E.Ec. Itirapina - Instituto Florestal

Transcrição

E.Ec. Itirapina - Instituto Florestal
PLANO DE MANEJO INTEGRADO DAS UNIDADES DE ITIRAPINA
1a REVISÃO
__________________________________________________________________________
SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE
JOSÉ GOLDEMBERG
DIRETORIA GERAL DO INSTITUTO FLORESTAL
JOÃO BATISTA BAITELLO
DIRETORIA DA DIVISÃO DE FLORESTAS E ESTAÇÕES EXPERIMENTAIS
CLÁUDIO HENRIQUE BARBOSA MONTEIRO
2006
PLANO DE MANEJO INTEGRADO DAS UNIDADES DE ITIRAPINA
1a REVISÃO
__________________________________________________________________________
COORDENADOR
Denise Zanchetta - IF/SMA
ORGANIZADORES
Claudia Macedo Reis – FF/SMA
Denise Zanchetta – IF/SMA
CONSULTOR TÉCNICO
Engenheiro Agrônomo Jesus Manuel Delgado
AUTORES
*
Francisco de Souza Fernandes - IF/SMA
Helena Dutra Lutgens – IF/SMA
João Luís Sanches Tannus – UNESP/RC
Leandro de Souza Pinheiro – UNESP/RC
Marcio Roberto Costa Martins – USP/SP
Ricardo Sawaya – Instituto Butantan/SP
Carlos Eduardo Ferreira Silva - IF/SMA
Claudia Macedo Reis – FF/SMA
Denise Zanchetta – IF/SMA
Dimas Antônio da Silva – IF/SMA
Edgar Fernando de Luca – IF/SMA
COLABORADORES
Adriana de Arruda Bueno – USP/SP
Alexandre Marques Tozzetti – USP/SP
Caroline Pinto de Oliveira – UNESP/RC
Cinthia Aguirre Brasileiro – USP/SP
Cláudio Correa Porto – IF/SMA
Fábio Vicentin Diniz – UNESP/RC
Gilson Giamez – IF/SMA
Honório Carlos Fachin – IF/SMA
Ivan Sazima - UNICAMP/CAMPI NAS
José Carlos Motta-Junior - USP/ SP
Luiz Carlos Porcel – IF/SMA
Mara C. Kief er - U S P/ S P
Marco Antonio Monteiro Granzinolli - U S P /S P
Mar ia Tereza Chiarioni Thomé - U S P /S P
Norberto Lopes Hülle - U S P/ S P
Pedro Ferreir a Develey - U NI C AM P /C A M PI NA S
Sonia Cr ist ina da Silva Belent ani - U S P/ S P
Virg ínia Sanchez Uieda - UN E S P/ BO T U C A T U
EDITORAÇÃO
Fábio Vicentin Diniz – UNESP/RIO CLARO
Leandro de Souza Pinheiro – UNESP/RIO CLARO
Martha Cristina Sanches – IF/FF/SMA
_____________________________________________
* In m e m oriam
SUMÁRIO
Créditos
Apresentação
Ficha Técnica das Unidades de Conservação
Encarte 1 – Enfoque Estadual
1.1 Antecedentes......................................................................................................................1
1.2 Implicações Ambientais......................................................................................................6
1.3 Referências com Outros Programas..................................................................................9
1.4 Relações Institucionais.....................................................................................................10
Encarte 2 – Análise da Região das Unidades de Conservação
2.1 Descrição........................................................................................................................12
2.2 Caracterização Ambiental...............................................................................................13
2.2.1 Geologia e Relevo...................................................................................................13
2.2.2 Hidrografia...............................................................................................................14
2.2.3 Solos........................................................................................................................16
2.2.4 Clima........................................................................................................................17
2.2.5 Vegetação................................................................................................................17
2.2.6 Fauna.......................................................................................................................20
2.3 Aspectos Históricos e Culturais.......................................................................................20
2.4 Uso e Ocupação da Terra e Problemas Ambientais Decorrentes..................................22
2.5 Características da População.........................................................................................25
2.6 Visão das Comunidades sobre as Unidades de Conservação.......................................31
2.6.1 No Desenvolvimento Social.....................................................................................31
2.7 Alternativas de Desenvolvimento Sustentável................................................................36
2.8 Legislação Federal, Estadual e Municipal Pertinente.....................................................39
2.9 Potencial de Apoio às Unidades de Conservação..........................................................42
Encarte 3 – Análise das Unidades de Conservação
3.1 Informações Gerais Sobre as Unidades de Conservação..............................................44
3.1.1 Acesso às Unidades................................................................................................44
3.1.2 Origem do Nome e Histórico da Criação.................................................................45
3.2 Caracterização dos Fatores Abióticos e Bióticos............................................................46
3.2.1 Clima........................................................................................................................46
3.2.2 Geologia..................................................................................................................47
3.2.3 Relevo/ Geomorfologia............................................................................................49
3.2.4 Solos .......................................................................................................................56
Latossolo Vermelho – Escuro ............................................................................56
Latossolo Vermelho – Amarelo ..........................................................................57
Neossolo Quartzarênico .....................................................................................58
Gleissolo .............................................................................................................59
3.2.5 Hidrografia/ Hidrologia ...........................................................................................61
3.2.6 Vegetação .............................................................................................................61
Mapeamento da Vegetação .............................................................................66
A vegetação da Estação Ecológica..................................................................67
O cerrado s e n s u la to .................................................................................69
Vegetação Higrófila..........................................................................................71
Campo Úmido .................................................................................................72
Florestas Ripárias............................................................................................73
A Vegetação da Estação Experimental ...........................................................75
Composição Florística das Ucs .......................................................................77
Estado de Conservação da Vegetação Nativa.................................................78
Invasöes Biológicas..........................................................................................78
3.2.7 Fauna ...................................................................................................................80
Listas de espécies de vertebrados observadas do final da década de 86
até março de 2005 na Estação Ecológica de Itirapina e na Estação
Experimental de Itirapina...........................................................................82
Estação Ecológica de Itirapina.............................................................82
1. Lista de Espécies de Peixes de Riacho coletados no Ribeirão do
Lobo e no Ribeirão Itaqueri......................................................................82
2. Lista de Espécies de Anfíbios ......................................................83
3. Lista de Espécies de Répteis....................................................... 84
4. Lista de Espécies de Aves............................................................85
5. Lista de Espécies de Mamíferos...................................................91
Estação Experimental de Itirapina.......................................................93
1. Lista de Espécies de Anfíbios ......................................................93
2. Lista de Espécies de Répteis....................................................... 93
3. Lista de Espécies de Mamíferos....................................................94
3.3 Situação Fundiária ..................................................................................................95
3.3.1 Aspectos formais sobre o domínio dos imóveis .................................95
3.3.2 Uso e Ocupação ................................................................................98
3.4 Fogos e Outras Ocorrências Excepcionais .........................................................100
3.5 Atividades desenvolvidas nas Unidades de Itirapina ..........................................105
3.5.1 Atividades Apropriadas .....................................................................105
Atividades de Pesquisa ................................................................106
Atividades do Programa de Uso Público .......................................107
Atividades de Proteção e Fiscalização ..........................................108
Atividades de Manutenção ............................................................108
Atividades de Administração .........................................................108
3.5.2 Atividades Conflitantes e Ilegais..........................................................109
Estação Experimental ..................................................................109
Estação Ecológica de Itirapina .....................................................110
3.6 Aspectos Institucionais das Unidades de Conservação ....................................112
3.6.1 Pessoal................................................................................................112
3.6.2 Infra-estrutura, Equipamentos e Serviços...........................................116
3.6.3 Estrutura Organizacional.....................................................................118
3.6.4 Recursos Financeiros.........................................................................120
3.6.5 Cooperação Institucional.....................................................................122
3.7 Declaração de Significância.................................................................................123
3.7.1 Estação Ecológica...............................................................................123
3.7.2 Estação Experimental.........................................................................126
3.7.3 Aqüífero Guarani.................................................................................127
Encarte 4 – Planejamento
4.1 Visão Geral do Processo de Planejamento.........................................................129
4.2 Histórico do Planejamento...................................................................................129
4.3 Avaliação Estratégica da Unidade de Conservação............................................130
4.4 Objetivos Específicos do Manejo da Unidade de Conservação..........................132
4.5 Zoneamento.........................................................................................................134
4.5.1 Considerações Gerais.........................................................................135
4.5.2 Organização do Zoneamento..............................................................137
4.5.3 Critérios para Determinação das Zonas de Manejo............................144
4.6 Normas Gerais.....................................................................................................149
4.7 Planejamento por Áreas de Atuação...................................................................150
4.7.1 Ações Gerenciais Gerais..................................................................150
Capacitação dos Recursos Humanos..........................................150
Estabelecimento de Parcerias.....................................................151
4.7.2 Áreas Estratégicas Internas..............................................................152
I – Programa de Exploração Florestal.........................................153
II – Programa de Manejo da Fauna.............................................158
III – Programa de Manejo da Flora..............................................160
IV – Programa de Controle e Manejo do Meio Abiótico...............162
V – Programa de Estudos e Pesquisas.......................................166
VI – Programa de Educação e Interpretação Ambiental..............169
VII – Programa de Visitação........................................................174
VIII – Programa de Integração Externa.......................................176
IX – Programa de Manutenção....................................................178
X – Programa de Proteção..........................................................182
XI – Programa de Monitoramento................................................185
XII – Programa de Treinamento e Capacitação...........................188
XIII – Programa de Administração...............................................190
XIV – Programa de Desenvolvimento Físico...............................194
4.7.3 Áreas Estratégicas Externas............................................................195
4.8 Plano Orçamentário.............................................................................................199
4.8.1. Plano Orçamentário Discriminado por Categoria............................204
4.8.2. Plano Orçamentário Discriminado por Etapa..................................209
Encarte 5 – Monitoria e avaliação do Plano de Manejo
5.1 Premissas............................................................................................................226
5.2 Estrutura de Equipe de Administração e Manejo sugerida para Itirapina. ..........227
5.3 Monitoramento e Avaliação de Áreas, Programas e Ações. ..............................230
5.4 Avaliação da Efetividade do Planejamento. ........................................................240
5.4.1 Critérios de Avaliação. .....................................................................241
5.4.2 Indicadores de Efetividade. .............................................................242
5.5 Considerações ........... ........................................................................................245
REFERÊNCIAS
Relação das Figuras
•
Figura 1 – Mapa de Localização das Unidades de Conservação do Estado de São Paulo
Gerenciadas pelo Instituto Florestal.........................................................................................7
•
Figura 2 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Jacaré-Guaçu...............................................15
•
Figura 3 – Mapa de Acesso à Estação Ecológica e à Estação Experimental de Itirapina –
SP...........................................................................................................................................44
•
Figura 4 – Gráfico dos valores Médios de Chuva (mm) e Temperatura (ºC) no Período de
1982-2003 no Município de Itirapina – SP.............................................................................46
•
Figura 5 – Balanço Hídrico do Solo no Período de 1982-2003 no Município de Itirapina –
SP...........................................................................................................................................47
•
Figura 6 – Mapa Geológico....................................................................................................48
•
Figura 7 – Mapa Hipsométrico...............................................................................................50
•
Figura 8 – Mapa Topográfico.................................................................................................51
•
Figura 9 – Mapa Clinográfico.................................................................................................54
•
Figura 10 – Mapa de Compartimentação Morfológica..................................................................55
•
Figura 11 – Mapa Pedológico................................................................................................60
•
Figura 12 – Mapa Hidrográfico...............................................................................................62
•
Figura 13 – Distribuição das Áreas Cobertas por Diferentes Fisionomias de Cerrado na
Estação Ecológica de Itirapina...............................................................................................67
•
Figura 14 – Mapa de Vegetação das Unidades de Itirapina..................................................68
•
Figura 15 – Mapa de Setores de Disseminação de Incêndios.............................................103
•
Figura 16 – Imagem de Satélite da Região de Itirapina Contendo os Limites (Linha Amarela)
da Bacia Sedimentar com Solos Predominantemente Arenosos.........................................123
•
Figura 17 – Cobertura Vegetal na Área de Reflorescimento do Aqüífero Guarani no Estado
de São Paulo. ......................................................................................................................128
•
Figura 18 – Mapa de Zoneamento.......................................................................................136
•
Figura 19 – Mapa do Uso do Solo na Zona de Amortecimento...........................................142
Relação das Tabelas
•
Tabela 1 – Unidades de Conservação Gerenciadas pelo Instituto Florestal...........................5
•
Tabela 2 – Dados Populacionais de Itirapina, Brotas, São Carlos e Rio Claro do Censo de
2000 – 2001...........................................................................................................................26
•
Tabela 3 – Formações Geológicas das Unidades de Itirapina...............................................49
•
Tabela 4 – Classes de Altitude das Unidades de Itirapina.....................................................49
•
Tabela 5 – Classes de Declividade das Unidades de Itirapina..............................................52
•
Tabela 6 – Compartimentos Morfológicos das Unidades de Itirapina....................................52
•
Tabela 7 Listas de espécies de vertebrados observadas do final da década de 90 até março
de
2005
na
Estação
Ecológica
de
Itirapina
e
na
Estação
Experimental
de
Itirapina...................................................................................................................................82
•
Tabela 8 – Quadro Funcional Mínimo para as UCs de Itirapina..........................................113
•
Tabela
9
–
Funcionários
Públicos
do
Instituto
Florestal
lotados
na
Estação
Experimental........................................................................................................................114
•
Tabela
10
–
Servidores
Públicos
da
Fundação
Florestal
lotados
na
Estação
Experimental........................................................................................................................115
•
Tabela 11 – Estagiários........................................................................................................115
•
Tabela 12 – Imóveis das Unidades de Itirapina...................................................................117
•
Tabela 13 – Relação dos Equipamentos das Unidades de Itirapina....................................118
•
Tabela 14 – Orçamento das Unidades de Itirapina nos Últimos cinco anos (período de jan/
2000 a dez/ 2004)................................................................................................................121
•
Tabela 15 – Zonas Critérios de Seleção e Graus de Intervenção das Unidades de
Itirapina.................................................................................................................................144
•
Tabela 16 - Interrelações das Ações Estratégicas organizadas por Área, Recursos Humanos
e por Etapa de Implementação. ..........................................................................................200
•
Tabela 17 - Plano or çamentár io discr iminado por categorias..........................204
•
Tabela 18 - Plano orçamentário por categoria/etapa 1.......................................................211
•
Tabela 19 - Plano or çamentário por categ oria/etapa 2..........................................216
•
Tabela 20 - Plano orçamentário por categ oria/etapa 3..........................................219
•
Tabela 21. Relação das Ações Estratégicas organizadas por Área e Programa – Manejo de
Recursos..............................................................................................................................231
•
Tabela 22. Relação das Ações Estratégicas organizadas por Área e Programa – Uso
Público..................................................................................................................................232
•
Tabela 23. Relação das Ações Estratégicas organizadas por Área e Programa - Operações.
.............................................................................................................................................233
•
Tabela 24. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Gerais – Programa:
Capacitação de R e curs os Hum anos ....................................................................................235
•
Tabela 25. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Gerais – Programa:
Es tabe le cim e nto de Parce rias .............................................................................................236
•
Tabela 26. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Internas – Área Estratégica:
Mane jo de R e curs os . .........................................................................................................237
•
Tabela 27. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Internas – Área Estratégica:
Us o Público.........................................................................................................................238
•
Tabela 28. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Internas – Área Estratégica:
Ope raçõe s ...........................................................................................................................239
•
Tabela 29. Modelo de planilha de Avaliação da Efetividade do Planejamento por Critérios
de Execução........................................................................................................................246
•
Tabela 30. Modelo de planilha de Avaliação da Efetividade do Planejamento por
Indicadores de Implementação...........................................................................................247
Relação dos Anexos
•
Anexo 1 – Lista de Espécies Constituintes da Flora das Unidades de Conservação de
Itirapina.
•
Anexo 3 – Decreto Estadual n.º 22.335 de 07 de junho de 1984.
•
Anexo 2 – Projetos de Pesquisa Desenvolvidos nas Unidades de Itirapina.
•
Anexo 4 – Plano de Produção Sustentada para a Estação Experimental de
Itirapina, SP – 2005 a 2018.
APRESENTAÇÃO
Dentre os numerosos bens e serviços que as áreas protegidas podem oferecer
destacam-se: a proteção do patrimônio natural e cultural; a conservação da biodiversidade,
do solo, da água; assim como sua função determinante no controle das alterações
climáticas anunciadas à exaustão, atualmente. As oportunidades para a investigação
científica, a recreação, turismo e para a educação conservacionista são ainda outros
benefícios que podem oferecer. Representam também, fontes de recursos naturais
renováveis, bem como, de essências florestais cujos princípios ativos são utilizados para a
produção dos mais diversos fármacos e materiais industriais.
Sob a ótica econômica, podemos citar o potencial das áreas protegidas para
geração de empregos direta e indiretamente. Hoje isso representa grande atrativo em
gestões que seguem modelos participativos e sustentáveis, privilegiando políticas públicas
que intervem nesse contexto.
De acordo com a “Agenda 21” desenvolver os múltiplos papéis ecológicos,
econômicos, sociais e culturais das florestas e todos os bens a eles associados, são
funções primordiais das áreas naturais. Entretanto, as áreas reflorestadas e as matas
naturais enfrentam deficiências significativas nas políticas, métodos e mecanismos
adotados.
O “Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC”,
instituído pela LEI No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000 que regulamenta o art. 225, § 1o,
incisos I, II, III e VII da Constituição Federal representou grande avanço na consolidação
das áreas naturais protegidas. Este diploma legal define as diferentes categorias de
manejo de Unidade de Conservação, de acordo com os objetivos estabelecidos para sua
criação.
Com esse instrumento legal, as Unidades de Conservação que resguardam
hoje o maior banco genético natural das espécies, tiveram diminuído o risco de perda da
biodiversidade, por ser agora um patrimônio claramente protegido por força de Lei. A
abrangência dessa legislação não ficou restrita a proteção dos recursos naturais das
Unidades de Conservação, mas indicou também diretrizes para o uso do solo das regiões
circundantes.
Um fato marcante para a definição de estratégias de manejo de unidades de
conservação é a elaboração de seus Planos de Manejo.
As Unidades de Itirapina possuem o “Plano de Manejo Integrado das Unidades
de Itirapina”, publicado em 2004, porém elaborado no início da década dos 90, para o qual
providenciou-se sua primeira revisão. Tal revisão é objeto do plano de trabalho afeto ao Termo
de Compromisso de Compensação Ambiental (TCCA), firmado entre a Secretaria do Meio
Ambiente/ Instituto Florestal e a CENTROVIAS S.A . Os objetivos da Revisão são: avaliar os
avanços, atualizar e aprimorar os dados, e estabelecer novas diretrizes para o manejo dessas
áreas. O documento adotou como princípio conciliar a dicotomia entre conservação e
produção; de forma a utilizar todos os recursos humanos, logísticos e financeiros das
Unidades de Itirapina, para administrar sem distinção 3.212 ha de floresta implantada
associados a suas fisionomias de cerrado da Estação Experimental, com significativo valor
social e outros 2.300 ha de vegetação nativa da Estação Ecológica, com um valor ambiental
inestimável. Dentre os principais objetivos do trabalho destacamos:
-
Diversificar as atividades de manejo da Estação Ecológica sempre visando
atingir seus objetivos.
-
Intensificar o manejo florestal com caráter de uso múltiplo.
-
Aplicar e ensaiar alternativas metodológicas que possam ser irradiadas ao
Instituto Florestal (IF).
-
Participar do desenvolvimento, através do turismo e demais atividades
ambientalmente sustentáveis nos municípios da área de influência.
-
Estabelecer estratégias e ações que garantam a efetiva conservação de
ecossistemas representativos do Estado de São Paulo para as gerações
futuras.
Para tanto, utilizou-se as orientações e os métodos contidos no “Roteiro
Metodológico de Planejamento para Elaboração de Plano de Manejo de Unidades de
Proteção Integral”, editado em 2002, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, do Ministério do Meio Ambiente.
Prefácio
Elaborar um Plano de Manejo para Unidades de Conservação,
implica contextualizá-los em nível local, estadual e mesmo nacional
chegando e estabelecer as atividades específicas do manejo da área.
Isso só é possível graças ao envolvimento de uma equipe
multidisciplinar e muitas vezes interinstitucional, cujo conhecimento e
experiências de cada um dos atores contribui para estabelecer, através
de consenso, o que será proposto no plano, ou seja: o quê, onde e
quando será executada cada ação.
A elaboração de um Plano de Manejo, que segundo orientações
do Roteiro Metodológico do IBAMA - 2000 deve ser contínua, tendo em
vista o dinamismo do manejo, o resultado das adequações previstas
deve ser publicado a cada 5 (cinco) anos. O processo de revisão não é
diferente da ocasião de elaboração do plano, pois todo conteúdo é
revisto e avaliado procurando retratar o andamento das atividades e
então, propor as diretrizes e atividades para o novo período. Essa
etapa não pode nunca desconsiderar onde se pretende chegar, nem
tampouco os avanços conseguidos ao longo da existência da Unidade
de Conservação.
Para tanto, é necessário contar com a participação de uma equipe
integrada e com maturidade para aparar arestas e fazer concessões no
sentido de elaborar um instrumento que alcance maior eficácia no
manejo da Unidade de Conservação em questão.
Essas características foram encontradas nos membros desse
grupo de trabalho responsável pela revisão do Plano de Manejo a quem
manifestamos
consultor
nossos
Jesus
sinceros
Manuel
agradecimentos.
Delgado
a
quem
com
Agradecemos
sua
ao
experiência,
entusiasmo e amizade muito contribuíram para a coordenação desse
trabalho. Não poderíamos deixar de agradecer a todos os funcionários
da
Estação
Experimental
de
Itirapina,
bem
como
a
comunidade
Itirapinense que com o conhecimento da área e suas expectativas só
fizeram por enriquecer e tornar real e factível esse Plano.
E por último, agradecemos a Concessionária Centrovias S/A que
através do Termo de Compromisso Compensação Ambiental – TCCA
com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, destinou grande
parte dos recursos financeiros necessários ao desenvolvimento do
trabalho.
Não
podemos
deixar
de
ressaltar
a
participação
dos
Engenheiros Nelson S. Bossolam e Francisco J. Silvério, funcionários
da Concessionária que se dedicaram além de sua função no Comitê de
Acompanhamento do TCCA e agregaram o desempenho de verdadeiros
membros de equipe.
Dessa forma, com o produto e participação decisiva de muitos,
esperamos estar apresentando a revisão do Plano de Manejo Integrado,
das
Unidades
de
Itirapina
em
consonância
com
os
objetivos
e
potenciais das duas Unidades rumo a conservação da biodiversidade e
ao desenvolvimento sustentável.
Denise Zanchetta
Coordenadora
Ficha Técnica das Unidades de Conservação
Nome das unidades: Estação Ecológica de Itirapina e Estação Experimental de Itirapina
Órgão gestor das Unidades: Instituto Florestal – Rua do Horto 931 – Bairro Tremembé –
São Paulo – SP – Fone (11) 6231 8555
Unidade Gestora Responsável: Sede Administrativa das Estações Ecológica e
Experimental / Seção Técnica de Tupi/ Divisão de Florestas e Estações Experimentais
Endereço da Sede
Fax
Rua 8, s/n.º - Vila Santa Cruz
CEP 13 530-000
(19) 3575 1345
(19) 3575 1345
e-mail
[email protected]
Telefone
Superfície das Unidades
Estação Ecológica: 2 300 ha
Estação Experimental: 3.212 ha
Perímetro das Unidades
Total: 5.512 ha
Estação Ecológica: 32, 48 Km
Estação Experimental: 24,09 Km
Total: 56,57 Km
Superfície da Zona de Amortecimento
19.602 ha
Perímetro da Zona de Amortecimento
180,40 km
Municípios que abrange e percentual
abrangido pelas Unidades
Estação Ecológica de Itirapina: 2,07 % da área
do município de Itirapina e 1,08 % da área de
Brotas
Estação Experimental de Itirapina: 5,85 % da
área do município de Itirapina
Coordenadas Geográficas
Estação Ecológica:
-
22º 11’ a 22º 15’ S
-
47º 51’e 48º 00’ W
Estação Experimental:
Data de Criação e n.º dos Decretos
Marcos Geográficos referenciais dos
limites
Biomas e ecossistemas
-
22º 15’a 22º 15’ S
-
47º 45’e 47º 51’ W
Estação Ecológica de Itirapina:Decreto
Estadual n.º 22.335 de 07/06/84
Estação Experimental de Itirapina: Decretos
Expropriatórios, assentados no 2º Cartório de
Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e
Civil de Pessoa Jurídica de Rio Claro.
Linha férrea (km 176 a 187) , Ribeirão do
Braga, Represa do Broa ou do Lobo, Ribeirão
Itaqueri, Córrego do Geraldo, área urbana do
município de Itirapina .
Cerrado e fito - fisionomias associadas
ATIVIDADES OCORRENTES
Manejo Florestal Exploração de produtos e sub-produtos da
floresta implantada (Produção de mudas,
produção e coleta de sementes, produção de
madeira, resinagem), com predominância de
Pinus s p.
Educação Ambiental Atividades e eventos (palestras, excursões,
visitas
monitoradas
seminários,
cursos
comunidade
de
e
e
auto-guiadas,
treinamento)
entorno,
para
estudantes,
professores, funcionários e moradores das UC
Pesquisa Projetos
de pesquisa básica
e
aplicada
implantados nas UC’s, sob a responsabilidade
de pesquisadores do IF e outras instituições de
pesquisa.
Visitação Jogos esportivos, natação, campismo, pesca,
piquenique, corridas, caminhadas, excursões,
fotografias,
ciclismo,
contemplação
e
observação da natureza.
Atividades conflitantes Caça, pesca, estrada estadual e municipal,
fogo, vandalismo, agricultura.
ENC ARTE 1
1. ENFOQUE ESTADU AL
1.1. Antecedentes
O significado da sua proteção - São Paulo, o estado de maior
população, densidade demográf ica e de maior desenvolvim ento econômico,
tecnológico e cient íf ico do país, além de sustentar o pr imeir o lugar em área
remanescente de Mata Atlântica, possui o terceiro lugar em vegetação
savânica.
É precisamente dent ro desse contexto de vegetação savânica que
se encontra um sig nif icat ivo mosaico de áreas prot egidas, no inter ior do
Estado, todas elas gerenciadas pelo Instituto Florestal órgão da Secretar ia
Estadual do Meio Ambiente - SMA. Est ão inseridas em torno de 2% do Bioma
Cerrado,
que
sof reu
um
drást ico
processo
de
colonização
no
século
passado.
A Estação Ecológica de Itirapina com cerca de 2.300 ha, Unidade
de Conser vação Estadual que possui como elemento dominante áreas
abertas de Cerrado, tipicamente savânicas e campestres. A importância
ecológica desses ecossistemas é abordada no âmbit o deste plano de
manejo. Enquant o as Flor estas Est acionais do Estado de São Paulo, também
denom inadas Matas Mesóf ilas, integram o grande conjunto de f ormações que
constit ui o bioma da Mata At lântica atraindo a atenção do cidadão comum, as
áreas savânicas e campestres como as de Itirapina despertam o inter esse de
pesquisadores e instituições universitárias, uma vez que começam a ser
conhecidos os seus processos naturais. A exemplo das f lorestas estacionais
que se encontram ameaçadas por se situarem numa região de colonização
antiga e relat ivam ente populosa, com o solo pr opício à agropecuár ia, as
1
áreas de vegetação savânica similar es as de Itir apina não deixar am de
sof rer pressões antr ópicas dessa natureza.
No caso da Estação Exper imental de Itirapina (3.156 ha), categoria
esta que ainda não é reconhecida como Unidade de Conser vação no Sistema
Nacional de Unidades de Conser vação – SNUC ( MMA, 2000) e encontra-se
numa área que já era degradada há m ais de 60 anos.
Situada na região
oriental da Estação Ecológica, separada naturalmente pelo Rio Itaquer i,
constit uindo
na
realidade
uma
única
unidade
geográf ica.
A
Estação
Exper imental, a pr imeira a ser estabelecida em 1957, está orientada ao
desenvolvimento
f lorestal
desde
sua
origem,
ainda
que
inclui
alguns
remanescentes de f isionomias de Cerrado no seu interior. As duas Estações
são manejadas, dentro do princípio já def inido de integração, tendo sido
modelo de manejo integrado dentro da instituição.
A import ância do cerrado - O Cerrado é marcado por aspectos
caracter ísticos do solo e do clima vigente, de maneira conjunta. O Bioma
engloba f ormações muito antigas, originadas durante os per íodos glaciais em
que a temperatura g lobal caiu e o clima tornou-se mais seco, f avorecendo a
retração das f lorestas e, conseqüentem ente, a expansão de uma vegetação
mais aberta, que necessitasse menos umidade e que f osse adaptada às
novas condições do ambiente (AB’ SÁBER, 1979).
No
Cerrado,
segundo
maior
bioma
do
Brasil,
a
degr adação
ambiental e a instalação de grandes ár eas de monoculturas vêm colocando
em
risco
uma
série
de
espécies
endêm icas
(STOTZ
et
a l.
1996),
principalmente aquelas muito sensíveis a alterações ambientais.
No Estado de São Paulo, o Cerrado sof reu uma drástica reduçã o
durante o per íodo compreendido entre os anos de 1962 a 1992, da ordem de
87% (KRONKA, 1998). "Esta redução chegou aos extr emos, apresentando
uma queda de 784. 990 ha par a 208.586 ha de cerrado, o campo cerr ado
2
passou de 148.390 ha para 1. 834 ha e o campo de 43.870 ha para 1. 933 ha”
(BRITO et al., 1997).
Proteção do bioma como desafio – É conhecido que a pr oteção
de áreas naturais ao redor do mundo muitas vezes é um ato provocado pela
marginalização
das
terras;
ou
seja,
são
protegidas
aquelas
áreas
consideradas menos valiosas sob o pont o de vista comercial ou produt ivo. A
proteção integral dos remanescentes de Cerrado não escapou a esse f ato.
Um exemplo dessa premissa já f oi relatado em relação à Mata Atlânt ica, a
qual ainda possui extensas áreas f lorestadas na região da Serra do Mar
devido à dif iculdade de ocupação em virtude principalmente do relevo
acidentado.
De acordo com o IBAMA em 2000, ainda há uma grande distância
entre o ideal e o real em matéria de conservação de áreas naturais.
A q u a n t id a d e d e á re a s p ro t e g id a s d o P a ís , e m b o ra t e n h a c re s c id o
b a s t a n te n a s ú lt im a s d é c a d a s , d e ix a m u it o a d e s e ja r, q u a lq u e r q u e
s e ja o c rité rio d e a n á lis e u t iliz a d o . A m e t a d e 1 0 % d a e x t e n s ã o
te rrito ria l d o p a ís , s o m e n te p a ra u n id a d e s d e c o n s e rv a ç ã o d e u s o
in d ire t o ( P ro t e ç ã o In t e g ra l) , q u e h o je a lc a n ç a c e rc a d e 3 % , e s tá
lo n g e d e s e r a t e n d id a ( IB A M A , 20 0 0) .
Apenas 1% do bioma Cerrado encontra-se protegido na f orma de
unidades de conservação (PADUA, 1996 apud KRONKA, et al, 1998),
enquanto
que
para
o
Estado
de
São
Paulo,
considerando
t odos
os
ecossistemas, a mar ca não ultrapassa os 3,6%.
Algumas
estat íst icas
já
conhecidas
costumam
aparecer
com
f reqüência em publicações especializadas ao se tratar esse tema de áreas
protegidas. Uma delas é a que menciona que o Estado de São Paulo,
originariamente,
possuía
81,8%
de
sua
área
coberta
por
f lorestas
3
(20.450.000
ha).
Estudos
sobre
a
evolução
da
cobertura
f lorestal
demonstram que em 1990 restavam apenas 1.731. 472 ha, ou seja, 7,16% do
território do Estado. Desse tot al, 45,77% (792.448,57 ha) constitui unidades
de conser vação (UCs) sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Meio
Ambiente – SMA, at ravés do Inst ituto Florestal. No inter ior do Estado 69%
das UC’s possuem remanescentes da Mata At lânt ica com áreas f lorestais
descont ínuas, compr ometendo assim a conser vação da biodiver sidade (SÃO
PAULO, 1998a).
O Instituto Florestal de São Paulo e sua inserção no Estado – O
IF teve como missão originalmente racionalizar a ocupação do solo no
Estado, ao mesmo tempo que atuava como f omentador da pr odução f lorestal
e da conser vação de f lorestas.
Como
incentivador
do
setor
f lorestal,
implant ou
sistemas
de
produção f lorestal que motivaram o estabelecimento de grandes empresas n o
setor
madeireiro
e
derivados.
As
Estações
Experimentais,
os
Hortos
Flor estais e as Florestas Estaduais constituír am-se em grandes laboratór ios
f lorestais onde as pesquisas básicas e aplicadas na área silvicultural f oram
iniciadas. São quase 50.000 ha de f lor estas exóticas, viveiros e arboretos
onde o manejo f lor estal, as pesquisas e o processament o industrial de
madeir a (especialm ente par a a construção) ser viram de base para o atual
setor f lorestal paulista, hoje autônomo. No total, hoje são 40 as unidades
denom inadas de Uso Sustent ável, com 19 estações experimentais, 13
f lorestas estaduais e 06 hortos f lorestais, representando 50. 657 ha. (Tabela
1).
4
Tabela 1 - Unidades de Conser vação gerenciadas pelo I nstituto
Florestal.
PROTEÇÃO INTEGRAL
Categorias de manejo
Quantidade
Hectares
•
Estações Ecológicas
22
108.520,70
•
Parques Estaduais
26
698.710,99
•
Reservas Estaduais
02
13.392,28
50
820.623,97
Total
Fonte: Instituto Florestal de São Paulo (2003)
USO SUSTENTÁVEL
Categorias de manejo
Quantidade
Hectares
•
Estações Experimentais
19
29.700,04
•
Florestas Estaduais
13
20.015,34
•
Hortos Florestais
06
922,02
•
Viveiros Florestais
02
19,72
40
50.657,12
Total
90 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – 871.281,09 ha
5
Em matéria de conservação e como detentor de grande par te da
vegetação natural remanescente, a instit uição também assumiu uma posição
de liderança entre os demais estados brasileiros na conservação de áreas
naturais. O IF adm inistra hoje 820.624 ha (hectares) em áreas naturais
protegidas, distr ibuídas em 90 unidades de conser vação localizadas em todo
o Estado de São Paulo (Figura 1). Desse total, 50 unidades pertencem ao
grupo de Proteção Integral, sendo 22 estações ecológicas, 26 parques
estaduais e 02 reser vas estaduais.
Entre as cat egorias de proteção integral, a cat egoria Parque
Estadual detém sozinha aproximadam ente 700. 000 ha. Já as Estações
Ecológicas representam uma área menor, por ém assumem ainda marca
expressiva,
ultrapassando
os
100.000
ha.
Assim,
juntas,
essas
duas
categorias de manej o atingem o percentual de 92,65% das áreas naturais
protegidas, em regime de Unidade de Conser vação.(Tabela 1)
As Estações Experimentais somam 29.700 ha e f oram criadas, com
o objetivo de prior izar os trabalhos de pesquisa que eram desenvolvidos nas
unidades de f loresta implantadas com povoamentos de espécies exóticas. E,
f inalmente a categoria de manejo de Florestas Estaduais, assume a marca
dos 20.015 ha.
1.2. Implicações am bientais
No caso específ ico da Estação Exper imental apenas pode-se dizer
que, como f oi deter minado na sua origem em 1957, sua área f oi dedicada ao
ref lorestamento de P in u s spp no intuito de est imular a pinocultura na região
e realizar assim seu objet ivo de pesquisa na área f lorest al. Seu papel de
exper imentação une-se ao de porta-sem entes e ainda exerce f unção social
com as atividades de uso público para a comunidade local.
6
Figura 1 – Mapa de localização das Unidades de Conser vação do estado
de São Paulo gerenciadas pelo Institut o Florestal de São Paulo.
7
É relevante mencionar que as Estações Exper imentais auxiliaram a
instalação de importantes empreendimentos f lorestais com P in u s
com o
alternativa numa reg ião, onde o E u c a lip t u s era a essência f lorestal f avor ita,
ampliando assim hor izontes institucionais.
Dentro
dos
limites
da
Estação
Experimental
encontram-se
f ragmentos de veget ação nat iva as quais exercem uma notável inf luência no
manejo dessa unidade, uma vez que se prevê o est abelecimento de
corredores ecológicos entre esta e a Est ação Ecológica. Essa é uma diretri z
que teve origem por ocasião do enf oque de int egração do m anejo das duas
unidades, estabelecido pelo plano or iginal.
Deve ser consider ado o f ato de que os talhões de P in u s spp
pressionam
os
remanescentes
de
áreas
naturais
dent ro
da
Estação
Exper imental, da mesma f orma que pressionam a Estação Ecológica através
da sua agressiva dispersão de sement es, o que det ermina como medida
cont ínua de manej o o controle da expansão dessa espécie exótica em
ambientes nat urais.
No caso da Estação Ecológica a conj untura acaba sendo mais
grave sob o ponto de vista ambiental. A área ocupada pela unidade está
dominada em quase sua t otalidade por f isionomias savânicas e campestres,
constit uindo-se num mosaico de ambientes abertos.
É importante mencionar que, no Estado de São Paulo, estas
f isionom ias f oram amplamente conver tidas em pastagens e campos de
cult ivo. Seu solo arenoso, muito bem drenado e sua superf ície plana ou de
pequenas elevações f oi despr ezado ecologicamente pelos colonizadores
paulistas e pouco sobrou para ser pr otegido. A Estação Ecológica de
Itirapina é assim uma amostra f itogeográf ica de r aro valor que além de
proteger este tipo de paisagem, convert e-se em f undo de bacia hidr ográf ica,
registro do ecossistema originalment e existente.
8
A categoria Estação Ecológica abrange um pouco mais de 13% das
áreas sob proteção integral no estado. Dos 108.521 ha pr otegidos por essa
categoria, apenas 2,12% dessa quantidade é representada pela Estação
Ecológica de Itirapina, o que permitiria dizer que seu valor ambiental é ainda
mais signif icativo devido a sua baixa represent atividade ambiental em
relação ao número de unidades que protege esse tipo de ecossistema.
Dentre as 22 Estações Ecológicas est aduais, a de Itir apina representa o
maior f ragmento desse tipo de ambiente.
Conf orme
dito
ant eriorment e,
está
previsto
neste
plano
a
implantação de corredores ecológicos, inspirado pelo princípio da integração
no manejo, não apenas com ambientes naturais ainda em existência dentr o
da Estação Experim ental, mas também com as áreas de entorno, sempre que
possível. Outro desaf io notável é o compromisso intr ínseco de orientar o
desenvolvimento da região, em especial do município de Itirapina, visando
recursos
protegidos
e
garantir
também
o
desenvolvimento
econômico
sustentável dessas comunidades. Pretende-se com isso evitar o isolamento
ecológico ou ef eito de insularidade no manejo dessas unidades.
1.3. Referências com outros programas
É importante sublinhar que a proteção e o manejo das unidades em
questão não se encontram isolados de outras iniciativas. Em primeiro lugar
está o f ato da r egião toda se encontrar em uma APA (Área de Proteção
Ambiental) Estadual, a de Corumbataí, com seus quase 800.000 ha de
superf ície. No plano de gerenciament o dessa APA, essas unidades em
Itirapina podem exer cer um papel central no ordenamento ter ritorial, do qual
tanto carecemos.
Outro programa relevante e de interf ace com o manejo das
unidades é o trabalho desempenhado pelos Comitês de bacias e m icro-
9
bacias. Considerando que a rede hídrica das unidades é bastante importante
e que a Represa do Lobo junto aos demais cor pos d’água, intermit entes ou
não, cumprem uma relevante f unção no equilíbrio geral da região, os
Comitês de Bacias da Região quer seja do Tietê – Jacar é ou do Corumbataí
sempre terão que elaborar e implantar programas integrados com o manejo
das unidades de Itir apina.
Da mesma f orma, os programas de desenvolvimento agr ícola e
pecuár io, assim como os de desenvolvimento rodoviár io, tur ístico e social
esperados para a região, não poderão ig norar o papel social e ecológico das
duas est ações.
1.4. Relações institucionai s
Neste momento, realiza-se a revisão deste plano de manejo, meta
prevista no plano de trabalho do Termo de Compromisso de Compensação
Ambiental - TCCA entre a Concessionár ia CENTROVI AS e a Secret aria do
Meio Ambiente para duplicação da SP-223, trecho It irapina – Jaú. Tal obr a
de engenhar ia af etou diretamente a Est ação Experimental e indir etamente a
Estação Ecológica. As unidades sob estudo deixaram de ser um empecilho
para
o
empreendimento
que
benef icia
o
município
de
Brotas
que
já
encam inhou sua economia para o turismo, mas também para Itirapina que
deverá preparar-se para um possível crescimento urbano e uma crescente
população f lutuant e.
Da mesma maneira, uma relação que nasce com a criação das
unidades e que cresce com intensidade cada vez maior é a relação com as
Universidades estaduais. Entre os mais freqüentes usuários das Unidades de
Itirapina
podem
mencionar-se
a
Universidade
Federal
de
São
Carlos/UFSCAR, a Universidade de São Paulo/ USP, a Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz” / ESALQ / USP, a Universidade Estadual
10
Paulista/UNESP e a UNI CAMP, as quais lideram o número de pesquisas e
trabalhos acadêm icos realizados nessas unidades. Assim também podem
mencionar-se as instituições educativas de ensino básico, f undamental e
secundário
da
região,
que
vêem
nas
unidades
um
excelente
recurso
educacional, muitas vezes motivado pelo programa de uso público existente.
11
ENC ARTE 2 - AN ÁLI SE REGION AL
2.1. Descrição
As Estações Ecológica e Exper imental de Itirapina localizam -se na
região Sudeste do Estado de São Paulo, nos municípios de Itirapina e
Brotas. Itirapina ocupa uma área de 1101,47 km 2 e Brotas uma área de 564,
26 km 2 .
São Unidades de pequeno porte, cuja extensão r epresenta 7,92%
da área do município de Itirapina e 1,08% da área do município de Brotas.
A Zona de Amortecimento das Unidades de Itir apina possui um a
área de 19.602 ha, def inindo um per ímetro de 180 km, que abrange os
municípios de Brot as, Itirapina, São Car los e Analândia.
Os lim ites da Zona de Amortecimento f oram def inidos a partir das
linhas de cumeada, isto é, dos divisores de água da Bacia do Itaqueri e do
Lobo, portanto abrangendo todos os set ores cuja drenagem tem relação com
as Unidades.
São Carlos e Analândia, mais dist antes das Unidades e f ora dos
lim ites das Bacias hidrográf icas citadas, integram complementarmente a
zona de amortecimento apenas com trechos pequenos, recobertos de mata,
cont íguas às manchas mais expressivas de vegetação nativa, estas situadas
dentro das bacias de contribuição.
As áreas ef etivamente urbanizadas dos municípios de Itirapina e
Brotas, embora indivisas ou muito pr óximas aos limites das Unidades f oram
excluídas dado o seu grau de ocupação e existência de nor mas específ icas
para sua gestão e planejamento.
12
2.2. Caracterização ambiental
Geologia e relevo
As
Unidades
de
I tirapina
sit uam-se
regionalmente,
na
Bacia
Sedimentar do Par aná. Esta bacia ocupa uma área de cerca de 1.600.000
Km 2 . Representa um a complexa f ossa tectônica de f orma elipsoidal com eixo
maior de direção NNE-SSW e acha-se encravada no escudo pré-Cambr iano,
em Minas Ger ais, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catar ina, Rio
Grande do Sul e no Ur uguai, Paraguai e Argent ina. Seu embasamento
constit ui-se pr edom inantemente de rochas cristalinas pr é-Cambr ianas e
subordinadamente por rochas eo-paleozóicas af ossilíf eras.
Esta enorme
bacia encontra-se preenchida por sedim entos na maior part e cont inentais e
marinhos, do Siluriano Super ior ao Cretáceo e ocorrem também lavas
basálticas de idade mesozóica.
A pr incipal f eição da Bacia do Par aná é o
vasto sistema monoclinal, ligeiramente arqueado, cuja inclinação é dir igida,
nos dois lados da bacia, par a a zona central (LOCZY & LADEIRA, 1976).
Segundo
Província
das
Almeida
Cuestas
(1964),
as
Ucs
Arenít ico-Basálticas,
de
Itirapina
sit uam-se
caracter izando-a
como
na
um
patamar, denominado por ele de Planalt o de Campo Alegre. Este planalto,
localizado
no
reverso
da
cuesta
interna,
trata-se
de
um
patamar
intermediár io, de relevo muito suave que separa a Depressão Per if érica dos
planaltos basált icos vizinhos. O autor (op. cit) f az dist inção das cuestas
“internas” e “ext ernas”, admit indo que o relevo apr esent a-se escalonado em
dois degraus. A cuesta exter na representa-se como relíquia da superf ície de
erosão pré- Bauru e repousa sobr e o arenito Botucatu. O autor (op. cit)
admite a área como reverso da cuest a interna devido a “não concordância
alt imétrica do nível dos derrames da Serra de Santana e do alto dos morros
do Baú e Pelado”. Para ele (op. cit) os dois “são test emunhos de erosão
isolados da Serra de Itaquer i, um Planalto da cuesta inter na, sendo
sustentados pelos derrames do conjunto superior”.
13
Todavia, para Ross & Mor oz (1997), tal área localiza-se na unidade
morf oestrutural Planalto Centro Ocidental, pertencente ao Planalto Ocidental
Paulista. O Planalt o Centro Ocidental ocupa a maior parte da Bacia
Sedimentar do Paraná e limit a-se ao norte com o estado de Minas Gerais, a
noroeste com o estado de Mato Grosso do Sul, e sudoeste com o estado do
Paraná e ao sul e leste com a Depressão Perif érica Paulista.
Os principais
rios dest a unidade são o Paraná, o Grande, o Tietê, o Aguapeí, o do Peixe e
o Paranapanema, que apresentam com o caracter íst ica pr incipal um padrão
paralelo, uma vez que, seus traçados foram estabelecidos numa superf ície
aplanada e ligeiramente inclinada para o eixo do Rio Paraná (ROSS &
MO ROZ, 1997).
De acordo com Troppmair (2000) o arenito, juntamente com o
basalto, f ornecem o material de or igem para os solos, que apresentam
textur a argilosa e ar eno-argilosa. Nesses solos predominam micropor os com
grande capacidade de retenção de água. Esta grande capacidade de
retenção e armazenamento de água dá- se pela grande inf iltração da água da
chuva que f orma um rico lençol f reático que af lora f ormando vár ios cursos
d’água, o que t orna a ár ea extremamente importante para o abasteciment o
do aqüíf ero Guarani, sendo este, portanto, um importante trecho de recarga
do aqüíf ero.
Hidrogr afia
A área é dr enada pela bacia hidr ográf ica do rio Jacaré- Guaçú,
assim denominado a partir do encontro das águas do Ribeir ão Itaquer i e do
Feijão, (Figura 2). Segundo Almeida (1964) o Rio Jacaré-Guaçu caracterizase
por
um
curso
resseqüente,
seguindo
a
orientação
das
camadas
geológicas e acompanhando a mesma direção do rio conseqüente original
que é o Tietê. O rio Jacaré-Guaçu recebe a contribuição de diversos rios
subseqüentes que estão ajustados à estr utura geológica do r elevo. O padrão
14
15
da drenagem caract eriza-se como sub- paralelo, com os rios assemelhandose à disposição geral, mas, que não possuem a regularidade de um a
drenagem
paralela,
podendo
ser
conf undidos
como
uma
drenagem
dendr ítica.
O rio Jacaré-Guaçu no reverso da cuest a interna segue or ientação
NW , acompanhando a inclinação das camadas, porém, no seu médio curso, a
partir da conf luência com o rio Chibarro (Figura 2), adota a dir eção W
seguindo a estrutur a do relevo condicionado pela cuesta ext erna, assim
denom inada por Alm eida (1964).
Solos
Na região pr edom inam os Neossolos Quartzarênicos, recobrindo as
colinas e os patamares. Ocorrem também, em menor escala, os Latossolos
Vermelho-Amar elos e Latossolos Vermelhos.
Os
hidr omórf icos
Neossolos
e
Quartzarênicos
f ortemente
ácidos,
são
f ormados
solos
a
partir
prof undos,
de
arenit os
não
da
Formação Botucatu ( Oliveira & Prado, 1984). Conf orme Oliveira e t a l. (1992),
esses solos apresentam f ertilidade baixa, pequena capacidade de retenção
de água e nutr ientes, e alta suscept ibilidade à er osão. Eram recobertos, em
grande parte, pelo cerrado em suas dif erentes f isionomias.
Os Latossolos Ver melho- Amarelos são encontrados em relevo
plano e suave ondulado da região, com declividades inf eriores a 6º,
desenvolvidos em sedimentos arenosos da Formação Botucatu. De acordo
com Queir oz Neto & Christof oletti (1968), estes solos são prof undos, bem
drenados, arenosos e areno-barrentos, e ácidos. Distribuem-se de maneira
constant e em f unção da topograf ia, isto é, nas colinas são vermelhoamarelados, mais ar gilosos enquanto, nas baixadas apresentam tonalidade
amarelada e text ura mais arenosa.
16
Os
Latossolos
Vermelhos
ocupam
fração
muito
pequena,
desenvolvendo-se em relevo suave ondulado, com declives superiores a 3º.
São solos ácidos e provenientes de produtos de alt eração dos sedimentos
f inos das Formações Pir ambóia e Botucatu, com var iada contribuição de
rochas básicas.
Clima
Segundo o sistema de Köppen o clima é Cwa, ou seja, mesot érmico
com inverno seco em que a temperatura média do mês mais f rio é inf erior a
18ºC e a do mês mais quente é super ior a 22 o C e o total das chuvas do mês
mais seco não ultrapassa 30 mm. A área é classif icada por Monteiro ( 1973)
como de “Clima Tropical com duas estações def inidas”. Trat a-se de ár ea de
acentuada
part icipação
da
Massa
de
Ar
Tropical
At lântica.
Segundo
Troppmair (2000) o r elevo cuest if orme exerce inf luência diret a sobr e o clima,
proporcionando a ocorrência de chuvas orográf icas, dias de neblina e
temperaturas mais amenas.
Vegetação
Um dos elementos que conduziram à proteção das áreas constituintes
das Unidades de Itirapina, em especial a Estação Ecológica, foi a situação de
extrema ameaça em que se encontra o Cerrado no Estado de São Paulo,
principalmente devido ao acelerado processo de expansão da fronteira agrícola e
conseqüente conversão de terras na segunda metade do século passado.
Na região de Itirapina a cobertura vegetal caracteriza-se pelo predomínio
de áreas ocupadas por pastagem cultivada, cana-de-açúcar, citricultura e
reflorestamentos com Pinus spp. e Eucaliptus spp. que superam as áreas com
vegetação nativa (ZAINE, 1996). A vegetação original da região encontra-se restrita
a fragmentos remanescentes com predomínio de cerrado sensu lato, em suas
17
diversas expressões fisionômicas, sobre alguns espigões, em solos arenosos ou
depósitos coluvionares (PONÇANO et al. 1981). Fragmentos de florestas latifoliadas
podem ser encontrados, em geral, associados às escarpas das Cuestas Basálticas e
junto aos morros testemunho (ZAINE, 1996; CAVALCANTI, 2003). Nas planícies
fluviais, acompanhando rios e ribeirões, ocorrem florestas ribeirinhas, alagáveis ou
não, dependendo da fisiografia local. Cabe salientar ainda que na região encontramse as mais significativas áreas cobertas por campos úmidos no Estado (DURIGAN
com. pessoal).
Embora restritos a determinados locais, os remanescentes da vegetação
original ainda guardam uma grande diversidade biológica e paisagística e têm um
valor incontestável na manutenção da qualidade ambiental da região, por
fornecerem recursos para a fauna, proteção do solo contra erosão, proteção de
mananciais, além de servirem como instrumento para a educação ambiental.
O cerrado s e ns u lato se encontra representado, principalmente, por
fragmentos de fisionomias savânicas (cerrado s e ns u s tricto, campo cerrados e
campo sujo) e campestres (campo limpo), enquanto os cerradões, embora ocorram,
são menos freqüentes e geralmente relacionados à manchas de solos mais férteis.
Grande parte dessas áreas, principalmente as que abrigam fisionomias savânicas,
são utilizadas para pecuária extensiva devido à sua ocorrência em terrenos planos e
pelo grande número de espécies forrageiras nativas que vegetam nessas
fisionomias sendo comum a ocorrência de queimadas recorrentes (Tannus; Assis,
2004). Por esse motivo, essas áreas se encontram invariavelmente antropizadas,
freqüentemente afetadas por invasão de espécies exóticas como o capim braquiária
(Brachiaria de cumbe ns Stapf.), capim-gordura (Me llinis minutiflora Beauv.), além de
outras espécies utilizadas em pastagens cultivadas que representam grande
18
ameaça à flora nativa, uma vez que competem de maneira agressiva e ocupam
rapidamente áreas onde a vegetação natural foi removida.
As florestas estacionais da região são de dois tipos: floresta estacional
semidecidual (mata semidecídua) e floresta estacional decidual. Essas matas se
encontram restritas à algumas encostas dos morros testemunhos ou às escarpas
das Cuestas, locais estes de difícil acesso e pouco aproveitáveis para a
agropecuária. As matas secas são raras e ocorrem sobre solos litólicos
cascalhentos, apresentando ocorrência naturalmente fragmentada em meio à mata
semidecídua, diferenciando-se desta, a priori, pela proeminente deciduidade foliar
durante a estação seca (Ivanauskas & Rodrigues 2000).
As florestas ribeirinhas da região podem ser classificadas como florestas
ciliares, quando acompanham rios de médio a grande porte (Ribeiro & Walter 2001);
florestas de galeria, quando associadas a riachos de pequeno porte e córregos com
canal definido, geralmente em fundos de vale, associadas ao cerrado e florestas
paludosas (matas de brejo), associadas à áreas brejosas nas cabeceiras de
drenagem e nos fundos de vale (Rodrigues 1999).
Os campos úmidos ocorrem associados a regiões de solos arenosos
sujeitos a inundação ou saturação hídrica, em geral ocupando amplas planícies de
declive suave, áreas de nascentes ou depressões fechadas com deficiência de
drenagem. Pela configuração do relevo suave aplainado, principalmente no revés
das Cuestas Basálticas, bem como pela abundância de solos arenosos, a região
permite o estabelecimento de muitas áreas brejosas cobertas por campos úmidos.
Com relação às espécies nativas da flora regional, não existem
evidencias à respeito de endemismos, no entanto, tem sido sugerido que os
remanescentes de cerrado (s.l.) localizados no revés das Cuestas, que inclui a área
das UCs, apresentam uma maior diversidade em comparação com outras áreas do
19
Estado, diversidade esta atribuída às condições ambientais típicas da região (São
Paulo 1997).
Fauna
A
f auna
regional
encontra-se
intrinsecamente
associada
à
vegetação de campo e campo cerrado, ambient es que sof reram destruição
maciça,
estando
r eduzidos
atualment e
a
pequenos
f ragmentos,
muito
vulneráveis à inf luência antrópica adjacente e à caça predatória. Outros
impactos ocorridos na região das Unidades f oram o ef eito de borda dos
ambientes antrópicos e a f ragmentação de habitats (DELGADO et. al., 2004).
Observa-se, assim, a redução da diversidade de espécies animais,
com algumas se tor nando raras e outras em vias de desaparecimento. Os
autores (op. Cit) cit am como exemplos de espécies não mais registradas ou
raras o canár io da terra (S ic a lis f la v e o la ), o cachorro vinagre (S p e o t h o s
v e n a t ic u s ), a codor na buraqueir a (N o th u ra m in o r) e o tam anduá bandeira
(My rm e c o p h a g a trid a c ty la ), dentre outras.
2.3. Aspectos Históricos e Culturais
Os aspectos históricos e cultur ais, em especial as inf ormações
sobre a colonização da região e sua história mais recente, bem como as
manif estações culturais obser vadas f oram adequadamente descr itas por
Delgado et. al. (2004), e encontram-se t ranscrit as a seguir:
Itirapina
O m unic í pi o d e I t ir ap i na t em s ua or i gem em um a p o v oaç ã o na Ser r a
do It a qu er i, i n ic ia d a por p or t u gu es es , v i nd os d a I l h a d a Ma d e ir a.
A nt er ior m e nt e a r e g iã o er a ha b it a d a pe l os ín d ios T i bi r iç á d a tr i b o
dos gu a ia n as e s .
O p o v oa d o, c uj o n om e er a Nos s a S e nh or a d a Co nc eiç ã o, in ic i ou- s e
em 183 3 e t e ve s e u p ic o d e d es en v o l v im ent o d ur an te a ex p a ns ão
da c u l tur a c af e e ir a no es ta d o de Sã o P au l o . P or ém , em dec or r ê nc i a
20
das d if ic ul d a des enf r e nt a das e d o a lt o c us t o par a tr ans p or t ar o c af é
pr o d u zi d o , nã o s e d e u a ex p ans ã o d a c u lt ur a c af e e ir a .
Em bor a nã o ho u v es s e m aior d es e n v o l vim e nt o s óc i o - ec on ôm ic o , o
po v o ad o f o i s uc es s i v a m ente el e v ad o a v ár i a s c ate g or ias . Em 16 d e
m aio d e 1 93 9 , a C ap e l a de Nos s a S e nh or a da C o nc e iç ã o d a S er r a
tor n ou- s e C a pe l a C ur ad a , i n de p en d en te d a F r eg u es ia d e S ã o J o ão
B ap t is t a d e R io C l ar o. Em 5 de j un h o d e 1 85 2 f oi e le v a do à
c at e gor i a d e F r e g ues i a e em 2 d e a br il de 1 87 1 p as s ou a D is tr it o.
Em c ons e qü ê nc ia d o d if íc il ac es s o à Se r r a, os m or ad or es f or am
de ix a nd o I t aq u er i d a S er r a e s e f ix an d o m ais a b a ix o , n as p la níc i e s ,
ao l ad o d a es tr ad a q ue l ig a v a Sã o J o ã o d e R io C lar o a Br ot as . O
no v o po v o ad o f ic o u c o nh ec i do c om o " It a qu er i de B a ix o " o u "I ta q uer i
da Vá r ze a ".
o
Em 1 de j u n h o de 18 8 5 a C om pa nh i a P a ul is t a d e Es tr a d as d e F er r o
i na u gur o u
a
es taç ã o
do
M or r o
P el a d o,
pr óx im o
ao
ac i de n te
ge o gr áf ic o d o m es m o nom e. O s m or a dor es de It a qu er i d e Ba ix o ,
po uc o a p o uc o s e m udar am par a os t er r e no s pr óx im os à vi a f ér r e a.
