Por que implantar a CBHPM 5ª edição?

Transcrição

Biênio 2010/2011
Out/Nov/Dez de 2010 - Ano 6 - Nº 04
Por que implantar a
CBHPM 5ª edição?
A CBHPM é o parâmetro mínimo de remuneração
dos honorários médicos;
ANS adotou o padrão de códigos da CBHPM
no TUSS;
Os valores de honorários praticados nos
procedimentos serão negociados;
Não é mais considerado como cartel
utilizar a CBHPM;
As diretrizes são importantes para apoiar as
decisões de procedimentos;
mais informações no site: www.sbacv.com.br
A escleroterapia é procedimento estético, excluído
de cobertura pelos convênios;
O desrespeito às decisões de classe pode ser
considerado infração ética pelo CFM.
página 04
2011
Diretoria apresenta
objetivos para o novo ano
página 24
Parceria
Sociedade fecha
acordo com entidade
intervencionista
vascular americana
página 12
XIX ENCONTRO DOS EX-ESTAGIÁRIOS
DO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR
DO HOSPITAL DA BENEFICÊNCIA
PORTUGUESA DE SP
12 DE FEVEREIRO DE 2011
"Os exames sosticados já superam um bom
Exame Clínico de seu paciente?…"
"Existem Armadilhas dos exames de Imagem
na Doença Vascular?…"
"Quais os melhores exames para interpretar
a Doença Vascular?…"
"Quer saber mais?"
Inscrições gratuitas a partir de 3 de janeiro pelo e-mail:
[email protected]
Mais informações: www.sbacvsp.com.br
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Sumário
Nota do editor
02
editorial do presidente
03
comunicados oficiais
SBACV exige de operadoras adoção da CBHPM 5ª edição
04
IMAGO chega a cerca de 800 pessoas
06
Sociedade finaliza suas primeiras diretrizes
08
Salas da sede homenageiam ex-presidentes
10
SBACV firma parceria com entidade americana no VIVA
12
Exame da SBACV com CBR tem maior índice de aprovação
13
Nova prova de título é mais criteriosa e abrangente
14
Como passar na prova de título de especialista?
16
Caminhada pela Circulação faz sucesso em Maceió e Salvador
18
SBACV promove mutirão em Paulo Afonso e Macapá
20
Itabuna e Arapiraca recebem “Do olho ao pé”
21
Mapeamento venoso sobre a pele ganha prêmio
22
Conselho Científico padroniza termos de consentimento
23
Nova SBACV completa um ano de realizações
24
regionais
Minas faz balanço de atividades de 2010
27
sbacv entrevista
“Convênios deveriam ser restritos a empresas”
faz a diferença
O responsável pela união das regionais do N e NE
30
debate saúde
Você sabe como patentear sua criação?
32
Chicago sedia Congresso Vascular em 2011
34
Espaço Cultural
36
Calendário de eventos
37
Angiologia e Vascular em Notas
39
dicas
perfil regional
Confira o número atualizado de sócios no país
40
normas de publicação
44
28
Nota do Editor
Ano 6 – Nº 04 – Outubro, Novembro e Dezembro de 2010
Diretoria
O
É a hora da
defesa profissional
papel do cirurgião vascular
e do angiologista na sociedade civil é muito relevante, entretanto, assim como muitas
outras especialidades médicas, não
tem recebido seu real valor. A 5ª edição da CBHPM urge ser implantada, ainda que tardiamente. É preciso
fazer valer o que fora proposto no
início da última década. A luta por
esta conquista tem vários estágios e
um objetivo concreto: garantir os parâmetros mínimos de remuneração.
O entendimento entre as sociedades
médicas, ANS e saúde suplementar
já vem ocorrendo e teve seu ponto
alto em novembro no lançamento
da “Campanha Nacional de Defesa
Profissional”.
A atual diretoria entende que
uma Sociedade grande só é possível
graças ao trabalho árduo dos seus
antecessores. Desta forma, homenageamos os colegas Márcio Leal
de Meirelles, Liberato Karaoglan de
Moura e Airton Delduque Frankini
com seus nomes nas salas da sede.
Integrando representantes de diferentes gerações, visamos ao crescimento da nossa entidade e ao benefício de nossos associados.
Outro destaque dessa edição do
Boletim Circulação é o resultado de
reuniões científicas empreendidas
pela SBACV junto às regionais que
geraram ações sociais relevantes,
que ocorrerão nos próximos meses
em cidades do interior: Mutirão do
Programa do Olho ao Pé em Itabuna
(BA), Arapiraca (AL) e Macapá (AP)
e o Mutirão de Fístulas em Paulo
Afonso (BA).
A 5ª edição da CBHPM
urge ser implantada,
ainda que tardiamente
Aproveitando nossa última
edição do ano e em nome de toda
a diretoria da SBACV, gostaria de
desejar um Feliz Natal aos nossos
associados e um ano de 2011 repleto de conquistas e sucesso para a
nossa classe. Desde o início dessa
gestão nosso grande objetivo tem
sido garantir melhores condições
de remuneração e trabalho para
você, associado. Então, entre nessa
luta também, pois somente unidos
temos força!
Boa leitura!
Dr. Marcelo Araújo, editor e secretário geral da SBACV
[email protected]
ERRATA
Na edição de Jul/Ago/Set de 2010, ano 6, nº 03, na página 34, o local provável para o IX
IMAGO é os Estados Unidos.
O Boletim Circulação quer ouvir você: [email protected]
02 |
CIRCULAÇÃO |
Out•Nov•Dez de 2010
Presidente
Guilherme Benjamin Brandão Pitta (AL)
Vice-Presidente
Solange Seguro Meyge Evangelista (MG)
Secretário Geral
Marcelo Araújo (AL)
Vice-Secretário
Claudio Santana Ivo (MG)
Tesoureiro Geral
Raquel Teixeira Silva Celestino (AL)
Vice-Tesoureiro
Carlos Alberto Gomes Soares (PE)
Diretor Científico
Luiz Francisco Poli de Figueiredo (SP)
Vice-Diretor Científico
Ricardo Costa Val do Rosário (MG)
Diretor de Publicação
Gilberto Gonçalves de Souza (RS)
Vice-Diretor de Publicação
Júlio Joaquim Pierin Siqueira (PR)
Diretor de Defesa Profissional
Edno Lopes Caldeira (MG)
Vice-Diretor de Defesa Profissional
Dino Fecci Colli Júnior (SP)
Diretor de Patrimônio
José Olímpio Maia de Vasconcelos (PE)
Vice-Diretor de Patrimônio
João Batista Costa Holanda (CE)
Expediente
www.sbacv.com.br
Editor
Marcelo Araújo
Jornalista Responsável
Aline Thomaz (MTb 25937/RJ)
Repórteres
Aline Thomaz
Rose Rocha
Fotos
Acervo SBACV
Projeto Gráfico e Diagramação
Zeppelini Editorial
Tiragem
3.000 exemplares
Anúncios
(11) 5084 6493 e [email protected]
Correspondência
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(11) 5084 6493
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O Boletim Circulação é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira
de Angiologia e Cirurgia Vascular,
distribuído gratuitamente a todos associados da entidade. As afirmações e
opiniões emitidas em artigos no Boletim
Circulação são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem a opinião
da Sociedade Brasileira de Angiologia
e Cirurgia Vascular. A publicação de
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eficácia, segurança ou outros atributos
expressos pelos anunciantes. O Boletim
Circulação e a Sociedade Brasileira de
Angiologia e Cirurgia Vascular se eximem de qualquer responsabilidade por
lesões corporais ou à propriedade, decorrentes de ideias ou produtos mencionados nessa publicação.
Editorial do Presidente
Por que implantar a
CBHPM 5ª edição?
O
s Fóruns das regionais da
SBACV e o Workshop de Defesa
Profissional sobre procedimentos médicos, diretrizes, TISS (Troca de
Informações em Saúde Suplementar),
TUSS (Terminologia Unificada de Saúde
Suplementar), resolução do CFM sobre
auditoria médica e novo código de ética
médica concluíram ser importante para
nossa especialidade a implantação da
CBHPM 5ª edição (www.amb.org.br/
teste/cbhpm/cbhpm_5a_ed.pdf).
