Edição nº9

Transcrição

Edição nº9
REVISTACARGILL
Chocolate com
qualidade Cargill
Empresa inaugura fábrica
para atender o mercado
industrial e avança na
cadeia produtiva
ANO 27 - DEZ. 2007
JAN. 2008
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Crescimento sustentável
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entrevista
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Lars Grael: história de superação e garra
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mensagem
Fórum internacional discute a saúde do planeta
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responsabilidade social
Soluções para os produtores de cafés especiais
expertise
com a palavra
Cargill produz chocolate para a indústria
consumo
Conectividade é a estratégia
directions
Notícias Cargill
destaques
Gente eficiente
personagens
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Revista Cargill é uma publicação bimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos funcionários, clientes e fornecedores da Cargill
– Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação Editorial e
Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb 18.755) – Comitê Editorial: Ana Caiasso, Andrea Anjos, César Infante, Cristine Busato, Débora Sesti, Diógenes Silva,
Gerson Beraldo, Lisandra Faria, Luciana Zaneti, Luciane Reis, Marcello Moreira, Neusa Duarte, Renata Holzer, Shirley Lobo, Sônia Matangrano, Tatiana Maranha,
Vera Duarte, Valmir Tambelini e Vitor Ideriba – Colaboração: Gabriela Guerra – Projeto Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br - Editoração e Direção
de Arte: Arco W Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo: Thear Editora – Edição de Textos: Anna Costa e Letícia Tavares
– Reportagem: Fabiana Garbelotto, Renata de Salvi, Renata Rossi e Thais Corrêa – Foto Capa: Mariana de Oliveira, funcionária encarregada de garantia e controle
de qualidade da unidade de Porto Ferreira (SP) - Fotógrafo: Ricardo Teles. A Revista Cargill não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas.
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Crescimento no mercado de aqüicultura
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Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220.
Essas iniciativas, entre outras, são exemplos de como traduzimos nossas estratégias e princípios na perpetuação dos negócios.
Boa leitura!
Sérgio Rial
Presidente
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Não menos importantes do que as ações que visam à construção de uma sociedade mais justa e humana são os esforços das diversas Unidades de Negócios da Cargill na
busca incansável pela inovação e pela entrega de soluções sob medida aos nossos clientes.
Nesse sentido, este final de ano marca a entrada da empresa no segmento de compounds
(cobertura sabor chocolate) e chocolates para a indústria alimentícia. Com a nova linha
de produção inaugurada na fábrica de Porto Ferreira (SP), a Cargill avança mais um degrau
na cadeia produtiva e entrega aos nossos clientes compounds e chocolates já prontos para
a indústria. Trata-se de uma novidade para o mercado brasileiro que segue uma receita já
conhecida amplamente pelos clientes da Cargill na Europa e nos Estados Unidos.
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As páginas desta edição também registram ações que demonstram o compromisso
da Cargill com a qualidade de vida de suas equipes e a transformação das comunidades
onde atua, como o Projeto Integrar – que abre as portas para profissionais com algum tipo
de deficiência para que possam encontrar aqui uma oportunidade de desenvolvimento
profissional. Também o projeto social Minha Casa merece menção especial ao visar ao
bem-estar e à qualidade de vida dos funcionários da Seara, em Itapiranga (SC), promovendo facilidades no financiamento da casa própria – o sonho de cada um de nós.
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Evidenciamos bons exemplos disso nesta última edição do ano de 2007. Da história emocionante de superação e garra do velejador Lars Grael ao exemplo de um dos
funcionários da Seara que venceu as limitações da deficiência auditiva e encontrou no
trabalho a força para realizar seus sonhos.
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Somos uma empresa global mas com características locais, consciente do nosso
papel e de nossa responsabilidade na construção de um presente promissor para o desenvolvimento das futuras gerações. São várias ações que traduzem o compromisso com
a ética, a integridade e a sustentabilidade.
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Foto: Sérgio Zacchi
É
com grande honra que assino este primeiro editorial da Revista da Cargill,
uma das mais importantes empresas do país e líder no agronegócio brasileiro. Em todo o mundo nossa empresa é comprometida em entregar
soluções aos parceiros que servimos nos setores agrícola, alimentício e de
gerenciamento de risco. Demonstra, ao longo dos anos, o equilíbrio necessário entre o
crescimento dos negócios e o trabalho pela preservação do meio ambiente e pelo desenvolvimento das comunidades em que está presente.
Foto: Divulgação
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Ele é um ícone na valorização das diferenças e na arte
de se reinventar. Conheça a história de Lars Grael,
que diante da adversidade deu a volta por cima
e provou que nada é impossível
Garra, persistência, determinação e superação são qualidades presentes no dia-a-dia de qualquer atleta. Eles
vão em busca de resultados e têm como objetivo melhorar a marca a cada treino. O velejador Lars Schmidt
Grael, 43 anos, sabe muito bem o que é isso. Coleciona
medalhas olímpicas e títulos de diversas competições ao
redor do mundo. É reconhecido internacionalmente e foi
considerado o melhor de sua categoria.
Revista Cargill - Quais foram as primeiras mudanças
depois do acidente?
Lars - Depois do susto, eu me vi em dois caminhos. O
primeiro era ficar me lamentando, fragilizado, e fugir
da realidade. O outro era encarar a situação e assumir
a minha nova condição. Na verdade, se eu tivesse pensado logo depois do acidente em tudo de bom que
tinha, como a minha própria vida, esposa, filhos, família e as pessoas que sempre torceram por mim, não
teria nem cogitado a primeira opção. É mais fácil ficar
revoltado, e de fato é exatamente isso o que acontece
no primeiro momento. Eu tinha um corpo que considerava escultural. Estava sempre bem preparado fisicamente e cuidava muito da alimentação. Corria todo
fim de tarde, e adorava fazer isso. Quando aconteceu
o acidente, não foi fácil aceitar meu novo corpo. Precisei entender que perdi um pedaço do meu corpo,
mas não minha vida. Hoje, não tenho dúvidas de que
sou uma pessoa de sorte.
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Um campeão na vida
E pôs todas essas qualidades à prova, a maior de sua
vida, em 6 de setembro de 1998, na cidade de Vitória,
Espírito Santo: sofreu um acidente enquanto aguardava
o início de uma competição. Uma lancha atingiu seu veleiro e ele caiu no mar. A hélice cortou sua perna direita,
na altura da coxa.
