análise conjuntural do comércio exterior

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análise conjuntural do comércio exterior
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
ANÁLISE CONJUNTURAL DO
COMÉRCIO EXTERIOR
RELAÇÕES COM O EXTERIOR
Abril
2015
Nº16
2
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
Presidente: Darci Piana
Superintendente: Eduardo Luiz Gabardo Martins
Rua Visconde do Rio Branco, 931 – 6º andar
CEP 80410-001 – Curitiba – PR – Telefone (41) 3883-4500
www.fecomerciopr.com.br – [email protected]
Elaboração: Departamento Econômico da Fecomércio - PR
Apoio de Área: Rodolpho Santos Wolf.
O conteúdo desta “Análise Conjuntural da Economia e do Comércio” é
publicado mensalmente no site da Federação do Comércio do Paraná.
Os acessos poderão ser feitos através do site: www.fecomerciopr.com.br
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Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
Sumário
Relações com o Exterior
1. Comércio Exterior Brasileiro
1.1 Balança Comercial Brasileira
1.2 Principais Produtos Exportados e Importados
1.3 Balança Comercial brasileira - com e sem petróleo e derivados - US$ milhões FOB
1.4 Intercâmbio Comercial Brasileiro
1.5 Corrente de Comércio
1.6 Relações Comerciais Brasileiras Com as Américas
1.7 Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna
2. Comércio Exterior Paranaense
2.1 Balança Comercial Paranaense
2.2 Principais Destinos de Produtos do Paraná
2.3 Principais Produtos Exportados
2.4 Corrente de Comércio
2.5 Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem
2.6 Principais Empresas Exportadoras do Paraná
2.7 Principais Empresas Importadoras do Paraná
2.8 Exportações por Fator Agregado
2.9 Balança Comercial dos Principais Exportadores Municipais
3. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira
4. Dívida Externa Brasileira
4.1 Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado
5. Reservas Cambiais
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
1.1 Balança Comercial Brasileira
Em abril houve superávit na balança comercial brasileira: US$ 491 milhões. No
entanto, os números de abril não foram suficientes para reverter o déficit dos dois primeiros
meses. No quadrimestre o déficit é: -US$ -5.066 milhões. Em 2014, o saldo comercial foi
negativo: -US$ 3.930 milhões e, portanto, pior que o de 2013, que já havia sido ruim. Os
valores mensais negativos em 2014 se concentraram no 1.º bimestre, meses que foram os
principais responsáveis pelo saldo negativo no ano; o histórico de desempenho do bimestre se
repete em 2015. Em 2014, o maior mercado brasileiro na América Latina- Argentina- cortou
importações. A conta turismo foi deficitária e a conta-petróleo, negativa em quase US$ 16
bilhões. A valorização cambial recente do US$ - superou a barreira dos R$ 3,00- poderia
melhorar exportações, mas não ajudou porque o “fechamento” de contratos para novos
negócios não ocorre de imediato.
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4
A queda na cotação do petróleo no mercado mundial motivado, em parte, pelo aumento
da produção americana e redução das suas importações e a opção pelo xisto, poderão ajudar a
conter o negativo da conta petróleo da Petrobrás, o que é conveniente para o saldo comercial
do país. No entanto poderá atuar como fator de adiamento da exploração interna de petróleo.
O déficit no saldo comercial de 2014 pode ser explicado por: recuperação dos EUA;
restrições de países do Euro; menores vendas para Argentina; menor crescimento da China;
alta tributação e efeito cascata; expansão da importação de petróleo; pequena participação de
produtos de alta/média tecnologia nas exportações; predomínio de commodites nas exportações
(menor valor agregado). Os preços chineses- com menores custos, afetaram a competitividade
brasileira. Em 2014: importações cresceram e houve dificuldades
nas exportações
industriais.
Se o dólar valorizado em 2013 (maior poder de compra ao importador externo) não
permitiu elevar exportações devido fatores já mencionados, por outro lado, a
desindustrialização ocorrida não foi superada; não é a curto prazo que o perfil industrial do país
se altera ou recupera, considerando as limitações competitivas vigentes. Cumpre recuperar
exportações da indústria de transformação, detentora de maior agregação de valor e mais
empregos criados.
TABELA 1 – BRASIL: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões)
Período
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Dez
2014
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2015
Jan
Fev
Mar
Abr
Exportações*
Variação
(%)
Importações*
Variação
(%)
160.649
197.942
152.995
201.915
256.040
242.580
242.183
20.846
225.101
16.026
15.934
17.628
19.724
20.752
20.467
23.025
20.465
19.617
18.230
15.646
17.491
57.931
13.704
12.092
16.979
15.156
16,58
23,21
-22,71
31,98
26,81
-5,26
-0,2
-0,07
-7,05
-23,12
-0,57
10,63
11,89
5,21
-1,37
12,50
-11,12
-4,14
-7,07
-14,17
11,79
-16,42
-21,65
-11,76
40,42
-10,74
120.617
172.985
127.722
181.768
226.240
223.149
239.623
18.192
229.031
20.084
18.059
17.516
19.218
20.040
18.102
21.450
19.297
20.556
19.507
17.996
17.198
62.997
16.878
14.934
16.521
14.665
32,04
43,42
-26,17
42,32
24,47
-1,37
7,4
-4,86
-4,42
10,40
-10,08
-3,01
9,72
4,28
-9,67
18,50
-10,03
6,52
-5,10
-7,75
-4,43
-15,87
-1,86
-11,52
10,63
-11,23
Balança
Comercial*
40.032
24.958
25.272
20.147
29.799
19.431
2.560
2.654
-3.930
-4.058
-2.125
112
506
712
2.365
1.575
1.168
-939
-1.277
-2.350
293
-5.066
-3.174
-2.842
458
491
Variação
(%)
-13,83
-37,66
1,26
-20,28
47,91
-25,23
-87,2
52,62
-253,53
-252,91
-47,64
-105,27
351,79
40,71
232,16
-33,40
-25,84
-180,39
-35,99
-84,02
112,47
-16,54
11,83
10,46
116
7
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatísticas de comércio exterior – Balança comercial mensal) (Consulta em 04/05/2015)
(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração.
