FM-México _Nov. 2011
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FM-México _Nov. 2011
Mercados informação global México Ficha de Mercado Novembro 2011 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Índice 1. País em Ficha 03 2. Economia 04 2.1. Situação económica e Perspectivas 04 2.2. Comércio Internacional 08 2.3. Investimento 12 2.4. Turismo 13 3. Relações Económicas com Portugal 15 3.1. Comércio 15 3.2. Serviços 20 3.3. Investimento 21 3.4. Turismo 22 4. Relações Internacionais e Regionais 23 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 25 5.1. Regime Geral de Importação 25 5.2. Regime de Investimento Estrangeiro 27 5.3. Quadro Legal 29 6. Informações Úteis 31 7. Endereços Diversos 33 8. Fontes de Informação 35 8.1. Informação Online aicep Portugal Global 35 8.2. Endereços de Internet 37 2 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) 1. País em Ficha 2 Área: 1.964.375 km População: 112,469 milhões de habitantes (estimativa de Julho 2010) Densidade populacional: 57,3 habitantes/km (estimativa Julho 2010) Designação oficial: Estados Unidos Mexicanos Forma de Governo: República Federal Chefe do Estado: Felipe Calderón (desde Dezembro de 2006, eleito em Julho do mesmo 2 ano). As próximas eleições para o Presidente e para as Câmaras Alta e Baixa do Congresso estão previstas para Julho de 2012 Data da actual Constituição: 5 de Fevereiro de 1917, com alterações posteriores Principais Partidos Políticos: Governo: Partido Acción Nacional (PAN); Oposição: Partido Revolucionario Institucional (PRI); Partido de la Revolución Democrática (PRD); Partido Verde Ecologista de México (PVEM o Verde); Partido Convergencia (CD); Partido del Trabajo (PT); Partido Nueva Alianza (PANAL) Capital: Cidade do México (17,8 milhões de habitantes) Outras cidades importantes: Guadalajara (3,7 milhões de habitantes) e Monterrey (3,2 milhões de habitantes) Religião: Católica romana (76,5%); protestante (6,3%); outras (17,2%) Língua: A língua oficial é o castelhano, mas existem mais de 60 dialectos indígenas, destacando-se os Náhuatl, Mayan, Zapotec e Mixtec. Unidade monetária: Peso mexicano (MXN) 1 EUR = 16,73 MXN (média 2010) 1 EUR = 18,27 MXN (média Outubro 2011) 1 USD = 12,62 MXN (média 2010) 1 USD = 13,71 MXN (média Outubro 2011) Risco País Risco geral - BBB (AAA = risco menor; D = risco maior) Risco de estrutura económica - BB Risco político - BB Ranking em negócios: Índice 6,93 (10 = máximo) Ranking geral 33º (entre 82 países) (EIU – Novembro 2011) Risco de crédito: 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Novembro 2011) Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp. + Imp. / PIB = 58,0% (2010) Imp. / PIB = 29,2% (2010) Imp. / Imp. Mundial = 2,0% (16º importador mundial em 2010) Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); Banco Mundial; CIA; CEPAL; UNCTAD; Banco de Portugal; WTA; COSEC. 3 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) 2. Economia 2.1. Situação Económica e Perspectivas De acordo com o Fundo Monetário Mundial (FMI), em 2010, o México foi a 14ª maior economia mundial, com um PIB de cerca de 1.034 mil milhões de USD, e a 2ª maior da região da América Latina. Em termos de comércio mundial, o México ocupou a posição de 15º exportador mundial e 16º importador no último ano. Foi também o 2º destino do investimento estrangeiro na América Latina (a seguir ao Brasil). O relatório Doing Business 2011, do Banco Mundial, considera que o México se tornou no 1 mercado da região melhor posicionado em termos de facilidade de realizar negócios , ocupando o 35º lugar do ranking (entre 183 países), posição muito favorável quando comparada com a dos países BRIC. Apesar da dimensão e potencial do mercado - 112 milhões de habitantes (com uma população muito jovem, metade da qual com menos de 26 anos) e um rendimento per capita dos mais elevados da América Latina (9.566 USD em 2010, segundo o FMI), o México permanece um país de contrastes. A economia apresenta grandes disparidades a nível regional, sectorial e social, ritmos de desenvolvimento distintos e ainda grandes desigualdades (nomeadamente em termos de distribuição de riqueza entre Norte e Sul e entre zonas urbanas e rurais). A economia de mercado, dominada por um sector privado em crescimento, é constituída por um misto de modernidade e de tradicionalismo, mais visível na indústria (em 2010 representou 32,6% do PIB) e na agricultura (um sector em franco desenvolvimento, que absorve uma larga faixa da população rural, e que ainda vive em circunstâncias características de uma economia informal), responsável por cerca de 3,9% do PIB. O sector dos serviços assiste a um grande desenvolvimento (63,5% do PIB), sendo o turismo uma das suas parcelas mais representativas. 2 O México foi o 7º produtor e o 19º exportador de petróleo a nível mundial em 2010 . O país também se está a tornar num importante produtor e exportador de gás, embora ainda longe dos posicionamentos que atingiu a nível do petróleo. Podemos dizer que a economia mexicana depende em grande parte do petróleo; do comércio com os EUA; e da entrada de remessas enviadas pelos emigrantes mexicanos que vivem e trabalham nos EUA. Ou seja, não obstante avanços na diversificação de mercados nos últimos anos, o México ainda depende muito da economia americana, destacando-se o comércio externo (80% das suas exportações); os fluxos importantes do investimento directo estrangeiro; as remessas dos emigrantes; e a grande maioria dos turistas estrangeiros (o turismo é o maior sector empregador). 1 2 Ocupou o ranking 35º/183 em 2011 (contra 73º em 2006). A posição ocupada pelos BRIC foi a seguinte: China 79º, Rússia 123º, Brasil 127º e Índia 134º. O petróleo constitui a principal fonte de receitas do governo. Em 2010 a produção de petróleo bruto ascendeu a 2,6 milhões de barris/dia e as exportações a 35,9 mil milhões USD (cerca de 1,4 milhões de barris/dia). 4 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Nos últimos vinte anos, o crescimento médio da economia mexicana situou-se na casa dos 3%. Em 2009 a economia registou uma profunda recessão, tendo o PIB contraído 6,2%. Em 2010, a economia mexicana retomou o crescimento (+5,4%), sustentado essencialmente pelo aumento dos preços do petróleo e pela retoma da procura por parte dos EUA (que contribui para o reforço da actividade da indústria transformadora e do turismo). O consumo privado cresceu 5% no último ano, enquanto o crescimento do consumo público ficou abaixo dos 3% (reflectindo as restrições enfrentadas pelas receitas do Governo e pelas políticas conservadoras de financiamento). O investimento fixo registou um crescimento fraco em 2010 (+2,3%) quando comparado com o nível registado em 2008 (+5,9%), evolução intimamente ligada à reestruturação industrial nos EUA e dos mercados de capitais mais baixos que impediram um crescimento mais dinâmico, restringindo eventuais opções de financiamento internacional. Em 2010 a balança de transacções correntes manteve-se deficitária, tendo as exportações de bens e serviços ascendido a 329 mil milhões USD e as exportações a 314 mil milhões USD (registado aumentos muito significativos face ao ano anterior, de respectivamente +24% e 26%). O aumento dos preços do petróleo em 2010, assim como o crescimento económico incentivaram as autoridades locais a rever em alta as despesas públicas, em particular os investimentos da PEMEX, a empresa nacional Petróleos de México, permanecendo o investimento estrangeiro vedado ao sector. É de salientar que a estabilidade financeira do país é dependente da produção do petróleo, uma vez que o rendimento gerado representa uma parte muito significativa das receitas do estado (perto de 1/3) bem como das exportações (14% em 2010), pelo que a manutenção da capacidade de produção da PEMEX é considerada estratégica. Por outro lado, a grande necessidade de financiamento externo do país e a exposição à economia dos EUA tornam a moeda mexicana particularmente vulnerável a alterações de confiança dos mercados, tendo o Peso desvalorizado no passado mês de Setembro, voltando a valorizar ligeiramente em Outubro (1USD=13,6 MXN). 5 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População PIB a preços de mercado PIB a preços de mercado PIB per capita Milhões 2008 a 2009 a 2010 a 2011 b 2012 c 2013 c 110,0 111,2 112,5 113,8 115,0 116,2 9 12.176 11.880 13.069 14.079 15.591 16.956 9 10 USD 1.094 879 1.034 1.129 1.098 1.215 USD 9.950 7.910 9.200 9.920 9.550 10.460 10 MXN Crescimento real do PIB Var, % 1,2 -6,2 5,4 3,4 3,1 3,9 Consumo privado Var, % 1,7 -7,2 5,0 3,6 2,8 4,0 Consumo público Var, % 1,1 3,8 2,8 1,8 1,6 2,2 Formação bruta de capital fixo Var, % 5,9 -11,9 2,3 4,4 2,5 7,2 Taxa de desemprego % 4,0 5,5 5,4 5,5 5,4 5,5 Taxa de inflação - média % 5,1 5,3 4,2 3,4 3,7 3,9 Dívida pública* % do PIB 35,6 36,9 36,9 37,4 36,8 35,4 Saldo do sector público % do PIB -0,1 -2,3 -2,9 -2,5 -2,2 -0,8 18,6 21,8 b 18,0 18,7 17,4 Dívida externa total % do PIB Balança corrente 10 USD -16,3 -6,4 -5,7 -23,2 -29,6 34,0 Balança corrente % do PIB -1,5 -0,7 -0,5 -2,1 -2,7 -2,8 1USD=xMXN 11,1 13,5 12,6 12,5 14,2 14,0 Taxa de câmbio - média Fontes: Notas: 9 18,9 The Economist Intelligence Unit (EIU) – ViewsWire Novembro 2011 (a) Efectivo (b) Estimativa (c) Previsão * - inclui ajustamentos; MXN – Peso Mexicano De acordo com os dados publicados pelo The Economist Intelligence Unit (EIU), as perspectivas de evolução da economia mexicana no período 2011-2013 apontam para: • Um abrandamento do crescimento do PIB face a 2010 (estimado em 3,4% em 2011 e em 3,1% em 2012), recuperando a partir de 2013, +3,9%. Segundo as últimas previsões do FMI (Setembro de 2011) o PIB mexicano crescerá 3,8% em 2011 e 3,6% em 2012 (inferior à média do conjunto das economias da América Latina: +4,5% em 2011 e +4% em 2012). É de frisar que para além da dependência da economia dos EUA deixar a economia mexicana mais vulnerável, caso a situação espanhola venha a agravar a sua situação no âmbito da Zona Euro, os bancos espanhois implantados no México poderão contribuir para o abrandamento do crescimento do crédito, com repercussões adicionais em termos da expansão do PIB. • O consumo privado irá desacelerar em 2011-2012 (+3,6% e +2,8% respectivamente), recuperando em 2013 (+4%). A evolução do consumo público será igualmente fraco (+1,8%, +1,6% e +2,2% no periodo 2011-2013), reflectindo constrangimentos quer em termos de receitas do Governo central, quer de politicas de financiamento conservadoras. 