a família maçônica - `.R.`.L.`.S.`. Frat. Univ. Luz do Oriente nº3559

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a família maçônica - `.R.`.L.`.S.`. Frat. Univ. Luz do Oriente nº3559
A FAMÍLIA MAÇÔNICA
1. FAMÍLIA
Procuramos no dicionário da maçonaria, encontramos como símbolo da Família
Maçônica, a Romã, que em seus grãos unidos, representa prosperidade e solidariedade.
No templo de Salomão, a circunferência do segundo capitel das colunas do pórtico era
ornamentada com 200 romãs postas em 2 ordens. O profeta Maomé afirmava “coma romã
para se livrar da inveja e do ódio”.
No Cântico dos Cânticos, poema dramático-idílico apócrifo, atribuído ao rei Salomão
por uma velha tradição, o amor humano é exaltado através de dois personagens principais, o
esposo e a esposa, no caso a família.
Nesses cânticos, a beleza da face da amada é comparada ao fruto da romãzeira, cuja
cor talvez represente o ideal de beleza daquela época.
Ainda no dicionário, dessa vez, acadêmico, a palavra FAMÍLIA significa:
- família
“Acepções:
1. grupo de pessoas vivendo sob o mesmo teto (esp. o pai, a mãe e os filhos)
2. grupo de pessoas que têm uma ancestralidade comum ou que provêm de um mesmo
tronco;
3. pessoas ligadas entre si pelo casamento e pela filiação ou, excepcionalmente, pela adoção;
Derivação: sentido figurado. grupo de pessoas unidas por mesmas convicções ou interesses
ou que provêm de um mesmo lugarEtimologia:lat. familìa,ae 'domésticos, servidores, escravos,
séqüito, comitiva, cortejo, casa, família'; ver famili-Sinônimos:sinonímia de linhagem”
· famili“Acepções: antepositivo, do lat. familìa,ae 'conjunto de criados e escravos que vivem sob o
mesmo teto',
p.opos. a gens,gentis 'conjunto de pessoas com um mesmo ancestral'; ...der. latinos: familiáris,
e 'da casa, da família', familiarìtas,átis 'amizade, laços de amizade', familiaresco,is,ère
'familiarizar-se, tornar-se familiar', familiòla,ae 'pequena família'; ...”
· linhagem
“Acepções:
1. série de gerações; linha de parentesco; genealogia, estirpe
2. Derivação: sentido figurado. classe, condição social ...Etimologia:fr.ant. lignage (1050) 'id.',
de ligne 'linha', do lat. linèa,ae 'linha'; ...”
Neste sentido, podemos adotar, que, na concepção maçônica, as palavras “pela
adoção”, se traduzem em “pela iniciação”, desta forma quando o profano é iniciado (adotado),
ele entra para a entidade maçônica, transformando-se em um irmão; no sentido figurado faz
mais sentido ainda: “grupo de pessoas unidas por mesmas convicções ou interesses ou que
provêm de um mesmo lugar” etimologicamente, perseguimos pela palavra famili-, em sua
derivação latina, noz diz, “familiarìtas,átis 'amizade, laços de amizade'”, e seu sinônimo em
“linhagem” traz mais claro ainda o real significado da palavra família.
Vê-se a primeira acepção da palavra família “grupo de pessoas vivendo sob o mesmo
teto”, estando nós “em Família Maçônica”, significa que, a maçonaria apadrinha, protege, age,
encaminha, patrocina, cria meios de seguir os preceitos mais adequados; para nossos filhos,
filhas, esposas, sobrinhos, sobrinhas, netos, amigos, além de para nós mesmos. Por si só, nas
últimas décadas, a Maçonaria, apresenta essas ferramentas, cria essas filosofias, essas
organizações, estes preceitos, que bem trabalhados e estruturados tem o objetivo de
transformar o mundo turbulento no qual vivemos hoje, em algo melhor no futuro, trazendo
luz, sabedoria, força, energia, para a construção do templo da humanidade.
Nas palavras de um verdadeiro MESTRE, DALAI LAMA: “HOJE, UM DOS MAIORES
PROBLEMAS DA SOCIEDADE É A DESMORALIZAÇÃO DA CONSCIÊNCIA”, a importância da
família maçônica está aí, fazer com que às mentiras, às hipocrisias, a não existência de valores
morais e éticos, às negligências, os descasos, os vícios, transformem-se em virtudes para
nossos jovens, nossas esposas, nossos amigos, ou seja, todos aqueles que efetivamente
mudarão o sentido para qual a sociedade está caminhando.
2. PRINCIPAIS FERRAMENTAS / SOCIEDADES QUE CONGREGAM A FAMÍLIA MAÇÔNICA
Dentro desse contexto, iremos apresentarmos as ferramentas e sociedades que foram
criadas por dignos irmãos maçons e apadrinhadas pela maçonaria para a evolução de nossas
famílias.
A Maçonaria por ser uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e
progressista, não se preocupa apenas com a evolução do “HOMEM”, por assim dizer, mas sim
com a evolução de todos aqueles que estão ao seu redor, ou seja, a família constituída pelos
filhos, filhas, esposa.
A maçonaria tem essa consciência, de que a evolução e a aprendizagem se tornam
mais fáceis quando todos a seu redor compartilham do mesmo ideal, como nossa família é
nosso “próximo” mais próximo, proporciona através das entidades, explicadas abaixo, esse
aperfeiçoamento, através dos ensinamentos de preceitos de virtudes morais e éticas.
2.1 - Lowton
A palavra Lowton não é encontrada em nossos dicionários comuns, profanos, de
qualquer língua, mas é usada em alguns dialetos na Escócia. Supõe-se que seja corruptela de
termo egípcio, significando lobo ou chacal. Alguns povos pronunciam luston ou Lowton; na
França usa-se o termo luveton e na Inglaterra lewis. Por Lowton são assim chamados os
adotados pela Maçonaria, porque lobo – ou o chacal, da mesma família -, desde os mais
recentes tempos representa a coragem, o destemor, sendo o único animal selvagem que só se
defende, raramente, atacando presas só para se alimentar. As más qualidades fogem do lobo,
como as trevas se afugentam e cedem à luz do sol. Lembremos que Baden Powel, criador do
Escotismo, o cognominou uma classe de lobinhos, certamente se inspirando nesses fatos.