As razões são as seguintes:
1. A CBHPM representa o parâmetro mínimo de remuneração dos
honorários médicos recomendado pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM) e estabelecido
pela Associação Médica Brasileira
(AMB) e representa um grande
avanço no sentido da valorização
da atividade médica;
2. A Agência Nacional de Saúde
(ANS) adotou o padrão de códigos
da CBHPM para a saúde suplementar (convênios, cooperativas, seguro
saúde e planos de saúde privados),
ou seja, as operadoras de planos
de saúde privados terão de adotar
o TUSS (www.amb.org.br/teste/
tuss.html) como referência, o qual
incorporou 100% dos códigos da
CBHPM 5ª edição;
3. Os valores de honorários praticados nos procedimentos serão
oportunamente negociados por
uma comissão mista (AMB, CFM
e Sociedades) com as operadoras
de plano privado de saúde, tendo
como base a CBHPM;
4. Não é mais considerado como
cartel utilizar a CBHPM como
parâmetro para atuação na saúde suplementar, de acordo com
a decisão da 5ª vara do Tribunal
Federal de Justiça (www.amb.org.
br/teste/index.php?acao=mostra_
noticia&id=6273);
5. As diretrizes da AMB/SBACV são
muito importantes para a pesquisa 1,2 e para apoiar as decisões de
procedimentos que são propostos
e colocados na CBHPM 5ª edição e
serão referendadas pela ANS;
6. A escleroterapia estética não deve
ser realizada nos pacientes com
plano de saúde, pois a lei dos planos de saúde (nº 9656/98) exclui
de cobertura os procedimentos de
natureza estética: http://lawyer48.
wordpress.com/2008/01/17/
planos-de-saude/;
Todos os presidentes de regionais
deverão apresentar os resultados de
discussões locais com vistas ao prazo
de 60 (sessenta) dias sugerido à saúde
suplementar (planos de saúde, convênios, cooperativas e seguradoras de saúde) para a discussão e implantação da
CBHPM 5ª edição, a partir do envio da
É importante que
todos participem e
se conscientizem da
importância deste
movimento (...)
comunicação oficial desta decisão pela
SBACV e suas regionais, que aconteceu
no dia 1º de dezembro de 2010, após o
lançamento da “Campanha Nacional
de Defesa Profissional” no dia 25 de novembro de 2010 na Associação Médica
do Paraná (AMP);
É importante que todos participem
e se conscientizem da importância deste
movimento considerando que o não-envolvimento de colegas médicos nos movimentos coletivos, com desrespeito às
decisões de classe, pode ser considerado
infração ética pelo CRM, de acordo com
o novo código de ética médica (http://
www.amb.org.br/teste/downloads/
novocodigoetica.pdf).
Referências:
1. Pitta GBB, Roque FP, Pitta MR. O sexteto mágico da pesquisa clínica. Rev Bras Cir Cardiovasc.
2009;24(2):113-115.
2. Pitta GBB, Castro AA. A pesquisa científica. J Vasc
Bras. 2006;5(4):243-4.
Dr. Guilherme Pitta, presidente
[email protected]
CIRCULAÇÃO |
Out•Nov•Dez de 2010 | 03
Aline Thomaz
Comunicados Oficiais
Em julho, cerca de 60 especialistas se reuniram em São Paulo para discutir como é a relação das operadoras de saúde com o médico em cada estado
SBACV exige de operadoras
adoção da CBHPM 5ª edição
Código representa o parâmetro mínimo de remuneração médica recomendado pelo
Conselho Federal de Medicina e estabelecido pela Associação Médica Brasileira
A
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) lançou no dia 25
de novembro a “Campanha Nacional de Defesa Profissional” na Associação Médica do Paraná, em Curitiba. A entidade terá reuniões com
representantes da saúde suplementar (convênios, cooperativas, seguro
saúde e planos de saúde privados)
para exigir a implantação da 5ª edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), em todo o Brasil. O
04 |
CIRCULAÇÃO |
prazo estabelecido para atendimento da solicitação é de 60 dias a contar
do dia 1º de dezembro de 2010. Esta
é mais uma ferramenta utilizada
pela Sociedade para divulgar, orientar, esclarecer, defender e convidar o
médico associado a participar.
“Queremos dialogar com a saúde
suplementar e caso não consigamos
êxito, podemos fazer um movimento de greve”, afirma o presidente da
SBACV, Guilherme Pitta. As decisões
da SBACV foram respaldadas por
leis e têm o apoio do Conselho Fede-
ral de Medicina (CFM) da Associação
Médica Brasileira (AMB).
Durante o lançamento da Campanha de Defesa Profissional, foram debatidos também outros temas como: as
Diretrizes da SBACV; a escleroterapia
(sim ou não pelo convênio); a proposta
de avaliação dos programas e residências da SBACV; programa de educação
continuada da SBACV e curso preparatório para o Tevasc; resumo do Fórum
de Defesa Profissional e lançamento do
selo de qualidade dos laboratórios não
invasivos.
Bete Faria Nicastro
Razões para
implantação da
CBHPM 5ª edição:
“Queremos dialogar com a saúde suplementar e caso não consigamos êxito, podemos fazer um
movimento de greve”, diz Pitta
Resultado dos Fóruns
Durante este ano, a SBACV realizou fóruns de defesa profissional em
24 estados do país nos meses de maio
e junho. A iniciativa pretendeu discutir e analisar os diversos aspectos que
envolvem a defesa profissional do médico, como sua inserção no mercado
de trabalho, os honorários profissionais, entre outros. Para a coordenadora do Fórum Nacional e vice-presidente da SBACV, Solange Evangelista, os
fóruns cumpriram o objetivo de informar, mas os médicos precisam participar deste trabalho. “Nós vamos fazer
as propostas da SBACV. Mas não existem propostas sem a participação dos
associados. O médico tem uma força
descomunal. Unidos e bem informados temos uma força imensa. Acredito
que devemos ao paciente o resgate do
nosso trabalho, inclusive de nossa remuneração”, afirmou.
A síntese dos 24 fóruns foi levada ao
Workshop de Defesa Profissional, realizado em julho, em São Paulo. As discussões durante o evento apontaram para o
não-atendimento da escleroterapia esté-
tica pelos convênios e pela implantação
da CBHPM 5ª edição.
De acordo com a coordenação do
Fórum Nacional, os estados de Ser-
gipe, Paraná, Santa Catarina e Maranhão utilizam a CBHPM 4ª edição.
Pernambuco trabalha com base na
AMB 90 e 92 e o estado da Paraíba já
utiliza a CBHPM 5ª edição.
Após avaliar os avanços das ati-
vidades pela defesa profissional da
especialidade, Solange Evangelista
apoia a articulação junto a entidades
médicas. “Precisamos resgatar esse
entrosamento com a ANS, Conselho
de Honorários Médicos, operadoras
de Plano de Saúde, CRM e políticos.
Essa relação é importante e não esta-
mos cobrando nada, apenas lutando
por nossos direitos”. Solange acredita
que o médico deve ter perfeita com-
preensão da sua legislação, direitos
e obrigações, dentro dos padrões éti-
cos, técnicos e científicos, “É somente
com união e mobilização que avançaremos em nossa defesa profissional,
vamos nos mobilizar, sair da omis-
1.A CBHPM representa o parâmetro
mínimo e ético de remuneração
dos honorários médicos
recomendado pelo Conselho
Federal de Medicina (CFM) e
estabelecido pela Associação
Médica Brasileira (AMB) e
representa um grande avanço
no sentido da valorização da
atividade médica;
2.A Agência Nacional de Saúde
(ANS) adotou o padrão de
códigos da CBHPM para a
saúde suplementar, ou seja, as
operadoras de planos de saúde
privados terão de adotar o TUSS
(www.amb.org.br/teste/tuss.
html) como referência, o qual
incorporou 100% dos códigos da
5ª edição da CBHPM;
3.Os valores de honorários
praticados nos procedimentos
serão oportunamente
negociados por uma comissão
mista (AMB, CFM e sociedades)
com as operadoras de plano
privado de saúde, tendo como
base a CBHPM;
4.Não é mais considerado como
cartel utilizar a CBHPM como
parâmetro para atuação na
saúde suplementar, de acordo
com a decisão da 5ª vara do
Tribunal Federal de Justiça
(www.amb.org.br/teste/
index.php?acao=mostra_
noticia&id=6273).
5.As diretrizes da AMB/SBACV
são muito importantes para
a pesquisa e para apoiar as
decisões de procedimentos que
são propostos e colocados na 5ª
edição da CBHPM.
