ANUGA 2009 na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho
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ANUGA 2009 na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho
ANUGA 2009 Elaborado pela: Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva - [email protected] Apex-Brasil Tel: +55 61 3426.0202 Fax: +55 61 3426.0263 www.apexbrasil.com.br Agosto de 2009 Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. ANUGA 2009 Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Alessandro G. Teixeira PRESIDENTE DA APEX-BRASIL Maurício Borges DIRETOR DE NEGÓCIOS Ricardo Schaefer DIRETOR DEPLANEJAMENTO E GESTÃO Marcos Tadeu Caputi Lélis Coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva (UICC) EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL SEDE Setor Bancário Norte, Quadra 02, lote 11 Edifício Apex-Brasil. CEP 70.040-020 Brasília – DF Tel. 55 (61) 3426.0202 Fax. 55 (61) 3426.0263 E-mail: [email protected] Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 2 © 2009 Apex-Brasil Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. Autores: Camila M. A. Gontijo Emanuel Teixeira Figueira Júnior Apoio: Jean Fernandes Guilherme Lima Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 3 SUMÁRIO 1. Introdução .................................................................................................................................................................................... 4 1.1. Perfil da Feira ........................................................................................................................................................................ 4 1.1.1. Segmentos da Feira .................................................................................................................................................... 5 1.2. Metodologia ........................................................................................................................................................................ 11 2. Grupo de produtos e países ....................................................................................................................................................... 13 2.1. Produto Interno Bruto (PIB) .................................................................................................................................................. 13 2.2. Café, Chá e Mate .................................................................................................................................................................. 15 2.3. Carne Bovina, Suína e de Aves .............................................................................................................................................. 20 2.4. Chocolate, Balas e Confeitos ................................................................................................................................................ 29 2.5. Frutas .................................................................................................................................................................................... 33 2.6. Leite e Laticínios ................................................................................................................................................................... 36 2.7. Massas, Pães e Biscoitos ....................................................................................................................................................... 41 2.8. Sucos ..................................................................................................................................................................................... 46 2.9. Vinhos e Destilados............................................................................................................................................................... 50 3. Considerações Finais .................................................................................................................................................................. 56 4. Anexos......................................................................................................................................................................................... 58 Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 4 1. INTRODUÇÃO O presente estudo pretende identificar potenciais mercados-alvo para as exportações brasileiras nos setores participantes da edição 2009 de ANUGA, importante feira comercial alemã para o complexo de alimentos e bebidas. Para este estudo, foram selecionados dez grupo de produtos, tendo por base a classificação desenvolvida pela Secretaria de Comércio Exterior - SECEX, que refletem a composição do grupo de empresas participantes do evento: Café, Chá e Mate; Carne Bovina; Carne de Aves; Carne Suína; Chocolates, Balas e Confeitos; Massas, Pães e Biscoitos; Leite e Laticínios; Frutas; Sucos; e Vinhos e Destilados. Os produtos selecionados dentro de cada um dos grupos de produtos listados estão apontados no Anexo 1 deste documento, listados pela sua classificação no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), nomenclatura internacional desenvolvida e mantida pela Organização Mundial de Alfândegas - OMA. Os códigos de classificação dos produtos de exportação/importação estão expressos em seis dígitos e serão designados, daqui em diante, pela sigla SH6. Para cada um dos grupos de produtos, foram selecionados até dezesseis países, resultado do cruzamento entre os dados das importações mundiais dos SH6 selecionados e das exportações brasileiras destes grupos de produtos. Uma breve análise qualitativa refletindo o contexto e as principais tendências de cada um dos grupos de produtos e hábitos de consumo nos mercados-alvo escolhidos foi elaborada para auxiliar na elaboração de estratégias de penetração e posicionamento nestes mercados. 1.1. PERFIL DA FEIRA A feira de ANUGA 2009 acontecerá em Colônia, Alemanha, entre os dias 10 e 14 de outubro de 2009. Trata-se de uma das mais importantes feiras comerciais internacionais para o complexo de alimentos e bebidas, antecipando tendências, reunindo produtores e compradores e mobilizando formadores de opinião nos grupo de produtos representados em seus pavilhões. Os gráficos apresentados a seguir contemplam informações referentes à edição de 2007 da feira. Segundo esses dados1, naquele ano, ANUGA contou com a participação de 6.607 empresas expositoras de 95 países. O número de visitantes foi de aproximadamente 163.000, provenientes de 175 países, superando em 3% o número de visitantes de sua edição anterior, em 2005, quando 158.817 pessoas de 156 países estiveram presentes na feira. Além disso, estima-se que 2.400 jornalistas de 62 países cobriram a última edição do evento. Em 2007, assim como nesta edição, ANUGA encontra-se dividida em 10 grupos de produtos, a saber: Fine Food, Drinks, Chilled Food, Meat, Frozen Food, Dairy, Bread & Bakery and Hot Beverages, Organic, CateringTec e RetailTec. Nos gráficos seguintes são apresentados dados quantitativos sobre a origem e ramo de atividade dos visitantes em cada um dos grupo de produtos 2 presentes . O público da feira apresenta uma grande parcela de estrangeiros, o que confere um caráter internacional ao evento, que também conta com expositores de diferentes nacionalidades. 1 2 ANUGA 2007: International Food Industry Very Satisfied with Results. Press release. Disponível em <http:// www.anuga.com>. Acessado em 01 set, 2009. ANUGA: The ten best trade fairs under one roof. Factsheets. Disponível em <http:// www.anuga.com>. Acessado em 01 set, 2009 Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 5 (GRÁFICO 01: Origem de Expositores ANUGA 2007. GRÁFICO 02: Origem de Visitantes ANUGA 2007. 17% Alemanha Alemannha 47% 53% Outros países Outros países 83% Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. 1.1.1. SEGMENTOS DA FEIRA O segmento de Drinks na edição 2007 de ANUGA reuniu 529 expositores nas categorias de bebidas não-alcoólicas e alcoólicas, como as cervejas, vinhos e destilados. As estatísticas apontam que dois terços dos expositores aproveitaram sua presença na feira para lançar novos produtos do segmento. Neste ano, a tendência global por produtos mais saudáveis e que traduzam bem estar deve orientar estes novos lançamentos. GRÁFICO 03 e 04: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Drinks ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) 44.842 Alemanha Austrália Serviços de alimentação/bufê Indústria 5.615 América Vendas 6% 10% 43.773 Ásia África 8% 40% 15% Outros 4.228 Demais serviços 1.360 21% Importadores 477 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. 2 Com 3.605 expositores e 58.000 m de área em sua última edição, o segmento de Fine Food de ANUGA reúne uma ampla variedade dos chamados produtos premium, gourmet e delicatessen e outros alimentos, acompanhando a tendência mundial por produtos de maior conveniência, mais saudáveis e que proporcionem novas experiências culinárias aos consumidores. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 6 GRÁFICO 05 e 06: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Fine Food ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) 39.949 8% Vendas 5% 11% Alemanha 38.997 Ásia 36% 5.002 Serviços de alimentação/bufê Indústria 15% Outros América 3.767 Demais serviços África 1.212 Importadores 25% Austrália 425 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. 2 Em uma área de 6.000 m , o segmento de Chilled Food reuniu 99 expositores na edição 2007 de ANUGA, que apresentaram uma grande variedade de alimentos resfriados, como refeições e saladas prontas, frutas fatiadas, peixes, saladas delicatessen, smoothies de frutas e massas prontas e frescas. GRÁFICO 07 e 08: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Chilled Food ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) 27.899 Vendas 24% Alemanha 27.234 Ásia Serviços de alimentação/bufê Indústria 38% 3.493 16% América Outros 2.630 Demais serviços África Austrália 5% 846 8% 10% Importadores 297 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. 2 Em sua última edição, 762 expositores em uma área de 50.000 m apresentaram seus produtos no segmento Meat. A tendência para os próximos anos é de crescimento para as linhas de carnes frescas e resfriadas e para as linhas de salsichas. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 7 GRÁFICO 09 e 10: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Meat ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) 30.820 Vendas Alemanha 9% 30.085 6% 10% Ásia 3.859 América 40% 13% 2.906 África Outros Demais serviços 935 Austrália 22% 328 0 Serviços de alimentação/bufê Indústria 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 Importadores 30.000 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. O segmento de Frozen Food reuniu 471 expositores na edição passada de ANUGA. As vendas de carnes e outros alimentos orgânicos congelados estão crescendo em todo o mundo embora as pizzas e os salgadinhos ainda sejam os alimentos mais consumidos neste segmento. Os alimentos mais práticos e em embalagens menores bem como as refeições para microondas devem conduzir as vendas nos próximos anos GRÁFICO 11 e 12: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Frozen Food ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) 29.067 Alemanha 28.374 8% 9% Ásia Vendas 6% Serviços de alimentação/bufê Indústria 41% 3.640 17% América África Outros 2.741 Demais serviços 20% 882 Importadores Austrália 309 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. 2 O segmento Dairy na edição 2007 de ANUGA reuniu 372 expositores em aproximadamente 23.000 m de área. A tendência por produtos mais saudáveis e funcionais deve orientar o crescimento das vendas do segmento nos próximos anos bem como o aumento da demanda por leite e laticínios nos mercados emergentes. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 8 GRÁFICO 13 e 14: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Dairy ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) Vendas 29.067 8% Alemanha 5% 11% 28.374 37% Ásia Indústria 3.640 19% América Serviços de alimentação/bufê Outros 2.741 Demais serviços África 21% 882 Importadores Austrália 309 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. 2 Com 18.300 m de área em sua última edição, o segmento Bread & Bakery and Hot Beverages contou com a participação de 404 expositores. A tendência por produtos de baixa caloria, com menor teor de sal e funcionais deve guiar os novos lançamentos do segmento. A demanda por produtos de panificação premium cresce em todo o mundo e a procura por produtos de maior conveniência, em embalagens menores e mais práticas, aumenta com as mudanças no ritmo de vida dos habitantes dos novos grandes centros urbanos dos mercados emergentes. As variedades de cafés especiais impulsionam as vendas da bebida enquanto a orientação por saúde mantém o chá como a segunda bebida quente mais consumida no mundo. Misturas e sabores exóticos e ervas aromáticas estimulam as vendas e prometem manter o volume de negócios. GRÁFICO 15 e 16: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Bread & Bakery and Hot Beverages ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) Vendas 26.584 8% Alemanha 25.950 Ásia 5% Indústria 3.329 34% 16% América África Serviços de alimentação/bufê 12% Outros 2.507 Demais serviços 806 24% Importadores Austrália 283 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. 2 Em 2007, 317 expositores em 6.000 m de área apresentaram seus produtos no segmento Organics de ANUGA. A demanda por este tipo de produtos cresce significativamente e a previsão para os próximos anos é extremamente positiva. A oferta vem se tornando muito diversa bem como a variedade de canais de distribuição. Por outro lado, esta excelente perspectiva para o segmento aliada a uma maior oferta torna a competição muito acirrada. Esta será a segunda edição da feira com um espaço exclusivo para a exposição de alimentos orgânicos. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 9 GRÁFICO 17 e 18: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Organic ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) 30.747 8% Alemanha Vendas 7% 30.014 11% 37% Ásia 3.850 América África Indústria 2.899 Outros 19% Demais serviços 933 18% Austrália Serviços de alimentação/bufê Importadores 327 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Na edição passada de ANUGA, 171 expositores apresentaram produtos voltados para a equipagem de cozinhas industriais, bufês e outros tipos de serviços alimentícios (CateringTec). GRÁFICO 19 e 20: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento CateringTec ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) Vendas 18.769 Alemanha 7% 18.322 6% 31% 7% Ásia 2.350 Serviços de alimentação/bufê Indústria 11% Outros América 1.770 Demais serviços África 569 37% Importadores Austrália 200 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. A edição 2007 de ANUGA reuniu 65 expositores no segmento RetailTec que apresentaram produtos para as vendas de varejo como armários, prateleiras e mostruários, equipamentos de refrigeração e iluminação, produtos para arrumação e limpeza bem como soluções em comunicação, tecnologia da informação e promoção de vendas. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 10 GRÁFICO 21 e 22: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento RetailTec ANUGA 2007. União Européia (exceto Alemanha) 17.236 9% Alemanha 16.825 Ásia 2.158 América Vendas 4% 11% 36% 13% Serviços de alimentação/bufê Indústria Outros 1.625 Demais serviços África 523 27% Importadores Austrália 183 Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Em relação à participação das empresas em ANUGA, o segmento da feira com maior número de exibidores em sua última edição foi o de Fine Food, representando pouco mais de 53% da feira. Em seguida temos os segmentos de Carnes correspondendo a 11,21% dos exibidores, Bebidas 7,79%, Congelados 6,93%, Produtos de Panificação e Bebidas Quentes 5,95%, Laticínios 5,47%, Orgânicos 4,47%, CateringTec 2,52%, Chilled Food (resfriados) 1,46% e RetailTec 0,96%. GRÁFICO 23: Número de expositores por segmento ANUGA 2007. Fine Food 317 171 99 404 Carnes 65 372 Bebidas Congelados 471 3605 529 Produtos de Panificação e Bebidas Quentes Laticínios 762 Produtos Orgânicos CateringTec Chilled Food Número de empresas em 2007: 6795 RetailTec Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 11 1.2. METODOLOGIA Os dados de importação e exportação utilizados na seleção dos mercados-alvo presentes neste estudo foram obtidos no United Nations Commodity Trade Statistics Database (UN Comtrade) abrangendo um período de seis anos, entre 2003 e 2008. Esta fonte disponibiliza indicadores de comércio reportados por aproximadamente 180 nações. Para muitos destes países, as informações relativas ao ano de 2008 ainda não foram reportadas, utilizando assim dados até 2007. Optamos por não acrescentar as informações reportadas por outras fontes concernentes à corrente comercial em 2008 dos países para os quais não existem dados disponíveis no UN Comtrade, de maneira a evitar divergências entre as bases de dados. Portanto, a ausência desses dados pode resultar em ligeiras diferenças quando da seleção dos países indicados no presente estudo. Para os dez grupos de produtos nos quais dividimos este estudo, a média de países que serviram como base para a seleção dos mercados-alvo foi de 177 para cada grupo de produtos. A seguir, procedeu-se aos seguintes passos: 1. 2. Para cada um destes países, foram obtidos os dados das importações, provenientes de todo o mundo, dos SH6 inclusos em cada um dos respectivos grupos de produtos; O mesmo fez-se para os dados das exportações brasileiras destes produtos para cada um daqueles países. Como mencionado anteriormente, os SH6 concernentes a cada um destes grupos de produtos estão indicados no Anexo 1 deste documento. A partir destes dados, calculamos seis indicadores que nos possibilitaram ranquear os países: a) b) c) d) e) f) Crescimento médio das importações do país para o grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008; Variação em moeda (US$) das importações do país para o grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008; Valor médio (US$) das importações do país para o grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008; Crescimento médio das exportações brasileiras para o país do grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008; Variação em moeda (US$) das exportações brasileiras para o país do grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008; e Valor médio (US$) das exportações brasileiras para o país do grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008. Por se tratar de indicadores com medidas distintas (percentual de crescimento e valor monetário, por exemplo), para harmonizá-los, fizemos quatro cortes de acordo com a distribuição dos valores como exemplificado no gráfico 23, os quais receberam os valores 1, 2, 3 e 4. A partir daí foram feitos os cortes para a escolha dos países a serem analisados neste estudo. GRÁFICO 24: Exemplo cortes realizados para seleção de mercados-alvo. Fonte: PASW Statistics 17. Metodologia para classificação: Os grupos com exportações expressivas são classificados em três diferentes categorias: (A) consolidados; (B) em risco; (C) a consolidar. Para isso, avalia-se o posicionamento do Brasil em relação a seus concorrentes em cada grupo de produtos, tomando-se em consideração a participação brasileira e do principal concorrente nas importações do mercado no último ano do período de análise e o crescimento médio das exportações brasileiras contra o crescimento médio das exportações dos concorrentes. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 12 Estabeleceu-se como um grupo de produtos consolidado aquele em que o Brasil já atingiu uma participação de mercado de no mínimo 30% e em que o crescimento médio das exportações brasileiras acompanhe ou supere o crescimento médio das exportações dos concorrentes nos anos considerados. Por outro lado, grupos de produtos em risco são os casos em que o crescimento médio das exportações dos concorrentes supera o crescimento médio das exportações brasileiras, o que significa que a posição brasileira encontra-se ameaçada. Os demais grupos de produtos serão classificados como a consolidar. Mais especificamente, esses grupos são aqueles que ainda têm um grande espaço de mercado a explorar (a participação brasileira é inferior a 30%), e as exportações brasileiras evoluem acompanhando o ritmo dos concorrentes ou de modo mais acelerado. Cabe esclarecer que as colunas denominadas “Crescimento das Importações dos Concorrentes” nas tabelas presentes em cada um dos grupos de produtos elencados no presente estudo indicam o crescimento das importações dos mercados-alvos selecionados do conjunto de todos os concorrentes que exportaram para aquele determinado país entre os anos de 2003-08. Por fim, salientamos que para grande parte da análise qualitativa sobre a qual se fundamentam os prospectos e as tendências dos mercados-alvos definidos neste estudo utilizamos a base de dados Euromonitor International. Outras bases e estudos mercadológicos e setoriais também foram utilizados e estão mencionadas nas notas de rodapé ao longo do texto. Para alguns países, contudo, não foi possível localizar fontes de dados confiáveis ou específicas para os grupos de produtos apresentados. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 13 2. GRUPOS DE PRODUTOS E PAÍSES O presente estudo pretende identificar potenciais mercados-alvo para as exportações brasileiras nos setores participantes da feira de ANUGA. A partir da seleção dos mercados mais dinâmicos, foi realizado todo o levantamento de dados de comércio exterior, concorrência, assim como dados específicos do setor interno, como consumo em valor ou em unidades total e per capita. Os grupos de produtos correspondentes às empresas participantes do espaço conjunto organizado pela Apex-Brasil foram 3 formados seguindo a nomenclatura utilizada pela SECEX . Os produtos correspondentes a cada grupo de produtos encontramse no Anexo 01. Após a definição dos grupos de produtos, e mercados selecionados, foi feito um levantamento de informações qualitativas, com destaque para tendências de mercado, e informações sobre hábitos de consumo em vários dos países escolhidos. 2.1. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB Nos gráficos a seguir são apresentados os crescimentos médios do Produto Interno Bruto (PIB) para todos os países abordados neste estudo no período de 2003 a 2008, tendo em vista as variações demonstradas em moeda local. Demonstra-se, ainda, a previsão de crescimento deste indicador para o período de 2009 a 2010. Para facilitar a visualização em comparação, os países foram divididos e agrupados por regiões: América do Norte, Central e do Sul e África; Ásia, Oriente Médio e Oceania; e Europa. Gráfico 25: Produto Interno Bruto (PIB) - Américas e África Sudão Panamá Mauritânia Egito Senegal Argélia Uruguai Paraguai África do Sul Colômbia Argentina Equador Canadá Venezuela México Estados Unidos Os países africanos passaram por um -2,00% 0,00% 2,00% 4,00% 6,00% 8,00% 10,00% período de grande crescimento entre Crescimento do PIB 2003/2008 Projeção do PIB 2009/2010 2003-2008 e suas economias devem ainda mostrar vigor no biênio 2009-10, Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC com especial destaque para o Sudão, com previsão de crescimento positivo Entre os países americanos, por outro lado, verifica-se contração para todos os países da América do Norte, com os Estados Unidos liderando a previsão de queda no PIB para o biênio 2009-10, com -1,41%. O único país da América Central presente neste estudo, o Panamá, deve ter crescimento médio de 3,5% nos próximos dois anos. Os países da América do Sul apresentarão situações diversas, com Argentina, Equador e Venezuela com possível retração do PIB e Uruguai, Paraguai e Colômbia com crescimento deste. Entre os países da Ásia, Oriente Médio e Oceania destaca-se a previsão de crescimento do PIB para o biênio 2009-10 para Omã, Jordânia, Índia, China e Catar. Este último com previsão de 17,20% de crescimento. Para os demais países prevê-se retração do PIB, com as economias japonesa e de Cingapura contraindo-se -2,91% e -5,18%, respectivamente. 3 SECEX - Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 14 Gráfico 26: Produto Interno Bruto (PIB)- Ásia, Oriente Médio e Oceania Após um período de crescimento do PIB de 2003 a 2008 entre os países europeus, a Albânia é o único para o qual a projeção de crescimento no biênio 2009-10 é positiva, 1,20%. De acordo com a previsão, os demais países apresentarão retração em sua economia, com destaque negativo para a Alemanha, Ucrânia e Irlanda, com decréscimos de -3,32%, -3,60% e 5,53%, respectivamente. Catar China Índia Jordânia Omã Irã Paquistão Arábia Saudita Filipinas Emirados Árabes Unidos Cazaquistão Austrália Israel Tailândia Hong Kong Japão Cingapura -10,00% -5,00% 0,00% 5,00% Crescimento do PIB 2003/2008 10,00% 15,00% 20,00% Projeção do PIB 2009/2010 Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC Gráfico 27: Produto Interno Bruto (PIB)- Europa Albânia Grécia Eslovênia Noruega Bósnia-Herzegóvina França Suíça Moldova Bélgica Dinamarca Turquia Espanha Suécia Reino Unido Portugal Itália Armênia Países Baixos Rússia Finlândia Alemanha Ucrânia Irlanda -6,00% -4,00% -2,00% 0,00% 2,00% Crescimento do PIB 2003/2008 4,00% 6,00% 8,00% 10,00% 12,00% Projeção do PIB 2009/2010 Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 15 2.2. CAFÉ, CHÁ E MATE Para o grupo de produtos de Café, chá e mate, foram identificados quinze mercados para os quais, além de informações econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Alemanha, Austrália, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Itália, Japão, Países Baixos, Reino Unido, Rússia, Turquia e Ucrânia. Destacamos que a maior participação nas exportações brasileiras neste grupo de produtos corresponde aos cafés. Os maiores exportadores de cafés em 2008 foram Alemanha, Itália, Suíça, Estados Unidos, e Brasil que exportou US$631,4 milhões nesse ano. O Brasil foi o maior produtor de cafés em 2007 segundo dados da FAO, seguido por Vietnã e Colômbia. Segundo a Abic – Associação Brasileira da Indústria de Café, a produção de café beneficiado no país em 2008 foi de 46.000 4 sacas , produzidos numa área de cerca de 2,2 milhões de hectares. TABELA 01: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Café, chá e mate. Importações do Crescimento Participação Crescimento das Importações do Crescimento das Participação mercado-alvo Principal Principal do Principal Exportações País mercado-alvo Importações dos Brasileira Classificação (crescimento Concorrente Concorrente Concorrente Brasileiras (2003em 2008 (US$) Concorrentes 2008 2003-08) (2003-2008) (2008) 2008) Alemanha 22,65% 3.924.714.640 21,73% Vietnã 31,57% 9,60% 26,33% 21,82% A consolidar Austrália 16,02% 416.782.853 15,33% Indonésia 30,64% 10,42% 27,44% 7,49% A consolidar Eslovênia 21,54% 55.368.988 34,55% Itália 29,17% 21,85% 28,23% 21,71%* Consolidado Espanha 24,45% 946.021.721 23,77% Vietnã 35,41% 21,83% 28,21% 16,74% A consolidar Estados Unidos 17,31% 4.734.347.203 16,43% Colômbia 17,76% 17,90% 22,19% 17,22% A consolidar Finlândia 20,55% 278.829.039 18,28% Colômbia 22,78% 16,25% 26,44% 32,00% Consolidado França 17,38% 1.771.255.456 17,58% Alemanha 21,92% 19,75% 14,54% 5,94% Em risco Grécia 16,89% 256.508.716 16,39% Itália 23,72% 21,29% 18,44% 25,64% A consolidar Itália 22,65% 1.508.805.312 21,52% Vietnã 35,18% 11,74% 25,29% 31,96% A consolidar Japão 13,36% 1.526.585.009 11,76% Colômbia 17,83% 19,85% 19,60% 23,77% A consolidar Países Baixos 8,73% 657.151.276 8,06% Alemanha 9,28% 25,58% 15,83% 10,37% A consolidar Reino Unido 15,12% 1.273.915.550 14,56% Quênia 9,04% 14,76% 24,69% 6,99% A consolidar Rússia 18,33% 1.197.454.942 17,76% Sri Lanka 16,82% 20,97% 25,44% 8,79% A consolidar Turquia 24,41% 143.285.538 23,65% Espanha 14,27% 10,56% 26,95% 24,31% A consolidar Ucrânia 33,28% 408.705.910 38,18% Alemanha 50,28% 25,09% 11,91% 10,58% Em risco Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. *participação brasileira calculada sobre o valor total de importações reportadas pela Eslovênia. Este dado diverge do valor informado como exportado pelo Brasil, onde suas exportações corresponderam a US$ 134,9 milhões para esse mercado em 2008. Dentre os países selecionados, a Alemanha é o principal destino das exportações brasileiras para o grupo de produtos café, chá e mate, tendo exportado, em 2008, US$ 856 milhões, seguida por Estados Unidos, com US$ 815 milhões e Itália, com US$ 482 milhões. Esses países são, coincidentemente, os três principais destinos das exportações brasileiras para o grupo de produtos quando analisados o conjunto total de países para os quais houve exportações naquele ano. O crescimento das exportações brasileiras no período analisado é superior ao do conjunto de seus concorrentes em todos os mercados-alvo, com exceção apenas dos mercados francês e ucraniano. TABELA 02: Indicadores de consumo para os mercados-alvo selecionados. País Alemanha Austrália Eslovênia Espanha Estados Unidos Finlândia França Grécia Itália Japão Países Baixos Reino Unido Rússia Turquia Ucrânia Vendas Vendas Consumo de Varejo Varejo Café, Chá, Mate Café 2008 Chá 2008 e Cacau 2008 (US$ mn) (US$ mn) (US$ Per Capita) 4589.9 728.4 80.6 744.2 7599.9 389.2 2592.8 454.9 1809.8 3991,00 941.1 1644.7 3201.7 274,00 937.7 1024.6 304.5 22.6 179.7 1702.4 45.2 594.8 16.1 362.5 4470.5 236.4 1427,00 4454,00 839.3 416.9 45,1 47,9 56,9 35,3 60,9 66,2 72,9 68,9 43,8 83,4 34,6 80,1 36,2 45,3 36,9 Tarifas Brasil Tarifa Principal Concorrente 1,77% 0,00% 1,77% 1,77% 0,21% 1,77% 1,77% 1,77% 1,77% 4,75% 1,77% 1,77% 9,40% 26,00% 5,31% 1,05% 0,00% 0,00% 1,05% 0,20% 0,00% 0,00% 0,00% 1,05% 4,75% 0,00% 0,00% 9,40% 24,06% 5,31% As vendas de café são, em valor, maiores nos Estados Unidos, Alemanha e Japão, enquanto os maiores mercados para chá Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. estão no Japão, Rússia e Estados Unidos. 