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
1.2 Principais Produtos Exportados e Importados
TABELA 2 – BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2015 (Jan-Mar)
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
Produto
Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados
Óleos brutos de petróleo
Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura
Café não torrado, não descafeinado,em grão
Outros açúcares de cana
Pasta quim. madeira de n/conif. a soda/sulfato, semi/branq.
Minérios de ferro aglomerado p/ processo de peletizacao
Bagacos e outs. resíduos sólidos da extr.do óleo de soja
US$
Milhões
2.750,50
2.715,29
2.592,81
1.559,48
1.514,21
1.220,58
1.102,14
1.083,32
Percen
tual
(%)
12,66
12,50
11,94
7,18
6,97
5,62
5,07
4,99
5
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
--
Milho em grão, exceto para semeadura
Pedaços e miudezas, comest.de Galos/Galinhas, congelados
Carnes desossadas de bovino, congeladas
Alumina calcinada
Outros prods. semimanuf. Ferro/Aco, c<0.25%,sec.transv.ret
Outros aviões/veículos aéreos, peso>15000kg,vazios
Ouro em barras, fios e perfis de seção maciça
Outros açúcares de cana, beterraba, sacarose quim. pura, sol.
Consumo de bordo - combustíveis e lubrif. p/Aeronaves
Ferroniobio
Carnes de galos/galinhas, n/cortadas em pedaços, congel.
Automóveis c/motor explosao,1500<cm3<=3000,ate 6 passag.
Total
931,09
914,51
835,39
648,94
590,78
527,53
469,14
466,44
466,10
463,49
439,65
432,24
21.723,62
4,29
4,21
3,85
2,99
2,72
2,43
2,16
2,15
2,15
2,13
2,02
1,99
100,00
TABELA 3 – BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS EM 2015 (Jan-Mar)
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
--
US$
Milhões
Produto
Óleos brutos de petróleo
"Gasóleo" (óleo diesel)
Gás natural, liquefeito
Naftas para petroquímica
Outs. Partes .p/apars.d/Telefonia/Telegrafia
Gás natural no estado gasoso
Automóveis c/motor explosao,1500<cm3<=3000,ate 6 passag.
Outs. partes p/aparelhos recept. Radiodif. Televisao,etc.
Hulha betuminosa, não aglomerada
Partes de turborreatores ou de turbopropulsores
Outras gasolinas, exceto para aviação
Outros cloretos de potássio
Barcos-faróis/guindastes/docas/diques flutuantes, etc.
Catodos de cobre refinado/seus elementos, em forma bruta
Outros veículos automóveis c/motor diesel, p/carga<=5t
Out. trigos e misturas de trigo c/centeio, exc. p/ semead.
Outras caixas de marchas
Sulfetos de minérios de cobre
Outros circuitos integrados monolíticos
Outs. frações do sangue, prod.imunol. modif.(medicamentos)
Total
1.627,43
1.343,19
1.275,58
906,14
788,52
745,00
711,87
641,79
521,82
461,03
459,82
450,59
421,10
343,96
326,21
314,58
310,36
294,81
282,70
273,24
12.499,73
Percen
tual
(%)
13,02
10,75
10,20
7,25
6,31
5,96
5,70
5,13
4,17
3,69
3,68
3,60
3,37
2,75
2,61
2,52
2,48
2,36
2,26
2,19
100
1.3 Balança Comercial brasileira - com e sem petróleo e derivados - US$ milhões FOB
TABELA 4 - Balança Comercial brasileira - com e sem petróleo e derivados FOB (US$ milhões) (Jan-Fev)
2014
2015
Exportação
31.960
25.796
Petróleo e Derivados
3.462
2.604
Demais
28.498
23.192
Importação
Petróleo e Derivados
Demais
38.156
7.102
31.054
31.192
5.077
26.735
Saldo
Petróleo e Derivados
Demais
-6.196
-3.640
-2.556
-6.016
-2.473
-3.543
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial Brasileira Mensal) (Consulta em 03/03/2015)
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
1.4 Intercâmbio Comercial Brasileiro
TABELA 5 – BRASIL: INTERCÃMBIO COMERCIAL
(Em US$ Milhões)
2014 (JAN-DEZ)
Países
AELC (1)
África (2)
Aladi (3)
MERCOSUL(*)
Argentina
Paraguai
2015 (JAN-MAR)
Balança
Balança
Exportações
Importações
Comercial
Exportações
3.299
9.701
46.042
25.053
14.282
3.194
3.910
17.061
37.569
18.446
14.143
1.210
-611
-7.360
8.472
6.607
139
1.983
548
1.831
9.052
4.947
3.072
598
Importações
804
2.389
7.678
3.540
2.703
277
Comercial
-256
-558
1.374
1.407
369
320
6
Uruguai
Venezuela
Chile
México
Outros (4)
Ásia
China
Coréia do Sul
Japão
Outros
Canadá
EUA (5)
Europa Oriental (6)
Oriente Médio
União Europeia
Alemanha
França
Itália
Países Baixos
Reino Unido
Outros (7)
Outros
Opep (8)
Total
2.945
4.632
4.984
3.670
12.335
73.499
40.616
3.831
6.718
22.334
2.316
27.135
4.583
10.419
42.012
6.632
2.918
4.021
13.001
3.827
22.334
6.095
16.866
225.101
1.918
1.174
4.029
5.363
9.732
71.166
37.340
8.526
5.901
19.398
2.715
35.296
3.960
8.000
46.698
13.837
5.698
6.310
3.168
3.257
19.398
2.655
21.557
229.031
1.027
3.458
955
-1.693
2.603
2.333
3.276
-4.695
817
2.935
-399
-8.161
623
2.420
-4.686
-7.205
-2.780
-2.289
9.833
570
2.935
3.439
-4.691
-3.930
635
643
907
803
2.395
12.763
6.190
727
1.203
4.643
488
5.849
579
2.341
8.203
1.340
565
868
2.252
849
4.643
1.122
3.279
42.775
327
232
931
1.157
2.051
17.452
9.664
1.773
1.329
4.686
582
7.174
775
1.017
9.648
2.739
1.114
1.269
716
671
4.686
813
2.708
48.333
307
411
-24
-354
344
-4.689
-3.474
-1.046
-126
-43
-94
-1.325
-196
1.323
-1.445
-1.399
-549
-401
1.536
178
-43
309
571
-5.558
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de Conjuntura – Indicadores Econômicos – Capítulo V – Intercâmbio Comercial Brasileiro)
(Consulta em 03/03/2015)
As restrições impostas pela Argentina às exportações brasileiras prejudicam a balança comercial
nacional, a indústria exportadora brasileira e paranaense. Também o MERCOSUL perde com as
medidas adotadas pela Argentina.