6.A escleroterapia estética não
deve ser realizada nos pacientes
com plano de saúde, pois a
lei dos planos de saúde (nº
9656/98) exclui de cobertura
os procedimentos de natureza
estética: http://lawyer48.
wordpress.com/2008/01/17/
planos-de-saude/. (AT)
são”. (AT e RR)
CIRCULAÇÃO |
Especialistas assistem à apresentação da cirurgiã vascular americana Patrícia Thorpe, que falou sobre a recanalização venosa na esclerose múltipla
IMAGO chega a cerca
de 800 pessoas
Cinco anos após a última edição, Congresso acontece em Maceió e é transmitido on-line ao
vivo para todo o país. Associados aprovaram retorno de evento que em 2011 deve ocorrer
nos Estados Unidos
E
m setembro, duas décadas depois da realização do primeiro
Congresso Internacional de Imagem Vascular e após um hiato de cinco
anos do último encontro, a Sociedade
Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular (SBACV) resgatou a realização do IMAGO no Brasil. A 8ª edição
do evento, mais moderna e interativa, reuniu cerca de 100 participantes
brasileiros e estrangeiros em Maceió,
além de aproximados 700 médicos online de todo país durante os dois dias
de evento. O vídeo com as palestras
estão disponíveis no site: www.imagovascular.com
06 |
CIRCULAÇÃO |
Para a SBACV, o IMAGO retoma o objetivo de conglomerar uma
audiência internacional e promover
o intercâmbio entre brasileiros e especialistas latino-americanos, norteamericanos e europeus. O presidente
da SBACV, Guilherme Pitta, defendeu a retomada do evento, que já faz
parte da história da Sociedade. “O
IMAGO está diretamente ligado à
nossa especialidade. O Brasil poderá ser um líder mundial na expansão
das técnicas de análise de imagem
e resgatar a realização de um evento desta importância no país é nossa
responsabilidade”. De acordo com o
presidente, o alto nível do evento foi
atingido sem grande ônus financeiro
para a SBACV. Apenas um custo mínimo foi repassado aos participantes.
Convidados e associados presentes ao Congresso saudaram com entusiasmo a realização da 8ª edição do
IMAGO. Para o médico de São Paulo
Ricardo Aun, a SBACV tomou a decisão certa em resgatá-lo. “É uma iniciativa salutar, e como se trata de evento
internacional, é importante que quando realizado no Brasil, que se escolha
uma capital do Norte ou do Nordeste,
normalmente regiões mais carentes de
informações”, ressaltou.
O professor Winston Yoshida
destacou a importância histórica do
Congresso. “A realização do primeiro IMAGO no Brasil, na década de
90, aconteceu pela ousadia e coragem da médica Merisa Garrido, por
isso é um evento que faz parte da
história da Sociedade. Destaco ainda, a utilização do formato Meeting,
que permitiu o acompanhamento
on-line do evento, abrindo espaço
para participação de profissionais de
todo o Brasil”.
A transmissão on-line aumentou
a visibilidade dos temas do Congresso para aqueles que não foram a Maceió. “Não é sempre que podemos
deixar nossas atividades, nosso consultório para estar em um Congresso. A SBACV foi feliz ao optar por
esse formato”, afirmou o professor
de São Paulo Francisco Oss, um dos
palestrantes do evento.
O IMAGO abordou os principais
temas da especialidade e as novas
tecnologias utilizadas na cirurgia
endovascular. Ganhou destaque os
assuntos relacionados a aneurisma e
à revascularização dos membros inferiores. Entre os convidados estrangeiros presentes, nomes que são destaques na ecografia vascular como
os norte-americanos Frank Lederle,
Patrícia Thorpe e Carlos Donayre e
o brasileiro Sérgio Salles-Cunha, responsável pela introdução do método
no Brasil. Segundo Salles-Cunha,
a representação americana trouxe
para o IMAGO informações de cirurgia, radiologia e ultrassonografia
vascular do Leste, Centro-Oeste e
Oeste dos Estados Unidos.
Entre os palestrantes brasileiros,
presença dos médicos Winston Yoshida, Nelson Wolosker, Sidney Galego,
Francisco Oss, Ricardo Aun, Ricardo
Yoshida, entre outros. Os palestrantes
Durante o evento, foi apresentada a versão preliminar das diretrizes do Pé Diabético e de Varizes
dos Membros Inferiores
Pitta (ao centro) confraterniza com os americanos Carlos Donayre (primeiro à esquerda) e Frank
Lederle (de blusa verde)
brasileiros representam especialistas
de múltiplas áreas da especialidade,
com inovações aplicáveis a regiões
diversas do país.
Durante o evento, a vice-presidente da SBACV, Solange Evangelista, apresentou um resumo das ações
realizadas pela Comissão de Defesa
Profissional. A versão preliminar das
diretrizes do Pé Diabético e de Varizes
dos Membros Inferiores foram apresentadas, respectivamente, pelos médicos Jackson Caiafa e José Aderval
Aragão. (RR)
CIRCULAÇÃO |
História
As duas primeiras edições do IMAGO
foram realizadas em 1990 e 1992, no
Rio de Janeiro. Depois, por iniciativa
da SBACV, o congresso internacional
em língua portuguesa, foi exportado
para Estados Unidos e Europa. Os três
eventos seguintes foram realizados
em Miami, Nuremberg e Barcelona,
respectivamente. Em 2000, o IMAGO
retornou ao Brasil para ser realizado
em grande estilo em Salvador. A
edição seguinte aconteceu em Lima,
no Peru. Cinco anos depois, a SBACV
realiza o evento novamente no Brasil,
desta vez, em Maceió. O próximo
destino do Congresso está previsto
para os Estados Unidos.
Em julho, médicos se reuniram na sede da SBACV para um mutirão de diretrizes
Sociedade finaliza suas
primeiras diretrizes
Programa Diretrizes tem quatro diretrizes em estágio mais avançado de finalização.
“Terapia de Compressão”, “Pé Diabético” e “Aneurisma da Aorta” devem ser
apresentadas no início de 2011
A
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) deve apresentar
no início de 2011 as três primeiras
diretrizes da especialidade: “Terapia
de Compressão”, “Pé Diabético” e
“Aneurisma da Aorta”. O trabalho,
que começou no final de 2009, em
08 |
CIRCULAÇÃO |
2010 ganhou mais celeridade e um
programa específico para acompanhar a construção das diretrizes, o
Divas.
São 11 os estágios para se chegar
a uma diretriz. As diretrizes do “Pé
Diabético”, “Aneurisma da Aorta”,
“Ultrassonografia” e “Varizes” são as
mais avançadas, ou seja, chegaram à
versão preliminar (o 8º estágio do processo). Outras sete estão em processo
considerado avançado, isto é, atingiram o estágio de seleção crítica da evidência (o 6º item na escala de construção). As demais estão na fase inicial, a
de elaboração de perguntas.
Conheça todas as
Diretrizes da SBACV:
Pretendemos acelerar
o processo trabalhando
em grupos menores,
especificando um de
redação e outro de
revisão
- Dr. Aldemar Castro
Em fase de finalização, “Terapia
de Compressão” será a primeira diretriz apresentada pela SBACV. De acordo com o coordenador do trabalho, o
médico mineiro Marcondes Antonio
Figueiredo, o objetivo é finalizá-lo em
novembro. “Falta muito pouco, duas
ou três perguntas e ela estará finalizada. O mais importante é que ela é
nossa, é própria da especialidade. Este
trabalho foi feito a quatro mãos, eu e
o Aldemar [Castro] dedicamos alguns
finais de semana à finalização dessa
diretriz e agora ela está em vias de ser
apresentada”, contou entusiasmado.
Também em estágio avançado, e
devendo ter sua apresentação no início de 2011, a diretriz do “Pé Diabético” entra em fase de finalização. De
acordo com o coordenador Nacional
de Programas Sociais da SBACV, Jackson Caiafa, esta diretriz exigiu um
olhar mais amplo, pois a gravidade e
a extensão das complicações que atingem os pés dos diabéticos demandam
a implantação de um modelo diferenciado de atenção que possa prover
uma assistência primária de qualidade e um nível secundário especializado, de atuação interdisciplinar, com
acessibilidade imediata e capacidade
resolutiva. “Trabalhamos com um
grupo de dez pessoas em um processo
•
•
•
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lento, de muito estudo, responsabilidade e dedicação, e agora faltam são
detalhes, para que mais uma diretriz
da SBACV seja apresentada”.
