A importância da gestão de estoque para redução de custos nos

Transcrição

A importância da gestão de estoque para redução de custos nos
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
Faculdade de Tecnologia da São Sebastião
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial
EVERTON DOUGLAS DE JESUS
LUIZ PAULO ALVES DA COSTA
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUES PARA REDUÇÃO DE CUSTOS
NA REDE DE MERCADOS E SUPERMERCADOS DA CIDADE DE ILHABELA –
SP
São Sebastião
2014
EVERTON DOUGLAS DE JESUS
LUIZ PAULO ALVES DA COSTA
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUES PARA REDUÇÃO DE CUSTOS
NA REDE DE MERCADOS E SUPERMERCADOS DA CIDADE DE ILHABELA –
SP
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de Tecnologia
de São Sebastião, como exigência
parcial para obtenção do título de
Tecnólogo em Gestão Empresarial.
Orientador: Prof. Me. Acyr Freire
Junior
São Sebastião
2014
EVERTON DOUGLAS DE JESUS
LUIZ PAULO ALVES DA COSTA
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUES PARA REDUÇÃO DE CUSTOS
NA REDE DE MERCADOS E SUPERMERCADOS DA CIDADE DE ILHABELA –
SP
Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de
Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a
conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial.
São Sebastião, (09/12/2014).
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
PROF. ME. ACYR FREIRE JUNIOR
_________________________________________________________
PROF. ME. FRANCISCO ORLANDO OLIVEIRA RIBEIRO
_________________________________________________________
PROF. ORLANDO JOSÉ DE SOUZA CELESTINO
MÉDIA FINAL: ___________________
Este trabalho é dedicado a nossos pais, pelo esforço, força e incentivo em nossa
carreira acadêmica e por acreditar sempre em nosso potencial quando até mesmo
nós tenhamos desacreditado.
AGRADECIMENTOS
Inúmeras são as pessoas a quem devemos agradecer, foram muitas que nos
ajudaram, nos prestaram informações, nos incentivaram na elaboração deste
trabalho.
Entre essas pessoas, as nossas famílias, que de forma singular souberam
nos incentivar em toda carreira acadêmica, agradecemos a Barbara (Babi), por
pegar no pé e acreditar que este trabalho poderia ser feito, ao André Luiz, pelo
incentivo, ajuda e paciência com questões acadêmicas e textuais, também ao José
por ajudar com o ponta pé inicial e ajudar na execução do mesmo, a Ingrid, sempre
gentil e cheia de paciência.
Agradecemos também a todos os professores, que com muita humildade nos
passaram seus conhecimentos ao longo desses anos de FATEC, Agradecemos ao
Mestre Acyr, nosso orientador pela paciência e por ser sempre objetivo com seus
ensinamentos e sugestões mesmo fora de seus horários.
Também agradecemos aos gestores das empresas, que nos ajudaram
fornecendo informações e dispondo seu tempo para que pudessem contribuir com
este trabalho.
Para iludir minha desgraça, estudo.
Intimamente sei que não me iludo.
Augusto dos Anjos
RESUMO
Os estoques, segundo alguns autores são vistos como um investimento, pois faz
parte dos fatores críticos de sucesso de todas as empresas que trabalham com
acúmulo de materiais, assim podem ser considerados como um diferencial se bem
administrados, e é deles que sai o produto final, porém com uma administração
inadequada podem vir a causar custos excessivos, perdas, obsolescência e
possíveis prejuízos. Através desta ótica, este trabalho teve como objetivo detectar a
percepção dos comerciantes varejistas da cidade de Ilhabela-SP, a fim de constatar
que a adequada administração do estoque pode reduzir financeiramente os custos
relativos ao mesmo. Por meio de um questionário, foram levantados dados que
puderam ajudar a entender como funcionam os mecanismos de gerenciamento de
um estoque. A pesquisa de campo procurou mostrar de que forma o comerciante
local compreende o estoque e os custos relacionados a esse processo, assim como
sua relação na cadeia de suprimento, que vai desde o pedido no comércio,
passando pelo fornecedor e voltando para a empresa até o cliente final. Deste modo,
com a pesquisa efetuada, pôde ser constatado que as empresas compreendem a
importância que estoques possuem e que com algumas modificações em sua
estrutura de gestão podem reduzir ainda mais os gastos referentes aos estoques.
Palavras-chave: Gestão de estoques. Comércio varejista. Redução de custos.
Ilhabela-SP. Sazonalidade.
ABSTRACT
Stocks, according to some authors are seen as an investment, because its
part the critical success factors of all companies working with stored materials. This
way, they can be considered as a differential if well administered, and it is coming out
the final product, however with a inadequate administration can cause excessive
costs, losses, obsolescence and possible financial loss. Through this perspective,
this study aimed to detect the perception of managers in the city of Ilhabela-SP, to
ascertain that appropriate inventory management can reduce financial costs for the
same. Through a questionnaire, data that could help understand the mechanisms of
managing a stock work were raised. Field research has sought to show how the local
merchant comprises the stock and the costs related to this process as well as their
relationship in the supply chain, ranging from the application of trade, through the
supplier and returning the company to the end customer. Thus, with the survey
conducted, it might be noted that companies understand the importance of inventory
and have that with some changes in its management structure can further reduce the
costs related to inventories.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
LEC
Lote Econômico de Compra
CTP
Custo Total Anual de Pedidos
B
Custo Anual de Pedidos
N
Número de Pedidos
CT
Custo Total dos Pedidos
Q
Quantidade de peças
P
Preço unitário
I
Taxa de Armazenagem
D
Demanda
Cp
Custo do pedido
Cam
Custo de armazenagem
TR
Tempo de Reposição
PP
Ponto do Pedido
C
Consumo Médio Mensal
E. Mn
Estoque Mínimo
Es
Estoque de Segurança em Unidades
Dm
Demanda Média Diária
K
Fator de Segurança
EM
Estoque Médio
TI
Tecnologia da Informação
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Foco da empresa .......................................................................... 39
Gráfico 2 – Ferramenta para gestão de estoques ......................................... 40
Gráfico 3 – Tempo com ferramenta em uso .................................................. 40
Gráfico 4 – Percepção da redução financeira ................................................ 41
Gráfico 5 – Atualização da ferramenta de gestão estoque ........................... 42
Gráfico 6 – Verificação do estoque................................................................. 43
Gráfico 7 – Padrão de classificação de produtos em estoque ..................... 43
Gráfico 8 – Tipo de produto ............................................................................ 44
Gráfico 9 – Número de fornecedores ............................................................. 45
Gráfico 10 – Forma de efetuar pedidos .......................................................... 45
Gráfico 11 – Prevenção de demanda .............................................................. 46
Gráfico 12 – Maneira de produto ser cadastrado .......................................... 47
Gráfico 13 – Critério de importância de produtos em estoque .................... 48
Gráfico 14 – Estoque minímo .......................................................................... 48
Gráfico 15 – Como saber quanto será pedido ............................................... 49
Gráfico 16 – Calculo para perda de estoque .................................................. 50
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
1.1. Justificativa do Tema...........................................................................................14
1.2. Problema............................................................................................................ 15
1.2.1. Hipótese..........................................................................................................................16
1.3. Objetivos..............................................................................................................16
1.3.1. Objetivo Geral................................................................................................ 16
1.3.2. Objetivos Específicos...................................................................................... 17
1.4. Procedimentos Metodológicos............................................................................17
1.5. Organização do Trabalho.................................................................................. 18
2
REFERÊNCIAL TEÓRICO ................................................................................ 19
2.1 O Município de Ilhabela ................................................................................... 19
2.1.1 Os Supermercados em Ilhabela ....................................................................... 20
2.2. Histórico da Logística ................................................................................................... 21
2.3.Evolução da Logistica.................................................................................................... 21
2.3.1. Armazenagem ........................................................................................................... 22
2.4. Conceito de Estoque .................................................................................................... 23
2.5. Gestão de Estoque ....................................................................................................... 24
2.5.1. Retorno de Capital Investido em Estoque ............................................................. 25
2.5.2. Giro de Estoque ......................................................................................................... 26
2.6. Custo Relacionado ao Estoque .................................................................................. 26
2.6.1. Custo do Pedido ....................................................................................................... 27
2.6.2. Custo de Manutenção do Estoque.......................................................................... 28
2.6.3. Custo por Falta de Estoque .................................................................................... 29
2.6.4. Custo Total ................................................................................................................ 29
2.7. Análise do Sistema ABC .............................................................................................. 30
2.8. Modelo Analitico de Gestão de Estoque ................................................................... 31
2.8.1. Lote Economico de Compra - LEC ......................................................................... 31
2.8.2. Tempo de Reposição - TR ...................................................................................... 32
2.8.3. Ponto de Pedido - PP................................................................................................ 33
2.9. Estoque de Segurança ................................................................................................ 33
2.9.1. Estoque Médio .......................................................................................................... 34
3
PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS .......................................................... 36
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 37
4.1. As Empresas Selecionadas................................................................................ 38
4.1.1. Avaliação das Questões ........................................................................................... 38
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 51
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 54
APÊNDICE A - Questionário ............................................................................ 58
13
1 INTRODUÇÃO
Os processos de gestão de estoque têm se tornado a maior preocupação de
gerentes administradores e de todos os outros stakeholders envolvidos direta ou
indiretamente às áreas produtivas. Os estoques podem ser definidos, basicamente
como o acúmulo de insumos, materiais e matéria prima em diversas etapas do
processo produtivo.
