ANUGA 2009 na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho

Transcrição

ANUGA 2009 na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho
ANUGA
2009
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Agosto de 2009
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ANUGA
2009
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Alessandro G. Teixeira
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2
© 2009 Apex-Brasil
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Autores: Camila M. A. Gontijo
Emanuel Teixeira Figueira Júnior
Apoio: Jean Fernandes
Guilherme Lima
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SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................................................................................................................... 4
1.1. Perfil da Feira ........................................................................................................................................................................ 4
1.1.1. Segmentos da Feira .................................................................................................................................................... 5
1.2. Metodologia ........................................................................................................................................................................ 11
2. Grupo de produtos e países ....................................................................................................................................................... 13
2.1. Produto Interno Bruto (PIB) .................................................................................................................................................. 13
2.2. Café, Chá e Mate .................................................................................................................................................................. 15
2.3. Carne Bovina, Suína e de Aves .............................................................................................................................................. 20
2.4. Chocolate, Balas e Confeitos ................................................................................................................................................ 29
2.5. Frutas .................................................................................................................................................................................... 33
2.6. Leite e Laticínios ................................................................................................................................................................... 36
2.7. Massas, Pães e Biscoitos ....................................................................................................................................................... 41
2.8. Sucos ..................................................................................................................................................................................... 46
2.9. Vinhos e Destilados............................................................................................................................................................... 50
3. Considerações Finais .................................................................................................................................................................. 56
4. Anexos......................................................................................................................................................................................... 58
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1. INTRODUÇÃO
O presente estudo pretende identificar potenciais mercados-alvo para as exportações brasileiras nos setores participantes da
edição 2009 de ANUGA, importante feira comercial alemã para o complexo de alimentos e bebidas.
Para este estudo, foram selecionados dez grupo de produtos, tendo por base a classificação desenvolvida pela Secretaria de
Comércio Exterior - SECEX, que refletem a composição do grupo de empresas participantes do evento: Café, Chá e Mate; Carne
Bovina; Carne de Aves; Carne Suína; Chocolates, Balas e Confeitos; Massas, Pães e Biscoitos; Leite e Laticínios; Frutas; Sucos; e
Vinhos e Destilados. Os produtos selecionados dentro de cada um dos grupos de produtos listados estão apontados no Anexo 1
deste documento, listados pela sua classificação no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH),
nomenclatura internacional desenvolvida e mantida pela Organização Mundial de Alfândegas - OMA. Os códigos de
classificação dos produtos de exportação/importação estão expressos em seis dígitos e serão designados, daqui em diante, pela
sigla SH6.
Para cada um dos grupos de produtos, foram selecionados até dezesseis países, resultado do cruzamento entre os dados das
importações mundiais dos SH6 selecionados e das exportações brasileiras destes grupos de produtos. Uma breve análise
qualitativa refletindo o contexto e as principais tendências de cada um dos grupos de produtos e hábitos de consumo nos
mercados-alvo escolhidos foi elaborada para auxiliar na elaboração de estratégias de penetração e posicionamento nestes
mercados.
1.1. PERFIL DA FEIRA
A feira de ANUGA 2009 acontecerá em Colônia, Alemanha, entre os dias 10 e 14 de outubro de 2009. Trata-se de uma das mais
importantes feiras comerciais internacionais para o complexo de alimentos e bebidas, antecipando tendências, reunindo
produtores e compradores e mobilizando formadores de opinião nos grupo de produtos representados em seus pavilhões.
Os gráficos apresentados a seguir contemplam informações referentes à edição de 2007 da feira. Segundo esses dados1,
naquele ano, ANUGA contou com a participação de 6.607 empresas expositoras de 95 países. O número de visitantes foi de
aproximadamente 163.000, provenientes de 175 países, superando em 3% o número de visitantes de sua edição anterior, em
2005, quando 158.817 pessoas de 156 países estiveram presentes na feira. Além disso, estima-se que 2.400 jornalistas de 62
países cobriram a última edição do evento.
Em 2007, assim como nesta edição, ANUGA encontra-se dividida em 10 grupos de produtos, a saber: Fine Food, Drinks, Chilled
Food, Meat, Frozen Food, Dairy, Bread & Bakery and Hot Beverages, Organic, CateringTec e RetailTec. Nos gráficos seguintes
são apresentados dados quantitativos sobre a origem e ramo de atividade dos visitantes em cada um dos grupo de produtos
2
presentes . O público da feira apresenta uma grande parcela de estrangeiros, o que confere um caráter internacional ao
evento, que também conta com expositores de diferentes nacionalidades.
1
2
ANUGA 2007: International Food Industry Very Satisfied with Results. Press release. Disponível em <http:// www.anuga.com>. Acessado em 01 set, 2009.
ANUGA: The ten best trade fairs under one roof. Factsheets. Disponível em <http:// www.anuga.com>. Acessado em 01 set, 2009
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(GRÁFICO 01: Origem de Expositores ANUGA 2007.
GRÁFICO 02: Origem de Visitantes ANUGA 2007.
17%
Alemanha
Alemannha
47%
53%
Outros países
Outros países
83%
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
1.1.1.
SEGMENTOS DA FEIRA
O segmento de Drinks na edição 2007 de ANUGA reuniu 529 expositores nas categorias de bebidas não-alcoólicas e alcoólicas,
como as cervejas, vinhos e destilados. As estatísticas apontam que dois terços dos expositores aproveitaram sua presença na
feira para lançar novos produtos do segmento. Neste ano, a tendência global por produtos mais saudáveis e que traduzam bem
estar deve orientar estes novos lançamentos.
GRÁFICO 03 e 04: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Drinks ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
44.842
Alemanha
Austrália
Serviços de
alimentação/bufê
Indústria
5.615
América
Vendas
6%
10%
43.773
Ásia
África
8%
40%
15%
Outros
4.228
Demais serviços
1.360
21%
Importadores
477
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
2
Com 3.605 expositores e 58.000 m de área em sua última edição, o segmento de Fine Food de ANUGA reúne uma ampla
variedade dos chamados produtos premium, gourmet e delicatessen e outros alimentos, acompanhando a tendência mundial
por produtos de maior conveniência, mais saudáveis e que proporcionem novas experiências culinárias aos consumidores.
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GRÁFICO 05 e 06: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Fine Food ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
39.949
8%
Vendas
5%
11%
Alemanha
38.997
Ásia
36%
5.002
Serviços de
alimentação/bufê
Indústria
15%
Outros
América
3.767
Demais serviços
África
1.212
Importadores
25%
Austrália
425
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
2
Em uma área de 6.000 m , o segmento de Chilled Food reuniu 99 expositores na edição 2007 de ANUGA, que apresentaram
uma grande variedade de alimentos resfriados, como refeições e saladas prontas, frutas fatiadas, peixes, saladas delicatessen,
smoothies de frutas e massas prontas e frescas.
GRÁFICO 07 e 08: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Chilled Food ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
27.899
Vendas
24%
Alemanha
27.234
Ásia
Serviços de
alimentação/bufê
Indústria
38%
3.493
16%
América
Outros
2.630
Demais serviços
África
Austrália
5%
846
8%
10%
Importadores
297
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
2
Em sua última edição, 762 expositores em uma área de 50.000 m apresentaram seus produtos no segmento Meat. A
tendência para os próximos anos é de crescimento para as linhas de carnes frescas e resfriadas e para as linhas de salsichas.
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GRÁFICO 09 e 10: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Meat ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
30.820
Vendas
Alemanha
9%
30.085
6%
10%
Ásia
3.859
América
40%
13%
2.906
África
Outros
Demais serviços
935
Austrália
22%
328
0
Serviços de
alimentação/bufê
Indústria
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
Importadores
30.000
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
O segmento de Frozen Food reuniu 471 expositores na edição passada de ANUGA. As vendas de carnes e outros alimentos
orgânicos congelados estão crescendo em todo o mundo embora as pizzas e os salgadinhos ainda sejam os alimentos mais
consumidos neste segmento. Os alimentos mais práticos e em embalagens menores bem como as refeições para microondas
devem conduzir as vendas nos próximos anos
GRÁFICO 11 e 12: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Frozen Food ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
29.067
Alemanha
28.374
8%
9%
Ásia
Vendas
6%
Serviços de
alimentação/bufê
Indústria
41%
3.640
17%
América
África
Outros
2.741
Demais serviços
20%
882
Importadores
Austrália
309
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
2
O segmento Dairy na edição 2007 de ANUGA reuniu 372 expositores em aproximadamente 23.000 m de área. A tendência por
produtos mais saudáveis e funcionais deve orientar o crescimento das vendas do segmento nos próximos anos bem como o
aumento da demanda por leite e laticínios nos mercados emergentes.
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GRÁFICO 13 e 14: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Dairy ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
Vendas
29.067
8%
Alemanha
5%
11%
28.374
37%
Ásia
Indústria
3.640
19%
América
Serviços de
alimentação/bufê
Outros
2.741
Demais serviços
África
21%
882
Importadores
Austrália
309
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
2
Com 18.300 m de área em sua última edição, o segmento Bread & Bakery and Hot Beverages contou com a participação de
404 expositores. A tendência por produtos de baixa caloria, com menor teor de sal e funcionais deve guiar os novos
lançamentos do segmento. A demanda por produtos de panificação premium cresce em todo o mundo e a procura por
produtos de maior conveniência, em embalagens menores e mais práticas, aumenta com as mudanças no ritmo de vida dos
habitantes dos novos grandes centros urbanos dos mercados emergentes. As variedades de cafés especiais impulsionam as
vendas da bebida enquanto a orientação por saúde mantém o chá como a segunda bebida quente mais consumida no mundo.
Misturas e sabores exóticos e ervas aromáticas estimulam as vendas e prometem manter o volume de negócios.
GRÁFICO 15 e 16: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Bread & Bakery and Hot Beverages ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
Vendas
26.584
8%
Alemanha
25.950
Ásia
5%
Indústria
3.329
34%
16%
América
África
Serviços de
alimentação/bufê
12%
Outros
2.507
Demais serviços
806
24%
Importadores
Austrália
283
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
2
Em 2007, 317 expositores em 6.000 m de área apresentaram seus produtos no segmento Organics de ANUGA. A demanda por
este tipo de produtos cresce significativamente e a previsão para os próximos anos é extremamente positiva. A oferta vem se
tornando muito diversa bem como a variedade de canais de distribuição. Por outro lado, esta excelente perspectiva para o
segmento aliada a uma maior oferta torna a competição muito acirrada. Esta será a segunda edição da feira com um espaço
exclusivo para a exposição de alimentos orgânicos.
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9
GRÁFICO 17 e 18: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento Organic ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
30.747
8%
Alemanha
Vendas
7%
30.014
11%
37%
Ásia
3.850
América
África
Indústria
2.899
Outros
19%
Demais serviços
933
18%
Austrália
Serviços de
alimentação/bufê
Importadores
327
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
Na edição passada de ANUGA, 171 expositores apresentaram produtos voltados para a equipagem de cozinhas industriais,
bufês e outros tipos de serviços alimentícios (CateringTec).
GRÁFICO 19 e 20: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento CateringTec ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
Vendas
18.769
Alemanha
7%
18.322
6%
31%
7%
Ásia
2.350
Serviços de
alimentação/bufê
Indústria
11%
Outros
América
1.770
Demais serviços
África
569
37%
Importadores
Austrália
200
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
A edição 2007 de ANUGA reuniu 65 expositores no segmento RetailTec que apresentaram produtos para as vendas de varejo
como armários, prateleiras e mostruários, equipamentos de refrigeração e iluminação, produtos para arrumação e limpeza
bem como soluções em comunicação, tecnologia da informação e promoção de vendas.
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GRÁFICO 21 e 22: Origem e ramo de atividade dos visitantes do segmento RetailTec ANUGA 2007.
União Européia
(exceto Alemanha)
17.236
9%
Alemanha
16.825
Ásia
2.158
América
Vendas
4%
11%
36%
13%
Serviços de
alimentação/bufê
Indústria
Outros
1.625
Demais serviços
África
523
27%
Importadores
Austrália
183
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
Em relação à participação das empresas em ANUGA, o segmento da feira com maior número de exibidores em sua última
edição foi o de Fine Food, representando pouco mais de 53% da feira. Em seguida temos os segmentos de Carnes
correspondendo a 11,21% dos exibidores, Bebidas 7,79%, Congelados 6,93%, Produtos de Panificação e Bebidas Quentes
5,95%, Laticínios 5,47%, Orgânicos 4,47%, CateringTec 2,52%, Chilled Food (resfriados) 1,46% e RetailTec 0,96%.
GRÁFICO 23: Número de expositores por segmento ANUGA 2007.
Fine Food
317 171 99
404
Carnes
65
372
Bebidas
Congelados
471
3605
529
Produtos de Panificação e
Bebidas Quentes
Laticínios
762
Produtos Orgânicos
CateringTec
Chilled Food
Número de empresas em 2007: 6795
RetailTec
Fonte: ANUGA 2007 Exhibitor and Visitor Survey. Elaboração: UICC Apex-Brasil
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11
1.2. METODOLOGIA
Os dados de importação e exportação utilizados na seleção dos mercados-alvo presentes neste estudo foram obtidos no United
Nations Commodity Trade Statistics Database (UN Comtrade) abrangendo um período de seis anos, entre 2003 e 2008. Esta
fonte disponibiliza indicadores de comércio reportados por aproximadamente 180 nações. Para muitos destes países, as
informações relativas ao ano de 2008 ainda não foram reportadas, utilizando assim dados até 2007. Optamos por não
acrescentar as informações reportadas por outras fontes concernentes à corrente comercial em 2008 dos países para os quais
não existem dados disponíveis no UN Comtrade, de maneira a evitar divergências entre as bases de dados. Portanto, a ausência
desses dados pode resultar em ligeiras diferenças quando da seleção dos países indicados no presente estudo.
Para os dez grupos de produtos nos quais dividimos este estudo, a média de países que serviram como base para a seleção dos
mercados-alvo foi de 177 para cada grupo de produtos. A seguir, procedeu-se aos seguintes passos:
1.
2.
Para cada um destes países, foram obtidos os dados das importações, provenientes de todo o mundo, dos SH6
inclusos em cada um dos respectivos grupos de produtos;
O mesmo fez-se para os dados das exportações brasileiras destes produtos para cada um daqueles países.
Como mencionado anteriormente, os SH6 concernentes a cada um destes grupos de produtos estão indicados no Anexo 1
deste documento.
A partir destes dados, calculamos seis indicadores que nos possibilitaram ranquear os países:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Crescimento médio das importações do país para o grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008;
Variação em moeda (US$) das importações do país para o grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008;
Valor médio (US$) das importações do país para o grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008;
Crescimento médio das exportações brasileiras para o país do grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008;
Variação em moeda (US$) das exportações brasileiras para o país do grupo de produtos do segmento entre 2003 e
2008; e
Valor médio (US$) das exportações brasileiras para o país do grupo de produtos do segmento entre 2003 e 2008.
Por se tratar de indicadores com medidas distintas (percentual de crescimento e valor monetário, por exemplo), para
harmonizá-los, fizemos quatro cortes de acordo com a distribuição dos valores como exemplificado no gráfico 23, os quais
receberam os valores 1, 2, 3 e 4. A partir daí foram feitos os cortes para a escolha dos países a serem analisados neste estudo.
GRÁFICO 24: Exemplo cortes realizados para seleção de mercados-alvo.
Fonte: PASW Statistics 17.
Metodologia para classificação:
Os grupos com exportações expressivas são classificados em três diferentes categorias: (A) consolidados; (B) em risco; (C) a
consolidar. Para isso, avalia-se o posicionamento do Brasil em relação a seus concorrentes em cada grupo de produtos,
tomando-se em consideração a participação brasileira e do principal concorrente nas importações do mercado no último ano
do período de análise e o crescimento médio das exportações brasileiras contra o crescimento médio das exportações dos
concorrentes.
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12
Estabeleceu-se como um grupo de produtos consolidado aquele em que o Brasil já atingiu uma participação de mercado de no
mínimo 30% e em que o crescimento médio das exportações brasileiras acompanhe ou supere o crescimento médio das
exportações dos concorrentes nos anos considerados.
Por outro lado, grupos de produtos em risco são os casos em que o crescimento médio das exportações dos concorrentes
supera o crescimento médio das exportações brasileiras, o que significa que a posição brasileira encontra-se ameaçada.
Os demais grupos de produtos serão classificados como a consolidar. Mais especificamente, esses grupos são aqueles que
ainda têm um grande espaço de mercado a explorar (a participação brasileira é inferior a 30%), e as exportações brasileiras
evoluem acompanhando o ritmo dos concorrentes ou de modo mais acelerado.
Cabe esclarecer que as colunas denominadas “Crescimento das Importações dos Concorrentes” nas tabelas presentes em cada
um dos grupos de produtos elencados no presente estudo indicam o crescimento das importações dos mercados-alvos
selecionados do conjunto de todos os concorrentes que exportaram para aquele determinado país entre os anos de 2003-08.
Por fim, salientamos que para grande parte da análise qualitativa sobre a qual se fundamentam os prospectos e as tendências
dos mercados-alvos definidos neste estudo utilizamos a base de dados Euromonitor International. Outras bases e estudos
mercadológicos e setoriais também foram utilizados e estão mencionadas nas notas de rodapé ao longo do texto. Para alguns
países, contudo, não foi possível localizar fontes de dados confiáveis ou específicas para os grupos de produtos apresentados.
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13
2. GRUPOS DE PRODUTOS E PAÍSES
O presente estudo pretende identificar potenciais mercados-alvo para as exportações brasileiras nos setores participantes da
feira de ANUGA. A partir da seleção dos mercados mais dinâmicos, foi realizado todo o levantamento de dados de comércio
exterior, concorrência, assim como dados específicos do setor interno, como consumo em valor ou em unidades total e per
capita.
Os grupos de produtos correspondentes às empresas participantes do espaço conjunto organizado pela Apex-Brasil foram
3
formados seguindo a nomenclatura utilizada pela SECEX . Os produtos correspondentes a cada grupo de produtos encontramse no Anexo 01.
Após a definição dos grupos de produtos, e mercados selecionados, foi feito um levantamento de informações qualitativas,
com destaque para tendências de mercado, e informações sobre hábitos de consumo em vários dos países escolhidos.
2.1.
PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB
Nos gráficos a seguir são apresentados
os crescimentos médios do Produto
Interno Bruto (PIB) para todos os países
abordados neste estudo no período de
2003 a 2008, tendo em vista as
variações demonstradas em moeda
local. Demonstra-se, ainda, a previsão
de crescimento deste indicador para o
período de 2009 a 2010. Para facilitar a
visualização em comparação, os países
foram divididos e agrupados por
regiões: América do Norte, Central e do
Sul e África; Ásia, Oriente Médio e
Oceania; e Europa.
Gráfico 25: Produto Interno Bruto (PIB) - Américas e África
Sudão
Panamá
Mauritânia
Egito
Senegal
Argélia
Uruguai
Paraguai
África do Sul
Colômbia
Argentina
Equador
Canadá
Venezuela
México
Estados Unidos
Os países africanos passaram por um
-2,00%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
período de grande crescimento entre
Crescimento do PIB 2003/2008
Projeção do PIB 2009/2010
2003-2008 e suas economias devem
ainda mostrar vigor no biênio 2009-10,
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC
com especial destaque para o Sudão,
com previsão de crescimento positivo
Entre os países americanos, por outro lado, verifica-se contração para todos os países da América do Norte, com os Estados
Unidos liderando a previsão de queda no PIB para o biênio 2009-10, com -1,41%. O único país da América Central presente
neste estudo, o Panamá, deve ter crescimento médio de 3,5% nos próximos dois anos. Os países da América do Sul
apresentarão situações diversas, com Argentina, Equador e Venezuela com possível retração do PIB e Uruguai, Paraguai e
Colômbia com crescimento deste.
Entre os países da Ásia, Oriente Médio e Oceania destaca-se a previsão de crescimento do PIB para o biênio 2009-10 para Omã,
Jordânia, Índia, China e Catar. Este último com previsão de 17,20% de crescimento. Para os demais países prevê-se retração do
PIB, com as economias japonesa e de Cingapura contraindo-se -2,91% e -5,18%, respectivamente.
3
SECEX - Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.
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14
Gráfico 26: Produto Interno Bruto (PIB)- Ásia, Oriente Médio e Oceania
Após um período de crescimento do PIB
de 2003 a 2008 entre os países
europeus, a Albânia é o único para o
qual a projeção de crescimento no
biênio 2009-10 é positiva, 1,20%. De
acordo com a previsão, os demais
países apresentarão retração em sua
economia, com destaque negativo para
a Alemanha, Ucrânia e Irlanda, com
decréscimos de -3,32%, -3,60% e 5,53%, respectivamente.
Catar
China
Índia
Jordânia
Omã
Irã
Paquistão
Arábia Saudita
Filipinas
Emirados Árabes Unidos
Cazaquistão
Austrália
Israel
Tailândia
Hong Kong
Japão
Cingapura
-10,00%
-5,00%
0,00%
5,00%
Crescimento do PIB 2003/2008
10,00%
15,00%
20,00%
Projeção do PIB 2009/2010
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC
Gráfico 27: Produto Interno Bruto (PIB)- Europa
Albânia
Grécia
Eslovênia
Noruega
Bósnia-Herzegóvina
França
Suíça
Moldova
Bélgica
Dinamarca
Turquia
Espanha
Suécia
Reino Unido
Portugal
Itália
Armênia
Países Baixos
Rússia
Finlândia
Alemanha
Ucrânia
Irlanda
-6,00%
-4,00%
-2,00%
0,00%
2,00%
Crescimento do PIB 2003/2008
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
Projeção do PIB 2009/2010
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC
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15
2.2.
CAFÉ, CHÁ E MATE
Para o grupo de produtos de Café, chá e mate, foram identificados quinze mercados para os quais, além de informações
econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Alemanha, Austrália, Eslovênia,
Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Itália, Japão, Países Baixos, Reino Unido, Rússia, Turquia e Ucrânia.
Destacamos que a maior participação nas exportações brasileiras neste grupo de produtos corresponde aos cafés.
Os maiores exportadores de cafés em 2008 foram Alemanha, Itália, Suíça, Estados Unidos, e Brasil que exportou US$631,4
milhões nesse ano. O Brasil foi o maior produtor de cafés em 2007 segundo dados da FAO, seguido por Vietnã e Colômbia.
Segundo a Abic – Associação Brasileira da Indústria de Café, a produção de café beneficiado no país em 2008 foi de 46.000
4
sacas , produzidos numa área de cerca de 2,2 milhões de hectares.
TABELA 01: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Café, chá e mate.
Importações do
Crescimento Participação Crescimento das
Importações do Crescimento das
Participação
mercado-alvo
Principal
Principal
do Principal
Exportações
País
mercado-alvo Importações dos
Brasileira Classificação
(crescimento
Concorrente Concorrente Concorrente Brasileiras (2003em 2008 (US$) Concorrentes
2008
2003-08)
(2003-2008)
(2008)
2008)
Alemanha
22,65%
3.924.714.640
21,73%
Vietnã
31,57%
9,60%
26,33%
21,82% A consolidar
Austrália
16,02%
416.782.853
15,33%
Indonésia
30,64%
10,42%
27,44%
7,49%
A consolidar
Eslovênia
21,54%
55.368.988
34,55%
Itália
29,17%
21,85%
28,23%
21,71%* Consolidado
Espanha
24,45%
946.021.721
23,77%
Vietnã
35,41%
21,83%
28,21%
16,74% A consolidar
Estados Unidos
17,31%
4.734.347.203
16,43%
Colômbia
17,76%
17,90%
22,19%
17,22% A consolidar
Finlândia
20,55%
278.829.039
18,28%
Colômbia
22,78%
16,25%
26,44%
32,00% Consolidado
França
17,38%
1.771.255.456
17,58%
Alemanha
21,92%
19,75%
14,54%
5,94%
Em risco
Grécia
16,89%
256.508.716
16,39%
Itália
23,72%
21,29%
18,44%
25,64% A consolidar
Itália
22,65%
1.508.805.312
21,52%
Vietnã
35,18%
11,74%
25,29%
31,96% A consolidar
Japão
13,36%
1.526.585.009
11,76%
Colômbia
17,83%
19,85%
19,60%
23,77% A consolidar
Países Baixos
8,73%
657.151.276
8,06%
Alemanha
9,28%
25,58%
15,83%
10,37% A consolidar
Reino Unido
15,12%
1.273.915.550
14,56%
Quênia
9,04%
14,76%
24,69%
6,99%
A consolidar
Rússia
18,33%
1.197.454.942
17,76%
Sri Lanka
16,82%
20,97%
25,44%
8,79%
A consolidar
Turquia
24,41%
143.285.538
23,65%
Espanha
14,27%
10,56%
26,95%
24,31% A consolidar
Ucrânia
33,28%
408.705.910
38,18%
Alemanha
50,28%
25,09%
11,91%
10,58% Em risco
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
*participação brasileira calculada sobre o valor total de importações reportadas pela Eslovênia. Este dado diverge do valor informado como exportado pelo Brasil, onde
suas exportações corresponderam a US$ 134,9 milhões para esse mercado em 2008.
Dentre os países selecionados, a Alemanha é o principal
destino das exportações brasileiras para o grupo de produtos
café, chá e mate, tendo exportado, em 2008, US$ 856
milhões, seguida por Estados Unidos, com US$ 815 milhões e
Itália, com US$ 482 milhões. Esses países são,
coincidentemente, os três principais destinos das exportações
brasileiras para o grupo de produtos quando analisados o
conjunto total de países para os quais houve exportações
naquele ano.
O crescimento das exportações brasileiras no período
analisado é superior ao do conjunto de seus concorrentes em
todos os mercados-alvo, com exceção apenas dos mercados
francês e ucraniano.
TABELA 02: Indicadores de consumo para os mercados-alvo selecionados.
País
Alemanha
Austrália
Eslovênia
Espanha
Estados Unidos
Finlândia
França
Grécia
Itália
Japão
Países Baixos
Reino Unido
Rússia
Turquia
Ucrânia
Vendas
Vendas
Consumo de
Varejo
Varejo Café, Chá, Mate
Café 2008 Chá 2008 e Cacau 2008
(US$ mn) (US$ mn) (US$ Per Capita)
4589.9
728.4
80.6
744.2
7599.9
389.2
2592.8
454.9
1809.8
3991,00
941.1
1644.7
3201.7
274,00
937.7
1024.6
304.5
22.6
179.7
1702.4
45.2
594.8
16.1
362.5
4470.5
236.4
1427,00
4454,00
839.3
416.9
45,1
47,9
56,9
35,3
60,9
66,2
72,9
68,9
43,8
83,4
34,6
80,1
36,2
45,3
36,9
Tarifas
Brasil
Tarifa
Principal
Concorrente
1,77%
0,00%
1,77%
1,77%
0,21%
1,77%
1,77%
1,77%
1,77%
4,75%
1,77%
1,77%
9,40%
26,00%
5,31%
1,05%
0,00%
0,00%
1,05%
0,20%
0,00%
0,00%
0,00%
1,05%
4,75%
0,00%
0,00%
9,40%
24,06%
5,31%
As vendas de café são, em valor, maiores nos Estados Unidos,
Alemanha e Japão, enquanto os maiores mercados para chá Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
estão no Japão, Rússia e Estados Unidos.
4
Saca – medida de 60kg de produto.
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O maior consumo por pessoa, desse grupo de produtos está no Japão, seguido de Reino Unido e França. As tarifas para os
produtos brasileiros são superiores às dos principais concorrentes em todos os mercados europeus, a exceção de Rússia e
Ucrânia.
2.2.1.
ALEMANHA
O consumo de café na Alemanha em 2008 foi superior ao de outras bebidas, como a cerveja. Ainda assim, o consumo per
capita da bebida vem decaindo, de 7,4kg em 1991 para 6,1kg em 2005. As vendas de café em pó, café em grão não-torrado e
em sachês no país vêm sendo impulsionadas pelas vendas realizadas em estabelecimentos especializados. Em 2007, haviam
1.117 lojas especializadas em café e produtos de café na Alemanha. Em geral, as vendas de outras bebidas quentes vêm sendo
prejudicadas pelo aumento da demanda por cafés especiais. Houve, em 2008, forte crescimento das vendas de grãos torrados
e grãos para café expresso em virtude do aumento do número de máquinas automáticas individuais. O cappuccino é o tipo de
café solúvel especial mais vendido no país, tendo respondido por cerca de 55% do volume de vendas do varejo em 2008.
Outras variedades tiveram grande crescimento de participação, como o Tradicional (28%), Wiener Melange (7%) e latté
5
macchiato (6%). Os cafés orgânicos e os fairtrade devem ter crescimento de participação nos próximos anos, haja vista uma
maior preocupação com a origem do produto e seus riscos para a saúde.
