Universidades Sustentáveis

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Universidades Sustentáveis
UNIVERSIDADE E SUSTENTABILIDADE
Contribuição histórica das universidades
Criação de disciplinas com
teor ambiental
Criação de Programas de
pós-graduação e Centros
interdisciplinares de
Desenvolvimento
Sustentável
Promoção de processos de
Gestão Ambiental
Universitária e projetos de
intervenção ambiental
comunitária
Características da Gestão Ambiental Universitária
A Gestão Ambiental Universitária se diferencia da Gestão Ambiental
Empresarial por não se limitar aos aspectos pragmáticos da EcoEficiência. Sua amplitude deve envolver a disseminação da Cultura
da Sustentabilidade, pois trata-se da vivência em um ambiente
educativo e não um ambiente produtivo.
Representa para os alunos uma oportunidade única de desenvolver
conhecimentos e aptidões extra-classe, no Laboratório Vivo que é
um campus universitário, na simples vivência do cotidiano
universitário fora da sala de aula.
Mas para que as mudanças efetuadas não passem desapercebidas na
formação dos alunos, é necessário que tudo no campus seja
considerado uma Estrutura Educadora preenchida de
intencionalidades pedagógicas e aprendizagens.
Isso nada mais é do que Educação Ambiental Informal:
Continuada, Vivencial, Cidadã.
O que tem muito a ver com a Extensão Universitária.
Diante dos desafios ambientais contemporâneos, as universidades são cada vez
mais convocadas a desempenhar um papel preponderante na Educação
orientada para a Sustentabilidade, porque:
 Possuem alta concentração de massa crítica, criatividade e potencial
tecnológico que podem ser canalizados para as inovações ambientais. O
principal ativo presente na Universidade é o conhecimento, e sua
organização está centrada na produção, transmissão e difusão dele.
 Formam os futuros profissionais, lideranças formadoras de opinião e a
maioria das pessoas que dirigem as instituições sociais.
 Podem oferecer um testemunho prático do que se prega no ensino, pesquisa
e extensão universitária. A Universidade deve praticar o que ensina, para dar
o exemplo inclusive sobre os desafios da mudança ambiental.
 Os alunos consideram que estudar em uma universidade cujo campus possui
responsabilidade ambiental e compromisso com a sustentabilidade é um
diferencial positivo na sua formação.
Motivações das universidades para se envolver
com a sustentabilidade
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Prestígio
Redução de custos
Pressão da regulamentação
Responsabilidade social
Razões éticas e morais
Criação de capacidade de mudança social
Aquisição de benefícios
Posicionamento estratégico
ARTICULAÇÕES E DOCUMENTOS
ORIENTADORES PARA A
GESTÃO AMBIENTAL UNIVERSITÁRIA
Associação Universitária para o Meio Ambiente – 1979 a 2005
Criada na Bélgica para agregar as universidades interessadas pelos
problemas ambientais e para promover a troca de informações entre elas,
constituindo-se num grupo de reflexão e de animação (não se trata de
pesquisadores, ativistas políticos ou consultores especialistas)
Conferência de Reitores da Europa – 1988
Criação do Programa Copernicus
(Cooperation Program in Europe for Research on Nature and Industry through coordinated University Studies)
Objetivo:
Envolver universidades européias na cooperação para o Desenvolvimento Sustentável
Declaração de Talloires – 1990
Declaração criada por estabelecimentos de ensino superior do mundo
inteiro para assumir a liderança em sustentabilidade, assinada por 22
universidades, no Centro de Estudos Europeus da Universidade de Tufts,
na cidade de Talloires, França.
NOSOTROS, los rectores, vicerrectores y vicecancilleres de las universidades de todo el mundo,
estamos conscientes del rápido e impredecible crecimiento de la contaminación, de la degradación del
medio ambiente y del agotamiento de los recursos naturales. De hecho, la contaminación del agua y
del aire local, regional y global, la destrucción y la disminución de bosques, suelos y agua, la reducción
de la capa de ozono y la emisión de gases contaminantes peligran en contra de la supervivencia de los
seres humanos y especies vivientes, la integridad de la tierra y su biodiversidad, la seguridad de las
naciones y en contra de la herencia que permanecerá para las futuras generaciones. Estos cambios en el
medio ambiente son causados por una producción desequilibrada e insostenible y por patrones de
consumo que agravan los niveles de pobreza en muchas regiones del mundo.
Creemos así, que se requieren urgentes acciones para combatir y revertir la tendencia de los problemas
anteriormente mencionados.