6 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) • O investimento (FBCF) aumentará +4,4% no corrente ano e apenas +2,5% em 2012, em parte, devido à desaceleração da procura externa. Apenas em 2013 se prevê que cresca verdadeiramente +7,2% (e a um ritmo superior aos quase +6% registado em 2008), na expectativa que alguma reestruturação industrial dos EUA leve as empresas americanas a instalarem-se no México. • Uma redução da taxa de inflacção para 3,4% em 2011, que se agravará ligeiramento nos dois anos seguintes ficando, no entanto, abaixo de 4%. O desemprego manter-se estável, da ordem dos 5,5% no período 2011-2012. • As finanças públicas permanecerão em défice. Embora se estime que as receitas fiscais aumentem em 2011, o crescimento das despesas provocarão um défice orçamental, na casa dos -2,5% do PIB reduzindo para -0,8% do PIB em 2013. O racio divida pública/PIB passará de 37,4% em 2011 para 35,4% em 2013. • O défice da balança corrente irá agravar-se gradualmente no período em análise, podendo atingir 23 mil milhões USD em 2011 e 34 mil milhões USD em 2013, situação que se ficará a dever, em grande parte, ao aumento do défice comercial e a um crescimento mais moderado no sector do turismo (devido à quebra da procura dos principais mercados emissores). No entanto, o défice da balança corrente poderá ser compensado, em parte, pelos fluxos de investimento estrangeiro. • As exportações mexicanas de bens e serviços terão um crescimento fraco (+6,9%, +3,8% e +4,7% no periodo 2011-2013), devido ao enfraquecimento da procura dos principais mercados clientes (em particular dos EUA e do Canadá). No caso das exportações apenas de bens, prevê-se que crescam +12,7% em 2011, +5,3% em 2012 e +14,6% em 2013. • Relativamente às importações de bens e serviços prevê-se que crescam: +8,6% em 2011, +2,8% em 2012 e +6,3% em 2013. No caso das importações de bens: +14,6% em 2011, +6,2% em 2012 e +17% em 2013. • Do lado da oferta, os bens manufacturados destinados à exportação irão sofrer com as previsões de deterioração da situação internacional, enquanto os serviços orientados para o mercado interno deverão registar uma performance mais favorável. No entanto, diversos analistas consideram que, a médio prazo, essa situação poderá ser compensada por um conjunto de razões, nomeadamente através do aumento do investimento estrangeiro (instalação de novas unidades produtivas americanas com a restruturação na indústria automóvel americana; unidades produtivas de origem chinesa, que utilizam o México como plataforma de acesso dos seus produtos ao mercado americano; bem como de outras empresas internacionais que optem por instalar-se no México, em detrimento da China devido a menores custos de transporte e ao aumento dos salários neste país asiático). 7 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) • A taxa de câmbio do Peso deverá situar-se no final de 2011 em 1USD=13,9 MXN, prevendo-se que possa continuar a desvalorizar em 2012. Os principais desafios que se colocam ao Governo mexicano a curto prazo, em termos de politica interna, passam por uma maior focagem no desenvolvimento de medidas visando proteger a economia interna contra uma possível recessão, face à deterioração das perspectivas de evolução da situação internacional. Em Agosto último foi anunciado que iriam ser implementadas medidas de incentivo ao investimento privado e que facilitem o acesso ao financiamento por parte das empresas, e em Outubro o Banco do México falou na possibilidade de vir a reduzir as taxas de juro. É de referir que diversos analistas consideram que essas medidas poderão vir a ser insuficientes para proteger a economia local, reflectindo a falta de progressos significativos em termos de reformas em 3 áreas consideradas chaves (como sejam a do mercado de trabalho, energia, fiscalidade e educação), que se tivessem sido efectuadas após a crise de 2008-2009, teriam tornado a economia mexicana, em certa medida, menos vulnerável aos choques externos, sendo pouco provável que venham a ser implementadas antes das próximas eleições em 2012. Por outro lado, a agravamento do clima de insegurança e de violência, resultante da criminalidade organizada ligada ao tráfego de droga, representa também um grande desafio para Estado. No entanto, é de destacar pela positiva, que a economia mexicana permanece mais protegida do que no periodo 2008-2009 atendendo a que o FMI concedeu a extensão por mais dois anos, até 2013, da 4 Flexible Credit Line (FCL) no montante total de 73 mil milhões de USD , solicitada pelo Governo como medida de precaução, face à vulnerabilidade da situação externa, aumentando assim a capacidade de resistência do país a uma eventual crise de liquidez. Por último, em termos de politica externa, o relacionamento bilateral com os EUA permanecerá o principal objectivo das autoridades, nomeadamente no reforço da cooperação da politica de defesa e combate à droga, a médio prazo. Por outro lado, as autoridades apostam na diversificação de mercados, quer em termos de comércio quer de captação de investimento estrangeiro, procurando reduzir a actual dependência do principal parceiro nessas áreas, apostando numa maior aproximação comercial nomeadamente ao Brasil (que pesa apenas 1% das exportações mexicanas). 2.2. Comércio Internacional Segundo a OMC o México foi o 15º exportador mundial em 2010 (com 1,96% do total mundial) e o 16º importador (com 2,02% do total). 3 Apesar do Presidente Calderon ter iniciado algumas reformas estruturais consideradas essenciais (ex. reforma policial e antisequestro; do sistema de pensões na A.P., reforma eleitoral, a reestruturação da empresa nacional de petróleo PEMEX e a no sector da energia). 4 A FCL foi concedida inicialmente em Abril de 2009. 8 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) O regime de comércio do México é dos mais abertos do mundo, contando com um número elevado de acordos de livre comércio (actualmente, cerca de 90% do seu comércio realiza-se ao abrigo destes acordos). Também o comércio com os EUA e com o Canadá quase que triplicou, depois da assinatura do Acordo NAFTA (em 1994), sendo que cerca de 70% das exportações mexicanas para os EUA e Canadá 5 ficaram isentas de taxas aduaneiras, além de beneficiar da instalação das chamadas maquiladoras – designação de offshores para finalização de produtos destinados à reexportação (situando-se, inclusivamente, muitas das suas empresas perto das zonas de fronteira) – responsáveis por grande parte das exportações deste país, além de alterações que se verificaram ao nível da própria estrutura do PIB. Evolução da balança comercial 9 (10 USD) 2006 2007 2008 2009 2010 Exportação fob 250,0 271,9 291,3 229,7 298,5 Importação fob 263,5 281,9 308,6 234,4 301,5 Saldo -13,5 -10,1 -17,3 -4,7 -3,0 94,9 96,5 94,4 98,0 99,0 Como exportador 15º 15º 16º 15º 15º Como importador 14º 14º 16º 16º 16º Coeficiente de cobertura (%) Posição no ranking mundial Fontes: EIU (Out11); WTO – World Trade Organization O comércio externo tem desempenhado um papel fundamental na estratégia de desenvolvimento do país, representando as exportações um motor muito importante para o seu crescimento económico. Embora apresentando, ao longo dos últimos cinco, um saldo da balança comercial sempre negativo e um coeficiente de cobertura oscilando entre 94%-99%, verificou-se um acréscimo tanto nas exportações, como nas importações, ao longo do período, à excepção do ano de 2009, em que se assistiu a um decréscimo, de 21,1% e 24,0%, respectivamente. As quedas em 2009 ficaram a dever-se à baixa procura por parte dos EUA, combinada com uma contracção na procura interna, tendo o défice comercial contraído 73% face ao ano anterior. O ano de 2010 foi de recuperação com as exportações a cresceram substancialmente perto de 30% e as importações 29%. O défice da balança comercial reduziu 36% face ao ano anterior, situando-se em 3 mil milhões USD, e a taxa de cobertura foi de 99%, ou seja a mais elevada do período 2006-2010. O quadro seguinte mostra quais os principais mercados clientes do México e a sua evolução: 5 A indústria maquiladora representa cerca de 30% das importações mexicanas e 40% das exportações. 9 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Principais Clientes 2008 2009 2010 Mercado quota PORTUGAL posição quota posição quota posição 0,04% 50ª 0,02 72ª 0,08% 36ª 80,2 1ª 80,5% 1ª 80,0% 1ª CANADÁ 2,4% 2ª 3,7% 2ª 3,6% 2ª CHINA 0,7% 10ª 1,0% 7ª 1,4% 3ª BRASIL 1,2% 5ª 1,1% 5ª 1,3% 4ª COLÔMBIA 1,0% 6ª 1,1% 4ª 1,3% 5ª EUA Fonte: WTA Verifica-se que a ligeira quebra gradual da representatividade dos EUA como cliente do México (muito embora o seu enorme peso), esteja a ser compensada por acréscimos registados noutras regiões (Canadá e China). Desde a entrada em vigor do Tratado de Comércio Livre entre o México e a União Europeia, em 1 de Julho de 2000, as exportações mexicanas para a UE27 aumentaram 176% nos últimos 10 anos, passando de 5,2 mil milhões USD para 14,2 mil milhões USD. As importações mexicanas com origem na UE aumentaram 151% no mesmo período, passando de 12,9 mil milhões USD para 32,4 mil milhões USD. Apesar desta evolução positiva, em 2010 as exportações mexicanas para a UE representaram 4,7% do total e as importações mexicanas provenientes da UE detiveram uma quota de 10,7% do total (contra 9,1% em 1999). Mais recentemente, verifica-se uma certa estabilidade nas exportações, entre 2008-2010, período em que pequenas alterações vieram a verificar-se, à excepção da China, cujo acréscimo é superior aos restantes (a subir da 10ª para a 3ª posição). Portugal representa uma ínfima parcela e com tendência oscilante (0,08% em 2010, 0,02% em 2009, e 0,04% em 2010). Principais Fornecedores 2008 2009 2010 Mercado quota posição quota posição quota posição PORTUGAL 0,14% 40ª 0,13% 42ª 0,15% 36ª EUA 49,0% 1ª 48,0% 1ª 48,1% 1ª CHINA 11,2% 2ª 13,9% 2ª 15,1% 2ª JAPÃO 5,3% 3ª 4,9% 3ª 5,0% 3ª