1.5. Corrente de Comércio
Brasil: Corrente de Comércio (*)
Em US$ milhões
600.000
482.278
400.000
370.927
200.000
281.266
465.729
481.806
383.683
454.132
280.717
120.929
0
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
(*) Dados de 2015 referentes ao acumulado no ano.
CORRENTE DE COMÉRCIO : obtida a partir da soma: exportações mais importações. Quanto maior a corrente de comércio maior o
grau de abertura comercial do país. No gráfico, os valores indicam o saldo total anual da corrente de comércio, que não deve ser
confundida com balança comercial, que é obtida a partir de exportações menos importações.
(*)
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
Mercosul: Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela; além do Brasil.
Associação Europeia de Livre Comércio, inclui Islândia, Noruega e Suíça (inclui Liechtenstein).
Exclui países do Oriente Médio e membros da Opep.
Associação Latino-Americana de Integração.
Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Venezuela.
Inclui Porto Rico.
Albânia, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Ucrânia e Uzbequistão.
Áustria, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Finlândia, Grécia, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Portugal, República
Eslovaca, República Tcheca, Romênia e Suécia.
Angola, Arábia Saudita, Argélia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Indonésia, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela.
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
1.6 Relações Comerciais Brasileiras Com as Américas
7
TABELA 6 - Exportações Brasileiras para países das três Américas: do Sul, Central e do Norte
(Jan-Mar)(em milhões de U$S)
País
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
-
Exportações
Estados Unidos
Argentina
Chile
Paraguai
Venezuela
México
Uruguai
Colômbia
Canadá
Bolívia
Peru
Equador
Bahamas
Trinidad e Tobago
Cuba
Total
Participação (%)
5.824,20
3.071,65
906,90
597,56
643,28
802,90
634,86
479,86
487,59
352,68
359,84
177,93
205,47
76,02
81,23
42.775,24
13,43
7,05
2,04
1,48
1,86
1,36
1,46
1,18
1,29
0,84
0,83
0,36
0,39
0,42
0,17
100,00
TABELA 7 - Importações Brasileiras de países das três Américas: do Sul, Central e do Norte
(Jan-Mar)(em milhões de U$S)
País
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
-
Estados Unidos
Argentina
México
Chile
Bolívia
Canadá
Uruguai
Colômbia
Peru
Paraguai
Venezuela
Trinidad e Tobago
Brasil
Costa Rica
Equador
Total
Importações
Participação (%)
7.112,45
2.703,09
1.157,21
929,48
760,21
581,94
327,46
338,06
324,62
277,27
232,11
503,08
224,27
14,37
31,92
48.331,99
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
15,14
5,79
2,49
1,84
1,60
1,23
0,69
0,74
0,66
0,89
0,55
0,44
0,15
0,03
0,07
100,00
1.7. Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna
Anunciadas ou vigentes desde maio/2010, para estimular o setor exportador e valorizar a
produção da indústria nacional. Algumas das decisões não foram implementadas eficientemente e
não produziram os efeitos necessários e esperados. As providências são as seguintes:
1. Créditos Tributários: Devolução de 50% dos créditos de PIS/PASEP, COFINS, IPI, acumulados
na exportação até 30 dias após o pedido. Atualmente o retorno leva até cinco anos. Terão direito
as empresas ;
a) que exportaram pelo menos 30% do faturamento nos últimos dois anos.
8
b) que sejam exportadoras há no mínimo quatro anos.
c) com tributação pelo lucro real e que utilizem nota fiscal eletrônica.
d) cujo histórico de pedidos de ressarcimento negados não supere em 15% o total solicitado nos
últimos dois anos.
2. Banco de Fomento: Criação do EXIM Brasil (no estilo do Eximbank internacional), subsidiário do
BNDES especializado em comércio exterior para diminuir burocracia e dar mais rapidez a
operações de exportação. Voltado para operações de longo prazo, como bens de capital e serviços
de engenharia.
3. Micro e Pequenas Empresas: Poderão exportar até R$ 2,4 milhões sem a contabilização desse
valor no limite de faturamento para enquadramento no Simples, que é também R$ 2,4 milhões.
