Jornal do Sindupe 04
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Jornal do Sindupe 04
Ano II | Nº 04 | Recife, abril de 2012 Ponto biométrico: só se for para todos! Direção do HUOC suspende implantação do ponto biométrico por reivindicação do Sindupe. Entenda o porquê. Há alguns meses a direção do HUOC tem instalado o ponto biométrico, que faz a leitura da digital, em alguns setores ou para alguns servidores. Os últimos setores que tiveram a indicação do ponto eletrônico foram o CIAP, o Laboratório e o RX. O Sindupe vem ponderando, junto ao Prof. Luiz Eduardo – atual diretor do HUOC, o inconveniente de implantar o controle da frequência dessa forma. “A direção do HUOC pode fazer o controle da frequência da forma que achar mais adequada. E quem dá sua carga horária não tem problema com esse tipo de controle. Mas mostramos o inconveniente de implantar esse ponto biométrico da forma como está sendo feito. Colocar ponto para uns setores e não colocar para outros sugere discriminação – e, pior ainda, nos setores em que o ponto biométrico é adotado, uns trabalhadores colocam o dedo, outros não. Nos setores, inclusive, não há muita polêmica sobre a implantação desse controle da frequência. A celeuma que se instala é por que o ponto é para uns e deixa outros livres. Se quer instalar ponto biométrico vai ter que ser para todas as categorias dentro do hospital, sem fazer distinção de nível hierárquico ou sem qualquer tipo de concessão – todos os servidores são regidos pelo mesmo estatuto. Ou é para todos ou para ninguém! Porque fica fácil constranger um técnico-administrativo a fazer o controle biométrico, mas quem vai constranger o médico, por exemplo? O médico, como servidor público, é diferente dos outros servidores em quê? Em nada! Em certo setor, uma médica constrange os servidores ao cumprimento da carga horária fazendo as mais diversas ameaças – o que é desnecessário. Mas a mesma médica não sabe o que é dar sua carga horária – e, como chefe, deveria trabalhar mais do que todo mundo, como manda a legislação. Então isso revolta os trabalhadores. A moralização não pode ser seletiva”, avalia Gleidson Ferreira, presidente do Sindupe. MEMO 107/2012 A direção do HUOC tomou a decisão de fazer o controle da frequência de forma biométrica – alegando que essa será a melhor forma de coibir abusos. Através do Memorando 107, a direção do HUOC reavaliou a forma de implantação desse ponto. Nele, o diretor do HUOC determina “o cadastramento de servidores de todos os níveis para o sistema de ponto eletrônico conforme cronograma a ser divulgado pela coordenação administrativa; a partir de 1º de maio/12”. Então, a partir do início de maio, será divulgada uma data para que cada setor possa fazer seu cadastramento sem atropelo. O Memorando termina informando que o “ponto eletrônico somente será válido a partir do momento que puder ser cobrado de todos indistintamente!”. “Ficar contra Luíz Eduardo, diretor do HUOC, determinou: ponto biométrico somente será válido a partir do momento que puder ser cobrado de todos indistintamente o controle da frequência é ficar a favor de toda essa esculhambação que estamos acostumados a ver. Pode parecer um controle medieval, mas o HUOC chegou a um nível que tem que ser feito algum controle porque nós recebemos reclamação de servidor que dá sua carga horária e vê colega sair muito antes do fim do expediente. E esse tipo de controle de frequência tá se espalhando em todos os órgãos públicos. Um servidor nos procurou pedindo que sejamos contra. Seremos contra sim, mas só se o ponto for para uns e não for para outros. Mas se o ponto for para todos – médicos e técnicoadministrativos, qual o problema? O que não pode haver é discriminação na implantação desse instrumento. O ponto biométrico só tem sentido de ser, se for para todos! Sugerimos, para acabar a polêmica, que a direção fizesse, primeiro, o cadastramento de todos os servidores, mas de todos mesmo. E em um segundo momento, que colocasse o ponto para funcionar, num mesmo dia, para todos servidores também. Essa é a condição para apoiarmos. A direção achou razoável o que defendemos e reavaliou a forma como vinha implantando o ponto. O resultado disso é o Memorando 107. O que nós achamos estranho é que algumas gerências ou chefias desconheçam o documento emitido pelo próprio diretor. O responsável pelos mensageiros, por exemplo, deve ser analfabeto funcional e não entendeu o que está escrito no Memorando. Fica dizendo que quem não bater o ponto vai ter um rombo em seu salário e que quem vai repor é o Sindupe. É por causa de chefe ou gerente dessa qualidade que as direções do HUOC ficam mal avaliadas”, conclui Gleidson Ferreira. E APENAS A IMPLANTAÇÃO DO PONTO BIOMÉTRICO MORALIZA O HUOC? Apesar de a gestão do Prof. Luiz Eduardo, em tese, só durar