A cerimônia de adoção de Lowton é impropriamente chamada de batismo, uma vez
que os Lowtons tornam-se filhos adotivos da loja, a qual contrai para com eles a obrigação de
servir-lhes de tutor e de seu guia na vida social, acompanhando-os em seus passos na
coletividade em que convivem. Ante esse sagrado dever, não deve as lojas praticarem essa
adoção, senão com prudência. É uma cerimônia que nada tem de religioso, mas sim é litúrgica
e ritualística, simplesmente.
No momento da adoção a Ordem comunica ao adotado os seus grandes princípios e
idéias, por símbolos, apresentados num cerimonial preciso e respeitoso. Deve os pais
reconhecer a grande honra que lhes representa ao terem seus filhos adotados por uma Loja.
Estão fazendo a entrega de seus filhos para filiarem-se na Ordem, pela Loja, onde receberão
com o máximo carinho fraternal sua instrução e direcionamento a um modo de vida
totalmente responsável, livre e fraternal. Aos padrinhos, aos quais os pais dos adotados
entregaram seus filhos para o ato da adoção em sessão de Lowtons, cabe reconhecerem a
honra de estarem representando a Loja e assumindo, em seus nomes, os fraternos
compromissos da adoção, até a sua formação e principalmente na falta de seus pais, se
ocorrerem.
Naquele momento os padrinhos assumem as responsabilidades: de guiar seus
afilhados na senda da fraternidade; mostrar-lhes a importância da liberdade; exaltar a
fraternidade para onde foram guiados e dedicarem amor e cuidado com as crianças órfãs.
Os padrinhos e a própria Loja devem tudo fazer para que essas crianças, esses jovens,
transformem-se em verdadeiros homens, cônscios de seus deveres, responsáveis pelas suas
liberdades com o sentido de auto vigilância sobre os seus atos acima de tudo, alertá-los para
que se tornem sabedores de todas as injunções do ser humano, mas dispostos a ultrapassá-las,
É dever dos padrinhos maçons demonstrarem, pela prática na vida profana, pelo exemplo de
seus atos e pela vivência das virtudes teologais.
Existe hoje em dia um projeto intitulado, PROJETO LOWTON, com o propósito de
transmitir aos jovens conhecimentos filosóficos – maçônicos, seus direitos, e obrigações
perante a sociedade, tornando-os no futuro, pessoas capazes de exercer a cidadania, com
preceitos morais e éticos.
2.2 - Ordem DeMolay
A Ordem DeMolay é uma Entidade para Jovens de 12 a 21 anos de idade, que surgiu
em 1919, quando o primeiro DeMolay Louis Lower, acompanhado de mais oito amigos se
reuniram no Templo do Rito Escocês com Frank Sherman Land, Em Kansas City, Missouri,
Estados Unidos da América, com o intuito de formar uma nova organização de jovens.
O nome Ordem DeMolay foi escolhido por Frank S. Land, após a análise de muitos
outros nomes. Coincidiu também de que a primeira reunião com os nove membros, sob o
nome de Ordem DeMolay, ocorreu em 18 de março de 1919, aniversário da morte de Jacques
DeMolay, que morreu na mesma data, no ano de 1314.
Jacques DeMolay foi o último Grão Mestre da Ordem dos Templários, que baseou sua
vida nos princípios que hoje os DeMolay alicerçam sua conduta.
A partir daí, sob a égide da Maçonaria, a Ordem DeMolay se desenvolveu e
transcendeu os limites geográficos e culturais dos Estados Unidos, conquistando mais 11
países, pelos quais passaram mais 3 milhões de jovens.
Atualmente, 111 mil jovens compõem a Ordem DeMolay, espalhados por mais de 5 mil
Capítulos.
Dentre os três milhões de jovens, vários se tornaram personalidades mundiais, dentre
os quais estão o Walt Disney, o Jonh Wayne e o ex-presidente dos Estados Unidos da América,
Bill Clinton.
DeMolay é uma organização dedicada a preparar jovens homens a levarem uma vida
mais próspera, feliz e produtiva.
Sob o aconselhamento de adultos; liderança hábil, cidadania consciente,
responsabilidade e desenvolvimento do caráter são aprendidos através de uma variedade de
caminhos, um mundo real de aplicações e atividades. DeMolay constrói confiança; ensina a
responsabilidade, cooperação e serviços comunitários; e fortalece a confiança, o respeito, o
companheirismo, o patriotismo, a reverência e a compaixão.
Condições "Sine Qua Non" da Ordem DeMolay:
Um Capítulo DeMolay é formado por rapazes, que professem uma crença em Deus e
reverenciem seu Santo nome, que afirmem lealdade a seu país e respeito à Bandeira Nacional,
que abracem à prática de moral pessoal.
No Brasil, apesar da Ordem estar com apenas 27 anos de instalação, também já
produziu diversos líderes se destacando como líderes políticos, comunitários, empresários e
atletas. Todos eles falam eloquentemente do benefício do envolvimento deles com a Ordem
DeMolay.
A Ordem DeMolay foi trazida para o Brasil pelo Ir.: Alberto Mansur que no dia 16 de
agosto de 1980 fundou e instalaram o Capítulo "Rio de Janeiro nº01”, o Matter da América do
Sul com a Iniciação de 63 jovens.
EMBLEMA
O emblema oficial DeMolay está centrado em volta de uma COROA o que é simbólico
da Coroa da Juventude e constantemente relembra ao DeMolay suas obrigações e dos Sete
Princípios da Ordem (Amor Filial, Reverência pelas Coisas Sagradas, Cortesia, Companheirismo,
Fidelidade, Pureza e Patriotismo).
Os RUBIS VERMELHOS: dez no total, simbolizam o Fundador Frank Shermann Land, e
os Nove DeMolays Originais - Louis Gordon Lower (o Primeiro DeMolay); e os outros oito.