De esta forma, la estabilización de la población humana, la adopción de tecnologías agrícolas e
industriales ambientalmente sanas, la reforestación y la restauración ecológica, son elementos esenciales
en la creación de un futuro equilibrado y sostentible para que la humanidad esté en armonía con la
naturaleza. Las universidades tienen un papel importante en la educación, investigación, formación de
políticas y en el intercambio de información necesaria para alcanzar estos objetivos.
Las universidades deben proporcionar así, el liderazgo y el apoyo para movilizar los recursos internos y
externos, de modo que sus instituciones respondan a este urgente desafío.
Entre seus dez compromissos...
(…)
3. Estabelecer programas que formen especialistas em gestão ambiental, desenvolvimento
sustentável, demografia e temas afins para assegurar que os egressos universitários tenhan
uma capacitação ambiental e sejam cidadãos responsáveis.
4. Criar programas que desenvolvam a capacidade da universidade de ensinar o tema
ambiental para estudiantes de graduação, pós-graduação e profissionalização.
5. Ser um exemplo de responsabilidade ambiental estabelecendo programas de conservação
dos recursos, reciclagem e redução dos resíduos dentro da universidade.
(…)
A Associação dos Líderes de Universidades para um Futuro Sustentável é
a secretaria executiva da Declaração de Talloires.
No total, 409 universidades de mais de 40 países já a assinaram, e 52
universidades brasileiras fazem parte dessa articulação, incluindo a UnB.
Conferência sobre Ações da Universidade para o
Desenvolvimento Sustentável – 1991
Declaração de Halifax
Assinada em dezembro de 1991 por representantes da Associação das Universidades
do Canadá, da Associação Internacional das Universidades (AIU) e da Universidade
das Nações Unidas. Foram 33 universidades provenientes de dez países.
15º Congresso da Associação das Universidades do Commonwealth – 1993
Declaração de Swansea
1.
2.
3.
4.
5.
Incitar as universidades da ACU a procurar estabelecer e disseminar uma compreensão mais
desobstruída do desenvolvimento sustentável – desenvolvimento que se encontra com as necessidades
do presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras e incentivar os princípios e as
práticas sustentáveis mais apropriadas do desenvolvimento nos níveis locais, nacionais e globais, nas
maneiras consistentes com suas missões.
Enfatizar a obrigação ética da geração atual para superar aquelas práticas da utilização do recurso e
aquelas circunstâncias difundidas.
Realçar a capacidade da universidade de ensinar e praticar princípios sustentáveis, para aumentar o
interesse ambiental e para aumentar a compreensão da ética ambiental entre a faculdade, os
estudantes e o público em geral.
Cooperação com todos os segmentos da sociedade e perseguição de medidas práticas para conseguir
a revisão e a reversão eficazes daquelas práticas da corrente que contribuem à degradação ambiental.
Incentivar universidades a rever suas próprias operações para refletir as melhores práticas sustentáveis.
Carta Universitária para o Desenvolvimento Sustentável
do Programa Copernicus – 1994
Lançamento da Carta Universitária para o Desenvolvimento Sustentável, assinada
em Genebra, na época por 196 universidades. Atualmente mais de 320
estabelecimentos de ensino superior de 38 países europeus subscreveram a carta.
Carta Universitária para o Desenvolvimento Sustentável
PRINCÍPIOS:
1. Compromisso Institucional
2. Ética Ambiental
3. Educação dos funcionários universitários
4. Programas de Educação Ambiental
5. Interdisciplinaridade
6. Disseminação do Conhecimento
7. Redes de Trabalho
8. Parcerias
9. Programas de Educação Continuada
10. Transferência Tecnológica
Em fevereiro de 1994, a Universidade Yale reuniu mais de 500 estudantes, professores e
administradores de 120 universidades estadunidenses e 29 de outros países, para
debater a educação e as práticas ambientais dos campi universitários.
Elaborou o documento “Campus Blueprint for a Sustainable Future”, que reforça a
idéia de se promover os campi como laboratórios experimentais de gestão ambiental e
desenvolvimento sustentável, por meio de dez recomendações.
Campus Blueprint for a Sustainable Future
RECOMENDAÇÕES:
1.