Estes acúmulos são necessários devido à demanda e a capacidade de
produtiva não serem harmoniosas. De acordo com Moreira (2008) existem dois
pontos essenciais na gestão de estoques, as quais exigem um tratamento
diferenciado: o ponto de vista operacional e o financeiro.
Através do ponto de vista operacional é possível realizar economias no
processo produtivo, bem como influenciar ou até mesmo regular as diferenças entre
os principais fluxos de uma empresa.
Já pelo ponto de vista financeiro, ele pode ser encarado como um
investimento e na contabilidade é considerado como parte formadora do capital
(MARTINS, 2009).
Pode-se então definir o termo gestão de estoques como o conjunto de
processos e atividades essenciais para a redução do desnivelamento entre a oferta
e a demanda economicamente viável.
Diversos autores procuram definir o termo estoques e a sua representação
para a organização e todos chegam a um denominador comum de que estoques
podem ser considerados investimentos.
Os estoques podem representar mais de 15% de todos os ativos de uma
empresa de acordo com Christopher (2002), então, a gestão deste ativo, através da
gestão de estoques promove a minimização de capital investido em estoques que
buscam o aumento na eficiência financeira de uma organização.
Em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde carga tributária e as
taxas de juros praticadas são exorbitantes, o custo de oportunidade na utilização do
capital é alto, o que resulta no aumento da importância na ponderação deste fator
pelas empresas que procuram definir seus níveis de estoques para reduzir custos
operacionais.
14
A competitividade induz empresas a buscar vantagens competitivas em
relação a seus concorrentes. A aquisição de estoques representa um investimento
significativo de capital e devem ser vistos como um fator potencial de geração de
lucro. Sendo assim, é comum encontrar como metas empresariais, a otimização de
estoques (PALOMINO E CARLI, 2008).
A previsão da demanda e da oferta é imprescindível para estabelecer os
níveis desejados de estoques. Dependendo da previsão de vendas de uma empresa
para um determinado período de tempo os níveis de estoques serão definidos de
forma que atendam esta necessidade. Esta previsão também pode ser considerada
um elemento intangível, aproximado e suscetível a erros, mas a eficiência dos
modelos estatísticos utilizados podem ser considerados como um bem de grande
importância para a empresa.
A eficiência na gestão de estoques possibilita à empresa a obtenção de
melhorias significativas em seus processos de negócios, uma vez que repercute na
melhora da eficiência no atendimento de pedidos e produção.
Esta pesquisa procura apresentar um estudo de caso sobre a percepção dos
comerciantes varejistas do município de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo e
como a gestão de estoques pode promover a redução na gestão dos custos.
1.1.
JUSTIFICATIVA DO TEMA
O desenvolvimento de novas tecnologias e novos modelos de gerenciamento
de negócios é essencial para amenizar as rápidas mudanças no cenário econômico
mundial. Geralmente, estas novas tecnologias estão restritas as grandes
organizações devido ao seu alto custo de aquisição. Já as tecnologias
financeiramente acessíveis não são devidamente exploradas e muitos desconhecem
suas funcionalidades.
O mercado de softwares que promove a gestão de estoques é, em grande
parte, carente de tecnologias eficazes, baratas e funcionais, principalmente quanto à
facilidade de uso.
A competitividade dessas empresas está ligada ao desenvolvimento de
tecnologias que atendam suas necessidades, sem que elas precisem dispor de
15
muitos recursos físicos (hardware) e financeiros. Inúmeras empresas de pequeno e
médio porte não conseguem realizar grandes gastos e investimentos, pois seu
rendimento possibilita apenas a sua existência. (GONÇALVEZ e PAMPLONA,
2001).
Inúmeras vezes, estas empresas passam a ter um patrimônio muito maior em
estoques, seja em matéria-prima, produtos acabados ou produtos em produção. Isto
se deve em boa parte ao deficiente fluxo de informações, na má administração da
empresa e informações imprecisas. O que acaba influenciando a empresa a fazer
compras desnecessárias, e ao manter um padrão de vendas divergente de sua
capacidade de fornecimento, então, prejudicando fortemente o seu crescimento e
desenvolvimento (SILVA; MARTINS; MARTINS, 2007).
Quando se trata de gerenciamento de estoques, deve-se focar na relação
entre o departamento de compras e financeiro. É comum que o departamento de
compras busque adquirir bens de forma econômica, ou seja, no aproveitamento de
descontos e promoções, e por diversas vezes, sem observar os custos associados à
aquisição e armazenamento, enquanto que o departamento financeiro busca
equilibrar e até mesmo reduzir os custos.
Portanto, a proposta deste trabalho é fazer uma análise sobre a gestão de
estoques e também explanar sobre a percepção dos gestores e reesposáveis pelo
estoque dos comércios varejistas de Ilhabela quanto aos benefícios relevantes ao
gerenciamento dos estoques para uma empresa, analisando-os sob a ótica do
custo/beneficio.
1.2.
PROBLEMA
A falta e até mesmo a inexistência de uma gestão de estoques em uma
empresa pode provocar o estrangulamento das possibilidades de aquisição de
vantagem competitiva e redução de custos operacionais.
Quando se tem uma determinada quantia de capital relacionada à gestão dos
estoques, o gestor deve assegurar que os custos oriundos dos estoques sejam os
menores possíveis. E tratando-se de empresas privadas, com um poder aquisitivo
16
limitado, deve-se possuir uma administração racional dos recursos colocados à
disposição da empresa.
Problemas oriundos da falta de planejamento resultam em tomadas de
decisões defasadas e ineficazes, trazendo como consequências estoques de
materiais elevados, que resultam em um acúmulo de ativo e um maior custo para a
sua armazenagem. Problemas como a obsolescência também são prejudiciais para
a empresa, uma vez que o mercado tem se tornado extremamente competitivo e
globalizado.
1.2.1. Hipótese
No que se refere à hipótese deste estudo é que, através da aplicação de
técnicas de gestão de estoques é possível promover um gerenciamento de forma
fácil e com um baixo custo. Este modelo de gestão pode diminuir a necessidade de
capital de giro relacionada aos níveis de estoques e minimizar os riscos de falta de
material e ainda, promover economias quanto à má gestão da empresa.
1.3.
Objetivos
1.3.1. Objetivo geral
Este trabalho procura avaliar a percepção dos comerciantes varejistas de
Ilhabela
com
relação
a
importância
da
gestão
de
estoques
em
seus
estabelecimentos, verificando se o mesmo é viável econômico e operacionalmente.
17
1.3.2. Objetivos específicos
Para se alcançar o objetivo geral, foram definidos os seguintes objetivos
específicos:
 Realizar uma pesquisa para levantamento do universo de empresas de
comércio varejista, ligados à associação comercial do município de Ilhabela e
consultar através de uma pesquisa de campo o assunto gestão de estoques;
 Analisar quais delas fazem a gestão de seus estoques;
 Aplicar e analisar um questionário para o levantamento dos dados;
 Avaliar o nível de percepção de cada empresário quanto à gestão de
estoques e os benefícios que esta pode trazer para a empresa na redução de
custos.
1.4.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Quanto aos procedimentos metodológicos, procurou-se conduzir o estudo
conforme a metodologia proposta. O questionário foi baseado na temática: Gestão
de estoques. Já outras informações foram agregadas através de uma observação
direta e de verificação de documentos.