No grupo de produtos de chás, a única variedade a registrar crescimento no valor de vendas em 2008 foram os chás verdes.
Esta variedade está se tornando mais popular devido a seus supostos benefícios à saúde e sua ampla gama de sabores. O sabor
do momento é o Chai, infusão que contêm especiarias orientais como canela, cravo, cardamono e mel. Contudo, os chás com
um único sabor vêm tonando-se muito populares. É o caso do hortelã entre os consumidores adultos e da erva-doce entre as
crianças. Cabe ressaltar que o consumo de chá no norte do país é onze vezes maior do que o consumo do sul.
2.2.2.
AUSTRÁLIA
Um maior consumo de café nas residências dos australianos e a ampliação do número de máquinas domésticas de café
expresso tem resultado no aumento da demanda por grãos frescos. O mesmo movimento resultou numa maior demanda por
cafés considerados premium. Esta tendência deve continuar nos próximos anos, com os consumidores demonstrando interesse
em novos sabores e misturas. Importante ressaltar que o número de lojas especializadas em café vem aumentando na
Austrália.
O grupo de produtos de chá, por sua vez, tem se beneficiado de uma maior preocupação com a saúde entre os consumidores
australianos. Esta preocupação tem aumentado a demanda por chás premium, como os orgânicos. Os chás de camomila,
hortelã e limão são os sabores preferidos dos australianos e líderes de venda no mercado.
2.2.3.
ESLOVÊNIA
Os hábitos de consumo dos eslovenos vêm mudando nos últimos anos. Devido à aceleração no ritmo de vida da população, há
uma demanda crescente por produtos de maior conveniência e praticidade. No grupo de produtos de café, esta tendência
resultou na introdução do café instantâneo no mercado em 2006. O cappuccino comercializado em diferentes sabores é a
variedade mais popular nesta linha. No entanto, o café é ainda bebido regularmente no café da manhã e no trabalho, bem
como em cafés e outros bares.
O hábito de tomar chá também passou por mudanças significativas. Antes uma bebida consumida principalmente no inverno,
passou a ser servido em lojas especializadas e selecionadas pelos clientes de acordo com sua origem, marca e a maneira como
é preparado. Várias marcas são importadas e bebidas em ocasiões especiais. A bebida vem substituindo, inclusive, o café, tido
como menos saudável. Esta tendência por saúde vem impulsionando as vendas de chá verde e das variedades menos fortes do
chá vermelho, bem como o aumento do consumo de chá branco.
5
Segundo Newman (2002): “Comércio Justo é uma parceria comercial baseada no diálogo, transparência e respeito, que busca maior eqüidade no comércio
internacional, contribuindo para desenvolvimento sustentável, oferecendo melhores condições de comércio e garantindo os direitos dos trabalhadores e dos
produtores.” The Fair Trade Story. Oikos Sustainability Case Colletion. Disponível em <http:// www.oikos-foundation.unisg.ch>. Acessado em 21 set, 2009. (com
adaptações)
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2.2.4.
ESPANHA
Os consumidores espanhóis têm se preocupado muito com questões de saúde ao longo dos últimos anos. Este é um dos
principais motivos para o declínio de vendas experimentado por alguns tipos de café, como os grãos torrados com açúcar e o
café em grãos moídos, e para o crescimento de outras, como o café descafeinado. Outrossim, a Espanha ainda é um país
tradicional para o café, que representa 64% do volume de vendas de bebidas quentes. Contudo, como a população espanhola
está envelhecendo é provável que o consumo de café diminua entre os espanhóis, uma vez que este tipo de café tende a ser
considerado pouco saudável. O conceito de produção sustentável de café nos países pobres também será uma tendência para
os próximos anos haja vista os consumidores esperarem que as empresas demonstrem suas responsabilidades éticas.
O grupo de produtos de chás, por outro lado, representa o menor valor em vendas do setor de bebidas quentes embora seja o
setor que mais cresceu em termos de valor e volume em 2008. Os chás de frutas e de ervas responderam pela maioria das
vendas em 2008. O chá verde continuou a ter uma posição preferencial na decisão de compra dos consumidores espanhóis em
2008 uma vez que é percebido como uma opção mais saudável do que o café e o chá preto.
2.2.5.
ESTADOS UNIDOS
O aumento da demanda por cafés premium, fair trade e cafés especiais impulsionou o crescimento no valor de vendas em
2008. Os grãos frescos tiveram ótimo desempenho em 2008, registrando aumento no valor de vendas de 9%. Os fabricantes
têm lançado marcas mais caras de café numa tentativa de diferenciar-se dos concorrentes. Questões como desenvolvimento
sustentável, preços justos para os agricultores e trabalho infantil são cada vez mais importantes e muitos consumidores estão
6
dispostos a pagar preços mais elevados para cafés certificados . Por outro lado, a demanda por café orgânico também tem
aumentado embora este produto responda por uma parcela pequena das vendas totais de café. O café fresco é o líder de
vendas do grupo de produtos, respondendo por cerca de 89% do varejo em 2008. Na linha de cafés instantâneos, os cafés
instantâneos tradicionais são os mais vendidos, embora as vendas de sabores especiais como cappuccino, mocha e baunilha
tenham crescido em 2008.
No grupo de produtos de chás, um fluxo constante de novos lançamentos de chá verde, branco e vermelho tem chamado mais
atenção para as propriedades benéficas do chá e ajudado a aumentar a demanda pelo produto. Muitos consumidores
estadunidenses não gostam de chá de sabor amargo e preferem sabores mais suaves de ervas ou misturas com sabores de
frutas. Os chás de hibisco e camomila foram os sabores de ervas mais comuns em 2008. Novos lançamentos do biênio de 20067
2008 tiveram chás misturados com frutas energéticas ricas em antioxidante, como o açaí, a romã e o mirtilo . Há forte
tendência de crescimento para outros tipos de chá, como os brancos e os vermelhos à base de rooibos enquanto os chás verdes
e os de frutas e ervas devem apresentar retração nas vendas.
2.2.6.
FINLÂNDIA
As vendas de café tiveram ligeira queda em 2008, resultado principalmente da maturidade e do aumento considerável dos
preços dos produtos. Os grãos frescos tiveram o maior crescimento no volume de vendas em 2008, impulsionada pela
demanda por produtos de maior qualidade e mais saudáveis. Os cafés instantâneos também apresentaram crescimento de
vendas em função da tendência por produtos de maior conveniência. Há perspectiva de crescimento para produtos fair trade.
No grupo de produtos de chás, a tendência por produtos mais saudáveis, premium e exóticos impulsionou a demanda por chás
verdes, de frutas, de ervas, rooibos, chás brancos, oolong e gunpowder (tipo de chá verde).
2.2.7.
FRANÇA
Uma maior preocupação com questões ambientais e sociais tem levado os consumidores franceses a demonstrar maior
interesse por produtos do chamado fair trade. Os cafés frescos moídos apresentaram o maior crescimento no valor de vendas
em 2008, com especial destaque para os cafés da variedade arábica. Os fabricantes têm lançado vários tipos de café de sabores
diversos, de diferentes níveis de cafeína e com supostos benefícios para a saúde. Contudo, o café vem sofrendo concorrência
6
7
Rainforest Alliance and fair-trade certified coffees.
Blueberry.
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de outras bebidas quentes e nota-se uma diminuição do consumo per capita uma vez que os consumidores franceses,
especialmente os mais jovens, tendem a consumir menos café do que antes.
As vendas de chá, por sua vez, têm se beneficiado da tendência geral em direção a produtos mais saudáveis. O chá verde e
suacaracterística antioxidante beneficiou-se desta demanda. Houve, ainda, crescente interesse por chá branco e aumento da
demanda por rooibos (rooibos teas), principalmente porque esta variedade de chá não contém cafeína. A França não possui
plantações de chá e o consumo da bebida não é tão tradicional.
2.2.8.
GRÉCIA
O aumento acentuado nas vendas de café expresso, em pó, e granulado com sabores está mudando rapidamente a dinâmica
do mercado de café na Grécia. A tendência mostra uma clara preferência por cafés especiais e cafés provenientes de regiões
específicas, bem conhecidas por sua produção de café. O aumento do consumo de café expresso está ligado a uma maior
demanda por variedades premium. O maior crescimento no grupo de produtos em 2008 foi observado para o café fresco moído
- de 8% em volume e 16% em valor. Tradicionalmente, os consumidores gregos preferem o café grego tradicional no inverno e
o frappé instantâneo ou filtrado no verão.
Em se tratando de chá, a Grécia tem apresenta níveis baixos de consumo per capita da bebida. Contudo, um maior interesse
por produtos mais saudáveis e que traduzam bem estar tem tido impacto positivo nas vendas do produto. As vendas de chá
verde têm conduzido o crescimento do grupo de produtos. Os chás de frutas e de ervas, entretanto, representam o maior
volume de vendas, dada a alta popularidade do chamado chás da montanha, tido como uma bebida de inverno nas zonas
rurais, e ao fato do chá de camomila e de menta serem considerados remédios tradicionais para o tratamento de desconfortos
digestivos.
2.2.9.
ITÁLIA
Os grãos de café arábica apresentaram o maior crescimento em valor de vendas em 2008, impulsionado principalmente pelo
interesse dos consumidores em cafés de alta qualidade. Graças à crescente utilização de máquinas de café expresso, um
número maior de italianos está fazendo café em casa, a partir de grãos frescos moídos. Contudo, o consumo médio de café
entre os italianos vem diminuindo em função de um menor consumo da bebida entre os mais jovens. Isso pode mudar com a
introdução de novos produtos e a abertura de novas cadeias especializadas em café.
O consumo de chá, por outro lado, não é tradicional entre os italianos. Neste grupo de produtos, a demanda por produtos de
sabores mais exóticos vem crescendo em detrimento do consumo de chás pretos. Há também crescente interesse por chá
verde e outras infusões de ervas, considerados mais saudáveis que outras bebidas quentes. O chá de camomila é o tipo mais
consumido. Entretanto, outros sabores têm se destacado no grupo de produtos, como o de pêssego, frutas vermelhas,
groselha, laranja com canela, baunilha com framboesa, ginseng com baunilha e morango com manga, principalmente entre os
consumidores mais jovens.
2.2.10. JAPÃO
Em 2008 havia cerca de 4.430 lojas especializadas de café no Japão, o que demonstra a grande maturidade do mercado. A
tendência para os próximos anos é que o crescimento do grupo de produtos seja impulsionado pelo cassette coffee e cafés em
sachês. No entanto, enquanto o cassette coffee ganha popularidade entre os consumidores de renda média, os em sachês tem
mais aceitação entre os apreciadores de café dispostos a investir em máquinas domésticas automáticas de café, capazes de
fazer expressos e cappuccinos em casa. O desempenho de vendas dos cafés especiais instantâneos também deve crescer
devido ao interesse por sabores novos. Mesmo que o consumidor japonês continue comprando café instantâneo, muitos têm
optado pelas variantes consideradas premium. As vendas de chás, por outro lado, devem se beneficiar da percepção negativa
que tem o café. Os consumidores mais jovens têm migrado para esta bebida, vista como mais saudável. A categoria de chá mais
vendida no país é daqueles feitos de frutas ou ervas. O chá especial preto deve conduzir o crescimento do setor nos próximos
anos.
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2.2.11. PAÍSES BAIXOS
O grupo de produtos de produtos premium se expande à medida que a qualidade se torna um atributo importante para os
consumidores holandeses. Há um maior interesse por misturas de alta qualidade, cafés de origem, e grãos Grand Cru. Os cafés
em sachê vêm tornando-se um formato muito popular na Holanda. O café fresco deve continuar sendo a variedade de café
mais vendido no país enquanto os cafés instantâneos devem apresentar declínio de vendas nos próximos anos. A demanda por
produtos de maior qualidade deverá afetar, também, o grupo de produtos de chás. Ervas exóticas e especiarias são a base dos
novos lançamentos, como o chá turco com maçã e especiarias ou o chá verveine francês.
2.2.12. REINO UNIDO
O desenvolvimento do hábito de consumo de café na Grã-Bretanha café tem sido um fenômeno incrivelmente rápido. As
vendas de cafés instantâneos detêm a maior parte da participação no mercado local, com 80% do valor de vendas do grupo de
produtos. O cappuccino é o tipo de café instantâneo mais popular depois do "padrão". No entanto, no longo prazo, espera-se
que produtos premium tenham maior peso no desenvolvimento do grupo de produtos uma vez que crescem as expectativas
dos consumidores sobre o produto. Por esta razão, espera-se que o valor de vendas do café fresco deva crescer 17% em 2009.
O grupo de produtos de chás, por outro lado, vem se beneficiando da tendência por saúde entre os consumidores ingleses.
Cerca de 87% do chá vendido no país é chá preto, embora outros tipos de chá, como os rooibos ou vermelhos venham
conquistando popularidade. O chá é um grupo de produtos que potencialmente pode se beneficiar de uma piora no cenário
econômico. Primeiramente porque é uma alternativa mais barata que outras bebidas não alcoólicas, como o café. Por outro
lado, se os consumidores estão saindo menos, o fato do chá poder ser feito em casa pode incrementar as vendas do produto.
2.2.13. RÚSSIA
A tendência mais forte no grupo de produtos de café na Rússia é o crescente desenvolvimento da linha de cafés especiais.
Comumente chamado de gourmet ou premium, o café especial é feito a partir de grãos selecionados oriundos de regiões de
clima ideal para a produção de café. As vendas de café fresco cresceram consideravelmente em 2008 em função de uma maior
preocupação entre os consumidores russos por produtos mais saudáveis. Na linha de instantâneos, o café tradicional foi o mais
popular em 2008, correspondendo a 69% do volume de vendas do varejo. O café 3-em-1, o cappuccino, o café expresso e o
latté são os demais sabores mais populares com respectivamente 24%, 3%, 3% e 1% do volume de vendas do varejo.
O grupo de produtos de chás, por sua vez, é muito maduro na Rússia e o crescimento do setor é, em geral, muito lento. As
vendas de chás de frutas/ervas apresentaram o maior aumento no volume de vendas em 2008: 8%. No médio prazo, esta linha
deve conduzir o crescimento deste grupo de produtos no país. Chá preto e com especialidades em sachês são a categoria que
deve apresentar o crescimento mais rápido nos próximos anos em termos de volume e valor de vendas. O uso de embalagens
individuais de chá deve crescer haja vista um maior interesse por produtos de conveniência.
2.2.14. TURQUIA
A rápida urbanização e aumento do nível de renda dos consumidores contribuíram para estimular o crescimento do mercado
de café na Turquia em 2008. Além disso, o rápido crescimento populacional também tem ajudado a alimentar as vendas,
especialmente de café solúvel. O cappuccino foi o tipo de café especial mais consumido em 2008. Em se tratando de chás,
apesar da maturidade do grupo de produtos, seu crescimento em 2008 foi estimulado pelos novos sabores lançados (misturas
de diferentes ervas e frutas, por exemplo). Os chás de frutas/ervas foram a linha com melhor desempenho durante 2008.
Existem atualmente mais de 20 tipos de frutas e chá de ervas disponíveis. O chá ihlamur é o mais popular, feito de folhas de
tília e considerado capaz de combater a tosse e o resfriado. O chá preto é tradicionalmente muito popular na Turquia e é a
bebida nacional do país. Outras variedades de chá, como o chá verde, são consumidos principalmente por mulheres haja vista
os supostos benefícios a saúde e beleza de tais produtos.
2.2.15. UCRÂNIA
Não houve aumento significativo na demanda de café em 2008, com o consumo mantendo-se estável em cerca de 34.000
toneladas. O café solúvel dominou vendas do grupo de produtos em 2008, respondendo por cerca de 70% do volume total
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20
consumido. No entanto, a demanda por café fresco cresce, com participação de 6% nas vendas totais. O consumo de café
fresco é maior em Kiev e nas regiões ocidentais do país, enquanto o café instantâneo lidera as vendas na parte oriental. O
grupo de produtos de chás, por outro lado, registrou considerável crescimento nos últimos anos, aumentando 24% seu valor de
vendas em 2008, principalmente devido à maior demanda por produtos premium, como por exemplo os chás em pacote. Os
chás de frutas e ervas são muito populares entre os consumidores que buscam produtos mais saudáveis. Os chás de menta,
melissa, roseship, tília, equinácea e camomila são muito consumidos no país. O fato do chá verde ser considerado como
emagrecedor tem aumentado sua demanda entre os consumidores mais jovens, especialmente entre as mulheres. A
introdução de chás exóticos (rooibus, oolong e mate, por exemplo) e variedades de chá regionais (chás de ervas locais com
frutas secas e frutas silvestres devem impulsionar as vendas nos próximos anos. No entanto, a principal tendência do grupo de
produtos será o aumento da qualidade das marcas disponíveis em resposta à crescente demanda por produtos mais
sofisticados e da concorrência crescente de outras categorias de bebidas.
2.3.
CARNES BOVINA, SUÍNA E DE AVES
No grupo de produtos de Carne bovina, foram identificados quinze mercados para os quais, além de informações econômicas,
apresentaremos uma análise qualitativa: Alemanha, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Hong Kong, Irã,
Israel, Itália, Países Baixos, Paquistão, Reino Unido, Rússia, Ucrânia e Venezuela.
TABELA 03: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Carne Bovina.
Importações
Crescimento
Crescimento
Importações
Crescimento Participação
das
das
Participação
do mercadodo mercadoPrincipal
Principal
do Principal
Importações
Exportações Brasileira Classificação
País
alvo
alvo em 2008
Concorrente Concorrente Concorrente
dos
Brasileiras
2008
(crescimento
(US$)
(2003-2008)
(2008)
2003-08)
Concorrentes
(2003-2008)
Alemanha
21,53%
1.860.721.874
23,13%
Países Baixos
20,08%
29,47%
-3,87%
2,76%
Em risco
Argélia
14,28%
159.004.702
-162,02%
Uruguai
-18,81%
10,18%
66,41%
84,58%* Consolidado
Egito
27,11%
438.411.616
41,03%
Índia
203,84%
24,89%
19,48%
52,74%
Consolidado
Emirados Árabes
26,42%
182.577.250
22,44%
Índia
16,74%
22,91%
36,85%
34,62%
Consolidado
Estados Unidos
3,37%
3.169.489.795
2,50%
Canadá
1,70%
30,45%
14,92%
9,44%
A consolidar
Hong Kong
20,37%
814.207.708
11,39%
Argentina
22,30%
10,06%
42,73%
45,26%
Consolidado
Irã
44,37%
349.039.102
29,11%
Índia
29,51%
7,49%
46,19%
92,49%
Consolidado
Israel
24,55%
332.810.944
19,37%
Argentina
21,89%
25,06%
34,71%
42,18%
Consolidado
Itália
11,58%
3.055.357.509
11,77%
Países Baixos
7,96%
19,70%
7,83%
4,27%
Em risco
Países Baixos
17,32%
1.769.087.150
20,13%
Alemanha
12,79%
20,16%
1,53%
9,54%
Em risco
Paquistão
54,41%
7.272.567
47,44%
Índia
277,40%
77,63%
196,65%
20,62%
A consolidar
Reino Unido
8,53%
1.790.288.524
9,26%
Irlanda
8,59%
54,28%
4,01%
12,33%
Em risco
Rússia
33,13%
2.827.203.385
19,43%
Paraguai
165,40%
9,85%
69,76%
50,62%
Consolidado
Ucrânia
61,38%
26.413.700
-297,69%
Estados Unidos 185,46%
18,86%
173,83%
51,68%* Consolidado
Venezuela
206,66%
1.040.645.368
187,15%
Colômbia
259,53%
73,21%
264,53%
40,21%
Consolidado
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
*participação brasileira calculada sobre o valor total de importações reportadas pelos países. Estes dados divergem dos valores informados como exportados pelo Brasil,
que foram de US$165,3 milhões para a Argélia e US$99,3 milhões para Ucrânia em 2008.
Como pode ser observado na Tabela 03 e de acordo com os dados reportados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, os principais compradores de carne bovina brasileira entre os países selecionados são a Rússia, com
valor importado no ano de 2008 de US$ 1.431 bilhões, a Venezuela com US$ 418 milhões importados em 2008 e Hong Kong,
com US$ 368 milhões em importações naquele ano. Cabe ressaltar, entretanto, que o mercado russo responde por
aproximadamente 28,16% de nossas exportações totais que atingiram, em 2008, US$ 5.081.375.603,00. Estes países,
juntamente com o Irã e os Estados Unidos representaram os cinco principais destinos de nossas exportações quando
analisados todos os países para os quais houve vendas externas neste segmento durante o ano de 2008.
Observa-se, ainda, que em alguns desses países a participação brasileira encontra-se consolidada. Em outros mercados,
contudo, o crescimento médio das importações de nosso principal concorrente é consideravelmente superior ao das
brasileiras, o que implica a necessidade premente de estratégias de manutenção de nossa atual participação.
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21
TABELA 04: Tarifas Brasil e concorrente Carne Bovina.
Outrossim, o crescimento negativo verificado em nossas vendas para a
Alemanha pode relacionar-se à ausência de tarifas da qual beneficiam-se os
Países Baixos, nosso principal concorrente no grupo de produtos. Verificase que a existência de uma tarifa externa única elevada praticada pelos
países da União Européia dificulta a penetração nestes mercados. O Reino
Unido ocupa a 7ª posição no ranking de nossas vendas externas, enquanto
os Países Baixos, a Itália e a Alemanha ocupam a 8ª, 12ª e 18ª posições,
respectivamente.
Em se tratando do grupo de produtos de Carne suína, foram identificados
quinze mercados para os quais, além de informações econômicocomerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de
produtos: Albânia, Argentina, Armênia, Bósnia-Herzegovina, Cazaquistão,
China, Cingapura, Equador, França, Japão, Moldova, Panamá, Rússia,
Ucrânia e Venezuela.
País
Tarifa Brasil
Tarifa Principal
Concorrente
Alemanha
Argélia
Egito
Emirados Árabes Unidos
Estados Unidos
Hong Kong
Irã
Israel
Itália
Países Baixos
Paquistão
Reino Unido
Rússia
Ucrânia
Venezuela
103,22%
30,00%
2,07%
4,10%
9,16%
0,00%
9,78%
90,50%
103,22%
103,22%
3,93%
103,22%
15,80%
14,13%
11,51%
0.00%
30.00%
2.07%
4.10%
0.00%
0.00%
9.78%
90.50%
0.00%
0.00%
3.23%
0.00%
15.80%
14.13%
0.00%
Fonte: MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
TABELA 05: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Carne Suína.
Crescimento
Crescimento
Importações do Importações
Crescimento Participação
das
Participação
das
mercado-alvo do mercadoPrincipal
Principal
do Principal
País
Importações
Exportações Brasileira Classificação
(crescimento alvo em 2008
Concorrente Concorrente Concorrente
dos
2008
Brasileiras
2003-08)
(US$)
(2003-2008)
(2008)
Concorrentes
(2003-2008)
Albânia
10,32%
19.271.786
12,94%
Estados Unidos
189,51%
25,85%
5,27%
29,60%
Em risco
Argentina
10,80%
75.521.902
25,82%
Chile
34,18%
7,76%
8,88%
83,77%
Consolidado
Armênia
56,84%
21.963.132
74,63%
Canadá
166,47%
27,15%
47,53%
53,73%
Consolidado
Bósnia-Herzegóvina
20,51%
28.013.653
18,14%
Croácia
35,38%
29,85%
423,25%
9,46%
A consolidar
Cazaquistão
77,19%
12.046.555
-237,70%
Estados Unidos
329,51%
42,26%
72,26%
75,39%
Consolidado
China
40,91%
1.083.452.325
41,29%
Estados Unidos
33,92%
40,56%
-64,76%
0,00%
Em risco
Cingapura
9,47%
235.371.763
6,05%
Austrália
-1,46%
27,95%
23,83%
27,17%
A consolidar
Equador
35,08%
14.930.087
26,90%
Chile
16,06%
32,74%
90,64%
26,83%
A consolidar
França
11,73%
1.687.934.384
11,73%
Espanha
18,34%
50,13%
-3,63%
0,01%
Em risco
Japão
3,09%
4.776.696.139
3,08%
Estados Unidos
8,17%
42,13%
45,62%
0,03%
A consolidar
Moldova
63,64%
68.843.540
27,51%
Canadá
151,84%
9,67%
97,87%
71,28%
Consolidado
Panamá
10,76%
15.949.099
10,34%
Estados Unidos
14,34%
42,56%
183,69%
1,86%
A consolidar
Rússia
28,38%
2.535.833.093
36,59%
Estados Unidos
140,40%
18,98%
16,17%
29,14%
Em risco
Ucrânia
128,28%
448.960.900
112,87%
Polônia
108,18%
44,57%
344,82%
30,26%
Consolidado
Venezuela
34,69%
944.765
-316,00%
Itália
78,75%
40,51%
260,34%
0%*
Consolidado
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
*os dados informados pelo governo brasileiro indicam exportações para a Venezuela no valor de US$ 10.180.042 em 2008.
Rússia e Ucrânia destacam-se como os principais compradores de carne suína brasileira entre os mercados-alvo selecionados
para este segmento. Nossas vendas para a Rússia em 2008 somaram US$ 739 milhões enquanto para a Ucrânia totalizaram
US$ 135 milhões naquele ano. O leste europeu aparece como proeminente destino para nossas vendas externas com a
Albânia, Armênia, Bósnia-Herzegovina, Cazaquistão e Moldova. Atualmente estes países ocupam, respectivamente, a 14ª,
10ª, 19ª, 13ª e 6ª posições como destino de nossas exportações de carne suína.
Por outro lado, o Japão representa o principal comprador mundial do segmento, enquanto a China ocupa a nona posição, a
França a sétima e a Rússia, a quinta. Os Estados Unidos são o terceiro maior exportador mundial de carne suína, sendo nosso
principal concorrente para seis dos mercados-alvo selecionados. Junto com a Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Espanha e
Canadá compõem os cinco principais players mundiais nas exportações do segmento. O Brasil ocupa a nona posição neste
quadro.
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O crescimento de nossas exportações entre os anos 2003-2008 foi superior
aos dos concorrentes para seis dos países escolhidos, sendo maior que 150%
para Bósnia-Herzegovina, Panamá, Ucrânia e Venezuela. Cabe ressaltar o
crescimento negativo registrado para França e China.
Nestes países nossas exportações são pequenas, atingindo aproximadamente
US$ 190 mil para o primeiro e US$ 14 mil para o segundo. Nossas tarifas são
superiores às de nossos concorrentes para a Bósnia-Herzegovina,
Cazaquistão, Equador, França e Moldova não impedindo, contudo, o
crescimento de nossa participação de mercado para a maioria destes países
no período analisado.
No grupo de produtos de Carne de aves, foram identificados quinze
mercados para os quais além de informações econômico-comerciais,
apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: África do
Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Canadá, China, Cingapura, Emirados Árabes
Unidos, França, Japão, Jordânia, Omã, Países Baixos, Reino Unido, Rússia e
Venezuela.
TABELA 06: Tarifas Brasil e concorrente Carne Suína.
País
Tarifas Brasil
Tarifa Principal
Concorrente
Albânia
10.10%
10.10%
Argentina
0.00%
0.00%
Armênia
10.00%
10.00%
Bósnia-Herzegóvina
36.75%
0.00%
Cazaquistão
31.58%
31.45%
China
14.76%
15.68%
Cingapura
0.00%
0.00%
Equador
22.50%
19.84%
França
37.49%
0.00%
Japão
52.69%
55.55%
Moldova
26.83%
26.69%
Panamá
61.17%
61.12%
Rússia
36.52%
48.69%
Ucrânia
10.28%
10.35%
Venezuela
12.77%
20.00%
Fonte: MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
TABELA 07: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Carne de Aves.