três meses, ele quer encaminhar a instalação do ponto biométrico no HUOC sob, entre outros aspectos, o discurso da moralidade. O Sindupe entende que o Prof. Luiz Eduardo está correto. Basta de médico que deveria trabalhar 4h por dia e mal dar duas horas de expediente! Basta de dizer que a vendas de plantão são proibidas, mas ver que o esquema de vendas corre frouxo entre os profissionais médicos. Se há uma regra, uma medida, esta tem de ser para todos os servidores. Em certa ocasião a diretoria do Sindupe em visita a determinado setor, recebe as queixas de uma servidora, que reclamava o fato de não poder, nem em um caso de emergência, pagar um plantão. O curioso fato é que no mesmo setor, no mesmo momento, um residente médico tirava o plantão de um médico. “Ou as medidas moralizadoras são pra todos os funcionários ou começaremos a fazer visitas nos setores, fotografando e mostrando que a medida tem sido amarga para uns e não para outros. Isso não é uma ameaça, é apenas uma forma que usaremos para constatar que está havendo medidas que são seletivas: servem para os técnicoadministrativos, entretanto não atingem nem médicos nem chefias”, afirma Ana Carla, vice-presidente do Sindupe. Outra avaliação feita pelo Sindupe é a de que determinados servidores saem antes do seu horário de trabalho, porque muitos dos chefes não dão suas cargas horárias e, por isso, não fazem o controle de seus setores. O mecanismo funciona como “uma mão lavando a outra”. O controle da frequência, é preciso deixar claro, não é uma panacéia para resolver todos os problemas do HUOC. Controle de frequência, por exemplo, não tem relação com eficiência ou produtividade. O controle rígido do horário do trabalhador, por si só, não leva a nada. O servidor pode dar toda sua carga horária e não ser produtivo. O que a direção do HUOC tem que fazer, mesmo nessa sua interinidade, é criar o clima, o ambiente, a sensação de que quer realmente enfrentar os desmandos existentes atualmente no hospital, acabando com problemas crônicos que têm como obstáculo apenas uma assinatura. O Sindupe quer agregar valor à discussão do ponto biométrico. Se a questão é moralizar o HUOC, o Prof. Luiz Eduardo tem um longo caminho para o pouco tempo que vai ficar na gestão. Mas pode fazer algo que marque sua interinidade e a história do HUOC. Pode mostrar que tem autonomia e que não é controlado pelo Prof. Railton. O Prof. Luiz Eduardo pode começar uma nova cultura no HUOC ou pode ser, ao final de sua gestão, só mais uma foto na parede da sala da direção. É interino, mas pode fazer história. Só depende dele. A seguir, seguem as sugestões do Sindupe: 1. Adoção da meritocracia e da valorização do servidor do HUOC – É preciso dar um basta aos favores políticos e aos arrumadinhos típicos da cultura implantada no HUOC. Se a gestão não for feita com base na impessoalidade, a direção ficará sempre capturada por interesses, muitas vezes, inconfessáveis. O critério para assumir determinado cargo deve ser o mérito ou a amizade com alguém da direção? Dr. Railton, quando assumiu o HUOC, tratou de desmoralizar o quadro funcional do hospital chamando dois coronéis da reserva da PM (Continuação na pág. 2) 2 Ano II | Nº 4 | Recife, abril de 2012 Ponto biométrico: só se for para todos! (Continuação da capa) para cargo de confiança, recebendo algo perto de R$ 4.000,00 – um desses, inclusive, puxou um revólver 38 para membros das direções do Sindupe e da Asupe. Além disso, contratou ainda um professor aposentado, recebendo o mesmo valor para ser seu “assessor político!” ou assessor de assuntos aleatórios – o HUOC era o único hospital no Brasil em que a gestão tinha um “assessor político”. Há outras pessoas que entraram no HUOC nessas circunstâncias pelas mãos do Dr. Railton – mas esses vão fazer parte de outro texto. O fato objetivo é que o HUOC tem mais de 1.500 servidores que, para a direção, não têm capacidade de fazer o que esses apadrinhados fazem. Também, para a direção do HUOC, o hospital carece de gente competente para renovar as chefias que parecem até vitalícias. Não haveria, entre todos esses servidores, alguém que fizesse o papel que esses contratados fazem ou que tivesse a capacidade de renovar a gestão? Mas entra gestão, sai gestão e o que presencia-se é sempre mais do mesmo. É possível que o HUOC seja o hospital, em Pernambuco, que tenha o maior número de servidores com especialização em Gestão Pública ou Gestão Hospitalar, mas que nunca são lembrados para ocupar espaço algum onde possam desenvolver suas habilidades? Parece se tratar de que se o serviço tornar-se profissionalizado os “arrumadinhos” acabam, assim como fecham-se as torneiras que abastecem a incompetência proveniente das indicações sem critério sério. O que a diretoria do Sindupe apela é para que o Prof. Luiz Eduardo, coloque todo esse pessoal, não qualificado, pra fora desses cargos de confiança e passe a valorizar os servidores do HUOC. Se for instituído um comitê de busca do hospital, certamente vai-se encontrar dezenas de servidores com capacidade real para substituir esses indicados. Moralizar o HUOC é dar valor e responsabilidade aos seus servidores. 