Para a condução deste estudo foram adotados os procedimentos:
a) Realização de uma visita técnica à Associação Comercial de Ilhabela. .
b) Primeiro contato com a direção das empresas em estudo.
c) Aplicação da entrevista.
d) Agendamento de visitas para coleta de dados.
e) Elaboração do roteiro de entrevista.
f) Apuração e análise dos dados coletados.
g) Verificação inicial dos dados.
h) Revisão da pesquisa bibliográfica, dados coletados e identificação de
dados pendentes.
i) Tratamento e tabulação dos dados.
j) Conclusão e explanação dos dados levantados.
18
1.5.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Este
estudo
está
organizado
em
cinco
capítulos,
que
são
assim
apresentados:
No primeiro capítulo é feita uma introdução onde o tema é apresentado em
um contexto mais amplo e genérico no qual é abordada a participação da gestão de
estoques nas empresas. Os objetivos gerais e específicos são apresentados e
justificados de acordo com o cenário encontrado e a literatura existente. Também,
neste capítulo é apresentado o método de estudo, a caracterização do tipo de
pesquisa e ainda a metodologia utilizada para o alcance do objetivo proposto.
No segundo capítulo, a bibliografia partirá de uma visão macro da gestão de
estoques, abordando temas com base em obras relevantes para este estudo.
O terceiro apresenta a metodologia para se atingir o objetivo proposto e
garantir a justificativa do estudo.
O quarto capítulo apresentará e discutirá os resultados alcançados, as
vantagens e recomendações de ordem prática para o sistema de gestão de
estoques nas empresas em questão.
O quinto capítulo deste trabalho apresentará as conclusões obtidas através
das pesquisas de campo e bibliográficas, na quais foram investigados o tema gestão
de estoques e a percepção do comerciante varejista de Ilhabela-SP com relação ao
assunto e discorrerá dos resultados obtidos e possíveis sugestões de melhorias.
19
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
Este trabalho de pesquisa apresenta em seu inicio o referencial teórico, um
pequeno histórico sobre a cidade na qual a pesquisa foi aplicada e após são
levantadas informações referenciadas por autores que tratam sobre a gestão de
estoques
e
assuntos
derivados
do
tema,
suas
vantagens,
benefícios
e
desvantagens, assim como fórmulas que podem auxiliar no entendimento do
assunto abordado.
2.1.
O MUNICÍPIO DE ILHABELA
Ilhabela está localizada na microrregião de Caraguatatuba, litoral norte de
São Paulo, de acordo com o IBGE o local possui 347,537 km², com uma população
em torno de aproximadamente 31.599 pessoas (estimativa para 2014), a cidade
possui grande taxa de preservação de mata atlântica, com aproximadamente 83%
de nível de preservação, de acordo com site da prefeitura de Ilhabela, rica em
praias, ao todo 42 e também em cachoeiras, é reconhecida também por seus vários
eventos náuticos como a semana de vela, que atrai muitos turistas, possuindo
renome internacional com estes eventos, fazendo com que o turismo seja sua
principal fonte econômica.
Beni (2008) caracteriza o turismo como sendo a consequência da junção dos
recursos naturais, culturais, sociais e econômicos. Ruschmann (2008) afirma que o
turismo é usado para consumo da natureza, onde as pessoas desejam sair de
grandes cidades para locais mais isolados ou privilegiados com a natureza, em
busca de repouso psicológico e físico como lazer. Ele ainda cita que deve existir um
grande planejamento dos espaços, equipamentos e atividades que envolvam o
turismo, visto que esses ambientes são suscetíveis à sazonalidade.
Para Medeiros (2007) a relação entre demanda e oferta é o que define a base
do mercado turístico, pois esses elementos pluralizam as ações que se mantêm
abertas no mercado.
20
De acordo com Wahab (1991) apud Medeiros (2007) a oferta turística envolve
tudo que o local tem para oferecer aos turistas atuais e futuros, dessa forma os bens
e serviços, mais as atrações turísticas são os fatores que coagem as visitações no
local turístico. Essas ofertas são as que atuam de maneira direta na sazonalidade,
podendo acarretar grande fluxos ou não aos locais atingidos pelos períodos
sazonais.
Medeiros (2007) ainda cita em seu trabalho que Lage, MiIlone (2000)
interpretam demanda turística como o número de ofertas que os consumidores
queiram adquirir por certo período de tempo, em um determinado local.
2.1.1 Supermercados em Ilhabela
De acordo com a associação comercial de Ilhabela, existem 10 comércios que
podem ser caracterizados como mercados varejistas, em Ilhabela.
Para Ramalho et. al (2012), o supermercado é algo de grande importância no
mundo moderno, pois permite facilidade para consumidores, agiliza o processo de
compras, visto a ausência de tempo das pessoas. Ainda afirma que é um local onde
as pessoas conseguem encontrar um número elevado de uma multiplicidade de
produtos, podendo-se encontrar itens como: carnes, pães, produto de higiene e
beleza, verduras e hortaliças, congelados, lacticínios e etc. Os autores classificam
este com um autosserviço, visto que muitas vezes não há necessidade de
atendimento dos vendedores, ocorrendo está ação na finalização da compra.
Segundo Claudio Donato, do site “administradores”, o varejo é algo que
abrange muitas atividades de vendas de produtos e serviços. O varejo, segundo o
autor possui uma parte fundamental na cadeia de suprimentos, pois este age como
intermediador entre e o fornecedor e o cliente.
21
2.2.
HISTÓRICO DA LOGISTICA
“Logística é uma operação integrada para cuidar de suprimentos e
distribuição de produtos de forma racionalizada”. (VIANA, 2000, p. 45). É possível
observar as operações logísticas desde os tempos bíblicos, pois ela era utilizada
pelos militares devido ao longo tempo em que permaneciam em guerra, as longas
distâncias percorridas e a necessidade de transporte de armamentos, tropas e
recursos. (FERNANDES, 2010).
Campos apud Braz (2004) afirma que o a palavra Logística é derivada da
palavra grega logístikos que teve como significado “método de vida” ou maneira de
viver, na era clássica.
. “Logística é o processo de planejar, implementar, e controlar de maneira
eficiente o fluxo e armazenagem de produtos [...] com o objetivo de atender os
requisitos do consumidor”. (NOVAES, 2001, p. 36).
De acordo com estas definições, pode-se concluir que a logística tem como
objetivo disponibilizar produtos e serviços de maneira eficiente, rápida e nos locais e
quantidades especificadas, buscando atingir o melhor serviço com o menor preço.
“A Logística é a essência do comércio. Ela contribui decisivamente para
melhorar o padrão econômico de vida geral”. (BALLOU, 2006, p. 25).
A logística surge como um novo conceito junto às práticas já existentes nas
atividades de movimentação e armazenagem de carga.
2.3.
Evolução da Logística
Segundo Razzolini (2006), mesmo que a logística sempre tenha existido, sua
evolução foi demasiadamente lenta até os anos 1940, pois a necessidade de
armazenagem e distribuição de produtos era quase nula.
Nos primórdios da logística, as mercadorias mais utilizadas eram preparadas
nos locais nos quais eram consumidas, e nos tempos de maior procura, essas
mesmas mercadorias tornavam-se indisponíveis. Os produtos eram consumidos em
seus lugares de origem, onde eram feitos, ou eram, até mesmo, levados para outro
22
local para serem armazenados. Contudo, os povos ficavam restritos somente ao que
podiam fazer com suas próprias mãos. (BALLOU, 2006).
Entende-se então, que inicialmente, a logística buscava suprir somente as
necessidades intrínsecas do homem buscando fornecer produto em quantidades
necessárias.
De acordo com Ballou (2006) a Logística é responsável por: serviço ao
cliente; estoque; transporte; localização; distribuição e armazenagem. Sendo assim,
é preciso trabalhar a logística de forma holística e ou sistêmica, pois abrange desde
a compra do material até a sua pós venda.
Ballou (1993) descreve ainda a evolução da Logística em três momentos
distintos: até 1950, de 1950-1970, e pós 1970.
Até 1950 o autor descreve que o período logístico estava inerte, pois todas as
atividades que ocorriam não seguiam nenhuma diretriz.
O mesmo autor descreve ainda o segundo momento da logística como rígido.
Sua evolução entre os anos de 1950 e 1970 favoreceu a criação de novos
pensamentos e filosofias administrativas, estes foram favorecidos pelas boas
condições da economia e da tecnologia que estimularam as práticas logísticas.