Integrar os conhecimentos ambientais em todas as disciplinas
2. Aumentar a oferta de cursos sobre estudos ambientais
3. Fornecer oportunidades para alunos estudarem as questões ambientais locais e do campus
4. Implementar uma auditoria ambiental no campus
5. Instituir uma política ambiental universitária
6. Reduzir o lixo do campus
7. Maximizar a eficiência energética do campus
8. Incorporar a dimensão da sustentabilidade no planejamento do uso do solo, transporte e
edificação
9. Estabelecer um Centro Ambiental de Estudantes
10. Apoiar os estudantes que buscam carreiras ambientalmente responsáveis
Declaração de Ubuntu
Onze importantes organizações internacionais de educação e ciência se reuniram em
Johanesburgo, no dia 4 de setembro de 2002 (durante a Rio+10), para assinar a
Declaração Ubuntu sobre Educação, Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentável. Conclamaram educadores, governos e demais interessados a “rever os
programas e currículos de escolas e universidades, a fim de melhor enfrentar os desafios e
oportunidades do desenvolvimento sustentável” e “desenvolver mecanismos
permanentes para oferecer aos professores e para incorporar aos currículos, informação
sobre os progressos no conhecimento científico e tecnológico relevantes ao
desenvolvimento sustentável”.
Organização Internacional de Universidades para o
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente
I Congresso – Universidade Latina de Costa Rica (Costa Rica) – 1995
II Congresso – Universidade de Granada (Espanha) – 1997
III Congresso – Universidade de Valencia (Espanha) – 1999
IV Congresso – Universidade de Valparaiso (Chile) – 2002
V Congresso – Universidade Politécnica da Nicarágua (Nicarágua) – 2004
VI Congresso – Universidade Federal do Paraná (Brasil) – 2006
VII Congresso – Universidade de Buenos Aires (Argentina) – 2009
1º Congresso Internacional de Universidades para o Desenvolvimento Sustentável
San José de Costa Rica – 23 de novembro de 1995
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSOS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Garantir a integração dos conhecimentos científicos derivados da pesquisa sobre o meio ambiente
nas políticas sociais e econômicas e sociais.
Favorecer uma cultura do uso racional dos recursos, apoiando e propiciando as operações
tecnológicas que tenham a durabilidade ou qualidade como objetivo.
Favorecer a análise e integração dos conhecimentos científicos e refletir sobre os pontos de
desenvolvimento socioeconômicos que geraram a atual crise ambiental.
Incluir a população na troca de valores e concepções a partir de uma crítica profunda dos modelos
socioeconômicos que fomentam o desperdício e uso não eqüitativo dos recursos do planeta.
Destacar que a posição dos indivíduos e países, e o nível de desenvolvimento social e econômico
determinam as diferentes formas de percepção da problemática ambiental, assim como níveis
distintos na priorização de necessidades e prioridades de desenvolvimento.
Conceber o desenvolvimento não apenas como a via para a satisfação dos níveis mínimos de bem
estar material, mas sim como alavanca para a elevação das capacidades da população.
Denunciar o conflito atual, potencialmente crescente no futuro, derivado da ampliação da brecha
existente entre o mundo desenvolvido e o que tem diferentes níveis de desenvolvimento.
Favorecer o trabalho interdisciplinar, o fomento de experiências de pesquisa, sua interpretação e
divulgação, permitindo uma tomada de decisões nos âmbitos da política social e tecnológica.
Integrar os conhecimentos científicos derivados da pesquisa sobre o meio ambiente nas políticas
econômicas e sociais.
10. Favorecer as metodologias que permitam contextualizar cada problema ambiental em sua escala
real, evitando tanto um excessivo localismo, bem como uma visão demasiadamente globalizadora
que impeça uma solução real dos problemas.
11. Divulgar, através da pesquisa científica e da problemática ambiental, que na interface entre o
sistema econômico e o natural se encontra o maior ponto de inovação e criatividade dos modelos
culturais, econômicos ou políticos.
12. Apostar em novas linhas de trabalho, priorizando a formação de universitários com visões mais
profundas, complexas e interdisciplinares dos temas socioeconômicos e ambientais.
13. Romper de uma vez com as visões simplificadoras, unitárias e homogêneas do desenvolvimento
social dentro das características dos espaços geográficos em que estas propostas se localizam.
14. Apostar em uma estratégia de desenvolvimento guiado mais pelos critérios de suficiência e
universalidade e pelas conquistas materiais do que pelo de maximização.
15. Propiciar o desenvolvimento na sociedade civil, de redes a nível mundial e da transparência
informativa, principais suportes de uma democracia planetária, sem a qual o desenvolvimento
sustentável, como processo global não é viável.
