PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
PPR
PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
1 - OBJETIVO
Criar e manter o presente programa de proteção respiratória no âmbito da CP
SOLUÇÕES., estabelecendo mecanismos padronizados relacionados à
prevenção e ao controle da exposição a poeiras, fumos, névoas, neblinas,
gases ou vapores, entre os trabalhadores, nos ambientes industriais, durante o
desempenho das suas atividades normais, bem como em situações
emergenciais.
2 - REFERÊNCIAS
ƒ
ƒ
NR 6
PPR- Ministério do Trabalho e Emprego
3 – DEFINIÇÕES
ƒ
Atmosfera Perigosa: Atmosfera que contém um ou mais contaminantes em
concentração superior ao Limite de Exposição, ou que é deficiente de
oxigênio
ƒ
Contaminante: Agente químico ou biológico, em suas diversas formas
(gases, vapores, outros) presente em um determinado ambiente que tenha
algum potencial de causar efeito adverso.
ƒ
Fator de Proteção Requerido: quociente entre a concentração do
contaminante no ambiente e seu limite de exposição
ƒ
IPVS (Imediatamente Perigoso à Vida ou Saúde): Refere-se à exposição
respiratória aguda, que supõe uma ameaça direta de morte ou
conseqüências adversas irreversíveis à saúde
ƒ
Limite de Exposição: máxima concentração permitida de um contaminante
no ar à qual um indivíduo pode estar exposto
ƒ
Máscara Autônoma: Equipamento de proteção respiratória no qual o usuário
carrega seu próprio suprimento de ar respirável, ou oxigênio.
ƒ
Respirador: Equipamento que visa a proteção do usuário contra a inalação
de ar contaminado ou de ar com deficiência de oxigênio.
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4 – RESPONSABILIDADES
A Diretoria de Recursos Humanos, através da Gerência de Recursos
Humanos Industrial, detém a responsabilidade sobre a implantação,
manutenção e o controle dos resultados do Programa de Proteção Respiratória
(PPR) na CP SOLUÇÕES.
a) Gerente de Recursos Humanos
•
Responde pela implantação, manutenção e resultados do PPR das
Unidades.
b) Responsável pela Unidade:
•
Busca meios tecnológicos de engenharia e processo, no âmbito de sua área
de atuação, visando auxiliar na inibição da dispersão dos contaminantes
atmosféricos, nas áreas de produção, tendo em vista não apenas a
qualidade dos produtos, como também a melhoria das condições de saúde
dos empregados envolvidos;
•
Participa da análise dos resultados das auditorias e avaliações ambientais
realizadas;
•
Determina e cobra a aplicação de ações corretivas no controle das
situações críticas de dispersão de contaminantes no ar;
•
Determina e solicita a realização de análise preliminar de riscos, bem como
antecipação de riscos relacionados aos agentes químicos previstos no
presente programa, sempre que houver modificações físicas ou
tecnológicas do processo, matérias primas e/ou maquinário, com possível
impacto na qualidade do ar nos ambientes de trabalho;
•
Prevê a alocação de recursos financeiros necessários ao controle da
dispersão dos contaminantes atmosféricos, diante de novos projetos nas
Unidades;
•
Solicita elaboração de projeto técnico de engenharia para controle das
situações críticas de dispersão de contaminantes no ar.
Cabe ao SESMT:
•
Auxilia as áreas operacionais a executar as ações necessárias à
implantação e manutenção do Programa de Proteção Respiratória.
•
Aplica os conhecimentos de Engenharia de Segurança, Higiene e Saúde
Ocupacional, visando:
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•
Seleção da proteção respiratória adequada a cada risco detectado.
•
Aplicação, em conjunto com os Supervisores, dos ensaios de selagem dos
protetores respiratórios.
•
Aplicação dos treinamentos e reciclagens necessárias ao desenvolvimento
do Sistema de Proteção Respiratória, abrangendo no mínimo:
•
Limpeza, guarda e
Respiratória (EPR).