•
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•
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Metodologia
•
•
•
•
A nova metodologia de diretrizes apresentada pela Associação
Médica Brasileira (AMB) é mais detalhada e mais complexa que a anterior. Por este motivo, para capacitar
os médicos que trabalham na construção dessas diretrizes, a SBACV,
em parceria com a AMB, já realizou
cinco oficinas. De acordo com o coordenador Nacional do Programa
Diretrizes, Aldemar Araújo Castro, o
novo modelo é mais completo. “Tivemos que começar do zero, pois a
nova proposta da AMB é mais rica
e detalhada. Para capacitar outros
associados na construção das diretrizes fizemos uma 5ª oficina, em Goiânia, no dia 20 de novembro”, disse.
Para acelerar o processo, que exige
tempo e responsabilidade, o coordenador do Divas diminuiu o tamanho dos
grupos. “Pretendemos acelerar o processo trabalhando em grupos menores,
especificando um de redação e outro
de revisão. Depois colocaremos no site
para consulta pública”, afirmou Cas-
•
•
•
•
•
Acesso vascular para
hemodiálise
Aneurisma da aorta
Doença arterial periférica
Doença cérebro-vascular
extracraniana
Doença linfática
Doença venosa pélvica
crônica
Escleroterapia
Feridas
Hipertensão arterial
renovascular
Índice tornozelo-braquial
Isquemia mesentérica
Pé diabético
Terapêutica venotônica e
linfocinética
Terapia de compressão dos
MMII
Trauma vascular
Trombofilias
Trombose venosa profunda
Ultrassonografia aortoilíaco
na DAOP
Ultrassonografia de
carótida/vertebral
Ultrassonografia de MMII
na DAOP
Ultrassonografia de varizes
dos MMII
Varizes dos MMII
tro. O objetivo da Sociedade é apresentar dez diretrizes até o final da gestão e
deixar outras dez em andamento.
A participação dos associados por
meio do site das Diretrizes da SBACV
(www.sbacv.com.br), enviando perguntas e sugestões, tem sido grande.
Os e-mails recebidos pela coordenação
do Divas vão desde reclamações a indicações de referências teóricas seguras. Tomar parte na concepção dessas
diretrizes é uma sinalização do enten-
dimento de angiologistas e vasculares
sobre a importância da implementação, como processo de consolidação da
diretriz na prática clínica. (RR)
CIRCULAÇÃO |
Diretoria da SBACV inauguram a placa do Espaço Circulação na sede da Sociedade, em São Paulo, que homenageia sócios fundadores da entidade
Salas da sede homenageiam
ex-presidentes
Sala da presidência recebe o nome de Márcio Leal de Meirelles, sala de reuniões de
Liberato Karaoglan de Moura e da gerência de Airton Delduque Frankini
A
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) batizou, em agosto, as salas
da sede em São Paulo em homenagem
a alguns associados. A secretaria passa
a se chamar Espaço Circulação com homenagem em placa a seus sócios eméritos fundadores. Já outras três salas
ganharam o nome de ex-presidentes:
a da presidência se chama Márcio Leal
de Meirelles, a de reuniões, de Liberato
Karaoglan de Moura, e a da gerência, de
Airton Delduque Frankini.
10 |
CIRCULAÇÃO |
Os eméritos homenageados no
Espaço Circulação são: Amélio Pinto Ribeiro (RJ), Celso Luiz Santiago Figueiroa (BA), George Charles
Lemos Cordeiro (SP), Luiz Edgard
Puech Leão (SP), Mário Degni (SP),
Romero da Gama Marques (PE),
Rubens Carlos Mayall (RJ), Sidney
Arruda (RJ) e Arthur Mickelberg
(RS).
“Fizemos uma homenagem
aos fundadores da Sociedade e aos
ex-presidentes que viabilizaram a
sede da SBACV. Na gestão do Dr.
Meirelles, ficou decidido que a
SBACV teria uma sede em São Paulo. O Dr. Karaoglan foi o grande
mentor operacional e orçamentário
que conseguiu em sua gestão deixar verba em caixa para a aquisição
da sede, que aconteceu na gestão
do Dr. Frankini”, explica o presidente da SBACV, Guilherme Pitta.
Conheça um pouco mais os três expresidentes que agora batizam as
três salas da sede:
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Dr. Márcio Leal de Meirelles (SC) – sala da presidência
Ex-presidente da SBACV nacional (2001/2003) e da regional Rio de Janeiro (1997/1999),
membro do Conselho Superior da Sociedade desde 2005, com mais de 30 anos de experiência
como cirurgião vascular do Hospital Municipal Souza Aguiar e ex-conselheiro do Cremerj, o
médico catarinense Márcio Meirelles é quem batiza a sala da presidência. “Recebi essa honrosa
notícia com surpresa e humildade. Entendendo tratar-se de uma homenagem muito além dos
meus eventuais méritos. Uma manifestação inequívoca de generosidade da diretoria da SBACV”, afirmou.
Na sua gestão como presidente da entidade, Meirelles ressalta importantes realizações
como a preservação das duas especialidades (a Angiologia e a Cirurgia Vascular) e suas respectivas áreas de atuação e a regulamentação da Residência Médica e dos procedimentos de alta
complexidade. “Creio ter sido também relevante termos conseguido assegurar aos vasculares
o direito de praticarem os procedimentos angiorradiológicos e endovasculares”, disse. Em sua
gestão também nasceu o Jornal Vascular Brasileiro, órgão científico oficial da SBACV, e foi iniciado o processo de reforma do estatuto da Sociedade.
Dr. Liberato Karaoglan de Moura (BA) – sala de reunião
O baiano Liberato Karaoglan de Moura, que agora nomeia a sala de reunião da SBACV, é
chefe do serviço de Angiologia/Cirurgia Vascular/Endovascular do Hospital São Rafael, em
Salvador. A instituição baiana e seu serviço na área são os únicos reconhecidos pela SBACV no
Norte e Nordeste com estágio em pós-graduação em Cirurgia Vascular e Endovascular. Foi presidente tanto da nacional (2004/2005) quanto da regional Bahia (1987/1989) da Sociedade, tendo participado de várias diretorias e Departamentos da SBACV. Já fez parte da elaboração de
sete concursos para Área de Atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular. “Recebemos essa homenagem com muita honra, em nome de toda nossa Diretoria, como um reconhecimento de todo o esforço da nossa gestão e da SBACV em geral em viabilizar financeiramente
a compra da nossa sede definitiva em São Paulo. Dividimos então com nossa comunidade esta
tão significativa homenagem”, disse.
Dr. Airton Delduque Frankini (RS) – sala da gerência
Há 20 anos como membro das gestões que dirigiram a SBACV nacional, ex-presidente da
nacional (2006/2007) e ex-presidente da regional Rio Grande do Sul por três vezes (1990/1991,
1992/1993 e 2002/2003), Airton Delduque Frankini agora é o nome da sala da gerência. “Sentime extremamente honrado com a atitude da atual diretoria nacional da SBACV, mesmo reconhecendo que apenas cumpri com meu dever na aquisição e montagem da sede, tendo em
vista o cargo que ocupava na época ao lado do momento vivido pela Sociedade. Seja como for,
trata-se de uma lembrança que ficará registrada para sempre na sede de nossa Sociedade”.
Entre as atividades atuais do médico estão a cadeira de professor adjunto de Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, as presenças no Câmara Técnica em Angiologia e Cirurgia Vascular do Conselho Regional
de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul e no Conselho Universitário da Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Na Sociedade, Frankini participa como membro
do Conselho Editorial do JVB, órgão científico oficial da SBACV, do Conselho Superior da SBACV, cargo vitalício assumido em 2010. (AT)
CIRCULAÇÃO |
Presidente da SBACV (no canto superior esquerdo) entre outros líderes vasculares para foto oficial do evento
SBACV firma parceria
com entidade
americana no VIVA
Médicos brasileiros passam a ter espaço para publicar
artigos científicos na revista Annals of Vascular Surgery
E
m meados de outubro, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular
(SBACV) foi convidada para participar como uma das embaixadoras
do Vascular Interventional Advances
(VIVA), congresso anual da instituição intervencionista vascular
americana, em Las Vegas (EUA).
Durante o encontro, as entidades fecharam uma importante parceria: a
partir de agora os médicos brasileiros publicarão artigos nos Annals of
Vascular Surgery, que em 2011 passa
a ser mensal.