As s im , des a par ec eu It aq u er i d e B a ix o e s ur g i u um no v o p o vo a do n a
pr ox im i da d e de um e n or m e m or r o is o la d o e s em ve g et aç ão ar b ór e a
o
- o " M or r o P e l ad o " ( G UA RI E NT O s /d) . Atr a v és d o D ec r et o n 9 , d e 8
de j a n eir o d e 18 9 0, des l oc ou- s e a s e de d a f r e g ues i a de I ta q ue r i
par a a n o va po v o aç ã o. A l e i n
o
7 1 9, d e 28 de j an e ir o d e 1 9 0 0,
m udou a d en om in aç ão d a f r eg u es i a d o M or r o P e la d o p ar a I t ir a p i n a,
é c ur i os o q ue o p o v oa d o t en h a t id o a p r i nc í p io um nom e em
por t ug u ês e p os t er i or m ente es s e n om e te n ha s id o tr a du zi d o pa r a a
lí n gu a t up i .
o
O Decreto n 7031, de 25 de março de 1935, elevou Itirapina a município,
constituído dos distritos de paz de Itirapina e Itaqueri da Serra, pertencendo à
comarca de Rio Claro.
Brotas
S eg u nd o as "D ir etr i ze s b ás ic as par a a im p l an t aç ã o d e um a p o lí t i c a
i nt egr a d a
de
des e n v o l vim e nt o
tur ís t ic o
1 9 84 " ,
po r
v o lt a
de
18 3 9/ 1 84 0, Da . F r a nc is c a R ib e ir o d os Re is m and o u c o ns tr u ir um a
c ap e l a s o b a i n voc aç ã o de N os s a S e nh or a d as D or es , d an d o as s i m ,
c om eç o à p o vo aç ão , qu e a n ter i or m en te er a c o nh ec i da c om a
de n om in aç ã o de "s a lt o " e nã o p as s a v a d e um s íti o, pr o pr i ed a d e
de l a e d e s e u ir m ão , A nt o ni o R i be ir o d a S i l v a.
O s ít io , n o e nt a nt o, f o i her anç a r ec e b id a d e J os é dos R e is , pr im eir o
pr o pr i et ár i o. O u tr o n om e q u e Br ot as r ec e be u f oi o d e F a ze n d a
V el h a, por q ue o a nt i g o p o vo a do oc u p a v a o l ug ar d es s a f a ze n da . O
21
nas c im en t o r e a l d o m unic í p i o d e u- s e e ntr e as c ab ec e ir as d o r i o
J ac ar é- P e pir a .
De ntr e as d at as im p or t a nt es d o m un ic í p i o d e B r o tas d e vem s er
des t ac a d as s u a f un da ç ão em 03 de m ai o d e 1 83 9 , a as c e ns ã o a
Dis tr it o no a n o de 18 4 6, s u a as c e ns ão a V i la em 18 5 9 e a
pas s a gem a m un ic í p i o p e los id os d e 1 85 9 .
2.4. Uso e Ocupação da Terr a e Problemas Ambient ais Decorrent es
As considerações a seguir se ref erem em especial ao município de
Itirapina, onde estão inser idas a Estação Exper imental de Itir apina e a maior
parte da Estação Ecológica de mesmo nome.
De acor do com os levant amentos em Secretaria de Agricultur a
(2005)
a
atividade
econôm ica
na
zona
rural
de
Itirapina
pode
ser
caracter izada da seg uinte maneira:
Agricultur a: as at ividades agr ícolas mais expr essivas no município
são: a laranja (cult ura perene) com 3. 348 ha plantados, sendo 2. 808 ha
(780.000 pés) produtivos e aproximadamente 540 ha ( 150.000 pés) de novos
plantios, e a cultura semi-perene da cana-de-açúcar que ocupa 3.204 ha. A
principal cult ura anual é o milho, com 350 ha de pr odução.
Pecuária:
A
bovinocultura
ocupa
20.000
ha
com
pastagem
cult ivada e 7.023 ha com pastagem natural. Há 9.500 cabeças para corte;
2.030 cabeças par a leite e 12.358 cabeças m istas. Na pr odução do ano
agrícola 2004/2005 f oram dest inados 2. 000 cabeças para abate e 28.000.000
litros de leite. Em relação à avicultura há no município uma granja com
produção anual de 15.500. 000 pintos. A quant idade anual de f rangos par a
corte é de 2.000.000 de cabeças, das q uais 1.280.000 f oram enviadas para
abate no ano 2004/2005. Outras criações e quantidades são: bubalinos (600
cabeças), eqüinos (880 cabeças) e muar es e asininos (230 cabeças).
Silvi cultura: a atividade de ref lorestam ento conta com 5.486 ha
com eucalipt o f ormados, mais 100 ha em f ormação, além de 2.035 ha com
22
pinheiros
f ormados,
situados
em
sua
quase
totalidade
na
Estação
Exper imental de Itir apina. O município r egistra ainda mais 180 ha de pinus
em f ormação, portanto de plant ios recentes. O plant io mais expressivo de
eucalipto pertence à empresa Ripasa, e o ref lorestamento situa-se em área
cont ígua à Estação Ecológica de Itirapina.
At i vi dade de extração miner al: a m iner ação de areia ocupa um a
área de apenas 16 ha na região de análise, local onde opera a empresa
“Sir iema”. Tal mineradora, instalada às margens do Ribeirão Itaqueri f oi
acionada na década de 80 pelo Ministér io Público do Estado de São Paulo
em f unção dos danos limnológicos que provocava a jusante do ponto em que
está instalada, nas Unidades de Conser vação e na represa do Lobo,
inclusive com o comprometimento de espécies de aves endêm icas, que
nidif icam nesta região. A partir daí, algumas melhorias f oram impressas pela
mineradora, com redução dos impactos.
Entretanto, conf orme relat a Dutra-
Lut vens (2000), o uso de solo para exploração m inerár ia, embora ocupe
menor superf ície de área de estudo, é responsável por grandes impactos.
Ainda de acordo com o autor, “a m iner ação de ar eia degr ada o ambiente
natural, altera a geomorf ologia f luvial e responde pelo assoreamento dos
corpos d’água.”.
Uso do solo: O uso dos interf lúvios das bacias hidrográf icas
provoca impacto indireto, pr incipalmente, sobre os cursos d’água e à
vegetação associada. A atividade agr ícola dim inui a inf ilt ração da água,
aumentando o escoamento superf icial, a taxa de perda do solo e o
carreamento de sedimentos que são acumulados nos canais de drenagem.
Insumos
agr ícolas
são
carregados
pelas
águas
até
as
drenagens.
A
ocupação dos interf lúvios dim inui a recarga dos aqüíf eros e o volume de
água que f lui nos cursos d’água, especialmente na época seca ( MARTINS e t
a l. 2001). Esses pr ocessos provocam prof undas modif icações no ambiente
23
com conseqüências marcantes para a biota associada aos cursos d’água e
áreas brejosas
Devido às caracter ísticas pedológicas das ár eas das UC’s, onde
predom inam solos altamente f riáveis, o risco de assor eam ento dos cursos
d’água e da sedimentação das áreas br ejosas é muit o elevado. A ut ilização
dos solos nas áreas do entorno das UC’s, com a adoção de prát icas
inadequadas de cultivo, tem ocasionado assoreamentos recorrentes em
alguns locais. Embora não existam dados sobr e a extensão das áreas
assoreadas e a conseqüência sobre os ecossistemas af etados, estes eventos
têm provocado impactos visíveis sobre os cursos d’água e áreas br ejosas,
com a conseqüente degradação da vegetação associada. A sedimentação
das áreas brejosas conduz a alterações, por vezes, irreversíveis na dinâmica
da água no solo acarretando na perda das caracter íst icas paisag ísticas das
vegetações higróf ilas e da biodiversidade (CARVALHO 1991)
Veget ação natural: No município obser va-se a ocorrência de 6.000
ha de mata natur al, 459 ha de cerrado (savana) e 300 ha de cerradão. Os
f ragmentos de cerrado mais expressivos localizam-se na Est ação Ecológica
de Itirapina.
As Estações Ecológ ica e Experimental de Itir apina possuem uma
signif icat iva rede hidrográf ica (Ribeirão do Lobo, Itaqueri, Ribeirão do Braga,
córrego do Geraldo, etc.), que verte do seu entorno para o interior das
Unidades, até desaguarem na r epresa do Lobo ou repr esa do Broa. Assim,
as alterações ambientais promovidas pelos dif erentes tipos de atividades na
circunvizinhança, contaminação de solo ou lençol f reático, assoreamentos,
dentre outros, resultam em impactos percept íveis nas Unidades, t endo os
corpos d’águas como vetor es de transporte de sedimentos e produtos
contaminantes.
Diante das at ividades econômicas produt ivas prat icadas na r egião,
as oportunidades de empregos para a mão-de-obr a especializada são
24
restritas.
A
mão-de-obra
volante
f ica
condicionada
às
colheitas
das
monoculturas e seus tratos culturais, pois tanto a atividade avícola, quanto a
atividade pecuár ia de maior porte não apresentam grande demanda devido a
produção lim itada. A vocação tur ística da região tem resultado no incremento
deste setor, com destaque para o município de Brotas, onde as atividades de
ecoturismo
já
constituem
uma
par cela
signif icativa
das
at ividades
econôm icas.
De todo modo, um modelo de desenvolviment o sustentável e
ambientalm ente corr eto há que ser buscado, tendo as unidades de pr odução
e de conser vação estaduais um papel im portante neste processo.
2.5. Características da população
O município de Itirapina possui área t erritorial de 564,26 Km² . De
acordo com o Censo realizado no ano 2000- 2001 pelo Inst ituto Brasileiro de
Geograf ia e Estat ística (IBGE, 2005) a população residente em Itirapina
naquela ocasião era de 12.836 habitantes. A população estimada para o ano
2004 era de 14.315 habit antes. Considerando uma população de 9.914
habitantes medida no censo anterior (IBGE, 1992 a,b), houve aument o de 13
%
na
população
desde
a
última
década.
Houve
tam bém
aumento
proporcional da população urbana que era de 7.477 pessoas (75 %) e agora
é de 11.178 pessoas (87 %).
Os dados populacionais da r egião do censo de 2000 - 2001 podem
ser obser vados na tabela que se segue:
25
Tabela 2 – Dados Populacionais de Itirapina, Brotas, São Carlos e Rio Clar o
do Censo de 2000 – 2001.
M u n icíp io
Ár e a d a
Un id ad e
T err it o r ia l
Km ²
Itirapina
564,26
12.836
11.178
1.658
87
Brotas
1.101,47
18.886
16.127
2.759
85
1.140,92
192.998
183.433
9.565
95
498,01
168.218
163.477
4.741
97
São
Carlos
Rio Claro
Po p u l a ção
Po p u l a ção
Ur b an a
Po p u l a ção
Ru ra l
T axa d e
Ur b an iz aç ão %
F o n t e : IBG E , 2 00 5
Como se obser va na Tabela anter ior, a alta taxa de ur banização de
Itirapina ref lete uma tendência regional decorrent e dentre outros aspectos,
do modelo de desenvolviment o adot ado em nosso país e das dif iculdades de
viver na zona rural, evidenciando o processo de êxodo rural.
Um aspect o peculiar do município ref ere-se a sua população
carcerár ia, numericamente signif icat iva desde a década de 80, quando ali se
instalar am duas penitenciár ias, o que implicou em um aumento de cerca de
19% da população do município 1. Af ora o acréscimo da população f ixa
obser va- se um aum ento sazonal signif icativo da população, em f unção do
f luxo de visitação aos detentos nos f inais de semana, or iundos de todo o
Brasil. Este cont ing ente implica em média num aument o m édio de 8% no
total da população do município aos f inais de semana, obser vando-se um
número bem superior em f eriados e datas comemorativas t ais com o natal,
ano novo, etc.. As inf ormações básicas ref erentes às penit enciárias estão
relacionadas a seguir.
26
Por volt a de 1986 foi construída em Itirapina a Penitenciár ia “Dr.
Antônio de Queiroz Filho”, com um setor que f unciona em regime semiaberto e que abriga 211 detentos e outro setor de regime f echado com 505
detentos. Esta penitenciária possui cerca de 170 f uncionários. Segundo
dados est imados da própr ia instituição, o número médio de visit antes, por
f inal de semana é de 100 a 150 pessoas.
Encontra-se
também
instalada
no
m unicípio,
desde
1998,
a
penitenciár ia de segurança máxima denominada “João Batista de Arruda
Sampaio”. Nesta, a população carcer ária é de 1.385 detentos em regime
f echado e cerca de 170 detentos na ala de progressão, sist ema semelhante
ao regime semi-aberto. O número de funcionár ios é de 240 pessoas. De
acordo com inf ormações verbais da dir eção do pr esídio o número médio de
visitantes, por f inal de semana é de 800 pessoas, havendo um excedente de
cerca de 200 pessoas, por f inal de sem ana, acompanhantes dos f amiliares
que chegam à cidade, mas não são autorizados a adentrarem nos presídios.
Portanto,
est ima-se
que
o
total
de
visitantes,
por
f inal
de
semana
relacionados à população carcerária do Presídio “João Batista de Arruda
Sampaio” é de cerca de 1000 pessoas.
Na Estação Experim ental de Itirapina obser va-se o r ef lexo destes
f luxos sazonais de visitação, uma vez que tal Unidade dispõe de inf raestrutura e equipam entos de lazer e tur ismo, recebendo de forma expressiva
a visit ação deste público f lutuante. Com isto houve uma mudança no perf il
do visitante da Estação, com menor af luxo de f am ílias resident es em
Itirapina e São Car los e predominância de um público mais heterogêneo,
sem ident if icação cultural/ambiental com a área. A administr ação da Unidade
atribui o novo perf il dos visitantes a est e aumento em depredações e o uso
da área da Estação Exper imental par a at ividades irregulares/ ilícitas.
1
To m a n d o - s e p o r b a s e a e s t i m a t i v a d e p o p u l a ç ã o d o I B G E p a r a 2 0 0 4
27
De f orma geral o município, localizado na região central do Estado
de São Paulo, mantém uma boa qualidade de vida. A totalidade das
residências
da
sede
do
município
proveniente
de
poço
artesiano,
conta
capt ação
com
de
abastecim ento
esgoto
e
coleta
de
de
água
lixo
doméstico. Neste ano de 2005 deve se iniciar a construção de uma Estação
de Tratamento de Esgoto (ETE) visando tratar 100 % do esgot o da cidade.
Com relação ao tr atamento de resíduos sólidos dom ésticos o
município possui desde 2004, um aterr o sanitár io domést ico para onde é
encam inhado todo o lixo proveniente da sede e dos dist ritos. O ref erido
aterro, que dista 3 Km da zona urbana, atende as especif icações legais.
Porém, o tratamento dos resíduos sólidos de Itirapina poderia ser otimizado
com um programa de coleta selet iva. Anteriormente, pelo per íodo de mais de
20 anos, os resíduos sólidos do município f oram depositados a céu aberto,
em um lixão, local q ue hoje está sendo r apidamente urbanizado. A promoção
da recuper ação ambiental e sanitár ia da área do ant igo lixão é uma medida
premente.
Os distr itos municipais de Ubá, Itaqueri, Planalto e Br oa contam
com distribuição de água e coleta de lixo, mas não possuem captação de
esgoto sendo que o sistema ut ilizado nas residências é o de f ossas séptica,
em alguns casos, e negras em sua maioria.
Na ár ea de saúde o município possui um hospital e três postos de
saúde (Centro, Nova Itirapina e Broa) com instalações simples, possuindo 25
leitos hospitalares sendo 18 disponíveis ao SUS. Os procedimentos médicos
mais
delicados
ou
que
requerem
aparelhagens
mais
sof isticadas
são
encam inhados para hospitais da região, normalmente Rio Claro e São
Carlos.
Segundo dados
da Fundação
SEADE,
em
2004 o município
apresentou taxa de mortalidade inf antil ( por mil nascidos vivos) igual a 11,63
e em 2003 a taxa de mortalidade geral (por mil habitantes) igual a 5,19. A
28
mesma Fundação, analisando as condições de vida de acordo com a
dimensão da riqueza, dimensão da longevidade e dimensão da escolar idade,
classif ica It irapina como grupo 3 - Município com nível de r iqueza baixo, mas
com bons indicadores de dimensões.
Com relação à educação Itirapina tem duas cr eches para cr ianças
até 7 anos mant idas por entidades religiosas, duas creches para crianças
acima de sete anos mantidas pela pref eitura, três escolas municipais; uma
de educação inf antil, a outra de educação inf antil e de
ensino f undament al
e, por f im, somente uma com ensino fundamental. Dispõe ainda, de um a
escola estadual de ensino f undamental e médio. Todas as escolas cit adas
estão localizadas na sede do município. Não há escolas rurais, sendo f eito o
transporte diário dos estudantes da zona rural pela pr ef eitura, para viabilizar
o acesso desta população até os estabelecimentos de ensino.
No ano 2005, segundo dados da Pref eitura Municipal de Itirapina, o
município possui um total de 3.556 alunos matriculados na rede estadual e
municipal. Desse tot al 2.038 alunos são de responsabilidade do município e
estão distr ibuídos da seguinte f orma: 148 na f aixa etária de 0 a 3 anos e
1.890 na f aixa de 4 a 14 anos. De acordo com o último censo estadual, em
2004 o município de Itirapina possuía 1. 466 alunos em suas inst ituições de
ensino, sendo 1078 no ensino f undam ental e médio e 388 no ensino de
jovens e adultos (EJA). O índice de evasão escolar f oi da ordem de 6%
principalmente na f aixa etár ia de 15 a 17 anos. Ainda a APAE (Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais) possui 52 alunos.
A Pref eitura, em par ceria com o Inst ituto Flor estal e a Associação
Promocional da Par óquia de Itir apina ( APPI), implantaram o Projeto SócioEducativo “Flor da Idade, Flor da Cidade” destinado a f aixa et ária que
apresenta maior índice de evasão. Desenvolvido nas dependências da
Estação Exper iment al de Itirapina, o projeto exige que o jovem esteja
f reqüentando a escola para part icipar de seu quadro.
29
As escolas da rede municipal, bem como a escola est adual,
ocasionalmente
desenvolvem
projetos
de
educação
ambiental,
com
dif erentes parceiros entre eles o SENAC e o Programa de Uso Público da
Estação Experimental de It irapina.
Outras
inf ormações
relevantes,
sobre
população
e
domicílio ( CIDADES, 2005) são: o rendimento nominal médio de pessoas
residentes (10 anos ou mais de idade) é
de R$ 587,24. Considerando
apenas mulheres, este rendimento é de R$ 421,62.
Havia,
na
ocasião
do
levantament o,
787
pessoas
residentes (10 anos ou mais de idade) sem instrução ou menos de um
ano de estudo.
Em relação aos aspectos sócio-econômicos, Cidades,
2005, destaca ainda:
-
Registro civil (2002) – ocorrência de 187 nascimentos
registrados; 48 casamentos; 15 separações judiciais
registradas;
-
Representação polít ica (2000) - 7.581 eleitores;
-
Instituições f inanceir as (2003) - 3 agências bancárias.
A zona urbana do município f az limit e com a Estação
Exper imental
de
Itirapina,
mais
especif icamente
com
a
área
conhecida como Fazendinha onde se desenvolve a grande maior ia
das at ividades do programa de uso público, Esse f ato contribui
signif icat ivamente para a manutenção da qualidade de vida da
comunidade, pois of erece benef ícios de ordem direta e indireta,
tais como, ar e água de boa qualidade, espaço para a recr eação,
contato direto com a natureza, dentre inúmeros outros benef ícios.
2.6. Visão das comunidades sobre as Unidades de Conservação
30
Na época em que a versão or iginal do Plano de Manejo Int egrado
das UC’s de It irapina se encontrava em execução era possível detectar,
entre uma parcela da população local, uma visão contrár ia à sua execução,
haja vista a interpretação de que essas Unidades eram obstáculos ao
desenvolvimento do município. Tanto a presença da APA de Corumbataí
como as Estações do Inst ituto Florest al eram alvo do debate quanto às
dif iculdades de decisão sobr e o destino das terras sob essas categorias de
proteção, ambas administradas e submetidas aos níveis governamentais
estaduais e nunca municipais.
Passados os anos, um pouco mais de uma década desde que o
Plano f oi elaborado, a visão alt erou-se uma vez que, a conser vação das
paisagens, ecossist emas e áreas nat urais ocuparam especial valor entre os
que
têm
a
responsabilidade
de
adm inistrar
os
municíp ios.
Uma
das
atividades que provavelmente deve ter contribuído muito nesse sentido é o
ecoturismo, que na mesma época se desenvolveu com muita f orça na mesma
região, como é o caso de Br otas, município que também possui uma parcela
das terras da E. Ecológica de Itirapina. Esse cont exto f oi identif icado como
um dos f atores que também ajudou a consolidação do plano anterior.
No Desenvol vimento Social
Sob a ótica da população de Itirapina em geral, a região e em
especial a cidade de Itirapina, apresent am caracter ísticas sócio-econômicas
inadequadas, pr incipalmente pelos problemas que enf rentam.
Por ocasião
das of icinas realizadas em 15/03 e 25/04 de 2005 com as comunidades
destacar am os seguintes problemas:
-
Problemas educacionais decorrentes de uma cr ítica
situação social, incluindo como f oco principal a estrutura
31
f amiliar e a escala de valores que despreza o valor da
educação;
-
Os interesses extra- escolares;
-
Falta de recursos e de apoio f amiliar;
-
A escassez de mercado de trabalho a nível local;
-
uso e consumo de drogas;
-
Promiscuidade e prostituição de menores;
-
Habitação e moradia precária;
-
Níveis culturais elem entares;
-
Carência de opções de lazer;
-
A abordagem assist encialista e paternalista no trato dos
problemas pelo poder público.
É
igualmente
desaf iante
para
qualquer
inst ituição
querer desempenhar suas f unções, especialmente aquelas para as quais f oi
criada, tomando par a si mesma os problemas locais. Ist o não quer dizer que
poderá se envolver e muito menos resolvê- los, mas dentro do esquema de
desenvolvimento int egrado, esta prem issa passa a ser mais uma condição de
trabalho. No caso que deste plano de manejo, o Instit uto Florestal é
chamado a participar no desenvolviment o social da região. Tendo em vist a
seu comprom isso com o Estado de São Paulo, seja no desenvolvimento
f lorestal ou na proteção de ecossistemas, seus objetivos não serão at ingidos
enquanto as populações locais não part icipar em do processo.
Na
pr imeira
reunião
em
15/03
de
2005
com
os
represent antes da educação local, f oi levantado que ent re as diversas
f ormas de auxílio às escolas, as Unidades poder iam:
- Of erecer Cursos e Seminários para pr of essores, alunos e
público em geral;
32
- Permit ir o uso de r ecursos e aproveitamento das técnicas
como alter nativas para o ensino;
- Conscientizar civicamente o visitante;
- Of erecer atividades recreacionais;
- Fazer das Unidades uma extensão da escola.
Foi ainda proposta a adoção de at ividades, visando:
- Apoio log ístico par a as manif estações culturais
locais,
buscando a m elhoria do nível de consciência e qualidade
humana;
- Atividades
especiais
para
os
menores
carent es
e
abandonados, visando capacitá-los a ocupar posições no
mercado de trabalho;
- Liderança
e
assessoria
na
estruturação
de
projetos
e
estratégias com f ins de elevação da qualidade de vida;
- Est ímulo ao desenvolvimento de pequenas empresas que
permitam a melhor ia da
renda f amiliar;
- Orientar a organização popular;
- Propor técnicas de uso da m adeira como material de
construção e como f orma de amenizar o problema de
moradia.
O município de Itir apina é caracter izado desde seus pr imórdios
como uma cidade
de f uncionár ios
públicos.
As
Unidades
do Instit uto
Flor estal de São Paulo no município r epresentam mais de 100 empregos
diretos. Além disso, a presença da f loresta implantada de exót icas na
Estação Exper iment al de Itir apina estim ular am e concret izaram a ocupação
33
do entorno por empresas f lorestais, que viram no IF um parceiro par a seus
negócios madeireiros.
Parte
da
Fazenda
Santa
Em ília,
at é
hoje
conhecida
como
“Fazendinha”, é a opção de lazer de 1 a or dem para os munícipes de Itirapina.
Criando uma identidade muit o especial entre os habitant es e sua área f ísica,
as Estações de Itir apina, em especial a Exper imental, tendo em vista as
restrições
legais
da
Ecológica,
são
responsáveis
por
manif estações
populares muito relevantes, as quais permitem deduzir que uma parcela
signif icat iva da população encontra-se int imamente relacionada com as
Unidades.
Durante o início do planejamento participativo, por meio das
of icinas
de
planejamento,
membros
da
comunidade
manif estaram
sentimentos de que a histór ia dos indivíduos passa pela existência dessas
Unidades. As UCs de Itirapina “ pertencem” a cada um dos seus habit antes,
cuja
expressão utilizada durante o evento f oi:
“f undo do quintal” dos
itirapinenses”.
No entanto, a partir de 1997, com a construção do Presídio II, o
impacto na comunidade tem sido bastante f orte, na opinião dos moradores.
O que já era uma cidade de f uncionár ios públicos veio consagrar-se ainda
mais após essa nova inf raestrutura carcerária. Hoje setores como moradia,
saúde, educação e ser viços se vêm af etados pelo crescimento violent o de
uma população que veio de f ora, tanto para f azer f uncionar o novo presídio,
como para tentar novo est ilo de vida próxima aos seus f amiliares. Há
evidências do crescimento desordenado de bairros, da f ratura na harmoni a
pacíf ica ur bana com o aumento da cr iminalidade, incluindo os problemas
com o tráf ico de dr ogas, ao mesmo tempo em que houve um aumento de
pressão sobre as ár eas de lazer.
Mesmo que o tempo permita a absorção destes impactos, pode-se
notar que a vigilância das UC’s em relação aos visitant es da Estação
34
Exper imental t em recuado um pouco na sua f unção de super visionar a
condut a dos visitant es durant e seu tempo na Unidade.
No entanto, como ponto positivo resta a expectativa de que o
Ecotur ismo também se instale neste município, a exemplo do município
vizinho de Br otas.
A atual administração municipal realizou os primeiros movim entos
em direção a um planejamento tur íst ico, aliada a administração dessas
Unidades que tem estimulado entre seus f reqüentadores mais jovens a
inclinação por atuar como voluntár ios tur ísticos ou guias nos programas de
uso público das Unidades. Espera-se desenvolver um turism o de qualidade e
adequado as condições e potenciais do município de Itirapina.
Seja de uma f orma, ou de outra, as Unidades de It irapina poderão
ser o dif erencial num município que busca explorar seus atrativos natur ais
além dos lim ites dessas Unidades no âm bito do entorno e da própria APA do
Corumbataí.
Neste sent ido, apresentam-se a seguir algumas perspectivas d e
atividades e modelos de desenvolviment o, inspiradas nas várias reuniões de
planejamento
Unidades.
participat ivo
Tais
com
considerações
a
comunidade
f oram
e
os
organizadas
f uncionár ios
em
relação
das
ao
desenvolvimento regional, ao desenvolvimento social e ao desenvolvimento
tecnológico. São elas:
-
Uso de tecnologias chamadas brandas ou intermediár ias,
que possam ser ef icientes sem serem agressivas sob o
aspecto ambiental e social;
-
Uso e f abricação de equipamentos simples, treinamento na
utilização e f uncionamento de equipamentos modernos,
desenvolvimento
de
métodos
não
convencionais
de
35
produção de alimento, construção de casas e manejo
f lorestal, são alguns dos caminhos pelos quais pode se
orientar o turismo do município;
É muito provável que seja nesta área que as Unidades poderão
participar
mais
intensamente
na
busca
deste
novo
modelo
de
desenvolvimento. Para tanto se f az necessária a interação m ult idisciplinar, a
aplicação de m aiores recursos e o estabelecimento de políticas de eqüidade
social.
O
desenvolvimento
tur íst ico
deve
ser
harmônico,
socialmente
responsável e resultante da part icipação comunitária. Ele deve ser o que
poder íamos
chamar
de
produto
de
um
processo,
que
possivelment e
signif icará a mais adequada alt ernat iva para esse município tão estagnado
sob os aspectos econômico e social.
2.7. Alt ernati vas de desenvol viment o sustentável
Para o município de Itirapina o mercado de trabalho f ormal baseiase f undamentalment e em vagas disponibilizadas por instituições públicas, em
especial dois presídios existentes no município, que emprega atualment e
410 prof issionais.
No campo agropecuário - f lorestal o panorama de mer cado de
trabalho
at ual
mostra
uma
tendência,
já
bem
consolidada,
para
a
mecanização da agr icultura, portanto com pouca representatividade no que
se ref ere ao emprego de mão – de – obra e estabelecimento de vínculos
prof issionais.
O
setor
da
pecuária
leit eira
vem
sof rendo
uma
nít ida
desestrutur ação e conseqüente conver são dessas áreas em latif úndios,
quadro este que im plica na redução da arregimentação de mão-de-obr a. O
36
plantio de eucalipt o vem aumentando e tomando áreas ant es destinadas a
culturas agr ícolas.
Esses aspectos levam a diminuição da of erta de empregos e ao
predom ínio de ocupações de baixa remuneração. Como decorr ência obser vase no município a m igração da população mais jovem, economicamente at iva
para as cidades vizinhas de maior porte tais com o: São Car los, Rio Claro,
em busca de melhor es condições de trabalho.
Visando a capacitação de cr ianças e jovens, desenvolvem-se
atualmente dois pr ogramas resultantes de cooperação entre o Inst ituto
Flor estal e a pr ef eitura municipal. Um deles é o pr ojeto “Flor da Idade / Flor
da Cidade”. Atende cerca de 70 adolescentes de 14 a 17 anos de idade, em
condições de risco social. Este projeto busca a f ormação da pessoa
(cidadania) e sua capacitação par a o mercado de trabalho, por meio de
atividades como treinamento em f ormação de viveir os de plantas, horta em
casa, treinamento em inf ormática, artes e esportes. O projeto conta também
com apoio do “PPI”, ent idade ligada à igreja, que recebe cestas básicas do
Estado e f az o repasse às f amílias das crianças que at uam no projeto.
Entretanto, o programa mostra-se def iciente em recursos f inanceiros, e
atualmente, busca-se novas parcer ias, com enf oque no setor privado.
O município dispõe t ambém de outro programa na área social, est e
denom inado “Agente Jovem”, que atende cerca de 30 adolescentes. Cont a
com apoio do gover no f ederal que of erece uma bolsa no valor de R$ 60,00
(sessenta reais). O objetivo é treinar essas pessoas para o campo do
turismo, capacitando para monitoramento em trilhas ecológ icas e educação
ambiental.
Há
também
em
andamento
um
pr ograma
voltado
para
o
desenvolvimento do turismo receptivo (PDTR), cuja par ceria envolve o
SEBRAE, a pref eitura municipal e a O NG VAL (Valorizando o Ambient e
Limpo).
37
Dadas suas caracter ísticas nat urais, o município possui grande
potencial para o turismo ecológico. Sua área está inser ida na Área de
Proteção Ambiental (APA) de Corumbataí, com inúmeros pontos tur ísticos de
grande beleza cênica, tais como, o vilarejo Itaqueri da Serra; os morros
Pelado, do Fogão e do Baú; as cachoeiras do Saltão, Itaqueri, Lapa e São
José, o Rio Passa Cinco; o vale do Rio Cachoeir a; a Represa do Broa; a
Gruta do Sapo, além das próprias Est ações Ecológica e Exper imental de
Itirapina,
administrada
pelo
I nstitut o
Florestal.
Existem
ainda,
ant igas
f azendas com seus histór icos terreiros de caf é.
A demanda atual para o r amo de hotelaria é pequena. Entr etanto,
com a expectat iva da inst alação de agências de turismo, similar àquelas
existentes no município vizinho, Brotas, é possível inf erir uma ampliação
signif icat iva
nos
negócios
associados
ao
turismo,
aumentando
as
alternativas sócio - econôm icas do município.
No atual context o, os eventos que merecem ser ressaltados são a
Feir a de aviação “Br oa Fly-In” que atrai um grande público que movimenta a
atividade hoteleira e cria muitos empreg os temporários. Existe a perspect iva
de inser ir essa f eir a no circuit o int ernacional de f eiras de aviação, o que
traria ainda maior m ovimentação local e regional.
As alt ernat ivas de desenvolvimento do município de Itirapina e
Brotas passam necessar iamente pelo turismo ecológico. No entanto, o
caráter sustentável só será possível se a polít ica adotada f or dimensionar o
potencial
dos
recursos
nat urais
existentes,
levando
em
conta
suas
f ragilidades e as am eaças as quais estão submetidas.
2.8. Legislação federal, estadual e municipal pertinente.
A concepção de polít icas públicas e programas de gestão para
Unidades de Conser vação, os aspectos legais e a legislação específ ica para
cada cat egoria de área protegida se constituem em mecanismos que af inam
38
o tom da jurisprudência inst itucional-administrativa sobre a unidade alvo do
planejamento e as ações do manejo em si.
Delgado
et.
al.
(2004)
procurou
delinear
o
horizont e
das
legislações incident es sobre as cat egorias de manejo das Unidades de
Itirapina,
através
de um
retrospecto
histór ico sobre suas
instituições,
conf orme se segue:
In s t it u iç ão d a s E st a ç õ e s E co l ó g i c as n o B r as il
Com a e d iç ão d a L e i F e der a l N º 6. 9 02 , d e 2 7 de a br i l d e 19 8 1
( B RA S I L. L eis , Dec r et os , e tc . , 19 8 6d ) h ou v e a i ns t i tu iç ão d as
Es t aç ões Ec o l ó gic as , c om o U ni d ad es d e C o ns er v aç ã o d a N at ur e z a
e d ef i ni d as n a s eg u i nt e c o nf or m id ad e :
Ar t .
1º -
Es t aç õ es
Ec o l óg ic as
são
ár eas
r ep r es e nt at i v as
de
ec os s is tem as br as i le i r os , d es t in a das à r e a li za ç ão de pes q uis a s
bás ic as e a p lic a das d e Ec o l og i a, à pr o teç ã o d o am b ie n te n at ur a l e
ao des e n vo l v im en to d a e duc aç ão c o ns er v ac i on is ta .
Ar t . 2º - As Es t aç õ es Ec ol ó g ic as s er ã o c r ia das p e la U ni ã o, Es ta d os
e Mu n ic í p i os , em ter r as de s e us d om ín io s , d ef i n i dos , n o at o de
c r i aç ã o, s e us l im it es ge o gr áf ic os e o ór g ã o r es p ons á v e l p e la s ua
adm i n is tr aç ã o .
A Le i F e d er a l N º 6 .9 38 , de 3 1 d e a gos to de 1 98 1 ( B R A SI L. L e i s ,
Dec r et os , etc ., 1 9 86 e ) q u e d is p õ e s ob r e a P o lí tic a N ac io n al d o
Me i o Am b ie n te t am bém c ons i d er o u as E s taç õ es Ec ol ó g ic as no
c ap ít u l o “ D os I ns tr um en t os d e Po l ít ic a N ac i on a l do M ei o Am bi e nt e” ,
qu e d i z em s e u ar ti g o 9º:
Ar t . 9º - Sã o I ns tr um en t os d a P ol ít ic a Nac i on a l d o M ei o
Am bi e nt e:
VI - a c r i aç ã o d e r es er vas e es t aç õ es ec o l óg ic as , ár eas
de
pr o teç ã o
ec o l ó gic o ,
am bi en t a l
pelo
P od er
e
as
de
P úb l ic o
r e l e va n te
F ed er a l,
i nt er es s e
Es ta d ua l
e
Mu n ic i pa l .
As Le is F e d er ais N ºs 6. 9 02 / 81 e 6. 9 3 8/ 81 , aq u i c it a d as , f or am
r eg u l am ent a das pe l o Dec r et o F ed er a l N º 9 9. 2 74 , d e 0 6 d e j u nh o de
19 9 0 ( B R A SI L. L e is , D ec r e t os , e tc . , 1 99 0) .
A Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (Brasil. Leis,
decretos, etc., 2000) que regulamentou o art. 225, § 1 o , incisos I, II, III e VII
39
da Constituição Federal e instituiu o Sistema Nacional de Unidades de
Conser vação da Natureza, assim dispõe:
“ A r t . 9 º - A Es t aç ão E c o ló g ic a tem c om o obj et i v o a pr es er v aç ã o d a
na t ur e za e a r ea l i za ç ã o d e pes q u is as c ie n tíf i c as .
§1 º A Es t aç ão Ec o l óg i c a é de p os s e e d om ín io p ú bl ic os , s en d o q ue
as
ár e as
p ar tic u l a r es
i nc l uí d as
em
s eus
l im it es
s e r ão
des a pr opr i ad as , d e ac or d o c om o q u e d is p õ e a le i .
§2 º É pr o ib i d a a vis i taç ã o p úb l ic a, ex c e to qu an d o c om obj e t i v o
ed uc ac io n al , d e ac or d o c om o q u e d is p us er o P l an o d e M an ej o d a
un i d ad e o u r e gu l am en to es p ec íf ic o .
§ 3 º A p es q u is a c i e nt í f ic a de p e nd e de a ut or i za ç ã o pr é v i a do ór g ã o
r es p o ns á ve l
pe l a a d m inis tr aç ã o d a u n i da de
e es tá s uj e i ta
às
c on d iç ões e r es tr iç õ e s p or es t e es t ab e l ec i das , bem c om o à q ue l as
pr e v is tas em r eg u l am ent o.
§ 4 º N a Es t aç ã o Ec o l óg ic a s ó po d em s er per m it id as a l te r aç õ es d os
ec os s is tem as n o c as o de :
I - m ed i das q u e v is e m a r es t au r aç ã o d e ec os s is tem a s
m odif ic a dos ;
II - m anej o d e es p éc ies c om o f im de pr es er v ar a
d i ver s i d ad e b i ol ó g ic a ;
III
-
c o le ta
de
c om po n en t es
d os
ec os s i s tem as
c om
f in a li d ad es c i e nt íf ic as ;
IV - p es qu is as c ie nt íf i c as c uj o im pac t o s obr e o am bi e nt e
s ej a
m ai or
do
que
aq ue l e
c a us ad o
p e la
s im pl es
obs er v aç ão o u p el a c o le ta c o n tr o l a da d e c om pon e nt es
dos ec os s is tem as , e m um a ár e a c or r es p on d en t e a n o
m áx im o tr ês por c e nt o da ex te ns ão t ot a l d a un i d ad e e a t é
o l im it e d e um m il e q u in h en tos ha .
O
Sistema
Nacional
de
Unidades
de
Conser vação
f oi
regulamentado pelo Decreto Feder al n.º 4.340, de 22 de agosto de 2002
(Brasil. Leis, decret os, etc., 2002), nor matizando e tecendo considerações
tanto sobre as Unidades de Conser vação do Grupo de Proteção I ntegral,
bem como do Grupo de Manejo Sustentado.
A Estação Ecológica de It irapina f oi cr iada pelo Decreto Estadual
Nº 22.335, de 07 de junho de 1984 ( SÃO PAULO. Leis, Decret os, etc., 1984).
40
Delgado, 2004 inf orma ainda sobre as Estações Exper imentais,
conf orme transcrito a seguir:
In s t it u iç ão d a s E st a ç õ e s E xp er im en t a is e m S ão P au lo
A de n om in aç ã o " Es t a ç ão Ex p er im ent a l " f o i i ns t it u íd a no âm bi t o do
Ins t it ut o F lor es t a l a tr a v és d o Dec r e to Es t a d ua l N º 5 2 .3 7 0, d e 2 6 de
j an e ir o de 1 9 70 ( SÃ O P A U LO . L e is , D ec r et os , e tc . , 1 97 0) , q ue
tr a ns f or m ou o e nt ão Ser v iç o F lor es t a l d o Es ta d o em Ins t it u to
F l or es t a l.
Com a e d iç ã o d o c i t a do d oc um e nt o, o I ns t i tu to F l or es t a l pas s o u a
s er
c o ns i d er ad o
i ns t it u to
de
p es q u is a.
As s im
s en d o,
o
t er m o
" ex p er im en ta l " v e io a o e nc on tr o dos tr ab a l hos d e p es qu is a qu e
er am des e n vo l v i dos nas un i d ad es d e f l o r es t a im pl an ta d as c o m
po v o am ent os d e es p é c i es ex ó t ic as , c onf er i nd o ta l d e nom i naç ã o a
d i ver s as u n id a des da I ns t i tu iç ão .
Em
ní v e l
le g a l,
as
Es taç õ es
Ex per im e nt a is
c or r es p o nd em
à
c at e gor i a d as f l or es t as i ns t i tu í das pe l o Có d ig o F l or es ta l - L e i
F e der a l N º 4. 7 71 , d e 1 5 de s et em br o d e 1 9 65 ( B R A SI L. L ei s ,
Dec r et os , etc ., 1 9 8 6g) , qu e as c o nc e it ua , c o nf or m e s eg u e:
Ar t . 5 º - O Po d er P úb l i c o c r i ar á:
... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . ... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . ... .. .. .. .. .. . .
b - F l or es tas N ac i on a i s , Es t a du a is e M u n ic i p a is , c om f ins
ec o n ôm ic os , téc n ic os ou s oc i a is , i nc l us i v e r es er va n d o
ár e as n ã o f lor es t a d as e d es t i na d as a at i n g ir aq u e le f im .
No âm bi to d o I ns t i tu to F l or es t a l d i v er s as un i d ad es de f lor es t as
im pl a nt ad as , j á ex is t en t es , f or am r eor g an i za d as , p as s an d o a t er
de n om in aç õ es d e F l o r es t as o u Es t aç ões Ex per im en t ais . Em bor a
c on t an d o
c om
du as
d e nom in aç õ es
d if e r en t es ,
as
a t i v id a de s
des e n vo l v i das em am bas er am e s ã o v o lt ad as p ar a a p es q u is a
s i l v ic u l tur a l, ex p lor aç ão d e pr o du t os e s u b- p r o d ut os f l or es t a is e
at i v i da d es ed uc ac io n a is e r ec r e at i v as .
As F l or es t as e Es ta ç ões Ex p er im ent a is s ão a dm in is tr a das p e la
Di v is ã o
de
F lor es ta s
e
Es taç õ es
Ex p e r im en ta is
do
Ins t it ut o
per f a zem um a s up er f íc i e a pr ox im a da d e 27 . 00 0 h a p la n ta d os e
es t ã o dis tr i bu íd as e nt r e 21 Es t aç ões Ex p er i m enta is e 1 1 F l or es t a s
Es t a du a is .
Es s e
pa t r im ôn i o
foi
a d qu ir i d o
m ed ia nt e
i núm er a s
des a pr opr i aç õ es p e l o s g o ve r n os es ta d ua is a o l on g o d as déc a d as
de 5 0 e 60 , de nt r o d e um pr og r am a q ue t i nh a c om o o bj e t i v o
pr inc i p al a c ons o l id aç ão da p i n oc u l tur a n o e s ta d o de Sã o Pa u lo .
41
A Estação Exper imental de Itirapina f oi constit uída pela aquisição
de diversas glebas de terra, em dif erentes épocas, sendo o primeiro decret o
expropr iatór io o de número 28.239, de 27 de abril de 1957 (SÃO PAULO.
Leis, Decretos, etc., 1957).
2.9. Potencial de apoio às Unidades de Conser vação
O município de Itir apina possui uma pequena inf ra-estrutura, tant o
na área de saúde quanto na de educação e demais ser viços, por ém
adequada às necessidades locais. Cercado por municípios de maior porte e
com maior grau de desenvolvimento, como São Car los, Rio Claro, Piracicaba
e Araras, a população busca nesses municípios, que são pr óximos e de f ácil
acesso, os ser viços púbicos ou privados que não encontra em sua cidade.
Itirapina conta com um hospital, com 16 leitos, que atende pelo
SUS, e três postos de saúde (Centro, Nova Itirapina e Broa); 3 escolas
municipais para ensino inf antil e f undam ental e 1 escola estadual de ensino
f undamental e médio; uma agência do correio; 1 batalhão da Policia Militar e
uma delegacia. Todo município tem f ornecimento de energia elétrica f eit o
pela
companhia
ELEKTRO
-
Eletricidade
e
é
atendido
pelo
DAE
(Departamento de Água e Esgotos) no f ornecimento e água.
Itirapina
possui
tr ansporte
rodoviário
int ermunicipal
para
os
municípios de Rio Claro, São Carlos, Br otas, Jaú, Bauru, Campinas, Jundia í
e São Paulo. Na área das comunicações conta com 2 rádios FM (uma
comunitária e uma particular) e 3 jornais locais.
As ações municipais af etas ao turismo e meio ambiente estão a
cargo da
Divisão
de Turismo
e
Meio Ambient e,
setor
subor dinado
à
Secretar ia Municipal de Esportes, Turismo e Meio Ambient e da Pref eitur a
Municipal, encarregada do planejamento, ordenamento e desenvolvimento do
setor tur íst ico do município.
42
O município possui inegável potencial para o turismo ecológico e o
desenvolvimento dessa at ividade dever á ter estreita relação com o manejo
das unidades de conser vação, pois, o maior f luxo tur ístico, além de
aumentar a demanda do programa de uso público deverá surgir com o
alternativa de desenvolvimento sustentável para a zona de amorteciment o
dessas unidades.
Por outro lado, a base de apoio aos principais ser viços de
atendimento ao tur ista ainda é bastante incipiente, são poucas as opções de
hospedagem e alim entação. O comércio local tem pouca f orça e baixa
diversidade, também são pequenas as opções culturais, com poucos eventos
esporádicos e nenhum espaço determinado.
As organizações gover namentais que t êm relação com o manejo
das Unidades de Itirapina são a Pr omotoria Pública – Cur ador ia do Meio
Ambiente e a Pr ef eitura Municipal, em especial as Secretarias de Esporte,
Turismo e Meio am biente e de Educação e Cultura.
Com relação às organizações não governamentais, são poucas as
que atuam no município e em sua maioria são voltadas par a causas sociais
com
projetos
de
cunho
assistencialistas,
a
exceção
é
a
Associação
Ambientalista Valor izando o Ambiente Limpo – VAL que desenvolve projet os
na área ambiental. A VAL trabalha com campanhas educativas que dizem
respeito
a
tratamento
de
resíduos
sólidos,
conser vação
de
água
e
desenvolvimento sustentável e a maior parte de suas ações se dá em
parcer ia com a Estação Experimental de Itirapina, como exemplo cita-se o
Projeto de educação ambiental “Clubinho Am igos da Natur eza”, que atende
40 crianças em idade entre 5 e 12 anos, que tem lugar nas dependências da
Estação Exper iment al e conta com toda inf ra-estrutura f ísica e de pessoal da
unidade.
43
ENC ARTE 3. AN ÁLI SE D AS UNI D ADES DE CO NSERV AÇ ÃO .
3.1. Informações gerais sobr e as Unidades de Conser vação
3.1.1. Acesso às Unidades
Itirapina à Brotas: 33 Km
Itirapina à Rio Claro: 39 Km
Itirapina à São Carlos: 30 Km
Distâncias
Romano
0
50
Rio Claro
Itirapina
Brotas
São carlos
São Paulo
50
100 150 Km
SP
na
en
lo Nilo
ic
un
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA
m
. InterRod
S
on
irt
lA
ipa
Eng. Pau
225 -
31
ton
ing
ash
ESTAÇÃO
EXPERIMENTAL
SP
W
0-
Itirapina à São Paulo: 220 Km
Lu í
s
ACESSO À ESTAÇÃO ECOLÓGICA E À ESTAÇÃO
EXPERIMENTAL DE ITIRAPINA - SP
F ig u r a 3 – M a pa d e A c es s o à Es t aç ã o Ec ol ó g ic a e à Es t aç ã o Ex pe r im en ta l d e
It ir ap i na – S P
44
3.1.2. Origem do nome e histórico da criação
O nome “Itirapina”, que ident if ica as unidades aqui tratadas, é uma
alusão direta ao município na qual encontram-se inseridas a estações
Ecológica e Exper imental. Por sua vez o município recebeu esse nome
através da lei N o 719, de 28 de janeiro de 1900, que mudava a denominação
da Freguesia de “ Morro Pelado” para Itirapina. O decreto N o 7021, de 25 de
março de 1935, elevou essa Freguesia à categoria de Município, const ituindo
assim uma cur iosidade por ter t ido inicialmente um nome em português,
traduzido posteriormente para a língua tupi.
A origem legal das Unidades de Itir apina ocorreu no ano de 1957,
quando uma área com cerca de 1.000 ha, da Secretaria da Saúde Pública e
da Assistência Social f oi transf erida para a Secretar ia da Agricultura,
destinada a trabalhos do Ser viço Florest al, através de Decreto Estadual. No
per íodo compreendido entre 1957 e 1966 ocorreram cerca de outras 10
desapr opr iações de terras particulares da região, cont íguas entre si, de
f orma
a
contemplar
a
expansão
dos
trabalhos
de
pesquisa
e
de
ref lorestamento do então Ser viço Flor estal do Estado, então em f ranca
expansão. Estes imóveis const ituír am a Estação Experimental de It itrapina,
com área inicial de cerca de 5.500 ha, destinadas ao plantio de P in u s sp. .
Em 1984 o Governo de Estado de São Paulo, imbuído de uma f ilosof ia
conser vacionista,
desaf etou
uma
par cela
de
2.300
ha
da
Estação
Exper imental, que se const ituía em um expressivo trecho de remanescent e
de cerrado, e cr iou a Estação Ecológica de It irapina. Est abeleceu-se assim
duas
Unidades
Est aduais,
uma
de
proteção
integral
e
outra
de
uso
sutentável, sob adm inistração do Instit uto Flor estal, nesta região do Estado
de São Paulo.
45
3.2. Caracterização dos Fat ores Abióticos e Bióticos
3.2.1. Clima
As unidades de Itirapina não possuem estação meteorológica,
desta f orma, para a caracterização clim ática f oram utilizados os dados do
posto da Ripasa, situado ao lado da Estação Ecológica, nas coordenadas
22 o 15 ´ 35 ´ ´ latitude sul e 47 o 54 ´ 10 ´ ´ longitude oeste a uma alt itude de 740 m.
Os dados de pr ecipitação e temperatur a do ar compreendem um per íodo de
22 anos (1982 a 2003).
A precipitação anual média é de 1459 mm. No per íodo chuvoso
(outubro a março) choveu em média 1128 mm (77 % do tot al) e no per íodo
seco (abr il a setem bro) 331 mm (23 % do total). Em dezembro, janeiro e
f evereir o, que são os meses mais chuvosos, as respect ivas precipitações
f oram 215, 275 e 208 mm; em julho e agosto, meses menos chuvosos, as
respect ivas precipitações f oram 24 e 42 mm. A temperatura média anual f oi
21,9 o C. Os meses mais quentes f oram janeir o (24,9 o C) e f evereiro (24, 8 o
C), e os mais f rios junho (17,8 o C) e julho (17,9 o C) (f igura 4).
Normais Climatológicas
ITIRAPINA
25
chuva (mm)
250
200
150
20
100
50
0
temperatura ( oC)
300
15
j
f
m
a
m
precipitação
j
j
a
s
o
n
d
temperatuta
Figura 4. Gráfico dos valores médios de chuva (mm) e temperatura (°C) no período de 1982-2003 no
município de Itirapina – SP.
46
O balanço hídrico ( THORNTHW AITE; MATTHER, 1955) para um a
capacidade de campo de 300 mm mostra def iciência hídrica anual de 3 mm e
excedente hídr ico anual de 384 mm (f igura 5).
De acordo com os elementos climáticos apresentados o clima de
Itirapina insere- se na classif icação Cwa de Köppen, ou sej a, m e s o té rm ic o
(com temperatura média do mês mais f rio entre –3 o C e 18 o C) e tro p ic a l d e
a lt itu d e (com inverno seco e temper atur a média do mês mais quente superior
a 22 o C).
Balanço Hídrico Climatológico
Itirapina
145
m
m
95
45
-5
j
f
m
a
m
j
deficiência hídrica
j
a
s
o
n
d
excedente hídrico
Figura 5. Balanço hídrico do solo no período 1982-2003 no município de Itirapina – SP.
3.2.2. Geologia
A área de estudo é constituída por arenitos das f ormações Botucatu e
Pirambóia e basalt os da f ormação da Serra Geral, do Grupo São Bent o
(Figura
6).
Sedimentos
aluvionar es
destacam-se
nas
f luviais dos r ibeirões Itaqueri e do Lobo (IPT, 1981a).
amplas
planícies
O córrego Água
Branca corre adaptado a um extenso f alhamento de gravidade e apresenta
um vale marcadamente dissimétr ico. A margem direita, mais íngreme,
corresponde às encostas das colinas, f ormadas a partir dos arenitos e
basalto, enquanto, a margem esquerda destaca-se como um expressivo
patamar arenoso. Esse f alhament o separa, portant o, os sediment os das
f ormações Pirambóia e Botucatu.
47
48
A Tabela 3 apresenta as áreas e as respectivas porcentagens de
ocorrência das f ormações geológicas das Unidades de It irapina.
Tabela 3 - Formações Geológicas das Unidades de Itirapina
Formações Geológicas
(ha)
Sedimentos aluvionares
Formação Serra Ger al
Formação Botucatu
Formação Pir ambóia
Ár ea
Porce
ntagem ( %)
1.004
18,2
122
2,2
3.923
71,2
461
8,4
3.2.3. Relevo/Geom orfologia
O mapa hipsométrico (Figura 7) permit e visualizar a distr ibuição
das classes de alt itudes e a conf iguração geral do relevo das unidades de
Itirapina.
As alt itudes var iam de 710 m , junto às margens da Represa do
Lobo, a cerca de 830 m, na Estação Experimental, como pode ser obser vado
no mapa topográf ico (Figura 8).
A T abela 4 apresenta as áreas e as
respect ivas porcentagens de ocorrência das classes de altitude. Observa-se
que predominam as alt itudes entre 700 a 740 m.
Tabela 4 - Classes de altitude das Unidades de Itirapina
Ár ea (ha)
Porcentagem
(%)
700 – 740 m
2.698
49
740 –780 m
1.714
31
780 – 820 m
1.020
18,5
> 820 m
80
1,5
Classes
Nas Unidades de Itir apina o relevo é pouco dissecado, destacandose as declividades inf eriores a 3%. As declividades superiores a 12%
ocorrem junto ao f undo de vale dos córregos da Água Branca, do Limoeiro e
do Geraldo, onde a drenagem ent alha mais prof undamente as camadas
sedimentares (Figur a 9).
49
50
51
A Tabela 5 apr esenta as áreas e as respectivas porcentag ens de
ocorrência das classes de declividade.
Tabela 5 - Classes de decli vidade das Unidades de Itirapina
Ár ea (ha) 1
Porcentagem
(%)
> 25%
11
0,2
12% – 25%
156
2,8
6% - 12%
996
18
3% - 6%
1.863
34
0% - 3%
2.472
45
Classes
As
Unidades
de
Itirapina
apresentam
dois
compart imentos
morf ológicos distint os: um relevo de denudação, f ormado por colinas amplas
e baixas com topos aplanados (RO SS; MOROZ, 1997) e um relevo de
agradação constituído por planícies f luviais ( Figura 10).
Entre as colinas e
as planícies obser va-se, muitas vezes, um nível int ermediário de patamares
coluviais, que são marcados por uma nítida ruptura de declive.
Na
Tabela
6
são
apresentadas
as
áreas
e
as
respectivas
porcentagens dos compartimentos morfológicos ocorrentes nas Unidades de
Itirapina.
Tabela 6: Compartimentos Morfológicos das Unidades de Itirapina
Ár ea (ha)
Porcentagem
(%)
Colinas amplas e
baixas
3.292,67
59,72
Patamares coluviais
1.198,31
21,74
Planícies f luviais
1021,83
18,54
Compartimentos
As colinas, sustentadas, em geral, por rochas sedimentar es das
Formações Botucatu e Pirambóia, apresentam vertentes longas, pouco
inclinadas com perf is retilíneos a convexos.
Conf orme Ross; Mor oz (1997),
por apr esentar f ormas de dissecação baixa e vales pouco entalhados e com
densidade de drenagem baixa, a área de estudo apresenta um nível de
52
f ragilidade potencial baixo, nos setores aplanados dos topos das colinas.
Todavia, f ace às car acter íst icas texturais dos solos, os setores de vertent es
pouco
mais
erosivos,
íngremes
são
principalmente
extremamente
suscept íveis
quando
desenvolvem
se
aos
processos
escoamentos
concentrados.
As
colinas
e
os
patamares
f ormados
por
solos
arenosos,
suscept íveis aos f enômenos de erosão hídr ica e cobertos por vegetação
natural, deverão int egrar as zonas de maior grau de proteção (intang ível e
primit iva). Destinam- se à preser vação do ambiente natur al e à realização de
atividades de pesquisa e educação ambiental. As áreas ref lorestadas ou
muito alteradas pelo homem poderão compor as zonas de uso menos
restritivo (uso extensivo, uso intensivo, manejo f lorestal ou uso especial),
obedecendo-se, todavia, as medidas de conser vação dos solos. Serão
destinadas,
naturais,
por
exemplo,
recreação,
par a a explor ação sustentável dos
educação
ambiental
e
implantação
da
recursos
estrutur a
administrat iva das unidades de Itirapina. Os terrenos consideravelment e
antropizados, com solos erodidos e vegetação degradada, deverão ser
recuperados, e incorporados a uma das zonas previst as no plano de manejo.
As planícies f luviais são f ormadas por sediment os arenosos e
argilosos inconsolidados.
São caracter izados por terrenos planos, gerados
por processos de agradação.
Apresentam declividades inf eriores a 3% e
estendem-se ao long o dos ribeirões Itaqueri e do Lobo.
Concordando com Nakazawa e t a l. (1994), as vár zeas com lençol
f reático pouco prof undo apresentam alta susceptibilidade a inundações,
recalques, assoream ento e solapamento das margens dos rios. As limitações
impostas pelo meio f ísico inviabilizam, por exemplo, construções e aberturas
de caminhos, e o desenvolvimento de atividades recreativas intensivas
1
A área dos corpos d’ água não foi medida e, portanto não foi incluída nesta análise clinográfica.
53
54
55
nesses locais.
Devem, portanto, integrar, em geral, as zonas de uso mais
restritivo (intang ível e primit iva). Salienta-se que, as margens de rios e
reser vatór ios
e
o
entorno
de
nascentes
são
ár eas
de
preser vação
permanent e e, portanto, legalmente prot egidas.
