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PERFIL DO CONSUMIDOR DE PLANTAS
MEDICINAIS NAS LOJAS DO CENTRO
DA CIDADE DE BELÉM
Helvio Moreira Arruda¹
Este trabalho teve como objetivo caracterizar o perfil dos consumidores de plantas medicinais, nas lojas do
centro da cidade de Belém. Foi desenvolvido através de uma pesquisa exploratória/descritiva que contou com
140 consumidores. O questionário com perguntas abertas e fechadas serviu de instrumento para coleta de dados.
Os resultados indicam que as lojas, pontos de venda de produtos naturais, não investem em propaganda.
Concluímos que as plantas medicinais são utilizadas, preferencialmente, por consumidores casados, do sexo
feminino, com mais de 40 anos de idade, possuindo o 2º grau completo; o produto mais procurado, é o boldo e a
finalidade principal da compra é combater uma grande variedade de doenças.
Palavras-Chave: Perfil dos Consumidores. Plantas Medicinais. Belém.
ABSTRACT
This work intends to describe the profile of medicinal plants´ consumers in Belém´s city centre´s stores. It was
developed through an exploatory/descriptive research that has the participation of 140 customers.A questionary
with open and closed questions has served as data gathering instrument. The results indicate that the stores do
not invest in propaganda. We conclude that the medicinal plants are used, mostly, by married consumers,
females, over 40 years old, having high school level of education; the most searched product is “boldo” and the
main goal of the purchase is to fight various diseases.
Keywords: Customer´s Profile. Medicinal Plants. Belém.
¹ Graduado em Administração - Faculdades Integradas Colégio Moderno (1984). Especialista em Marketing - PUC - RJ (1990). Mestre em Administração,
com ênfase em Marketing - Universidade da Amazônia, em convênio com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Atualmente é Diretor Geral
das Faculdades Integradas do Tapajós - FIT, Diretor do Colégio Tapajós - Ensino Médio, Representante para a Região Oeste do Estado do Pará do Conselho
Regional deAdministração dos Estados do Pará eAmapá - CRA PA/AP
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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
A tradição milenar do uso de ervas medicinais surgiu na China dos lendários imperadores. Em “Cânones das Ervas” são citadas 252 plantas utilizadas bem antes da morte de seu criador Shen Nultg, em 2698 (ac).
No século VII, houve uma revisão desses cânones e em 1578, surgiu o Compêndio de Matéria Médica listando
1.800 substâncias medicinais e 11.000 receitas de compostos de plantas.
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O uso de ervas medicinais ultrapassa fronteiras através do comércio do oriente antigo, chegando
à Babilônia, em 2000 (ac), berço dos curandeiros mágicos, que pressupunham ser “as ervas as filhas prediletas dos deuses”.
A Grécia do século XII (ac) conhece o primeiro SPA que se tem notícias, centro de tratamento à base de
ervas. A tradição do uso de ervas ficou limitada aos monges e as mulheres de aldeias, na Europa, em virtude da
resistência da Igreja. Somente no século XV é que surgiu a era dourada das ervas, em virtude dos resultados
observados nos tratamentos pelos estudiosos. A ciência começou a se interessar pelo assunto e, hoje, com o
advento da cultura ecológica, incentiva-se muito o uso de medicamentos naturais.
No Brasil, em 1995, SOS FARMA observou queda nas vendas de produtos alopáticos e preocupada
com isso, pesquisou e descobriu que a auto-medicação e o cultivo de ervas em quintais eram as novas tendências
da população brasileira, por isso a CEME está financiando pesquisas em universidades para descobrir se o uso
de fitoterápicos traz os mesmos resultados dos alopáticos com menor custo.
Apesar das pesquisas sobre o uso das ervas, nenhuma delas caracteriza o perfil do consumidor destes
produtos. Foi a constatação de que uma grande parte da população consume medicamentos à base de ervas que
nos levou a propor uma pesquisa para caracterizar o perfil do consumidor de plantas nas lojas do centro da cidade de Belém do Pará.
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar o perfil do consumidor de plantas medicinais nas
lojas do centro da cidade de Belém do Pará, descrevendo os hábitos de consumo dos usuários para diagnosticar
as novas tendências do mercado.Arelevância desta pesquisa reside em que, além de descrever os hábitos de consumo dos usuários, identificar o atual comportamento do mercado, pretende também caracterizar o perfil do
consumidor, através de questionário com perguntas abertas e fechadas.