Importações
Crescimento
Crescimento
Importações
Crescimento Participação
do mercadodas
das
Participação
do mercadoPrincipal
Principal
do Principal
País
alvo
Importações
Exportações
Brasileira Classificação
alvo em 2008
Concorrente
Concorrente Concorrente
(crescimento
dos
Brasileiras
2008
(US$)
(2003-2008)
(2008)
2003-08)
Concorrentes
(2003-2008)
África do Sul
21,07%
194.066.579
5,78%
Argentina
54,82%
9,18%
30,48%
75,53% Consolidado
Alemanha
11,09%
2.244.863.847
12,02%
Países Baixos
8,83%
23,90%
5,21%
11,56% Em risco
Arábia Saudita
17,56%
935.996.478
2,40%
França
7,98%
16,61%
24,65%
79,68% Consolidado
Canadá
12,99%
486.853.510
11,69%
Estados Unidos
10,73%
87,42%
46,26%
7,58%
A consolidar
China
18,60%
1.087.482.220
18,92%
Estados Unidos
12,61%
74,53%
-26,99%
0,13%
Em risco
Cingapura
17,79%
290.097.246
12,56%
Estados Unidos
24,47%
18,42%
24,32%
51,91% Consolidado
Emirados Árabes
30,35%
511.791.401
20,12%
Estados Unidos
31,29%
12,28%
35,28%
74,86%
Unidos
Consolidado
França
20,21%
1.114.119.893
19,61%
Bélgica
19,50%
24,40%
40,34%
4,47%
A consolidar
Japão
11,85%
2.720.374.503
3,35%
Tailândia
4,50%
29,00%
37,52%
42,93% Consolidado
Jordânia
62,14%
82.719.758
-210,38%
França
121,66%
7,62%
81,79%
76,90%* Consolidado
Omã
20,97%
110.757.797
13,08%
França
23,46%
13,32%
23,42%
80,75% Consolidado
Países Baixos
14,44%
1.503.807.934
11,48%
Bélgica
11,90%
16,52%
19,45%
42,02% Consolidado
Reino Unido
9,78%
2.517.414.253
10,07%
Países Baixos
8,95%
34,19%
1,31%
4,74%
Em risco
Rússia
14,43%
1.397.064.915
12,97%
Estados Unidos
15,63%
59,96%
19,70%
24,72% A consolidar
Venezuela
102,80%
173.323.371
124,22%
Argentina
11,63%
115,74%
81,02%* Consolidado
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
*participação brasileira calculada sobre o valor total de importações reportadas pelos países. Estes dados divergem dos valores informados como exportados pelo Brasil,
que foram de US$87,6 milhões para Jordânia, e US$534,4 milhões para Venezuela em 2008.
Os principais destinos de nossas exportações de carnes de aves em 2008 foram o Japão, a Arábia Saudita, os Países Baixos,
Hong Kong e a Venezuela. Destes, apenas Hong Kong não figura entre os mercados-alvo selecionados neste estudo. O Japão
importou US$ 1,167 bilhões do Brasil em 2008, respondendo por aproximadamente 17% de nossas exportações totais naquele
ano que somaram US$ 6,920 bilhões. Arábia Saudita, Países Baixos e Venezuela importaram do Brasil em 2008 US$ 745
milhões, US$ 631 milhões e US$ 568 milhões, respectivamente.
Japão, Alemanha, Reino Unido, Países Baixos e Rússia, ademais, representam os cinco principais compradores mundiais de
carne de aves, respondendo por cerca de 48% das compras internacionais do produto em 2008, ano em que o mercado
movimentou U$$ 22 bilhões.
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23
TABELA 08: Tarifas Brasil e concorrente Carne de Aves.
Os Estados Unidos são nosso principal concorrente em cinco dos
países escolhidos, sendo o 3ª maior exportador mundial do segmento.
Juntamente com a Alemanha, a China, o Japão e os Países Baixos
compõem os cinco principais exportadores globais. O Brasil ocupa a
20ª posição neste ranking.
A Argentina somente apresentou exportações para a Venezuela no
ano de 2008. Por esta razão, não apresenta crescimento no período
analisado.
Cabe destacar o crescimento superior das exportações brasileiras
quando comparadas ao crescimento de nossos principais concorrentes
para oito dos mercados-alvo selecionados. A China foi o único destino
em que nossas exportações apresentaram retração entre 2003-2008.
Nos demais países, nossos concorrentes apresentaram crescimento
superior ao brasileiro.
Com relação às nossas tarifas, observa-se na tabela 08 que são
sensivelmente superiores às de nossos concorrentes na Alemanha,
Canadá, China, França, Países Baixos e Reino Unido, não impedindo,
contudo, nosso posicionamento entre os dez principais fornecedores
para todos estes países.
País
Tarifas
Brasil
Tarifa Principal
Concorrente
África do Sul
Alemanha
Arábia Saudita
Canadá
China
Cingapura
Emirados Árabes Unidos
França
Japão
Jordânia
Omã
Países Baixos
Reino Unido
Rússia
Venezuela
9,65%
29,24%
5,00%
186,78%
13,71%
0,00%
5,00%
29,24%
7,35%
25,33%
5,00%
29,24%
29,24%
49,73%
11,91%
9,65%
0,00%
5,00%
180,00%
13,86%
0,00%
5,00%
0,00%
7,77%
25,33%
5,00%
0,00%
0,00%
66,31%
11,91%
Fonte: MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
A tabela 09 apresenta os valores estimados de consumo de carnes nos mercados-alvo selecionados para cada um dos grupo de
produtos analisados. Observa-se que o consumo per capita de carne é superior aos US$ 500,00 (quinhentos dólares) na
Alemanha, França, Hong Kong, Israel, Itália e Países Baixos, atingindo um pico de US$ 951,80 (novecentos e cinqüenta e um
dólares e oitenta centavos) na França. A média de consumo per capita para todos os países listados é de US$ 361,00 (trezentos
e sessenta e um dólares). Apenas China e Paquistão apresentaram consumo per capita inferior aos US$ 100,00 (cem dólares),
com destaque para os US$ 25,80 (vinte e cinco dólares e oitenta centavos) registrados para o Paquistão. Este fato pode estar
relacionado ao nível de renda da população enquanto o consumo per capita indicado para a China pode relacionar-se ao
tamanho comparativo de sua população.
Entretanto, verifica-se que o consumo de carne enlatada e outros embutidos na China é superior aos US$ 2 bilhões, mercado
maior ao norte-americano e ao russo que, entre os países listados, ultrapassam os US$ 1 bilhão. Para as carnes de aves
congeladas, China e Reino Unido apresentam os maiores valores de vendas domésticas em 2008, de US$ 1,238 bilhões para o
primeiro e US$ 1,016 bilhões para o último. Depois deles, apenas Alemanha e Canadá apresentam vendas superiores aos US$
200 milhões. O consumo de outras carnes congeladas atingiu US$ 1,667 bilhões nos Estados Unidos e US$ 1,390 bilhões na
Rússia em 2008. Na China, o consumo desta variedade de carnes foi de US$ 423,8 milhões, comparativamente inferior ao
consumo de outros tipos, o que pode indicar uma preferência pelas demais variedades.
Por fim, o consumo de carnes resfriadas foi superior aos das demais variedades para todos os países selecionados, com exceção
de Hong Kong. Os maiores valores de vendas domésticas em 2008 foram dos Estados Unidos, de US$ 18,072 bilhões, Itália, de
US$ 14,133 bilhões e China, de US$ 8,739 bilhões.
2.3.1.
ÁFRICA DO SUL
Das carnes congeladas, a carne de frango foi a que mais cresceu em 2008 (12%), sendo substituta da carne vermelha no país,
pois tem uma percepção mais saudável que esta última como fonte de proteínas. Os tipos de carne mais comuns são os
hambúrgueres e salsichas de porco. Os frangos processados têm sido os produtos com mais novidades, sendo de grande
popularidade os hambúrgueres, nuggets e empanados.
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24
TABELA 09: Gastos do consumidor com carnes enlatadas e conservas, carnes congeladas e carnes
resfriadas nos mercados-alvo selecionados.
Consumo de Consumo de
Consumo de
Consumo de
Consumo de
Carne 2008 Carne Enlatada Carnes de Aves Outras Carnes
País
Carne Resfriada
(US$ Per
e Embutidos
Congeladas
Congeladas
2008 (US$ mn)*
Capita)
2008 (US$ mn)* 2008 (US$ mn)* 2008 (US$ mn)*
África do Sul
176,5
57.4
25.9
565.8
Albânia
Alemanha
546,1
752.7
408.7
171.9
5298.1
Arábia Saudita
232,6
37.5
68.1
96.9
Argélia
106,3
4.5
0.3
Argentina
278,5
79.8
198.3
520.3
Armênia
Bósnia-Herzegóvina
Canadá
479,7
80.6
249.2
3165.0
Cazaquistão
274,9
9.1
47.3
613.3
China
76,3
2658.6
1238.2
423.8
8739.0
Cingapura
207,3
7.2
22.3
3.7
30.9
Egito
131,2
9.4
36.0
185.1
Emirados Árabes
355,7
5.1
5.5
11.0
19.3
Equador
124,2
0.9
5.2
40.7
Estados Unidos
482,1
1689.7
1667.7
18072.7
França
951,8
238.5
59.5
531.2
8452.2
Hong Kong
510,6
30.3
44.0
24.6
Irã
3.4
381.3
480.3
Israel
519
6.1
72.3
131.5
Itália
769
331.5
63.0
14113.2
Japão
271,7
387.5
55.5
646.8
5815.2
Jordânia
252,5
Moldova
Omã
Países Baixos
595,1
113.9
52.9
173.3
2055.0
Panamá
Paquistão
25,8
0.1
2.0
0.0
Reino Unido
497,2
321.0
1016.6
465.7
8590.7
Rússia
407,8
1126.5
28.0
1390.5
3407.0
Ucrânia
266
142.9
127.8
1861.5
Venezuela
488,9
280.3
100.4
73.6
326.3
Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
*valores indicativos das vendas no varejo em 2008.
2.3.2.
1.1.1.
ALBÂNIA
O consumo per capita de carnes vem
aumentando na Albânia, embora ainda
esteja muito aquém dos níveis verificados
em outros países europeus.
1.1.2.
ALEMANHA
O tipo de carne vermelha congelada mais
popular no país é o hambúrguer, e entre as
carnes de aves estão os cortes de aves
empanados e nuggets. Coxinhas de galinha
com molho de churrasco e sabores
asiáticos têm ganhado popularidade. A
Alemanha é um país onde há grande
variedade de embutidos – produtos de alto
consumo pela população, e podem ser
cozidos, defumados, ou para fervura.
Apesar da tradição alemã na produção de
embutidos, o país apresenta receptividade
aos produtos importados. Salsichas de
porco ou de presunto para fritar são as
mais comuns, apesar de apresentarem
declínio de consumo. No mercado alemão,
ademais, a demanda deve crescer entre as
carnes de aves.
ARÁBIA SAUDITA
Carnes resfriadas é o único tipo de comida resfriada na Arábia Saudita, país onde o consumo diário de carne vermelha é
comum. Os consumidores tendem a preferir ingredientes frescos para suas refeições, e as carnes resfriadas são assim
consideradas. Mortadelas são ofertadas em diferentes sabores com vários tipos de tempero sendo as mais vendidas no país.
Hambúrgueres e salsichas são de grande consumo principalmente por pessoas mais jovens, enquanto nuggets são mais
consumidos por crianças. As empresas nacionais dominam o mercado de carnes, uma vez que há poucas empresas estrangeiras
que abatem os animais dentro das práticas islâmicas.
2.3.3.
ARGÉLIA
O consumo per capita de carnes na Argélia no ano de 2007 foi de aproximadamente 21 kg, pois a maioria da população ainda
se remete ao consumo deste tipo de produto como sendo para ocasiões especiais. Ultimamente ouve aumento dos preços das
carnes produzidas localmente devido ao aumento dos custos de produção levados pelos grãos usados na alimentação dos
animais. O consumo deverá aumentar com o aumento da renda da população.
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25
2.3.4.
ARGENTINA
Há uma tendência em preferência por vegetais e peixes enlatados ao invés de carne vermelha enlatada. Os hambúrgueres tem
uma tradição de mais de quarenta anos no país, e são amplamente consumidos sendo o principal produto entre carnes
congeladas. No caso das aves o produto mais popular é o nuggets que é considerado de fácil preparo e nutritivo (há produtos
enriquecidos com vitaminas), seguido de frangos processados empanados.
2.3.5.
8
ARMÊNIA
As carnes são com componente bastante usual na culinária armênia e tem comprometido uma parcela significativa do
orçamento doméstico dos consumidores no país. Com o aumento do nível de renda da população nos últimos anos, cresceu
também a demanda por carne e produtos derivados. Entretanto, o mercado de carnes no país ainda é incipiente e carece da
sofisticação de produtos percebida em outros mercados. Portanto, há um enorme espaço para o crescimento do setor. As
vendas de carne suína representam 16% do valor total das vendas de carnes. A carne de porco grelhada e assada é uma
refeição muito popular no país.
2.3.6.
BÓSNIA-HERZEGOVINA
As pessoas na Bósnia têm o hábito de consumir carnes enlatadas em todas as refeições. Grandes empresas regionais e
multinacionais lideram o setor de carnes enlatadas, e planejam o lançamento de novos produtos para manter sua participação
de mercado até 2013.
2.3.7.
CANADÁ
As carnes processadas corresponderam por cerca de 72% das vendas em 2008 de alimentos resfriados, dos quais 1/5 são
presuntos. O bacon é bastante consumido no café da manhã, e as salsichas são consumidas inclusive como item de churrasco.
Entre as carnes congeladas processadas, os hambúrgueres são os mais vendidos. Os cortes de frango nas variedades
consumidas por asiáticos tem tido boa demanda.
2.3.8.
CAZAQUISTÃO
Os consumidores cazaques preferem carnes vermelhas a peixes, e carneiro ou cavalo do que porco por questões religiosas. As
últimas novidades em relação a comida congelada no país são de produtos com carne e cortes de carne com diferentes tipos de
molhos, e salsichas sem carne de porco (para atender os consumidores muçulmanos), ou feitas com carne de cavalo. Carnes
enlatadas ou em conserva são mais consumidas por pessoas mais velhas que sempre tiveram grande oferta desde a União
Soviética. Já os consumidores mais jovens vêem esses produtos como fora de moda, e compram apenas frutas ou vegetais
enlatados. O tipo de carne resfriada mais comum são as salsichas. Entre as carnes de aves a mais vendida é a de frango, seguida
por ganso e pato.
2.3.9.
CHINA
Várias empresas atuantes no mercado têm se esforçado para melhorar a imagem de seus produtos como sendo saudáveis.
Produtos tradicionais derivados de carne contribuem para a maior parte das vendas de enlatados e em conserva. As salsichas
estilo ocidental também tem sido consumidas no país. Esses produtos tem tido novidades nos últimos anos, como a salsicha
com abóbora da CJ (Qingdao) Food Co Ltd. Os alimentos congelados tendem a ser mais consumidos pelas pessoas com intensa
atividade, e tem menos tempo para se dedicarem a compra diária de alimentos. Os alimentos resfriados tendem a ser
preferidos em detrimento dos em conserva por serem considerados mais saborosos. Entre as carnes vermelhas, as mais
comuns para cozinhar são as de carneiro, bifes, e almôndegas.
8
Armenian Meat Market. Disponível em <http:// www.ev.am>. Acessado em 17 set, 2009.
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2.3.10. CINGAPURA
No último ano houve o lançamento de novos produtos enlatados ou preservados como derivados de carnes e costelas de
porco, que são populares entre os cingapurianos. As carnes enlatadas ou preservadas mais comuns são as salsichas (tem
variedades como carne e frango) e presuntos, e peixes e frutos do mar como bolinhos de peixe e kani-kama. Está crescendo a
preferência por salsichas resfriadas ao invés de enlatadas. Os alimentos congelados têm sido promovidos pela Autoridade
Agro-Alimentar e Veterinária de Cingapura como mais baratos para os consumidores e com o mesmo valor nutricional. Entre os
produtos congelados há mais variedade de aves, e dentre as carnes vermelhas predominam os hambúrgueres.
2.3.11. EGITO
As carnes resfriadas tiveram um crescimento de 11% no ano de 2008. Os preços desse tipo de produto se elevaram
principalmente devido ao aumento do custo de produção no último ano. O tipo de carne resfriada mais comum é a carne
enlatada, a qual é considerada saudável e de fácil uso para sanduiches, seguida por salsichas. As carnes congeladas mais
comuns são os hambúrgueres.
2.3.12. ESTADOS UNIDOS
Devido à conjuntura econômica os consumidores estadunidenses tendem a comer em casa ao invés de jantar fora, e optam por
alimentos enlatados ou preservados por serem fontes de proteína mais barata. As salsichas são os principais produtos entre as
carnes resfriadas, com destaque para as salsichas de frango e outras que não sejam de porco, e produtos premium com queijo,
frutas e outros. Esses consumidores tendem a ver os produtos congelados como mais saudáveis que os enlatados, assim como
frango em relação a carne ou porco. Os produtos mais populares são hambúrgueres, steaks e almôndegas. E, em relação às
aves, filés, nuggets e asas.
2.3.13. EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
É importante destacar que todas as carnes vermelhas, de aves e seus derivados precisam ter a certificação hallal para serem
vendidos nos Emirados Árabes Unidos. As vendas de carnes processadas resfriadas crescem em função do aumento do número
de indivíduos morando sozinhos. As variedades mais populares destes tipos de carnes são a mortadela, os hambúrgueres e as
salsichas. As carnes vermelhas processadas congeladas são muito consumidas, em especial os hambúrgueres bovinos, as
salsichas bovinas e os kebabs. Entre as carnes de aves congeladas estão os hambúrgueres de frango, os nuggets, kebabs de
frango (shish tawook) e salsichas são bastante populares. As massas, como o espaguete e o penne são usualmente servidas
com carnes.
2.3.14. EQUADOR
Na categoria de carne processada resfriada, os produtos mais consumidos são as carnes bovina, de aves e suína. Os derivados
de porco, como o presunto também são bastante populares.
2.3.15. FRANÇA
O grupo de produtos de carne vermelha congelada processada registrou crescimento significativo em 2008 em função do
lançamento de novos produtos, de maior conveniência e saborosos, que podem ser cozinhados de várias maneiras. Os
hambúrgueres continuam a liderar as vendas que se beneficiaram destes novos lançamentos. Outros tipos de carne também se
beneficiaram da tendência por produtos étnicos. É o caso da carne hallal, haja vista o crescimento da população mulçumana no
país, atualmente em cerca de 6 milhões de habitantes, que costuma consumir duas vezes mais carne que a média.
2.3.16. HONG KONG
O mercado de Hong Kong para a carne e seus derivados é fortemente marcado pela dependência das importações uma vez que
a produção local é irrelevante. A maior parte da carne suína, de frango e pato consumida em Hong Kong é proveniente da
China Continental, bem como grande parte da carne fresca, dada a proximidade geográfica. Ainda que a população prefira esta
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variedade de carne, suas importações respondem por menos de 20% do volume total. Outros produtos importados, como as
carnes e despojos de aves, carne bovina, suína e de cordeiro, chegam ao mercado congeladas. A carne bovina é a preferida da
população das classes médias e alta. Os países tradicionalmente produtores de carne bovina, como o Brasil, os EUA, a Austrália,
a Nova Zelândia e a Argentina, são os principais exportadores de carne bovina congelada. Devido ao grande fluxo de comércio
na região, Hong Kong funciona como plataforma de distribuição para outros países do sudeste asiático, como a China.
2.3.17. IRÃ
As carnes de aves hallal são muito consumidas no Irã em virtude do preço mais acessível que os da carne vermelha. Os
enlatados e conservas de carne não são tão populares quanto às carnes resfriadas e congeladas. Cabe destacar que a maioria
das famílias iranianas prefere produtos frescos, mais baratos e amplamente distribuídos, para preparar suas refeições diárias. A
abertura de novos supermercados/hipermercados contribui para um aumento da distribuição de carne processada resfriada.
Muitos consumidores usam estes produtos para fazer sanduíches para os lanches escolares das crianças ou para os lanches no
trabalho.
2.3.18. ISRAEL
As carnes de aves são as preferidas pelos consumidores israelenses tanto para as variedades resfriadas quanto para as
congeladas principalmente por razões do ritual kosher. Uma maior preocupação com a saúde deve orientar o crescimento do
setor. A demanda por produtos com baixo teor de gordura e sem conservantes deve crescer como resultado dessa
preocupação.
2.3.19. ITÁLIA
As vendas de carne processada resfriada atingiram € 9 bilhões em 2008. Este volume de vendas está intimamente ligado à
9
predileção dos consumidores italianos por carnes curadas , como o presunto e o salame. Na Itália, ademais, os consumidores
preferem comprar carnes frescas ou resfriadas que são consideradas de maior qualidade. Em vista disso, o mercado de carne
vermelha processada congelada ainda é pequeno no país e carece de investimentos significativos. Apenas uma pequena
variedade de produtos está disponível no mercado nesta categoria, como os hambúrgueres e as salsichas. A preocupação com
a origem dos produtos tem crescido entre os consumidores italianos e aquelas categorias produzidas domesticamente tem tido
prioridade em suas decisões de compras.
2.3.20. JAPÃO
No setor de carne suína japonês existe grande concorrência tanto dos produtos importados, já estabelecidos e bastante
demandados, quanto dos domésticos. Os consumidores, entretanto, mostram-se muito interessados nos produtos importados,
em particular aqueles mais jovens, afeitos à ocidentalização do país. De fato, as importações de carne suína vêm crescendo nos
últimos anos e a disponibilidade desta variedade de carnes ofertada a preços acessíveis tem alterado os hábitos de consumos
japoneses. As salsichas, o presunto e o bacon são muito apreciados em se tratando de carne processada resfriada. No tocante a
carne de aves processada congelada, o frango frito responde por 71% das vendas do varejo. A tendência no Japão por produtos
alimentares mais saudáveis pôs em voga nos últimos anos os produtos com baixo teor de gordura e sal.
2.3.21. PAÍSES BAIXOS
Na categoria de carnes vermelhas processadas congeladas, as carnes fatiadas representam um produto de grande importância
dada o hábito holandês de consumir sanduíches diariamente. Outro motivo para a importância desta categoria é que o prato
tradicional holandês stampot utiliza salsinhas defumadas, o que impulsiona as vendas destes produtos. As salsichas secas
também são muito populares. Firkandellen e Kroketten são as variedades de carnes vermelhas congeladas mais populares nos
Países Baixos. As vendas de carne de aves congeladas continuam a serem lideradas pelo chicken saté, um prato típico da
Indonésia que acabou adaptado ao paladar holandês. Outros produtos populares na categoria de carnes de aves processadas
congeladas são os nuggets e os hambúrgueres de frango. Cabe destacar que um maior interesse por alimentos mais saudáveis
9
Tradução livre: cured meats.
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pode prejudicar as vendas de carnes de aves e bovinas congeladas embora as de aves possam ter um desempenho melhor nos
próximos anos.
2.3.22. PAQUISTÃO
Os enlatados e conservas de carne vêm se tornando muito populares no Paquistão nos domicílios em que ambos os membros
trabalham fora. Por outro lado, estes produtos estão sendo associados às doenças relacionadas à qualidade da carne. Em vista
disso, as carnes vermelhas processadas congeladas vêm apresentando crescimento de demanda haja vista a procura por
produtos de melhor qualidade. A carne processada de cordeiro ou de outros animais domésticos semelhantes é muito
consumida no sul do Paquistão enquanto a carne de bovinos processada congelada são as preferidas em outras partes do país.
O filé de peito e o seekh kebabs são consumidos mais que qualquer outro tipo de carne vermelha processada congelada. As
carnes resfriadas são consideradas premium no país e só podem ser compradas nas grandes cidades onde o poder aquisitivo é
maior.
2.3.23. REINO UNIDO
No Reino Unido, as carnes fatiadas foram o produto mais vendido em 2008, respondendo por 32% do valor de vendas do grupo
de produtos de carnes processadas resfriadas. As salsichas se beneficiaram de novos lançamentos voltados para as linhas
premium e gourmet, representando 13% do valor de vendas deste mercado. Entretanto, assim como a carne vermelha e o
frango congelado, as linhas de salsichas e hambúrgueres enfrentam o aumento da impressão entre os consumidores de serem
alimentos pouco saudáveis. Artigos recentes, por exemplo, relacionaram o consumo de salsichas com o surgimento de alguns
tipos de câncer, o que ajudou para corroborar esta imagem negativa do produto. A tendência é que as carnes processadas
congeladas tenham maior declínio em vendas em função desta percepção que as carne de aves congeladas. Os novos
lançamentos devem ter por foco esta preocupação, devendo voltar-se para produtos com baixa caloria, baixo teor de sal,
enriquecidas ou funcionais. Em se tratando de carne de aves processadas congeladas, os empanados responderam por 25% do
valor de vendas do varejo em 2008, seguidas pelos nuggets de frango (17%), frango Kiev (12%) e hambúrgueres de peru (7%).
Na linha de carne vermelha processada congelada, os hambúrgueres representaram 70% do valor total de vendas em 2008.
2.3.24. RÚSSIA
A Rússia é o maior importador de carne bovina do mundo. A queda da produção doméstica após a derrocada da União
Soviética teve como legado uma pecuária deficiente, insuficiente para satisfazer a demanda por carne da população.
Em 2006, a Rússia importou 1,2 milhões de toneladas de carne de aves, 669.000 toneladas de carne bovina congelada e
625.000 toneladas de carne suína. A carne é um elemento fundamental na dieta de russa e as carnes bovina, suína e de aves
são as preferidas pela população. Em se tratando de carne processada o mercado moscovita apresenta diferenças significativas
em relação a outras regiões, principalmente em termos de volume de consumo de produtos do grupo de produtos premium e
pela procura por produtos de maior conveniência. No tocante a carne resfriada, há forte tendência em direção ao lançamento
de produtos de baixa caloria haja vista o crescente interesse do consumidor por produtos mais saudáveis. As carnes de frango
processadas tiveram crescimento de 20% no valor de vendas em 2008, impulsionadas pela introdução de produtos mais
elaborados, como frango ao molho e frango empanado.
2.3.25. UCRÂNIA10
Até bem pouco tempo atrás, as carnes oferecidas nos super/hipermercados ucranianos consistiam basicamente de pedaços e
peças inteiras. Agora, as vendas de carne estão sendo impulsionadas pela crescente variedade de cortes de carne embalados.
Esta tendência se repete tanto para as carnes congeladas quanto para as resfriadas. Em se tratando de embutidos, cresceram
as vendas das linhas de presuntos semi-defumados e os defumados bem como as vendas de salsichas cozidas. O prato nacional
ucraniano, o salo, é feito a partir da carne de porco. O consumo de carne de porco na Ucrânia em 2006 foi de
aproximadamente 17kg por pessoa. Em períodos anteriores ao colapso da União Soviética o consumo médio desta categoria
era de cerca de 26kg por pessoa. Logo, o potencial de crescimento para as vendas de produtos desta categoria é enorme. A
procura por estes produtos é tamanha que levará décadas antes que o mercado esteja saturado. Estima-se que para cada
10
Dados disponíveis em: http://www.ambkyiv.um.dk/en
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29
ponto percentual de aumento no nível de renda da população ucraniana, haverá 0.5 pontos percentuais de aumento no
consumo de carne suína.
2.3.26. VENEZUELA
As salsichas cozidas são muito populares na Venezuela devido a sua utilização em refeições rápidas e lanches, como o cachorro
quente. Por isso, as salsichas cozidas são a variedade de comida resfriada mais vendida no país, com 65% de participação no
valor das vendas do varejo, seguidas do bacon (11%), outras salsichas (8%), presunto defumado (7%) e Bologna (7%). A
variedade de carne vermelha congelada mais popular é o hambúrguer, com 95% do valor de vendas do varejo, seguida pelas
bistecas e costeletas de porco. Em se tratando de carne de aves, os nuggets são muito consumidos na linha de carnes
congeladas processadas, com 37% do valor de vendas do mercado, seguidas pelo frango empanado (28%).
2.4.
CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS
No grupo de produtos de Chocolates, balas e confeitos, por sua vez, foram identificados os seguintes países para os quais além
de informações econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: África do Sul,
Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Cingapura, Colômbia, Itália, Paraguai, Portugal, Rússia, Tailândia, Turquia, Uruguai,
Venezuela.
TABELA 10: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Chocolate, balas e confeitos.
Importações
Crescimento
Importações Crescimento
Crescimento Participação
do mercadoParticipação
das
Principal
do mercado- das Importações
Principal do Principal
País
alvo
Exportações
Brasileira
alvo em 2008
dos
Concorrente Concorrente Concorrente
2008
(crescimento
Brasileiras
(US$)
Concorrentes
(2003-2008)
(2008)
2003-08)
(2003-2008)
África do Sul
23,62%
101.836.202
36,16%
Colômbia
35,60%
15,12%
0,42%
17,33%
Argentina
24,58%
64.215.570
34,75%
Equador
19,47%
4,79%
20,95%
67,03%
Austrália
19,39%
409.068.628
19,52%
Nova Zelândia
15,81%
18,42%
4,22%
0,55%
Bélgica
10,03%
825.776.366
10,05%
Países Baixos
12,11%
29,87%
3,38%
0,21%
Canadá
10,23%
960.747.135
10,49%
Estados Unidos
8,56%
57,69%
-8,55%
0,75%
Cingapura
11,21%
184.159.821
10,33%
Austrália
12,99%
11,28%
73,42%
4,36%
Colômbia
18,38%
41.877.264
15,95%
Equador
13,54%
39,57%
61,45%
12,16%
Itália
7,94%
640.666.178
7,94%
Alemanha
10,74%
34,98%
11,47%
0,01%
Paraguai
19,04%
39.033.935
65,06%
Argentina
42,32%
27,35%
11,07%
66,06%
Portugal
10,51%
287.265.661
10,46%
Espanha
10,78%
43,50%
19,62%
0,67%
Rússia
23,60%
736.706.736
23,58%
Ucrânia
21,91%
42,21%
35,06%
0,27%
Tailândia
19,77%
91.685.187
18,73%
Malásia
30,18%
12,45%
156,96%
4,36%
Turquia
28,57%
96.958.051
28,39%
Polônia
112,90%
26,03%
85,38%
0,80%
Uruguai
21,44%
27.163.949
24,75%
Argentina
26,94%
39,91%
19,00%
54,06%
Venezuela
34,11%
174.738.029
33,17%
Colômbia
32,25%
61,97%
48,46%
8,18%
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
Classificação
Em risco
Consolidado
Em risco
Em risco
Em risco
A consolidar
A consolidar
A consolidar
Consolidado
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
Consolidado
A consolidar
Estados Unidos, Argentina, Paraguai, África do Sul e Uruguai foram os cinco principais destinos de nossas exportações do
segmento de chocolates, balas e confeitos em 2008. Juntos responderam por 47% do total de nossas vendas externas do
grupo de produtos. Os Estados Unidos não figuram entre os mercados-alvo selecionados no presente estudo haja vista o
declínio de 5,23% em nossas exportações para o país entre 2003-2008, o que equivale a aproximadamente US$ 16 milhões.