Antigamente havia PÉROLAS BRANCAS: representando o Fundador e os originais ainda vivos,
só que elas foram sendo substituídas pelos rubis à medida que eles foram falecendo.
O ELMO é o emblema do cavalheirismo, sem a qual não pode haver nenhuma fineza de
caráter. Representado em cima da Coroa da Juventude, virado para o ocidente, recordando a
nobreza dos cavaleiros medievais e toda a raça de sua existência, coragem e bravura em
campos de batalha. Representa a postura hierárquica, sagrada e religiosa. Os candidatos
quando se iniciam na Ordem DeMolay, formarão o próprio elenco do brasão, simbolizando que
possuem todas as elevadas qualidades morais representadas pelo elmo: cortesia, nobreza de
caráter e cavalheirismo.
A LUA CRESCENTE é um sinal de segredo e constantemente relembra aos DeMolay de
sua promessa de nunca revelar os segredos ou trair um amigo.
O CRUZEIRO ARMADO PENTARRADIAL BRANCO simboliza a pureza de intenções do
indivíduo para sempre lembrar o lema da Ordem: "Nenhum DeMolay deve falhar como
cidadão, como líder ou como homem".
As ESPADAS CRUZADAS denotam justiça, força e piedade. Elas simbolizam a incessante
batalha de um DeMolay contra a arrogância, despotismo e intolerância.
As ESTRELAS circundando a lua são simbólicas de esperança e devem sempre lembrar
um DeMolay daquelas obrigações e deveres os quais um Irmão sempre tem com um outro.
Também encontramos na Ordem DeMolay algumas ordens paralelas, das quais
podemos destacar a Ordem da Cavalaria, a Corte de Chevaliers e o Colégio Alumni.
Para mais informações, visite: http://demolay.org.br/
2.3 Távola dos Escudeiros
A Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda foi estabelecida em 1995 como um
compromisso para a Ordem DeMolay. Sua missão é permitir que jovens, do sexo masculino, de
7 a 12 anos tenham oportunidade de participar de algumas atividades em conjunto ao
DeMolay, com fins educacionais e cerimoniais.
O nome “Távola Redonda”, relacionado à lenda do Rei Artur, foi escolhido porque
aquela antiga ordem possuía os mais elevados ideais de serviço, perfeição, camaradagem e
igualdade entre os Cavaleiros. Dessa forma, é importante que se forme um grupo de meninos,
futuros homens, com os mesmos ideais para corrigirem as muitas injustiças que afligem a
humanidade.
A Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda é uma entidade que faz parte da Ordem
DeMolay colocando garotos de ambas as Ordens em contato freqüente. As reuniões são todas
uniformes,sendo denominadas “ritualísticas”. O “Ritual” é bem simples e as reuniões ocorrem
mensalmente, fazendo com que os jovens se familiarizem com as práticas de uma sociedade
iniciática, sem sobrecarregá-los e sem tornar o grupo desestimulante. Por isso, é imperativo
que se realizem atividades simples, que os faça tornarem amigos e se integrar à Família
Maçônica.
Cada Távola é patrocinada por um Capítulo DeMolay e fica sob auspícios do Conselho
Consultivo correspondente (Grupo de Maçons responsável pelos DeMolay). Há um DeMolay,
denominado de Nobre Cavaleiro, que funciona como Consultor (Responsável pelos
Escudeiros). É ele quem acompanha os jovens Escudeiros, durante as cerimônias, e por isso ele
deve ser considerado um irmão mais velho destes jovens.
As Cerimônias da Ordem foram escritas para serem facilmente lidas e aprendidas pelos
Escudeiros, ensinando-lhes lições morais de alto valor, como serem sempre educados e leais, a
dizerem a verdade, a preocuparem-se com o próximo, a se empenharem nos estudos, entre
outras. Estes ensinamentos são os mesmos que são ministrados aos DeMolay, com as devidas
adaptações.
EMBLEMA
O emblema dos escudeiros é um círculo dividido em quatro partes. O quadrante
superior, à esquerda, é um emblema da Ordem DeMolay, pois se não existisse o DeMolay, não
existiriam os escudeiros. O quadrante superior, à direita, é um malhete, o qual representa o
malhete da justiça empunhado pelo Mestre Escudeiro durante as reuniões. No quadrante
inferior, à esquerda, está uma espada, a espada da verdade empunhada pelo 1º Escudeiro
durante as reuniões. Por último no quadrante inferior, à direita, estão os livros da sabedoria,
que estão em posse do 2º Escudeiro durante as reuniões.
2.4 - Ordem Internacional das Filhas de Jó
A Ordem Internacional das Filhas de Jó foi criada no dia 20 de outubro de 1.920, pela
Sra. Ethel T. Wead Mick, na cidade de Omaha, no Estado de Nebraska, Estados Unidos da
América.
Foi organizada com o consentimento de J. B. Frademburg, Grão-Mestre da Grande Loja
Maçônica de Nebrasca, Estados Unidos, da Senhora Anna J. Davis, a Grande Mãe da Ordem, de
Nebrasca e James E. Bednar, o Grande Patrono.
A Senhora Ethel, compreendendo a importância dos ensinamentos recebidos de sua
mãe, de religião cristã, especialmente as lições de literatura e drama encontrados no Livro de
Jó, decidiu dar parte do seu tempo e de seu talento, para tornar possível a todas as moças
compartilharem desses raros privilégios que ela possuía.
Depois de diversos anos de estudos e considerações, com a participação de seu
marido, Dr. William H. Mick, e outros colaboradores, ela fundou a Ordem Internacional das
Filhas de Jó, em honra à memória de sua mãe, Sra. Elizabeth D. Wead.
O principal objetivo da Ordem, é reunir moças de 10 a 20 anos, que tenham
parentesco ou relacionamento com Maçons, para aperfeiçoamento do seu caráter, através do
desenvolvimento moral e espiritual, encontrado nos ensinamentos que destacam reverência a
Deus e às Sagradas Escrituras, lealdade com a bandeira do País e às coisas que ela representa e
amor para com os pais e familiares.