12 |
CIRCULAÇÃO |
Os cirurgiões vasculares Nelson
Wolosker e Marcondes Figueiredo
serão os editores responsáveis por
receber e aprovar o material para a
publicação. A SBACV ainda define o
nome de mais seis médicos que farão
parte dessa Comissão.
“O encontro foi sensacional para a
SBACV devido à cooperação científica
e política firmada entre as Sociedades.
Nosso objetivo é disseminar o conhecimento e transmitir para os associados
o desenvolvimento na área de cirurgia
endovascular”, disse o presidente da
SBACV, Guilherme Pitta. As Socieda-
Almoço de cooperação do Annals Vascular
Surgery com a SBACV. O primeiro à esquerda,
Ramon Berguer, é o editor da revista em que
brasileiros agora poderão enviar seus artigos
para publicação
des espanhola, indiana e francesa já
participam da revista.
De acordo com Pitta, a Sociedade
intervencionista americana tem procurado ouvir as Sociedades de outros países e solicitado a troca de informações
científicas. Além do Brasil, participaram
como embaixadores do encontro deste
ano China, Japão, Chile e Índia. O próximo VIVA será de 18 a 21 de outubro
de 2011 novamente em Las Vegas. (AT)
COLUNA
Os médicos e
a indústria
Professores avaliam se candidato sabe manipular aparelho
Exame da SBACV
com CBR tem maior
índice de aprovação
Dos 66 médicos que realizaram a prova para
habilitação em Ecografia Vascular com Doppler, em
agosto, 42 foram aprovados
N
o fim de agosto, 66 médicos se reuniram em São Paulo para fazerem a segunda fase do exame de suficiência para concessão do certificado de área de
atuação em Ecografia Vascular com Doppler. A prova é organizada e aplicada em conjunto pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular
(SBACV) e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).
De acordo com o coordenador do exame pela SBACV, Domingos Morais, este ano
a prova teve um dos maiores índices de aprovação: 64%, ou seja, 42 médicos garantiram o título.
“Tendo-se em vista a complexidade e extensão do assunto, não considero o índice de reprovação [36%] alto”, diz Morais. Para ele, a habilitação é uma prova cabal
e definitiva dos conhecimentos e competência dos candidatos referendada por duas
Sociedades. Morais defende que para realizar o exame no dia a dia é imprescindível
ter o título. “Não existem especialistas sem habilitação mesmo porque esta é uma
prova de habilitação. Infelizmente, existem médicos que sem possuírem a habilitação específica para o exame de ultrassom vascular, principalmente radiologistas (ou
ultrassonografistas gerais), que realizam os exames. Este assunto está sendo discutido pelas Sociedades”, afirma.
Para referendar os especialistas que possuem a habilitação, Morais acredita que
é preciso aumentar a importância do título junto aos convênios, “sugerindo que
aonde existam médicos habilitados, apenas estes sejam credenciados para realização dos exames”. Desde 1997, o exame é anual e composto por duas provas: teórica
seguida de uma prova prática. As datas do exame de 2011 ainda não foram definidas. Fique atento ao site da SBACV (www.sbacv.com.br) para saber mais informações sobre o próximo exame. (AT)
Recentemente a imprensa
publicou matérias sobre a decisão do Conselho Federal de
Medicina (CFM) de trabalhar em
medidas que contribuam para
tornar mais transparente e ética a
relação existente entre a indústria
farmacêutica e os médicos. Um
relacionamento baseado em oferta e recebimento de vantagens é
absolutamente desaconselhável.
Contra isso, atualmente o Conselho trabalha em um protocolo, a ser firmado com entidades
representativas das indústrias,
para banir os excessos.
O tema exige cautela, para
que seja preservado o que é correto nessa relação. Nosso foco
são os abusos. Não podemos
permitir que prescrições ou indicações médicas sejam feitas em
troca de agrados ou brindes. O
médico não pode ser reduzido à
condição de garoto propaganda.
Assim como aqui, no Brasil, em
países da Europa e dos Estados
Unidos também têm crescido a
preocupação com o marketing
agressivo dos laboratórios. O
mundo marcha em direção à
transparência dessas relações –
no Brasil não deve ser diferente.
Dr. Roberto Luiz d´Avila,
presidente do Conselho Federal de
Medicina
CIRCULAÇÃO |
Nova prova de título é mais
criteriosa e abrangente
Exame passa a ser todo computadorizado e ganha etapa em que professores verificarão
se candidatos sabem avaliar fisicamente o paciente
N
os dias 2, 3 e 4 de dezembro,
cerca de 150 especialistas em
angiologia e cirurgia vascular
fazem a nova prova para obtenção do
título de especialista na área, no Mercure Grand Hotel, em São Paulo. Todo
informatizado, o exame passa a ser
dividido em quatro etapas, na ordem:
14 |
CIRCULAÇÃO |
análise curricular, 100 questões objetivas, prova multimídia com discussão
de 10 casos e exame físico oral. É preciso acertar 70% das questões objetivas
para seguir para terceira fase, a prova
de multimídia. A previsão é divulgar
o resultado no dia 6 de dezembro no
site: www.sbacv.com.br.
“Nosso objetivo com as mudanças foi tirar a subjetividade do
exame e fazer uma avaliação mais
criteriosa e não tendenciosa com o
candidato que está sendo analisado. O exame vai avaliar realmente
o médico”, afirma o coordenador
da Comissão de Avaliação do Tí-
"Momento mais importante de
toda a sua carreira"
CIRCULAÇÃO – Qual a importância do
título de especialista?
DR. HENRIQUE GUEDES - O título de
especialista certifica a sua residência, credencia o médico junto às Sociedades médicas e
o defende de qualquer eventualidade que
possa ocorrer durante sua vida profissional.
CIRCULAÇÃO - Qual o seu conselho ao
médico recém-formado que irá fazer a prova este ano?
DR. GUEDES – Que pense que esse é um momento muito importante, talvez, o mais importante de toda a sua carreira de especialista.
Peso das provas
Para o ano que vem, a
SBACV e a regional
São Paulo preparam
cursos on-line mensais
sobre os assuntos que
serão cobrados no
exame de 2011
Prova objetiva
4
Prova multimídia
3
Prova oral física
2
Currículo
1
Total
10
tulo de Especialista em Vascular e
Angiologia (CATE), Henrique Guedes. Para ele, o exame agora é mais
completo, abrangente e direto.
“Passamos de um modelo manual
para um totalmente informatizado.
Isso vai abreviar o resultado final
da prova”.
O novo modelo de avaliação é
baseado na prova de título da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia (SBOT), uma das
mais conceituadas na área médica.
No primeiro dia, os candidatos terão 4 horas para realizar 100 questões em um computador. Cerca de
30 minutos após o encerramento
da prova, o resultado estará dispo-
nível. No dia seguinte, os médicos
têm mais 4 horas para realizarem
as 10 questões de discussão de casos. No último dia, os especialistas
serão arguidos oralmente por cerca
de 20 minutos cada.
Os seis membros da CATE –
Henrique Guedes, Paulo Roberto
Silveira, Fausto Miranda Júnior, Valter Castelli Júnior, Gutenberg Gurgel e Marcos Áreas – se reuniram no
início de novembro para definir as
questões que serão cobradas no exame. Para o ano que vem, a SBACV e
a regional São Paulo preparam cursos on-line mensais sobre os assuntos que serão cobrados no exame de
2011. (AT)
CIRCULAÇÃO |
Como passar na prova de título
de especialista?
Primeiros lugares do concurso especial para médicos formados há mais de 15 anos,
realizado em julho, afirmam que dedicação ao estudo é fundamental
Q
ual o segredo para ser aprovado no exame de título de
especialista? Muito estudo.
Esta é opinião do cirurgião vascular
Cristiano Costa, de Goiânia, e do angiologista Marcos Santos David, de
Florianópolis, que ficaram em primeiro lugar em suas categorias na prova
especial de título de especialista para
médicos formados há mais de 15
anos, em julho. Ambos estabeleceram
uma rotina diária de estudos para
serem aprovados. Só não esperavam
superar até mesmo suas expectativas
e garantirem o primeiro lugar.