•
Monitoramento do uso.
manutenção
dos
Equipamentos
de
Proteção
Cabe ao colaborador :
ƒ
Utilizar os respiradores fornecidos de acordo com as instruções e
treinamentos recebidos
ƒ
Guardar o respirador quando não estiver em uso, de modo conveniente
para que não danifique ou deforme
ƒ
Se observar que o respirador não está funcionando bem, deverá deixar
imediatamente a área contaminada e comunicar o defeito à área de
segurança e saúde ocupacional
ƒ
Comunicar ao supervisor qualquer alteração do seu estado de saúde que
possa influir na capacidade de uso do respirador de modo seguro
OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA
O QUE
a) Avaliação Qualitativa dos Contaminantes Ambientais através do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
b) Avaliação quantitativa dos agentes químicos ambientais – composição
do mapeamento de risco respiratório da Unidade.
c) Mapeamento pontual das concentrações dos contaminantes e das
fontes geradoras.
d) Medições pontuais e/ou pessoais, informações atualizadas sobre a
concentração do contaminante no ambiente de trabalho, identificando as
áreas de risco e estabelecendo procedimentos de controle de ordem
coletiva e/ou individual adequados, quando necessário, conforme
parâmetros de avaliação e conduta abaixo discriminados.
e) Definição dos tipos de EPR a serem aplicados.
f) Definição da população exposta aos riscos químicos ocupacionais,
segundo avaliação técnica.
g) Avaliação médica, do pessoal exposto aos riscos ocupacionais e
obrigados a utilização da proteção respiratória, com anotação no prontuário
médico. Quando o médico do trabalho detectar restrições ao uso de EPR,
em empregado obrigado ao uso do mesmo, informará o fato à área de
engenharia de segurança trabalho e ao RH para as providências cabíveis.
QUEM
SESMT
SESMT
SESMT
SESMT
SESMT
SESMT
SESMT
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h) Definição da necessidade de monitorização de exposição através de
espirometria. (Monitorização tem o objetivo de aferir o estado de saúde
respiratória dos trabalhadores expostos às áreas de risco, constituindo item
de controle em relação à aplicação e resultados das medidas de proteção e
segurança).
i) Ajuste da proteção respiratória através dos EPR apropriados.
j) Aplicação de treinamento apropriado sobre o controle do risco e a
utilização correta, manutenção e guarda dos Equipamentos de Proteção
Respiratória. Esse treinamento deve possuir registro adequado, incluindo
comprovação por meio de assinatura de lista de presença.
k) Execução dos testes individuais de selagem dos EPR.
l) Registros de treinamento e testes de selagem. Quando se tratar de
protetor respiratório do tipo purificador de ar equipado com filtro químico,
deve ser anotado no corpo do próprio filtro, com letra legível e à tinta, a
data do rompimento do seu lacre. Isso é necessário para monitorização da
vida útil do mesmo.
m) Acompanhamento do uso correto e manutenção da proteção
respiratória.
n) Auditoria
o) Monitorização periódica dos contaminantes ambientais.
SESMT
SESMT
SESMT
SESMT
SESMT
SESMT
SESMT
SESMT –
5 - APLICAÇÃO
Em todas as Unidades da CP SOLUÇÕES, inclusive terceiros.
6 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
6.1 Seleção de Respiradores
Para a seleção de respiradores devemos considerar:
ƒ
A atividade do usuário e a sua localização na área de risco. Exemplo: Se o
trabalhador permanece continuamente ou não na área de risco durante o
turno de trabalho é leve, médio ou pesado. Em caso de extremo esforço, a
autonomia de uma máscara autônoma fica reduzida pela metade.