Rede OIUDSMA
PAÍSES
UNIVERSIDADES
Alemanha
01
Argentina
02
Brasil
08
Chile
03
Colômbia
03
Costa Rica
02
Cuba
05
Espanha
14
México
06
Nicarágua
01
Panamá
03
Peru
08
Uruguai
01
Venezuela
02
14
60
Universidades brasileiras
membros da OIUDSMA
Programa
Países
Universidades
Copernicus (Europa)
38
320
Declaração Talloires
40
409
(52 brasileiras, com a UnB)
OIUDSMA
14
60
(8 brasileiras, sem a UnB)
Rede Internacional de Estudantes para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
(RIEMADES)
Rede criada em 1995, no 1º Congresso Internacional de Universidades para o
Desenvolvimento Sustentável, por estudantes motivados pelo compromisso de assumir
o papel de propulsores do movimento em busca da sustentabilidade.
Consideram que seja necessário “introduzir programas-piloto de manejo de resíduos
nas Universidades e seu entorno, incluindo a redução, reuso, reciclagem e tratamento
de resíduos; e trabalhar em conjunto com os governos nacionais e locais para tornar
as universidades centros de investigação, discussão, capacitação e difusão de
alternativas técnicas sustentáveis.”
Conferências Internacionais sobre Gestão
Ambiental para Universidades Sustentáveis
EMSU 1999 – Suécia
Environmental Management for Sustainable Universities
EMSU 2002 – África do Sul
The role of higher education in Sustainable Development
EMSU 2004 – México
Sustainable Development Education: Holistic and Integrative Educational and
Management Approaches For Ensuring Sustainable Societies
EMSU 2006 – Estados Unidos
Transforming ideas into action: building sustainable communities beyond
university campuses
EMSU 2008 – Espanha
A new knowledge culture: universities facing global changes for sustainability
EMSU 2010 – Holanda
Knowledge collaboration & learning for sustainable innovation
4th International Conference June 26-30, 2006, Wiscousin, USA
Transforming ideas into action:
Building sustainable communities beyond university campuses
EMSU
2008
Entidade criada no IV Seminário Internacional sobre Universidade e Meio Ambiente,
em outubro de 2007 em Bogotá.
ingressa na ARIUSA em outubro de 2010
II Jornada Ibero-americana da ARIUSA
“Compromisso das universidades com a
ambientalização e sustentabilidade”
13 e 14 de junho de 2012
Movimento regional para instituir um trabalho cooperativo em rede
entre as universidades latino-americanas orientadas pela sustentabilidade
I ELAUS 2008
• Universidade de Passo Fundo (Brasil)
• 35 universidades (23 brasileiras)
• 300 participantes
II ELAUS 2010
• Universidade Nacional de Córdoba
(Argentina)
III ELAUS 2012
• PUC-RJ (Brasil)
Formação Universitária em Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável
Planejamento e Operações Sustentáveis
em Campi Universitários
Pesquisa em Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável
Universidade e Comunidade
Universidades brasileiras participantes do I ELAUS:
Neste evento na Itália, foi estabelecida uma aliança internacional entre 17
universidades para alavancar uma nova ênfase acadêmica no ensino sobre
Desenvolvimento Sustentável
APOIO POLÍTICO PARA A
GESTÃO AMBIENTAL UNIVERSITÁRIA
Carta da Terra
Universidades de 35 países endossam a Carta da Terra (sendo que no Brasil,
doze instituições de ensino superior – com a UnB inclusive –, são parceiras da
iniciativa), manifestando compromisso com os propósitos do documento.
Respeito e Cuidado
com a Comunidade da Vida
Integridade Ecológica
Justiça Social e Econômica
Democracia, Não Violência e Paz
Sistema de Gestão Ambiental e de premiação, criado em 2006
pelo Higher Education Funding Council for England, para
estimular práticas sustentáveis em campi universitários,
envolvendo 33 universidades inglesas.
Carta para uma
“Aliança de Universidades Francesas a favor do Desenvolvimento Sustentável” (2008)
Le développement durable (DD) est incontournable pour faire face aux défis des multiples crises environnementales: changement climatique,
perte de la biodiversité, pollutions, etc, mais aussi contribuer à la cohésion sociale et assurer un développement économique créateur de richesses
pour l'Homme et la Planète. Conscientes de leurs missions en termes de formation, d’insertion professionnelle, de recherche, de valorisation,
d’internationalisation et d’exemplarité, les universités françaises s’engagent à jouer pleinement leur rôle dans la mise en oeuvre du développement
durable.