“Tentei estabelecer um ritmo de
estudo de uma a duas horas por dia
por seis meses, tendo como base a literatura recomendada pelo edital da
prova”, diz Costa, que se formou na
Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo. Ele explica
que não fez o exame logo que saiu da
16 |
CIRCULAÇÃO |
residência por falta de tempo para se
dedicar aos estudos, já que trabalhava de dia e de noite.
Com David não foi diferente. O
excesso de trabalho, assim que deixou a residência, o impossibilitou de
se dedicar ao exame. Agora com a
carreira consolidada, conseguiu instituir uma agenda de prioridades. “Foi
um período de dedicação quase que
exclusiva. Limitei meus horários de
atendimento e estudava até mais tarde, além dos finais de semana”, conta o médico que fez a residência no
Hospital e Maternidade Santa Rita,
em Belo Horizonte.
Para Costa, participar de Congressos e cursos da Sociedade e estar
em dia com a leitura de periódicos
científicos foram importantes para
aperfeiçoar o conhecimento na área.
Já David considera que cursos de atualização e educação continuada pela
Limitei meus horários
de atendimento e
estudava até mais
tarde, além dos finais
de semana
– Dr. Marcos David
internet podem ajudar no aprimoramento da carreira.
Para quem for fazer a prova em
dezembro, Costa dá um conselho:
“Acredito que o estudo sistemático
e pragmático através da literatura
recomendada associado à calma na
hora da realização da prova sejam os
principais elementos para o sucesso
na realização do exame”. No total, 21
angiologistas e 102 cirurgiões vasculares prestaram a prova especial de
título de especialista. (AT)
Veja a lista dos cinco primeiros lugares:
CIRURGIA VASCULAR
Alves Costa
1º Cristiano
(GO)
Batista Vieira de
2º João
Carvalho (MG)
4º Breno Caiafa (RJ)
João
3º Francisco
Sahagoff de Deus
Vieira Gomes (RJ)
Augusto
5º Marcelo
Nassar (GO)
ANGIOLOGIA
Santos
1º Marcos
David (SC)
José
2º Alcides
Araújo Ribeiro
(DF)
Cláudia
4º Rosa
Garrido Enes
Costa (RJ)
Motta
3º Carla
Cardoso (RJ)
Iran Gama de
5º José
Araújo Filho (PE)
CIRCULAÇÃO |
Cerca de 500 pessoas caminharam ao lado dos médicos na orla de Maceió
Caminhada pela Circulação faz
sucesso em Maceió e Salvador
Eventos esclareceram centenas de pessoas sobre doenças vasculares. No dia 11 de
dezembro, ação chega a Porto Alegre e, em 2011, ao Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília
D
ando continuidade às suas
ações sociais, a Sociedade
Brasileira de Angiologia e de
Cirurgia Vascular (SBACV) tem realizado constantemente campanhas
de esclarecimento da população leiga
quanto às doenças vasculares. No dia
5 de setembro, organizou, em parceria
com a regional Alagoas, a I Caminhada pela Circulação na Praia da Pajuçara, em Maceió. O evento reuniu cerca
de 500 pessoas. Já no dia 10 de outubro
foi a vez de os baianos receberem os
médicos para a conscientização. A II
Caminhada da Circulação aconteceu,
em conjunto com a regional Bahia, na
18 |
CIRCULAÇÃO |
Praia da Barra, em Salvador, e somou
cerca de 200 pessoas.
“As caminhadas foram participativas. Tivemos apoio da população e
dos associados. As pessoas nos fizeram perguntas, principalmente sobre
prevenção”, comenta o presidente da
SBACV, Guilherme Pitta, que esteve
nas duas ações. No dia 11 de dezembro, a iniciativa será realizada em Porto Alegre pela regional do Rio Grande
do Sul. Para 2011, estão agendadas
Caminhadas no Rio de Janeiro, São
Paulo e Brasília. “A Caminhada pela
Circulação é um símbolo da SBACV.
A Caminhada está permitindo ao mé-
dico um novo olhar para as doenças
crônicas, um olhar mais amplo, mais
social”, afirma o coordenador nacional do Programa do Pé Diabético na
SBACV, Jackson Caiafa, que participou da ação em Maceió.
Durante o percurso, que normalmente é de 2 km a 3 km, foram distribuídos panfletos e alertado para a
importância de ser fazer exercícios
físicos diariamente para se prevenir doenças vasculares. A equipe do
Boletim Circulação conversou com
alguns dos participantes do evento
em Maceió. Confira os depoimentos.
(AT e RR)
Em Salvador, percurso foi de 2 km pela orla da praia da Barra
O que você achou da Caminhada?
“A
ssisti à entrevista do Dr. Pitta na televisão e me entusiasmei com
a iniciativa. Convivo de perto com essas doenças e sei o quanto é
importante essa divulgação, esse trabalho preventivo. A SBACV sai na
frente, aqui em Alagoas, e faz o que todos deveriam fazer, falar direto
à população, principalmente às classes mais baixas, que são os mais
atingidos e desinformados”
Neide Maria do Nascimento,
52 anos, enfermeira
“A
caminhada representou, além de um ato de alerta, um estímulo
à prática de hábitos saudáveis. O que me chamou a atenção
foi o fato de qualquer um de nós fazer parte do grupo de riscos para
as doenças da circulação. Saber como são danosas à nossa vida, nos
limita e podem nos levar a invalidez ou até a morte. Que tenhamos mais
caminhadas pela saúde”
Maria Lúcia Júnior, 40, consultora do Sebrae, que foi com a sobrinha
Letícia, de 7 anos
“A
pesar de cego, vim com minha
esposa. Nós caminhamos todos
os dias, pois também sou diabético,
mas nunca tinha participado de uma
caminhada que chamasse atenção para
estas doenças, e foi isso que me chamou
atenção na entrevista que ouvi no rádio.
Parabenizo a iniciativa. Se tiver outras,
nós vamos participar”
Oséas Ferreira da Silva,
81 anos, aposentado
“O
uvi a notícia da caminhada no
rádio e mesmo morando longe
aqui da praia, convidei meus vizinhos
para participar. Sou hipertensa e sei o
quanto é importante o cuidado com
as doenças da circulação. Trouxe meu
marido, que é diabético, pois quanto
mais se sabe dessas doenças, mais
podemos nos cuidar. Elas são traiçoeiras
e chegam quando menos esperamos”
“I
niciativas como a Caminhada pela Circulação, colocada em
prática pela SBACV, servem como um estímulo para acabar com o
sedentarismo, fazendo com que as pessoas utilizem os exercícios físicos
como uma forma preventiva a diversas doenças. Esperamos que com
este passo inicial, eventos semelhantes possam ser mais frequentes, ao
tempo em que possam unir a comunidade médica e os pacientes em
exercícios saudáveis, de participação conjunta, superando muitas vezes
os temores causados pela frieza dos consultórios e pelos jalecos brancos.
O evento merece nossos aplausos e a certeza de uma maior participação
da população em geral, em procedimentos similares”
Geova Ferreira de Melo,
60 anos, dona de casa
Bartolomeu Dresch, jornalista
CIRCULAÇÃO |
SBACV promove
mutirão em
Paulo Afonso e
Macapá
Cirurgias de fístulas na Bahia acontecem no
dia 18 de dezembro. Já orientação sobre o pé
diabético, no Amapá, é em fevereiro
A
Médicos examinam os pés de pacientes em ação pública
lém de campanhas de esclarecimento da população, a área
social da Sociedade Brasileira
de Angiologia e de Cirurgia Vascular
(SBACV) organiza mutirões de cirurgia e atendimento pelo país. Dois mutirões já estão programados. O primeiro
será de fístulas e acontece no dia 18 de
dezembro em Paulo Afonso, cidade a
cerca de 470 km de Salvador. Já o segundo, marcado para os dias 4 e 5 de
fevereiro, abordará o pé diabético em
Macapá (AP).
“A ideia do mutirão de fístulas surgiu a partir da necessidade de prover
acesso hemodialítico e haver uma lista
de espera cada vez maior em vista da
burocracia do próprio SUS, que atrapalha a dinâmica de trabalho. É necessário prover a confecção das fístulas para
melhorar a qualidade do tratamento e
diminuir as complicações que envolvem a longa permanência dos cateteres
de hemodiálise, como a trombose de
grandes vasos, infecção e deslocamento destes de seu local adequado”, diz
o cirurgião vascular de Paulo Afonso e organizador do mutirão junto à
SBACV, Iran Gama Filho. A ação está
prevista para ser realizada no Hospital
Municipal de Paulo Afonso (HMPA).