Os benefícios da organização são inenarráveis, não existe nada mais adequado para
uma moça que os belos ensinamentos escritos no livro de Jó e demonstrados em seus
trabalhos ritualísticos, cerimônias, canções e leituras, oferecendo uma influência forte e
inspiradora sobre todos que assistem a reunião de um Bethel.
O trabalho ritualístico da ordem é baseado no triângulo, nas três Filhas de Jó, no Livro
Sagrado, na Educação e combina emblemáticas representações de antigas eras latinas e
gregas.
O Livro de Jó é uma autêntica composição literária maçônica que define o seu
personagem como pessoa dominada pela inocência, piedade, modéstia, retidão, honestidade,
lealdade e compaixão pelos órfãos e viúvas. Essas virtudes são princípios fundamentais da
Maçonaria. As Filhas de Jó receberam este nome por seguirem os ensinamentos extraídos
desse livro.
Seus membros são reconhecidos pelo uso de túnicas brancas (hobbys), utilizados na
época de Jó. O desenho das chaves gregas na borda das capas é branco e simboliza a fé em
nossa forma de viver. É contínuo representando a vida eterna. As cores desta ordem são:
branco, pureza e púrpura (roxo), significando realeza. Tem como lema: “A virtude é uma
qualidade que grande mente honra uma mulher”.
O Bethel possui o Conselho Guardião, formado por maçons, mães de Filhas de Jó, e/ou
esposas de maçons, que ajudam as Filhas de Jó na realização de seus trabalhos e por esse
Conselho passam todas as decisões que as Filhas venham tomar. O Bethel é composto de 20
cargos. Os trabalhos são dirigidos pela Tríade: Honorável Rainha, 1ª Princesa, 2ª Princesa, que
são eleitas. Os outros cargos são nomeados, Secretária, Tesoureira, Capelã, Bibliotecária,
Musicista, 1ª Mensageira, 2ª Mensageira, 3ª Mensageira, 4ª Mensageira, 5ª Mensageira, 1ª
Zeladora, 2ª Zeladora, Guarda Interna e Guarda Externa. As demais pertencem ao Coral do
Bethel. Cada Gestão dura em torno de seis meses.
As Filhas de Jó se reúnem em um Templo Sagrado denominado “BETHEL”. Elas são
iniciadas, reúnem-se ritualisticamente, possuem toques e palavras. Em reunião ritualística,
usam paramentos e utilizam instrumentos simbólicos. Para assistir a uma Cerimônia
Ritualística ou uma reunião de um Bethel, é preciso ser um Maçom regular, pai, padrasto, avô
ou tutor de um membro ou candidata do Bethel, mulher, com pelo menos 20 anos de idade,
com parentesco maçônico comprovado, o que significa: esposa, filha, neta, mãe, irmã, meiairmã ou viúva de um Mestre Maçom ou mulher que não possua vinte (20) anos, mas que seja
membro de uma Organização cujo requisito para filiação seja parentesco maçônico e elegível
para filiação nessa Organização.
Os pré-requisitos para se tornar Filha de Jô, são: ter idade entre 10 e 20 anos
incompletos; ter parentesco maçônico ou forte relacionamento com famílias maçônicas; ter
disponibilidade para frequentar as reuniões; crer em um ente superior.
Todos os que sofrem e se sentem sós, como que abandonados por Deus, podem
encontrar em Jó alento e ânimo. Ele que passou por inúmeras provas permaneceu fiel ao Pai
Celestial, jamais se desesperando ou se insurgindo contra Ele.
Jó é um personagem bíblico que nasceu no deserto da Arábia , há séculos atrás. Era um
homem piedoso, honesto, temente a Deus, e dono de muitas riquezas. Era casado e tinha 7
filhos e 3 filhas, vivia feliz cercado de amigos.
Certo dia o demônio propôs a Deus que lhe tirasse todas as suas riquezas e afirmou
que assim sua fé em Deus acabaria.
Deus permitiu o demônio e pediu que lhe poupasse a vida. O Demônio então executou
sua missão. Começa por destruir os seus bens, a morte de seus filhos e de sua esposa e
finalmente com uma terrível doença. Jó se jogou no chão, seu sofrimento era eterno, e mesmo
desejando não ter nascido continuou a ser o fiel servo de Deus, chamava insistentemente por
ele e esperava a sua morte.
Deus, então vendo a firmeza de sua fé, atendeu aos seus chamados; curou suas
feridas, recuperou seus bens, e deu-lhe outra família: e a eterna felicidade. No cap. 42 v.13,14
e 15 do livro de Jó nos diz: “Também teve sete filhos e três filhas. E chamou o nome da
primeira Jemima, e o nome da outra Quezia, e o nome da terceira Querem-Hapuque. E em
toda Terra não se acharam mulheres tão formosas como as Filhas de Jô; e seu pai lhes deu
herança entre seus irmãos.
Por isso, todas as filhas de Jó, em toda e qualquer ocasião, nunca perdem a fé em
Deus, nosso G.’.A.’.D.’.U.’..
2.5 - Ordem Internacional do Arco-íris
A Ordem Internacional do Arco-íris para garotas é uma organização de construção do
caráter, para jovens entre 11 e 20 anos de idade. Seu objetivo é promover a comunicação
efetiva, habilidades de liderança e principalmente servir a humanidade.
A Ordem do Arco-íris foi fundada em McAlester, Oklahoma (EUA) em 1922. Seu início e
a elaboração do 1º ritual e das leis que governam a Ordem foi trabalho do Venerável Mark
Sexsom, maçom do grau 33 de McAlester, Oklahoma (EUA).
Reverendo Sexsom foi muito ativo em diversas organizações maçônicas. Dentre suas
muitas posições, ele teve os cargos de Sereníssimo Grão Mestre de uma soberana Grande
Jurisdição (1928) e ilustre Grande Patrono da Ordem Estrela do Oriente 1925-1926, ambas no
Estado de Oklahoma(EUA). Os primeiros graus da Ordem do Arco-íris foram ministrados em 6
de Abril de 1922 pelas oficiais do Capítulo McAlester Sul Nº 149 da Ordem da Estrela do
Oriente, para um grupo de 171 garotas no Templo do Rito Escocês em McAlester, Oklahoma
(USA).