2 O MARKETING EAS PLANTAS MEDICINAIS
O termo Marketing provem do latim, da palavra mercari, que significa trocar ou transacionar. De origem inglesa foi aproximado para o português por volta de 1954 como mercadologia, quando surgiram os primeiros movimentos para a implantação de cursos específicos em estabelecimentos de ensino superior, e desde então
tem sido adotado como expressão de uso.
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Apesar da expressão Marketing ser de época recente, sua operação era praticada até mesmo na Idade
Média, quando um artesão levava seu produto até uma praça (distribuição), oferecia-o aos consumidores por
determinado valor (preço) e realizava a venda pessoalmente, ou mesmo, anunciava em voz alta os artigos que
estavam a venda (promoção).
Observa-se então, que a utilização do Marketing já se fazia presente mesmo em tempos remotos, embora não houvesse um conceito específico para tal.
Com o passar do tempo, as empresas perceberam que o importante não era somente conquistar o cliente, mas acima de tudo mantê-lo fiel a marca e ao produto. Esta teoria encaixa-se num Conceito Moderno de Marketing, em que o objetivo principal é conservar a empresa voltada para o mercado satisfazendo as necessidades
do público.
Já o Conceito Contemporâneo de Marketing propõe qualidade total, tanto em termos de produto, apresentação, assistência quanto em termos de suprimento das carências do consumidor. Têm-se então, como
definição atual,
"marketing é área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de
troca, orientadas para a satisfação dos desejos e das necessidades dos consumidores, visando
alcançar determinados objetivos de empresa ou indivíduos, considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que as relações causam no bem estar da sociedade" LAS CASAS
(1998).
Dentro do Conceito Contemporâneo de Marketing encontra-se o Plano de Marketing que é composto
pela Teoria dos 4 Ps consistindo em produto, preço, promoção e praça, no entanto pode-se resumir em um único
“P”: PERCEPÇÃO. Esse "P", nunca contemplado com a devida importância em nenhuma das clássicas Teorias
de Marketing, é o que realmente faz a diferença entre sucesso e fracasso. Mesmo quem possue conhecimento
apenas superficial sobre Planos de Marketing sabe que este tipo de análise - a percepção - nunca é devidamente
contemplada, se quer mencionada, jamais analisada. Por um motivo simples: trata-se de um componente predominantemente subjetivo, cuja comparação com outras situações semelhantes ou pesquisadas de mercado não
necessariamente ajudam como deveriam. E o mais curioso é que os 4 Ps deveriam fluir como conseqüência direta desse "P".
Então, deve-se, primeiramente, conceber o serviço ao qual estará agregado. Atualmente, o consumidor
não está mais comprando um livro, uma televisão. um sapato. Ele está comprando um conjunto bem/serviço,
ou seja, compra um serviço, que, quase por acaso traz consigo um bem. Este é um dos pontos-chave da percepção, o processo. E é muito mais difícil de ser copiado. Este processo fica totalmente subjetivo na mente do consumidor que procura por aquela marca que, intrinsecamente, encerra o processo. Os 4 Ps associados ao serviço,
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Aprimeira definição de Marketing, surgiu em 1960, pelaAssociaçãoAmericana de Marketing, conceituando-o como o desempenho das atividades comerciais que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao
consumidor e/ou usuário. Este conceito vigorou até meados dos anos 70, período em que as empresas não eram
orientadas para o mercado, tendo como principal legado fazer um produto e apresentá-lo ao consumidor, sem no
entanto preocupar-se com demais fatores que acompanham o seu levantamento, como preço, propaganda e
público alvo, visando portanto, única e exclusivamente, o lucro.
irão gerar todo esse processo, cujo objetivo é provocar no consumidor "aquela" percepção definida
previamente.
O Marketing exige mais do que apenas desenvolver bons produtos, colocá-los à disposição dos consumidores-alvo e definir preços atrativos. As empresas precisam também comunicar-se com os clientes, e o que é
comunicado não deve ser deixado ao acaso.
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Dentre os meios utilizados pelo Marketing para colocar um produto à disposição do consumidor
encontra-se a Promoção. A Promoção, como sinônimo de divulgação, tem três finalidades básicas: informar,
persuadir e recordar. Para realizar a comunicação ao mercado alvo, a promoção se utiliza de alguns instrumentos, classificados, tradicionalmente, em cinco tipos: venda pessoal, publicidade, relações públicas, promoção de
vendas e propaganda que devem somar-se a promoção direta, mais conhecida como Marketing Direto, que
supõem diferentes meios de comunicação. E na tentativa de mostrar características e diferenças dessas atividades de comunicação, dar-se-á a explicação de cada uma delas.