COREIA DO SUL 4,4% 4ª 4,7% 4ª 4,2% 4ª ALEMANHA 4,1% 5ª 4,2% 5ª 3,7% 5ª Fonte: WTA 10 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Segundo o EIU, a evolução dos fornecedores, ao longo destes 3 anos, regista poucas alterações, embora se deva sublinhar a projecção que a China tem vindo a atingir. Deste modo, nas importações regista-se uma tendência para os países fornecedores do México, manterem as mesmas posições (os EUA são 1º fornecedor com 48% de quota de mercado em 2010) embora os países asiáticos ocupem posições preponderantes neste capítulo; o total das representatividades dos seus três maiores fornecedores, em 2010 foi de 24,3% (a China com 15,1% de quota, o Japão com 5,0% e a Coreia do Sul com 4,2%). Em 2009, o total da representatividade foi de 23,5% e em 2008 de 20,9%. A posição de Portugal, em 2010, representou 0,15% do total das importações mexicanas, em 2009 foi 0,13% e em 2008 0,14%. A dinâmica actual da procura por parte dos países Ásia-Pacífico, principalmente por parte da China, oferece oportunidades sem precedentes à região da América Latina e Caraíbas, tanto nos produtos básicos, como na indústria e serviços. As autoridades desta região deveriam redobrar esforços para identificar e aproveitar novas oportunidades, ampliando assim as potenciais complementaridades dos seus países. A aproximação da América Latina e Caraíbas àquela região tem sido esporádica e pouco sistemática, limitando-se a acordos bilaterais de livre comércio. Segundo o WTA e por grupos de produtos, têm-se as seguintes exportações e importações no ano de 2010: Principais Produtos Transaccionados – 2010 Exportações / Sector % Importações / Sector % Máquinas e aparelhos eléctricos 24,0 Máquinas e aparelhos eléctricos 23,5 Veículos automóveis 17,4 Máquinas e aparelhos mecânicos 15,5 Máquinas e aparelhos mecânicos 14,0 Veículos automóveis 8,2 Combustíveis 13,7 Combustíveis 8,0 Matérias plásticas e suas obras 5,8 Instrumentos e aparelhos de óptica, foto cinema, medida Fonte: 3,4 WTA Verifica-se que em 2010 os grupos de produtos mais exportados pelo México (com a classificação N.C. a 2 dígitos), foram: máquinas e aparelhos eléctricos (24,0%), veículos (17,4%), máquinas e aparelhos mecânicos (14,0%) e combustíveis (13,8%) o que significa que 69,2% das exportações do México estão centralizadas nestes 4 grupos de produtos. No que se refere às importações os grupos de produtos são idênticos às exportações, porém com um posicionamento relativo diferente: máquinas e aparelhos eléctricos (23,5%), máquinas e aparelhos mecânicos (15,5%), veículos (8,2%) e combustíveis (8,0%). Existe uma maior diversificação nos produtos importados, sendo que os principais 4 grupos alcançam 55,2% do total. 11 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Por último, no que se refere ao petróleo, a sua presença em ambos os fluxos deve-se ao facto de não existirem no México grandes refinarias, pelo que o produto é exportado para ser refinado, sendo que grande parte dele volta a ser importado, depois de realizada a sua refinação. 2.3. Investimento A América Latina continua a ser uma região de importância no que à atracção de investimento estrangeiro se refere, quer em países de grandes dimensões e com economias estáveis – México, Brasil, Chile e Argentina – assim como em países em expansão – Peru e Colômbia. Em 2010 o México foi o 2º país de destino do IDE da região da América do Sul e Central (o Brasil ocupou a 1º posição e o Chile a 3ª), tendo chegado a ser o 1º país de destino até 2007. No ranking mundial o México posicionou-se na 19ª posição como destino de IDE em 2010. O investimento estrangeiro constitui a terceira fonte de divisas, a seguir às exportações de petróleo e às remessas dos emigrantes. O México é um país bastante mais importante como receptor de IDE do que como emissor, tendo conseguido um desempenho muito favorável para o país impulsionado, entre outros factores, pela negociação de acordos de livre comércio com 33 países e pelas alterações nos programas PITEX e Maquila, etc. Na segunda metade dos anos 90, a implementação do Acordo NAFTA propiciou uma evolução muito positiva na aplicação do IDE na indústria transformadora (as maquiladoras), tendo chegado a alcançar cerca de 60% do IDE total. A partir desta data, a parcela destinada à indústria sofreu um declínio (50% no período 1999-2007), embora continue a ser uma das áreas mais atractivas para o investidor estrangeiro. Fruto dos esforços efectuados, ao longo dos últimos anos, no sentido de tornar o país mais atractivo para o investimento estrangeiro, o México tem conseguido atrair níveis significativos de IDE, embora registando algumas oscilações. A quebra verificada em 2009 (não ultrapassou os 15,3 mil milhões de USD) está de certo modo em consonância com a quebra sentida no IDE a nível global, embora mais profunda no caso particular do México, enquanto que, a nível geral, a quebra foi de cerca de 32%, neste país foi de 42%. Em 2010 o IDE no México atingiu 18,7 mil milhões de USD (1,8% do PIB e 9% da FBCF), representando um aumento de 22% face ao valor registado em 2009, embora ainda bastante inferior aos 29,7 mil milhões USD registados em 2007. No último ano, os investimentos destinaram-se essencialmente aos sectores: indústria transformadora (59% do total dos fluxos), outros serviços (inclui hotelaria restauração, serviços técnicos e pessoais, 35%), aos serviços financeiros (9%) e ao comércio (15%). Os países emissores que mais se destacaram 6 foram por ordem de importância: Holanda (47,3% ), EUA (33%), Espanha (7,6%) e o Canadá (4,7%). 6 De destacar a compra em Janeiro 2010 pela HEINEKEN das operações de produção de cerveja da FEMSA, um dos maiores produtores de bebidas da América Latina, no valor de 7,9 mil milhões USD. 12 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Segundo a Secretaria de Economia do México, no período entre 2000-Março 2011 o valor acumulado do IDE no país ascendia a 251,8 mil milhões USD. Os EUA foram o principal investidor nesse período, seguindo-se Espanha (15,2%), a Holanda (14,4%) e o Canadá (3,9%). A UE foi responsável por 37,3% do investimento nesse período. Em termos de localização, cerca de 56,5% do investimento estrangeiro foi efectuado no Distrito Federal, 11,3% em Nuevo León, 5,5% no Estado de México, 5% em Chihuahua e 4,2% em Baja Califórnia. Os principais sectores de destino do IDE no mesmo período em análise foram a indústria transformadora (com 42,7% do total) e os serviços financeiros (com 22,2% do total). De um modo geral, destacam-se como principais oportunidades de IDE no México, as seguintes áreas: infra-estruturas (estradas, portos, aeroportos e outros); energia (grandes projectos hídricos e eólicos); a indústria transformadora, destacando-se entre outros o sector automóvel (de realçar o anúncio da filial da Volkswagen no México, para o investimento na sua fábrica local, destinado ao fabrico de um novo modelo), e o turismo (grandes centros turísticos em desenvolvimento). Segundo as previsões do EIU, em 2011 o IDE poderá atingir um valor próximo dos 21 mil milhões USD. Investimento Directo 6 (10 USD) 2006 Investimento estrangeiro no México 2007 2008 2009 2010 20.052 29.734 26.295 15.334 18.679 5.758 8.256 1.157 7.019 14.345 Como receptor 17ª 16ª 15ª 19ª 19ª Como emissor 34ª 32ª 52ª 28ª 22ª Investimento do México no estrangeiro Posição no ranking mundial Fonte: UNCTAD - World Investment Report 2011 Enquanto emissor de investimento, o México tem uma representatividade mais baixa, embora tenha passado da 34ª posição do ranking mundial em 2006 para a 22ª posição em 2010 (1,1% do total mundial). De acordo com os dados da UNCTAD o valor do investimento efectuado pelo México no exterior em 2010 praticamente duplicou em relação ao ano anterior, ascendendo a 14,3 mil milhões USD. As previsões do EIU para 2011 apontam para uma forte quebra, da ordem dos 3,4 mil milhões. As empresas mexicanas com presença no exterior são em número reduzido e o seu destino por excelência é o mercado dos EUA. Ultimamente tem-se assistido a um maior interesse pelos países da América Latina. 2.4. Turismo A beleza natural e a riqueza do património cultural fazem do México um destino muito atractivo para o turismo. 13 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) O sector do turismo representa 9% do PIB, é a terceira actividade económica fonte de divisas mais significativa, imediatamente a seguir ao petróleo e às remessas dos emigrantes, 43 mil empresas (80% das quais são PMEs) e gera cerca de 7,5 milhões de empregos directos e indirectos. Reconhecendo a importância económica do sector o Governo mexicano tem tido um papel muito activo, desde 1999, sobretudo ao nível da promoção turística, direccionando-a essencialmente para nichos de mercado de alto valor acrescentado, tais como o turismo cultural, o ecoturismo e os resorts integrados. Segundo a Organização Mundial de Turismo, as chegadas de turistas internacionais ao México atingiram 22,4 milhões em 2010, representando um crescimento de 4,4% face ao ano anterior (após uma quebra de 5,2% em 2009). É de referir que os números referentes ao ano de 2008 mostram um acréscimo de 5,9%, comparado com a taxa de crescimento entre 2004-2008 que foi de cerca de 10%. No entanto, a crise económica internacional e o surto da gripe tipo A (H1N1) perturbaram bastante as expectativas do sector, levando o Presidente Felipe Calderón em 2009 a lançar uma campanha de promoção turística para relançar o turismo, denominada “Vive México” e na qual participaram artistas, desportistas, intelectuais e várias personalidades. Ainda segundo a OMT, as receitas do turismo cresceram 5,3% no último ano, atingindo 11,9 mil milhões USD, após terem sofrido uma diminuição de 15,2% em 2009. A despesa média diária do viajante internacional rondou os 148 USD. Turismo no México 2005 3 2006 2007 2008 2009 2010 a Turistas (10 ) 21.915 21.353 21.370 22.637 21.454 22.395 6 11.803 12.177 12.852 13.289 11.275 11.872 Receitas (10 USD) Fonte: WTO – World Tourism Organization (Junho 2011) a) dados provisórios O México é, sem sombra de dúvida, o destino mais visitado pelos turistas que se dirigem à América Latina, tendo sido o 10º destino turístico mais procurado do mundo (ou seja 2,4% do total de turistas) em 2010, correspondendo-lhe também a cobrança do maior valor de receitas da região. O México foi também classificado em 49º lugar no ranking mundial da competitividade geral do Turismo, divulgado em 2010. De acordo com o EIU, o mercado americano é o primeiro emissor de turistas para o México. Os seguintes mercados emissores de maior importância são o Canadá e a Europa (com destaque para o Reino Unido, Espanha, França e Alemanha); um número menor de turistas é proveniente dos países da América Latina (Brasil) e Caraíbas. 