IMI no Porto a subir, casas devolutas sem penalização
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IMI no Porto a subir, casas devolutas sem penalização
Site Distrital do Porto - Bloco de Esquerda IMI no Porto a subir, casas devolutas sem penalização 18-Mai-2012 Com os imóveis a serem reavaliados pelas finanças, a proposta do executivo camarário de manter a taxa de IMI para 2012, significa na realidade mais a pagar, em tempo de crise. Mas prédios há muito devolutos continuam sem penalização, como a lei permite, para desincentivar especulação. Por isso Bloco votou contra. Comunicado apresentado em conferência de imprensa: IMI para 2013: Câmara do Porto ao assalto ... 1 - Na assembleia municipal do Porto realizada na 2ª feira, 14/5, foi aprovada (apenas com os votos contra do BE) uma proposta do Executivo que mantém, para 2013, o mesmo valor da taxa do IMI em vigor, isto é, 0,7% para os prédios urbanos e 0,4% para os prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI; 2 - O imposto municipal sobre imóveis (IMI) é uma das principais receitas dos municípios. Nos últimos anos o montante recebido em todo o país aumentou 59%, passando de 667,8 milhões de euros em 2003 para mais de mil milhões em 2008. Em 2011 o IMI arrecadado atingiu 1,2 mil milhões de euros. Também no município do Porto se tem registado um crescimento desta receita: em 2002 foram cobrados 33,7 milhões, em 2009 foram recebidos quase 40 milhões de euros, em 2010 e 2011 o valor cobrado foi superior a 42 milhões de euros. 3 - O artigo 112º do Código do IMI, já com as alterações introduzidas pela Lei nº 64-B/2011 que aprovou o OE/2012, dispõe que as deliberações dos municípios, que fixam anualmente as taxas do IMI, devem ser comunicadas até 30 de Novembro à Direção Geral dos Impostos. Uma primeira questão tem que se colocar: porquê esta pressa da Câmara do Porto em fixar, já em Maio, a taxa do IMI a cobrar em 2013? 4 - Está a decorrer uma avaliação geral de mais de 5 milhões de imóveis urbanos, com o significativo aumento do valor patrimonial tributário sobre o qual incide a taxa de IMI fixada por cada município. Num momento em que o governo da Troika está a executar um programa de empobrecimento forçado da maior parte da população, o município do Porto não pode deixar de equacionar o abaixamento das taxas de IMI, não apenas porque os desempregados registados na cidade atingiram em Março último o número nunca antes alcançado de 17.158 (dos quais mais de 2.600 são licenciados), mas também pelo crescimento da pobreza e ainda por razões de prudência e rigor na gestão dos impostos. A http://antigo.porto.bloco.org Produzido em Joomla! Criado em: 1 October, 2016, 15:23 Site Distrital do Porto - Bloco de Esquerda segunda questão a colocar é esta: porque é que a Câmara do Porto mantém para 2013 a mesma taxa de IMI quando sabe que o aumento em curso do valor patrimonial tributário vai fazer crescer brutalmente o IMI a pagar pelos contribuintes? 5 - Na sessão da assembleia municipal de 14 de Maio, o BE apresentou uma recomendação ao Executivo para que elaborasse em seis meses (até 30 de Novembro) um estudo técnico sobre o impacto nas finanças municipais, entre outras variáveis, da fixação da taxa do IMI para 2013 pelos valores mínimos (0,5% para os prédios urbanos e 0,3% para os prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI). Com base nessa análise, para a qual a Câmara possui todos os recursos necessários, o município do Porto poderia deliberar com conhecimento e suficiente fundamentação sobre uma taxa de IMI mais adequada à situação de crise económica e social em que vivem as famílias. A terceira questão é: porque é que PSD e CDS-PP, e também o PS, votaram contra a recomendação do BE para a elaboração pelos serviços municipais dum estudo técnico sobre o IMI? 6 - Como resposta à reconhecida degradação do edificado e à falta de habitação acessível às famílias com poucos rendimentos, é importante utilizar todas as possibilidades abertas pelo artigo 112º do CIMI para incentivar o arrendamento e a reabilitação do edificado: fixação de taxas de IMI por freguesia (podendo desta forma tornar-se mais atrativa a residência em certas áreas do concelho), majoração até 30% da taxa aplicável a prédios urbanos degradados e ainda a redução até 20%, da taxa a aplicar aos prédios urbanos arrendados, abrangendo, por ex., os situados na Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística do concelho do Porto (ACRRU), como propôs o BE na recomendação chumbada pela coligação de direita e pelo PS. Para além da elevação da receita do IMI, trata-se de combater a injustiça fiscal, entre quem mantém os imóveis em condições de utilização e outros proprietários que, deixando os prédios ao abandono, não respeitam a finalidade habitacional dos imóveis. Uma quarta questão: porque é que a Câmara Municipal do Porto não tem usado as possibilidades previstas no CIMI de proceder à identificação dos prédios ou frações autónomas devolutas, degradas ou em ruínas, com vista à penalização fiscal dessas situações anti-sociais? 7 - O facto duma proposta de taxas do IMI tão contrária aos interesses das cidadãs e cidadãos do Porto ter sido aprovada por unanimidade na reunião do Executivo municipal, é muito preocupante. É que a cidade do Porto, até para inverter a década de declínio a que a coligação de direita PSD/CDS-PP a condenou, precisa duma proposta credível de governação à esquerda. O BE tem-se empenhado em construir no dia a dia uma resposta de esquerda. Mas uma proposta de esquerda, consistente e mobilizadora da cidadania, não se construirá com votações descuidadas, sem ponderação dos impactos sociais das propostas elaboradas pela coligação de direita. Daí uma última questão: poderá um projeto de esquerda mobilizar as cidadãs e os cidadãos do Porto sem demarcação política com o programa que a direita tem estado a aplicar na cidade? http://antigo.porto.bloco.org Produzido em Joomla! Criado em: 1 October, 2016, 15:23 Site Distrital do Porto - Bloco de Esquerda 8 - As cidadãs e os cidadãos do Porto têm que opor-se à proposta aprovada que mantém para 2013 as taxas do IMI de 0,7% e 0,4%. É inaceitável que os decisores municipais não tenham em conta a diminuição dos rendimentos familiares, nem o aumento brutal da carga fiscal que a avaliação geral de vários milhares de prédios urbanos vai desencadear. Petições contra as exorbitantes taxas do IMI agora fixadas pelo município Porto e outras formas de expressão da vontade cidadã são necessárias contra o assalto, em marcha, aos bolsos duma parte significativa da população do Porto. O BE/Porto cumprirá o seu papel, em defesa de todas e todos que escolheram viver na cidade do Porto. O grupo municipal do Bloco de Esquerda http://antigo.porto.bloco.org Produzido em Joomla! Criado em: 1 October, 2016, 15:23
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