ƒ
O tempo de permanência do trabalhador na área que apresenta o risco
ƒ
Característica físicas e
limitações
ƒ
Utilizar somente respiradores com certificado de aprovação
ƒ
A seleção do respirador exige o conhecimento de cada operação, para
determinar os riscos que possam estar presentes e assim selecionar o tipo
e a classe do EPI que proporcione proteção adequada
funcionais dos respiradores, bem como suas
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ƒ
Etapas para a identificação do risco
ƒ
Determinar o contaminante que pode estar presente no ambiente de
trabalho
ƒ
Verificar se existe limite de tolerância, ou qualquer outro limite de
exposição, ou estimar a toxidez do contaminante. Verificar se existe
concentração IPVS para o contaminante
ƒ
Verificar se existem regulamentos ou legislação específica para o
contaminante. Se existir, a seleção do respirador dependerá destas
indicações
ƒ
Medir o teor de oxigênio no ambiente
ƒ
Solicitar laudo técnico com a concentração do contaminante no
ambiente determinando o estado físico da substância
ƒ
Verificar se o contaminante é irritante e/ou corrosivo para olhos e pele.
ƒ
Se o contaminante é vapor ou gás, verificar se é conhecido o limiar de
odor, de paladar ou de irritação da pele
ƒ
Dividir a concentração medida ou estimada do contaminante pelo limite
de exposição ou valor de orientação para obter o Fator de Proteção
Requerido. Se mais de uma substância estiver presente, considerar os
efeitos combinados em vez de considerar o efeito isolado de cada
substância.
ƒ
Se o contaminante for somente gás ou vapor, escolher o filtro químico
apropriado
ESPECIFICAÇÃO DE PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO E CONDUTA
PARÂMETRO
1. Concentração do contaminante ambiental
menor que o Nível de Ação (½ do valor do
Limite de Tolerância).
2. Concentração do contaminante ambiental
igual ou maior que o Nível de Ação e Menor que
o Limite de Tolerância.
CONDUTA
A priori, nenhuma ação de controle se faz
necessária.
De acordo com as características
toxicológicas do contaminante ambiental e
a forma da exposição ocupacional, as
ações de controle podem variar desde a
simples
monitorização
periódica
do
contaminante a intervenções na exposição
ou na dispersão. A conduta será sempre
indicada no laudo técnico de avaliação
ambiental.
Aceitável o controle da exposição por meio
de proteção respiratória individual, do tipo
purificadores de ar com peça semi-facial.
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3. Concentração do contaminante ambiental até Implantação
imediata
de
proteção
cinco vezes maior que o valor do limite de respiratória adequada.
tolerância.
Tolerável o controle da exposição por meio
de proteção respiratória individual, do tipo
purificadores de ar com peça semi-facial.
Quando possível é indicada a interferência
nas fontes de emissão dos contaminantes.
4. Concentração do contaminante ambiental Implantação
imediata
de
proteção
entre cinco e dez vezes o valor do limite de respiratória adequada como medida
tolerância.
provisória de controle.
Não é aceitável o controle da exposição
unicamente por meio de proteção
respiratória individual, do tipo purificador de
ar com peça semi-facial.
Aceitável o controle da exposição por meio
de proteção respiratória do tipo ar mandado
ou autônomos com peça semi-facial.
Tolerável o controle da exposição por meio
de proteção respiratória individual do tipo
purificadores de ar com peça facial inteira.
Necessidade a priori de intervenção nas
fontes de dispersão dos contaminantes.
5. Concentração do contaminante ambiental Aceitável o controle da exposição por meio
entre dez e cinqüenta vezes o valor do limite de proteção respiratória do tipo ar mandado
de tolerância.
ou autônomos com peça facial inteira.
Tolerável o controle temporário da
exposição
por
meio
de
proteção
respiratória individual do tipo purificadores
de ar com peça facial inteira.
Dependendo
das
características
da
exposição e dos aspectos toxicológicos do
contaminante ambiental, pode haver a
obrigatoriedade de interferência nas fontes
de emissão dos contaminantes. Isso é
definido em laudo técnico de avaliação
ambiental.
6. Concentração do contaminante ambiental Tolerável o controle temporário da
entre 50 e 100 vezes o valor do limite de exposição
por
meio
de
proteção
tolerância.
respiratória do tipo ar mandado ou
autônomos com peça facial inteira.