4. Financiamento: BNDES poderá destinar R$ 7 bilhões para linha de exportação de bens de
consumo subsidiada pelo Tesouro Nacional.
5. Garantias de criação:
a) FGCE-Fundo Garantidor de Comércio Exterior, que terá transferências de fundo do BNDES.
b) FGIE- Fundo Garantidor de Infraestrutura, que reunirá fundos naval e de energia e as PPP’s
(Parceria Público-Privada), somando R$ 5 bilhões.
c) EBS-Empresa Brasileira de Seguros para administrar risco dos fundos garantidores da União e
para concessão de seguros com o setor privado.
6. Isenção: Ampliação do “drawback isenção” para o mercado interno, em que os tributos pagos na
compra de insumos para produtos exportados poderão ser descontados na reposição de matériaprima nacional.
7. Compras Governamentais: Produtos nacionais terão preferência nas compras do governo
federal. O valor será de até 25% do similar produzido em outro país.
8. Autopeças: Acaba com o desconto de 40% sobre o Imposto de Importação de autopeças para
estimular a produção nacional.
9. Valorização recente do dólar (e consequente desvalorização do R$) poderá favorecer
exportações, conter a demanda de importados (que participam com 23% a 25% na demanda
final), e elevar a produção interna em segmentos específicos.
10. Aumento do IPI para carros importados (set 2011): passou a vigorar em 2012;
11. Eleva de 3 para 5 anos a cobrança de 6% do IOF: nas operações de cambio contratadas
após 12/03/2012.
12. Proteção a produtos da Zona Franca de Manaus: aumento de 20% p/ 35 do IPI de
importados: motos, micro-ondas e aparelhos de ar condicionado.
13. Governo anuncia em 01/10/2012 lista de 100 produtos importados que terão aumento
no imposto de importação.
14. Final de janeiro de 2013: Banco Central injeta dólares no mercado, para forçar baixa do dólar
no mercado, como parte de uma política anti-inflacionária.
15. Junho/2013: providencias visaram estimular a permanência de US$ na economia brasileira.
16. Dezembro/2013: aumento no IOF para uso de cartões de crédito no exterior.
17. Março/2015: dólar-US$ rompe a barreira dos R$ 3,00.
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
2.1 Balança Comercial Paranaense
O saldo da balança comercial do Paraná no 1.º trimestre de 2015 foi negativo: -US$ 211,82
milhões. No ano de 2014, o Paraná teve um saldo negativo na balança comercial de -US$ 1.104,6
milhões, tendo sido este o 4.º saldo negativo seqüencial (desde 2011) nas contas externas do Estado.
9
O dólar valorizado não ajudou a melhorar. A corrente de comercio do Paraná (exportações mais
importações) em 2014 atingiu US$ 33,6 bilhões, valor que sinaliza queda na abertura econômica do
Estado em relação ao triênio anterior: 2011 a 2013. O saldo comercial negativo de 2011 a 2014,
não ocorria desde 2005.
O quadro critico interno do País, em termos políticos, éticos e morais afetam toda a
economia, que ainda tem que carregar a carga negativa dos escândalos do Petrobrás de diversas
conotações só contribuem para dificultar ainda mais o desempenho de uma economia como a do
Paraná. O início de 2015, coincidente com o início do governo reeleito em 2014, se apresenta, sem
dúvida,
como
um
período
de
crise
econômica,
aumento
de
preços,
maior
tributação
e,
lamentavelmente, retração nos investimentos.
A crise na economia da Argentina, a sua carência de divisas, mais as exigências adicionais por eles
formuladas, dificultam exportações paranaenses para aquele país, prejudicando bastante a indústria
de transformação do Paraná, que sempre teve naquele país importante e grande mercado.
TABELA 8 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL
(Em US$ Milhões)
Variação
Período
Exportações
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2015
Jan
Fev
Mar
(%)
12.352,86
15.247,18
11.222,83
14.176,01
17.394,23
17.709,59
18.239,20
16.332
904,545
1.313,19
1.486,05
1.671,43
1.560,96
1.457,73
1.656,06
1.505,80
1.328,27
1.247,30
1.169,22
1.031,59
3.003,77
903,90
852,61
1.247,26
Variação
Importações*
23,33
23,43
-26,39
26,31
22,70
1,81
2,99
-10,46
-26,33
45,18
13,16
12,48
-6,61
-6,61
13,61
-9,07
-11,79
-6,10
-6,26
-11,77
-18,9
-12,38
-5,67
46,29
Saldo Balança
(%)
9.017,99
14.570,22
9.620,84
13.956,96
18.767,23
19.387,10
19.343,80
17.294
1.217,33
1.304,34
1.419,41
1.425,21
1.645,81
1.306,81
1.914,17
1.414,66
1.615,21
1.217,50
1.597,83
1.216,05
3.215,64
1.055,76
1.032,86
1.127,02
Variação
Comercial *
50,85
61,57
-33,97
45,07
34,47
3,30
- 0,23
-10,59
-22,10
7,15
8,84
0,41
15,48
-20,60
46,47
-26,10
14,18
-24,62
31,24
-23,89
-18,40
-13,18
-2,17
9,11
(%)
3.334,87
676,96
1.601,98
219,05
-1.373,00
-1.677,52
- 1.104,60
-962
-312,78
8,85
66,64
246,22
-84,85
150,93
-258,11
91,14
-286,94
29,79
-428,606
-184,459
-211,87
-151,86
-180,25
120,24
-17,42
-79,70
136,64
-86,33
-726,78
-22,16
-34,26
12,80
-6,58
- 102,83
653,19
269,47
-134,46
277,87
-271,02
-135,31
-414,83
110,38
-1.538,76
56,96
-10,71
-17,67
18,69
-166,69
Fonte: www.mdic.gov.br –(Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial – Estados) (Consulta em 03/03/2015)
Paraná: Exportações X Importações
(em US$ milhões)
Exportações
Importações
(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração.