14 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) O Governo mexicano anunciou “2011 Ano do Turismo no México”, iniciativa que considera o turismo como uma prioridade nacional estabelecendo compromissos entre todos os intervenientes, no sentido de impulsionar a transformação do sector, aumentando a competitividade e o investimento nacional e estrangeiro no mesmo. Para o período 2011-2018 foi estabelecido como prioridade passar da actual 10ª posição como destino turístico mundial para a 5ª posição em 2018. As metas fixadas apontam para a captação de 26 milhões de turistas internacionais em 2011 e 50 milhões em 2018. Para 2011 foram definidos como principais mercados de aposta para a promoção turística do México os seguintes: Europa (Rússia, Alemanha, França, Itália e Reino Unido), América do Sul (Argentina, Brasil e Colômbia), Ásia (Japão, China, Coreia do Sul e Índia). 3. Relações Económicas com Portugal 3.1. Comércio Ao longo do período 2006-2010, a evolução dos fluxos comerciais bilaterais aponta para valores instáveis. Em 2010 o México subiu para 11º mercado de exportação de Portugal (representou 1,1% do total), subindo catorze lugares em relação à posição detida em 2006 (25º, 0,39% do total). No que concerne à evolução das importações provenientes do México, registaram-se igualmente alterações de comportamento, sendo de registar uma tendência significativa no sentido decrescente no período até 2009. Quando encarado o México como fornecedor de Portugal, e comparando 2006 com 2010, a sua posição desceu três lugares (de 31ª para 34ª posição, e a respectiva quota caiu de 0,46% para 0,31%). É de salientar que, no âmbito dos mercados da América Latina, o México foi o nosso 2º mercado de exportação e de importação (a seguir ao Brasil), representando 32,4% das nossas vendas para a região em 2010 e 9,3% das nossas compras. Importância do México nos Fluxos Comerciais de Portugal 2006 Como cliente 2007 2008 2009 2010 2011 Jan/Agosto Posição 25ª 31ª 21ª 19ª 11ª 12ª % 0,39 0,31 0,57 0,64 1,10 1,05 Posição 31ª 35ª 45ª 56ª 34ª 26ª % 0,46 0,38 0,18 0,11 0,31 0,50 Como fornecedor Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística No quinquénio em análise, a balança comercial entre Portugal e o México foi negativa nos primeiros dois anos, invertendo-se esta tendência a partir de 2008. 15 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Segundo dados do INE, ao longo destes últimos cinco anos, as exportações portuguesas para o México registaram uma evolução positiva, não obstante o ligeiro decréscimo verificado em 2007 e 2009, traduzida numa taxa de crescimento médio anual de 40,4%. No que se refere às importações, revelaram alguma estabilidade em 2006 e 2007, para em 2008 e 2009, se assistir a uma quebra no valor (em 2009 75,8%, em relação a 2007). A subida registada no ano transacto colocou a taxa de crescimento médio anual das importações em 27,0%. Em 2010 as nossas vendas ascenderam a 404,7 milhões de Euros (+98,6% face a 2009), e as compras a 176,2 milhões de Euros (+223,4%). O saldo comercial manteve-se favorável para Portugal, 228,6 milhões de Euros (+53,2% face a 2009), e a taxa de cobertura fixou-se em 229,8%, a segunda mais elevada dos últimos cinco anos. A evolução registada no período Janeiro-Agosto 2011, evidencia um aumento das exportações portuguesas de 10,3% (comparando com o período homólogo de 2010), embora o crescimento das importações tenha sido mais relevante, +105,6% (comparando com o período homólogo de 2010). Evolução da Balança Comercial Bilateral a 3 (10 EUR) 2006 2007 2008 2009 2010 Var. 06/10 2010 Jan/Ago 2011 Jan/Ago b Var. 10/11 Exportações 139.320 120.078 222.472 203.638 404.746 40,4% 262.402 289.542 10,3% Importações 261.236 225.481 114.935 54.475 176.162 27,0% 94.524 194.308 105,6% -121.915 -105.403 107.537 149.163 228.584 -- 167.878 95.234 -- 53,3% 53,3% 193,6% 373,8% 229,8% -- 277,6% 149,0% -- Saldo Coef. Cobertura Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 (b) Taxa de variação homóloga Exportações por produtos Com base nos dados do quadro seguinte, verificamos que a estrutura das exportações de Portugal para o México apresenta uma concentração em dois grupos de produtos, responsáveis por 69,6% do total exportado em 2010, a saber, os combustíveis minerais (55,3%) e o os produtos químicos (14,3%), ambos com subidas significativas em relação a 2009, de 90,1% e 340,7%, respectivamente. Analisando as principais exportações portuguesas em 2010 e o seu peso no conjunto das exportações para o México, mas considerando agora os produtos a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada e não por grupos de produtos, por ordem decrescente de valor, temos: óleos de petróleo ou minerais betuminosos, exc, óleos brutos; preparações (55,3%); hidrocarbonetos acíclicos (14,1%); aparelhos receptores para radiotelefonia/radiotelegrafia/radiodifusão (4,6%); caixas fundição; placas fundo p/moldes; modelos p/moldes; moldes p/metais (2,9%); e obras de cortiça natural (2,3%). De destacar que todos estes produtos apresentam subidas muito significativas em relação ao ano anterior (conforme Anexo 1). 16 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Exportações por Grupos de Produtos (2010) 3 (10 EUR) 2006 % 2009 % 2010 % Combustíveis minerais 33.426 24,0 117.696 57,8 223.746 55,3 Produtos químicos 29.755 21,4 13.089 6,4 57.685 14,3 Máquinas e aparelhos 25.850 18,6 21.857 10,7 42.730 10,6 2.748 2,0 10.337 5,1 23.286 5,8 14.274 10,2 11.014 5,4 15.017 3,7 Plásticos e borracha 5.833 4,2 8.190 4,0 12.006 3,0 Madeira e cortiça 9.162 6,6 8.090 4,0 10.339 2,6 Minerais e minérios 3.337 2,4 2.460 1,2 4.162 1,0 Vestuário 4.645 3,3 2.313 1,1 3.573 0,9 Produtos alimentares 1.721 1,2 1.115 0,5 2.305 0,6 Metais comuns 3.026 2,2 2.438 1,2 2.283 0,6 Pastas celulósicas e papel 1.603 1,2 916 0,4 1.546 0,4 Produtos agrícolas 248 0,2 363 0,2 314 0,1 Instrumentos de óptica e precisão 627 0,4 517 0,3 282 0,1 Calçado 461 0,3 155 0,1 202 0,0 Peles e couros 166 0,1 52 0,0 102 0,0 1.811 1,3 903 0,4 1.819 0,4 629 0,5 2.132 1,0 3.347 0,8 139.320 100,0 203.638 100,0 404.746 100,0 Veículos e outro mat, transporte Matérias têxteis Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Se verificarmos as nossas exportações por grau de intensidade tecnológica, vemos que estas se concentraram em 2010 nos graus média-baixa (59,9%) e média-alta (27,3%). Em comparação com o ano de 2006, estes correspondiam, respectivamente, a 32,8% e 41,3%. A relação entre as exportações dos produtos industriais transformados e dos produtos exportados na sua totalidade foi de 100,0% em 2010, enquanto que em 2006 foi de 99,8%. A evolução do número de empresas exportadoras para o México foi de 442 empresas em 2006, para 426 em 2010 (-4% face a 2006). O quadro seguinte apresenta a evolução das exportações portuguesas para o mercado no período de Janeiro a Agosto de 2011. 17 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Exportações por Grupos de Produtos (Janeiro – Agosto 2011) 3 (10 EUR) Combustíveis minerais 2010 Jan/Ago % Tot 10 2011 Jan/Ago % Tot 11 Var % 10/11 151.077 57,6 124.704 43,1 -17,5 Químicos 33.122 12,6 75.533 26,1 128,0 Máquinas e aparelhos 28.573 10,9 32.529 11,2 13,8 9.486 3,6 15.075 5,2 58,9 13.447 5,1 11.766 4,1 -12,5 Madeira e cortiça 6.895 2,6 7.995 2,8 16,0 Plásticos e borracha 8.292 3,2 4.614 1,6 -44,4 Minerais e minérios 2.021 0,8 4.372 1,5 116,3 629 0,2 3.652 1,3 480,4 Vestuário 2.244 0,9 3.317 1,1 47,8 Metais comuns 1.704 0,6 2.499 0,9 46,6 Alimentares 1.362 0,5 1.425 0,5 4,7 Calçado 151 0,1 216 0,1 42,8 Instrumentos de óptica e precisão 189 0,1 214 0,1 12,7 Agrícolas 146 0,1 153 0,1 4,2 Peles e couros 37 0,0 15 0,0 -58,5 Outros produtos 848 0,3 1.428 0,5 68,3 2.177 0,8 36 0,0 -98,3 262.402 100,0 289.542 100,0 10,3 Matérias têxteis Veículos e outro mat. transporte Pastas celulósicas e papel Valores confidenciais Total Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Importações por produtos No que diz respeito às importações portuguesas provenientes do México, e de acordo com o INE, há que assinalar a forte concentração em 2010, em quatro grupos de produtos – combustíveis minerais, máquinas e aparelhos, produtos agrícolas e metais comuns – que representaram cerca de 89,1% do total importado naquele ano. 18 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Importações por Grupos de Produtos (2010) 3 (10 EUR) 2006 2010 % Combustíveis minerais 200.857 76,9 0 0,0 101.537 57,6 Máquinas e aparelhos 21.253 8,1 21.075 38,7 29.104 16,5 5.135 2,0 10.758 19,7 15.552 8,8 241 0,1 1.400 2,6 10.928 6,2 Plásticos e borracha 7.772 3,0 4.823 8,9 5.842 3,3 Produtos químicos 9.250 3,5 8.580 15,8 4.602 2,6 10.051 3,8 3.353 6,2 4.224 2,4 748 0,3 611 1,1 1.364 0,8 3.630 1,4 730 1,3 823 0,5 Matérias têxteis 458 0,2 1.262 2,3 461 0,3 Minerais e minérios 173 0,1 259 0,5 435 0,2 0 0,0 185 0,3 308 0,2 Peles e couros 17 0,0 87 0,2 162 0,1 Pastas celulósicas e papel 85 0,0 59 0,1 88 0,1 Vestuário 24 0,0 49 0,1 65 0,0 Calçado 2 0,0 20 0,0 7 0,0 500 0,2 194 0,4 306 0,2 1.038 0,4 1.030 1,9 354 0,2 261.236 100,0 54.475 100,0 176.162 100,0 Produtos agrícolas Metais comuns Instrumentos de óptica e precisão Veículos e outro mat, transporte Produtos alimentares Madeira e cortiça Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: % 2009 % INE – Instituto Nacional de Estatística No período 2008-2009, as importações decresceram 52,6%, evolução muito influenciada pela quebra verificada na importação dos combustíveis minerais (não se verificaram fluxos em 2009, quando em 2008 atingiram 52,9% do total). No ano transacto, a importação de combustíveis minerais representou 