Segundo Ballou (1993), a evolução do terceiro momento da logística em 1970
ocorreu por conta da crise do petróleo. Empresas adotaram como áreas de destaque
o Controle de custos, controle de qualidade e controle de produção.
Bowersox e Closs (2001), afirmam que a logística está integrada às
tecnologias da informação, permitindo uma potencialidade na melhoria de suas
práticas.
Para Christopher (2002), a logística é a ligação entre a empresa e o mercado.
O autor ainda afirma que a correta administração das boas práticas logísticas podem
gerar vantagens competitivas para a empresa.
Nota-se que, quando bem gerida, a logística integra a administração de
materiais, passando pela distribuição física até a venda ao consumidor final.
2.3.1. Armazenagem
O papel de armazenar representa parte fundamentalmente importante do
sistema logístico, proporcionando níveis adequados de serviço e enfatizando o
menor custo total possível. (LAMBERT, STOCK e VANTINE, 1998).
23
Armazenagem pode ser definida como parte importante do sistema logístico, pois
estoca produtos (matérias-primas, peças, produtos semiacabados e acabados), do seu
ponto original até o ponto de consumo ou venda, além de proporcionar informações
relativas às condições dos itens estocados. (VIANA, 2002). Ainda segundo o autor, os
objetivos da armazenagem são atender eficazmente todas as necessidades dos clientes
em localizações geográficas diferentes e garantir que os produtos sejam entregues na
quantidade e tempo corretos.
Além disso, a estruturação correta do estoque proporcionará a otimização dos
recursos necessários à organização, permitindo em estoque, somente o que realmente é
necessário para as operações da empresa e permitindo um melhor controle de
movimentação de produtos. (VIANA, 2002).
2.4.
Conceito de Estoque
Ludícibus apud Oliveira (2005) determina o estoque como itens tangíveis, que
são mantidos para comércio nos negócios, estão em fase de produção para a venda
ou para serem consumidos no desenvolvimento dos bens e serviços que serão
vendidos.
Assim, define-se que estoque pode ser considerado como algo material que
pertence à empresa, caracterizados como bens que devem ser disponibilizados
constantemente e restaurados de maneira sistemática, para serem levados
posteriormente à venda ou fabricação de novos produtos, que devem ser o foco da
empresa, visando assim o lucro com a comercialização do produto final.
Slack et. al. apud Oliveira e Silva (2013), abordam que o estoque pode ser
dito como o acumulo de matéria prima em um meio de transformação, algum recurso
contido, não implicando o que está retido ou onde como estoque, visto que há uma
diferença no fornecimento e na demanda o estoque deve existir de qualquer forma.
O estoque é algo necessário para empresa e influi de maneira direta nos
setores de produção e vendas, pois o mesmo gera custos e está atrelado aos outros
agrupamentos estratégicos da empresa como: compras; almoxarifado; planejamento
e controle de produção; transporte e distribuição (DIAS, 2009).
24
2.5.
Gestão de Estoques
De acordo com Ching (2010) o controle de estoque atinge de maneira direta o
rendimento da organização, visto que os estoques podem concentrar grande parte
do capital da empresa, sendo que o mesmo poderia ser designado para outras
atividades de influencia no empreendimento. Ele alega que se houver giro de
estoque o ativo é liberado e pode haver economia no custo de manutenção do
inventário. Assim ele propõe uma situação na qual uma empresa que investe $ 100
milhões em estoque em um ano anterior e tem apenas dois giros, se caso os
estoques obtivessem giro três vezes e as vendas continuassem no mesmo nível, o
investimento seria reduzido em $ 33 milhões admitindo que o custo de manutenção
de estoque é de 20% ao ano, ocasionando uma economia de $ 6,6 milhões.
Para Pozo (2008) o controle de estoque tem como função definir as condições
do número de materiais e produtos que a empresa pode manter incluso as
especificações econômicas da cultura empresarial. O autor propõe que o estoque é
composto por “[...] Matéria-prima, material auxiliar, material de manutenção, material
de escritório, material e peças em processo e produtos acabados.” (POZO, 2008, p.
38). Ele afirma que o motivo de estar em alerta com as quantidades são os custos
relacionados aos processos e sua armazenagem.
Muitas empresas surgem diariamente no Brasil, porém muitas não
conseguem resistir e acabam com menos de cinco anos de existência. Muitos
fatores são levantados, porém o que pode se destacar é a ausência de uma boa
gestão e falta de estoques, isso é percebido, pois muitas micros ou medias
empresas não possuem pessoas instruídas para executar essas funções, podendo
uma única pessoa desempenhar múltiplos postos, acarretando excesso de
informações fazendo com que o responsável não consiga dinamizar todas essas
funções em tempo hábil, isso faz com que a parte financeira seja atingida,
agravando uma deficiência de recursos e investimento excessivo em estoques,
podendo dificultar a transformação de dinheiro, tornando a ferramenta de grande
importância para a empresa (VAZ E GOMES, 2011).
Dias (2009) afirma que o responsável pelo estoque deve se encontrar
preparado para as variações e cobranças do mercado, as diferenças do preço de
comercialização do produto final e de matérias-primas. Assim a maneira correta de
se produzir informações mais precisas é a adequada implantação de uma política de
25
estoques, visto que esta serve como guia para mensurar o desempenho do setor,
ele cita como principais: metas relativas ao tempo de entrega dos produtos;
determinar o número de depósito ou almoxarifados e da relação de materiais a
serem armazenados neles; até que ponto deverá variar os estoques para um caso
de subir ou descer o número de vendas ou uma modificação no nível de consumo;
qual o nível que será estipulado a especulação com o estoque, comprando
antecipadamente com preços mais em conta ou a compra de um número maior em
quantidade para obtenção de reduções no preço da mercadoria; definir a
rotatividade dos estoques.
Essas definições podem converter a administração de estoques para lados
positivos com relação ao funcionamento do mesmo, sendo que a variação e
rotatividade do estoque devem requerer maior prudência, pois será nesses itens que
serão medidos o capital de investimento em estoque.
2.5.1. Retorno de capital investido em estoque
De acordo com Pozo (2008) O cálculo de retorno de capital que foi investido
em estoque tem com base o lucro do que foi alcançado no ano sobre o capital que
foi aplicado em estoques. Ele afirma que para uma boa gestão de estoque será a
que obtiver um valor acima de 01, assim quanto maior o coeficiente alcançado
melhor será o resultado obtido na gestão de estoques. Ele fornece a seguinte
formula para se obter o retorno de capital:
Onde “RC” é retorno de capital.
Dias (2006) ainda indica que a dificuldade no tamanho dos estoques se
relaciona com fatores como: Capital investido; disponibilidade de estoque; gastos
incididos; Consumo ou demanda. Assim, sobre o ponto de vista financeiro é possível
encontrar o índice de retorno de capital com a formula citada por Pozo (2008).
26
2.5.2. Giro de estoque
O giro de estoque, segundo Pozo (2008) é quando é avaliado o que foi
investido em estoque e relacionado com o custo de vendas anuais, podendo ser
também o número médio de insumos em estoque dividido pela despesa anual em
vendas.
“A rotatividade, este é o termo mais comumente utilizado tanto pelas
empresas multinacionais como pelas nacionais, é expressa por meio da
quantidade que o valor de estoque gira ao ano, ou seja, o valor investido
em estoque ou sua quantidade de peças que atenderá um determinado
período de tempo.” (POZO, 2008, p. 47).
Pozo (2008) ainda relata que para determinar a rotatividade é preciso obter o
valor do estoque e dividir pelo custo anual de vendas e este valor ainda pode ser
definido com unidade monetária ou número de peças. O autor ainda cita que o gasto
anual com vendas é captado com “[...] O valor anual das vendas menos a mão-deobra e as despesas gerais...” (POZO, 2008, p.47) Sendo esta formula a seguir
apresentada:
Dias (2006) resume o a rotatividade como “... uma relação entre o consumo
anual e o estoque médio do produto.” (DIAS, 2006, p.75).
2.6.