O susto foi grande, tanto quanto a vontade de desistir,
mas, como todo bom esportista, ele ultrapassou as barreiras e fez com que a experiência trouxesse novo rumo
à vida. Pai de três filhos, Trine, Nicholas e Sofia, o velejador tornou-se exemplo para crianças, adultos e idosos
de todo o mundo. Lars não pára nunca. Continua com
a agenda cheia de compromissos dedicados ao esporte.
Até 2006 era Secretário da Juventude, Esportes e Lazer
do Estado de São Paulo e, entre 2001 e 2002, ocupou o
cargo de Secretário Nacional de Esportes.
Revista Cargill - O que fez para aceitar a sua nova
condição?
Lars - Não foi fácil aceitar que me tornara deficiente
físico. No início, senti dificuldades de adaptação a
várias coisas. Por exemplo, ainda considerava meu o
espaço que antes era ocupado pela minha perna. E,
quando alguém se sentava naquele espaço ao meu
lado, minha reação era pular. Com o passar do tempo,
também comecei a perceber que estava ficando com
mais tronco e braços mais fortes por causa do uso das
muletas. Eu conversava muito comigo mesmo e buscava lições de pessoas que viveram coisas semelhantes. Aos poucos, fui me aceitando e admirando quem
enfrentou situações como a minha e superou os desafios. Depois, passei por outra fase: a transformação do
meu próprio corpo. Acabei ganhando muito peso por
ficar sem fazer exercícios durante algum tempo, algo
Entre os seus feitos está o Projeto Grael – desenvolvido ao
lado dos irmãos, Axel e Torben, e do também velejador
Marcelo Ferreira –, em que a vela e a natação incentivam
crianças carentes, com foco em educação, sociabilização
e formação profissional. Como se não bastasse tanta
atividade, teve tempo ainda para escrever o livro A Saga
de um Campeão (Editora Gente), sobre a batalha diária
para ser um vencedor. Entre um compromisso e outro, ele
compartilha suas experiências e conta à Revista Cargill
sua nova maneira de encarar a vida depois do acidente.
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cia. Entretanto, basta olhar para pessoas que tiveram
uma oportunidade: são heróis anônimos no país,
exemplos de superação, eficiência e persistência. E
podem mostrar tudo isso por meio do esporte ou
por qualquer oportunidade dada, inclusive no mercado de trabalho.
que nunca tinha acontecido antes. Aos poucos, fui
retomando a atividade física. Ando muito de muleta,
subo e desço escadas. Hoje, mantenho a forma com
ginástica e continuo velejando.
Revista Cargill - Qual foi a transformação notada a
partir desse momento?
Lars - As maiores transformações foram psicológicas.
Como trabalhava em um esporte pouco reconhecido
no Brasil, vivia em busca de resultados, me esforçava
para me superar e atrair os olhares para o que fazia.
Não percebia o valor das pequenas coisas, como a
natureza – mesmo que o meu contato com ela fosse
constante –, conversas jogadas fora com desconhecidos, e até mesmo o simples ato de navegar sem pensar na disputa em si, apenas por navegar mesmo, pelo
prazer. Hoje em dia uma derrota não me deixa tão
mal. Sem dúvida alguma, o meu sentimento pela vida
mudou muito depois do acidente. Percebi que as pessoas me enxergam como um exemplo de determinação, garra, alguém que deu a volta por cima. Antes eu
buscava ser útil para a sociedade através do esporte.
Entretanto, hoje, acho que sou muito mais útil. Muita gente se espelha na minha história, e isso gera em
mim responsabilidade e autoconfiança. Atualmente,
tenho mais capacidade de reconhecer a felicidade.
Sinto-me mais feliz hoje.
“Pessoas com deficiência
que tiveram oportunidade
no esporte ou no mercado
de trabalho são heróis
anônimos. São exemplos
de superação, persistência
e eficiência”
Revista Cargill - Experiências em outros países
mostram que qualquer esporte pode ser um grande aliado na luta contra a violência e a favor da inclusão. Quais são os benefícios do esporte para um
deficiente físico?
Lars - Há poucos meses, assistimos aos feitos heróicos de brasileiros até então semi-anônimos, os atletas
Para-Olímpicos. O Rio de Janeiro deu o exemplo ao
promover pela primeira vez os Jogos Parapan-americanos concomitantemente com os Jogos Pan-americanos, e tivemos a oportunidade de perceber o quanto o esporte pode mudar a situação de um deficiente.
Nas Olimpíadas anteriores, os nossos atletas também
conquistaram medalhas, mas quase ninguém viu ou
ficou sabendo. Hoje, temos mais informação sobre os
feitos dessas pessoas. Entretanto, é preciso fazer mais,
e o último Parapan pode ter sido o início de uma
caminhada nesse sentido. Lideramos o quadro de
medalhas. Foram 228, sendo 83 de ouro, 68 de prata
e 77 de bronze. O segundo colocado foi o Canadá e o
terceiro lugar ficou com os Estados Unidos. A delegação brasileira, composta por 231 atletas, conquistou
medalhas nas dez modalidades do programa Parapan-americano e nossos heróis inauguram, talvez,
outra agenda: a da transição do orgulho para a consagração nacional. Talvez com menos autoridades,
menos público, menos mídia, mas não com menos
brilho e mérito. 
Revista Cargill - Então velejar, hoje, é diferente?
Lars - Sem dúvida, me traz um prazer sem igual. Acho
que faço isso muito melhor atualmente porque faço
com mais prazer e paixão. Antes eu ficava tão preocupado com os resultados das competições que
tinha medo, e de certa forma isso me atrapalhava.
Sem contar que vivia o apogeu do sucesso quando
chegava ao Brasil com alguma medalha. Isso durava
alguns meses, eu ficava eufórico e depois passava.
Hoje sou abordado na rua e paro para conversar com
a pessoa com prazer. E, quando velejo, aproveito cada
momento. Observo a natureza, os pássaros, as nuvens
no céu, presto atenção no horizonte, curto a brisa que
bate no meu rosto. Por conta disso, acho que velejo
melhor do que antes.
Revista Cargill - Lidar com o preconceito é ainda um
desafio no Brasil?