2. Fim da Dupla Produtividade – a Dupla Produtividade é a desmoralização suprema do HUOC. É a prova inequívoca de que as direções fazem o que querem do hospital, tratam-no como se fosse o quintal de sua casa ou a extensão de seus interesses pessoais. Já foi dito inúmeras vezes pelo Sindupe que a entidade não é contrária ao fato de se compensar o servidor pelas horas excedentes trabalhadas. O fato é que esse dinheiro não pode ser pago com o crédito da Produtividade. A direção do HUOC tem condição de fazer esse pagamento com recursos que não sejam da produtividade. Pergunta-se: Qual o problema de fazer pagamento de compensação de carga horária, a quem hoje recebe a Dupla Produtividade, com outra fonte que não seja a Produtividade? Nenhum! Os plantões extras, segundo informação verbal da direção do HUOC, não são pagos com o dinheiro da Produtividade – mas com a parcela do crédito do SUS que não é destinada à Produtividade. Se pode para o plantão extra, o que está certíssimo, por que não pode para compensar a quem hoje recebe duas produtividades tendo só um vínculo? Se o Prof. Luiz Eduardo acabar com esse equívoco imoral e ilegal, entrará na história do HUOC de maneira positiva. Sairá consagrado e nunca será esquecido entre os servidores. Se deixar permanecer, será mais um diretor que cevou mais uma ilegalidade no HUOC. 3. Transparência na folha de pessoal do HUOC e impessoalidade nas contratações – Pergunta-se: alguém sabe quantos servidores acumulam gratificação de chefia, mais hora-extra mais Dupla Produtividade? O Sindupe não sabe, apesar de já ter perguntado ao Prof. Railton. São servidores que recebem como se trabalhassem 30h num dia que só cabem 24h. Por outro lado, quem dobra plantão em seus setores nunca viu a cor do dinheiro da hora-extra. Os servidores tem que mendigar folgas, de acordo com a conveniência do setor e, em alguns casos, do humor do chefe imediato. Quantos contratados o HUOC existem atualmente e quais funções estão desenvolvendo? Quantas assessorias o HUOC paga? E como são pagas essas assessorias? Ter domínio sobre as informações dos Recursos Humanos seria um avanço para a gestão. E traria surpresas também. 4. Resgate do plantão 12x36 em alguns setores – Sob o argumento da moralização, a direção do HUOC desgraçou o orçamento de centenas de servidores. Usou o exemplo equivocado de servidores que eram diaristas e ainda assim recebiam Regime de Plantão como regra e acabou o Plantão 12x36 em diversos setores – fazendo com que, servidores que davam, de fato, seus plantões também o perdessem. O servidor passou a contar com menos R$ 100, R$ 180 e R$ 550 em seus orçamentos. Hoje, em muitos setores, os servidores assinam o ponto como diaristas, porque fizeram esse acordo, e acabam trabalhando como plantonistas 12 x36. Não há nenhuma ilegalidade na escala 12x36 e há disponibilidade de que muitos setores funcionem nessa escala, então qual o problema de restabelecê-la? O Prof. Luiz Eduardo estaria sanando um grande problema, agindo dentro da legalidade, e fazendo justiça a dezenas de servidores. O Prof. Luiz Eduardo, com Maria Inez, diretor e vice-diretora interinos do HUOC, respectivamente, podem deixar sua marca de forma positiva. Ou não. A escolha é deles. www.sindupe.org.br JORNALdoSINDUPE Publicação do Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco | Rua Arnóbio Marques, 369 - Santo Amaro, Recife/PE | CEP: 50100-130 Fone: (81) 3231.5890 [email protected] Presidente – Gleidson Ferreira | Vice presidente – Ana Carla Alves | Secretária Geral – Vicência Oliveira | Segundo Secretário – Jair Olímpio | Diretor Administrativo e Financeiro – Miquéas Veloso | Vice diretor Administrativo e Financeiro – Massilon Silva | Diretor de Formação Sindical – Érico Alves | Diretor de Imprensa e Comunicação – Luciano Félix | Diretor de Saúde do Trabalhador – José de Lima | Diretor de Assuntos Jurídicos – Augusto César de Melo | Conselho Fiscal – Givanildo Cândido da Silva, Márcia Regina da Silva, Geraldo Soares da Silva, Ivo Barbosa da Costa Filho, Erasto Estevam de Lima, Luciano de Souza Paixão. Jornalista responsável: Rosângela Araújo (DRT:1156/98) | Projeto gráfico/diagramação: Ral ([email protected]) Fim da produtividade nã Leia e entenda para não cair na conversa de picaretas O Governo do Estado publicou, no dia 10 de dezembro, no Diário Oficial, a Lei Complementar 194 que, entre outras coisas, muda a forma de fazer a concessão da Produtividade. Ou melhor, a lei