. 269) baseado em Rita Wright, afirma que
“centralizar a análise em objetos em movimento em contextos de produção e
consumo, mais do que em objetos isolados, permitiria um melhor entendimento
da dinâmica social do grupo”, e na análise à qual me dedico agora, acredito ser
mais prudente inclinar-me a esta ideia, pois considero que neste caso o objeto
é um representante de uma cultura em movimento e de consumo. A ponta de
caneta foi desenvolvida em uma sociedade ocidental, por um grupo com
conhecimento de escrita e que já havia estado em contato com outros métodos
de escrita, surgiu para substituir um instrumento já obsoleto e movimentou-se
em prol de uma evolução da forma de usar de um objeto.
Quando tratamos o objeto como documento é preciso termos em mente
que nem sempre é possível extrair deles seus significados pela sua forma. O
objeto enquanto documento deve ser visto com um todo, como um
representante de uma classe:
A noção de trajetória não se deve limitar à vida do objeto
enquanto tal: deve estender-se para além daquele momento
em que o objeto transformara-se em documento, ou seja, para
o interior da operação intelectual que o retira (abstrata, mas
nem sempre fisicamente) do seu contexto original e o insere na
nova situação, em que se torna, prioritariamente, base de
informações. (REDE, 1996, p. 276-277).
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Ou seja, o objeto ele representa uma história que não necessariamente
é sua, como as pontas de caneta que foram produzidas na Fábrica Berta em
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, porém conseguiram nos fazer olhar para a
história que envolve outro grupo social, em outra realidade de espaço e tempo,
que trabalhou em busca do objetivo de aperfeiçoar a confecção desse material.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A produção histórica e científica a respeito das materialidades
abordadas neste trabalho é, impressionantemente, escassa. Fala-se tanto na
evolução da escrita e em como o ser humano tende a deixar registros por onde
passa e, no entanto, não se produz conhecimento em consonância com a
importância de tal característica de uma espécie.
A falta de referências fez com que a análise se tornasse mais
abrangente e menos focada em um único viés de observação. Embora o
obstáculo tenha tornado a contextualização do objeto – diríamos – mais
enriquecida, acredito que a falta de informações acerca do nosso meio tenha
feito com que o contexto de produção do objeto que foi selecionado do acervo
do Museu a desejar.
Não foram encontradas informações de qualidade sobre a Fábrica Berta,
que foi considerada como a primeira grande metalúrgica do Rio Grande do Sul.
Os registros do museu são mínimos, constam apenas os dados da doação
(doador e data), não há pesquisa sobre o objeto, e não existem informações
acerca de seu uso em alguma exposição. Dos problemas dos Museus
conhecemos bastante, a falta de atualização do sistema prejudica a pesquisa,
e consequentemente torna o objeto um desconhecido.
Apesar das intempéries foi possível avaliar as condições nas quais se
deu a evolução e mudança dos instrumentos de escrita, e relacionar o uso
deles com a representação de uma cultura, a dos literários, por exemplo. Ao
final do artigo, analiso a relação que a materialidade tem com a representação
da cultura conforme os pensamentos de teóricos da Cultura Material, onde
conclui-se que, especialmente no caso do objeto que selecionei, é preciso
colocar a peça em perspectiva de um contexto mais abrangente e compreende-
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lo como um meio que comunica mais que sua própria história, mas a história de
toda uma tipologia.
REFERÊNCIAS
BARBUY, Heloísa. Entendendo a sociedade através dos objetos. In:
OLIVEIRA, Cecília Helena de Salles. Museu Paulista: novas leituras. São
Paulo: Museu Paulista da Universidade de Sâo Paulo, 1995, p. 17-23.
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2016. a
BELLIS, Mary. A Brief History of Writing Instruments: Part 2: The History of
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2016b.
Disponível
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<http://inventors.about.com/library/weekly/aa100897.htm>. Acesso em: 08 jun.
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BRITO, Armando A. de Sousa e. Os Materiais na História da Escrita (das
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DESCONHECIDO. About William Mitchell. Website da empresa William
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REDE, Marcelo. História a partir das coisas: tendências recentes nos
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Paulo, jan/dez 1996, p.265-282.

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