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
fev-15
mar-15
jan-15
dez-14
out-14
nov-14
set-14
jul-14
ago-14
jun-14
abr-14
mai-14
mar-14
fev-14
jan-14
dez-13
out-13
nov-13
set-13
ago-13
jul-13
jun-13
mai-13
abr-13
mar-13
fev-13
2.500,00
2.000,00
1.500,00
1.000,00
500,00
0,00
10
COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
2.2 Principais Destinos de Produtos do Paraná
Hjkhj
TABELA 9 – PARANÁ: PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO DE PRODUTOS (1)
2015 (Jan - Mar)
2014 (Jan – Dez)
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
---
Dez Principais
Destinos
US$ Milhões
China
Argentina
Estados unidos
Países baixos (Holanda)
Alemanha
Paraguai
Arábia saudita
Rússia
Tailândia
Franca
Total
3.365,38
1.204,19
706,25
661,92
655,12
613,11
526,79
394,90
391,15
385,73
8.904,53
Participação
Percentual
(%)
37,79
13,52
7,93
7,43
7,36
6,89
5,92
4,43
4,39
4,33
100,00
Dez Principais Destinos
US$
Milhões
China
Argentina
Estados unidos
Paraguai
Arábia saudita
Alemanha
Índia
Malásia
Argélia
Hong Kong
Total
467,99
198,13
168,20
140,65
135,92
131,56
101,25
94,91
80,83
72,22
1.591,66
2.3 Principais Produtos Exportados
2.4 Corrente de Comércio
TABELA 10 – PARANÁ: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2015 (JAN-MAR) (1)
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
--
US$
Milhões
Produto
Soja, mesmo triturada, exceto para semeadura
Pedaços e miudezas de Galos/Galinhas congelados
Bagacos e resíduos sólidos do óleo De Soja
Carnes de galos congelados
Outros açúcares de cana
Milho Em Grão, exceto para semeadura
Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado
Outras madeiras compensadas folheadas
Café solúvel, mesmo descafeinado
Outros papeis/cartões p/escrita
Adubos ou fertilizantes
Madeira de coníferas, perfilada
Carnes de outros animais, salgadas, secas, etc.
Automóveis c/motor explosao,1500<cm3<=3000
Farinhas e "pellets", da extração do óleo de soja
Combustíveis e lubrificantes p/embarcações
Outros .trigos e misturas de trigo com centeio
Outras pás mecânicas, escavadores, carregadoras, etc.
Outros couros bovinos, Incluídos búfalos
Bombas injetoras de combustível P/motor diesel
Total
393,09
315,33
208,64
151,11
130,39
111,38
111,03
83,41
68,02
65,23
50,20
48,08
37,96
37,10
37,08
33,49
32,02
26,26
25,88
24,92
1.990,61
Percen
tual
(%)
19,75
15,84
10,48
7,59
6,55
5,60
5,58
4,19
3,42
3,28
2,52
2,42
1,91
1,86
1,86
1,68
1,61
1,32
1,30
1,25
100,00
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança Comercial Brasileira:
Unidades da Federação)
Consulta em 03/03/2015
Participação
Percentual
(%)
29,40
12,45
10,57
8,84
8,54
8,27
6,36
5,96
5,08
4,54
100,00
TABELA 11 –
PARANÁ: CORRENTE DE
COMÉRCIO(*)
Período
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2015
Jan
Fev
Mar
US$
Milhões*
29.817,40
20.843,67
28.132,97
36.161,45
37.096,97
41.024,11
33.625,86
2.617,28
2.905,54
3.096,64
3.206,78
2.764,54
3.570,23
2.920,46
2.943,47
2.464,79
2.767,06
2.247,65
6.219,41
1.959,66
1.885,47
2.374,28
Var
(%)
39,52
-30,10
34,97
28,54
2,59
1,11
-0,09
23,35
11,01
6,58
3,56
-13,79
29,14
-18,20
0,79
-6,26
12,26
-18,77
-18,64
-12,8
-3,79
25,92
PARANÁ: EXPORTAÇÕES POR TIPOS DE BENS
(Jan - Mar de 2015)(2)
(em US$ milhões)
2.250,00
2.000,00
1.750,00
1.500,00
1.250,00
1.000,00
750,00
500,00
250,00
-
1.941,03
802,05
218,57
Bens De Capital
Bens Intermediarios
Bens De Consumo
(1)
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em
03/03/2015)(*) Dados Atualizados. Sujeitos à alteração.
(2) Dados preliminares.
(3) Bens de Capital: bens que geram riqueza: máquinas que fabricam outros bens; ou bens de longa duração: equipamento hospitalar
Bens Intermediários: bens manufaturados ou matérias-primas processadas utilizadas na produção de outros bens (exemplo: peças para veículos)
Bens de Consumo: utilizados para o atendimento das necessidades humanas imediatas: alimentos, remédios, etc
(*) CORRENTE DE COMÉRCIO: obtida a partir da soma: exportações mais importações. Quanto maior a corrente de comércio maior o grau de
abertura comercial. No gráfico, os valores indicam o saldo no período da corrente de comércio, que não deve ser confundida com balança comercial,
que é obtida a partir de exportações menos importações.