57,6% do total e, juntamente com as máquinas e aparelhos (16,5%), responderam por 74,1% do total das nossas compras ao mercado. Em 2010 assistiu-se a uma subida em quase todos os grupos de produtos importados exceptuando-se os produtos químicos e as matérias têxteis, entre outros. Os principais produtos importados em 2010, a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada, foram, por ordem decrescente de valor: óleos brutos de petróleo ou metais betuminosos (57,6%); aparelhos eléctricos para telefonia ou telegrafia, por fio; videofones (9,9% do total importado); moluscos c/ ou s/ concha, vivos; invertebrados aquáticos; tântalo e suas obras, incluindo os desperdícios, resíduos e sucata (5,4%); e partes de aparelhos radio, tv e video (2,3%). Fazendo igualmente uma breve análise às importações do México, por grau de intensidade tecnológica, verificou-se, em 2010, uma maior concentração nos graus alta (42,1%) e média-alta (22,0%). Em relação ao ano de 2006, os valores foram de 43,9% e de 45,7%, respectivamente. Em 2010 o rácio entre as 19 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) importações de produtos industriais transformados e as importações totais foi de 39,9%, quando em 2006 foi de apenas 21,0%, situação que evidencia uma alteração no tipo de produtos que Portugal tem vindo a adquirir ao mercado. A evolução do número de empresas importadoras do México foi de 363 empresas em 2006 para 309 em 2010 (-15% face a 2006). O quadro seguinte apresenta a evolução das importações portuguesas para o mercado no período de Janeiro a Agosto de 2011. Importações por Grupos de Produtos (Janeiro – Agosto 2011) 3 (10 EUR) Combustíveis minerais 2010 Jan/Ago % Tot 10 2011 Jan/Ago % Tot 11 Var % 10/11 46.245 48,9 140.609 72,4 204,1 4.786 5,1 18.193 9,4 280,1 19.497 20,6 16.670 8,6 -14,5 Plásticos e borracha 4.150 4,4 5.487 2,8 32,2 Químicos 3.705 3,9 3.711 1,9 0,2 Instrumentos de óptica e precisão 3.278 3,5 3.192 1,6 -2,6 Agrícolas 9.725 10,3 2.223 1,1 -77,1 546 0,6 1.136 0,6 108,0 1.181 1,2 1.060 0,5 -10,3 Peles e couros 107 0,1 309 0,2 187,7 Madeira e cortiça 162 0,2 236 0,1 46,0 Minerais e minérios 105 0,1 195 0,1 84,7 Matérias têxteis 373 0,4 167 0,1 -55,3 Vestuário 58 0,1 19 0,0 -67,2 Pastas celulósicas e papel 72 0,1 14 0,0 -80,7 7 0,0 0 0,0 -95,5 Outros produtos 216 0,2 272 0,1 26,2 Valores confidenciais 310 0,3 816 0,4 163,3 94.524 100,0 194.308 100,0 105,6 Metais comuns Máquinas e aparelhos Alimentares Veículos e outro mat. transporte Calçado Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística 3.2. Serviços Segundo o Banco de Portugal, a Itália posicionou-se, em 2010, como 41º mercado cliente dos serviços portugueses e o 34º fornecedor. No período compreendido entre 2006 e 2010 constata-se que o saldo da balança comercial bilateral de serviços foi sempre negativo, tendo-se verificado em 2009 o maior coeficiente de cobertura (96,7%). 20 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Muito embora não se encontre disponível o detalhe destes fluxos, não será de estranhar dar-se grande peso às viagens e turismo, assim como aos transportes, com as importações a superarem as exportações. Balança Comercial de Serviços com o México 3 (10 euros) 2006 2007 2008 2009 2010 Var.ª 06/10 2010 Jan/Ago 2011 Jan/Ago Exportações 9.865 10.381 8.391 11.685 13.323 9,8% n.d. 9.524 Importações 13.078 13.263 14.030 12.084 21.917 18,7% n.d. 12.499 Saldo -3.213 -2.882 -5.639 -399 -8.594 -- -- -2.975 Coef. Cob. 75,4% 78,3% 59,8% 96,7% 60,8% -- -- 76,2% b 0,07 0,06 0,05 0,07 0,08 -- -- 0,08 b 0,14 0,13 0,12 0,12 0,20 -- -- 0,16 % Export Total % Import Total Fonte: Banco de Portugal165117821547 Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 (b) Quota do mercado nas exportações e importações totais de Portugal n.d. não disponível 3.3. Investimento Os fluxos do investimento bilateral entre o México e Portugal ainda são baixos, além das oscilações que ambos os rankings reflectem. Em termos do investimento do México em Portugal, o respectivo peso sobre o IDE total em Portugal, nos últimos cinco anos em análise, quedou-se sempre por valores inexpressivos, ao passo que o investimento de Portugal no México apresenta um melhor posicionamento. Nesta óptica, destaca-se o ano de 2009, em que o México foi o 18º mercado destino do IDPE, uma posição de algum realce. Importância do México nos Fluxos de Investimento para Portugal 2006 Portugal como receptor (IDE) Posição % Portugal como emissor (IDPE) Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) com base no investimento bruto a Posição % b a b 45 2007 a 47 2008 a 42 2009 a 34 2010 2011 Jan/Ago a 36ª 41ª 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 a a a a 22ª 23ª 0,51 0,33 0,07 37 0,01 31 0,02 20 0,39 18 (b) Posição do mercado enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE bruto total, num conjunto de 55 mercados Na sequência da linha de raciocínio acima descrita, no período 2006-2010 constataram-se valores muito baixos no investimento do México em Portugal, acompanhados por valores de desinvestimento, cujos níveis provocaram investimento líquido negativo no ano de 2006. Detecta-se, contudo, uma tendência crescente no investimento bruto, com a taxa de crescimento médio anual para o período em análise a fixar-se em 125,1%. 21 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Investimento Directo do México em Portugal 3 (10 EUR) Investimento bruto Desinvestimento Investimento líquido 2006 2007 2008 2009 Var.ª 06/10 2010 2010 Jan/Ago 2011 Jan/Ago 70 103 179 594 1.470 125,1% n.d. 401 268 98 41 94 0 -23,1% n.d. 104 -198 5 138 500 1.470 -- 297 Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 -- Dados relativos a um conjunto de 55 mercados n.d. não disponível Embora com os valores bastante superiores aos do IDE do México em Portugal, os relativos ao investimento directo de Portugal no México revelam uma evolução muito irregular, pese embora o nítido crescimento observado nos últimos três anos (com a taxa média anual entre 2006-2010 a atingir 424,8%). No período em análise, destacam-se os anos de 2008 e 2009, com um investimento quer bruto, quer líquido, bastante acima do restante panorama que o presente quadro apresenta. Entre as principais empresas portuguesas com investimento no México destacam-se as seguintes: Altitude Software; Actualsales-Serviços de Marketing na Internet; BES; CGD; Excalibur Capital Parking Experience; Geco; Logoplaste; Mota-Engil; NBB-National Business Brokers Consultoria e Gestão; Neologica; Onara; Palbit; Soares da Costa; Tertir-Terminais de Portugal; Tim We-Serviços de Telecomunicações Móveis e Afins; e WeDo Consulting-Sistemas de Informação. Investimento Directo de Portugal no México 3 (10 EUR) Investimento bruto Desinvestimento Investimento líquido 2006 2007 2008 2009 2010 Var.ª 06/10 424,8% 2010 Jan/Ago 2011 Jan/Ago n.d. 5.564 943 2.650 44.309 39.332 22.522 0 760 4.937 2.527 579 § n.d. 944 943 1.890 39.372 36.805 21.943 -- -- 4.620 Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 § - Coeficiente de variação> = 1000% ou valor zero no período anterior Dados relativos a um conjunto de 55 mercados 3.4. Turismo O quadro abaixo reflecte os dados sobre o turismo em Portugal, na óptica do México como país emissor de turistas. As receitas registaram uma taxa média de crescimento, entre 2006 e 2010, de 13%. Por outro lado, se tivermos em conta as receitas originadas pela totalidade de estrangeiros que se deslocam a Portugal, a quota-parte do México não teve alteração significativa, não chegando a atingir 0,1% do total. 22 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Pelos valores relativos ao turismo dos mexicanos em Portugal, conclui-se que a rubrica “viagens e turismo” será uma importante parcela da balança bilateral dos serviços, no que às exportações diz respeito, apesar de algumas oscilações que tem registado. As estatísticas de 2010 mostram uma nova recuperação da posição do México como país emissor de turistas para Portugal, tendo as receitas representado nos primeiros oito meses de 2011 cerca de 70% do montante total de 2010. Turismo do México em Portugal a 2006 b 3 Receitas (10 EUR) % Total c Posição d 2007 2008 2009 2010 Evol. 06/10 2011 Jan/Ago 4.510 4.908 4.385 4.192 6.622 12,9% 4.643 0,07 0,07 0,06 0,06 0,09 -- 0,09 33ª 37ª 41ª 38ª 31ª -- 33ª Fonte: Instituto Nacional de Estatística; Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2006-2010 (b) Inclui apenas a hotelaria global (c) Refere-se ao total de estrangeiros (d) Receitas - posição enquanto mercado emissor, num conjunto de 55 mercados 4. Relações Internacionais e Regionais O México é membro, entre outras instituições internacionais, do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID), do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), da Câmara de Comércio Internacional (CCI), da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE), da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Organização das Nações Unidas (ONU), assim como das suas agências especializadas. Aderiu à Organização Mundial de Comércio (OMC) em 1 de Janeiro de 1995. A nível regional, o México integra o Acordo Norte-Americano de Comércio Livre (North American Free Trade Agreement - NAFTA), o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Asia-Pacific Economic Cooperation APEC), o Conselho de Cooperação Económica do Pacífico (Pacific Economic Cooperation Council PECC), a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) e o Sistema Económico Latino-Americano (SELA). O NAFTA http://www.nafta-sec-alena.org/en/view.aspx), assinado em 1992, e em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2004, visa a eliminação gradual e progressiva (num prazo de 15 anos) das tarifas alfandegárias, dos controlos fronteiriços e outras barreiras ao comércio entre os seus membros (Canadá, EUA e México). Este Acordo resultou de um alargamento do antigo Tratado de Livre Comércio Canadá-EUA, de 1989. 