Art Déco e seus inimigos
Transcrição
Art Déco e seus inimigos
exposição temporária es Art Decó y sus enemigos La presentación del importante fondo de mobiliario y objetos de José Berardo pretende revelar los triunfos del Art Decó a través de un conjunto de nombres que van desde Émile Jacques Ruhlmann (1879-1933) a Jean-Michel Frank (1895-1941), pasando por René Lalique (1860-1945) o Jules Leleu (1883-1961). Estos objetos son reubicados en el contexto de la Exposición de 1925, la cual fue testigo de una época y constituyó, junto con la película de Marcel L’Herbier, L’Inhumaine (1924) –de la que aquí se presentan varios extractos–, un verdadero manifiesto. Sin embargo, esta presentación de la colección revela también la reacción de los enemigos del Art Decó, a través de los trabajos de Le Corbusier (1887-1965), Eileen Gray (1878-1976), Marcel Breuer (1902-1981) y Jean Prouvé (1901-1984). De este último, el museo muestra, por vez primera, una de sus más recientes adquisiciones: un raro ejemplar del Pavillon démontable (una casa de madera), encargado en 1944 para realojar a los habitantes del Este de Francia que habían perdido sus viviendas a causa de los bombardeos. Férias de Verão no Museu Jean-Michel Frank ▶ Banco / stool / Banquette / taburete, 1930s Bronze dourado, cabedal vermelho / Giltbronze, red leather / Bronze doré, cuir rouge / Bronce dorado, cuero rojo ·········································································· ·········································································· No Mundo da Art Déco Concepção e orientação: afonso gil, Marília pascoal Percursos pelas Exposições Descobrir passo a passo o mundo da art Déco, como nasce um objecto decorativo, mobiliário, pintura, escultura cerâmica e outros objectos...quem será que os fez? Conceber – planear – e fabricar uma peça de art déco é a grande missão! piso 0 ⁄ level 0 ⁄ étage 0 ⁄ piso 0 Art Déco e seus inimigos visitas orientadas pelas exposições temporárias sábados e Domingos ▶ agosto: 22, 23, 29, 30 ▶ setembro: 5, 6 ▶ 16h00 GRATUITAS Art Deco and its enemies Art Déco et ses ennemis Art Decó y sus enemigos Crianças dos 4 aos 6 anos ▶ 31 de agosto a 4 de setembro Crianças dos 7 aos 12 anos ▶ 7 a 11 de setembro ▶ Das 11h00 às 12h30 Jacques Adnet armário / Cabinet / armario França / France / Francia, 1930s Palissandro, pergaminho e espelho / Pallissander, parchement and mirror / Palissandre, parchemin et miroir / Palisander, pergamino y espejo ··············································································································································································································································· Para mais informações e marcações das actividades educativas / For further information and booking of educational activities Pour plus d’informations sur la programmation et réservations des activités / Para más información y reservas de las actividades educativas Tel: 213 612 800 · [email protected] ··············································································································································································································································· EnTRADA GRATuITA no MuSEu CoLECção BERARDo CoM o APoIo: Charles Catteau para / for / pour Boch Frères Jarra / vase / Jarrón , 1920s Faiança vidrada / Glazed faience / Faïence / Loza vidriada Praça do Império · 1449-003 Lisboa · Tel: 21 361 2878 / 21 361 2913 · Fax: 21 361 2570 · [email protected] · www.museuberardo.pt Junho 2009 Existen pocos términos en la historia del arte que hayan sido usados de una forma tan confusa como el de “art decó”. El Art Decó, corriente esencialmente figurativa, ecléctica e individualista, no posee una unidad formal y, por esta razón, no puede ser calificado verdaderamente como “estilo”. Bautizadas como Art Déco en la década de 1960, las creaciones de los años de 1920 culminan con la Exposición Internacional de Artes Decorativas e Industriales Modernas, organizada en París, en 1925. Contemporáneos y modernistas se aproximan, se oponen y se ignoran en esta manifestación que, aún así, marcaría los espíritus y tendría una enorme repercusión. ¿Cómo caracterizar esta corriente estética? Esta es, precisamente, la cuestión que formulamos, ya que sus producciones van a buscar influencias en la tradición del uso de maderas exóticas, de los metales más refinados o de las decoraciones florales y, simultáneamente, en el arte moderno, desde el cubismo a los primeros abstractos. También es un movimiento que vacila entre el arte destinado a la alta burguesía y el arte social. La exposición de 1925 sería una especie de resumen de estas contradicciones. Escogiendo como tema la concepción de una embajada francesa, la Société des Artistes Décorateurs se inclinaba hacia un objeto de “buen gusto”, sin embargo, algunos de los conceptualistas, como, por ejemplo, Robert Mallet-Stevens o Fernand Léger, introdujeron en su seno la noción de vanguardia. En