4 Saca – medida de 60kg de produto. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 16 O maior consumo por pessoa, desse grupo de produtos está no Japão, seguido de Reino Unido e França. As tarifas para os produtos brasileiros são superiores às dos principais concorrentes em todos os mercados europeus, a exceção de Rússia e Ucrânia. 2.2.1. ALEMANHA O consumo de café na Alemanha em 2008 foi superior ao de outras bebidas, como a cerveja. Ainda assim, o consumo per capita da bebida vem decaindo, de 7,4kg em 1991 para 6,1kg em 2005. As vendas de café em pó, café em grão não-torrado e em sachês no país vêm sendo impulsionadas pelas vendas realizadas em estabelecimentos especializados. Em 2007, haviam 1.117 lojas especializadas em café e produtos de café na Alemanha. Em geral, as vendas de outras bebidas quentes vêm sendo prejudicadas pelo aumento da demanda por cafés especiais. Houve, em 2008, forte crescimento das vendas de grãos torrados e grãos para café expresso em virtude do aumento do número de máquinas automáticas individuais. O cappuccino é o tipo de café solúvel especial mais vendido no país, tendo respondido por cerca de 55% do volume de vendas do varejo em 2008. Outras variedades tiveram grande crescimento de participação, como o Tradicional (28%), Wiener Melange (7%) e latté 5 macchiato (6%). Os cafés orgânicos e os fairtrade devem ter crescimento de participação nos próximos anos, haja vista uma maior preocupação com a origem do produto e seus riscos para a saúde. No grupo de produtos de chás, a única variedade a registrar crescimento no valor de vendas em 2008 foram os chás verdes. Esta variedade está se tornando mais popular devido a seus supostos benefícios à saúde e sua ampla gama de sabores. O sabor do momento é o Chai, infusão que contêm especiarias orientais como canela, cravo, cardamono e mel. Contudo, os chás com um único sabor vêm tonando-se muito populares. É o caso do hortelã entre os consumidores adultos e da erva-doce entre as crianças. Cabe ressaltar que o consumo de chá no norte do país é onze vezes maior do que o consumo do sul. 2.2.2. AUSTRÁLIA Um maior consumo de café nas residências dos australianos e a ampliação do número de máquinas domésticas de café expresso tem resultado no aumento da demanda por grãos frescos. O mesmo movimento resultou numa maior demanda por cafés considerados premium. Esta tendência deve continuar nos próximos anos, com os consumidores demonstrando interesse em novos sabores e misturas. Importante ressaltar que o número de lojas especializadas em café vem aumentando na Austrália. O grupo de produtos de chá, por sua vez, tem se beneficiado de uma maior preocupação com a saúde entre os consumidores australianos. Esta preocupação tem aumentado a demanda por chás premium, como os orgânicos. Os chás de camomila, hortelã e limão são os sabores preferidos dos australianos e líderes de venda no mercado. 2.2.3. ESLOVÊNIA Os hábitos de consumo dos eslovenos vêm mudando nos últimos anos. Devido à aceleração no ritmo de vida da população, há uma demanda crescente por produtos de maior conveniência e praticidade. No grupo de produtos de café, esta tendência resultou na introdução do café instantâneo no mercado em 2006. O cappuccino comercializado em diferentes sabores é a variedade mais popular nesta linha. No entanto, o café é ainda bebido regularmente no café da manhã e no trabalho, bem como em cafés e outros bares. O hábito de tomar chá também passou por mudanças significativas. Antes uma bebida consumida principalmente no inverno, passou a ser servido em lojas especializadas e selecionadas pelos clientes de acordo com sua origem, marca e a maneira como é preparado. Várias marcas são importadas e bebidas em ocasiões especiais. A bebida vem substituindo, inclusive, o café, tido como menos saudável. Esta tendência por saúde vem impulsionando as vendas de chá verde e das variedades menos fortes do chá vermelho, bem como o aumento do consumo de chá branco. 5 Segundo Newman (2002): “Comércio Justo é uma parceria comercial baseada no diálogo, transparência e respeito, que busca maior eqüidade no comércio internacional, contribuindo para desenvolvimento sustentável, oferecendo melhores condições de comércio e garantindo os direitos dos trabalhadores e dos produtores.” The Fair Trade Story. Oikos Sustainability Case Colletion. Disponível em <http:// www.oikos-foundation.unisg.ch>. Acessado em 21 set, 2009. (com adaptações) Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 17 2.2.4. ESPANHA Os consumidores espanhóis têm se preocupado muito com questões de saúde ao longo dos últimos anos. Este é um dos principais motivos para o declínio de vendas experimentado por alguns tipos de café, como os grãos torrados com açúcar e o café em grãos moídos, e para o crescimento de outras, como o café descafeinado. Outrossim, a Espanha ainda é um país tradicional para o café, que representa 64% do volume de vendas de bebidas quentes. Contudo, como a população espanhola está envelhecendo é provável que o consumo de café diminua entre os espanhóis, uma vez que este tipo de café tende a ser considerado pouco saudável. O conceito de produção sustentável de café nos países pobres também será uma tendência para os próximos anos haja vista os consumidores esperarem que as empresas demonstrem suas responsabilidades éticas. O grupo de produtos de chás, por outro lado, representa o menor valor em vendas do setor de bebidas quentes embora seja o setor que mais cresceu em termos de valor e volume em 2008. Os chás de frutas e de ervas responderam pela maioria das vendas em 2008. O chá verde continuou a ter uma posição preferencial na decisão de compra dos consumidores espanhóis em 2008 uma vez que é percebido como uma opção mais saudável do que o café e o chá preto. 2.2.5. ESTADOS UNIDOS O aumento da demanda por cafés premium, fair trade e cafés especiais impulsionou o crescimento no valor de vendas em 2008. Os grãos frescos tiveram ótimo desempenho em 2008, registrando aumento no valor de vendas de 9%. Os fabricantes têm lançado marcas mais caras de café numa tentativa de diferenciar-se dos concorrentes. Questões como desenvolvimento sustentável, preços justos para os agricultores e trabalho infantil são cada vez mais importantes e muitos consumidores estão 6 dispostos a pagar preços mais elevados para cafés certificados . Por outro lado, a demanda por café orgânico também tem aumentado embora este produto responda por uma parcela pequena das vendas totais de café. O café fresco é o líder de vendas do grupo de produtos, respondendo por cerca de 89% do varejo em 2008. Na linha de cafés instantâneos, os cafés instantâneos tradicionais são os mais vendidos, embora as vendas de sabores especiais como cappuccino, mocha e baunilha tenham crescido em 2008. No grupo de produtos de chás, um fluxo constante de novos lançamentos de chá verde, branco e vermelho tem chamado mais atenção para as propriedades benéficas do chá e ajudado a aumentar a demanda pelo produto. Muitos consumidores estadunidenses não gostam de chá de sabor amargo e preferem sabores mais suaves de ervas ou misturas com sabores de frutas. Os chás de hibisco e camomila foram os sabores de ervas mais comuns em 2008. Novos lançamentos do biênio de 20067 2008 tiveram chás misturados com frutas energéticas ricas em antioxidante, como o açaí, a romã e o mirtilo . Há forte tendência de crescimento para outros tipos de chá, como os brancos e os vermelhos à base de rooibos enquanto os chás verdes e os de frutas e ervas devem apresentar retração nas vendas. 2.2.6. FINLÂNDIA As vendas de café tiveram ligeira queda em 2008, resultado principalmente da maturidade e do aumento considerável dos preços dos produtos. Os grãos frescos tiveram o maior crescimento no volume de vendas em 2008, impulsionada pela demanda por produtos de maior qualidade e mais saudáveis. Os cafés instantâneos também apresentaram crescimento de vendas em função da tendência por produtos de maior conveniência. Há perspectiva de crescimento para produtos fair trade. No grupo de produtos de chás, a tendência por produtos mais saudáveis, premium e exóticos impulsionou a demanda por chás verdes, de frutas, de ervas, rooibos, chás brancos, oolong e gunpowder (tipo de chá verde). 2.2.7. FRANÇA Uma maior preocupação com questões ambientais e sociais tem levado os consumidores franceses a demonstrar maior interesse por produtos do chamado fair trade. Os cafés frescos moídos apresentaram o maior crescimento no valor de vendas em 2008, com especial destaque para os cafés da variedade arábica. Os fabricantes têm lançado vários tipos de café de sabores diversos, de diferentes níveis de cafeína e com supostos benefícios para a saúde. Contudo, o café vem sofrendo concorrência 6 7 Rainforest Alliance and fair-trade certified coffees. Blueberry. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 18 de outras bebidas quentes e nota-se uma diminuição do consumo per capita uma vez que os consumidores franceses, especialmente os mais jovens, tendem a consumir menos café do que antes. As vendas de chá, por sua vez, têm se beneficiado da tendência geral em direção a produtos mais saudáveis. O chá verde e suacaracterística antioxidante beneficiou-se desta demanda. Houve, ainda, crescente interesse por chá branco e aumento da demanda por rooibos (rooibos teas), principalmente porque esta variedade de chá não contém cafeína. A França não possui plantações de chá e o consumo da bebida não é tão tradicional. 2.2.8. GRÉCIA O aumento acentuado nas vendas de café expresso, em pó, e granulado com sabores está mudando rapidamente a dinâmica do mercado de café na Grécia. A tendência mostra uma clara preferência por cafés especiais e cafés provenientes de regiões específicas, bem conhecidas por sua produção de café. O aumento do consumo de café expresso está ligado a uma maior demanda por variedades premium. O maior crescimento no grupo de produtos em 2008 foi observado para o café fresco moído - de 8% em volume e 16% em valor. Tradicionalmente, os consumidores gregos preferem o café grego tradicional no inverno e o frappé instantâneo ou filtrado no verão. Em se tratando de chá, a Grécia tem apresenta níveis baixos de consumo per capita da bebida. Contudo, um maior interesse por produtos mais saudáveis e que traduzam bem estar tem tido impacto positivo nas vendas do produto. As vendas de chá verde têm conduzido o crescimento do grupo de produtos. Os chás de frutas e de ervas, entretanto, representam o maior volume de vendas, dada a alta popularidade do chamado chás da montanha, tido como uma bebida de inverno nas zonas rurais, e ao fato do chá de camomila e de menta serem considerados remédios tradicionais para o tratamento de desconfortos digestivos. 2.2.9. ITÁLIA Os grãos de café arábica apresentaram o maior crescimento em valor de vendas em 2008, impulsionado principalmente pelo interesse dos consumidores em cafés de alta qualidade. Graças à crescente utilização de máquinas de café expresso, um número maior de italianos está fazendo café em casa, a partir de grãos frescos moídos. Contudo, o consumo médio de café entre os italianos vem diminuindo em função de um menor consumo da bebida entre os mais jovens. Isso pode mudar com a introdução de novos produtos e a abertura de novas cadeias especializadas em café. O consumo de chá, por outro lado, não é tradicional entre os italianos. Neste grupo de produtos, a demanda por produtos de sabores mais exóticos vem crescendo em detrimento do consumo de chás pretos. Há também crescente interesse por chá verde e outras infusões de ervas, considerados mais saudáveis que outras bebidas quentes. O chá de camomila é o tipo mais consumido. Entretanto, outros sabores têm se destacado no grupo de produtos, como o de pêssego, frutas vermelhas, groselha, laranja com canela, baunilha com framboesa, ginseng com baunilha e morango com manga, principalmente entre os consumidores mais jovens. 2.2.10. JAPÃO Em 2008 havia cerca de 4.430 lojas especializadas de café no Japão, o que demonstra a grande maturidade do mercado. A tendência para os próximos anos é que o crescimento do grupo de produtos seja impulsionado pelo cassette coffee e cafés em sachês. No entanto, enquanto o cassette coffee ganha popularidade entre os consumidores de renda média, os em sachês tem mais aceitação entre os apreciadores de café dispostos a investir em máquinas domésticas automáticas de café, capazes de fazer expressos e cappuccinos em casa. O desempenho de vendas dos cafés especiais instantâneos também deve crescer devido ao interesse por sabores novos. Mesmo que o consumidor japonês continue comprando café instantâneo, muitos têm optado pelas variantes consideradas premium. As vendas de chás, por outro lado, devem se beneficiar da percepção negativa que tem o café. Os consumidores mais jovens têm migrado para esta bebida, vista como mais saudável. A categoria de chá mais vendida no país é daqueles feitos de frutas ou ervas. O chá especial preto deve conduzir o crescimento do setor nos próximos anos. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 19 2.2.11. PAÍSES BAIXOS O grupo de produtos de produtos premium se expande à medida que a qualidade se torna um atributo importante para os consumidores holandeses. Há um maior interesse por misturas de alta qualidade, cafés de origem, e grãos Grand Cru. Os cafés em sachê vêm tornando-se um formato muito popular na Holanda. O café fresco deve continuar sendo a variedade de café mais vendido no país enquanto os cafés instantâneos devem apresentar declínio de vendas nos próximos anos. A demanda por produtos de maior qualidade deverá afetar, também, o grupo de produtos de chás. Ervas exóticas e especiarias são a base dos novos lançamentos, como o chá turco com maçã e especiarias ou o chá verveine francês. 2.2.12. REINO UNIDO O desenvolvimento do hábito de consumo de café na Grã-Bretanha café tem sido um fenômeno incrivelmente rápido. As vendas de cafés instantâneos detêm a maior parte da participação no mercado local, com 80% do valor de vendas do grupo de produtos. O cappuccino é o tipo de café instantâneo mais popular depois do "padrão". No entanto, no longo prazo, espera-se que produtos premium tenham maior peso no desenvolvimento do grupo de produtos uma vez que crescem as expectativas dos consumidores sobre o produto. Por esta razão, espera-se que o valor de vendas do café fresco deva crescer 17% em 2009. O grupo de produtos de chás, por outro lado, vem se beneficiando da tendência por saúde entre os consumidores ingleses. Cerca de 87% do chá vendido no país é chá preto, embora outros tipos de chá, como os rooibos ou vermelhos venham conquistando popularidade. O chá é um grupo de produtos que potencialmente pode se beneficiar de uma piora no cenário econômico. Primeiramente porque é uma alternativa mais barata que outras bebidas não alcoólicas, como o café. Por outro lado, se os consumidores estão saindo menos, o fato do chá poder ser feito em casa pode incrementar as vendas do produto. 2.2.13. RÚSSIA A tendência mais forte no grupo de produtos de café na Rússia é o crescente desenvolvimento da linha de cafés especiais. Comumente chamado de gourmet ou premium, o café especial é feito a partir de grãos selecionados oriundos de regiões de clima ideal para a produção de café. As vendas de café fresco cresceram consideravelmente em 2008 em função de uma maior preocupação entre os consumidores russos por produtos mais saudáveis. Na linha de instantâneos, o café tradicional foi o mais popular em 2008, correspondendo a 69% do volume de vendas do varejo. O café 3-em-1, o cappuccino, o café expresso e o latté são os demais sabores mais populares com respectivamente 24%, 3%, 3% e 1% do volume de vendas do varejo. O grupo de produtos de chás, por sua vez, é muito maduro na Rússia e o crescimento do setor é, em geral, muito lento. As vendas de chás de frutas/ervas apresentaram o maior aumento no volume de vendas em 2008: 8%. No médio prazo, esta linha deve conduzir o crescimento deste grupo de produtos no país. Chá preto e com especialidades em sachês são a categoria que deve apresentar o crescimento mais rápido nos próximos anos em termos de volume e valor de vendas. O uso de embalagens individuais de chá deve crescer haja vista um maior interesse por produtos de conveniência. 2.2.14. TURQUIA A rápida urbanização e aumento do nível de renda dos consumidores contribuíram para estimular o crescimento do mercado de café na Turquia em 2008. Além disso, o rápido crescimento populacional também tem ajudado a alimentar as vendas, especialmente de café solúvel. O cappuccino foi o tipo de café especial mais consumido em 2008. Em se tratando de chás, apesar da maturidade do grupo de produtos, seu crescimento em 2008 foi estimulado pelos novos sabores lançados (misturas de diferentes ervas e frutas, por exemplo). Os chás de frutas/ervas foram a linha com melhor desempenho durante 2008. Existem atualmente mais de 20 tipos de frutas e chá de ervas disponíveis. O chá ihlamur é o mais popular, feito de folhas de tília e considerado capaz de combater a tosse e o resfriado. O chá preto é tradicionalmente muito popular na Turquia e é a bebida nacional do país. Outras variedades de chá, como o chá verde, são consumidos principalmente por mulheres haja vista os supostos benefícios a saúde e beleza de tais produtos. 2.2.15. UCRÂNIA Não houve aumento significativo na demanda de café em 2008, com o consumo mantendo-se estável em cerca de 34.000 toneladas. O café solúvel dominou vendas do grupo de produtos em 2008, respondendo por cerca de 70% do volume total Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 20 consumido. No entanto, a demanda por café fresco cresce, com participação de 6% nas vendas totais. O consumo de café fresco é maior em Kiev e nas regiões ocidentais do país, enquanto o café instantâneo lidera as vendas na parte oriental. O grupo de produtos de chás, por outro lado, registrou considerável crescimento nos últimos anos, aumentando 24% seu valor de vendas em 2008, principalmente devido à maior demanda por produtos premium, como por exemplo os chás em pacote. Os chás de frutas e ervas são muito populares entre os consumidores que buscam produtos mais saudáveis. Os chás de menta, melissa, roseship, tília, equinácea e camomila são muito consumidos no país. O fato do chá verde ser considerado como emagrecedor tem aumentado sua demanda entre os consumidores mais jovens, especialmente entre as mulheres. A introdução de chás exóticos (rooibus, oolong e mate, por exemplo) e variedades de chá regionais (chás de ervas locais com frutas secas e frutas silvestres devem impulsionar as vendas nos próximos anos. No entanto, a principal tendência do grupo de produtos será o aumento da qualidade das marcas disponíveis em resposta à crescente demanda por produtos mais sofisticados e da concorrência crescente de outras categorias de bebidas. 2.3. CARNES BOVINA, SUÍNA E DE AVES No grupo de produtos de Carne bovina, foram identificados quinze mercados para os quais, além de informações econômicas, apresentaremos uma análise qualitativa: Alemanha, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Hong Kong, Irã, Israel, Itália, Países Baixos, Paquistão, Reino Unido, Rússia, Ucrânia e Venezuela. TABELA 03: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Carne Bovina. Importações Crescimento Crescimento Importações Crescimento Participação das das Participação do mercadodo mercadoPrincipal Principal do Principal Importações Exportações Brasileira Classificação País alvo alvo em 2008 Concorrente Concorrente Concorrente dos Brasileiras 2008 (crescimento (US$) (2003-2008) (2008) 2003-08) Concorrentes (2003-2008) Alemanha 21,53% 1.860.721.874 23,13% Países Baixos 20,08% 29,47% -3,87% 2,76% Em risco Argélia 14,28% 159.004.702 -162,02% Uruguai -18,81% 10,18% 66,41% 84,58%* Consolidado Egito 27,11% 438.411.616 41,03% Índia 203,84% 24,89% 19,48% 52,74% Consolidado Emirados Árabes 26,42% 182.577.250 22,44% Índia 16,74% 22,91% 36,85% 34,62% Consolidado Estados Unidos 3,37% 3.169.489.795 2,50% Canadá 1,70% 30,45% 14,92% 9,44% A consolidar Hong Kong 20,37% 814.207.708 11,39% Argentina 22,30% 10,06% 42,73% 45,26% Consolidado Irã 44,37% 349.039.102 29,11% Índia 29,51% 7,49% 46,19% 92,49% Consolidado Israel 24,55% 332.810.944 19,37% Argentina 21,89% 25,06% 34,71% 42,18% Consolidado Itália 11,58% 3.055.357.509 11,77% Países Baixos 7,96% 19,70% 7,83% 4,27% Em risco Países Baixos 17,32% 1.769.087.150 20,13% Alemanha 12,79% 20,16% 1,53% 9,54% Em risco Paquistão 54,41% 7.272.567 47,44% Índia 277,40% 77,63% 196,65% 20,62% A consolidar Reino Unido 8,53% 1.790.288.524 9,26% Irlanda 8,59% 54,28% 4,01% 12,33% Em risco Rússia 33,13% 2.827.203.385 19,43% Paraguai 165,40% 9,85% 69,76% 50,62% Consolidado Ucrânia 61,38% 26.413.700 -297,69% Estados Unidos 185,46% 18,86% 173,83% 51,68%* Consolidado Venezuela 206,66% 1.040.645.368 187,15% Colômbia 259,53% 73,21% 264,53% 40,21% Consolidado Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. *participação brasileira calculada sobre o valor total de importações reportadas pelos países. Estes dados divergem dos valores informados como exportados pelo Brasil, que foram de US$165,3 milhões para a Argélia e US$99,3 milhões para Ucrânia em 2008. Como pode ser observado na Tabela 03 e de acordo com os dados reportados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os principais compradores de carne bovina brasileira entre os países selecionados são a Rússia, com valor importado no ano de 2008 de US$ 1.431 bilhões, a Venezuela com US$ 418 milhões importados em 2008 e Hong Kong, com US$ 368 milhões em importações naquele ano. Cabe ressaltar, entretanto, que o mercado russo responde por aproximadamente 28,16% de nossas exportações totais que atingiram, em 2008, US$ 5.081.375.603,00. Estes países, juntamente com o Irã e os Estados Unidos representaram os cinco principais destinos de nossas exportações quando analisados todos os países para os quais houve vendas externas neste segmento durante o ano de 2008. Observa-se, ainda, que em alguns desses países a participação brasileira encontra-se consolidada. Em outros mercados, contudo, o crescimento médio das importações de nosso principal concorrente é consideravelmente superior ao das brasileiras, o que implica a necessidade premente de estratégias de manutenção de nossa atual participação. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 21 TABELA 04: Tarifas Brasil e concorrente Carne Bovina. Outrossim, o crescimento negativo verificado em nossas vendas para a Alemanha pode relacionar-se à ausência de tarifas da qual beneficiam-se os Países Baixos, nosso principal concorrente no grupo de produtos. Verificase que a existência de uma tarifa externa única elevada praticada pelos países da União Européia dificulta a penetração nestes mercados. O Reino Unido ocupa a 7ª posição no ranking de nossas vendas externas, enquanto os Países Baixos, a Itália e a Alemanha ocupam a 8ª, 12ª e 18ª posições, respectivamente. Em se tratando do grupo de produtos de Carne suína, foram identificados quinze mercados para os quais, além de informações econômicocomerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Albânia, Argentina, Armênia, Bósnia-Herzegovina, Cazaquistão, China, Cingapura, Equador, França, Japão, Moldova, Panamá, Rússia, Ucrânia e Venezuela. País Tarifa Brasil Tarifa Principal Concorrente Alemanha Argélia Egito Emirados Árabes Unidos Estados Unidos Hong Kong Irã Israel Itália Países Baixos Paquistão Reino Unido Rússia Ucrânia Venezuela 103,22% 30,00% 2,07% 4,10% 9,16% 0,00% 9,78% 90,50% 103,22% 103,22% 3,93% 103,22% 15,80% 14,13% 11,51% 0.00% 30.00% 2.07% 4.10% 0.00% 0.00% 9.78% 90.50% 0.00% 0.00% 3.23% 0.00% 15.80% 14.13% 0.00% Fonte: MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. TABELA 05: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Carne Suína. Crescimento Crescimento Importações do Importações Crescimento Participação das Participação das mercado-alvo do mercadoPrincipal Principal do Principal País Importações Exportações Brasileira Classificação (crescimento alvo em 2008 Concorrente Concorrente Concorrente dos 2008 Brasileiras 2003-08) (US$) (2003-2008) (2008) Concorrentes (2003-2008) Albânia 10,32% 19.271.786 12,94% Estados Unidos 189,51% 25,85% 5,27% 29,60% Em risco Argentina 10,80% 75.521.902 25,82% Chile 34,18% 7,76% 8,88% 83,77% Consolidado Armênia 56,84% 21.963.132 74,63% Canadá 166,47% 27,15% 47,53% 53,73% Consolidado Bósnia-Herzegóvina 20,51% 28.013.653 18,14% Croácia 35,38% 29,85% 423,25% 9,46% A consolidar Cazaquistão 77,19% 12.046.555 -237,70% Estados Unidos 329,51% 42,26% 72,26% 75,39% Consolidado China 40,91% 1.083.452.325 41,29% Estados Unidos 33,92% 40,56% -64,76% 0,00% Em risco Cingapura 9,47% 235.371.763 6,05% Austrália -1,46% 27,95% 23,83% 27,17% A consolidar Equador 35,08% 14.930.087 26,90% Chile 16,06% 32,74% 90,64% 26,83% A consolidar França 11,73% 1.687.934.384 11,73% Espanha 18,34% 50,13% -3,63% 0,01% Em risco Japão 3,09% 4.776.696.139 3,08% Estados Unidos 8,17% 42,13% 45,62% 0,03% A consolidar Moldova 63,64% 68.843.540 27,51% Canadá 151,84% 9,67% 97,87% 71,28% Consolidado Panamá 10,76% 15.949.099 10,34% Estados Unidos 14,34% 42,56% 183,69% 1,86% A consolidar Rússia 28,38% 2.535.833.093 36,59% Estados Unidos 140,40% 18,98% 16,17% 29,14% Em risco Ucrânia 128,28% 448.960.900 112,87% Polônia 108,18% 44,57% 344,82% 30,26% Consolidado Venezuela 34,69% 944.765 -316,00% Itália 78,75% 40,51% 260,34% 0%* Consolidado Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. *os dados informados pelo governo brasileiro indicam exportações para a Venezuela no valor de US$ 10.180.042 em 2008. Rússia e Ucrânia destacam-se como os principais compradores de carne suína brasileira entre os mercados-alvo selecionados para este segmento. Nossas vendas para a Rússia em 2008 somaram US$ 739 milhões enquanto para a Ucrânia totalizaram US$ 135 milhões naquele ano. O leste europeu aparece como proeminente destino para nossas vendas externas com a Albânia, Armênia, Bósnia-Herzegovina, Cazaquistão e Moldova. Atualmente estes países ocupam, respectivamente, a 14ª, 10ª, 19ª, 13ª e 6ª posições como destino de nossas exportações de carne suína. Por outro lado, o Japão representa o principal comprador mundial do segmento, enquanto a China ocupa a nona posição, a França a sétima e a Rússia, a quinta. Os Estados Unidos são o terceiro maior exportador mundial de carne suína, sendo nosso principal concorrente para seis dos mercados-alvo selecionados. Junto com a Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Espanha e Canadá compõem os cinco principais players mundiais nas exportações do segmento. O Brasil ocupa a nona posição neste quadro. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 22 O crescimento de nossas exportações entre os anos 2003-2008 foi superior aos dos concorrentes para seis dos países escolhidos, sendo maior que 150% para Bósnia-Herzegovina, Panamá, Ucrânia e Venezuela. Cabe ressaltar o crescimento negativo registrado para França e China. Nestes países nossas exportações são pequenas, atingindo aproximadamente US$ 190 mil para o primeiro e US$ 14 mil para o segundo. Nossas tarifas são superiores às de nossos concorrentes para a Bósnia-Herzegovina, Cazaquistão, Equador, França e Moldova não impedindo, contudo, o crescimento de nossa participação de mercado para a maioria destes países no período analisado. No grupo de produtos de Carne de aves, foram identificados quinze mercados para os quais além de informações econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Canadá, China, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, França, Japão, Jordânia, Omã, Países Baixos, Reino Unido, Rússia e Venezuela. TABELA 06: Tarifas Brasil e concorrente Carne Suína. País Tarifas Brasil Tarifa Principal Concorrente Albânia 10.10% 10.10% Argentina 0.00% 0.00% Armênia 10.00% 10.00% Bósnia-Herzegóvina 36.75% 0.00% Cazaquistão 31.58% 31.45% China 14.76% 15.68% Cingapura 0.00% 0.00% Equador 22.50% 19.84% França 37.49% 0.00% Japão 52.69% 55.55% Moldova 26.83% 26.69% Panamá 61.17% 61.12% Rússia 36.52% 48.69% Ucrânia 10.28% 10.35% Venezuela 12.77% 20.00% Fonte: MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. TABELA 07: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Carne de Aves. Importações Crescimento Crescimento Importações Crescimento Participação do mercadodas das Participação do mercadoPrincipal Principal do Principal País alvo Importações Exportações Brasileira Classificação alvo em 2008 Concorrente Concorrente Concorrente (crescimento dos Brasileiras 2008 (US$) (2003-2008) (2008) 2003-08) Concorrentes (2003-2008) África do Sul 21,07% 194.066.579 5,78% Argentina 54,82% 9,18% 30,48% 75,53% Consolidado Alemanha 11,09% 2.244.863.847 12,02% Países Baixos 8,83% 23,90% 5,21% 11,56% Em risco Arábia Saudita 17,56% 935.996.478 2,40% França 7,98% 16,61% 24,65% 79,68% Consolidado Canadá 12,99% 486.853.510 11,69% Estados Unidos 10,73% 87,42% 46,26% 7,58% A consolidar China 18,60% 1.087.482.220 18,92% Estados Unidos 12,61% 74,53% -26,99% 0,13% Em risco Cingapura 17,79% 290.097.246 12,56% Estados Unidos 24,47% 18,42% 24,32% 51,91% Consolidado Emirados Árabes 30,35% 511.791.401 20,12% Estados Unidos 31,29% 12,28% 35,28% 74,86% Unidos Consolidado França 20,21% 1.114.119.893 19,61% Bélgica 19,50% 24,40% 40,34% 4,47% A consolidar Japão 11,85% 2.720.374.503 3,35% Tailândia 4,50% 29,00% 37,52% 42,93% Consolidado Jordânia 62,14% 82.719.758 -210,38% França 121,66% 7,62% 81,79% 76,90%* Consolidado Omã 20,97% 110.757.797 13,08% França 23,46% 13,32% 23,42% 80,75% Consolidado Países Baixos 14,44% 1.503.807.934 11,48% Bélgica 11,90% 16,52% 19,45% 42,02% Consolidado Reino Unido 9,78% 2.517.414.253 10,07% Países Baixos 8,95% 34,19% 1,31% 4,74% Em risco Rússia 14,43% 1.397.064.915 12,97% Estados Unidos 15,63% 59,96% 19,70% 24,72% A consolidar Venezuela 102,80% 173.323.371 124,22% Argentina 11,63% 115,74% 81,02%* Consolidado Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. *participação brasileira calculada sobre o valor total de importações reportadas pelos países. Estes dados divergem dos valores informados como exportados pelo Brasil, que foram de US$87,6 milhões para Jordânia, e US$534,4 milhões para Venezuela em 2008. Os principais destinos de nossas exportações de carnes de aves em 2008 foram o Japão, a Arábia Saudita, os Países Baixos, Hong Kong e a Venezuela. Destes, apenas Hong Kong não figura entre os mercados-alvo selecionados neste estudo. O Japão importou US$ 1,167 bilhões do Brasil em 2008, respondendo por aproximadamente 17% de nossas exportações totais naquele ano que somaram US$ 6,920 bilhões. Arábia Saudita, Países Baixos e Venezuela importaram do Brasil em 2008 US$ 745 milhões, US$ 631 milhões e US$ 568 milhões, respectivamente. Japão, Alemanha, Reino Unido, Países Baixos e Rússia, ademais, representam os cinco principais compradores mundiais de carne de aves, respondendo por cerca de 48% das compras internacionais do produto em 2008, ano em que o mercado movimentou U$$ 22 bilhões. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 23 TABELA 08: Tarifas Brasil e concorrente Carne de Aves. Os Estados Unidos são nosso principal concorrente em cinco dos países escolhidos, sendo o 3ª maior exportador mundial do segmento. Juntamente com a Alemanha, a China, o Japão e os Países Baixos compõem os cinco principais exportadores globais. O Brasil ocupa a 20ª posição neste ranking. A Argentina somente apresentou exportações para a Venezuela no ano de 2008. Por esta razão, não apresenta crescimento no período analisado. Cabe destacar o crescimento superior das exportações brasileiras quando comparadas ao crescimento de nossos principais concorrentes para oito dos mercados-alvo selecionados. A China foi o único destino em que nossas exportações apresentaram retração entre 2003-2008. Nos demais países, nossos concorrentes apresentaram crescimento superior ao brasileiro. Com relação às nossas tarifas, observa-se na tabela 08 que são sensivelmente superiores às de nossos concorrentes na Alemanha, Canadá, China, França, Países Baixos e Reino Unido, não impedindo, contudo, nosso posicionamento entre os dez principais fornecedores para todos estes países. País Tarifas Brasil Tarifa Principal Concorrente África do Sul Alemanha Arábia Saudita Canadá China Cingapura Emirados Árabes Unidos França Japão Jordânia Omã Países Baixos Reino Unido Rússia Venezuela 9,65% 29,24% 5,00% 186,78% 13,71% 0,00% 5,00% 29,24% 7,35% 25,33% 5,00% 29,24% 29,24% 49,73% 11,91% 9,65% 0,00% 5,00% 180,00% 13,86% 0,00% 5,00% 0,00% 7,77% 25,33% 5,00% 0,00% 0,00% 66,31% 11,91% Fonte: MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. A tabela 09 apresenta os valores estimados de consumo de carnes nos mercados-alvo selecionados para cada um dos grupo de produtos analisados. Observa-se que o consumo per capita de carne é superior aos US$ 500,00 (quinhentos dólares) na Alemanha, França, Hong Kong, Israel, Itália e Países Baixos, atingindo um pico de US$ 951,80 (novecentos e cinqüenta e um dólares e oitenta centavos) na França. A média de consumo per capita para todos os países listados é de US$ 361,00 (trezentos e sessenta e um dólares). Apenas China e Paquistão apresentaram consumo per capita inferior aos US$ 100,00 (cem dólares), com destaque para os US$ 25,80 (vinte e cinco dólares e oitenta centavos) registrados para o Paquistão. Este fato pode estar relacionado ao nível de renda da população enquanto o consumo per capita indicado para a China pode relacionar-se ao tamanho comparativo de sua população. Entretanto, verifica-se que o consumo de carne enlatada e outros embutidos na China é superior aos US$ 2 bilhões, mercado maior ao norte-americano e ao russo que, entre os países listados, ultrapassam os US$ 1 bilhão. Para as carnes de aves congeladas, China e Reino Unido apresentam os maiores valores de vendas domésticas em 2008, de US$ 1,238 bilhões para o primeiro e US$ 1,016 bilhões para o último. Depois deles, apenas Alemanha e Canadá apresentam vendas superiores aos US$ 200 milhões. O consumo de outras carnes congeladas atingiu US$ 1,667 bilhões nos Estados Unidos e US$ 1,390 bilhões na Rússia em 2008. Na China, o consumo desta variedade de carnes foi de US$ 423,8 milhões, comparativamente inferior ao consumo de outros tipos, o que pode indicar uma preferência pelas demais variedades. Por fim, o consumo de carnes resfriadas foi superior aos das demais variedades para todos os países selecionados, com exceção de Hong Kong. Os maiores valores de vendas domésticas em 2008 foram dos Estados Unidos, de US$ 18,072 bilhões, Itália, de US$ 14,133 bilhões e China, de US$ 8,739 bilhões. 2.3.1. ÁFRICA DO SUL Das carnes congeladas, a carne de frango foi a que mais cresceu em 2008 (12%), sendo substituta da carne vermelha no país, pois tem uma percepção mais saudável que esta última como fonte de proteínas. Os tipos de carne mais comuns são os hambúrgueres e salsichas de porco. Os frangos processados têm sido os produtos com mais novidades, sendo de grande popularidade os hambúrgueres, nuggets e empanados. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 24 TABELA 09: Gastos do consumidor com carnes enlatadas e conservas, carnes congeladas e carnes resfriadas nos mercados-alvo selecionados. Consumo de Consumo de Consumo de Consumo de Consumo de Carne 2008 Carne Enlatada Carnes de Aves Outras Carnes País Carne Resfriada (US$ Per e Embutidos Congeladas Congeladas 2008 (US$ mn)* Capita) 2008 (US$ mn)* 2008 (US$ mn)* 2008 (US$ mn)* África do Sul 176,5 57.4 25.9 565.8 Albânia Alemanha 546,1 752.7 408.7 171.9 5298.1 Arábia Saudita 232,6 37.5 68.1 96.9 Argélia 106,3 4.5 0.3 Argentina 278,5 79.8 198.3 520.3 Armênia Bósnia-Herzegóvina Canadá 479,7 80.6 249.2 3165.0 Cazaquistão 274,9 9.1 47.3 613.3 China 76,3 2658.6 1238.2 423.8 8739.0 Cingapura 207,3 7.2 22.3 3.7 30.9 Egito 131,2 9.4 36.0 185.1 Emirados Árabes 355,7 5.1 5.5 11.0 19.3 Equador 124,2 0.9 5.2 40.7 Estados Unidos 482,1 1689.7 1667.7 18072.7 França 951,8 238.5 59.5 531.2 8452.2 Hong Kong 510,6 30.3 44.0 24.6 Irã 3.4 381.3 480.3 Israel 519 6.1 72.3 131.5 Itália 769 331.5 63.0 14113.2 Japão 271,7 387.5 55.5 646.8 5815.2 Jordânia 252,5 Moldova Omã Países Baixos 595,1 113.9 52.9 173.3 2055.0 Panamá Paquistão 25,8 0.1 2.0 0.0 Reino Unido 497,2 321.0 1016.6 465.7 8590.7 Rússia 407,8 1126.5 28.0 1390.5 3407.0 Ucrânia 266 142.9 127.8 1861.5 Venezuela 488,9 280.3 100.4 73.6 326.3 Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC Apex-Brasil. *valores indicativos das vendas no varejo em 2008. 2.3.2. 1.1.1. ALBÂNIA O consumo per capita de carnes vem aumentando na Albânia, embora ainda esteja muito aquém dos níveis verificados em outros países europeus. 1.1.2. ALEMANHA O tipo de carne vermelha congelada mais popular no país é o hambúrguer, e entre as carnes de aves estão os cortes de aves empanados e nuggets. Coxinhas de galinha com molho de churrasco e sabores asiáticos têm ganhado popularidade. A Alemanha é um país onde há grande variedade de embutidos – produtos de alto consumo pela população, e podem ser cozidos, defumados, ou para fervura. Apesar da tradição alemã na produção de embutidos, o país apresenta receptividade aos produtos importados. Salsichas de porco ou de presunto para fritar são as mais comuns, apesar de apresentarem declínio de consumo. No mercado alemão, ademais, a demanda deve crescer entre as carnes de aves. ARÁBIA SAUDITA Carnes resfriadas é o único tipo de comida resfriada na Arábia Saudita, país onde o consumo diário de carne vermelha é comum. Os consumidores tendem a preferir ingredientes frescos para suas refeições, e as carnes resfriadas são assim consideradas. Mortadelas são ofertadas em diferentes sabores com vários tipos de tempero sendo as mais vendidas no país. Hambúrgueres e salsichas são de grande consumo principalmente por pessoas mais jovens, enquanto nuggets são mais consumidos por crianças. As empresas nacionais dominam o mercado de carnes, uma vez que há poucas empresas estrangeiras que abatem os animais dentro das práticas islâmicas. 2.3.3. ARGÉLIA O consumo per capita de carnes na Argélia no ano de 2007 foi de aproximadamente 21 kg, pois a maioria da população ainda se remete ao consumo deste tipo de produto como sendo para ocasiões especiais. Ultimamente ouve aumento dos preços das carnes produzidas localmente devido ao aumento dos custos de produção levados pelos grãos usados na alimentação dos animais. O consumo deverá aumentar com o aumento da renda da população. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 25 2.3.4. ARGENTINA Há uma tendência em preferência por vegetais e peixes enlatados ao invés de carne vermelha enlatada. Os hambúrgueres tem uma tradição de mais de quarenta anos no país, e são amplamente consumidos sendo o principal produto entre carnes congeladas. No caso das aves o produto mais popular é o nuggets que é considerado de fácil preparo e nutritivo (há produtos enriquecidos com vitaminas), seguido de frangos processados empanados. 2.3.5. 8 ARMÊNIA As carnes são com componente bastante usual na culinária armênia e tem comprometido uma parcela significativa do orçamento doméstico dos consumidores no país. Com o aumento do nível de renda da população nos últimos anos, cresceu também a demanda por carne e produtos derivados. Entretanto, o mercado de carnes no país ainda é incipiente e carece da sofisticação de produtos percebida em outros mercados. Portanto, há um enorme espaço para o crescimento do setor. As vendas de carne suína representam 16% do valor total das vendas de carnes. A carne de porco grelhada e assada é uma refeição muito popular no país. 2.3.6. BÓSNIA-HERZEGOVINA As pessoas na Bósnia têm o hábito de consumir carnes enlatadas em todas as refeições. Grandes empresas regionais e multinacionais lideram o setor de carnes enlatadas, e planejam o lançamento de novos produtos para manter sua participação de mercado até 2013. 2.3.7. CANADÁ As carnes processadas corresponderam por cerca de 72% das vendas em 2008 de alimentos resfriados, dos quais 1/5 são presuntos. O bacon é bastante consumido no café da manhã, e as salsichas são consumidas inclusive como item de churrasco. Entre as carnes congeladas processadas, os hambúrgueres são os mais vendidos. Os cortes de frango nas variedades consumidas por asiáticos tem tido boa demanda. 2.3.8. CAZAQUISTÃO Os consumidores cazaques preferem carnes vermelhas a peixes, e carneiro ou cavalo do que porco por questões religiosas. As últimas novidades em relação a comida congelada no país são de produtos com carne e cortes de carne com diferentes tipos de molhos, e salsichas sem carne de porco (para atender os consumidores muçulmanos), ou feitas com carne de cavalo. Carnes enlatadas ou em conserva são mais consumidas por pessoas mais velhas que sempre tiveram grande oferta desde a União Soviética. Já os consumidores mais jovens vêem esses produtos como fora de moda, e compram apenas frutas ou vegetais enlatados. O tipo de carne resfriada mais comum são as salsichas. Entre as carnes de aves a mais vendida é a de frango, seguida por ganso e pato. 2.3.9. CHINA Várias empresas atuantes no mercado têm se esforçado para melhorar a imagem de seus produtos como sendo saudáveis. Produtos tradicionais derivados de carne contribuem para a maior parte das vendas de enlatados e em conserva. As salsichas estilo ocidental também tem sido consumidas no país. Esses produtos tem tido novidades nos últimos anos, como a salsicha com abóbora da CJ (Qingdao) Food Co Ltd. Os alimentos congelados tendem a ser mais consumidos pelas pessoas com intensa atividade, e tem menos tempo para se dedicarem a compra diária de alimentos. Os alimentos resfriados tendem a ser preferidos em detrimento dos em conserva por serem considerados mais saborosos. Entre as carnes vermelhas, as mais comuns para cozinhar são as de carneiro, bifes, e almôndegas. 8 Armenian Meat Market. Disponível em <http:// www.ev.am>. Acessado em 17 set, 2009. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 26 2.3.10. CINGAPURA No último ano houve o lançamento de novos produtos enlatados ou preservados como derivados de carnes e costelas de porco, que são populares entre os cingapurianos. As carnes enlatadas ou preservadas mais comuns são as salsichas (tem variedades como carne e frango) e presuntos, e peixes e frutos do mar como bolinhos de peixe e kani-kama. Está crescendo a preferência por salsichas resfriadas ao invés de enlatadas. Os alimentos congelados têm sido promovidos pela Autoridade Agro-Alimentar e Veterinária de Cingapura como mais baratos para os consumidores e com o mesmo valor nutricional. Entre os produtos congelados há mais variedade de aves, e dentre as carnes vermelhas predominam os hambúrgueres. 2.3.11. EGITO As carnes resfriadas tiveram um crescimento de 11% no ano de 2008. Os preços desse tipo de produto se elevaram principalmente devido ao aumento do custo de produção no último ano. O tipo de carne resfriada mais comum é a carne enlatada, a qual é considerada saudável e de fácil uso para sanduiches, seguida por salsichas. As carnes congeladas mais comuns são os hambúrgueres. 2.3.12. ESTADOS UNIDOS Devido à conjuntura econômica os consumidores estadunidenses tendem a comer em casa ao invés de jantar fora, e optam por alimentos enlatados ou preservados por serem fontes de proteína mais barata. As salsichas são os principais produtos entre as carnes resfriadas, com destaque para as salsichas de frango e outras que não sejam de porco, e produtos premium com queijo, frutas e outros. Esses consumidores tendem a ver os produtos congelados como mais saudáveis que os enlatados, assim como frango em relação a carne ou porco. Os produtos mais populares são hambúrgueres, steaks e almôndegas. E, em relação às aves, filés, nuggets e asas. 2.3.13. EMIRADOS ÁRABES UNIDOS É importante destacar que todas as carnes vermelhas, de aves e seus derivados precisam ter a certificação hallal para serem vendidos nos Emirados Árabes Unidos. As vendas de carnes processadas resfriadas crescem em função do aumento do número de indivíduos morando sozinhos. As variedades mais populares destes tipos de carnes são a mortadela, os hambúrgueres e as salsichas. As carnes vermelhas processadas congeladas são muito consumidas, em especial os hambúrgueres bovinos, as salsichas bovinas e os kebabs. Entre as carnes de aves congeladas estão os hambúrgueres de frango, os nuggets, kebabs de frango (shish tawook) e salsichas são bastante populares. As massas, como o espaguete e o penne são usualmente servidas com carnes. 2.3.14. EQUADOR Na categoria de carne processada resfriada, os produtos mais consumidos são as carnes bovina, de aves e suína. Os derivados de porco, como o presunto também são bastante populares. 2.3.15. FRANÇA O grupo de produtos de carne vermelha congelada processada registrou crescimento significativo em 2008 em função do lançamento de novos produtos, de maior conveniência e saborosos, que podem ser cozinhados de várias maneiras. Os hambúrgueres continuam a liderar as vendas que se beneficiaram destes novos lançamentos. Outros tipos de carne também se beneficiaram da tendência por produtos étnicos. É o caso da carne hallal, haja vista o crescimento da população mulçumana no país, atualmente em cerca de 6 milhões de habitantes, que costuma consumir duas vezes mais carne que a média. 2.3.16. HONG KONG O mercado de Hong Kong para a carne e seus derivados é fortemente marcado pela dependência das importações uma vez que a produção local é irrelevante. A maior parte da carne suína, de frango e pato consumida em Hong Kong é proveniente da China Continental, bem como grande parte da carne fresca, dada a proximidade geográfica. Ainda que a população prefira esta Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 27 variedade de carne, suas importações respondem por menos de 20% do volume total. Outros produtos importados, como as carnes e despojos de aves, carne bovina, suína e de cordeiro, chegam ao mercado congeladas. A carne bovina é a preferida da população das classes médias e alta. Os países tradicionalmente produtores de carne bovina, como o Brasil, os EUA, a Austrália, a Nova Zelândia e a Argentina, são os principais exportadores de carne bovina congelada. Devido ao grande fluxo de comércio na região, Hong Kong funciona como plataforma de distribuição para outros países do sudeste asiático, como a China. 2.3.17. IRÃ As carnes de aves hallal são muito consumidas no Irã em virtude do preço mais acessível que os da carne vermelha. Os enlatados e conservas de carne não são tão populares quanto às carnes resfriadas e congeladas. Cabe destacar que a maioria das famílias iranianas prefere produtos frescos, mais baratos e amplamente distribuídos, para preparar suas refeições diárias. A abertura de novos supermercados/hipermercados contribui para um aumento da distribuição de carne processada resfriada. Muitos consumidores usam estes produtos para fazer sanduíches para os lanches escolares das crianças ou para os lanches no trabalho. 2.3.18. ISRAEL As carnes de aves são as preferidas pelos consumidores israelenses tanto para as variedades resfriadas quanto para as congeladas principalmente por razões do ritual kosher. Uma maior preocupação com a saúde deve orientar o crescimento do setor. A demanda por produtos com baixo teor de gordura e sem conservantes deve crescer como resultado dessa preocupação. 2.3.19. ITÁLIA As vendas de carne processada resfriada atingiram € 9 bilhões em 2008. Este volume de vendas está intimamente ligado à 9 predileção dos consumidores italianos por carnes curadas , como o presunto e o salame. Na Itália, ademais, os consumidores preferem comprar carnes frescas ou resfriadas que são consideradas de maior qualidade. Em vista disso, o mercado de carne vermelha processada congelada ainda é pequeno no país e carece de investimentos significativos. Apenas uma pequena variedade de produtos está disponível no mercado nesta categoria, como os hambúrgueres e as salsichas. A preocupação com a origem dos produtos tem crescido entre os consumidores italianos e aquelas categorias produzidas domesticamente tem tido prioridade em suas decisões de compras. 2.3.20. JAPÃO No setor de carne suína japonês existe grande concorrência tanto dos produtos importados, já estabelecidos e bastante demandados, quanto dos domésticos. Os consumidores, entretanto, mostram-se muito interessados nos produtos importados, em particular aqueles mais jovens, afeitos à ocidentalização do país. De fato, as importações de carne suína vêm crescendo nos últimos anos e a disponibilidade desta variedade de carnes ofertada a preços acessíveis tem alterado os hábitos de consumos japoneses. As salsichas, o presunto e o bacon são muito apreciados em se tratando de carne processada resfriada. No tocante a carne de aves processada congelada, o frango frito responde por 71% das vendas do varejo. A tendência no Japão por produtos alimentares mais saudáveis pôs em voga nos últimos anos os produtos com baixo teor de gordura e sal. 2.3.21. PAÍSES BAIXOS Na categoria de carnes vermelhas processadas congeladas, as carnes fatiadas representam um produto de grande importância dada o hábito holandês de consumir sanduíches diariamente. Outro motivo para a importância desta categoria é que o prato tradicional holandês stampot utiliza salsinhas defumadas, o que impulsiona as vendas destes produtos. As salsichas secas também são muito populares. Firkandellen e Kroketten são as variedades de carnes vermelhas congeladas mais populares nos Países Baixos. As vendas de carne de aves congeladas continuam a serem lideradas pelo chicken saté, um prato típico da Indonésia que acabou adaptado ao paladar holandês. Outros produtos populares na categoria de carnes de aves processadas congeladas são os nuggets e os hambúrgueres de frango. Cabe destacar que um maior interesse por alimentos mais saudáveis 9 Tradução livre: cured meats. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 28 pode prejudicar as vendas de carnes de aves e bovinas congeladas embora as de aves possam ter um desempenho melhor nos próximos anos. 2.3.22. PAQUISTÃO Os enlatados e conservas de carne vêm se tornando muito populares no Paquistão nos domicílios em que ambos os membros trabalham fora. Por outro lado, estes produtos estão sendo associados às doenças relacionadas à qualidade da carne. Em vista disso, as carnes vermelhas processadas congeladas vêm apresentando crescimento de demanda haja vista a procura por produtos de melhor qualidade. A carne processada de cordeiro ou de outros animais domésticos semelhantes é muito consumida no sul do Paquistão enquanto a carne de bovinos processada congelada são as preferidas em outras partes do país. O filé de peito e o seekh kebabs são consumidos mais que qualquer outro tipo de carne vermelha processada congelada. As carnes resfriadas são consideradas premium no país e só podem ser compradas nas grandes cidades onde o poder aquisitivo é maior. 2.3.23. REINO UNIDO No Reino Unido, as carnes fatiadas foram o produto mais vendido em 2008, respondendo por 32% do valor de vendas do grupo de produtos de carnes processadas resfriadas. As salsichas se beneficiaram de novos lançamentos voltados para as linhas premium e gourmet, representando 13% do valor de vendas deste mercado. Entretanto, assim como a carne vermelha e o frango congelado, as linhas de salsichas e hambúrgueres enfrentam o aumento da impressão entre os consumidores de serem alimentos pouco saudáveis. Artigos recentes, por exemplo, relacionaram o consumo de salsichas com o surgimento de alguns tipos de câncer, o que ajudou para corroborar esta imagem negativa do produto. A tendência é que as carnes processadas congeladas tenham maior declínio em vendas em função desta percepção que as carne de aves congeladas. Os novos lançamentos devem ter por foco esta preocupação, devendo voltar-se para produtos com baixa caloria, baixo teor de sal, enriquecidas ou funcionais. Em se tratando de carne de aves processadas congeladas, os empanados responderam por 25% do valor de vendas do varejo em 2008, seguidas pelos nuggets de frango (17%), frango Kiev (12%) e hambúrgueres de peru (7%). Na linha de carne vermelha processada congelada, os hambúrgueres representaram 70% do valor total de vendas em 2008. 2.3.24. RÚSSIA A Rússia é o maior importador de carne bovina do mundo. A queda da produção doméstica após a derrocada da União Soviética teve como legado uma pecuária deficiente, insuficiente para satisfazer a demanda por carne da população. Em 2006, a Rússia importou 1,2 milhões de toneladas de carne de aves, 669.000 toneladas de carne bovina congelada e 625.000 toneladas de carne suína. A carne é um elemento fundamental na dieta de russa e as carnes bovina, suína e de aves são as preferidas pela população. Em se tratando de carne processada o mercado moscovita apresenta diferenças significativas em relação a outras regiões, principalmente em termos de volume de consumo de produtos do grupo de produtos premium e pela procura por produtos de maior conveniência. No tocante a carne resfriada, há forte tendência em direção ao lançamento de produtos de baixa caloria haja vista o crescente interesse do consumidor por produtos mais saudáveis. As carnes de frango processadas tiveram crescimento de 20% no valor de vendas em 2008, impulsionadas pela introdução de produtos mais elaborados, como frango ao molho e frango empanado. 2.3.25. UCRÂNIA10 Até bem pouco tempo atrás, as carnes oferecidas nos super/hipermercados ucranianos consistiam basicamente de pedaços e peças inteiras. Agora, as vendas de carne estão sendo impulsionadas pela crescente variedade de cortes de carne embalados. Esta tendência se repete tanto para as carnes congeladas quanto para as resfriadas. Em se tratando de embutidos, cresceram as vendas das linhas de presuntos semi-defumados e os defumados bem como as vendas de salsichas cozidas. O prato nacional ucraniano, o salo, é feito a partir da carne de porco. O consumo de carne de porco na Ucrânia em 2006 foi de aproximadamente 17kg por pessoa. Em períodos anteriores ao colapso da União Soviética o consumo médio desta categoria era de cerca de 26kg por pessoa. Logo, o potencial de crescimento para as vendas de produtos desta categoria é enorme. A procura por estes produtos é tamanha que levará décadas antes que o mercado esteja saturado. Estima-se que para cada 10 Dados disponíveis em: http://www.ambkyiv.um.dk/en Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 29 ponto percentual de aumento no nível de renda da população ucraniana, haverá 0.5 pontos percentuais de aumento no consumo de carne suína. 