23 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Ao contrário da União Europeia (UE), o NAFTA não visa a integração total das economias dos países membros, tratando-se de uma Zona de Livre Comércio, reforçada com soluções de carácter liberal ao nível dos serviços, concorrência, investimento e propriedade intelectual (na sequência de acordos suplementares), não estando consagrada, por exemplo, a livre circulação de pessoas. Permanecem actuais as intenções para o eventual alargamento deste Acordo a outros países da América do Sul e Caraíbas. Constituída em 1989, a APEC (http://www.apec.org/) apresenta-se como um grupo informal, que tem dado contributos para a promoção do comércio, a captação de investimento, a transferência de tecnologia e a conservação dos recursos marítimos e da pesca, com o objectivo de constituir uma zona de comércio livre entre os seus membros até ao ano 2020. Os países que integram a organização são: Austrália; Brunei; Canadá; Chile; Coreia do Sul; EUA; Filipinas; Hong Kong-China; Indonésia; Japão; Malásia; México; Nova Zelândia; Papua-Nova Guiné; Peru; República Popular da China; Rússia; Singapura; Tailândia; Taiwan; e Vietname. A última cimeira ministerial, que teve lugar em Novembro de 2009 em Singapura (a próxima será na Rússia em 2012), elegeu como prioridade a criação de um novo paradigma de crescimento económico para os países da região que possa fazer face à actual crise financeira internacional, o que implicará a implementação, pelos Estados-membros, de um conjunto significativo de reformas ao nível das políticas fiscais, monetárias, comerciais, ambientais, entre outras. O PECC (http://www.pecc.org/), por sua vez, é uma organização tripartida não governamental, criada em 1980, vocacionada para a promoção da cooperação económica na zona da Ásia-Pacífico, contando com 23 membros (Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Equador, EUA, Filipinas, Hong Kong-China, Indonésia, Japão, Malásia, México, Mongólia, Nova Zelândia, Peru, República Popular da China, Singapura, Tailândia, Taiwan, Vietname e o Pacific Island Forum), 1 membro associado (territórios franceses do Pacífico) e 2 membros institucionais (a Pacific Trade and Development Conference PAFTAD - e o Pacific Basin Economic Council - PBEC). A ALADI (http://www.aladi.org/) é um organismo intergovernamental que foi criado em 1980 (Tratado de Montevideu) e visa fortalecer as relações entre os seus membros, através da celebração de acordos bilaterais, modernização da estrutura produtiva dos países signatários, harmonização das respectivas políticas macroeconómicas e promoção de uma participação mais activa dos diferentes grupos sociais no processo de integração. Como objectivo final, pretende-se a criação, de forma gradual e progressiva, de um mercado latino-americano, através da aplicação de uma Preferência Tarifária Regional (PTR), ou seja, redução de direitos aduaneiros entre as partes. Para além do México, integram a ALADI os seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. O SELA (http://www.sela.org), formado por 28 países latino-americanos, foi criado em 1975, com a finalidade de acelerar o desenvolvimento económico e social dos seus membros, através da cooperação intra-regional e do estabelecimento de um sistema permanente de consulta e coordenação em assuntos de natureza económica e social. 24 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Finalmente, é de referir que o México assinou acordos comerciais com mais de 40 países, nomeadamente com a União Europeia (EU). As bases legais do relacionamento entre a UE e o México regem-se pelo Acordo de Parceria Económica, de Concertação Política e de Cooperação (“Acordo Global”), assinado em 8 de Dezembro de 1997 (em vigor desde 1 de Outubro de 2000) e que assenta em três vertentes: Comercial – Estabelecimento da liberalização bilateral preferencial, progressiva e recíproca do comércio de mercadorias e de serviços, com o objectivo de criação de uma Zona de Livre Comércio entre as partes no prazo máximo de 10 anos, após a entrada em vigor do Acordo. Cooperação – Reforçar a cooperação ao nível industrial, da promoção dos investimentos, dos serviços financeiros, das PME, da regulamentação técnica e da avaliação de conformidade dos produtos. Diálogo Político – Institucionalizar um diálogo político regular ao nível bilateral e internacional. Os interessados podem aceder a informação actualizada sobre o relacionamento entre as partes no Portal European Union, no tema External Action – México (United Mexican States) – http://eeas.europa.eu/mexico/index_en.htm. 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1. Regime Geral de Importação A adesão do México ao GATT, actualmente OMC, teve reflexo no processo de liberalização da política comercial deste país, sendo que, actualmente, 98% dos bens incluídos na pauta aduaneira dispensam licença prévia de importação. A entrada da generalidade das mercadorias não está sujeita a restrições. No entanto, existem ainda alguns produtos cuja importação é proibida, como peixes vivos e sementes de papoila ou de cannabis, ou que poderão estar sujeitos a licença de importação, como animais vivos, produtos de origem animal, petróleo e seus derivados e pneus usados. Se os produtos objecto de importação consistirem, por exemplo, em calçado, têxteis e artigos de vestuário, poderá ser, ainda exigido um certificado de origem – http://madb.europa.eu/mkaccdb2/viewPageIFPubli.htm?datasetid=MAIF-MX1104v001&filename=cf_o_tx.html&hscode=6404&path=/data/website/madb/egif/prod/MAIF-MX1104v001/&imagepath=/egif/prod/MAIF-MX11-04v001/&page=&country=Mexico&countryid=MX Por outro lado, na importação de plantas e produtos vegetais e de animais vivos poderão ser exigidos certificados fitossanitários e sanitários, respectivamente. 25 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Em virtude das alterações que ocorrem, com alguma frequência, no regime aduaneiro mexicano, as empresas portuguesas deverão solicitar orientações aos seus clientes no mercado e consultar o Guía de Importación, no Site Aduana México / Servicio de Administración Tributaria, que disponibiliza informação actual relevante – http://www.aduanas.sat.gob.mx/aduana_mexico/2008/importando_exportando/142_10068.html. Ao nível da regulamentação técnica importa referir que muitos produtos têm que cumprir obrigatoriamente os requisitos de qualidade previstos nas Normas Oficiales Mexicanas – Normas NOM – quando da sua importação neste país (http://www.economia-noms.gob.mx/noms/inicio.do). A Pauta Aduaneira tem por base o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), Os direitos aduaneiros, calculados (na maioria das situações) numa base ad valorem sobre o valor CIF das mercadorias. As tarifas aplicadas na importação de cada produto, bem como a documentação exigida, podem ser consultadas na página «Market Access Database», da responsabilidade da União Europeia – http://madb.europa.eu (clicar em «Applied Tariffs Database» e em «Exporter’s Guide to Import Formalities»). Aos produtos originários da União Europeia aplicam-se os direitos da coluna EU. Conforme já foi referido, o relacionamento comercial entre o México e a UE rege-se pelo Acordo de Parceria Económica, de Concertação Política e de Cooperação (“Acordo Global”). Na mesma ocasião, foi celebrado o Acordo Provisório sobre Comércio e Matérias Conexas, em vigor desde 1 de Julho de 1998, que visava assegurar, no decurso do processo de ratificação do Acordo Global, o aprofundamento das relações comerciais entre as partes, nomeadamente a criação de uma Zona de Comércio Livre. O sector industrial foi o que mais beneficiou do acordo de liberalização comercial, tendo a UE aberto a totalidade do seu mercado em 2003 e o México apenas em 2007. Não obstante o desmantelamento dos direitos relativos aos produtos agrícolas e das pescas ser mais tardio, já se verifica uma liberalização relevante nesta área. Para que os bens possam beneficiar do regime preferencial quando da sua exportação para o México, a origem comunitária deverá ser comprovada mediante a apresentação do certificado de circulação de mercadorias EUR, 1 ou de declaração emitida pelo exportador, numa nota de entrega ou em qualquer outro documento comercial, que descreva os produtos em causa de uma forma suficientemente pormenorizada para permitir a sua identificação (normalmente designada por declaração na factura). A declaração de origem na factura pode ser feita por qualquer exportador se se tratar de remessas de mercadorias cujo valor não exceda 6.000 euros, ou por um “exportador autorizado” (procedimento simplificado) no que diz respeito a remessas de mercadorias de valor superior a esse montante. 26 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) O estatuto de “exportador autorizado” deve ser solicitado por escrito ao Director-Geral das Alfandegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, devendo o pedido ser acompanhado de um dossier, em duplicado, de onde conste a informação referida no ponto 5.4.5. (página 99) do Manual de Origem das Mercadorias – http://pauta.dgaiec.min-financas.pt/NR/rdonlyres/A2C62368-6C09-4720-88B7- 2521FCB8C79A/0/Manual_Origem_II_Intranet.pdf Para além dos direitos aduaneiros, os produtos estão ainda sujeitos ao Imposto sobre o Valor Acrescentado (taxa geral de 16%; taxa de 11% nas zonas fronteiriças e taxa de 0% para alguns produtos como os animais e vegetais não industrializados, leite, fertilizantes, medicamentos de marca, livros e revistas, etc). Existem, também, impostos especiais que recaem sobre determinados tipos de produtos, como as bebidas alcoólicas, o tabaco e a gasolina. A acrescer a estes encargos, refira-se uma taxa de 0,8% referente a despesas alfandegárias – Derecho de Tramite Aduanero (DTA). Em alguns casos, esta taxa de 0,8% é substituída por um valor fixo de 222,90 pesos mexicanos, como por exemplo, nos bens originários da União Europeia acompanhados de um certificado de origem válido. No que se refere às importações temporárias (ex, importações de amostras comerciais, de produtos para participação em feiras, etc) a 16 de Maio de 2011 entrou em vigor no México o regime da Caderneta A.T.A. (“Cuaderno A.T.A.”). 