Dans le cadre du contexte particulier de chaque établissement, les universités entendent amorcer un processus participatif visant, notamment, à:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Encourager la prise en compte du développement durable dans leurs activités de recherche et de valorisation.
Proposer à l’ensemble de leurs usagers (étudiants, enseignants-chercheurs, chercheurs, enseignants, personnels administratifs et techniques)
des modules de sensibilisation au développement durable et favoriser la mise en oeuvre des éco-gestes dans les attitudes de chacun.
Inscrire au programme de chacune des formations un module de formation transversal adapté à la mise en oeuvre du développement durable
dans le domaine étudié et les métiers ciblés, proposer le cas échéant des stages ou projets pédagogiques aux étudiants en lien avec la mise en
place de la politique de développement durable de l’établissement.
Déployer une démarche d’amélioration continue avec notamment l’évaluation de la situation de référence, la mise en place d’un reporting en
développement durable régulier et la création d’une commission de gestion de la politique de développement durable se réunissant
régulièrement pour décider et mettre en oeuvre un plan d’action progressif. Innover dans des structures participatives.
Inscrire au cahier des charges des marchés passés par l’établissement des indicateurs de performance environnementale et sociétale pour
favoriser les achats responsables.
Mettre en place une politique de tri des déchets pour favoriser le recyclage des matériaux et limiter l’épuisement des ressources naturelles. Ceci
peut débuter par la mise à disposition de récupérateur de piles, de toners, du papier pour aller jusqu’au traitement de l’ensemble des déchets
quand la logistique et les filières de récupération et de traitement le permettent.
Entreprendre une démarche d’amélioration de l’efficacité énergétique sur leurs campus en enseignant les éco-gestes et en responsabilisant les
différents acteurs, en mettant en place les équipements et systèmes facilitant une optimisation de la gestion, en inscrivant l’établissement dans
un programme de rénovation énergétique de son patrimoine. S'appuyer sur un bilan énergétique précis.
Réaliser le plan de déplacement des usagers du campus et étudier l’offre de transport en commun et de transport doux pour développer les
services de transport alternatifs disponibles pour répondre aux besoins tout en limitant l’impact sur l’environnement de cette activité induite
par le fonctionnement de l’établissement.
Profiter des opportunités offertes par les NTICs pour limiter l’impact environnemental et favoriser l’égalité des chances en matière d’accès à la
connaissance (visioconférence, webex, campus virtuels, etc.). Promouvoir l'utilisation des logiciels libres.
Communiquer en interne sur l’engagement de l’établissement, sur les actions mises en oeuvre et les résultats obtenus pour fédérer les parties
prenantes autour d’un projet d’établissement d’intérêt général.
Soutenir les initiatives des acteurs de l'université: étudiants, personnels administratifs et techniques, enseignants-chercheurs.
Referencial “Desenvolvimento Sustentável”
do Plano Verde para os estabelecimentos de ensino superior (2009)
Le référentiel "Développement Durable" est un outil qui permet d'évaluer l'état d'avancement et
la pertinence des actions menées en matière de Développement Durable dans l'établissement.
Il constitue à la fois un guide d'autodiagnostic, un tableau de bord, un guide stratégique et une
base pour la certification. Il peut être la première étape d'un processus de labellisation.
1. Mise en place d'une politique de gestion globale (intégrant l'ensemble des problématiques environnementales:
énergie, eau, achats, déchets, mobilité, biodiversité…);
2. Réalisation d'un bilan carbone et mise en place d'action(s) de lutte contre le changement climatique;
3. Prise en compte de la maîtrise des flux (matière, énergie, eau, transport,...) dans le schéma directeur immobilier
(nouvelles constructions, affectation des locaux, changement d'usages, ...);
4. Action(s) en faveur de l'efficacité énergétique;
5. Action(s) pour la préservation des ressources en eau;
6. Action(s) pour la qualité du milieu intérieur;
7. Mise en place d'une politique d'achats éthiques et écologiques;
8. Action(s) pour une gestion durable des déchets;
9. Action(s) en faveur d'une mobilité durable;
10. Action(s) pour la protection de la biodiversité;
11. Etc...
Des plans
Eco-lumière
pour
les campus
A Practical Guide
to Hiring a Sustainability
Professional for Universities
and Colleges (2006)
Environmental Management Guide for
Colleges and Universities (2007)
Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)
Projeto do Ministério do Meio Ambiente criado em 1999 para orientar a adoção de
referenciais para a sustentabilidade na administração pública, estimulando a incorporação de
princípios e critérios da gestão ambiental. Mais de 350 instituições públicas já aderiram à
iniciativa. Em 2005 foi criada a Rede A3P para facilitar o intercâmbio entre as entidades.