20 |
CIRCULAÇÃO |
“Há a possibilidade de termos auxílio
do Hospital Nair Alves de Souza, que
pertence a Companhia Hidroelétrica
do São Francisco”, complementa.
Em Macapá, a ação será dividida
em dois dias. No primeiro, haverá uma
reunião com gestores públicos para
apresentar o Projeto de Atenção Integral
ao Paciente com Pé Diabético, plano que
prepara o serviço público para atender
adequadamente os diabéticos com problemas nos pés. “Teremos a presença de
autoridades locais tanto na área médica,
como CRM, Cooperativas e diretores
de hospitais, como de gestores públicos
como até, possivelmente, o governador”, adianta o coordenador nacional
do Programa do Pé Diabético na SBACV, Jackson Caiafa.
De acordo com o coordenador local
do evento, o presidente da regional do
Amapá, Mário Nazareno, o objetivo é
solicitar políticas de investimento em
assistência primária. “As principais reivindicações são as de um maior empenho por parte das autoridades gestoras
no sentido de maior investimento no setor”, diz. No segundo dia, haverá uma
ação popular em praça pública para detecção do diabetes e de problemas nos
pés dos diabéticos.
Tanto Gama Filho quanto Caiafa ressaltam a importância das ações
sociais para valorização do médico.
“Esse tipo de ação resgata, junto à população, a confiança em seus médicos
e mostra que os especialistas da SBACV estão plenamente envolvidos e
preocupados com a saúde da população brasileira. Essa aproximação com
os pacientes traz uma resposta muito
mais efetiva quanto às necessárias
mudanças de estilo de vida e obediência às orientações profissionais por
parte dos pacientes e familiares”, afirma Caiafa.
Gama Filho enfatiza ainda que os
médicos do interior têm procurado
amparo na Sociedade para realização
de ações em suas cidades e que isso é
importante para fomentar a atualização médica e a promoção da saúde. “A
antiga mentalidade de que o médico do
interior é ultrapassado e não atualizado
deve ser modificada, pois interagimos,
nos atualizamos e promovemos não
apenas saúde, mas também interação
e congregação em torno de um ideal”.
Em outubro, ocorreu o BASALPE, que
teve apoio da SBACV, com a finalidade
de levar conhecimento da especialidade
para o interior. (AT)
Cerca de 5 mil pessoas passam pelo espaço dedicado à ação de orientação popular em Itabuna (BA)
Itabuna e Arapiraca
recebem “Do olho ao pé”
Cidade baiana e alagoana são foco de ação para prevenir os problemas
associados ao diabetes
A
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular
(SBACV) abraçou o programa
“Do olho ao pé”, organizado há seis
anos em Itabuna, cidade a 450 km de
Salvador e com cerca de 220 mil habitantes. A feira montada para evento,
no dia 13 de novembro, recebeu uma
média de 5 mil participantes. No dia
27 de novembro, a SBACV levou o
programa para Arapiraca, cidade que
fica a 130 km de Maceió e tem 210 mil
habitantes.
A ação em Itabuna é realizada
pelo Hospital de Olhos Beira Rio e
a Associação dos Diabéticos de Itabuna (ASDITA), em parceria com
instituições como a Prefeitura Mu-
nicipal de Itabuna, Lions Clube,
universidades e empresas privadas
parceiras. Monumentos e construções receberam uma iluminação
azul para lembrar o Dia Mundial do
Diabetes.
“O mutirão tem projeção nacional
e este ano contou com apoio integral
da rede Record. A sua afiliada, a TV
Cabrália, gerou matérias para todo o
Brasil e, em especial, para o Nordeste. Foram feitas diversas inserções
nacionais ao vivo para esclarecer a
população sobre os problemas que
podem ser causados pelo diabetes”,
conta o secretário geral da SBACV e
um dos organizadores do evento em
Itabuna, Marcelo Araújo.
De acordo com o médico, são
atendidos anualmente cerca de 1.500
pacientes na ação. “Apresentei o modelo à diretoria ano passado e tivemos a ideia de replicar a ação sendo
Arapiraca a primeira cidade que usará o modelo de Itabuna. Faremos os
ajustes para torná-lo viável em outros
lugares”, afirma. Além de Araújo,
participam da organização do evento
em Itabuna, o oftalmologista Rafael
Andrade e a endocrinologista Marluce Leão.
Em Arapiraca, o evento realizado
pela SBACV teve o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e foi viabilizado pelo médico Filipe Amorim
Braga. (AT)
CIRCULAÇÃO |
Mapeamento venoso
sobre a pele ganha
prêmio
Ximenes com sua esposa Mônica e o
presidente do Congresso, Robson Miranda
Técnica desenvolvida pelo angiologista Roberto Ximenes,
de Sergipe, venceu a categoria de tema livre no Congresso
Brasileiro de Ecografia Vascular, em agosto
O
À esquerda o mapeamento venoso tradicional
com desenhos esquemáticos e à direita a
técnica desenvolvida por Ximenes
“Utilizamos um lápis
aquarelável acoplado
ao transdutor para
a marcação cutânea
dos segmentos
incompetentes que,
posteriormente, são
fotografados e anexados
ao laudo”
22 |
CIRCULAÇÃO |
mapeamento venoso dos
membros inferiores para planejamento terapêutico ou
intervencionista ganhou uma modalidade mais realista e rápida. Em vez
da ecografia tradicional com desenhos esquemáticos, o procedimento
agora registra simultaneamente as
informações anatômicas e dopplerfluxométricas diretamente sobre a pele
do paciente, fornecendo uma maior
precisão. O trabalho de 13 anos do angiologista sergipano Roberto Ximenes
venceu a categoria de tema livre – melhor vídeo, no Congresso Brasileiro de
Ecografia Vascular, em agosto.
“Utilizamos um lápis aquarelável acoplado ao transdutor para
a marcação cutânea dos segmentos
incompetentes que, posteriormente, são fotografados e anexados ao
laudo”, diz Ximenes. De acordo
com ele, o Laboratório de Ecografia Vascular do Hospital São Lucas,
em Aracaju, do qual é responsável,
já registra 42 mil exames com a técnica. “Esta técnica exibe detalhes
anatômicos de cada paciente individualmente. Com este método, reduzimos o tempo de realização do procedimento em até 30% e reduzimos
sensivelmente o risco de trocarmos
os dados dos pacientes, uma vez que
os registros fotográficos são identificados individualmente. Além disso,
o médico que solicitou o exame ecográfico receberá informações muito
precisas da anatomia topográfica do
sistema venoso do paciente, permitindo um melhor entendimento do
exame”, explica o médico.
Outro fato relevante, segundo
o angiologista, é que a técnica reduz sensivelmente a necessidade
de marcação ecoguiada da pele no
pré-operatório imediato. “Especialmente nos pacientes com sobrecarga de peso, na recidiva de varizes”,
complementa. Para Ximenes, o procedimento impede o esquecimento
de algum parâmetro anatômico ou
dopplerfluxométrico. Além do certificado do Congresso premiando o
trabalho, Ximenes recebeu um incentivo financeiro de R$ 1.500. “Destinamos esse valor a uma instituição
de caridade da nossa cidade”.
Quem quiser obter mais informações sobre o exame e aprender a
fazê-lo, pode entrar em contato com
o angiologista pelo e-mail: ximenes@
ximenes.med.br. (AT)
Conselho Científico padroniza
termos de consentimento
Textos ficarão disponíveis no site da SBACV a partir de dezembro. Novo Código de Ética
classifica quem não utiliza documento como antiético
A
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular
(SBACV) está empenhada em
ajudar os médicos a cumprirem todas
as determinações do Novo Código de
Ética. Para isso, criou uma comissão
para padronizar os termos de consentimento livre e esclarecido para os pacientes. Quem está à frente da missão é
o novo integrante do Conselho Científico, o cirurgião vascular carioca Alberto
Duque. Os textos estarão disponíveis
no site da entidade (www.sbacv.com.
br) em dezembro.
“O Novo Código de Ética diz que é
antiético quem não informa de maneira
adequada e objetiva o que se pretende
com o tratamento. Por isso, estamos
trabalhando em parceria com o departamento jurídico da SBACV para elaborar o texto desses termos”, explica Duque. De acordo com o médico, os textos
anteriores eram genéricos e sua intenção é torná-los específicos para cada patologia. “Como antes não era obrigató-
o risco de não
informar é que em
caso de processo, o juiz
exija a inversão do
ônus da prova, uma
situação que deixará
o médico com poucos
argumentos para se
defender
rio, pouca gente usava. Nossa principal
alteração será torná-lo mais objetivo, ao
mesmo tempo em que vamos informar
todas as complicações de determinado
procedimento”.