3.2.4. Solos
Para a caracterização dos solos de ocorrência nas unidades de
Itirapina consultou-se o levant amento semi-detalhado dos solos do estado de
São Paulo, quadr ícula de São Car los ( OLIVEIRA; PRADO, 1984). A seguir
são descrit os os solos classif icados por esses autores (entre parênteses dáse o nome adequado à classif icação EMBRAPA 1999): Lat ossolo VermelhoEscuro Unidade Lim eira - LE-1 (Latossolo Vermelho); Latossolo VermelhoAmarelo Unidade Coqueiro - LV-2 (Latossolo Vermelho-Amarelo); Areia
Quartzosa Pr of unda – AQ (Neossolo Quartzar ênico) e Solo Hidromórf ico
Orgânico – Or (Gleissolo). Na estação Ecológica ocorrem somente Neossolo
Quartzar ênico e Gleissolo; enquanto na Estação Experimental ocorrem os
quatro tipos de solos mencionados (Figur a 11).
A seguir, são apresentadas algumas caracter íst icas descr it as por
Oliveira et al. (1992) para esses solos.
Latossolo Verm elho-Escuro
Conceituação:
Essa
classe
compr eende
solos
m iner ais
não
hidr omórf icos, com horizonte Bw ( latossólico, muito intemperizado) de matiz
4 YR ou mais vermelho, com teores de Fe 2 O 3 inf erior es a 18 %.
Principais caracter ísticas: São prof undos e com seqüência de
horizontes A-Bw-C com f raca dif erenciação. Pelo f ato de poder se or iginar de
diversos mater iais ocorre grande var iação na textur a (16-86 % de argila),
consistência
e,
conseqüent emente,
f ertilidade.
Portant o,
podem
ser
distróf icos, álicos ou ácricos e, menos usualmente, eutróf icos. Normalmente
os índices de alum ínio não são elevados. A drenagem é boa a elevada,
56
podendo, no entant o, ocorrer dr enagem moderada. A capacidade de retenção
de água é variável conf orme a textur a. Os mais argilosos retém água com
f acilidade, dif erenciado dos mais arenosos.
Área de ocorrência: Como ocupam grandes extensões do ter ritório
brasileiro em relevo pouco declivoso, constituem uma das mais important es
classes de solos brasileiros. Extensivas áreas se distr ibuem abaixo da
lat itude 14° S e a oeste da longit ude 44° W , principalmente nos estados de
MS, MS, MG e toda região sul. Áreas pouco expressivas ocorrem no
nordeste.
Ocorrem somente na Estação Exper imental, entre os córregos da
Água Branca e do Limoeiro, em relevo de colinas, suave ondulado, com
declives de 3 a 5% ( Figura 11) e correspondem a 298 ha (5 %) da área. São
cobertos, na área de estudo, por ref lorestamento e pela vegetação original,
represent ada pelo cerrado.
Latossolo Vermelho- Amarelo
Conceituação:
Essa
classe
compr eende
solos
m iner ais
não
hidr omórf icos, com horizonte Bw ( latossólico, muito intemperizado) de matiz
menos vermelho que 1,5 YR, com teores de Fe 2 O 3 iguais ou inf eriores a 11
%.
Principais caracter ísticas: São prof undos e com seqüência de
horizontes A- Bw-C com apar ência r elativamente bem individualizada, devido
à distinção de cor entre os horizontes A e B. São normalmente porosos,
mesmo aqueles com teores elevados de argila. Esta pode variar entre 15-80
%. São pr edom inantemente distróf icos ou álicos, podendo raramente ocorrer
os eutróf icos e os ácricos. Os álicos e argilosos podem apresentar elevados
teores de Al + 3 trocável. Normalmente a drenagem é boa a acentuada, mas
pode ocorrer de moderada a imperf eita. Nas áreas de relevo acidentado há o
risco de erosão, principalmente àqueles de textura média, exigindo tratos
conser vacionistas.
57
Área de ocorrência: Ocorrem em todo o territór io brasileir o. Em
ext ensas áreas, com exceção do RS e nordeste (menos Bahia), relacionadas
a superf ícies velhas e estáveis da paisagem. Ocasionalment e encontram-se
também em relevos mais movimentados, como em porções de MG, ES, RJ,
SP e SC.
Ocorrem, também, somente na Estação Exper imental, recobr indo o
relevo de colinas. Correspondem a 1133 ha (19 %) da área. São cobertos por
ref lorestamento e pela vegetação or iginal (cerrado).
Neossolo Quartzarênico
Conceituação:
Essa
classe
compreende
solos
m inerais,
casualmente orgânicos na superf ície, hidrom órf icos ou não, geralmente
prof undos, com text ura arenosa ao longo dos dois primeiros m, no mínimo.
Pode aparentar diversas cores como amarela, acinzentada e branca, com
matiz 2,5 YR e até 10 YR. Por ser essencialment e quartzosos, são
destituídos de m iner ais pr imários f acilmente intemperizáveis.
Principais caracter ísticas: Os perf is são de extrema simplicidade,
lim itando-se a dif erenciação de um hor izonte A pouco expressivo. Por vezes,
mostram aparência rudimentar do que pode ser tido como um quase
horizonte B incipient e, mas a seqüência de horizontes é A-C. O horizonte C
é solto ou muito f riável. Sendo essencialmente quartzosos, são pobres em
nutrientes, inclusive os de reser va, e apresentam normalmente o caráter
álico e distróf ico. A capacidade de armazenamento de água e lim itada.
Apesar de apresentarem lençol f reático elevado durant e boa parte do ano e,
portanto, drenagem imperf eita, não chegam a apr esentar hor izonte glei.
Havendo tendência de manif estação de horizonte B incipiente, pode ser
intermediár io com os latossolos.
Área
de
ocorrência:
Ocorrem
ao
longo
da
f aixa
litor ânea,
especialmente nos estados de RS, SC, Ba (norte) e todo NE. Na parte
continental são muit as as ocorrências em extensas áreas nos estados de SP,
58
MS, MT, BA (oeste e norte), PA (sul), MA, PI, e PE. Os hidromórf icos são
pouco expressivos em extensão e ocorrem principalmente em bor das de
cursos d´água.
É o solo predominante na área, com 3694 ha (62 %) e ocupa um
relevo suave ondulado, f ormado por colinas amplas e patamares. São
f ortemente ácidos e f ormados a partir dos arenitos da Formação Botucatu.
São cobertos por cer rado, campo cerrado e campo e ref lorest amento.
Gleissolo
Conceituação: Compreende solos minerais hidromórf icos ou com
restrição importante à percolação de água que têm horizonte B text utral
gleizado abaixo de horizonte E, ou mais raramente A, com incremento de
argila no B insuf iciente para car acterizar mudança textur al abrupta.
Principais caracter ísticas: Apr esentam cores acinzentadas devido
às condições de hidromorf ismo a que estão sujeitos. A espessura da seção
de textura mais leve (horizontes A+ E) é variável, podendo perf azer mais de
100
cm.
Normalmente
as
argilas
são
de
atividade
baixa
e
por
isso
geralmente são distr óf icos e álicos. São f ormados em áreas de relevo suave.
Encontram-se predominantemente em extensões colúvio-aluviais
e terraços
de declividade moderada. Em razão do contraste de propriedades f ísicas
entre os horizonte A e E poderá haver dif iculdade da percolação de água,
condicionando ao acúmulo temporário.
Área de ocorrência: São solos de distribuição pouco extensa,
geralmente em áreas de f raca declividade, ou mesmo de topograf ia plana. As
regiões mais expressivas são aquelas r ibeir inhas dos af luentes do Médio e
Baixo São Francisco (BA) e ao longo dos vales dos rios no Maranhão e
Piauí, e algumas ár eas da Baixada Fluminense.
Esses solos ocorrem nas planícies aluviais dos r ibeirões Itaqueri e
do Lobo, e ocupam 842 ha (14 %) da área. Sua vegetação or iginal é
composta por campo úmido e f lorestas ripárias.
59
60
3.2.5. Hidrografia/ Hidrologi a
A área de estudo, de acordo com a divisão hidrográf ica do Estado
de São Paulo, localiza- se na Bacia do Tietê Médio Inf erior. É drenada pelos
ribeirões Itaqueri e do Lobo, e córreg os do Geraldo, do Limoeiro e Água
Branca, que deságuam na represa do Lobo.
A rede de drenagem apresenta baixa densidade, devido à natureza
e propriedade dos solos; à lit ologia da área, composta basicamente, por
arenitos eólicos da Formação Botucatu, e ao relevo plano e suave ondulado,
portanto, todos esses f atores são responsáveis pela alta inf iltração da água
no solo, em detrimento ao def lúvio. O padrão de drenagem é subparalelo,
onde os rios assemelham-se à disposição geral, pois, não possuem a
regularidade de uma drenagem paralela, podendo ser conf undidos como um a
drenagem dendr ítica, como ocorre na Estação Experimental e no norte da
Estação Ecológica, onde o relevo é suavemente ondulado (Figura 12).
3.2.6. Vegetação
A vegetação, em sua expressão f isionômica e f lor íst ica, pode ser
considerada como síntese f itogeográf ica das condições do meio abiót ico,
sejam elas climát icas, geomorf ológicas, hidrológicas ou pedológicas. A
prevalência de um certo número de inter-relações entre tais condições
ambientais responde pela homogeneidade relat iva dos principais padrões de
estrutura e de f isionomia das dif erentes paisagens encont radas no Br asil
(AB’SÁBER, 1977).
O
clima
exerce
inf luência
direta
sobre
a
vegetação,
sendo
considerado um dos principais f atores na determinação do tipo vegetacional
encontrado em um dado local (W ALTER, 1973). No que se ref ere ao quadro
geomorf ológico, dentro de um mesmo regime climát ico, respeitados os
ef eitos acumulados de uma sér ie de f lut uações passadas, torna-se evidente
61
62
seu papel condicionando as f eições paisag ísticas na sua m anif estação mais
geral
f atores
(FERNANDES;
hidrológicos
relacionados
com
BEZERRA,
e
1990) .
pedológicos
variações
são
Os
de
paisagíst icas
aspectos
maior
relacionados
importância
regionais
com
quando
(FERNANDES;
BEZERRA, 1990). No entanto, nenhum destes f atores at ua isoladamente, de
modo que as var iações f isionôm icas e f lor íst icas de uma região são
resultado de uma intrincada rede de int er-relações entre diver sas var iáveis
ambientais.
Embora seja conhecido como um biom a de savanas, o Cerrado
engloba uma gama de ecossistemas com caracter ísticas paisag íst icas e
ecológicas das mais var iadas. A distribuição do bioma é reconhecida,
basicamente, pelo predom ínio do cerr ado s e n s u la to (O LIVEIRA-FILHO;
RATTER, 2002) o qual engloba desde f ormas f lorestais (cerradão), savânicas
(cerrado s e n s u s tric to , campo cerrado e campo sujo) até f ormas purament e
campestres (campo limpo). Essas f isionomias, f lor isticament e correlatas, se
desenvolvem basicamente em terrenos planos, geralmente sobre solos
prof undos,
bem
dr enados,
muito
intemperizados,
distróf icos,
álicos
ou
ácidos, estando usualmente sujeitas à queimadas recorrentes (KLINK ET
AL., 1993; RATTER ET AL., 1997; CASTRO ET AL., 1999; COUTINHO,
2002). Além das f isionomias caracter ísticas do cerrado (s . l. ), outras, tai s
como, f lorestas de galer ia, f lorestas paludosas, ver edas e campos úmidos se
encontram f reqüentemente associadas ao bioma, ocupando áreas ao longo
de cursos d’água, em regiões de nascentes, em f undos de vale ou em
depressões que acumulam água durante a estação chuvosa (RIZZINI, 1979;
OLIVEIRA-FILHO ET AL., 1989; EITEN, 1992; RATTER ET AL., 1997;
PIVELLO ET AL., 1998; OLIVEIRA-FILHO; RATTER, 2002).
A grande heterogeneidade ambiental do Cerr ado, resultado de
dif erentes caracter ísticas edáf icas, como f ertilidade e prof undidade do solo
(EITEN, 1992; MOTTA ET AL., 2002), disponibilidade hídrica e var iações
63
topográf icas (OLIVEIRA-FILHO ET AL., 1989; UHLMANN ET AL., 1998),
queimadas, geadas e atividade antrópica ( COUTINHO, 1978; OLIVEIRAFILHO ET AL., 1989; RATTER ET AL., 1997), desempenha um papel muit o
importante na manutenção da biodiversidade, uma vez que se traduz em
grande variedade de hábit ats e recursos para a vida silvestre.
Do ponto de vista da biodiversidade, o Cerrado se encontra em
posição
de
destaque
no
cenário
mundial,
tendo
sido
considerado
recentement e como um dos 25 "hotspots" de prior idade de conser vação
( MYERS ET AL., 2000). Em termos de diversidade f lor íst ica, estima-se que a
f lora do Cerr ado contenha cerca de 8.000 a 10.000 espécies, considerando
todas as f itocenoses encontradas no contexto do bioma ( KLINK ET AL.,
2002). Em geral, o número de espécies arbustivo-arbór eas não é muito
elevado, particularm ente quando comparado com as f lorest as Amazônica,
Atlântica e as f lorest as latif oliadas do int erior do Brasil. No entanto, uma das
constatações mais evidentes, atualm ente, é que a maior riqueza f lor ística do
Cerrado se encontra no componente não arbór eo da vegetação, ou seja,
entre as espécies herbáceo-subarbustivas ( MANTOVANI; MARTINS, 1993;
TANNUS; ASSIS, 2004) as quais são mais proem inentes em f isionom ias
savânicas e campestres. Estudos enf ocando a f lora herbáceo-subarbust iva
tais como, Mantovani; Martins (1988) em Moji-Guaçu; Batalha et al. (1997)
em Pir assununga; Batalha; Mantovani (2000) em Santa Rit a do PassaQuatro, Batalha; Martins (2002) em Goiás e Tannus; Assis (2004) em
Itirapina,
indicam
haver
grandes
mudanças
na
sua
composição
entre
dif erentes regiões, demonstrando que trata-se de uma f lora mais sensível à
var iações de clima, solo, e intensidade de queimadas entre outros f atores.
Como o segundo maior bioma brasileir o em extensão, e o terceir o
maior em biodiversidade, o Cerrado ocupa cer ca de um quarto do terr itório
nacional, cobr indo em sua região de dom ínio, onde a veget ação se mostra
mais caract er íst ica e cont ínua, aproximadamente 1, 5 milhões de quilômetros
64
quadrados, se estendendo pelos estados de Goiás, Tocantins, parte de
Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (OLIVEI RA-FILHO ET AL.,
1989; RATTER ET AL., 1997; SÃO PAULO, 1997; FELFILI ET AL., 1998;
RIBEI RO; W ALTER, 1998; MYERS ET AL., 2000; COUTINHO, 2002). De
maneir a
disjunta,
ocorre
nos
estados
do
Amazonas,
Piauí,
Rondônia,
Maranhão, Amapá, Roraima, Alagoas, Pernambuco, Paraíb a, Ceará, Bahia,
São Paulo e Paraná (COUTINHO, 1978; EITEN, 1992; RATTER ET AL., 1997;
SÃO PAULO, 1997; RIBEI RO; W ALTER, 1998).
No Estado de São Paulo, as ár eas de ocorrência do Cerr ado são
naturalmente f ragmentadas, apr esent ando-se originalmente, como encraves
em meio à Mata Atlântica que é o bioma predom inante (KRONKA ET AL.,
1998). Ocorrendo pr incipalmente na r egião centro-norte, as ár eas de Cerrado
ocupavam cerca de 14% do territór io paulista (SÃO PAULO, 1997). Em
virtude da expansão de atividades agropecuár ias, imobiliár ias, mineradoras
e, atualmente, de ações governistas de desapr opr iação par a implantação de
assentamentos
de
trabalhadores
sem
terra
e
aut orizações
para
desmatamentos ( MENDONÇA, 2004), essas áreas vêm sofrendo reduções
drásticas, de modo que atualmente, os f ragmentos remanescentes cobr em
menos de 1% do Est ado ( CAVASSAN, 2002; DURIGAN ET AL., 2004). Como
agravante, apenas 10% desses f ragmentos se encontram protegidos sob a
f orma de unidades de conser vação (SÃO PAULO, 1997; CAVASSAN, 2002).
Situado no limite sul de ocorrência do bioma, juntamente com
algumas áreas disj untas no Paraná, o cerrado paulista é considerado
peculiar, estando sujeito a geadas, em alguns casos severas e sob um clim a
com per íodo seco m ais curto que aquele predom inante na região do Planalto
Central Brasileir o ( DURIGAN ET AL., 2004). Em geral, dentro do Estado, o
Cerrado caract eriza-se pelo pr edom ínio do cerr adão
sobre as
demais
f isionom ias, sendo r econhecidas duas regiões de acordo com as f isionomias
predom inant es: Ocidental, com pr edom ínio de cerradão e Orient al, com
65
predom ínio de f isionomias savânicas e campestres (DURIGAN ET AL., 2003;
2004).
Var iações
na
composição
f lor ística
entre
essas
regiões
estão
int imamente relacionadas às var iações f isionômicas, mas ocorrem mesmo
entre f isionomias semelhantes e podem estar relacionadas às condições
climáticas locais, particularmente às dif erenças na duração da estação seca
que ocorrem de norte a sul do Estado (DURIGAN ET AL., 2003). Essas
constatações têm implicações diretas sobre as ações conser vacionistas e
ressaltam
a
importância
de
unidades
de
conser vação
protegendo
remanescentes de Cerrado em dif erentes regiões do Estado.
Mapeament o da vegetação
Para
o
mapeamento
da
vegetação
f oi
utilizada
uma
base
cartográf ica georreferenciada, digitalizada em Autocad, obt ida junto à Seção
de
Dasonomia
do
Instituto
Florestal
do
Estado
de
São
Paulo.
A
caracter ização da cobertura vegetal compreendeu a f otointerpretação de
imagens,
na
escala
aerolevantamentos
de
realizados
1:30.000
em
e
2000
1:10.000,
produzidas
e
respectivamente.
2002,
por
Poster iormente f oram f eitas excursões a campo, com utilização de GPS, para
checagem e correção da inter pretação. Foi ut ilizado o sof tware AutoCAD
2004 par a a interpretação das imagens e digitalização do mapa. Apó s
checagem em campo os pont os tomados com o GPS f oram transf eridos para
o sof tware e interpolados seguindo a base f otográf ica para gerar o mapa
def init ivo.
A vegetação f oi caracterizada de acordo com aspectos f isionômicos
(densidade e estrat if icação), f lor íst icos ( presença de espécies indicadoras) e
edáf icos (t ipos de solo e padrões de dr enagem). A classif icação dos t ipos
vegetacionais seguiu as def inições de Cout inho (1978), Ribeiro; W alter
(1998) e Rodr igues (1999).
66
A vegetação da Est ação Ecológica
A cobertura vegetal da E. Ecológica car acteriza-se pela ocor rência
de dois grupos f itof isionômicos bem dist intos: um relacionado com os
terrenos
bem
drenados
dos
interf lúvios
(cerrado
s e ns u
la to )
e
outro
associado com solos úmidos ou situados nas áreas de inf luência da rede de
drenagem ( vegetação higróf ila = f lorest as de galer ia, f lorestas paludosas e
campos úm idos) (Figura 14).
A maior parte da área (94%) é cobert a por f isionom ias abertas,
principalmente, campo suj o, campo úm ido, campo cerr ado e campo limpo
(Figura 13). A paisagem é complementada por f ragmentos de cerrado s e n s u
s tric to , f lorestas r ibeir inhas (f loresta de galer ia e f loresta paludosa) e
cerradão (Figura 14). Duas áreas anter iormente ut ilizadas para plantio de
P in u s f oram caracterizadas como áreas em processo de regeneração, com
elementos t ípicos da f lora do cerrado e f iguram como f isionomias abertas
(Figura 14). Uma ár ea de aproximadam ente 33,17 hectares ainda é utilizada
para plant io de P in u s .
1,4%
2,6%
2,2%
0,4%
cerrado sensu stricto (48,9 ha)
2,1%
16,5%
campo cerrado (387,6 ha)
campo sujo (997,6 ha)
campo limpo (86,7 ha)
28,7%
campo úmido (675 ha)
florestas ripárias (50,9 ha)
regeneração (61 ha)
3,7%
42,4%
Plantio de Pinus (25
(33,2
ha)
ha)
cerradão (9,6 ha)
F ig u r a 1 3 . D is tr ib u iç ã o d as ár eas c o b er t as por d if er e nt es f is i o no m ias n a Es t aç ão
Ec ol ó g ic a de I t ir a p i na .
67
68
O cerrado s e n s u la t o
Na Estação Ecológica de Itirapina, o cerrado (s . l.) apr esenta-se
sob dif erentes expressões f isionômicas, com predom ínio de f ormações
savânicas, principalmente campo sujo e campo cerrado (Fig ura 14). Campos
tipicamente limpos, sobre solos bem drenados, são raros e r estritos a
poucos f ragmentos na porção sudoest e. As f isionomias mais f echadas de
cerrado (s . l. ) estão r epresentadas, pr incipamente, por f ragmentos de cerrado
s e n s u s tric to , na por ção norte, em áreas de relevo mais acidentado, além de
uma pequena área coberta por cerradão (Figura 14). Todas as f isionomias de
cerrado (s . l.) estão assentadas sobre Neossolo Quart zarênico.
As áreas de campo sujo apr esent am cobertura pr edom inantement e
graminosa, entremeada por arbustos esparsos e alguns poucos indivíduos de
porte reduzido de algumas espécies ar bóreas do cerrado, além de outras
tipicamente
campestres.
Pode ser
considerado uma
f orma f lor ística
e
estruturalmente mais rica que os campos tipicamente limpos, onde f altam
elementos arbustivo-arbóreos. Tanto os campos sujos quanto os campos
limpos possuem uma elevada riqueza f lor íst ica a despeito da aparente
monotonia impressa pela cobertura graminosa. Entre as espécies arbustivoarbóreas que veget am nos cam pos sujos da E.E.I. podem ser destacadas:
Annona
c o ria c e a
(araticum-do-cam po),
(guatambú-do-cerrado),
b ra s ilie n s e
C a m p o m a n e s ia
(pequi), E rio th e c a
g ra c ilip e s
A s p id o s p e rm a
pube s ce ns
to m e n to s u m
(gabir oba),
C a ry o c a r
(paina-do-campo), E ry th ro x y lu m
s u b e ro s u m (mercúrio-do-campo), Ha n c o rn ia s p e c io s a (mangaba)¸ Hy m e n a e a
s tig o n o c a rp a (jatobá), Kie lm e y e ra c o ria c e a (pau-sant o), T a b e b u ia o c h ra c e a
(ipê-amar elo), S e n n a ru g o s a (boi-gordo) , S try p h n o d e n d ro n spp. (barbat imão)
e V o c h y s ia c in n a m o m e a (quina-doce) entre outras. Entre as plantas baixas
dos campos, tant o sujos quanto limpos, predom inam espécies de Asteraceae
(B a c c h a ris spp., E u p a to riu m spp. e V e rn o n ia spp.), Poaceae (A n d ro p o g o n
69
spp., E ra g ro s tis spp. e P a n ic u m spp.) , Leguminosae (C h a m a e c ris ta spp.,
S ty lo s a n th e s spp. e Z o rn ia spp.), Apocynaceae ( Ma n d e v illa spp., O x y p e ta lu m
spp.)
e
Verbenaceae
(Lip p ia
spp.).
Palm eiras
acaules,
como
A tta le a
g e ra e n s is ( indaiá), B u tia a rc h e ri (but iá) e S y a g ru s p e tre a e bromélias, como
B ro m e lia
b a la n s a e
(gravatá),
Ananas
a n a n a s s o id e s
( ananás)
e
Dy c k ia
tu b e ro s a (caroá) são muito f reqüentes.
As ár eas de campo cerrado caract erizam-se pela presença de um
estrato arbóreo de médio porte, pouco mais denso que o campo sujo. A
cobertura arbórea é muito descont ínua devido ao grande espaçamento entre
os indivíduos. O est rato herbáceo-subar bustivo é proem inente e, em geral,
composto pelos mesmos táxons encont rados nos campos sujos e limpos.
Podem ser reconhecidos na área, dif erentes tipos de cam po cerrado que
var iam de acordo com o predom ínio de determinadas espécies arbór eas as
quais chegam a dominar áreas relativam ente grandes. Algumas dessas
espécies f reqüentemente apresentam distribuição agregada, f ormando “ ilhas”
em meio à vegetação campestre e impr imindo particularidades f isionômicas
nas áreas onde ocor rem. Entre as espécies que f ormam esses agrupamentos
destacam-se:
Da lb e rg ia
(abiu-do-cerrado),
m is c o lo b iu m
Dy o s p iru s
h ís p id a
( caviúna-do-campo),
(caqui-do-cerr ado) ,
P o u te ria
to rta
A u s tro p le n c k ia
p o p u ln e a (mangabeira-brava) e P ip to c a rp h a ro tu n d if o lia (candeia).
O cerrado s e n s u s tric to caracter iza-se pela presença de um estrat o
arbóreo descont ínuo f ormado por ár vores de médio porte, proporcionando
uma cobertura que var ia de 20% a 50%. Um grande número de arbustos
lenhosos, gram íneas e subarbustos em densidade variável, imprimem um
caráter de vegetação f echada. Muitas espécies encontradas em f isionomias
mais abertas também ocorrem no cerrado s . s tric to , além de outras que
parecem ser tanto mais conspícuas quanto mais f echada é a f isionomia. A
luminosidade é relativamente abundant e e obser va-se grande númer o de
espécies herbáceo- subarbustivas, sendo raras as espécies epif íticas ou
70
lianas. Entre as espécies arbust ivo- arbóreas mais comuns nas áreas de
cerrado s . s tric to podem ser destacadas: A n a d e n a n th e ra fa lc a ta (angico-docerrado),
S ty ra x
(pimenta- de-macaco),
to rta
A c o s m iu m
(abiu- do-cerr ado),
(tamanqueira),
( limoeiro-do-campo),
fe rru g in e u s
Q u a le a
g u ia n e n s is ,
(pau-terra),
g ra n d if lo ra
a ro m a tic a
(amendoim-bravo),
s u b e le g a n s
My rc ia
X y lo p ia
A e g y p h illa
Q.
P o u te ria
lh o ts z k y a n a
m u ltiflo ra
(cinzeiro),
T ib o u c h in a s te n o c a rp a (quaresmeir a) entre outras. Entre as plantas baixas
destacam-se:
B ro m é lia
b a la n s a e
(gravat á),
A tta le a
g e ra e n s is
( indaiá),
B y rs o n im a c o c c o lo b ifo lia (murici), e muitas outras também encontradas nas
f isionom ias mais abertas.
O pequeno f ragmento de cerradão, localizado na porção nor deste,
próximo à repr esa do lobo (Figura 14), caracteriza-se por uma cobertura
arbórea relat ivamente conspícua (70%) que determina uma condição de
baixa luminosidade em seu inter ior. O estrato herbáceo é muito pouco
proeminente,
espif ít icas
não
havendo
(orquídeas
e
cobertura
bromélias)
e
graminosa.
de
hábito
Algumas
trepador
espécies
(lianas)
são
sazonal
ou
particularmente abundantes.
Veget ação higrófila
A
cobertur a
vegetal
associada
a
solos
permanent emente alagados (Gleyssolos e organossolos) e aqui tratada com o
vegetação higróf ila é representada pelos campos úm idos e pelas f lorestas
ripár ias (f lorestas de galer ia e paludosas) encontrados nas baixadas e
f undos de vale, ao longo de cursos d’água e em áreas de nascentes. Essas
f isionom ias apresent am composição f lor ística bastant e distinta da vegetação
do cerrado (s . l.) ao seu entorno em virtude da seletividade ambiental
determinada pela saturação hídrica do solo. Desempenham um papel de
extrema importância na pr oteção de mananciais, preser vando as margens de
ribeirões
e
córreg os
contra
processos
erosivos
e
f iltrando
poluentes
71
quím icos, como agrotóxicos (LI MA, 1989). São ecossistemas extremamente
importantes
para
a
manutenção
da
biodiversidade,
provendo
recursos
alimentares, áreas de cr iação e r ef úgio, permanente ou t emporário, par a
muitas espécies animais, além de constituír em-se em cor redores para o
movimento da f auna e para a dispersão de espécies vegetais ao longo da
paisagem (LI MA; ZAKIA, 2000).
Campo úmido
Os
campos
úmidos,
são f ormações
essencialmente
herbáceo-
subarbustivas que ocorrem em terrenos per iódica ou permanentemente
encharcados,
em
locais
com
af loram ento
de
lençol
f reático,
ou
em
depressões f echadas, em meio à f isionomias de cerrado, que acumulam água
durante a estação chuvosa (lagoas temporárias). Podem ser encontrados
f ormando estreitas f aixas de transição entre o cerrado e as f lorestas de
galeria, ao r edor de cursos d’água temporários, ou ocupando amplas
planícies
de
declive
suave,
f reqüentemente
associados
à
áreas
de
nascentes. Em geral, estabelecem-se sobre gradientes de umidade que
conduzem os aspectos f loríst icos e f isionômicos da veget ação (TANNUS;
ASSI S, 2005). A f isionomia pode variar de campo úmido limpo, com
predom ínio de gram íneas e ciperáceas e alguns subarbustos, à campo úm ido
sujo onde ocorrem indivíduos arbustivos e arbóreos de pequeno porte
entremeados pela vegetação graminosa ( senso RIBEIRO; W ALTER, 1998). A
f isionom ia campestr e dif iculta, em alguns casos, a dif erenciação entre os
campos úmidos e os campos limpos e sujos do cerrado. No entanto a
composição f lor ística dos campos úmidos é bastante caracter ística e dist int a
daquela encontrada nas áreas bem drenadas (TANNUS; ASSIS, 2004).
Predom inam,
em
geral,
espécies
de
gramíneas
tolerantes
à
saturação hídrica do solo e ciper áceas, sendo também f reqüentes vár ias
72
espécies de sempre- vivas (eriocauláceas e xiridáceas) como A c tin o c e p h a lu s
spp., S y n g o n a n th u s spp., E rio c a u lo n spp., P a e p a la n th u s spp e X y ris spp;
diversas
orquídeas
terrestres
dos
g êneros
Ha b e n a ria
e
C y rto p o d iu m ;
samambaias rast eir as como Ly c o p o d ie lla spp. (licopódio) e arborescentes
(“xaxins) como B le c h n u m s c h o m b u rg k ii e C y a th e a d e lg a d ii; além de plantas
aquáticas ou sem i-aquáticas como Utric u la ria spp. e Ma y a c c a s e llo w ia n a ,
entre outras. Arbustos como Dry m is
w in te rii (casca-d’ánta), E u p a to riu m
la e v ig a tu m (cambar azinho), G a y lu s s a c ia b ra s ilie n s is (cam arinha), Mic o n ia
(f olha-de-bolo) e M. th e a e z a n s
c h a m is s o is
(jacat irão-branco), Mic ro le p is
o le a e fo lia , Ile x a ffin is (mate-f also ) e O c o te a tris t is (canela-do-brejo) entr e
outros, podem ser encontrados com grau variável de f reqüência e densidade.
Em algumas áreas, principalmente no contato com as f lorest as de galer ia ou
paludosas, a densidade destes arbustos é tão alta que a vegetação adquire
um aspecto de restinga arbustiva.
Florestas ripárias
As
f lorestas
ripárias
da
Estação
Ecológica
podem
ser
caracter izadas como f lorestas de galer ia (senso RI BEIRO; W ALTER, 2001) e
f lorestas
paludosas
ou
“matas
de
br ejo”
(senso
RODRIGUES,
1999),
principalmente em função de var iações estruturais e f lor íst icas det erminadas
pelo grau de umidade do solo. Na Estação Ecológica essas f lorestas
apresentam f isionomia perenif ólia, cobertura arbórea ent re 70 a 95% e
dossel com altura variando de 10 a 12 m. A um idade relat iva é alta em seu
inter ior sendo comum a ocorrência de epíf itas ( orquídeas, bromélias e
samambaias).
As f lorestas de galeria são f ormações f lorestais que acompanham
riachos de pequeno porte e córregos com leito def inido, f ormando corredores
f echados
sobre
os
cursos
d’água
( RIBEI RO;
W ALTER,
2001),
como
obser vado ao longo dos ribeirões do Lobo e Itaqueri (Figura 14). Podem ser
73
sazonalmente
inundáveis
devido
às
condições
topog ráf icas
e
ao
transbordamento dos riachos e córregos que ocorre dur ante a est ação
chuvosa, podendo ser circundadas por campo úmido ou apresent ar uma
transição abrupta para o cerrado, dependendo das caracter ísticas do relevo.
As espécies arbór eas mais comuns nas matas de galer ia da Estação
Ecológica são: P ro tiu m h e p ta p h y llu m (amescla), T a p irira g u ia n e n s is ( peitode-pomba),
C a lo p h y llu m
b ra s ilie n s e
(guanandi),
R apane a
u m b e lla t a
(capororoca), In g a s e s s ilis ( ingazeiro), G u a re a m a c ro p h y lla (marinheiro- dobrejo), B le p h a ro c a ly x s a lic ifo liu s (murta), My rc ia a lb o -to m e n to s a (cambuí),
C a b ra le a
c a n je ra n a
(canjarana)
,
C ro to n
flo rib u n d u s
(capixingui)
e C.
u ru c u ra n a (sangra-d’água), C e c ro p ia p a c h y s ta c h ia ( imbaúba) entre outras.
No sub-bosque são comuns ar voretas como e La c is te m a h a s s le ria n u m
(caf ezinho),
arbust os
como
Mic o n ia
(jacar aticão-branco)
th e a e z a n s
e
P a lic o u re a m a c g ra v ii (er va-de-rato), além de samambaias arborescentes
como C y a th e a a tro v ire n s e C . d e lg a d ii, entre outras.
As f loresta paludosas, ou mat as de brejo (RODRIGUES, 1999) são
f isionom ias f lorestais que se desenvolvem em terrenos permanentement e
encharcados, em áreas de af lorament o de lençol f reático ou nas cabeceir as
de dr enagem. Na Estação Ecológica as f lorestas paludosas podem ocorrer
de f orma cont ígua às f lorestas de galer ia, em sít ios permanentemente
alagados devido à var iações t opográf icas locais, ou na f orma de “capões”
(ilhas de f loresta paludosa, geralmente com f ormato elíptico) nos f undos de
vale, geralmente associados a cursos d’água com canal pouco def inido e
circundados
por
campo
úm ido.
De
acordo
com
Rodr igues
(1999),
a
intersecção f lor ística entre as f lorestas de galeria, principalmente quando
sujeitas a alagamento sazonal, e as f lor estas paludosas é g rande devido à
inf luência da água como f ator lim itante, tornado-se dif ícil a indicação de
espécies exclusivas de uma ou outra f ormação. Em geral as f lorestas
paludosas
caracter izam-se
pelo
predom ínio
de
espécies
tolerantes
ao
74
alagamento e por esse motivo apresentam baixa diversidade f lor íst ica e
elevada similar idade entre dif erentes r egiões. Entre as espécies arbóreas
que caracterizam as f lorestas paludosas na Estação Ecológica, destacam-se,
principalmente:
C a lo p h y llu m
(peito- de-pomba),
E u te rp e
b ra s ilie n s e
(guanandi),
(palmito-juçara),
e d u lis
T a p irira
g u ia n e n s is
P o d o c a rp u s
la m b e rtii
(pinheirinho), X y lo p ia e m a rg in a ta (pindaíba-do-brej o), T a la u m a o v a ta (pinhado-brejo),
T a b e b u ia
(amescla).
Entre
u m b e lla ta
as
plantas
( ipê- do-brejo)
do
sub-bosque
e
P ro t iu m
podem
h e p ta p h y llu m
ser
destacadas,
He d y o s m u m b ra s ilie n s e (hortelã- do-brej o), a palmeir a G e o n o m a b re v is p a th a
(guaricanga-do- brejo) e samambaias arborescent es como C y a th e a a tro v ire n s
e C . d e lg a d ii ( xaxim). Nas bordas da mata são f reqüentes arbust os como
Dry m is w in te rii (casca-d’anta), Mic o n ia c h a m is s o is (f olha- de-bolo), O c o te a
tris tis (canela-do-brejo) entre outros.
A vegetação da Est ação Experimental
A
maior
parte
da
área
da
Estação
Exper imental
é
coberta,
principalmente, por plantios de P in u s spp. e E u c a lip tu s spp.. A cobertur a
vegetal
nativa
se
encontra
bastante
f ragmentada
e
r epresentada
por
remanescentes de cerrado s e n s u s tric to , cerradão e f lor estas ripícolas
(f loresta de galer ia e paludosa). Algumas áreas, outrora cobertas por
cerrado, são ou eram até pouco tempo, utilizadas como pastagem e,
portanto,
a
cobert ura
vegetal
nest es
locais
se
encontra
f ortemente
antropizada, embora possam ser obser vadas espécies da f lora nativa.
As áreas de cerrado s e n s u s tric to cobr em cerca de 177, 45 ha e
var iam quanto à densidade da vegetação e f isionomia. A área denominada
“cerrado da Estrela” caracteriza-se por uma cobertura ar bustivo-arbór ea
descont ínua, var iando de 20 a 50%, com cerca de 4 metros de alt ura e o
estrato baixo composto por gram íneas, principalment e B ra c h ia ria d e c u m b e n s
(braquiár ia), além de outras espécies herbáceas e subar bust ivas de cerrado.
75
O “cerrado do Valério” apresenta f isionomia predominantemente mais densa,
com cobertura arbustivo-arbórea mais cont ínua, variando em cerca de 20 a
70%. O estrato baixo é bast ante variável de acordo com o grau de cobertur a
arbórea, mas em geral predom inam gramíneas, sendo comuns também
gravatás (B ro m é lia
b a la n s a e ), indaiás (A tta le a
g e ra e n s is ) entre outras.
Neste f ragmento, uma área com cerca de 1,7 ha f oi car acterizada com o
cerradão.
O “cerrado do Ver melho” é um f ragmento onde predomina a
f isionom ia de cerradão com cerca de 121,01 ha. Este f ragmento assenta-se
sobre solo do t ipo Latossolo Vermelho Distróf ico e caracteriza-se pela
f isionom ia f lorestal com dossel cont ínuo (mais de 90% de cobertur a),
constit uído por ár vores de 8 a 15 metros e, eventualment e, emergentes de
maior porte. Não há cobertura herbácea e, em geral, encontram-se no subbosque
indivíduos
jovens
de
espécies
arbóreas
e
algumas
espécies
herbáceas cióf itas ( com pouca exigência por luz), tais com o S c le ria la tifo lia
(capim-navalha), A e c h m e a b ro m e liifo lia (bromélia), A n a n a s a n a n a s s o id e s
(ananás), orquídeas terrestres como E p id e n d ro n e lo n g a tu m (boca-de-dr agão)
entre outras. Epíf itas ocorrem mas são raras. Cipós e bambus podem ser
bastante
f reqüentes
em
determinados
locais.
Dentro
deste
f ragmento
também ocorre um a área coberta por cerrado s e n s u s tric to , cobrindo cerca
de 40,17ha.
As ár eas cobertas por f loresta r ipícula variam de f loresta de galeria
a
f loresta
paludosa
de
acordo
com
variações
topográf icas
e
nas
caracter ísticas dos cursos d’água. Em alguns locais, a separação entre as
f isionom ias de cerrado e estas f lorestas ribeir inhas é bast ante nítida, com o
constatado, no córrego do Geraldo onde a pr esença de um aceiro é o limite
entre um e outro tipo de vegetação. Por outro lado esta dist inção é mais
dif ícil no trecho ao longo do córrego do limoeiro, onde o cerradão (Vermelho)
mantém contato com a f loresta de galer ia.
76
Composição florísti ca das UCs
A list a de espécies const ituintes da f lora das UCs de Itirapina
(ANEXO 1) f oi elaborada com base na list agem apresent ada no Plano de
Manejo Integrado das Unidades de Itirapina (Delgado e t a l. 2004), à qual
f oram incorporadas espécies compiladas de outros estudos r ealizados dentro
das UCs (tais como Durigan e t a l. 2002; Fantinat i 2004; Leme 2005; Tannus,
dados não publicados e Teixeir a, dados não publicados) e na região do
entorno (TANNUS; ASSI S, 2004). Adicionalmente, f oram incluídas espécies
coletadas e/ ou ident if icadas em campo durante a realização do mapeamento.
A indicação dos hábitos e ambientes de ocorrência das espécies f oi f eita
com base nos dados disponíveis nos ref eridos trabalhos e nas obser vações
de campo. Os nomes populares das espécies f oram extraídos dos trabalhos
de Kissmann (1997) , Kissmann; Groth ( 1992, 1995), Lorenzi (2000, 2002a,
2002b), Durigan et al. (2004).
Foram list adas 589 espécies represent antes de 113 f amílias de
plantas
vasculares,
considerando
todos
os
ambientes
e
f isionom ias
encontrados nas UC’s (ANEXO 1). Deve-se ressaltar que estes dados são
apenas
pr eliminares,
tendo
em
vist a
a
ausência
de
levantamentos
sistemát icos em todas as f isionomias e que, possivelmente, estudos f uturos
venham
a
contribuir
com
inf ormações
adicionais
sobre
a
diversidade
f lorística destas áreas.
Das espécies listadas quatro se encontram na lista de espécies
ameaçadas
da
Resolução
SMA
48
(São
Paulo
2004)
na
categoria
“provavelment e extinta”, quatro na cat egoria “em per igo” e outras quatr o
f iguram entre as espécies da categoria “vulnerável”. Dentre estas espécies,
C u rtia te n u ifo lia (Gentianaceae), E c h in o d o ru s p a n ic u la tu s (Alismataceae),
G e n lis e a f ilifo rm is (Lentibulariaceae) e G o m p h re n a a g re s t is ( Amaranthaceae)
f oram coletadas em f isionomias de campo úmido e campo sujo, numa área do
entorno das UCs (TANNUS; ASSIS, 2004), e provavelmente também ocorram
77
dentro da Estação Ecológica, tendo em vista a proximidade espacial, a
similar idade f itof isionômica e as condições ambientais entre estas áreas.
Estado de conser vação da vegetação nativa
A vegetação nativa das UCs de It irapina apresent a grau variável de
conser vação em virt ude do hist órico de utilização destas áreas, do uso do
solo no entorno, das práticas adotadas para a manutenção e manejo das
mesmas e da ocorrência de incêndios eventuais. Dessa f orma, algumas
áreas ainda se encontram bem preser vadas, resguardando uma important e
biodiversidade,
enquanto
outras
se
encontram
em
elevado
grau
de
degradação. Os pr incipais f atores que comprometem a integridade dos
ecossistemas natur ais destas áreas são as invasões biológicas, o uso
inadequado do solo no entorno e as queimadas.
Invasões biológicas
As invasões biológicas são um dos piores problemas ecológicos
atuais e constituem- se no estabelecimento de espécies animais ou vegetais,
vindas de outras r egiões, em ecossistemas naturais ou manejados pelo
homem, e seu posterior alastramento (Pivello 2005). O processo de invasão
biológica é considerado uma das principais ameaças à biodiversidade e
trata-se
de
(D’ANTONIO;
Praticamente
um
problema
VITOUSEK,
t odas
as
subest imado
1992,
unidades
pela
HUGHES,
de
maior
1994,
conser vação
parte
dos
países
RANDALL,
1996) .
br asileir as
(reser vas
biológicas, parques, etc) encontram-se at ualmente, em maior ou menor grau,
invadidas por espécies exót icas (Pivello 2005).
Em virtude do histórico de uso do solo nas áreas de cerrado, as
plantas exót icas que se tornaram invasoras são pr incipalmente algumas
espécies
de
gram íneas
de
or igem
af ricana
-
especialmente
Me lin is
78
m in u t iflo ra (capim-gordura), P a n ic u m m a x im u m (capim-colonião) e B ra c h ia ria
spp. (braquiárias), introduzidas como f orrageiras para a criação de gado
bovino. Outra espécie bastante f reqüente em f isionomias abertas é a
samambaia P t e rid iu m a ra c h n o id e u m . No estado de São Paulo, P in u s spp. e
E u c a ly p t u s spp. também se tornar am espécies invasoras de áreas de cerrado
próximas a silviculturas com tais espécies (Pivello 2005).
Quase todas as áreas cobertas por fisionomias campest res e
savânicas de cerrado (campo limpo, campo sujo, campo cerrado e cerrado
s e ns u
s tric to )
nas
UCs
de
Itirapina,
encontram-se
contaminadas
por
gramíneas af ricanas. Segundo Pivello (2005), est as espécies além de
af etarem diretamente as populações herbáceas nativas por competição,
podendo causar extinções locais e perda direta de biodiversidade, alter am o
ecossistema como um todo, descaracter izando as f isionom ias e modif icando
sua estrutura, tendo impactos inclusive sobre a f auna. De acordo com esta
autora (op. cit), nas áreas de cerrado s e n s u s tric to da Estação Experiment al
o capim-gordura e a braquiária estão entre as espécies mais importantes de
toda a comunidade herbácea, indicando que estas áreas estão bastant e
alteradas, não apenas nas bordas mas em toda a ext ensão dos f ragmentos.
No ent anto, o cerr ado do Valér io f oi considerado recentemente como ár ea
prior itária
para
a
conser vação
do
cerrado
no
Estado
de
São
Paulo
(Bitencourt, 2004).
Na Estação Ecológica, embor a não existam dados disponíveis
sobre o grau de inf estação da vegetação por espécies exót icas, a presença
da braquiária e do capim-gordura é marcante e algumas áreas se encontram
com grandes f ocos de invasão. Provavelmente essas inf estações t iver am
origem com o uso pr etérito da área para a criação de gado, quando a prát ica
de at ear f ogo à vegetação também era comum (Delgado e t a l. , 2004). No
entanto a expansão dos f ocos de invasão pode estar sendo f avorecida, entr e
outros f atores, pelo uso do solo no entorno, pela remoção da cobertur a
79
vegetal para implantação de estradas e aceiros, bem como pelo tipo de
manutenção que tais estradas recebem – uma prát ica comum na área é a
deposição de solo e restos de construção, nas estradas, que além de
estarem cont aminados com lixo, podem representar f ocos de introdução de
espécies invasoras.
Além das gramíneas af ricanas as UCs de Itirapina apr esentam
diversos f ocos de inf estação por P in u s spp. e E u c a ly p tu s spp.. Essas
inf estações ocorrem não apenas nas f isionomias mais abertas de cerrado,
mas também em áreas de cerradão, f lor estas r ipár ias e, pr incipalmente, em
áreas cobertas por campo úmido. Em geral os f ocos de inf estação por estas
espécies são incipientes no início, mas tendem a agravar com o passar do
tempo,
especialmente
na
ausência
de
medidas
de
controle
(ZILLER;
GALVÃO, 2003). Tais medidas devem incluir não apenas a remoção dos
f ocos de inf estação, mas também o aperf eiçoamento do sist ema tradicional
de produção e manejo das f lorest as de P in u s spp. da r egião, visando mitigar
o impacto ambiental provocado pelas inf estações nas áreas com vegetação
nativa (ZILLER; GALVÃO, 2003).
3.2.7 FAUNA
A
Estação
Ecológica
de
Itirapina
apresenta
uma
f auna
de
vertebrados rica e diver sif icada.
Nos dois pr incipais cursos d’água da reserva, que atravessam
matas de galer ia e áreas abertas de Cerrado, ocorrem pelo menos 14
espécies de peixes de riacho, pertencent e a oito dif erentes f am ílias.
Entre os vertebrados terrestres, já f oram registradas na Estação
Ecológica 28 espécies de anf íbios anur os (sapos, rãs e pererecas), 15 de
lagartos, 32 de serpentes, uma de quelônio (um cágado), mais de 180 de
aves e 33 de mam íf eros.
80
Estes grupos mais estudados na estação apresent am espécies t ípicas de
Cerrado, incluindo espécies ameaçadas (PROBIO/SMA-SP, 1998) e/ou raras em
outras regiões do Brasil. São obser vados, por exemplo, o lobo-guará (Chrys ocyon
brachyurus ), a onça parda (Pum a concolor), a jaguatirica (Le opardus pardalis ), a paca
(Agouti paca),
o
tatu-de-rabo-mole
(Cabas s ous
unicinctus ),
o
tamanduá-bandeira
(Myrm ecophaga tridactyla), o rato-de-espinhos (Clyom ys bis hopi), entre os mamíferos; a
ema (R he a am e ricana), a meia-lua-do-cerrado (Me lanopare ia torquata), a guaracava-detopete (Elae nia cris tata), o tié-do-cerrado (Ne othraupis fas ciata) e a bandoleta (Cyps nagra
hirundinace a), entre as aves; e a jararaquinha (Bothrops itapetiningae ), um colubrídeo
endêmico e raro (Lys trophis nattere ri) e a tartaruga (Phrynops vande rhage i), entre os
répteis. Além destes, ocorrem na reserva várias espécies de anfíbios endêmicas de
formações abertas do Cerrado, como, por exemplo, Le ptodactylus labyrinthicus , L. furnarius ,
L. m ys tacinus , Phys alaem us ce ntralis , P. fus com aculatus , P. nattere ri, Odontophrynus cf.
m oratoi.
Uma
caracter ística
marcante
destes
vertebr ados
terr estres,
obser vada nos últimos estudos com diversos grupos, é a seleção de
ambiente, ou seja, a distribuição dif erencial de espécies nas f isionomias de
Cerrado que ocorrem nas Unidades. Assim, a var iedade de f isionom ias
vegetais caracter íst ica do Cerrado, e que pode ser obser vada na EEI de
Itirapina, deve colaborar para esta grande riqueza de vertebr ados.
É important e ressaltar que deve ocorrer um número ainda maior de
espécies de vertebrados nas Estações, tendo em vista que morcegos ainda
não f oram amostrados, e aves que ocorrem em Matas de G aler ia ou áreas
úmidas f oram relat ivam ente pouco estudadas. Além disso, grupos bem
amostrados como anf íbios e serpentes, cont inuaram a f ornecer novos
registros mesmo após mais de quatro anos de trabalhos intensivos de
campo.
Os dados aqui disponibilizados são r esultantes do trabalho de
dif erentes equipes de pesquisadores, que desenvolvem levantamentos para
81
os diversos grupos de vertebr ados, na área da Estação Ecológ ica de
Itirapina. Estes estudos se iniciar am em 1998 e repr esent aram um esf orço
amostral de mais de 600 dias de trabalhos de campo, realizados em 100
viagens ao local de estudo. Incluem obser vações registradas até março de
2005. Uma listagem das populações de vertebrados encontradas até o
momento encontra-se na Tabela 7:
Tabela 7 - Listas de espécies de vertebrados observadas do final da década de 90 até março de 2005
na Estação Ecológica de Itirapina e na Estação Experimental de Itirapina.
Estação Ecológica de Itirapina:
1. LISTA DE ESPÉCIES DE PEIXES DE RI ACHO COLETAD OS NO
RIBEI R ÃO DO LOBO E NO RIBEI R ÃO ITAQ UERI (prepar ada por Virg ínia
Sanchez Uieda e I van Sazima)
Família Callichthyi dae
C o ry d o ra s a e n e u s
Fam ília Cichlidae
G e o p h a g u s b ra s ilie n s is
Famíla Char acidae
Astyanax scabripinnis
A s ty a n a x fa s c ia tu s
A s ty a n a x a ltip a ra n a e
Hy p h e s s o b ry c o n b ifa s c ia tu s
Família G ymnotidae
G y m n o tu s s y lv iu s
Família Heptapteridae
P im e lo d e lla a v a n h a n d a v a e
P im e lo d e lla b o s c h m a i
R h a m d ia q u e le n
Im p a rfin is m irin i
Família Loricariidae
Hy p o s to m u s a n c is tro id e s
Família Poeciliidae
82
P h a llo c e ro s c a u d im a c u la tu s
Família Synbranchi dae
S y n b ra n c h u s m a rm o ra tu s
2. LISTA DE ESPÉCIES DE ANFÍBIOS ( Preparada por Cinthia A.
Brasileiro, Ricardo J. Sawaya e Marcio Martins)
Família Bufoni dae
B u fo cf . o rn a tu s
B u fo s c h n e id e ri
Família Hylidae
Hy p s ib o a s a lb o p u n c ta tu s
Hy p s ib o a s lu n d ii
Hy p s ib o a s fa b e r
De n d ro p s o p h u s jim i
De n d ro p s o p h u s m in u tu s
De n d ro p s o p h u s n a n u s
De n d ro p s o p h u s s a n b o rn i
Ita p o tih y la la n g s d o rf fi
S c in a x fu s c o m a rg in a tu s
S c in a fu s c o v a riu s
S c in a x s q u a liro s tris
S c in a x cf . b e rth a e
S c in a x cf . s im ilis
Família Leptodact yl idae
Le p to d a c ty lu s fu rn a riu s
Le p to d a c ty lu s fu s c u s
Le p to d a c ty lu s jo ly i
Le p to d a c ty lu s la b y rin th ic u s
Le p to d a c ty lu s m y s ta c in u s
Le p to d a c ty lu s cf . o c e lla tu s
P h y s a la e m u s c e n tra lis
Physalaemus cuvieri
P h y s a la e m u s fu s c o m a c u la tu s
P h y s a la e m u s n a tte re ri
P ro c e ra to p h ry s sp.
Família Microhylidae
C h ia s m o c le is a lb o p u n c ta ta
E la c h is to c le is o v a lis
83
3. LISTA DE ESPÉCIES DE RÉPTEIS
S E R P E N T E S (preparada por Ricar do J. Sawaya e Marcio Mart ins)
Família Leptot yphl opidae
Le p to ty p h lo p s k o p p e s i
cobra-cega
Família Boidae
B o a c o n s tric t o r a m a ra li
E p ic ra te s c e n c h ria c ra s s u s
jibóia
salamanta
Família Colubri dae
A p o s to le p is d im id ia t a
A tra c tu s p a n to s tic tu s
2
B o iru n a m a c u la ta
C h iro n iu s f la v o lin e a t u s
E c h in a n th e ra o c c ip it a lis
He lic o p s m o d e s tu s
Lio p h is ja e g e ri
Lio p h is m e rid io n a lis
Lio p h is p o e c ilo g y ru s s c h o tti
Ly s tro p h is n a tte re ri
O x y rh o p u s g u ib e i
O x y rh o p u s rh o m b ife r
P h a lo tris la t iv itta tu s
P h a lo tris m e rte n s i
P h a lo tris m u lt ip u n c t a tu s 3
P h ilo d ry a s a e s tiv u s
P h ilo d ry a s o lfe rs ii*
P h ilo d ry a s p a ta g o n ie n s is
P h im o p h is g u e rin i
P s e u d a b la b e s a g a s s iz ii
R a c h id e lu s b ra z ili
S ib y n o m o rp h u s m ik a n i
S im o p h is rh in o s to m a
T a n tilla cf . m e la n o c e p h a la
T h a m n o d y n a s te s h y p o c o n ia
W a g le ro p h is m e rre m ii
2
f alsa-coral
cobra-da-terr a
muçurana*
cobra-cipó
cobra-capim
cobra-d’água
cobra- ver de
cobra- listrada
cobra-capim
cobra-nar iguda
coral-f alsa
coral-f alsa
coral-f alsa
cobra- ver de
cobra- ver de
parelheira
cobra-preta
domideir a
coral-f alsa
cobra-da-terr a
jararaca-dourada
boipeva
Família Elapidae
Mic ru ru s fro n ta lis
coral- verdadeira
Família Viperidae
B o th ro p s a lt e rn a tu s
B o th ro p s ita p e tin in g a e
B o th ro p s m o o je n i
B o th ro p s p a u lo e n s is
C ro ta lu s d u ris s u s te rrific u s
urutu; urutu-cruzeiro
jararaquinha
jararaca-do- brejo
jararaca-pintada
cascavel
Registrada apenas no entorno da Estação Ecológica
84
L A G A R T O S (Preparada por Mar a C. Kief er, Ricar do J. Sawaya e
Marcio Martins).
Família Tr opiduridae
T ro p id u ru s ita m b e re
Família Pol ychrotidae
A n o lis m e rid io n a lis
P o ly c h ru s a c u t iro s tris
Família G ymnophthalmidae
Mic ra b le p h a ru s a ttic o lu s
C e rc o s a u ra o c e lla ta
C e rc o s a u ra s c h re ib e rs ii
C o lo b o s a u ra m o d e s t a
Família Teiidae
Ke n tro p y x p a u le n s is
A m e iv a a m e iv a
C n e m id o p h o ru s p a re c is
C n e m id o p h o ru s cf . m u m b u c a
Família
Ma b u y a
Ma b u y a
Ma b u y a
Scincidae
d o rs iv itta ta
fre n a ta
g u a p o ric o la
Família Anguidae
O p h io d e s s tria tu s
Q U E L Ô N I O S ( Prepar ada por Cinthia A. Br asileiro, Ricar do J. Sawaya
e Marcio Martins).
Família Chelidae
P h ry n o p s cf . v a n d e rh a e g e i
4. LISTA DE ESPÉCIES DE AVES (pr eparada por José Carlos
Motta-Junior,
Pedr o
Ferreir a
Develey
e
Marco
Antonio
Monteiro
Granzinolli).