Hoje, Assembleias do Arco-íris podem ser encontradas em muitas jurisdições pelo
mundo, incluindo Estados Unidos, Austrália, Filipinas, Alemanha, Canadá e Japão, para
mencionar somente alguns. Quase todos os estados Americanos têm Arco-íris.
A Ordem Internacional do Arco-íris, ajuda a promover a autoestima e liderança entre
seus membros. Como membro, a garota aprenderá a importância do comportamento
(etiqueta) apropriado. Ela aprenderá habilidades para falar em público e participará de
reuniões presididas por garotas de sua idade. Embora havendo sempre a presença de uma
adulta conselheira que orienta, todas as reuniões são conduzidas pelas garotas.
EMBLEMA
As sete cores do arco-íris representam sete ensinamentos que toda garota do arco-íris
recebe em sua jornada através do pote de ouro.
Vermelho Amor – Em todas as formas;
Laranja Religião – Apesar do Arco-Íris não ser uma organização religiosa;
Amarelo Natureza – Tem importância na vida diária;
Verde Imortalidade – Um entendimento da morte como parte da vida;
Azul Fidelidade – Uma evidência em ser honesto e fiel;
Azul Anil Patriotismo – Encorajando cidadania;
Violeta Serviço – A lição que amarra todas outras juntas.
2.6 - Estrela do Oriente
É uma organização para-maçônica criada em 1850, pelo ilustre Maçom ROBERT
MORRIS (advogado e Grão-Mestre do Estado de Kentucky – EUA), que vem se espalhando por
todos os países, como França, Inglaterra, Espanha, Canadá, Itália, Alemanha, Japão, Austrália e
outros com mais ou menos 1.200.000 membros. Chegou ao Brasil, no Rio de Janeiro, em
agosto de 1997 quando foram instalados quatro Capítulos. Hoje existem mais de vinte
Capítulos em São Paulo, um no Espírito Santo e um no Rio Grande do Sul, na cidade de Bagé.
Nestes quase 150 anos de existência, a Ordem tem se destacado por suas inúmeras
obras de assistências, colocando-se como um alicerce social junto às Lojas Maçônicas.
A Estrela do Oriente tem como propósito, através dos seus trabalhos ritualísticos,
educar; edificar caráter; ressaltar valores morais e espirituais; fazer caridade e servir ao
próximo; dar suporte a "Ordem Internacional das Filhas de Jó” e “Ordem Internacional do
Arco-íris”.
Não é uma religião e nem uma sociedade feminista.
As reuniões do Capítulo são mensais e, obrigatoriamente, acontecerão em um Templo
Maçônico ou Salas Capitulares, pois a Ordem necessita ser apoiada por uma Loja Maçônica. No
entanto o apoio será restrito ao que diz respeito às instalações. Por se tratar de uma Ordem de
adultos o Capítulo se manterá por conta própria.
Podem iniciar no Capítulo da Estrela do Oriente, esposas, filhas, noras, mães, irmãs,
netas, bisnetas e viúvas de Mestre Maçom que esteja regular com sua Loja Maçônica e Maçom
que esteja regular em uma Loja. A idade mínima para poder ser iniciada é de 18 anos.
Os principais requisitos são: acreditar em um ser superior; ter boa conduta moral; ter
bom relacionamento de amizade, fidelidade e irmandade.
2.7 Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul
A Fraternidade Feminina foi criada pela Constituição do GOB em 1967, normatizada
pela Lei n.º 030 de 09/10/96 aditada e alterada pela Lei n.º 0081 de 23/06/2005. É uma
associação para-maçônica, patrocinada pelo Grande Oriente do Brasil, vinculada a uma ou
mais Lojas Maçônicas da Federação.
A Diretoria Nacional, as Diretorias Estaduais e os Grão-Mestres Estaduais, estão
desenvolvendo todo o apoio necessário para o fortalecimento das Fraternidades Femininas.
Entendem que uma Loja Maçônica será sempre mais alegue, pacífica e trabalhadora, com a
presença e participação das mulheres. Elas são os instrumentos de integração e fortalecimento
da Família, instituição considerada a mais importante pela Maçonaria.
Então, ao cadastrar novas Fraternidades, emitir seus relatórios, poderá se identificar e
somar todas as atividades femininas para-maçônicas do país, pleiteando novos apoios.
As atividades femininas numa Loja Maçônica conscientizam os maçons do papel de
mulher na educação, saúde, união e presença cristã em nossos lares.
Então, devemos organizar a Fraternidade Feminina dentro da Loja Maçônica, sempre
apoiada e em consonância com o Venerável e os membros do Quadro, passando a dar suporte
e motivação ao trabalho das causas sociais, como APJ, Maçonaria Contra as Drogas, assistência
social e beneficência.
A Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul tem por objetivo:
- Desenvolver trabalhos de natureza cultural, promovendo debates, encontros, seminários,
conferências e outros eventos que valorizem a participação da mulher na comunidade social;
- Desenvolver outras atividades de caráter social, cultural, bem como cívicas e filantrópicas;
- Coadjuvar e apoiar atividades sociais, culturais e filantrópicas de entidades congêneres,
particularmente da Ação Para-maçônica Juvenil;
- Promover por todos os meios a seu alcance, o bem estar da família das associadas,
incentivando sua integração na comunidade;
- Apresentar ao Grande Oriente do Brasil, por meio das Lojas federadas, propostas de efetiva
participação da Fraternidade Feminina nas atividades comunitárias em comum com os
obreiros;
- Estimular a prática da fraternidade entre as famílias associadas, dando ênfase às famílias dos
maçons falecidos e inválidos, por meio de encontros, certames e visitas.
A Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul tem por princípios gerais:
- A defesa dos deveres básicos de amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria,
cumprimento da lei e dedicação à comunidade;
- O trabalho nobre e dignificante, como direito inalienável;
- A livre manifestação do pensamento e a prática da tolerância, princípios basilares das
relações humanas, respeitadas as ideologias e a dignidade de cada uma;
- A promoção do reconhecimento e das prerrogativas relativas aos direitos universais da
mulher.