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
11
COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
2.5 Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem
TABELA 12 – PARANÁ: PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS DE DESTINO E ORIGEM DE PRODUTOS
2015 (JAN-MAR)
Principais Blocos
Econômicos de Destino
US$
Milhões
Ásia (Exclusive Oriente Médio)
Aladi
Oriente Médio
União Europeia - UE
Demais Blocos
Total
1.035,66
686,95
484,41
292,86
316,08
2.815,97
2015 (JAN-MAR)
Percen
tual
(%)
36,78
24,39
17,20
10,40
11,22
100,00
Principais Blocos
Econômicos de Origem
Ásia (Exclusive Oriente Médio)
União Europeia - UE
Aladi
África
Estados Unidos (Inclusive Porto Rico)
Total
US$
Milhões
987,78
835,89
606,38
286,91
252,23
2.969,20
(*)Considera apenas blocos econômicos e não países não pertencentes a estes blocos.
2.6 Principais Empresas Exportadoras do Paraná
TABELA 13 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS EXPORTADORAS EM 2015 (JAN-MAR)
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
--2.7
20 Principais Empresas Exportadoras
Brf S.A.
Cargill Agricola S A
Cooperativa Agropecuaria Mouraoense Ltda
Nidera Sementes Ltda.
Seara-Ind. E Comercio De Produtos Agro-Pecuarios Ltda
Bunge Alimentos S/A
Klabin S.A.
Renault Do Brasil S.A
C.Vale - Cooperativa Agroindustrial
Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A.
Copacol-Cooperativa Agroindustrial Consolata
Usina Alto Alegre S/A - Acucar E Alcool
Volvo Do Brasil Veiculos Ltda
Companhia Cacique De Cafe Soluvel
Seara Alimentos Ltda
Petróleo Brasileiro S A Petrobras
Cooperativa Agroindustrial Lar
Caterpillar Brasil Ltda
Robert Bosch Limitada
Wilmar Sugar Brasil Comercial Ltda.
Total
Principais Empresas Importadoras do Paraná
US$
Milhões
Percentual
(%)
195,74
178,76
126,98
96,70
90,42
89,90
84,08
76,94
68,22
66,00
53,55
49,22
49,03
43,95
43,67
42,54
42,29
39,81
38,60
38,03
1.514,43
12,92
11,80
8,38
6,39
5,97
5,94
5,55
5,08
4,50
4,36
3,54
3,25
3,24
2,90
2,88
2,81
2,79
2,63
2,55
2,51
100,00
TABELA 14 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS IMPORTADORAS EM 2015 (JAN-MAR)
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
---
20 Principais Empresas Importadoras
Petróleo Brasileiro S A Petrobras
Renault Do Brasil S.A
Volkswagen Do Brasil Ltda
Electrolux Do Brasil S/A
Volvo Do Brasil Veiculos Ltda
Yara Brasil Fertilizantes S/A
Mosaic Fertilizantes Do Brasil Ltda.
Positivo Informatica S/A
Brf S.A.
Cnh Industrial Latin America Ltda.
Adama Brasil S/A
Fertipar Fertilizantes Do Parana Limitada
Caterpillar Brasil Ltda
Cervejarias Reunidas Skol Caracu S A
Fertilizantes Heringer S.A.
Arauco Do Brasil S.A.
Denso Do Brasil Ltda
Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A.
Aker Solutions Do Brasil Ltda
Kraft Foods Brasil S.A.
total
US$
Milhões
Percentual
(%)
256,67
242,71
207,53
85,42
85,05
63,85
61,08
60,70
56,48
43,93
42,09
41,01
29,22
28,15
27,00
26,72
23,88
23,32
22,75
21,21
1.448,80
17,72
16,75
14,32
5,90
5,87
4,41
4,22
4,19
3,90
3,03
2,91
2,83
2,02
1,94
1,86
1,84
1,65
1,61
1,57
1,46
100,00
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 03/03/2015)
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
Percen
tual
(%)
33,27
28,15
20,42
9,66
8,49
100,00
12
COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE
2.8 Exportações por Fator Agregado
TABELA 15 – PARANÁ: EXPORTAÇÕES – TOTAIS POR FATOR AGREGADO
(Em US$ Milhões)
Período
Básicos
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Nov
Dez
2014
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2015
Jan
Fev
Mar
4.233,78
5.787,48
4.985,13
5.983,15
7.952,48
8.356,71
9.068,37
615,79
386,65
8.304,08
345,05
686,35
868,74
1.112,96
904,38
796,41
865,85
772,53
650,78
497,61
439,80
363,62
1.388,69
346,97
362,69
679,03
Indústria-
Operações
lizados
Especiais
7.949,75
9.152,08
6.024,36
7.921,86
9.056,69
9.022,70
8.916,49
768,01
826,09
7.775,25
545,01
604,99
594,77
532,58
633,96
638,39
763,21
704,02
659,34
733,31
708,35
657,32
1.577,60
545,59
479,06
552,95
169,32
307,62
213,33
270,99
385,06
330,17
254,34
21,91
15,09
252,79
14,48
21,85
22,53
25,88
22,63
22,93
27,00
29,25
18,15
16,37
21,08
10,65
37,48
11,34
10,87
15,27
TOTAL
12.352,86
15.247,18
11.222,83
14.176,01
17.394,23
17.709,59
18.239,20
1.405,71
1.227,83
16.332,12
904,54
1.313,19
1.486,05
1.671,42
1.560,96
1.457,73
1.656,06
1.505,80
1.328,27
1.247,29
1.169,23
1.031,60
3.003,77
903,90
852,61
1.247,26
Fonte: www.mdic.gov.br (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta :
03/03/2015)
2.9 Balança Comercial dos Principais Exportadores Municipais
TABELA 16 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL DOS MAIORES EXPORTADORES MUNICIPAIS EM 2015 (JAN-MAR)
(Em US$ Milhões)
Nº
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
--
15 Principais
Municípios
Paranaguá
Maringá
Curitiba
Ponta Grossa
São José dos Pinhais
Londrina
Araucária
Telêmaco Borba