Família Tinamidae
R y n c h o tu s ru fe s c e n s
N o th u ra m a c u lo s a
C ry p tu re llu s p a rv iro s tris
*
Registrada apenas no entorno da Estação Ecológica
Perdiz
Codor na-comum
Inhambu-Chororó
85
Família Rheidae
R h e a a m e ric a n a
Ema
Família
P h a la c ro c o ra x b ra s ilia n u s
Biguá
Família Ardeidae
A rd e a c o c o i
B u lb u c u s ib is
C a s m e ro d iu s a lb u s
E g re tta th u la
B u to rid e s s tria tu s
S y rig m a s ib ila trix
Socó-grande
Garça-vaqueir a
Garça-branca-grande
Garça-branca- pequena
Socozinho
Mar ia-f aceira
Família Threskiorni thidae
T h e ris tic u s c a u d a tu s
Me s e m b rin ib is c a y e n n e n s is
Curicaca
Corocoró
Família Ciconiidae
J a b iru m y c te ria
Tuiuiú
Família Cathartidae
C o ra g y p s a tra tu s
C a th a rte s a u ra
Urubu-comum
Urubu-cabeça- vermelha
Família Anatidae
De n d ro c y g n a v id u a ta
A m a z o n e tta b ra s ilie n s is
Irerê
Ananaí
Família Anhimidae
A n h im a c o rn u ta
Anhuma
Família Accipitridae
B u te o a lb ic a u d a tu s
R u p o rn is m a g n iro s tris
B u te o g a llu s m e rid io n a lis
B u te o g a llu s u ru b it in g a
E la n u s le u c u ru s
Ic tin ia p lu m b e a
Gavião- do-rabo-branco
Gavião- carijó
Gavião- caboclo
Urubitinga
Gavião- peneira
Sovi
Família Falconi dae
He rp e to t h e re s c a c h in n a n s
Milv a g o c h im a c h im a
P o ly b o ru s p la n c u s
Fa lc o fe m o ra lis
Fa lc o s p a rv e riu s
Acauã
Carrapateir o
Caracará
Falcão-de-coleira
Quiriquiri
86
Família Rallidae
R a llu s n ig ric a n s
P o rz a n a a lb ic o lis
Mic ro p y g ia s c h o m b u rg k ii
G a llin u la c h lo ro p u s
Saracur a-sanã
Sanã-carijó
Sanã- ocelada
Frango-d’água-comum
Família Cariamidae
C a ria m a c ris t a ta
Seriema
Família Jacanidae
J a c a n a ja c a n a
Jaçanã
Família Char adriidae
V a n e llu s c h ile n s is
Quero-quero
Família Scolopacidae
G a llin a g o u n d u la t a
Narcejão
Família Columbidae
C o lu m b in a ta lp a c o ti
C o lu m b a p ic a z u ro
C o lu m b a c a y e n n e n s is
Le p to t ila v e rre a u x i
Z e n a id a a u ric u la ta
S c a rd a f e lla s q u a m m a ta
Rolinha
Asa-branca
Pomba-galega
Jurit i-pupu
Avoante
Rolinha-f ogo-apagou
Família Psittacidae
A ra tin g a le u c o p h t h a lm u s
Fo rp u s x a n th o p te ry g iu s
B ro te g e ris c h iriri
Periquitão-maracanã
Tuim
Periquito-de-encontro-amarelo
Família Cuculidae
P ia y a c a y a n a
C ro to p h a g a a n i
G u ira g u ira
T a p e ra n a e v ia
Alma-de-gato
Anu-pret o
Anu-branco
Saci
Família Tytonidae
T y to a lb a
Suindar a
Família Strigidae
G la u c id iu m b ra s ilia n u m
R h in o p ty n x c la m a to r
A s io fla m m e u s
O tu s c h o lib a
S p e o ty t o c u n ic u la ria
Cabur é
Coruja-orelhuda
Mocho-dos- banhados
Corujinha- do-mato
Coruja-buraqueir a
87
Família Caprimulgi dae
C a p rim u lg u s p a rv u lu s
N y c tid ro m u s a lb ic o lis
Hy d ro p s a lis b ra s ilia n a
Bacurau-pequeno
Curiango
Bacurau-tesoura
Família Apodidae
C h a e t u ra a n d re i
Andor inhão-do-temporal
Família Tr ochilidae
P h a e t h o rn is p re tre i
E u p e t o m e n a m a c ro u ra
Me la n o tro c h ilu s fu s c u s
C o lib ri s e rriro s tris
C h lo ro s t ilb o n a u re o v e n tris
Hy lo c h a ris c h ry s u ra
A m a z ilia v e rs ic o lo r
A m a z ilia la c te a
A p h a n to c h ro a c irrh o c h lo ris
Rabo-branco- de-sobre- amarelo
Tesourão
Beij a-f lor-preto-e-br anco
Beija-f lor-de-orelha- violeta
Besourinho
Beij a-f lor-dourado
Beija-f lor-de-banda-br anca
Beij a-f lor-de-peito-azul
Beij a-f lor-cinza
Família Al cedini dae
C e ry le to rq u a ta
C h lo ro c e ry le a m a z o n a
C h lo ro c e ry le a m e ric a n a
Martim-pescador-grande
Martim-pescador- ver de
Martim-pescador-pequeno
Família Galbulidae
G a lb u la ru f ic a u d a
Ariramba-da-mata- virgem
Família Buconidae
N y s ta lu s c h a c u ru
João-bobo
Família Picidae
P ic u m n u s a lb o s q u a m a tu s
C o la p te s c a m p e s tris
C o la p te s m e la n o c h lo ro s
Dry o c o p u s lin e a tu s
Me la n e rp e s c a n d id u s
V e n ilio rn is p a s s e rin u s
P ic o id e s m ix tu s
Pica-pau- anão-escamado
Pica-pau- do-campo
Pica-pau- verde- barr ado
Pica-pau-de-banda-br anca
Birro
Pica-pauzinho-anão
Pica-pau- chorão
Família Rhinocr ypti dae
Me la n o p a re ia to rq u a ta
Meia- lua-do-cerrado
Família Formicariidae
T a ra b a m a jo r
T h a m n o p h ilu s d o lia t u s
T h a m n o p h ilu s ru fic a p illu s
T h a m n o p h ilu s to rq u a tu s
T h a m n o p h ilu s c a e ru le s c e n s
Choró- boi
Choca-barrada
Choca-de-chapéu- vermelho
Choca-de-asa- vermelha
Choca-da-mata
88
Fo rm ic iv o ra ru f a
Papa-f ormigas- vermelho
Família Conopophagidae
C o n o p o p h a g a lin e a t a
Chupa-dente
Família Furnariidae
Fu rn a riu s ru fu s
S y n a lla x is s p ix i
S y n a lla x is fro n ta lis
S y n a lla x is a lb e s c e n s
C e rth ia x is c in n a m o m e a
C ra n io le u c a v u lp in a
Hy lo c ry p tu s re c tiro s tris
João-de-barro
João-teneném
Petrim
Uipí
Curut ié
Arredio-do-r io
Fura-barreira
Família Dendrocolaptidae
Le p id o c o la p te s a n g u s tiro s tris
Arapaçu-do-cerrado
Família Tyrannidae
C a m p to s to m a o b s o le tu m
S u iriri s u iriri
E la e n ia m e s o le u c a
E la e n ia fla v o g a s te r
E la e n ia c ris ta ta
E la e n ia o b s c u ra
E la e n ia c h iriq u e n s is
C u lic iv o ra c a u d a c u ta
P o ly s tic tu s p e c t o ra lis
S e rp o p h a g a s u b c ris t a ta
T o d iro s tru m c in e re u m
A le c tru ru s tric o lo r
My io p h o b u s fa s c ia tu s
X o lm is c in e re a
X o lm is v e la t a
A ru n d in ic o la le u c o c e p h a la
G u b e rn e te s y e ta p a
T y ra n n u s s a v a n a
T y ra n n u s m e la n c h o lic u s
Ma c h e to rn is rix o s u s
My ia rc h u s fe ro x
My ia rc h u s s w a in s o n i
My ia rc h u s ty ra n n u lu s
P ita n g u s s u lp h u ra tu s
Me g a ry n c h u s p ita n g u a
My io d y n a s te s m a c u la tu s
My io z e t e te s s im ilis
E m p id o n o m u s v a riu s
He m itric c u s m a rg a rit a c e iv e n te r
Risadinha
Suir ir i-cinzent o
Tuque
Guaracava-de- barriga-amarela
Guaracava- de-topete
Tucão
Chibum
Papa-mosca-do- cam po
Papa-mosca-canela
Alegrinho
Relógio
Galito
Filipe
Mar ia-branca
Noivinha- branca
Viuvinha
Tesoura-do-br ejo
Tesoura
Suir ir i
Suir ir i-cavaleira
Mar ia-cavaleir a
Irrê
Mar ia-de- asa-f errugem
Bentevi
Bentevi-de-bico-chato
Bentevi-rajado
Bentevizinho- penacho- vermelho
Peit ica
Mar ia-de- olho-de- ouro
Família Pipridae
A n tilo p h ia g a le a ta
Soldadinho
Família Hirundi nidae
89
N o tio c h e lid o n c y a n o le u c a
P ro g n e c h a ly b e a
S te lg id o p te ry x ru fic o llis
T a c h y n e ta a lb iv e n te r
T a c h y n e ta le u c o rrh o a
A lo p o c h e lid o n fu c a ta
P h a e o p ro g n e ta p e ra
Família Cor vidae
C y a n o c o ra x c ris ta te llu s
Andor inha-pequena- de-casa
Andor inha-doméstica-grande
Andor inha-serradora
Andor inha-do-r io
Andor inha-de-sobre- branco
Andor inha-morena
Andor inha-do-campo
Gralha-do-cerrado
Família Tr oglodytidae
T ro g lo d y te s a e d o n
Corruíra
Família Muscicapi dae
T u rd u s le u c o m e la s
T u rd u s a m a u ro c h a lin u s
Sabiá-barranco
Sabiá-poca
Família Mimidae
Mim u s s a tu rn in u s
Sabiá-do-campo
Família Motacillidae
A n th u s lu te s c e n s
Caminheiro- zumbidor
Família Vireonidae
V ire o c h iv i
C y c la rh is g u ja n e n s is
Hy lo p h ilu s a m a u ro c e p h a llu s
Juruviara
Pit iguari
Vite- vite-de-olho-cinza
Família Emberizidae - Parulinae
G e o th ly p is a e q u in o c t ia lis
Pia- cobra
B a s ile u te ru s f la v e o lu s
Canár io- do-mato
B a s ile u te ru s le u c o p h ry s
Pula-pula- branco
P a ru la p itia y u m i
Mar iquita
Família Emberizidae - Coerebinae
C o e re b a fla v e o la
Cambacica
Família Emberizidae - Thr aupi nae
T h ra u p is s a y a c a
Sanhaço-cinzento
C o n iro s tru m s p e c io s u m
Figuinha-de-rabo-castanho
T a n g a ra c a y a n a
Saír a-amarela
T h ly p o p s is s o rd id a
Canár io-sapé
Da c n is c a y a n a
Saí- azul
E u p h o n ia c h lo ro tic a
Vi- vi
R a m p h o c e lu s c a rb o
Bico-de-pr ata
P ira n g a f la v a
Sanhaço-f ogo
N e m o s ia p ile a ta
Saír a-de-chapéu-preto
S c h is to c h la m y s ru fic a p illu s
Bico-de- veludo
N e o th ra u p is fa s c ia ta
Tiê-do-cerrado
90
C y p s n a g ra h iru n d in a c e a
Bandoleta
Família Emberizidae - Emberizinae
Z o n o tric h ia c a p e n s is
Tico-tico
A m m o d ra m u s h u m e ra lis
Tico-tico-do-campo- verdadeiro
A rre m o m fla v iro s tris
Tico-tico- do-mato
S ic a lis c itrin a
Canar inho-rasteiro
S ic a lis lu te o la
Tipio
S ic a lis f la v e o la
Canár io- da-terra
E m b e riz o id e s h e rb ic o la
Canár io- do-campo
E m b e riz o id e s y p ira n g a n u s
Canár io- do-brejo
V o la tin ia ja c a rin a
Tiziu
S p o ro p h ila c a e ru le s c e n s
Coleirinho
S p o ro p h ila lin e o la
Bigodinho
S p o ro p h ila le u c o p te ra
Chorão
S p o ro p h ila b o u v re u il
Caboclinho
S p o ro p h ila p lu m b e a
Patativa- verdadeira
C h a rito s p iz a e u c o s m a
Mineirinho
C o ry p h a s p iz a m e la n o tis
Tico-tico- do-campo
C o ry p h o s p in g u s c u c u lla tu s
Tico-tico-rei
Família Emberizidae - Cardinalinae
S a lt a to r s im ilis
Trinca-f erro-verdadeiro
S a lt a to r a tric o llis
Bico-de-piment a
Família Emberizidae - Icterinae
P s e u d o le is te s g u ira h u ro
Chopim-do- brejo
Mo lo th ru s b o n a rie n s is
Chopim
G n o rim o p s a r c h o p i
Pássar o-preto
Família Fringillidae
C a rd u e lis m a g e lla n ic u s
5.
-
LISTA
DE
ESPÉCIES
Pint assilgo
DE
M AMÍFEROS
( prepar ada
por
Alexandro Marques Tozetti, Adriana de Arruda Bueno, Sonia Crist ina da Silva
Belentani, José Carlos Motta-Junior & Norberto Lopes Hülle)
Ordem Didelphimorpha
Família Didelphi dae
Did e lp h is a lb iv e n tris
G ra c ilin a n u s sp.
Mo n o d e lp h is k u n s i
gambá
cuíca
cuíca
Ordem Xenarthra
Família Das ypodidae
91
C a b a s s o u s u n ic in c tu s
Da s y p u s s e p te m c in c tu s
Da s y p u s n o v e m c in c t u s
E u p h ra c tu s s e x c in c t u s
tatu-de-rabo-mole
tatuí
tatu-galinha
tatu-peludo
Família M yrmecophagidae
My rm e c o p h a g a trid a c ty la
T a m a n d u a te tra d a c ty la
tamanduá- bandeira
tamanduá-m irim
Ordem Artiodact yla
Família Cer vidae
Ma z a m a sp.
veado-mateir o ou veado-catingueiro
Ordem Carnivora
Família Canidae
C e rd o c y o n th o u s
C h ry s o c y o n b ra c h y u ru s
cachorro- do-mato
lobo-guará
Família Felidae
P u m a c o n c o lo r
He rp a ilu ru s y a g o u a ro u n d i
Le o p a rd u s p a rd a lis
suçuarana
jaguarundi
jaguatirica
Família Mustelidae
Lo n tra lo n g ic a u d is
lontra
Família Procyonidae
P ro c y o n c a n c riv o ru s
Nas ua nas ua
mão-pelada
quati
Ordem Rodent ia
Família Cuniculidae
C u n ic u lu s p a c a
paca
Família Caviidae
C a v ia a p e re a
preá
Família Das yproctidae
Da s y p ro c ta a z a ra e
cutia
Família Echim ydae
C ly o m y s b is h o p i
rato de espinho
Família Erethizontidae
C o e n d o u p re h e n s ilis
ouriço-cacheiro
92
Família Hydr ochoer idae
Hy d ro c h o e ru s h y d ro c h a e ris
capivara
Família Muridae
B o lo m y s la s iu ru s
C a lo m y s te n e r
N e c to m y s s q u a m ip e s
O ly g o ry z o m y s n ig rip e s
O ry z o m y s s u b fla v u s
O x y m y c te ru s cf . ro b e rti
R a ttu s ra ttu s
rato
rato
rato
rato
rato
rato
rato
Ordem Lagomorpha
Família Leporidae
S y lv ila g u s b ra s ilie n s is
Le p u s e u ro p a e u s
tapit i
lebr e européia
Estação Experimental de Itirapina:
1. LISTA DE ESPÉCIES DE ANFÍBI OS (Preparada por Mar ia
Tereza Chiar ioni Thomé)
Família Bufoni dae
B u fo cf . o rn a tu s
B u fo s c h n e id e ri
Família Leptodactilydae
Eupe m phix natte reri
Phys alae m us cuvie ri
Le ptodactylus m ys tacinus
2. LISTA DE ESPÉCIES DE RÉPTEI S (Preparada por Mar ia Tereza
Chiarioni Thomé)
SERPENTES
Família Colubridae
Erythrolam prus ae s culapii
Le ptotyphlops koppe s i
Liophis re ginus
Phalotris m e rte ns ii
Oxyrhopus guibe i
93
Família Viperidae
Crotallus duris s us
LAGARTOS
Família Gymnophthalmidae
Colobos aura m odes ta
Família Scincidae
Mabuya fre nata
3. - LISTA DE ESPÉCIES DE M AMÍFEROS (preparada por Norberto
Lopes Hülle)
Ordem Didelphimorphia
Família Didelphi dae
Did e lp h is sp.
Ordem Artiodact yla
Família Cer vidae
Ma z a m a sp.
Ordem Carnivora
Família Canidae
C e rd o c y o n th o u s
C h ry s o c y o n b ra c h y u ru s
Família Felidae
Pum a concolor
Família Procionidae
Procyon concrivorus
Família Mustelidae
Cone patus s em is triatus
Ordem Lagomorpha
Família Leporidae
Sylvilagus brasiliensis
Ordem Rodentia
Família Hidrochoeridae
Hydrochaerus hydrochaeris
Família Cuniculidae
Cuniculus paca
Família Dasyproctidae
Das yprocta sp.
Ordem Xenarthra
94
Família Dasypodidae
Cabas s ous unicinctus
Das ypus s p.
Euphractus s e xcinctus
Família Myrmecophagidae
Tam andua te tradactyla
3.3. Situação Fundi ária
3.3.1. Aspectos for mais sobre o domínio dos imóveis
As Unidades de Conser vação de Itir apina pertencem a cat egorias
de grupos dist intos, de acordo com o previsto no Art. 7º da Lei Federa l
9.985/2000.
A
Est ação
Ecológica
de
Itirapina
pertence
ao
grupo
das
Unidades de Pr oteção Integral e a Est ação Exper imental assemelha-se às
pertencentes ao Grupo das Unidades Sustentáveis.
Não obstante essas caracter íst icas específ icas, a posse e o
dom ínio dos imóveis abrangidos por ambas as Unidades devem ser públicos,
o que implicou na desapropriação de ár eas particulares de f orma a compor
sua área atual.
A origem das Unidades de Conser vação aqui tratadas remonta ao
ano de 1944, quando a part ir do Decreto Lei n.º 14 627, uma área de 726 ha
f oi declarada de Utilidade Pública para f ins de aquisição pela Fazenda do
Estado , “mediante desapr opr iação Judicial ou por via am igável, dest inada a
construção de um hospital colônia para penf igosos“, sendo destinado à
Secretar ia da Saúde Pública e da Assist ência Social. Tal ár ea não cumpriu
seu objet ivo inicial e f oi, em 1957, transf erida para o patrimônio da
Secretar ia da Agricultura, dest inada a trabalhos do Ser viço Florestal, através
do Decr eto n.º 236.
A partir daí at é o ano de 1966, inúmer as outras áreas cont íguas
f oram sendo paulatinament e desapr opriadas e incorporadas ao Ser viço
Flor estal da Secret aria da Agricultura, em f unção da “necessidade de
95
expansão dos trabalhos de pesquisa e r ef lorestamentos” af etos ao Ser viço
Flor estal. Alguns dos decretos f oram:
1.
Decr eto n.º 28 236 de 26/04/1957
Município de Itirapina
Gleba 2 da Fazenda Santa Em ília
Área de 726 ha
2.
Decr eto n.º 32 086 de 28/11/1958
Município de Itirapina
Área de 471,90 ha
3.
Decr eto n.º 36 441 de 04/04/1960
Município de Itirapina
Área de 797,34 ha
4.
Decr eto 37 298 de 29/09/1960
Município Itir apina
Área de 113,50 ha
5.
Decr eto n.º 37 867 de 28/12/1960
Município de Itirapina
Área de 28,90 ha
6.
Decr eto 39 235 de 18/10/1961
Município de Itirapina
Área de 58,90 ha
7.
Decr eto 4 --- de 19/12/1961
Município e área não leg íveis
8.
Decr eto n.º 44 163 de 02/12/1964
Município Brotas
Área de 1. 472, 57 ha
9. Decr eto n.º 45 967- G de 28/01/1965
Município Itir apina
Área de 114, 315 ha
4
Ilegível no documento disponível.
96
Os
documentos
desapr opr iatór ios
Imóveis
dominiais,
encontram-se
r esultantes
assent ados
nos
dos
livros
procedimentos
de
Registro
do Cartór io do 2º Of icial de Registro de Imóveis, T ít ulos
de
e
Documentos e Civil de Pessoa Jur ídica de Rio Claro. Em 27 de junho de
1984, através da edição do Decreto Estadual n.º 22.335 (Anexo 2) uma área
de 2.300 ha, integrante da área da Estação Exper imental de Itirapina f oi
desaf etada e neste local f oi criada a Estação Ecológica de Itirapina, de
f orma a preser var uma amostra signif icativa de vegetação de cerrado, ali
existente.
Embora existam disparidades em relação às áreas totais nos
dif erentes documentos apreciados, de acordo com análises cartográf icas, a
área ef etivamente ocupada pelas UC’s integradas totaliza 5512,81 ha. Tais
disparidades indicam que a pesquisa e a reunião de documentos não se
esgotaram, sendo necessár io pesquisar outros cartór ios, eventualmente em
outras comarcas. Fato é que, há décadas, a ocupação da área se dá de
f orma mansa e pacíf ica e os lim ites não são contestados.
A p rio ri o Estado ainda não f ormalizou o dom ínio de t ais áreas
através da lavr atura de Escr itura e Certidão individualizada.
A adoção das providências necessárias à transf erência do dom ínio
de f orma def initiva, para a Fazenda do Estado, com o equacionamento
f ormal do aspecto dominial das áreas das Unidades de Conser vação, deve
se dar através do estabelecimento de Procedimento Judici al Retificat ório,
proposto e conduzido pela Procuradoria Geral do Estado – Regional de
Campinas, com o acompanhamento da Assessoria de Estudos Patrimoniais
da Inst ituição e a colaboração da Equipe Técnica da Estação Experimental e
Estação Ecológica de Itirapina.
97
3.3.2.Uso e ocupação
As
Unidades
de
Conser vação
não
possuem
irregular idades
consolidadas no que se r ef ere ao uso e ocupação dos imóveis construídos,
inseridos em seus limites. Os imóveis são dest inados ao uso inst itucional ou
ainda
são
utilizados
como
residência
de
f uncionários,
a
serviço
da
inst ituição.
As divisas são bem def inidas, seja por acidentes geográf icos (rios
e
corpos
d’água),
antrópicos
(marcos
geodésicos,
f errovia,
cercas
de
imóveis, etc.).
Em relação aos limites das Unidades ocorre uma inadequação
f ormal, na região conhecida como “Sessenta alqueir es”, um pequeno istmo
situado no limite oeste das Unidades, entre a Ferrovia e o Córrego do
Lobinho. Este trecho, de cerca de 140 ha não f oi incluído no memor ial
descr itivo da Estação Ecológica, permanecendo, portanto, como Estação
Exper imental sob o aspecto f ormal. Entr etanto, os “sessenta alqueires” estão
geograf icamente localizados em área cont ígua à Ecológica e f ormam um
cont ínuo com a vegetação de cerrado ( campos úmidos) tam bém da Estação
Ecológica. Assim, para f ins de manejo e de planejamento esta área é
considerada
um
trecho
da
Unidade
de
Proteção
Int egral,
devendo
oportunamente ser a ela incorporada f ormalmente, através da reedição do
Decreto Estadual n. º 22.335/84, com a adequada retif icação do memor ial
descr itivo.
Outra situação de uso dif erenciado e não adequado ref ere-se a
área de 290,40 ha, localizada no setor nordeste da Estação Ecológica e
noroeste da Estação Experiment al, limitada a leste com a represa do Br oa ou
do Lobo. Este trecho da Estação Experimental teve sua doação à USP
autorizada pelo governador do Estado através da Lei n.º 9. 756/97, para, de
acordo com o art. 1º da citada Lei “fin s d e e x p a n s ã o d a s a tiv id a d e s d e
98
e n s in o
e
p e s q u is a
da
E s c o la
de
E n g e n h a ria
de
S ão
C a rlo s ,
e,
e s p e c ia lm e n te , d e im p la n ta ç ã o d o C u rs o d e E n g e n h a ria A m b ie n ta l”. O artigo
3º da Lei n. º 9.756/ 97 diz ainda :
d a e s c ri t u ra d e v e r ã o c o n s t a r c l á u s u l a s e c o n d i ç õ e s q u e a s s e g u re m a
e f e t i v a u t i l i za ç ã o d o i m ó v e l p a ra o s f i n s a q u e s e d e s t i n a , v e d e m s u a
a l i e n a ç ã o a t e rc e i r o s s o b q u a l q u e r t í t u l o e f i x e m u m p r a z o d e 2 a n o s ,
c o n t a d o s d a d a t a d a e s c ri t u ra d e d o a ç ã o , p a r a i mp l a n t a ç ã o d o C u rs o
d e E n g e n h a ri a A m b i e n t a l , s o b p e n a d e r e ve rs ã o d o i mó v e l à d o a d o ra .
A doação, mediante lavratura de escritura não foi efetivada e o assunto tramita
pela Procuradoria Geral do Estado através do Processo n.º 3.874de 1993-PR-6/PGE. Os
eventuais projetos ou interesses da Escola de Engenharia de São Carlos/USP sobre a “área
dos cento e vinte alqueires” constam no Processo USP n.º 73.1.21383.1.9. De acordo com
informações verbais da Direção da Escola de Engenharia de São Carlos, a USP não teria
mais interesse naquele imóvel doado, em função da recente criação do Cam pus II da USP
em São Carlos, onde foi adequadamente instalado o Curso de Engenharia Ambiental, e
também em função da ausência de recursos financeiros para manutenção da área.
O local situado no setor norte da Estação Ecológica, entre a Represa do Lobo e
o Ribeirão do Braga possui uma pista de pouso e alguns imóveis instalados pela
Universidade de São Paulo no final da década de 80 para o funcionamento da
Administração, de um Hangar, Galpão e uma residência. Tais equipamentos, que resultam
numa área total construída de 2.892,03 m2, encontram-se deteriorados e em fase demolição
promovida pela própria USP, dada a ausência de uso.
Ressalta-se que, este setor situado às margens da Represa possu i
caracter ísticas ambientais relevant es, formando um cont ínuo com o campo
cerrado da Estação Ecológica. Assim, considerando-se que o dom ínio da
área é do Inst ituto Flor estal (Ser viço Florestal) af ora os demais aspectos
relat ivos ao uso e ocupação citados anteriormente, em agosto de 2005 f oi
elaborado um docum ento pela equipe da Estação Ecológica de Itirapina, com
trâmite
interno
no
Instituto
Florest al
sugerindo
que
se
requeira
a
reintegração de posse da área. Este procedimento tam bém deverá ser
proposto e conduzido pela Procuradoria Geral do Estado – Regional de
Campinas, com o acompanhamento da Assessoria de Estudos Patrimoniais
da Inst ituição e a colaboração da Equipe Técnica da Estação Experimental e
Estação Ecológica de Itirapina.
99
3.4 Fogos e outr as ocorrências excepcionais
O f ogo é uma ocorrência comum em quase todos os ecossistemas
savânicos e campestres do mundo e sempre est iver am associadas com o
Cerrado ao longo de sua histór ia evolutiva, dif erentemente das f lorestas,
onde o f ogo é geralmente destrut ivo (Coutinho 1990).
Sabe-se que o f ogo era causado por eventos natur ais, como raios,
atividades vulcânicas e também a f ricção entre rochas, mas após a chegada
do homem e da f ormação de grupos sociais, a principal causa de f ogo no
Cerrado cont inua sendo antrópica, sobretudo devido à agricultura e pecuár ia
(Cout inho, 1990). Estes f ogos, em que pese as restr ições legais, são
causados pela adoção de queimadas como prática corriqueira no processo
de ocupação e limpeza de ár eas para eliminar restos de cult uras, pragas e o
manejo de pastagens.
Embora o f ogo possa ser um f ator importante para determinar as
f isionom ias do Cer rado, seus ef eitos sobre a vegetação dependem da
f reqüência, intensidade e época em que ocorre e traz conseqüências diretas
a estrutura e a composição f lor íst ica (SILVA, 1987; COUTINHO, 2002;
HOFFMANN; MOREIRA, 2002). As plantas do Cerrado dif erem quanto à
tolerância ao f ogo e sua capacidade de recuperação após uma queimada
( Moreira, 1996). Muitas espécies do cerrado s e n s u la to , bem como dos
campos úmidos, são tolerantes e até dependentes do f ogo para completar
seus ciclos de vida (COUTINHO, 2000; TANNUS, dados não publicados).
Queimadas esporádicas f avor ecem a manutenção da diversidade f lor íst ica e
f isionôm ica
( MOREI RA,
1996;
COUTINHO,
2002)
e
evitam
o
acúmulo
excessivo de biom assa seca combust ível que pode acarretar incêndios
incontroláveis (CO UTINHO, 1990). Por outro lado, a reincidência do f ogo, em
curtos per íodos, pode acarretar um empobrecimento da f lora, elim inando
100
espécies
sensíveis
e f avorecendo espécies t olerantes
ou dependentes
(COUTINHO, 1990; HOFFMANN; MO REI RA, 2002). A prot eção contra o f ogo
induz mudanças graduais na densidade de espécies arbustivo- arbóreas,
tendendo a f isionomias mais densas ( MOREIRA, 1996) , desde que as
caracter ísticas pedológicas suportem vegetação de maior port e.
Discussões atuais convergem para a opinião de que as unidades
de conser vação do Cerrado devem adotar o f ogo como f erramenta de
manejo, de modo que as áreas não perm aneçam longos per íodos sem sof rer
queimadas ( MEDEIROS, 2002). I ncêndios controlados de baixa int ensidade
podem
colaborar
para
a
manutenção
da
diversidade
f itof isionôm ica
(COUTINHO, 1990), além de representar uma alternativa par a o controle de
espécies invasor as (Pivello & Norton, 1996), ainda que algumas plant as
exóticas (como B ra c h ia ria spp. e P te rid iu m a ra c h n o id e u m ) sej am tolerantes e
benef iciadas
pelo
f ogo.
No
entant o
deve-se
ressaltar
que
dif erentes
f isionom ias apresentam variações quanto à tolerância ao f ogo. Assim,
f isionom ias
mais
densas
tendem
a
ser
mais
sensíveis
à
queimadas
recorrentes. O per íodo seco ou também conhecido com o de est iagem,
compreendido entre os meses de junho a outubr o caract eriza-se pela baixa
umidade do ar, aumentando assim os riscos de ocorrência de incêndios.
O f ogo nas Estações Ecológica e Experimental é principalment e
ocasionado
(manutenção
por
da
queimadas
linha
provocadas
f érrea,
pela
queimadas
vizinhança
para
das
past agens,
unidade s
limpeza
de
pequenas propriedades rurais, entre outras) e ainda, por pescadores,
caçadores, morador es e visitantes que utilizam a área par a atividades não
compat íveis com os objetivos da Unidade e ainda a prát ica tradicional e
daninha de conf eccionar e soltar balões. É caracterist icamente de superf ície
e se move rapidamente, queimando respect ivament e ár eas naturais ou
plantios de pinus e eucaliptos, que r epr esentam os pr incipais combust íveis
para o f ogo. As caracter íst icas deste combust ível, pr incipalmente em relação
101
à quantidade e umidade, inf luenciam no comportamento do f ogo, ou seja, na
intensidade,
temperatura,
duração,
distribuição
espacial
e
altura
das
chamas.
Assim, apesar de ser reconhecido como um elemento natural e um
dos f atores determinantes das f isionomias de Cerrado, o f ogo tem sido
tratado como uma ameaça para a conservação, induzindo diver sas Unidades
de Conser vação a adotarem uma polít ica de extremo controle do f ogo, seja
ele natural ou antrópico.
Sob esta ótica, a adoção de técnicas de prevenção é o melhor
caminho para evitar a ocorrência de incêndios f lorestais, possibilitando
proteger de f orma mais ef iciente todos os recursos existentes dentro dos
lim ites das Unidades.
A realização de aceiros per iódicos, a existência de uma equipe de
vigilância atuante, de f orma a coibir ações irregulares ou inadequadas que
podem ocasionar incêndios, e ainda de uma Br igada de Incêndio bem
treinada e equipada, reduzem de f orma signif icativa os impactos negativos
resultantes das queimadas.
No município de Itir apina, outros f enômenos naturais que af etaram
os
recursos
das
Unidades,
resum iram-se
em
raras
ocorrências
como
demonstrado a seguir:
- Abalo sísmico de baixa intensidade: 19/02/2005
- Vendaval
f orte:
Fim
da
década
de
70
(derrubou
aproximadamente metade de um talhão de P in u s )
Os locais de maior incidência de Incêndios Florestais nas Unidades
de Conser vação de Itirapina, nos últimos anos, estão apresentados na Figur a
15.
A ocorrência de queimadas é comum nas Unidades de Itirapina.
Nos últ imos anos f oram registradas queimadas com dif erentes int ensidades e
épocas de ocorrência (BRASILEI RO, 2004). Na Estação Ecológica o f ogo
esteve presente nos anos de 2000, 2001, 2002 e 2003, at ingindo dif erentes
102
103
áreas,
sendo
reincidente,
em
anos
consecut ivos,
em
alguns
locais
(BRASILEI RO, 2004) . Ainda que não existam dados sobre os ef eitos do f ogo
na vegetação local, obser vações f eitas após a ocorrência de alguns destes
incêndios permitem algumas especulações:
- A ocorrência de queimadas pode est ar inf luenciando a
manutenção de f isionomias abertas na Estação Ecológica, no entanto,
outras
var iáveis
também
devem
estar
envolvidas
nas
var iações
f isionôm icas locais, tais como topograf ia, drenagem e padrões de solo,
de modo que algum as f isionomias abertas podem ser naturais e, neste
caso, a proteção contra o f ogo não conduzirá a f isionomias mais
f echadas.
- A reincidência do f ogo em áreas úmidas, em inter valos
curtos, pode estar alterando os processos naturais desses ambientes e
a dinâmica das vegetações higróf ilas. Embora as f lorest as ripár ias
sejam consideradas como barreiras à dispersão de f ocos de incêndio e
locais de ref úgio para a f auna durant e a ocorrência de queimadas
(COUTINHO, 1996), incêndios recorrentes podem estar causando a
f ragmentação destas f lorestas e dif icultando a regeneração natural.
Fragmentos
em
estágio
inicial
de
sucessão
parecem
ser
particularmente bast ante vulneráveis à ação de queimadas sucessivas
(TANNUS, obser vação pessoal).
- Ainda que alguns estudos (tais como PIVELLO; NORTON
1996, PRINTES et al. 1998) recomendem a utilização do f ogo como
f erramenta de controle de espécies invasoras, dependendo da época e
da
f reqüência
de
ocorrência,
as
queimadas
podem
f avorecer
a
expansão dos f ocos de invasão, t endo em vista que algumas espécies
são tolerantes ao f ogo e se benef iciam da remoção da cobertura nat iva
para se disseminarem.
104
3.5 - Ati vi dades desenvol vi das nas Unidades de Itirapina
3.5.1. Ati vidades apropriadas
O sucesso do manejo de uma Unidade de Conser vação não
depende só de seus recursos naturais como agentes f acilit adores; mas,
basicamente do desenvolvimento de programas de manejo, adequados aos
objetivos para os quais ela f oi criada.
No
caso
da
Est ação
Ecológica
de
Itirapina
os
programas
desenvolvidos procuram dir igir-se à conser vação dos recursos, visando
produzir uma base de conhecimento sólida para at ingir seus objet ivos de
manejo.
Atualmente, a Unidade cont a com um programa de pesquisa com
projetos (Anexo 3) oriundos de pesquisadores do próprio Instituto Florestal,
ou, na maioria dos casos, desenvolvidos por pesquisadores de outras
Instituições de Pesq uisa como o I nstituto de Botânica, o Instit uto Butantam e
Universidades como USP, ESALQ/USP, UNESP, UNICAMP, Universidade
Federal de Brasília, Fundação Universidade de Mar ingá, entr e outras.
São estudos que visam a ef etiva conservação in s itu de recursos
genéticos,
envolvendo
levantamentos
f lor íst icos
e
f aunísticos,
f itossociolog ia, biologia e ecologia de espécies, recuperação de áreas
alteradas,
entre
outros.
Parte
dos
r esultados
desses
t rabalhos
f oram
utilizados como subsídio na elabor ação deste estudo em dif erentes tópicos,
de acordo com a per tinência.
Com
o
objetivo
de
atender
aos
pr oblemas,
promover
suas
potencialidades e buscar a ef etiva prot eção dos recursos naturais, inclusive
recuperando ár eas ambientais alteradas, estabeleceu-se com o prior idade de
manejo
da
Est ação
Ecológica
de
It irapina,
identif icar,
minimizar
e/ou
erradicar o processo de regeneração de espécies invasoras na área da
105
Estação Ecológica de Itirapina, dif icultando o f luxo de sementes, bem como
suas f ontes propagadoras.
Espera- se ainda, que levantamentos f lor ísticos e f itossociológicos
sejam conduzidos no sent ido de propiciar a seleção das espécies mais
apropr iadas para a f ormação de uma bar reira natural, de f orma a interromper
o transporte do material gênico indesejável. Outras medidas de manejo serão
necessárias para a condução dessa problemát ica, no entant o, práticas com o
a retirada manual desse material (espécimes exóticos do gênero P in u s sp),
devem ser mant idas e até mesmo int ensif icadas.
Os programas e / ou atividades do manejo da Est ação Ecológica
utilizam-se dos recursos humanos, equipamentos, implem entos e inf raestrutura da Estação Experiment al. Dest aca-se o caso do alojamento, muito
utilizado por pesquisadores das dif erentes instituições atuantes na área, no
desenvolvimento de seus trabalhos. Este quadro impõe à Est ação Ecológica
a programação e as prior idades da Estação Exper imental, o que nem sempr e
represent a uma medida f avorável ao manejo da área da Unidade de Proteção
Integral.
O manejo da Estação Ecológica de Itirapina considera, hoje,
questões ambientais relevantes e promove atividades conser vacionistas
signif icat ivas, que poderão ser otim izadas se supr idas as def iciências.
Ati vidades de Pesquisa
Dentre as ações relativas à pesquisa, destacam-se:
-
Disponibilização de inf ormações técnico - cient íf icas sobre as Unidades
de Itirapina ao meio cient íf ico e aos dem ais interessados;
-
Divulgação ao meio cient íf ico e demais interessados, das normas da
Secretar ia do Estado de Meio Ambiente e do I nstituto Florestal relat ivas
106
à realização de pesquisas cient íf icas em Unidades de Conser vação
estaduais;
-
Apoio
e
monitoramento
de
pesquisas
e
atividades
didát icas
de
universidades, em realização nas Unidades de Itirapina;
-
Análise e encam inhamento de projetos de pesquisa a ser em realizados
nas Unidades de It ir apina para a COTEC (Comissão Técnica Cient íf ica) /
Instituto Florestal;
-
Cadastramento dos projetos de pesquisa cient íf ica em realização nas
Unidades de It irapina;
-
Divulgação
interna
à
Equipe
Técnica,
dos
projetos
de
pesquisa
aprovados;
-
Compilação, catalog ação e disponibilização para consulta do material
bibliográf ico resultante das pesquisas cient íf icas;
-
Monitoramento realizado na área de am ortecimento da Unidade, quanto
a eventuais impactos ambientais.
Ati vidades do Programa de Uso Público
As principais ações são:
-
Educação Ambiental - projetos com escolas municipais e estaduais,
capacitação de pr of essores, etc.;
-
Implantação de trilhas;
-
Organização
de
eventos
-
exposições,
apresentações
musicais,
caminhadas, plantios, e outros;
-
Apresentação da Unidade em eventos ext ernos (exposições);
-
Elaboração de material visual (placas) e de mater ial inf ormativo sobre
as Unidades (banners, f olders, entre outr os).
107
At i vi dades de Proteção e Fiscalização
As principais ações são:
-
Fiscalização das áreas naturais, bem como todo patr imônio construído,
monitoramento e or ientação à visit ação pública, combate à incêndios
f lorestais ;
-
Rondas f reqüentes com trajetos e horários aleatórios;
-
Atividades eventuais de f iscalização, r ealizadas em conjunto com a
Polícia Ambiental.
Ati vidades de Manutenção
As principais ações são:
-
Manutenção dos bens móveis e imóveis;
-
Manutenção de aceir os, estradas, cam inhos e acessos à Unidade;
-
Manutenção de áreas verdes e jar dins das áreas de adm inist ração e uso
público;
-
Apoio
ao
desenvolvimento
das
at ividades
vinculadas
aos
demais
programas.
Ati vidades de Adm inistração
Desenvolve at ividades de apoio aos demais setores das Unidades com
destaque par a:
-
Administração de recursos humanos;
-
Administração dos recursos f inanceiros disponíveis;
-
Programação mensal de atividades e recursos necessár ios;
-
Contratações de serviços terceir izados e aquisições de m ateriais em
geral;
-
Controle dos veículos, equipament os e materiais em uso;
-
Acompanhamento
de
contratos,
análise
e
instrução
de
processos,
relatór ios, e demais document os de car áter administrat ivo;
108
-
Controle da documentação of icial em tramitação interna e externa;
Além das atividades anteriormente citadas, desenvolvem-se nas
Unidades de It irapina ações r elacionadas a r ecuperação de áreas alt eradas,
manutenção de estr adas, combat e e prevenção de incêndio f lorestais (28km
de aceir os só na Est ação Ecológica), bem como as demais ações inerentes a
qualquer programa de operações.
3.5.2 - Ati vi dades conflitantes e ilegais
Estação Experimental de Itirapina
Localizada em área lim ítrof e a zona urbana do Município de
Itirapina a Estação Exper imental é suscept ível a diversas ações negativas e
problemas tais como:
-
Atos
de
vandalismo
provocando
danos
aos
experimentos
instalados dos projet os de pesquisa em andamento;
-
Danos aos recursos naturais e aos equipamentos da ár ea de
Uso Público, provocado por visitantes com postura inadequada;
-
Prática de caça e pesca ilegais;
-
Utilização irregular da ár ea para pastoreio de gado bovino e
eqüino;
-
Vulnerabilidade das áreas lim ítrof es às estradas e f errovias à
entrada de invasores, à f ocos de incêndios acidentais, etc.
-
Indução a ocorrência de incêndio para post erior utilização
irregular de tais áreas para pastagens de gado;
-
Compactação do horizonte superf icial do solo, pelo pisoteio do
gado, possibilitando o início dos processos de erosão;
109
-
Disseminação da B ra c h ia ria d e c u m b e n s
e outras gram íneas
através do esterco bovino;
-
Disseminação de ectoparasitos (carrapatos e ácaros) podendo
ocasionar doenças para a f auna nativa;
-
Utilização
das
trilhas
abertas
pelo
gado
por
caçadores,
dif icultando a ação da vigilância;
Estação Ecológica de Itirapina
-
Contam inação dos ambientes de cerrado por P in u s oriundos de
dispersão de sementes da Estação Experimental e de talhões
remanescentes dest a espécie exót ica na Estação Ecológica;
-
Invasão de gram íneas (B ra c h ia ria ) com descaracterização da
vegetação nat iva, principalmente ao longo dos caminhos e
aceiros da Unidade.
-
Ocorrência de incêndios recorrentes em regiões específ icas da
Unidade, muitos deles induzidos em f unção do uso de sua área
de entorno;
-
Impacto
oriundos
provocado
de
pelo
propriedades
pastoreio
vizinhas.
do
Na
gado
e
de
eqüinos,
época
da
seca
os
proprietários destes animais ateiam f ogo, e quando a vegetação
rebrota, cortam a cerca e introduzem os animais dentro da
Estação Ecológica. A f reqüência desta prática dim inuiu em
f unção da f iscalização e conscient ização dos vizinhos;
-
Trânsito de pessoas não aut orizadas nos lim ites da Unidade;
-
Contaminação das águas e assoreamento do Ribeirão da Água Vermelha
pelo uso de práticas agrícolas inadequadas quanto à conservação do solo no
entorno da Estação Ecológica (antiga área de propriedade da empresa
Santista), incluindo a eutrofização e assoreamento do ribeirão;
110
-
Ausência de dom ínio ef etivo de área de trecho de 120 alqueir es,
recoberto
de
vegetação
de
cerr ado,
cont ígua
à
Est ação
Ecológica e lim ítrof e com a Represa do Lobo, transf erida à USP
em 1997. Não houve ocupação ef etiva daquela inst ituição na
área, onde são cr iados animais domésticos, onde ocorr em atos
de vandalismo nas construções em est ado de r uína, exist entes
no local.
111
3.6. - Aspectos Inst itucionais das Unidades de Conser vação
3.6.1 Pessoal
Os
recursos
hum anos
disponíveis
nas
Unidades
não
são
suf icientes par a o desempenho de todas as at ividades pr evistas. A área
administrat iva está r azoavelmente suprida, porém a grande def iciência est á
nas áreas de uso público e operacional.
O corpo técnico atual é composto de 03 f uncionár ios do Instituto
Flor estal:
-
Um Engenheiro Agrimensor – Resp. Estação Experimental de Itirapina
(IF)
-
Um Pesquisador Cient íf ico I (Ecóloga) – Coordenador do Programa de
Uso Público (IF)
-
A administração dispõe de 04 pessoas, sendo 03 f uncionários e 1
estagiár io:
-
Dois Técnicos de Apoio a Pesquisa
(IF)
-
Um Auxiliar de Apoio a Pesquisa
-
Um Estagiár io FUNDAP (nível médio)
(IF)
A área de uso público possui 3 pessoas, sendo 2 f uncionários e 1
estagiár io:
-
01 Pesquisador Cient íf ico I (Ecóloga) – Coordenador do Programa de
Uso Público (IF)
-
01 Braçal (IF)
-
01 Estagiário FUNDAP (nível médio)
-
A equipe oper acional é composta de apenas 21 f uncionár ios ef etivos
do Estado e 1 f uncionário da Fundação Florestal:
-
15 Trabalhadores Br açais (IF)
-
05 Auxiliar de Apoio (IF)
-
01 Vigia (IF)
-
01 Of icial de Ser viços (Fundação Flor est al)
112
Desta f orma, f ica claro que a atual est rutura obr iga a equipe a
maximizar esf orços e potencialidades, no sentido de suprir as def iciências
existentes,
sendo
atividades
de
necessário
f orma
a
pr ior izar
garantir
o
ações,
organizar
f uncionamento
das
e
adequar
as
Unidades.
É
imprescindível a contratação de r ecursos humanos, com cargos e f unções
condizentes com as ações e atividades previstas nos programas de manejo.
Entre as necessidades preementes destaca-se a abertur a de concurso
público (por parte do Gover no Estadual) para contratação principalmente de
vigias para Unidades de Conser vação.
O quadro f uncional m ínimo, para manter em condições sat isfatórias
as diversas f rentes de trabalho, dever á ser composta de 51 f uncionários,
conf orme se ver if ica na tabela a seguir.
Tabela 8: Quadro f uncional m ínimo necessár io para as UCs de
Itirapina
CO NT R AT AÇ ÃO
SIT U AÇ ÃO AT U AL
02 Pes q u is a d or es
Ci e nt íf ic os
01 As s is t en t e téc n ic o
/E n ge n h eir o Agr im ens or
0 2 T éc n ic os de Ap o i o
P es q u is a ( IF )
01 O f ic i a l d e S er v iç os
01 O f ic i a l d e A po i o
06 Aux i l i ar d e A po i o
16 T r a ba l ha d or es Br aç a is
01 V ig i a
O f ic i a l d e S er v iç os e
Ma n ut e nç ã o( P edr e ir o)
T o t al e xi st en t e: 30
NE C E S S ÁR I A
01
01
09
07
03
A c o n t r at a r: 21
SIT U AÇ ÃO D E S EJ ÁV EL
02 Pes q u is a d or es
Ci e nt íf ic os
02 En g e nh e ir o s - F lor es t a l/
A gr im ens or
02 T éc n ic os d e A p oi o
P es q u is a
02 O f ic i a l d e S er v iç os
01 O f ic i a l d e A po i o
06 Aux i l i ar S er v iç os G er a is
28 T r a ba l ha d or es Br aç a is
08 v i g ias
03 O f ic i a l d e S er v iç os
T o t al d e s ej áv e l: 51
As TABELAS a seguir apresentam a situação atual dos recursos
humanos disponíveis, inclusive est agiários:
113
Tabela 9 – Funcionários públicos, do Inst ituto Florest al, lotados na E.Exp.
n. º
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
Car g o
F u nç ã o / Ár e a
de At u aç ã o
P es q u is ad or
Ci e nt íf ic o I
P es q u is ad or
Ci e nt íf ic o I
Res p. E .
Ec ol .
Co or d.
Pr og .Us o
P úb l ic o
Res p.
As s is t e nt e T éc n ic o de
Es t . Ex p.I t ir ap i
A po i o a P es qu is a
na
A ux i l i ar d e A p oi o à
A dm in is tr at i v a
P es q u is a
A ux i l i ar d e A p oi o à
O p er ac i o na l
P es q u is a
A ux i l i ar d e A p oi o à
O p er ac i o na l
P es q u is a
A ux i l i ar d e A p oi o à
O p er ac i o na l
P es q u is a
A ux i l i ar d e A p oi o à
O p er ac i o na l
P es q u is a
A ux i l i ar d e A p oi o à
O p er ac i o na l
P es q u is a
T éc nic o d e A p o io a
A dm in is tr at i v a
P es q u is a
T éc nic o d e A p o io a
A dm in is tr at i v a
P es q u is a
O f ic i a l d e A p oi o a
O p er ac i o na l
P es q u is a
Ní v e l de
qu a l if ic aç ã o
S up er i or –
B io l o g ia
S up er i or –
Ec ól o g a
T em po n o s er v .
P úb l ic o ( a nos )
12
11
S up er i or –
E ng .F l or es ta l
11
B ás ic o
46
B ás ic o
13
B ás ic o
23
B ás ic o
13
B ás ic o
27
Mé d i o
37
Mé d i o
21
Mé d i o
29
Mé d i o
44
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
11
114
27
n. º
28
29
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
Car g o
F u nç ã o / Ár e a
de At u aç ã o
T r aba l h ad or B r aç a l
O p er ac i o na l
B ás ic o
44
V ig i a
O p er ac i o na l
Mé d i o
11
Ní v e l de
qu a l if ic aç ã o
11
T em po n o s er v .
P úb l ic o ( a nos )
Tabela 10 – Ser vidores públicos, da Fundação Florestal, lot ados na
E.Exp.Itir apina
n. º
1
Car g o
F u nç ã o / Ár e a
de At u aç ã o
Ní v e l de
qu a l if ic aç ã o
T em po n o s er v .
P úb l ic o
( an os )
O f ic i a l d e m an u te nç ão
Ma n ut e nç ã o
Mé d i o
11
Tabela 11 – Est agiár ios
1
1
Ca rg o
F u n ç ão / Ár e a d e At u aç ão
Nív e l d e q u al if i c a ção
Es t a g iár i o F u n da p
Us o Pú b l ic o
Cur s a nd o n í ve l m éd io
Es t a g iár i o F u n da p
A po i o A dm in is tr a t i vo
Cur s a nd o n í ve l m éd io
A equipe lot ada atualmente na Estação Experimental compost a de
30 f uncionários e servidor es, apresenta f aixa etária elevada:
Menos de 40 anos.........................................04 pessoas
Entre 40 e 45 anos .......................................09 pessoas
Entre 46 e 50 anos .......................................01 pessoas
Entre 51 e 55 anos .......................................05 pessoas
Entre 56 e 60 anos .......................................04 pessoas
Acima de 60 anos......................................... 07 pessoas
O tempo de serviço, em conseqüência das idades, tam bém é
considerável e cerca de 53% dos f uncionár ios já têm mais de 55 anos de
idade e portanto com certeza nos próximos 05 anos ocorrerá um rápido e
115
cont ínuo processo de esvaziamento no quadro de pessoal da Unidade. É
necessário e urgente a contratação de pessoal, não só para supr ir as
def iciências já exist entes, como também para subst ituição daqueles que por
aposentadoria ou outras causas, deixarem de compor o quadro de recursos
humanos da Unidade.
Por outro lado, ser ia inter essante que os atuais f uncionários e
ser vidores participassem no processo de capacitação daqueles que vierem a
ocupar os mesmos cargos/f unções, de forma a não ocorrer interrupção nos
trabalhos, o que ser ia altamente prejudicial às Unidades.
3.6.2 Infra-estrut ur a, Equipamentos e Ser viços
Situada em área urbana do Município de It irapina a Estação
Exper imental é dotada, há vár ios anos de inf ra-estrutura para o seu
f uncionamento,
bem
como
para
o
atendimento
às
residências
aqui
instaladas.
No entanto, os sistemas de água, energia e telef onia estão
obsoletos, e ser iam ente prejudicados pelos anos de uso. A rede de energia
elétr ica, por exemplo, deverá ser totalmente adequada para atender às
necessidades atuais de consumo, ampliadas no decorrer dos anos, com a
instalação de equipamentos imprescindíveis ao f uncionamento da Unidade,
como, por exemplo, microcomputador es, f ax, internet, entre outros.
Apesar dos problemas, a Unidade possui:
-
Energia elétrica: trif ásica ( 110 e 220 V) – Concessionária
Elektro
Água encanada, trat ada: f ornecida pelo Departamento Autônomo
de Água e Esgoto do Município de Rio Claro – DAAE
Esgoto: rede de esgoto apenas nas residências
Telef one: 2 linhas telef ônicas e sistema de f ax
Coleta de lixo: duas vezes por semana realizada pela própria
Unidade
116
-
Sistema de radio-comunicação, f ixo, f alta móvel (em veículo) e
portáteis (HT)
Os imóveis dest inados à Adm inistração da Estação Exper imental e
Ecológica de Itirapina const ituem-se de:
-
18
01
01
01
01
02
01
01
01
01
01
01
Residências
Sede adm inistrativa / Escritór io
Base adm inistrativa da E.Ecol.
escr itório Técnico
Alojamento para pesquisadores e f uncionários
Guaritas
Alojamento de apoio/ “Escolinha”
Almoxar if ado
Of icina mecânica
Garagem para veículos, tratores e equipamentos
Galpão par a eventos
Serrar ia e marcenaria
Algumas dessas est ruturas necessitam de ref ormas, adequações,
instalações de novos equipamentos, para serem objet o de terceir ização e
destinação
de
usos
destinados
à
m elhor
atender
a
administração
ou
pesquisadores, bem como o público em geral.
A tabela 12 apresenta a situação atual dos imóveis existentes na
Unidade
Tabela 12 – Relação de Imóveis das Unidades de Itirapina
N.º do
imóvel
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
Tipo do
imóvel
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Casa
Ocupante
Helena Dutra Lutgens
João Marinho Gonçalves
Benedito Teixeira
Osvaldo Barbosa
João de Arruda
Olair Raimundo
Eduardo Argeu
Desocupada
Domingos de Campos
Claudio Correa Porto
Eduardo Bernardin
Base de Pesquisa
José Ernando Filho
Desocupada
Desocupada
Edmilson Traldi
VAL (ONG)
Cargo/função
Pesquisador I
Braçal
Braçal
Auxiliar Apoio a Pes.
Braçal
Oficial Apoio a Pesq.
Braçal
Auxiliar Apoio a Pesq.
Auxiliar Agropecuário
Auxiliar Apoio a Pesq.
Auxiliar Apoio a Pesq.
Braçal
Cooperação/Parceria
Situação
atual
Bom
Bom
Bom
Regular
Regular
Regular
Regular
Péssima
Bom
Bom
Bom
Regular
Bom
Regular
Boa
Bom
Bom
117
Equipamentos
A Unidade tem a sua disposição alguns bens pertencentes ao
Instituto Florestal cuja Tabela 13, a seguir, apresenta aqueles atualmente
em uso. No entanto diversos equipamentos estão sendo adquiridos através
do
termo
de
compromisso
e
compensação
ambiental
(TCCA)
entre
a
Secretar ia do Meio Ambiente do Estado de São Paulo/Inst it uto Florestal e
encontram-se em processo de incorporação no patrimônio do Estado.
Tabela 13: Relação de Equipamentos das Unidades de It irapina
TIPO
Caminhão
Utilit ário
Carro pipa
Veículo passeio
Moto
Microcomputador
Camioneta
Moto
Tanque de combate a
incêndios
Roçadeira Costal
Trator c/ implementos
Máquina f ot. digital
Gps
Microcomputador
QUAN
01
02
01
01
01
01
01
01
SITUAÇÃO ATUAL
Regular
Bom/Regular
Regular
Regular
Regular
Bom
Bom
Bom
UNIDADE
E.Exp.
E.Exp./ E.Ecol.
E.Exp.
E.Exp.
E.Exp.
E.Exp.
E.Exp.
E.Exp.
01
Bom
E.Ecol.
02
01
01
02
01
Bom
Bom
Bom
Bom
Bom
E.Ecol
E.Ecol
E.Ecol
E.Ecol
E.Ecol
3.6.3 Estrut ura Organizacional
A Secretar ia Estadual do Meio Ambiente – SMA dispõe de um a
estrutura organizacional par a adm inistrar a realidade ambiental do Est ado de
São Paulo. As questões ligadas ao ambiente são distribuídas em duas
Coordenador ias Técnicas, bem como em seus Inst itutos de Pesquisa e
órgãos vinculados. Dentro dessa estrut ura, encontra-se o Instituto Florestal,
cujo
organograma
parcial
é
apresentado
a
seguir,
permitindo
sit uar,
hier arquicamente, as Estações Ecológica e Exper imental de Itirapina.
118
INSTITUTO FLORESTAL
Divisão de Dasonomia
Assessoria de
Programação
DIRETORIA
GERAL
Conselho
Técnico
Divisão de Florestas e
Estações Experimentais
Divisão de Reservas e
Parques Estaduais
Serviço de Comunicações
Técnico Científicas
Divisão de
Administração
Seção Técnica
de Tupi
OUTRAS
E.EXP.ITIRAPINA
E.EC.ITIRAPINA
Neste contexto est á inserida a Seção Técnica de Tupi, à qual estão
subordinadas,
além
da
Estação
Experimental
de
Itirapina
e
Estação
Ecológica de It irapina, as seguintes Unidades de Conser vação: Floresta
Estadual Edmundo Navarro de Andrade - FEENA, Est ação Exper imental de
Tupi, Estação Ecológica de Ibicatu, Est ação Exper imental de Araraquara e
Estação Ecológica de São Carlos.
Essa regionalização permite racionalizar os recursos humanos e
materiais, além de dar maior agilidade nos tramites de processos e demais
document os adm inistrativos, técnicos ou outros.
As Unidades que compõem a Seção Técnica de Tupi desenvolvem
programas e projetos de acordo com os objetivos da cat egoria de manejo à
qual pertencem, bem como com suas caracter ísticas f ísicas e estruturais,
sendo que as ações volt adas à pr oteção e a pesquisa encontram-se
contempladas em quase todas.
No caso específ ico da Estação Ecológica de Itirapina os programas
são Pesquisa e Pr oteção. Isso de m aneira nenhuma restringe as suas
atividades. O programa de Pesquisa, por exemplo, possui um grande número
de projetos de pesquisa em andamento na Unidade e a integração entr e
eles, coloca a Unidade em posição de destaque na Inst ituição. No caso do
119
programa de Proteção, seu desenvolvimento dá-se em parte com estrutur a
(recursos humanos, veículos e equipamentos) da est ação experimental e em
parte
com
os
pesquisadores,
em
t rabalho
de
campo
na
Unidade.
Ressaltamos ainda, o important e papel de alguns conf rontantes como a
RIPASA, na prevenção e combat e à incêndios f lorestais nas Estações.
A Estação Exper imental conta com ações distintas af etas aos
programas de administração, operações, pesquisa e uso público.