Lars - Muita gente ainda tem dúvidas quanto à capacidade de um deficiente físico e o preconceito se
traduz em rejeição e repulsa. A letra “d”, na palavra
deficiência, me parece ser mais um preconceito da
sociedade e, às vezes, da própria pessoa com deficiên5
O simpósio internacional One World, One Health
reuniu governistas, acadêmicos, indústria e o terceiro
setor para buscar soluções que preservem o
meio ambiente, seres humanos e animais
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ntre os dias 2 e 4 de outubro de 2007
especialistas dos mais diversos setores
reuniram-se em Brasília (DF) para abordar um tema pouco comum, pelo menos
aqui no Brasil: a relação entre a saúde dos seres humanos e animais silvestres e domésticos. O simpósio
internacional One World, One Health – na tradução
Um Mundo, Uma Saúde – foi promovido pela organização não-governamental norte-americana Wildlife
Conservation Society (WCS), que atua na preservação
da vida selvagem. “Nossa meta com esse encontro é
buscar formas de trabalhar juntos. Queremos unir
conhecimento para chegar a soluções que garantam a
saúde de todos”, explica Willian Karesh, diretor mundial do programa veterinário da WCS.
A expectativa é que outras empresas também se sintam motivadas a investir e, dessa forma, seja possível
estimular as pesquisas em setores críticos como doenças emergentes e preservação da vida silvestre”, afirma
Dave Harlan, diretor Global de Saúde Animal e Segurança Alimentar da Cargill.
Essa é a quarta edição do encontro, que já foi
realizado em Nova York (Estados Unidos), Pequim
(China) e Bangcoc (Tailândia). Iniciativa pioneira no
Brasil, o simpósio apresenta abordagem multidisciplinar para a saúde humana e para o meio ambiente.
Segundo Karesh, vivemos no mesmo mundo, portanto temos de nos preocupar com a saúde de forma global, e não apenas local. Foi desse conceito que surgiu
o nome: One World, One Health.
Para fomentar pesquisas nessa área no Brasil, a
WCS anunciou um fundo de investimento inicial de
R$ 1,5 milhão. Essa quantia foi angariada por meio de
empresas patrocinadoras, sendo a Cargill a principal
delas. “Ser uma das colaboradoras é o primeiro passo.
O evento traz uma abordagem diferente. “O Ministério da Agricultura identifica nesse tipo de trabalho,
que envolve profissionais de áreas diferentes, uma oportunidade interessante de sinergia”, afirma Jorge Caetano
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Pela sua saúde e a do planeta
Os diversos painéis realizados durante o simpósio promoveram ampla discussão em torno dos temas propostos
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mais. O tema, discutido por representantes do Ministério do Meio Ambiente, do
Instituto Chico Mendes e do Ibama, trouxe à tona questões como o impacto do
desmatamento e alterações climáticas.
Pontos estratégicos
O Brasil é o terceiro produtor de carne de frango,
atrás apenas dos Estados Unidos e da China. É líder no
ranking de exportações, segundo dados da Associação
Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango
(Abef), que esteve presente no simpósio. A produção de
carne bovina também é um item estratégico na pauta de
exportações. Segundo dados da Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a exportação
do produto nos primeiros oito meses deste ano chegou
próximo dos US$ 3 bilhões, o que corresponde a 20% a
mais que no ano passado.
Fotos: Divulgação
Júnior, diretor de programa da Área Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Governo Federal.
Já na área de alimentos, Dave
Harlan apresentou o conceito do sistema de alimentação global. Segundo ele,
o sistema global permite o equilíbrio na
produção de alimentos porque é possível produzir nas melhores regiões, evitar
produção sazonal e melhorar o valor investido por todas as partes, incluindo os
consumidores finais. “Iniciativas como a
da WCS nos ajudam a encontrar soluções
para problemas que temos de enfrentar,
como a saúde animal”, afirma. “Até pouco tempo atrás as empresas acreditavam
que doenças eram questão apenas de segurança alimentar. Mas hoje não dá para
pensar assim, é preciso utilizar o sistema
global, em vez de se preocupar apenas
com prevenção local, porque para as doenças não há fronteiras”, conclui.
Dessa forma, um dos objetivos do One World, One
Health é ampliar a discussão em setores como agricultura e meio ambiente, para levantar questões de impactos
ambientais e da produção de alimentos sobre a saúde da
fauna silvestre, além de risco de transmissão de doenças
entre os animais silvestres, domésticos e seres humanos.
Para debater idéias, o encontro contou com a presença
de representantes dos Ministérios da Saúde, Agricultura
e Meio Ambiente, de organizações internacionais governamentais e não-governamentais, de cientistas das
principais universidades brasileiras e a da indústria de
produção de alimentos.
O desafio proposto foi definir a
saúde sob um novo olhar, levando em
consideração impactos econômicos que
doenças e alterações no meio ambiente
podem ocasionar, e desenvolver formas de
trabalhar em conjunto que vão proporcionar um mundo mais saudável para todos.
Terreno fértil para novas idéias
Da pauta do encontro constavam temas de grande preocupação como a febre aftosa, uma das maiores
ameaças à exportação de carne bovina, e as doenças
emergentes, em geral transmitidas por animais, como a
gripe aviária, que, embora não esteja presente no Brasil,
representa risco e deve ser monitorada. “As principais
vias de transmissão do vírus da influenza aviária são as
aves migratórias, o fluxo de mercadorias e o trânsito de
pessoas pelos diversos países. No Brasil, há várias ações já
tomadas pelo setor de defesa sanitária oficial e também
pela iniciativa privada com o objetivo de diminuir o risco da doença”, explica Paulo Pelissaro, coordenador de
Saúde Animal da Seara. Representantes dos Ministérios
da Saúde e da Agricultura e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) conduziram as palestras.
Iniciativa para preservar a vida
selvagem
Desde 1895 a WCS, com sede no
zoológico do Bronx, em Nova York (EUA), De cima para baixo:
Willian Karesh, da WCS,
tem colaborado com a causa ambiental. O Juan Lubbroth, da FAO, e
objetivo dessa organização não-governa- Dave Harlan, da Cargill
mental é preservar a vida silvestre e áreas
naturais no mundo todo. Com pesquisa científica, conservação internacional, educação ambiental e manejo do
maior sistema de áreas naturais urbanas do planeta, a WCS
tem como objetivo modificar as atitudes de pessoas com
relação à natureza, para que percebam a possível interação
sustentável tanto em escala local quanto em âmbito global.
Seu trabalho abrange mais de 50 países e atinge milhões de
pessoas. No Brasil, a WCS atua desde a década de 70 com
projetos de conservação no Pantanal e na Amazônia. 
Nas questões ambientais foi abordada a medicina
da conservação, um conceito sobre a saúde ecológica,
referente a ecossistemas, populações humanas e de ani7
Fotos: Arquivo Arco W/PhotoXpert RF
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Lavoura produtiva
Mais produtividade, qualidade e lucro com os produtos
e serviços da Mosaic oferecidos ao cafeicultor
Marco Araujo*
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mercado gourmet de cafés especiais
cresce mundialmente a olhos vistos.