Primeiro, a venda pessoal, uma forma de comunicação oral e interativa, mediante a qual se transmite
informações de forma direta e pessoal, a um cliente potencial específico e recebe de forma simultânea e imediata, resposta do destinatário da informação.
Segundo, publicidade, uma ação unilateral que se realiza normalmente nos meios de comunicação de
massa, em que a empresa mostra os seus produtos ou serviços, e assinala o que lhe parece mais adequado e oportuno sem possibilidades de respostas por parte dos receptores da informação, só pede que comprem, geralmente
este espaço conseguido na mídia, é gratuito.
Terceiro, as relações publicas consistem em um conjunto de atividades que incluem as relações com a
empresa, o cuidado com a imagem e o patrocínio.
Quarto, a promoção de vendas inclui um amplo sortimento de ferramentas: cupons, concursos, descontos, prêmios e outras, e todas com muitas qualidades únicas: atraem a atenção do consumidor e proporcionam
informações que podem levar à compra; oferecem fortes incentivos à compra ao proporcionarem estímulos ou
contribuições que acrescentam um valor adicional para os consumidores e; atraem e recompensam respostas
rápidas. Enquanto a propaganda diz: "compre nosso produto", a promoção de vendas diz: "compre-o agora”.
E finalmente, a propaganda define-se como sendo qualquer forma paga de apresentação e promoção
não-pessoal de idéias, produtos ou serviços efetuada por um patrocinador identificado.
Embora a propaganda seja utilizada principalmente na iniciativa privada, é empregada em todos os
países do mundo, inclusive nos países socialistas. Ela é uma boa técnica de informar, persuadir, seja com o propósito de vender coca-cola em todo o mundo, ou levar os consumidores de uma nação em desenvolvimento a
praticarem o controle de natalidade.
As várias formas de propaganda contribuem para o mix de promoção total. A propaganda pode atingir
grandes quantidades de compradores, geograficamente, dispersos a um baixo custo por exposição, permitindo
que um vendedor repita a mensagem muitas vezes e que o comprador receba e comparem as mensagens de vários concorrentes. Devido ao caráter público das propaganda, os consumidores tendem a encarar os produtos anun
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ciados como padronizados e legítimos.
A propaganda também é muito expressiva, permite que a empresa dramatize seus produtos através do
uso criativo de elementos visuais, palavras, som e cor. Por um lado, pode ser utilizada para criar uma imagem de
longo prazo para um produto, e por outro, pode desencadear vendas rápidas, gerando compras por impulso.
3 PLANTAS MEDICINAIS: CULTURAPOPULAR
3.1 Essência das Plantas
Dependendo de seu tipo, as ervas recebem tratamento diferente antes de serem mergulhadas no veículo
ao qual transmitirão suas propriedades: Algumas são esmigalhadas ou transformadas em pó; outras podem ser
torradas ou apenas mergulhadas em água quente para banhos medicinais.
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Daí surgem as várias denominações do preparo de cada erva. Ei-las:
Infusão: quando simplesmente se despeja água ou leite sobre as folhas, guardando-se uns 15 minutos ou
mais, tudo dependendo de dois fatores: a temperatura do líquido e o tipo de planta que se emprega.
Água: pode ser um líquido enriquecido pela essência de uma erva, como por exemplo “Água de alfazema”.
Num sentido mais estrito, refere-se ao líquido resultante da imersão de plantas em água e álcool, enriquecido por algumas gotas de mel ou por frutas.
Cocção: como o próprio nome indica, é o cozimento de matérias-primas que não liberam facilmente suas
propriedades: talos, raízes, cascas e algumas sementes. É preciso ferver em fogo brando durante 30 minutos
em água. Depois coa-se.
Tintura: é a solução de uma substância medicinal em álcool ou diluído, os únicos meios de extrair ao máximo os elementos naturais de certas plantas. Obtém-se a tintura através de infusão. Também se côa antes do
uso. Algumas plantas desprendem bem seu sabor, seu aroma, e suas propriedades em vinagre que, dependendo dos ingredientes, serve para tempero de salada ou uso externo.