2.8 - Ação Para-maçônica Juvenil (APJ)
Ação Para-maçônica Juvenil - APJ é uma instituição maçônica para jovens, de âmbito
nacional no Brasil, criada pelo Grande Oriente do Brasil, sendo um órgão agremiador da
maçonaria brasileira.
A APJ como é conhecida pelos jovens e adultos envolvidos em suas atividades é uma
proposta da maçonaria brasileira para criar uma reserva moral para o Brasil. Dentre os
princípios norteadores da APJ encontram-se o estudo das personalidades históricas brasileiras,
o conhecimento sócio-político do país, noções de cidadania, patriotismo, fidelidade, ética,
além do desenvolvimento de talentos adicionais ao esporte, artes, literatura e liderança.
O projeto inicial da APJ se deu em 15 de abril de 1983, quando a Assembleia Federal
Legislativa da maçonaria brasileira aprovou a criação da lei n.º 02/83 que previa a criação e
manutenção da APJ/GOB.
Para participar da APJ é necessário ter entre 07 e 21 anos e ser indicado por um
membro já atuante. O trabalho na APJ é gratuito e é tutelado pela Maçonaria. Cada GrãoMestre Estadual é responsável direto pelo desenvolvimento da APJ em seu Estado.
O patrono e símbolo cívico geral da APJ é Olavo Bilac.
EMBLEMA
O símbolo é dividido em 3 partes:
A primeira parte é um colar contendo o nó de Ísis em cujo campo figura a legenda
circular LUMEM PROBITAIS ET VIRTUTIS (ideal de honradez e de virtude) envolvendo a sigla
APJ (Ação Para-maçônica Juvenil).
O colar contém diversos triângulos sob fundo dourado encimado pelas cores nacionais,
na base dos quais se vê “n” círculos (elos) representando os Apejotistas, com alusão à frase:
“Não existe corrente mais forte, quando em seu seio, há um elo mais fraco”.
O nó de Isis além de significar infinitude, contém a ideia que se quer perene
representada na APJ; a posição orante do colar significa rogos ao grande Arquiteto do Universo
para enviar energias positivas que por ele fluam protegendo o usuário, com reflexo na
sociedade brasileira.
O segundo símbolo representa a Grã-Cruz Apejotista, encimando-a o Cruzeiro do Sul.
Não existe nenhuma outra cruz com três hastes iguais; esta cruz é propriamente o Dijé, cada
haste significa de baixo para cima regeneração, imortalidade e eternidade; a quarta haste é
invisível, alegoricamente o próprio usuário, significando que a sua essência com existência
sensível e subsistente no “mundo espiritual”, vive e se movimenta com sustentação e
equilíbrio em Deus, competindo-lhe conscientizar-se da perpetuidade de sua permanência no
estado noútico e epifânico.
A terceira parte compõe-se da palavra latina Ductor que é à base de todo o sistema,
significando que aquele que possui esta qualidade tem a condição de criar e dirigir a APJ, ou
seja, torna-se um eficiente elemento multiplicador.
A palavra Ductor significa: guia, condutor. Estar dentro de uma cártula, que era onde
os egípcios escreviam os nomes para a eternidade, significa que ele, nesta condição, é um ser
que se espera converter-se em um “deus” imortal, na afirmação dos Versos Áureos de
Pitágoras.
2.9 – Escotismo
Baden Powell, idealizador do escotismo, tinha desde a infância grande apego pela
aventura e pela natureza. Como militar de carreira, conheceu grande parte do mundo,
aprendendo muito com várias tribos e povos. Suas experiências em treinar jovem foram muito
boas. A maneira como os jovens desempenharam suas tarefas, seus exemplos de educação,
lealdade, coragem e responsabilidade causaram grande impressão nele e isso teve grande
influência na criação do escotismo. Durante uma viagem pela Inglaterra, Baden Powell viu
alguns meninos usando em suas brincadeiras um livro que ele havia escrito para exploradores
do exército, que continha ensinamentos sobre como acampar e sobreviver em regiões
selvagens.
Conversando com seus amigos, ele entusiasmou-se e resolveu realizar em 1907 na ilha
de Brownsea um acampamento com vinte rapazes de 12 a 16 anos, onde ensinou uma porção
de coisas importantes: primeiros socorros, observação, técnicas de segurança para a vida na
cidade e na floresta, etc.
Devido aos bons resultados desse acampamento, B.P. começou a escrever o livro
Escotismo para Rapazes, que inicialmente foi publicado em fascículos e vendido nas bancas de
jornal.
Os jovens ingleses se entusiasmam tanto com o livro, em 1908, resolve organizar e
fundar o Movimento Escoteiro.
Rapidamente o escotismo se espalha por vários países do mundo. Dois anos depois já
haviam 123.000 escoteiros espalhados nas nações que faziam parte do Império Britânico. Em
1912 a Coroa Inglesa reconheceu a utilidade dessa organização, que prestou relevantes
serviços ao país durante as duas guerras mundiais, colaborando nos esforços de mobilização e
assistência.
Em 1920, no primeiro acampamento internacional que os escoteiros chamam de
Jamboree, realizado na Inglaterra, os vinte mil jovens presentes, representando 32 países,
aclamaram Baden Powell, Chefe Escoteiro Mundial.
O escotismo foi introduzido no Brasil em 1910, por intermédio de marinheiros e
oficiais de nossa Marinha, que trouxeram consigo uniformes escoteiros e o interesse de
semear o movimento escoteiro no Brasil. No dia 14 de junho de 1910 foi oficialmente fundado
no Rio de Janeiro, o Centro de Boys Scouts do Brasil.