extingue a Produtividade e cria a Gratificação de Desempenho. É preciso dizer que essa mudança foi feita sem que houvesse discussão com os sindicatos que têm, em sua base, servidores lotados em hospitais da rede pública. A mudança foi feita em acordo, exclusivamente, com o Sindicato dos Médicos (Simepe) – e mais adiante se verá o porquê dessa exclusividade. Em dezembro, quando a diretoria do Sindupe tomou ciência da LC 194, interpretou-a de forma desfavorável aos servidores não médicos, ou seja, os técnicoadministrativos de forma geral. Entendase os porquês: 1. A produtividade passa a ser chamada de Gratificação de Desempenho. O art. 2º da LC 194 diz que a Gratificação de Desempenho deve ser paga “aos profissionais de saúde com vínculo estatutário, temporários ou cedidos de outros órgãos, em efetivo exercício nas unidades da rede pública estadual de saúde da Administração Direta e Indireta, detentoras de crédito por prestação de serviços no âmbito do SUS – Sistema Único de Saúde, em razão do seu desempenho na melhoria dos serviços de saúde, na forma e condições a serem estabelecidas em decreto.” Se antes a produtividade era paga apenas ao servidor estatutário, agora vai ser paga também aos servidores “temporários” – como o trabalhador da seleção simplificada, por exemplo. Mas o que preocupou o Sindupe, nesse artigo, foi a expressão “profissionais de saúde”. Se o Governo entendesse que “profissionais de saúde” são os que têm a profissão regulamentada na área de saúde, o estrago seria grande dentro dos hospitais, pois os trabalhadores ocupados da burocracia, por exemplo, não receberiam mais a Gratificação. 2. A Lei 11.088, de 18/06/94, estipulou em seu art. 3º, a fixação em 30% (trinta por cento) o percentual do crédito do SUS para ser destinado à produtividade. A LC 194, que revogou parcialmente a Lei 11.088, diz que “serão destinados até 30% (do faturamento) para a Gratificação de Desempenho”. Na prática, quem já paga 30% - como os hospitais da UPE, poderá diminuir, em tese, esse percentual – o que antes era impossível desde 1994. 3. Até março, por conta do Decreto 15.451 de 27/11/91, dos 30% destinados ao pagamento da produtividade, 40% era para pagamento dos médicos (grupo de produção) -, e 60% era para pagamento dos demais servidores de nível superior, médio e elementar (grupo de apoio). Com a LC 194, os médicos passam a receber 45% do bolo e os demais servidores receberão 55%. Em resumo, o Governo do Estado fez bondade aos profissionais médicos, com o dinheiro de todas as demais categorias. 4. Até março passado, os descontos da produtividade eram feitos por conta das faltas ao serviço, atraso e cometimentos de faltas puníveis com advertência ou suspensão. A partir de abril de 2012, a LC 194 aumentará esse rol, com as férias. Então, no mês das férias, o servidor deixará de receber a Gratificação de Desempenho. O QUE FOI FEITO PELO SINDUPE? Assim que a direção soube dessas alterações foi convocada uma reunião no Sindupe, no dia 27 de dezembro, com os servidores. Na ocasião foi mostrada a Lei Complementar e discutido seu conteúdo. Também se distribuiu o Boletim Sindupe Urgente nº 19 onde era dada publicidade da mudança nociva. Como orientação da reunião do dia 27/12, foi chamada uma reunião no Sindupe com todos os sindicatos e conselhos de classe das categorias que viriam a ser prejudicadas. O objetivo da conversa era o de nivelar as informações e tirar encaminhamentos conjuntos. As entidades a seguir participaram da reunião: o Seepe, SindSaúde, Sindicato dos Odontólogos, o Conselho e o Sindicato de Farmacêuticos, o Coren e a CUT – além de servidores da base. Vale lembrar bom lembrar que os afetados não estão, apenas, nos três hospitais da UPE, mas em toda rede da secretaria de Saúde – que contém mais de 30.000 servidores -, além da base do Hemope. A UPE tem aproximadamente 3.000 servidores nos seus três hospitais. Após a reunião, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) solicitou audiência ao secretário de Administração para, com os sindicatos, tratar do assunto. Nunca houve essa audiência. No dia 08 de fevereiro o Sindupe colocou ônibus à disposição dos servidores para fazer um corpo a corpo na Assembleia Legislativa, em busca de apoio à rediscussão da Lei Complementar que poderia prejudicar os servidores da UPE. Os meses de fevereiro e março serviram para que a direção do Sindupe também procurasse todos os deputados estaduais na esperança de que aparecessem alguns que se colocassem como interlocutores do Sindupe junto ao Governo. Passou-se a valorizar duas questões, nessas abordagens aos deputados na Assembleia Legislativa: a possibilidade de que trabalhadores que não eram da área de saúde deixassem de receber a gratificação e a diminuição do percentual da produtividade dos servidores não médico