Ungüento: resulta da mistura e do aquecimento de ervas verdes ou secas, óleos aromáticos, tinturas e essências adicionado a algum tipo de gordura. Acrescenta-se cera, damo-lhes maior consistência. É para uso apenas externo.
Essência: é antes de tudo o óleo “capturado” pelo processo de evaporação das flores.
Xarope: mistura de água, açúcar e planta medicinal. Sua variante é a junção de bebidas alcoólicas, água,
açúcar e planta medicinal.
Geléia: é um xarope mais espesso.
Linimento: substância oleosa para fricções, que se obtém misturando ervas, vinagre, óleos, álcool ou água.
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Os elementos medicinais das ervas e outras espécies são extraídos das folhas, cascas, etc., para uso
interno ou externo. Aessência das plantas liberta-se de modos específicos: às vezes apenas em água, às vezes em
álcool, outras em vinagre, leite ou óleo. Deve-se despejar algumas gotas de glicerina ou tintura de benjoim para
dar maior estabilidade ao preparado.
a. Plantas Medicinais
Plantas medicinais são aquelas que possuem em sua composição substâncias químicas, biologicamente sintetizadas a partir de nutrientes, água e luz. Estas substâncias provocam no organismo humano e
animal reações que podem variar entre a cura e o abrandamento de doenças, pela ação de princípios ativos como
alcalóides, glicosídeos, saponimas, etc. A utilização de plantas medicinal para tratamento de doenças é denominada fitoterapia, havendo atualmente 150 delas reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde – OMS, como
de real valor terapêutivo.
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Apesar do potencial que representam essas plantas, na região amazônica a aplicação empresarial dos
resultados das pesquisas é bastante rara. A eficiência da fitoterapia é assegurada por milênios de tradição, sendo
prática comum entre os índios e as populações tradicionais. Já existe comprovação científica das propriedades
de um número razoável de plantas, ponto de vista medicinal, tornando-se viáveis para a agroindustrialização ou
uso “in natura”.
As indústrias farmacêuticas nacional e internacional, especialmente esta última, vêm buscando nas
plantas daAmazônia, ou domesticadas na região, essências, produtos e formulações para a produção de medicamentos, vacinas e outras formas de terapias. Visam a industrialização e comercialização em larga escala de, aproximadamente, 5.000 princípios ativos identificados nestas plantas. De acordo com o IBGE, estão identificadas
naAmazônia Legal em torno de 650 espécies vegetais farmacológicas, de valor econômico. O estado do Pará é o
que mais se destaca com 540 espécies, seguido dos estados do Amazonas, com 488; Mato Grosso, 397; Amapá
380; Rondônia, 370;Acre, 368; Roraima, 367; Maranhão, 261, além do Tocantins.
Mercado: Experiências com resultados mais diretos e maior participação das comunidades rurais e
urbanas estão sendo realizadas através de ONGs, comunidades indígenas, comunidades rurais ligadas à Igreja,
associações e até mesmo por iniciativas isoladas de famílias de populações tradicionais da região. São os indígenas e essas populações que detêm e enriquecem, com o passar dos anos, os conhecimentos tradicionais sobre as
propriedades medicinais de diversas espécies vegetais.
A distribuição de plantas medicinais e afins, na Amazônia, está basicamente circunscrita às lojas de
produtos naturais, ambulantes, feirantes, fabricantes de remédios caseiros, empresas familiares de empacotamento de plantas “in natura” e alguns laboratórios e/ou farmácias de manipulação de atuação localizada. Para
uma planta medicinal tornar-se produto de mercado necessita e, pelos menos, dois anos de testes de laboratórios
e uso regular em pacientes. O isolamento de princípios ativos habilitados à industria farmacêutica leva vários
anos de pesquisa.
As plantas, dependendo da espécie, chegam ao consumidor final na forma sólida (“in natura”) em pacotes de cascas, raízes, sementes e folhas, ou após rudimentar processo de beneficiamento. Em alguma situações
são comercializadas na forma líquida: óleos, xaropes, tinturas, e vinhos. Tanto na forma sólida como na líquida,
não existe diferença acentuada do produto entre os diversos comerciantes.
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3.2 Longo Caminho NoiteAdentro
Os pesquisadores de plantas costumam dizer que dormem poucos. O trabalho é cheio de minúcias e,
por vezes, é necessário recorrer ao estimulante coffea arabica, o popular café, para terminar uma checagem de
dados ou a montagem de um gráfico de crescimento. O estudo de laboratório normalmente tem início com a moagem da folha, do caule ou da raiz do vegetal em estudo.