2.3.26. VENEZUELA As salsichas cozidas são muito populares na Venezuela devido a sua utilização em refeições rápidas e lanches, como o cachorro quente. Por isso, as salsichas cozidas são a variedade de comida resfriada mais vendida no país, com 65% de participação no valor das vendas do varejo, seguidas do bacon (11%), outras salsichas (8%), presunto defumado (7%) e Bologna (7%). A variedade de carne vermelha congelada mais popular é o hambúrguer, com 95% do valor de vendas do varejo, seguida pelas bistecas e costeletas de porco. Em se tratando de carne de aves, os nuggets são muito consumidos na linha de carnes congeladas processadas, com 37% do valor de vendas do mercado, seguidas pelo frango empanado (28%). 2.4. CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS No grupo de produtos de Chocolates, balas e confeitos, por sua vez, foram identificados os seguintes países para os quais além de informações econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Cingapura, Colômbia, Itália, Paraguai, Portugal, Rússia, Tailândia, Turquia, Uruguai, Venezuela. TABELA 10: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Chocolate, balas e confeitos. Importações Crescimento Importações Crescimento Crescimento Participação do mercadoParticipação das Principal do mercado- das Importações Principal do Principal País alvo Exportações Brasileira alvo em 2008 dos Concorrente Concorrente Concorrente 2008 (crescimento Brasileiras (US$) Concorrentes (2003-2008) (2008) 2003-08) (2003-2008) África do Sul 23,62% 101.836.202 36,16% Colômbia 35,60% 15,12% 0,42% 17,33% Argentina 24,58% 64.215.570 34,75% Equador 19,47% 4,79% 20,95% 67,03% Austrália 19,39% 409.068.628 19,52% Nova Zelândia 15,81% 18,42% 4,22% 0,55% Bélgica 10,03% 825.776.366 10,05% Países Baixos 12,11% 29,87% 3,38% 0,21% Canadá 10,23% 960.747.135 10,49% Estados Unidos 8,56% 57,69% -8,55% 0,75% Cingapura 11,21% 184.159.821 10,33% Austrália 12,99% 11,28% 73,42% 4,36% Colômbia 18,38% 41.877.264 15,95% Equador 13,54% 39,57% 61,45% 12,16% Itália 7,94% 640.666.178 7,94% Alemanha 10,74% 34,98% 11,47% 0,01% Paraguai 19,04% 39.033.935 65,06% Argentina 42,32% 27,35% 11,07% 66,06% Portugal 10,51% 287.265.661 10,46% Espanha 10,78% 43,50% 19,62% 0,67% Rússia 23,60% 736.706.736 23,58% Ucrânia 21,91% 42,21% 35,06% 0,27% Tailândia 19,77% 91.685.187 18,73% Malásia 30,18% 12,45% 156,96% 4,36% Turquia 28,57% 96.958.051 28,39% Polônia 112,90% 26,03% 85,38% 0,80% Uruguai 21,44% 27.163.949 24,75% Argentina 26,94% 39,91% 19,00% 54,06% Venezuela 34,11% 174.738.029 33,17% Colômbia 32,25% 61,97% 48,46% 8,18% Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Classificação Em risco Consolidado Em risco Em risco Em risco A consolidar A consolidar A consolidar Consolidado A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar Consolidado A consolidar Estados Unidos, Argentina, Paraguai, África do Sul e Uruguai foram os cinco principais destinos de nossas exportações do segmento de chocolates, balas e confeitos em 2008. Juntos responderam por 47% do total de nossas vendas externas do grupo de produtos. Os Estados Unidos não figuram entre os mercados-alvo selecionados no presente estudo haja vista o declínio de 5,23% em nossas exportações para o país entre 2003-2008, o que equivale a aproximadamente US$ 16 milhões. O Canadá, embora tenha apresentado crescimento negativo para nossas exportações no período analisado (US$ 4 milhões), teve crescimento significativo de suas importações do restante do mundo, de 10,23%, o equivalente a US$ 370,5 milhões. As exportações brasileiras em 2008 para a Argentina do segmento totalizaram US$ 43 milhões. Para o Paraguai, foram vendidos US$ 25 milhões. Para a África do Sul e para o Uruguai foram exportados US$ 17 milhões e US$ 14 milhões, respectivamente. Nos mercados latino-americanos selecionados, apenas na Colômbia e na Venezuela nossa participação de mercado é inferior aos 50%. Nestes dois países, contudo, o crescimento de nossas exportações no período analisado foi superior aos 45% e consideravelmente superior ao crescimento das exportações de nossos principais concorrentes. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 30 Em nove destes países, as tarifas imposta sobre o produto brasileiro é superior à de nosso principal concorrente. Mesmo assim, a exceção do Canadá, o crescimento de nossas exportações no período analisado foi positivo, sendo superior aos 30% para Colômbia, Rússia, Turquia e Venezuela. Cabe ressaltar que a Turquia ocupa a quarta posição entre os mercados com maior consumo per capita do grupo de produtos, logo atrás de Itália, Bélgica e Austrália. Venezuela e Rússia têm, ainda, um consumo per capita superior aos US$ 80,00 (oitenta dólares). Nos países selecionados, observa-se uma tendência de busca por produtos mais saudáveis e com menor teor de açúcar. Destaca-se o caso dos chicles sem açúcar e funcionais (principalmente os clareadores) estão tendo sua demanda crescendo na África do Sul, Austrália, Argentina (15% em 2008), Bélgica, Canadá (previsão de 89% sem açúcar em 2013), Cingapura, Colômbia, Itália, Portugal, Rússia, Tailândia, Turquia, Venezuela. 2.4.1. TABELA 11: Consumo com açúcar/confeitaria e tarifas. Consumo com Tarifa Tarifas Açuçar e Produtos Principal País de Confeitaria 2008 Brasil Concorrente (US$ Per Capita) África do Sul 42,20 23,98% 23,98% Argentina 32,10 0,00% 0,66% Austrália 203,40 5,00% 0,00% Bélgica 229,40 6,21% 0,00% Canadá 92,70 43,10% 39,81% Cingapura 38,10 0,00% 0,00% Colômbia 43,20 13,20% 0,00% Itália 232,50 6,21% 0,00% Paraguai 0,00% 0,00% Portugal 73,20 6,21% 0,00% Rússia 83,80 22,14% 0,00% Tailândia 14,90 18,20% 18,20% Turquia 128,90 8,58% 0,00% Uruguai 0,00% 0,00% Venezuela 91,50 11,01% 0,00% Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. ÁFRICA DO SUL No ano de 2008 os maiores crescimentos no setor de chocolates foram dos produtos de alto valor e as barras de chocolate. As marcas Premium com maior crescimento das vendas no país são Ferrero Rocher e Lindt. Nos últimos anos está havendo divulgação dos aspectos saudáveis de chocolates, principalmente os com alto teor de cacau. A maioria das marcas oferecem produtos tanto de baixo valor quanto premium como meio de atingir várias categorias de consumidores. Para balas e confeitos, as mudanças nas embalagens de chicles favoreceram o aumento das vendas em 2008, que tinham como sabor preferencial os derivados de menta, e que agora concorrem com novos sabores como almíscar e frutas vermelhas. A tendência no país é de que as empresas foquem nos consumidores de menores rendas com embalagens de chicles pequenas e de baixo custo. Caramelos e torrones tiveram destaque de crescimento no consumo dentre os produtos do setor (8%) em 2007, além de marshmallows que tiveram suas vendas impulsionadas por novos sabores. No geral do setor a Beacon Sweets & Chocolates deteve no mesmo ano 45% do mercado. 2.4.2. ARGENTINA Em relação aos chocolates, nos anos recentes tem aumentado a preferência do consumidor argentino por produtos com maiores concentrações de cacau, seguindo a mesma tendência por produtos premium que os consumidores argentinos já tem em relação ao chá, vinho e café. O principal ator no mercado argentino em 2007 foi a Arcor, com 25% do setor, outros importantes atuantes são Anguila, Massalin Particulares, Nobleza Piccardo e PepsiCo. O consumo per capita de chocolates tem aumentado nos últimos cinco anos, de 1,6 kg em 2003 para 2,8 kg em 2008. Confeitos como os vendidos pela M&Ms e Rockets tiveram suas vendas aumentadas em 56% no ultimo ano. Chocolates meio amargo e recheados tem ganhado a preferência do consumidor principalmente entre os adultos. Consumidores tendem a experimentar novos sabores. Outros doces são predominantemente consumidos por crianças, sendo que as balas e doces tem aumentado suas vendas tanto para o público infantil quanto adulto que busca sabores refrescantes. No setor de chicles, os principais consumidores são adolescentes e jovens adultos. Os sabores tradicionais são os preferidos pelos argentinos. Os alfajores são produtos tradicionais deste país e incorporados a dieta inclusive das crianças uma vez que há uma cultura de que este produto tenha valor nutritivo. Os produtos enriquecidos (por exemplo, com vitamina c), e funcionais ainda carecem de trabalho para abertura de mercado – interesse dos consumidores. 2.4.3. AUSTRÁLIA Há crescente demanda por produtos de confeitaria premium, o que leva ao aumento do preço médio dos produtos vendidos na Austrália. Um dos motivos pela busca por produtos premium é o conhecimento sobre substâncias anti-oxidantes, principalmente contidas no chocolate meio-amargo, além da tendência em consumir produtos com baixo teor de açúcar ou sem açúcar. Embalagens unitárias e embalagens pequenas têm aumentando suas vendas no mercado, enquanto as linhas para Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 31 crianças com brindes como brinquedos têm decaído o número de vendas. As empresas estão optando por expor seus produtos em lugares com maior visibilidade (esquina das gôndolas, próximo aos caixas, etc.) do que expô-los os lugares tradicionais nas gôndolas na seção de doces no supermercado. A líder de mercado nesse país é a Cadbury Schweppes Australia Ltd apresentou 39% de participação de mercado em 2007. Nestlé Australia, Kraft Foods, Marsterfoods, Mars Australia,Ferrero – multinacionais. Em 2007 a Wrigley Co Pty detinha 96% do mercado de chicles. Novos produtos introduzidos no mercado com sabores de frutas. 2.4.4. BÉLGICA Nesse país há uma tendência de opção por produtos mais saudáveis, apesar de ainda configurarem um nicho de mercado. Os chocolates temáticos sazonais são mais dinâmicos. Os preços dos produtos aumentaram devido ao aumento do preço da matéria prima, e da maior sofisticação dos produtos. Tem acontecido a difusão dos chocolates em pequenos tamanhos, chamados bit-size. Há tendência entre adultos em preferir os chocolates aos doces, em embalagens indicando as calorias. A liderança de mercado pertence à Kraft Foods e Mars Belgium. A Bélgica é conhecida pelo alto padrão do chocolate que produz, sendo que a regulação européia permite a quantidade máxima de 5% de gorduras que não sejam do cacau na composição do chocolate. As novidades em relação às variedades de chicles têm favorecido o crescimento das vendas, sendo o principal produto consumido considerando o setor. Os sabores de frutas e tipo menta são mais comuns, e são usados para ter hálito fresco ou disfarçar o gosto da comida e cigarro. No setor de balas e confeitos, há aumento de produtos voltados para o público adulto, preferência por embalagens plásticas, recipientes e caixinhas, enquanto houve queda das vendas de produtos voltados para crianças. 2.4.5. CANADÁ A demanda por chocolates de alta qualidade tem aumentado, juntamente com as vendas de chocolates em tabletes. Observase também um movimento de aumento de preços que está relacionado não somente a melhor qualidade, mas também ao aumento dos preços das matérias primas. O chocolate meio amargo é bem visto pelos benefícios a saúde. O gosto do consumidor canadense tende para o chocolate meio amargo inclusive aqueles recheados com castanhas e frutas. As principais empresas são Nestlé e Cadbury, seguida pela Lindt. Para os produtos mais populares as principais marcas são Nestlé, Hershey’s e Cadbury Adams. A escolha de lanches mais saudáveis como barrinhas de cereal e iogurtes estão substituindo os chocolates. Assim mesmo, caixas de chocolate e aqueles com motivos de acordo com a época do ano devem continuar crescendo até 2013 segundo projeções do Euromonitor. Sabores de chicles refrescantes são os mais atrativos apesar de haver crescimento também para os sabores de frutas (aumentaram 3% as vendas de chicles em 2008). Embalagens de chicles no formato de potes plásticos têm aumentado pela facilidade de levar no carro ou para ser consumido no escritório. A venda de confeitos tem caído. Em relação aos produtos funcionais há a necessidade de aprovação do Health Canada; ainda há questionamentos sobre as propriedades nutricionais dos substitutos do açúcar, e por enquanto são baixas as vendas de chicles funcionais. Adultos preferem sabores fortes, sendo que esses produtos e mentolados tiveram aumento das vendas em 2008. Além de caramelos e outras balas desses tipos, nos meses de inverno há crescimento do consumo com marshmallows. 2.4.6. CINGAPURA O chocolate gourmet tem se tornado popular nesse país, ocasionando o aumento de marcas e lojas nesse grupo de produtos. As vendas de caixas de chocolates com unidades embaladas individualmente, e produtos em pequenas embalagens tem contribuído para o aumento das vendas. Com o gosto do consumidor se sofisticando, o consumo de chocolate de baixa qualidade e chocolate branco tem diminuído. Já em relação aos chicles, os sabores preferidos são os mentolados. É esperada a entrada de novas empresas no setor apesar da proibição de se fazer propaganda desse tipo de produto. Balas e confeitos: aumento do consumo por pastilhas com efeitos medicinais. A maioria dos produtos sem açúcar é ofertada em sabores de menta forte (tende a crescer sua popularidade principalmente pela preocupação com hálito), sendo que os produtos são sempre apresentados nas duas versões. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 32 2.4.7. COLÔMBIA O consumidor colombiano está ficando mais sofisticado, buscando chocolates de melhor qualidade, tipo gourmet, com sabores de licor, nutritivos, com castanhas, ou sem gordura. Esses consumidores preferem um produto com alta concentração de cacau e sabores de café expresso. As categorias de chocolate que mais cresceram em 2008 foram as barras, caixas, e chocolates com brinquedos. Os confeitos de chocolate tiveram seus preços aumentados no último ano devido ao crescimento dos preços das matérias primas. Os chocolates ao leite são os preferidos dos colombianos que estão começando a optar pelo meio amargo devido às propriedades nutricionais. Em relação aos chicles, o crescimento das vendas tem sido impulsionado por inovação e novos produtos, como pro exemplo os com mais de um sabor. A Cadbury Adams deteve 49% do valor das vendas de chicles em 2007. Os consumidores de balas e confeitos também têm buscado produtos sem açúcar. Entre os confeitos, os produtos mais populares são os marshmallows. Observa-se o crescimento do número de variedades de produtos enriquecidos com vitaminas, no país. 2.4.8. ITÁLIA Os consumidores têm preferido produtos de melhor qualidade, mas estão diminuindo o consumo de chocolates. A Ferrero é a líder de mercado no país, sendo que a Lindt tem ganhado espaço com os seus produtos premium. Tem crescido o consumo do chocolate como lanche e a venda de chocolate ao leite no país correspondeu a 45% do total em 2008. Os chocolates com maior teor de cacau são vistos como de melhor qualidade, assim como os que contenham cereais, frutas ou castanhas. Entre os chicles, os italianos preferem sabores frescos, como os mentolados, havendo uma tendência pela diversificação de sabores incluindo as frutas. Para as balas e confeitos, a tendência é de que as vendas de balas diminuam nos próximos anos a 1% ao ano de acordo com pesquisa do Euromonitor International, devido à consciência do consumidor em relação a produtos sem açúcar e mais saudáveis. As balas de alcaçuz tiveram crescimento de vendas devido ao lançamento de novos produtos. 2.4.9. PORTUGAL Nesse mercado, há crescimento da demanda por chocolate sem açúcar e meio amargo. As caixas de chocolate tiveram a maior taxa de crescimento em 2007 (6%). Houve o lançamento de outras marcas privadas de menor custo no grupo de produtos de chocolates premium, estimuladas pela condição econômica do país e expansão das cadeias de vendas. O maior consumo de chocolate em Portugal se dá nos meses de inverno, Páscoa e Natal, pois pela facilidade dos chocolates derreterem, os consumidores optam por sorvetes no verão. No setor de chicles, os sem-açúcar tem se apresentado como os mais dinâmicos entre as opções de produtos. No geral, a Adams foi a líder de mercado em 2007 com 49% de participação, seguida pela Lusiteca com 16%. Os sabores mais vendidos foram os de hortelã e menta em 2008. Os fabricantes portugueses deverão investir em propaganda nos próximos períodos para estimular o consumo desses produtos. O mesmo se repete para as balas e confeitos, onde a propaganda é aliada ao lançamento de novos produtos (como os sem açúcar) e embalagens foram usados para um bom crescimento desse mercado. O maior crescimento de vendas está nos produtos com baixa quantidade de açúcar e sem açúcar. 2.4.10. RÚSSIA Em 2008 os produtos premium foram os mais dinâmicos, tendo aumentado sua demanda acompanhando o crescimento da renda da população, sendo que na Rússia se tem o maior consumo de produtos premium e super premium da Europa. Os preços unitários aumentaram 13%, e as marcas líderes de mercado perderam participação nesse ano. A previsão do Euromonitor é de que as vendas de chocolates cresçam 7% ao ano até 2013. Os novos produtos vendidos no mercado tem sido majoritariamente os de pequenas embalagens. Os chocolates têm sido consumidos como lanches ou entre refeições. Em 2008, 65% das vendas foram de chocolate ao leite. As vendas de chicles sem açúcar em 2008 corresponderam a 78% do total, sendo que os chicles comuns foram de 7% e os funcionais 2%. A tendência de consumo são produtos para gostos mais sofisticados e produtos funcionais ou enriquecidos com vitaminas. O formato de embalagem mais comum é o que contem 10 chicles, ou potes com 50 unidades, e os sabores preferidos são os mentolados ou de frutas. Para balas e confeitos, as pastilhas de menta; novos produtos focando a idéia de “melhor para você” e produtos funcionais levando ao desenvolvimento de linhas sem açúcar ou com ingredientes naturais. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 33 2.4.11. TAILÂNDIA As vendas de chocolates cresceram 9% em 2008, sendo que os sazonais cresceram 16%. O baixo crescimento das vendas de chocolate se dá pela tendência a produtos mais saudáveis. O país assinou acordos de livre comércio com Nova Zelândia, Austrália, China, e Índia. Os chocolates mais vendidos são os recheados, e os em barra correspondendo a 58% das vendas, sendo que os consumidores tendem a perceber aqueles com wafer e caramelo como melhores. Os chicles funcionais são os mais caros vendidos no país, e o aumento das vendas impulsionou o aumento do valor vendido de chicles. As balas e confeitos com utilidade medicinal foram os que apresentaram maior crescimento no país em 2008, aumentando 8% o valor das vendas. Desde 2006 há uma tendência de consciência em relação à saúde, tendo o consumo das crianças controlado pelos pais que optam por produtos sem açúcar ou com menos açúcar. 2.4.12. TURQUIA Produtos de chocolate são majoritariamente consumidos nas grandes cidades da Turquia, enquanto nas cidades menores os doces tradicionais são mais consumidos como o baklava. O chocolate ao leite é o mais consumido no país, correspondendo a 88% das vendas. A tendência dos novos produtos no país é de melhor qualidade e valor agregado. Entre os chicles, os sem açúcar são os que mais cresceram as vendas no ano de 2007 (7%). Os sabores mais vendidos foram menta, morango e citrus. Na parte de balas e confeitos os produtos tendem a ser de mais alto valor, e as empresas devem continuar focando jovens e crianças. 2.4.13. URUGUAI O aumento da renda entre os uruguaios tem aumentado a demanda por produtos da categoria premium, principalmente entre as linhas de pacotes e caixas de chocolates sortidos. As barras de chocolate preferidas são as de chocolate ao leite de 160g, 170g e 180g. Os chocolates exportados pelo Brasil são os favoritos dos consumidores uruguaios por serem mais doces que os europeus meio amargo e respondem por cerca de 50% das vendas totais do produto. Os alfajores continuam a liderar as vendas na categoria chocolates com aproximadamente 50% do volume total comercializado. Todavia, esta categoria enfrenta a concorrência das barras de cereais e outras, tidas como mais saudáveis e mais adequados para o consumo infantil. Pelo mesmo motivo, a categoria de balas e confeitos livres de açúcares deve continuar a apresentar crescimento significativo nos próximos anos com uma maior oferta de pastilhas, chicles, geléias, e outros doces disponíveis no mercado. O mercado de balas e confeitos no Uruguai já é bem maduro e seu desenvolvimento futuro está ligado às vendas de produtos menos tradicionais, como os de menta forte e com recheios líquidos. Entre as gomas de mascar e chicles, as de menta são as mais consumidas entre os uruguaios. 2.4.14. VENEZUELA As vendas de chocolate no país cresceram 31% em 2008 na Venezuela, sendo que as caixas de chocolates sortidos tem sido os mais dinâmicos nesse mercado. Apesar de estar perdendo mercado com a entrada de novos atores, a Nestlé ainda é a líder de mercado com 61% do valor das vendas. Existe a necessidade de licença do governo para importação de produtos alimentícios. Em relação a balas e confeitos, os chicles seguem a tendência por produtos mais saudáveis. Esses produtos sofrem restrições de importação e controle de preços por parte do governo. No mercado houve lançamentos de novos sabores de bala e com recheios gelatinosos. 2.5. FRUTAS Para as Frutas foram identificados os seguintes países para os quais além de informações econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Albânia, Alemanha, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Rússia, Senegal e Sudão. Em 2008, os principais mercados de destino para as exportações brasileiras de frutas foram Países Baixos, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e Alemanha. Juntos responderam por 76,18% de nossas vendas externas totais do segmento. Foram Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 34 exportados para os Países Baixos US$ 287,9 milhões em 2008. Para os Estados Unidos, US$ 212,4 milhões e para o Reino Unido, US$ 139,5 milhões. TABELA 12: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Frutas. Crescimento Importações do Crescimento Participação Importações do das mercado-alvo Principal Principal do Principal País mercado-alvo Importações (crescimento Concorrente Concorrente Concorrente em 2008 (US$) dos 2003-08) (2003-2008) (2008) Concorrentes Albânia 10,66% 34.708.230 10,23% Itália 23,11% 49,35% Alemanha 8,09% 8.403.720.121 8,06% Espanha 5,59% 18,06% China 20,12% 1.237.204.062 20,09% Tailândia 29,76% 24,69% Espanha 12,44% 2.143.463.145 12,10% Estados Unidos 11,76% 15,46% Estados Unidos 10,41% 7.530.115.256 10,50% México 17,13% 26,56% França 9,42% 4.870.818.892 9,39% Espanha 7,91% 35,16% Índia 20,88% 1.133.394.904 20,92% Costa do Marfim 33,21% 17,05% Itália 7,18% 2.773.034.169 7,17% Espanha 0,74% 18,00% Japão 3,22% 2.461.930.507 3,21% Filipinas 10,51% 34,44% Países Baixos 14,65% 5.085.485.745 14,64% África do Sul 15,85% 14,32% Portugal 10,02% 694.786.920 9,85% Espanha 13,47% 48,11% Reino Unido 10,48% 5.519.944.622 10,36% Espanha 10,22% 15,23% Rússia 31,82% 4.472.364.933 31,80% Equador 19,58% 13,42% Senegal 15,74% 27.226.116 15,57% Costa do Marfim 9,24% 42,53% Sudão 33,83% 8.326.059 32,97% India 29,61% 68,82% Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Albânia, Senegal e Sudão destacam-se pelo crescimento acumulado no período analisado, acima dos 1500%. Isto se deve ao fato das exportações brasileiras para estes países terem início apenas no ano de 2007, crescendo consideravelmente no ano seguinte. O Sudão, por exemplo, importou no início da série, apenas US$ 14 mil. Em 2008 este valor subiu para US$ 265,5 mil. Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos foram em 2008 os principais compradores mundiais de frutas, respondendo por 36% do mercado mundial do grupo de produtos, que atingiu US$ 74 bilhões naquele ano. O Brasil ocupa a 19ª posição neste cenário, com US$ 965,6 milhões exportados naquele ano. Crescimento das exportações brasileiras (2003-2008) 6097,45% 18,36% 53,26% 29,77% 7,49% 23,45% -6,26% 8,13% 42,09% 14,78% 14,20% 15,96% 43,97% 1647,38% 1782,03% Participação Brasileira Classificação 2008 1,96% 0,40% 0,15% 2,91% 2,82% 0,33% 0,06% 0,91% 0,06% 5,66% 4,42% 2,53% 0,22% 0,44% 3,19% A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar Em risco A consolidar Em risco A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar TABELA 13: Gastos do consumidor com frutas e barreiras tarifárias. Consumo de Consumo de Tarifa País Frutas Enlatadas Frutas 2008 (US$ Tarifas Brasil Principal 2008 (US$ mn) Per Capita) Concorrente Albânia - 10,00% 5,72% Alemanha 699.7 211,1 9,72% 0,00% China 654.0 31 13,89% 0,00% Espanha 133.9 375,7 9,72% 12,05% Estados Unidos 2172.1 117 1,41% 0,00% França 526.7 259,9 9,72% 0,00% Índia 42.0 16,4 28,77% 28,77% Itália 65.4 229,6 9,72% 0,00% Japão 481.2 139,1 8,34% 8,82% Países Baixos 62.4 187,8 9,72% 6,19% Portugal 44.7 194,4 9,72% 0,00% Reino Unido 278.9 216,2 9,72% 0,00% Rússia 863.6 106,1 7,13% 7,13% Senegal - 18,62% 0,00% Sudão - 39,73% 39,73% Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. O crescimento de nossas vendas externas no período analisado só não é superior ao de nosso principal concorrente para os Estados Unidos, Índia e Países Baixos. Espanha, França e Itália representaram os países com maior consumo per capita de frutas em 2008. A tarifa imposta por estes países para o produto brasileiro é inferior ao de nosso principal concorrente somente para a Espanha e o Japão, o que não impede nossa penetração nestes mercados nos quais nossa participação chega, no máximo, a 5,66% nos Países Baixos. Oito dos países selecionados, ademais, estão localizados na Europa onde, segundo dados fornecidos pela FAO, o consumo per capita médio de frutas chega a 123 kg/ano. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 35 2.5.1. ALBÂNIA A Albânia é um país que tem clima mediterrâneo, propicio ao cultivo de frutas, principalmente as cítricas. Os sucos produzidos no país são feitos com frutas e polpas importadas, principalmente da Grécia. Entre os produtos a base de frutas no 11 mercado há conservas, comidas para bebê, iogurtes e sobremesas. De acordo com a FAO , o consumo per capita de frutas frescas no país é de 172kg/ano. 2.5.2. ALEMANHA Os preços das frutas frescas cortadas aumentaram em 2008 devido a custos de transporte e das frutas sem beneficiamento. No mesmo período a venda de frutas em conserva decaiu com o aumento dos preços. O crescimento da popularidade de comidas congeladas, também tem influenciado nas vendas de frutas relacionadas a imagem saudável. 2.5.3. CHINA Frutas em conserva ou enlatadas tiveram um crescimento negativo no país em 2008, havendo inclusive maior número de vendas para o exterior do que no mercado doméstico. Os consumidores chineses têm acesso a grande variedade de frutas frescas, as quais são preferidas em comparação com as resfriadas. Os principais canais de vendas são os mercados, onde os preços são menores, e os consumidores acreditam que as frutas vendidas nesses lugares são mais saborosas. 2.5.4. ESPANHA O volume de vendas de frutas frescas na Espanha era muito pequeno devido a pouca oferta desse produto. A Associação 12 espanhola de frutas e hortaliças lavadas prontas para Consumo promoverá novos produtos que durem mais nas prateleiras, como meio de tornar o comércio desses produtos mais atrativo. Muitos consumidores têm o costume de comprar frutas por quilo, semanalmente, com uma oferta de frutas de alta qualidade durante todo o ano. Há uma tendência de oferta de produtos prontos para o consumo, especialmente frutas que são consideradas de difícil preparo como abacaxi e manga. Os fabricantes deverão fazer campanhas de divulgação e incentivo ao consumo de frutas, inclusive grandes redes de supermercados com as frutas sob suas marcas. 2.5.5. ESTADOS UNIDOS O consumo de frutas nos Estados Unidos tem a tendência de aumentar com a conscientização e busca por lanches mais saudáveis. Embalagens com porção única como copos tem aumentado a oferta em diferentes estabelecimentos como drogarias. A tendência pela inclusão de frutas na alimentação e a preferência por produtos fáceis de preparo ou prontos, devera aumentar a demanda por frutas prontas para o consumo. Os preços deverão continuar altos, apesar de que as frutas cortadas deverão continuar com um preço inferior as frutas frescas. 