Eixos Temáticos:
Uso Racional dos Recursos, Gestão Adequada de Resíduos, Licitação Sustentável,
Qualidade de Vida no Trabalho, Sensibilização e Capacitação
Premiação instituída em 2009, para valorizar e dar visibilidade
às boas iniciativas de Gestão Ambiental da A3P na esfera pública
Plano Nacional sobre Mudança do Clima (2008)
“Implementação de programas de espaços educadores sustentáveis com readequação
de prédios (escolares e universitários) e da gestão, além da formação de professores e
da inserção da temática mudança do clima nos currículos e materiais didáticos.”
[Parte IV.4, item 12. Ações de Educação Ambiental]
Proposta de Recomendação
da Câmara Técnica de Educação Ambiental (setembro de 2010)
•
Considerando os princípios de sustentabilidade propostos na Agenda 21 Global em 1992, e na Agenda 21 Brasileira,
concluída em 16 de julho de 2002, como resultado dos trabalhos de consulta à sociedade brasileira, coordenados pela
Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável;
•
Considerando a necessidade de garantir a observância, no âmbito da administração pública, dos princípios da Política
Nacional de Meio Ambiente, estabelecida pela Lei nº 6938/81, e da Política Nacional de Educação Ambiental,
estabelecida pela Lei nº 9795/99;
•
Considerando a importância de os órgãos governamentais liderarem o processo de adoção de novos padrões de
desempenho ambiental em suas instalações prediais, operações e procedimentos administrativos, tendo em vista a
ampliação das experiências desenvolvidas pela A3P – Agenda Ambiental na Administração Pública, no âmbito do
Governo Federal;
•
Considerando que os governos são significativos consumidores e também produtores de bens e serviços, e que através
de uma política de compras e de melhoria do desempenho ambiental em suas instalações prediais, operações e
procedimentos administrativos, podem contribuir significativamente para que se alcance padrões mais sustentáveis de
consumo e de produção;
•
Considerando as recomendações feitas pelos países membros, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, quanto à promoção de mudança dos padrões de consumo, e da revisão e
melhoria das políticas governamentais de aquisição e contratação de serviços, e ainda do programa de trabalho adotado
pela decisão da Terceira Sessão da Comissão das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável ocorrida em Maio
de 2002;
•
Considerando que a melhoria do desempenho ambiental nas instalações, nas operações e nos procedimentos
governamentais pode ter efeitos positivos e benéficos que vão além da esfera ambiental, incluindo a redução de custos
de operação, a geração de empregos e renda e, ainda, a oportunidade de novos serviços ambientais;
•
Considerando que o Brasil, por ocasião da realização do XIII Reunião dos Ministros de Meio Ambiente da América
Latina e do Caribe (Rio de Janeiro, 2002) incluiu dentre os seus temas ambientais estratégicos, a adoção de
instrumentos voluntários de gestão ambiental, importantes para complementar e modernizar a atuação do setor público
na gestão do meio ambiente, incentivando tanto o setor privado como o setor público a desenvolverem ações de caráter
preventivo, racionalizando o uso de recursos naturais e minimizando a geração de resíduos;
RECOMENDA:
1. que os órgãos governamentais federais, estaduais, distritais e municipais desenvolvam estratégias para a melhoria contínua
do desempenho ambiental, inclusive com a inserção da educação ambiental nas suas operações procedimentos, ações e nas
instalações prediais, incluindo aquelas relacionadas ao processo de tomada de decisão.