A partir de 1914, surgiram em outras cidades vários núcleos, dos quais o mais
importante foi a ABE - Associação Brasileira de Escoteiros, em São Paulo, fundada com o apoio
de pessoas importantes tais como respeitados Diretores de estabelecimentos de ensino,
Secretários de Justiça e de Segurança Pública de Estado e pessoas que foram fundamentais
para a consolidação do escotismo no Brasil, como o Dr. Mário Cardim, que concretizou a idéia
de criar a ABE e tomou a frente para a preparação das pessoas, regulamentos e estatutos, Júlio
de Mesquita, Diretor do "Estado de São Paulo" e o Dr. Ascanio Cerqueira que recebeu o
material informativo enviado de Paris pela Sra. Jeronima Mesquita.
A ABE espalhou o Movimento Escoteiro por todo o país e em 1915 já contava com
representações na maioria dos Estados Brasileiros e neste mesmo ano, uma proposta para
reconhecer o Escotismo como de Utilidade Pública resultou no Decreto do Poder Legislativo nº
3297, sancionado pelo Presidente Wenceslau Braz em 11 de junho de 1917 que no Art. 1º
estabelecia: "São considerados de utilidade pública, para todos os efeitos, as associações
brasileiras de escoteiros com sede no país."
O Movimento Escoteiro no Brasil, porém, só veio a ganhar amplitude nacional com a
fundação, em 1924, no Rio de Janeiro, da UEB - União dos Escoteiros do Brasil, que começou o
processo de unificação dos diversos grupos e núcleos escoteiros dispersos no país. Trabalho
que só foi consolidado por completo em 1950. A entidade nacional é dividida em regiões, cada
uma delas abrangendo um Estado ou Território Nacional.
São categorizados:
LOBO – crianças de 7 a 10 anos. Toda a programação das atividades utiliza como pano de
fundo o livro “Mowgli, o menino lobo” de Rudyard Kipling. Este é o ramo da fantasia.
ESCOTEIRO – jovens de 11 a 14 anos. Programação e atividades voltadas para a vida em equipe
e o encontro com a natureza. É o ramo da Aventura.
SENIOR – jovens de 15 a 18 anos. Atividades aventureiras, sociais, culturais e de serviço ao
próximo. É o ramo do Desafio.
PIONEIRO – jovens de 19 a 21 anos. Neste ramo os jovens desenvolvem projetos e ações
sociais em conjunto com atividades de interesse das equipes. É o ramo onde se desenvolve o
lema Servir!
2.10 – Bandeirantismo
A história do Movimento Bandeirante começa em 1909, na Inglaterra. O pai do
Bandeirantismo é Robert Baden-Powell, ou BP, como carinhosamente é chamado por
bandeirantes e escoteiros de todo o mundo.
BP, com a ajuda de sua irmã, Agnes Baden-Powell, fundou o movimento das “Girl
Guides” (Meninas Guias, em inglês). Este nome foi escolhido porque traz a imagem daqueles
que abrem caminhos, que vão à frente e abrem passagem para outros. No Brasil, o movimento
foi nomeado de forma a preservar este sentido, ao adotar o nome “Bandeirantes”.
A esposa de BP, Olave Baden-Powell, apaixonada pelas bandeirantes, juntou-se a
Agnes no trabalho de consolidação do movimento. Olave trabalhou muito no fortalecimento e
expansão do bandeirantismo no mundo, inclusive no Brasil.
Inicialmente, o Movimento Bandeirante destinava-se à formação de meninas e moças
– tendo um papel fundamental na ampliação e participação feminina na sociedade da época. A
partir da década de 1960, no entanto, apostando na proposta de co-educação, o Movimento
no Brasil abre suas portas aos meninos e rapazes.
A Federação de Bandeirantes do Brasil (FBB) é uma organização nacional de educação
não-formal, não governamental, sem fins lucrativos e de Utilidade Pública Federal. As
atividades da FBB estão voltadas para o público infanto-juvenil, sem distinção de credo, gênero
ou etnia, e são realizadas com a colaboração de adultos voluntários.
A instituição reúne todos os Estados do Brasil onde o Movimento Bandeirante atua, e é
a representante oficial no país da Associação Mundial de Bandeirantes (World Association of
Girl Guides and Girl Scouts – WAGGGS).
A WAGGGS é reconhecida pela ONU como uma das maiores organizações
internacionais de educação para a juventude, e congrega mais de 10 milhões de crianças,
adolescentes e jovens em 144 países de todos os continentes.
A Federação de Bandeirantes do Brasil tem um método de educação próprio,
fundamentado na proposta educativa desenvolvida por Robert Baden-Powell, fundador do
escotismo e do bandeirantismo no mundo. O Movimento Bandeirante oferece às crianças,
adolescentes e jovens oportunidades para a formação do caráter através da vivência de
valores, e propicia o despertar para a cidadania ativa.
Há 87 anos a FBB desenvolve ações educativas, e já beneficiou cerca de um milhão de
crianças, adolescentes e jovens brasileiros. Hoje, cerca de 1.000 voluntários (dirigentes e
coordenadores) trabalham com mais de 7.000 Bandeirantes de ambos os gêneros, abrangendo
a diversidade sócio-econômica e cultural nos Estados brasileiros onde está presente: Roraima,
Pará, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro,
São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
3. COMO EXPANDIR A FAMÍLIA MAÇÔNICA
A expansão da família maçônica, depende somente de nós, maçons. É lógico, não
precisamos ressaltar que esta expansão deve der feita de forma organizada, estruturada e
acima de tudo, muito bem planejada. Outro ponto a se salientar é o jargão popular “NÃO
REINVENTAR A RODA”, a maçonaria já criou muitas organizações que devem ser levadas em
conta, antes de pensarmos em criar outras.
A construção de uma casa, de um templo, de uma pirâmide é feita em fases, cada fase,
antes de iniciada é dependente da fase anterior, ou seja, sem o terreno terraplanado, sem as
estruturas estarem firmes, sem a base estar formada, todo o sucesso da construção se
transforma em fracasso.
A fim de apresentarmos uma forma mais lógica, criamos o seguinte ciclo de processos
para garantirmos uma boa expansão de nossa família. Baseados em conceitos criados por
Shwewart e Deming, pais da Administração da Qualidade (PMBOK, PMI, pág. 39),
apresentamos o PAIE.
De que forma?