O organograma abaixo apresenta a atual estrutura das Unidades,
através da qual se busca atender, com os recursos humanos disponíveis, os
programas em desenvolviment o e suas atividades associadas.
3.6.4 Recursos Financeiros
Os recursos f inanceiros necessários à gestão da Unidade são
solicitados mensalmente ao Inst ituto Florestal, na f orma de adiantamentos,
porém a regularidade e as liber ações geralmente não atendem a todos os
elementos de despesa. Dessa f orma, criam-se situações prejudiciais ao
planejamento de at ividades e ao desenvolviment o do manejo da Unidade.
Esses recur sos são provenientes do Tesouro do Estado e do Fundo Especial
120
de Despesa do Instituto Flor estal.
Nos exercícios anter iores, até 2003,
f oram também disponibilizados recursos através da Fundação Florestal.
Os dados da Tabela 14 mostram os recursos disponibilizados nos
anos de 2000 a 2004.
Os recursos solicitados nos anos de 2000, 2001,
2002, 2003 e 2004 f oram liberados com restrições orçamentárias que
permitir am apenas que f ossem atendidas as necessidades em ergenciais.
As
def iciências
or çamentár ias
da
Instituição
não
per mitiram
investimentos dur ante longo per íodo, uma vez que não houve liberação de
recursos dest inados a obras, aquisições de equipamentos ou mat eriais
permanent es. Por outro lado, grande parte dos recursos era vinculada ao
pagamento de tarifas de energia elétrica, água, esgoto e telefones.
Dessa f orma, os valores dest inados à manutenção real e aplicação
nos programas e at ividades imprescindíveis ao cumpr imento dos objet ivos da
criação das Unidades, f icaram seriamente prejudicados, por serem muit o
aquém das necessidades.
Tabela 14 - Orçamento das Unidades de Itirapina nos últimos 5
anos (período jan/2000 a dez/2004)
An o
20 0 0
20 0 1
20 0 2
20 0 3
20 0 4
otal
IN V E ST IM ENT O
( O b r a s e M at e r ia i s
P er ma n e n t e s)
Ma t er ia is e
S er v iç os
T arif a s
T o t al
0, 0 0
83 . 90 0, 0 0
30 . 10 0, 0 0
11 4 .0 0 0, 00
0, 0 0
71 . 55 0, 0 0
32 . 85 0, 0 0
10 4 .4 0 0, 0
0, 0 0
9. 4 10 ,0 0
33 . 66 8, 0 0
43 . 07 8, 0 0
0, 0 0
27 . 20 0, 0 0
36 . 00 0, 0 0
63 . 20 0, 0 0
0, 0 0
28 . 40 0, 0 0
41 . 00 0, 0 0
69 . 40 0, 0 0
0, 0 0
22 0 .4 6 0, 00
17 3 .6 1 8, 00
39 4 .0 7 8, 00
56 %
44 %
10 0%
P er c en t u ai s d e ap l i c aç ão
d e r e cu rso s p o r t ip o d e
d e sp es a
121
3.6.5 Cooper ação Institucional
Os processos institucionais de parceria estabelecidos estão relacionados em
especial às atividades de educação ambiental da Estação Experimental e atividades de
pesquisa, da Estação Ecológica. Na Estação Experimental está lotado o projeto SócioEducativo em desenvolvimento denominado “Flor da Idade, Flor da Cidade”, onde a
Prefeitura de Itirapina e a Associação Promocional da Paróquia de Itirapina (APPI)
trabalham com jovens estudantes nas dependências da Estação Experimental de Itirapina,
visando reduzir a evasão escolar, educar e capacitar este público para inserção no mercado
de trabalho.
Outra parceria, esta ocasional, é a estabelecida entre o Programa de Uso
Público da Estação Experimental de Itirapina e as escolas da rede municipal e estadual, que
desenvolvem projetos de educação ambiental.
As atividades de pesquisa que se desenvolvem na Estação Ecológica
caracterizam-se como uma parceria muito relevante sob a ótica científica, com destaque
para a atuação do Instituto de Biociências da USP e o Programa de Pesquisa da Estação
Ecológica, que tem gerado um bom número de teses e dissertações sobre as áreas de
cerrado da Unidade, e ainda com a realização de cursos de graduação e pós-graduação
Universitária centradas em atividades de campo na área.
A execução do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental referente à
Duplicação da SP-225 / Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, no trecho de
influência direta das Unidades de Itirapina, formalizado entre a SMA/FF e a CENTROVIAS
SISTEMAS RODOVIÁRIOS S.A., implicou num aporte de recursos importantes para
diversas atividades e estruturação das Unidades, podendo sob esta ótica ser considerado
uma parceria entre esta empresa e as Unidades de Itirapina.
122
3.7 Declaração de significância
Estação Ecológica
A Estação Ecológica de Itirapina situa-se em uma bacia sedimentar (Figura 16)
caracterizada por relevo suavemente ondulado, com formas pouco dissecadas, e solos
predominantemente arenosos (VICENTE et al., 2005).
Fonte: Imagem Landsat-TM 1999
N
Figura 16 - Imagem de satélite da região de Itirapina contendo os limites (linha amarela) da
bacia sedimentar com solos predominantemente arenosos.
Os remanescentes de vegetação natural, espalhados por toda a bacia, são
amostras da vegetação desta região caracterizada predominantemente por cerrados
abertos, especialmente campo limpo, campo sujo e campo cerrado. Formações mais
fechadas como cerrado s e ns u s tricto e cerradão, são raras nesta região. As fisionomias
abertas de Cerrado são extremamente raras no Estado de São Paulo e, em 1992, elas
representavam apenas 2% das áreas de cerrado do estado (PROBIO/SMA-SP, 1997). Além
disso, nos últimos 20 anos, mais de 95% da área de campos e campos cerrados do estado
123
foram
destruídas,
principalmente
para
a
formação
de
pastagens
e
agricultura
(PROBIO/SMA-SP, 1997; PARKER; WILLIS, 1997).
Os cerrados abertos abrigam uma flora e uma fauna características, com vários
elementos endêmicos a essas formações. Para mamíferos, aves, lagartos, serpentes e
anfíbios, as formações de cerrado mais fechadas na bacia de Itirapina apresentam fauna
mais pobre (com menor número de espécies) do que aquelas das formações mais abertas.
Esse padrão contradiz a tendência global de maior riqueza em ambientes mais complexos e,
portanto, mais produtivos (e. g., HAWKINS et al., 2003). Como exemplo, uma amostragem
relativamente intensiva no cerradão do Vermelhão, na Estação Experimental de Itirapina,
resultou na obtenção de apenas quatro espécies de anfíbios anuros (M. T. C., THOMÉ,
dados não publicados), ao passo que o campo sujo da Estação Ecológica abriga 18
espécies de anuros (BRASILEIRO, 2004). Isso se deve, em grande parte, ao fato de não
haver áreas extensas de formações mais fechadas na região, ou seja, não há área
suficiente para sustentar populações viáveis de vertebrados de ambientes mais fechados.
Esse efeito da diversidade regional sobre a diversidade local parece ser de ampla
ocorrência e vem sendo enfatizado nas últimas décadas (p. ex., RICKLEFS, 1987, 2004;
Ricklefs e Schluter, 1993).
Ao contrário do que ocorre com os fragmentos de vegetação mais fechada, na
região de Itirapina ocorrem fragmentos de fisionomias abertas suficientes, em número e em
área, para manter uma riqueza relativamente alta de vertebrados característicos destas
fisionomias. Neste contexto, a Estação Ecológica de Itirapina assume importância crucial,
por ser o maior fragmento contínuo de formações abertas de Cerrado da região. Ocorrem na
estação, por exemplo, 32 espécies de mamíferos, 185 de aves, 15 de lagartos, 34 de
serpentes e 28 de anfíbios anuros (M. MARTINS, J. C. MOTTA-JÚNIOR e colaboradores,
2005, dados não publicados).
Além do exposto acima, a fauna da Estação Ecológica de Itirapina inclui diversas
espécies ameaçadas (PROBIO/SMA-SP, 1998), com cerca de 7 espécies entre os
mamíferos, 5 espécies de aves, e três répteis, dentre estes um colubrídeo endêmico e raro
(Lys trophis natte re ri), conforme descritos anteriormente no item “Fauna”, deste documento.
124
Na Unidade observam-se ainda várias espécies de anfíbios endêmicas de formações
abertas do Cerrado, como, por exemplo, Leptodactylus labyrinthicus , L. furnarius , L.
m ys tacinus , Phys alae m us ce ntralis , P. fus com aculatus , P. nattere ri, Odontophrynus cf.
m oratoi, também referenciados no item específico de fauna.
No que se refere à diversidade vegetal, muito pouco se conhece sobre a flora
herbáceo-subarbustiva, principal componente destes ambientes, embora estimativas atuais
apontem para uma elevada riqueza de espécies. Os hábitats abertos são provedores de
recursos não apenas para a fauna, na forma de alimento, área de vida, locais de descanso
ou rotas de fuga, mas também para o homem. Muitas espécies herbáceo-subarbustivas
apresentam potencial farmacológico, sendo comumente exploradas, na maioria das vezes
de maneira irracional, e comercializadas como fitoterápicos (FILGUEIRAS, 2002), estando
sujeitas à extinção, antes que seu potencial genético e químico seja conhecido (SÃO
PAULO, 1997). Além disso, um grande número de espécies apresenta parentesco com
espécies de interesse agrícola, representando inestimáveis recursos genéticos para
programas de melhoria agrícola (FILGUEIRAS, 2002). Outro aspecto importante a ser
destacado é que, pelo fato das espécies herbáceo-subarbustivas serem mais suscetíveis às
alterações ambientais, elas podem ser utilizadas como parâmetro para se avaliar o grau de
influência antrópica de uma área. Adicionalmente, alguns estudos têm sugerido que os
remanescentes do Cerrado localizados no revés das Cuestas Basálticas, que inclui a região
de Itirapina, apresentam uma maior diversidade em comparação com outras áreas do
Estado, diversidade esta atribuída às condições ambientais típicas da região (SÃO PAULO,
1997).
Há de se considerar também que os ambientes aquáticos ou semi-aquáticos,
como as florestas ripárias e os campos úmidos, são de extrema importância na manutenção
da qualidade da água dos mananciais e na proteção contra o assoreamento dos cursos
d’água (FONSECA et al. 2001), além de constituírem áreas de refúgio para várias espécies
da flora e da fauna.
As florestas ripárias do Cerrado são consideradas elos de ligação entre as
grandes formações florestais do Brasil (Floresta Amazônica e Floresta Atlântica) (SILVA
125
JÚNIOR et al. 2001). Sua flora é composta por elementos endêmicos, além de espécies das
Florestas Amazônica, Atlântica e de florestas semideciduais (FELFILI et al. 2001), que
encontram nas condições ribeirinhas a compensação para a baixa fertilidade do solo e baixa
umidade atmosférica. Tanto na Estação Ecológica, quanto na Experimental, podem ser
encontrados remanescentes de florestas ripárias muito bem preservados.
Os campos úmidos são ambientes ainda pouco estudados, mas em geral,
apresentam uma surpreendente diversidade florística, a despeito da aparente monotonia da
vegetação (TANNUS; ASSIS, 2004a). São comunidades muito suscetíveis às variações na
umidade do solo e, portanto, possuem um caráter de fragilidade acentuado. Apresentam
estrutura e composição florística bastante variável em diferentes regiões de ocorrência
(GOLDSMITH, 1974, TANNUS; ASSIS, 2004b). Em geral sua flora não apresenta
endemismos e abriga elementos também encontrados em campos rupestres e veredas
(TANNUS; ASSIS, 2004a,b). As áreas cobertas por campos úmidos na Estação Ecológica
são as maiores e mais bem preservadas do Estado de São Paulo (DURIGAN, com.
pessoal).
Estação Experimental
A Estação Experimental de Itirapina tem, juntamente com outras estações
experimentais do Estado de São Paulo, um papel de destaque no meio silvicultural do país,
uma vez que nas décadas de 50 e 60 do século XX o Governo estadual criou um novo
modelo de desenvolvimento florestal, consolidando a pinocultura no território estadual.
De acordo com GUILLAUMON et. al., 2004, a maior parte dessas unidades teve
papel fundamental na difusão do reflorestamento no Estado, sobretudo nos anos 60 e 70,
quando vigoraram os incentivos fiscais para o plantio de florestas.
As atividades florestais desenvolvidas nesta e em outras unidades semelhantes
permitiram o desenvolvimento de uma política florestal, e ainda consistem em um estoque
regulador de produtos florestais, em especial para o mercado consumidor não verticalizado.
De forma indireta, a oferta destes produtos no mercado contribuem ainda para minimizar a
pressão sobre os recursos florestais nativos.
As pesquisas deste setor produtivo, com
126
enfoque nas essências arbóreas exóticas, também têm relevância no meio científico e
empresarial.
A Estação Experimental de Itirapina, criada no final dos anos 50 cumpre, desde
aquela época, uma destacada função social no município, disponibilizando a população local
um tradicional local para recreação e lazer.
E por fim, os recursos florestais da Estação Experimental têm um significativo
potencial para otimizar a qualidade de vida da população local, na exploração sustentada e
múltipla de seus recursos, absorvendo mão de obra terceirizada, estabelecendo parcerias,
associações ou outros grupos organizados da sociedade civil.
Aqüífero Guarani
Outra característica notável, inerente às Unidades de Itirapina reside no fato
situarem-se na recarga do aqüífero guarani, conforme Guillaumon & Kronka, 2004, conforme
se verifica na Figura 17.
De acordo com os autores anteriormente citados, o Instituto Florestal, administra
45 unidades no Estado de São Paulo localizados na faixa abrangida pelo Aqüífero Guarani,
sendo 11 na zona de exposição do Arenito Botucatu e do Pirambóia, que representam suas
áreas de recarga. Somente na faixa de recarga, sem contar as das regiões limítrofes, elas
compõem hoje uma rede de 5 Estações Ecológicas (E.Ec.), 1 Parque Estadual(P.E.), 1
Floresta Estadual (F.E.) e 4 Estações Experimentais (E.E.). Com o grave comprometimento
que já se verifica nos mananciais mais superficiais, a conservação deste magnífico corpo
d’água é uma preocupação que ganha destaque internacional.
Por todas as características aqui citadas, as duas Estações constituem um
mosaico imprescindível quer seja para a conservação dos recursos naturais; quer seja pela
garantia da melhor qualidade de vida no planeta.
127
Figura 17 – Cobertura Vegetal em área de Reflorestamento sobre um setor do Aqüífero
Guarani no Estado de São Paulo. GUILLAUMON et. al., 2004.
128
Em se tratando de unidades próximas a centros
urbanos e por estar em limitadas por represa, rodovias
Uso conflitante
de alta circulação e propriedades particulares sob
intenso uso agropecuário e florestal, este critério
permite indicar quais zonas requerem maior atenção
em relação aos impactos, a maior parte das vezes
externos, mas também internos. A Zona de Uso
Conflitante indica muito bem essas áreas.
4.6. Normas gerais
Este documento não apresenta em detalhe as normas, nem de caráter geral, nem
de caráter específico, por considerar que essas definições fazem parte do manejo, e que
devem ser elaboradas após a aprovação do plano pelo Conselho Técnico do IF, bem como
pelo CONSEMA.
No entanto, algumas diretrizes para orientar a elaboração de normas práticas para
a implementação do manejo das unidades de Itirapina, tornam-se pertinentes:
- Os responsáveis pela implantação das ações estabelecidas neste plano devem
obrigatoriamente implementar o programa de monitoramento, seja qual for o grau dos seus
programas de manejo. Um relatório anual deve ser apresentado aos órgãos superiores e se
possível, à comunidade, através dos seus representantes, ou Conselho Consultivo, propiciando
assim uma avaliação externa adequando os de procedimentos e rumos a serem percorridos.
- A Instituição de um Conselho Consultivo, de acordo com o estabelecido em lei,
deve ser uma meta a ser cumprida no primeiro ano após a aprovação deste plano.
- As propostas aqui apresentadas são produtos do consenso da equipe técnica e
de funcionários que atuaram nesse planejamento. Sendo possível, deverá haver sempre um
responsável por cada uma das áreas estratégicas, visando desenvolver cada programa aqui
descrito.
149
vegetais ou animais. Quanto maior esse índice, mais
restritiva deve ser a zona escolhida.
Áreas de transição
Inclui aquelas áreas que possuem características de
mais de um ambiente. Como a maioria das vezes
essas áreas possuem maior diversidade, elas devem
ser tomadas em conta no momento de decidir o tipo
de zona, pois quanto mais rica, mais restritiva deve ser
a zona escolhida.
Susceptibilidade ambiental
É um critério relacionado com a fragilidade dos
ambientes. Quanto mais frágil e susceptível, mais
restritiva deve ser a classe de zona escolhida para
essa área. Seja pela sua fragilidade natural ou pela
condição em que se encontra, este critério deve
manter as condições que a protegem.
Potencial de visitação
Considera que as unidades do IF possuem um
potencial considerável para serem visitadas e a
oportunidade de conscientização ambiental daqueles
que as visitam. Este critério determina esse potencial
para aquelas zonas que podem resistir os impactos da
presença humana. Zonas de uso intensivo e extensivo
existem para aproveitar essas condições.
Presença de infraestrutura
A provável existência de alguma infraestrutura pode
fazer a diferença entre um tipo de zona e outro.
Estradas de acesso, guaritas, centros de visitantes,
entre outras, podem determinar que uma zona permita
ou não certas atividades de lazer, pesquisa ou
fiscalização.
148
Mas, independente dessa observação anterior, apresenta-se a descrição de cada
critério e a definição dos diversos graus de intervenção.
Definição dos critérios para o zoneamento.
Grau de conservação da vegetação
Diz a respeito do estado de conservação da paisagem
e seus elementos, especialmente a vegetação. Quanto
mais conservada e mais próxima do seu estado
natural, mais restritiva é a zona. A fragmentação de
áreas pode criar nuances na determinação de zonas
intangíveis, dirigindo-as para zonas primitivas, ou
mesmo de recuperação.
Variabilidade ambiental
É aquele critério definido pela variabilidade do relevo e
ambientes
diferenciados
que
ocorrem
numa
determinada zona. Quanto mais variável a paisagem,
mais restrita deve ser a zona. Outros elementos
podem ser o grau de drenagem, ou a presença de
corpos d’água e os tipos de solos dentro de uma
unidade paisagística.
Representatividade
Definido
pelo grau
de
inclusão
de
ambientes
representativos da unidade como um todo; ou seja, os
ambientes mais representativos. Neste critério estão
incluídas as espécies em extinção, endêmicas, raras
ou representativas dos ecossistemas presentes na
UC. Da mesma forma considera áreas que possuem
atributos que condicionaram a criação da unidade.
Diversidade de espécies
Está relacionado com a riqueza de espécies, sejam
147
Estação Experimental
Zona de Manejo.....>
Uso
Uso Intensivo
Uso Especial
Uso Extensivo
M
M
B
M
B
A
B
M
M
B
B
A
B
M
B
M
A
A
M
A
A
B
B
M
A
A
A
A
M
A
A
M
A
B
B
M
Conflitante
Grau da conservação da
vegetação
Variabilidade ambiental
Representatividade
Diversidade
Áreas de transição
Susceptibilidade ambiental
Potencial de visitação
Presença de Infraestrutura
Uso conflitante
Grau de intervenção: (A)= Alto
(M)= Médio
(B)= Baixo
Uma das razões para aceitar essa recomendação diz respeito às possibilidades
que existem de haver mudanças no estado físico das zonas com o tempo e com o grau de
utilização que estas possam chegar a ter no futuro, especialmente quando se integra uma
unidade de proteção integral com uma de uso sustentável.
146
Susceptibilidade
ambiental
A
M
B
M
A
B
M
B
M
A
B
B
B
B
A
B
B
A
M
A
Potencial de visitação
Presença de
Infraestrutura
Uso conflitante
Estação Experimental
Zona de Manejo.....>
Primitiva
Recuperação
Manejo Florestal
M
B
A
M
B
B
A
A
A
A
M
B
A
A
B
A
M
B
M
M
A
M
M
A
M
B
M
Grau da conservação da
vegetação
Variabilidade ambiental
Representatividade
Diversidade
Áreas de transição
Susceptibilidade ambiental
Potencial de visitação
Presença de Infraestrutura
Uso conflitante
145
– A Zona de Uso Extensivo sofreu ainda outras alterações como, por exemplo,
passou a ser denominada Zona de Recuperação, em trecho próximo ao
córrego do Geraldo. Entretanto, em área contígua ao “Porto”, deixou de ser
Zona Experimental e veio incluir a Zona de Uso Extensivo.
4.5.3. Critérios para a determinação das Zonas de Manejo
De acordo com as recomendações do IBAMA no seu Roteiro Metodológico de
Planejamento (2002), é recomendável analisar cada zona de acordo com certos critérios que
justifiquem a escolha da melhor denominação como zona de manejo.
A equipe responsável por este plano decidiu realizar o processo oposto; ou seja,
analisar cada zona e determinar a intensidade de cada critério de acordo com o grau de
intervenção existente, uma vez que já é bastante conhecida a vocação de cada zona ou área.
Como poderá ver-se no quadro que se segue, cada unidade mostra suas zonas, avaliando os
critérios de seleção de acordo com o os diferentes graus de intervenção que manifestam as
zonas para o momento da execução deste plano.
Tabela 15 – Zonas, critérios de seleção e graus de intervenção das Unidades de Itirapina.
Estação Ecológica
Zona de Manejo
Intangível Primitiva
Recuperação
Interferência
Uso
Experimental Conflitante
Grau da conservação
CRITÉRIOS
da vegetação
A
A
B
A
B
A
A
B
A
B
A
A
M
A
B
A
A
B
A
B
M
A
A
A
A
Variabilidade
ambiental
Representatividade
Diversidade
Áreas de transição
144
Figura 19 - Uso do Solo na Zona de Amortecimento
143
inciso XVIII). Para as Unidades de Itirapina, partiu-se dos limites das bacias hidrográficas que
influenciam as Unidades, quais sejam, Bacia do Itaqueri e do Lobo que juntas deságuam na
Represa do Broa ou Lobo. E ainda, adicionaram-se áreas contíguas cuja vegetação
representa expressiva relevância do ponto de vista ambiental. Excluíram-se as áreas urbanas
dos municípios de Itirapina e Brotas.
Dentre as principais alterações do zoneamento, destacamos:
1. Na Estação Ecológica:
– A Zona Intangível é composta somente pelos campos úmidos da Unidade. Os
campos cerrados, campo sujo, campo limpo e ainda o cerrado s ens u strictu
foram transferidos para a Zona Primitiva.
– Área da USP: Os campos úmidos passaram para Zona Intangível e não mais
Zona Primitiva. A área alterada com a implantação de infra-estrutura, hoje
completamente abandonada e em estado de deteriorização foi para Zona de
Recuperação e não mais Zona de Uso Especial.
– Não está previsto mais Zona de Uso Extensivo na Estação Ecológica.
– O talhão 94 está inserido na Zona de Uso Conflitante, deixando, portanto de
compor a Zona de Recuperação.
– Zona de Interferência Experimental: Esta zona foi preconizada nesta versão
com porção de área anteriormente compondo a Zona Primitiva, com o intuito
de possibilitar pesquisas que possam interferir na biota.
2. Na Estação Experimental:
– A Zona de Uso Especial concentrou-se somente na área com toda a infraestrutura administrativa, alterando o zoneamento anterior no qual estava
previsto duas outras áreas nesta zona.
– Grande parte do cerrado Vermelhão deixou de compor a Zona de Uso
Extensivo e passou para a Zona Primitiva e Zona de Recuperação.
142
é contemporizar a situação existente, estabelecendo procedimentos que minimizem os
impactos sobre a unidade. Na Estação Ecológica constitui-se pelo talhão 94 com plantio de
Pinus caribae a hondure ns is e Pinus tecunum anii, implantados anteriormente à criação da
Unidade. No restante, constitui-se pelas linhas férreas e estradas que cortam a Estação
Experimental.
h) Zona de Interferência Experimental - específica para estações ecológicas é
aquela constituídas por áreas naturais ou alteradas pelo homem, sujeitas a alterações definidas
no Artigo 9o parágrafo 4o e seus incisos da Lei do SNUC, mediante o desenvolvimento de
pesquisas, correspondendo ao máximo de 3% da área total da estação ecológica, limitada até
1500 ha conforme previsto em lei. O seu objetivo é o desenvolvimento de pesquisas
comparativas em áreas preservadas. Na Estação Ecológica de Itirapina é localizada na porção
sul, onde encontra um gradiente vegetacional composto por campo cerrado, campo sujo,
campo úmido e ainda, uma área em processo de recuperação oriunda do antigo talhão 93
plantado com Pinus caribaea hondurens is , cujo corte foi efetuado em 2000.
i) Zona de Manejo Florestal – é aquela que compreende as áreas de florestas
nativas ou plantadas, com potencial econômico para o manejo sustentável dos recursos
florestais, cuja diretriz principal é a de conciliar os interesses de exploração e o uso múltiplo
das florestas com os de conservação objetivando: uso múltiplo sustentável dos recursos
florestais, geração de tecnologia e de manejo florestal. Também são permitidas atividades de
pesquisa, educação ambiental e interpretação. É constituída pelos talhões das florestas
implantadas de Pinus e Eucalyptus da Estação Experimental, com exceção dos talhões (50,
51, 56, 57a, 57b, 62, 63a, 63b, 72a, 72b, 72c, 72d, 72e, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80,
81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88a, 88b e 89) que compõem a Zona de Recuperação.
j) Zona de Amortecimento (Figura 19) - O entorno da unidade de conservação,
onde as atividades humanas estão sujeitas as normas e restrições específicas, com o
propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade (Lei 9.985/2000 Artigo 2º,
141
e) Zona de Recuperação - é aquela que contém áreas consideravelmente
alteradas ou degradadas pelo homem. É uma zona transitória, a qual, uma vez recuperada,
será incorporada em uma das zonas pertinentes à preservação, ou zonas permanentes. As
espécies exóticas introduzidas deverão ser removidas e a restauração deverá ser natural, ou
naturalmente induzida. O objetivo geral de manejo é o de reter a expansão da degradação e
ocupação, ou restaurar a estrutura e função da Unidade de Conservação. Na Estação
Ecológica compreende os talhões de Pinus que sofreram corte raso e a área construída da
USP. Na Estação Experimental, inclui os talhões de Pinus a serem suprimidos através de
corte raso (51, 56, 57a, 57b, 62, 63a, 63b, 72a, 72b, 72c, 72d, 72e, 73, 74, 75, 76, 77,
78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88a, 88b e 89) propiciando a recomposição de um
mosaico de vegetação nativa destinado a compor corredores para a fauna local. Inclui ainda
as APPs ao longo dos cursos d’água da Estação Experimental e pequena área de cerrado
s trictu s ens u nos limites da unidade.
f) Zona de Uso Especial - é aquela que contém áreas delimitadas e restritas,
destinada à administração, manutenção e serviços da UC. Estas são áreas escolhidas e
controladas de forma a não conflitarem com seu caráter natural e devem localizar-se, sempre
que possível, na periferia da unidade. Somente nesta zona poderão ser implantados
laboratórios, habitações para funcionários, oficinas, alojamentos e outras facilidades de
serviço. O objetivo geral de manejo é o de minimizar o impacto da implantação das estruturas
ou os efeitos das obras no ambiente natural ou cultural da unidade. É onde localiza-se toda a
infra-estrutura administrativa e de apoio afetas às Unidades de Itirapina.
g) Zona de Uso Conflitante – constituem-se em espaços localizados dentro de
uma Unidade de Conservação, cujos usos e finalidades, estabelecidos antes da criação da
unidade, conflitam com os objetivos de conservação da área protegida. São ocupadas por
empreendimentos de utilidade pública, como gasodutos, oleodutos, linhas de transmissão,
antenas, captação de água, barragens, estradas, cabos óticos e outros. O objetivo de manejo
140
se formas primitivas de recreação. Localiza-se nas áreas de campo limpo, campo, campo
cerrado e cerrado s ens u s trictu da Estação Ecológica de Itirapina. Na Estação Experimental,
compreende o cerrado s ens u s trictu (principalmente a área do Valério) e o cerradão (área do
Vermelhão).
c) Zona de Uso Extensivo - é aquela constituída em sua maior parte por áreas
naturais, onde tenha havido pouca alteração humana. Caracteriza-se como uma transição
entre a Zona Primitiva e a Zona de Uso Intensivo. O objetivo do manejo é a manutenção de
um ambiente natural com mínimo impacto humano, apesar de oferecer acesso público com
facilidade onde pode ser realizada a interpretação do ambiente natural em suas conotações
físico-biológicas e ainda atividades de educação ambiental e recreação.
Encontra-se na
Estação Experimental, compondo-se pela área a partir da zona de Uso Intensivo próxima a
rodovia Engenheiro Paulo Nilo Romano (Figura - 3) adjacente à área do Vermelhão (Figura 15), terminando no córrego do Limoeiro. Esta Zona inclui um gradiente de vegetação de
cerrado da Estação Experimental de Itirapina, bem como exemplares de talhões da floresta
implantada de Pinus , onde são desenvolvidas atividades de manejo, incluindo resinagem. Na
parte sudoeste, encontra-se uma faixa de 50 metros que acompanha a linha férrea.
Ao Sul da Estação ecológica é composta pela continuação da faixa de 50 metros
contígua à linha férrea anteriormente descrita, ao Norte por uma faixa de mesma largura com
o Ribeirão do Braga estendendo-se a Noroeste com a antiga Ripasa.
d) Zona de Uso Intensivo – constituída por áreas naturais ou alteradas pelo
homem e onde o ambiente é mantido o mais próximo possível do natural, é aquela onde o
objetivo de manejo é propiciar a interpretação dos ambientes naturais e alterados, facilitando a
recreação intensiva e a educação ambiental em sentido mais amplo, devendo abrigar para
isso facilidades como: Centro de Visitantes, Auditório, Museu e outras facilidades e serviços.
Compreende as área de recreação do Porto e da Fazendinha, localizadas na Estação
Experimental conforme a Figura 15.
139
cento (3%) da área (máximo) - setor passível de zoneamento mais amplo com maiores
possibilidades de uso e alterações constituindo a Zona de Interferência Experimental e por fim,
definiu-se uma Zona de Amortecimento.
Estação Experimental - Devido a seu caráter de uso múltiplo, abrigou todas as
zonas anteriores com exceção das Zonas Intangível e de Interferência ambiental
apresentando ainda a Zona de Uso Intensivo, Zona de Uso Extensivo, Zona de Uso Especial e
a Zona de Manejo Florestal.
Para ambas as categorias foram definidas uma Zona de Amortecimento (Figura 19
– Mapa do uso do Solo na Zona de Amortecimento), que objetiva a salvaguarda das unidades
em função do que possa ocorrer em seu entorno, ao mesmo tempo em que continua
mantendo a dinâmica de utilização racional dos recursos dentro dos objetivos de manejo, bem
como minimizar os impactos causados pelas atividades aí desenvolvidas.
A seguir descreve-se a definição e caracterização das zonas propostas.
a) Zona Intangível – chamada de Preservação Integral no plano original, é aquela
onde a primitividade da natureza permanece a mais preservada possível, não se tolerando
quaisquer alterações humanas, representando o mais alto grau de preservação. Dedicada à
proteção integral de ecossistemas, dos recursos genéticos e ao monitoramento ambiental.
Funciona como matriz genética para repovoamentos de outras zonas onde já são permitidas
atividades humanas e seu objetivo básico de manejo é a preservação para garantir a evolução
natural. Encontra-se localizada na Estação Ecológica de Itirapina e compreende somente os
campos úmidos dessa UCs.
b) Zona Primitiva - é aquela inserida em áreas onde tenha ocorrido pequena ou
mínima intervenção humana, contendo espécies da flora e da fauna ou fenômenos naturais de
grande valor científico. Deve possuir características de transição entre a Zona Intangível e a
Zona de Uso Extensivo. O objetivo geral do manejo é a preservação do ambiente natural e ao
mesmo tempo facilitar as atividades de pesquisa científica e educação ambiental permitindo-
138
restrições de uso, sob o ponto de vista técnico, em coerência com sua categorização de
manejo e ainda, adotar ou adaptar atividades passivas de execução para as mesmas,
relativas a outras categorias de manejo, estritamente dentro do que couber, até como forma
de otimizar os estudos, evitando-se dessa maneira a uniformização do planejamento.
Dentro do marco conceitual de manejo integrado, do plano ora proposto, procurarse-á salvaguardar a estação ecológica de qualquer alteração, desde que alternativas sejam
encontradas na área componente da unidade integrada ou fora delas. Fica como alternativa
os 3% passíveis de alteração, previsto na legislação, para projetos específicos cujo amparo
torna-se impossível nas condições anteriormente descritas.
4.5.2. Organização do zoneamento
Desde o plano original, o zoneamento para duas unidades contíguas visa manejar
integradamente os recursos de duas unidades de categorias de manejo distintas.
Seguindo a definição de zoneamento identificado pela Lei 9.985/2000 procurou-se
definir setores ou zonas nas unidades de Conservação com objetivos de manejo e normas
específicas para proporcionar os meios e as condições de atingir os objetivos das unidades de
forma harmônica e eficaz. Ainda, procurou-se manter o equilíbrio ecológico das áreas
tentando prever os possíveis efeitos ambientais conseqüentes desta utilização. O zoneamento
foi realizado com bases topográficas 1:10.000 e fotografias aéreas 1:8.000, de 2002 e ainda
fotografias aéreas de 1:30.000, de 2000.
Mantendo a intenção de otimizar a sistemática do planejamento e em função dos
preceitos legais que norteiam as condicionantes para as Estações Ecológicas, continuam se
mantendo as seguintes premissas teóricas e legais para orientar o zoneamento:
Estação Ecológica – No mínimo 97% da área devem ser destinados a Zona
Intangível, Zona Primitiva, locais onde somente serão permitidas as pesquisas científicas de
relevante interesse estadual, abalizadas pelo órgão ambiental responsável (I.F.) e educação
conservacionista, abrigando ainda, Zona de Recuperação e Zona de Uso Conflitante. Três por
137
Figura 18 - Mapa de Zoneamento
136
categoria possam ser alcançados dentro do mais estrito sentido ecológico para que a
integridade ambiental das áreas protegidas continue justificando sua proteção.
4.5.1. Considerações gerais
O objetivo do manejo dos recursos das unidades de conservação de Itirapina é o
planejamento com vistas ao gerenciamento das duas estações com valoração equivalente,
dentro de critérios técnicos preconizados para as mesmas.
O trabalho busca englobar as atividades das Estações Ecológica e Experimental,
diferindo apenas em sua oportunidade de uso.
Conforme visto, nos aspectos legais deste documento, para a Estação
Experimental existe um conhecimento acumulado para seu manejo e desenvolvimento, tanto
no campo específico da exploração dos produtos e subprodutos florestais, como no campo
das atividades ligadas ao programa de uso público, por meio de subprogramas de educação,
interpretação e recreação. Já na Estação Ecológica, o conhecimento adquirido sobre a
biodiversidade, ecologia e recursos naturais aumentou consideravelmente na última década,
devido à implantação de um eficaz programa de pesquisa, bem como aplicação de técnicas
de manejo, inéditas até então na Unidade, o que permite orientar com maior rigor a
conservação dos seus ambientes.
Na quase totalidade da área ocupada pela Estação Ecológica a principal
preocupação definida em caráter permanente é a preservação integral da biota, sendo que
somente em uma pequena porcentagem de área não mais que 3%, poderá ser autorizada a
realização de pesquisas ecológicas que venham a acarretar modificações no ambiente
natural.
Embora se tenha citado as legislações específicas a respeito das Estações
Ecológicas, ainda não há para elas um conjunto de normas nos moldes do Regulamento de
Parques Nacionais e Estaduais. Deve-se, portanto, continuar analisando suas oportunidades e
135
- Prom over o m anejo flores tal da Es tação Experim ental otim izando o fornecim ento
de produtos e s ub-produtos flores tais .
A Estação Experimental de Itirapina deve continuar com os programas de
produção madeireira por meios sustentáveis. Dessa forma, colaborar com produção de
madeira cuja demanda cresce desproporcionalmente além da oferta nacional.
- Participar do des envolvim ento s us tentável dos municípios da área de influência.
Este objetivo pretende deixar explícito o potencial do Instituto Florestal para
servir de apoio aos propósitos de desenvolvimento de cada município onde suas Unidades
de Conservação encontram-se inseridas. Com sua estrutura físico-ambiental e seus valiosos
recursos humanos, o Instituto Florestal continua em condições de aceitar o compromisso de
se converter no maior estimulador do desenvolvimento integrado das populações ao redor
das suas áreas protegidas e experimentais. Se um dia seu papel foi exemplar no
desenvolvimento da área florestal no Estado de São Paulo; hoje, utilizando-se de parcerias
para a implementação de projetos, o IF pode-se valer dos princípios do manejo integrado
para assumir sua importância regional e nacional. Sua tradição e prestígio podem
potencializar qualquer ação.
4.5 Zoneamento
Este capítulo tenta dar uma escala espacial às considerações técnico-científicas
que orientarão cada uma das ações estratégicas de manejo e administração propostas num
plano de manejo como este, tendo como produto um Mapa de Zoneamento (Figura - 18)
localizando cada uma das zonas das diferentes UCs . Importante é lembrar que tais ações,
relacionadas com a zona específica de manejo, garantem que os objetivos de manejo de cada
134
- Intens ificar o m anejo da Es tação Ecológica.
Desde a elaboração do seu plano de manejo e agora na primeira revisão, a
Estação Ecológica de Itirapina tem sido cenário de dezenas de pesquisas e centenas de
visitas técnicas que tiveram como objetivo conhecer as fisionomias de cerrado, bem como sua
ecologia e seus elementos naturais. Da mesma forma algumas ações para restauração da
paisagem natural e para a proteção contra incêndios e a caça predatória têm sido elementos
centrais do manejo dessa unidade. O plano visa dar continuidade a essas atividades e
maximizar o alcance dos objetivos para o qual foi protegida: investigação, proteção dos
recursos e educação conservacionista.
- Continuar exercitando o m anejo flores tal com caráter de flores ta s ocial e de us o
m últiplo.
Dentre os conceitos modernos de conservação adaptados à nossa realidade de
país em desenvolvimento, os recursos florestais sob a responsabilidade do Instituto não
devem desprezar os benefícios potenciais de outras atividades igualmente rentáveis e úteis
para a região: produção de água, conservação de solos, centros de pesquisa e
experimentação, lazer, recreação e turismo, desenvolvimento tecnológico, entre outras.
O Instituto Florestal em suas Estações Experimentais, incluindo-se a de Itirapina,
adota em suas florestas implantadas o manejo florestal de caráter social de uso múltiplo,
bem como florestal e ambientalmente sustentáveis. Todas as premissas devem nortear os
programas de manejo deste Plano.
133
-
Buscar mecanismos de compensação, para de conservação ou uso de
recursos naturais;
-
Manejar
os
ecossistemas
degradados
como
uma
alternativa
de
Desenvolvimento Sustentável e como mecanismo para diminuir a pressão
sobre ecossistemas não degradados;
-
Participar das propostas educativas, a diferentes níveis, que esta linha de
desenvolvimento sustentável propõe na formação de recursos humanos;
-
Fortalecer a investigação básica que aumente os conhecimentos sobre os
ecossistemas
manejados,
na
procura
de
alternativas
de
uso
e
aproveitamento de recursos naturais, e;
-
Obter macro visão das atividades desenvolvidas e atuar localmente com
liderança e conhecimento de causa.
4.4. Objetivos Específicos do Manejo da Unidade de Conservação
- Es tabelecer es tratégias e ações vis ando prom over a efetiva cons ervação das
fis ionom ias do ecos s is te m a de cerrado, pres entes nas Unidades de Itirapina.
Entre todos os objetivos que orientam este plano, proteger, conservar e preservar
os processos naturais que perpetuem as diversas fisionomias do ecossistema de cerrado,
contidas nos limites das unidades manejadas definem o eixo central do manejo. Parte-se da
premissa que tais fragmentos são conhecidos como áreas de profundo valor ecológico e de
relevante significado científico. As estratégias provavelmente terão que considerar algumas
políticas regionais e os proprietários de áreas particulares vizinhas terão oportunidades de
integrar-se nesse esforço.
132
-
Conservar os recursos naturais e sua a diversidade cultural;
-
Identificar alternativas para converter a riqueza biológica em fonte de riqueza
econômica e social, dentro de esquemas permanentes;
-
Substituir processos produtivos que resultem agressões ao ambiente, por
opções técnicas ambientalmente adequadas;
-
Valorizar os serviços ambientais que nossas áreas prestam à região;
-
Buscar ou reforçar alternativas locais de gestão encaminhadas à
conservação e uso sustentável dos recursos naturais;
-
Evitar o desperdício e o uso inadequado dos recursos naturais renováveis;
-
Assumir a responsabilidade regional no que diz respeito aos aspectos
ambiental, político e social;
-
Favorecer o entendimento entre as organizações locais de administração
estadual e catalisar as possibilidades destas para benefício de todos;
-
Empenhar-se no uso sustentável dos recursos hídricos;
-
Melhorar a produtividade das formas atuais de produção para diminuir a
pressão sobre áreas frágeis;
-
Planejar o uso da terra, procurando melhorar a produtividade das áreas
florestais diminuindo as pressões de expansão da fronteira agrícola; da
produção agropecuária, nesses solos, promovendo assim a atividade
silvicultural como alternativa econômica viável para o país;
-
Favorecer o desenvolvimento da ciência e da tecnologia para propósitos do
desenvolvimento sustentável;
-
Incluir os diversos fatores sociais presentes na área de atuação e transmitir
conhecimento
e
capacitação
às
populações
locais,
favorecendo
a
capacidade de autogestão;
-
Auxiliar no planejamento do território;
-
Desenvolver projetos demonstrativos como estratégia de divulgação;
131
enfoques pudessem encontrar o diálogo e assim convergir para o equilíbrio entre o homem e
seu planeta. Foi em 1992, vinte anos depois, no ECO-92, que sem dúvidas sobre essa
necessidade e sem questionamento maior, adotou-se a sustentabilidade como qualidade para
qualquer iniciativa em direção ao desenvolvimento.
Nessa direção, o Instituto Florestal decide experimentar uma proposta, que para a
época era bastante original: integrar o manejo de unidades de conservação com diferentes
objetivos de criação. O objetivo era eliminar a compartimentalização entre Conservação e
Produção, dicotomia que não teria muito sentido quando se trata de manejar a biodiversidade
de um país como Brasil. Nesse momento elaborou-se o Plano de Manejo Integrado das
Unidades de Itirapina, que tratou dentro de um mesmo leque administrativo, unidades com
diferentes objetivos, tal o caso de uma Estação Ecológica e uma Estação Experimental. A
experiência foi bem recebida no meio técnico-científico e se estendeu a outras regiões
administrativas do estado de São Paulo, dentro da mesma instituição.
Por uma década o plano foi utilizado pelos manejadores das UC´s e em 2005,
com o termo de compromisso e compensação ambiental (TCCA), firmado entre a Secretaria
do Meio Ambiente/Instituto Florestal e a CENTROVIAS S.A., decidiu-se realizar esta revisão,
para a qual se organizou uma equipe de profissionais do IF e de outras instituições para
atualizar as informações básicas e as ações estratégicas para os próximos cinco anos.
Continua-se
buscando
no
planejamento
uma
linguagem
comum
de
relacionamento com a natureza, onde se pretende encontrar formas eficientes de aplicar as
diretrizes do desenvolvimento sustentável.
4.3. Avaliação estratégica da unidade de conservação
Descreve-se a seguir uma série de ações de caráter amplo que se
consideram pertinentes para o ensaio proposto para as unidades de Itirapina, através Instituto
Florestal de São Paulo.
130
Encarte 4 – Planejamento
4.1 Visão geral do processo de planejamento
A revisão do Plano de Manejo Integrado das Unidades de Itirapina, elaborado em
1993, e ora apresentado, mantém-se com a fundamentação da integração de unidades de
diferentes categorias de manejo e os princípios do desenvolvimento sustentável.
Um outro princípio que foi mantido desde o plano original é o seu caráter
participativo, tentando responder às novas realidades comunitárias, locais e regionais. Deve
ser lembrado que o planejamento integrado e o participativo convergem para a
potencialização dos aspectos positivos do desenvolvimento econômico e humano, razão pela
qual a consulta popular foi e estará sempre formando parte dos elementos de sucesso da sua
implementação.
Por ocasião da elaboração do Plano de Manejo Integrado, uma equipe
multidisciplinar foi estruturada para incrementar as informações técnicas e científicas após
mais de uma década de pesquisas e trabalhos de campo em ambas unidades. Os membros
do IF que fizeram parte da administração das unidades sob planejamento, constituintes dessa
mesma equipe, atualizaram as diretrizes administrativas a serem implantadas no seu manejo
e operacionalização. Funcionários e comunidade contribuíram com análise do que poderia ser
feito para aumentar a qualidade dos trabalhos internos e para integrar as unidades ao
desenvolvimento regional. Finalmente, um observador externo foi incorporado para servir de
facilitador no processo e trazer a experiência de outras unidades de conservação e completar
assim o processo.
4.2. Histórico do planejamento
Durante décadas os processos de desenvolvimento e de utilização racional dos
recursos naturais (leia-se “conservação”) se mantiveram separados nos seus enfoques. No
mundo, a reunião de Estocolmo em 1972 marcou o inicio de um debate para que esses
129
4.7. Planejam ento por áreas de atuação
4.7.1. Ações Gerenciais Gerais
As ações apresentadas nesta seção têm o objetivo de identificar aquelas ações
de caráter interno-administrativo, que venham a fortalecer o manejo interno dos recursos e o
alcance dos objetivos das unidades de conservação.
Capacitação dos Recursos Humanos
É uma necessidade bastante comum em toda organização, não sendo exceção
na administração das Unidades de Conservação de Itirapina. A implementação de diversas
ações estratégicas exige que o corpo humano que as executa seja sempre atualizado,
estimulado e avaliado na sua performance.
Um programa de capacitação de recursos humanos deve ser estruturado de
acordo com o perfil dos funcionários e a natureza das tarefas a serem realizadas nos
diversos períodos e etapas do plano de manejo. Quando possível este programa deve estar
integrado a outros planejados pelo próprio IF na sua sede, ou por outras unidades do
sistema.
Entre os assuntos de caráter geral para conformar esse programa de capacitação
são sugeridos os seguintes temas ou áreas de treinamento, capacitação ou habilitação:
– Liderança e formação de equipes considerada uma área que
deverá promover uma maior eficiência no cumprimento das ações
individuais
e coletivas
que implica um manejo integrado.
Aperfeiçoar as habilidades para assumir as responsabilidades de
maneira eficiente e eficaz é importante quando se deseja trabalhar
em tantas áreas diferentes do manejo, com poucos funcionários.
150
– Segurança no trabalho, tema por demais rico e complexo que
aborda assuntos práticos que vão do aperfeiçoamento no uso de
maquinário e ferramentas, até treinamento básico em primeiros
socorros.
Todas as demais áreas que possam ser importantes poderão formar parte do
programa de treinamento e capacitação, dentro da área estratégica das operações.
Informática; sensoriamento remoto; mecânica; interpretação ambiental; atendimento ao
público e uma centena mais de assuntos, são todos passíveis de construir os fundamentos
de uma equipe humana que elevará o potencial do plano que agora se propõe.
Estabeleciment o de parcerias
Sugere-se que a administração das UCs de Itirapina não despreze os esforços
que são necessários para estabelecer parcerias em todos os níveis, que permitam acelerar
e ampliar o impacto das ações aqui propostas.
Sempre serão necessários recursos físicos, humanos e financeiros para cumprir
todos os objetivos propostos pelo planejamento integrado destas unidades.
Da mesma forma será importante que estas parcerias possam vir a garantir
futuras ações em próximos planos e revisões. Pesquisa, atendimento ao público, integração
da comunidade a esquemas relacionados com a exploração florestal, turística e recreacional
dos recursos, aproveitamento das instalações para formação de recursos humanos e
promoção de atividades culturais, são alguns exemplos de áreas que sempre precisarão de
parcerias efetivas, em momentos onde a responsabilidade pela conservação deve ser
repartida entre todos os setores da sociedade.
Para isso, a equipe a frente das unidades deve ter em mãos projetos específicos
que podem ser apreciados pelas possíveis instituições parceiras, além de possuir uma
estratégia
específica
para
preparar
as
unidades
para
parcerias
que
aparecem
espontaneamente. É recomendável dar esta responsabilidade a uma parte do quadro
151
administrativo, que além das relações públicas, não descuide este elemento prático para o
manejo: a parceria interinstitucional.
4.7.2. Áreas Estrat égicas Inter nas
Os recursos naturais abrangidos e a demanda social para uso da área permitiram
identificar três áreas estratégicas internas, as quais, compostas pelos seus respectivos
programas e ações específicas, devem aproveitar e potencializar as oportunidades de
manejo organizadas a seguir:
Ár ea Estratégi ca
Manejo de Recursos
Uso Público
Operações
Program a
- Restaur ação
e
conexão
de
f ragmentos
- Exploração Florest al
- Controle e manej o do meio
biót ico
- Controle e Manej o do Meio
Abiótico
- Monitoramento e Pesquisa
e
I nterpretação
- Educação
Ambiental
- Visitação
- Integração Externa
- Manutenção
- Proteção
- Monitoramento
- Treinamento
- Administração
- Desenvolvimento Físico
ÁRE A ESTR ATÉGICA M ANEJO DE RECURSOS
Consiste dos Programas com a finalidade de concentrar aquelas ações e
atividades diretamente relacionadas com os elementos da biota e os recursos naturais de
ambas as unidades, incluindo-se obviamente as florestas implantadas. Igualmente, objetiva
garantir a normal evolução dos processos ecológicos, científicos e econômicos que se
sucedem em cada uma delas, de acordo com sua categoria.
152
I) PROGR AM A DE EXPLOR AÇ ÃO FLORESTAL
O Programa de Exploração Florestal objetiva continuar com as atividades
silviculturais e de exploração de produtos e subprodutos florestais, dentro do marco
referencial das florestas sociais, utilizando para isso as melhores técnicas possíveis e
servindo de base para experimentos e pesquisas inerentes à missão do Instituto Florestal. A
atual proposta de Plano de Produção Sustentada para a Estação Experimental de Itirapina
foi elaborada em 2005 com planejamento para os próximos 5 anos. Ela mostra a relação de
talhões, as espécies existentes e as propostas de manejo, conciliando a produção de
madeira com as atividades de resinagem. (Ver o Anexo 4 - Plano de Produção Sustentada
para a Estação Experimental de Itirapina – 2005).
Assumido o papel histórico da instituição, explicitado com suficiente propriedade
no plano original, pretende-se valorizar o papel das unidades da DFEE- Divisão de Florestas
e Estações Experimentais do IF, na conservação do bioma Cerrado no estado de São
Paulo, mostrando que a redução deste, a partir de levantamentos efetuados em 1962, 1972,
1989 e 2004 elevam a importância das áreas protegidas por esta Divisão, pois 42%
abrangem áreas naturais remanescentes: cerrado e floresta mesófila semidecídua de
planalto.
Ações de Manejo
01 - Manutenção Fl orestal
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Dar continuidade aos sistemas atualmente
vigentes para a m anutenção da f loresta e maior
agilidade nos ser viços de f iscalização.
Zona de Manejo Flor estal e de Interf erência
Exper imental.
Combate às f ormigas cortadeiras; limpeza
dos aceiros internos e externos; manutenção de
veículos e equipamentos para a f iscalização e
prevenção de incêndios f lorestais; f iscalização das
áreas com muares.
Dever á ser incent ivado o consumo de
material lenhoso f ino que permanece no solo após as
operações de desbaste.
153
Mater iais e
equipamentos
Torres de obser vação de 40 m de altura;
veículos;
f ormicidas;
tratores
e
implementos
agrícolas; f errament as e equipamento de combate a
incêndios.
Depósito de 54 m 2 .
Técnico; vigilantes; motorista; trator ista;
braçais.
Inf raestrutura
Pessoal
02 - Produção de M udas Fl orestai s
Ação de Manejo:
Operacionalização
Produção de mudas nativas e ornamentais
e
de
ref lorestamento
visando
abastecer
a
dependência, a região e eventualmente a sede do IF.
Zona de Manejo Flor estal e de Interf erência
Exper imental.
Aumento da área do viveiro local; produção
de mudas em tubetes, sacos plást icos e laminados.
Caminhão;
caminhonete;
trator
e
equipamentos agr ícolas; embalagens; substratos;
mesas e bandejas m etálicas; betoneira e vibrador.
Galpão; depósito; casa de vegetação e
escritór io.
Técnico; braçais; tratorista; motorist a.
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
03 - Produção de Sementes Fl orestai s
O programa de produção de sementes tem como meta coletar 2.400 Kg de
sementes de 202 espécies arbóreas (nativas, ornamentais e de reflorestamento) para suprir
a
demanda
interna
dos
viveiros
do
Instituto
Florestal
e
a
demanda
externa
(comercialização).
Ação de Manejo:
Operacionalização
A colheita de sementes será ef etuada não
só na dependência como também em logradour os
públicos r egionais e propriedades vizinhas. Para
tanto são sugeridas as seguintes operações: escolha
de espécies; est abelecimento de um cr onograma de
colheita; aumento na quantidade e variedade de
sementes à colher.
154
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Zona de Manejo Flor estal e de Interf erência
Exper imental.
Mapeamento de áreas produtoras; escolha
de espécies; est abelecimento de um cr onograma de
colheita;
f ormação
de
novos
arboretos
com
diversidade de espécies; manutenção dos arbor etos
existentes.
Caminhão;
caminhonete,
trator
com
carreta;
equipamentos
para
coleta
e
acondicionamento de sementes (escadas, tesour a,
embalagens, lonas, etc.).
Depósito; terreiro para secagem.
Técnico; braçais; tratorista; escaladores.
04 - Produção de m adeira
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
A operação de corte de madeir a nas
dependências
do
Instituto
Florestal
é
f eita
atualmente através de concessão a terceiros,
mediante concorrência pública, embor a a venda
direta a pequenos consum idores também seja
realizada esporadicamente, a preço de mercado. A
escolha dos talhões a serem manejados em cada ano
procura seguir o planejamento de Plano de Plantio
Sustent ado- PPS ef etuado, em 2003, para todas as
dependências pertencentes a Divisão de Florestas e
Estações Exper imentais. Todavia, está prevista a
reposição das áreas onde ef etuar-se-á o corte raso.
Zona de Manejo Florestal e de Uso
Conf lit ante.
Para que se possa f azer um planejamento
adequado para a Estação Experimental de It irapina
torna-se necessário a cont agem do número de
árvores por talhão e um levantamento volumétrico
completo da área plantada, a f im de que
conhecendo-se o volume total existente na f loresta,
possamos melhor programar a distribuição de
madeir a por ano.
Considerando que a maior ia dos talhões
encontra-se com idade super ior a 25 anos, e boa
parte com manejo at rasado, deve-se dar prior idade a
corte em plant ios com alta densidade e que tenham
sof rido o último desbaste com mais de 6 anos,
interrompendo a resinagem nesses talhões.
155
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Instrumentos dendrométricos; microcomputador com impressor a; veículos; trator.
Galpão; escrit ório.
Pessoal
Técnico f lorestal; auxiliar técnico; braçais;
tratorista; motorist a.
Obser vações:
- Elaboração de um inventário f lorest al de toda a
área ref lorestada.
- O Módulo de Plantio Anual ( M. P.A.) deve obedecer
o padrão de 55 ha/ano.
Considerando a característica do Instituto Florestal de ser uma entidade de
pesquisa, esse módulo anual de plantio deve contemplar não só áreas para fins comerciais,
mas também visando experimentação como, por exemplo, introdução de novas espécies.
05 - Vigilância
Ação de Manejo:
Operacionalização
Deve-se
prover
para a totalidade da área.
Zona de manejo
Zona de Manejo Florestal e
de Interf erência Experimental.
Métodos
Instalar
um
sist ema
de
vigilância utilizando-se de muares,
motocicletas, veículos automotores e
outros em complemento ao sistema
hoje em f uncionamento. Instalar torres
metálicas de 40 m ampliando a visão
da área.
Mater iais e equipam entos
Radio transmissor de bater ia
solar; goniômetro; telef one; mapas da
área; motos; veículos; muares.
Inf raestrutura
Pessoal
vigilância
Torres metálicas; estábulos.
Guarda-parques/ vigilantes;
motorista.
156
06 - Resinagem
Ação de Manejo:
Operacionalização
O Instituto Florestal tem adotado como
sistemát ica de manejo para os talhões de P in u s
e llio ttii a resinagem como precedent e ao corte,
sendo que essa atividade é executada por
particulares através de concessão obtida em
concorrência pública. Pretende-se assegurar o
f ornecimento constante do produto, sem no entanto
prejudicar o manejo da f loresta plantada.
Zona de Manejo Flor estal
Pretende-se permanecer com a mesma
sistemát ica atualmente adotada com a inclusão dos
talhões de P in u s tr opicais entre os potencialmente
aptos a resinar. Todavia, a f im de que a of erta de
resina br uta mantenha-se dentro de um patamar
unif orme ao longo dos anos, torna-se necessár io um
planejamento conjunto com a of erta de madeira o
que será conseguido através de um inventário
f lorestal cont ínuo. Na def inição dos talhões a sof rer
resinagem deve ser considerado que o início de
estriamento da 2 a f ace dever á f icar condicionado a
altura máxima de 2,00m na 1 a f ace.
Zona de manejo
Métodos
Mater iais
equipamentos
Inf raestrutura
e
Pessoal
Tambores.
Depósito.
Técnico f lorestal; auxiliar técnico.
Observações : Vale destacar que os talhões 8,12,45,49,50,82 (parcial),90,91 e 92
ficaram reservados para a formação de corredores de fauna silvestre, unindo dessa forma
áreas contendo habitats naturais.
Os talhões 8 e 12 serão manejados até a lotação de 200 árvores/ha, mas não
sofrerão corte final por estarem destinados à preservação. Os demais serão manejados
normalmente, porém, após o corte raso, não haverá replantio visando o aproveitamento
comercial, estabelecendo-se assim, um corredor natural para a fauna entre as duas
unidades.
157
II) PROGR AM A DE M ANEJO DE F AUN A
O manejo de fauna dentro das Unidades terá como finalidade, não só o estudo
das espécies animais existentes na área ou região, mas também o repovoamento com as
espécies autóctones, recuperação dos seus habitats e o aproveitamento do seu potencial
educativo-científico nos outros programas.