Custos Relacionados ao Estoque
Os custos de estoque são inerentes a toda e qualquer empresa que trabalha
com armazenagem de seus produtos e necessita de estoque, para Dias (2006)
esses custos podem ser de juros; depreciação; aluguel; equipamentos de
movimentação; deterioração; obsolescência; seguros; salários e conservação,
podendo ser agrupados em modalidades como: custo de capital, que envolve os
juros e a depreciação; custos com pessoal, agregando os salários e encargos
27
sociais; os custos com edificação, sendo estes os alugueis, impostos, energia e
conservação e os custos de manutenção, que equivalem à deterioração,
obsolescência e equipamentos. Ele acredita que duas variáveis podem aumentar
esses custos sendo estas a quantidade e o tempo de permanecia no estoque. Se
estiverem estocadas grandes quantidades então será necessário um maior número
de pessoas ou equipamentos para movimentar esse estoque, ou seja, o custo
aumenta, do contrario, um menor número de materiais em estoque gera menos
movimentação de pessoas ou equipamentos.
A matemática, de acordo com Dias (2006), é essencial para ajudar os
gestores, pois as fórmulas que são aplicadas ajudam a determinar os valores a
serem analisados nos custos relacionados aos estoques.
Pozo (2008) ainda caracteriza três tipos de custos que o estoque está sujeito,
são eles: custo do pedido; custo de manutenção de estoques; custo por falta de
estoque.
2.6.1. Custo do Pedido
Segundo Pozo (2008), sempre que um pedido é efetivado custos fixos e
variáveis são atribuídos a essa ação, sendo os fixos ligados aos salários de quem
está na emissão do pedido, não sendo afetados pela política de estoques. Os custos
variáveis estão ligados aos formulários de pedidos e o envio aos fornecedores,
assim como tudo que está conjunto no processo, deste modo o custo do pedido é
determinado de maneira direta, referente ao número de pedidos a serem efetuados.
De acordo com o site portal da educação, estes custos estão ligados a tudo
que se relaciona com os estoques e que uma alta frequência de pedidos pode ser
agravante, devido a elevação de custos gerados na hora do pedido.
Dias (2006) ainda complementa que para alcançar o custo anual de pedidos,
o qual chama de B, deve multiplicar o número de pedidos pelo número de vezes que
foi acionado. Ainda afirma que se N for o número de pedidos, chega a seguinte
formula:
Afirmando que os agregam despesas como: Mão de obra, para emitir o pedido;
Material, que se usa para confeccionar o pedido e custos indiretos, que são
relacionados de forma indireta com pedido, como a energia, o telefone etc. Ainda
28
citando Dias (2006), ele alega que para calcular o custo unitário do pedido, se utiliza
da seguinte formula:
Assim, de acordo com o autor para se chegar a número anual de pedidos é preciso
analisar
um
item
de
compra
por
pedido,
assim
a
formula
fica:
Ele ainda cita que mesmo que não houver compras, o departamento gera custos
fixos, não permitindo chegar a zero, e ainda completa “[...] Quanto maior é a
quantidade do item de compra, menor é o custo do pedido.” (DIAS, 2006, p. 47).
2.6.2. Custo de Manutenção de Estoque
Pozo (2008) afirma que devido o custo de manutenção de estoque, é de
grande interesse das empresas manterem o estoque mínimo, visto que esses
estoques
são
caracterizados
como
investimentos,
o
capital
da
empresa,
empregados em materiais e bens. Assim que houver a demanda a empresa buscará
disponibilizar esse estoque e torná-lo objeto do mercado financeiro. Os custos de
manutenção de estoques se relacionam com as despesas de armazenamento,
sendo estas: “[..] Altos volumes, demasiados controles, enormes espaços físicos,
sistemas de armazenagem e movimentação e pessoal alocado, equipamentos,
sistemas de informação específicos [...]" (POZO, 2008, p. 43). Existem também os
custos como impostos, seguros e os mesmos ainda se sujeitam a roubos, perdas,
obsolescência o que eleva ainda mais os custos para continuar estocando, Ballou
apud Pozo (2008) afirma que o custo de manutenção de estoques no EUA está em
torno de 25% do valor do produto.
29
2.6.3. Custo por Falta de Estoque
Pozo (2008) ainda relata o custo por falta de estoque, nesse as empresas
buscam minimizar seus estoques, porém correm o risco de não possuir o produto
para entrega no prazo, o que pode acarretar em custos pelo atraso ou mesmo o
cancelamento do pedido, a imagem da empresa também é afetada nesse processo,
visto que não cumprimento de prazo é algo negativo para a empresa, pois o cliente
perde a confiabilidade. O autor ainda afirma que é necessário calcular o tamanho do
estoque de acordo com à demanda existente e estar preparado para as variações no
mercado, a satisfação dos clientes.
Para, Dias (2006), este tipo de custo não há como calcular de maneira
precisa, observando que ele ocorre devido a atrasos no pedido ou não é entregue
pelos parceiros na cadeia de suprimento. Ele ainda cita elementos que podem
ajudar a encontrar o valor do custo pela falta de estoque, sendo estes: perdas de
lucros; custos complementares; multas por não ser fiel aos prazos estabelecidos;
imagem negativa da empresa, acarretando na abertura de espaço para o
concorrente.
2.6.4. Custo Total
O custo total é definido por Dias (2006) como sendo “[..] O somatório do custo
de armazenagem e do custo de pedido.” (DIAS,2006, p 50). A equação é
apresentada da seguinte forma:
Onde ele caracteriza que o estoque médio de uma peça em unidades é
, sendo
Q o número de peças adquiridas por pedidos. Para o número do estoque médio é
apresentado
, sendo P equivalente ao preço unitário do item; (P x Q/2) é o
custo completo de armazenagem e I é taxa de armazenagem no ano; para o número
de pedidos anual no fornecedor é usado
, sendo C consumo integral e ainda o
30
custo total de pedidos por ano,
pedido.
2.7.
Assim
Dias
(2006)
onde B equivale ao custo unitário do
conclui
que
a
fórmula
de
custo
total
é:
Análise do Sistema Abc
Dias (2006) define a curva ABC como um método de grande importância para
o gestor, pois é através dela que se apontam os componentes do estoque que
merecem atenção e tratamento adequado quanto à administração, e é através da
ordenação dos itens conforme a sua importância relativa que se visualiza a curva
ABC.
O uso da curva ABC auxilia a administração na definição de planejamento de
compras, estabelecendo prioridades. Uma vez verificadas a prioridade através da
sequência de itens da classificação ABC, aplica-se a gestão administrativa conforme
a importância do item.
Ainda citando Dias (2006), ele define que depois de ordenados, de acordo
com sua influencia, as classes da curva ABC são definidas como:
 Classe A: Grupo de itens de grande relevância, sendo que a gestão
deve atribuir uma atenção maior.
 Classe B: Itens que se situam entre as classes A e C
 Classe C: Produtos sem grande importância, não requerendo muita
atenção da administração.
Para Pozo (2008), os itens classificados como A, possuem em média 80% do
valor monetário e equivale a apenas aproximadamente 20% dos itens estudados;
Para a classe B o valor monetário chega por volta de 15% do estoque e a 30% dos
itens analisados; Nos itens da classe C representam em torno de 5% do valor
monetário e abrange em média 50% dos itens em estoque. O autor relata que esses
valores não são obrigatórios, servem apenas como base para orientação.
31
2.8.
MODELOS ANALÍTICOS DE GESTÃO DE ESTOQUE
2.8.1. LOTE ECONÔMICO DE COMPRA - LEC
De acordo com Gonçalves (2004), lote econômico é a quantidade ideal de
material a ser adquirida em cada operação de reposição de estoque, onde o custo
total de aquisição, bem como os respectivos custos de estocagem é mínimo para o
período considerado. Esse conceito aplica-se tanto na relação de abastecimento
pela manufatura para a área de estoque, recebendo a denominação de lote
econômico de produção, quanto à relação de reposição de estoque por compras no
mercado, passando a ser designado como lote econômico de compras.
Segundo Dias (2005), o Lote Econômico de Compras (LEC) é o equilíbrio
econômico entre o custo de posse (manutenção dos estoques) e o custo de
aquisições (obtenção de material).
O LEC é a quantidade de material a ser encomendada a cada compra a fim
de se obter o menor custo total possível, levando-se em conta as despesas de
armazenagem, juros do capital empatado e as despesas gerais de compras.
Para determinar o LEC, o método geralmente utilizado consiste em calcular
sucessivamente as quantidades correspondentes de um histórico de entradas e
saídas durante um determinado período a fim de se encontrar um número padrão de
utilização dos materiais.
O LEC é a quantidade do pedido de reposição que minimiza a soma dos
custos de manutenção de estoques e de emissão e colocação de pedidos.