2. que os governos procurem:
(a) identificar oportunidades de melhoria ambiental, estabelecendo metas e prazos para a otimização do uso de energia, água e materiais
de expediente utilizando no dia-a-dia das suas atividades, em particular por meio de ações de redução, reutilização, reciclagem ou
recuperação/reforma;
(b) adotar estratégia que minimizem a geração de resíduos no design, na construção, em reformas e no descomissionamento dos prédios
governamentais e em suas instalações de apoio;
(c) estudar, estabelecer e implementar políticas de aquisição de bens e a contratação de serviços ambientalmente saudáveis para uso dos
governos;
(d) adotar princípios de gestão ambiental e educação ambiental, em particular, abordagens semelhantes aos sistemas de gestão
ambiental em cada estágio do desenvolvimento e das operações ocorridas em prédios próprios ou nos ocupados pelos órgãos de governo;
(e) estabelecer sistemas apropriados para monitorar a evolução e a avaliação das estratégias para melhoria do desempenho ambiental
dos órgãos de governo;
(f) adotar análises sistemáticas apropriadas, como a avaliação econômica e dos procedimentos de avaliação de impacto ambiental para
selecionar, entre outros: projetos de investimentos públicos de grande porte, instrumentos de incentivos voltados a ecoeficiência e,
tecnologias que garantam melhor desempenho ambiental;
(g) estabelecer mecanismos efetivos para consulta e cooperação entre as instituições públicas para facilitar a inserção da dimensão
ambiental em outros processos de tomada de decisão relativas às operações e instalações prediais governamentais;
(h) promover a conscientização dos servidores públicos sobre as questões ambientais, por exemplo, por meio do estabelecimento e
desenvolvimento de programas de treinamento, estímulos à conscientização por meio visual (exposições), oral (palestras), oficinas
educativas e outros, programas de premiação/reconhecimento, códigos de boas práticas ambientais, normas e regulamentos;
(i) cooperar e apoiar o desenvolvimento de projetos-piloto, envolvendo quando apropriado, o setor privado, nas questões relativas às
práticas de aquisição de bens e na contratação de serviços governamentais e na gestão ambientalmente correta nas operações e
instalações prediais;
(j) promover formas adequadas para a discussão, divulgação e troca das informações, dados e resultados dos esforços e as ações voltadas
à melhoria do desempenho ambiental dos órgãos governamentais dando maior efetividade a esta recomendação.
3. que os órgãos governamentais integrantes do SISNAMA procurem:
(a) dar apoio aos demais órgãos governamentais que desejem implementar ações de melhoria do desempenho ambiental nas operações,
procedimentos e instalações prediais, entre outros promovendo o compartilhamento de informações, por exemplo, por meio da coleta e
disseminação de "boas práticas“ utilizadas por outras instituições;
(b) monitorar, assessorar e promover a difusão de informações entre as instituições governamentais relativas às ações de implementação
destas recomendações, principalmente, produzindo relatórios técnicos sobre a evolução das ações e dos encontros técnicos sobre o tema
ambiental e,
(c) elaborar relatórios técnicos executivos, no seu nível administrativo, que contenham informações sobre o andamento de ações
adotadas pelos órgãos de governo no nível local, identificando as barreiras e os obstáculos encontrados na implementação destas ações, a
cada dois anos a contar da adoção desta recomendação.
III Conferência Nacional de Meio Ambiente (2008)
Deliberação 145
Incentivar as Universidades a serem exemplos de sustentabilidade,
implantando: política institucional de meio ambiente para o atendimento às pessoas com
necessidades especiais; gestão integrada de resíduos sólidos; tratamento de efluentes
gerados, principalmente em laboratórios; programas de arborização permanente com plantas
nativas e frutíferas; criação de áreas de preservação ambiental nos campi; elaboração e
implantação de plano de gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde; inserção da
dimensão ambiental nos currículos das licenciaturas de forma a possibilitar a consecução dos
objetivos da política nacional e das políticas estaduais e municipais de educação ambiental.
Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras
Área de Meio Ambiente do FORPROEX
Eixos temáticos:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Conservação da Biodiversidade
Conservação de Energia
Uso e ocupação do Solo
Economia Solidária
Capacitação de Gestores Públicos
Educação Ambiental e Turismo de Base Local
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC
Secretaria de Educação Superior – SESu
Diretoria de Desenvolvimento da Rede de IFES – DIFES
EDITAL Nº 02
PROGRAMA DE EXTENSAO UNIVERSITARIA
PROEXT 2013 – MEC/SESu
4.1 Linha Temática 1: Educação
Subtema
4.1.8 Educação Socioambiental: a) Formação de profissionais da educação, conselhos
escolares e integrantes da comunidade escolar com base nos fundamentos, conceitos e praticas em
educação ambiental, incluindo ética, justiça ambiental e governança por meio de metodologias
participativas e interativas; b) Pesquisa-ação para o desenvolvimento de materiais didáticopedagógicos referentes a educação ambiental; c) Pesquisa-ação para desenvolvimento de
propostas de sustentabilidade socioambiental na gestão, na estrutura física e no
currículo das escolas e IES, transformando-as em espaços educadores sustentáveis; d)
Apoio ao desenvolvimento de propostas pedagógicas que promovam o fortalecimento da Comissão
de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas (Com-Vida).