Propostas
07 - Unificação de habitats isol ados (corredor es) e
restabel ecimento da zona ecotonal
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Eliminação de alguns talhões de P in u s s p ,
permitindo a conexão entre as dif erentes áreas de
mata
nativa
que
ainda
restam
na
Estação
Exper imental, com aquelas que se encontram na
Estação Ecológ ica. Esta elim inação se f ará de
maneir a gradativa, monitorada e após a aprovação
de um plano de restauração da área em questão,
f eito por uma equipe de especialistas. Haverá plant io
de espécies indígenas, com prévia formação de
mudas de espécies nativas da região. O objetivo f inal
será a f ormação de corredor es para as espécies de
f auna, minimizando o impacto produzido pelas
f lorestas implantadas.
Intang ível; Pr imitiva; Recuperação e Uso
Extensivo.
Corte raso ou acentuada diminuição do
número de plant as por hectare; preparo do solo;
regeneração natural; plant io manual; estudos de
impacto; censos populacionais.
e
Moto-serr as;
f erramentas
de
viveiro;
f erramentas f lorestais; cavadeira; trator; caminhão
pipa; veículo; combust ível; mater ial de viveir o;
instrumentos dendrométricos; micr ocom putador com
impressora.
Galpão; Viveiro.
Técnico responsável; motor ista; viveir ista;
braçais.
158
08 - Redução da bi omassa vegetal de campo
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Controlar
o
material
combust ível
principalmente próximo às áreas de vegetação nativa
da Estação Experimental (Vermelhão / Valér io)
Oriundos da f loresta plantada. Ser á f eito o
monitoramento cont ínuo dessas áreas, assim como
uma programação conjunta com o programa de
operações que trata de prevenção e combate a
incêndios.
Primit iva; Recuperação e Uso Extensivo.
Fogo per iódico e controlado; manutenção
de aceiros; rotação anual das queimadas; estudos de
impacto.
e
Equipamentos para estudos de umidade;
binóculos;
(Ver Programa de Operações).
Galpão; Torres de Obser vação; trilhas.
Técnico responsável, tratoristas, braçais e
vigias.
09 - Obser vat órios de Fauna
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Construção de instalações rúst icas em
pontos estratégicos que permitam a obser vação da
f auna local. Serão pontos de apoio importantes para
as atividades de educação, interpr etação da natureza
e da pesquisa. For am detect ados e sugeridos os
seguintes locais para essas construções: pousada
das garças na área do Porto, banhado das capivar as,
um ponto no cerrado e um ponto no campo cerrado.
Zona Prim itiva.
Observações visuais; pesquisa cient íf ica;
visitas programadas; programas inter pretativos e
educat ivos; f iscalização.
e
Binóculos; mater ial gráf ico e inf ormativo.
Cobertur as suspensas; painéis de madeir a
ou sim ilares.
Técnico responsável, vigias e monitores.
159
III) PROGRAM A DE M ANEJO DE FLOR A
Este programa visa conhecer as características e recuperar os habitats das
espécies vegetais nativas das Unidades, assim como se aprofundar nos estudos das
espécies florestais do Cerrado que possam produzir benefícios diretos para o homem.
Propostas
10 - Regener ação de Áreas Natur ais
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Consiste na elim inação de alguns t alhões
de P in u s e E u c a ly p tu s s p com f ins de estabelecer
corredores de f auna e ampliar o dom ínio da
vegetação nat iva, que atualmente se encontra
isolada ou f ormando mosaicos. Esta proposta
coincide com a mesma proposta de corredores de
vida silvestre e restabelecimento da zona ecotonal
no Programa de Fauna.
Intang ível; Pr imitiva; Recuperação e Uso
Extensivo.
Redução até elim inação def initiva dos
talhões: 45a, 45b, 50, 82, 89; corte f inal dos talhões:
35a,36a, 37a, 43a, 43c, 51, 56, 57a. O corte será
f eito em etapas, dentro de um cronograma préestabelecido, iniciando-se pelos talhões que já
cumpriram suas f unções pr incipais e sem prejuízo do
programa de m anejo f lorestal em andamento na
Estação Exper iment al. É recomendável estabelecer
concom itantemente um programa de pesquisa nas
áreas de regeneração e sucessão vegetal. A madeir a
retirada dos ref eridos talhões ser á utilizada nas
construções previstas e em exper imentos.
Moto-serr as,
f erramentas
de
viveiro,
f erramentas f lorestais, cavadeira, trator, munck,
caminhão pipa, veículo, combust ível, material de
viveiro e laboratór io.
Laborat ório; galpão; viveiro.
Responsável técnico; tratorista; auxiliar
agropecuár io; braçais.
160
11 - Recomposi ção do Hábitat Natur al
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
É urgente a eliminação de indivíduos
jovens das espécies exóticas que ocorrem como
invasoras nas áreas de vegetação natur al. A invasão
tem sido intensa no lim ites entre as áreas plantadas
e as naturais, na Estação Exper imental e na Estação
Ecológica devido à presença do talhão 94, por seu
valor genético deverá aguardar até que se possa
reproduzi- lo em outr o local.
Primit iva;
Manejo
Florestal
e
de
Recuperação.
Dever á ser f eita um a clonagem dos talhões
em questão para que sejam reproduzidos em outras
áreas. Erradicação dos indivíduos estabelecidos por
dispersão de sementes. Desbaste at é corte f inal e
regeneração destas áreas com vegetação nativa.
e
Moto-serr as,
f erramentas
de
viveiro,
f erramentas f lorestais, cavadeira, trator, munck,
caminhão pipa, veículo, combust ível, material de
viveiro e laboratór io.
Galpão; viveiro.
Técnico responsável; motorista; viveirista e
braçais.
12 - Recuper ação de áreas degr adadas
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Identif icação e delimitação das áreas a
serem recuper adas, prior izando as APPs.
Todas se necessár io.
Uma vez identif icadas as áreas e as
espécies que mais se adaptam a elas, será f eita a
coleta de sementes e a f ormação de mudas par a o
plantio, com os devidos cuidados até que as plantas
se desenvolvam.
Trator, carreta e mudas.
Galpão e viveiro.
Responsável técnico, viveirist a e braçais.
161
13 - Explor ação de Ár eas do Cerrado
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Realizar pesquisas no sent ido de obter
inf ormações a r espeito do valor econômico do
cerrado, identif icando espécies ou áreas que possam
ser manejadas de f orma a obter benef ícios diretos.
Produção de madeira para construção, artesanat o,
marcenar ia ou uso combust ível; produção de f rutos,
sementes, f olhas etc., com f ins medicinais e/ou
alimentares; pasto apícola etc. são alternat ivas
viáveis e que poderão ampliar os conheciment os
sobre o ecossistem a. Os resultados das pesquisas
subsidiarão a Área Estratégica de Uso Público,
principalmente o Programa de Integração Ext erna.
Primit iva e Interf erência Experimental.
Exper imentos
previamente
delineados;
escolha de espécies; escolha de áreas; condução e
avaliação
dos
experimentos;
apresentação de
resultados e adaptação dos r elatórios aos programas
de extensão.
Dependendo dos ensaios.
Galpão; auditór io; laboratór ios.
Técnico responsável; extensionista; auxiliar
agropecuár io; braçais.
IV) PROGR AM A DE CONTROLE E M ANEJO DO MEIO ABIÓ TI CO
Considerando que as Unidades se apresentam em solos bastante arenosos e
susceptíveis à erosão, este programa objetiva o controle da erosão e da qualidade das
águas contidas na área sob manejo, sem deixar de considerar suas possíveis contribuições
regionais, fora dos limites da mesma.
Propostas
14 - Conser vação de Solos
Ação de Manejo:
Operacionalização
Identif icar as áreas f rágeis, considerandose as caracter ísticas do meio f ísico-biót ico. Def inir a
melhor estratégia para prevenir a f orça erosiva do
vento e das águas, dando especial atenção aos
solos, nas bacias dos rios que drenam a área de
estudo. É uma boa oportunidade para experimentar
162
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
novas metodologias na conser vação de solos da
região, ser vindo como exemplos a ser utilizados
pelos f uturos programas de extensão.
Todas.
Plantar em cur vas de nível; ref lorestar as
áreas desprovidas de vegetação, ef etuar o plantio
após o desbaste ou corte r aso, nas áreas de
exploração.
Aplicar
métodos
relativos
ao
planejamento de micro bacias hidrográf icas.
Trator;
veículo;
ferramentas
var iadas;
bússolas; clinômetro; alt ímetro e mapas detalhados.
Galpão e Viveiro.
Técnico responsável, auxiliar agropecuário
e braçais.
15 - Contr ole de Er osão
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Intimamente ligado à proposta anter ior.
Deve-se caract erizar e mapear as áreas dos
processos erosivos: gênese, evolução e tipos.
Manter em perf eit o estado de conser vação os
caminhos, tr ilhas e aceiros, especialmente por onde
circulam constantemente os veículos da unidade.
Impedir a concentração do escoament o superf icial ao
longo de caminhos e aceiros. Gramar aceiros onde
f or viável e eliminar ravinas e voçorocas.
Todas.
Eliminar os f ocos de erosão; ref lorestar as
áreas com solos sem vegetação; aterrar ravinas e
demais medidas controladoras do escoamento das
águas.
Trator;
veículo;
ferramentas
var iadas;
bússolas; clinômetro; alt ímetro e mapas detalhados.
Galpão e viveiro.
Pessoal: Técnico Responsável; motor ista;
viveir ista e braçais.
16 - Contr ole da Compactação de Solo
Ação de Manejo:
Operacionalização
Evitar a compact ação de solos pelas
máquinas e devido ao pisoteio humano ou animal.
Concentrar-se
na
conser vação
de
estradas,
caminhos e tr ilhas; prever o uso intensivo dessas
vias de acesso através de cálculos de capacidade de
carga; e f inalment e, no traçado dos caminhos e
trilhas obedecer as limitações do solo.
163
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Primit iva; Uso Ext ensivo; Uso Intensivo;
Recuperação e Uso Conf lit ante.
Programar a utilização e manutenção de
caminhos e tr ilhas; manejar as inf ormações do meio
f ísico para abertura de novas vias de acessos ou
circulação.
(idem anter ior es)
Galpão e laborat ório.
Técnico responsável;
médio e braçais.
técnico
de
níve l
17 - Contr ole de As soreamento de Rios e Lagos
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Levant ar e mapear os pontos onde os
assoreamentos ocor rem, nas unidades e f ora delas.
Estabelecer um plano de combat e à erosão que
produz assoreamentos nos cor pos d’água que
banham
ou
drenam
a
área
de
estudo.
O
assoreamento de r ios e lagos, muitas vezes, é
originado pelo manejo inadequado do solo, realizado
f ora dos limit es das unidades de Itirapina. È
necessário, portanto, a pr eparação de programas de
ext ensão voltados para os propr ietár ios de terras da
bacia hidrográf ica do ribeirão Itaqueri.
Todas se necessár io.
Controle e correção dos pr oblemas de
erosão; r ef lorestar; recuperar áreas degradadas;
plantar em cur vas de nível.
Trator; veículo; f erramenta e material
gráf ico.
Galpão e auditór io.
Técnico responsável, extensionista, auxiliar
agropecuár io e br açais.
18 - Contr ole de Qualidade do Potencial Hídrico
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Deve-se
avaliar
o
pot encial
hídrico,
superf icial e sub-superf icial das unidades, bem como
na área relacionada à mesma. Avaliar a qualidade da
água existente e ut ilizada na região, r ealizando o
controle permanente.
Todas se necessár io.
164
Métodos
Medir quantidade de colif ormes f ecais, pH,
poluição e outros f atores de contam inação; controlar
a qualidade das águas subterrâneas par a o consumo
humano ou animal. Promover a part icipação de
inst ituições, tais como a CETESB, SABESP, Inst ituto
Geológico e outras.
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Veículo e combust ível.
Laborat ório.
Pessoal
braçais.
Técnico
Responsável
e
auxiliares
e
19 - Contr ole da Quantidade de Água ( Potencial Hídrico)
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Medir a vazão dos rios e a capacidade dos
aqüíf eros ou águas subterrâneas. Inst alar um posto
meteorológico na área de estudo para registrar,
principalmente temperatura e precipitação.
Todas se necessár io.
Métodos
Medir a vazão dos rios em
dif erentes do ano: verão e inverno.
dois per íodos
Mater iais e
equipamentos
Linígr af os; sonda; posto meteorológico
equipado com pluviômetro, termógraf o, anemômetro,
etc.
Inf raestrutura
Laborat ório e posto meteorológico.
Pessoal
Técnico Responsável, auxiliar e braçais.
20 - Saneament o Básico e Trat amento de Esgotos
Ação de Manejo:
Operacionalização
Ef etuar um estrito controle, dentro e fora
da ár ea de estudo, dos resíduos domést icos, urbanos
ou
industr iais
para
evitar
problemas
de
contaminação. Este trabalho deve- se executar
conjuntamente com as pref eituras dos municípios
onde se encontram as unidades.
165
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Uso Ext ensivo e Intensivo.
Construir f ossas sépticas nas residências
existentes nas Unidades de Itirapina. Promover o
tratamento do esgoto da cidade de Itirapina que são
lançados no r ibeirão Itaqueri, o qual percorre as
unidades.
Caminhão; trator e ferramentas.
Galpão; f ossas sépticas e ref lorestament os.
Técnico responsável e braçais.
V) PROGR AM A DE ESTUDOS E PESQUIS AS
Este programa tem a finalidade de promover a pesquisa científica, em todas as
áreas do conhecimento científico, sempre dentro dos objetivos estabelecidos no marco
conceitual deste plano de manejo. Assim, integrar-se-ão os conhecimentos produzidos com
as ações dirigidas ao desenvolvimento regional.
Os temas prioritários do programa são relacionados a seguir.
21 - Explor ação Florestal
1.
Estudo de Introdução de Espécies Florestais
2.
Introdução de Essências Nativas
3.
Introdução de Exóticas
4.
Diferentes Graus de Sombreamento
5.
Estudo de Plantios de Espécies Florestais com diferentes formas de mecanização.
6.
Teste comparativo de produção de mudas usando-se diversos substratos.
7.
Estudos sobre propagação de espécies nativas da flora regional.
8.
Análise econômica da produção de mudas a partir de embalagens diversas.
9.
Produção de mudas em viveiro de espera
10.
Teste de sobrevivência ao arrancamento e aos tipos de embalagens.
11.
Estudo comparativo de métodos de amostragens para Inventário Florestal
12.
Estudo econômico comparativo de limpeza de área
13.
Emprego da pecuária versus recursos humanos.
166
22 - Estudos básicos
1.
Levantamentos detalhados de: clima, geologia, geomorfologia e solos.
2.
Estudos da vegetação: composição e estrutura, nas áreas:
– - naturais
– - reflorestadas
– - degradadas
3.
Análise das interações entre as formas de vegetação existentes nas unidades e o
meio ambiente.
4.
Estudos sobre gradientes entre as diferentes formas de vegetação.
5.
Estudos comparativos de biomassa formada em áreas reflorestadas com e sem
pastoreio.
6.
Dendrometria de pináceas: talhões em condições ambientais diferenciadas.
7.
Análise da madeira produzida em talhões de pináceas equiâneos e homóclitos.
Correlações ambientais.
8.
Correlações entre intensidade de desbaste e reposição da vegetação (incluir fauna
silvestre, se viável).
9.
Estudo da dispersão de sementes de pináceas. Análise da sobrevivência em áreas
reflorestadas e áreas com vegetação e ou cultivada e ou abandonada e ou pastagens.
10.
Estudos sobre a regeneração natural de maciços com pináceas.
– cortes em clareira.
– cortes em porta sementes.
– cortes visando a germinação de sementes, ao abrigo de árvores adultas.
– cortes em seleção.
11.
Regeneração natural em maciços com pináceas.
12.
Exploração florestal mecanizada visando a proteção das nascentes em plantios com
pináceas (cabos aéreos).
167
13.
Estudo ecológico de essências nativas com potencial econômico: plantas melíferas,
produtoras de fármacos e de madeira.
14.
Sucessão natural em áreas com vegetação nativa (estudos temporais e espaciais).
15.
Estudo genético das populações existentes (aqui incluídas as áreas naturais).
16.
Manejo da vegetação nativa visando suprimento de madeira (em consórcio com a
criação de gado).
17.
Estudo hidro-dinâmico dos córregos que drenam as UCs.
18.
Caracterização e mapeamento dos
processos
erosivos
nas
Unidades
de
Conservação de Itirapina.
19.
Recuperação das áreas degradadas pela retirada de cascalhos.
20.
Caracterização do mesoclima das diferentes coberturas vegetais.
21.
Relações entre geomorfologia, geologia e solos.
22.
Relações entre as diferentes formas de vegetação nativa e o meio físico.
23.
Caracterização do meio físico-biótico das bacias hidrográficas dos ribeirões de
Itaqueri e do Lobo.
24.
Manejo das bacias hidrográficas dos ribeirões de Itaqueri e do Lobo.
26.
Evolução e ocupação do uso da terra ao redor das Unidades de Conservação de
Itirapina.
23 - Manejo dos Recursos Natur ais
1.
Recuperação de habitat.
– - controle da biomassa vegetal.
– - restabelecimento da vegetação das áreas degradadas.
3.
Estudo da dinâm ica populacional das espécies animais
4.
Estudo da biologia e ecologia de espécies animais
5.
Biologia da Fauna mais caracter íst ica da Região ( lobo guará, ema,
seriema, etc.).
168
6.
Aspect os da Flor a.
-
Potencial
econômico
(f armacêut ico,
ornament al,
agrícola,
madeir eiro).
7.
-
Genética de populações.
-
Banco de sementes.
Estudo do f ogo sobre a f auna.
24 - Uso Público
1.
Perfil do visitante.
2.
Capacidade de carga.
3.
Combate a erosão/compactação do solo em trilhas de uso público.
4.
Avaliação das atividades propostas pelo Programa.
5.
Ampliação do Programa de Uso Público:
6.
Definição das etapas (atividades propostas x Interesse do Visitante)
7.
Segurança do Visitante.
ÁRE A ESTR ATÉGICA DE USO PÚBLICO
Esta área abrange os Programas dirigidos aos assuntos relacionados com
visitantes, turismo local e regional, programas de extensão e todos os eventos e serviços
que podem ser realizadas nas unidades.
VI - PROGR AM A DE EDUC AÇ ÃO E I NTERPRETAÇ ÃO
AM BIENTAL
O programa educativo é dirigido a todos os níveis, pretende-se conseguir a
sensibilização, o desenvolvimento de valores, de atitudes e de técnicas, com o fim de
contribuir para a solução de problemas ambientais. Implica sempre em mudança de atitudes
ou hábitos das pessoas. Igualmente objetiva a conscientização da população local em
relação aos problemas ambientais regionais e à importância da proteção da área.
169
Já o programa de interpretação, em termos gerais, consiste em um conjunto de
técnicas educativas que buscam traduzir informações sobre elementos e processos naturais
e culturais de maneira compreensível e atrativa. Procura-se estabelecer um ponto de
conexão entre o visitante e a administração da área, a fim de despertar nos primeiros a
receptividade pela conservação da natureza, bem como, transmitir-lhes a importância da
existência das Unidades de Itirapina. Busca influir no comportamento e nas atitudes do
visitante para que ele passe a ser aliado do manejo previsto para a área.
Propostas
25 - Projetos para as Comunidades do Entorno
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Levant amentos de hábitos, costumes e
necessidades da comunidade e identif icação dos
problemas causados por ações dessa comunidade
aos recursos da unidade. Elabor ar um plano de ação
que possibilit e a par ticipação comunitária no manej o
da área, de f orma a benef iciar diretamente a primeira
e garantir a proteção da segunda. Esta proposta
relaciona-se int imamente com o Pr ograma de
Extensão e Relações Públicas.
Entorno e demais zonas internas das UCs.
Métodos
Palestras em igrejas, escolas, clubes e
outros pontos de reunião da comunidade, visitas de
grupos organizados à unidade, part icipação na
imprensa local, escr ita e f alada.
Mater iais e
equipamentos
Veículo de transport e colet ivo; pr ojetor de
slides; retroprojet or; TV e vídeo-cassete; aparelho de
som portátil; material de escritór io.
Inf raestrutura
Toda a inf ra-estrutur a da unidade.
Pessoal
Técnico
escritur ário.
responsável;
auxiliares;
170
26 - Projetos para estudant es
Ação de Manejo:
Operacionalização
Levant ar material bibliográf ico para a
elaboração do material didát ico e audiovisual. As
diversas atividades e projetos a desenvolver poderão
ser estruturados junto às escolas e delegacia de
ensino, dentro e f ora do curr ículo escolar. O
propósito é chegar às f amílias através das crianças e
jovens, tentando conseguir apoio público par a a
unidade.
Zona de manejo
Métodos
Entorno e todas as demais zonas das UCs.
Palestras; excursões; visitas dirigidas;
caminhadas autoguiadas; atividades lúdicas e
práticas de reprodução de plantas, identif icação de
seres vivos, exploração e trabalho em madeir a, etc.
A estruturação de equipes e a colaboração de
prof essores podem contr ibuir para ampliar a
var iedade de at ividades que serão of erecidas.
Mater ial
f otográf ico
e
audiovisual;
f erramentas f lorestais, de viveiro e de carpintaria;
material de escritório; jogos educativos; móveis;
biblioteca; material de excursionismo; veículo de
transporte colet ivo.
Galpão, auditório, sala de at ividades
lúdicas,
trilhas,
área
de
recreação,
viveiro,
marcenar ia e centro de visitantes.
Motor ista, monitores, vigias, escrit urário,
técnico responsável, braçais e viveirist a.
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
27 - Projeto para Pr ofessor es
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Levant amento bibliográf ico, levant amento
de inf ormações sobre o meio f ísico-biótico e
aspectos culturais, elaboração de um programa de
capacitação para pr of essores com o obj etivo de que
eles auxiliem na execução do programa voltado para
os estudantes.
Entorno e demais zonas das UCs.
Palestras; trabalhos de campo; projetos
individuais; grupos de trabalho; acompanhamento na
escola; complement ação do curr ículo escolar.
(Idem anterior)
unidade.
Toda
a
inf ra-estrutura
disponível
Técnico responsável; auxiliar; monitor es.
171
na
28 - Projeto para Funcionári os e Moradores da Unidade
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Levant amento bibliográf ico, levant amento
das
inf ormações
básicas,
ident if icação
dos
problemas causados pelas ações de f uncionár ios e
moradores aos recursos das unidades, elaboração e
implantação de uma programação que integre esse
grupo à f ilosof ia de manejo int egrado.
Todas as zonas das UCs.
Dinâmicas de grupo, debates, palestras e
audiovisuais, consultas, of icinas prát icas, coleta
seletiva de lixo, hortas comunitár ias e pomar
comunitários.
Todos os disponíveis na unidade.
Galpão
para
r euniões,
galpão
para
separação
do
lixo
e
demais
inf ra-estruturas
disponíveis na unidade.
Técnico responsável; representante dos
f uncionár ios e moradores; auxiliares; monitores.
29 - Centro de Visit antes
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Ref orma e adequação da construção
existente próxima à represa da sede, na Área
conhecida como Fazendinha, em harmonia com as
caracter ísticas da área e de seu público visitante.
Dest ina-se
pr incipalmente
às
atividades
de
interpr etação, educação, inf ormação e recepção.
Uso Intensivo.
Levant amentos de dados sobre os aspectos
naturais e cultur ais da região, elaboração e
conf ecção de exposições, palestras, audiovisuais,
entre outras, de f orma a passar para os visitantes,
em linguagem adequada, as inf ormações levantadas.
TV,
vídeo,
projetor
de
"slides",
retroprojetor, móveis var iados, aparelhagem de som,
vitrines, quadros par a exposições etc.
Edif ício com: sala de exposições, recepção,
auditório,
sanitár ios,
bibliot eca
e
sala
para
atividades lúdicas.
Técnico responsável, monitores, vig ia,
escritur ário e braçais.
172
30 - Trilhas Interpr etativas
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Escolhidas entre as dif erentes alternat ivas,
as trilhas interpr etativas deverão passar pelo
processo de levant amento e def inição do traçado;
levantamento de inf ormações sobre os recursos da
área; e por der ivação, o levantamento dos temas a
serem interpretados. Imediatamente será f eito o
mapeamento, o desenho no terreno considerando a
segurança e a conservação do solo e da vegetação,
e por últ imo a implantação.
Primit iva; Uso Ext ensivo e Int ensivo.
Trilhas autoguiadas e trilhas monitoradas.
Ferramentas, madeira, pirógraf o, material
de gravação e arte, placas e painéis.
Sala
de
int erpretação,
biblioteca
e
obser vat ório de f auna.
Técnico responsável, monitores, tratorista,
vigias e braçais.
31 - Produção de M aterial Gráfico
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Levant amento das inf ormações básicas,
def inição do público alvo, def inir t ipo de material a
ser produzido e seus objetivos. Após redação dos
textos, f azer a diagramação e impressão. Os
materiais produzidos poderão ser vir par a divulgação
das unidades ou das atividades educat ivas e
recreativas.
Não se aplica.
Folders,
cartazes,
cartões
post ais,
transparências, f otograf ias etc.
Câmera
f otográf ica,
transparências,
material de escritór io e de artes gráf icas em geral,
armário para f otograf ias e "slides".
Sala de inter pretação, bibliot eca, quarto
escuro e gráf ica.
Técnico responsável, técnico em ar tes
gráf icas e escr iturár io.
173
32 - Progr amação Visual (Letreiros, Placas e Painéis)
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Levant amento das inf ormações básicas;
def inições dos objetivos, dos t emas a serem
interpr etados e do público alvo. Deter minar a arte,
tipo de material a ser utilizado, execução.
Todas as zonas.
Letreir os, placas e painéis, tanto para
indicação como par a a interpretação. Poder ão ser
desenhadas, gravadas ou pirograf adas.
Mater ial
de
carpintar ia;
material
de
escritór io e de artes gráf icas; pirógraf o; normógraf o
etc.
Galpão; sala de inter pretação; marcenar ia.
Monitores; marceneiro; técnico; desenhista.
VII - PROGR AM A DE VISI TAÇ ÃO
A finalidade principal é proporcionar ao visitante oportunidades de se envolver
em atividades de lazer em contato com a natureza, buscando o desenvolvimento de uma
consciência conservacionista.
Propostas
33 - Recr eação
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Realizar estudo de capacidade de carga
das ár eas de desenvolvimento destinadas ao uso
público, elaborar uma programação para recreação
dir igida, implant ar inf ra-estrutura necessár ia e
estimular a recreação livre e dirigida.
Primit iva; Uso Ext ensivo e Int ensivo.
Mais do que métodos, as atividades que
poderão ser implem entadas, organizadas e dir igidas
pelo plano são as seguintes: jogos esport ivos;
natação; campismo; pesca; piqueniq ue; cooper;
passeios de barco, pedalinhos, passeios a pé e a
cavalo (em áreas def inidas pela administração);
excursões; f otografia; ciclismo; cont emplação e
obser vação da nat ureza. É necessário dif erenciar
estas atividades daquelas que são consideradas nos
programas de educação e interpretação.
174
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Mater ial inf ormativo, placas, painéis, redes
de vôlei e f utebol, salva- vidas, br inquedos, cordas e
madeir a.
Pista de "Cooper", trilhas, ciclovia, posto
de salva- vidas, atracadouros, vest iários, quadras
esportivas, estacionamento para biciclet as, área par a
cavalos, instalações para piquenique, camping,
guaritas, sanitários, lava-prat os, lanchonete e "playground".
Técnico Responsável com experiência em
recreação, auxiliar es, salva- vidas, vigias, braçais e
monitores.
34 - Turismo
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Um dos principais objetivos do Programa
de Uso Público é o de incentivar o crescimento
econôm ico regional através da af luência tur íst icorecreativa às unidades, e conseqüentemente à
região. A pr oposta é criar f ormas de atração tur ística
para que a comunidade cr ie as condições de receber,
atender e prest ar serviços à uma população f lutuant e
atraída pelos valores regionais. Igualmente, este
programa objetiva servir de cenár io para capacitar
em Turismo aqueles que vejam nesta, uma atividade
capaz de impulsionar a renda f amiliar. A criação de
concessões, a consultor ia gratuita e a possibilidade
de ut ilizar a área para of erecê-la ao turista, são
algumas das f ormas que a unidade poderá contribuir
para o desenvolvimento desta at ividade.
Amortecimento; Pr imitiva; Uso Extensivo e
Intensivo.
Estudo
em
prof undidade
das
potencialidades tur ísticas da r egião e das condições
para ut ilizá-las; adequar a inf ra-estrutura int erna e
ext erna; aplicação de questionários para conhecer e
avaliar as tendências da demanda; estudo da
capacidade de carga das dif erentes áreas a ser em
utilizadas; seminár ios inf ormativos e de orientação
aos agent es tur íst icos; distribuição de material de
divulgação sobre a região e a unidade; capacitação
da comunidade e dos empresários; incentivo ao miniempresár io local.
Todos os necessários para as at ividades da
unidade.
Toda a inf ra-estrutur a disponível.
Técnico responsável; monitores; vigias.
175
VIII - PROGR AM A DE INTEG R AÇ ÃO EXTERN A
Tem o objetivo de levar às populações locais os conhecimentos advindos das
experiências realizadas na unidade, que provavelmente podem ser de utilidade pública e
contribuidoras para o desenvolvimento regional. Tem a finalidade de oferecer oportunidades
e facilidades à comunidade e ao visitante para a realização de eventos culturais em contato
com a natureza, bem como ceder a infra-estrutura disponível para atividades advindas da
comunidade.
Propostas
35 - Extensão Rural e Urbana
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Uma f orma de ocupar o post o de liderança
que a instituição possui no Estado e especialmente
no município de I tirapina e região, é levar às
comunidades vizinhas o conhecimento gerado no
manejo dos recursos natur ais de suas unidades,
permitindo assim que estas possam resolver alguns
dos seus problemas no campo, na cidade e até
problemas sociais que pareçam insolúveis. Cada
atividade realizada na unidade poderá encontrar um
problema f ora da área a ser resolvido com um pouco
de capacitação técnica. Junt o ao programa de
Treinamento, o de Extensão deve abr ir opções aos
habitantes da região para o desenvolvimento das
suas
atividades
econôm icas. As
metodologias
desenvolvidas nas unidades poder ão ser utilizadas
para a resolução dos problemas de erosão, moradia,
produção f lorestal, educação, etc.
Entorno e demais zonas das UCs.
Educação
de
adultos;
técnicas
ext ensionistas; mapas sociométr icos; demonstrações
de métodos de manejo; exposições; convites; visitas
de campo; trabalho comunitár io; mutir ões.
Dependendo
do
programa
a
ser
implementado.
Todas as disponíveis na área.
Extensionist a
responsável;
técnico
agropecuár io; monit ores; braçais.
176
36 - Di vulgação e de Relações Públicas
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Trata-se de uma estratégia voltada a
manter inf ormado o público em geral, inclusive
internacional, sobre o valor da unidade que se
protege, o tipo de manejo que se realiza e os
resultados alcançados pelo manejo. Deve criar uma
imagem instit ucional honesta, em respaldo aos
objetivos que se per seguem no manejo da unidade.
Entorno e demais zonas das UCs.
Utilizará todos os meios de comunicação
disponíveis. Produzirá todo tipo de material de
divulgação, adaptado a todo tipo de público. A
proposta envolve a "venda" do manejo integrado
como f erramenta par a o desenvolvimento sustent ável
regional.
Mater ial bibliográf ico, f otográf ico e gráfico
disponível; entrevistas radiof ônicas, televisivas e na
imprensa
escrita;
programas
audiovisuais;
exposições; f olhetos e demais mater iais escritos.
Sala técnica e toda inf ra-estrutura da
unidade.
Técnico em Relações Públicas; auxiliar;
monitores.
37 - Eventos Cultur ais
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Elaborar e implant ar uma programação
cultural que estimule a produção art ística e auxilie
no resgate e conser vação dos valores culturais
regionais.
Entorno; Uso Intensivo.
Organização de espetáculos musicais,
apresentações
teatrais,
exposições
de
artes
plásticas e artesanatos, sempre respeitando as
caracter ísticas da unidade de conser vação e da
região.
Aparelhagem de som, iluminação, móveis
ou instalações para público massivo, material
gráf ico, material de acordo com os eventos.
Toda a disponível na área e um teatro de
arena.
Coordenador
do
programa;
monitor es;
técnico de nível médio e braçais.
177
38 - Eventos Comunitários
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
A comunidade poderá usar as instalações
da unidade para suas at ividades de int eresse
público. Reuniões, palestras, planejamento de ações
comunitárias,
cursos,
organização
de
grupos,
eventos r eligiosos, solenidades, f oros popular es,
audiências públicas, entre outras atividades, poderão
realizar-se na unidade sempre e quando se
compatibilizarem com os objetos da zona em
questão.
Uso Intensivo e Uso Especial.
Reser va por antecipação das instalações;
estruturação de um programa ou calendár io de
eventos.
(idem anter ior).
Toda a disponível na área.
Coordenador do pr ograma e braçais.
ÁRE A ESTR ATÉGICA DE OPER AÇÕES
É nesta área que se concentram todas as atividades administrativas, de controle
e manutenção da unidade. O objetivo é garantir a proteção máxima do recurso, a maior
eficiência na execução dos programas e o máximo da qualidade da experiência do usuário.
IX - PROGR AM A DE M ANUTENÇ ÃO
É o Programa estabelecido para valorizar os investimentos realizados em infraestrutura e áreas de uso público, incluindo veículos, equipamentos e maquinário.
39 - Conser vação de vi as de acesso e aceiros
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Elaborar um pr ograma de m anutenção das
mesmas,
considerando
uma
hierarquia
de
prior idades.
Deve-se ter sempr e em bom estado de
conser vação as vias de acesso e aceiros que cortam
as unidades.
Todas as zonas.
178
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Uma das f ormas mais comuns para a
conser vação das vias e aceiros são aquelas
relacionadas com o controle da erosão: drenagem,
construir barreiras, recompor a cobertura vegetal e
pavimentar, onde e quando necessár io, bem como
capinar, arar e com pactar o solo pelo uso, pode ser
uma técnica também utilizada.
Trator; material de jardinagem; produtos
quím icos biodegradáveis; mudas; estacas; estruturas
metálicas; pedras; combust ível e veículo.
Viveir o; galpão mecânico e depósito.
Técnico responsável; mecânico; br açais e
tratorista.
40 - Conser vação de trilhas de interpr etação e recreati vas
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e equipam entos
Inf raestrutura
Pessoal
Elaborar
um
programa
de
manutenção
que
permita
avaliar
constant emente os impactos produzidos pelo
uso. Controlar a erosão e a compact ação são
medidas de extrema importância nas trilhas,
as quais terão papel educativo, interpret ativo
e recreat ivo para o usuário. Mant er a
sinalização e limpeza, eliminar obstáculos e
desvios,
redimensionar
e
f echar
determinados
caminhos
podem
ser
necessários para garantir ao público a
qualidade de sua experiência na área.
Primit iva;
Uso
Extensivo
e
Intensivo.
Estudos de impacto; sensos de uso;
f otograf ias
periódicas;
questionários
de
opinião e obser vações de campo são
algumas das metodologias para diagnosticar
o estado de conservação das trilhas. Sua
recuperação inclui os mesmos métodos
utilizados para sua criação ou abertura,
sempre considerando os f atores f ísico biót icos da zona em que se estabeleçam.
Moto-serr as; f erramentas f lorestais
e de jardinagem; cascalho; pedras; estacas;
placas.
Galpão;
viveiro;
marcenar ia
e
depósito.
Técnico responsável e braçais.
179
41 - Manutenção e conser vação de placas, instal ações e infraestrutura
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e equipam entos
Inf raestrutura
Pessoal
Manter em perf eit o estado de
conser vação todas as instalações e inf raestrutura das unidades, tendo em vist a o
f ato comprovado que é mais econômico
manter
que
reconstruir.
Pint ura;
restauração; reacondicionamento e limpeza
constant e
ou
per iódica
valorizam
os
investimentos f eitos na construção das
instalações.
Todas as zonas.
Manutenção cont ínua; combater o
vandalismo; f iscalização e conscientização
dos usuários; deter minar a capacidade de
carga para cada instalação ou inf raestrutura e usar materiais de boa qualidade,
resistentes e adequados.
Mater ial de construção; mater ial
elétr ico; mater ial hidráulico; f erramentas de
todo tipo para construção e car pintaria;
binóculos; e pirógraf os.
Galpão; depósito; escrit ório e
marcenar ia.
Responsável técnico; programador
visual; braçais e vigias.
42 - Jardinagem e paisagismo
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e equipam entos
Inf raestrutura
Pessoal
As zonas de uso intensivo e onde se
encontrar em os jardins devem estar em bom
estado de conser vação. Aconselha-se preparar
um plano paisag ístico antes do plantio das
espécies da f lora. Recuper ar periodicamente
aquelas áreas mais af etadas pelos visitantes,
f uncionár ios ou pelo trânsito de veículos e
animais.
Uso Extensivo; Uso Intensivo e Uso
Especial.
Plantio direto; manejo da paisagem;
introdução de espécies; poda de f ormação da
vegetação; capinagem; adubação e compostagem;
corte da grama; irr igação; vigilância; sinalização;
orientação ao visit ante e f otograf ias periódicas.
Todo material para j ardinagem.
Galpão; viveiro e depósito
Técnico responsável; vigias e braçais.
180
43 - Manejo dos resíduos sólidos
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Os resíduos sólidos, produzidos pela
população que reside, trabalha e visita a área,
deverão ser objeto de especial atenção na
implementação do Plano de Manejo. Essa pr opost a
deve promover m udança de comportamento do
público alvo, em relação ao lixo e ao m esmo tempo
of erecer soluções práticas, par a conservação dos
recursos naturais da área. Desde a coleta selet iva
até a sua conf iguração f inal, os resíduos sólidos
produzidos na área devem ser tratados de maneira
ecologicamente com pat ível. Seleção, compostagem,
compactação, venda ou reciclagem e/ou destino f inal
devem imitar os modelos mais ef icientes, já
praticados
no
país.
Uma
campanha
de
conscient ização dos usuár ios é f undamental nesta
atividade.
Uso Extensivo e Intensivo e de Uso
Especial.
Cursos para os f uncionár ios; campanhas de
conscient ização para os usuários; coletor es em
locais
estratégicos; composteiras;
compactação
mecânica e seleção do lixo.
Mater ial
e
Equipamentos:
Veículos
coletores;
compactador;
"containers";
sacolas
plásticas; material de viveiro; cal e trit uradores.
Galpão; viveiro e composteir os.
Responsável técnico; braçais; vigias.
44 - Manutenção de máquinas, equipamentos e veículos
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Deve-se dar a m esma abordagem da
manutenção de instalações, inf ra-estruturas e
placas, pois o investimento nesses equipamentos
chega a representar uma propor ção signif icat iva no
orçamento inicial para a implementação do plano que
se apresenta.
Indef inida.
Métodos: Revisão periódica; diagnóst ico
programado; troca de peças; repar ação imediata;
limpeza cont ínua; registro e treinamento dos
responsáveis
pelo
uso
dessas
máquinas,
equipamentos e veículos.
Peças; f erramentas específ icas para esta
atividade.
Depósitos;
galpões;
almoxarif ado
e
garagem.
Técnico
responsável;
mão-de-obra
especializada e braçais.
181
X - PROGR AM A DE PRO TEÇ ÃO
Inclui-se neste programa aquelas operações dirigidas a garantir a integridade dos
recursos naturais da unidade, incluindo também o visitante.
Propostas
45 - Fiscalização
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
A
f iscalização
ou
vigilância
é
provavelmente uma das atividades centrais do
manejo de qualquer área protegida. Ela terá que
encontrar as f ormas e métodos mais adequados para
cada zona previst a no manejo da unidade. No
entanto, ela deve ser mais de prevenção que de
combate às contravenções ou danos aos recursos. A
f unção deve ser exercida com cortesia e f irmeza;
com qualidade no relacionamento hum ano e com
técnica ef iciente na identif icação de situações
prejudiciais à unidade e aos usuár ios.
Todas as zonas.
Postos f ixos de plantão; rondas curtas ou
longas; int erpretação ambulante; relat órios; controle
de visitantes; e observações periódicas.
Veículos; motocicletas; bússolas; mapas;
f otos aéreas; rádio-comunicação; armas de f ogo;
lancha;
mater ial
de
escr itório;
materiais
e
equipamentos par a os acampament os.
Galpão; guaritas; torres e postos de
obser vação e almoxarif ado.
Técnico responsável e vigias.
182
46 - Prevenção e Combate de Incêndios
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Muito se f ala dos programas de prevenção
e combate a incêndios e sempre se descobre que na
maior ia das vezes se trabalha às escur as, por mero
inst into
e
sem
equipamentos
ou
estratégias
adequadas. O programa de Prevenção, sem entrar
em
detalhes,
deve
ser
ref orçado
para
ser
implementado o ano inteiro.
Um programa paralelo de pesquisa deve
analisar constant emente as condições que f avor eçam
as possibilidades de f ogo, assim como o verdadeiro
impacto ecológico dos mesmos. Aqui tratamos dos
ecossistemas que por longos per íodos se adaptaram
as condições de f ogos per iódicos, sendo a pesquisa
cient íf ica, por alcançar resultados autênt icos e
viáveis
na
análise
deste
f enômeno,
aliada
imprescindível.
Fazendo
ref erência
ao
controle
de
incêndios, todos os f uncionár ios devem estar
preparados e devidamente treinados para combatêlos. Manter um grupo voluntário entre membros da
comunidade
e
demais
instituições
locais.
A
organização deste grupo para atuar no campo, estar á
sob estrita or ientação de um comando tecnicamente
preparado. A administração terá a responsabilidade
de of erecer as condições necessár ias para que isso
se verif ique.
Todas as zonas.
Na prevenção - estudos de impacto;
obser vações de campo; estudo dos f atores f ísico biót icos; queimadas controladas; campanha de
conscient ização;
rondas
periódicas;
vigilância
ref orçada nas épocas cr ít icas; manejo da vegetação.
No
Combat e
equipamentos,
capacitação
e
estratégia pré def inida.
Motoserras; f erramentas f lorestais e de
jardinagem; motobombas; cam inhão-cisterna; trator;
ext intor es; equipamentos e material para combate de
incêndios; mater ial para acampament o; bússolas;
f otos aéreas e mapas.
Galpão; depósito; ambulatór io; ref eitór io.
Técnico responsável; braçais; voluntários;
médico e enf ermeiros.
183
47 - Controle da erosão, progr ama de saneamento bási co e
controle da qualidade da água.
Operacionalização: esta proposta contida no Programa de Proteção terá como
função executar as atividades inerentes ao programa de Conservação de Solo e Águas, do
Programa de Controle e Manejo do Meio Abiótico.
48 - Segurança do Tr abalho
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Deve-se garant ir a segurança no trabalho
por parte dos f uncionár ios que manejam a área e
também do visitante que f reqüenta a unidade. A
qualidade da experiência recreat iva of erecidas aos
visitantes é a melhor propaganda da instituição.
Obrigatoriamente
esta
qualidade
passa
pela
segurança na ut ilização das instalações e na
realização das atividades dentro da unidade. É dever
da Adm inistração manter-se vigilante no que se
ref ere a este negligenciado aspecto do manejo, em
áreas protegidas do nosso país.
Indef inida.
Corte da grama; vigilância; sinalização;
orientação ao visit ante; super visão e manutenção
das instalações; revisão da resistência de materiais;
manutenção de vias de acesso e tr ilhas; treinamento
do pessoal em primeir os socorros; atendimento
rápido de acidentes; socorro básico na área; uso de
salva- vidas nas áreas aquáticas; equipamentos de
emergência em bom estado; treinament o em ser viço
e programa de segurança no trabalho.
Aqueles
básicos
de
enf ermagem
e
primeiros socorros; material de construção; material
gráf ico e material para cursos.
Ambulatór io;
sala
de
treinamento;
sinalização; postos de salva- vidas e postos de
vigilância.
Técnico responsável; vigias e auxiliares.
184
XI - PROGR AM A DE MONITOR AM ENTO
Em todo plano deve dar-se espaço para a supervisão e controle das atividades a
serem cumpridas nas respectivas áreas ou programas. Esta finalidade é o centro do
Programa de Monitoramento, que terá como objetivo analisar os resultados das ações nas
áreas florestais, de pesquisa, do meio físico, do pessoal e do próprio plano como um todo.
Propostas
49 - Monitoramento da Produção Florestal
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Numa área onde a produção f lorestal deve
ser tida como modelo para poder cumpr ir sua f unção
"educadora" a nível regional, especialmente onde se
iniciarão algumas atividades pioneiras no setor
social e tecnológico. (Isso é preciso estar em dia
com seus compromissos administrat ivos e cumpr indo
as metas e objet ivos estabelecidos na parte do plano
correspondente). Registros e tabelas devem ser
produzidos para auxiliar a tomada de decisões e
mudanças de rumos. Constant emente devem ser
comparados os resultados com os planos operat ivos
desenhados para o per íodo. Igualmente deve manterse em dia a análise de custos oper acionais, elemento
crucial para a im plementação f ora da unidade.
Subpr odutos
desse
monitoramento
serão
a
super visão de pessoal, aperf eiçoam ento dos métodos
produt ivos, prevenção de acidentes de trabalho;
redução de perdas; inspeção de equipamentos, entre
outros. Est e prog rama deve lembr ar que vai
considerar todos as áreas que se relacionam com
algum tipo de produção: sementes, mudas, madeira,
resina, leite, mel, derivados da f loresta, etc.
Manejo
Florestal,
Interf erência
Exper imental e Recuperação.
Inspeção de campo; banco de dados;
planilhas eletrônicas; estudos de impacto ambiental;
análise f inanceira; reuniões técnicas; consultas;
avaliação de experimentos.
Veículo; combust ível; computador; material
de escr itório; quadro de avisos.
Laborat ório; sala de reuniões; depósito.
Técnico responsável; braçais; motor ista.
185
50 - Monitoramento da Pesquisa
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
O Instituto Flor est al é uma instit uição
cient íf ica por natureza. Suas atividades produt ivas e
conser vacionistas, se não todas, devem estar
f undamentadas em fatos cient íf icos, ou pelo menos
devem realizar-se com o intuito de gerar inf ormação
que possa ser vir à pessoas e inst ituições que
dependam de algum a maneira dessa inf ormação. O
Instituto Florestal deve investir na experimentação.
Por conseqüência, t udo o que seja f eit o nas áreas
sob seu dom ínio dever ia estar programado para
gerar inf ormações que sir vam de base a qualquer
projeto de credibilidade cient íf ica. Como nas
Unidades de Itirapina tudo está dirigido par a o
desenvolvimento
transdisciplinar
e
o
desenvolvimento sustentável regional, o campo
cient íf ico deverá abordar todas as atividades
realizadas e seu monitoramento é essencial para
evitar as inúteis perdas de inf ormação, desde o
campo da pr odução f lorestal até o mais simples dos
assuntos sociais.
Indef inida.
Da mesma maneira que se f az
o
monitoramento da produção, deverá se f azer com a
pesquisa. Relatór ios, reuniões técnicas; seminários
de f uncionár ios; análises per iódicas dos resultados;
registro de eventos; montagens de experimentos;
apresentação em eventos cient íf icos, são algumas
f ormas disponíveis para implement ar esta propost a.
Idem ao Monit oramento da Produção.
Toda a disponível na unidade.
Técnico r esponsável; f uncionár ios de todas
as áreas do Institut o Florestal; braçais.
51 - Monitoramento do Meio Físico
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Todas as at ividades propostas num plano
de
manejo
têm
repercussões
m uitas
vezes
imprevisíveis no terr eno. É então necessário avaliar
a reação do meio f ísico às ações sobre ele em
decorrência dos pr ogramas aqui descr itos. Estudos
de capacidade de carga; estudos de impacto
ambiental; seguimento de dados populacionais da
f auna, de sucessão vegetal e até meteorológicos;
são algumas das ações a considerar neste programa.
Indef inida.
186
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Não
dif erem
dos
métodos
antes
mencionados.
Apenas
se
deseja
que
este
monitoramento possa reavaliar ações e modif icar o
rumo ou objet ivos na medida certa para cada
programa.
Todos os que forem necessários e
pertinentes a cada um dos recursos a se avaliar.
Toda a disponível na unidade.
Responsável técnico; braçais e vigias.
52 - Monitoramento do Pessoal
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Este tipo de monitor amento objet iva ser um
auxílio ao Pr ograma de Administração, mas tem o
objetivo específ ico de avaliar o pessoal que
desempenha suas f unções nas unidades, com a
f inalidade de detectar f alhas operacionais, seja por
f alta
de
capacit ação
ou
pela
aplicação
de
metodologias erradas. É mais uma avaliação
operacional do que de pessoal propr iamente dita,
mas tenta dar subsídios aos programas de relações
públicas, adm inistração e treinament o.
Indef inida.
Observação
em
ser viço;
r elatórios;
avaliações pessoais; reuniões técnicas.
Todo o disponível na unidade.
Nenhuma específ ica.
Responsável técnico; f uncionários.
53 - Monitoramento do Plano de Manejo
Ação de Manejo:
Operacionalização
Como todo planejamento é passivo de
mudanças e este não poderia ser uma exceção,
especialmente quando se trata de um plano que
integra duas categorias dif erentes, é preciso
estabelecer uma metodologia para avaliar todas as
atividades e a ef etividade do propost o no papel.
Como todo planejamento é dinâm ico, ele deve ser
constant emente reavaliado e adaptar seus enf oques
à medida que apareçam as dif iculdades reais, muitas
vezes dif erentes em natureza e dimensão daquelas
que f oram previstas durante o mesm o processo.
Revisão, atualização e implementação f ormam
elementos do mesmo ciclo, sempr e crescente,
porém,
mutante.
Esse
monitoramento
inclui
187
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
obviamente, também, todas das as atividades
administrat ivas. O pessoal encarregado de coordenar
esta taref a poder á atuar em conjunto com o
Conselho Gestor, quando possível.
Todas as zonas.
Super visão;
avaliação
cont ínua;
participação comunitária; obser vações de campo;
reuniões
t écnicas;
registros;
cronogramas;
retroalimentação nas dif erentes etapas do processo.
Os que f orem necessár ios já citados
anteriormente.
Todas as existentes na unidade.
Responsável técnico; f uncionár ios de todos
os níveis; represent ante da com unidade.
XII - PROGR AM A DE TREIN AM ENTO E C AP ACI TAÇ ÃO
É necessário implantar um esquema de capacitação institucional que permita a
todos que exercem suas funções nas áreas protegidas, a oportunidade de se capacitarem
de maneira contínua. Este Programa, além de cuidar disso, estabelece o elo com a
comunidade vizinha e outras instituições regionais, para aproveitar sua infra-estrutura e seus
recursos humanos para repassar conhecimentos e técnicas que permitam treinar e capacitar
membros dessas comunidades, para os fins mais diversos.
Propostas
54 - Capacitação para técnicos de ní vel superior e médio
Ação de Manejo:
Operacionalização
A diretriz f ilosóf ica desse tipo de manejo
deve ser acompanhada, pela não menos importante,
capacitação e treinamento daqueles f uncionários que
exercem responsabilidades técnico-administrativas.
As decisões, tal qual o manejo, devem ser inter ou
transdisciplinares. I sso exige técnicos com ampla
visão, com visão holíst ica, com capacidade para
trabalhar em equipe e at ingir a sinergia e a
ef iciência. O programa para esses prof issionais
poderá ser vir ao mesmo tempo para técnicos e
prof issionais de outr as inst ituições. Poderá envolver
universidades,
instituições
f lorestais,
empresas
privadas e organizações governam entais, assim
188
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
como organizações ambientalistas. Objetivo do
programa: manejar a área, capacitar pessoas para
benef iciar a região e prestar melhores ser viços aos
usuár ios.
Indef inida.
Formais: cursos; palestras; seminár ios;
pós-graduação; congressos; estágios. Informais:
visitas dir igidas às unidades; demonstrações de
métodos; treinamento em ser viço; intercâmbio de
pessoal; consultorias dir igidas; manuais; bolet ins
técnicos.
Veículo de transport e colet ivo; pr ojetor de
"slides"; retroproj etor; TV e video-cassete; aparelho
de som portátil; material de escritório; mater ial
técnico e de campo; material gráf ico.
Toda a inf ra-estrutur a da unidade.
Técnico r esponsável; motorista; auxiliar es;
escritur ário.
55 - Capacitação para funcionários operacionai s e moradores
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Levando-se em consideração que os
f uncionár ios e os moradores que se encontram na
unidade são os mais benef iciados pelo manejo da
mesma
e
que
quanto
mais
capacitados
e
conscient izados eles estiverem, maior e melhor
ser viço poderão of erecer ao público visit ante, dever á
ser estabelecido um programa de capacitação e
treinamento que lhes permita exercer suas f unções
com mais ef iciência, segurança e rapidez. Os
moradores deverão conscientizar-se de que seu
trabalho volunt ário no manejo da unidade reverte-se
em seu própr io benef ício e para que isso aconteça
devem ser envolvidos no manejo e pr oteção da área.
Indef inida.
Cursos; palestras; treinamento em ser viço;
super visão de práticas; manuais de operações;
demonstrações de métodos; excursões; visitas
dir igidas; cam inhadas conduzidas; atividades lúdicas
e práticas; trabalho artesanal.
Mater ial
f otográf ico
e
audiovisual;
f erramentas f lorestais, de viveiro e de carpintaria;
material de escritório; jogos educativos; móveis;
biblioteca; material de excursionismo; veículo de
transporte colet ivo.
Galpão; auditório; sala de at ividades
lúdicas;
trilhas;
área
de
recreação;
viveiro;
marcenar ia.
Técnico responsável; motorista; monitor es;
vigias; escritur ário; braçais.
189
56 - Capacitação para a comuni dade
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Ao contrário do que se apr esenta na
proposta para a Comunidade no Programa de
Educação, dentro do Programa de Uso Público, este
aborda o auxílio à Comunidade, não para f acilitar o
manejo da unidade, mas para auxiliar a mesma
Comunidade na solução dos
seus
principais
problemas.
Já
f oram
distinguidas
essas
necessidades no capít ulo "Visão da Comuni dade
sobre a U.C.” as quais orientam este Plano de
Manejo. Assim, por conseqüência, há necessidade de
se implementar um programa de treinamento e
capacitação para aquela parcela da população, ou
aquela
inst ituição
que
desejar
aproveitar
a
capacidade institucional do Inst ituto Florestal e das
unidades.
Construção de casas
de madeir a;
resinagem e processamento da resina; marcenar ia;
carpintaria;
artesanato;
produção
de
mudas;
paisagismo
e
jardinagem;
horticultura;
cooper ativismo são algumas das áreas específ icas
em que as unidades podem of erecer oportunidades.
Todas as possíveis.
Cursos prof issionalizantes; palestras em
clubes, igrejas, escolas e outras instit uições;
programas de rádio; colunas na imprensa local;
visitas dir igidas às unidades; demonstrações de
métodos;
estágios;
programa
de
voluntários;
complementação do curr ículo escolar.
Veículo de transport e colet ivo; pr ojetor de
"slides"; retroproj etor; TV e video-cassete; aparelho
de som portátil; material de escritório; mater ial
gráf ico.
Toda a inf ra-estrutur a da unidade.
Técnico r esponsável; motorista; auxiliar es;
escritur ário.
XIII - PROGR AM A DE ADMINI STR AÇ ÃO
O Programa de Administração é aquele encarregado de realizar toda a parte
administrativa, burocrática e de relações públicas que a unidade exige. Nele estão incluídas
as funções de licitações, concessões, programa de voluntários e cobrança de serviços.
190
Propostas
57 - Assist ência Ad ministrativa
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Como em toda unidade de conser vação a
administração tem por meta gerenciar todos os
recursos humanos, físicos e materiais para alcançar
os objetivos de manejo, dentro da maior ef iciência
possível. Est e programa atenderá ou dará apoio e
seguimento a todas as at ividades propostas neste
plano sem dist inção de hierarquia, mas seguindo a
ordem estabelecida no próprio planejamento. Esta
será a coluna vertebral da adm inistração, a qual
tornará operat iva cada uma das ações executadas
em
cada
programa.
Sugere-se
constituir
um
Conselho Administ rativo f ormado por um dos
responsáveis de cada Pr ograma , além do chef e da
unidade e do administrador responsável.
Indef inida.
Convencionais à prática adm inistrativa,
porém,
deverão
estimular
as
avaliações
multidisciplinares,
f ormas
de
retroalimentação
ef icientes e o f luxo cont ínuo de inf ormação.
Computador,
telef one,
material
de
escritór io, mater ial de papelaria, mobiliário m ínim o,
veículo.
Sede
administrat iva;
estacionam ento;
galpão; almoxar if ado.
Técnico
r esponsável;
secretár ia( s);
auxiliares.
58 - Relações Públi cas
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
O relacionam ento entre f uncionários e
administração é essencial para ref let ir coerência na
implementação do plano, de dentro par a f ora.
Igualmente deverá manter-se um estr ito controle do
relacionamento com a comunidade e demais
inst ituições locais e regionais. A f unção das
Unidades
de
Itirapina
estará
estreitament e
relacionada com a capacidade de manter relações de
cooper ação com entidades e pessoas externas à
área.
Indef inida.
Todos
os
métodos
disponíveis
que
conduzam a execução do plano dent ro de uma
atmosf era de aceitação local e regional.
Aqueles comuns à Administração.
191
Inf raestrutura
Pessoal
Toda a existente na unidade.
Técnico
responsável;
administrador
responsável; auxiliar es.
59 - Regimento Interno
Ação de Manejo:
Operacionalização
Pessoal
O desenvolvimento ou estruturação de um
programa
de
regimento
interno
f acilitar á
administrat ivamente todas as ações previstas neste
plano. Dito regiment o não necessariamente deve ser
f eito de imediato, mas, desde o início da
operacionalização, é recomendável responsabilizar
algum f uncionário para registrar t odos aqueles
assuntos que mereçam destaque no regimento. Este
últ imo pode ir sendo elaborado por partes, sempre
com a participação de todos os f uncionários a todos
os níveis e com a participação de distintos membros
da comunidade ou usuários, quando conveniente.
Responsável
técnico;
Adm inistrador
e
Auxiliar es.
60 - Cobr ança de Ser viços
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Pessoal
Considerando a necessidade de manter
uma polít ica de auto-sustentação administrativa,
assim como a de valor izar os recursos recreativos,
paisag íst icos e naturais que possui a unidade, este
programa terá como dever, estabelecer uma
estratégia de cobr ança daqueles ser viços que a
Administração consider e necessário, sempre em
consonância com as normas do Instituto Florest al e
considerando a r ealidade local. Entrada nas ár eas de
recreação intensiva; hospedagem; aluguel de inf raestrutura para event os especiais, especialmente não
ligados à comunidade local, entre outr os ser viços,
deverão ser cont emplados nest a proposta.