Dependendo
das
características
da
exposição e dos aspectos toxicológicos do
contaminante ambiental, pode haver a
obrigatoriedade de interferência nas fontes
de emissão dos contaminantes. Isso é
definido em laudo técnico de avaliação
ambiental.
7. Concentração do contaminante ambiental Não deve ser permitida a exposição sem
entre 100 e 500 vezes o valor do limite de proteção respiratória autônoma ou ar
tolerância.
mandado, ambas com pressão positiva.
Quando viável, devem ser tomadas
medidas de controle de dispersão dos
contaminantes, nas suas fontes de
dispersão.
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8. Concentração do contaminante ambiental Não é permitida a exposição.
maior que 500 vezes o valor do limite de
tolerância.
6.2 AÇÕES COMPLEMENTARES
No caso de implantação ou modificação da proteção individual, todas as
instruções sobre os tipos de protetores aprovados e disponibilizados,
procedimentos sobre o uso, guarda e manutenção, serão tratados sempre
através de documentação formal com título de "ORDEM DE SERVIÇO DE
SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL".
Essa ORDEM DE SERVIÇO ficará exposta, em quadro de aviso, durante um
tempo aproximado de 45 dias e será sempre relembrada por ocasião dos
treinamentos ou reciclagem dos trabalhadores, sendo também mantida em
arquivo específico no RH, SESMT ou na própria Área.
Por ocasião da entrega de EPR aos empregados, o SESMT preencherá a
FICHA DE CONTROLE DE ENTREGA E RECEBIMENTO DE EQUIPAMENTO
DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, a qual será assinada pelo empregado e mantida
em arquivo, por período de 20 anos após o desligamento do mesmo. Nessa
ficha serão também registradas novas substituições e manutenções do EPR.
6.3 TREINAMENTO
Devem ser ministrados treinamentos e reciclagem periódica (no mínimo uma
vez ao ano) aos funcionários, com a finalidade de garantir o uso correto do EPI
.
No mínimo devem receber treinamento a Supervisão, o usuário, os
funcionários da Brigada de Emergência e da Equipe de Resgate e Primeiros
Socorros
Funcionário que distribui o respirador:
A pessoa que distribui os respiradores deve receber treinamento adequado, a
fim de garantir que o trabalhador receba o respirador adequado para a tarefa,
definido pelos procedimentos operacionais aqui descritos.
Equipe de Resgate e Primeiros Socorros e Brigada de Emergência:
As equipes de atendimento para casos de emergência e de salvamento, como
brigadas de incêndio, devem ser criadas pelo SESMT, e treinadas sobre o uso
de respiradores. Deve ser estabelecido um programa conveniente de
treinamento que inclua a simulação de emergências para assegurar a eficiência
e a familiaridade dos membros da equipe, no uso de respiradores, durante as
tarefas realizadas nas operações de emergência e salvamento.
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Usuário do Protetor Respiratório:
O usuário deve ser instruído e treinado sobre o uso correto do respirador, bem
como sobre suas características e limitações. Os supervisores também devem
ser instruídos.
O treinamento deve proporcionar ao usuário a oportunidade de manusear o
respirador, ajustá-lo corretamente, fazer a verificação de vedação, usá-lo em
ambiente não contaminado, durante o tempo suficiente para se familiarizar com
ele, e finalmente em uma atmosfera de teste.
Cada usuário deverá receber instruções sobre a vedação e o treinamento para
o ensaio de vedação, onde o usuário receberá instruções práticas de como se
deve colocar, ajustar, e avaliar se o equipamento está ajustado corretamente.
Os respiradores não devem ser colocados, quando algumas condições possam
impedir uma boa vedação como barba crescida, costeletas, abas de capuzes
ou roupas que cheguem até ao respirador, hastes de óculos, etc..
O ensaio de vedação consiste em confirmar, se um respirador que já passou
no teste de pressão negativa ou positiva, realmente se adapta bem ao rosto de
um dado indivíduo. Esse ensaio é feito em uma sala, fora da área de risco e
geralmente usa-se um agente químico ao redor do rosto observando a reação
do usuário. Os agentes químicos utilizados nos ensaios qualitativos são:
Acetato de Isoamila (óleo de banana); Sacarina; Fumos Irritantes.