2.5.6. FRANÇA No país tem uma campanha nacional para o consume de frutas. A campanha sugere o consumo de cinco frutas por dia, e tem aumentado a demanda desses produtos principalmente congelados. Em relação às frutas enlatadas, a busca por alimentos saudáveis fez com que a indústria diminuísse os conservantes e açúcar. 2.5.7. ÍNDIA 13 A Índia é grande produtor de banana, frutas cítricas, e manga, além de outras frutas que fazem com que o país seja um dos maiores produtores mundiais. O consumidor indiano é muito sensível a variação de preços, e gasta uma porcentagem bem baixa de sua renda com o consumo de frutas. As frutas nacionais têm preços bem abaixo das frutas importadas. Com o aumento do numero de supermercados e hipermercados e conseqüentemente da concorrência, deverá haver maior oferta de 11 FAO - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Asociación Española de Frutas y Hortalizas Lavadas Listas para su empleo, AFHORLA. 13 India Product Brief: Indian Fresh Fruit Sector 2008. Disponível em <http:// www.usda.gov>. Acessado em 16 set, 2009. 12 Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 36 frutas na Índia. Assim como os produtos resfriados que deverão ganhar maior participação de mercado em relação aos congelados. 2.5.8. ITÁLIA Os consumidores italianos preferem os produtos frescos, pois os considera mais saudáveis e saborosos. As vendas desta categoria de produtos atingiram 12 milhões de euros em 2008. Isso influencia negativamente na venda das frutas em conserva, que são mais baratas e tendem a ser mais consumidas no inverno. As frutas resfriadas são uma novidade para os consumidores italianos e tem agradado como substitutas de outros lanches, apesar dos altos preços limitarem o crescimento do consumo destes produtos e restringi-lo às cidades mais desenvolvidas. No ano de 2007 foi lançado no mercado um kiwi amarelo da marca Naturitalia. 2.5.9. JAPÃO A demanda pelas frutas em conserva tem diminuído sua no país por dois motivos: as frutas frescas e copos de geléia de frutas têm feito com que menos consumidores optem por frutas em conserva; e o aumento dos preços das frutas em conserva. 2.5.10. PAÍSES BAIXOS Frutas frescas têm representado o maior crescimento de vendas entre alimentos nos Países Baixos, com um aumento de 28% em 2008. Isso se deve a tendência dos consumidores considerarem esses produtos de fácil consumo, saudáveis e sua disposição em pagar por eles. As frutas resfriadas também são percebidas como produtos saudáveis e apresentam o maior crescimento entre os alimentos resfriados. A demanda por frutas tropicais como abacaxi e manga tem crescido , apesar de os consumidores preferirem essas frutas cortadas, devido a dificuldade em prepará-las. 2.5.11. PORTUGAL Frutas descascadas ou semi-preparadas tem um custo mais alto do que as frutas frescas, o que faz com que muitos consumidores não tenham acesso a esses produtos. O consumo de frutas é bastante alto principalmente entre pessoas com mais de 55 anos. A tendência de consumo de produtos mais saudáveis deve incentivar o consumo de frutas nos próximos anos em Portugal. 2.5.12. REINO UNIDO A demanda por frutas tem crescido com a tendência por consumir produtos saudáveis e comidas rápidas. Nas escolas tem se difundido o consumo por frutas, fazendo com que as mães incluam esse alimento nos lanches das crianças. As frutas congeladas são mais acessíveis aos consumidores haja vista terem perecebilidade menor que outras variedades. O Departamento de Saúde tem promovido o consumo de frutas e incluído nos tickets que as pessoas de baixa renda podem trocar por alimentos. 2.5.13. RÚSSIA As frutas em conserva apresentaram o maior crescimento do setor no último, impulsionado pela tendência dos consumidores em fazerem pratos étnicos, ou com maior valor nutricional. Isso é devido a tendência de saúde e bem estar. No ano de 2008 a demanda por frutas frescas foi baixa, o que pode ser explicado pelos altos preços. 2.6. LEITE E LATICÍNIOS Para o grupo de produtos de Leite e laticínios foram identificados os seguintes países para os quais além de informações econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Alemanha, Argentina, Catar, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Filipinas, Grécia, Itália, Japão, Omã, Países Baixos, Reino Unido, Senegal, Sudão e Venezuela. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 37 TABELA 14: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Leite e laticínios. Importações Crescimento Crescimento Importações Crescimento Participação do mercadodas das Participação do mercadoPrincipal Principal do Principal País alvo Importações Exportações Brasileira Classificação concorrente Concorrente Concorrente alvo em 2008 (crescimento 2008 dos brasileiras (US$) (2003-2008) (2008) 2003-08) Concorrentes (2003-2008) Alemanha 9,12% 7.794.819.773 9,21% Países Baixos 8,04% 31,96% -22,19% 0,09% Em risco Argentina 0,64% 20.677.350 -13,00% Uruguai -29,75% 11,92% 35,13% 58,16% Consolidado Catar 22,16% 86.611.196 20,86% Países Baixos 13,15% 24,85% 290,83% 5,21% A consolidar Emirados Árabes 19,34% 570.792.634 18,20% Países Baixos 14,83% 24,34% 96,74% 5,10% A consolidar Estados Unidos 6,30% 1.886.827.777 6,25% Itália 9,21% 17,37% 8,67% 1,89% A consolidar Filipinas 12,34% 693.797.612 12,11% Nova Zelândia 12,96% 46,86% 209,42% 1,00% A consolidar Grécia 12,14% 1.164.525.515 12,14% Alemanha 16,51% 35,93% 10,96% 0,00% Em risco Itália 9,01% 4.655.003.777 9,01% Alemanha 6,40% 46,62% 246,78% 0,00% A consolidar Japão 11,96% 1.508.504.694 12,03% Austrália 17,70% 31,85% 1,28% 0,47% Em risco Omã 27,51% 352.854.420 27,06% Dinamarca 41,02% 29,53% 196,76% 1,75% A consolidar Países Baixos 6,87% 3.303.985.096 6,86% Alemanha 9,88% 45,12% 35,53% 0,02% A consolidar Reino Unido 11,37% 4.037.168.809 11,39% Irlanda 14,88% 25,84% -18,41% 0,03% Em risco Senegal 21,44% 148.117.221 -388,62% França 1,41% 25,00% 109,26% 16,69% A consolidar Sudão 48,85% 103.361.738 44,61% Nova Zelândia 86,01% 23,89% 228,97% 13,70% A consolidar Venezuela 49,20% 999.424.982 38,10% Nova Zelândia 33,94% 22,77% 185,31% 32,94% A consolidar Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Contudo, apenas na Itália nossas vendas apresentaram crescimento positivo no período analisado, sendo 240,38% superior ao registrado para o nosso principal concorrente naquele país, a Alemanha. Este país, ainda, foi o maior exportador do segmento no mundo naquele ano, com US$ 9,8 bilhões em exportações. O Brasil ocupou a 19ª posição, com vendas externas de US$ 646,7 milhões em 2008. Os dados informados na Tabela 15 indicam que o consumo de leite e derivados em 2008 foi de US$ 65 bilhões nos Estados Unidos. O segundo colocado, a Alemanha, consumiu US$ 41 bilhões a menos, o equivalente a US$ 23 bilhões. Contudo, o consumo per capita com leite, queijos e ovos em 2008 foi maior na Alemanha que nos Estados Unidos, US$ 308,30 no primeiro e US$ 226,60 no segundo. TABELA 15: Gastos do consumidor com leite e derivados e barreiras tarifárias. Consumo com Consumo com Tarifa leite, queijos e Tarifas País leite e Laticínios Principal ovos 2008 (US$ Brasil 2008 (US$ mn) Concorrente Per Capita) Alemanha 23567,2 308,3 62,82% 0,00% Argentina 4825,8 117,6 0,00% 15,30% Catar - 4,91% 4,91% Emirados Árabes Unidos 349,8 235,3 4,91% 4,91% Estados Unidos 65374,4 226,6 22,78% 22,91% Filipinas 1449,4 35,4 3,07% 3,07% Grécia 2829,3 589,7 62,82% 0,00% Itália 19001,8 463,5 62,82% 0,00% Japão 21225,7 149,7 127,25% 127,24% Omã - 4,91% 4,91% Países Baixos 4664,6 316,5 62,82% 0,00% Reino Unido 14938,8 306,7 62,82% 0,00% Senegal - 8,72% 8,72% Sudão - 36,95% 36,95% Venezuela 2788,1 232,7 21,87% 0,00% Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Venezuela, Estados Unidos, Angola, Emirados Árabes Unidos e Senegal foram, em 2008, os cinco principais mercados de destino das exportações brasileiras de leite e laticínios, respondendo por quase 70% do total de nossas vendas externas do grupo de produtos. A Venezuela importou, em 2008, US$ 329 milhões. Os Estados Unidos, US$ 35,6 milhões. Emirados Árabes Unidos e Senegal importaram US$ 29 milhões e US$ 24 milhões, respectivamente, naquele ano. Alemanha, Itália e Reino Unido foram, em 2008, os principais compradores mundiais deste grupo de produtos, movimentando US$ 16,4 bilhões de um mercado de US$ 58,3 bilhões. Ainda assim, consideravelmente inferiores aos valores registrados para a Grécia e Itália, de US$ 589,70 e US$ 463,50, respectivamente. Para todos os países europeus, ademais, a tarifa de exportação de produtos brasileiros é superior ao de nossos principais concorrentes que se beneficiam da área de livre comércio da União Européia Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 38 2.6.1. ALEMANHA Em se tratando de queijos, na Alemanha, percebe-se uma maior procura por produtos de conveniência, mais saudáveis (orgânicos, sem lactose ou com menor percentual de gordura) e premium. As vendas de queijos em fatias representam a principal tendência para todas as variedades. As categorias de maior crescimento em vendas em 2008 foram as de soft cheese e queijos cremosos. A primeira destas beneficiou-se enormemente do aumento da demanda por queijo feta, camembert e muçarela entre os consumidores alemães, bem como pela introdução de variedades com pouca gordura. Tiras de queijo e produtos similares para lanches focados em crianças não estão disponíveis no mercado alemão. Já as vendas de leite orgânico fresco e leite UHT orgânico cresceram significativamente em 2008. Na linha de leite fresco/pasteurizado, as maiores vendas, em volume e valor, foram as de leite semi-desnatado. As vendas de leite de soja ainda são relativamente pequenas na Alemanha. O leite sem lactose é mais popular haja vista ser mais apreciado pelo paladar alemão. Leites micro filtrados, pasteurizados, e leites longa vida são as principais tendências de consumo no país. No grupo de produtos de iogurtes, a busca por produtos mais saudáveis é a principal tendência. Os iogurtes probióticos lideram as vendas de iogurtes em potes. As vendas de outros iogurtes funcionais também tiveram bom desempenho em 2008. Os iogurtes a base de soja é um nicho de potencial crescimento. Existe, ainda, grande interesse por iogurtes com sabores mais exóticos contendo frutas diferentes bem como a base de café ou cappuccino. 2.6.2. ARGENTINA Devido o estilo de vida mais agitado, os consumidores argentinos têm consumido queijo como substituto às refeições, em 14 sanduíches de queijo e picadas , o que levou ao crescimento desse consumo. Queijos processados apresentaram o maior crescimento em valor de vendas em 2008, com especial destaque para o cream cheese, tradicionalmente consumido na Argentina e visto como mais saudável. Queijo reconstituído e produtos flavorizados têm ganhado mercado como opção mais saborosa. Queijos cremosos são oferecidos somente em pacotes retangulares. Bebidas lácteas com sucos de frutas apresentaram crescimento no valor de vendas em 2008 principalmente devido ao aumento de seu consumo entre adolescentes e entre crianças por serem consideradas uma alternativa mais saudável que as bebidas achocolatadas. As bebidas de soja são também percebidas como saudáveis. O leite orgânico ainda precisa ser introduzido embora haja grande potencial de produção no país. A tendência por alimentação saudável tem aumentado as vendas de iogurtes entre os adolescentes argentinos. Bebidas probióticas apresentaram o maior crescimento em valor de vendas em 2008. Não há iogurtes à base de soja disponíveis no mercado argentino. Os consumidores preferem sabores tradicionais, como morango, pêssego ou abacaxi e frutas vermelhas, para os iogurtes de potes com pedaços, e morango, baunilha e pêssego para os de sabores. Os produtos funcionais são geralmente consumidos por mulheres jovens e de meiaidade. Produtos com frutas ou com sabores são consumidos preferencialmente por crianças, enquanto os prontos para beber são consumidos por adolescentes e homens. 2.6.3. ESTADOS UNIDOS Nos Estados Unidos, a demanda por queijos gourmet permanece forte. Há grande interesse por variedades diferentes de queijos além do queijo processado, como os orgânicos e os de baixa caloria. A demanda por queijos não processados deve conduzir o crescimento do grupo de produtos nos próximos anos. A linha de queijos com maior crescimento, em valor e volume, é a de soft cheeses, composta principalmente por queijo muçarela desfiado cujo consumo se beneficiou da popularidade da cozinha italiana. Também a procura por queijos hispânicos, como queso fresco, panela, queso Blanco, asadero e cotija tem crescido em virtude do aumento desta comunidade nos EUA e por um interesse maior pela comida latina, em especial pela mexicana. A linha de cream cheese foi responsável por aproximadamente 85% do valor de vendas de queijos cremosos em 2008. A popularidade dos sanduíches é responsável pela forte presença de queijos em fatias entre os queijos cremosos. Os queijos a base de soja representam um nicho de mercado para consumidores veganos. Em se tratando se bebidas lácteas, o leite semi-desnatado é o de maior popularidade entre os consumidores estadunidenses. Nos Estados Unidos, a maior parte do leite flavorizado é no sabor chocolate em oposição ao sabor de frutas. As bebidas lácteas refrigeradas dominam o grupo de produtos. As vendas de bebidas a base de soja continuam a crescer, bem como as de leite de 14 Picadas: prato argentino tradicional com mistura de carnes frias, salgadinhos e queijo. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 39 cabra. Há, ainda, crescimento nas vendas de leite orgânico e de leite sem hormônios. Na linha de iogurtes, o crescimento é orientado por novos lançamentos, como as variedades funcionais para as pessoas de mais idade. Os iogurtes probióticos tiveram grande crescimento em 2008. Aqueles a base de soja ainda estão restritos a nichos específicos de mercado. Sabores diferentes estão sendo introduzidos no mercado muito embora os estadunidenses ainda prefiram sabores de frutas vermelhas em seus iogurtes, com morango, e mirtilo liderando a preferência entre os sabores de frutas. Dentre os demais sabores, o iogurte de baunilha é o principal. 2.6.4. FILIPINAS Os queijos têm pouca penetração no mercado filipino. Em 2008, a categoria mais dinâmica foi a de queijos cremosos. As vendas são focadas principalmente em crianças, principais consumidores desta linha de produtos no país. Daí a preponderância de produtos enriquecidos com vitaminas ou fortificados. Entre as bebidas lácteas, as vendas das variedades prontas de leite são focadas no público adulto haja vista a preponderância das versões em pó para as crianças. A tendência por produtos mais saudáveis nas Filipinas tem impulsionado o crescimento das vendas de produtos livres de gordura, principalmente ente as camadas mais velhas da população. As vendas de iogurtes também vêm se beneficiando desta orientação. As variedades com sabores de frutas, como kiwi, morango, frutas vermelhas e mix de frutas, mantêm-se muito populares enquanto outras, como a manga, vêm conquistando o consumidor. Outros sabores mais exóticos ainda não estão presentes no mercado filipino. Cabe ressaltar que grande parte das bebidas a base de soja consumidas no país é importada. Os iogurtes a base de soja ainda representam uma parcela ínfima das vendas totais da categoria. 2.6.5. GRÉCIA Na Grécia, a categoria de soft cheese deve continuar a crescer no biênio 2009-10. A oferta de queijos mais saudáveis ainda representa um nicho e produtos funcionais ou fortificados bem como os com pouca lactose ainda não estão disponíveis no mercado. Em se tratando de bebidas, a grande maioria das lácteas destina-se ao consumo adulto. As bebidas de soja, consumidas principalmente por mulheres jovens, ainda representam uma pequena porção das vendas totais de bebidas lácteas. O mesmo pode ser dito para o leite orgânico, restrito a um pequeno nicho de mercado, mas com grande potencial de crescimento. Na linha de iogurtes, as variedades ‘prontas para beber’ apresentaram o maior crescimento de vendas em 2008, uma vez que ainda se tratam de novidade na Grécia. Embora esta linha de produtos ainda seja dominada pelas variedades de potes a tendência de crescimento das categorias ‘pronta para beber’, funcionais e probióticos devem permanecer haja vista o maior interesse de mulheres jovens e de meia idade por produtos mais saudáveis. Os sabores preferidos entre os consumidores gregos são morango, pêssego e abacaxi conquanto os iogurtes de frutas misturadas e as combinações de grãos estejam conquistando mercado. 2.6.6. ITÁLIA As vendas de queijo na Itália nos próximos anos devem ser impulsionadas por produtos que apresentem maior conveniência, qualidade e que sejam mais saudáveis. Em vista disso, as embalagens menores e os formatos individuais têm sido amplamente procurados. Ademais, constatou-se, em 2008, crescente demanda por produtos locais, tidos como de melhor qualidade e de maior frescor, pelos quais os consumidores estariam dispostos a pagar um valor maior do que aquele pago nos queijos tradicionais. O cream cheese respondeu por 55% do valor das vendas de queijos cremosos em 2008. Na Itália, as variedades de queijos não processados estão disponíveis em fatias apenas. Em relação às bebidas lácteas, a demanda por leites especiais impulsionou as vendas de produtos funcionais e sem lactose enquanto as variedades tradicionais, como os leites longa vida/UHT e frescos, apresentaram contração. Tendência dos consumidores preferirem os leites micro-filtrados. O leite de cabra apresentou o melhor desempenho em vendas nesta categoria de produtos em 2008, seguido pelos leites à base de soja. Os leites orgânicos ainda são pouco consumidos e difundidos no país. Por sua vez, a linha de iogurtes beneficiou-se do maior interesse por alimentos mais nutritivos e as vendas de iogurtes pro/prebiótico, de baixo colesterol e de outros funcionais cresceram no último ano. Os iogurtes a base de soja ainda representam um pequeno nicho no mercado italiano conquanto apresentem singular expansão. O sabor de iogurte preferido pelos italianos é o de morango, seguido por outros sabores tradicionais, como banana, frutas silvestres, abacaxi e pêssego. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 40 2.6.7. JAPÃO O mercado para queijos no Japão ainda é muito recente. Em média, os japoneses consomem apenas um décimo da quantidade de queijo consumida pela maioria dos países ocidentais. Por isso, a taxa de crescimento de todos os tipos de queijo teve média de 7-8% em 2008, com destaque para os cream cheeses. Cerca de 80% do queijo consumido no Japão é importado e aquelas variedades premium, especialmente as européias, são vistas como sofisticadas e, portanto, muito desejadas. As bebidas lácteas, outrossim, vem enfrentando concorrência de outras bebidas vistas como mais saudáveis. Dentro desta linha de produtos, o leite a base de soja é tido como uma alternativa saudável ao tradicional. O leite fresco é preferido aos UHT e ao leite micro-filtrados. Já os leites flavorizados tem tido enorme sucesso junto às crianças. As vendas de iogurte, por sua vez, tiveram crescimento em 2008. Os iogurtes de potes têm conquistado mercado haja vista o tamanho de suas embalagens e a conveniência que proporcionam. O sabor de mirtilo é o preferido entre os consumidores japoneses, embora o sabor de manga esteja tornando-se popular. Populares também estão tornando-se os iogurtes funcionais. Os iogurtes a base de soja ainda são pouco difundidos no Japão. 2.6.8. OMÃ 15 No mercado omani de queijos destacam-se três variedades principais: os queijos processados, os queijos brancos e os queijos curados naturalmente. Contudo, os queijos processados representam 81% das vendas totais, dada a existência de uma grande parcela de população jovem para os quais esta variedade de queijo é uma excelente opção de lanche. A participação das importações no mercado de leite e laticínios em Omã é expressiva. Quase 50% do leite consumido no país vêm do exterior. O consumo de leite vem crescendo a uma média de 12% ao ano atingindo, em 2005, 39 milhões de litros e devendo alcançar 52,9 milhões de litros em 2010. Muito embora o consumo per capita da bebida ainda seja inferior ao padrão de outros países da região, atingiu 16,1 litros em 2005, contra os 10,5 litros de 2001. Durante os próximos anos, as vendas de leite longa vida devem crescer em ritmo mais acelerado do que as de leite pasteurizado. Para esta última categoria, a previsão é que 40% das vendas em 2010 sejam daquele leite pasteurizado comercializado em embalagens pet. Por outro lado, as vendas de leite em pó vêm diminuindo em virtude do aumento da demanda por produtos de maior conveniência e prontos para beber. Em se tratando de iogurtes, o mercado de Omã é constituído basicamente da variedade sem sabor. Estes responderam por cerca de 97% das vendas do varejo em 2005. Os iogurtes naturais são um importante componente da dieta de árabes e indianos, consumidos durante todo o dia. Os iogurtes de frutas continuam sendo a linha de produtos mais vendida embora venha perdendo mercado para outras sobremesas lácteas. As estimativas apontam para um crescimento de 5% ao ano nas vendas da categoria para os próximos anos. 2.6.9. PAÍSES BAIXOS Na Holanda, nota-se forte tendência por produtos de maior conveniência, mais saudáveis, mais sofisticados e premium. Os queijos de baixa caloria foram os mais vendidos em 2008. Brie e camembert são os principais tipos de soft cheeses que estão tornando-se bastante populares, especialmente entre os consumidores mais jovens. Contudo os hard cheeses (como o gouda) ainda permanecem como os mais vendidos. Na linha de bebidas lácteas, as bebidas à base de soja apresentaram grande dinamismo durante o ano de 2008. As bebidas orientadas para adultos correspondem a 100% das vendas na Holanda, enquanto as bebidas para crianças ainda tem pouco apelo. Os consumidores holandeses preferem o leite fresco ao invés do leite UHT. As vendas de leite orgânico e leite de cabra ainda representam um nicho de mercado na Holanda. Em se tratando de iogurtes, aqueles flavorizados e pré/probióticos lideraram as vendas em 2008 e devem continuar a crescer nos próximos amos. Iogurtes mais tradicionais, como o natural, são consumidos principalmente por pessoas mais velhas, enquanto os consumidores mais jovens são mais atraídos para iogurtes ‘prontos para beber’ e funcionais. Embora as vendas de iogurte de soja ainda sejam pequenas, esta linha registrou um significativo crescimento no valor de vendas em 2008. 15 GCC Dairy Products 2006. Disponível em <http:// www.imesconsulting.com>. Acessado em 16 set, 2009. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 41 2.6.10. REINO UNIDO O interesse dos consumidores pela proveniência e pela forma de produção dos alimentos que consomem aumentou a demanda por hard cheeses regionais, embora as vendas de queijo cheddar ainda respondam por mais da metade do consumo de queijos no Reino Unido. Crescem também as vendas de queijos vendidos em embalagens menores refletindo a maior procura por produtos de conveniência. A tendência é que uma maior preocupação com a saúde irá acarretar uma diminuição do consumo per capita do produto nos próximos anos. Em se tratando de bebidas lácteas, a linha mais dinâmica em 2008 foi a de leite longa vida/UHT. Os leites orgânicos devem apresentar crescente demanda também. O consumo per capita de iogurtes no Reino Unido, ademais, ainda está muito aquém da média dos demais países europeus. Por isso, o potencial de crescimento deste grupo de produtos é considerável, principalmente em se tratando de produtos com maior apelo à saúde. 2.6.11. VENEZUELA Em 2008, o governo venezuelano decidiu regulamentar o comércio de queijos. Para tanto, aumentou significamente os preços de vários tipos de queijos diminuindo sua oferta mediante restrições às importações. A preferência entre os consumidores venezuelanos pelo queijo fresco e soft é evidente na categoria de queijos cremosos. Em termos de queijos não processados, aqueles vendidos em fatias são os mais vendidos uma vez que são usados como recheios para sanduíches e arepas (panquecas de milho frito ou cozido). A tendência por queijos mais saudáveis ainda não é determinante na Venezuela. Ao mesmo tempo, o consumo per capita do produto deverá crescer acima das taxas de crescimento demográfico, como resultado de melhores condições econômicas entre a população de baixa renda. Entre as bebidas lácteas, os regulamentos do governo também criaram distorções e prejudicaram o crescimento das vendas no varejo. Tradicionalmente o leite longa-vida/UHT é considerado um produto de luxo, comprado principalmente por consumidores de alta renda, usualmente pouco afetado por oscilações no preço. A participação desta linha no consumo total do país é de apenas 5% enquanto os leites fresco/pasteurizado detêm 21% da participação de mercado. As bebidas de soja, por outro lado, são pouco consumidas na Venezuela. Contudo, seu crescimento pode ser beneficiado pela ausência de regulamentação para esta linha e as constantes ameaças de desabastecimento das bebidas lácteas tradicionais. Os iogurtes ‘prontos para beber’ e em potes, por outro lado, apresentaram bom desempenho em 2008. Ainda não existe mercado para aqueles iogurtes feitos a base de soja. Os sabores tradicionais de iogurtes são os mais comuns, como morango, pêssego, abacaxi, ameixa e frutas misturadas. Lançamentos recentes têm tentado atender a nichos específicos nos quais a saúde e o bem estar são preocupações importantes. 2.7. MASSAS, PÃES E BISCOITOS No grupo de produtos de Pães, Massas e Biscoitos foram identificados os seguintes países para os quais, além de informações econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o setor: África do Sul, Alemanha, Bélgica, China, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Irlanda, Japão, Mauritânia, México, Países Baixos, Rússia, Ucrânia e Venezuela. As exportações brasileiras em 2008 para esse grupo de produtos foi de US$ 339,3 milhões, com um crescimento médio de 39,8% ao ano desde 2003. Os principais destinos das exportações no último ano foram Venezuela, Angola, Paraguai, Estados Unidos e Argentina. Ente os países selecionados, os maiores importadores são Estados Unidos e Alemanha, seguidos de Bélgica, Países Baixos e Japão. A participação brasileira é inferior a 10% em quase todos os países com exceção da Venezuela. O crescimento das exportações brasileiras chega a 630% para a Irlanda, sendo que para esse país o Brasil exporta desde 2006, 280% para Filipinas, e 200% para Venezuela. As exportações brasileiras apresentaram crescimento superior ao dos demais concorrentes na maioria dos casos, para o período de 2003 a 2008. Os maiores mercados em valor de vendas para produtos de panificação são Estados Unidos, Japão e México; já para os biscoitos são Estados Unidos, Japão e China; e para massas são Estados Unidos, Alemanha e Venezuela. O consumo per capita para os produtos de panificação é maior na Bélgica, Países Baixos e Alemanha; para biscoitos são Bélgica, Irlanda e Países Baixos, e massas são Venezuela, Bélgica e Alemanha. As tarifas brasileiras para o grupo de produtos massas, pães e biscoitos é a mesma que a aplicada para o principal concorrente em diversos casos. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 42 TABELA 16: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Massas, pães e biscoitos Crescimento Crescimento Importações do Importações Crescimento Participação das das Participação mercado-alvo do mercadoPrincipal Principal do Principal País Importações Exportações Brasileira Classificação (crescimento alvo em 2008 Concorrente Concorrente Concorrente dos Brasileiras 2008 2003-08) (US$) (2003-2008) (2008) Concorrentes (2003-2008) África do Sul 23,87% 115.159.410 21,95% Itália 16,95% 12,20% 80,57% 8,76% A consolidar Alemanha 10,58% 3.231.381.082 10,58% Itália 12,76% 24,87% 88,42% 0,00% A consolidar Bélgica 11,50% 1.735.570.133 11,50% França 12,06% 34,04% 49,05% 0,01% A consolidar China 37,06% 716.919.589 37,06% Cingapura 46,15% 24,71% 46,91% 0,03% A consolidar Colômbia 18,14% 118.243.818 18,43% México 34,17% 22,73% 12,83% 4,47% Em risco Equador 18,13% 87.837.129 18,18% Peru 22,00% 28,97% 17,34% 5,62% Em risco Estados Unidos 9,72% 4.033.417.484 9,77% Canadá 8,35% 49,19% -1,16% 0,32% Em risco Filipinas 15,82% 204.871.590 15,54% Irlanda 140,26% 30,73% 279,76% 1,22% A consolidar Irlanda 16,30% 911.646.275 16,30% Reino Unido 14,31% 80,14% 630,13% 0,01% A consolidar Japão 6,38% 1.191.497.682 6,44% China 4,28% 17,95% -5,30% 0,34% Em risco Mauritânia 28,31% 34.834.352 27,39% França 22,59% 34,48% 55,42% 5,61% A consolidar México 4,49% 544.608.840 4,47% Estados Unidos 3,61% 53,36% 9,70% 0,38% A consolidar Países Baixos 10,31% 1.424.446.126 10,31% Bélgica 8,87% 31,94% 17,36% 0,01% A consolidar Rússia 29,91% 604.202.011 29,58% Alemanha 35,17% 14,01% 71,61% 1,66% A consolidar Ucrânia 43,01% 153.443.850 42,97% Rússia 32,57% 50,27% 120,01% 0,11% A consolidar Venezuela 58,57% 332.446.669 39,48% Argentina 118,95% 34,48% 199,78% 48,39% A consolidar Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. TABELA 17: Gastos do consumidor com produtos de panificação, biscoitos e massas e barreiras tarifárias. Consumo com Consumo com produtos de produtos de panificação 2008 panificação 2008 (US$ mn)* (US$ Per Capita)* África do Sul 1509,0 30,9 Alemanha 19226,1 233,8 Bélgica 3596,3 338,7 China 10036,9 7,6 Colômbia 1853,4 39,2 Equador 549,5 40,8 Estados Unidos 44539,8 146,3 Filipinas 612,2 6,8 Irlanda 931,4 212,7 Japão 22904,9 179,4 Mauritânia México 22763,4 211,2 Países Baixos 3842,4 234,5 Rússia 8871,0 62,7 Ucrânia 944,4 20,4 Venezuela 956,9 34,4 País Consumo com biscoitos 2008 (US$ mn)* 227,7 2145,6 783,4 4060,6 425,7 131,1 10913,5 425,7 272,2 4123,2 1772,6 1013,2 1879 779,1 786,2 Consumo com biscoitos 2008 (US$ Per Capita)* 4,7 26,1 73,8 3,1 9,0 9,7 35,8 4,7 62,2 32,3 16,4 61,8 13,3 16,9 28,3 Consumo com massas 2008 (US$ mn)* 94,5 1589,8 229,5 4,6 197,1 40,7 3118,0 112,0 46,6 880,8 656,5 180,3 1204,0 121,7 1424,7 Consumo com massas 2008 (US$ Per Capita)* 1,9 19,3 21,6 0,0 4,2 3,0 10,2 1,2 10,6 6,9 6,1 11,0 8,5 2,6 51,2 Tarifas Brasil Tarifa Principal Concorrente 21,37% 20,49% 20,49% 17,18% 9,97% 15,91% 4,48% 11,27% 20,49% 30,90% 15,76% 10,10% 20,49% 13,27% 9,41% 12,02% 5,96% 0,00% 0,00% 9,70% 14,99% 0,00% 3,47% 11,27% 0,00% 30,90% 15,76% 0,00% 0,00% 13,27% 0,00% 12,17% Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Produtos de panificação: pães, produtos de pastelaria e bolos * Valores indicativos de vendas no varejo. 2.7.1. ÁFRICA DO SUL O grupo de produtos de pães, massas e biscoitos apresentou crescimento considerável no biênio 2007-08 na África do Sul. Uma maior preocupação com a saúde vem aumentando a demanda por produtos de maior valor nutricional, como aqueles com baixo teor de açúcar, orgânicos ou com ingredientes funcionais. Esta tendência deve expandir-se principalmente entre os consumidores de renda mais elevada. Contudo, o consumo dos produtos tradicionais permanecerá elevado. O grupo de produtos de pães embalados vem conquistando popularidade entre os consumidores sul-africanos, muito embora as vendas de pães, bolos e massas frescas demonstrem maior volume de vendas. As marcas de biscoitos premium, tais como biscoitos recobertos de chocolate ou recheados, crescem entre os consumidores de mais alta renda enquanto entre os consumidores de renda mais baixa, as vendas de biscoitos sem recheio, salgadinhos e crackers continuam a crescer. As massas em formatos diferentes, por sua vez, vêm apresentando crescimento significativo de vendas haja vista serem consideradas ótima fonte de carboidratos pelos consumidores sul-africanos. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 43 2.7.2. ALEMANHA Um maior interesse entre os consumidores por saúde e bem estar são a principal tendência em se tratando de produtos de panificação na Alemanha. Produtos mais caros, premium, nortearam o crescimento em valor das vendas do grupo de produtos em 2008. Constatou-se, ademais, aumento na demanda por torradas e pães integrais, tais como os de centeio. As porções menores, mais convenientes, devem nortear a produção da linha de pães, bolos e massas. As massas de croissants, consumidos no café da manhã, representam o produto de maior consumo da linha de pastelaria. De forma geral, a tendência é de diminuição do valor das vendas dos produtos de panificação em razão da preferência do consumidor por alimentos mais saudáveis, o que os afasta de algumas destas categorias de produtos. 2.7.3. BÉLGICA Os belgas consomem biscoitos finos em maior quantidade que qualquer outro país europeu e esta preferência pode indicar que esta linha de produtos está chegando a saturação. Em se tratando de biscoitos, ademais, ao invés do aumento da demanda por 16 produtos de maior valor nutritivo, percebe-se que o self-indugence e para eventos sociais deverão orientar as vendas nos próximos anos. Nas linhas de pães e massas, contudo, o interesse por produtos mais saudáveis é latente. Nas massas, esta tendência tem levado a introdução de um grande número de marcas saudáveis como aquelas com 100% de ingredientes naturais, integrais e adicionadas de vitaminas muito embora o grosso das vendas ainda se concentre na linha de massas secas, dado o preço que os consumidores estão dispostos a pagar por este produto. Os pães embalados industrialmente demonstraram o maior crescimento em vendas em 2008 dado o sucesso das torradas em estilo estadunidense, muito usado pelos belgas em sanduiches e “tartines” (sanduíches abertos). As porções fracionadas de bolos são mais vendidas que as múltiplas. Em geral, produtos vendidos em porções menores vêm se beneficiando da tendência por conveniência entre os belgas. Os bolos artesanais tendem a perder espaço para os industrializados haja vista sua perecibilidade e os baixos lucros de suas vendas. A linha de pastelaria é liderada por produtos tradicionais locais ou de origem francesa como os croissants, pães com chocolate, couques au beurre (pão amanteigado) e chaussons aux abricots (pastel de damasco). 2.7.4. CHINA Nos últimos anos, constatou-se aumento significativo do número de padarias na China. Este crescimento está diretamente relacionado às mudanças nos hábitos alimentares chineses, em especial ao aumento da demanda de consumidores jovens dos mercados urbanos por pães para as refeições matinais. Percebe-se, ademais, nos grandes centros, aumento da preferência dos consumidores por produtos ocidentais. Tendência esta não replicada nas cidades menores. Houve, em 2008, considerável crescimento na demanda por porções individuais de bolos, embora as porções tradicionais ainda sejam a principal forma de venda do produto. No último ano, ainda, a linha de biscoitos de chocolate, como os recheados e com cobertura, ganhou popularidade principalmente entre os consumidores mais jovens. O mesmo vale para os biscoitos feitos a base de leite. Existe tendência de crescimento para as linhas de petiscos, recheados, salgadinhos e crackers. Embora o consumidor médio não exija biscoitos tidos como saudáveis, aqueles fortificados com cálcio e vitamina ou digestivos estão tornando-se muito populares. Em relação às massas, essas têm pequeno volume de vendas, fazendo com que somente as massas secas estejam disponíveis no mercado chinês uma vez que seus prazos de validade são superiores aos de outras variedades. Os principais consumidores destas massas são estrangeiros ou chineses que viveram no exterior, com um maior nível de renda e, por isso, menos sensíveis aos preços praticados sobre o produto. 2.7.5. COLÔMBIA O consumo de produtos de panificação é comum na dieta colombiana, principalmente daqueles itens ingeridos durante as refeições matinais. Nota-se, entretanto, diminuição deste consumo entre as classes de maior nível de renda em função de uma maior preocupação com a saúde. As camadas mais jovens da população têm, também, preferido produtos que mantenham ou 16 Self-indulgence: produto comprado para satisfazer desejo de consumo. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 44 melhorem a aparência física. De forma semelhante, uma maior preferência por produtos integrais e orgânicos tem influenciado o grupo de produtos de biscoitos. Salgadinhos e crackers deverão apresentar crescimento durante este ano. Por sua vez, no grupo de produtos de massas, cabe ressaltar que a Colômbia é um dos países com a menor taxa de consumo de massas no mundo. Neste contexto, existe enorme interesse da indústria em aumentar o consumo interno, com lançamentos progressivos de novos produtos. As massas secas representam a linha de produtos de maior dinamismo, sendo direcionada para consumidores de todos os níveis de renda. 2.7.6. ESTADOS UNIDOS Os donuts continuam sendo um alimento muito consumido no café da manhã dos consumidores estadunidenses. Num momento em que estes consumidores estão mais conscientes sobre a importância de uma alimentação adequada para uma qualidade de vida melhor, a desaceleração econômica pode trazer retração na demanda por estes tipos de produto, muito embora algumas linhas neste grupo de produtos possam ainda apresentar crescimento, como o de massas sem glúten. Também no grupo de produtos de biscoitos, nota-se a orientação por variedades mais saudáveis. Neste sentido, os salgadinhos tiveram aumento em valor de vendas em 2008, pois tendem a ser percebidos como opções mais saudáveis que os biscoitos doces. Assim também tiveram os premium crackers comercializados em diversos sabores, como pimenta, azeite de oliva, alho, alecrim, etc. As massas fortificadas, orgânicas e integrais tem ganhado popularidade e orientado novos lançamentos. 2.7.7. FILIPINAS Em 2008, dada a recessão econômica, a demanda por produtos de panificação apresentou contração nas Filipinas embora a população do país tenha crescido. Isto se deve ao fato de o pão, foco da produção no grupo de produtos, ser concorrente direto do arroz, alimento básico da dieta filipina. Para alavancar as vendas, a indústria tem investido em lançamentos mais nutritivos, adicionados de vitaminas e minerais. Além disso, as mudanças no estilo de vida dos consumidores filipinos têm levado a um considerável incremento na demanda por produtos vendidos em embalagens diferenciadas (menores) e mais saudáveis. Na linha de biscoitos, a grande maioria dos consumidores, entretanto, ainda prefere os açucarados e salgados ou as suas variedades mais baratas, embora se note aumento da demanda por biscoitos com sabor. Em se tratando de massas, o espaguete e o macarroni (parafuso, penne...) ainda são as variedades preferidas pelos filipinos. Contudo, esses consumidores tendem a experimentar outros tipos de massas, somo lasanha, fettucini, cabelo de anjo e zitti, que tem apresentado sinais de crescimento. As massas secas ainda são as mais vendidas no mercado filipino. 2.7.8. IRLANDA O consumo de alimentos tidos como saudáveis, étnicos e especiais tem apresentado crescimento de demanda na Irlanda, principalmente dentro da linha de pães. Este primeiro grupo é responsável pela crescente popularidade do pão integral. Ademais, nota-se crescente procura por pães adicionados de fibras. Bolos fracionados tiveram desempenho de vendas superior àqueles vendidos inteiros. O interesse do consumidor por produtos naturais e saudáveis também afetará as vendas de biscoitos. Espera-se que neste ano, as vendas estejam praticamente estagnadas. As linhas mais dinâmicas nesse período serão as dos biscoitos revestidos de chocolate, salgadinhos e crackers. No grupo de produtos de massas, as vendas de massas frescas devem continuar crescendo. A introdução de novos sabores de molhos terá impacto positivo nas vendas de macarrão neste ano. 2.7.9. JAPÃO Os consumidores japoneses têm prestado maior atenção à origem dos ingredientes que compõem os alimentos que consomem. Esta tendência também perpassa a indústria de panificação. Como resultado, os produtos orgânicos e sem aditivos apresentam grande potencial de crescimento. Na linha de biscoitos, muito embora a taxa de natalidade venha diminuindo no país, o foco na venda deste tipo de produto deve continuar sendo o mercado infantil. O desafio será criar novos produtos para atrair estes jovens consumidores para quem o sabor não é o único critério de escolha. Quanto ao mercado japonês de massas, cabe ressaltar sua intensa competitividade. As vendas de massas frescas e resfriadas cresceram haja vista o interesse japonês por produtos mais frescos embora ainda sejam pequenas quando comparadas as vendas de massas secas. Os consumidores japoneses têm mostrado interesse por produtos mais saudáveis, valorizando as massas integrais e orgânicas. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 45 2.7.10. MÉXICO Os produtos de panificação estão presentes na dieta de quase todos os mexicanos. Os pães brancos detêm 37% de participação de mercado da linha de pães industrializados embora os pães integrais venham crescendo rapidamente, já detendo 25% do mercado. Já os pães torrados vêm perdendo participação em decorrência do preço. As linhas de pães contendo linhaça, aveia, centeio e outros tipos de grãos vêm crescendo em função de um maior interesse por produtos mais saudáveis. O produto de panificação orgânico, entretanto, ainda tem pouca penetração no mercado. Bolos cobertos com frutas exóticas, como kiwi, cheesecakes, chocolate escuro e bolos de trufas podem ser agora, facilmente encontrados em porções individuais ou inteiros. Crianças e adolescentes são os principais consumidores nessa linha de produtos. No grupo de produtos de biscoitos, o aumento dos casos de diabetes e de obesidade em crianças e adultos está levando muitos consumidores a trocar biscoitos por alimentos mais saudáveis (barras de cereais). A indústria de biscoitos poderia se beneficiar desta tendência que deverá nortear o consumo no futuro. Biscoitos sem recheio lideram a preferência das famílias mexicanas devido ao seu baixo preço. Os biscoitos doces são os preferidos das crianças. Pesquisas informam que produtos com brinquedos, adesivos ou hologramas tendem a atrair este grupo de produtos de consumidores. No geral, a segmentação de mercado deverá nortear as vendas no México. Em se tratando de massas, as frescas/resfriadas representam um nicho de mercado entre os consumidores de mais alta renda. A popularidade dos restaurantes de comida italiana no país tem levado a um aumento de vendas deste tipo de massa. Por outro lado, as massas secas vêm enfrentando forte concorrência das sopas desidratadas contendo macarrão e das refeições prontas. 2.7.11. PAÍSES BAIXOS Percebe-se maior interesse do consumidor holandês por produtos de panificação de melhor qualidade, mais sofisticados e, portanto, mais caros. Os pães frescos vendidos nas padarias lideram as vendas enquanto na linha dos industriais, os pães préprontos, destinados a serem assados em casa, lideram o mercado. As vendas de bolos continuam a ser orientadas por produtos de conveniência. Entre os produtos de pastelaria, os pães de café ou applevlaps (rodelas de maçã) são os mais populares entre os consumidores holandeses. Em se tratando de biscoitos, a Holanda apresenta um dos mais altos consumos per capita do mundo neste grupo de produtos haja vista uma longa tradição no consumo destes com café, no chá ou entre as refeições. A demanda deve orientar-se ao balanceamento entre produtos mais saudáveis, acrescidos de vitaminas, fibras e integrais. As vendas de massas, por sua vez, mostram tendência para orientar-se a produtos italianos de melhor qualidade. As vendas de massas frescas e resfriadas continuam a apresentar crescimento entre os consumidores holandeses. As massas integrais, adicionadas de fibras, estão presentes no mercado há décadas, mas continuam restritas a nichos específicos de mercado. 2.7.12. RÚSSIA O crescente aumento do nível de renda entre os consumidores russos tem aumentado a procura por produtos de panificação premium nos grandes centros urbanos (Moscou, São Petesburgo e outros). Na linha de pães, a preferência do consumidor é crescente pelos pães integrais e pelos de centeio, dado o interesse por alimentos mais nutritivos. Verifica-se queda no consumo de pão branco nas vendas totais. A participação de pães orgânicos ainda é pequena. Na linha de bolos, o crescimento é impulsionado pela popularidade dos waffles entre os consumidores russos, principalmente aqueles vendidos em pequenas embalagens. Na linha de biscoitos, a preferência dos consumidores é por biscoitos com cobertura de chocolate. Há procura por biscoitos importados, mais caros, com novos sabores e embalagens diferentes das domésticas. A tendência por produtos saudáveis está presente nos novos lançamentos traduzidos em produtos com baixas calorias, com substituição da gordura trans e do açúcar por frutose e ingredientes com pouca gordura. As massas secas, por sua vez, lideraram as vendas no grupo de produtos de massas em 2008. As tentativas de introdução de massas frescas ou refrigeradas obtiveram impacto insignificante nas vendas totais do grupo de produtos. 2.7.13. UCRÂNIA As recentes mudanças na sociedade ucraniana ocasionaram mudanças nos gostos dos consumidores, incidindo em um incremento na preferência por variedades mais sofisticadas de produtos de panificação. Embora haja crescente demanda por Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 46 pães embalados, as variedades tradicionais frescas permanecem fortes no mercado. O pão Baton e o pão ucraniano respondem por 65% das vendas. Contudo, estes tipos tradicionais de pães estão sendo substituídos por outras variedades, como o pão Chumatsky. A demanda por produtos em porções fracionadas cresce em função da diminuição do tamanho das famílias e de mudanças no estilo de vida ucraniano. O interesse por produtos mais saudáveis e que traduzam bem-estar irá aumentar a demanda por alimentos mais nutritivos. No grupo de produtos de biscoitos, inovações nas embalagens e novas receitas irão conduzir a indústria. A demanda cresce por aqueles de chocolate e por aqueles que ofereçam alguma conveniência, como embalagens menores. As massas secas foram a única linha de massas presentes no mercado ucraniano em 2008. Os consumidores começam a buscar produtos Premium e importados, principalmente massas italianas. Curiosamente, os consumidores preferem comprar massas não embaladas, embora haja tendência de diminuição de sua participação. 2.7.14. VENEZUELA Na Venezuela, o controle de preços praticado pelo governo tem afetado a indústria de produtos de panificação no país. Um grande número de padarias vem diminuindo a variedade de produtos que oferece em benefício daqueles que lhes dão maior retorno. A queda do poder de compra do consumidor tem levado a substituição de produtos de confeitaria por bolos e pastelaria considerados como alimentos e não guloseimas. Neste sentido, a preocupação com a saúde aumentou as vendas de pães de trigo integrais embora esta tendência ainda não atinja a massa do mercado. No país, o mercado informal representa cerca de 50% da economia venezuelana e as empresas que desejam vender ali devem atentar para este fato e buscar atingir os consumidores por meio deste canal de distribuição. Os biscoitos são um produto ideal para este tipo de estratégia de penetração. A indústria aposta no desenvolvimento de produtos (biscoitos) direcionados aos consumidores de mais baixa renda. A tendência por produtos mais saudáveis ainda não teve impacto neste grupo de produtos. Por sua vez, as massas secas dominam o grupo de produtos na Venezuela. As massas resfriadas ou frescas têm introdução recente e não são conhecidas pelos consumidores. 2.8. SUCOS Para o grupo de produtos de Sucos foram identificados os seguintes países para os quais, além de informações econômicocomerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Alemanha, Austrália, Bélgica, China, Dinamarca, Estados Unidos, França, Grécia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Países Baixos, Reino Unido, Suécia e Suíça. TABELA 18: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Sucos. Importações Crescimento Crescimento Crescimento Participação Importações do mercadodas das Participação do mercadoPrincipal Principal do Principal País alvo Importações Exportações Brasileira Classificação alvo em 2008 Concorrente Concorrente Concorrente (crescimento dos Brasileiras 2008 (US$) (2003-2008) (2008) 2003-08) Concorrentes (2003-2008) Alemanha 8,01% 1.738.482.931 8,00% Páises Baixos 3,11% 25,85% 16,87% 0,09% A consolidar Austrália 18,27% 189.701.934 18,26% China 32,54% 29,78% 18,30% 20,81% A consolidar Bélgica 14,43% 1.043.701.905 15,86% Alemanha 12,54% 14,07% 14,04% 77,42% Consolidado China 10,81% 125.970.989 3,63% Israel -5,61% 8,76% 25,95% 45,71% Consolidado Dinamarca 13,36% 196.457.999 13,21% Alemanha 8,43% 39,69% 94,02% 0,68% A consolidar Estados Unidos 18,38% 1.951.829.074 20,63% China 46,10% 34,60% 10,15% 17,17% Em risco França 10,56% 1.185.908.819 10,54% Alemanha 18,00% 24,90% 41,63% 0,14% A consolidar Grécia 13,61% 106.470.503 13,49% Alemanha 12,16% 30,77% 90,82% 0,53% A consolidar Irlanda 22,55% 234.346.076 22,41% Reino Unido 21,65% 34,35% 185,65% 0,54% A consolidar Israel 16,43% 63.614.659 15,46% Argentina 19,88% 13,93% 20,69% 20,74% A consolidar Itália 5,60% 310.636.494 5,52% Áustria 20,42% 25,58% 30,81% 0,51% A consolidar Japão 13,80% 806.058.532 15,73% China 32,84% 19,95% 4,87% 13,77% Em risco Países Baixos 5,94% 1.283.918.906 6,38% Alemanha 6,48% 16,67% 5,25% 37,93% Em risco Reino Unido 15,38% 1.202.812.860 15,14% Bélgica 19,60% 17,42% 18,84% 7,08% A consolidar Suécia 16,49% 225.807.654 16,49% Dinamarca 52,83% 34,37% -33,71% 0,02% Em risco Suíça 12,69% 159.842.681 0,78% Páises Baixos 15,24% 14,86% 43,08% 51,77% Consolidado Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 47 As exportações brasileiras no último ano foram de US$2,1 bilhões, com um crescimento médio nos últimos cinco anos de 11,48% para o grupo de sucos. Os cinco maiores mercados selecionados coincidem com os cinco maiores destinos das exportações brasileiras no ano de 2008. Entre os mercados sob análise, o maior crescimento das exportações brasileiras no período de 2003 a 2008 foi para Irlanda, Dinamarca e Grécia. Em 11 dos países selecionados o crescimento das exportações brasileiras é maior que o crescimento das exportações dos demais países fornecedores para o mercado-alvo. Em termos de tamanho de mercado de sucos em litros, o maior entre os países selecionados é a China, seguido por Estados Unidos. TABELA 19: Volume de vendas de sucos, consumo de bebidas não alcoólicas e tarifas. Consumo de Volume de vendas Volume de vendas água mineral, Tarifa de sucos no varejo de sucos no varejo País refrigerantes e Tarifa Brasil Principal 2008 ( US$ mn 2008 ( US$ litros sucos 2008 (US$ Concorrente litros)* Per Capita)* Per Capita) Alemanha 2477,5 30,1 311,4 31,68% 0,00% Austrália 684,6 32,1 229,2 4,95% 4,95% Bélgica 264,8 24,9 250,5 31,68% 0,00% China 10713,5 8,1 5,2 19,91% 19,91% Dinamarca 117,4 21,5 230,2 31,68% 0,00% Estados Unidos 8907,7 29,3 245 7,74% 7,80% França 1289,4 20,9 200,7 31,68% 0,00% Grécia 125,7 11,2 116,1 31,68% 0,00% Irlanda 166,8 38,1 162,7 31,68% 0,00% Israel 214,5 29,4 185,9 25,17% 25,17% Itália 702,9 11,9 185,9 31,68% 0,00% Japão 2411,1 18,9 98,5 23,48% 23,48% Países Baixos 651,5 39,8 152,5 31,68% 0,00% Reino Unido 2054 33,7 228,6 31,68% 0,00% Suécia 247,4 27 189,4 31,68% 0,00% Suíça 172,5 22,9 232,1 36,33% 41,47% Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Quando analisamos o consumo per capita de sucos, o maior consumo é dos Países Baixos com 39,8 litros por pessoa, seguido de Irlanda e Reino Unido. O maior consumo de bebidas não-alcoólicas conforme apresentado na tabela 19 no ano de 2008 foi na Alemanha US$311,4, seguido por Bélgica e Suíça. 2.8.1. ALEMANHA Na Alemanha, o crescente interesse por hábitos alimentares mais saudáveis tem aumentado a demanda por sucos 100% naturais. Isto porque estes produtos são percebidos como livres de açúcar e aditivos artificiais sendo, portanto, de maior valor nutritivo. Contudo, em 2008, o volume de vendas desta variedade de sucos no varejo foi menor que as vendas dos néctares e dos refrescos. Em se tratando de sabores, o suco de maçã é o preferido pelos consumidores alemães seguido pelo suco de laranja, muito embora as crianças prefiram misturas mais exóticas aos sabores tradicionais. O suco de maça é comumente misturado à água na preparação da tradicional bebida Apfelschorle. Além de cálcio e magnésio, as marcas de suco de maçã também estão sendo enriquecidas com pró-vitamina A. As vendas em embalagens pet devem crescer em popularidade nos 17 próximos anos, bem como as vendas de smoothies . 2.8.2. AUSTRÁLIA Os australianos estão preocupando-se cada vez mais com os níveis de açúcar nos sucos que consomem e, por isso, estão preferindo sucos frescos, feitos a partir da fruta. Outras tendências percebidas no mercado são o aumento da demanda por sucos resfriados e por néctares não congelados em detrimento dos sucos vendidos à temperatura ambiente e a preferência por formatos menores que possam ser levados pelas crianças para o lanche escolar. As pesquisas no grupo de produtos têm priorizado a substituição dos conservantes artificiais no produto. Outros lançamentos, como aqueles na linha de sucos fortificados, ainda não tiveram muito sucesso em sua penetração no mercado. 2.8.3. BÉLGICA O sabor de suco preferido dos belgas é o de laranja embora os sucos com várias frutas estejam conquistando crescente popularidade nos últimos anos. Cresce também a demanda por smoothies. Os consumidores belgas, outrossim, preferem os sucos de laranja frescos, feitos em casa, às suas variedades industriais. Na percepção destes, os néctares e os refrescos são 17 Smoothy: é uma bebida que combina sucos de frutas com iogurte ou sorvete, ficando cremoso e servido gelado. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 48 acrescidos de açúcar e aditivos, enquanto os sucos 100% naturais são considerados mais saudáveis. Nota-se potencial de crescimento para as linhas de sucos resfriados e em temperatura ambiente durante os próximos anos. 2.8.4. CHINA O maior interesse por produtos saudáveis faz crescer a demanda por sucos 100% naturais na China. O suco de laranja é o mais popular entre os consumidores chineses. Cabe destacar que os sucos vendidos a temperatura ambiente dominarão a oferta deste grupo de produtos haja vista a indisponibilidade de equipamentos para armazenamento adequado dos sucos resfriados em grande parte do comércio varejista do país. 2.8.5. DINAMARCA Na Dinamarca, constata-se crescente preferência pelos sucos resfriados cujas vendas aumentaram consideravelmente nos últimos anos impulsionadas pelo sucesso dos smoothies e por uma maior preocupação com aspectos relacionados à saúde e ao bem-estar. Os sucos de laranja, maçã e frutas misturadas são os sabores preferidos pelos dinamarqueses. É provável que nos próximos anos, o grupo de produtos enfrente forte competição dos refrigerantes de baixa caloria e das águas engarrafadas, o que deve ter impacto negativo em seu crescimento. 2.8.6. ESTADOS UNIDOS Sucos com baixo teor de açúcar, orgânicos, funcionais e com frutas energéticas são as linhas de maior interesse entre os consumidores estadunidenses deste grupo de produtos. Sucos ricos em antioxidantes como o de açaí e o de romã estão agora sendo oferecidos em embalagens de 1,9 litros. Estas variedades têm atraído os consumidores, embora suas vendas totais ainda sejam pequenas quando comparadas com outras. Os sucos não-resfriados devem continuar vendendo mais que suas versões resfriadas. O suco de laranja é o sabor mais popular entre os consumidores estadunidenses, principalmente quando se trata de sucos 100% naturais. Contudo, os misturados de frutas estão tornando-se cada vez mais populares, em especial na linha de néctares, refrescos e sucos artificiais. 2.8.7. FRANÇA Laranja é o sabor de suco preferido entre os consumidores franceses, muito embora este sabor esteja perdendo espaço na linha dos sucos 100% naturais para aqueles de frutas exóticas e misturadas. Os sucos de frutas energéticas estão se tornando muito populares devido as suas propriedades funcionais. Isto se deve a um maior interesse por alimentos mais saudáveis, o que justifica o relativo aumento de demanda pelos sucos 100% naturais em detrimento dos néctares e dos sucos reconstituídos. Seguindo esta tendência, grande parte dos produtos deste grupo de produtos vem fortificada com fibras, vitaminas ou antioxidantes. 