Uso Especial e Uso I ntensivo.
Indef inido.
Responsável
técnico;
adm inistrador;
auxiliares.
192
61 - Licitações
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Esta
é
a
política
utilizada
pela
administração do Instituto. Cont inua- se f azendo
licitações para resina, madeira e outros ser viços que
se deseje of erecer nas unidades. É provável que se
abram novas áreas para licit ação que oportunamente
serão abordadas pela administração cent ral.
Indef inida.
Através de licitação.
Os próprios da Administração.
Todos os necessár ios.
Técnicos; administrador; auxiliar es.
62 - Concessões
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Uma f orma de minorar o peso da
Administração, especialmente no que se ref ere à
of erta de serviços aos usuários, é aquela de abr ir
concessões a part iculares, especialmente se estes
procedem da comunidade local. Essa ser á uma f orma
muita prát ica de garantir os ser viços necessár ios aos
visitantes e aumentar o número de empregos na
localidade,
sem
o
concomitante
desempenho
comercial da adm inistração pública.
Uso Especial.
Participativo em estreito contato com a
administração central.
Os próprios para as concessões.
A existente nas Unidades.
Técnico
r esponsável;
auxiliares.
administrador;
63 - Volunt ariado
Ação de Manejo:
Operacionalização
Para todas as atividades e setores deste
plano, a part icipação de voluntários poderá trazer
algumas vantagens. Em primeiro lugar, pode ser uma
f onte de capacitação em ser viço para muitas pessoas
da comunidade, em especial os jovens e idosos. Por
outro lado, a diver sidade de at ividades propost as,
especialmente na época de f érias e de f inais de
semana, r equererá um signif icat ivo número de
193
Zona de manejo
Métodos
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
pessoas. Numa terceira instância, a conscientização
da comunidade à respeito do valor das Unidades de
Itirapina poderá aceler ar-se com a participação de
voluntár ios locais na implementação deste plano.
Uma parte da administração deverá or ganizar este
programa de voluntários desde o início das ações.
Todas as zonas de ambas UCs.
Devem
identif icar-se
todas
as
necessidades, priorizar em - se as ár eas de ação e
estudar-se a of erta da comunidade. Os recursos
f inanceiros para este programa deverão desenvolverse em estreito relacionamento com a administração
central.
Os próprios par a cada atividade ou ação
estratégica.
Todas as necessár ias.
Técnico responsável; assistente.
XIV - PROGR AM A DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Objetiva coordenar todas as operações de construção de infra-estruturas
previstas nas etapas do Plano de Manejo.
Proposta
64 - Construir, reformar e acondicionar toda a Infraestrut ura
necessária.
Ação de Manejo:
Operacionalização
Zona de manejo
Métodos
Dentro dos prazos estabelecidos nas
dif erentes etapas deste plano, as dif erentes
estruturas f ísicas inerentes ao desenvolvimento das
atividades
de
cada
programa
deverão
ser
construídas, ref ormadas ou acondicionadas de
acordo com a existência das mesmas. Apresenta-se
aqui uma amostra das pr incipais necessidades em
termos de estruturas das unidades. É primordial que
nas próximas f ases ou etapas do plano de manejo,
sejam desenvolvidos os projetos executivos das
instalações.
É necessár io sublinhar que grande parte da
estrutura f ísica necessária par a a realização de uma
signif icat iva parte das at ividades aqui propostas, já
f ormam parte do patrimônio da unidade hoje.
Todas as que necessitem de inf raestrutura.
Planejament o de todas as etapas de
desenho e construção.
194
Mater iais e
equipamentos
Inf raestrutura
Pessoal
Os próprios para elaboração de projet os.
As mesmas das áreas administrat ivas.
Técnico responsável e auxiliares.
4.7.3. Áreas Estrat égicas Externas
As ações estratégicas para a área de Amortecimento que venham a formar parte
do escopo das diretrizes para a proteção das UCs consideradas por este plano e também as
que orientam as propostas de desenvolvimento sustentável a nível local e regional já foram
incluídas na seção anterior.
No entanto, é preciso dar destaque a todas aquelas ações que de alguma forma
mais direta se relacionam com as áreas externas às unidades. Neste sentido apresenta-se o
seguinte quadro de ações, identificando o programa compatível e os possíveis resultados
esperados.
195
Relação de Ações dentro das Áreas Estratégicas Exter nas
Ár ea
estratégica /
P ro g ra m a
Manejo de
Recursos
E x p lo ra ç ã o
Flo re s ta l
Ações
Estratégicas.
Produção de
mudas e
sementes
florestais
Produção
Florestal
Ma n e jo d e
Fa u n a
Repovoam ento
de animais
Estabeleciment o
de Corr edor es
Control e do
Pastor eio
Resultados
Esper ados
Auxiliar no
ref lorestamento ao
nível de propr ietár ios
rurais, local e
regionalmente.
Estabelecimento
de f lorestas com f ins
comerciais e
econôm icos.
Orientar técnica
e tecnologicamente na
exploração f lorestal
de espécies
comerciais, ao nível
de propr ietár ios
rurais.
Incentivar e
acompanhar a
proteção, reintrodução
e o repovoamento de
animais em áreas do
entorno.
Sensibilizar
sobre o movimento de
espécies animais
entre territór ios e
propriedades.
Estimular os
censos de f auna.
Incentivar a
proteção de
remanescentes
f lorestais e de
vegetação.
Incentivar a
conexão de vegetação
com áreas adjacentes
às unidades.
Incentivar a
criação de RPPNs.
Incentivar a
recuperação e
conser vação das
APPs.
Incentivar o
controle do gado
particular em relação
às possibilidades de
invasão.
Indicadores
Área
ref lorestada.
Número de
proprietários
engajados.
Volume de
produtos
comercializados.
Número de
proprietários
assistidos.
Volume de
produtos
comercializados.
Número de
proprietários
engajados.
Resultados
dos censos de
f auna.
Índices de
caça e
desmatamento.
Número de
f ragmentos
vegetacionais.
Número de
propriedades e
proprietários
engajados.
Número de
animais
encontrados nas
unidades.
196
Ações
Á re a e s t ra t . /
Estratégicas.
Programa
Restauração de
Ma n e jo d a
Ár eas Natur ais
Flo ra
e Degr adadas.
C o n tro le e
Ma n e jo d o
Me io
A b ió tic o
Control e da
Erosão e do
Assoreamento.
Saneamento
Básico e
Tr atament o de
Esgot os
Uso Público
Educação
Tr einamento de
Professores
Capacitação de
jovens
Resultados
Esper ados
Incentivar e
orientar a restauração
de ambientes
degradados.
Aumentar a
área de reser va das
propriedades mais
próximas dos lim ites
das UCs.
Estimular o
controle das perdas
de solo e redução
drástica do
assoreamento de
corpos d’água, dentro
e f ora das
propriedades.
Estabelecimento
de instalações
adequadas para o
tratamento de
resíduos sólidos e
líquidos, ao nível de
ambientes urbano e
rural.
Orientação de
campanhas de
redução, reutilização
e reciclagem de
resíduos sólidos e
líquidos.
Preparar
prof essores para o
uso das inst alações e
ambientes das
unidades nos seus
programas escolares.
Auxiliar na
preparação e
capacitação de
voluntár ios, guias
tur ísticos e at ivistas
ambientais para
acompanhar as ações
estratégicas a nível
regional e interno.
Indicadores
Aumento
das áreas verdes
recuperadas.
Aumento
das áreas
vegetadas
próximas à borda
das unidades.
Dim inuição
dos volumes de
sedimentos em
corpos hídr icos.
Número de
elementos ou
esf orços para a
prevenção de
erosão.
Redução
dos índices de
poluição hídr ica e
sólida nas áreas
de entorno e das
UCs.
Número de
campanhas
estabelecidas e
grupos envolvidos.
Número de
prof essores e
inst ituições
engajadas.
Número de
escolares
utilizando as
unidades nos seus
programas.
Número de
indivíduos e
grupos engajados.
Grau de
execução das
atividades sob
responsabilidade
desses jovens.
197
Ár ea estrat. /
Ações
Estratégicas.
P ro g ra m a
Recr eação e
V is ita ç ã o
Turismo
In te g ra ç ã o
e x te rn a
Extensão Rural
e Urbana
Event os
Culturais e
Comunitári os
Operações
P ro te ç ã o
Prevenção e
Combat e a
Incêndi os e à
Caça Ilegal
Monitoramento
Mo n ito ra m e n to de Pesquisas
Monitoramento
do Meio Físico
A d m in is tra ç ã o
Voluntari ado
Resultados
Esper ados
Incenti vo à
visitação e ao tu rismo
local e regional .
Orienta r sobre
as potencialidades
locais.
Auxiliar no
planejamento das
ações tu rísticas
regionais.
Incentivar a
adoção de técnicas e
estratégias de
conser vação e manejo
de recursos naturais.
Facilitar a
celebração de e vento s
culturais e
comunitários dentro d o
recinto das UCs.
Inibir o
aparecimento e os
impactos dos incêndi os
florestais.
Reduzir a
invasão de caçado res
e da dep redação de
espécies da fauna
silvestre .
Envol ver os
proprietá rios rurais n o
monitoramento de
pesquisas de in teress e
para ao manejo das
unidades.
Incenti va r e
integrar o
monitoramento do me io
físico de cada uma d as
propriedades que
formam parte da área
do ento rno.
Incenti va r a
participação voluntári a
de estagiá rios e
pessoas nos di versos
programas de manejo.
Oferecer
alterna tivas de
ati vidades para jo ven s
e adultos da
comunidade do
entorno .
Indicadores
Índice de
visitação às
unidades.
Resultado
das avaliações de
uso público.
Estat ísticas
tur ísticas.
Número de
pessoas e
instituições
engajadas.
Número e
qualidade dos
projetos-obje to .
Número de
even tos celebrados .
Resultados
das a valiações.
Número de
incêndios
registrado s den tro e
fora das UCs.
Número de
incidentes
registrado s e
valores dos censos
de fauna.
Número de
proprietá rios
envol vidos e
volume de
resultados .
Número de
proprietá rios
envol vidos e
volume de
resultados .
Número de
pessoas engajadas.
Número de
programas em que
volun tários
participam.
198
4.8. - PLANO ORÇAMENTÁRIO
Nesta seção do Plano de Manejo procura-se orientar a administração
institucional, bem como a todas as f ontes f inanciadoras externas que venham
incorporar-se na implementação das ações estratégicas aqui propostas. O plano
orçamentário está apresentado de maneira a identif icar a distribuição dos
custos por etapa e por rubrica, tendo em consideração que o plano está
desenhado para um período de cinco (05) anos. Esse período é dividido em
quatro (04) etapas, sendo que a primeira etapa compreende os dois (02)
primeiros
anos.
Ainda,
haverá
possibilidades
de
identif icar
que
ações
estratégicas se realizarão em cada etapa, suas interrelações e a quantidade e
qualidade do pessoal requerido para sua realização.
É importante esclarecer que outros tratamentos poderão ser dados
aos
dados
f inanceiros
que
aqui
se
apresentam,
mas
dependerão
da
necessidade determinada pela equipe de manejo e a instituição. Entre esses
tratamentos podem citar-se os seguintes:
•
Organizar os dados f inanceiros por ação de manejo e não por rubrica
(elemento de despesa);
•
Apresentar os dados por Programa ou Área Estratégica, entre outros.
A tabela de interrelações (TABELA 16) apresentada a seguir, objetiva
distribuir todas as atividades propostas neste plano, por Área Estratégica,
mostrando o tipo e número de recursos humanos necessários e indicando a
etapa de execução.
199
Tabela 16 - Interrelações das Ações Estratégicas organizadas por Área, Recursos Humanos e por Etapa de Implementação.
N
o
Ação Estratégica
Área
Estratégica
RN UP OP
01
Manutenção Florestal
02
Produção de mudas florestais
03
Produção de sementes florestais
04
Produção de madeira
05
06
08
Vigilância
Resinagem
Unificação de habitats isolados e
restabelecimento da zona ecotonal
Redução da biomassa vegetal de campo
X
09
Observatórios de fauna
X
10
Regeneração de áreas naturais
X
11
12
13
Recomposição do habitat natural
Recuperação de áreas degradadas
Exploração de áreas do Cerrado
X
X
X
14
Conservação de solos
X
15
Controle de erosão
X
16
Controle da compactação de solo
X
Controle de assoreamento de rios e lagos
X
07
17
X
X
X
X
X
X
X
Interrelação
c/ outras Ações
Estratégicas
2-7;10-14;18-19; 32;
36;39;43;45
1;3-4;6-7;10-15;18; 2122;24;27;30;32; 36;39;45;52
1-2;7-13;21-24;27;30; 32;39
1-2;6;8;10-11;13-15; 21-22;
32; 43;45;52; 57
TODAS
1-2;4;21-22;32;43;;45 52;57
1-3;8;10-15;17-19; 2122;32;43;52
3-4;7;10-13;32;43
11-12;27;30-32;38;42-43;4647
1-4;7-8;11-12;14-19;22; 32;
36-37;43;52
1-4;7-10;12-13;15-16;36;52
1-3;7-11;22;32;39;43;52
1-4;7-8;11;32;39;43
1-2;4;7;10;15-17;22;32;3637; 52
1;4;7;11;14;16-19;22;32;3637
52
10-11;14-15;32;36;37;52
7;14-16;18-19;22;32;36
Pessoal
T A O
ETAPAS
1 2 3 4
2
1
23
X
X
2
1
6
X
X
X
X
2
1
6
X
X
X
X
3
1
6
X
X
1
2
1
1
20
6
X
X
X
X
X
X
1
1
3
X
X
X
1
1
3
X
X
X
1
1
1
X
X
1
1
3
X
X
X
X
1
1
1
1
1
1
3
4
2
X
X
X
X
X
1
1
4
X
X
X
1
1
4
X
X
1
1
4
X
X
X
1
1
4
X
X
X
X
200
N
o
18
19
20
21
Ação Estratégica
Controle de qualidade do potencial
hídrico
Controle da quantidade de água
(potencial hídrico)
Saneamento básico e tratamento de
esgotos
Programa de Estudos e Pesquisas
Área
Estratégica
RN UP OP
X
Interrelação
c/ outras Ações
Estratégicas
1-2;7;15-17;20;22;32;40;52
1
1
2
X
X
X
X
X
1;7;15-16;22;32;43;52
1
1
2
X
X
X
X
X
18-19;22;32;40
1
-
6
X
X
X
TODAS
2
1
2
X
X
X
X
1
2
2
X
X
X
X
X
X
Pessoal
T A O
1
ETAPAS
2
3 4
2-4;7;10-12;14-20;2322
Projetos para as comunidades do entorno
X
24;30;34
35;40;58
23
Projetos para estudantes
X
3;10;22;26;30;39;40
1
2
2
X
X
24
X
2-3;10;22;26;30;39-40
1
2
2
X
X
X
30-31;39-40-58
1
2
2
X
X
26
Projetos para professores
Projetos para funcionários e moradores
da unidade
Centro de visitantes
X
22-24
1
2
2
X
X
X
X
27
Trilhas interpretativas
X
TODAS
1
1
2
X
X
X
X
28
X
TODAS
1
1
-
X
X
X
X
X
TODAS
1
1
1
X
X
30
Produção de material gráfico
Programação visual (letreiros, placas e
painéis)
Recreação
X
2-3;9;22-25;31
1
1
12
X
X
X
X
31
Turismo
X
TODAS
1
1
2
X
X
X
X
32
Extensão rural e urbana
X
1-3;6-20;22
1
2
1
X
X
33
Divulgação e de relações públicas
X
TODAS
1
1
2
X
X
X
34
Eventos culturais
X
22-25
1
1
1
X
X
X
25
29
No
Ação Estratégica
Área
Estratégica
RN UP OP
Interrelação
c/ outras Ações
Estratégicas
Pessoal
T A O
X
1
ETAPAS
2
3 4
201
35
Eventos comunitários
36
Conservação de vias de acesso e aceiros
Conservação de trilhas de interpretação e
recreativas
Manutenção e conservação de placas,
instalações e infra-estrutura
Jardinagem e paisagismo
2;22-25
1
1
1
X
X
X
X
X
1-2;10-11;14-17;43
1
1
3
X
X
X
X
X
10;14-16
1
1
2
X
X
X
X
X
TODAS
1
1
3
X
X
X
X
X
1-3;9-13;23-25
1
1
4
X
X
X
X
X
18;20;22-25
1
1
1
X
X
X
X
X
TODAS
1
2
3
X
X
X
X
42
Manejo de resíduos sólidos
Manutenção de máquinas, equipamentos
e veículos
Fiscalização
X
TODAS
1
1
20
X
X
X
X
43
Prevenção e combate de incêndios
X
1;4;6-13;19;22-25;44
1
1
1
X
X
X
X
44
Segurança no trabalho
X
9;18-19;43;58-59
1
1
2
X
X
X
X
45
Monitoramento da produção florestal
X
1-2;4;6;13;43
1
2
1
X
X
X
X
46
Monitoramento da pesquisa
X
TODAS
2
2
2
X
X
X
X
47
Monitoramento do meio físico
X
TODAS
2
2
2
X
X
X
X
48
Monitoramento do pessoal
X
TODAS
1
1
1
X
X
X
X
49
X
TODAS
1
1
1
X
X
X
X
X
TODAS
1
2
1
X
X
X
X
TODAS
1
2
1
X
X
X
52
Monitoramento do plano de manejo
Capacitação para técnicos de nível
superior e médio
Capacitação para funcionários
operacionais e moradores
Capacitação para a comunidade
X
2;4;6-7;10-12;14-19
1
2
2
X
X
X
X
53
Assistência administrativa
X
TODAS
1
2
-
X
X
X
X
37
38
39
40
41
50
51
X
202
N
o
Ação Estratégica
Área
Estratégica
RN UP OP
X
Interrelação
c/ outras Ações
Estratégicas
TODAS
Pessoal
T A O
1
1
2
ETAPAS
1 2
3 4
54
Relações públicas
55
Regimento interno
X
TODAS
1
1
1
56
Cobrança de serviços
X
TODAS
1
1
8
57
Licitações
X
4;6;53
1
2
-
58
Concessões
Voluntariado
X
22;25;44;53
1
1
-
X
X
TODAS
1
2
2
X
X
X
X
Construção, reforma e acondicionamento
de infra-estrutura
X
TODAS
1
1
3
X
X
X
X
59
60
X
X
X
X
X
X
X
X
203
4.8.1 - PLANO ORÇAMENTÁRIO DISCRIMINADO POR CATEGORIA
As TABELAS a seguir evidenciam as despesas por atividades necessárias à
implantação do plano de manejo:
TABELA 17 - Plano orçamentário discriminado por categorias
1. Pessoal
Descrição
Custo
Mensal
Valor anual
Custo total
1.1
03 Técnicos
Superiores
1.450,00
52.200,00
261.000,00
1.2
12 Técnicos
Médios
625,00
90.000,00
450.000,00
1.3
52 Nível Básico
350,00
218.400,00
1.092.000,00
Sub-total........R$ 1.803.000,00
2. Equipamentos
2.
Descrição
Unit
Total
2.1
01 Ap. de som (MP3)
2.698,00
2.698,00
2.2
01 Computador
3.000,00
3.000,00
2.3
01 Impressora
multif uncional
625,00
625,00
2.4
01 Fax
800,00
800,00
2.5
04 Kit marcenaria- jogo
1.000,00
4.000,00
2.6
01 Motoserra
3.750,00
3.750,00
204
2.
Descrição
2.7
04 Extintores incêndios
2.8
01 Equip. de rádio móvel
VHF
2.9
01 Carreta
2.10
Unit
Total
400,00
1.600,00
10.657,00
10.657,00
3.750,00
3.750,00
04 Encerado
300,00
1.200,00
2.11
01 Apar. dendromêtr.
750,00
750,00
2.12
01 Microscópio
3.000,00
3.000,00
2.13
01 Ferramentas viveiro
1.875,00
1.875,00
2.27
08 Tambores
80,00
640,00
2.31
01 Máquina f otog. digital
790,00
790,00
2.32
01 Vídeo-f ilmadora
1.250,00
1.250,00
2.33
01 Data Show
5.900,00
5.900,00
Sub-total.......46.285,00
3. Mobiliário e Materiais de Consumo
Descrição
3.1
02 Bebedouros
elétricos
3.2
20 Cadeiras f ixas
3.3
01 Balcão recepção
3.4
04 Quadros de avisos
3.5
3.6
Valor Unit
Valor Total
400,00
800,00
95,00
1.900,00
700,00
700,00
87,00
348,00
12 Estantes
400,00
4.800,00
--- Livros
625,00
2.500,00
205
Descrição
Valor Unit
3.7
02 Mesas
p/computador
3.8
01 Mesa p/reuniões
3.9
Material elétrico "
3.10
Valor Total
1000,00
1.000,00
1.000,00
1.000,00
30.000,00
30.000,00
Mat. hidráulico
5.000,00
25.000,00
3.11
Mat. jardinagem
2.500,00
12.500,00
3.12
Mat. viveiro
3.750,00
18.750,00
3.13
Mat. de construção
12.500,00
62.500,00
3.14
Mat. de prim.socorros
2.500,00
10.000,00
3.15
Ferram.of ic.mecânica
12.500,00
62.500,00
3.16
Insumos manutenção
6.250,00
25.000,00
3.17
Material escritório
5.000,00
20.000,00
3.18
Material gráf ico
6.250,00
25.000,00
Sub-total................R$ 304.298,00
4. Infra-estrutura e Instalações
206
Descrição
4.1
01 Centro de
visitantes
4.2
Unid.
Unit
M2
Total
R$/M2
300
350,00
105.000,00
01 Portal
50
250,00
12.500,00
4.3
02 Estações de
Bicicletas
45
83,00
7.470,00
4.4
01 Lanchonetes
60
350,00
21.000,00
4.5
02 Banheiros
públicos
100
250,00
50.000,00
4.6
01 Observatórios
f auna
30
190,00
5.700,00
4.7
01 Estacionamento
2.500
163,00
407.500,00
4.8
01 Guaritas
10
225,00
2.250,00
4.9
01 Áreas de
piquenique
600
163,00
97.800,00
4.10
04 Quiosques
25
95,00
9.500,00
4.11
Aceiros
0,60
381.000
228.600,00
4.12
04 Trilhas
Unid
1.250,00
5.000,00
4.13
02 Trapiches
180
71,00
25.560,00
4.14
01 Galpões
120
94,00
56.250,00
120
112,00
13.440,00
Unid
5.750,00
5.750,00
750
50,00
37.500,00
90
31,00
11.160,00
Sub-Total...
984.480,00
4.15
4.16
01 Post.de
reciclag.lixo
01 Torres de
observação
4.17
01 Parque inf antil
4.18
Placas e painéis
5.Eventos e Serviços
207
Descrição
5.1
5.2
5.3
5.4
5.5
5.6
04 Cursos p/
Técnicos
04 Cursos
p/Funcionários
02 Cursos
p/Comunidade
03 Programas de
Extensão
03 Reprodução
gráf ica
04 Manutenção de
equip.
Unid.
Unit
Total
Curso
2.100,00
8.400,00
Curso
1.150,00
4.600,00
Curso
2.809,50
5.619,00
Projeto
7.500,00
22.500,00
Folhetos
2.500,00
7.500,00
Jornada
1.400,00
5.600,00
Sub-Total... 54.219,00
TOTAL GERAL – R$ 3.192.219,00
4.8.2 - PLANO ORÇAMENTÁRIO DISCRIMINADO POR ETAPA
208
Nesta
seção,
apresenta-se
o
orçamento
por
etapas,
identif icando primeiro as atividades que se realizarão em cada etapa, e em
tabela separada, os valores por categoria na mesma etapa. Aproveitamos para
identif icar em negrito aquelas atividades que se realizarão em todas as etapas.
Atividades a executar na Etapa 1 –
No.
A T I V I D A D E
=======================
02.
Produção de mudas florestais
03.
Produção de sementes florestais
05.
Vigilância
06.
Resinagem
07.
Observatórios de f auna
10.
Regeneração de áreas naturais
18.
Controle de qualidade do potencial hídrico
19.
Controle da quantidade de água (potencial hídrico)
20.
Saneamento básico e tratamento de esgotos
21.
Programa de Estudos e Pesquisas
22.
Projetos para as comunidades do entorno
23.
Projetos para estudantes
24.
Projetos para prof essores
25.
Projetos para f uncionários e moradores das Unidades
26.
Centro de Visitantes
27.
Trilhas interpretativas
28.
Produção de material gráfico
29.
Programação visual (letreiros, placas e painéis)
30.
Recreação
31.
Turismo
No.
A T I V I D A D E
209
33.
Divulgação e relações públicas
35.
Eventos comunitários
36.
Conservação de vias de acesso e aceiros
37.
Conservação
de
trilhas
de
interpretação
e
recreativas
38
Manutenção e conservação de placas, instalações e
infra-estrutura.
39.
Jardinagem e paisagismo
40.
Manejo de resíduos sólidos
41.
Manutenção de máquinas, equipamentos e veículos
42.
Fiscalização
43.
Prevenção e combate de incêndios
44.
Segurança pública
45.
Monitoramento da produção florestal
46.
Monitoramento da pesquisa
47.
Monitoramento do meio físico
48.
Monitoramento do pessoal
49.
Monitoramento do plano de manejo
51.
Capacitação para f uncionários operacionais e moradores
52.
Capacitação para comunidade
53.
Assistência administrativa
54.
Relações públicas
56.
Cobrança de serviços
58.
Concessões
59.
Voluntariado
60.
Construção, reforma e acondicionamento de infraestrutura.
Plano Orçamentário por Etapa/Categoria – Etapa 1
210
O plano orçamentário por etapa/categoria é apresentado na TABELA 18, abaixo.
TABELA 18 – Plano orçamentário por categoria/etapa 1
1. Pessoal
Pessoal
1.1
03 Técnicos
Superiores
1.2
1.3
Custo Mensal
Custo anual
1.450,00
52.600,00
128 Técnicos
Médios
625,00
90.000,00
52 Nível
Básico
350,00
218.400,00
Custo total
104.400,00
180.000,00
436.800,00
Sub-total.......R$ 721.200,00
2. Equipamentos
Descrição
2.1
2.2
2.3
2.4
01 Aparelho de som
(MP3)
01 Motoserra (a
gasol.)
02 Extintores
incêndios
04 Rádios Portáteis
móveis
Unid.
Unit
Total
Unid.
2.698,00
Unid
3.750,00
Unid
400,00
800,00
Unid
1.200,00
4.800,00
2.5
01 Carreta
Unid.
3.750,00
2.6
01 Ferramentas
Viveiro
jogo
1.875,00
08 Tambores
unid
01 Máquina
Fotográf ica digital
Unid
2.7
2.8
80,00
640,00
790,00
Sub-total.......... R$ 19.103,00
3
Mobiliário e Materiais de Consumo
211
Descrição
Unid
Unit
Total
3.1
01 Bebedouros
unid
400,00
400,00
3.2
10 Cadeiras f ixas
unid
95,00
950,00
3.4
02 Quadros de avisos
unid
87,00
174,00
3.5
02 Estantes
unid
400,00
800,00
3.6
--- Livros
unid
625,00
3.7
01 Mesa p/reuniões
02 Arquivos de 4
gavetas (aço)
unid
1.000,00
3.8
578,00
1.156,00
unid
30.000,00
3.10 Mat. hidráulico
unid
5.000,00
3.11 Mat. jardinagem
unid
2.500,00
3.12 Mat. viveiro
unid
3.750,00
3.13 Mat. de construção
unid
12.500,00
3.14 Mat. de Prim. Socorros
unid
500,00
3.15 Ferram. Of ic. Mecânica
unid
12.500,00
3.16 Insumos Manutenção
unid
6.250,00
3.17 Material escritório
unid
5.000,00
3.18 Material gráf ico
unid
6.250,00
3.9
Material elétrico
unid
Sub-total.........R$
89.355,00
4. Infra-estrutura e Instalações
212
Descrição
M2
R$ /M2
Total
4.1*
01 Centro de
Visitantes
300
350,00
105.000,00
4.2
01 Portal
50
250,00
12.500,00
4.3
01 Estações de
Bicicletas
45
83,00
3.735,00
4.4
01 Lanchonete
60
350
21.000,00
100
250,00
50.000,00
30
190,00
5.700,00
4.5
4.6
02 Banheiros
públicos
01 Observatórios
f auna
4.7
01 Estacionamento
2.500
163,00
407.000,00
4.8
01 Guarita
10
225,00
2.250,00
4.9*
4.10
01 Área de
piquenique
02 Quiosques
600
25
163,00
95,00
97.800,00
4.750,00
4.11
-- Aceiros
381.000
0,60
228.600,00
4.12
01 Trilha
Unid
1.250,00
1.250,00
4.13
01 Trapiche
180
71,00
25.560,00
120
112,00
13.440,00
4.14
4.15
01 Postos de
Reciclagem
01 Torres de
Observação
Unid
5.750,00
5.750,00
4.16
01 Parque Inf antil
750
50,00
37.500,00
4.33
Placas e Painéis
90
31,00
2.813,00
Sub-total........... R$ 1.024.648,00
5. Eventos e Serviços
213
Descrição
Unid
Unit
Total
5.1
01 Cursos p/Técnicos
Curso
2.100,00
5.2
01 Cursos
p/Funcionários
Curso
1.150,00
5.3
Programa p/ estudantes
5.4
01 Programas de
Extensão
Projeto
5.5
02 Reprodução gráf ica
Folhetos
2.500,00
5.000,00
5.6
02 Manutenção de
equip.
Jornada
1.400,00
2.800,00
3.000,00
7.500,00
Sub-Total........... R$ 22.950,00
TOTAL GERAL DA ETAPA 1 (ANO 01 E 02) – R$ 1.877.256,00
Atividades a executar na Etapa 2
No.
A T I V I D A D E
=======================
02.
Produção de mudas f lorestais
03.
Produção de sementes f lorestais
05.
Vigilância
06.
Resinagem
07.
Unif icação de habitats isolados e restabelecimento da
zona ecotonal
08.
Redução da biomassa vegetal de campo
09.
Observatórios de f auna
10.
Regeneração de áreas naturais
13.
Exploração de áreas de Cerrado
14.
Conservação de solos
15.
Controle de erosão
16.
Controle da compactação de solo
18.
Controle de qualidade do potencial hídrico
19.
Controle da quantidade de água (potencial hídrico)
20.
Saneamento básico e tratamento de esgotos
21.
Programa de Estudos e Pesquisas
22.
Projetos para as comunidades do entorno
No.
A T I V I D A D E
=======================
24.
Projetos para prof essores
26.
Centro de Visitantes
214
27.
28.
29.
30.
31.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
56.
59.
60.
Trilhas interpretativas
Produção de material gráf ico
Programação visual (letreiros, placas e painéis)
Recreação
Turismo
Divulgação e relações públicas
Eventos culturais
Eventos comunitários
Conservação de vias de acesso e aceiros
Conservação de trilhas de interpretação e recreativas
Manutenção e conservação de placas, instalações e
inf ra-estrutura
Jardinagem e paisagismo
Manejo de resíduos sólidos
Manutenção de máquinas, equipamentos e veículos
Fiscalização
Prevenção e combate de incêndios
Segurança pública
Monitoramento da produção f lorestal
Monitoramento da pesquisa
Monitoramento do meio f ísico
Monitoramento do pessoal
Monitoramento do plano de manejo
Capacitação para técnicos de nível superior e médio
Capacitação para f uncionários operacionais e
moradores
Capacitação para comunidade
Assistência administrativa
Relações públicas
Cobrança de serviços
Voluntariado
Construção, ref orma e acondicionamento de inf raestrutura
Plano Orçamentário por Etapa/categoria - Etapa 2
215
Para a 2
a
etapa de implantação do plano de manejo é
apresentada conf orme TABELA 19.
TABELA 19 - Plano orçamentário por categoria/etapa 2
1. Pessoal
Pessoal
Custo Mensal
Custo anual
1.450,00
52.200,00
1.1
03 Técnicos Superiores
1.2
12 Técnicos Médios
625,00
90.000,00
1.3
52 Nível Básico
350,00
218.400,00
Sub-total.....
360.600,00
2. Equipamentos
Descrição
Unid.
Unit
Total
2.1
01 Fax
Unid
800,00
2.2
01 Kit de marcenaria
jogo
1.000,00
2.3
02 Extintores incêndios
unid
400,00
800,00
Sub-total....R$ 2.600,00
3. Mobiliário e Materiais de Consumo
Descrição
Unid.
Unit
Total
3.1
01 Bebedouro
unid
400,00
3.2
-- Livros
unid
625,00
3.3
Mat. hidráulico
unid
5.000,00
3.4
Mat. jardinagem
unid
2.500,00
Descrição
3.5
Mat. viveiro
Unid.
unid
Unit
Total
3.750,00
216
3.6
3.7
3.8
3.9
3.10
3.11
Mat. de
construção
Mat. de
Prim.Socorros
Ferram.Of ic.Mec
ânica
Insumos
Manutenção
Material
escritório
Material gráf ico
unid
12.500,00
unid
2.500,00
unid
12.000,00
unid
6.250,00
unid
5.000,00
unid
6.250,00
Sub-total.......R$ 56.775,00
4. Infra-estrutura e Instalações
Unid.
M2
Descrição
4.1
4.2
4.3
02 Quiosques
01 Trilhas
Placas e Painéis
Unit R$ /M2
25
Unid
90
Total
95,00
1.250
31,00
Sub-Total.........R$
4.750,00
1.250,00
2.813,00
8.813,00
5. Eventos e Serviços
Descrição
5.1
5.2
5.3
5.4
5.5
5.6
01 Cursos p/Técnicos
01 Cursos
p/Funcionários
01 Cursos
p/Comunidade
01 Programas de
Extensão
02 Reprodução
gráf ica
01 Manutenção de
equip.
Unid.
Vr Unit
Vlr Total
Curso
2.100,00
Curso
1.150,00
1.600,00
curso
Projeto
Folhetos
Jornada
7.500,00
2.500,00
5.000,00
1.400,00
Sub-Total......R$ 11.250,00
TOTAL GERAL DA ETAPA 2 – R$ 440.038,00
Atividades a executar na Etapa 3
No.
A T I V I D A D E
217
=======================
01. Manutenção Florestal
02.
Produção de mudas f lorestais
03.
Produção de sementes f lorestais
04.
Produção de Madeira
05.
Vigilância
06.
Resinagem
07.
Unif icação de habitats isolados e restabelecimento
da zona ecotonal
08.
Redução da biomassa vegetal de campo
10.
Regeneração de áreas naturais
13.
Exploração de áreas de Cerrado
14.
Conservação de solos
15.
Controle de erosão
16.
Controle da compactação de solo
17.
Controle de assoreamento de rios e lagos
18.
Controle de qualidade do potencial hídrico
19.
Controle da quantidade de água (potencial hídrico)
21.
Programa de Estudos e Pesquisas
22.
Projetos para as comunidades do entorno
23.
Projetos para estudantes
26.
Centro de Visitantes
27.
Trilhas interpretativas
28.
Produção de material gráf ico
30.
Recreação
31.
Turismo
32.
Extensão rural e urbana
33.
Divulgação e relações públicas
34.
Eventos culturais
35.
Eventos comunitários
36.
Conservação de vias de acesso e aceiros
37.
Conservação de trilhas de interpretação e
recreativas
38.
Manutenção e conservação de placas, instalações
e inf ra-estrutura
39.
Jardinagem e paisagismo
40.
Manejo de resíduos sólidos
41.
Manutenção
de
máquinas,
equipamentos
e
veículos
No.
A T I V I D A D E
=======================
42.
Fiscalização
43.
Prevenção e combate de incêndios
218
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
59.
60.
Segurança pública
Monitoramento da produção f lorestal
Monitoramento da pesquisa
Monitoramento do meio f ísico
Monitoramento do pessoal
Monitoramento do plano de manejo
Capacitação para técnicos de nível superior e
médio
Capacitação para f uncionários operacionais e
moradores
Capacitação para comunidade
Assistência administrativa
Relações públicas
Regimento interno
Voluntariado
Construção, ref orma e acondicionamento de inf raestrutura
Plano Orçamentário por Etapa/Categoria - Etapa 3
Para a 3 a etapa de implantação do plano de manejo é apresentada
conf orme TABELA 20.
TABELA 20 - Plano orçamentário por categoria/etapa 3
1. Pessoal
Pessoal
1.1
1.2
1.3
03
Técnicos
Superiores
12
Técnicos
Médios
52 Níveis
Básicos
Custo
Mensal
Custo
geral
1.450,00
52.200,00
625,00
350,00
90.000,00
218.400,00
Sub-total....R$ 360.600,00
2. Equipamentos
219
Descrição
2.1
01 Computador
2.2
01 Impressora
multif uncional
Unid.
Total
Unid
3.000,00
625,00
Sub-total....R$ 3.625,00
3. Mobiliário e Materiais de Consumo
Descrição
Unit.
Total
3.1
---Livros
625,00
3.3
Mat. hidráulico
5.000,00
3.4
Mat. jardinagem
2.500,00
3.5
Mat. viveiro
3.750,00
3.6
Mat. de construção
3.7
Mat. de Prim.Socorros
2.500,00
3.8
Ferram.Of ic.Mecânica
12.500,00
3.9
Insumos Manutenção
6.250,00
3.10
Material escritório
5.000,00
3.11
Material gráf ico
6.250,00
12.500,00
Sub-total..........R$ 56.875,00
4. Infra-estrutura e Instalações
M2
4.1
01 Trilhas
Unid
R$ /M2
1.250,00
Total
1.250,00
Sub-Total....R$ 1.250,00
5. Eventos e Serviços
220
Descrição
Unid.
Unit
Total
5.1
01 Cursos p/Técnicos
Curso
2.100,00
5.2
01 Cursos
p/Funcionários
Curso
1.150,00
5.3
01 Cursos
p/Comunidade
curso
1.600,00
Projeto
7.500,00
Folhetos
2.500,00
Jornada
1.400,00
5.4
5.5
5.6
01 Programas de
Extensão
01 Reprodução
gráf ica
01 Manutenção de
equip.
Sub-Total.....R$ 18.750,00
TOTAL GERAL ETAPA 03 R$ 441.100,00
Atividades a executar na Etapa 4 - ano 4 e 5
No.
A T I V I D A D E
=======================
01. Manutenção Florestal
02.
Produção de mudas f lorestais
03.
Produção de sementes f lorestais
04.
Produção de Madeira
05.
Vigilância
06.
Resinagem
07.
Unif icação de habitats isolados e restabelecimento da
zona ecotonal
08.
Redução da biomassa vegetal de campo
10.
Regeneração de áreas naturais
11.
Recomposição do habitat natural
13.
Exploração de áreas de Cerrado
14.
Conservação de solos
16.
Controle da compactação de solo
17.
Controle de assoreamento de rios e lagos
No.
A T I V I D A D E
221
=======================
18.
Controle de qualidade do potencial hídrico
19.
Controle da quantidade de água (potencial hídrico)
21.
Programa de Estudos e Pesquisas
22.
Projetos para as comunidades do entorno
23.
Projetos para estudantes
26.
Centro de Visitantes
27.
Trilhas interpretativas
28.
Produção de material gráf ico
30.
Recreação
31.
Turismo
32.
Extensão rural e urbana
33.
Divulgação e relações públicas
34.
Eventos culturais
35.
Eventos comunitários
36.
Conservação de vias de acesso e aceiros
37.
Conservação de trilhas de interpretação e recreativas
38.
Manutenção e conservação de placas, instalações e
inf ra-estrutura
39.
Jardinagem e paisagismo
40.
Manejo de resíduos sólidos
41.
Manutenção de máquinas, equipamentos e veículos
42.
Fiscalização
43.
Prevenção e combate de incêndios
44.
Segurança pública
45.
Monitoramento da produção f lorestal
46.
Monitoramento da pesquisa
47.
Monitoramento do meio f ísico
48.
Monitoramento do pessoal
49.
Monitoramento do plano de manejo
50.
Capacitação para técnicos de nível superior e médio
52.
Capacitação para comunidade
53.
Assistência administrativa
55.
Regimento interno
57.
Licitações
59.
Voluntariado
60.
Construção, ref orma e acondicionamento de inf raestrutura
222
1. Pessoal
Custo
Mensal
Pessoal
Custo
geral
1.1
03 Técnicos Superiores
1.450,00
52.200,00
1.2
12 Técnicos Médios
625,00
90.000,00
1.3
52 Nível Básico
350,00
218.400,00
Sub-total....R$ 360.600,00
2. Equipamentos
Descrição
Unid.
Custo geral
2.1
01 Computador
Unid
3.000,00
2.2
01 Impressora multifuncional
Unid
625,00
Sub-total.... R$ 3.625,00
3. Mobiliário e Materiais de Consumo
Descrição
Unit.
Total
3.1
---Livros
625,00
3.3
Mat. hidráulico
5.000,00
3.4
Mat. jardinagem
2.500,00
3.5
Mat. viveiro
3.750,00
3.6
Mat. de construção
12.500,00
3.7
Mat. de Prim.Socorros
2.500,00
3.8
Ferram.Of ic.Mecânica
12.500,00
3.9
Insumos Manutenção
6.250,00
3.10
Material escritório
5.000,00
3.11
Material gráf ico
6.250,00
Sub-total..........R$ 56.875,00
223
4. Infra-estrutura e Instalações
M2
4.1
01 Trilhas
Unid
R$ /M2
Total
1.250,00
1.250,00
Sub-Total...R$ 1.250,00
5. Eventos e Serviços
Descrição
Unid.
Unit
Total
5.1
01 Cursos p/Técnicos
Curso
2.100,00
5.3
01 Cursos
p/Comunidade
curso
1.600,00
5.4
01 Programas de
Extensão
Projeto
7.500,00
5.5
01 Reprodução
gráf ica
Folhetos
2.500,00
5.6
01 Manutenção de
equip.
Jornada
1.400,00
Sub-total: R$ 15.100,00
TOTAL GERAL ETAPA 04: R$ 433.825,00
RESUMO DO PLANO ORÇAMENTÁRIO
(Discriminado por Etapas)
ETAPA 01 – (ANO 1 e 2 ) -
1.877.256,00
ETAPA 02 – (ANO 3)
440.038,00
ETAPA 03 – (ANO 4)
441.100,00
ETAPA 04 - (ANO 5)
433.825,00
TOTAL
3.192.219,00
224
Integração na prática
O Plano de Manejo Integrado das Unidades de Itirapina
converte as Estações Experimental e Ecológica em uma só unidade. Embora,
elas
continuam
legalmente
sendo
unidades
separadas,
com
objetivos
legalmente dif erentes, o enf oque das atividades a realizar e o estado de ânimo
dos f uncionários é que mudam em benef ício da unif icação do manejo de
recursos naturais. Trata-se de não mais ver a exploração f lorestal como uma
atividade puramente produtora, ou a Estação Ecológica como apenas uma área
para a preservação de vegetação, f auna ou paisagens. Devem ser vistas como
partes integrantes de um todo, onde a conservação e a produção f lorestal estão
disponíveis às comunidades locais.
225
ENCARTE 5
5. MONITORIA E AVALIAÇÃO DO PLANO DE MANEJO
5.1. Premissas
Pela natureza e propósito da sua elaboração, o Plano de Manejo Integrado
das Unidades de Conservação de Itirapina exige a integração das duas unidades. Para
isso é sugerido o monitoramento continuo e avaliações periódicas do seu progresso na
implementação, tratando de manter uma visão da realidade onde fiquem visíveis as
necessidades de ajustes na implantação.
Nesta seção do plano sugerem-se dois parâmetros diferentes, mas
complementares entre si. Um é do monitoramento das ações, programas, áreas
estratégicas e do documento como um instrumento de ação. O outro e não menos
complexo é a avaliação da efetividade de manejo, seja da implantação do plano. Tais
recomendações partem das seguintes premissas:
• Monitoria e avaliação são instrumentos que asseguram a
interação entre planejamento e execução – As ações propostas neste
documento são produto do diagnóstico realizado em todas as suas áreas
componentes, incluindo a percepção das comunidades. Tendo em vista de que a
realidade é dinâmica, os planos requerem ajustes orçamentários, correção de
rumos e objetivos, aproveitamento de oportunidades e defesas contra possíveis
ameaças. Monitorar e avaliar a eficiência de executar o planejado é obrigatório
para ações continuas e futuros planos.
226
• Monitorar significa mais do que acompanhar – Não basta
apenas identificar desvios na implementação, os quais bem podem ser positivos
ou negativos; também é importante permitir os subsídios para que a equipe
responsável pela administração e manejo da unidade possa avaliar sobre as
ferramentas necessárias para fazer os ajustes requeridos. Monitorar é
supervisionar um processo em andamento e auxiliar no ajuste desse processo
para que não perca o rumo do planejado. Isto não quer dizer que o plano não
possa ser modificado, mas apenas atuar coerentemente ajustando o plano à
capacidade de implementação naquele determinado momento.
• Avaliar a efetividade da implementação calibra os recursos
utilizados para obedecer ao planejado – Segundo o IBAMA (2002) no seu
“Roteiro Metodológico”, avaliar possibilita corrigir para ajustar e replanejar para
continuar as ações. Tais ajustes devem estar fundamentados em elementos de
juízo apoiados nas análises e avaliações objetivas, atividades estas feitas pela
equipe de manejo, ou por equipe externa neutral.
5.2. Estrutura de Equipe de Administração e Manejo sugerida para
Itirapina.
Independentemente da forma em que o Instituto Florestal deseje continuar
com sua distribuição de responsabilidades dentro das suas unidades em Itirapina, este
plano sugere o seguinte organograma para a execução, monitoramento, avaliação e
replanejamento do plano aqui elaborado.
227
Organograma proposto
Coordenador
do PM
Chefe da Estação
Experimental
DIRETOR
GERAL
Chefe da Estação
Ecológica
CONSELHO
CONSULTIVO e
Equipe Executora do
PM
Responsável da
Área Estratégica
MANEJO DE
RECURSOS
Responsável da
Área Estratégica
USO PÚBLICO
Responsável da
Área
Estratégica
OPERAÇÕES
Monitoramento e Avaliação de Efetividade
Cabe ao Coordenador da implantação do Plano de Manejo, seja qual for o cargo que
ocupe dentro do quadro do IF em Itirapina, estabelecer o âmbito de responsabilidades
da sua equipe e discutir com a Diretoria Geral a melhor estrutura organizacional pata a
implementação deste plano, mas vão aqui algumas recomendações:
228
1) Considerando que as unidades em Itirapina possuem objetivos amplos,
diferenciados e complementares, todos simultaneamente necessários, não é
recomendável que se determine uma única pessoa para administra-las.
Auxiliando o Coordenador pode haver dois (02) técnicos capacitados para
realizar as ações em conjunto, preservando os objetivos de conservação e
manejo de cada unidade. Um planejamento integrado requer de uma equipe
integrada, mas que consiga manter a visão geral do planejado. Como é natural, o
Diretor-Chefe reporta-se ao Diretor Geral para que este último também se sinta
compromissado pela implementação do plano e possa acompanhar os avanços
de cada etapa e assim garantir os recursos necessários para a execução das
ações, de acordo com o planejamento institucional geral.
2) Como é obrigação legal criar um Conselho Consultivo para a Estação Ecológica,
no caso de Itirapina é imprescindível que tal Conselho atue sobre as duas
unidades. Independentemente das instituições e indivíduos que venham
conformar tal Conselho, é recomendável que ambos os Chefes de Estação,
assim como os responsáveis oficiais por cada Programa Estratégico, formem
parte técnica do Conselho. Todos devem acompanhar a implementação do plano
e participar das decisões que afetem ambas as unidades.
3) O Programa de Monitoramento proposto na área Estratégica de Operações deve
guardar estreita relação e compatibilidade com as propostas de monitoramento e
avaliação do plano contidas neste encarte.
229
5.3. Monitoramento e Avaliação de Áreas, Programas e Ações.
É importante destacar que as planilhas ou formulários propostos a seguir são
apenas uma sugestão para os responsáveis pelo manejo. Eles pretendem auxiliar o
processo de avaliação e acompanhamento de cada ação, dentro do seu programa e
área estratégica. Eles podem ser modificados e adaptados às condições mais
favoráveis da administração. No entanto, os formulários propostos foram pensados para
assistir ao Administrador tanto na avaliação de efetividade, quanto no acompanhamento
da implantação, diminuindo a subjetividade de valores neste momento do planejamento.
Convém lembrar que as denominadas Ações Gerenciais Gerais, agrupadas
nos seus dois (02) componentes (Capacitação de RH e Estabelecimento de Parcerias),
são incluídas também no processo de monitoramento, junto com as Ações Estratégicas
Internas.
230
Tabela 21. Relação das Ações Estratégicas organizadas por Área e Programa – Manejo de Recursos
ÁREA
ESTRATÉGICA
PROGRAMA
Exploração Florestal
Manejo de Fauna
Manejo de Recursos
Manejo de Flora
Controle e Manejo do Meio
Abiótico
Estudos e Pesquisas
AÇÃO ESTRATÉGICA
Manutenção florestal
Produção de mudas florestais
Produção de sementes florestais
Produção de madeira
Vigilância
Resinagem
Unificação de habitats isolados e restabelecimento da zona
ecotonal
Redução da biomassa vegetal de campo
Observatórios de fauna
Regeneração de áreas naturais
Recomposição do habitat natural
Recuperação de áreas degradadas
Exploração de áreas do Cerrado
Conservação de solos
Controle de erosão
Controle da compactação de solo
Controle de assoreamento de rios e lagos
Controle de qualidade do potencial hídrico
Controle da quantidade de água (potencial hídrico)
Saneamento básico e tratamento de esgotos
Exploração florestal
Estudos básicos
Manejo de recursos naturais
Uso público
231
Tabela 22. Relação das Ações Estratégicas organizadas por Área e Programa – Uso Público.
ÁREA
ESTRATÉGICA
PROGRAMA
Educação e Interpretação
Ambiental
Uso Público
Visitação
Integração externa
AÇÃO ESTRATÉGICA
Projetos para as comunidades do entorno
Projetos para estudantes
Projetos para professores
Projetos para funcionários e moradores da unidade
Centro de visitantes
Trilhas interpretativas
Produção de material gráfico
Programação visual (letreiros, placas e painéis)
Recreação
Turismo
Extensão rural e urbana
Divulgação e de relações públicas
Eventos culturais
Eventos comunitários
232
Tabela 23. Relação das Ações Estratégicas organizadas por Área e Programa - Operações.
ÁREA
ESTRATÉGICA
PROGRAMA
Manutenção
Proteção
Operações
Monitoramento
Treinamento e Capacitação
Administração
Desenvolvimento Físico
AÇÃO ESTRATÉGICA
Conservação de vias de acesso e aceiros
Conservação de trilhas de interpretação e recreativas
Manutenção e conservação de placas, instalações e
infraestrutura.
Jardinagem e paisagismo
Manejo de resíduos sólidos
Manutenção de máquinas, equipamentos e veículos
Vigilância da área e dos usuários
Prevenção e combate de incêndios
Segurança pública
Monitoramento da produção florestal
Monitoramento da pesquisa
Monitoramento do meio físico
Monitoramento do pessoal
Monitoramento do plano de manejo
Capacitação para técnicos de nível superior e médio
Capacitação para funcionários operacionais e moradores
Capacitação para a comunidade
Assistência administrativa
Relações públicas
Regimento interno
Cobrança de serviços
Licitações
Concessões
Voluntariado
Construção, reforma e acondicionamento de infraestrutura.
233
Note-se que as relações anteriores apenas mostram aquelas ações
inerentes ao plano das unidades. As Ações Gerencias Gerais são aquelas que
devem ser realizadas fora dos limites das unidades e tem caráter de integração
local e regional e, portanto, estão submetidas a diversos fatores externos fora do
controle administrativo. Sua descrição em detalhe faz-se desnecessária.
Nas seguintes páginas serão apresentados os formulários modelo,
desenhados para facilitar o monitoramento de implantação do plano de manejo,
separados por Área e Programa.
Em cada formulário poderá analisar-se o “Estágio de Implementação de
cada ação proposta por programa. O estágio “R” é aquele em que a ação foi
totalmente realizada e seus objetivos cumpridos de acordo com o planejado.
Segue-se o estágio “PR” para qualificar as ações que parcialmente foram
realizadas, ou cujos objetivos não foram alcançados durante a implementação
daquela ação e que deverá requerer um replanejamento. “NR” é aquele estágio
que denota que a ação não foi iniciada ou fracassou totalmente.
Uma
vez identificados
os
estágios
respectivos,
os formulários
apresentam espaço para as justificativas e observações úteis ao processo de
avaliação. É recomendável que cada formulário seja respondido, preenchido,
revisado e assinado por mais de um dos membros da equipe, reduzindo as
possibilidades de erros.
Como objeto de posterior avaliação, após ter monitorado todas as ações
e programas, um exame detalhado destes formulários permitirá uma rápida visão
do andamento de cada programa e comparar seu desempenho entre eles. Um
número significativo de ações Não Realizadas (NR) pode comprometer o avanço
de outros programas e até do planejamento em geral. Da mesma maneira, estes
formulários de monitoramento serão úteis para completar aqueles formulários
propostos para a Avaliação.
234
Tabela 24. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Gerais – Programa: Cap ac itaç ão d e Re c urs o s
Hum ano s .
Área: Ações Estratégicas Gerais
Programa:Capacitação de Recursos Humanos
Ações
R = R e alizada
Estágios de
implementação
R
PR
NR
PR = Parcialm e nte R e alizada
Justificativas
Observações
NR = Não R e alizada
235
Tabela 25. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Gerais – Programa: Es tab e le c im e nto d e Parc e rias .
Área: Ações Estratégicas Gerais
Ações
R = R e alizada
Estágios de
implementação
R
PR
Programa: Estabelecimento de Parcerias
NR
PR = Parcialm e nte R e alizada
Justificativas
Observações
NR = Não R e alizada
236
Tabela 26. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Internas – Área Estratégica: Mane jo d e Re c urs o s .
Área: Ações Estratégicas Internas
Ações
Manutenção florestal
Produção de mudas florestais
Produção de sementes florestais
Produção de madeira
Vigilância
Resinagem
Unific.habitats/restab.da zona ecotonal
Redução da biomassa vegetal de campo
Observatórios de fauna
Regeneração de áreas naturais
Recomposição do habitat natural
Recuperação de áreas degradadas
Exploração de áreas do Cerrado
Conservação de solos
Controle de erosão
Controle da compactação de solo
Controle de assoreamento de rios e lagos
Controle de qualidade do potencial hídrico
Contr. Quantidade de água (pot. hídrico)
Saneamento básico/tratam.de esgotos
Exploração florestal
Estudos básicos
Manejo de recursos naturais
Uso público
R = R e alizada
Área Estratégica: Manejo de Recursos
Estágios de
implementação
Justificativas
R
PR
NR
PR = Parcialm e nte R e alizada
Observações
NR = Não R e alizada
237
Tabela 27. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Internas – Área Estratégica: Us o Púb lic o.
Área: Ações Estratégicas Internas
Área Estratégica: Uso Público
Ações
Estágios de
implementação
R
PR
NR
Justificativas
Observações
Projetos para as comunidades do entorno
Projetos para estudantes
Projetos para professores
Proj.p/ funcionários e moradores
Centro de visitantes
Trilhas interpretativas
Produção de material gráfico
Progr.visual (letreiros, placas e painéis)
Recreação
Turismo
Extensão rural e urbana
Divulgação e de relações públicas
Eventos culturais
Eventos comunitários
R = R e alizada
PR = Parcialm e nte R e alizada
NR = Não R e alizada
238
Tabela 28. Formulário de Monitoramento – Ações Estratégicas Internas – Área Estratégica: Ope raç õ e s .
Área: Ações Estratégicas Internas
Área Estratégica: Operações
Ações
Conservação de vias de acesso e aceiros
Conservação de trilhas
Manut.e cons.placas, instal.e infraestrut.
Jardinagem e paisagismo
Manejo de resíduos sólidos
Manut.máquinas, equip. e veículos
Vigilância da área e dos usuários
Prevenção e combate de incêndios
Segurança pública
Monitoramento da produção florestal
Monitoramento da pesquisa
Monitoramento do meio físico
Monitoramento do pesoal
Monitoramento do plano de manejo
Capac.técnicos de nível superior e médio
Capac.funcionários e moradores
Capacitação para a comunidade
Assistência administrativa
Relações públicas
Regimento interno
Cobrança de serviços
Licitações
Concessões
Constr., reforma e acond.de infraestrutura
R = R e alizada
Estágios de
implementação
R
PR
PR = Parcialm e nte R e alizada
NR
Justificativas
Observações
NR = Não R e alizada
239
5.4. Avaliação da Efetividade do Planejamento.
Nesta sessão são apresentadas algumas planilhas que permitirão
realizar uma avaliação da efetividade periódica da implementação do plano, uma
vez feita as análises propostas nos formulários anteriores.
É importante mencionar que para realizar esta avaliação de efetividade
é recomendável que se faça sob o escopo de critérios administrativos e não
apenas utilizando indicadores de sucesso. Isto é justificado pelo fato de que além
do cumprimento de objetivos é importante saber como foi o processo até eles.
Acredita-se que administrativamente falando, a forma em que se cumprem as
metas e se alcançam os objetivos é tão importante quanto tê-las cumprido.
Efetividade,
eficiência
e
eficácia
são
coisas
diferenciadas
na
ciência
administrativa.∗
No parágrafo anterior a palavra periódica aparece em destaque porque
o IBAMA (2002) sugere que as avaliações de efetividade sejam feitas apenas na
metade do período de planejamento e outra no fim. No caso de Itirapina é possível
estudar a efetividade anualmente, haja vista a disponibilidade de informação
oferecida pelos formulários de monitoramento preenchidos anualmente.
Observação: os modelos de planilhas aqui sugeridos supõe que cada
ação pode, ou deve ser examinada. Produzindo os subsídios necessários para a
avaliação por programa. Os formulários de monitoramento anteriormente
apresentados, podem gerar uma tabela geral de programa, o que facilitaria a
avaliação da efetividade, tanto por área Estratégica, como por Programa de
Manejo.
∗
Efetividade é realizar exatamente o que foi proposto. Eficiência significa que o proposto foi
alcançado com os recursos disponíveis. Eficácia é que o alcançado consegue impactar e/ou
funcionar no cenário para o qual foi proposto.
240
5.4.1. Critérios de Avaliação.
Os critérios aqui sugeridos poderão ser modificados e estabelecidos de
acordo com o conhecimento da equipe responsável pelo manejo das unidades.