Os trabalhadores da Unidade que necessitem usar respiradores devem ser
orientados a fazer a barba diariamente, sendo proibido o uso de barba.
O empenho dos trabalhadores na observação desses cuidados deve ser
avaliado por verificações periódicas. Para garantir a proteção adequada, a
vedação do respirador deverá ser verificada cada vez que o usuário for usá-lo,
obedecendo as instruções do fabricante. Cada trabalhador deverá receber,
quando viável, um respirador para uso exclusivo.
Todo usuário deve receber treinamento inicial, quando é designado para uma
atividade que exija o uso de respirador, e a cada 12 meses o treinamento se
repete.
Para cada usuário, deve ser mantido registro no qual conste a data, o tipo de
treinamento recebido, a avaliação do resultado obtido e o nome do instrutor.
No final do treinamento, o usuário deverá receber um Certificado de
Participação no Treinamento de Usuário de Protetor Respiratório .
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6.4 Ensaios de Vedação
ƒ
Todo usuário de respirador com vedação facial deve ser submetido a um
ensaio de vedação qualitativo, ou quantitativo, para determinar se o
respirador se ajusta bem ao rosto
ƒ
Devem ser mantidos registros dos ensaios de vedação que devem conter
as seguintes informações;
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Procedimento operacional escrito sobre o ensaio de vedação, incluindo
critério de aceitação/rejeição
Equipamento e instrumentação utilizado para o ensaio
Calibração, manutenção e reparo nos equipamentos e instrumentos
usados, se necessário
Nome e identificação do operador do ensaio
Identificação completa do respirador ensaiado
Nome e identificação do funcionário usuário do respirador
Data do ensaio
Resultado do ensaio
ƒ Ensaio de “vedação” no respirador escolhido
ƒ
Esse ensaio deverá ser feito na presença de pessoal técnico especializado em
Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e/ou Auxiliar de Enfermagem do
Trabalho.
•
A pessoa submetida ao teste deve colocar e ajustar o respirador sem
assistência de ninguém, usando aproximadamente 10 minutos antes do
início do ensaio. A pessoa não deve comer, beber ou mascar goma, pelo
menos 15 minutos antes do ensaio de vedação.
•
Usar um segundo nebulizador, para nebulizar a solução dentro do capuz.
Deve estar marcado de modo visível para distinguí-lo do usado durante o
ensaio preliminar.
•
Preparar a solução dissolvendo-se 83g de sacarina em 100ml de água
morna. Como antes, a pessoa deve respirar com a boca aberta e a língua
para fora. Colocar o nebulizador no orifício do capuz e nebulizar a solução
para o ensaio de vedação, usando a mesma técnica do ensaio preliminar de
acuidade de paladar, e o mesmo número de bombadas necessárias para
obter a resposta naquele ensaio.
•
Após a geração do aerossol, ler as instruções para a pessoa que usa o
respirador. Cada exercício deve ser realizado durante 1 minuto:
•
Respire normalmente.
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•
Respire profundamente. Esteja consciente que sua respiração seja
profunda e regular.
•
Vire a cabeça completamente para um lado e para outro. Inale em cada
lado. Esteja certo de que os movimentos foram completos. Não deixe o
respirador bater nos ombros.
•
Movimente a cabeça para cima e para baixo. Inale enquanto a cabeça
estiver voltada para cima. Esteja certo de que os movimentos foram
completos. Não deixe o respirador bater no peito.
•
Durante alguns minutos leia
(aproximadamente 20 palavras).
•
Ande sem sair do lugar.
•
No início de cada exercício, bombear o nebulizador a metade do número de
vezes empregada no ensaio de acuidade de paladar. A pessoa deve avisar
ao operador do ensaio o instante em que sentir o gosto de sacarina,
significando que a vedação não foi satisfatória; neste caso, procurar outro
respirador e repetir o processo.