No Brasil, as taxas são surpreendentes:
aumento de 20% ao ano, contra os 5%
do total do mercado de café. Essa demanda é impulsionada basicamente pela alta qualidade e diferenciação
dos grãos, que despertam a atenção do consumidor.
Para atender a esse novo nicho de mercado o cafeicultor
precisa garantir maior produtividade, aumentar a qualidade e o tamanho dos grãos. Atenta ao movimento desse setor, a Mosaic Fertilizantes – empresa formada
pela união entre a Cargill Crop Nutrition e a IMC
Global, em 2004 – desenvolveu um programa nutricional para a cultura do café,
que inclui produtos e serviços.
produz e, conseqüentemente, melhor remuneração na
comercialização.
Entre os outros serviços oferecidos pela Mosaic
aos produtores de café está a assistência técnica contínua, realizada pelos agrônomos da companhia. Eles
visitam fazendas espalhadas por todo o país, avaliam as
lavouras e desenvolvem soluções sob medida para a adubação. Além disso, estão disponíveis ferramentas como
agricultura de precisão, não só para café, mas também
para grãos e cana-de-açúcar. Nesse processo é criado um
mapa de fertilidade das áreas a partir da análise
de solos, tratando-se assim, de maneira pontual, as correções e as adubações, com as
quantidades certas de fertilizantes e corretivos, e evitando faltas ou excessos, como no
método tradicional. Essa consultoria oferece
ao produtor maior rentabilidade e melhores
condições de gerenciamento de sua lavoura.
Faz parte desse programa o fertilizante natural K-Mag, que aumenta em
até 40% a receita do cafeicultor. Extraído no Novo México, Estados Unidos,
na maior jazida do mineral langbeinita
do mundo, o K-Mag potencializa as safras fornecendo nutrientes que
ajudam no desenvolvimento da planta, na melhora
da qualidade da bebida e
maior uniformidade dos
grãos. O fertilizante é altamente solúvel e não agride o
meio ambiente, características
que resultaram na certificação
como produto isento de contaminação química e adequado à
agricultura orgânica. Na prática,
o selo garante ao agricultor o
controle de origem do café que
O conhecimento da Mosaic na área de
fertilizantes faz da companhia uma das líderes
mundiais em adubação e nutrição
das plantas. Pesquisas são realizadas pela empresa em diversos
países, e o resultado está na
alta qualidade de seus
produtos e na tecnologia de ponta oferecida
sob medida para cada
tipo de cultura, sempre
com o foco na rentabilidade do produtor. 
* Marco Araujo é gerente de
Assuntos Agronômicos da Mosaic
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Fotos: Divulgação
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s oceanos já não são um celeiro inesgotável de alimentos. Muitos pesqueiros
naturais atingiram o limite máximo de
exploração. E, para garantir a presença
de peixes e outros frutos do mar na mesa dos consumidores, a aqüicultura (também chamada aquacultura) está
crescendo nos últimos anos.
Os diferenciais competitivos da Cargill Nutrição
Animal - Purina atraem clientes como Werner Jost, proprietário da Camanor, empresa produtora de camarões
marinhos localizada no Rio Grande do Norte. Jost é suíço
naturalizado brasileiro. Chegou ao Brasil em 1982 com
a idéia de montar uma fazenda de camarão junto com
outros quatro suíços residentes em São Paulo.
Definida pelo cultivo controlado de organismos aquáticos, como peixes, camarões, moluscos, rãs, entre outras espécies, a aqüicultura se desenvolve com tanta velocidade que
tem sido chamada de Revolução Azul, uma referência à alta
produtividade de grãos nos anos 50 denominada Revolução
Verde. A Revolução Azul começou na China e espalhou-se
pelo mundo graças ao aumento do consumo de pescados.
Em 1983, a idéia saiu do papel. “Não existia muita
tecnologia nessa área e a produção em 1984 foi de 24
toneladas, número mantido no ano seguinte”, conta o
criador. A empresa passou por momentos difíceis. Foram
dez anos de prejuízos, hoje superados.
Segundo o relatório O Estado Mundial da Pesca
e da Aqüicultura 2006, divulgado pela Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a
produção mundial de aqüicultura passou de 1 milhão de
toneladas no início da década de 50 para 59,4 milhões de
toneladas em 2004.
A Camanor cresceu e, hoje, são três unidades e 650
funcionários. A companhia recebeu o selo de garantia do
produto e tem suas instalações freqüentemente vistoriadas por auditores internacionais. Resultado: a conquista
do exigente mercado externo. Seus camarões são apreciados nos Estados Unidos e na Europa. “Começamos a
comprar ração da Purina nos anos 80 e nunca precisamos
nos preocupar com as questões que envolvem a fabricação de ração, pois temos uma parceira de confiança
cuidando disso para nós”, explica Jost. 
O Brasil é um dos países com maior potencial para
desenvolver essa atividade, em razão de sua extensa costa
litorânea e do grande volume de água doce. Entretanto, o
contraste entre seu potencial e o atual nível de produção
é acentuado. A Cargill Nutrição Animal - Purina contribui
para o desenvolvimento da aqüicultura no país, produzindo alimentos para peixes e camarões desde 1995 e é líder
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Parceria de qualidade
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Hoje, a Purina é a única empresa de rações do país,
nessa área, membro do Global Aquaculture Alliance, praticando ações para uma nutrição ambientalmente correta.
Além disso, todas as fábricas são certificadas em BPF Avançado (Boas Práticas de Fabricação) e HACCP (Análises de
Perigos e Pontos Críticos de Controle). “Entre junho de 2007
e maio de 2008, prevemos crescimento de 28% no negócio
de aqüicultura da Cargill Nutrição Animal - Purina, uma verdadeira Revolução Azul”, comemora a gerente.
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mundial e nacional no segmento. “Nossos programas são
ajustados às necessidades de cada espécie. E aliamos a isso as
metas produtivas das fazendas e os desafios ambientais do
local de cultivo”, explica Vanice Waldige, gerente de Desenvolvimento de Negócios em Aqüicultura da empresa.