O Canadá, embora tenha apresentado crescimento negativo para nossas exportações no período analisado (US$ 4 milhões),
teve crescimento significativo de suas importações do restante do mundo, de 10,23%, o equivalente a US$ 370,5 milhões.
As exportações brasileiras em 2008 para a Argentina do segmento totalizaram US$ 43 milhões. Para o Paraguai, foram
vendidos US$ 25 milhões. Para a África do Sul e para o Uruguai foram exportados US$ 17 milhões e US$ 14 milhões,
respectivamente. Nos mercados latino-americanos selecionados, apenas na Colômbia e na Venezuela nossa participação de
mercado é inferior aos 50%. Nestes dois países, contudo, o crescimento de nossas exportações no período analisado foi
superior aos 45% e consideravelmente superior ao crescimento das exportações de nossos principais concorrentes.
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30
Em nove destes países, as tarifas imposta sobre o produto
brasileiro é superior à de nosso principal concorrente. Mesmo
assim, a exceção do Canadá, o crescimento de nossas exportações
no período analisado foi positivo, sendo superior aos 30% para
Colômbia, Rússia, Turquia e Venezuela. Cabe ressaltar que a
Turquia ocupa a quarta posição entre os mercados com maior
consumo per capita do grupo de produtos, logo atrás de Itália,
Bélgica e Austrália. Venezuela e Rússia têm, ainda, um consumo
per capita superior aos US$ 80,00 (oitenta dólares).
Nos países selecionados, observa-se uma tendência de busca por
produtos mais saudáveis e com menor teor de açúcar. Destaca-se
o caso dos chicles sem açúcar e funcionais (principalmente os
clareadores) estão tendo sua demanda crescendo na África do Sul,
Austrália, Argentina (15% em 2008), Bélgica, Canadá (previsão de
89% sem açúcar em 2013), Cingapura, Colômbia, Itália, Portugal,
Rússia, Tailândia, Turquia, Venezuela.
2.4.1.
TABELA 11: Consumo com açúcar/confeitaria e tarifas.
Consumo com
Tarifa
Tarifas
Açuçar e Produtos
Principal
País
de Confeitaria 2008
Brasil
Concorrente
(US$ Per Capita)
África do Sul
42,20 23,98%
23,98%
Argentina
32,10
0,00%
0,66%
Austrália
203,40
5,00%
0,00%
Bélgica
229,40
6,21%
0,00%
Canadá
92,70 43,10%
39,81%
Cingapura
38,10
0,00%
0,00%
Colômbia
43,20 13,20%
0,00%
Itália
232,50
6,21%
0,00%
Paraguai
0,00%
0,00%
Portugal
73,20
6,21%
0,00%
Rússia
83,80 22,14%
0,00%
Tailândia
14,90 18,20%
18,20%
Turquia
128,90
8,58%
0,00%
Uruguai
0,00%
0,00%
Venezuela
91,50 11,01%
0,00%
Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
ÁFRICA DO SUL
No ano de 2008 os maiores crescimentos no setor de chocolates foram dos produtos de alto valor e as barras de chocolate. As
marcas Premium com maior crescimento das vendas no país são Ferrero Rocher e Lindt. Nos últimos anos está havendo
divulgação dos aspectos saudáveis de chocolates, principalmente os com alto teor de cacau. A maioria das marcas oferecem
produtos tanto de baixo valor quanto premium como meio de atingir várias categorias de consumidores. Para balas e confeitos,
as mudanças nas embalagens de chicles favoreceram o aumento das vendas em 2008, que tinham como sabor preferencial os
derivados de menta, e que agora concorrem com novos sabores como almíscar e frutas vermelhas. A tendência no país é de
que as empresas foquem nos consumidores de menores rendas com embalagens de chicles pequenas e de baixo custo.
Caramelos e torrones tiveram destaque de crescimento no consumo dentre os produtos do setor (8%) em 2007, além de
marshmallows que tiveram suas vendas impulsionadas por novos sabores. No geral do setor a Beacon Sweets & Chocolates
deteve no mesmo ano 45% do mercado.
2.4.2.
ARGENTINA
Em relação aos chocolates, nos anos recentes tem aumentado a preferência do consumidor argentino por produtos com
maiores concentrações de cacau, seguindo a mesma tendência por produtos premium que os consumidores argentinos já tem
em relação ao chá, vinho e café. O principal ator no mercado argentino em 2007 foi a Arcor, com 25% do setor, outros
importantes atuantes são Anguila, Massalin Particulares, Nobleza Piccardo e PepsiCo. O consumo per capita de chocolates tem
aumentado nos últimos cinco anos, de 1,6 kg em 2003 para 2,8 kg em 2008. Confeitos como os vendidos pela M&Ms e Rockets
tiveram suas vendas aumentadas em 56% no ultimo ano. Chocolates meio amargo e recheados tem ganhado a preferência do
consumidor principalmente entre os adultos. Consumidores tendem a experimentar novos sabores. Outros doces são
predominantemente consumidos por crianças, sendo que as balas e doces tem aumentado suas vendas tanto para o público
infantil quanto adulto que busca sabores refrescantes. No setor de chicles, os principais consumidores são adolescentes e
jovens adultos. Os sabores tradicionais são os preferidos pelos argentinos. Os alfajores são produtos tradicionais deste país e
incorporados a dieta inclusive das crianças uma vez que há uma cultura de que este produto tenha valor nutritivo. Os produtos
enriquecidos (por exemplo, com vitamina c), e funcionais ainda carecem de trabalho para abertura de mercado – interesse dos
consumidores.
2.4.3.
AUSTRÁLIA
Há crescente demanda por produtos de confeitaria premium, o que leva ao aumento do preço médio dos produtos vendidos na
Austrália. Um dos motivos pela busca por produtos premium é o conhecimento sobre substâncias anti-oxidantes,
principalmente contidas no chocolate meio-amargo, além da tendência em consumir produtos com baixo teor de açúcar ou
sem açúcar. Embalagens unitárias e embalagens pequenas têm aumentando suas vendas no mercado, enquanto as linhas para
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31
crianças com brindes como brinquedos têm decaído o número de vendas. As empresas estão optando por expor seus produtos
em lugares com maior visibilidade (esquina das gôndolas, próximo aos caixas, etc.) do que expô-los os lugares tradicionais nas
gôndolas na seção de doces no supermercado.
A líder de mercado nesse país é a Cadbury Schweppes Australia Ltd apresentou 39% de participação de mercado em 2007.
Nestlé Australia, Kraft Foods, Marsterfoods, Mars Australia,Ferrero – multinacionais. Em 2007 a Wrigley Co Pty detinha 96% do
mercado de chicles. Novos produtos introduzidos no mercado com sabores de frutas.
2.4.4.
BÉLGICA
Nesse país há uma tendência de opção por produtos mais saudáveis, apesar de ainda configurarem um nicho de mercado. Os
chocolates temáticos sazonais são mais dinâmicos. Os preços dos produtos aumentaram devido ao aumento do preço da
matéria prima, e da maior sofisticação dos produtos. Tem acontecido a difusão dos chocolates em pequenos tamanhos,
chamados bit-size. Há tendência entre adultos em preferir os chocolates aos doces, em embalagens indicando as calorias. A
liderança de mercado pertence à Kraft Foods e Mars Belgium. A Bélgica é conhecida pelo alto padrão do chocolate que produz,
sendo que a regulação européia permite a quantidade máxima de 5% de gorduras que não sejam do cacau na composição do
chocolate.
As novidades em relação às variedades de chicles têm favorecido o crescimento das vendas, sendo o principal produto
consumido considerando o setor. Os sabores de frutas e tipo menta são mais comuns, e são usados para ter hálito fresco ou
disfarçar o gosto da comida e cigarro. No setor de balas e confeitos, há aumento de produtos voltados para o público adulto,
preferência por embalagens plásticas, recipientes e caixinhas, enquanto houve queda das vendas de produtos voltados para
crianças.
2.4.5.
CANADÁ
A demanda por chocolates de alta qualidade tem aumentado, juntamente com as vendas de chocolates em tabletes. Observase também um movimento de aumento de preços que está relacionado não somente a melhor qualidade, mas também ao
aumento dos preços das matérias primas. O chocolate meio amargo é bem visto pelos benefícios a saúde. O gosto do
consumidor canadense tende para o chocolate meio amargo inclusive aqueles recheados com castanhas e frutas. As principais
empresas são Nestlé e Cadbury, seguida pela Lindt. Para os produtos mais populares as principais marcas são Nestlé, Hershey’s
e Cadbury Adams. A escolha de lanches mais saudáveis como barrinhas de cereal e iogurtes estão substituindo os chocolates.
Assim mesmo, caixas de chocolate e aqueles com motivos de acordo com a época do ano devem continuar crescendo até 2013
segundo projeções do Euromonitor.
Sabores de chicles refrescantes são os mais atrativos apesar de haver crescimento também para os sabores de frutas
(aumentaram 3% as vendas de chicles em 2008). Embalagens de chicles no formato de potes plásticos têm aumentado pela
facilidade de levar no carro ou para ser consumido no escritório. A venda de confeitos tem caído. Em relação aos produtos
funcionais há a necessidade de aprovação do Health Canada; ainda há questionamentos sobre as propriedades nutricionais dos
substitutos do açúcar, e por enquanto são baixas as vendas de chicles funcionais. Adultos preferem sabores fortes, sendo que
esses produtos e mentolados tiveram aumento das vendas em 2008. Além de caramelos e outras balas desses tipos, nos meses
de inverno há crescimento do consumo com marshmallows.
2.4.6.
CINGAPURA
O chocolate gourmet tem se tornado popular nesse país, ocasionando o aumento de marcas e lojas nesse grupo de produtos.
As vendas de caixas de chocolates com unidades embaladas individualmente, e produtos em pequenas embalagens tem
contribuído para o aumento das vendas. Com o gosto do consumidor se sofisticando, o consumo de chocolate de baixa
qualidade e chocolate branco tem diminuído. Já em relação aos chicles, os sabores preferidos são os mentolados. É esperada a
entrada de novas empresas no setor apesar da proibição de se fazer propaganda desse tipo de produto. Balas e confeitos:
aumento do consumo por pastilhas com efeitos medicinais. A maioria dos produtos sem açúcar é ofertada em sabores de
menta forte (tende a crescer sua popularidade principalmente pela preocupação com hálito), sendo que os produtos são
sempre apresentados nas duas versões.
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32
2.4.7.
COLÔMBIA
O consumidor colombiano está ficando mais sofisticado, buscando chocolates de melhor qualidade, tipo gourmet, com sabores
de licor, nutritivos, com castanhas, ou sem gordura. Esses consumidores preferem um produto com alta concentração de cacau
e sabores de café expresso. As categorias de chocolate que mais cresceram em 2008 foram as barras, caixas, e chocolates com
brinquedos. Os confeitos de chocolate tiveram seus preços aumentados no último ano devido ao crescimento dos preços das
matérias primas. Os chocolates ao leite são os preferidos dos colombianos que estão começando a optar pelo meio amargo
devido às propriedades nutricionais.
Em relação aos chicles, o crescimento das vendas tem sido impulsionado por inovação e novos produtos, como pro exemplo os
com mais de um sabor. A Cadbury Adams deteve 49% do valor das vendas de chicles em 2007. Os consumidores de balas e
confeitos também têm buscado produtos sem açúcar. Entre os confeitos, os produtos mais populares são os marshmallows.
Observa-se o crescimento do número de variedades de produtos enriquecidos com vitaminas, no país.
2.4.8.
ITÁLIA
Os consumidores têm preferido produtos de melhor qualidade, mas estão diminuindo o consumo de chocolates. A Ferrero é a
líder de mercado no país, sendo que a Lindt tem ganhado espaço com os seus produtos premium. Tem crescido o consumo do
chocolate como lanche e a venda de chocolate ao leite no país correspondeu a 45% do total em 2008. Os chocolates com maior
teor de cacau são vistos como de melhor qualidade, assim como os que contenham cereais, frutas ou castanhas.
Entre os chicles, os italianos preferem sabores frescos, como os mentolados, havendo uma tendência pela diversificação de
sabores incluindo as frutas. Para as balas e confeitos, a tendência é de que as vendas de balas diminuam nos próximos anos a
1% ao ano de acordo com pesquisa do Euromonitor International, devido à consciência do consumidor em relação a produtos
sem açúcar e mais saudáveis. As balas de alcaçuz tiveram crescimento de vendas devido ao lançamento de novos produtos.
2.4.9.
PORTUGAL
Nesse mercado, há crescimento da demanda por chocolate sem açúcar e meio amargo. As caixas de chocolate tiveram a maior
taxa de crescimento em 2007 (6%). Houve o lançamento de outras marcas privadas de menor custo no grupo de produtos de
chocolates premium, estimuladas pela condição econômica do país e expansão das cadeias de vendas. O maior consumo de
chocolate em Portugal se dá nos meses de inverno, Páscoa e Natal, pois pela facilidade dos chocolates derreterem, os
consumidores optam por sorvetes no verão.
No setor de chicles, os sem-açúcar tem se apresentado como os mais dinâmicos entre as opções de produtos. No geral, a
Adams foi a líder de mercado em 2007 com 49% de participação, seguida pela Lusiteca com 16%. Os sabores mais vendidos
foram os de hortelã e menta em 2008. Os fabricantes portugueses deverão investir em propaganda nos próximos períodos para
estimular o consumo desses produtos. O mesmo se repete para as balas e confeitos, onde a propaganda é aliada ao
lançamento de novos produtos (como os sem açúcar) e embalagens foram usados para um bom crescimento desse mercado. O
maior crescimento de vendas está nos produtos com baixa quantidade de açúcar e sem açúcar.
2.4.10. RÚSSIA
Em 2008 os produtos premium foram os mais dinâmicos, tendo aumentado sua demanda acompanhando o crescimento da
renda da população, sendo que na Rússia se tem o maior consumo de produtos premium e super premium da Europa. Os
preços unitários aumentaram 13%, e as marcas líderes de mercado perderam participação nesse ano. A previsão do
Euromonitor é de que as vendas de chocolates cresçam 7% ao ano até 2013. Os novos produtos vendidos no mercado tem sido
majoritariamente os de pequenas embalagens. Os chocolates têm sido consumidos como lanches ou entre refeições. Em 2008,
65% das vendas foram de chocolate ao leite.
As vendas de chicles sem açúcar em 2008 corresponderam a 78% do total, sendo que os chicles comuns foram de 7% e os
funcionais 2%. A tendência de consumo são produtos para gostos mais sofisticados e produtos funcionais ou enriquecidos com
vitaminas. O formato de embalagem mais comum é o que contem 10 chicles, ou potes com 50 unidades, e os sabores
preferidos são os mentolados ou de frutas. Para balas e confeitos, as pastilhas de menta; novos produtos focando a idéia de
“melhor para você” e produtos funcionais levando ao desenvolvimento de linhas sem açúcar ou com ingredientes naturais.
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2.4.11. TAILÂNDIA
As vendas de chocolates cresceram 9% em 2008, sendo que os sazonais cresceram 16%. O baixo crescimento das vendas de
chocolate se dá pela tendência a produtos mais saudáveis. O país assinou acordos de livre comércio com Nova Zelândia,
Austrália, China, e Índia. Os chocolates mais vendidos são os recheados, e os em barra correspondendo a 58% das vendas,
sendo que os consumidores tendem a perceber aqueles com wafer e caramelo como melhores. Os chicles funcionais são os
mais caros vendidos no país, e o aumento das vendas impulsionou o aumento do valor vendido de chicles. As balas e confeitos
com utilidade medicinal foram os que apresentaram maior crescimento no país em 2008, aumentando 8% o valor das vendas.
Desde 2006 há uma tendência de consciência em relação à saúde, tendo o consumo das crianças controlado pelos pais que
optam por produtos sem açúcar ou com menos açúcar.
2.4.12. TURQUIA
Produtos de chocolate são majoritariamente consumidos nas grandes cidades da Turquia, enquanto nas cidades menores os
doces tradicionais são mais consumidos como o baklava. O chocolate ao leite é o mais consumido no país, correspondendo a
88% das vendas. A tendência dos novos produtos no país é de melhor qualidade e valor agregado. Entre os chicles, os sem
açúcar são os que mais cresceram as vendas no ano de 2007 (7%). Os sabores mais vendidos foram menta, morango e citrus.
Na parte de balas e confeitos os produtos tendem a ser de mais alto valor, e as empresas devem continuar focando jovens e
crianças.
2.4.13. URUGUAI
O aumento da renda entre os uruguaios tem aumentado a demanda por produtos da categoria premium, principalmente entre
as linhas de pacotes e caixas de chocolates sortidos. As barras de chocolate preferidas são as de chocolate ao leite de 160g,
170g e 180g. Os chocolates exportados pelo Brasil são os favoritos dos consumidores uruguaios por serem mais doces que os
europeus meio amargo e respondem por cerca de 50% das vendas totais do produto. Os alfajores continuam a liderar as
vendas na categoria chocolates com aproximadamente 50% do volume total comercializado. Todavia, esta categoria enfrenta a
concorrência das barras de cereais e outras, tidas como mais saudáveis e mais adequados para o consumo infantil. Pelo mesmo
motivo, a categoria de balas e confeitos livres de açúcares deve continuar a apresentar crescimento significativo nos próximos
anos com uma maior oferta de pastilhas, chicles, geléias, e outros doces disponíveis no mercado. O mercado de balas e
confeitos no Uruguai já é bem maduro e seu desenvolvimento futuro está ligado às vendas de produtos menos tradicionais,
como os de menta forte e com recheios líquidos. Entre as gomas de mascar e chicles, as de menta são as mais consumidas
entre os uruguaios.
2.4.14. VENEZUELA
As vendas de chocolate no país cresceram 31% em 2008 na Venezuela, sendo que as caixas de chocolates sortidos tem sido os
mais dinâmicos nesse mercado. Apesar de estar perdendo mercado com a entrada de novos atores, a Nestlé ainda é a líder de
mercado com 61% do valor das vendas. Existe a necessidade de licença do governo para importação de produtos alimentícios.
Em relação a balas e confeitos, os chicles seguem a tendência por produtos mais saudáveis. Esses produtos sofrem restrições
de importação e controle de preços por parte do governo. No mercado houve lançamentos de novos sabores de bala e com
recheios gelatinosos.
2.5.
FRUTAS
Para as Frutas foram identificados os seguintes países para os quais além de informações econômico-comerciais,
apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Albânia, Alemanha, China, Espanha, Estados Unidos,
França, Índia, Itália, Japão, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Rússia, Senegal e Sudão.
Em 2008, os principais mercados de destino para as exportações brasileiras de frutas foram Países Baixos, Estados Unidos,
Reino Unido, Espanha e Alemanha. Juntos responderam por 76,18% de nossas vendas externas totais do segmento. Foram
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34
exportados para os Países Baixos US$ 287,9 milhões em 2008. Para os Estados Unidos, US$ 212,4 milhões e para o Reino Unido,
US$ 139,5 milhões.
TABELA 12: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Frutas.
Crescimento
Importações do
Crescimento Participação
Importações do
das
mercado-alvo
Principal
Principal
do Principal
País
mercado-alvo Importações
(crescimento
Concorrente
Concorrente Concorrente
em 2008 (US$)
dos
2003-08)
(2003-2008)
(2008)
Concorrentes
Albânia
10,66%
34.708.230
10,23%
Itália
23,11%
49,35%
Alemanha
8,09%
8.403.720.121
8,06%
Espanha
5,59%
18,06%
China
20,12%
1.237.204.062
20,09%
Tailândia
29,76%
24,69%
Espanha
12,44%
2.143.463.145
12,10%
Estados Unidos
11,76%
15,46%
Estados Unidos
10,41%
7.530.115.256
10,50%
México
17,13%
26,56%
França
9,42%
4.870.818.892
9,39%
Espanha
7,91%
35,16%
Índia
20,88%
1.133.394.904
20,92%
Costa do Marfim
33,21%
17,05%
Itália
7,18%
2.773.034.169
7,17%
Espanha
0,74%
18,00%
Japão
3,22%
2.461.930.507
3,21%
Filipinas
10,51%
34,44%
Países Baixos
14,65%
5.085.485.745
14,64%
África do Sul
15,85%
14,32%
Portugal
10,02%
694.786.920
9,85%
Espanha
13,47%
48,11%
Reino Unido
10,48%
5.519.944.622
10,36%
Espanha
10,22%
15,23%
Rússia
31,82%
4.472.364.933
31,80%
Equador
19,58%
13,42%
Senegal
15,74%
27.226.116
15,57%
Costa do Marfim
9,24%
42,53%
Sudão
33,83%
8.326.059
32,97%
India
29,61%
68,82%
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
Albânia, Senegal e Sudão destacam-se pelo
crescimento acumulado no período analisado, acima
dos 1500%. Isto se deve ao fato das exportações
brasileiras para estes países terem início apenas no ano
de 2007, crescendo consideravelmente no ano
seguinte. O Sudão, por exemplo, importou no início da
série, apenas US$ 14 mil. Em 2008 este valor subiu para
US$ 265,5 mil.
Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos
foram em 2008 os principais compradores mundiais de
frutas, respondendo por 36% do mercado mundial do
grupo de produtos, que atingiu US$ 74 bilhões naquele
ano.
O Brasil ocupa a 19ª posição neste cenário, com US$
965,6 milhões exportados naquele ano.
Crescimento
das
exportações
brasileiras
(2003-2008)
6097,45%
18,36%
53,26%
29,77%
7,49%
23,45%
-6,26%
8,13%
42,09%
14,78%
14,20%
15,96%
43,97%
1647,38%
1782,03%
Participação
Brasileira Classificação
2008
1,96%
0,40%
0,15%
2,91%
2,82%
0,33%
0,06%
0,91%
0,06%
5,66%
4,42%
2,53%
0,22%
0,44%
3,19%
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
Em risco
A consolidar
Em risco
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
TABELA 13: Gastos do consumidor com frutas e barreiras tarifárias.
Consumo de
Consumo de
Tarifa
País
Frutas Enlatadas Frutas 2008 (US$ Tarifas Brasil Principal
2008 (US$ mn)
Per Capita)
Concorrente
Albânia
- 10,00%
5,72%
Alemanha
699.7
211,1
9,72%
0,00%
China
654.0
31 13,89%
0,00%
Espanha
133.9
375,7
9,72%
12,05%
Estados Unidos
2172.1
117
1,41%
0,00%
França
526.7
259,9
9,72%
0,00%
Índia
42.0
16,4 28,77%
28,77%
Itália
65.4
229,6
9,72%
0,00%
Japão
481.2
139,1
8,34%
8,82%
Países Baixos
62.4
187,8
9,72%
6,19%
Portugal
44.7
194,4
9,72%
0,00%
Reino Unido
278.9
216,2
9,72%
0,00%
Rússia
863.6
106,1
7,13%
7,13%
Senegal
- 18,62%
0,00%
Sudão
- 39,73%
39,73%
Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
O crescimento de nossas vendas externas no período analisado só não é superior ao de nosso principal concorrente para os
Estados Unidos, Índia e Países Baixos.
Espanha, França e Itália representaram os países com maior consumo per capita de frutas em 2008. A tarifa imposta por estes
países para o produto brasileiro é inferior ao de nosso principal concorrente somente para a Espanha e o Japão, o que não
impede nossa penetração nestes mercados nos quais nossa participação chega, no máximo, a 5,66% nos Países Baixos. Oito dos
países selecionados, ademais, estão localizados na Europa onde, segundo dados fornecidos pela FAO, o consumo per capita
médio de frutas chega a 123 kg/ano.
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35
2.5.1.
ALBÂNIA
A Albânia é um país que tem clima mediterrâneo, propicio ao cultivo de frutas, principalmente as cítricas. Os sucos
produzidos no país são feitos com frutas e polpas importadas, principalmente da Grécia. Entre os produtos a base de frutas no
11
mercado há conservas, comidas para bebê, iogurtes e sobremesas. De acordo com a FAO , o consumo per capita de frutas
frescas no país é de 172kg/ano.
2.5.2.
ALEMANHA
Os preços das frutas frescas cortadas aumentaram em 2008 devido a custos de transporte e das frutas sem
beneficiamento. No mesmo período a venda de frutas em conserva decaiu com o aumento dos preços. O crescimento da
popularidade de comidas congeladas, também tem influenciado nas vendas de frutas relacionadas a imagem saudável.
2.5.3.
CHINA
Frutas em conserva ou enlatadas tiveram um crescimento negativo no país em 2008, havendo inclusive maior número de
vendas para o exterior do que no mercado doméstico. Os consumidores chineses têm acesso a grande variedade de frutas
frescas, as quais são preferidas em comparação com as resfriadas. Os principais canais de vendas são os mercados, onde os
preços são menores, e os consumidores acreditam que as frutas vendidas nesses lugares são mais saborosas.
2.5.4.
ESPANHA
O volume de vendas de frutas frescas na Espanha era muito pequeno devido a pouca oferta desse produto. A Associação
12
espanhola de frutas e hortaliças lavadas prontas para Consumo promoverá novos produtos que durem mais nas prateleiras,
como meio de tornar o comércio desses produtos mais atrativo. Muitos consumidores têm o costume de comprar frutas por
quilo, semanalmente, com uma oferta de frutas de alta qualidade durante todo o ano. Há uma tendência de oferta de produtos
prontos para o consumo, especialmente frutas que são consideradas de difícil preparo como abacaxi e manga. Os fabricantes
deverão fazer campanhas de divulgação e incentivo ao consumo de frutas, inclusive grandes redes de supermercados com as
frutas sob suas marcas.
2.5.5.
ESTADOS UNIDOS
O consumo de frutas nos Estados Unidos tem a tendência de aumentar com a conscientização e busca por lanches mais
saudáveis. Embalagens com porção única como copos tem aumentado a oferta em diferentes estabelecimentos como
drogarias. A tendência pela inclusão de frutas na alimentação e a preferência por produtos fáceis de preparo ou prontos,
devera aumentar a demanda por frutas prontas para o consumo. Os preços deverão continuar altos, apesar de que as frutas
cortadas deverão continuar com um preço inferior as frutas frescas.
2.5.6.
FRANÇA
No país tem uma campanha nacional para o consume de frutas. A campanha sugere o consumo de cinco frutas por dia, e tem
aumentado a demanda desses produtos principalmente congelados. Em relação às frutas enlatadas, a busca por alimentos
saudáveis fez com que a indústria diminuísse os conservantes e açúcar.
2.5.7.
ÍNDIA
13
A Índia é grande produtor de banana, frutas cítricas, e manga, além de outras frutas que fazem com que o país seja um dos
maiores produtores mundiais. O consumidor indiano é muito sensível a variação de preços, e gasta uma porcentagem bem
baixa de sua renda com o consumo de frutas. As frutas nacionais têm preços bem abaixo das frutas importadas. Com o
aumento do numero de supermercados e hipermercados e conseqüentemente da concorrência, deverá haver maior oferta de
11
FAO - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.
Asociación Española de Frutas y Hortalizas Lavadas Listas para su empleo, AFHORLA.
13
India Product Brief: Indian Fresh Fruit Sector 2008. Disponível em <http:// www.usda.gov>. Acessado em 16 set, 2009.
12
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36
frutas na Índia. Assim como os produtos resfriados que deverão ganhar maior participação de mercado em relação aos
congelados.
2.5.8.
ITÁLIA
Os consumidores italianos preferem os produtos frescos, pois os considera mais saudáveis e saborosos. As vendas desta
categoria de produtos atingiram 12 milhões de euros em 2008. Isso influencia negativamente na venda das frutas em conserva,
que são mais baratas e tendem a ser mais consumidas no inverno. As frutas resfriadas são uma novidade para os consumidores
italianos e tem agradado como substitutas de outros lanches, apesar dos altos preços limitarem o crescimento do consumo
destes produtos e restringi-lo às cidades mais desenvolvidas. No ano de 2007 foi lançado no mercado um kiwi amarelo da
marca Naturitalia.