Cascavel
Marialva
Rolândia
Palotina
Cafelândia
Campo Largo
Cambé
TOTAL
Percen
Exportações
tual
Percen
Importações
(%)
673,84
284,40
277,29
272,76
208,12
178,03
115,89
113,97
104,26
79,73
79,14
68,69
53,48
53,19
47,68
2.610,48
25,81%
10,89%
10,62%
10,45%
7,97%
6,82%
4,44%
4,37%
3,99%
3,05%
3,03%
2,63%
2,05%
2,04%
1,83%
100%
tual
(%)
300,51
63,72
824,83
149,81
635,98
89,77
409,66
9,15
36,69
5,16
5,09
1,34
3,36
71,57
36,01
2.642,66
Balança
Corrente de
Comercial
Comércio
11,37%
2,41%
31,21%
5,67%
24,07%
3,40%
15,50%
0,35%
1,39%
0,20%
0,19%
0,05%
0,13%
2,71%
1,36%
100%
Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios)
(Consulta em 03/03/2015)
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
373,32
220,68
-547,54
122,95
-427,86
88,26
-293,77
104,82
67,57
74,56
74,06
67,35
50,12
-18,38
11,67
-32,18
974,35
348,12
1.102,13
422,57
844,10
267,81
525,55
123,12
140,94
84,89
84,23
70,04
56,85
124,77
83,69
5.253,13
13
3. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO NA ECONOMIA BRASILEIRA
O IED do 1.º trimestre de 2015 foi: US$ 11.000 milhões. Em 2014 o IED atingiu US$
62,5 bilhões, valor representativo da
terceira queda sucessiva do IED no Brasil a partir de
2011. Poderiam comprometer a entrada de IED no país a combinação simultânea de
acontecimentos como a melhora na economia dos EUA, a possibilidade de adoção pelo governo
brasileiro de medidas restritivas que interfiram no rendimento dos investimentos ou ainda
fatores aleatórios imprevistos, inclusive os de conotação política. A recente deterioração da
credibilidade da economia brasileira no resto do mundo, e a teia de fatos relacionados à
Petrobrás, inclusive a queda em 2015 do grau de investimento para grau especulativo estão
prejudicando uma superação.
O IED é um fluxo importante de capital: permite ampliar produção, inovar e modernizar
produtos, e melhorar produtividade. Considera somente o capital externo produtivo, capaz de
gerar novos bens e serviços. Difere do capital especulativo, aplicado em
pública e
títulos da dívida
bolsa de valores, que tem um imediatismo quanto ao retorno, ou seja, não
permanecendo por longo prazo. Com uma crise, sai do país, sem gerar empregos, produtos ou
serviços.
As expectativas de crescimento do IED em 2014 foram comprometidas por limitações
econômico-políticas no país,
mais a melhoria na economia dos EUA, saída de aplicações da
BOVESPA, mais o comprometimento da credibilidade da economia brasileira. Essa credibilidade
teve rápida deterioração, ressaltando-se o PIB de 2014 próximo a 0,5%.
Em 2010-2011, houve grandes investimentos automotivos de instalação ou ampliação,
com financiamento do BNDES e uma teia de incentivos fiscais concedidos pelos estados sedes..
Até 2011, o IED cresceu ano a ano, associado à confiança do exterior e o PIB de 7,5% em 2010.
Em 2009, a exceção foi a queda expressiva associada à crise nos EUA e repercussões no Brasil.
TABELA 17 – IED NO BRASIL
Período
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2015*
Jan
Fev
Mar
Valor em
US$
Milhões*
15.066
18.822
34.584
45.058
25.948
48.506
66.660
65.242
63.969
62.495
4.053
4.977
5.233
5.963
3.924
5.898
6.840
4.214
4.979
4.644
6.650
11.000
3.968
2.769
4.263
Variação
Percentual
(%)
-16,97
24,93
83,74
30,29
-42,41
86,93
37,43
-2,13
-2,00
-2,30
-20,76
22,80
5,14
13,96
-34,19
50,31
15,96
-38,39
18,15
-6,72
43,18
-22,23
-40,33
-30,22
53,95
Fonte: www.ipeadata.gov.br - (Conta financeira – Investimentos diretos – Estrangeiros no país) (Consulta em 03/03/2015)
(*) Acumulado no ano; dados preliminares.
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
14
4. DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA
A dívida externa brasileira total é o somatório das dívidas do setor público (governos: federal,
estaduais e municipais, mais Distrito Federal e
empresas públicas) e do setor privado. Os números
disponíveis apontam que em 2015, até março, a dívida de médio e longo prazo: 82,25% é muito superior
à de curto prazo: 17,75%, situação que contribui para reduzir a pressão para pagamentos.
Em 2014, houve aumento da dívida em relação à existente no ano anterior: em dezembro/ 2013
era
US$ 312 bilhões que sobe para US$ 347,6 bilhões dezembro de 2014.
A dívida de curto prazo
corresponde a 15,71% do total; a de médio e longo prazo atinge 84,29 %. A distribuição dessa dívida
amplia a elasticidade no pagamento e renegociações.
Os dados da dívida de curto prazo de 2011/ 2012 (comparados a 2010) apontam redução
expressiva; em 2014, cresce bastante. A dívida de médio e longo prazo para 2011/2012 cresceu bastante
mas cai percentualmente cem 2014. Para isso contribuiu juros menores no exterior, pois os tomadores de
empréstimos buscam o menor custo do mesmo. A administração do estoque de divisas praticada pelo Banco
Central, indica condições consistentes para desembolsos futuros para pagamentos da dívida externa.