para aumentar o percentual dos médicos. Só reforçando: > A redação da Lei Complementar diz que a Gratificação de Desempenho será para “profissionais de saúde com vínculo estatutário, temporários ou cedidos de outros órgãos (...)” Pela expressão “profissionais de saúde” entende-se, claramente, profissionais com profissão regulamentada na área de saúde. Então quem exercesse função administrativa, por exemplo, não receberia a Gratificação de Desempenho. A lei 10.635/91, que criou a Gratificação de Produtividade, é clara sobre quem deveria recebê-la: “servidores com efetivo exercício nas unidades da rede pública estadual de saúde” – o que alcança do zelador ao médico. Então, a forma como a LC foi redigida não preocupou o Sindupe à toa. > A segunda questão, da diminuição do repasse para os profissionais não médicos, de 60% do total para 55% e o aumento de 40% para 45% para os médicos. Na UPE, como o repasse dos créditos do SUS para o pagamento dessa gratificação já está no limite de 30%, certamente os servidores que não são médicos deverão sentir a diminuição de 60% para 55%. Nominalmente, 3 Ano II | Nº 4 | Recife, abril de 2012 o implica em não recebimento da gratificação de abril passou a valer a Gratificação de Desempenho. DUAS POLÊMICAS FINAIS E CONVERSA COM O VICE-REITOR Aloísio Lessa (PSB) e Cínthia Alves, da SES: ninguém vai perder sua gratificação Na Assembleia Legislativa servidores buscaram apoio para rediscutir LC 194 num total diminui-se 5 pontos percentuais e no outro cresce 5 pontos - mas, percentualmente falando, os médicos terão um incremento de um pouco mais de 10% e os servidores que não são médicos terão um decréscimo de pouco mais de 10%. O Governo nunca respondeu ao Sindupe sobre essa mudança nem, ao menos, acatou pedido de reunião para tratar do assunto. Mas, por sorte, havia começado a tramitar na Alepe o Projeto de Lei Ordinária (PLO) 796/12 que favorecia a discussão sobre a LC 194/2011. Na manhã do dia 20.03, membros da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) discutiram a constitucionalidade do PLO 796/2012 que revogaria a Lei n° 10.635, de 1991 – algo desnecessário pois essa lei já havia sido revogada, tacitamente, pela LC 194/2011. Mas a discussão da constitucionalidade do PLO na Comissão de Justiça serviu para alguns deputados polemizarem sobre a LC 194/2011. Os deputados Tony Gel (DEM) e Tereza Leitão (PT) fizeram a defesa de que mesmo tendo sido aprovada, a LC 194/2011 deveria ser rediscutida pelos prejuízos que podem acarretar aos servidores. Na reunião da CCLJ, o deputado Tony Gel (DEM) colocou um dos questionamentos do Sindupe de forma clara. “Os servidores da área administrativa, que são fundamentais para que os hospitais funcionem, podem ficar de fora da repartição dessa gratificação. Essa é a dúvida, a questão está aí. Se não houver um servidor na área administrativa, como os outros irão atuar? Vai faltar suporte, vai faltar logística”, afirmou Tony Gel. A deputada Tereza Leitão (PT) expressou muito bem a diminuição do percentual dos servidores que não são médicos em favor dos médicos. “Não é só tirar de um. Não é só dar a outro. É tirar de um e dar a outro ao mesmo tempo. Temos que ter cuidado, pois esta Casa já criou o 4º cargo. E agora pode estar fazendo mais uma injustiça. Por isso é relevante a discussão do assunto. E é por isso que o Sindupe pede que o assunto seja discutido, porque esse sindicato mesmo não participou de discussão alguma sobre a produtividade”, disse a deputada. A constitucionalidade do PLO foi aprovado na CCLJ. E os deputados ficaram com o compromisso de fazer outra discussão sobre o mérito do assunto na Comissão de Administração Pública. “A interpretação literal da LC 194 é excludente, vai dar prejuízo aos servidores da UPE. E, por tudo que já expusemos, é muito fácil de demonstrar o que temos dito. Tereza Leitão e Tony Gel trataram bem da questão que levamos até eles. Uma coisa positiva nisso tudo é que a discussão, agora, está sendo feita e tem feito alguns deputados perceberem o que foi votado. O Sindupe está conseguindo problematizar um assunto que estava em silêncio, o que é positivo. Da mesma forma que participamos da reunião da CCLJ, vamos participar da reunião da Comissão de Administração Pública. E vamos ver qual o limite disso” ponderou Gleidson Ferreira naquele dia. Na manhã da quarta-feira (21/03), em reunião ordinária da Comissão de Administração Pública conduzida pelo deputado estadual Aluísio Lessa (PSB), foram esclarecidas as questões que o Sindupe levantou sobre as mudanças da produtividade. Cumprindo o que prometeu na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), Aluísio Lessa convidou a secretaria de Saúde (SES) para esclarecer as questões sobre a antiga produtividade e a futura Gratificação de Desempenho. A Dra. Cínthia