2.5.9.
JAPÃO
A demanda pelas frutas em conserva tem diminuído sua no país por dois motivos: as frutas frescas e copos de geléia de frutas
têm feito com que menos consumidores optem por frutas em conserva; e o aumento dos preços das frutas em conserva.
2.5.10. PAÍSES BAIXOS
Frutas frescas têm representado o maior crescimento de vendas entre alimentos nos Países Baixos, com um aumento de 28%
em 2008. Isso se deve a tendência dos consumidores considerarem esses produtos de fácil consumo, saudáveis e sua
disposição em pagar por eles. As frutas resfriadas também são percebidas como produtos saudáveis e apresentam o maior
crescimento entre os alimentos resfriados. A demanda por frutas tropicais como abacaxi e manga tem crescido , apesar de os
consumidores preferirem essas frutas cortadas, devido a dificuldade em prepará-las.
2.5.11. PORTUGAL
Frutas descascadas ou semi-preparadas tem um custo mais alto do que as frutas frescas, o que faz com que muitos
consumidores não tenham acesso a esses produtos. O consumo de frutas é bastante alto principalmente entre pessoas com
mais de 55 anos. A tendência de consumo de produtos mais saudáveis deve incentivar o consumo de frutas nos próximos anos
em Portugal.
2.5.12. REINO UNIDO
A demanda por frutas tem crescido com a tendência por consumir produtos saudáveis e comidas rápidas. Nas escolas tem se
difundido o consumo por frutas, fazendo com que as mães incluam esse alimento nos lanches das crianças. As frutas
congeladas são mais acessíveis aos consumidores haja vista terem perecebilidade menor que outras variedades. O
Departamento de Saúde tem promovido o consumo de frutas e incluído nos tickets que as pessoas de baixa renda podem
trocar por alimentos.
2.5.13. RÚSSIA
As frutas em conserva apresentaram o maior crescimento do setor no último, impulsionado pela tendência dos consumidores
em fazerem pratos étnicos, ou com maior valor nutricional. Isso é devido a tendência de saúde e bem estar. No ano de 2008 a
demanda por frutas frescas foi baixa, o que pode ser explicado pelos altos preços.
2.6.
LEITE E LATICÍNIOS
Para o grupo de produtos de Leite e laticínios foram identificados os seguintes países para os quais além de informações
econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Alemanha, Argentina, Catar,
Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Filipinas, Grécia, Itália, Japão, Omã, Países Baixos, Reino Unido, Senegal, Sudão e
Venezuela.
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37
TABELA 14: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Leite e laticínios.
Importações
Crescimento
Crescimento
Importações
Crescimento Participação
do mercadodas
das
Participação
do mercadoPrincipal
Principal
do Principal
País
alvo
Importações
Exportações Brasileira Classificação
concorrente Concorrente Concorrente
alvo em 2008
(crescimento
2008
dos
brasileiras
(US$)
(2003-2008)
(2008)
2003-08)
Concorrentes
(2003-2008)
Alemanha
9,12%
7.794.819.773
9,21%
Países Baixos
8,04%
31,96%
-22,19%
0,09%
Em risco
Argentina
0,64%
20.677.350
-13,00%
Uruguai
-29,75%
11,92%
35,13%
58,16% Consolidado
Catar
22,16%
86.611.196
20,86%
Países Baixos
13,15%
24,85%
290,83%
5,21%
A consolidar
Emirados Árabes
19,34%
570.792.634
18,20%
Países Baixos
14,83%
24,34%
96,74%
5,10%
A consolidar
Estados Unidos
6,30%
1.886.827.777
6,25%
Itália
9,21%
17,37%
8,67%
1,89%
A consolidar
Filipinas
12,34%
693.797.612
12,11%
Nova Zelândia
12,96%
46,86%
209,42%
1,00%
A consolidar
Grécia
12,14%
1.164.525.515
12,14%
Alemanha
16,51%
35,93%
10,96%
0,00%
Em risco
Itália
9,01%
4.655.003.777
9,01%
Alemanha
6,40%
46,62%
246,78%
0,00%
A consolidar
Japão
11,96%
1.508.504.694
12,03%
Austrália
17,70%
31,85%
1,28%
0,47%
Em risco
Omã
27,51%
352.854.420
27,06%
Dinamarca
41,02%
29,53%
196,76%
1,75%
A consolidar
Países Baixos
6,87%
3.303.985.096
6,86%
Alemanha
9,88%
45,12%
35,53%
0,02%
A consolidar
Reino Unido
11,37%
4.037.168.809
11,39%
Irlanda
14,88%
25,84%
-18,41%
0,03%
Em risco
Senegal
21,44%
148.117.221
-388,62%
França
1,41%
25,00%
109,26%
16,69% A consolidar
Sudão
48,85%
103.361.738
44,61%
Nova Zelândia
86,01%
23,89%
228,97%
13,70% A consolidar
Venezuela
49,20%
999.424.982
38,10%
Nova Zelândia
33,94%
22,77%
185,31%
32,94% A consolidar
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
Contudo, apenas na Itália nossas vendas
apresentaram crescimento positivo no período
analisado, sendo 240,38% superior ao registrado
para o nosso principal concorrente naquele país, a
Alemanha. Este país, ainda, foi o maior exportador
do segmento no mundo naquele ano, com US$ 9,8
bilhões em exportações. O Brasil ocupou a 19ª
posição, com vendas externas de US$ 646,7
milhões em 2008.
Os dados informados na Tabela 15 indicam que o
consumo de leite e derivados em 2008 foi de US$
65 bilhões nos Estados Unidos.
O segundo
colocado, a Alemanha, consumiu US$ 41 bilhões a
menos, o equivalente a US$ 23 bilhões. Contudo, o
consumo per capita com leite, queijos e ovos em
2008 foi maior na Alemanha que nos Estados
Unidos, US$ 308,30 no primeiro e US$ 226,60 no
segundo.
TABELA 15: Gastos do consumidor com leite e derivados e barreiras tarifárias.
Consumo com
Consumo com
Tarifa
leite, queijos e
Tarifas
País
leite e Laticínios
Principal
ovos 2008 (US$
Brasil
2008 (US$ mn)
Concorrente
Per Capita)
Alemanha
23567,2
308,3 62,82%
0,00%
Argentina
4825,8
117,6 0,00%
15,30%
Catar
- 4,91%
4,91%
Emirados Árabes Unidos
349,8
235,3 4,91%
4,91%
Estados Unidos
65374,4
226,6 22,78%
22,91%
Filipinas
1449,4
35,4 3,07%
3,07%
Grécia
2829,3
589,7 62,82%
0,00%
Itália
19001,8
463,5 62,82%
0,00%
Japão
21225,7
149,7 127,25%
127,24%
Omã
- 4,91%
4,91%
Países Baixos
4664,6
316,5 62,82%
0,00%
Reino Unido
14938,8
306,7 62,82%
0,00%
Senegal
- 8,72%
8,72%
Sudão
- 36,95%
36,95%
Venezuela
2788,1
232,7 21,87%
0,00%
Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
Venezuela, Estados Unidos, Angola, Emirados Árabes Unidos e Senegal foram, em 2008, os cinco principais mercados de
destino das exportações brasileiras de leite e laticínios, respondendo por quase 70% do total de nossas vendas externas do
grupo de produtos. A Venezuela importou, em 2008, US$ 329 milhões. Os Estados Unidos, US$ 35,6 milhões. Emirados Árabes
Unidos e Senegal importaram US$ 29 milhões e US$ 24 milhões, respectivamente, naquele ano.
Alemanha, Itália e Reino Unido foram, em 2008, os principais compradores mundiais deste grupo de produtos, movimentando
US$ 16,4 bilhões de um mercado de US$ 58,3 bilhões. Ainda assim, consideravelmente inferiores aos valores registrados para a
Grécia e Itália, de US$ 589,70 e US$ 463,50, respectivamente.
Para todos os países europeus, ademais, a tarifa de exportação de produtos brasileiros é superior ao de nossos principais
concorrentes que se beneficiam da área de livre comércio da União Européia
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38
2.6.1.
ALEMANHA
Em se tratando de queijos, na Alemanha, percebe-se uma maior procura por produtos de conveniência, mais saudáveis
(orgânicos, sem lactose ou com menor percentual de gordura) e premium. As vendas de queijos em fatias representam a
principal tendência para todas as variedades. As categorias de maior crescimento em vendas em 2008 foram as de soft cheese e
queijos cremosos. A primeira destas beneficiou-se enormemente do aumento da demanda por queijo feta, camembert e
muçarela entre os consumidores alemães, bem como pela introdução de variedades com pouca gordura. Tiras de queijo e
produtos similares para lanches focados em crianças não estão disponíveis no mercado alemão.
Já as vendas de leite orgânico fresco e leite UHT orgânico cresceram significativamente em 2008. Na linha de leite
fresco/pasteurizado, as maiores vendas, em volume e valor, foram as de leite semi-desnatado. As vendas de leite de soja ainda
são relativamente pequenas na Alemanha. O leite sem lactose é mais popular haja vista ser mais apreciado pelo paladar
alemão. Leites micro filtrados, pasteurizados, e leites longa vida são as principais tendências de consumo no país. No grupo de
produtos de iogurtes, a busca por produtos mais saudáveis é a principal tendência. Os iogurtes probióticos lideram as vendas
de iogurtes em potes. As vendas de outros iogurtes funcionais também tiveram bom desempenho em 2008. Os iogurtes a base
de soja é um nicho de potencial crescimento. Existe, ainda, grande interesse por iogurtes com sabores mais exóticos contendo
frutas diferentes bem como a base de café ou cappuccino.
2.6.2.
ARGENTINA
Devido o estilo de vida mais agitado, os consumidores argentinos têm consumido queijo como substituto às refeições, em
14
sanduíches de queijo e picadas , o que levou ao crescimento desse consumo. Queijos processados apresentaram o maior
crescimento em valor de vendas em 2008, com especial destaque para o cream cheese, tradicionalmente consumido na
Argentina e visto como mais saudável. Queijo reconstituído e produtos flavorizados têm ganhado mercado como opção mais
saborosa. Queijos cremosos são oferecidos somente em pacotes retangulares.
Bebidas lácteas com sucos de frutas apresentaram crescimento no valor de vendas em 2008 principalmente devido ao
aumento de seu consumo entre adolescentes e entre crianças por serem consideradas uma alternativa mais saudável que as
bebidas achocolatadas. As bebidas de soja são também percebidas como saudáveis. O leite orgânico ainda precisa ser
introduzido embora haja grande potencial de produção no país. A tendência por alimentação saudável tem aumentado as
vendas de iogurtes entre os adolescentes argentinos. Bebidas probióticas apresentaram o maior crescimento em valor de
vendas em 2008. Não há iogurtes à base de soja disponíveis no mercado argentino. Os consumidores preferem sabores
tradicionais, como morango, pêssego ou abacaxi e frutas vermelhas, para os iogurtes de potes com pedaços, e morango,
baunilha e pêssego para os de sabores. Os produtos funcionais são geralmente consumidos por mulheres jovens e de meiaidade. Produtos com frutas ou com sabores são consumidos preferencialmente por crianças, enquanto os prontos para beber
são consumidos por adolescentes e homens.
2.6.3.
ESTADOS UNIDOS
Nos Estados Unidos, a demanda por queijos gourmet permanece forte. Há grande interesse por variedades diferentes de
queijos além do queijo processado, como os orgânicos e os de baixa caloria. A demanda por queijos não processados deve
conduzir o crescimento do grupo de produtos nos próximos anos. A linha de queijos com maior crescimento, em valor e
volume, é a de soft cheeses, composta principalmente por queijo muçarela desfiado cujo consumo se beneficiou da
popularidade da cozinha italiana. Também a procura por queijos hispânicos, como queso fresco, panela, queso Blanco, asadero
e cotija tem crescido em virtude do aumento desta comunidade nos EUA e por um interesse maior pela comida latina, em
especial pela mexicana. A linha de cream cheese foi responsável por aproximadamente 85% do valor de vendas de queijos
cremosos em 2008. A popularidade dos sanduíches é responsável pela forte presença de queijos em fatias entre os queijos
cremosos. Os queijos a base de soja representam um nicho de mercado para consumidores veganos.
Em se tratando se bebidas lácteas, o leite semi-desnatado é o de maior popularidade entre os consumidores estadunidenses.
Nos Estados Unidos, a maior parte do leite flavorizado é no sabor chocolate em oposição ao sabor de frutas. As bebidas lácteas
refrigeradas dominam o grupo de produtos. As vendas de bebidas a base de soja continuam a crescer, bem como as de leite de
14
Picadas: prato argentino tradicional com mistura de carnes frias, salgadinhos e queijo.
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39
cabra. Há, ainda, crescimento nas vendas de leite orgânico e de leite sem hormônios. Na linha de iogurtes, o crescimento é
orientado por novos lançamentos, como as variedades funcionais para as pessoas de mais idade. Os iogurtes probióticos
tiveram grande crescimento em 2008. Aqueles a base de soja ainda estão restritos a nichos específicos de mercado. Sabores
diferentes estão sendo introduzidos no mercado muito embora os estadunidenses ainda prefiram sabores de frutas vermelhas
em seus iogurtes, com morango, e mirtilo liderando a preferência entre os sabores de frutas. Dentre os demais sabores, o
iogurte de baunilha é o principal.
2.6.4.
FILIPINAS
Os queijos têm pouca penetração no mercado filipino. Em 2008, a categoria mais dinâmica foi a de queijos cremosos. As vendas
são focadas principalmente em crianças, principais consumidores desta linha de produtos no país. Daí a preponderância de
produtos enriquecidos com vitaminas ou fortificados. Entre as bebidas lácteas, as vendas das variedades prontas de leite são
focadas no público adulto haja vista a preponderância das versões em pó para as crianças. A tendência por produtos mais
saudáveis nas Filipinas tem impulsionado o crescimento das vendas de produtos livres de gordura, principalmente ente as
camadas mais velhas da população. As vendas de iogurtes também vêm se beneficiando desta orientação. As variedades com
sabores de frutas, como kiwi, morango, frutas vermelhas e mix de frutas, mantêm-se muito populares enquanto outras, como a
manga, vêm conquistando o consumidor. Outros sabores mais exóticos ainda não estão presentes no mercado filipino. Cabe
ressaltar que grande parte das bebidas a base de soja consumidas no país é importada. Os iogurtes a base de soja ainda
representam uma parcela ínfima das vendas totais da categoria.
2.6.5.
GRÉCIA
Na Grécia, a categoria de soft cheese deve continuar a crescer no biênio 2009-10. A oferta de queijos mais saudáveis ainda
representa um nicho e produtos funcionais ou fortificados bem como os com pouca lactose ainda não estão disponíveis no
mercado. Em se tratando de bebidas, a grande maioria das lácteas destina-se ao consumo adulto. As bebidas de soja,
consumidas principalmente por mulheres jovens, ainda representam uma pequena porção das vendas totais de bebidas
lácteas. O mesmo pode ser dito para o leite orgânico, restrito a um pequeno nicho de mercado, mas com grande potencial de
crescimento. Na linha de iogurtes, as variedades ‘prontas para beber’ apresentaram o maior crescimento de vendas em 2008,
uma vez que ainda se tratam de novidade na Grécia. Embora esta linha de produtos ainda seja dominada pelas variedades de
potes a tendência de crescimento das categorias ‘pronta para beber’, funcionais e probióticos devem permanecer haja vista o
maior interesse de mulheres jovens e de meia idade por produtos mais saudáveis. Os sabores preferidos entre os consumidores
gregos são morango, pêssego e abacaxi conquanto os iogurtes de frutas misturadas e as combinações de grãos estejam
conquistando mercado.
2.6.6.
ITÁLIA
As vendas de queijo na Itália nos próximos anos devem ser impulsionadas por produtos que apresentem maior conveniência,
qualidade e que sejam mais saudáveis. Em vista disso, as embalagens menores e os formatos individuais têm sido amplamente
procurados. Ademais, constatou-se, em 2008, crescente demanda por produtos locais, tidos como de melhor qualidade e de
maior frescor, pelos quais os consumidores estariam dispostos a pagar um valor maior do que aquele pago nos queijos
tradicionais. O cream cheese respondeu por 55% do valor das vendas de queijos cremosos em 2008. Na Itália, as variedades de
queijos não processados estão disponíveis em fatias apenas.
Em relação às bebidas lácteas, a demanda por leites especiais impulsionou as vendas de produtos funcionais e sem lactose
enquanto as variedades tradicionais, como os leites longa vida/UHT e frescos, apresentaram contração. Tendência dos
consumidores preferirem os leites micro-filtrados. O leite de cabra apresentou o melhor desempenho em vendas nesta
categoria de produtos em 2008, seguido pelos leites à base de soja. Os leites orgânicos ainda são pouco consumidos e
difundidos no país. Por sua vez, a linha de iogurtes beneficiou-se do maior interesse por alimentos mais nutritivos e as vendas
de iogurtes pro/prebiótico, de baixo colesterol e de outros funcionais cresceram no último ano. Os iogurtes a base de soja
ainda representam um pequeno nicho no mercado italiano conquanto apresentem singular expansão. O sabor de iogurte
preferido pelos italianos é o de morango, seguido por outros sabores tradicionais, como banana, frutas silvestres, abacaxi e
pêssego.
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40
2.6.7.
JAPÃO
O mercado para queijos no Japão ainda é muito recente. Em média, os japoneses consomem apenas um décimo da quantidade
de queijo consumida pela maioria dos países ocidentais. Por isso, a taxa de crescimento de todos os tipos de queijo teve média
de 7-8% em 2008, com destaque para os cream cheeses. Cerca de 80% do queijo consumido no Japão é importado e aquelas
variedades premium, especialmente as européias, são vistas como sofisticadas e, portanto, muito desejadas.
As bebidas lácteas, outrossim, vem enfrentando concorrência de outras bebidas vistas como mais saudáveis. Dentro desta linha
de produtos, o leite a base de soja é tido como uma alternativa saudável ao tradicional. O leite fresco é preferido aos UHT e ao
leite micro-filtrados. Já os leites flavorizados tem tido enorme sucesso junto às crianças. As vendas de iogurte, por sua vez,
tiveram crescimento em 2008. Os iogurtes de potes têm conquistado mercado haja vista o tamanho de suas embalagens e a
conveniência que proporcionam. O sabor de mirtilo é o preferido entre os consumidores japoneses, embora o sabor de manga
esteja tornando-se popular. Populares também estão tornando-se os iogurtes funcionais. Os iogurtes a base de soja ainda são
pouco difundidos no Japão.
2.6.8.
OMÃ
15
No mercado omani de queijos destacam-se três variedades principais: os queijos processados, os queijos brancos e os queijos
curados naturalmente. Contudo, os queijos processados representam 81% das vendas totais, dada a existência de uma grande
parcela de população jovem para os quais esta variedade de queijo é uma excelente opção de lanche.
A participação das importações no mercado de leite e laticínios em Omã é expressiva. Quase 50% do leite consumido no país
vêm do exterior. O consumo de leite vem crescendo a uma média de 12% ao ano atingindo, em 2005, 39 milhões de litros e
devendo alcançar 52,9 milhões de litros em 2010. Muito embora o consumo per capita da bebida ainda seja inferior ao padrão
de outros países da região, atingiu 16,1 litros em 2005, contra os 10,5 litros de 2001. Durante os próximos anos, as vendas de
leite longa vida devem crescer em ritmo mais acelerado do que as de leite pasteurizado. Para esta última categoria, a previsão
é que 40% das vendas em 2010 sejam daquele leite pasteurizado comercializado em embalagens pet. Por outro lado, as vendas
de leite em pó vêm diminuindo em virtude do aumento da demanda por produtos de maior conveniência e prontos para beber.
Em se tratando de iogurtes, o mercado de Omã é constituído basicamente da variedade sem sabor. Estes responderam por
cerca de 97% das vendas do varejo em 2005. Os iogurtes naturais são um importante componente da dieta de árabes e
indianos, consumidos durante todo o dia. Os iogurtes de frutas continuam sendo a linha de produtos mais vendida embora
venha perdendo mercado para outras sobremesas lácteas. As estimativas apontam para um crescimento de 5% ao ano nas
vendas da categoria para os próximos anos.
2.6.9.
PAÍSES BAIXOS
Na Holanda, nota-se forte tendência por produtos de maior conveniência, mais saudáveis, mais sofisticados e premium. Os
queijos de baixa caloria foram os mais vendidos em 2008. Brie e camembert são os principais tipos de soft cheeses que estão
tornando-se bastante populares, especialmente entre os consumidores mais jovens. Contudo os hard cheeses (como o gouda)
ainda permanecem como os mais vendidos.
Na linha de bebidas lácteas, as bebidas à base de soja apresentaram grande dinamismo durante o ano de 2008. As bebidas
orientadas para adultos correspondem a 100% das vendas na Holanda, enquanto as bebidas para crianças ainda tem pouco
apelo. Os consumidores holandeses preferem o leite fresco ao invés do leite UHT. As vendas de leite orgânico e leite de cabra
ainda representam um nicho de mercado na Holanda. Em se tratando de iogurtes, aqueles flavorizados e pré/probióticos
lideraram as vendas em 2008 e devem continuar a crescer nos próximos amos. Iogurtes mais tradicionais, como o natural, são
consumidos principalmente por pessoas mais velhas, enquanto os consumidores mais jovens são mais atraídos para iogurtes
‘prontos para beber’ e funcionais. Embora as vendas de iogurte de soja ainda sejam pequenas, esta linha registrou um
significativo crescimento no valor de vendas em 2008.
15
GCC Dairy Products 2006. Disponível em <http:// www.imesconsulting.com>. Acessado em 16 set, 2009.
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41
2.6.10. REINO UNIDO
O interesse dos consumidores pela proveniência e pela forma de produção dos alimentos que consomem aumentou a
demanda por hard cheeses regionais, embora as vendas de queijo cheddar ainda respondam por mais da metade do consumo
de queijos no Reino Unido. Crescem também as vendas de queijos vendidos em embalagens menores refletindo a maior
procura por produtos de conveniência. A tendência é que uma maior preocupação com a saúde irá acarretar uma diminuição
do consumo per capita do produto nos próximos anos. Em se tratando de bebidas lácteas, a linha mais dinâmica em 2008 foi a
de leite longa vida/UHT. Os leites orgânicos devem apresentar crescente demanda também. O consumo per capita de iogurtes
no Reino Unido, ademais, ainda está muito aquém da média dos demais países europeus. Por isso, o potencial de crescimento
deste grupo de produtos é considerável, principalmente em se tratando de produtos com maior apelo à saúde.
2.6.11. VENEZUELA
Em 2008, o governo venezuelano decidiu regulamentar o comércio de queijos. Para tanto, aumentou significamente os preços
de vários tipos de queijos diminuindo sua oferta mediante restrições às importações. A preferência entre os consumidores
venezuelanos pelo queijo fresco e soft é evidente na categoria de queijos cremosos. Em termos de queijos não processados,
aqueles vendidos em fatias são os mais vendidos uma vez que são usados como recheios para sanduíches e arepas (panquecas
de milho frito ou cozido). A tendência por queijos mais saudáveis ainda não é determinante na Venezuela. Ao mesmo tempo, o
consumo per capita do produto deverá crescer acima das taxas de crescimento demográfico, como resultado de melhores
condições econômicas entre a população de baixa renda.
Entre as bebidas lácteas, os regulamentos do governo também criaram distorções e prejudicaram o crescimento das vendas no
varejo. Tradicionalmente o leite longa-vida/UHT é considerado um produto de luxo, comprado principalmente por
consumidores de alta renda, usualmente pouco afetado por oscilações no preço. A participação desta linha no consumo total
do país é de apenas 5% enquanto os leites fresco/pasteurizado detêm 21% da participação de mercado. As bebidas de soja, por
outro lado, são pouco consumidas na Venezuela. Contudo, seu crescimento pode ser beneficiado pela ausência de
regulamentação para esta linha e as constantes ameaças de desabastecimento das bebidas lácteas tradicionais. Os iogurtes
‘prontos para beber’ e em potes, por outro lado, apresentaram bom desempenho em 2008. Ainda não existe mercado para
aqueles iogurtes feitos a base de soja. Os sabores tradicionais de iogurtes são os mais comuns, como morango, pêssego,
abacaxi, ameixa e frutas misturadas. Lançamentos recentes têm tentado atender a nichos específicos nos quais a saúde e o
bem estar são preocupações importantes.
2.7.
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
No grupo de produtos de Pães, Massas e Biscoitos foram identificados os seguintes países para os quais, além de informações
econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o setor: África do Sul, Alemanha, Bélgica, China,
Colômbia, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Irlanda, Japão, Mauritânia, México, Países Baixos, Rússia, Ucrânia e Venezuela.
As exportações brasileiras em 2008 para esse grupo de produtos foi de US$ 339,3 milhões, com um crescimento médio de
39,8% ao ano desde 2003. Os principais destinos das exportações no último ano foram Venezuela, Angola, Paraguai, Estados
Unidos e Argentina. Ente os países selecionados, os maiores importadores são Estados Unidos e Alemanha, seguidos de Bélgica,
Países Baixos e Japão. A participação brasileira é inferior a 10% em quase todos os países com exceção da Venezuela. O
crescimento das exportações brasileiras chega a 630% para a Irlanda, sendo que para esse país o Brasil exporta desde 2006,
280% para Filipinas, e 200% para Venezuela. As exportações brasileiras apresentaram crescimento superior ao dos demais
concorrentes na maioria dos casos, para o período de 2003 a 2008.
Os maiores mercados em valor de vendas para produtos de panificação são Estados Unidos, Japão e México; já para os
biscoitos são Estados Unidos, Japão e China; e para massas são Estados Unidos, Alemanha e Venezuela. O consumo per capita
para os produtos de panificação é maior na Bélgica, Países Baixos e Alemanha; para biscoitos são Bélgica, Irlanda e Países
Baixos, e massas são Venezuela, Bélgica e Alemanha. As tarifas brasileiras para o grupo de produtos massas, pães e biscoitos é
a mesma que a aplicada para o principal concorrente em diversos casos.
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42
TABELA 16: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Massas, pães e biscoitos
Crescimento
Crescimento
Importações do Importações
Crescimento Participação
das
das
Participação
mercado-alvo do mercadoPrincipal
Principal
do Principal
País
Importações
Exportações
Brasileira Classificação
(crescimento alvo em 2008
Concorrente Concorrente Concorrente
dos
Brasileiras
2008
2003-08)
(US$)
(2003-2008)
(2008)
Concorrentes
(2003-2008)
África do Sul
23,87%
115.159.410
21,95%
Itália
16,95%
12,20%
80,57%
8,76%
A consolidar
Alemanha
10,58%
3.231.381.082
10,58%
Itália
12,76%
24,87%
88,42%
0,00%
A consolidar
Bélgica
11,50%
1.735.570.133
11,50%
França
12,06%
34,04%
49,05%
0,01%
A consolidar
China
37,06%
716.919.589
37,06%
Cingapura
46,15%
24,71%
46,91%
0,03%
A consolidar
Colômbia
18,14%
118.243.818
18,43%
México
34,17%
22,73%
12,83%
4,47%
Em risco
Equador
18,13%
87.837.129
18,18%
Peru
22,00%
28,97%
17,34%
5,62%
Em risco
Estados Unidos
9,72%
4.033.417.484
9,77%
Canadá
8,35%
49,19%
-1,16%
0,32%
Em risco
Filipinas
15,82%
204.871.590
15,54%
Irlanda
140,26%
30,73%
279,76%
1,22%
A consolidar
Irlanda
16,30%
911.646.275
16,30%
Reino Unido
14,31%
80,14%
630,13%
0,01%
A consolidar
Japão
6,38%
1.191.497.682
6,44%
China
4,28%
17,95%
-5,30%
0,34%
Em risco
Mauritânia
28,31%
34.834.352
27,39%
França
22,59%
34,48%
55,42%
5,61%
A consolidar
México
4,49%
544.608.840
4,47%
Estados Unidos
3,61%
53,36%
9,70%
0,38%
A consolidar
Países Baixos
10,31%
1.424.446.126
10,31%
Bélgica
8,87%
31,94%
17,36%
0,01%
A consolidar
Rússia
29,91%
604.202.011
29,58%
Alemanha
35,17%
14,01%
71,61%
1,66%
A consolidar
Ucrânia
43,01%
153.443.850
42,97%
Rússia
32,57%
50,27%
120,01%
0,11%
A consolidar
Venezuela
58,57%
332.446.669
39,48%
Argentina
118,95%
34,48%
199,78%
48,39% A consolidar
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
TABELA 17: Gastos do consumidor com produtos de panificação, biscoitos e massas e barreiras tarifárias.