5.2. Regime de Investimento Estrangeiro Não obstante a maioria dos sectores de actividade estar aberta ao investidor estrangeiro, podendo este deter a totalidade do capital das empresas existem, ainda, várias excepções estabelecidas por lei, nomeadamente nos sectores da energia e das telecomunicações. O investimento estrangeiro no México rege-se pelos princípios consagrados pela Lei de Investimento Estrangeiro (LIE), de 27 de Dezembro de 1993 e objecto de várias alterações posteriores (com o propósito de alargar os sectores económicos ao investimento estrangeiro e estabelecer mecanismos para uma maior simplificação administrativa nesta área) e pelo respectivo Regulamento, de 8 de Setembro de 1998, que define as regras a que deve obedecer a aplicação da LIE, no que respeita à aquisição de propriedade rural e urbana, ao investimento realizado por instituições financeiras internacionais, entre outros aspectos. De acordo com o quadro jurídico estabelecido, o investidor estrangeiro e as sociedades com capital estrangeiro devem cumprir várias formalidades junto do Registro Nacional de Inversiones Extranjeras, que funciona na Secretaria da Economia http://www.economia.gob.mx/swb/es/economia/p_Direccion_General_Adjunta_del_RNIE: inscrição – no registo, avisos e alterações da informação, entrega de informação anual, entrega de informação trimestral sobre fluxos e entrega de informação fiscal. 27 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Sem prejuízo deste cenário, o investidor estrangeiro (e nacional) vê cerceado o seu acesso a determinadas áreas de actividade estratégica reservadas ao sector público, das quais se destacam: distribuição de energia eléctrica; extracção de petróleo e seus derivados; serviços postais; e o controlo, supervisão e vigilância de portos e aeroportos. Paralelamente, alguns sectores encontram-se reservados às pessoas singulares e colectivas mexicanas, como sejam: transporte terrestre nacional de passageiros; turismo e carga; comércio a retalho e distribuição de combustíveis; instituições bancárias de desenvolvimento; serviços de rádio e televisão que não operem por cabo; e a prestação de serviços profissionais técnicos excluídos por lei. O investidor estrangeiro apenas pode participar nestas áreas por via do mecanismo designado Investimento Neutro, o que tem como consequência que para a participação estrangeira no capital social de uma empresa, apenas resultam vantagens pecuniárias, encontrando-se limitado o exercício da generalidade dos demais direitos sociais. Refira-se, ainda, que existem actividades de acesso condicionado à participação de capital estrangeiro, cujos limites não podem ser ultrapassados: sociedades cooperativas de produção (até 10% do capital de uma sociedade mexicana); transporte aéreo (até 25%); seguros, sociedades gestoras de grupos financeiros, sociedades de câmbio, impressão e publicação de jornais e revistas, fabricação e comercialização de explosivos, munições e armas de fogo, entre outras (até 49%). O organismo responsável pela aplicação da LIE é a Comisión Nacional de Inversiones Extranjeras (CNIE) devendo o investidor estrangeiro consultar este organismo para o esclarecimento de quaisquer dúvidas relacionadas com o enquadramento jurídico do investimento. Não há limites ao repatriamento de capital para o exterior, desde que sejam cumpridas as exigências legais em termos de registo e respectivas obrigações fiscais, bem como dos rendimentos decorrentes do pagamento de royalties dentro de certos limites pecuniários. O investidor estrangeiro tem acesso a vários incentivos, que se podem traduzir, nomeadamente, em isenções aduaneiras aplicadas à importação de matérias-primas e equipamentos para a produção de bens destinados à exportação, assistência financeira e prioridade no desalfandegamento das mercadorias, programas de promoção sectorial, apoios à formação profissional e ao desenvolvimento tecnológico e inovação. O ProMÉXICO (http://www.promexico.gob.mx/) é o organismo federal encarregue da promoção do comércio e do investimento externo. Este organismo disponibiliza, no seu Site, um Guia com informação relevante para o investidor (informação sobre a criação de empresas, sistema fiscal, laboral, etc) – http://mim.promexico.gob.mx/work/sites/mim/resources/LocalContent/211/2/Libro_Azul_English.pdf. 28 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Quanto às formas de estabelecimento as sociedades comerciais mexicanas são muito semelhantes às sociedades comerciais portuguesas, sendo os tipos de empresas mais utilizados a sociedade anónima e a sociedade de responsabilidade limitada. Os interessados podem consultar informação no Site – Portal de Empresas (http://www.tuempresa.gob.mx/portal/comun/publico/usuario/home.do). Em 2002 foi criado o SARE (Sistema de Apertura Rápida de Empresas – http://www.cofemer.gob.mx/contenido.aspx?contenido=122#) com vista a facilitar a constituição de sociedades no país, reduzindo os custos administrativos e os atrasos verificados. Com o SARE as PME podem iniciar a actividade em menos de 72 horas, cumprindo apenas duas das oito formalidades federais e tratar do processo de constituição num só dia. Para certo tipo de actividades poderá ser exigida tramitação adicional, tendo o processo de constituição, nesse caso, uma duração máxima de 3 meses. Finalmente, ao nível bilateral, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foram assinados entre Portugal e o México o Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos e a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, em vigor, respectivamente, desde 4 de Setembro de 2000 e 9 de Janeiro de 2001. 5.3. Quadro Legal Regime de Importação • Reglas de Carácter General en Materia de Comercio Exterior para 2011, publicado no Diário Oficial Federal de 29 de Julho de 2011 – Estabelece facilidades em matéria aduaneira e de comércio externo, com vista a contribuir para a competitividade das empresas – http://www.aduanas.sat.gob.mx/aduana_mexico/2008/normatividad/143_21253.html • Ley Aduanera, publicada no Diário Oficial Federal de 15 de Dezembro de 1995 (com alterações posteriores) – Aprova a lei aduaneira – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/doc/12.doc • Ley de Comercio Exterior, publicada no Diário Oficial Federal de 27 de Julho de 1993 (com alterações posteriores) – Define o quadro legal do comércio externo – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/doc/28.doc Regime de Investimento Estrangeiro • Ley del Impuesto sobre la Renta, publicada no Diário Oficial Federal de 1 de Janeiro de 2002 (com alterações posteriores) – Aprova o quadro legal do imposto sobre o rendimento – http://www.shcp.gob.mx/LASHCP/MarcoJuridico/MarcoJuridicoGlobal/Leyes/166_liva.pdf 29 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) • Reglamento de la Ley de Inversión Extranjera y del Registro Nacional de Inversiones Extranjeras, publicado no Diário Oficial Federal de 8 de Setembro de 1998 – Regulamenta a lei do investimento estrangeiro e do registo nacional do investimento estrangeiro – http://www.economia.gob.mx/swb/work/models/economia/Resource/495/1/images/ReglameLIE.pdf • Ley de Inversión Extranjera, publicada no Diário Oficial Federal de 27 de Dezembro de 1993 (com alterações posteriores, a última das quais em 20.08.2008) – Estabelece o regime legal do investimento estrangeiro – http://www.economia.gob.mx/swb/work/models/economia/Resource/2205/1/images/LIE.pdf • Ley de la Propiedad Industrial, publicada no Diário Oficial Federal de 27 de Junho de 1991 (com alterações posteriores, a última das quais em 06.01.2010) – Estabelece as bases legais da propriedade industrial – http://www.shcp.gob.mx/LASHCP/MarcoJuridico/MarcoJuridicoGlobal/Leyes/136_lpi.pdf • Ley del Impuesto sobre Producción y Servicios, publicada no Diário Oficial Federal de 30 de Dezembro de 1980 (com alterações posteriores) – Define a lei do imposto especial sobre a produção e os serviços – http://www.shcp.gob.mx/LASHCP/MarcoJuridico/MarcoJuridicoGlobal/Leyes/168_liesps.pdf • Ley del Impuesto al Valor Agregado, publicada no Diário Oficial Federal de 29 de Dezembro de 1978 (com alterações posteriores) – Define o quadro jurídico do imposto sobre o valor acrescentado – http://www.shcp.gob.mx/LASHCP/MarcoJuridico/MarcoJuridicoGlobal/Leyes/166_liva.pdf • Ley General de Sociedades Mercantiles, publicada no Diário Oficial Federal de 4 de Agosto de 1934 (com alterações posteriores) – Regulas as sociedades comerciais – http://www.economia.gob.mx/swb/work/models/economia/Resource/12/1/images/144.pdf • Código de Comercio, publicado no Diário Oficial Federal de 7 de Outubro de 1889 (com alterações posteriores) – Regula os actos de comércio – http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/doc/3.doc Acordos Relevantes • Decisão do Conselho 2000/658/CE, de 28 de Setembro (JO L n,º 276, de 28 de Outubro de 2000) – Relativa à celebração do Acordo de Parceria Económica, de Concertação Política e de Cooperação entre a Comunidade Europeia e os seus Estados-membros, por um lado, e os Estados Unidos Mexicanos, por outro – http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2000:276:0045:0061:PT:PDF No Site da UE, tema External Action, os interessados podem aceder a informação sobre o relacionamento bilateral com o México – http://eeas.europa.eu/mexico/index_en.htm, 30 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) • Resolução da Assembleia da República n,º 84/2000, de 15 de Dezembro – Aprova a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, entre Portugal e o México – http://dre.pt/pdf1sdip/2000/12/288A00/72547285.pdf • Decreto n,º 18/2000, de 3 de Agosto – Aprova o Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos, entre Portugal e o México – http://dre.pt/pdf1sdip/2000/08/178A00/37133729.pdf Para mais informação legislativa sobre mercados externos, consulte o Site da aicep Portugal Global em: http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExtern os.aspx. 6. Informações Úteis Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos de natureza política, monetária e catastrófica. No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice individual, a cobertura para o mercado do México (mercado prioritário) é a seguinte (Dezembro de 2010): Curto prazo – Aberta sem restrições; Médio/Longo prazo – Em princípio aberta sem restrições. A eventual exigência de garantia bancária, para clientes privados, será decidida casuisticamente. Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da Direcção Internacional da COSEC. Hora Local Na maioria do território mexicano, incluindo a Cidade do México, a hora local corresponde ao UTC menos seis horas, Face a Portugal, o México tem menos seis horas no nosso horário de Verão. A diferença persiste no nosso horário de Inverno, dado que o México também muda a hora. Deve atender-se, contudo, que as datas da mudança horária não coincidem nos dois países, pelo que haverá dois curtos períodos em que aquelas diferenças não se verificam. Horários de Funcionamento Serviços Públicos: 9h00-14h00 / 15h00-17h00 (segunda a sexta-feira) 31 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Bancos: 9h00-16h00 (segunda a sexta-feira) Comércio: 9h00-20h00 (segunda-feira a sábado) Feriados Datas Fixas: 1 de Janeiro – Dia de Ano Novo 1 de Maio – Dia do Trabalhador 5 de Maio – Dia do Aniversário da Batalha de Puebla (parcial) 16 de Setembro – Festa da Independência 1 de Novembro – Dia de Todos-os-Santos (parcial) 2 de Novembro – Dia de Finados (parcial) 12 de Dezembro – Dia de Nossa Senhora de Guadalupe (parcial) 25 de Dezembro – Dia de Natal Datas Móveis: A primeira segunda-feira de Fevereiro, em comemoração do dia 5 de Fevereiro – Dia da Constituição A terceira segunda-feira de Março, em comemoração do dia 21 de Março – Dia do Nascimento de Benito Juárez Quinta e Sexta-feira Santa A terceira segunda-feira de Novembro, em comemoração do dia 20 de Novembro – Dia do Aniversário da Revolução De 6 em 6 anos, o dia 1 de Dezembro, quando há transmissão do poder executivo federal Corrente Eléctrica 110 Volts AC, 60Hz. Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico. 32 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) 7. Endereços Diversos Em Portugal Embaixada do México em Portugal Estrada de Monsanto, 78 1500-462 Lisboa Tel.: (+351) 21 7621290 I Fax: (+351) 21 7620045 E-mail: [email protected] I http:// www.sre.gob.mx/portugal aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. O' Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430 – 2º andar 4150-074 Porto Tel.: (+351) 22 6055 300 I Fax: (+351) 22 6055 399 E-mail: [email protected] I http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa Tel.: (+351) 21 7909500 | Fax: (+351) 21 7909581 E-mail: [email protected] I http://www.portugalglobal.pt COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Direcção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa Tel.: (+351) 21 79138 21 I Fax: (+351) 21 79138 39 E-mail: [email protected] I http://www.cosec.pt Turismo de Portugal, I.P. Rua Ivone Silva, Lote 6 1050-124 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 211 140 200 I Fax: (+351) 211 140 830 E-mail: [email protected] I http://www.turismodeportugal.pt Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo Rua da Alfândega, nº 5 1149-006 Lisboa Tel.: (+351) 218 813 700 | Fax: (+351) 218 813 818 http://www.dgaiec.min-financas.pt 33 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Câmara de Comércio e Indústria Luso Mexicana Av. da República, 58, 13 º 1050-197 Lisboa Tel.: (+351) 21 7959161 I Fax: (+351) 21 7959162 E-mail: [email protected] I http://www.camaralusomexicana.org No México Embaixada de Portugal no México Calle Alpes, 1370 Col. Lomas de Chapultepec Del. Miguel Hidalgo 11000 México, DF Tel.: (+52) 55 55 202 562 / 552 078 97 I Fax: (+52) 55 552 046 88 E-mail: [email protected] I http://www.secomunidades.pt/web/mexico aicep Portugal Global – Cidade do México Embajada de Portugal – Oficina Comercial Calle Alpes, 1370 Col. Lomas de Chapultepec Del. Miguel Hidalgo 11000 México, DF Tel.: (+52) 55 5540 77 50 I Fax: (+52) 55 55207893 E-mail: [email protected] I http://www.portugalglobal.pt Cônsul Honorário em Cancún Calle Guanábana nº 40, Super Manzana 25, Manzana 13, Lote 11, 2do, Piso Depto. 2 México Tel.: (+52) 998 884 28 72 I Fax: (+52) 998 884-2735 E-mail: [email protected] / [email protected] Cônsul Honorário em Veracruz Benito Juárez, 86 – Altos Col. Centro 91700 Veracruz, - Ver – México Tel.: (+52) 229 931 18 36 / 932 25 27 I Fax: (+52) 229 932 41 02 E-mail: [email protected] I http://www.secomunidades.pt/web/mexico Confederación de Cámaras Nacionales de Comercio Servicios y Turismo – CONCANACO Balderas, 144 – 2º e 3º pisos Col. Centro 06079 México, DF Tel.: (+52) 55 557229300 I Fax: (+52) 55 954 334 8001 http://www.concanacored.com 34 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) Secretaría de Economia Alfonso Reyes Nº. 30 Col. Hipódromo Condessa C. P. 06140 Del. Cuauhtémoc - México, DF Tel.: (+52) 55 57299100 E-mail: [email protected] I http://www.economia.gob.mx Aduanas de México Av. Hidalgo 77, Módulo IV Planta Baja Colonia Guerrero E-mail: [email protected] I http://www.aduanas.gob.mx Secretaría de Turismo Av. Presidente Masaryk, 172 Col. Chapultepec Morales 11580, México, DF Tel.: (+52) 55 3002 6300 I Fax: (+52) 55 52500027 http://www.sectur.gob.mx Banco de México – BANXICO (Banco Central) Av. 5 de Mayo, 20 Col. Centro Del. Cuauhtémoc 06059 México, DF Tel.: (+52) 55 52372000 I Fax: (+52) 55 52372419 http://www.banxico.org.mx 8. Fontes de Informação 8.1. Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre o México • Título: “Relações Económicas Bilaterais com o México 2006–2011 (Janeiro a Julho)” Edição: 09/2011 • Título: “México – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 02/2011 35 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) • Título: “México – Sites Seleccionados” Edição: 02/2011 • Título: “México – Informações e Endereços Úteis” Edição: 02/2011 • Título: “México – Relações Económicas com Portugal” Edição: 11/2010 • Título: “México – TIC – Análise do Sector” Edição: 06/2010 • Título: “Acordos Bilaterais Portugal/Nafta” Edição: 03/2010 • Título: “México – O Sector das Telecomunicações” Edição: 05/2009 • Título: “México – O Sector Energético: Importância Crescente das Energias Renováveis” Edição: 04/2009 • Título: “México – Dossier de Mercado” Edição: 01/2009 • Título: “México – Sector das Águas” Edição: 10/2008 • Título: “México – Guia de Acesso ao Mercado” Edição: 01/2008 • Título: “México – Oportunidades e Dificuldades de Mercado” Edição: 07/2007 Documentos de Natureza Geral • Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático” Edição: 09/2010 • Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 03/2010 36 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) • Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 04/2009 • Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção” Edição: 02/2009 • Título: “Normalização e Certificação” Edição: 11/2008 • Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 08/2008 • Título: “Seguros de Créditos à Exportação” Edição: 06/2008 • Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro” Edição: 06/2008 • Título: “Guia do Exportador” Edição: 02/2008 • Título: “Contrato Internacional de Agência” Edição: 03/2005 A Informação On-line pode ser consultada no Site da http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx aicep ou Portugal no Global, tema na “Mercados Livraria Digital Externos” – em – México: http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/Paginas/MercadosExternos.aspx?marketId=36. 8.2. Endereços de Internet • Aduana México – http://www.aduanas.sat.gob.mx/aduana_mexico/2011/home.asp • Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC) – http://www.apec.org/ • Asociación de Bancos de México (ABM) – http://www.abm.org.mx • Asociación Latinoamericana de Integración (ALADI) – http://www.aladi.org/ • Banco Nacional de Comercio Exterior (Bancomext) – http://www.bancomext.gob.mx/ • Cámara de Comercio e Industria Luso-Mexicana – http://www.camaralusomexicana.org 37 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) • Cámara di Diputados – http://www.diputados.gob.mx/ • Delegation of the European Union to Mexico – http://ec.europa.eu/delegations/mexico/index_en.htm • Dirección General de Compilación y Consulta del Orden Jurídico Nacional http://www.ordenjuridico.gob.mx/index.php • Gobierno Federal / Presidencia de la República – http://www.presidencia.gob.mx • Guía Interactiva de Trámites para Iniciar tu Negocio (Herramientas PYME) – http://mexico.smetoolkit.org/mexico/es/content/es/2936/Guia-interactiva-de-tramites-para-iniciar-tu-negocio • Instituto Mexicano de la Propiedad Industrial (IMPI) – http://www.impi.gob.mx/ • Instituto Nacional de Información Estadística e Geográfica (INEGI) – http://www.inegi.org.mx/inegi/default.aspx • Instituto PYME – http://www.institutopyme.org/ • Legislación Federal – http://info4.juridicas.unam.mx/ijure/fed/ • Lexadin – Legislation Mexico – http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/oeur/lxwemex.htm • Market Access Database (direitos aduaneiros. formalidades. barreiras. etc.) – http://madb.europa.eu/mkaccdb2/indexPubli.htm • Mexican Laws in English – http://www.mexicanlaws.com/ • Mexico Travel – http://www.mexico-travel.com • MEXonline – http://www.mexonline.com/ • NAFTA Secretariat – http://www.nafta-sec-alena.org/en/view.aspx • Pacific Economic Cooperation Council (PECC) – http://www.pecc.org/ • Portal de Empresas – http://www.tuempresa.gob.mx/portal/comun/publico/usuario/home.do • ProMéxico (Inversión y Comercio) – http://www.promexico.gob.mx 38 aicep Portugal Global México – Ficha de Mercado (Novembro 2011) • Secretaria de Agricultura, Ganadería, Desarrollo Rural, Pesca y Alimentación http://www.sagarpa.gob.mx/ • Secretaría de Economía (SE) – http://www.economia.gob.mx/ • Secretaría de Hacienda y Crédito Público (SHCP) – http://www.shcp.gob.mx/Paginas/default.aspx • Secretaría de Medio Ambiente y Recursos Naturales – (SEMARNAT) – Leyes y Normas – http://www.semarnat.gob.mx/leyesynormas/Pages/inicio.aspx • Secretaría de Turismo – http://www.sectur.gob.mx/ • Secretaría de Salud - http://portal.salud.gob.mx/ • Servicio de Administración Tributaria (SAT) – http://www.sat.gob.mx • Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe (SELA) – http://www.sela.org/view/index.asp • Sistema de Información Empresarial Mexicano (SIEM) – http://www.siem.gob.mx/ 39 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 114 927 980 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120