aquellas circunstancias, era inevitable que los partidarios de la modernidad entablaran rápidamente una polémica con el Art Decó. De esta forma, el arquitecto Auguste Perret defendía que “el Arte Decorativo debe ser suprimido. Para comenzar, me gustaría saber quien juntó estas dos palabras: ‘arte’ y ‘decorativo’. Es una monstruosidad: donde existe el verdadero arte no es necesaria la decoración”. Le Corbusier escribiría en tono hiriente: “el arte decorativo es una herramienta, una bella herramienta” o “el gran arte vive de medios pobres. Los resplandores están bien en el agua”. (Le Corbusier, L’Art décoratif aujourd’hui, 1ª edición, 1925). Actividades Educativas 24/06 – 20/09/2009 PT EN FR Art Déco e seus inimigos Art Deco and its enemies Art Déco et ses ennemis Na história da arte existem poucos termos que tenham sido utilizados de uma forma tão confusa quanto o de «art déco». A Art Déco, que é uma corrente essencialmente decorativa, eclética e individualista, não possui uma unidade formal e, por essa razão, não pode verdadeiramente ser qualificada de «estilo». Baptizadas de Art Déco nos anos de 1960, as criações dos anos de 1920 culminam na Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, organizada em Paris, em 1925. Contemporâneos e modernistas aproximam-se, opõem-se e ignoram-se nesta manifestação que, contudo, marcará os espíritos e terá uma enorme repercussão. Como caracterizar esta corrente estética? Esta é, precisamente, a questão que se coloca já que as suas produções vão, simultaneamente, buscar influências à tradição do uso de madeiras exóticas, de metais requintados, de decorações florais, mas também à arte moderna, desde o cubismo aos primeiros abstraccionistas. É, também, um movimento que hesita entre a arte destinada à grande burguesia e a arte social. A exposição de 1925 será uma espécie de resumo destas contradições. Escolhendo como tema a concepção de uma embaixada francesa, a Société des Artistes Décorateurs inclinava-se para um objecto de «bom gosto», mas alguns dos conceptualistas introduziram aí a noção de vanguarda, como, por exemplo, Robert Mallet-Stevens ou Fernand Léger. Nestas circunstâncias, é inevitável que os partidários da modernidade entrem rapidamente em polémica com a Art Déco. Desta forma, o arquitecto Auguste Perret defendia que «a Arte Decorativa deve ser suprimida. Para começar, eu gostaria de saber quem é que juntou as duas palavras: “arte” e “decorativa”. É uma monstruosidade: onde existe a verdadeira arte não é necessária a decoração.» Le Corbusier escreverá também, de forma acutilante: «a arte decorativa é a ferramenta, uma bela ferramenta» ou ainda «A grande arte vive de meios pobres. Os fulgores ficam bem na água.» (Le Corbusier, L’Art décoratif aujourd’hui, primeira edição, 1925). A apresentação da importante colecção de mobiliário e objectos de José Berardo procura revelar os triunfos da Art Déco, com figuras como Émile Jacques Ruhlmann (1879-1933) ou Jean-Michel Frank (1895-1941), passando por René Lalique (1860-1945) ou Jules Leleu (1883-1961). Estes objectos são recolocados no contexto da Exposição de 1925, testemunho de uma época que constitui, juntamente com o filme de Marcel L’Herbier, L’Inhumaine (1924) – de que são apresentados extractos –, um verdadeiro manifesto. Mas esta exposição revela também a reacção dos inimigos da Art Déco, como Le Corbusier (1887-1965), Eileen Gray (1878-1976), Marcel Breuer (1902-1981) e Jean Prouvé (1901-1984). Deste último, o museu apresenta, pela primeira vez, um raro exemplar do Pavillon démontable (uma casa em madeira), encomendado em 1944 para realojar os habitantes do Este de França que haviam perdido as suas habitações devido aos bombardeamentos. Este pavilhão é uma das recentes aquisições da colecção do museu. Jean Royère Mesa / Table França / France / Francia (1960s) Ferro dourado, mármore / Gilt iron, marble / Fer doré, marbre / Hierro dorado, mármol There are few terms in art history which have been used so haphazardly as “art deco”. Art Deco is an essential decorative, eclectic and individualistic current which lacks formal unity, and so fails to qualify properly as a “style”. The term was invented in the 1960s to describe objects created in the 1920s, culminating in the Exposition internationale des art décoratifs et industriels modernes, held in Paris in 1925, where contemporary and modern design currents jostled for attention: the event marked an epoch and was to have a profound and wide ranging impact. How can we describe this aesthetic? That is precisely the question, because its manifestations draw both on the tradition of exotic woods, refined metals and floral decoration but also on modern art, from cubism to early abstract works. This is also a movement that hesitates between art for the burgeoning middle classes and art with a social conscience. The 1925 Exposition turned out to be a sort of catalogue of these contradictions. In choosing as its theme the design for a French Embassy, the Société des Artistes Décorateurs betrayed a