•
Pessoas aprovadas neste ensaio podem usar respiradores com peça semifacial em ambientes com concentração até 5 vezes o limite de tolerância.
em
voz
normal
o
texto
indicado
Se a pessoa sentir dificuldade para respirar, durante a realização do ensaio de
vedação, deverá ser encaminhada a um médico especialista em moléstias
pulmonares para verificar se tem condições de executar o trabalho previsto.
6.5 INFORMAÇÕES TÉCNICAS
6.5.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS FILTROS MECÂNICOS
CLASSE DO FILTRO
P1
P2
P3
PENETRAÇÃO MÁXIMA
PERMITIDA
20%
6%
0,05%
RESISTÊNCIA MÁXIMA Á
RESPIRAÇÃO
6
21
7
24
12
42
6.5.2 - FUNCIONAMENTO DO FILTRO MECÂNICO
O filtro mecânico é constituído por fibras que retém partículas. As fibras deixam
entre si espaços vazios que denominamos “poros”, através dos quais escoase o ar. A dimensão dos poros depende do diâmetro das fibras:
• Fibras finas deixam poros pequenos
• Fibras grossas deixam poros grandes
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A camada de fibras tem cerca de 4mm de espessura. As partículas ficam
presas nos filtros porque foram captadas pelos mecanismos de:
• Impacto direto (peneiração)
• Atração Eletrostática
• Inércia entre outros
6.5.3 - MECANISMO DE CAPTURA DE PARTÍCULAS NOS RESPIRADORES
COM FILTRO MECÂNICO
Impacto Direto:
• Se o raio da partícula é menor que o diâmetro, ela toca a fibra e fica presa;
• Se a distância entre duas fibras é menor que o diâmetro da partícula, ela
fica retida. É o efeito peneiração. O Filtro de fibras de vidro classe P2 e P3 ,
funciona segundo esse mecanismo de captura.
Ação Eletrostática:
O campo elétrico da fibra carregada de eletricidade induz cargas elétricas de
sinal contrário, nas partículas de algodão que se aproximam, atraindo as
partículas. Assim capturadas, elas não se deslocam mais, resultando na
filtragem do ar.
Os formatos usuais de filtros energizados podem ser planos (circular e formato de oito)
ou ondulados (circular). 90% dos filtros usados no mundo pertencem à categoria dos
filtros energizados; estes, geralmente são de classe P1 e P2.
6.5.4 - MANUTENÇÃO DO PROTETOR RESPIRATÓRIO
Os respiradores devem ser limpos e desinfetados regularmente. Aqueles
usados por um só trabalhador devem ser limpos, após cada jornada de
trabalho. Aqueles respiradores usados por mais de um usuário devem ser
limpos, antes que outro utilize. O gerente da área deve providenciar local e
meios para a limpeza e manutenção, e providenciar instruções escritas e
detalhadas sobre como efetuar a limpeza, inspeção e manutenção.
Os respiradores limpos devem ser guardados em local limpo e com boas
condições de higiene, no próprio local onde se faz a limpeza e manutenção.
6.5.5. INSPEÇÃO E RECICLAGEM
Com a finalidade de verificar se o respirador está em boas condições, o usuário
deve inspecioná-lo, imediatamente, antes de cada uso.
Após cada limpeza e higienização, cada respirador deve ser inspecionado para
verificar se está em condições de uso, se necessita de substituição de partes,
reparos ou se deve ser jogado fora.
Os respiradores guardados para emergência ou resgates devem ser
inspecionados, no mínimo, uma vez por mês.
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A inspeção deve incluir:
• Condições da cobertura das vias respiratórias, tirantes, tubos, correias e
filtros;
• Datas de vencimento nas prateleiras;
• Indicadores de vida útil;
• Todo componente de borracha ou de outro elastômero deve ser
inspecionado para verificar a sua elasticidade e sinais de deterioração;
• Em respiradores de resgate e emergência devem constar registros com
data de cada manutenção;
Os que não satisfazem os critérios da inspeção devem ser imediatamente
retirados de uso, enviados para reparo ou substituição. A substituição é feita
por pessoas treinadas na manutenção e montagem de respiradores. Somente
devem ser usadas peças de substituição indicadas.