2.8.8. GRÉCIA Na Grécia, uma maior conscientização acerca dos benefícios de uma alimentação mais saudável teve importante impacto no grupo de produtos de sucos em 2008. Esta tendência ajudou a estabelecer diversos novos nichos de mercado, incluindo-se o de sucos funcionais, o de smoothies e daqueles adicionados de antioxidantes. Devido ao cenário de recessão econômica, as vendas das variedades de sucos mais baratas, como os refrescos, devem crescer no próximo ano. O sabor de suco preferido pelos consumidores gregos é o de laranja. 2.8.9. IRLANDA A mesma tendência por hábitos alimentares mais saudáveis deve nortear as vendas do grupo de produtos de sucos na Irlanda nos próximos anos. Nota-se forte crescimento das linhas de sucos 100% naturais e dos premium smoothies. O suco de laranja é o sabor preferido entre os consumidores irlandeses. As vendas de sucos de mirtilo também crescem uma vez que cresce o interesse por variedades de sucos mais exóticas. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 49 2.8.10. ISRAEL Em 2008, o grupo de produtos de sucos em Israel teve grande impulso gerado pela tendência mundial pelo consumo de alimentos mais saudáveis. Os consumidores têm buscado produtos que traduzam maior bem-estar, uma ligação com a natureza, além de trazerem benefícios funcionais. Os sabores têm desempenhado papel importante nos novos lançamentos no mercado. Frutas exóticas e combinações inovadoras estão sendo gradualmente introduzidos. Os sucos artificiais são percebidos pelos israelenses como bebidas pouco saudáveis e vêm experimentando declínio de vendas. Por outro lado, os smoothies frescos, feitos na hora em estabelecimentos especializados, têm visto demanda crescente no último ano. Graças à força da agricultura israelense, esse tipo de estabelecimento é comum em Israel. 2.8.11. ITÁLIA Na Itália, a demanda por produtos funcionais, saudáveis e leves deve continuar a crescer nos próximos anos, principalmente na linha de refrescos. Além disso, a tendência por embalagens menores, de um litro e de 750 ml deve também ser crescente. Os sabores tradicionais, como pêra, pêssego e damasco são muito populares na linha de néctares. Os sabores de laranja e abacaxi lideram as vendas entre os sucos 100% naturais e os refrescos. Outros sabores mais exóticos, como as misturas de manga com mamão e abacaxi com côco, também estão disponíveis no mercado italiano muito embora a preferência dos consumidores ainda seja pelas variedades tradicionais. A inovação e a segmentação de mercado devem nortear o crescimento do grupo de produtos no país com lançamentos de produtos funcionais enriquecidos com fibras, sais minerais e vitaminas. 2.8.12. JAPÃO A queda da taxa de natalidade teve impacto significativo na venda de sucos no Japão uma vez que as crianças são usualmente os principais consumidores deste grupo de produtos. Um maior interesse por produtos mais saudáveis, com baixos teores de açúcar e adicionados de ingredientes funcionais ou 100% naturais ou orgânicos, deve orientar o crescimento do setor. O suco de laranja é o sabor preferido entre os consumidores japoneses seguido do suco de maça, embora haja espaço para a introdução de novos sabores. Contudo, os sabores mais exóticos são geralmente vendidos por preços mais elevados e a recente recessão econômica tem restringido as vendas deste nicho. 2.8.13. PAÍSES BAIXOS O consumidor holandês tem demonstrado interesse por produtos mais frescos, frutas exóticas e sabores naturais. No grupo de produtos de sucos, as vendas das variedades resfriadas, em especial dos sucos reconstituídos e concentrados, têm crescido nos últimos anos. Contudo, a tendência por sucos mais frescos, com benefícios funcionais como aqueles adicionados de vitaminas, fibras e antioxidantes deve ser a força motriz do crescimento do grupo de produtos nos próximos anos. As embalagens menores apresentam crescente aumento de popularidade refletindo a procura por produtos de maior conveniência. Da mesma forma, a demanda por sucos de frutas energéticas como de golden kiwi, acerola, açaí, romã e sea buckthorn, também tem crescido. 2.8.14. SUÉCIA O ritmo de vida na Suécia tem aumentado a demanda por produtos de maior conveniência e como resultado vê-se a crescente popularidade de embalagens menores, para consumo imediato. Muito embora o suco de laranja ainda seja o preferido pelos consumidores suecos, uma crescente variedade de sabores de sucos, como o de laranja com cenoura e os de frutas exóticas (manga, kiwi e mamão) e os funcionais (romã, cranberry e spirulina), está sendo introduzida no mercado e tornando-se cada vez mais populares. A procura por produtos mais saudáveis faz crescer também a demanda por sucos adicionados de vitaminas e minerais, sem conservantes ou adoçantes artificiais. A perspectiva é que as vendas de sucos 100% naturais seja impulsionada por esta tendência enquanto as vendas de néctares e refrescos sofram retração de demanda. 2.8.15. SUÍÇA Na Suíça, o sabor de suco mais popular é o de laranja. Contudo, novas misturas e novos sabores vêm sendo gradualmente introduzidos. As misturas, como a de laranja com manga e laranja com kiwi, vêm conquistando popularidade. Ademais, a busca por produtos de maior conveniência tem motivado a demanda suíça resultando na oferta de produtos em embalagens Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 50 menores. A aparência de frescor e pureza demonstrada pelos sucos resfriados tem aumentado sua popularidade muito embora o maior volume de vendas em 2008 ainda seja dos sucos vendidos a temperatura ambiente. 2.8.16. REINO UNIDO A recente crise econômica deve levar o consumidor inglês a optar pelas variedades de sucos mais baratas em detrimento das marcas consideradas premium. Nos últimos anos, na tentativa de fomentar o valor de vendas, os fabricantes ingleses investiram em lançamentos de produtos mais caros, em particular daqueles sucos feitos com frutas exóticas, como romã, mirtilo e açaí, que apresentaram declínio de vendas em 2008. Assim, a perspectiva é que os sabores tradicionais, como o de laranja, tenham sua participação de mercado aumentada no decorrer do próximo ano. 2.9. VINHOS E DESTILADOS Para o grupo de produtos de Vinhos e Destilados foram identificados os seguintes países para os quais, além de informações econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Alemanha, Austrália, Bélgica, China, Colômbia, Estados Unidos, Japão, Noruega, Países Baixos, Paraguai, Portugal, Reino Unido, Rússia, Suécia, Suíça e Venezuela. TABELA 20: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Vinhos e Destilados. Importações Crescimento Crescimento Participação Crescimento do mercado- Importações do das Participação Principal Principal do Principal das Exportações País alvo mercado-alvo Importações Brasileira Concorrente Concorrente Concorrente Brasileiras (2003(crescimento em 2008 (US$) dos 2008 (2003-2008) (2008) 2008) 2003-08) Concorrentes Alemanha 7,77% 4.655.050.756 7,77% Itália 7,27% 28,00% 27,60% 0,10% Austrália 19,94% 870.414.194 19,97% Nova Zelândia 37,11% 26,62% 74,25% 0,02% Bélgica 17,04% 2.401.251.941 17,04% França 19,04% 69,48% 51,51% 0,05% China 52,35% 1.043.441.027 52,35% França 56,23% 61,61% 14,77% 0,01% Colômbia 13,84% 71.731.196 13,93% Reino Unido 18,66% 38,92% 47,06% 0,61% Estados Unidos 7,70% 10.199.643.390 7,72% França 8,32% 29,49% 40,59% 0,04% Japão 3,84% 2.025.665.475 3,86% França 5,50% 49,62% 3,21% 0,02% Noruega 12,76% 541.588.295 12,76% França 15,89% 33,12% 19,99% 0,01% Países Baixos 10,03% 1.772.709.854 10,03% França 7,19% 28,79% -5,41% 0,07% Paraguai 8,51% 58.284.359 5,03% Argentina 31,01% 44,22% 19,76% 10,01% Portugal 6,82% 350.072.059 6,83% Espanha 4,49% 37,99% 7,68% 0,48% Reino Unido 7,28% 6.053.989.338 7,28% França 9,32% 35,31% 37,11% 0,02% Rússia 23,61% 1.994.666.973 23,51% França 32,08% 26,35% 144,37% 0,12% Suécia 12,23% 907.865.920 12,23% França 12,83% 16,96% 43,77% 0,02% Suíça 7,28% 1.284.329.647 7,28% França 5,33% 36,12% 22,35% 0,05% Venezuela 16,20% 180.816.744 -25,12% Reino Unido 11,21% 64,75% 36,26% 1,70% Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil. Classificação A consolidar A consolidar A consolidar Em risco A consolidar A consolidar Em risco A consolidar Em risco A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar A consolidar Os principais importadores dos produtos brasileiros referentes ao grupo de vinhos e destilados são Paraguai, Alemanha, Estados Unidos, Argentina e Venezuela, dos quais apenas a Argentina não está entre os mercados selecionados neste estudo. O total exportado pelo Brasil no ano de 2008 foi de US$ 47,8 milhões, com um crescimento médio nos últimos cinco anos de 20,04%. Em grande parte dos mercados o principal concorrente é a França, com alta participação de mercado. O crescimento das exportações brasileiras é maior que o crescimento dos concorrentes na maioria dos mercados identificados, apesar da baixa participação de mercado brasileira. Em termos de tamanho de mercado, os maiores entre os países selecionados são Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha para vinho, e Japão e Estados Unidos para destilados. O consumo per capita de vinho é maior na Suíça, seguido de Bélgica e Noruega, enquanto para o caso dos destilados, os maiores consumo per capita são do Japão e Noruega. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 51 TABELA 21: Consumo vinho e destilados e barreiras tarifárias. Consumo com Consumo com Consumo com Consumo com País vinhos 2008 vinhos 2008 (US$ destilados 2008 destilados 2008 (US$ mn) Per Capita) (US$ mn) (US$ Per Capita) Alemanha 10416,2 126,7 8776,0 106,7 Austrália 4241,6 199,1 2778,4 130,4 Bélgica 3755,9 353,7 408,5 38,5 China 4685,8 3,5 4530,5 3,4 Colômbia 343,9 7,4 1028,3 22,0 Estados Unidos 23124,3 76,1 20666,1 68,0 Japão 4369,1 34,2 40822,2 319,7 Noruega 1457,4 310,0 977,4 207,9 Países Baixos 938,6 57,3 1774,6 108,3 Paraguai Portugal 1473,4 138,4 252,9 23,8 Reino Unido 13826,2 226,6 7453,1 122,2 Rússia 1700,6 12,0 7313,5 51,5 Suécia 2084,8 227,7 863,3 94,3 Suíça 4333,3 575,5 520,1 69,1 Venezuela 950,0 34,2 324,5 11,7 Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil. 2.9.1. Tarifa Brasil 4,86% 4,96% 4,86% 13,52% 5,69% 0,97% 14,78% 0,00% 4,86% 0,00% 4,62% 4,62% 37,72% 4,62% 17,55% 12,26% Tarifa Principal Concorrente 0,00% 0,00% 0,00% 13,65% 19,55% 2,00% 17,17% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 37,71% 0,00% 17,87% 34,19% ALEMANHA Na Alemanha, o envelhecimento da população e um maior interesse por hábitos alimentares mais saudáveis têm ocasionado uma diminuição do consumo per capita de bebidas alcoólicas. No entanto, para o consumidor alemão, os vinhos com baixo teor de alcool são vistos como bebidas mais saudáveis do que outras alcoólicas. No país, a linha de vinhos que não são de uvas apresentou o maior crescimento no valor de vendas em 2008, enquanto os espumantes tiveram o maior crescimento no volume de vendas e esta tendência deve se repetir nos próximos anos. Na categoria vinho tinto, as variedades de uvas preferidas na Alemanha são a Merlot, Dornfelder e Cabernet Sauvignon. As variedades de uvas nacionais Müller-Thurgau e Riesling lideraram as vendas de vinho branco em 2008. Acompanhando a tendência por um maior interesse por produtos orgânicos, há perspectiva de crescimento desta linha de vinhos no país. Constatou-se também, em 2008, aumento da demanda pelos vinhos procedentes de países do chamado Novo Mundo, como África do sul, Austrália e Chile. No grupo de produtos de destilados, há forte tendência por uma maior predileção por bebidas misturadas/mistas, como os coquetéis. O (White rum), o uísque e a vodca tem se beneficiado desta tendência, assim como outros destilados como bitters e licores cremosos. 2.9.2. AUSTRÁLIA O grupo de produtos de vinhos na Austrália apresentou, em 2008, forte crescimento nas vendas de espumantes. Este crescimento foi impulsionado por uma maior demanda por produtos premium, como os champanhes e outros espumantes locais. Os vinhos com baixo teor de alcool são as preferidos pelos consumidores australianos, liderando o volume de vendas do grupo de produtos em 2008 (84%). Os vinhos brancos e rosé vem conquistando mercado em detrimento dos tintos. Os vinhos fortificados e os vermutes também vêm perdendo participação. Os vinhos feitos das uvas Cabernet Sauvignon e Syrah representaram 74% do volume de vendas totais na categoria de vinho tinto em 2008. As Chardonnay foram as preferidas pelos consumidores do vinho branco enquanto para o vinho rosé há uma grande diversidade nos tipos de uva comercializados. Percebe-se, ademais, que os consumidores estão dispostos a pagar mais por um vinho tinto de melhor qualidade. Já o vinho branco é consumido diariamente durante as refeições. Conseqüentemente, os vinhos de mesa representam 58% do volume de vendas do grupo de produtos. Os vinhos orgânicos ainda respondem por um pequeno nicho na Austrália, embora tenha havido crescimento do volume de vendas em 2008. As embalagens de vinho são, principalmente, as garrafas de vidro de750 ml, com pouca presença de embalagens alternativas. Nos últimos anos, nota-se crescente interesse do consumidor australiano por vinhos importados. As importações desta bebida cresceram 161% entre 2003 a 2007, sendo que os vinhos do chamado Velho Mundo ainda respondem pela maioria destas. Para os destilados, por sua vez, a tendência por drinques misturados e o apelo ‘fashion’ impulsionaram as vendas de vodca, rum, Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 52 tequila e licores em 2008. O rum e a tequila se beneficiaram, ainda, da crescente popularidade dos coquetéis com inspiração latina. Os destilados com uma imagem mais antiquada, como o brandy e o conhaque, viram suas vendas retraírem-se em 2008. As vodcas flavorizadas também apresentaram aumento significativo de demanda e, juntamente com os cada vez mais populares uísques, responderam por 82% das importações australianas em 2007. 2.9.3. BÉLGICA As vendas de vinho na Bélgica é o grupo de produtos que responde pelo maior crescimento em volume de vendas entre as bebidas alcoólicas comercializadas no país com sua popularidade crescendo entre os consumidores mais jovens, especialmente entre as mulheres. Nota-se a crescente substituição dos vinhos tintos, considerados pesados, pelos vinhos brancos e rosé, percebidos como mais frescos e saudáveis. Os espumantes contabilizaram o maior crescimento em volume de vendas em 2008 (6%) impulsionadas pelo aumento da demanda por champanhes, em especial o brut. Isto talvez esteja relacionado ao fato de os belgas serem os maiores consumidores de champanhe depois dos franceses. Os vinhos feitos das uvas Cabernet Sauvignon e Merlot dominam as vendas de vinhos tintos, enquanto para os vinhos brancos, as uvas Chardonnay e Sauvignon Blanc representaram pouco mais de 50% das vendas em 2008. Para os vinhos rosé, a variedade de uva Cabernet foi a mais popular, com 30% das vendas naquele ano. Os vinhos orgânicos ainda representam um nicho no mercado belga. As garrafas de vidro tradicionais de 750 ml dominam as vendas de vinho na Bélgica. O vinho vendido em caixas de três, cinco e até 10 litros estão crescendo em popularidade. A penetração das variedades do chamado Novo Mundo está aumentando, embora em níveis inferiores ao de outros países europeus. Em se tratando de destilados, a demanda por bebidas premium são a força motriz de crescimento do grupo de produtos. Observa-se aumento de demanda por bebidas alcoólicas que possam ser usadas em coquetéis, como os licores, a vodca e o rum. 2.9.4. CHINA O vinho feito de uva ainda é considerado uma bebida alcoólica estrangeira na China, o que tem sido um obstáculo ao crescimento do grupo de produtos. Contudo, com a maior abertura aos hábitos e a cultura ocidental e um aumento no nível de renda da população, o consumo desta variedade de vinho vem crescendo, principalmente nas grandes cidades. Os vinhos que não são de uvas, como o vinho de arroz, são amplamente consumidos em todas as regiões do país. Os espumantes são utilizados em celebrações, embora as vendas de champanhe ainda sejam pequenas. Quanto aos destilados, cabe ressaltar que os nacionais lideram as vendas do grupo de produtos na China. As vodcas flavorizadas (citrus, cranberry, limão, cereja e maçã) responderam por 38% das vendas em 2008. Bebidas latinas, como a tequila, estão se tornando muito populares na China. 2.9.5. COLÔMBIA As vendas de vinho ocupam o quarto lugar entre as bebidas alcoólicas comercializadas na Colômbia, na seqüência de produtos tradicionais como a cerveja, aguardente e o rum. Nos últimos anos, as importações do país de vinhos tiveram a presença marcante das variedades produzidas principalmente no Chile e na Argentina, devido aos benefícios tarifários dos acordos 18 comerciais firmados com o MERCOSUL . Os vinhos tintos demonstraram crescimento superior ao de outras categorias de vinhos, com um aumento do volume de vendas de 19%. As vendas de vinho branco também tiveram bom desempenho, aumentando 15%. Os vinhos tintos feitos de uvas Cabernet Sauvignon são os mais populares, seguidos pelas variedades Pinot Noir e Merlot. As variedades Syrah e Carménère têm apresentado expansão com o aumento do consumo de vinhos no país. Os vinhos brancos feitos de uvas Sauvignon Blanc são os mais vendidos, com 55% do mercado, seguidos pela variedade Moscatel Alejandría. Para os vinhos rose, cujo consumo é muito popular na Colômbia, a principal variedade de uva é a Cabernet Sauvignon. Em se tratando de destilados, a aguardente vem perdendo mercado para o rum. O volume de vendas cem decaindo consideravelmente, de 53% em 2005 para 44% em 2008. A queda do consumo de aguardente está ligada a fatores como a falta de inovação neste nicho. A demanda por vodca, por sua vez, cresceu em 2008, registrando aumento de 10% em volume. 18 MERCOSUL: Mercado Comum do Cone Sul. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 53 2.9.6. ESTADOS UNIDOS Nos Estados Unidos, as vendas de vinhos premium e super-premium vêm impulsionando o crescimento do grupo de produtos como um todo. Os produtores têm respondido a demanda por produtos mais saudáveis lançando no mercado de vinhos significativamente mais caros, como os orgânicos. Por outro lado, nota-se a tendência pela segmentação do mercado, com crescente interesse nos consumidores mais jovens, usualmente atraídos por vinhos mais baratos e de maior apelo propagandístico. Os vinhos latino-americanos, por exemplo, são vendidos com rótulos em espanhol para atrair os consumidores hispânicos. As vendas de vinho tinto cresceram em 2008, após um estudo publicado por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde e Universidade de Harvard que descobriram que o resveratrol aumenta a expectativa de vida em ratos. Os vinhos tintos detinham 44% das vendas do grupo de produtos em 2008 seguido de perto pelos vinhos brancos, com 42% da participação de mercado. As vendas de vinho branco vêm sendo impulsionadas pela crescente popularidade da variedade de uva Chardonnay. Há ainda tendência de crescimento para a linha de espumantes, que devem crescer 4%, atingindo 131 milhões de litros em 2013. Por sua vez, as vendas de destilados se beneficiaram da popularidade das marcas premium em 2008. Estes produtos usam ingredientes de melhor qualidade, duram mais e muitas vezes, são fabricados em série limitada, no intuito de traduzir maior exclusividade. Sendo a comunidade de maior crescimento demográfico nos Estados Unidos, os hispânicos, contribuem para que as bebidas latinas, como a caipirinha e o mojito, venham conquistando popularidade e impulsionando as vendas de rum e cachaça. Novas variedades de destilados devem surgir como estratégia para evitar a saturação do mercado. O aumento da demanda por caipirinha, por exemplo, tem aumentado o interesse pela cachaça brasileira. 2.9.7. JAPÃO No Japão, os vinhos oriundos do chamado Novo Mundo e as variedades nacionais vêm se popularizando a medida que cresce a demanda por vinhos orgânicos e sem conservantes. Em 2008, verificou-se forte crescimento da linha de espumantes. No grupo de produtos de destilados, a popularidade pelos coquetéis é crescente entre as gerações mais jovens. A vodca não é uma bebida alcoólica muito comum no país. 2.9.8. NORUEGA O consumidor norueguês tem bebido vinhos com menor teor alcoólico com maior regularidade nos últimos anos, aproveitando-se da imagem de saúde passada pelo consumo moderado deste tipo de bebida em um ou dois copos durante o jantar. Os vinhos de mesa e o vin de pays são os mais vendidos na Noruega, sendo responsável por cerca de 80% do volume de vendas total em 2008. A linha de espumante presenciou o maior crescimento no volume de vendas em 2008. Os vinhos feitos de uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Shiraz são os mais consumidos na categoria vinho tinto. Os vinhos das uvas Riesling e Garnacha/Grenache, entretanto, são as variedades mais vendidas para os vinho brancos e para os rosé. Verifica-se, ainda, o interesse crescente por vinhos orgânicos no país. As vendas de destilados, por sua vez, têm apresentado crescimento em função de um interesse crescente dos noruegueses por coquetéis. Em 2008, produtos classificados como premium, conduziram as vendas de vodca e gim. As vodcas flavorizadas tiveram bom crescimento em 2008. 2.9.9. PAÍSES BAIXOS As vendas tanto de vinho tinto quanto seco apresentaram crescimento na Holanda em 2008, de 10% e 9% respectivamente. As vendas de vinhos foram impulsionadas pelo vinho rosé. As vendas de espumantes continuam a crescer estimuladas pelo aumento da demanda por champanhe e a tendência entre os consumidores noruegueses por produtos de maior qualidade e mais sofisticados. Os vinhos feitos de uvas Cabernet Sauvignon e Merlot são os mais consumidos na categoria vinho tinto. Os vinhos das uvas Chardonnay e Savignon Blanc são as variedades mais vendidas entre os vinhos brancos e para os rosé, os vinhos feitos da uma Shiraz tem tornado-se populares na categoria dos vinhos rosé. O vinho orgânico ainda representa um nicho de mercado no país. No grupo de produtos de destilados, verifica-se um maior interesse dos consumidores por produtos considerados premium. A vodca e o rum são os destilados mais consumidos entre os jovens, bebidos tanto puros quanto misturados. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 54 2.9.10. PORTUGAL Uma maior ênfase quanto os benefícios do vinho e sua importância no combate aos radicais livres, tem aumentado a demanda por produtos de melhor qualidade entre os consumidores portugueses. Conquanto o volume de vendas tenha decaído em 2008, o valor das vendas aumentou significativamente. Esta tendência está relacionada, em larga escala, ao envelhecimento da população no país, que direciona as vendas do grupo de produtos para produtos de mais valor, de melhor qualidade e mais sofisticados. Mais de 90% das vendas de vinhos no país é de produtos nacionais, embora estes venham enfrentando a concorrência de vinhos oriundos de outras regiões nos últimos anos. Em 2008, 98% das importações portuguesas do grupo de produtos foram oriundas de outros países da União Européia (98%). No país, os espumantes e os vinhos rosé experimentaram o maior crescimento do volume de vendas em 2008, muito embora não sejam as categorias de vinhos dominantes nas vendas totais do país. No grupo de produtos de destilados, há um consenso no mercado de que as vendas de produtos considerados premium apresentam grande potencial de expansão uma vez que existe uma tendência entre os consumidores por produtos de maior qualidade e sofisticação. As vendas de vodca apresentaram o melhor desempenho no varejo em 2008, dada a mudança nos hábitos de consumo no país entre as gerações mais jovens. As vendas de cachaça, outrossim, cresceram 4% em 2008 atingindo 488 milhões de litros. O aumento do número de imigrantes no país, principalmente procedentes do leste europeu e da América do Sul, deve conduzir as vendas no grupo de produtos no próximo ano, haja vista que nestas regiões o consumo de destilados é mais disseminado. 2.9.11. REINO UNIDO No Reino Unido, os vinhos rosé lideraram as vendas do grupo de produtos em 2008, crescendo 21%. Este sucesso pode ser atribuído a um aumento da demanda por vinhos mais doces e leves com sabor frutado, atraente para os consumidores mais jovens e para as mulheres. Este fato, juntamente com o aumento do preço dos vinhos produzidos na União Européia, justificaria a dominância no grupo de produtos dos vinhos procedentes do chamado Novo Mundo, como Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Chile e Argentina. Mais de 50% do vinho rosé importado pelo Reino Unido provêm dos Estados Unidos. Em geral, o consumidor inglês dá pouca atenção à variedade da uva ou à região em que o vinho foi produzido, permitindo que aqueles vinhos produzidos em países de pouca tradição tenham muito espaço no mercado. Os vinhos tintos feitos a partir das uvas Cabernet Sauvignon representaram 35% do volume de vendas em 2008, seguido por 30% das uvas Merlot e 22% das uvas Shiraz/Syrah. Para o vinho branco, aqueles feitos a partir das uvas Pinot Grigio/Pinot Gris foram os mais consumidos em 2008, seguido dos feitos da uva Sauvignon Blance e Chardonnay. A variedade Zinfandel é a preferida pelos consumidores de vinho rosé, representando 54% do volume de vendas em 2008. No grupo de produtos de destilados, a vodca apresentou o maior crescimento em volume de vendas em 2008, de 4%, sendo de longe a força motriz de expansão do grupo de produtos. Embora as vendas de vodca flavorizada ainda sejam pequenas, é uma categoria em crescimento rápido 2.9.12. RÚSSIA As importações russas de vinho a granel cresceram consideravelmente durante o ano de 2008. A Bulgária foi o principal fornecedor de vinhos ao mercado russo no período. No entanto, o maior crescimento no volume e valor das importações foi observado entre países não tradicionais como a Armênia, o Brasil e a Grécia. Esta tendência deve continuar no próximo ano haja vista o crescimento do consumo de vinhos no país. Os vinhos de mesa continuam a dominar as vendas embora a linha de espumantes tenha experimentado o mais rápido crescimento em volume durante o ano de 2008, com aumento de 10%. Muito embora haja havido retração do consumo desta variedade de vinho no mundo, as vendas de vinhos fortificados tiveram crescimento na Rússia em 2008. O tipo de uva mais popular entre os vinhos tintos é a Cabernet Sauvignon. Para o vinho branco, o tipo de uva mais popular é a Muscat, seguida pela Sauvignon Blanc. Os vinhos rosé são, entretanto, dominados pela variedade Cabernet Sauvignon. Houve forte crescimento da demanda por vinhos orgânicos no país em 2008. Em se tratando de destilados, a vodca lidera com grande vantagem as vendas do grupo de produtos no país, com 88% da participação de mercado. Contudo, o aumento na renda da população impulsionou as vendas de destilados considerados premium, especialmente os importados, com destaque para o uísque, o gim, o rum, o licor, a tequila, o conhaque e o brandy. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 55 2.9.13. SUÉCIA Um interesse crescente dos consumidores suecos por questões ambientais como a mudança climática tem resultado disso em uma demanda crescente por produtos orgânicos, incluindo o vinho. As vendas de vinhos com baixo teor de alcool continuam a impulsionar o crescimento do grupo de produtos. As vendas de vinhos rosé também registraram crescimento significativo em 2008, bem como as de espumantes, em especial o champanhe. As uvas Cabernet Sauvignon são as preferidas entre os consumidores para os vinhos tintos enquanto para os vinhos brancos, as uvas Chardonnay e Sauvignon Blanc são as variedades mais comuns. A tendência geral em todos os tipos de vinhos é o aumento da demanda por produtos mais caros, apesar de os vinhos mais baratos e de preço médio ainda dominarem as vendas. Por outro lado, as vendas de destilados têm demonstrado uma mudança nos padrões de consumo sueco. Historicamente dominado por consumidores do sexo masculino, a participação de mulheres jovens no consumo total de bebidas alcoólicas vem aumentando consideravelmente. As vodcas flavorizadas, a tequila e os licores são os destilados preferidos por este público. Uma das mais fortes tendências para este grupo de produtos é o aumento da oferta de bebidas flavorizadas tendo em vista o crescimento da demanda por este tipo de produto. 