leaning towards “good taste”, but some of the designers – such as Robert Mallet-Stevens and Fernand Léger – ushered in the avant-garde. In these circumstances, it was inevitable that the champions of modernism would soon pick a quarrel with Art Deco. The architect Auguste Perret raged that “l’Art Décoratif should be done away with: I would first like to know whose idea it was to couple the words art and decorative. It’s monstrous: where real art exists, no decoration is needed”. Le Corbusier also hit out against the current: “decorative art is just utensils, nice utensils”, and also “Great art lives on scanty means. Glitter is right for water.” (translated from Le Corbusier, L’Art décoratif aujourd’hui, first edition, 1925). This presentation of José Berardo’s large collection of furniture and objects seeks to show Art Deco at its most successful, through figures such as Émile Jacques Ruhlmann (1879-1933) and Jean-Michel Frank (1895-1941), as well as René Lalique (1860-1945) or Jules Leleu (1883-1961). These objects are restored to the context of the 1925 Exposition, bearing witness to the taste of an epoch; alongside Maurice l’Herbier’s film, L’Inhumaine (1924), presented here in excerpts, these pieces present a virtual manifesto. But the exhibition also shows the reaction from Art deco’s detractors, like Le Corbusier (1887-1965), Eileen Gray (1878-1976), Marcel Breuer (1902-1981) and Jean Prouvé (1901-1984). The museum here presents for the first time a rare example of Prouvé’s Pavillon démontable (a wood house), commissioned in 1944 to rehouse the inhabitants of Eastern France who had lost their homes in the bombing raids. This prefab is one of the latest acquisitions of the museum collection. Atribuído a / Atributed to / Attribué à Paul Kiss Biombo / Screen / Paravent / Pantalla França / France / Francia, 1920s Ferro forjado / Wrought iron / Fer forge / Hierro forjado Il existe peu de termes en histoire de l’art qui aient été utilisés d’une manière aussi désordonnée que l’ «Art Déco»: l’Art Déco qui est un courant essentiellement décoratif, éclectique et individualiste ne possède pas d’unité formelle, il ne peut donc pas réellement être qualifié de «style». Baptisé Art Déco dans les années 1960, les créations des années 1920 culminent dans l’Exposition internationale des arts décoratifs et industriels modernes organisée à Paris en 1925: contemporains et modernes se côtoient, s’opposent et s’ignorent dans cette manifestation, qui pourtant marquera les esprits et aura une très grande répercussion. Comment caractériser cette esthétique ? Telle est précisément la question, car ses réalisations puisent á la fois dans la tradition des bois précieux, des métaux raffinés, des décorations florales mais aussi dans l’Art moderne, du cubisme aux premiers abstraits. C’est aussi un mouvement qui hésite entre l’art destiné à la grande bourgeoisie et l’art social. L’exposition de 1925 sera une sorte de résumé de ces contradictions. En choisissant comme sujet la conception d’une Ambassade française, la Société des Artistes Décorateurs penchait vers un objet de « bon goût » mais certains des concepteurs y firent entrer l’avant-garde, comme Robert Mallet-Stevens ou Fernand Léger. Dans ces conditions, il est inévitable que les tenants de la Modernité polémiquent très tôt avec l’Art Déco. Ainsi l’architecte Auguste Perret pensait que «l’Art Décoratif est á supprimer: je voudrais d’abord savoir qui a accolé des deux mots art et décoratif. C’est une monstruosité: Là où il y a de l’art véritable, il n’est pas besoin de décoration.». Le Corbusier écrira de manière percutante : «l’art décoratif c’est de l’outillage, du bel outillage.» ou encore «Le grand art vit de moyens pauvres. Les rutilances vont à l’eau.» (Le Corbusier, L’Art décoratif aujourd’hui, première édition, 1925). La présentation de l’important fonds de mobiliers et d’objets de José Berardo tente de montrer l’Art Déco dans ses réussites avec les figures de Émile Jacques Ruhlmann (1879-1933) à Jean-Michel Frank (1895-1941), en passant par René Lalique (1860-1945) ou Jules Leleu (18831961). Ces objets sont remis dans le contexte de l’Exposition de 1925, témoignage du goût d’une époque qui produit également, avec le film de Marcel L’Herbier, L’Inhumaine (1924) – présenté ici en extraits –, un véritable manifeste. Mais l’exposition montre aussi la réaction des ennemis de l’Art Déco, avec Le Corbusier (1887-1965), Eileen Gray (1878-1976), Marcel Breuer (1902-1981) et Jean Prouvé (1901-1984). De ce dernier, le Musée présente pour la première fois un rare exemplaire du Pavillon démontable (une maison en bois) commandé en 1944 pour reloger les habitants de l’Est de la France ayant perdu leur logement du fait des bombardements. Ce pavillon est une des récentes acquisitions de la collection du Musée. Marcel Breuer Cadeirão Wassily / Wassily armchair / Fauteuil Wassily / Sillón Wassily França / France / Francia, c. 1925 Metal tubular, cabedal / Tubular metal, leather / Métal tubulaire, cuir / Metal tubular, cuero