O cálculo do LEC considera que a demanda e os custos são relativamente
estáveis durante o ano inteiro.
A fórmula para cálculo do LEC é:
32
- LEC =Lote Econômico de Compra
- D = Demanda
- Cp= Custo de Pedido
- Cam= Custo de Armazenagem
2.8.2. Tempo de Reposição – TR
Ao fazer um pedido de compra, existe um período de tempo que se inicia a
partir do requerimento no almoxarifado, logo após o pedido vai para compras, em
seguida ele (o pedido solicitado) é fabricado pelo fornecedor e então quando a
empresa recebe o pedido e ele então é liberado para ser vendido ou utilizado. Assim
o tempo de reposição – TR é composto (POZO, 2008). O autor ainda cita que o TR é
formado por três elementos base: tempo para preparar e aprovar a solicitação
juntamente com o fornecedor; período em que o fornecedor processa e entrega o
pedido; intervalo para processar e disponibilizar o pedido na empresa.
Galvão (2014) resume como: “é o espaço de tempo decorrido entre a data da
emissão da requisição para compra e aquela em que o material é recebido pelo
almoxarifado, podendo ser considerados: tempo de processo de compra e entrega
pelo fornecedor.” (GALVÃO, 2014).
Assim Pozo, verifica que duas variáveis (1 e 3) dos processos de TR
dependem da empresa para agir, podendo reduzi-la ao máximo em tempo,
agilizando estes processos. Porém, a variável que corresponde ao fornecedor,
necessita de uma parceria, mantendo bons negócios com o mesmo, para buscar
agilizar a redução de tempo.
TR= 1 + 2 + 3
33
2.8.3. Ponto de Pedido – PP
Santoro e Freire (2008) citam em seu artigo que o ponto de pedido é quando
deve ser feito o pedido, e a quantidade, de acordo com a variação de demanda, da
oferta e dos custos do sistema.
Dias (2006), afirma que o ponto de pedido atua pela quantidade do objeto em
estoque, número de reposição até a entrada de novo item no estoque. Ele determina
a seguinte formula:
Onde:
PP= Ponto de Pedido
C= Consumo Médio Mensal
TR= Tempo de Reposição
E. Mn= Estoque mínimo
Para se chegar a o consumo médio mensal, Dias (2006), sugere que está
média deve ser auferida no período de consumo de seis meses. Assim devem ser
auferidos os números de consumo (de acordo com cada mês) e dividido pela
quantidade de meses.
2.9.
Estoque de Segurança
De acordo com Gonçalves (2004) a função do estoque de segurança é
proteger o sistema produtivo quando a demanda e o tempo de reposição variam ao
longo do tempo, a variação da demanda representa um desvio padrão ao redor da
média da demanda e flutua de acordo com as circunstâncias e sazonalidades.
Ainda de acordo com o autor a determinação da quantidade que deverá ser
incorporada ao estoque, a título de estoque de reserva ou segurança e é examinado
por meio da avaliação do nível de atendimento ao cliente representada pela parcela
34
da demanda total que efetivamente foi satisfeita ou atendida. Isso se reflete de
maneira bastante expressiva nos indicadores de gestão de estoques.
Na gestão dos estoques de segurança, os níveis de cada item e do próprio
estoque como um todo devem ser revistos e atualizados para evitar problemas
provocados em razão de maior demanda ou de sua redução, e alterações nos
tempos de reposição.
O conhecimento da demanda e prazo de reposição dos materiais pode
influenciar decisivamente o estoque. O estoque deve garantir a disponibilidade de
produtos e materiais no momento e lugar necessários. Nesse aspecto, o controle
efetivo e eficiente de estoque possui importâncias fundamentais e, de certo modo,
nas manufaturas ou lojas de varejo, tem importâncias diferenciadas.
A fórmula básica do estoque segurança é:
Es = Dm x K
Onde:
- Es = estoque segurança em unidades
- Dm = demanda média diária
- K= fator de segurança
O fator K é arbitrado, ele é proporcional ao grau de atendimento desejado
para o item.
2.9.1. Estoque Médio
Segundo Dias (2006), o estoque médio é caracterizado como sendo a
referência de compras e consumo que se realizaram, sendo que o E.M. pode ser
representado como Q/2, onde Q se refere à quantidade a ser adquirida para
consumo. Existe a possibilidade de agregar o Estoque mínimo ao estoque médio,
mudando a equação para:
Ainda segundo o autor, o estoque mínimo é uma quantidade que só deve ser
usada em caso de inevitabilidade, sendo assim tratada como uma constante e Q dito
35
como estoque a ser usado, que pode oscilar entre o mínimo e o máximo acima do
limite do estoque mínimo.
36
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Ao se discutir a forma de trabalho para alcançar os objetivos propostos por
este estudo, notou-se que seria necessário realizar uma pesquisa de levantamento
de dados que através de entrevistas, que de acordo com Selltiz et al. (1987), é uma
forma de obter informações sobre fenômenos que influenciam as interações,
processos e fenômenos.
No que se refere ao levantamento de dados e a pesquisa documental, os
estudos foram realizados de fonte primária. Pois, de acordo com Rampazzo (2005),
isto promove ao pesquisador, custos menores em comparação aos outros tipos de
pesquisas, além de proporcionar uma melhor visão da problemática.
De acordo com Lakatos (2008) a pesquisa é considerada como pesquisa
aplicada, uma vez que o seu interesse prático estar orientado à aplicação dos
resultados na solução de problemas específicos.
Quanto aos objetivos, este estudo se classifica como explicativo, pois procura
identificar fatores determinantes e/ou contribuintes para o gerenciamento de
estoques.
Após a seleção do tema, o trabalho iniciou-se com a definição da área e
amplitude de estudo, elaboração de um rol de entrevista e então, procedeu-se para
o estudo bibliográfico, o qual procurou abordar temas essenciais como: logística,
gestão de estoques e sistemas de Análise ABC.
Segundo Bruni (2011), a pesquisa pode ser caracterizada como censo, pois
engloba toda a população que foi definida para participar da investigação. Assim o
autor classifica como censo: “envolve um exame de todos os componentes de um
dado conjunto, sem optar por escolhas ou seleção” (BRUNI, 2011, p. 164). Este
método foi escolhido, pois a população elegida era de um número acessível, dez
empresas ao todo que se classificavam com a proposta do presente trabalho, não
necessitando assim de se fazer uma amostragem.
Com a formulação de hipóteses as quais procuraram embasar a solução para
as questões levantadas de: “Como a gestão de estoques poderia ser traduzida para
a realidade dos comércios de Ilhabela? Como elaborar um questionário simples que
37
possa fornecer o máximo de informações possíveis para a realização deste
estudo?”. Estas foram verificadas através de pesquisa bibliográfica e documental.
O processo de levantamento de dados foi executado através de visitas a
Associação comercial de Ilhabela e a empresas constantes na amplitude de análise.
Para se coletar os dados foi usado um questionário contendo dezessete questões,
referentes a estoques, custos e métodos de processamento, todos os assuntos
ligados à gestão de estoques. Os dados foram coletados de acordo com o número
de empresas associadas, que se caracterizavam como comércio de varejo. Foram
levantadas dez empresas que se caracterizavam como comércio varejista, assim
Então, após a coleta dos dados, procedeu-se para a organização dos
mesmos, em tabelas e gráficos. Tal representação ocorreu de forma clara e objetiva,
com o intuito de facilitar a análise e discussão destes dados.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este capítulo tem como objetivo a análise e discussão dos dados e
informações coletadas com os responsáveis pelo estoque dos estabelecimentos de
comércio varejista de Ilhabela. Para se coletar as informações foi utilizado um
questionário, no qual continha dezessete questões e é encontrado no apêndice
deste trabalho.
As perguntas foram criadas com o objetivo de se verificar a importância do
estoque para os gestores das empresas e se o mesmo, se dirigido corretamente
pode ocasionar a redução de custos.
Assim, as perguntas foram divididas para que a análise seja feita de maneira
clara e concisa, usando tabelas e gráficos para melhor compreensão das
informações coletadas.
38
4.1.