Através do Patrocínio, por parte das lojas, para as instituições acima mencionadas.
Patrocínio, quando pensamos, primeiramente vem em nossa mente à questão
DINHEIRO, mas não é somente isso que significa o termo, podemos ver no dicionário, o real
significado do termo: 1.Conceder proteção; amparar, favorecer. 3. Fazer surgir; produzir,
originar.
De esta forma patrocinar o DeMolay, as Filhas de Jó, as Garotas do Arco-Íris, a Estrela
do Oriente, etc. devem ser feito de forma a criá-las, “conceder” o uso do templo a elas e
ampará-las de todas as formas sempre que necessário.
Através da Agregação, definida como:
1. reunir em uma só todas as partes que não têm entre si ligação natural;
2. fazer com que se juntem (pessoas ou coisas); reunir, congregar;
3. Tornar(-se) associado; acrescentar(-se), anexar(-se). Agregar valores, conhecimento,
experiência, personalidade, ideais a estas instituições ora patrocinadas. Não se deve somente
criar estas instituições e “deixá-las ao vento”. Sabemos que no inicio todos somos
inexperientes, sem a agregação por parte dos mais “velhos”, não somente de idade, mas de
experiência maçônica, ficaremos todos como aprendizes eternos, porém sem sabedoria.
Através do Incentivo, definido como:
1. Dar incentivo a; despertar o ânimo, o interesse, o brio de; encorajar, estimular,
incitar;
2. Empenhar-se para que (algo) seja criado, realizado ou intensificado; impulsionar,
promover;
3. Criar ânimo ou vontade de; decidir-se a. Ou seja, nós como maçons dignos, devemos
não só patrocinar, não só agregar, mas acima de tudo incentivar, despertar o interesse nos
jovens, nas cunhadas, intensificar as estruturas, ora criadas, fazer com que todos que estejam
ao nosso redor sintam a mesma coisa que sentimos quando estamos em Loja.
Devemos nos empenhar ao máximo para aproximar estas outras ordens iniciáticas ao
nosso convívio, especialmente nossa família. Incentivar os jovens no caminho da retidão com
preceitos e virtudes que agregarão valor a nossa sociedade. Não podemos, em hipótese
alguma, patrocinar estas sociedades e deixá-las para trás, nosso compromisso, nossa
participação é essencial á eles e a nós mesmos. Quanto, nós não aprendemos com os jovens?
Esta nova era, esta nova geração nos traz conhecimentos ora existentes, porém neste mundo,
esquecidos; vemos a inocência, vemos a retidão, vemos as virtudes, ao invés de nossos vícios,
enfim vemos o futuro da sociedade, apenas esperando um empurrão de nossa parte. Devemos
sim incentivar as CONFAC’S (Confraternização das Acácias), incentivar os ágapes com nossa
família, incentivar os congressos, a ida a estes congressos.
Através da Expansão, definido como:
1. Tornar(-se) pando; dilatar(-se), inflar(-se);
2. Tornar(-se) amplo;
3. Alargar(-se), estender(-se);
4. Tornar(-se) largamente conhecido; difundir(-se), espalhar(-se).
Difundir, este deve ser o lema, após todo o trabalho e criação, junção e do
encorajamento vem a fase, talvez, mas difícil, a fase de expandir os horizontes, seja em nosso
Templo, seja em nossa cidade, seja em nossa região, seja em nosso estado, seja em nosso país,
enfim em todo o mundo. Difundir e existência destas entidades a quem possa interessar,
aumentar o número delas, lembrando sempre de maneira consciente, “Não podemos
patrocinar estas entidades sem estrutura”. Podemos expandir, primeiramente em nosso
convívio, convidando nossos filhos, nossas filhas, nossos netos, nossos amigos e
principalmente, nossas esposas, que são as nossas colunas, as nossas estruturas, aquela a
quem devemos tudo e muito mais.
E sempre, após a expansão o trabalho recomeça, de novo e de novo e de novo.
Iremos aqui, expor um exemplo de como este trabalho está sendo trabalhado no
G.:O.:S.:P.:.
Foi criada uma “GRANDE SECRETARIA DE ENTIDADES PARAMAÇÔNICAS” que tem
como objetivo “Fomentar nas Lojas da Jurisdição a criação e instalação de entidades paramaçônicas, bem como auxiliar as Lojas que já as mantém, sendo uma ferramenta de apoio e
de consulta”, através:
- Formação intelectual, cívica e moral de nossa juventude agregando-as aos Capítulos
DeMolay, Betheis das Filhas de Jó, Assembleias de Garotas do Arco-Íris, Ação Para-maçônica
Juvenil e Grupos de Escoteiros e Bandeirantes, através de incentivo às Lojas Maçônicas
jurisdicionadas ao GOSP em patrocinar ou firmar apoios a estes órgãos;
- Fomentar a participação de nossas cunhadas e sobrinhas maiores de idade
agregando-as nas Fraternidades Femininas e nos Capítulos da Ordem Internacional das Estrelas
do Oriente;
- Incentivar as Lojas jurisdicionadas a promoverem adoções e atividades aos nossos
Lowtons a fim de que recebam a importância que lhe é devida;
- Ser um agente disseminador dos programas “maçonaria contra as drogas” e “meio
ambiente”, através das entidades para-maçônicas;
- Fomentar a participação dos Irmãos da Melhor Idade em Programas junto à nossa
juventude, utilizando-se de sua vivência e experiência.
Estará estruturada
Por intermédio deste exemplo de programa, podemos nos estruturar para conseguir
implementar o PAIE de forma efetiva em todos os âmbitos de atuação das entidades
paramaçônicas para a congregação de nossa família maçônica.
Resumo do trabalho “A Família Maçônica” criado pelos seguintes obreiros da
‘Fraternidade Universitária’:
Ir.: LEONARDO DAVID MATTOS
Ir.: BENEDITO CARALI JUNIOR
Ir.: EDUARDO ALBERTO NAHKUR JUNIOR
Ir.: JEFERSON CASSAROTTI
Ir.: RAFAEL LUIZ CECONELLO
Ir.: RODRIGO CESAR CARDOSO