2.9.14. SUÍÇA Os consumidores suíços dão enorme atenção à qualidade do vinho e este fator deve ser levado em conta em qualquer estratégia de penetração no país. Em se tratando de crescimento em volume de vendas, os espumantes representaram a linha mais dinâmica no grupo de produtos de vinhos na Suíça em 2008. O prosecco italiano é a variedade de espumante mais consumida entre os suíços. Os vinhos tintos feitos das uvas Pinot Noir e Merlot são os preferidos pelos consumidores suecos. As variedades Gamay e Syrah também são muito populares. Para os vinhos brancos, as variedades preferidas em 2008 foram os das uvas Chassela Gutedel e Chardonnay. A variedade preferida para o vinho rosé em 2008 foi a Pinot Noir. Os vinhos provenientes do chamado Novo Mundo, principalmente da Austrália, Chile e Argentina, vêm conquistando popularidade no país. A linha de vinhos orgânicos ainda representa um nicho de mercado. No grupo de produtos de destilados, o rum e a vodca são as bebidas preferidas entre os consumidores mais jovens. Em 2007, 83% dos destilados consumidos no país foram importados, com especial destaque para os uísques, licores e vodcas. 2.9.15. VENEZUELA As vendas de vinho na Venezuela cresceram 9% em 2008 atingindo 17 milhões de litros. Este crescimento está relacionado ao maior interesse dos venezuelanos por este tipo de bebida, principalmente entre os consumidores de renda mais elevada para os quais o consumo de vinho já está atingindo níveis historicamente elevados. A penetração da bebida entre os consumidores de menor renda tem sido prejudicada pela desaceleração econômica. A inflação e a desvalorização monetária têm levado grande parte destes consumidores a substituir as bebidas mais caras, como os champanhes, por outras variedades de espumantes. Esta tendência foi responsável por fazer a categoria de vinhos espumantes a de mais rápido crescimento em volume durante 2008. As variedades mais populares permaneceram as feitas da uva Cabernet Sauvignon para o vinho tinto e Sauvignon Blanc para o branco. Contudo, outras variedades não-tradicionais estão tornando-se populares devido ao crescente interesse dos venezuelanos por inovações, como a Syrah, a Carmenère e a Tempranillo. Percebe-se, ainda, o aumento da presença de vinhos argentinos e chilenos no país. Para os destilados, o declínio do poder de compra dos consumidores diminuiu a demanda por produtos considerados nãoessenciais, como as bebidas alcoólicas. A queda do poder aquisitivo também foi responsável pelo crescimento das vendas de outros destilados, como a aguardente produzida localmente. Por outro lado, a vodca flavorizada vem se tornando cada vez mais popular na Venezuela, especialmente entre os consumidores mais jovens. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 56 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo pretende identificar potenciais mercados-alvo para as exportações brasileiras nos setores participantes da feira internacional de Anuga. Neste trabalho, além das informações sobre comércio exterior, analisando o tamanho de mercado, exportações brasileiras, tarifas para concorrentes e para o Brasil, fizemos uma análise interna dos países-alvo, levantando os volumes e valores de consumo por grupo de produtos. Para cada grupo de produtos, buscamos informações qualitativas para apresentar as tendências de mercado e preferências dos consumidores nos países escolhidos. Em relação às bebidas, tivemos para café, chá e mate, a diversificação do gosto do consumidor com o acesso a produtos mais elaborados e novos sabores; ainda em relação aos cafés há a grande tendência pela oferta de produtos orgânicos e aqueles produzidos com base no fair trade. Para os sucos observamos as novas técnicas de processamento e oferta de variedades de sucos nos diferentes mercados analisados, seguindo a tendência por consumo de produtos mais saudáveis. Em relação às bebidas alcoólicas, observa-se em vários mercados a abertura e aumento da demanda por vinhos provenientes de países produtores tidos como não tradicionais, e em relação aos destilados há a disseminação de vodcas com sabores, e do consumo de destilados regionais, típicos de outros países. Carnes bovinas e suínas têm um consumo restrito pelos costumes religiosos em alguns países, porém sua demanda não é afetada nos demais mercados analisados, havendo inclusive tendência por consumo de carnes frescas ou resfriadas, tidas como mais saudáveis. As carnes de aves são consumidas majoritariamente na forma processada. As demais carnes também estão presentes nas formas processadas, com destaque para hambúrgueres e salsichas. No que se refere aos doces, os chocolates são amplamente consumidos por todo o mundo, crescendo o consumo de chocolates meio-amargos, vistos como mais saudáveis por suas propriedades nutricionais. As balas e confeitos seguem a tendência de produtos mais saudáveis, apresentando menor teor de açúcar e sabores refrescantes, assim como os chicles. Para esses últimos observamos o aumento da oferta de produtos funcionais, como o que contêm substâncias que auxiliam no clareamento dos dentes. O consumo de frutas tem sido impulsionado pela tendência a consumir produtos mais saudáveis, e percepção de que são alimentos versáteis. Alguns países têm dificuldade em consumir frutas estrangeiras in natura devido à falta de conhecimento do consumidor sobre como descascar as frutas ou em que pratos usar. Isso leva à demanda por frutas processadas ou em conserva, já prontas para o consumo. Em relação aos leites, observamos uma tendência ao consumo de produtos com menos conservantes e baixo teor de gordura. Os iogurtes, em diversos mercados, têm novos sabores, principalmente de frutas, e seguem a tendência de alimentos enriquecidos e funcionais. Os queijos são consumidos nas suas mais variadas formas atendendo às preferências dos consumidores que são bastante diversificadas. Também aqui se registra a presença de produtos processados e com baixo teor de gordura. As massas são consumidas em todos os seus tipos para os mercados analisados, sendo que em muitos deles existe uma tendência de consumo de produtos frescos. Os pães devem ser adequados a preferência do consumidor de cada país, destacando-se um crescimento do consumo de pães integrais. Os produtos de pastelaria e biscoitos são consumidos em todas as suas formas: doces, salgados, com recheio, com cobertura ou seguindo a linha mais natural como o caso dos produtos enriquecidos com vitaminas ou fibras. A população mundial deve crescer consideravelmente durante os próximos anos. Segundo estatísticas da Population Division do Department of Economic and Social Affairs da Organização das Nações Unidas, a população do planeta deve saltar de aproximadamente sete bilhões de pessoas, em 2010, para pouco mais de oito bilhões em 2025. Na Europa, este crescimento será negativo com a população retraindo-se em aproximadamente 3.495.000 pessoas nestes quinze anos, passando de 732 milhões de habitantes em 2010 para 729 milhões em 2025. Para a Ásia, prevê-se crescimento populacional de 14,54% neste período atingindo, em 2025, 4.772 bilhões de habitantes, 605.782 milhões a mais do que o projetado para 2010. A Oceania deve apresentar também crescimento, com 18,61% de aumento em relação ao projetado para 2010, ou seja, 6.669 milhões de habitantes a mais. O maior crescimento populacional previsto para os próximos 15 anos é o africano, de 35,54%, com a população atingindo, em 2025, 1.400 bilhões de pessoas. Por fim, para as Américas, prevê-se um aumento de 13,62% no número de habitantes, atingindo 1.020 milhões de pessoas em 2025, contra os 897 milhões projetados para 2010. Com o Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 57 aumento significativo do número de habitantes, haverá também uma maior demanda por todo tipo de alimentos. Há uma preocupação cada vez maior em identificar se o provimento dos alimentos necessários será suficiente para acompanhar o ritmo de crescimento demográfico. Esta pressão sobre a produção deve se fazer sentir também em função do aumento do nível de renda nos mercados centrais e emergentes. É possível que haja maior demanda por proteína animal, principalmente carnes e seus derivados. Para a geração que cresceu durante o relativo desenvolvimento econômico global de fins do século passado e início deste, acostumada a padrões de consumo mais elevados, a tendência é pela escolha de produtos de maior valor agregado, que proponham diferentes experiências sensoriais, premium ou mais sofisticados, que utilizem produtos naturais, exóticos, sustentáveis ou orgânicos, tanto nos países desenvolvidos quanto nos mercados emergentes. O próprio ritmo de vida dos grandes centros urbanos modernos, outrossim, irá gerar a procura por produtos de maior conveniência, práticos, comercializados em embalagens menores, adaptados a indivíduos que morem sozinhos e tenham pouco tempo para preparar suas refeições em casa. Esta categoria de produtos, prontos para o consumo, deverá nortear o crescimento do setor de alimentos para os próximos anos. Contudo, deve-se atentar para o fato de que uma crescente demanda por estes produtos não implica a escolha por alimentos de menor valor nutricional. Uma forte tendência do mercado mundial de alimentos é a procura generalizada por produtos que traduzam maior saúde e bem-estar. Até mesmo os indivíduos que não possuem quaisquer tipos de distúrbios alimentares estão tornando-se mais preocupados quanto à maneira como comem. A geração que atingiu a maturidade neste século ajudará a promover esta tendência na medida em que desejar manter-se mais saudável e com melhor aparência pelo tempo mais longo quanto possível. Isso levará a novos e constantes lançamentos nas linhas de alimentos com menor teor de gordura, sal, calorias, açúcar ou colesterol, por exemplo. Nos mercados em desenvolvimento, as preocupações com a subnutrição, os níveis de obesidade e todos os problemas a elas relacionadas também contribuirão para um maior alerta sobre os hábitos alimentares diários. Por outro lado, o envelhecimento da população nos países desenvolvidos terá impacto significativo no mercado de alimentos na mesma proporção da importância em que estes países têm no tocante ao volume e valor das trocas internacionais fomentadas por suas economias. As necessidades nutricionais e as preferências alimentares mudam à medida que o corpo envelhece. Há uma forte tendência a um aumento considerável da demanda por alimentos que supram estas deficiências, como aqueles enriquecidos com antioxidantes, funcionais ou com calorias reduzidas. Há interesse crescente por alimentos que auxiliem no combate a enfermidades, melhorem a aparência física ou mantenham a agilidade cerebral. Ainda sob este aspecto, já se nota uma forte preocupação com a segurança alimentar e a procedência dos alimentos e ações na área de sanidade e rastreabilidade têm se tornado cada vez mais freqüentes, principalmente entre os países membros da União Européia no tocante as cadeias de carne bovina, suína e de aves. Em outros países, conceitos como comércio justo, sustentabilidade e meio ambiente conquistam cada vez mais notoriedade e motivam porções cada vez maiores da população. O fenômeno da globalização deve, ainda, tornar as escolhas dos consumidores mais internacionalizadas. É possível que as prateleiras dos super/hipermercados ao redor do mundo apresentem crescente variedade de produtos estrangeiros e exóticos concomitantemente com o aumento da procura por novos sabores, novas experiências sensoriais e gastronômicas, a propagação de centros culinários e a maior exposição dos consumidores aos produtos globais, devido às viagens ou aos programas de televisão. Para os produtores e fabricantes brasileiros, estas tendências devem ser ponto de atenção, na medida em que representam uma oportunidade singular para a penetração e consolidação em novos e tradicionais mercados. Num primeiro momento ainda há a predominância de produtos premium para Europa e América do Norte, enquanto os produtos brasileiros mais básicos, ou de outras classificações tem mais espaço em países da Ásia, Oriente Médio e África. Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 58 4 ANEXOS CAFÉ, CHÁ E MATE GRUPO DE PRODUTOS SH6 CAFÉ 090111 Café não torrado, não descafeinado DESCRIÇÃO CAFÉ 090112 CAFÉ 090121 Café não torrado, descafeinado Café torrado, não descafeinado CAFÉ 090122 Café torrado, descafeinado CAFÉ 090190 Cascas, películas de café e sucedâneos do café CAFÉ 210111 Extratos, essências e concentrados de café CAFÉ 210112 Preparações à base de extratos, essências e concentrados de café CHÁ 090210 Chá verde (não fermentado), em embalagens imediatas =< 3kg CHÁ 090220 Chá verde (não fermentado), apresentado em qualquer outra forma CHÁ 090230 Chá preto (fermentado ou parcialmente fermentado), em embalagens imediatas =< 3kg CHÁ 090240 Chá preto (fermentado ou parcialmente fermentado) apresentado em qualquer outra forma MATE 090300 Mate GRUPO DE PRODUTOS SH6 CARNE BOVINA 020110 Carcaças e meias carcaças de bovino, frescas ou refrigeradas CARNE BOVINA 020120 Outras peças de bovino, não desossadas, frescas ou refrigeradas CARNE BOVINA 020130 Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas CARNE BOVINA 020210 Carcaças e meiascarcaças de bovino, congeladas CARNE BOVINA 020220 Outras peças de bovino, não desossadas, congeladas CARNE BOVINA 020230 Carnes de bovino, desossadas, congeladas CARNE BOVINA 020610 Miudezas comestíveis de bovino, frescas ou refrigeradas CARNE BOVINA 020621 Línguas de bovino, congeladas CARNE BOVINA 020622 Fígados de bovino, congelados CARNE BOVINA 020629 Outras miudezas comestíveis de bovino, congeladas CARNE BOVINA 021020 Carnes de bovinos, salgadas ou em salmoura, secas ou defumadas CARNE BOVINA 160250 Preparações alimentícias e conservas, de bovinos GRUPO DE PRODUTOS SH6 CARNE DE AVES 020711 Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas CARNE DE AVES 020712 Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não cortadas em pedaços, congeladas CARNE DE AVES 020713 Pedaços e miudezas comestíveis, de galos e galinhas da espécie doméstica, frescos ou refrigerados CARNE DE AVES 020714 Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados CARNE DE AVES 020724 Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas CARNE DE AVES 020725 Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, congeladas CARNE DE AVES 020726 Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, frescas ou refrigeradas CARNE DE AVES 020727 Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas CARNE DE AVES 020732 Carnes de patos, gansos e galinhas dangola, das espécies domésticas, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas CARNE DE AVES 020733 Carnes de patos, gansos e galinhas dangola, das espécies domésticas não cortadas em pedaços, congeladas CARNE DE AVES 020734 Fígados gordos comestíveis, de patos ou gansos, da espécie doméstica, frescos ou refrigerados CARNE DE AVES 020735 Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos ou galinhas d'angola, das espécies domésticas, frescas ou refrigeradas CARNE DE AVES 020736 Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos e galinhas d'angola, das espécies domésticas, congeladas CARNE DE AVES 160210 Preparações alimentícias homogeneizadas de carnes, miudezas ou sangue CARNE DE AVES 160231 Preparações alimentícias e conservas de peru CARNE DE AVES 160232 Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas CARNE DE AVES 160239 Preparações alimentícias e conservas de patos, gansos e galinhas d'angola CARNE BOVINA DESCRIÇÃO CARNE DE AVES DESCRIÇÃO Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 59 CARNE SUÍNA GRUPO DE PRODUTOS SH6 CARNE SUÍNA 020311 Carcaças e meias carcaças de suíno, frescas ou refrigeradas CARNE SUÍNA 020312 Pernas, pás e pedaços de suíno, não desossados, frescos ou refrigerados CARNE SUÍNA 020319 Outras carnes de suíno, frescas ou refrigeradas CARNE SUÍNA 020321 Carcaças e meias carcaças de suíno, congeladas CARNE SUÍNA 020322 Pernas, pás e pedaços de suínos, não desossados, congelados CARNE SUÍNA 020329 Outras carnes de suíno, congeladas CARNE SUÍNA 020630 Miudezas comestíveis de suíno, frescas ou refrigeradas CARNE SUÍNA 020641 Fígados de suíno, congelados CARNE SUÍNA 020649 Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas CARNE SUÍNA 021011 Pernas, pás e pedaços de suíno, não desossados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados CARNE SUÍNA 021012 Barrigas e peitos, entremeados, e seus pedaços, de suíno, salgados ou em salmoura, secos ou defumados CARNE SUÍNA 021019 Outras carnes de suíno, salgadas ou em salmoura, secas, defumadas CARNE SUÍNA 160241 Preparações alimentícias e conservas de pernas e respectivos pedaços, de suínos CARNE SUÍNA 160242 Preparações alimentícias e conservas de pás e respectivos pedaços, de suínos CARNE SUÍNA 160249 Outras preparações alimentícias e conservas de suínos, incluídas as misturas GRUPO DE PRODUTOS SH6 CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS DESCRIÇÃO CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS DESCRIÇÃO 170410 Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de açúcar 170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau 180610 Cacau em pó, com adição de açúcar ou outros edulcorantes 180620 Outras preparações alimentícias com cacau, em blocos ou barras, com peso 2 kg 180631 Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus 180632 Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus 180690 Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 60 FRUTAS GRUPO DE PRODUTOS SH6 FRUTAS 080111 Cocos secos, mesmo sem casca ou ralados DESCRIÇÃO FRUTAS 080119 Cocos frescos, mesmo sem casca ou pelados FRUTAS 080121 Castanha-do-pará, fresca ou seca, com casca FRUTAS 080122 Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca FRUTAS 080131 Castanha de caju, fresca ou seca, com casca FRUTAS 080132 Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca FRUTAS 080211 Amêndoas frescas ou secas, com casca FRUTAS 080212 Amêndoas frescas ou secas, sem casca FRUTAS 080221 Avelãs Corlus spp. frescas ou secas, com casca FRUTAS 080222 Avelãs Corlus spp. frescas ou secas, sem casca FRUTAS 080231 Nozes frescas ou secas, com casca FRUTAS 080232 Nozes frescas ou secas, sem casca FRUTAS 080240 Castanhas Castanea spp. frescas ou secas, mesmo sem casca ou peladas FRUTAS 080250 Pistácios frescos ou secos, mesmo sem casca ou pelados FRUTAS 080260 Nozes de macadâmia, cosmetíveis, frescas ou secas, mesmo sem casca ou peladas FRUTAS 080290 Outras frutas de casca rija, frescas ou secas, mesmo sem casca ou peladas FRUTAS 080300 Bananas frescas ou secas FRUTAS 080410 Tâmaras frescas ou secas FRUTAS 080420 Figos frescos ou secos FRUTAS 080430 Abacaxis frescos ou secos FRUTAS 080440 Abacates frescos ou secos FRUTAS 080450 Goiabas, mangas e mangostes, frescos ou secos FRUTAS 080510 Laranjas frescas ou secas FRUTAS 080520 Tangerinas, mandarinas, satsumas clementinas, wilkings e outros cítricos híbridos e semelhantes, frescos ou secos FRUTAS 080530 Limões e limas, frescos ou secos FRUTAS 080540 Pomelos grapefruit, frescos ou secos FRUTAS 080550 Limões e limas, frescos ou secos FRUTAS 080590 Outros cítricos frescos ou secos FRUTAS 080610 Uvas frescas FRUTAS 080620 Uvas secas FRUTAS 080711 Melancias frescas FRUTAS 080719 Melões frescos FRUTAS 080720 Mamãos papaias frescos FRUTAS 080810 Maçãs frescas FRUTAS 080820 Pêras e marmelos frescos FRUTAS 080910 Damascos frescos FRUTAS 080920 Cerejas frescas FRUTAS 080930 Pêssegos, incluídos os brugnons e as nectarinas, frescos FRUTAS 080940 Ameixas e abrunhos, frescos FRUTAS 081010 Morangos frescos FRUTAS 081020 Framboesas, amoras e amorasframboesas, frescas FRUTAS 081030 Groselhas frescas, inclusive o cassis FRUTAS 081040 Airelas, mirtilos e outras frutas do gênero vaccinium, frescos FRUTAS 081050 kiwis frescos FRUTAS 081060 Duries frescos FRUTAS 081090 Outras frutas frescas FRUTAS 081110 FRUTAS 081120 FRUTAS 081190 Morangos congelados, não cozidos ou cozidos em água ou vapor, mesmo adicionados de açúcar ou de outros edulcorantes Framboesas, amoras, groselhas, congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes FRUTAS 081210 Cerejas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado FRUTAS 081220 Morangos conservados transitoriamente, mas impróprios para consumo imediato FRUTAS 081290 Outras frutas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado FRUTAS 081310 Damascos secos FRUTAS 081320 Ameixas secas FRUTAS 081330 Maças secas FRUTAS 081340 Pêras e outras frutas secas FRUTAS 081350 Misturas de frutas secas ou de frutas de casca rija FRUTAS 081400 Cascas de cítricos, de melões ou de melancias, frescas, secas, congeladas ou conservadas temporariamente Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 61 LEITE E LATICÍNIOS GRUPO DE PRODUTOS SH6 LEITE E LATICÍNIOS 040110 Leite e creme de leite não concentrados, não adocicados, com um teor, em peso, de matérias gordas DESCRIÇÃO LEITE E LATICÍNIOS 040120 Leite e creme de leite, não concentrados, não adocicados, com um teor, em peso, de matérias gordas superior a 1 e 6 LEITE E LATICÍNIOS 040130 Leite e creme de leite, não concentrados, não adocicados, com um teor, em peso, de matérias gordas superior a 6 LEITE E LATICÍNIOS 040210 LEITE E LATICÍNIOS 040221 LEITE E LATICÍNIOS 040229 Leite em pó, grânulos ou outras formas sólidas, concentrados ou adocicados, com um teor, em peso, de matérias gordas 1,5 Leite em pó, grânulos ou outras formas sólidas, com um teor, em peso, de matérias gordas superior a 1,5, concentrados, não adocicados Leite em pó, grânulos ou outras formas sólidas, com um teor, em peso, de matérias gordas superior a 1,5, adocicados LEITE E LATICÍNIOS 040291 Outros leites, cremes de leite, concentrados, não adocicados LEITE E LATICÍNIOS 040299 Outros leites, cremes de leite, concentrados, adocicados LEITE E LATICÍNIOS 040310 LEITE E LATICÍNIOS 040390 LEITE E LATICÍNIOS 040410 Iogurte, mesmo aromatizado ou adicionado de aúcar ou de outros edulcorantes, de frutas ou de cacau Leitelho, leite, creme de leite, coalhados, quefir e outros leites e cremes de leite, fermentados ou acidificados, mesmo concentrados, adocicados ou aromatizados Soro de leite, modificado ou não, mesmo concentrado ou adocicado LEITE E LATICÍNIOS 040490 Outros produtos constituídos do leite, mesmo concentrados ou adocicados LEITE E LATICÍNIOS 040510 Manteiga LEITE E LATICÍNIOS 040520 Pastas de espalhar barrar de produtos provenientes do leite LEITE E LATICÍNIOS 040590 leo butírico de manteiga butter oil e outras matérias gordas provenientes do leite LEITE E LATICÍNIOS 040610 Queijos frescos não curados, incluído o queijo do soro de leite e o requeijão LEITE E LATICÍNIOS 040620 Queijos ralados ou em pó, de qualquer tipo LEITE E LATICÍNIOS 040630 Queijos fundidos, exceto ralados ou em pó LEITE E LATICÍNIOS 040640 Queijos de pasta mofada azul LEITE E LATICÍNIOS 040690 Outros queijos LEITE E LATICÍNIOS 040700 Ovos de aves, com casca, frescos, conservados ou cozidos LEITE E LATICÍNIOS 040811 Gemas de ovos, secas, mesmo adicionadas de açúcar LEITE E LATICÍNIOS 040819 Gemas de ovos, frescas, cozidas em água ou vapor, congeladas ou preservadas de outro modo, mesmo adicionadas de açúcar LEITE E LATICÍNIOS 040891 LEITE E LATICÍNIOS 040899 LEITE E LATICÍNIOS 040900 Ovos de aves, sem casca, secos, mesmo adicionados de açúcar Outros ovos de aves, sem casca, frescos, cozidos em água ou vapor, congelados ou preservados de outro modo, mesmo adicionados de aúcar Mel natural LEITE E LATICÍNIOS 041000 Outros produtos comestíveis de origem animal GRUPO DE PRODUTOS SH6 MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190110 Preparações para alimentação de crianças acondicionadas para venda a retalho MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190120 MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190190 MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190211 Misturas e pastas, para preparação de produtos de padaria, pastelaria Outras preparações alimentícias de farinhas, sêmolas, amidos, féculas ou de extratos de malte sem cacau ou contendo menos de 40g de cacau em peso Massas alimentícias, não cozidas nem recheadas, contendo ovos MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190219 Outras massas alimentícias, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190220 Massas alimentícias recheadas, mesmo cozidas ou preparadas de outro modo MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190230 Outras massas alimentícias MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190240 Couscous MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190300 Tapioca e seus sucedâneos preparados a partir de féculas, em flocos, grumos, grãos, pérolas ou formas semelhantes MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190410 Produtos base de cereais, obtidos por expansão ou por torrefação por exemplo flocos de milho MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190420 Preparações alimentícias obtidas de flocos de cereais e misturas MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190430 Trigo burgol bulgur MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190490 Outros cereais em grãos, pré-cozidos ou preparados de outro modo MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190510 Pão denominado knckebrot MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190520 Pão de especiarias MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190540 Torradas, pão torrado e produtos semelhantes torrados MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190590 Outros produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de biscoitos, mesmo com adição de cacau MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190531 Bolachas e biscoitos adicionados de edulcorantes MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190532 Waffles e wafers MASSAS, PÃES E BISCOITOS 190530 Bolachas e biscoitos adicionados de edulcorentes, waffles e wafers MASSAS, PÃES E BISCOITOS DESCRIÇÃO Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 62 SUCOS GRUPO DE PRODUTOS SH6 SUCOS 200911 Sucos de laranjas, congelados, não fermentados DESCRIÇÃO SUCOS 200912 Sucos de laranja não congelados, com valor brix =< 20 SUCOS 200919 Outros sucos de laranjas, não fermentados SUCOS 200920 Sucos de pomelos ("grapefruit"), não fermentados SUCOS 200921 Suco de pomelo ("grapefruit") com valor brix =< 20 SUCOS 200929 Outros sucos de pomelo ("grapefruit"), não fermentados SUCOS 200930 Sucos de outros cítricos, não fermentados SUCOS 200931 Suco de outros cítricos com valor brix =< 20 SUCOS 200939 Outros sucos de outros cítricos, não fermentados SUCOS 200940 Sucos de abacaxis (ananases), não fermentados SUCOS 200941 Suco de abacaxi (ananás) com valor brix =< 20 SUCOS 200949 Outros sucos de abacaxi, não fermentados SUCOS 200950 Sucos de tomates, não fermentados SUCOS 200960 Sucos de uvas (inclusive os mostos de uvas), não fermentados SUCOS 200961 Suco de uvas (inclusive os mostos de uvas) com valor brix =< 30 SUCOS 200969 Outros sucos de uvas (inclusive os mostos de uvas), não fermentados SUCOS 200970 Sucos de maças, não fermentados SUCOS 200971 Suco de maçã com valor brix =< 20 SUCOS 200979 Outros sucos de maçã, não fermentados SUCOS 200980 Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados SUCOS 200990 Misturas de sucos, não fermentados GRUPO DE PRODUTOS SH6 BEBIDAS DESTILADAS 220820 Aguardentes de vinho ou de bagaço de uvas BEBIDAS DESTILADAS 220830 Uísques BEBIDAS DESTILADAS 220840 Cachaça e caninha (rum e tafiá) BEBIDAS DESTILADAS 220850 Gim e genebra BEBIDAS DESTILADAS 220860 Vodca BEBIDAS DESTILADAS 220870 Licores BEBIDAS DESTILADAS 220890 Outras bebidas alcóolicas VINHOS E VERMUTES 220410 VINHOS E VERMUTES 220421 VINHOS E VERMUTES 220429 VINHOS E VERMUTES 220510 Vinhos espumantes e espumosos Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade =< 2 litros Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade > 2 litros Vermutes e outros vinhos de uvas frescas, aromatizados, em recipientes com capacidade =< 2 litros VINHOS E VERMUTES VINHOS E VERMUTES 220590 Outros vermutes e vinhos de uvas frescas, aromatizados 220600 Sidra e outras bebidas fermentadas e misturas de bebidas fermentadas VINHOS E BEBIDAS DESTILADAS DESCRIÇÃO Copyright © 2009 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. 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