Tais critérios representam uma aproximação do que se procura em termos de
efetividade administrativa, como segue:
Execução dentro do cronograma – permite identificar aquelas ações
ou programas de manejo que se realizam dentro do cronograma previsto. Seu
cumprimento ou não permite identificar as condições que enfrentam os recursos
utilizados e a equipe de manejo. Este critério também ajuda a identificar barreiras
ou facilitadores que impedem ou auxiliam cada ação, respectivamente.
Objetivos
alcançados
–
qualifica
os
esforços
realizados
no
cumprimento dos objetivos traçados. Como é possível que exista um ou mais
objetivos dentro de cada ação proposta, é importante que as ações sejam
avaliadas neste quesito, o qual tem relação direta com o seguinte.
Metas atingidas - quantifica as metas componentes de cada objetivo.
Sendo as metas elementos concretos e passíveis de identificação, elas podem
auxiliar a qualificar os objetivos analisados no critério anterior. Devem considerarse os produtos atingidos, identificando inclusive as metas que no estavam
previstas originalmente no planejamento.
241
Qualidade dos resultados – mesmo sendo aparentemente subjetivo e
requerendo certa experiência por parte do avaliador, este é um critério relacionado
com a consistência dos resultados; como eles afetam positiva ou negativamente
outras ações, o programa onde se encontram, ou o plano como um todo.
Eficiência (relação Custo / Benefício) – trata-se de um critério que
avalia a utilização dos recursos humanos, financeiros e cronológicos e o relaciona
com a qualidade dos resultados. Esta avaliação também requer sensibilidade e
experiência, além da disponibilidade da aplicação dos recursos financeiros até o
momento da avaliação.
5.4.2. Indicadores de Efetividade.
Neste caso em que se utilizam indicadores para analisar a efetividade
na implementação do plano, as planilhas propostas seguem o padrão sugerido
pelo IBAMA (2002), apenas modifica-se a importância dada aos indicadores e
predeterminando-os, lhes concede a oportunidade de estabelecer também um
possível Índice de Efetividade, o qual pode ser útil para comparar as avaliações
entre si. Em outras palavras, Se as avaliações forem feitas anualmente, este
índice pode permitir comparar o avanço ou retrocesso do processo ao longo do
período planejado. No entanto, será da responsabilidade da equipe de manejo
aproveitar esta circunstância.
242
Da mesma maneira que foi feito com os critérios acima, estes
indicadores podem ser modificados de acordo com a considerações técnicas
derivadas em Conselho Consultivo ou pela própria equipe de manejo. Os
indicadores propostos são os seguintes:
Satisfação dos funcionários –em se tratando de um planejamento que
considerou as opiniões de todos os que desempenharam funções operacionais,
técnicas e administrativas por longos anos em ambas unidades de conservação,
acredita-se que este é um indicador de qualidade e inovador dentro deste meio
profissional e institucional. Este indicador permite comprometer a todos os atores
institucionais em parceiros e supervisores do planejamento e leva o processo
participativo às suas últimas possibilidades.
Satisfação da comunidade – da mesma forma que no item anterior,
considerar a satisfação da comunidade expressa que o que foi um planejamento
participativo e responsável com os atores do entorno das UCs envolvidas, ainda é
um fator a ser considerado na implementação das ações. Basta lembrar que a
palavra Integrado que qualifica este planejamento obriga de certa maneira a
considerar este indicador como um dos eixos de sucesso a ser alcançado; ele
traduz: foco, debate, sustentabilidade regional, responsabilidade com o entorno,
influencia, entre outros.
243
Número de fatores desfavoráveis - Procura registrar as principais
falhas no processo, especialmente aquelas mais sutis que não conseguem levar o
ideal até a realidade. Parte-se do princípio que sua presença será constante,
propiciando aos que administram o plano, não apenas a redução dos problemas,
mas também o aperfeiçoamento do processo de implantação do plano. Este
indicador ainda permite adequar o plano às constantes mudanças de cenários,
local, regional, nacional e institucional.
Relação Custo-Benefício – novamente aparece como um elemento
importante para medir efetividade, mas não apenas trata-se de medir o aspecto
financeiro, mas também a relação de sacrifício entre os recursos utilizados e os
resultados obtidos. Este indicador permitirá afinar as metodologias, aperfeiçoar o
potencial dos recursos utilizados e aprimorar a participação de parceiros e
comunidade. Certamente é um indicador complexo que produzirá subsídios para
pesquisa na área de supervisão e avaliação de projetos.
244
5.5. Considerações
É necessário mencionar que planejar é um ato visionário que nos
permite desenhar um cenário para o futuro a partir de uma realidade conhecida e
ao mesmo tempo, nos leva a estabelecer diretrizes para que orientemos os
recursos disponíveis, inclusive o tempo, na consecução de certos objetivos
predeterminados.
Como o Plano de Manejo Integrado das Unidades de Conservação de
Itirapina não é exceção, ele enfrentará dificuldades de todo tipo, previstas e
imprevistas, para sua implementação. Isso faz com que esta seção de
Monitoramento e Avaliação prepare seus diferentes atores para corrigir rumos e
adaptar o plano às mutantes realidades de uma sociedade dinâmica e de
processos complexos e globalizados.
Mas apenas uma coisa é necessária para que todo o esforço da
organização deste documento não seja em vão: deve haver a maior e mais
sincera vontade de implementar e agir. Somente isso poderá valorizar o processo
de planejar.
245
Tabela 29. Modelo de planilha de Avaliação da Efetividade do Planejamento por Critérios de Execução.
Área: Manejo de Recursos
Programa: Exploração Florestal
Ação: Produção de Mudas Flore s tais
Ano: IV
CRITÉRIOS
Execução dentro do Cronograma
Objetivos alcançados
Metas atingidas
Qualidade dos resultados
Eficiência (Relação Custo / Benefício)
Outros
Preenchido por: _________________________________
Data:___/_____/_____
Assinatura do Responsável Técnico:________________
Visto do Conselho Consulivo:______________________
Satisfatório
Completo
(+ + )
Regular
Parcialmente
(+-)
Adiado
Incompleto
(--)
Avaliação da
Efetividade
•
Es te mode lo pode s e r igualme nte utilizado para as Açõe s Ge re ncias Ge rais .
•
A planilha pode s e r utilizada para avaliar cada uma das açõe s propos tas e m cada programa. Bas ta mudar os
dados de áre a, Programa e Ação. Igualme nte s e rve para todos os pe ríodos de plane jame nto.
246
Tabela 30. Modelo de planilha de Avaliação da Efetividade do Planejamento por Indicadores de Implementação.
Área: Ações Gerais
Programa: Capacitação
Ação:
Ano: I
INDICADORES
Satisfação dos
Funcionários
Satisfação da
comunidade
Número de queixas
Resultados Esperados
Preenchido por: _________________________________
Data:___/_____/_____
Assinatura do Responsável Técnico:________________
Visto do Conselho Consulivo:______________________
Fontes de verificação
Resultados alcançados
Avaliação da
Efetividade
Relação Custo /
Benefício
Outros
247
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Anexo 1
Lista das espécies com ocorrência registrada ou provável dentro das áreas
das Estações Ecológica e Experimental de Itirapina - SP.
Tabela 1: Lista das espécies com ocorrência registrada ou provável dentro das áreas das Estações Ecológica e Experimental de Itirapina, com indicação do hábito, ambiente de
ocorrência e nomes populares.
Família
Hábito
Hábitat
Nome popular
Espécie
ACANTHACEAE
Ruellia bulbifera Lindau
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
ipecaconha
ALISMATACEAE
Echinodorus grandiflorus (Cham.
herbácea
campo úmido
congonha-do-brejo
& Schltdl.) Micheli
Echinodorus lanceolatus Rataj
herbácea
campo úmido
chapéu-de-couro
Echinodorus paniculatus Micheli i
herbácea
campo úmido
chapéu-de-couro-folha-fina
AMARANTHACEAE
Froelichia procera (Seub.)
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
Pedersen
Gomphrena agrestis Mart.ii
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
Gomphrena graminea Moq.
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
Gomphrena macrocephala A.St.herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
para-tudo-do-campo
Hil.
Gomphrena virgata Mart.
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
Pfaffia helichrysoides (Mart.)
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
Kuntze
Pfaffia jubata Moq.
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
ANACARDIACEAE
Anacardium humile A.St.-Hil.
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
cajueiro-do-campo
Lithraea molleoides (Vell.) Engl.
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
aroeirinha
Tapirira guianensis Aubl.
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
peito-de-pombo
ANNONACEAE
Annona coriacea Mart.
árvore
cerrado sensu lato
cabeça-de-negro
Annona crassiflora Mart.
árvore
campo sujo/campo cerrado
marôlo
Annona dioica Mart.
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
araticum
Duguetia furfuracea (A.St.-Hil.)
arbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
marolinho-do-cerrado
Benth & Hook.f.
Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
árvore
campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
pimenta-de-macaco
Xylopia emarginata Mart.
árvore
florestas ripárias
pindaíba-do-brejo
APIACEAE
Eryngium ebracteatum Lam.
herbácea
campo úmido
Eryngium juncifolium (Urban)
herbácea
campo limpo/campo úmido
gravaterinho
Math. & Const.
1
Eryngium pristis Cham. & Schltdl.
APOCYNACEAE
Aspidosperma tomentosum Mart.
Forsteronia glabrescens Müll.
Arg.
Hancornia speciosa Gomez
Himatanthus obovatus (Müll.
Arg.) Woodson var. obovatus
Macrosiphonia virescens (A.StHil) Müll. Arg.
Mandevilla illustris (Vell.)
Woodson
Mandevilla pohliana (Stadelm.)
A.H.Gentry
Peschiera fuchsiaefolia (DC.)
Miers
Rhabdadenia pohlii Müll. Arg.
Blepharodon bicuspidatum
E.Fourn.
Hemipogon acerosus Decne
Oxypetalum aequaliflorum
E.Fourn.
Oxypetalum appendiculatum Mart.
Oxypetalum balansae Malme
Oxypetalum marginatum Malme
Oxypetalum martii E. Fourn. f.
paulista Hoehne
Oxypetalum pachygynum Decne.
AQUIFOLIACEAE
Illex affinis Gardn.
ARACEAE
Urospatha aff. edwalli Engl.
Xanthosoma striatipes (Kunth)
Madison
ARALIACEAE
Dendropanax cuneatum (DC.)
Decne Planch.
Schefflera macrocarpa(Cham. &
Schltdl.) Frodin
herbácea
campo úmido
língua-de-tucano
árvore
herbácea
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/ cerradão
campo úmido
guatambú-do-cerrado
árvore
arbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/ cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
mangabeira
limão-do-campo
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
velame
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
jalapa
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
jalapa
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão
leiteiro
liana
liana
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
cipó-leiteiro
liana
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
liana
liana
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
liana
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
arbusto
campo úmido/florestas ripárias
congonha-do-campo
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
almeirão-do-brejo
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
maria-mole
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
mandiocão
cipó-de-leite
2
Schefflera vinosa (Cham. &
Schltdl.) Frodin
ARECACEAE
Allagoptera campestris (Mart.)
Kuntze
Atallea geraensis Barb. Rodr.
Butia archeri (Glassman)
Glassman1
Butia paraguayensis (B.Rodr.)
Bailey
Euterpe edulis Mart.iii
Geonoma brevispatha Barb. Rodr.
Syagrus petraea (Mart.) Becc.
Syagrus romanzoffiana (Cham.)
Glassman
ASTERACEAE
Acantospermum australe (Loefl.)
Kuntze
Achyrocline alata (Kunth) DC.
Achyrocline satureoides (Lam.)
DC.
Aspilia reflexa Baker
Aspilia setosa Griseb.
Baccharis coridifolia DC.
Baccharis dracunculifolia DC.
Baccharis illinita DC.
Baccharis rufescens Spreng.
Baccharis trimera (Less.) DC.
Baccharis vismioides DC.
Bidens gardneri Baker
Calea cuneifolia DC.
Calea uniflora Less.
Chaptalia integerrima (Vell.)
Burkart
Chresta sphaerocephala DC.
Conyza bonariensis (L.) Cronquist
Elephantopus biflorus (Less.) Sch.
Bip.
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
mandioqueiro
palmeira acaule
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
buri-do-campo
palmeira acaule
palmeira
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
indiá
butiá
palmeira acaule
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
butiá
palmeira
palmeira
palmeira acaule
palmeira
florestas ripárias
florestas ripárias
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo úmido/florestas ripárias
juçara
guaricanga-do-brejo
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
carrapichinho
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
macela
macela
herbácea
herbácea
subarbusto
subarbusto
subarbusto
subarbusto
herbácea
subarbusto
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
subarbusto
herbácea
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
jerivá
vassourinha
alecrim-do-campo
carqueja
picão-vermelho
erva-de-lagarto
erva-de-lagarto
língua-de-vaca
chapéu-de-couro
margaridinha-do-campo
pé-de-elefante
3
Emilia sonchifolia (L.) DC.
Erechtites hieracifolia (L.)
Rafin.ex DC.
Eupatoirum laevigatum Lam.
Eupatorium betonicaeforme (DC.)
Baker
Eupatorium bupleurifolium var.
linifolia Baker
Eupatorium campestre DC.
Eupatorium clematideum Griseb.
Eupatorium congestum Hook. &
Arn.
Eupatorium cylindrocephalum
Sch. Bip. ex Baker
Eupatorium kleinioides Kunth
Eupatorium oxylepis DC.
Eupatorium pauciflorum Kunth
Eupatorium ramosissimum Gardn.
Eupatorium squalidum DC.
Eupatorium vauthierianum DC.
Gamochaeta americana (Mill.)
Wedd.
Gochnatia barrosii Cabrera
Gochnatia lucida Cabrera
Gochnatia polymorpha (Lees.)
Cabrera
Gochnatia pulchra Cabrera
Gochnatia velutina (Bong.)
Cabrera
Hoehnephyton trixioides (Gardner)
Cabrera
Isostigma megapotamicum
(Spreng.) Blake
Jaegeria hirta (Lag.) Less.
Leucopsis tweediei Baker
Mikania micrantha Kunth
Orthopapus angustofolius (Sw.)
Gleason
Piptocarpha rotundifolia (Less.)
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
falsa-serralha
caruru-amargoso
subarbusto
herbácea
campo úmido
campo úmido
cambarazinho
picão-roxo
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
subarbusto
subarbusto
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/campo úmido
subarbusto
subarbusto
herbácea
subarbusto
subarbusto
subarbusto
herbácea
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
arbusto
árvore
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão
cambará-veludo
subarbusto
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cambarazinho
cambará
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
herbácea
herbácea
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
botão-de-ouro
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
candeia
cambará
cambará-roxo
meloso
cambará
guaco
4
Baker
Porophyllum lineari DC.
Porophyllum ruderale (Jacq.)
Cass.
Pterocaulon alopecuroides (Lam.)
DC.
Pterocaulon virgatum (L.) DC.
Senecio trixoides Gardner
Stevia lundiana DC.
Tagetes minuta L.
Trichogonia salviaefolia Gardner
Tridax procumbens L.
Vernonia bardanoides Less.
Vernonia brasiliana (L.) Druce
Vernonia brevipetiolata Sch. Bip.
ex Baker
Vernonia cf. rubricaulis Humb. &
Bonpl.
Vernonia cognata Less.
Vernonia ferruginea Less.
Vernonia glabrata Less.
Vernonia grandiflora Less.
Vernonia oxylepis Sch.Bip. ex
Baker
Vernonia rubriramea Mart. ex
DC.
Viguiera nudicaulis Baker
BEGONIACEAE
Begonia cucullata Willd.
BIGNONIACEAE
Anemopaegma arvense (Vell.)
Stellfeld ex de Souza.
Anemopaegma glaucum Mart. ex.
DC.
Arrabidaea brachypoda (A.DC.)
Bureau
Arrabidaea pulchra (Cham.)
Sandwith
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
arnica-paulista
arnica-paulista
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
barbasco
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
subarbusto
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
barbasco
cravo-do-campo
subarbusto
campo úmido
subarbusto
subarbusto
herbácea
herbácea
herbácea
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo úmido
azedinha-do-brejo
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
catuaba
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
catuaba
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cipó-uma
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
cravo-de-defunto
erva-de-touro
assapeixe-roxo
assa-peixe
assa-peixe
saudades-do-campo
5
Cybistax antisyphilitica Mart.
Distictella elongata (Vell.) Urb.
Jacaranda caroba (Vell.) A.DC.
Jacaranda decurrens Cham.
Jacaranda rufa Manso
Paragonia pyramidata (Rich.)
Bureau
Pyrostegia venusta (Ker-Graw)
Miers.
Tabebuia ochracea (Cham.)
Standley
Tabebuia umbellata (Sond.)
Sandwith
Zeyheria montana Mart.
BIXACEAE
Cochlospermum regium
(Schrank.) Pilger
BLECHNACEAE
Blechnum brasiliense Desv.
Blechnum schomburgkii (Klotsch)
C.Chr.
Blechnum serrulatum Rich.
Blechnum occidentale L.
Blechnum usterianum (H.Christ.)
C.Chr.
BOMBACACEAE
Eriotheca gracilipes (K.Schum.)
A.Robins
Pseudobombax longiflorum (Mart.
& Zucc.) A. Robyns
BORAGINACEAE
Cordia ecalyculata Vell.
Cordia sellowiana Cham.
Heliotropium filiforme Lehm.
BROMELIACEAE
Aechmea bromeliifolia (Rudge)
Baker
Ananas ananassoides (Baker) L.B.
Sm.
árvore
subarbusto
subarbusto
subarbusto
subarbusto
liana
cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cerradão/florestas ripárias
caroba-de-flor-verde
liana
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cipó-de-são-joão
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
ipê-amarelo
árvore
florestas ripárias
ipê-amarelo-do-brejo
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
bolsa-de-pastor
subarbusto/arbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
algodão-do-campo
samambaia terrestre
samambaia arborescente
florestas ripárias
campo úmido, florestas ripárias
xaxim
samambaia terrestre
samambaia terrestre
samambaia terrestre
campo úmido
florestas ripárias
florestas ripárias
arbusto/árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
paina-do-campo
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão
embiruçu
árvore
árvore
herbácea
cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
café-de-brugre
chá-de-bugre
borragem
herbácea
cerradão/florestas ripárias
bromélia
herbácea
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
ananás
carobinha
carobinha
caroba-do-campo
6
Bromelia balansae Mez
Dyckia tuberosa (Vell.) Baker
Tillandsia usneoides L.
BURSERACEAE
Protium heptaphyllum (Aubl.)
March.
CAMPANULACEAE
Lobelia exaltata Pohl
Siphocampylus sulfureus E.
Wimmer
CARYOCARACEAE
Caryocar brasiliense Cambess.
CARYOPHYLLACEAE
Polycarpaea corymbosa (L.) Lam.
CECROPIACEAE
Cecropia pachystachia Trécul
CELASTRACEAE
Austroplenckia populnea (Reissek)
Lundell
CHLORANTHACEAE
Hedyosmum brasiliense Mart. ex
Miq.
CHRYSOBALANACEAE
Couepia grandiflora (Mart. &
Zucc.) Benth. ex Hook.f.
Licania humilis Cham. &
Schlecht.
Parinari obtusifolia Hook.f.
CLUSIACEAE
Calophyllum brasiliense Cambess.
Clusia criuva Cambess.
Hypericum brasiliense Choisy
Kielmeyera coriacea (Spreng.)
Mart.
Kielmeyera rubriflora A.St.-Hil.
Kielmeyera variabilis Mart.
COMBRETACEAE
Terminalia argentea Mart.
herbácea
herbácea
epífita
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
cerradão/florestas ripárias
gravatá
caroá
barba-de-velho
árvore
florestas ripárias
amescla
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
lobélia
jaratataca
subarbusto/árvore
cerrado sensu lato
pequi
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
árvore
campo úmido/florestas ripárias
embaúba
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
mangabeira-brava
árvore
florestas ripárias
hortelã-do-brejo
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
oiti-do-sertão
subarbusto/árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
fruta-de-ema
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
árvore
árvore
subarbusto
árvore
florestas ripárias
florestas ripárias
campo úmido
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
pau-santo
árvore
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão
para-tudo
pau-santo
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão
capitão-do-campo
guanandi
criúva
7
Terminalia brasiliensis Camb.
CONNARACEAE
Connarus suberosus Planch.
CONVOLVULACEAE
Evolvulus sericeus Sw.
Ipomoea procurrens Meisn.
Merremia digitata (Spreng.)
Hallier f.
CUCURBITACEAE
Melancium campestre Naud.
Perianthopodus espelina Silva
Manso
CYATHEACEAE
Cyathea atrovirens (Langsd. &
Fisch.) Domin
Cyathea delgadii Sternb.
CYPERACEAE
Bulbostylis hirtella Nees
Bulbostylis junciformis (H.B.&K.)
C.B.Clarke
Bulbostylis sphaerocephala (Nees)
C.B.Clarke
Bulbostylis vestita (Kunth.) C.B.
Clarke
Cyperus aggregatus (Willd.) Endl.
Cyperus brevifolius (Rottb.)
Hassk.
Cyperus cayennensis Link
Cyperus haspan L.
Cyperus laetus J.Presl. & C. Presl.
Cyperus pohlii (Nees) Steud.
Cyperus sesquiflorus (Torr.)
Mattf. & Kük.
Cyperus surinamensis Rottb.
Cyperus virens Michx.
Eleocharis acutangala (Roxb.)
Schult.
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
capitão-do-campo
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
araribá-do-campo
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
ipoméia
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
jitirana
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
melancia-do-campo
espelina-verdadeira
samambaia arborescente
florestas ripárias
xaxim
samambaia arborescente
campo úmido/florestas ripárias
xaxim
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo úmido
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo úmido
herbácea
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
campo úmido
junquinho
tiririca
tiririca
capim-santo
junça
taboinha
8
Eleocharis geniculata (L.) Roem.
& Schult.
Eleocharis minima Kunth
Fimbristylis autumnalis (L.)
Roem. & Schult.
Kyllinga odorata Vahl
Kyllinga vaginata Lam.
Rhynchospora albiceps Kunth
Rhynchospora canescens (Maury)
H.Pfeiffer
Rhynchospora corimbosa (L.)
Britton
Rhynchospora globosa (Kunth)
Roem. & Schult.
Rhynchospora holoschoenoides
(Rich.) Herter
Rhynchospora loefgrenii Boeck.
Rhynchospora marisculus Lindl.
ex Nees
Rhynchospora rugosa (Vahl) S.
Gale
Rhynchospora scutellata Griseb.
Scleria latifolia Sw.
Scleria hirtella Boeck.
DENNSTAEDTIACEAE
Lindsaea quadrangularis Raddi
subsp. terminalis K.U.Kramer
Pteridium arachnoideum (Kaulf.)
Maxon
DILLENIACEAE
Davilla elliptica A.St.-Hil.
Davilla rugosa Poir.
DROSERACEAE
Drosera communis A.St.-Hil.
DRYOPTERIDACEAE
Cyclodium meniscioides (Willd.)
C.Presl. var. meniscioides
EBENACEAE
herbácea
campo úmido
cebolinha
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
cabelo-de-porco
falso-alecrim-da-praia
herbácea
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
campo úmido
herbácea
campo úmido
herbácea
campo úmido
herbácea
campo úmido
herbácea
campo úmido
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
herbácea
campo úmido
herbácea
herbácea
herbácea
campo úmido
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo úmido
samambaia terrestre
florestas ripárias
samambaia terrestre
campo úmido
samambaia-do-campo
arbusto
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cipó-caboclo
lixeirinha
herbácea
campo úmido
samambaia terrestre
florestas ripárias
capim-navalha
9
Dyospiros hispida A. DC
ERICACEAE
Gaylussacia brasiliensis (Spreng.)
Meisn.
ERIOCAULACEAE
Eriocaulon helichrysoides Bong.
Paepalanthus flaccidus (Bong.)
Ruhland
Paepalanthus lundii Körn.
Paepalanthus planifolius (Bong.)
Koern.
Paepalanthus polyanthus Bong.
Paepalanthus speciosus (Bong.)
Koern.
Syngonanthus caulescens (Kunth)
Ruhl.
Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhl.
Syngonanthus gracilis (Bong.)
Ruhland
Syngonanthus helminthorhyzus
(Mart.) Ruhland
Syngonanthus xeranthemoides
(Bong.) Ruhl.
ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum ambiguum Peyr
Erythroxylum campestre A.St.-Hil.
Erythroxylum cuneifolium (Mart.)
O.E.Schulz
Erythroxyllum deciduum A.St.Hil.
Erythroxylum suberosum A.St.Hil.
Erythroxyllum tortuosum Mart.
EUPHORBIACEAE
Croton floribundus Spreng.
Croton glandulosus (L.) Müll.
Arg.
Croton pohlianus Müll. Arg.
Croton urucurana Baill.
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
caqui-do-cerrado
arbusto
campo úmido
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
sempre-viva
sempre-viva
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
sempre-viva
sempre-viva
herbácea
herbácea
campo limpo/campo úmido
campo limpo/campo úmido
sempre-viva
sempre-viva
herbácea
campo úmido
sempre-viva
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
capim-dourado
sempre-viva
herbácea
campo úmido
sempre-viva
herbácea
campo úmido
sempre-viva
árvore
subarbusto/arbusto
arbusto
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
mercúrio-do-campo
fruta-de-pomba
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
fruta-de-pomba
arbusto/árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
galinha-choca
árvore
cerrado sensu stricto
cabelo-de-negro
árvore
herbácea
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
capixingui
gervão
herbácea
árvore
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
florestas ripárias
sangra-d'água
10
Euphorbia brasiliensis Lam.
Hyeronima alchorneoides
Allemao
Manihot tripartita (Spreng.)
Müll.Arg.
Pera glabrata (Schott.) Baill.
Pera obovata Bail.
Phyllanthus orbiculatus Rich.
Sapium glandulatum (Vell.) Pax
Sapium marginatum Müll. Arg.
Sebastiania myrtilloides (Mart.)
Pax
Sebastiania serrulata (Mart.)
Müll. Arg.
FLACOURTIACEAE
Casearia silvestris Sw.
Curtia conferta Mart.
GENTIANACEAE
Curtia tenuifolia (Aubl.) Knobl.1
Ilrbachia alata (Aubl.) Maas
GENTIANACEAE
Ilrbachia oblongifolia (Mart.)
Maas
Schultesia gracilis Mart.
Schultesia guianensis (Aubl.)
Malme
GESNERIACEAE
Sinningia elatior (Kunth)
Chautems
GLEICHENIACEAE
Sticherus penniger (Mart.) Copel
HALORAGACEAE
Laurenbergia tetrandra (Schott.)
Kanitz.
HIPPOCRATEACEAE
Peritassa campestris (Cambess.)
A.C.Smith
herbácea
árvore
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
florestas ripárias
erva-andorinha
sangue-de-boi
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
mandioca-brava
arbusto/árvore
árvore
herbácea
árvore
arbusto
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
florestas ripárias
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
coração-de-bugre
sapateiro
quebra-pedra
pau-de-leite
herbácea
campo úmido/campo limpo/campo sujo
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
arbusto
herbácea
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
herbácea
campo úmido
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
herbácea
campo úmido
samambaia terrestre
campo úmido, florestas ripárias
herbácea
campo úmido
arbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
guaçatonga
genciana-da-terra
cravina-do-campo
bacupari-do-cerrado
11
Salacia campestris Walp.
Salacia crassifolia (Mart.) G.Don.
Tontelea micrantha (Mart.ex
Schult.) A.C.Smith
HYMENOPHYLLACEAE
Trichomanes cristatum Kaulf.
IRIDACEAE
Sisyrinchium luzula Klotzch. ex
Klatt
Sisyrinchium vaginatum Spreng.
Trimezia juncifolia Klatt
JUNCACEAE
Juncus densiflorus H.B.& K.
Juncus micranthus Schrad. ex E.
Mey.
LACISTEMACEAE
Lacistema hasslerianum Chodat
LAMIACEAE
Eriope crassipes Benth.
Hyptis caespitosa A.St.-Hil. ex
Benth.
Hyptis lacunosa Pohl. ex Benth.
Hyptis macrantha A.St.-Hil. ex
Benth.
Hyptis pulchella Briq.
Hyptis suaveolens (L.) Poit.
Hyptis virgata Benth.
Peltodon tomentosus Pohl.
LAURACEAE
Ocotea corymbosa (Meisn.) Mez
Ocotea pulchella (Nees) Mez
Ocotea tristis (Nees) Mez
LEGUMINOSAECAESALPINIOIDEAE
Bauhinia rufa (Bong.) Steud.
Chamaecrista cathartica (Mart.)
H.S.Irwin & Barneby
subarbusto
arbusto
arbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
samambaia terrestre
florestas ripárias
herbácea
campo úmido/campo limpo/campo sujo
herbácea
herbácea
campo úmido/campo limpo/campo sujo
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
ruibarbo-amarelo
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
junquinho
junquinho
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/ florestas ripárias
cafezinho
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido/campo limpo/campo sujo
papoula-do-campo
árvore
árvore
arbusto
cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão/ florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/campo úmido/florestas ripárias
canela-fedorenta
canela-do-cerrado
canelinha
arbusto
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
pata-de-vaca
sene-do-campo
bacupari
salva-limão
12
Chamaecrista desvauxii (Collad.)
Killip.
Chamaecrista flexuosa (L.)
Greene
Chamaecrista ramosa (Vogel)
H.S.Irwin & Barneby
Chamaecrista rotundifolia (Pers.)
Greene
Copaifera langsdorffii Desf.
Dimorphandra mollis Benth.
Hymenaea stigonocarpa Mart. ex
Hayne
Sclerolobium aureum (Tull.)
Benth.
Senna occidentalis (L.) Link
Senna rugosa (Don) H.S. Irwin &
Barneby
LEGUMINOSAEMIMOSOIDEAE
Albizia hassleri (Chodat) Burr.
Anadenanthera falcata (Benth.)
Speg.
Enterolobium gummiferum (Mart.)
Macbride
Inga sessilis Mart.
LEGUMINOSAEMIMOSOIDEAE
Stryphnodendron adstringens
(Mart.) Coville
Stryphnodendron obovatum Benth.
Stryphnodendron polyphyllum
Mart.
LEGUMINOSAEPAPILIONOIDEAE
Acosmium dasycarpum (Vog.)
Yakol
Acosmium subelegans (Mohlenb.)
Yakovl.
Andira humilis Mart. ex Benth.
Bowdichia virgilioides H.B.& K.
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
mata-pasto
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
peninha
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
erva-de-coração
árvore
árvore
árvore
campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
copaíba
faveira
jatobá-do-cerrado
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão
pau-bosta
subarbusto
arbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
fedegoso
boi-gordo
árvore
árvore
florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
farinha-seca
angico-do-cerrado
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
orelha-de-macaco
árvore
florestas ripárias
ingá-macaco
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
barbatimão
árvore
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
barbatimão
barbatimão
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão
amargoso
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
amendoim-falso
subarbusto
árvore
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cerrado sensu stricto/cerradão
angelim-do-campo
sucupira-preta
13
Centrosema venosum Mart. ex
Benth.
Crotalaria pallida Ait.
Crotalaria unifoliolata Benth.
Dalbergia miscolobium Benth.
Galactia decumbens (Benth.)
Hoehne
Indigofera bongardiana (Kuntze)
Burkart
Lonchocarpus muehlbergianus
Hassl.
Lupinus crotalarioides Mart. ex
Benth.
Machaerium acutifolium Vogel
Platypodium elegans Vogel
Stylosanthes bracteata Vogel
Stylosanthes gracilis Kunth
Stylosanthes guianensis (Aubl.)
Sw.
Tephrosia rufescens Benth.
Zornia diphylla (L.) Pers.
Zornia glabra Desv.
Zornia reticulata Sm.
LENTIBULARIACEAE
Genlisea filiformis A.St.-Hil.3
Utricularia cucullata A.St-Hil. &
Girard
Utricularia gibba L.
Utricularia hispida Lam.
Utricularia nephrophylla Benj.
Utricularia nervosa G.Weber ex.
Benj.
Utricularia subulata L.
Utricularia tricolor A.St-Hil.
Utricularia tricophylla Spruce ex
Oliver3
LOGANIACEAE
Strichnos pseudoquina A.St.-Hil.
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo úmido
herbácea
herbácea
árvore
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
xique-xique
guizo-de-cascavel
caviúna-do-campo
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
anileira
árvore
cerradão/florestas ripárias
guaianã
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
guizo-de-cascavel
árvore
árvore
herbácea
herbácea
herbácea
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
jacarandá-do-campo
amendoim-do-campo
meladinho
alfafa-amarela
alfafa-amarela
subarbusto
herbácea
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
alfafa-do-campo
alfafa-do-campo
alfafa-do-campo
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
utriculária
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo úmido
mururé
utriculária
utriculária
utriculária
herbácea
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
campo úmido
utriculária
utriculária
utriculária
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
quina-do-campo
14
LYCOPODIACEAE
Lycopodiella alopecuroides (L.)
Cranfill
Lycopodiella cernua (L.) Pic.Serm.
LYTHRACEAE
Cuphea micrantha H.B.& K.
Cuphea polymorpha A.St.-Hil.
Cuphea thymoides Cham. &
Schltdl.
Diplusodon virgatus Pohl
Lafoensia pacari A. St.-Hil.
MAGNOLIACEAE
Talauma ovata A. St.-Hil.
MALPIGHIACEAE
Banisteriopsis campestris
(A.Juss.) Little
Banisteriopsis pubipetala (A.Juss.)
Cuatrec.
Banisteriopsis stellaris (Griseb.)
B.Gates
MALPIGHIACEAE
Byrsonima coccolobifolia H.B. &
K.
Byrsonima crassifolia H.B.& K.
Byrsonima intermedia A.Juss.
Byrsonima verbascifolia (L.)
Rich.ex Juss.
Camarea affinis A.St-Hil.
Peixotoa reticulata Griseb.
MALVACEAE
Peltaea polymorpha (A St.-Hil.)
Krapov. & Cristobal
Sida glaziovii K. Schum.
Sida linifolia Cav.
Sida spinosa L.
MAYACACEAE
herbácea
campo úmido
licopódio
herbácea
campo úmido
licopódio
herbácea
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
florestas ripárias
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
sete-sangrias
sete-sangrias
sete-sangrias
arbusto
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
dedaleiro
árvore
florestas ripárias
pinha-do-brejo
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
liana
florestas ripárias
cipó-prata
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cipó-prata
arbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
murici
árvore
arbusto
arbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
murici
murici-do-campo
murici
herbácea
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
malva-do-campo
subarbusto
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
guanxuma-branca
linho-do-campo
guanxuma
15
Mayaca fluviatilis Aubl.
Mayaca sellowiana Kunth
MELASTOMATACEAE
Acisanthera alsinaefolia (Mart.&
Schr. ex DC.) Triana
Cambessedesia hilariana (Kunth)
DC.
Leandra involucrata DC.
Leandra lacunosa Cogn.
Leandra lancifolia Cogn.
Macairea radula (Bonpl.) DC.
Miconia albicans (Sw.) Triana
MELASTOMATACEAE
Miconia chamissois Naudin
Miconia fallax DC.
Miconia langsdorffii Cogn.
Miconia ligustroides (A.DC.)
Naud.
Miconia minutiflora (Bonpl.) DC.
Miconia pepericarpa Mart. ex DC.
Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC.
Miconia theaezans (Bonpl.) Cogn.
Microlepis oleaefolia (DC.) Triana
Microlicia polystemma Naudin
Rhyncanthera dichotoma DC.
Rhyncanthera ursina Naudin
Tibouchina gracilis (Bonpl.)
Cogn.
Tibouchina stenocarpa (Schrank
& Mart. ex DC.) Cogn.
MELIACEAE
Cabralea canjerana (Vell.) Mart.
Cedrela odorata Rizzini &
Heringer
Guarea guidonia (L.) Sleumer
Guarea kunthiana
Guarea macrophylla Vahl.
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
herbácea
campo úmido
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo úmido
árvore
arbusto
árvore
subarbusto
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão
campo úmido
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
arbusto
árvore
arbusto
arbusto
campo úmido/florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
árvore
arbusto
árvore
arbusto
subarbusto
subarbusto
herbácea
herbácea
herbácea
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
cerradão/florestas ripárias
cerrado sensu stricto/cerradão
campo úmido/florestas ripárias
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo úmido
quaresmeirinha-do-brejo
arbusto/árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
quaresmeira
árvore
árvore
cerradão/florestas ripárias
cerradão/florestas ripárias
canjarana
cedro-do-brejo
árvore
árvore
árvore
florestas ripárias
florestas ripárias
florestas ripárias
marinheiro-do-brejo
marinheiro-do-brejo
marinheiro-do-brejo
folha-branca
folha-de-bolo
vassoura-preta
jacatirão-branco
são-joãozinho
16
Trichilia pallida Swartz
MENISPERMACEAE
Cissampelos ovalifolia DC.
MENYANTHACEAE
Nymphoides indica (L.) Kuntze
MOLLUGINACEAE
Mollugo verticillata L.
MONIMIACEAE
Siparuna guianensis Aubl.
MORACEAE
Brosimum gaudichaudii Trécul.
Ficus citrifolia P. Miller
MYRISTICACEAE
Virola sebifera Aubl.
MYRSINACEAE
Rapanea gardneriana Mez
Rapanea guianensis Aubl.
Rapanea umbellata (Mart.) Mez
MYRTACEAE
Blepharocalyx salicifolius (Kunth)
Berg.
Calyptranthes concinna DC.
Campomanesia pubescens (DC.)
O.Berg.
Eugenia aurata O.Berg.
Eugenia bimarginata DC.
Eugenia dysenterica DC.
Eugenia hiemalis Cambess.
Eugenia klotzchiana O.Berg. 3
Eugenia obversa O.Berg.
Eugenia punicifolia (Humb.,
Bonpl.& Kuntze) DC.
Eugenia pyriformis Cambess.
Myrcia albo-tomentosa DC.
Myrcia guianensis (Aubl.) DC.
Myrcia laruoteanna Cambess.
Myrcia lasyantha O.Berg.
árvore
cerradão/florestas ripárias
baga-de-morcego
liana
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
orelha-de-onça
herbácea
campo úmido
estrela-branca
herbácea
campo úmido
molugo
arbusto
cerrado sensu stricto/cerradão
limão-bravo
arbusto
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cerradão/florestas ripárias
mamica-de-cadela
figueira
árvore
cerradão/florestas ripárias
bicuíba
árvore
árvore
árvore
florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
capororoca
capororoca
capororoca
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cambuí
árvore
arbusto
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
goiabinha
gabiroba
árvore
arbusto
subarbusto
subarbusto
subarbusto
subarbusto
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cerrado aberto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
murtinha
subarbusto/árvore
árvore
arbusto
árvore
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/florestas ripárias
cerrado sensu stricto
cagaita
pêra-do-cerrado
fruta-de-perdiz
cereja-do-cerrado
uvaia
brasa-viva
17
Myrcia pallens DC.
Myrcia tomentosa (Aubl.) DC.
Myrcianthes pungens (Berg.) Legr.
Psidium aerugineum O.Berg.
Psidium australe Cambess.
Psidium cinereum Mart. ex DC.
Psidium laruottenanum Cambess.
Psidium luridum (Spreng.) Bur.1
NYCTAGINACEAE
Guapira noxia (Netto) Lundell
OCHNACEAE
Ouratea castanaefolia Engl.
Ouratea spectabilis (Mart.) Engl.
Sauvagesia erecta L.
Sauvagesia racemosa A.St.-Hil.
ONAGRACEAE
Ludwigia longifolia (DC.) H. Hara
Ludwigia nervosa (Poir.) Hara
Ludwigia octovalvis (Jacq.) Raven
Ludwigia sericea (Cambess.) Hara
ORCHIDACEAE
Cyrtopodium falcilobum Hoehne
& Schltr.
Habenaria glazioviana Kraenzl.
Habenaria obtusa Lindl.
Habenaria parviflora Lindl.
Habenaria platydactyla Kraenzl.
Oncidium pumilum Lindl.
OSMUNDACEAE
Osmunda cinnamomea L.
Osmunda regalis L. var.
spectabilis (Willd.) A.Gray
PASSIFLORACEAE
Passiflora cincinnata Mast.
POACEAE
Andropogon bicornis L.
Andropogon lateralis Nees
árvore
árvore
árvore
subarbusto
subarbusto
subarbusto
subarbusto
arbusto
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cerrado sensu stricto
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
maria-mole
árvore
subarbusto/árvore
herbácea
subarbusto
florestas ripárias
cerrado sensu lato
campo úmido
campo úmido
farinha-seca
batiputá
erva-de-são-martinho
herbácea
subarbusto
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo úmido
cruz-de-malta
cruz-de-malta
cruz-de-malta
cruz-de-malta
herbácea
campo úmido
orquídea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
epífita
campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo úmido
florestas ripárias
orquídea
orquídea
orquídea
orquídea
orquídea
samambaia terrestre
samambaia terrestre
florestas ripárias
florestas ripárias
liana
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
maracujá-do-mato
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
capim-rabo-de-burro
goiaba-brava
araçá
18
Andropogon leucostachyus Kunth
Andropogon selloanus (Hack.)
Hack.
Aristida jubata (Arechav.) Herter
Axonopus aureus Beauv.
Axonopus brasiliensis (Spreng.)
Kuhlm.
POACEAE
Axonopus chrysoblepharis (Lag.)
Chase2
Axonopus marginatus (Trin.)
Chase
Axonopus pressus (Nees ex
Steud.) Parodi
Axonopus siccus (Nees) Kuhlm.
Axonopus suffultus (Trin.) Parodi
Bothriochloa laguroides (DC.)
Herter
Brachiaria decumbens Stapf.
Brachiaria humidicula (Rend.)
Schweich
Echinolaena inflexa (Poir) Chase
Elyonurus muticus (Spreng.)
Kuntze
Eragrostis leucosticta Nees ex
Doell
Eragrostis maypurensis (Kunth.)
Steud.
Eragrostis rufescens Schrader ex
Schultes
Eragrostis solida Nees
Eriochrysis cayennensis Beauv.
Gymnopogon foliosus (Willd.)
Nees
Hypoginium virgatum (Desv.)
Dandy
Ichnanthus procurrens (Nees)
Swallen
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
capim-membeca
capim-membeca
herbácea
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido
campo úmido
barba-de-bode
herbácea
campo úmido
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
campo úmido
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
capim-braquiária
herbácea
campo úmido
braquiária-midícula
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
capim-flechinha
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo úmido
herbácea
campo úmido
rabo-de-burro
19
Leptocoryphium lanatum (H.B. &
K.) Nees
Loudetiopsis chrysothrix (Nees)
Conert.
Mellinis minutiflora Beauv.
Panicum cervicatum Chase
Panicum cyanescens Nees
Panicum maximum Jacq.
Panicum olyroides Kunth
Panicum parvifolium Nees
Panicum repens L.
Paspalum cordatum Hack.
Paspalum gardnerianum Nees
Paspalum pectinatum Nees
Rhynchelytrum repens (Willd.)
C.E.Hubb.
Schyzachyrium condensatum
(Kunth) Nees
Schyzachyrium sanguineum
(Retz.) Alst.
Sorghastrum setosum (Griseb.)
Mitche.
Sporobolus acuminatus (Trin.)
Hack.
Sporobolus indicus var.
pyramidalis (P. Beauv.) Veldkamp
Steinchisma decipiens (Nees)
W.V.Brown
Trachypogon vestitus Anders.
Tristachya leiostachya Nees
PODOCARPACEAE
Podocarpus cf. lambertii Klotzsch
ex Eichler
POLYGALACEAE
Monnina tristaniana A. St.-Hil. &
Moq.
Polygala angulata DC.
Polygala cuspidata DC.
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
douradinho-do-campo
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
capim-gordura
grama-portuguesa
capim-favorito
herbácea
campo úmido
capim-rabo-de-burro
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
capim-rabo-de-burro
herbácea
campo úmido
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
herbácea
campo úmido
herbácea
herbácea
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
capim-flecha
árvore
campo úmido/florestas ripárias
pinheiro-bravo
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo úmido
capim-colonião
capim-torpedo
capim-moirão
20
Polygala hebeclada DC.
Polygala hygrophila Kunth
Polygala longicaulis Kunth
Polygala tenuis DC.
Polygala violacea Vahl.
POLYGALACEAE
Securidaca rivinaefolia A.St.-Hil.
& Moq.
POLYGONACEAE
Polygonum acuminatum Kunth
POLYPODIACEAE
Microgramma persicariifolia
(Schrad.) C.Presl
POLYPODIACEAE
Microgramma squamulosa
(Kaulf.) de la Sota
Pecluma ptildon (Kuntze)
M.G.Price
Pleopeltis angusta H.B. & K. ex
Willd.
PONTEDERIACEAE
Pontederia cordata L.
PORTULACACEAE
Portulaca mucronata Link.
PROTEACEAE
Roupala brasiliensis Klotzsch
Roupala montana Aubl.
PTERIDACEAE
Doryopteris lomariaceae Klotzch
RAPATEACEAE
Cephalostemon riedelianus Koern.
RHAMNACEAE
Crumenaria polygaloides Reissek
ROSACEAE
Prunus selowii Hoehne
RUBIACEAE
Alibertia concolor (Cham.)
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
roxinha
liana
cerradão/florestas ripárias
violeta-de-cipó
herbácea
campo úmido
capiçoba
samambaia epífita
florestas ripárias
samambaia epífita
florestas ripárias
samambaia terrestre
florestas ripárias
samambaia epífita
florestas ripárias
herbácea
campo úmido
orelha-de-veado
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
beldroega
árvore
arbusto
florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
cigarreira
carne-de-vaca
samambaia terrestre
campo úmido
herbácea
campo úmido
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
subarbusto
cerrado sensu stricto/cerradão
marmelinho-do-campo
21
K.Schum.
Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum.
Amaioua guianensis Aubl.
Borreria capitata (Ruiz & Pav.)
DC.
Borreria latifolia (Aubl.) K.
Schum.
Borreria paulista E.L.Cabral &
Bacigalupo
Borreria poaya (A.St.-Hil.) DC.
Borreria tenella (Kunth) Cham. &
Schlecht.
Coccocypselum lanceolatum (Ruiz
& Pav.) Pers.
Coccocypselum lymansmithii
Standl.
Declieuxia fruticosa (Willd.) ex
Roem. & Schultes. O.Kuntze
Emmeorrhiza umbellata (Spreng.)
K.Schum.
Galianthe eupatorioides (Cham. &
Schlecht.) Cabral
Guettarda virbunoides Cham. &
Schltdl.
Ixora gardneriana Benth
Palicourea marcgravii (Spreng.)
A.St.-Hil.
Palicourea rigida Kunth
Posoqueria cf. acutifolia Mart.
Psychotria sessilis Muell. Arg.
Richardia cf. pedicellata (K.
Schum.) O.Kuntze
Rudgea virbunoides (Cham.)
Benth.
Tocoyena brasiliensis Mart.
Tocoyena formosa (Cham. &
Schltdl.)
RUTACEAE
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
subarbusto
árvore
herbácea
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
marmelinho
canela-de-veado
poaia-da-praia
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
poaia-do-campo
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
poaia
herbácea
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
poaia
poaia
herbácea
cerrado sensu stricto/cerradão/campo úmido/florestas ripárias
piririca
herbácea
campo úmido
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
herbácea
florestas ripárias
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
árvore
cerradão
jangada
árvore
subarbusto
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cerradão/florestas ripárias
íxora-arbórea
erva-de-rato
subarbusto
árvore
arbusto
herbácea
cerrado sensu lato
florestas ripárias
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
douradinha
baga-de-macaco
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão
cotó
arbusto
arbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
jenipapo-bravo
jenipapo-bravo
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
mamica-de-porca
poaia
22
Zanthoxylum riedelianum Engl.
SANTALACEAE
Thesium brasiliense A.DC.
SAPINDACEAE
Cupania racemosa Radlk.
Matayba eleagnoides Radlk.
Serjania communis Cambess.
Serjania lethalis A.St.-Hil.
Talisia angustifolia Radlk.
SAPOTACEAE
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk.
Pouteria subcaerulea Pierre ex
Dubard2
Pouteria torta (Mart.) Radlk.
Pradosia brevipes (Pierre)
Pennington
SCHIZAEACEAE
Lygodium volubile Sw.
SCROPHULARIACEAE
Buchnera juncea Cham. & Schltdl.
Buchnera lavandulacea Cham. &
Schltdl.
Buchnera longifolia Kunth2
Buchnera ternifolia Kunth
Conobea scoparioides (Cham. &
Schltdl.) Benth.
Esterhazia splendida Mikan
Scoparia dulcis L.
SMILACACEAE
Smilax polyantha Griseb.
SOLANACEAE
Cestrum sendtnearianum Mart.
Schwenkia hirta Klotzsch.
Solanum inaequale Vell.
Solanum lycocarpum A.St.-Hil.
STERCULIACEAE
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
mamica-de-porca
herbácea
campo úmido
árvore
árvore
liana
liana
subarbusto
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cerradão/florestas ripárias
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
cipó-de-timbó
pitomba-do-campo
árvore
subarbusto
cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
abiu-do-cerrado
curriola-rasteira
árvore
subarbusto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
abiu-do-cerrado
fruta-de-tatu
samambaia trepadeira
florestas ripárias
herbácea
herbácea
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
canguçu
canguçu
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
canguçu
canguçu
herbácea
campo úmido
pataqueira
subarbusto
subarbusto
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
embiri
vassourinha
liana
cerrado sensu lato
arbusto/árvore
herbácea
árvore
arbusto/árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
campo úmido
cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
camboatá
fruta-de-lobo
23
Byttneria palustris Cristobal
Waltheria douradinha A St.-Hil.
Waltheria indica L.
Waltheria polyantha K. Schum.
STYRACACEAE
Styrax camporum Pohl.
Styrax ferrugineus Nees & Mart.
Styrax pohlii A.DC.
SYMPLOCACEAE
Symplocos lanceolata (Mart.) A.
DC.
Symplocos tetrandra Mart.
Symplocos uniflora (Pohl.) Benth.
THELYPTERIDACEAE
Thelypteris longifolia (Desv.)
R.M.Tryon
Thelypteris rivularioides (Fée)
Abbiatti
Thelypteris salzmannii (Fée)
C.V.Morton
THYMELIACEAE
Daphnopsis fasciculata Meisn
TILIACEAE
Luehea divaricata Mart.
Luehea grandiflora Mart.
TURNERACEAE
Piriqueta rosea (Cambess.) Urb.
VERBENACEAE
Aegyphilla lhotszkyana Cham.
Lippia cf. asperrima Cham.
Lippia balansae Brig.
Lippia florida Cham.
Lippia lupulina Cham.
Lippia pohliana Schau.
Lippia cf. salviaefolia Cham.
Stachytarpheta cayenensis Schau.
VITACEAE
subarbusto
subarbusto
subarbusto
subarbusto
campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/campo úmido
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
raiz-de-bugre
douradinha-do-campo
malva-branca
árvore
árvore
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
laranjeira-do-mato
limoeiro-do-campo
benjoeiro
árvore
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
falso-mate
árvore
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
samambaia terrestre
florestas ripárias
samambaia-do-brejo
samambaia terrestre
campo úmido
samambaia-do-brejo
samambaia terrestre
campo úmido
samambaia-do-brejo
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
embira
árvore
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão
cerrado sensu stricto/cerradão
açoita-cavalo
açoita-cavalo
herbácea
campo limpo/campo sujo/campo cerrado
piriqueta
arbusto
subarbusto
arbusto
herbácea
herbácea
herbácea
subarbusto
herbácea
cerrado sensu lato
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
tamanqueira
rosa-do-campo
gervão
24
Cissus erosa (L.) Rich.
VOCHYSIACEAE
Qualea dichotoma Warm.
Qualea grandiflora Mart.
Qualea multiflora Mart.
Qualea parviflora Mart.
Vochysia cinnamomea Pohl.
Vochysia tucanorum Mart.
WINTERACEAE
Drymis winterii J.R.Forst. &
G.Forst.
XYRIDACEAE
Abolboda pulchella Humb. &
Bonpl.
Xyris asperula Mart.
Xyris hymenachne Mart.
Xyris jupicai L.C.Rich.
Xyris laxifolia Mart.
Xyris savanensis Miq.
Xyris seubertii Alb. Nielson
subarbusto
campo limpo/campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
uva-brava
árvore
árvore
arbusto/árvore
árvore
árvore
árvore
cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão
campo sujo/campo cerrado/cerrado sensu stricto/cerradão/florestas ripárias
pau-terra-da-areia
pau-terra
cinzeiro
pau-terrinha
pau-doce
pau-de-tucano
arbusto
campo úmido/florestas ripárias
casca-d'anta
herbácea
campo úmido
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
herbácea
campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo úmido
campo úmido
botão-de-ouro
botão-de-ouro
cabeçudinho
cabeçudinho
botão-de-ouro
botão-de-ouro
i
Provavelmente extinta
Em perigo
iii
Vulnerável
ii
25
Anexo 2
DECRETO N. 22335, DE 07 DE JUNHO DE 1984.
Anexo 3
Cadastro dos Projetos de Pesquisa Desenvolvidos nas Unidades de Itirapina-SP.
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7
Anexo 4
Plano de Produção Sustentada para a Estação Experimental de Itirapina,
SP - 2005 a 2018
Talhão
Espécie
1
2
3a
3b
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
a
25
25b
a
26 *
26b
26c
a
27
27b
27c
28
Poo
Poo
Pcc
Adr
P.e
Po
Eg
Pcc
Pe
Adr
P.e
P.e
Pcc
Pcc
Pcc
P.e
P.e
Pcc
P.e
P.e
Adr
P.e
Pcc
Pcc
P.e
Pk
Pcc
Pcb
Po
Eg
E.Cit.
E.Cit.
Pcc
P.e
Anexo 4 - Plano de Produção Sust entada para a Estação Experimental de Itirapina - 2005
Ano
Plantio
1977
1977
1964
1965
1977
1978
1989
1964
1964
1965
1984
1984
1983
1964
1964
1993
1964
1964
1964
1983
1984
1960
1980
1989
1971
1980
1989
1988
1989
1993
1960
Ultimo
desbaste
1999
1999
1989
1987
1991
1996
2003
1998
1989
1991
1991
2001
2003
1989
2002
1996
1995
-
Área
14,07
6,03
2,02
12,76
12,7
13,96
23,07
10,9
24,56
35,11
25,15
25,39
25,23
25,20
9,07
10,72
36,10
25,00
23,18
25,78
20,3
23,56
25,82
21,02
9,37
12,85
5,32
1,40
3,05
19,48
6,87
3,23
12,79
7,89
2005
2006
R
R
R
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P
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Enxertia
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-
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
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-
1
Talhão
a
29
29b
30
31
32
a
33
33b
34
a
35
35b
Espécie
P.e
P.e
P.e
P.e
P.e
Pch
Pch
Eg
Eg
Pspp
Ano
Plantio
1958
1961
1965
1965
1965
1975
1978
1989
1961
1968
Último
desbaste
1999
2000
1998
1998
-
Área
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
10,51
16,86
25,77
25,33
26,00
16,57
8,21
3,22
25,85
5,61
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CF
R
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CF
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D
D
-
D
D
-
2
Talhão
Espécie
35c
Pcc
35d
35e
35f
35g
35h
35i
a
36
36b
37 a
37b
38
39
40
41
a
42
42b
a
43
43b
43c
44
45 a
45b
46
47
48
49
50
51
52 a
52b
52c
Ano
Plantio
1974
Café
PK
1957
Grenvilha
1971
Pcc
1971
E.g.
1974
Tristanea
1974
Pcc
1977
Pcc
1978
Pcc
1977
Pcc
1978
P.e
1965
P.e
1998
Pcc
1999
Adr
PK
1972
Po
1978
Arauc
1967
Pcc
1989
Arauc
1965
P.e
1965
Pch
1969
P.e
1965
Adr
P.e
1926/41
Pk
1967
PK
1967
E res.
1967
E.grad
1969
Pch
1969
PK
1969
Pcc
1969
Último
desbaste
-
Área
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
3,68
-
-
D
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1996
1998
-
1,19
0,50
0,17
3,5
1,89
14,76
1,72
12,50
1,49
25,65
25,80
26,10
26,80
16,24
7,21
0,66
4,00
0,50
14,06
7,80
15,48
25,98
26,41
24,92
26,26
56,98
30,97
20,93
3,75
2,65
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3
Talhão
Espécie
53
54
55
56
57a
57b
57c
58
a
59
59b
60
61
Pch
PK
Po
Po
Arauç
E cit
Pch
Pch
Pcb
Pch
PK
Po
Ano
Plantio
1969
1968
1977
1978
1969
1969
1969
1969
1969
1969
1968
1970
Ùltimo
desbaste
-
Área
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
28,22
25,41
36,78
31,25
3,84
11,42
11,57
28,37
5,62
19,07
21,73
15,54
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4
Talhão
Espécie
62
a
63
63b
64
65
a
66
66b
a
67
67b
68
69 a
69b
70
71
72 a
72b
72c
72d
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88 a
Pcc
Pch
Pcc
E.Saly
E.cit
P.el
Pch
Po
Pch
Po
Pch
Pcc
Pch
Pch
P.el
Pcc
Pcc
Pcc
P.el
P.el
P.el
P.el
P.el
Pcc
P.el
P.el
P.el
P.el
P.el
P.el
P.el
P.el
Pch
P.el
Ano
Plantio
1990
1969
1969
1973
1989
1959
1972
1970
1975
1970
1989
1990
1969
1969
1966
1990
1990
1990
1966
1966
1966
1966
1966
1989
1962
1962
1962
1962
1962
1962
1966
1962
1969
1962
Ultimo
desbaste
-
Área
2005
2006
2007
8,04
21,11
6,56
8,29
16,68
5,49
4,55
16,06
1,98
28,36
7,53
8,26
20,71
12,26
18,93
1,86
1,88
1,53
43,02
5,6
6,86
41,39
16,95
2,87
10,38
23,40
24,55
7,79
24,26
40,06
19,07
32,66
15,51
21,97
R
R
R
R
-
R
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-
R
R
-
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
D
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Limpeza Subprodutos de regeneração de Pinus( passagem de Fauna)
Limpeza Subprodutos de regeneração de Pinus( passagem de Fauna)
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-
2017
2018
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-
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CF
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D
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-
5
Talhão
Espécie
88b
89
Pcc
Pel
Ano
Plantio
1990
1962
Último
desbaste
-
Área
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2,02
47,9
-
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-
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-
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-
OBS: Os talhões 82, 86e 88ª, previstos para Corte Final estão na Beira do Broa, é necessário que se faça gradativamente no sentido do fundo do
talhão para as adjacências da área de visitação denominada “Porto”, evitando assim grande impacto na paisagem.
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