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A atividade cresce
em ritmo acelerado
no mundo todo e faz
da Cargill Nutrição
Animal - Purina uma
fornecedora de peso
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Aqüicultura: a Revolução Azul
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Crescimento acelerado: a criação controlada de frutos do mar já representa 43% de toda a produção de pescados no mundo
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Do cacau ao chocolate
Cargill inaugura nova
unidade em Porto
Ferreira (SP), lança
chocolates industriais
e compounds para o
mercado brasileiro e
avança um degrau na
cadeia produtiva
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Foto: Arquivo Arco W/PhotoXpert RF
ara os amantes do chocolate, a Cargill
tem uma boa notícia: está produzindo
compounds e chocolates para indústria,
em sua nova fábrica, em Porto Ferreira,
cidade no interior de São Paulo. A novidade brasileira
segue uma receita já conhecida pela Cargill na Europa e
nos Estados Unidos, onde são produzidos os chocolates
Fennema, OCG, Veliche, Peter’s e Wilbur. “Temos knowhow de mais de 100 anos no segmento de compounds e
chocolates fora do país, o que nos credencia a oferecer
um produto de qualidade comprovada no Brasil”, afirma Saskia Korink Romani, líder da Unidade de Negócio
Cacau e Chocolate.
De acordo com Saskia, um dos grandes diferenciais
da Cargill está no controle das matérias-primas e no fornecimento dos derivados do cacau, como liquor, pó e manteiga de cacau. Todos esses produtos já são comercializados
pela Unidade de Negócio no Brasil e, agora, serão utilizados para a produção de compounds e chocolates próprios.
“Avançamos um degrau na cadeia e estamos oferecendo
um produto com maior valor agregado ao mercado
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industrial”, ressalta Saskia. O desenvolvimento desse
novo segmento é para a Cargill uma questão estratégica.
Cacau é uma commodity e para crescer é preciso abrir
novas frentes, criar oportunidades. E, nesse sentido, a
empresa alia pioneirismo à inovação. “Somos a primeira
indústria de derivados de cacau a entrar no mercado de
compounds e chocolates”, adianta Saskia.
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Mercado aquecido
O foco dos novos produtos é o mercado doméstico. Essa escolha é justificada pelo crescimento significativo do segmento de chocolates, de aproximadamente
12% no Brasil, em 2006, segundo a Associação Brasileira
da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e
Derivados (Abicab). “Estima-se que os números de vendas em compounds possam ser ainda mais expressivos
em razão do aumento do poder aquisitivo do seu público-alvo, as classes D e E”, analisa Gerson Crisci, gerente
de Negócios Compound e Chocolate.
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Amostra do chocolate ainda líquido é retirada para análise
Entre as vantagens competitivas da Cargill, destacam-se o trabalho de gestão de risco desenvolvido com
exclusividade pela companhia e a conectividade com as
demais Unidades de Negócios que também produzem
ingredientes importantes no processo de fabricação dos
compounds e chocolates, como aromas, açúcar e gordura. “Estamos em linha com a Intenção Estratégica 2015,
buscando integração e oportunidades de negócio entre
as áreas da Cargill”, lembra Gerson.
Fotos: Arquivo Cargill/Ricardo Teles
Linha de produção das barras de chocolate
A assistência técnica oferecida aos clientes e as
constantes pesquisas realizadas no Centro de Tecnologia Integrado, localizado em Mairinque (SP), permitem à
Tanques para embarque do chocolate a granel
A conectividade da fábrica
A nova estrutura criada para a produção de compounds e chocolates em Porto Ferreira (SP) está localizada
na fábrica da Unidade de Amidos e Adoçantes da Cargill. A escolha pelo local foi estratégica. “Estamos integrados a uma unidade fabril já existente, próximos a grandes clientes e
em uma região produtora de açúcar. Isso tudo facilita a conectividade”, diz Gerson.
Além das novas linhas de produção, a fábrica de Porto Ferreira possui um laboratório para análises e teste de qualidade dos produtos que
estão sendo lançados. A capacidade fabril da nova estrutura é de 10
mil toneladas/ano, com possibilidades de expansão. Os novos produtos
serão comercializados a granel, sacos, barras e baldes.
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Cargill elevar constantemente a qualidade dos produtos
e criar soluções inovadoras.
Chocolate ou compounds?
Também faz parte do foco de atuação da companhia nesse segmento o abastecimento de grandes
indústrias que produzem seu próprio compound e
chocolate. “Estamos oferecendo a esses clientes um produto completo e de alto valor agregado. Optando pelo
chocolate industrial da Cargill, eles ganham mais espaço
para novas estratégias de investimento”, acredita Eliana
Ianez, gerente Comercial de Cacau. 
A diferença entre os dois produtos está na quantidade de ingredientes derivados de cacau utilizada
no processo de fabricação. Para ser chamado de
chocolate, o produto precisa conter no mínimo 25%
de matéria-prima proveniente de cacau, como pó,
liquor e manteiga. Já o compound não segue essa
regra e pode ser produzido com porcentagem menor de ingredientes de cacau, e geralmente possui
gordura vegetal em sua formulação.
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Fotomontagem: Pepe Casals. Fotos - sorvete, chocolataria, biscoitos, confeitaria, balas e barras: Arquivo Cargill
Veja aqui as
diversas aplicações
dos compounds
e barras de
chocolate
da Cargill
O jogo das conexões
I
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N
Foto: Arquivo Cargill
S
Dave Rogers*
“C
onectividade” é um dos cinco temas-chave da Cargill declarados em sua jornada de Intenção Estratégica rumo ao
ano de 2015. Mas o que realmente queremos dizer com
conectividade?
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Penso que seja mais fácil ilustrar isso com uma imagem. Imaginem
uma teia de aranha, e seus fios perfeitamente conectados. Há uma simetria, um alinhamento. Há também uma força oculta na totalidade das
muitas fibras individuais naquela teia. A criação e união das muitas fibras
que existem dentro da Cargill foi a intenção que nos levou a escolher a
palavra “conectividade” como nosso tema estratégico.
“Imaginem uma
teia de aranha,
e seus fios
perfeitamente
conectados”
Para trazer à vida essas conexões, podemos começar com um
exemplo macro: biocombustíveis. Essa nova plataforma foi estabelecida
como parte de uma mudança estrutural na Intenção Estratégica 2015. A
sua razão de ser tem a ver com “conectividade”. Essa plataforma visa a
unir as sete Unidades de Negócios da Cargill que investem ativamente em
biocombustíveis ou os negociam, para assegurar conexões de informações
(dados brutos), gestão de riscos, melhores práticas tecnológicas e logística.
Essas conexões não são apenas partilhadas, mas alavancadas – internamente entre as Unidades de Negócios e externamente com os clientes.
A teia começou a ser tecida. Descemos, assim, um nível, para as
Unidades de Negócios e suas funções. A nossa Plataforma de Negócios
Grain and Oilseed Supply Chain atende muitos clientes de ração animal, prestando serviços de gestão de risco de preço e de logística ao
redor do mundo. Já o nosso negócio de Nutrição Animal detém vastos
conhecimentos e habilidades na arte de fornecer nutrição a animais.