Alves – secretária executiva de Gestão do Trabalho da SES, foi escalada para a missão e defendeu a nova lógica da gratificação. “A antiga lei definia 40% (grupo de produção) e 60% (grupo de apoio). No interior era 50% (grupo de produção) e 50% (grupo de apoio). Na atual revisão fizemos um média e esse percentual ficou 45% para os profissionais do grupo 1 (médicos) e 55% para os profissionais do grupo 2 (pessoal que não é médico). Como se aumentou a aplicação desse recurso de 16 ou 17% para 25% no repasse fundo a fundo que é feito para a aplicação da produtividade, houve um aumento significativo em todos os grupos”, defendeu a Dra. Cínthia Alves. O repasse que os servidores tinham da produtividade, segundo Cínthia Alves, era abaixo de 20%. E os hospitais realinharam esse repasse para a produtividade em 25% - aumentou, assim, o volume de dinheiro a ser distribuído entre os trabalhadores. Mas ninguém sabe e não há garantias de que nesses hospitais o aumento se sustente quando diminuir o percentual dos servidores não médicos, aumentando-se o percentual dos médicos. Na UPE não há possibilidades de manobrar o percentual repassa do para a produtividade, como foi feito nos hospitais da secretaria de Saúde, visto que o pagamento já estava no limite que a LC dispõe: 30%. Então, quando se diminuir o percentual dos servidores não médicos de 60 para 55% e aumentar-se o percentual dos médicos de 40 para 45% é bastante provável que os servidores que não médicos sintam alguma diferença no bolso. A lógica aplicada nos hospitais da SES não poderia ser replicada para os hospitais da UPE sem a segurança de que não traria prejuízo ao conjunto de servidores. O deputado Aluísio Lessa (PSB) permitiu a palavra ao Sindupe e Gleidson Ferreira, presidente do sindicato, colocou o problema da perspectiva dos servidores da UPE. “Nossa preocupação com essa Lei Complementar, é que nós, nos hospitais da UPE, já estamos no limite de 30%. Então, transferindo recursos dos servidores que não são médicos para os médicos não nos parece claro entender que os trabalhadores que não são médicos não vão ter algum prejuízo.Outra coisa que tem nos afligido é a redação dos artigos 2º e 3º que contém a expressão “profissionais de saúde”. A lei de 1991 concedia a produtividade aos servidores em efetivo exercício nos hospitais. A Lei Complementar 194 fala em “profissionais de saúde”. Essa expressão é excludente, pois permite que o governo possa deixar de fora da concessão quem não é profissional da área de saúde. Então gostaríamos que a senhora falasse sobre isso”, solicitou Gleidson Ferreira. “Realmente se houver perda (na UPE) vai ser preciso retomar a mesa de negociação setorial. E se houver (a perda), ver em que medida será essa perda. Podemos marcar uma reunião especificamente lá (na UPE) e fazer essa discussão. Em relação a quem vai ganhar ou não a gratificação, queremos deixar claro que todos os servidores vão recebê-la. Os servidores administrativos não vão deixar de recebêla”, afirmou a secretária executiva de Gestão de Trabalho da SES. Desde dezembro de 2011 que o Sindupe busca respostas para essas questões. Só agora, por conta de questionamentos feitos em duas comissões da Assembleia Legislativa é que as respostas chegam. O que deixa o Sindupe mais aliviado é o fato de que os servidores que não são da área de saúde continuam a receber a gratificação. Mas o sindicato vai observar a implantação da Lei Complementar para se certificar se ocorrerá ou não prejuízo aos servidores não médicos. A Gratificação de Produtividade foi extinta no último dia de março e a partir A repercussão financeira do trabalho em janeiro, fevereiro e março – ainda sob a Gratificação de Produtividade, virá nos meses de abril, maio e junho, respectivamente. O primeiro efeito financeiro da LC 194/2011 será em julho – porque a Gratificação de Desempenho com vigência a partir de abril tem seu fruto colhido pelos servidores a partir de junho ou julho – dependendo do hospital da UPE. Então, os servidores que tiraram férias em janeiro, fevereiro ou março, ainda sob efeito da Gratificação de Produtividade, receberão suas gratificações em abril, maio ou junho – dependendo do caso. Mas os servidores que tirarem férias a partir de abril de 2012, não mais receberão a Gratificação de Desempenho – porque essas férias serão já sob o efeito da LC 194, que não faz a concessão de que o servidor receba essa gratificação estando de férias. Por fim, servidores desinformados ou mal intencionados conseguiram gerar verdadeiro pânico nos hospitais. De posse de cópia da Lei 14.622, de 16.04.2012, que revogou Lei n° 10.635, de 29 de outubro de 1991 - que institui a Gratificação de Produtividade em Serviços de Saúde, e por ignorância ou má-fé espalharam a informação de que todos deixariam de receber seu