Com o pó resultante são produzidas soluções. O objetivo é identificar o principio ativo e isolá-lo. Depois, verificam-se sua estrutura química, propriedades terapêuticas e toxicidade. Na fase seguinte, chega-se a capacidade de curar. Para isso, são feitos testes "in vitro", com culturas de células, e testes "in vivo", com os animais.
Nessas provas, pesquisam-se as dosagens e a toxidade. Depois de detalhada identificada e aprovada, a substância curativa é finalmente submetida a teste clínicos, com seres humanos.
A Espinheira Santa, por exemplo, indicada para o tratamento de úlcera e gastrite, adapta-se melhor às
características de clima e solo do Sul e do Sudeste do País. A reunião de todos esses dados termina por constituir
um manual de cultivo que será usado pelos produtores. Além disso, pode oferecer uma cartilha de indicações
curativas que será usada na produção de novos medicamentos.
3.3 Fácil de Usar, Difícil de Conhecer
O mundo das plantas medicinais mobiliza hoje milhares de engenheiros agrícolas, biólogos, químicos
e médicos de todos os continentes. Entre eles, há pelo menos uma certeza: as plantas medicinais são fáceis de
usar, mas difíceis de se conhecer cientificamente. Os avós têm receitas prontas, na ponta da língua, e sabem o
que utilizar, como e quanto. As infusões e cataplasmas costumar ser suficientes para revelar as propriedades
curativa de cada espécie. Já para os cientistas, as plantas representam duros desafios. Anos e anos são gastos
em pesquisas para identificar princípios ativos e propriedades curativas.
Estudos aprofundados sobre o tema são realizados permanentemente por laboratórios estrangeiros.
Conclusão: quando se trata de vegetais, é preciso tempo e dinheiro para se chegar a um diagnóstico confiável.
Poucos cientistas brasileiros dispõem, hoje, das condições necessárias ao desenvolvimento de pesquisas sérias
nessa área.As similaridades morfológicas, por exemplo, são fontes inesgotáveis de trabalho.
Não podemos esquecer que é preciso cuidado com alguns tipos de ervas apesar de serem remédios naturais tem algum tipo de contra indicação ou que podem trazer mais males com a sua má administração.
 Ervas perigosas para o uso por gestantes, pode ser abortiva. Nem por mulheres que amamentam, podem
reduzir o leite:Arnica,Artemísia, Erva de Santa Maria, Espinheira Santa, Fedegoso.
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Simultaneamente, a planta é estudada pelos engenheiros agrônomos. Determina-se em que tipo de solo
se desenvolve, qual a quantidade de água e de luz que precisa, as temperaturas que tolera e quais são seus inimigo naturais. Muitas vezes, a mudança em um fator ambiental pode inibir ou impedir o crescimento da planta,
bem como alterar o princípio ativo responsável por suas propriedades curativas.
 Ervas que não podem ser usadas por pessoas que tenham outros males, como, pessoa débeis, com doenças do coração: Jaborandi.
As plantas ou insumos vegetais utilizados no dia-a-dia de uma farmácia de manipulação são poucas em
qualidades (tipos) e em quantidades (volume); isto ocorre em função do pouco conhecimento e respaldo que os
produtores fitoterápicos nacionais, e em especial os da Amazônia, têm perante os médicos e os próprios pacientes, ou seja, em São Paulo o uso de princípios ativo químicos é a esmagadora maioria, chegando a surpreendentes 95,0% da demanda da farmácia.
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Nota-se que as plantas utilizadas em formulações são em sua grande maioria aquelas que sofreram um
processo de marketing em seu lançamento, kwa-kawa, centelha asiática, Gingko biloba, Unha de gato (Uncaria
filamentosa), Spirulina, clrella, Citrin, etc.
Seria interessante respaldar nossa plantas (nacionais) de literatura comprovada (encontra-se várias em
mestrados na USP – Universidade de São Paulo) para serem apresentadas como agentes terapêuticos específicos
e eficientes em determinadas patologias desvinculando o lado milagroso e extraordinário, e, efetivar uma cultura de uso e programas de marketing diretamente aos médicos, que é o agente que prescreverá e junto a opinão
pública, que será o agente mediador e propagador do uso dos fitoterápicos.