Ao unirmos esses dois grupos frente a um cliente de ração animal na
América Central ou no Oriente Médio, teremos criado algo muito
poderoso. Os clientes descobrirão quanto temos a oferecer em termos de maior abrangência, melhor atendimento e idéias valiosas. Eles
reconhecem a vantagem dessa conectividade, oferecendo-nos seus
negócios, que de outra forma não teríamos.
Nossa nova equipe colaborativa de negociação de futuros mostranos como as conexões podem ser transformadas em poderosa alavanca.
Ao reunir as operações futuras de 25 Unidades de Negócios junto a 20
bolsas mercantis em 50 localidades em que a Cargill atua, e canalizando
todos esses negócios para um ponto central, criaremos algo muito atraente para um banco de investimentos. Isso resultará em consideráveis
descontos em custos de operações e taxas de corretagem. Esse é apenas
um exemplo da força da nossa rede, criada quando decidimos unir nossas conexões internas.
14
Sinto simpatia pelo novo funcionário. Entrar
pela primeira vez nessa ampla e complexa organização
que é a Cargill deve ser como tentar orientar-se em um
labirinto. Sabe-se que a empresa conta com muitos profissionais diferentes, com toda sorte de conhecimentos
e habilidades que seriam de grande valor para o novo
funcionário. Contudo, como saber quem são e onde
trabalham? Subestimamos o desafio que é navegar nesse labirinto – para novos funcionários e também para
os veteranos. É muito importante ajudarmo-nos uns
aos outros a encontrar e criar essas conexões; cada vez
que isso ocorre, o potencial de extrairmos valor deixa a
teoria e transforma-se em prática.
conhecimento e mentes de milhares de profissionais ao
redor do mundo. Quando conscientemente optamos
por assim fazer e nos voltamos aos nossos muitos clientes, liberamos uma grande força que pode lhes oferecer
um vasto manancial de idéias, habilidades e serviços.
Conectividade é uma vantagem estratégica. Não é fácil
de ser criada, mas quando realizada em todo o escopo
e profundidade da Cargill dificilmente será alcançada
pelos nossos concorrentes.
Não é por acaso que escolhemos este tema para a
nossa jornada da Intenção Estratégica 2015. 
Passamos a considerar todos os nossos processos
da Cargill como mais uma forma de acionar nossas conexões naturais. Muitas grandes empresas afirmam que
são globais. Poucas o são. O fato de ter um punhado
de escritórios e fábricas em torno do mundo não torna
a empresa global. Uma empresa não pode afirmar ser
global se não criar uma ligação entre todos esses pontos. E não bastam conexões por telefone e e-mail. Ser
global significa verdadeiramente conectar habilidades,
* Dave Rogers é vice-presidente sênior
A seção “Directions” traz artigos escritos pela Equipe de
Liderança Mundial da Cargill dirigidos aos funcionários
da companhia em todo o mundo. Esta seção é publicada
bimestralmente na revista Cargill News International,
com distribuição para todas as unidades da empresa, nos
diversos países em que atua.
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aúde em primeiro lugar. Preocupada com a saúde de seus clientes e
consumidores, a Cargill lançou em novembro a nova linha de óleos e
gorduras vegetais Mazola Chef. O objetivo é proporcionar ainda mais
qualidade de vida, com os novos produtos, que têm zero de gordura trans e
a gordura saturada reduzida em 32%. Essa nova linha é aplicada em frituras,
panificações e pipocas.
P
rodutos reconhecidos. A
Cargill recebeu pela quinta
vez consecutiva o prêmio
Top of Five de melhor fornecedor nas
categorias Azeites e Óleos Especiais,
concedido pela Revista Supermercado Moderno. Em sua 35a edição,
o prêmio foi decidido por meio de
uma pesquisa de reconhecimento de
marca, em que 1.447 supermercadistas do Brasil elegeram os 5 melhores
fornecedores em 164 categorias de
bens de consumo. A importância
dessa premiação é a aceitação dos
clientes varejistas, que representam
também a preferência do consumidor. A Cargill conquistou o primeiro
lugar nas 2 categorias, com índice de
preferência de 34% de azeites e 35%
de óleos especiais.
A
umento de produção. A
Seara anunciou, no mês
de setembro, investimentos na unidade de Sidrolândia (MS)
e de Nuporanga (SP), que gerarão
mais de 500 empregos em cada uma
delas. A ampliação das unidades
teve início no mesmo mês e a previsão é de que as obras estejam concluídas ainda no primeiro semestre
de 2008. Com esse crescimento, a
capacidade de abate de frangos da
unidade de Sidrolândia aumentará
em 26%, até setembro de 2008, e
a de Nuporanga em 75%. E, para
atender a essa nova demanda de
consumo das granjas, a estrutura
de produção de rações também
será ampliada.
N
ovidade tecnológica. A Cargill traz para o Brasil a fabricação de BiOH
polióis – substância feita de soja utilizada para produzir espumas de colchões, móveis e com aplicação automotiva. A intenção é atender os clientes
da América Latina, e o local escolhido para produzi-lo foi a fábrica da Innovatti, subsidiária da Cargill no ramo de óleos industriais e lubrificantes, em Mairinque (SP). Os
BiOH polióis ajudam os fabricantes de poliuretano flexível a amenizar os impactos
ambientais, com a redução de 36% nas emissões de gases que provocam o aquecimento global. Com a novidade, o mercado latino sai ganhando – e a natureza agradece!
P
rodutos de Natal. As festas de fim de ano das famílias brasileiras ficarão ainda
mais saborosas. A Seara dispõe de 17 diferentes kits de Natal, todos com os principais produtos para uma boa ceia, para as empresas presentearem seus funcionários e clientes. A inovação deste ano é a embalagem lata térmica (cooler), que pode ser
usada em diversas ocasiões durante o ano para armazenar até 18 latas de refrigerante ou
cerveja na temperatura certa.
Já a Cargill traz o azeite Gallo Novo – Colheita de 2008. O produto é feito da primeira colheita
de azeitonas, por isso o sabor é mais marcante, e estará nas prateleiras dos mercados por
tempo limitado, do mês de dezembro até a Páscoa de 2008. Uma delícia de novidade!
R
esponsabilidade Ambiental. A Fundação Cargill, em parceria com a Organização para a Proteção Ambiental (OPA), lançou o livro Manejo Ambiental
e Restauração de Áreas Degradadas, em setembro em Uberlândia (MG).