Consumo com
Consumo com
produtos de
produtos de
panificação 2008 panificação 2008
(US$ mn)*
(US$ Per Capita)*
África do Sul
1509,0
30,9
Alemanha
19226,1
233,8
Bélgica
3596,3
338,7
China
10036,9
7,6
Colômbia
1853,4
39,2
Equador
549,5
40,8
Estados Unidos
44539,8
146,3
Filipinas
612,2
6,8
Irlanda
931,4
212,7
Japão
22904,9
179,4
Mauritânia
México
22763,4
211,2
Países Baixos
3842,4
234,5
Rússia
8871,0
62,7
Ucrânia
944,4
20,4
Venezuela
956,9
34,4
País
Consumo com
biscoitos 2008
(US$ mn)*
227,7
2145,6
783,4
4060,6
425,7
131,1
10913,5
425,7
272,2
4123,2
1772,6
1013,2
1879
779,1
786,2
Consumo com
biscoitos 2008
(US$ Per Capita)*
4,7
26,1
73,8
3,1
9,0
9,7
35,8
4,7
62,2
32,3
16,4
61,8
13,3
16,9
28,3
Consumo com
massas 2008
(US$ mn)*
94,5
1589,8
229,5
4,6
197,1
40,7
3118,0
112,0
46,6
880,8
656,5
180,3
1204,0
121,7
1424,7
Consumo com
massas 2008
(US$ Per
Capita)*
1,9
19,3
21,6
0,0
4,2
3,0
10,2
1,2
10,6
6,9
6,1
11,0
8,5
2,6
51,2
Tarifas
Brasil
Tarifa
Principal
Concorrente
21,37%
20,49%
20,49%
17,18%
9,97%
15,91%
4,48%
11,27%
20,49%
30,90%
15,76%
10,10%
20,49%
13,27%
9,41%
12,02%
5,96%
0,00%
0,00%
9,70%
14,99%
0,00%
3,47%
11,27%
0,00%
30,90%
15,76%
0,00%
0,00%
13,27%
0,00%
12,17%
Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
Produtos de panificação: pães, produtos de pastelaria e bolos
* Valores indicativos de vendas no varejo.
2.7.1.
ÁFRICA DO SUL
O grupo de produtos de pães, massas e biscoitos apresentou crescimento considerável no biênio 2007-08 na África do Sul.
Uma maior preocupação com a saúde vem aumentando a demanda por produtos de maior valor nutricional, como aqueles
com baixo teor de açúcar, orgânicos ou com ingredientes funcionais. Esta tendência deve expandir-se principalmente entre os
consumidores de renda mais elevada. Contudo, o consumo dos produtos tradicionais permanecerá elevado. O grupo de
produtos de pães embalados vem conquistando popularidade entre os consumidores sul-africanos, muito embora as vendas de
pães, bolos e massas frescas demonstrem maior volume de vendas. As marcas de biscoitos premium, tais como biscoitos
recobertos de chocolate ou recheados, crescem entre os consumidores de mais alta renda enquanto entre os consumidores de
renda mais baixa, as vendas de biscoitos sem recheio, salgadinhos e crackers continuam a crescer. As massas em formatos
diferentes, por sua vez, vêm apresentando crescimento significativo de vendas haja vista serem consideradas ótima fonte de
carboidratos pelos consumidores sul-africanos.
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2.7.2.
ALEMANHA
Um maior interesse entre os consumidores por saúde e bem estar são a principal tendência em se tratando de produtos de
panificação na Alemanha. Produtos mais caros, premium, nortearam o crescimento em valor das vendas do grupo de produtos
em 2008. Constatou-se, ademais, aumento na demanda por torradas e pães integrais, tais como os de centeio. As porções
menores, mais convenientes, devem nortear a produção da linha de pães, bolos e massas. As massas de croissants, consumidos
no café da manhã, representam o produto de maior consumo da linha de pastelaria. De forma geral, a tendência é de
diminuição do valor das vendas dos produtos de panificação em razão da preferência do consumidor por alimentos mais
saudáveis, o que os afasta de algumas destas categorias de produtos.
2.7.3.
BÉLGICA
Os belgas consomem biscoitos finos em maior quantidade que qualquer outro país europeu e esta preferência pode indicar que
esta linha de produtos está chegando a saturação. Em se tratando de biscoitos, ademais, ao invés do aumento da demanda por
16
produtos de maior valor nutritivo, percebe-se que o self-indugence e para eventos sociais deverão orientar as vendas nos
próximos anos.
Nas linhas de pães e massas, contudo, o interesse por produtos mais saudáveis é latente. Nas massas, esta tendência tem
levado a introdução de um grande número de marcas saudáveis como aquelas com 100% de ingredientes naturais, integrais e
adicionadas de vitaminas muito embora o grosso das vendas ainda se concentre na linha de massas secas, dado o preço que os
consumidores estão dispostos a pagar por este produto. Os pães embalados industrialmente demonstraram o maior
crescimento em vendas em 2008 dado o sucesso das torradas em estilo estadunidense, muito usado pelos belgas em
sanduiches e “tartines” (sanduíches abertos). As porções fracionadas de bolos são mais vendidas que as múltiplas. Em geral,
produtos vendidos em porções menores vêm se beneficiando da tendência por conveniência entre os belgas. Os bolos
artesanais tendem a perder espaço para os industrializados haja vista sua perecibilidade e os baixos lucros de suas vendas. A
linha de pastelaria é liderada por produtos tradicionais locais ou de origem francesa como os croissants, pães com chocolate,
couques au beurre (pão amanteigado) e chaussons aux abricots (pastel de damasco).
2.7.4.
CHINA
Nos últimos anos, constatou-se aumento significativo do número de padarias na China. Este crescimento está diretamente
relacionado às mudanças nos hábitos alimentares chineses, em especial ao aumento da demanda de consumidores jovens dos
mercados urbanos por pães para as refeições matinais. Percebe-se, ademais, nos grandes centros, aumento da preferência dos
consumidores por produtos ocidentais. Tendência esta não replicada nas cidades menores. Houve, em 2008, considerável
crescimento na demanda por porções individuais de bolos, embora as porções tradicionais ainda sejam a principal forma de
venda do produto.
No último ano, ainda, a linha de biscoitos de chocolate, como os recheados e com cobertura, ganhou popularidade
principalmente entre os consumidores mais jovens. O mesmo vale para os biscoitos feitos a base de leite. Existe tendência de
crescimento para as linhas de petiscos, recheados, salgadinhos e crackers. Embora o consumidor médio não exija biscoitos
tidos como saudáveis, aqueles fortificados com cálcio e vitamina ou digestivos estão tornando-se muito populares.
Em relação às massas, essas têm pequeno volume de vendas, fazendo com que somente as massas secas estejam disponíveis
no mercado chinês uma vez que seus prazos de validade são superiores aos de outras variedades. Os principais consumidores
destas massas são estrangeiros ou chineses que viveram no exterior, com um maior nível de renda e, por isso, menos sensíveis
aos preços praticados sobre o produto.
2.7.5.
COLÔMBIA
O consumo de produtos de panificação é comum na dieta colombiana, principalmente daqueles itens ingeridos durante as
refeições matinais. Nota-se, entretanto, diminuição deste consumo entre as classes de maior nível de renda em função de uma
maior preocupação com a saúde. As camadas mais jovens da população têm, também, preferido produtos que mantenham ou
16
Self-indulgence: produto comprado para satisfazer desejo de consumo.
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melhorem a aparência física. De forma semelhante, uma maior preferência por produtos integrais e orgânicos tem influenciado
o grupo de produtos de biscoitos. Salgadinhos e crackers deverão apresentar crescimento durante este ano. Por sua vez, no
grupo de produtos de massas, cabe ressaltar que a Colômbia é um dos países com a menor taxa de consumo de massas no
mundo. Neste contexto, existe enorme interesse da indústria em aumentar o consumo interno, com lançamentos progressivos
de novos produtos. As massas secas representam a linha de produtos de maior dinamismo, sendo direcionada para
consumidores de todos os níveis de renda.
2.7.6.
ESTADOS UNIDOS
Os donuts continuam sendo um alimento muito consumido no café da manhã dos consumidores estadunidenses. Num
momento em que estes consumidores estão mais conscientes sobre a importância de uma alimentação adequada para uma
qualidade de vida melhor, a desaceleração econômica pode trazer retração na demanda por estes tipos de produto, muito
embora algumas linhas neste grupo de produtos possam ainda apresentar crescimento, como o de massas sem glúten.
Também no grupo de produtos de biscoitos, nota-se a orientação por variedades mais saudáveis. Neste sentido, os salgadinhos
tiveram aumento em valor de vendas em 2008, pois tendem a ser percebidos como opções mais saudáveis que os biscoitos
doces. Assim também tiveram os premium crackers comercializados em diversos sabores, como pimenta, azeite de oliva, alho,
alecrim, etc. As massas fortificadas, orgânicas e integrais tem ganhado popularidade e orientado novos lançamentos.
2.7.7.
FILIPINAS
Em 2008, dada a recessão econômica, a demanda por produtos de panificação apresentou contração nas Filipinas embora a
população do país tenha crescido. Isto se deve ao fato de o pão, foco da produção no grupo de produtos, ser concorrente
direto do arroz, alimento básico da dieta filipina. Para alavancar as vendas, a indústria tem investido em lançamentos mais
nutritivos, adicionados de vitaminas e minerais. Além disso, as mudanças no estilo de vida dos consumidores filipinos têm
levado a um considerável incremento na demanda por produtos vendidos em embalagens diferenciadas (menores) e mais
saudáveis.
Na linha de biscoitos, a grande maioria dos consumidores, entretanto, ainda prefere os açucarados e salgados ou as suas
variedades mais baratas, embora se note aumento da demanda por biscoitos com sabor. Em se tratando de massas, o
espaguete e o macarroni (parafuso, penne...) ainda são as variedades preferidas pelos filipinos. Contudo, esses consumidores
tendem a experimentar outros tipos de massas, somo lasanha, fettucini, cabelo de anjo e zitti, que tem apresentado sinais de
crescimento. As massas secas ainda são as mais vendidas no mercado filipino.
2.7.8.
IRLANDA
O consumo de alimentos tidos como saudáveis, étnicos e especiais tem apresentado crescimento de demanda na Irlanda,
principalmente dentro da linha de pães. Este primeiro grupo é responsável pela crescente popularidade do pão integral.
Ademais, nota-se crescente procura por pães adicionados de fibras. Bolos fracionados tiveram desempenho de vendas superior
àqueles vendidos inteiros. O interesse do consumidor por produtos naturais e saudáveis também afetará as vendas de
biscoitos. Espera-se que neste ano, as vendas estejam praticamente estagnadas. As linhas mais dinâmicas nesse período serão
as dos biscoitos revestidos de chocolate, salgadinhos e crackers. No grupo de produtos de massas, as vendas de massas frescas
devem continuar crescendo. A introdução de novos sabores de molhos terá impacto positivo nas vendas de macarrão neste
ano.
2.7.9.
JAPÃO
Os consumidores japoneses têm prestado maior atenção à origem dos ingredientes que compõem os alimentos que
consomem. Esta tendência também perpassa a indústria de panificação. Como resultado, os produtos orgânicos e sem aditivos
apresentam grande potencial de crescimento. Na linha de biscoitos, muito embora a taxa de natalidade venha diminuindo no
país, o foco na venda deste tipo de produto deve continuar sendo o mercado infantil. O desafio será criar novos produtos para
atrair estes jovens consumidores para quem o sabor não é o único critério de escolha. Quanto ao mercado japonês de massas,
cabe ressaltar sua intensa competitividade. As vendas de massas frescas e resfriadas cresceram haja vista o interesse japonês
por produtos mais frescos embora ainda sejam pequenas quando comparadas as vendas de massas secas. Os consumidores
japoneses têm mostrado interesse por produtos mais saudáveis, valorizando as massas integrais e orgânicas.
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2.7.10. MÉXICO
Os produtos de panificação estão presentes na dieta de quase todos os mexicanos. Os pães brancos detêm 37% de participação
de mercado da linha de pães industrializados embora os pães integrais venham crescendo rapidamente, já detendo 25% do
mercado. Já os pães torrados vêm perdendo participação em decorrência do preço. As linhas de pães contendo linhaça, aveia,
centeio e outros tipos de grãos vêm crescendo em função de um maior interesse por produtos mais saudáveis. O produto de
panificação orgânico, entretanto, ainda tem pouca penetração no mercado. Bolos cobertos com frutas exóticas, como kiwi,
cheesecakes, chocolate escuro e bolos de trufas podem ser agora, facilmente encontrados em porções individuais ou inteiros.
Crianças e adolescentes são os principais consumidores nessa linha de produtos.
No grupo de produtos de biscoitos, o aumento dos casos de diabetes e de obesidade em crianças e adultos está levando muitos
consumidores a trocar biscoitos por alimentos mais saudáveis (barras de cereais). A indústria de biscoitos poderia se beneficiar
desta tendência que deverá nortear o consumo no futuro. Biscoitos sem recheio lideram a preferência das famílias mexicanas
devido ao seu baixo preço. Os biscoitos doces são os preferidos das crianças. Pesquisas informam que produtos com
brinquedos, adesivos ou hologramas tendem a atrair este grupo de produtos de consumidores. No geral, a segmentação de
mercado deverá nortear as vendas no México. Em se tratando de massas, as frescas/resfriadas representam um nicho de
mercado entre os consumidores de mais alta renda. A popularidade dos restaurantes de comida italiana no país tem levado a
um aumento de vendas deste tipo de massa. Por outro lado, as massas secas vêm enfrentando forte concorrência das sopas
desidratadas contendo macarrão e das refeições prontas.
2.7.11. PAÍSES BAIXOS
Percebe-se maior interesse do consumidor holandês por produtos de panificação de melhor qualidade, mais sofisticados e,
portanto, mais caros. Os pães frescos vendidos nas padarias lideram as vendas enquanto na linha dos industriais, os pães préprontos, destinados a serem assados em casa, lideram o mercado. As vendas de bolos continuam a ser orientadas por produtos
de conveniência. Entre os produtos de pastelaria, os pães de café ou applevlaps (rodelas de maçã) são os mais populares entre
os consumidores holandeses.
Em se tratando de biscoitos, a Holanda apresenta um dos mais altos consumos per capita do mundo neste grupo de produtos
haja vista uma longa tradição no consumo destes com café, no chá ou entre as refeições. A demanda deve orientar-se ao
balanceamento entre produtos mais saudáveis, acrescidos de vitaminas, fibras e integrais. As vendas de massas, por sua vez,
mostram tendência para orientar-se a produtos italianos de melhor qualidade. As vendas de massas frescas e resfriadas
continuam a apresentar crescimento entre os consumidores holandeses. As massas integrais, adicionadas de fibras, estão
presentes no mercado há décadas, mas continuam restritas a nichos específicos de mercado.
2.7.12. RÚSSIA
O crescente aumento do nível de renda entre os consumidores russos tem aumentado a procura por produtos de panificação
premium nos grandes centros urbanos (Moscou, São Petesburgo e outros). Na linha de pães, a preferência do consumidor é
crescente pelos pães integrais e pelos de centeio, dado o interesse por alimentos mais nutritivos. Verifica-se queda no
consumo de pão branco nas vendas totais. A participação de pães orgânicos ainda é pequena. Na linha de bolos, o crescimento
é impulsionado pela popularidade dos waffles entre os consumidores russos, principalmente aqueles vendidos em pequenas
embalagens. Na linha de biscoitos, a preferência dos consumidores é por biscoitos com cobertura de chocolate. Há procura por
biscoitos importados, mais caros, com novos sabores e embalagens diferentes das domésticas.
A tendência por produtos saudáveis está presente nos novos lançamentos traduzidos em produtos com baixas calorias, com
substituição da gordura trans e do açúcar por frutose e ingredientes com pouca gordura. As massas secas, por sua vez,
lideraram as vendas no grupo de produtos de massas em 2008. As tentativas de introdução de massas frescas ou refrigeradas
obtiveram impacto insignificante nas vendas totais do grupo de produtos.
2.7.13. UCRÂNIA
As recentes mudanças na sociedade ucraniana ocasionaram mudanças nos gostos dos consumidores, incidindo em um
incremento na preferência por variedades mais sofisticadas de produtos de panificação. Embora haja crescente demanda por
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pães embalados, as variedades tradicionais frescas permanecem fortes no mercado. O pão Baton e o pão ucraniano respondem
por 65% das vendas. Contudo, estes tipos tradicionais de pães estão sendo substituídos por outras variedades, como o pão
Chumatsky. A demanda por produtos em porções fracionadas cresce em função da diminuição do tamanho das famílias e de
mudanças no estilo de vida ucraniano. O interesse por produtos mais saudáveis e que traduzam bem-estar irá aumentar a
demanda por alimentos mais nutritivos. No grupo de produtos de biscoitos, inovações nas embalagens e novas receitas irão
conduzir a indústria. A demanda cresce por aqueles de chocolate e por aqueles que ofereçam alguma conveniência, como
embalagens menores. As massas secas foram a única linha de massas presentes no mercado ucraniano em 2008. Os
consumidores começam a buscar produtos Premium e importados, principalmente massas italianas. Curiosamente, os
consumidores preferem comprar massas não embaladas, embora haja tendência de diminuição de sua participação.
2.7.14. VENEZUELA
Na Venezuela, o controle de preços praticado pelo governo tem afetado a indústria de produtos de panificação no país. Um
grande número de padarias vem diminuindo a variedade de produtos que oferece em benefício daqueles que lhes dão maior
retorno. A queda do poder de compra do consumidor tem levado a substituição de produtos de confeitaria por bolos e
pastelaria considerados como alimentos e não guloseimas. Neste sentido, a preocupação com a saúde aumentou as vendas de
pães de trigo integrais embora esta tendência ainda não atinja a massa do mercado. No país, o mercado informal representa
cerca de 50% da economia venezuelana e as empresas que desejam vender ali devem atentar para este fato e buscar atingir os
consumidores por meio deste canal de distribuição. Os biscoitos são um produto ideal para este tipo de estratégia de
penetração. A indústria aposta no desenvolvimento de produtos (biscoitos) direcionados aos consumidores de mais baixa
renda. A tendência por produtos mais saudáveis ainda não teve impacto neste grupo de produtos. Por sua vez, as massas secas
dominam o grupo de produtos na Venezuela. As massas resfriadas ou frescas têm introdução recente e não são conhecidas
pelos consumidores.
2.8.
SUCOS
Para o grupo de produtos de Sucos foram identificados os seguintes países para os quais, além de informações econômicocomerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Alemanha, Austrália, Bélgica, China,
Dinamarca, Estados Unidos, França, Grécia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Países Baixos, Reino Unido, Suécia e Suíça.
TABELA 18: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Sucos.
Importações
Crescimento
Crescimento
Crescimento Participação
Importações
do mercadodas
das
Participação
do mercadoPrincipal
Principal do Principal
País
alvo
Importações
Exportações Brasileira Classificação
alvo em 2008
Concorrente Concorrente Concorrente
(crescimento
dos
Brasileiras
2008
(US$)
(2003-2008)
(2008)
2003-08)
Concorrentes
(2003-2008)
Alemanha
8,01%
1.738.482.931
8,00%
Páises Baixos
3,11%
25,85%
16,87%
0,09%
A consolidar
Austrália
18,27%
189.701.934
18,26%
China
32,54%
29,78%
18,30%
20,81%
A consolidar
Bélgica
14,43%
1.043.701.905
15,86%
Alemanha
12,54%
14,07%
14,04%
77,42%
Consolidado
China
10,81%
125.970.989
3,63%
Israel
-5,61%
8,76%
25,95%
45,71%
Consolidado
Dinamarca
13,36%
196.457.999
13,21%
Alemanha
8,43%
39,69%
94,02%
0,68%
A consolidar
Estados Unidos
18,38%
1.951.829.074
20,63%
China
46,10%
34,60%
10,15%
17,17%
Em risco
França
10,56%
1.185.908.819
10,54%
Alemanha
18,00%
24,90%
41,63%
0,14%
A consolidar
Grécia
13,61%
106.470.503
13,49%
Alemanha
12,16%
30,77%
90,82%
0,53%
A consolidar
Irlanda
22,55%
234.346.076
22,41%
Reino Unido
21,65%
34,35%
185,65%
0,54%
A consolidar
Israel
16,43%
63.614.659
15,46%
Argentina
19,88%
13,93%
20,69%
20,74%
A consolidar
Itália
5,60%
310.636.494
5,52%
Áustria
20,42%
25,58%
30,81%
0,51%
A consolidar
Japão
13,80%
806.058.532
15,73%
China
32,84%
19,95%
4,87%
13,77%
Em risco
Países Baixos
5,94%
1.283.918.906
6,38%
Alemanha
6,48%
16,67%
5,25%
37,93%
Em risco
Reino Unido
15,38%
1.202.812.860
15,14%
Bélgica
19,60%
17,42%
18,84%
7,08%
A consolidar
Suécia
16,49%
225.807.654
16,49%
Dinamarca
52,83%
34,37%
-33,71%
0,02%
Em risco
Suíça
12,69%
159.842.681
0,78%
Páises Baixos
15,24%
14,86%
43,08%
51,77%
Consolidado
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
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As exportações brasileiras no último ano
foram de US$2,1 bilhões, com um
crescimento médio nos últimos cinco anos
de 11,48% para o grupo de sucos. Os cinco
maiores mercados selecionados coincidem
com os cinco maiores destinos das
exportações brasileiras no ano de 2008.
Entre os mercados sob análise, o maior
crescimento das exportações brasileiras no
período de 2003 a 2008 foi para Irlanda,
Dinamarca e Grécia. Em 11 dos países
selecionados
o
crescimento
das
exportações brasileiras é maior que o
crescimento das exportações dos demais
países fornecedores para o mercado-alvo.
Em termos de tamanho de mercado de
sucos em litros, o maior entre os países
selecionados é a China, seguido por Estados
Unidos.
TABELA 19: Volume de vendas de sucos, consumo de bebidas não alcoólicas e tarifas.
Consumo de
Volume de vendas Volume de vendas
água mineral,
Tarifa
de sucos no varejo de sucos no varejo
País
refrigerantes e Tarifa Brasil Principal
2008 ( US$ mn
2008 ( US$ litros
sucos 2008 (US$
Concorrente
litros)*
Per Capita)*
Per Capita)
Alemanha
2477,5
30,1
311,4 31,68%
0,00%
Austrália
684,6
32,1
229,2
4,95%
4,95%
Bélgica
264,8
24,9
250,5 31,68%
0,00%
China
10713,5
8,1
5,2 19,91%
19,91%
Dinamarca
117,4
21,5
230,2 31,68%
0,00%
Estados Unidos
8907,7
29,3
245
7,74%
7,80%
França
1289,4
20,9
200,7 31,68%
0,00%
Grécia
125,7
11,2
116,1 31,68%
0,00%
Irlanda
166,8
38,1
162,7 31,68%
0,00%
Israel
214,5
29,4
185,9 25,17%
25,17%
Itália
702,9
11,9
185,9 31,68%
0,00%
Japão
2411,1
18,9
98,5 23,48%
23,48%
Países Baixos
651,5
39,8
152,5 31,68%
0,00%
Reino Unido
2054
33,7
228,6 31,68%
0,00%
Suécia
247,4
27
189,4 31,68%
0,00%
Suíça
172,5
22,9
232,1 36,33%
41,47%
Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
Quando analisamos o consumo per capita de sucos, o maior consumo é dos Países Baixos com 39,8 litros por pessoa, seguido
de Irlanda e Reino Unido. O maior consumo de bebidas não-alcoólicas conforme apresentado na tabela 19 no ano de 2008 foi
na Alemanha US$311,4, seguido por Bélgica e Suíça.
2.8.1.
ALEMANHA
Na Alemanha, o crescente interesse por hábitos alimentares mais saudáveis tem aumentado a demanda por sucos 100%
naturais. Isto porque estes produtos são percebidos como livres de açúcar e aditivos artificiais sendo, portanto, de maior valor
nutritivo. Contudo, em 2008, o volume de vendas desta variedade de sucos no varejo foi menor que as vendas dos néctares e
dos refrescos. Em se tratando de sabores, o suco de maçã é o preferido pelos consumidores alemães seguido pelo suco de
laranja, muito embora as crianças prefiram misturas mais exóticas aos sabores tradicionais. O suco de maça é comumente
misturado à água na preparação da tradicional bebida Apfelschorle. Além de cálcio e magnésio, as marcas de suco de maçã
também estão sendo enriquecidas com pró-vitamina A. As vendas em embalagens pet devem crescer em popularidade nos
17
próximos anos, bem como as vendas de smoothies .
2.8.2.
AUSTRÁLIA
Os australianos estão preocupando-se cada vez mais com os níveis de açúcar nos sucos que consomem e, por isso, estão
preferindo sucos frescos, feitos a partir da fruta. Outras tendências percebidas no mercado são o aumento da demanda por
sucos resfriados e por néctares não congelados em detrimento dos sucos vendidos à temperatura ambiente e a preferência por
formatos menores que possam ser levados pelas crianças para o lanche escolar. As pesquisas no grupo de produtos têm
priorizado a substituição dos conservantes artificiais no produto. Outros lançamentos, como aqueles na linha de sucos
fortificados, ainda não tiveram muito sucesso em sua penetração no mercado.
2.8.3.
BÉLGICA
O sabor de suco preferido dos belgas é o de laranja embora os sucos com várias frutas estejam conquistando crescente
popularidade nos últimos anos. Cresce também a demanda por smoothies. Os consumidores belgas, outrossim, preferem os
sucos de laranja frescos, feitos em casa, às suas variedades industriais. Na percepção destes, os néctares e os refrescos são
17
Smoothy: é uma bebida que combina sucos de frutas com iogurte ou sorvete, ficando cremoso e servido gelado.
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48
acrescidos de açúcar e aditivos, enquanto os sucos 100% naturais são considerados mais saudáveis. Nota-se potencial de
crescimento para as linhas de sucos resfriados e em temperatura ambiente durante os próximos anos.
2.8.4.
CHINA
O maior interesse por produtos saudáveis faz crescer a demanda por sucos 100% naturais na China. O suco de laranja é o mais
popular entre os consumidores chineses. Cabe destacar que os sucos vendidos a temperatura ambiente dominarão a oferta
deste grupo de produtos haja vista a indisponibilidade de equipamentos para armazenamento adequado dos sucos resfriados
em grande parte do comércio varejista do país.
2.8.5.
DINAMARCA
Na Dinamarca, constata-se crescente preferência pelos sucos resfriados cujas vendas aumentaram consideravelmente nos
últimos anos impulsionadas pelo sucesso dos smoothies e por uma maior preocupação com aspectos relacionados à saúde e ao
bem-estar. Os sucos de laranja, maçã e frutas misturadas são os sabores preferidos pelos dinamarqueses. É provável que nos
próximos anos, o grupo de produtos enfrente forte competição dos refrigerantes de baixa caloria e das águas engarrafadas, o
que deve ter impacto negativo em seu crescimento.
2.8.6.
ESTADOS UNIDOS
Sucos com baixo teor de açúcar, orgânicos, funcionais e com frutas energéticas são as linhas de maior interesse entre os
consumidores estadunidenses deste grupo de produtos. Sucos ricos em antioxidantes como o de açaí e o de romã estão agora
sendo oferecidos em embalagens de 1,9 litros. Estas variedades têm atraído os consumidores, embora suas vendas totais ainda
sejam pequenas quando comparadas com outras. Os sucos não-resfriados devem continuar vendendo mais que suas versões
resfriadas. O suco de laranja é o sabor mais popular entre os consumidores estadunidenses, principalmente quando se trata de
sucos 100% naturais. Contudo, os misturados de frutas estão tornando-se cada vez mais populares, em especial na linha de
néctares, refrescos e sucos artificiais.
2.8.7.
FRANÇA
Laranja é o sabor de suco preferido entre os consumidores franceses, muito embora este sabor esteja perdendo espaço na
linha dos sucos 100% naturais para aqueles de frutas exóticas e misturadas. Os sucos de frutas energéticas estão se tornando
muito populares devido as suas propriedades funcionais. Isto se deve a um maior interesse por alimentos mais saudáveis, o que
justifica o relativo aumento de demanda pelos sucos 100% naturais em detrimento dos néctares e dos sucos reconstituídos.
Seguindo esta tendência, grande parte dos produtos deste grupo de produtos vem fortificada com fibras, vitaminas ou
antioxidantes.
2.8.8.
GRÉCIA
Na Grécia, uma maior conscientização acerca dos benefícios de uma alimentação mais saudável teve importante impacto no
grupo de produtos de sucos em 2008. Esta tendência ajudou a estabelecer diversos novos nichos de mercado, incluindo-se o
de sucos funcionais, o de smoothies e daqueles adicionados de antioxidantes. Devido ao cenário de recessão econômica, as
vendas das variedades de sucos mais baratas, como os refrescos, devem crescer no próximo ano. O sabor de suco preferido
pelos consumidores gregos é o de laranja.