4 MÉTODO
4.1 Definição do Método da Pesquisa
A primeira decisão quanto ao método foi a de definir o tipo de pesquisa a ser desenvolvida. Ciente da
importância e conscientização de que as próprias características da metodologia adotada trazem algumas limitações para a utilização dos resultados do estudo realizado.
SELLTIZ (1974) define que, “um estudo exploratório deve ser sempre visto como apenas um primeiro
passo; são necessários estudos mais cuidadosamente controlados, a fim de verificar se as hipóteses que surgem
tem aplicabilidade geral" e ainda, "no caso de problemas em que o conhecimento, é muito reduzido, geralmente
o ESTUDO exploratório é o mais indicado" o autor optou pelo estudo exploratório.
BOYD & WESTFALL (1987) destacam que "os projetos de pesquisa podem ser agrupados em várias
classes. Existem várias bases, tomando-se qualquer classificação arbitrária. A classificação mais comum é a de
estudos exploratórios, descritivos e experimentais".
Os estudos descritivos preocupam-se com a descrição de características ou funções. Estes estudos
freqüentemente envolvem a descrição do grau de associação entre duas ou mais variáveis. Este tipo de informação pode ser usado para tirar inferências em relação a relações entre as variáveis envolvidas.A pesquisa descritiva, ao contrário da exploratória, caracteriza-se pela formulação prévia de questões de pesquisa científica. O
investigador já possui uma quantidade substancial de informações sobre o seu problema de pesquisa, antes do
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projeto iniciar-se. Ele deve ser capaz de definir claramente o que ele deseja medir e de estabelecer as
medidas especificas e apropriadas para obtê-las.
Devido à dificuldade para identificar estudos anteriores que abordassem este tema, optamos por fazer
um estudo exploratório, que dividimos em duas fases. Qualitativa, realizada através de entrevistas em profundidade e Quantitativa, onde aplicamos um questionário genérico. Antes porém, entrevistamos (em profundidade),
os proprietários e/ou gerentes das lojas objeto do trabalho, o que nos forneceu subsídios para a elaboração do
questionário.
A fase QUALITATIVA, deu-se em função de entrevistas realizadas com empresários das lojas, que
serviram como base para os entrevistadores investigarem os consumidores. Essas entrevistas em profundidade
geraram dados significantes, que contribuíram para a elaboração dos questionários utilizados na pesquisa.
4.2 Universo
O universo deste estudo foi composto de consumidores de plantas medicinais cujas compras são realizadas na região central da cidade de Belém - Pará.
4.3Amostra
Foi feito uso de amostra por conveniência ou acidental ”amostras selecionadas por conveniência de
pesquisador” MATTAR (1996). Utilizada para obter idéias sobre determinado assunto de interesse. Sua principal utilização é em pesquisas exploratórias.
4.4 Instrumento de Coleta de Dados
De acordo com MATTAR (1996), o instrumento de coleta de dados é o documento através do qual as
perguntas e questões são apresentadas aos respondentes e onde são registradas as repostas e dados obtidos. Todo
o trabalho de planejamento e execução das etapas iniciais do processo de pesquisa se consolida no instrumento
de coleta de dados.
O instrumento de pesquisa escolhido foi o questionário.
Foi feito uso de amostra por conveniência ou acidental ”amostras selecionadas por conveniência de
pesquisador” MATTAR (1996). Utilizada para obter idéias sobre determinado assunto de interesse. Sua principal utilização é em pesquisas exploratórias.
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A segunda fase, QUANTITATIVA, aplicada através do questionários estruturados, aos compradores de
plantas medicinais, nas lojas previamente escolhidas, no período de 10 a 25 de maio de 2000, no horário comercial. As entrevistas foram realizadas apenas com os consumidores que efetivamente compraram naquele
momento e que aceitaram ser entrevistados.
4.5 Coleta de Dados
A coleta de dados foi realizada na Cidade de Belém-Pará, mais precisamente na zona Central e Comercial da cidade, no período de 10 a 24 de maio de 2000, no horário das 8:00 às 12:00h e das 14:00 às 18:00h, em 10
lojas previamente contactadas, por uma equipe de 22 entrevistadores que revezaram durante o período das
entrevistas.
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Foram entrevistados 165 compradores, porém 25 questionários continham erros que prejudicariam o
resultado final deste trabalho, por esse motivo, foram eliminados e tabulados apenas 140 questionários. A maioria dos questionários eliminados foram provenientes das lojas: Casa das Ervas Medicinais, Xá Medicinais e
Natural Ervas, justificando o baixo número de questionários aproveitados nestes estabelecimentos.