As empresas selecionadas
As empresas escolhidas estão ligadas a Associação Comercial de Ilhabela,
seguem na área de comércio varejista, que de acordo com Berman, Evans apud
Révillon (1998), são empresas que vendem bens e serviços para o consumidor
popular, familiar ou residencial, já no ultimo estado do processo de distribuição. E de
acordo com Kotler apud Mota (2014) são caracterizadas como: Supermercado de
vizinhança e Supermercado tradicionais, visto que os mesmos são considerados
como lojas de autosserviço, com um mix amplo de produtos, diferenciando apenas
as áreas ocupadas e número de variedade de produtos, porém possuem o mesmo
objetivo, que é vender os produtos.
Os supermercados foram escolhidos como fonte de pesquisa, pois
necessitam estocar seus produtos para venda posterior e assim atender a demanda
caracterizada como Just in time, de maneira rápida, com qualidade e evitando
desperdícios (Ching, 2010).
Foram selecionadas e convidadas a participar da pesquisa dez mercados e
supermercados locais, porém dois não aceitaram. Assim oito comércios participaram
da pesquisa.
Dessa forma, será apresentado a seguir as análise e discussões dos
resultados do questionário apresentado na pesquisa.
Foram elaborados alguns gráficos com intuito de melhorar a visualização e
interpretação do resultado, das questões aplicadas na pesquisa.
4.1.1. Avaliação das questões
O inicio do questionário é caracterizado pela pergunta: Qual o nome da sua
empresa? Nesse momento o responsável cita o nome da empresa e o tipo de varejo
em sua titulação, sendo que três destes apresentaram o prefixo de “Mercado” em
seus respectivos nomes e cinco são Intitulados como “Supermercado”. Essa
pergunta visa definir a confiabilidade dos dados coletados e identificação dos
entrevistados.
39
A primeira questão, foi referente a segmentação da empresa: Qual o foco da
sua empresa? Possuindo como opção de resposta: produtos ou serviços. Foi
apurado que 100% das empresas pesquisadas tem como foco o comércio de
produtos.
Gráfico 01: Foco da empresa
Fonte: Pesquisa de campo
Na segunda questão é perguntado: A empresa possui algum tipo de
ferramenta para gestão de estoques? Tendo como objetivo desta pergunta avaliar
quantos comércios tem algum tipo de mecanismo que ajude no gerenciamento e
controle do estoque. Todas as empresas responderam que possuem alguma
ferramenta.
40
Gráfico 02: Ferramenta para gestão de estoque
Fonte: Pesquisa de campo
A terceira questão está relacionada com a segunda, pois é perguntado a
quanto tempo a ferramenta está em uso pela empresa, assim criando uma
confiabilidade maior com relação as respostas, visto que quanto mais tempo com a
ferramenta adequada os processos são viabilizados de maneira mais rápida e
pratica, pois a experiência possibilita afinidade e conhecimento sobre o assunto.
Gráfico 03: Tempo com a ferramenta em uso
Fonte: Pesquisa de campo
41
A quarta questão: Foi percebido algum tipo de redução de custos
significativa se comparado a antes da ferramenta estar em uso? Tange quanto a
percepção do gestor ou responsável pelo estoque na relação de custos pertencentes
ao estoque, de acordo com os dados obtidos, 75% perceberam alguma redução
significativa e 25% dos entrevistados não consideraram nenhuma redução de custos
relacionados ao estoque. Com isso, fica claro que a maioria dos entrevistados
reparou uma redução significativa nesses custos.
Gráfico 04: Percepção da redução de custos
Fonte: Pesquisa de campo
A quinta pergunta foi: De quanto em quanto tempo à ferramenta é
atualizada? Essa pergunta foi realizada no intuito de saber o quanto o gestor ou
responsável pelo estoque estão acompanhando o avanço tecnológico da ferramenta,
e as novas funções inclusas em seus respectivos sistemas, podendo agregar mais
módulos e novas informações ao responsável pelo seu uso, proporcionando maior
qualidade e confiança nas decisões que são tomadas através da ferramenta.
42
Gráfico 05: Atualização da ferramenta de gestão de estoque
Fonte: Pesquisa de campo
A pergunta de número seis: O estoque é verificado constantemente?
Remete ao fato da contagem dos produtos em estoque, visto que essa prática
direciona ainda mais a percepção do responsável ali alocado, podendo este ter
certeza que as informações referenciadas pela ferramenta de controle de estoque
estão certas e aptas para tomada de decisão. Nessa parte da pesquisa foi visto que
87,5% dos entrevistados verificam de maneira constante o estoque da empresa para
comparar com as informações geradas pela ferramenta de gestão de estoque.
43
Gráfico 06: Verificação do estoque
Fonte: Pesquisa de campo
A pergunta de número sete se refere ao layout do local onde são
armazenados os produtos, se a forma aplicada é padronizada ou não. A pergunta é:
Existe algum padrão de classificação dos produtos no estoque? 87,5%
afirmaram haver um padrão, no qual os produtos são separados por tipos, em
gôndolas ou caixas, apenas 12,5% ou seja, um entrevistado respondeu não haver
nenhum tipo de modelo de classificação dos seus produtos em estoque.
Gráfico 07: Padrão de classificação de produtos em estoque
Fonte: Pesquisa de campo
44
Na oitava questão foi perguntado: Os produtos que a empresa comercializa
são perecíveis? Com essa questão busca saber se os produtos podem passar um
maior tempo no estoque ou mesmo já para a venda, sendo que os mesmos podem
ser perdidos se não observados atentamente, causando assim perda do produto e
consequente prejuízo. Todos os entrevistados, ou seja, 100% afirmaram que os
produtos comercializados são perecíveis.
Gráfico 08: Tipo de produto
Fonte: Pesquisa de Campo
A questão de número nove, tem como objetivo saber o número aproximado
de fornecedores que cada empresa possui, sendo esta a pergunta: Quantos
fornecedores a empresa possui? As respostas foram bem variadas, porém vale
ressaltar que os supermercados têm um número de fornecedores bem maior se
comparado aos mercados de vizinhança. Com as respostas obtidas conclui-se que
os de maior número de parceiros na cadeia de suprimentos respondem a demanda
de maneira mais rápida, pois possuem maior número de fornecedores e também um
número mais elevado no seu mix de produtos.
45
Gráfico 09: Número de fornecedores
Fonte: Pesquisa de campo
A pergunta de número dez é sobre: Como são efetuados os pedidos? Essa
pergunta remete de maneira direta a parte de custo do pedido, pois mostra de que
maneira a empresa elabora seus pedidos, mostrando quais podem ser as fontes de
custos e assim buscar futuramente uma maneira mais adequada e que seja mais
econômica. 75% dos entrevistados fazem pedido por telefone e internet, 100% das
empresas possuem representantes comerciais e 62,5% realizam compra direta, ou
seja, a empresa busca a sua mercadoria no fornecedor.
Gráfico 10: Forma de efetuar os pedidos
Fonte: Pesquisa de campo
46
A pergunta de número onze e doze faz referência à sazonalidade e sua
relação com o estoque: A empresa consegue prever a demanda determinada
pela sazonalidade de acordo com sua ferramenta de gestão de estoque?
Durante o período não sazonal, é possível prever a demanda? Dos
entrevistados, 62,5% responderam que sim, é possível prever a demanda, pois a
ferramenta contabiliza quanto saiu de um determinado produto, em um determinado
período de tempo, podendo assim precaver-se de uma futura falta de produto ou seu
excesso, gerando custos elevados e possíveis perdas.
Gráfico 11: Prevenção da demanda
Fonte: Pesquisa de campo
Na décima terceira pergunta, o entrevistado foi questionado sobre: Como é
cadastrado o produto? Possuindo as opções: Ferramenta analógica ou digital.
50% usam ferramentas digitais e analógicas para cadastrar seus produtos, 37,5%
usam apenas digitais e 12,5% usam somente analógicas.
47
Gráfico 12: maneira de o produto ser cadastrado
Fonte: Pesquisa de campo
A pergunta de número quatorze pode ser interpretada como uma referência a
curva ABC: Existe algum critério de importância para
a
classificação
dos
produtos em estoque? Com essa pergunta, pode se caracterizar os produtos em
estoque e seu valor agregado, visto que o estoque é um investimento e faz parte do
ativo da empresa, deve se classificar qual a importância de cada produto que se
encontra em estoque, no que se refere a valores dos produtos, pois os mesmos
podem nortear quanto ao total de capital investido. 87,5% disseram possuir essa
classificação dos produtos em estoque.