A existência de dívida, mesmo que grande, não indica necessariamente, inviabilização de uma
economia. Pode representar captação de recursos que sejam necessários e importantes para o setor público
ou empresários do setor privado mas, desde que utilizados dentro de uma gestão financeira eficiente podem
ser perfeitamente justificáveis.
TABELA 18 – DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA
(Em US$ Milhões)
Período
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015*
Curto Prazo
Valor
(%)
38.901
20,13
36.444
18,37
30.972
15,62
56.450
22,12
39.040
13,13
37.535
11,85
32.855
10,53
54.614
15,71
61.737
17,75
Médio e Longo Prazo
Valor
(%)
154.318
79,87
161.896
81,63
167.220
84,37
198.734
77,87
258.310
86,87
279.295
88,15
279.166
89,51
293.008
84,29
286.024
82,25
Total
193.219
198.340
198.192
256.804
297.349
316.831
312.022
347.621
347.761
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Notas econômico-financeiras para a imprensa – Setor externo – TABELA 52) (Consulta em
03/03/2015) (*) Dados de Fevereiro – 2015
22.1. Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado
A dívida externa brasileira está distribuída em dívidas do governo e do setor privado. A dívida
registrada para 2008-2013, conforme o Banco Central, está distribuída na Tabela abaixo.
Constata-se uma realidade pouco conhecida do grande público: do total da dívida externa
brasileira, verifica-se que o setor privado, no período 2008 - 2013 é, na média, responsável por mais da
metade dessa dívida. O período 2011-2013 mostra forte inversão de tendência comparada a 2008-2010. O
dado mais recente da dívida, ano de 2013, mostra o setor privado devendo 61,5, quase o dobro do setor
público. A dívida privada cresceu muito a partir de 2010, sob estímulo dos baixos juros no exterior e
valorização do R$ perante o US$ até
2011. A dívida pública está distribuída entre governos: federal,
estaduais, municipais mais as estatais.
TABELA 19 – BRASIL: PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DA DÍVIDA EXTERNA
Ano
2008 (1)
2009 (2)
2010 (3)
2011 (4)
2012 (5)
2013 (6)
Fonte:
Setor Público
46,9
51,8
45,0
37,2
36,3
38,5
(1) Boletim Anual – 2008 do Banco Central do Brasil (p.153).
(3) Boletim Anual – 2010 do Banco Central do Brasil (p. 135).
(5) Boletim Anual – 2012 do Banco Central do Brasil (p. 129).
Setor Privado
53,1
48,2
55,0
62,8
63,7
61,5
Total
100
100
100
100
100
100
(2) Boletim Anual – 2009 do Banco Central do Brasil (p.142).
(4) Boletim Anual – 2011 do Banco Central do Brasil (p. 129).
(6) Boletim Anual – 2013 do Banco Central do Brasil (p. 121)
15
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná
5. RESERVAS CAMBIAIS
O ano de 2015 aponta em abril um saldo de reservas de US$ 372,5 bilhões, bastante inferior ao
existente no período maio a agosto de 2014, que atingiu média mensal acima de US$ 379 bilhões.
As reservas cambiais são muito importantes e estratégicas no atual contexto econômico. O “lastro
cambial” revela disponibilidade de
elevado estoque de divisas no BC, atuando como um colchão
amortecedor desde o inicio da crise mundial de 2008, e permite ao Brasil maior credibilidade no mercado
externo, manter o “grau de investimento” obtidos em 2008 e 2009 e ampliar entrada de capital externo.
Essa importância pode ser avaliado a partir das restrições às importações da Argentina- carente de divisasque vem afetando produção e demanda internas.
O grau de investimento da economia permanece, apesar do corte da nota da dívida do Brasil de
“BBB” para “BBB-“ pela agência de classificação de risco Standard and Poor's. A redução da nota pelas
agências de classificação de risco significa que o acesso a crédito será menor e
os juros pagos serão
maiores. No entanto, a nota do Brasil é a maior das economias emergentes e, no atual cenário global, é um
país que ainda vale o risco para os investidores.
Uma parcela dos US$ da reserva cambial é especulativa, por conta dos juros maiores pagos pelos
títulos do governo, comparados à remuneração em outros países. É um volume de divisas importante para a
economia brasileira, mas que gera um custo associado às aplicações do exterior em títulos do governo, que
pagam altas remunerações. É o “capital especulativo” volátil, sem compromisso com produção, investimento
interno ou emprego e que, em função de um distúrbio no mercado externo poderá, rapidamente, sair do
País. Os dólares do BC, em parte aplicados em títulos do governo americano, tem remuneração inferior à
paga pelo governo brasileiro. Uma parcela das reservas advém da compra de US$ pelo BC em períodos de
alta entrada que induziam a valorizar o R$; a outra parte vem das exportações.
TABELA 20 – BRASIL: RESERVAS CAMBIAIS
(1)
(Em US$ Milhões)
Reservas
Variação
Cambiais no
Sobre o
Período
Banco Central
Período
(1)
Anterior
(%)
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
2015
Jan
Fev
Mar
Abr
53.799
85.839
180.334
193.783
238.520
288.575
352.012
379.095
375.467
374.051
376.411
377.916
377.855
379.171
380.001
379.880
379.263
376.164
376.033
375.626
374.051
-372.665
372.496
372.130
372.510
1,60
59,60
110,10
7,46
23,09
0,82
21,98
7,69
-0,97
-0,38
0,12
0,40
-0,02
0,35
0,22
-0,03
-0,16
-0,82
-0,03
-0,03
-0,42
--0,37
-0,05
-0,10
0,10
Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de conjuntura – Reservas Internacionais – Dados diários) (Consulta em 27/04/2015)

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