dinheiro, sua gratificação. “A Lei 14.622 foi no que se converteu o PLO 796/2012 – que nos levou a um debate na Assembleia Legislativa no final de março, fato que demos publicidade na página do Sindupe. Não há novidade em seu conteúdo e já dissemos que ele é inútil, inócua e burra. Porque na verdade essa lei não revoga a 10.635. Quem revoga a lei 10.635 é a Lei Complementar 194/2011. Essa 14.622 foi um preciosismo estéril e não se prestou nem ao que se destinava, porque era para revogar algo que teria fim em 31 de março, já feito por uma Lei Complementar e chegou com atraso de 16 dias. O que lamentamos, nesse caso, é que servidores tenham a coragem de sair fazendo terrorismo entre os colegas - falando de algo que não entendem ou então mentindo. Ninguém vai deixar de receber sua gratificação. Isso é que tem que ficar claro”, comentou Gleidson Ferreira. “Tratamos desses assuntos com o Prof. Rivaldo Mendes, pois havia a possibilidade de a UPE não fazer o pagamento de Produtividade de quem tirou férias em janeiro, fevereiro e março. Fundamentamos ao vice-reitor que seria algo sem sentido e prejudicial não fazer esse pagamento, porque quem tirou férias entre janeiro e março o fez sob efeito da Gratificação de Produtividade e não sob efeito da Gratificação de Desempenho. O vice-reitor entendeu esse posicionamento e a produtividade que vai ser paga agora, referente a janeiro, será recebida por quem tirou férias naquele mês. Mas parece que a Lei 14.622 mexeu com a cabeça do pessoal na UPE. Eu e Ana Carla, vice-presidente do Sindupe, visitamos o vice-reitor reforçando o que já vínhamos dizendo: essa lei nada muda. E o vice-reitor entendeu. Esperamos que não haja problema com as produtividades de fevereiro e março. O vice-reitor, Rivaldo Mendes, também garantiu que não reduzirá o percentual destinado à Gratificação de Desempenho que, na UPE, já está no limite de 30%. E o vice-reitor ainda vai encaminhar ao Conselho Universitário proposta de normativa consolidando esse percentual”, conclui Gleidson Ferreira. 4 Ano II | Nº 4 | Recife, abril de 2012 Campanha salarial 2012: vamos às ruas denunciar as indignas condições de trabalho que temos enfrentado Mostrar à sociedade as condições em que trabalhamos e desmascarar a propaganda que diz que tudo vai bem A direção do Sindupe esteve nas unidades da UPE em Nazaré da Mata, Petrolina e Garanhuns, como também na FOP, ICB, e FCAP fazendo a discussão sobre a Campanha Salarial de 2012. Da reunião participaram, além dos servidores efetivos, os trabalhadores que entraram na UPE por Seleção Simplificada. Foi feito um balanço da C a m p a n h a S a l a r i a l d e 2 0 11 e mostradas as perspectivas para a Campanha de 2012. Sobre a Campanha Salarial de 2011, valorizou-se seu resultado: a Equiparação Salarial. “Quanto à Campanha Salarial de 2010, podemos dizer que foi uma das mais qualificadas que houve. Foi uma luta intensa e, em muitas vezes, as coisas pareciam impossíveis. Mas perseveramos e conseguimos. Além de contarmos com servidores em nossos atos, apostamos firmemente nas articulações políticas. Teve até membro do Sindupe, como Ana Carla, que foi à Brasília fazer gestão juntos aos deputados de Pernambuco. Deputado federal vota salário de servidor estadual pernambucano? Claro que não. Mas foi uma forma de cercar os deputados que poderiam ser interlocutores qualificados junto a Eduardo Campos. E demos a mesma carga na Assembléia Legislativa e juntos aos secretários mais próximos a Eduardo Campos. E a articulação deu mais do que certo. Se pudemos FOP, ICB, Nazaré da Mata e Garanhuns: servidores discutem campanha salarial conquistar a Equiparação, por que não c o n s e g u i m o s re s o l v e r o s o u t ro s problemas do nosso PCCV? Tudo conosco só depende de nosso esforço, de nossa força. Apesar de termos conquistado a Equiparação Salarial e termos conseguido uma Progressão por Av a l i a ç ã o d e D e s e m p e n h o q u e incluísse todos os servidores, diferente de antes que era de apenas 50%, temos muito que conquistar. Vamos lutar pelo reenquadramento por tempo de serviço, por concurso público, por uma titulação que valorize o estudo, pela antecipação da última parcela da Equiparação”, convoca Gleidson Ferreira. EM 2012, QUE CAMPANHA SALARIAL FAREMOS? “Os desafios da Campanha Salarial de 2 0 1 2 s ã o i m e n s o s . Te m o s o reenquadramento por tempo de serviço para pleitear, a antecipação da última parcela da Equiparação, melhor titulação, descongelamento das gratificações, temos muitas coisas a reivindicar.... Mas queremos focar na necessidade de concurso público. Estamos vendo o esfacelamento da UPE pela falta de concurso público. Em todas as unidades da UPE e, principalmente, nos hospitais, o quadro é de calamidade. A FOP, por exemplo, é o retrato de descaso como o Governo