Lojas Visitadas:
Casa das Plantas Medicinais da Amazônia: Endereço: Rua Gaspar Viana, 196 lojaA Centro Belém - Pará (25
entrevistas).
ANaturalista: Endereço: Rua 13 de Maio, 37 - Centro - Belém - Pará (18 entrevistas).
Casa das Ervas e Raízes Medicinais da Amazônia: Endereço: Rua Gaspar Viana1 196 loja B Centro - Belém Pará (14 entrevistas).
Oriental Central Comércio Ltda. (Moinho Central).: Endereço: Tv. Oriental do Mercado, 55 - Centro
Belém - Pará (43 entrevistas).
Ponto das Ervas Medicinais: Endereço: Tv. Oriental do Mercado, 41 Centro Belém - Pará (13 entrevistas).
Droga –Art: Endereço: Rua Dr. Moraes, 5 Batista Campos - Belém - Pará (10 entrevistas).
Casa Gran-Pará Ltda.: Endereço: Tv. Oriental do Mercado, 42 Centro Belém - Pará (11 entrevistas).
Casa das Ervas Medicinais: Endereço: Rita 28 de Setembro, 130 Centro Belém - Pará (4 entrevistas).
Xá Medicinais: Endereço: Rua 13 de Maio, 428 Centro - Belém - Pará (1 entrevista).
Natural Ervas: Endereço: Rua JoãoAlfredo, 150 - Centro Belém - Pará (1 entrevista).
5 ANÁLISE DOS DADOS
Segundo BOYD e WESTFALL (I973), “a palavra análise significa literalmente separar ou examinar
criticamente as partes. Portanto, a pessoa que se encarrega de uma análise terá de: 1). Dispor os dados em categorias significativas; 2) Determinar se existem diferenças significativas entre as categorias; 3) Explicar por que
existem as diferença; 4) Fazer recomendações".
O material coletado através dos questionários, estão sendo apresentados na forma de tabelas e/ou gráficos, e são interpretados no conjunto com os demais materiais obtidos.
5.1 Características Gerais
*Universo: Consumidores de Plantas Medicinais
*Amostra: 140 consumidores entrevistados nas lojas relacionados anteriormente.
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*Resultado das entrevistas:
5.1 Perfil demográfico e educacional
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Conforme pesquisa realizada com 140 pessoas, verificou-se que a maioria dos entrevistados 63% são
do sexo feminino e 37% dos entrevistados são do sexo masculino. Constatou-se nesta pesquisa de mercado que a
maioria dos entrevistados 53% são casados, 29% são solteiros, 8% são separados, 6% são viúvos e 4% são divorciados. Constatou-se que a maioria dos entrevistados 52%, tem mais de 40 anos, 25% tem de 31 a 40 anos, 20%
tem de 21 a 30 anos e 3% tem até 20 anos de idade. No levantamento feito sobre o grau de instrução das pessoas
entrevistadas, verificou-se que a maioria, 56% tem o 2º grau completo, 26% tem o 1º grau e 18% possuem o 3º
grau.
Figura 01 – Perfil demográfico e educacional
5.2 Características da compra
A primeira caracteristica analisada dos entrevistados como compradores foi que tipo de produtos eles
procuram. Esta pergunta, obteve como resposta 245 citações de produtos mais procurados, dentre eles, destacamos: Boldo, com 35 citações; Sacaca, com 12 citações; Babatimão, com 10 citações; Espinheira santa, com 8
citações; Erva doce, com 7 citações; Açoita cavalo, sucuba, juá e copaíba, com 6 citações; Alfazema, pariri, car
51
queja, alcachofra e quebra-pedra, com 5 citações; Andiroba e erva-cidreira, com 4 citações.
Tabela 01 – Produtos mais procurados
Boldo
Sacaca
Babatimão
Espinheira Santa
Erva Doce
Açoita cavalo, sucuba, juá e copaíba
Alfazema, pariri, carqueja, alcachofra e quebrapedra
Andiroba e Erva Cidreira
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Outros
TOTAL
ABS
35
12
10
08
07
06 (CADA)
x4 = 24
05 (CADA)
x5 = 25
04 (CADA)
x2 = 8
116
245
A segunda característica da compra analisada foi a frequência. A grande maioria dos entrevistados,
74% responderam que compram com freqüência plantas medicinais e 26% não compram freqüentemente estes
produtos. A terceira caracerística foi a facilidade em encontrar os produtos. A grande maioria dos entrevistados
(88%), disse que sempre acha o que procura nas lojas, apenas (12%) disse que os produtos procurados eventualmente não são encontrados.