2.8.9.
IRLANDA
A mesma tendência por hábitos alimentares mais saudáveis deve nortear as vendas do grupo de produtos de sucos na Irlanda
nos próximos anos. Nota-se forte crescimento das linhas de sucos 100% naturais e dos premium smoothies. O suco de laranja é
o sabor preferido entre os consumidores irlandeses. As vendas de sucos de mirtilo também crescem uma vez que cresce o
interesse por variedades de sucos mais exóticas.
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2.8.10. ISRAEL
Em 2008, o grupo de produtos de sucos em Israel teve grande impulso gerado pela tendência mundial pelo consumo de
alimentos mais saudáveis. Os consumidores têm buscado produtos que traduzam maior bem-estar, uma ligação com a
natureza, além de trazerem benefícios funcionais. Os sabores têm desempenhado papel importante nos novos lançamentos no
mercado. Frutas exóticas e combinações inovadoras estão sendo gradualmente introduzidos. Os sucos artificiais são percebidos
pelos israelenses como bebidas pouco saudáveis e vêm experimentando declínio de vendas. Por outro lado, os smoothies
frescos, feitos na hora em estabelecimentos especializados, têm visto demanda crescente no último ano. Graças à força da
agricultura israelense, esse tipo de estabelecimento é comum em Israel.
2.8.11. ITÁLIA
Na Itália, a demanda por produtos funcionais, saudáveis e leves deve continuar a crescer nos próximos anos, principalmente na
linha de refrescos. Além disso, a tendência por embalagens menores, de um litro e de 750 ml deve também ser crescente. Os
sabores tradicionais, como pêra, pêssego e damasco são muito populares na linha de néctares. Os sabores de laranja e abacaxi
lideram as vendas entre os sucos 100% naturais e os refrescos. Outros sabores mais exóticos, como as misturas de manga com
mamão e abacaxi com côco, também estão disponíveis no mercado italiano muito embora a preferência dos consumidores
ainda seja pelas variedades tradicionais. A inovação e a segmentação de mercado devem nortear o crescimento do grupo de
produtos no país com lançamentos de produtos funcionais enriquecidos com fibras, sais minerais e vitaminas.
2.8.12. JAPÃO
A queda da taxa de natalidade teve impacto significativo na venda de sucos no Japão uma vez que as crianças são usualmente
os principais consumidores deste grupo de produtos. Um maior interesse por produtos mais saudáveis, com baixos teores de
açúcar e adicionados de ingredientes funcionais ou 100% naturais ou orgânicos, deve orientar o crescimento do setor. O suco
de laranja é o sabor preferido entre os consumidores japoneses seguido do suco de maça, embora haja espaço para a
introdução de novos sabores. Contudo, os sabores mais exóticos são geralmente vendidos por preços mais elevados e a
recente recessão econômica tem restringido as vendas deste nicho.
2.8.13. PAÍSES BAIXOS
O consumidor holandês tem demonstrado interesse por produtos mais frescos, frutas exóticas e sabores naturais. No grupo de
produtos de sucos, as vendas das variedades resfriadas, em especial dos sucos reconstituídos e concentrados, têm crescido nos
últimos anos. Contudo, a tendência por sucos mais frescos, com benefícios funcionais como aqueles adicionados de vitaminas,
fibras e antioxidantes deve ser a força motriz do crescimento do grupo de produtos nos próximos anos. As embalagens
menores apresentam crescente aumento de popularidade refletindo a procura por produtos de maior conveniência. Da mesma
forma, a demanda por sucos de frutas energéticas como de golden kiwi, acerola, açaí, romã e sea buckthorn, também tem
crescido.
2.8.14. SUÉCIA
O ritmo de vida na Suécia tem aumentado a demanda por produtos de maior conveniência e como resultado vê-se a crescente
popularidade de embalagens menores, para consumo imediato. Muito embora o suco de laranja ainda seja o preferido pelos
consumidores suecos, uma crescente variedade de sabores de sucos, como o de laranja com cenoura e os de frutas exóticas
(manga, kiwi e mamão) e os funcionais (romã, cranberry e spirulina), está sendo introduzida no mercado e tornando-se cada
vez mais populares. A procura por produtos mais saudáveis faz crescer também a demanda por sucos adicionados de vitaminas
e minerais, sem conservantes ou adoçantes artificiais. A perspectiva é que as vendas de sucos 100% naturais seja impulsionada
por esta tendência enquanto as vendas de néctares e refrescos sofram retração de demanda.
2.8.15. SUÍÇA
Na Suíça, o sabor de suco mais popular é o de laranja. Contudo, novas misturas e novos sabores vêm sendo gradualmente
introduzidos. As misturas, como a de laranja com manga e laranja com kiwi, vêm conquistando popularidade. Ademais, a busca
por produtos de maior conveniência tem motivado a demanda suíça resultando na oferta de produtos em embalagens
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menores. A aparência de frescor e pureza demonstrada pelos sucos resfriados tem aumentado sua popularidade muito embora
o maior volume de vendas em 2008 ainda seja dos sucos vendidos a temperatura ambiente.
2.8.16. REINO UNIDO
A recente crise econômica deve levar o consumidor inglês a optar pelas variedades de sucos mais baratas em detrimento das
marcas consideradas premium. Nos últimos anos, na tentativa de fomentar o valor de vendas, os fabricantes ingleses
investiram em lançamentos de produtos mais caros, em particular daqueles sucos feitos com frutas exóticas, como romã,
mirtilo e açaí, que apresentaram declínio de vendas em 2008. Assim, a perspectiva é que os sabores tradicionais, como o de
laranja, tenham sua participação de mercado aumentada no decorrer do próximo ano.
2.9.
VINHOS E DESTILADOS
Para o grupo de produtos de Vinhos e Destilados foram identificados os seguintes países para os quais, além de informações
econômico-comerciais, apresentaremos uma análise qualitativa sobre o grupo de produtos: Alemanha, Austrália, Bélgica,
China, Colômbia, Estados Unidos, Japão, Noruega, Países Baixos, Paraguai, Portugal, Reino Unido, Rússia, Suécia, Suíça e
Venezuela.
TABELA 20: Indicadores econômico-comerciais para os mercados-alvo selecionados no grupo de produtos Vinhos e Destilados.
Importações
Crescimento
Crescimento Participação Crescimento
do mercado- Importações do
das
Participação
Principal
Principal
do Principal das Exportações
País
alvo
mercado-alvo Importações
Brasileira
Concorrente Concorrente Concorrente Brasileiras (2003(crescimento em 2008 (US$)
dos
2008
(2003-2008)
(2008)
2008)
2003-08)
Concorrentes
Alemanha
7,77%
4.655.050.756
7,77%
Itália
7,27%
28,00%
27,60%
0,10%
Austrália
19,94%
870.414.194
19,97%
Nova Zelândia
37,11%
26,62%
74,25%
0,02%
Bélgica
17,04%
2.401.251.941
17,04%
França
19,04%
69,48%
51,51%
0,05%
China
52,35%
1.043.441.027
52,35%
França
56,23%
61,61%
14,77%
0,01%
Colômbia
13,84%
71.731.196
13,93%
Reino Unido
18,66%
38,92%
47,06%
0,61%
Estados Unidos
7,70%
10.199.643.390
7,72%
França
8,32%
29,49%
40,59%
0,04%
Japão
3,84%
2.025.665.475
3,86%
França
5,50%
49,62%
3,21%
0,02%
Noruega
12,76%
541.588.295
12,76%
França
15,89%
33,12%
19,99%
0,01%
Países Baixos
10,03%
1.772.709.854
10,03%
França
7,19%
28,79%
-5,41%
0,07%
Paraguai
8,51%
58.284.359
5,03%
Argentina
31,01%
44,22%
19,76%
10,01%
Portugal
6,82%
350.072.059
6,83%
Espanha
4,49%
37,99%
7,68%
0,48%
Reino Unido
7,28%
6.053.989.338
7,28%
França
9,32%
35,31%
37,11%
0,02%
Rússia
23,61%
1.994.666.973
23,51%
França
32,08%
26,35%
144,37%
0,12%
Suécia
12,23%
907.865.920
12,23%
França
12,83%
16,96%
43,77%
0,02%
Suíça
7,28%
1.284.329.647
7,28%
França
5,33%
36,12%
22,35%
0,05%
Venezuela
16,20%
180.816.744
-25,12%
Reino Unido
11,21%
64,75%
36,26%
1,70%
Fonte: Global Trade Information System - GTIS. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
Classificação
A consolidar
A consolidar
A consolidar
Em risco
A consolidar
A consolidar
Em risco
A consolidar
Em risco
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
A consolidar
Os principais importadores dos produtos brasileiros referentes ao grupo de vinhos e destilados são Paraguai, Alemanha,
Estados Unidos, Argentina e Venezuela, dos quais apenas a Argentina não está entre os mercados selecionados neste estudo. O
total exportado pelo Brasil no ano de 2008 foi de US$ 47,8 milhões, com um crescimento médio nos últimos cinco anos de
20,04%.
Em grande parte dos mercados o principal concorrente é a França, com alta participação de mercado. O crescimento das
exportações brasileiras é maior que o crescimento dos concorrentes na maioria dos mercados identificados, apesar da baixa
participação de mercado brasileira.
Em termos de tamanho de mercado, os maiores entre os países selecionados são Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha
para vinho, e Japão e Estados Unidos para destilados. O consumo per capita de vinho é maior na Suíça, seguido de Bélgica e
Noruega, enquanto para o caso dos destilados, os maiores consumo per capita são do Japão e Noruega.
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51
TABELA 21: Consumo vinho e destilados e barreiras tarifárias.
Consumo com Consumo com Consumo com
Consumo com
País
vinhos 2008 vinhos 2008 (US$ destilados 2008 destilados 2008
(US$ mn)
Per Capita)
(US$ mn)
(US$ Per Capita)
Alemanha
10416,2
126,7
8776,0
106,7
Austrália
4241,6
199,1
2778,4
130,4
Bélgica
3755,9
353,7
408,5
38,5
China
4685,8
3,5
4530,5
3,4
Colômbia
343,9
7,4
1028,3
22,0
Estados Unidos
23124,3
76,1
20666,1
68,0
Japão
4369,1
34,2
40822,2
319,7
Noruega
1457,4
310,0
977,4
207,9
Países Baixos
938,6
57,3
1774,6
108,3
Paraguai
Portugal
1473,4
138,4
252,9
23,8
Reino Unido
13826,2
226,6
7453,1
122,2
Rússia
1700,6
12,0
7313,5
51,5
Suécia
2084,8
227,7
863,3
94,3
Suíça
4333,3
575,5
520,1
69,1
Venezuela
950,0
34,2
324,5
11,7
Fonte: Euromonitor e MacMap. Elaboração: UICC Apex-Brasil.
2.9.1.
Tarifa
Brasil
4,86%
4,96%
4,86%
13,52%
5,69%
0,97%
14,78%
0,00%
4,86%
0,00%
4,62%
4,62%
37,72%
4,62%
17,55%
12,26%
Tarifa
Principal
Concorrente
0,00%
0,00%
0,00%
13,65%
19,55%
2,00%
17,17%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
37,71%
0,00%
17,87%
34,19%
ALEMANHA
Na Alemanha, o envelhecimento da população e um maior interesse por hábitos alimentares mais saudáveis têm ocasionado
uma diminuição do consumo per capita de bebidas alcoólicas. No entanto, para o consumidor alemão, os vinhos com baixo teor
de alcool são vistos como bebidas mais saudáveis do que outras alcoólicas. No país, a linha de vinhos que não são de uvas
apresentou o maior crescimento no valor de vendas em 2008, enquanto os espumantes tiveram o maior crescimento no
volume de vendas e esta tendência deve se repetir nos próximos anos. Na categoria vinho tinto, as variedades de uvas
preferidas na Alemanha são a Merlot, Dornfelder e Cabernet Sauvignon. As variedades de uvas nacionais Müller-Thurgau e
Riesling lideraram as vendas de vinho branco em 2008. Acompanhando a tendência por um maior interesse por produtos
orgânicos, há perspectiva de crescimento desta linha de vinhos no país. Constatou-se também, em 2008, aumento da demanda
pelos vinhos procedentes de países do chamado Novo Mundo, como África do sul, Austrália e Chile. No grupo de produtos de
destilados, há forte tendência por uma maior predileção por bebidas misturadas/mistas, como os coquetéis. O (White rum), o
uísque e a vodca tem se beneficiado desta tendência, assim como outros destilados como bitters e licores cremosos.
2.9.2.
AUSTRÁLIA
O grupo de produtos de vinhos na Austrália apresentou, em 2008, forte crescimento nas vendas de espumantes. Este
crescimento foi impulsionado por uma maior demanda por produtos premium, como os champanhes e outros espumantes
locais. Os vinhos com baixo teor de alcool são as preferidos pelos consumidores australianos, liderando o volume de vendas do
grupo de produtos em 2008 (84%). Os vinhos brancos e rosé vem conquistando mercado em detrimento dos tintos. Os vinhos
fortificados e os vermutes também vêm perdendo participação. Os vinhos feitos das uvas Cabernet Sauvignon e Syrah
representaram 74% do volume de vendas totais na categoria de vinho tinto em 2008. As Chardonnay foram as preferidas pelos
consumidores do vinho branco enquanto para o vinho rosé há uma grande diversidade nos tipos de uva comercializados.
Percebe-se, ademais, que os consumidores estão dispostos a pagar mais por um vinho tinto de melhor qualidade. Já o vinho
branco é consumido diariamente durante as refeições. Conseqüentemente, os vinhos de mesa representam 58% do volume de
vendas do grupo de produtos. Os vinhos orgânicos ainda respondem por um pequeno nicho na Austrália, embora tenha havido
crescimento do volume de vendas em 2008. As embalagens de vinho são, principalmente, as garrafas de vidro de750 ml, com
pouca presença de embalagens alternativas.
Nos últimos anos, nota-se crescente interesse do consumidor australiano por vinhos importados. As importações desta bebida
cresceram 161% entre 2003 a 2007, sendo que os vinhos do chamado Velho Mundo ainda respondem pela maioria destas. Para
os destilados, por sua vez, a tendência por drinques misturados e o apelo ‘fashion’ impulsionaram as vendas de vodca, rum,
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tequila e licores em 2008. O rum e a tequila se beneficiaram, ainda, da crescente popularidade dos coquetéis com inspiração
latina. Os destilados com uma imagem mais antiquada, como o brandy e o conhaque, viram suas vendas retraírem-se em 2008.
As vodcas flavorizadas também apresentaram aumento significativo de demanda e, juntamente com os cada vez mais
populares uísques, responderam por 82% das importações australianas em 2007.
2.9.3.
BÉLGICA
As vendas de vinho na Bélgica é o grupo de produtos que responde pelo maior crescimento em volume de vendas entre as
bebidas alcoólicas comercializadas no país com sua popularidade crescendo entre os consumidores mais jovens, especialmente
entre as mulheres. Nota-se a crescente substituição dos vinhos tintos, considerados pesados, pelos vinhos brancos e rosé,
percebidos como mais frescos e saudáveis. Os espumantes contabilizaram o maior crescimento em volume de vendas em 2008
(6%) impulsionadas pelo aumento da demanda por champanhes, em especial o brut. Isto talvez esteja relacionado ao fato de os
belgas serem os maiores consumidores de champanhe depois dos franceses. Os vinhos feitos das uvas Cabernet Sauvignon e
Merlot dominam as vendas de vinhos tintos, enquanto para os vinhos brancos, as uvas Chardonnay e Sauvignon Blanc
representaram pouco mais de 50% das vendas em 2008. Para os vinhos rosé, a variedade de uva Cabernet foi a mais popular,
com 30% das vendas naquele ano.
Os vinhos orgânicos ainda representam um nicho no mercado belga. As garrafas de vidro tradicionais de 750 ml dominam as
vendas de vinho na Bélgica. O vinho vendido em caixas de três, cinco e até 10 litros estão crescendo em popularidade. A
penetração das variedades do chamado Novo Mundo está aumentando, embora em níveis inferiores ao de outros países
europeus. Em se tratando de destilados, a demanda por bebidas premium são a força motriz de crescimento do grupo de
produtos. Observa-se aumento de demanda por bebidas alcoólicas que possam ser usadas em coquetéis, como os licores, a
vodca e o rum.
2.9.4.
CHINA
O vinho feito de uva ainda é considerado uma bebida alcoólica estrangeira na China, o que tem sido um obstáculo ao
crescimento do grupo de produtos. Contudo, com a maior abertura aos hábitos e a cultura ocidental e um aumento no nível de
renda da população, o consumo desta variedade de vinho vem crescendo, principalmente nas grandes cidades. Os vinhos que
não são de uvas, como o vinho de arroz, são amplamente consumidos em todas as regiões do país. Os espumantes são
utilizados em celebrações, embora as vendas de champanhe ainda sejam pequenas.
Quanto aos destilados, cabe ressaltar que os nacionais lideram as vendas do grupo de produtos na China. As vodcas
flavorizadas (citrus, cranberry, limão, cereja e maçã) responderam por 38% das vendas em 2008. Bebidas latinas, como a
tequila, estão se tornando muito populares na China.
2.9.5.
COLÔMBIA
As vendas de vinho ocupam o quarto lugar entre as bebidas alcoólicas comercializadas na Colômbia, na seqüência de produtos
tradicionais como a cerveja, aguardente e o rum. Nos últimos anos, as importações do país de vinhos tiveram a presença
marcante das variedades produzidas principalmente no Chile e na Argentina, devido aos benefícios tarifários dos acordos
18
comerciais firmados com o MERCOSUL . Os vinhos tintos demonstraram crescimento superior ao de outras categorias de
vinhos, com um aumento do volume de vendas de 19%. As vendas de vinho branco também tiveram bom desempenho,
aumentando 15%. Os vinhos tintos feitos de uvas Cabernet Sauvignon são os mais populares, seguidos pelas variedades Pinot
Noir e Merlot. As variedades Syrah e Carménère têm apresentado expansão com o aumento do consumo de vinhos no país. Os
vinhos brancos feitos de uvas Sauvignon Blanc são os mais vendidos, com 55% do mercado, seguidos pela variedade Moscatel
Alejandría. Para os vinhos rose, cujo consumo é muito popular na Colômbia, a principal variedade de uva é a Cabernet
Sauvignon. Em se tratando de destilados, a aguardente vem perdendo mercado para o rum. O volume de vendas cem decaindo
consideravelmente, de 53% em 2005 para 44% em 2008. A queda do consumo de aguardente está ligada a fatores como a falta
de inovação neste nicho. A demanda por vodca, por sua vez, cresceu em 2008, registrando aumento de 10% em volume.
18
MERCOSUL: Mercado Comum do Cone Sul.
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53
2.9.6.
ESTADOS UNIDOS
Nos Estados Unidos, as vendas de vinhos premium e super-premium vêm impulsionando o crescimento do grupo de produtos
como um todo. Os produtores têm respondido a demanda por produtos mais saudáveis lançando no mercado de vinhos
significativamente mais caros, como os orgânicos. Por outro lado, nota-se a tendência pela segmentação do mercado, com
crescente interesse nos consumidores mais jovens, usualmente atraídos por vinhos mais baratos e de maior apelo
propagandístico. Os vinhos latino-americanos, por exemplo, são vendidos com rótulos em espanhol para atrair os
consumidores hispânicos. As vendas de vinho tinto cresceram em 2008, após um estudo publicado por pesquisadores do
Instituto Nacional de Saúde e Universidade de Harvard que descobriram que o resveratrol aumenta a expectativa de vida em
ratos. Os vinhos tintos detinham 44% das vendas do grupo de produtos em 2008 seguido de perto pelos vinhos brancos, com
42% da participação de mercado. As vendas de vinho branco vêm sendo impulsionadas pela crescente popularidade da
variedade de uva Chardonnay. Há ainda tendência de crescimento para a linha de espumantes, que devem crescer 4%,
atingindo 131 milhões de litros em 2013.
Por sua vez, as vendas de destilados se beneficiaram da popularidade das marcas premium em 2008. Estes produtos usam
ingredientes de melhor qualidade, duram mais e muitas vezes, são fabricados em série limitada, no intuito de traduzir maior
exclusividade. Sendo a comunidade de maior crescimento demográfico nos Estados Unidos, os hispânicos, contribuem para que
as bebidas latinas, como a caipirinha e o mojito, venham conquistando popularidade e impulsionando as vendas de rum e
cachaça. Novas variedades de destilados devem surgir como estratégia para evitar a saturação do mercado. O aumento da
demanda por caipirinha, por exemplo, tem aumentado o interesse pela cachaça brasileira.
2.9.7.
JAPÃO
No Japão, os vinhos oriundos do chamado Novo Mundo e as variedades nacionais vêm se popularizando a medida que cresce a
demanda por vinhos orgânicos e sem conservantes. Em 2008, verificou-se forte crescimento da linha de espumantes. No grupo
de produtos de destilados, a popularidade pelos coquetéis é crescente entre as gerações mais jovens. A vodca não é uma
bebida alcoólica muito comum no país.
2.9.8.
NORUEGA
O consumidor norueguês tem bebido vinhos com menor teor alcoólico com maior regularidade nos últimos anos,
aproveitando-se da imagem de saúde passada pelo consumo moderado deste tipo de bebida em um ou dois copos durante o
jantar. Os vinhos de mesa e o vin de pays são os mais vendidos na Noruega, sendo responsável por cerca de 80% do volume de
vendas total em 2008. A linha de espumante presenciou o maior crescimento no volume de vendas em 2008. Os vinhos feitos
de uvas Cabernet Sauvignon, Merlot e Shiraz são os mais consumidos na categoria vinho tinto. Os vinhos das uvas Riesling e
Garnacha/Grenache, entretanto, são as variedades mais vendidas para os vinho brancos e para os rosé. Verifica-se, ainda, o
interesse crescente por vinhos orgânicos no país.
As vendas de destilados, por sua vez, têm apresentado crescimento em função de um interesse crescente dos noruegueses por
coquetéis. Em 2008, produtos classificados como premium, conduziram as vendas de vodca e gim. As vodcas flavorizadas
tiveram bom crescimento em 2008.
2.9.9.
PAÍSES BAIXOS
As vendas tanto de vinho tinto quanto seco apresentaram crescimento na Holanda em 2008, de 10% e 9% respectivamente. As
vendas de vinhos foram impulsionadas pelo vinho rosé. As vendas de espumantes continuam a crescer estimuladas pelo
aumento da demanda por champanhe e a tendência entre os consumidores noruegueses por produtos de maior qualidade e
mais sofisticados. Os vinhos feitos de uvas Cabernet Sauvignon e Merlot são os mais consumidos na categoria vinho tinto. Os
vinhos das uvas Chardonnay e Savignon Blanc são as variedades mais vendidas entre os vinhos brancos e para os rosé, os
vinhos feitos da uma Shiraz tem tornado-se populares na categoria dos vinhos rosé. O vinho orgânico ainda representa um
nicho de mercado no país. No grupo de produtos de destilados, verifica-se um maior interesse dos consumidores por produtos
considerados premium. A vodca e o rum são os destilados mais consumidos entre os jovens, bebidos tanto puros quanto
misturados.
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2.9.10. PORTUGAL
Uma maior ênfase quanto os benefícios do vinho e sua importância no combate aos radicais livres, tem aumentado a demanda
por produtos de melhor qualidade entre os consumidores portugueses. Conquanto o volume de vendas tenha decaído em
2008, o valor das vendas aumentou significativamente. Esta tendência está relacionada, em larga escala, ao envelhecimento da
população no país, que direciona as vendas do grupo de produtos para produtos de mais valor, de melhor qualidade e mais
sofisticados. Mais de 90% das vendas de vinhos no país é de produtos nacionais, embora estes venham enfrentando a
concorrência de vinhos oriundos de outras regiões nos últimos anos. Em 2008, 98% das importações portuguesas do grupo de
produtos foram oriundas de outros países da União Européia (98%). No país, os espumantes e os vinhos rosé experimentaram o
maior crescimento do volume de vendas em 2008, muito embora não sejam as categorias de vinhos dominantes nas vendas
totais do país. No grupo de produtos de destilados, há um consenso no mercado de que as vendas de produtos considerados
premium apresentam grande potencial de expansão uma vez que existe uma tendência entre os consumidores por produtos de
maior qualidade e sofisticação. As vendas de vodca apresentaram o melhor desempenho no varejo em 2008, dada a mudança
nos hábitos de consumo no país entre as gerações mais jovens. As vendas de cachaça, outrossim, cresceram 4% em 2008
atingindo 488 milhões de litros. O aumento do número de imigrantes no país, principalmente procedentes do leste europeu e
da América do Sul, deve conduzir as vendas no grupo de produtos no próximo ano, haja vista que nestas regiões o consumo de
destilados é mais disseminado.
2.9.11. REINO UNIDO
No Reino Unido, os vinhos rosé lideraram as vendas do grupo de produtos em 2008, crescendo 21%. Este sucesso pode ser
atribuído a um aumento da demanda por vinhos mais doces e leves com sabor frutado, atraente para os consumidores mais
jovens e para as mulheres. Este fato, juntamente com o aumento do preço dos vinhos produzidos na União Européia,
justificaria a dominância no grupo de produtos dos vinhos procedentes do chamado Novo Mundo, como Estados Unidos,
Austrália, Nova Zelândia, Chile e Argentina. Mais de 50% do vinho rosé importado pelo Reino Unido provêm dos Estados
Unidos. Em geral, o consumidor inglês dá pouca atenção à variedade da uva ou à região em que o vinho foi produzido,
permitindo que aqueles vinhos produzidos em países de pouca tradição tenham muito espaço no mercado.
Os vinhos tintos feitos a partir das uvas Cabernet Sauvignon representaram 35% do volume de vendas em 2008, seguido por
30% das uvas Merlot e 22% das uvas Shiraz/Syrah. Para o vinho branco, aqueles feitos a partir das uvas Pinot Grigio/Pinot Gris
foram os mais consumidos em 2008, seguido dos feitos da uva Sauvignon Blance e Chardonnay. A variedade Zinfandel é a
preferida pelos consumidores de vinho rosé, representando 54% do volume de vendas em 2008.
No grupo de produtos de destilados, a vodca apresentou o maior crescimento em volume de vendas em 2008, de 4%, sendo de
longe a força motriz de expansão do grupo de produtos. Embora as vendas de vodca flavorizada ainda sejam pequenas, é uma
categoria em crescimento rápido
2.9.12. RÚSSIA
As importações russas de vinho a granel cresceram consideravelmente durante o ano de 2008. A Bulgária foi o principal
fornecedor de vinhos ao mercado russo no período. No entanto, o maior crescimento no volume e valor das importações foi
observado entre países não tradicionais como a Armênia, o Brasil e a Grécia. Esta tendência deve continuar no próximo ano
haja vista o crescimento do consumo de vinhos no país. Os vinhos de mesa continuam a dominar as vendas embora a linha de
espumantes tenha experimentado o mais rápido crescimento em volume durante o ano de 2008, com aumento de 10%. Muito
embora haja havido retração do consumo desta variedade de vinho no mundo, as vendas de vinhos fortificados tiveram
crescimento na Rússia em 2008. O tipo de uva mais popular entre os vinhos tintos é a Cabernet Sauvignon. Para o vinho branco,
o tipo de uva mais popular é a Muscat, seguida pela Sauvignon Blanc. Os vinhos rosé são, entretanto, dominados pela
variedade Cabernet Sauvignon. Houve forte crescimento da demanda por vinhos orgânicos no país em 2008. Em se tratando de
destilados, a vodca lidera com grande vantagem as vendas do grupo de produtos no país, com 88% da participação de
mercado. Contudo, o aumento na renda da população impulsionou as vendas de destilados considerados premium,
especialmente os importados, com destaque para o uísque, o gim, o rum, o licor, a tequila, o conhaque e o brandy.
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2.9.13. SUÉCIA
Um interesse crescente dos consumidores suecos por questões ambientais como a mudança climática tem resultado disso em
uma demanda crescente por produtos orgânicos, incluindo o vinho. As vendas de vinhos com baixo teor de alcool continuam a
impulsionar o crescimento do grupo de produtos. As vendas de vinhos rosé também registraram crescimento significativo em
2008, bem como as de espumantes, em especial o champanhe. As uvas Cabernet Sauvignon são as preferidas entre os
consumidores para os vinhos tintos enquanto para os vinhos brancos, as uvas Chardonnay e Sauvignon Blanc são as variedades
mais comuns. A tendência geral em todos os tipos de vinhos é o aumento da demanda por produtos mais caros, apesar de os
vinhos mais baratos e de preço médio ainda dominarem as vendas.