6.5.6 - GUARDA
•
•
•
Os respiradores devem ser guardados de modo a estarem protegidos
contra agentes físicos e químicos, tais como: vibração, choque, luz solar,
externo, umidade excessiva ou agentes químicos agressivos.
Não devem ser colocados em gavetas ou caixas de ferramentas, a menos
que estejam protegidos contra contaminação, distorção e outros danos.
Os equipamentos utilizados para emergências e resgates, que permaneçam
na área de trabalho, devem ser facilmente acessíveis, durante todo o
tempo, e devem estar em armários ou estojos marcados, de modo que sua
identificação seja imediata.
A eficiência do programa deve ser verificada por inspeções regulares e por
uma auditoria anual feita pelo sistema de auditoria interno.
6.5.7 - AUDITORIA
Itens relevantes a serem auditados:
• Existência da avaliação ambiental atualizada;
• Interpretação dos resultados;
• Aplicação da medidas de controle recomendadas;
• Aplicação de EPR:
• Registro da sua indicação e especificação;
• Registro de indicação dessa especificação a área de compras;
• Fornecimento do EPR;
• Treinamentos dos usuários dos EPR;
• Registros da realização dos ensaios de vedação dos EPR;
• Monitorização da vida útil dos EPR;
• Condições de higienização e guarda dos EPR;
• Registro nos cartuchos químicos dos EPR (quando for o caso) da data do
rompimento dos seus lacres;
• Registro nas fichas e controle de fornecimento de EPI dos EPR aos seus
usuários.
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Local:
Área:
Unidade:
Responsável:
TESTE DE SELAGEM DE PROTETOR RESPIRATÓRIO
KIT UTILIZADO / MARCA
MODELO
Em cumprimento ao que determina a Instrução Normativa n.º 1/94 do Ministério do Trabalho e
Emprego executamos os testes de selagem dos protetores respiratórios no trabalhador abaixo
identificado, utilizando o seguinte procedimento:
10 - Teste de sensibilidade, utilizando o capuz e nebulizador n.0 1, para que o trabalhador
possa detectar o sabor da solução de teste na versão bastante diluída para o ensaio de
vedação.
20 - Ajuste do protetor respiratório no trabalhador.
30 - Colocação do capuz no trabalhador com o protetor respiratório.
40 - Injeção de solução para ensaio no interior do capuz, utilizando o nebulizador n0 2.
50 - Após a injeção do aerossol, o trabalhador executou os seguintes exercícios durante o
tempo de sessenta segundos cada:
a) respiração normal parado.
b) respiração profunda - inspiração/expiração profunda.
c) virar a cabeça de um lado para o outro - o movimento foi executado ao ritmo de um giro da
cabeça a cada dois segundos.
d) inclinar a cabeça para baixo e para cima - o movimento foi executado ao ritmo de uma
inclinação da cabeça a cada dois segundos.
e) o trabalhador pronunciou as seguintes palavras: Ana, Céu, Botas, Luvas, Garrafa, Aura,
Quadrado, Novidade, Respiratória e Pele.
RESULTADO DO TESTE:
PROTETOR RESPIRATÓRIO
MARCA - MODELO
VEDAÇÃO
SATISFATÓRIA
VEDAÇÃO
INSATISFATÓRIA
PARECER FINAL
Protetor (es) Respiratório (os) Indicado (s):
MARCA/MODELO
TÉCNICO RESPONSÁVEL
DRT OU DOCUMENTO IDENTIDADE
ASSINATURA
LOCAL E DATA
Declaro que nesta data me submeti ao teste de selagem do(s) protetor(es) respiratório(s) acima descrito(s),
estando ciente do resultado obtido.
Declaro também estar ciente de que a continuidade do resultado satisfatório, depende da correta adaptação do
protetor respiratório, de sua manutenção e da ausência de barba durante sua utilização diária.
NOME DO EMPREGADO
DRT:
ASSINATURA
LOCAL E DATA:
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