Figura 03 – Frequência da compra e Facilidade para encontrar os produtos procurados
Entre os produtos procurados que eventualmente não são encontrados destacamos:
Agar-agar, sena, folhas de amora, pata de vaca, cáscara sagrada, casca de laranja amarga, caxinduba,
angélica, chá bugre, centelta asiática, engaço e coliquito.
Quanto à finalidade da compra, a maioria, 63% disse que a finalidade da compra é para curar doenças,
26% utilizam os produtos para prevenir doenças e 11% utilizam com outras finalidades.
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Entre os produtos mais procurados, identificamos suas finalidades:
01- Pata de vaca: combate a diabete, controla a pressão arterial e combater o colesterol.
02- Andiroba: massagem muscular.
03- Guiba: previne doença da próstata.
04- Quebra-pedra: cura inflamação dos rins e infeção urinaria.
05- Jucá: cicatrização do útero, combate a anemia e problemas intestinais.
06- Boldo: cura doenças do fígado, regulariza o intestino,combate doenças do estômago, cólica e reumatismo.
07- Erva doce: calmante
08- Juá: combate as caspas e cicatrizante.
09- Verônica: combate a anemia, inflamações e hemorragia.
10- Babatimão: combate inflamações, hemorragia e úlcera.
11- Copaíba: cura inflamações da garganta, contusões e é utilizado como cicatrizante.
12- Sacaca: combate o colesterol, é utilizado para emagrecer e doenças do fígado.
13- Jaborandi: combate a queda de cabelo.
14- Sucuba: combate a gastrite, úlcera, ameba e é utilizado contra inflamações.
15- carqueja: regulariza pressão alta, colesterol, é utilizado como emagrecedor e combate a anemia
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluir este trabalho, é importante ressaltar que as lojas, pesquisadas, não investem em propaganda, a divulgação se dá de forma expontânea entre os próprios consumidores. As promoções praticamente não
existem, eventualmente quando há excesso de estoque de um determinado produto e eles mostram sinais de
envelhecimento, são colocados à venda por um preço promocional.
Usando novamente a citação de Kotler “um produto é tudo aquilo capaz de satisfazer a um desejo”
KOTLER (1988), eu completaria, ou a uma necessidade, as plantas medicinais satisfazem aos desejos e/ou
necessidades de seus consumidores fiéis e que tradicionalmente, evitam produtos medicinais industrializados.
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Figura 04 – Finalidade da Compra
As pessoas acima de 40 anos já utilizaram bastante a alopatia, não obtendo resposta terapêutica desejada, por isso, dentre outros motivos, optaram pela “alternativa” fitoterapêutica, levando em consideração o uso
pregresso de seus antepassados.
O preço vendido ao consumidor final, varia conforme a “embalagem”, pois as plantas medicinais são
negociadas de diversas formas, a granel, em amarados, em kilo, em garrafas (garrafadas), etc.
Tradicionalmente, a feria do Ver-o-peso, é a principal concorrente das lojas comerciais de plantas medicinais, praticando os mesmos preços que as lojas, entretanto, eventualmente podem oferecer preços menores.
Os consumidores de plantas medicinais são, na sua maioria mulheres (63%), casados (53%), com mais
de 40 anos de idade (52%), possuindo o 2º grau completo (56%). Os produtos mais procurados são: Boldo
(13%), Sacaca (4,5%), Babatimão (3,7%) e Espinheira Santa (3%).
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Estes consumidores compram as plantas medicinais com freqüência (74%) e a grande maioria (88%)
está satisfeita com relação aos produtos procurados, que geralmente são encontrados sem dificuldades.
Afinalidade principal de compra de ervas medicinais é de curar doenças (63%), combatendo principalmente doenças do coração (pata de vaca, verônica, sacaca, juá e carqueja), rins (quebra-pedra), útero (juá, verônica, babatimão e sucuba), intestino (jucá e boldo), estômago (boldo, babatimão e secuba), fígado (boldo e sacaca) e reumatismo (boldo e andiroba), 26% das pessoas entrevistada consomem plantas medicinais, com a finalidade de prevenir doenças
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