Por outro lado, as vendas de destilados têm demonstrado uma mudança nos padrões de consumo sueco. Historicamente
dominado por consumidores do sexo masculino, a participação de mulheres jovens no consumo total de bebidas alcoólicas vem
aumentando consideravelmente. As vodcas flavorizadas, a tequila e os licores são os destilados preferidos por este público.
Uma das mais fortes tendências para este grupo de produtos é o aumento da oferta de bebidas flavorizadas tendo em vista o
crescimento da demanda por este tipo de produto.
2.9.14. SUÍÇA
Os consumidores suíços dão enorme atenção à qualidade do vinho e este fator deve ser levado em conta em qualquer
estratégia de penetração no país. Em se tratando de crescimento em volume de vendas, os espumantes representaram a linha
mais dinâmica no grupo de produtos de vinhos na Suíça em 2008. O prosecco italiano é a variedade de espumante mais
consumida entre os suíços. Os vinhos tintos feitos das uvas Pinot Noir e Merlot são os preferidos pelos consumidores suecos. As
variedades Gamay e Syrah também são muito populares. Para os vinhos brancos, as variedades preferidas em 2008 foram os
das uvas Chassela Gutedel e Chardonnay. A variedade preferida para o vinho rosé em 2008 foi a Pinot Noir. Os vinhos
provenientes do chamado Novo Mundo, principalmente da Austrália, Chile e Argentina, vêm conquistando popularidade no
país. A linha de vinhos orgânicos ainda representa um nicho de mercado.
No grupo de produtos de destilados, o rum e a vodca são as bebidas preferidas entre os consumidores mais jovens. Em 2007,
83% dos destilados consumidos no país foram importados, com especial destaque para os uísques, licores e vodcas.
2.9.15. VENEZUELA
As vendas de vinho na Venezuela cresceram 9% em 2008 atingindo 17 milhões de litros. Este crescimento está relacionado ao
maior interesse dos venezuelanos por este tipo de bebida, principalmente entre os consumidores de renda mais elevada para
os quais o consumo de vinho já está atingindo níveis historicamente elevados. A penetração da bebida entre os consumidores
de menor renda tem sido prejudicada pela desaceleração econômica. A inflação e a desvalorização monetária têm levado
grande parte destes consumidores a substituir as bebidas mais caras, como os champanhes, por outras variedades de
espumantes. Esta tendência foi responsável por fazer a categoria de vinhos espumantes a de mais rápido crescimento em
volume durante 2008. As variedades mais populares permaneceram as feitas da uva Cabernet Sauvignon para o vinho tinto e
Sauvignon Blanc para o branco. Contudo, outras variedades não-tradicionais estão tornando-se populares devido ao crescente
interesse dos venezuelanos por inovações, como a Syrah, a Carmenère e a Tempranillo. Percebe-se, ainda, o aumento da
presença de vinhos argentinos e chilenos no país.
Para os destilados, o declínio do poder de compra dos consumidores diminuiu a demanda por produtos considerados nãoessenciais, como as bebidas alcoólicas. A queda do poder aquisitivo também foi responsável pelo crescimento das vendas de
outros destilados, como a aguardente produzida localmente. Por outro lado, a vodca flavorizada vem se tornando cada vez
mais popular na Venezuela, especialmente entre os consumidores mais jovens.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo pretende identificar potenciais mercados-alvo para as exportações brasileiras nos setores participantes da
feira internacional de Anuga. Neste trabalho, além das informações sobre comércio exterior, analisando o tamanho de
mercado, exportações brasileiras, tarifas para concorrentes e para o Brasil, fizemos uma análise interna dos países-alvo,
levantando os volumes e valores de consumo por grupo de produtos.
Para cada grupo de produtos, buscamos informações qualitativas para apresentar as tendências de mercado e preferências dos
consumidores nos países escolhidos. Em relação às bebidas, tivemos para café, chá e mate, a diversificação do gosto do
consumidor com o acesso a produtos mais elaborados e novos sabores; ainda em relação aos cafés há a grande tendência pela
oferta de produtos orgânicos e aqueles produzidos com base no fair trade. Para os sucos observamos as novas técnicas de
processamento e oferta de variedades de sucos nos diferentes mercados analisados, seguindo a tendência por consumo de
produtos mais saudáveis. Em relação às bebidas alcoólicas, observa-se em vários mercados a abertura e aumento da demanda
por vinhos provenientes de países produtores tidos como não tradicionais, e em relação aos destilados há a disseminação de
vodcas com sabores, e do consumo de destilados regionais, típicos de outros países.
Carnes bovinas e suínas têm um consumo restrito pelos costumes religiosos em alguns países, porém sua demanda não é
afetada nos demais mercados analisados, havendo inclusive tendência por consumo de carnes frescas ou resfriadas, tidas como
mais saudáveis. As carnes de aves são consumidas majoritariamente na forma processada. As demais carnes também estão
presentes nas formas processadas, com destaque para hambúrgueres e salsichas.
No que se refere aos doces, os chocolates são amplamente consumidos por todo o mundo, crescendo o consumo de chocolates
meio-amargos, vistos como mais saudáveis por suas propriedades nutricionais. As balas e confeitos seguem a tendência de
produtos mais saudáveis, apresentando menor teor de açúcar e sabores refrescantes, assim como os chicles. Para esses últimos
observamos o aumento da oferta de produtos funcionais, como o que contêm substâncias que auxiliam no clareamento dos
dentes.
O consumo de frutas tem sido impulsionado pela tendência a consumir produtos mais saudáveis, e percepção de que são
alimentos versáteis. Alguns países têm dificuldade em consumir frutas estrangeiras in natura devido à falta de conhecimento
do consumidor sobre como descascar as frutas ou em que pratos usar. Isso leva à demanda por frutas processadas ou em
conserva, já prontas para o consumo.
Em relação aos leites, observamos uma tendência ao consumo de produtos com menos conservantes e baixo teor de gordura.
Os iogurtes, em diversos mercados, têm novos sabores, principalmente de frutas, e seguem a tendência de alimentos
enriquecidos e funcionais. Os queijos são consumidos nas suas mais variadas formas atendendo às preferências dos
consumidores que são bastante diversificadas. Também aqui se registra a presença de produtos processados e com baixo teor
de gordura.
As massas são consumidas em todos os seus tipos para os mercados analisados, sendo que em muitos deles existe uma
tendência de consumo de produtos frescos. Os pães devem ser adequados a preferência do consumidor de cada país,
destacando-se um crescimento do consumo de pães integrais. Os produtos de pastelaria e biscoitos são consumidos em todas
as suas formas: doces, salgados, com recheio, com cobertura ou seguindo a linha mais natural como o caso dos produtos
enriquecidos com vitaminas ou fibras.
A população mundial deve crescer consideravelmente durante os próximos anos. Segundo estatísticas da Population Division
do Department of Economic and Social Affairs da Organização das Nações Unidas, a população do planeta deve saltar de
aproximadamente sete bilhões de pessoas, em 2010, para pouco mais de oito bilhões em 2025. Na Europa, este crescimento
será negativo com a população retraindo-se em aproximadamente 3.495.000 pessoas nestes quinze anos, passando de 732
milhões de habitantes em 2010 para 729 milhões em 2025. Para a Ásia, prevê-se crescimento populacional de 14,54% neste
período atingindo, em 2025, 4.772 bilhões de habitantes, 605.782 milhões a mais do que o projetado para 2010. A Oceania
deve apresentar também crescimento, com 18,61% de aumento em relação ao projetado para 2010, ou seja, 6.669 milhões de
habitantes a mais. O maior crescimento populacional previsto para os próximos 15 anos é o africano, de 35,54%, com a
população atingindo, em 2025, 1.400 bilhões de pessoas. Por fim, para as Américas, prevê-se um aumento de 13,62% no
número de habitantes, atingindo 1.020 milhões de pessoas em 2025, contra os 897 milhões projetados para 2010. Com o
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aumento significativo do número de habitantes, haverá também uma maior demanda por todo tipo de alimentos. Há uma
preocupação cada vez maior em identificar se o provimento dos alimentos necessários será suficiente para acompanhar o ritmo
de crescimento demográfico. Esta pressão sobre a produção deve se fazer sentir também em função do aumento do nível de
renda nos mercados centrais e emergentes. É possível que haja maior demanda por proteína animal, principalmente carnes e
seus derivados.
Para a geração que cresceu durante o relativo desenvolvimento econômico global de fins do século passado e início deste,
acostumada a padrões de consumo mais elevados, a tendência é pela escolha de produtos de maior valor agregado, que
proponham diferentes experiências sensoriais, premium ou mais sofisticados, que utilizem produtos naturais, exóticos,
sustentáveis ou orgânicos, tanto nos países desenvolvidos quanto nos mercados emergentes. O próprio ritmo de vida dos
grandes centros urbanos modernos, outrossim, irá gerar a procura por produtos de maior conveniência, práticos,
comercializados em embalagens menores, adaptados a indivíduos que morem sozinhos e tenham pouco tempo para preparar
suas refeições em casa. Esta categoria de produtos, prontos para o consumo, deverá nortear o crescimento do setor de
alimentos para os próximos anos. Contudo, deve-se atentar para o fato de que uma crescente demanda por estes produtos não
implica a escolha por alimentos de menor valor nutricional. Uma forte tendência do mercado mundial de alimentos é a procura
generalizada por produtos que traduzam maior saúde e bem-estar.
Até mesmo os indivíduos que não possuem quaisquer tipos de distúrbios alimentares estão tornando-se mais preocupados
quanto à maneira como comem. A geração que atingiu a maturidade neste século ajudará a promover esta tendência na
medida em que desejar manter-se mais saudável e com melhor aparência pelo tempo mais longo quanto possível. Isso levará a
novos e constantes lançamentos nas linhas de alimentos com menor teor de gordura, sal, calorias, açúcar ou colesterol, por
exemplo. Nos mercados em desenvolvimento, as preocupações com a subnutrição, os níveis de obesidade e todos os
problemas a elas relacionadas também contribuirão para um maior alerta sobre os hábitos alimentares diários.
Por outro lado, o envelhecimento da população nos países desenvolvidos terá impacto significativo no mercado de alimentos
na mesma proporção da importância em que estes países têm no tocante ao volume e valor das trocas internacionais
fomentadas por suas economias. As necessidades nutricionais e as preferências alimentares mudam à medida que o corpo
envelhece. Há uma forte tendência a um aumento considerável da demanda por alimentos que supram estas deficiências,
como aqueles enriquecidos com antioxidantes, funcionais ou com calorias reduzidas. Há interesse crescente por alimentos que
auxiliem no combate a enfermidades, melhorem a aparência física ou mantenham a agilidade cerebral.
Ainda sob este aspecto, já se nota uma forte preocupação com a segurança alimentar e a procedência dos alimentos e ações na
área de sanidade e rastreabilidade têm se tornado cada vez mais freqüentes, principalmente entre os países membros da União
Européia no tocante as cadeias de carne bovina, suína e de aves. Em outros países, conceitos como comércio justo,
sustentabilidade e meio ambiente conquistam cada vez mais notoriedade e motivam porções cada vez maiores da população.
O fenômeno da globalização deve, ainda, tornar as escolhas dos consumidores mais internacionalizadas. É possível que as
prateleiras dos super/hipermercados ao redor do mundo apresentem crescente variedade de produtos estrangeiros e exóticos
concomitantemente com o aumento da procura por novos sabores, novas experiências sensoriais e gastronômicas, a
propagação de centros culinários e a maior exposição dos consumidores aos produtos globais, devido às viagens ou aos
programas de televisão.
Para os produtores e fabricantes brasileiros, estas tendências devem ser ponto de atenção, na medida em que representam
uma oportunidade singular para a penetração e consolidação em novos e tradicionais mercados. Num primeiro momento ainda
há a predominância de produtos premium para Europa e América do Norte, enquanto os produtos brasileiros mais básicos, ou
de outras classificações tem mais espaço em países da Ásia, Oriente Médio e África.
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58
4 ANEXOS
CAFÉ, CHÁ E MATE
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
CAFÉ
090111
Café não torrado, não descafeinado
DESCRIÇÃO
CAFÉ
090112
CAFÉ
090121
Café não torrado, descafeinado
Café torrado, não descafeinado
CAFÉ
090122
Café torrado, descafeinado
CAFÉ
090190
Cascas, películas de café e sucedâneos do café
CAFÉ
210111
Extratos, essências e concentrados de café
CAFÉ
210112
Preparações à base de extratos, essências e concentrados de café
CHÁ
090210
Chá verde (não fermentado), em embalagens imediatas =< 3kg
CHÁ
090220
Chá verde (não fermentado), apresentado em qualquer outra forma
CHÁ
090230
Chá preto (fermentado ou parcialmente fermentado), em embalagens imediatas =< 3kg
CHÁ
090240
Chá preto (fermentado ou parcialmente fermentado) apresentado em qualquer outra forma
MATE
090300
Mate
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
CARNE BOVINA
020110
Carcaças e meias carcaças de bovino, frescas ou refrigeradas
CARNE BOVINA
020120
Outras peças de bovino, não desossadas, frescas ou refrigeradas
CARNE BOVINA
020130
Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas
CARNE BOVINA
020210
Carcaças e meiascarcaças de bovino, congeladas
CARNE BOVINA
020220
Outras peças de bovino, não desossadas, congeladas
CARNE BOVINA
020230
Carnes de bovino, desossadas, congeladas
CARNE BOVINA
020610
Miudezas comestíveis de bovino, frescas ou refrigeradas
CARNE BOVINA
020621
Línguas de bovino, congeladas
CARNE BOVINA
020622
Fígados de bovino, congelados
CARNE BOVINA
020629
Outras miudezas comestíveis de bovino, congeladas
CARNE BOVINA
021020
Carnes de bovinos, salgadas ou em salmoura, secas ou defumadas
CARNE BOVINA
160250
Preparações alimentícias e conservas, de bovinos
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
CARNE DE AVES
020711
Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas
CARNE DE AVES
020712
Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não cortadas em pedaços, congeladas
CARNE DE AVES
020713
Pedaços e miudezas comestíveis, de galos e galinhas da espécie doméstica, frescos ou refrigerados
CARNE DE AVES
020714
Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados
CARNE DE AVES
020724
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas
CARNE DE AVES
020725
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, congeladas
CARNE DE AVES
020726
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, frescas ou refrigeradas
CARNE DE AVES
020727
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas
CARNE DE AVES
020732
Carnes de patos, gansos e galinhas dangola, das espécies domésticas, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas
CARNE DE AVES
020733
Carnes de patos, gansos e galinhas dangola, das espécies domésticas não cortadas em pedaços, congeladas
CARNE DE AVES
020734
Fígados gordos comestíveis, de patos ou gansos, da espécie doméstica, frescos ou refrigerados
CARNE DE AVES
020735
Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos ou galinhas d'angola, das espécies domésticas, frescas ou refrigeradas
CARNE DE AVES
020736
Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos e galinhas d'angola, das espécies domésticas, congeladas
CARNE DE AVES
160210
Preparações alimentícias homogeneizadas de carnes, miudezas ou sangue
CARNE DE AVES
160231
Preparações alimentícias e conservas de peru
CARNE DE AVES
160232
Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas
CARNE DE AVES
160239
Preparações alimentícias e conservas de patos, gansos e galinhas d'angola
CARNE BOVINA
DESCRIÇÃO
CARNE DE AVES
DESCRIÇÃO
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59
CARNE SUÍNA
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
CARNE SUÍNA
020311
Carcaças e meias carcaças de suíno, frescas ou refrigeradas
CARNE SUÍNA
020312
Pernas, pás e pedaços de suíno, não desossados, frescos ou refrigerados
CARNE SUÍNA
020319
Outras carnes de suíno, frescas ou refrigeradas
CARNE SUÍNA
020321
Carcaças e meias carcaças de suíno, congeladas
CARNE SUÍNA
020322
Pernas, pás e pedaços de suínos, não desossados, congelados
CARNE SUÍNA
020329
Outras carnes de suíno, congeladas
CARNE SUÍNA
020630
Miudezas comestíveis de suíno, frescas ou refrigeradas
CARNE SUÍNA
020641
Fígados de suíno, congelados
CARNE SUÍNA
020649
Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas
CARNE SUÍNA
021011
Pernas, pás e pedaços de suíno, não desossados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados
CARNE SUÍNA
021012
Barrigas e peitos, entremeados, e seus pedaços, de suíno, salgados ou em salmoura, secos ou defumados
CARNE SUÍNA
021019
Outras carnes de suíno, salgadas ou em salmoura, secas, defumadas
CARNE SUÍNA
160241
Preparações alimentícias e conservas de pernas e respectivos pedaços, de suínos
CARNE SUÍNA
160242
Preparações alimentícias e conservas de pás e respectivos pedaços, de suínos
CARNE SUÍNA
160249
Outras preparações alimentícias e conservas de suínos, incluídas as misturas
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
CHOCOLATES, BALAS E
CONFEITOS
CHOCOLATES, BALAS E
CONFEITOS
CHOCOLATES, BALAS E
CONFEITOS
CHOCOLATES, BALAS E
CONFEITOS
CHOCOLATES, BALAS E
CONFEITOS
CHOCOLATES, BALAS E
CONFEITOS
CHOCOLATES, BALAS E
CONFEITOS
DESCRIÇÃO
CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS
DESCRIÇÃO
170410
Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de açúcar
170490
Outros produtos de confeitaria, sem cacau
180610
Cacau em pó, com adição de açúcar ou outros edulcorantes
180620
Outras preparações alimentícias com cacau, em blocos ou barras, com peso 2 kg
180631
Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus
180632
Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus
180690
Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau
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60
FRUTAS
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
FRUTAS
080111
Cocos secos, mesmo sem casca ou ralados
DESCRIÇÃO
FRUTAS
080119
Cocos frescos, mesmo sem casca ou pelados
FRUTAS
080121
Castanha-do-pará, fresca ou seca, com casca
FRUTAS
080122
Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca
FRUTAS
080131
Castanha de caju, fresca ou seca, com casca
FRUTAS
080132
Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca
FRUTAS
080211
Amêndoas frescas ou secas, com casca
FRUTAS
080212
Amêndoas frescas ou secas, sem casca
FRUTAS
080221
Avelãs Corlus spp. frescas ou secas, com casca
FRUTAS
080222
Avelãs Corlus spp. frescas ou secas, sem casca
FRUTAS
080231
Nozes frescas ou secas, com casca
FRUTAS
080232
Nozes frescas ou secas, sem casca
FRUTAS
080240
Castanhas Castanea spp. frescas ou secas, mesmo sem casca ou peladas
FRUTAS
080250
Pistácios frescos ou secos, mesmo sem casca ou pelados
FRUTAS
080260
Nozes de macadâmia, cosmetíveis, frescas ou secas, mesmo sem casca ou peladas
FRUTAS
080290
Outras frutas de casca rija, frescas ou secas, mesmo sem casca ou peladas
FRUTAS
080300
Bananas frescas ou secas
FRUTAS
080410
Tâmaras frescas ou secas
FRUTAS
080420
Figos frescos ou secos
FRUTAS
080430
Abacaxis frescos ou secos
FRUTAS
080440
Abacates frescos ou secos
FRUTAS
080450
Goiabas, mangas e mangostes, frescos ou secos
FRUTAS
080510
Laranjas frescas ou secas
FRUTAS
080520
Tangerinas, mandarinas, satsumas clementinas, wilkings e outros cítricos híbridos e semelhantes, frescos ou secos
FRUTAS
080530
Limões e limas, frescos ou secos
FRUTAS
080540
Pomelos grapefruit, frescos ou secos
FRUTAS
080550
Limões e limas, frescos ou secos
FRUTAS
080590
Outros cítricos frescos ou secos
FRUTAS
080610
Uvas frescas
FRUTAS
080620
Uvas secas
FRUTAS
080711
Melancias frescas
FRUTAS
080719
Melões frescos
FRUTAS
080720
Mamãos papaias frescos
FRUTAS
080810
Maçãs frescas
FRUTAS
080820
Pêras e marmelos frescos
FRUTAS
080910
Damascos frescos
FRUTAS
080920
Cerejas frescas
FRUTAS
080930
Pêssegos, incluídos os brugnons e as nectarinas, frescos
FRUTAS
080940
Ameixas e abrunhos, frescos
FRUTAS
081010
Morangos frescos
FRUTAS
081020
Framboesas, amoras e amorasframboesas, frescas
FRUTAS
081030
Groselhas frescas, inclusive o cassis
FRUTAS
081040
Airelas, mirtilos e outras frutas do gênero vaccinium, frescos
FRUTAS
081050
kiwis frescos
FRUTAS
081060
Duries frescos
FRUTAS
081090
Outras frutas frescas
FRUTAS
081110
FRUTAS
081120
FRUTAS
081190
Morangos congelados, não cozidos ou cozidos em água ou vapor, mesmo adicionados de açúcar ou de outros edulcorantes
Framboesas, amoras, groselhas, congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros
edulcorantes
Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes
FRUTAS
081210
Cerejas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado
FRUTAS
081220
Morangos conservados transitoriamente, mas impróprios para consumo imediato
FRUTAS
081290
Outras frutas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado
FRUTAS
081310
Damascos secos
FRUTAS
081320
Ameixas secas
FRUTAS
081330
Maças secas
FRUTAS
081340
Pêras e outras frutas secas
FRUTAS
081350
Misturas de frutas secas ou de frutas de casca rija
FRUTAS
081400
Cascas de cítricos, de melões ou de melancias, frescas, secas, congeladas ou conservadas temporariamente
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61
LEITE E LATICÍNIOS
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
LEITE E LATICÍNIOS
040110
Leite e creme de leite não concentrados, não adocicados, com um teor, em peso, de matérias gordas
DESCRIÇÃO
LEITE E LATICÍNIOS
040120
Leite e creme de leite, não concentrados, não adocicados, com um teor, em peso, de matérias gordas superior a 1 e 6
LEITE E LATICÍNIOS
040130
Leite e creme de leite, não concentrados, não adocicados, com um teor, em peso, de matérias gordas superior a 6
LEITE E LATICÍNIOS
040210
LEITE E LATICÍNIOS
040221
LEITE E LATICÍNIOS
040229
Leite em pó, grânulos ou outras formas sólidas, concentrados ou adocicados, com um teor, em peso, de matérias gordas 1,5
Leite em pó, grânulos ou outras formas sólidas, com um teor, em peso, de matérias gordas superior a 1,5, concentrados, não
adocicados
Leite em pó, grânulos ou outras formas sólidas, com um teor, em peso, de matérias gordas superior a 1,5, adocicados
LEITE E LATICÍNIOS
040291
Outros leites, cremes de leite, concentrados, não adocicados
LEITE E LATICÍNIOS
040299
Outros leites, cremes de leite, concentrados, adocicados
LEITE E LATICÍNIOS
040310
LEITE E LATICÍNIOS
040390
LEITE E LATICÍNIOS
040410
Iogurte, mesmo aromatizado ou adicionado de aúcar ou de outros edulcorantes, de frutas ou de cacau
Leitelho, leite, creme de leite, coalhados, quefir e outros leites e cremes de leite, fermentados ou acidificados, mesmo concentrados,
adocicados ou aromatizados
Soro de leite, modificado ou não, mesmo concentrado ou adocicado
LEITE E LATICÍNIOS
040490
Outros produtos constituídos do leite, mesmo concentrados ou adocicados
LEITE E LATICÍNIOS
040510
Manteiga
LEITE E LATICÍNIOS
040520
Pastas de espalhar barrar de produtos provenientes do leite
LEITE E LATICÍNIOS
040590
leo butírico de manteiga butter oil e outras matérias gordas provenientes do leite
LEITE E LATICÍNIOS
040610
Queijos frescos não curados, incluído o queijo do soro de leite e o requeijão
LEITE E LATICÍNIOS
040620
Queijos ralados ou em pó, de qualquer tipo
LEITE E LATICÍNIOS
040630
Queijos fundidos, exceto ralados ou em pó
LEITE E LATICÍNIOS
040640
Queijos de pasta mofada azul
LEITE E LATICÍNIOS
040690
Outros queijos
LEITE E LATICÍNIOS
040700
Ovos de aves, com casca, frescos, conservados ou cozidos
LEITE E LATICÍNIOS
040811
Gemas de ovos, secas, mesmo adicionadas de açúcar
LEITE E LATICÍNIOS
040819
Gemas de ovos, frescas, cozidas em água ou vapor, congeladas ou preservadas de outro modo, mesmo adicionadas de açúcar
LEITE E LATICÍNIOS
040891
LEITE E LATICÍNIOS
040899
LEITE E LATICÍNIOS
040900
Ovos de aves, sem casca, secos, mesmo adicionados de açúcar
Outros ovos de aves, sem casca, frescos, cozidos em água ou vapor, congelados ou preservados de outro modo, mesmo adicionados
de aúcar
Mel natural
LEITE E LATICÍNIOS
041000
Outros produtos comestíveis de origem animal
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190110
Preparações para alimentação de crianças acondicionadas para venda a retalho
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190120
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190190
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190211
Misturas e pastas, para preparação de produtos de padaria, pastelaria
Outras preparações alimentícias de farinhas, sêmolas, amidos, féculas ou de extratos de malte sem cacau ou contendo menos de
40g de cacau em peso
Massas alimentícias, não cozidas nem recheadas, contendo ovos
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190219
Outras massas alimentícias, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190220
Massas alimentícias recheadas, mesmo cozidas ou preparadas de outro modo
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190230
Outras massas alimentícias
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190240
Couscous
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190300
Tapioca e seus sucedâneos preparados a partir de féculas, em flocos, grumos, grãos, pérolas ou formas semelhantes
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190410
Produtos base de cereais, obtidos por expansão ou por torrefação por exemplo flocos de milho
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190420
Preparações alimentícias obtidas de flocos de cereais e misturas
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190430
Trigo burgol bulgur
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190490
Outros cereais em grãos, pré-cozidos ou preparados de outro modo
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190510
Pão denominado knckebrot
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190520
Pão de especiarias
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190540
Torradas, pão torrado e produtos semelhantes torrados
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190590
Outros produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de biscoitos, mesmo com adição de cacau
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190531
Bolachas e biscoitos adicionados de edulcorantes
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190532
Waffles e wafers
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
190530
Bolachas e biscoitos adicionados de edulcorentes, waffles e wafers
MASSAS, PÃES E BISCOITOS
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62
SUCOS
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
SUCOS
200911
Sucos de laranjas, congelados, não fermentados
DESCRIÇÃO
SUCOS
200912
Sucos de laranja não congelados, com valor brix =< 20
SUCOS
200919
Outros sucos de laranjas, não fermentados
SUCOS
200920
Sucos de pomelos ("grapefruit"), não fermentados
SUCOS
200921
Suco de pomelo ("grapefruit") com valor brix =< 20
SUCOS
200929
Outros sucos de pomelo ("grapefruit"), não fermentados
SUCOS
200930
Sucos de outros cítricos, não fermentados
SUCOS
200931
Suco de outros cítricos com valor brix =< 20
SUCOS
200939
Outros sucos de outros cítricos, não fermentados
SUCOS
200940
Sucos de abacaxis (ananases), não fermentados
SUCOS
200941
Suco de abacaxi (ananás) com valor brix =< 20
SUCOS
200949
Outros sucos de abacaxi, não fermentados
SUCOS
200950
Sucos de tomates, não fermentados
SUCOS
200960
Sucos de uvas (inclusive os mostos de uvas), não fermentados
SUCOS
200961
Suco de uvas (inclusive os mostos de uvas) com valor brix =< 30
SUCOS
200969
Outros sucos de uvas (inclusive os mostos de uvas), não fermentados
SUCOS
200970
Sucos de maças, não fermentados
SUCOS
200971
Suco de maçã com valor brix =< 20
SUCOS
200979
Outros sucos de maçã, não fermentados
SUCOS
200980
Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados
SUCOS
200990
Misturas de sucos, não fermentados
GRUPO DE PRODUTOS
SH6
BEBIDAS DESTILADAS
220820
Aguardentes de vinho ou de bagaço de uvas
BEBIDAS DESTILADAS
220830
Uísques
BEBIDAS DESTILADAS
220840
Cachaça e caninha (rum e tafiá)
BEBIDAS DESTILADAS
220850
Gim e genebra
BEBIDAS DESTILADAS
220860
Vodca
BEBIDAS DESTILADAS
220870
Licores
BEBIDAS DESTILADAS
220890
Outras bebidas alcóolicas
VINHOS E VERMUTES
220410
VINHOS E VERMUTES
220421
VINHOS E VERMUTES
220429
VINHOS E VERMUTES
220510
Vinhos espumantes e espumosos
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade =< 2
litros
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade > 2
litros
Vermutes e outros vinhos de uvas frescas, aromatizados, em recipientes com capacidade =< 2 litros
VINHOS E VERMUTES
VINHOS E VERMUTES
220590
Outros vermutes e vinhos de uvas frescas, aromatizados
220600
Sidra e outras bebidas fermentadas e misturas de bebidas fermentadas
VINHOS E BEBIDAS DESTILADAS
DESCRIÇÃO
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