Primeira publicação editada pela Fundação em papel reciclado, mostra a realidade
ambiental no Brasil e técnicas de manejo elaboradas por renomados pesquisadores.
O livro contribui para a conscientização da sociedade sobre os problemas que podem
ser causados ao planeta devido à ausência da preocupação ambiental, apresentando,
além das técnicas, cases com iniciativas de sucesso de empresas dos mais variados setores da economia. A experiência da Cargill no reaproveitamento de 100% dos resíduos
de sua unidade de Compostagem, em Uberlândia (MG), é relatada no livro.
16
N
ovo visual. Em novembro, a embalagem de todas as versões do óleo
composto Maria aparece de cara nova nas prateleiras dos mercados
(da esquerda para a direita, acompanhe a evolução da embalagem).
Com o objetivo de rejuvenescer a marca, que existe desde 1942, as embalagens
se tornaram mais atrativas. O logo foi aumentado. Há mais figuras, receitas mais
elaboradas no verso e a imagem da mulher – ícone da marca – foi aproximada.
Fotos: Arquivo Cargill
C
onsciência ambiental. Para
manter o apoio aos programas de Meio Ambiente, 12
voluntários do Terminal Portuário do
Guarujá (SP) da Cargill participaram
do Dia Mundial de Limpeza de Rios
e Praias, em 22 de setembro. O evento anual é organizado pela Prefeitura
Municipal do Guarujá, por meio da
Secretaria de Meio Ambiente (Semam)
e com apoio de diversas entidades. Esta
foi a primeira vez em que a Cargill participou com voluntários e ajuda de custo. Os participantes coletaram lixo no
Rio Pouca Saúde, localizado no Bairro
Sítio Conceiçãozinha. Foram retiradas
3 toneladas de lixo e o material reciclável foi enviado para uma cooperativa
da comunidade local.
I
ncentivo a projeto social. A Cargill Risk Management patrocinou a préestréia da peça Os Produtores, que arrecadou fundos para dois projetos do
Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP). Um deles é o Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis (PECP), que presta assistência médica
a 10 mil crianças da região, além de realizar oficinas socioeducativas; e o outro é o
Residencial Israelita Albert Einstein, que abriga 150 idosos. O evento foi realizado em
setembro, na casa de shows Tom Brasil, na zona sul da capital paulista.
N
ova campanha Liza. Para construir
cumplicidade e maior intimidade
com as chamadas “mães malabaristas”, que equilibram os afazeres de casa, o
trabalho, o cuidado com os filhos e ainda arrumam tempo para se cuidar, a marca Liza está
veiculando desde novembro a nova campanha
de Óleos Especiais e Maionese, que tem como
tema central Mulheres Surpreendentes. O
objetivo é conquistar a confiança das mulheres
que são mães e estão sempre na correria.
E
m busca da qualidade. À Convenção Bienal Nacional do McDonald’s
Brasil, a Cargill compareceu com seu estande e mostrou a variedade dos
seus ingredientes e produtos presentes nos 550 restaurantes McDonald’s.
A Convenção 2007, de 5 a 9 de outubro na Costa do Sauípe (BA), contou com cerca
de mil pessoas relacionadas ao McDonald’s, seus franqueados e seus fornecedores. O
tema deste ano foi Padrão Ouro de Qualidade e foram reforçadas as estratégias para a
manutenção da qualidade McDonald’s. A Cargill fornece para o Sistema McDonald’s
gorduras para frituras; gorduras e farinha de trigo para pães, tortas, casquinhas, entre
outros; glucose; maltodextrinas para molhos e ketchup; cacau em pó; óleos vegetais;
xaropes para milkshakes; e coberturas para sobremesas.
17
C
ompromisso com a infância. A Cargill assinou um
pacto com o programa Na
Mão Certa, que busca a erradicação
da exploração sexual de crianças e
adolescentes nas rodovias brasileiras.
O projeto é uma iniciativa do Instituto WCF – Brasil. Em maio deste ano
foi realizado o Primeiro Encontro Empresarial Na Mão Certa, que reuniu
representantes de diversas empresas
e expôs os sete compromissos assumidos por todos, entre os quais
melhorar as condições de trabalho
do caminhoneiro e estabelecer relações comerciais com fornecedores
da cadeia de serviços de transporte
que estejam compromissados com os
princípios do pacto.
I
nclusão em expansão. O Programa Integrar, que oferece às pessoas com
deficiência a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho, está
chegando a outras unidades. Estima-se que até o fim do ano, 10 novos
funcionários estejam atuando no Guarujá, 11 em Mairinque (ambas unidades
em São Paulo) e 32 em Uberlândia (MG). O programa também será ampliado
para Ilhéus (BA), Paranaguá (PR), Rio Verde (GO), Três Lagoas (MS) e Barreiras
(BA). E as novidades não param por aí. No Escritório Central da empresa em São
Paulo, pioneiro na implantação do programa, 37 pessoas participaram de um
curso de língua brasileira de sinais (libras). Elas se formaram no fim de outubro.
A implantação do programa no Escritório Central vem superando as expectativas das equipes da Cargill. Os ganhos em diversidade e integração são significativos e motivam ainda mais as áreas que receberam funcionários por meio dele.
18
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çante nutritivo, recebeu comprovação do
Food and Drug Administration (FDA), órgão
governamental dos Estados Unidos, de que
não provoca cáries. De acordo com o FDA,
a fermentação do isomaltulose não forma
uma quantidade de bactérias orais suficiente
para levar à perda do esmalte dos dentes e
conseqüentes cáries. O produto da Cargill é
um energético de fácil digestão e as aplicações
incluem doces, confeitos, bebidas e gomas de
mascar que não danificam os dentes. O produto proporciona uma onda prolongada de
energia, trazendo grandes benefícios à saúde
dos consumidores.
 A Cargill anunciou parceria com a produtora
de amido de mandioca PT Budi Acid Jaya Tbk
(PT BAJ), da Indonésia, para construção, financiamento e operação de digestores anaeróbicos nas
duas fábricas de amido de mandioca da empresa, em Lampung, Ilha de Sumatra. Os digestores
serão utilizados no recolhimento e conversão
de efluentes da mandioca. O tratamento de
efluentes deverá produzir 4.500 toneladas de gás
metano ao ano, para a geração de energia elétrica para as plantas. A construção dos digestores
deverá reduzir a emissão de gás de efeito estufa
na atmosfera equivalente a 950 mil toneladas de
dióxido de carbono, em dez anos. A tecnologia
aplicada ao projeto será financiada pelo grupo
de Financiamento Ambiental da Cargill e gerará
créditos de carbono que poderão ser negociados
no mercado global.