ALGUMAS EXPERIÊNCIAS DE
GESTÃO AMBIENTAL UNIVERSITÁRIA
O projeto “Campus Verde” quer implementar um Sistema de Gestão Ambiental que poderá tornar a FCT/UNL na
primeira instituição de ensino superior portuguesa com um certificado de gestão ambiental.
Se tudo correr como previsto e desejado, a FCT irá ganhar, em 2004, um Gestor Ambiental. Esta figura, criada no
âmbito dos serviços da Faculdade, será responsável pela implementação e manutenção de um Sistema de Gestão
Ambiental no campus da Caparica que, espera-se, irá colocar a Faculdade na primeira linha da qualidade ambiental.
Tudo começou em 1998, com a realização do primeiro levantamento ambiental do campus, levado a cabo por um
grupo de alunos da Licenciatura em Engenharia do Ambiente no âmbito da cadeira de Projeto de “Auditoria e
Ecogestão”, da responsabilidade do Professor João Joanaz de Melo. O trabalho suscitou tal interesse que, em
Dezembro de 1999, a FCT solicitou ao Centro de Excelência para o Ambiente a realização de um novo levantamento
ambiental, tendo como referência o ano 2000, e a subseqüente implementação de um Sistema de Gestão Ambiental.
Ao projeto deu-se o sugestivo nome de Campus Verde.
A primeira parte da tarefa – quantificar os aspectos ambientais do campus – permitiu localizar os vários edifícios e
setores da FCT em termos de consumos de água e energia, emissões gasosas, resíduos, segurança, uso do solo,
aquisição de materiais, bens e produtos e aquisição de serviços e contratos. Eis alguns dos dados obtidos na altura:
• Consumo de 30 m3/aluno/ano de água e produção de 18 m3/aluno/ano de águas residuais;
• Produção de 20 ton/aluno/ano de gases com efeito de estufa e de 37 g/aluno/ano de gases CFC;
• Produção de 28 kg/aluno/ano de resíduos sólidos urbanos e de 38 g/aluno/ano de resíduos hospitalares;
• Consumo de energia de 1,1 MWh/aluno/ano;
• Consumo de papel equivalente a meia árvore/funcionário/ano;
• Utilização de veículo próprio por 21% dos alunos.
Seminário USP Sustentabilidade:
Contribuições para a Gestão de um Campus Sustentável
15 e 16 de outubro de 2009
Em novembro de 2009 a PUC-Rio lança a sua Agenda
Ambiental, criada pelo Núcleo Interdisciplinar de Meio
Ambiente com a participação de 40 professores de
todos os departamentos da universidade. As metas
foram divididas em sete tópicos (Biodiversidade, Água,
Energia, Atmosfera, Materiais, Resíduos e Educação
Ambiental) a se concretizar em até dez anos.
Universidade oferece serviço de coleta de resíduos perigosos
A Universidade Federal de Viçosa, por meio da Comissão de Resíduos e Rejeitos Tóxicos, Químicos,
Biológicos e Radioativos, está oferecendo o serviço de coleta de resíduos perigosos. Foram instalados
coletores especiais em vários prédios, onde podem ser depositadas lâmpadas, baterias e pilhas. Os
resíduos laboratoriais, lâmpadas fluorescentes, podem ser encaminhados à Comissão, mediante
agendamento. O material coletado será armazenado em um depósito na universidade e depois
recolhido por uma empresa especializada, para a destinação adequada. Ainda em 2010 será licitado o
projeto para a construção das instalações da Gerência de Resíduos e Rejeitos na UFV.
No dia 10 de setembro de 2010, os servidores
da Universidade do Estado do Pará participaram de uma
ação para sensibilização e promoção de uma cultura de
responsabilidade sócio-ambiental. Foram instaladas
comissões integrando professores e alunos de todos os
campi, que vão orientar sobre a implementação do projeto
que deve ser lançado na segunda quinzena de outubro.
O coordenador de Desenvolvimento de Pessoas da
Diretoria de Gestão de Pessoas, Carlos Perea, esclarece que
a proposta é mais que uma coleta seletiva, “é uma ação de
conscientização e valorização do meio ambiente, alinhada
a missão da UEPA de produzir, difundir conhecimentos e
formar profissionais éticos, com responsabilidade social,
para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, disse.
A medida atende as normas do decreto do Governo
Estadual nº 801, de 15/02/2008, que prevê “a separação
de resíduos sólidos recicláveis na fonte geradora em todos
os órgãos da administração estadual”.

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