48
Gráfico 13: Critério de importância de produtos no estoque
Fonte: Pesquisa de campo
A décima quinta questão: A empresa trabalha com estoque mínimo? Foi
uma pergunta muito importante, pois nela foi avaliado que 100% das empresas
trabalham com o estoque mínimo, ou seja, os custos relacionados ao estoque
podem ser considerados baixos, porém ao trabalhar com o estoque mínimo a
empresa está sujeita a possíveis variações do mercado, fazendo que não se tenha
produtos em estoques no caso de altas demandas, ocasionando prejuízos e uma
imagem negativa para as empresas consultadas.
Gráfico 14: Estoque mínimo
Fonte: Pesquisa de campo
49
Na pergunta de número dezesseis: Como é estabelecida a quantidade de
suprimento a ser pedido para o estoque? Foi observado de que maneira o gestor
ou responsável pelo estoque determina quanto se deve comprar para manter no
estoque e em que a pessoal tem como base para essa escolha. Havia duas
possibilidades de resposta: Através da ferramenta de gestão de estoque ou
percepção por experiência. Essa questão foi levantada para se saber se o gestor
utiliza a ferramenta como referência para efetuar o número de pedidos, porém o que
se observou foi que 62,5% utilizam as ferramentas de gestão de estoque para definir
o número do pedido, mas individualmente, todos os consultados se embasam na
experiência que possuem para definir este número.
Gráfico 15: Como saber quanto será pedido
Fonte: Pesquisa de campo
A última pergunta: A empresa possui algum calculo médio para averiguar
a perda de estoque? 75% dos entrevistados responderam que possuem este
calculo e o sistema é quem o fornece, porém existem produtos que tem uma perda
considerável, como: vegetais, laticínios, frios e carnes.
50
Gráfico 16: Calculo de perda de estoque
Fonte: Pesquisa de campo
51
5. Considerações Finais
A gestão estoques adequada, necessita ser compreendida pelos comércios
varejistas de Ilhabela como algo de ampla relevância para negócio, visto que os
mesmos podem agregar consideráveis reduções de custos se bem administrados,
porém é preciso pessoas qualificadas e comprometidas com esse encargo, para
assim conseguir resultados dinâmicos, sem perder a qualidade e agilizando os
processos em conjunto com todos os departamentos da empresa.
A pesquisa ajudou também a reconhecer que o estoque esta ligado de
maneira direta com outros setores, como: compras, tecnologia da informação,
financeiro e marketing, visto que compras precisa de informações que são geradas
por ferramentas digitais de controle de estoque, sendo estas processadas pela
equipe de T.I. que também envia informações ao financeiro, dessa forma isso pode
influenciar de maneira indireta o marketing que terá como base essas informações
para serem usadas em campanhas de publicidade ou mesmo na questão de
desenvolvimento de projetos e pesquisas de mercado. Assim ficou constatado que
os responsáveis por essas áreas têm a consciência de que o estoque é um capital
que faz parte do ativo da empresa, ou seja, é um investimento que deve ser
analisado com cuidado, pois seu excesso nos números de pedidos gera altos custos
de pedido e manutenção de estoque, porém, sua falta pode agregar uma imagem
negativa para empresa e prejuízos financeiros relativos a falta de produtos que
poderiam ser vendidos e atender a demanda.
De acordo com o trabalho realizado em campo, foi constatado que 100% das
empresas pesquisadas possuem uma ferramenta para administrar o controle de
estoque, o que facilita a coleta de informações a serem usadas para futuras
consultas e até mesmo tomadas de decisão ou como base para inteirar-se do
quanto deve ser pedido em produto. Assim cabem as empresas se capacitar e
buscar novas formas de gerenciamento de seus estoques, ou mesmo novos
módulos em seus programas de gerenciamento, os quais possam abranger
informações mais detalhadas sobre o assunto, mostrando com clareza e detalhes o
que pode ser trabalhado, podendo elevar em conjunto seus fatores críticos de
sucesso, que podem definir novas estratégias para o crescimento das empresas.
52
Conforme foi questionado aos gestores das empresas, pela questão número
quatro, que aborda sobre a percepção dos gestores com relação à redução de
custos, foi constatado que 75% dos questionados perceberam uma redução
financeira nos custos agregados ao estoque, a partir de quando a ferramenta foi
colocada em uso, mostrando que uma boa administração do mesmo pode trazer
benefícios e possíveis aumentos no lucro da empresa.
Ilhabela, por possuir como base econômica o turismo, está sujeita a períodos
sazonais, que afetam o movimento nos comércios, provocando assim altos e baixos
índices de compras. Os responsáveis em sua maioria conseguem prever a demanda
que virá em um determinado período de tempo, fazendo com que se adquira o
número adequado de produtos para não exceder ou faltar no estoque, porém esses
períodos estão sujeitos a variações, ou seja, nada é afirmado com precisão, o que
leva as empresas a se precaver em números para não haver prejuízo.
Ficou constatado também, através da pergunta de número quinze, que todas
as empresas trabalham com estoque mínimo, o que pode criar um paradoxo para
empresa, pois ao se trabalhar com o estoque mínimo existe a possibilidade de uma
demanda maior que a oferta, causando assim transtorno no que tange a imagem da
empresa e mesmo resultados financeiros, pois seria um artigo que deixou de ser
vendido, por outro lado, o excesso acaba elevando os custos relacionados ao
estoque e a ausência de demanda pode acarretar prejuízos como perda do produto
por validade ou obsolescência, causando assim prejuízos financeiros a empresa.
Dessa forma, seria recomendado aos comércios trabalharem com o estoque médio,
que é número entre o máximo e o mínimo, assim não arriscando altas cargas de
produtos parados e nem a falta dos mesmos, dando tempo hábil para solicitação de
novos pedidos, reduzindo assim o risco de perda.
Quanto à quantidade de produtos a serem pedidos (pergunta 16), foi
percebido que todos os gestores usam sua experiência com o comércio como base
para as possíveis demandas, isso ocorre porque são empresas onde os gestores e
colaboradores estão muito próximos, facilitando a comunicação e proximidade com a
parte física do comércio, mostrando que a experiência aliada a uma ferramenta de
gestão de estoques podem ser grandes aliadas no que diz respeito ao quanto deve
solicitado em um pedido, evitando possíveis perdas e consequentes prejuízos com
mercadoria parada. Nota-se também 75% das empresas consultadas possuem um
53
calculo médio de perda de mercadoria em estoque, o que mostra um nível de
preocupação e mensuração dos prejuízos.
Assim pode-se concluir através deste trabalho de graduação, que as
empresas de comércio varejista de Ilhabela se preocupam com seus estoques, visto
que possuem ferramentas que auxiliam na gestão do mesmo e mostram a
importância que o estoque tem para empresa. Como foi constatado, a maioria dos
comerciantes percebe que a empresa depende de uma adequada gestão de
estoques para seguir com seus processos de vendas, diminuindo as despesas,
perdas e aumentando consequentemente seus lucros.
54
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APÊNDICES
Questionário sobre a percepção do uso da gestão de estoques
Nome da empresa
1- Qual o foco da sua empresa?
Serviço
Produto
2- A empresa usa alguma ferramenta para gestão de estoque?
Sim
Não
3- A quanto tempo?
4- Foi percebido algum tipo redução de custos significativa se comparado a antes da
ferramenta estar em uso?
Sim
Não
5- A o dar entrada o novo produto, ele já é cadastrado? (pergunta removida)
Sim
Não
6- De quanto em quanto tempo a ferramenta é atualizada?
7- O estoque é verificado constantemente?
Sim
Não
8- Existe algum padrão de classificação dos produtos no estoque?
Sim
Não
9- Os produtos que a empresa comercializa são perecíveis?
Sim
Não
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10- Quantos fornecedores a empresa possui?
11- Como são efetuados os pedidos dos produtos?
Telefone
Internet
Representante Comercial
Compra Direta
12- A empresa consegue prever a demanda determinada pela sazonalidade, de
acordo com a sua ferramenta de gestão de estoque?
Sim
Não
13- E durante o período não sazonal, é possível prever a demanda? *
Sim
Não
14- Como o produto é cadastrado?
Ferramenta Analógica
Ferramenta Digital
15- Existe um critério de importância para a classificação dos produtos em estoque?
Sim
Não
16- A empresa trabalha com estoque mínimo?
Sim
Não
17- Como é estabelecida a quantidade de suprimento a ser pedido para o estoque?
Através da ferramenta de gestão de estoque
Percepção por experiência
18- A empresa possui algum calculo médio de perda em estoque?
Sim
Não

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