L
Globais classificou companhias no mundo
todo a partir da avaliação com base em critérios como práticas e liderança, reputação
da empresa, cultura e valores da liderança
e desempenho no negócio. A Cargill ficou
em terceiro lugar entre as cinco finalistas da
América Latina. O estudo foi patrocinado
pela Hewitt Associates, empresa global de
serviços em recursos humanos, em parceria
com o Grupo RBL, que se dedica a melhorar
a qualidade da liderança de seus clientes e
implantar uma agenda estratégica de RH, e a
revista Fortune. Segundo o estudo, liderança
enraizada na cultura organizacional é um
dos pontos que diferem as melhores empresas globais das demais.
O
 O estudo Melhores Empresas para Líderes
E
S
onho da casa própria. O Minha Casa, projeto da Seara gerenciado pela
área de Responsabilidade Social Externa da empresa, está a todo o vapor.
Os contratos entre a Caixa Econômica Federal e os 105 funcionários selecionados serão assinados até o início de dezembro e o final da construção de todas
as casas está previsto para dezembro de 2008, em Itapiranga (SC). Em média, serão
construídas oito casas por mês. Os 48 metros quadrados destinados ao projeto já
estão com a infra-estrutura quase finalizada (projeto pluvial e calçamento) e iniciada tubulação para a ETE – Estação
de Tratamento de Esgoto. O Minha
Casa é um projeto de cunho social
que visa ao bem-estar e à qualidade
de vida dos funcionários, promovendo facilidades no financiamento da casa própria, como a ida da
Caixa Econômica Federal à Seara e
a captação de recursos por parte da
empresa para diminuir o custo final
da obra para o funcionário.
Foto: Arquivo Cargill
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D
oação para tribo indígena. Os cerca de 200 índios xavantes de Mato
Grosso do Sul receberam da Cargill, no mês de outubro, 300 quilos
de macarrão. O pedido veio da Fundação Nacional do Índio (Funai)
e, em agradecimento à doação, os índios estiveram na Unidade de Farinhas
da Cargill em Goiânia (GO) para fazer uma apresentação típica de dança. Na
ocasião, alguns funcionários das áreas administrativas e de produção pararam
para assistir à homenagem. O líder da tribo também enviou à Cargill uma carta de agradecimento endereçada à diretoria.
 O Xtend® isomaltulose da Cargill, ado-
P
Santarém
PARÁ
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S
A
poio à cultura. A unidade da
Cargill em Santarém apoiou a
mais antiga manifestação popular da Amazônia, a festa do Sairé, realizada na
Vila Alter-do-Chão, em Santarém (PA), em setembro.
O evento, que reuniu mais de 100 mil pessoas, é marcado
pela união do profano (lenda) e do religioso (crença local)
e ocorre há cerca de 300 anos. O apoio da empresa demonstra seu incentivo às tradições culturais locais.
“A diversidade enriquece, influencia
o desenvolvimento de todos nós e sensibiliza. Eles mostram competência e engajamento”, explica Márcia Baena,
gerente de Planejamento e Desenvolvimento de Recursos
Humanos. O Coral Vozes do Silêncio, formado por dez funcionários com deficiência auditiva, é outra demonstração
de superação e arte. Enquanto toca uma música, eles interpretam com a língua de sinais e com o teatro. As sensações são extravasadas por meio da expressão corporal.
S
Na companhia, trabalho com outros dois irmãos
com deficiência auditiva, José, de 38 anos, e Francisco, de
55. Estou há mais de cinco anos na Seara. Entro de tarde
e fico até de noite. Amo tudo o que faço. Sou casado
há 19 anos e tenho dois filhos, a Beatriz, de 15 anos, e o
Júnior, com 17. Adoro ficar com eles nos fins de semana
e sentar na frente de casa para tomar o tereré (versão

gelada do chimarrão). Agora me sinto completo.
Pedro Nunes de Assis Filho, de 36 anos, processador de alimentos do setor de embalagens da área de
termoprocessados, conta a sua experiência de vida, marcada pela superação.
”
19
O
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A
G
E
N
Encontrei na Seara
um ambiente propício,
com outros deficientes
auditivos, além de pessoas
que entendiam um pouco
de libras. Agora, somos 22 funcionários
surdos que necessitam da língua de sinais e a empresa também oferece curso de libras aos colaboradores,
o que facilitou – e muito – a nossa comunicação. Com
esse emprego, consegui comprar um terreno e agora só
falta construir a minha casa.
S
Tive muita dificuldade em conseguir trabalho nessa área. Nas obras nunca haviam intérpretes. Quando soube da vaga na Seara,
pensei que não poderia entrar porque
era surdo. Mas tive a boa surpresa de
que seria aceito, apesar de minha
deficiência. Fiquei muito
feliz! Afinal, os outros trabalhos da cidade não me interessavam, não queria vender
adesivos na rua.
Para ingressar na carreira, eles passaram
por processo seletivo e foram encaminhados
aos setores que não têm equipamentos
em movimento, como carrinhos, nem
materiais cortantes, para não atrapalhá-los em sua comunicação.
Placas de sinalização seguem as
orientações do Ministério do
Trabalho e avisam que naquele
espaço há trabalhadores com
deficiência. Coletes amarelos
destacam-se em meio ao uniforme branco para avisar sobre
os deficientes auditivos. Gestores e
demais funcionários são treinados na
língua brasileira dos sinais (libras).
R
Nasci em Glória de Dourados, Mato Grosso
do Sul. Quando criança morava com meus pais. Somos
em seis filhos, três ouvem e os outros são surdos. Minha
infância foi muito pobre. Meu pai não tinha emprego
fixo, trabalhava com o que aparecia: guarda, servente,
jardineiro. Com seu falecimento, quando eu tinha 16
anos, passei a trabalhar com os meus irmãos. Aprendi a
ser pedreiro.
E
T
“
rinta e seis deficientes, 27 deles com deficiência auditiva. Esse é o número de funcionários
contratados pela Seara, por meio do Programa Eficiente Novo Irmão, implantado em 2001,
na fábrica em Dourados (MS). O compromisso da Seara com
a inclusão de deficientes vai além, e atualmente existem 224
funcionários com algum tipo de deficiência sensorial, motora
ou mental, distribuídos nas dez fábricas da área de Proteína Animal - Seara, em outros programas.
P
A inclusão é vivida no dia-a-dia com respeito e olhar
agregador. Tudo isso com a ajuda de um programa para
portadores de deficiências
Pedro de Assis Filho
O poder da diversidade
ANÚNCIO

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