tem tratado a UPE em relação a pessoal. Hoje a Faculdade de Odontologia de Pernambuco tem menos servidores do que há 10 anos. As unidades de ensino já estão com mais terceirizados e contratados do que servidores. Nos hospitais, a carência de servidores é evidente. O que justifica isso? Como um órgão público pode funcionar a contento sem servidores? O Governo, quando deixa de fazer concurso, cria as condições para que a UPE entre em crise. Estamos em crise há muito tempo. Então, está mais do que na hora de irmos às ruas e mostrar em que condições trabalhamos e como a sociedade é prejudicada pelas condições aviltantes de trabalho enfrentadas por nós. Sem concurso, nossa carreira entrará num declínio acentuado. A luta nessa Campanha Salarial é por condições de trabalho, pela manutenção de nossa carreira – porque sem concurso nossa carreira entra em extinção. O Governo está colocando na UPE trabalhador temporário que recebe, bruto, menos que um salário mínimo. Dessa forma ele não faz concurso nunca mais. Se não reagimos, estaremos jogando nossa carreira no lixo. Eduardo Campos é hoje. E passa. E nós ficaremos na UPE por mais de 30 anos. Se não nos defendermos, quem o fará?”, questiona Gleidson. Participe da Assembleia geral Extraordinária que vamos fazer no dia 02 de maio. Auditório da FCM. Às 9h. E construa um caminho que possa tirar a UPE do abismo em que se encontra! Engenharia clínica do HUOC não é gerenciada por um engenheiro E pode? E se puder, isso é razoável? A Engenharia Clínica de um hospital tem as mais diversas atribuições, entre elas ser responsável por toda fiscalização preventiva e calibragem dos mais simples aos mais sofisticados aparelhos médicos; ter atuação na gestão de tecnologias médicoassistenciais; atuar no planejamento, definição e execução de políticas e programas para incorporação de tecnologias para a saúde, etc. A Engenharia Clínica do HUOC era feita por uma pessoa indiscutivelmente habilitada, a engenheira clínica Carla Rocha – contratada pelo hospital. Quando Dr. Railton assumiu o HUOC, colocou para ser responsável pelo setor de Engenharia Clínica um apadrinhado - que não é engenheiro, mas é gerente do setor de Engenharia Clínica / Central de Equipamentos. Apesar de ser novo no HUOC, mas com a força que tem os apadrinhados no hospital, o novo responsável fez com que fossem afastados da sala de Engenharia Clínica / Setor de Materiais, os servidores da Gerência de Riscos – que é composta por servidores do HUOC. O contratado ganhou mais força do que as servidoras da Gerência de Risco a ponto de despeja-las de sua sala. Absurdo! Um dos papeis da Engenharia Clínica do HUOC é notificar a Gerência de Risco sobre eventos adversos e queixas técnicas – responsabilidade que não tem sido cumprida pelo setor onde deveria ter um engenheiro responsável. “Há algumas queixas sobre a falta de notificação à Gerência de Risco que a Engenharia Clínica não faz. Por exemplo, um paciente queimou-se no bloco com a placa de um bisturi e não houve notificação à Gerência de Risco; como também não houve notificação de um curto-circuito ou suposto incêndio, no Bloco, em 06 de fevereiro. Nós já estamos em abril e nada de notificação. E uma omissão dessa natureza pode prejudicar o hospital. Quando houve esse suposto incêndio do Bloco, é preciso dizer que esse cidadão que não é engenheiro, mas assume a Engenharia Clínica a mando do Dr. Railton, ameaçou as servidoras que tiravam foto das coisas queimadas lá. Dizia que se aquelas fotos vazassem ele ira tomar as providências junto à direção. Então veja que ele não é engenheiro, não é servidor, não notifica o que deveria notificar e ainda ameaça servidores. Sem falar que rebebe alunos da POLI como estagiários. Se ele não é enge Apertem o cinto, o engenheiro sumiu nheiro, como recebe estagiários?”, questiona Gleidson Ferreira, presidente do Sindupe. “É por essa e outras que o HUOC entra na crônica de forma negativa. Alguém imagina algum hospital que se pretende de ponta, não ter um engenheiro clínico na Engenharia Clínica? Mas, no HUOC, tira-se uma engenheira clínica para o diretor colocar um indicado seu. As portas se escancaram para os favores e apadrinhamentos. E é isso o que tem ocorrido no HUOC. Uma pena! Esperamos que o Prof. Luiz Eduardo mande, ao menos, ele fazer as notificações que tem de fazer. E se houver a necessidade de um engenheiro no setor, que contrate um engenheiro clínico de verdade. Ninguém contrata um técnico em edificações para ser um gerente de engenharia, ninguém contrata um estudante de direito para ser chefe de um escritório de advogados, por que contratam uma pessoa que não é engenheiro clínico para ser gerente da Engenharia Clínica do hospital? Não tem cabimento”, conclui Gleidson Ferreira.
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