O consentimento informado sempre existiu nos casos de pesquisas médicas com seres humanos. Ainda mais
quando com populações especiais,
como crianças, gestantes e índios. Esta
exigência existia na lei brasileira desde
a década de 90, mas com o Código Brasileiro do Consumidor, a informação
tornou-se obrigatória, como diz no texto: “o risco de não informar é que em
caso de processo, o juiz exija a inversão
do ônus da prova, uma situação que
deixará o médico com poucos argumentos para se defender”.
De acordo com Duque, existia na
mente do médico brasileiro o receio
de que caso se contasse todas as complicações que poderiam acontecer, o
paciente iria procurar outro médico.
“Esse temor está acabando. O paciente
assina o termo e fica feliz em saber que
foi informado dos riscos de sua cirurgia. Muitos pacientes já sabem de tudo
pela internet e pelo Google. Observo
que não são pessoas ricas. Até os mais
humildes também são muito bem informados”, afirma.
Duque entrou no Conselho para
substituir Roberto Sacilotto, que agora
cuida da parte científica do Congresso
Brasileiro de 2011. O médico – que é
chefe do serviço de angiologia e cirur-
Como antes [o termo]
não era obrigatório,
pouca gente usava.
Nossa principal
alteração será torná-lo
mais objetivo
gia vascular e endovascular do Instituto Estadual de Endocrinologia e Diabetes do Estado do Rio de Janeiro (IEDE),
cirurgião vascular da Clínica Sorocaba
(RJ) e professor da PUC-Rio – também
vai auxiliar na elaboração do exame de
título de especialista que este ano trará
diversas mudanças, como a realização
das provas em computador.
“Participar do Conselho Científico
é como ser uma bússola. Os mais jovens recebem muita informação científica e cabe aos médicos especialistas
mais experientes dizer o que é, e o que
não é bom”, aponta Duque. Para ele, o
Conselho Científico deve ter membros
com embasamento teórico, científico e
pertencentes a chefias de serviço ativo
e não apenas com indicação política.
“Na gestão do Dr. Pitta, ele está empenhado em mudar esse conceito político e indicar pessoas com mestrado,
doutorado, carreira acadêmica para
compor o Conselho. Acho isto muito
importante, pois valoriza o grupo e
respalda as decisões científicas e culturais da entidade”. (AT)
CIRCULAÇÃO |
Nova SBACV
completa um ano
de realizações
Reforma administrativa, criação de novos
programas e municipalização das nossas
atividades são as ações prioritárias para os
associados
E
m outubro de 2011, completamos um ano de trabalho contínuo, desde a nossa primeira reunião de diretoria com o presidente da
Associação Médica Brasileira (AMB),
José Luiz Gomes do Amaral, onde
ouvimos a linha mestra de trabalho
da AMB e emparelhamos as nossas
ações para esta parceria de luta pela
valorização do trabalho médico e pela
defesa da universalidade da saúde
com qualidade para a nossa população. Neste encontro, ficou muito claro que deveríamos lutar e defender a
CBHPM, realizar Diretrizes Clínicas e
avaliar o nosso Concurso para Título
de Especialista e Área de Atuação.
Desta proposta de campanha,
que tinha como princípios a “Descentralização, Educação Continuada
e Inovação”, partimos para três ações
de trabalho: a reestruturação administrativa; a criação de novos programas e avaliação dos existentes; e a
municipalização das nossas atividades associativas, científicas, políticas,
sociais e culturais, inserindo as regionais e facilitando o acesso do associa-
24 |
CIRCULAÇÃO |
Criamos a regional de
Rondônia e preparamos
o Acre e o Amapá com
regionais temporárias
do à SBACV, decidindo a política da
Sociedade em colegiado de presidentes e comunicando de forma mais rápida, fácil e objetiva. A comunicação
foi o ponto de destaque da SBACV.
Utilizamos principalmente a internet,
o blog do presidente, a newsletter, os
boletins e as mensagens, estabelecendo o fale conosco e a ouvidoria como
nossas ferramentas de comunicação.
Primeira Ação:
Reestruturação
Administrativa
Na reestruturação administrativa
foi mantido o webmaster e atualizado
o Cadastro Único (CANU), reformada
a sede da SBACV com a criação de ambientes de reunião e de uma sala para
a presidência e de outra da gerência
para realização de reuniões e eventos
na nossa sede com economia substancial. Criamos também o “Espaço Vascular” para homenagear os sócios fundadores da SBACV. Tivemos a troca
de assessorias de imprensa, contábil,
jurídica com a criação do portal jurídico para defesa do associado, do gerente, da secretária da sede, mantida a
estagiária, e contratada uma secretária
de regionais para assessorar a presidência junto às regionais que não têm
secretarias executivas próprias. Reformamos o portal da internet, inserimos
três revistas internacionais on-line
para sócios adimplentes e criamos o
boletim trimestral “Circulação” divulgando os programas, informando as
principais notícias, com foco nas atividades das regionais e nos associados.
A presidência e vice realizaram
mais de 30 reuniões na sede da SBACV, 20 reuniões em Maceió, cinco em
Belo Horizonte e em outras cidades
com associados, com regionais, com
empresas de trabalho e da área de
saúde. Foram quatro reuniões do Colegiado de Presidentes, cinco reuniões
do Conselho Científico, cinco reuniões
na AMB, uma na ANS e uma com a
AMB e o CFM. Visitamos mais de 17
regionais. Criamos a regional de Rondônia e preparamos o Acre e o Amapá com regionais temporárias. Participamos de todos os eventos oficiais
da nossa sociedade e de 17 reuniões
de regionais do Brasil, dentre outras.
Fomos a três reuniões científicas da
regional São Paulo demonstrando a
nossa vontade de trabalho parceiro e
participativo.
Assinamos de forma definitiva,
em Portugal, com a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) acordo de intercâmbio
científico. Nos Estados Unidos, durante o VIVA (Vascular Intervention Advances), assinamos acordo de participação da SBACV no Annals of Vascular
Surgery. No Peru, promovemos juntos
com a Sociedade Peruana de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) o
Congresso Internacional de Cirurgia
Vascular.
Recriamos o Congresso Internacional de Imagem Vascular com o
nome de “Congresso Internacional de
Imagem Vascular e Cirurgia Endovascular” (IMAGO) com transmissão online e discussão em chat para os associados e com edição na nossa página
da internet. Tivemos a participação de
renomados palestrantes internacionais e de nacionais, sendo incorporado de forma definitiva no calendário
da SBACV.
Participamos do Congresso da
Sociedade Brasileira de Intervenção
e Cirurgia Endovascular (SOBRICE)
assinando carta de intenção de parceria, participação bilateral em eventos
das duas Sociedades, trabalho conjunto nas diretrizes e na Câmara Técnica do SUS, com a proposta de alta
complexidade em cirurgia endovas-
Segunda Ação: Criação de
novos programas
Assinamos de forma
definitiva, em Portugal,
com a Sociedade
Portuguesa de
Angiologia e Cirurgia
Vascular (SPACV)
acordo de intercâmbio
científico
cular ligada diretamente à cirurgia
vascular a ser encaminhada ao Ministério da Saúde.
Fomos inseridos de forma concreta no noticiário nacional e local
com várias inserções na mídia televisionada, escrita e falada. Foram
mais de 100 entrevistas, além de
indicação de vários colegas associados para entrevistas, pareceres e
representações.
Não deixamos de lado a nossa responsabilidade social neste país continental, defendemos os programas sociais, participamos de reuniões com o
Ministério Público, com Secretarias de
Saúde, com governador e criamos os
programas sociais na SBACV.
A secretaria trabalhou de forma
eficiente e direta, organizando os processos de solicitações dos associados,
coordenando o “Circulação”, modernizando todas as ações da SBACV,
montando todas as comissões permanentes e temporárias, propiciando os
meios para desenvolvimento das atividades da diretoria, dos departamentos, das regionais e associados.
A tesouraria organizou toda a planilha de faturamento e custos da SBACV. Apresentou em julho ao conselho
fiscal o balanço de todos os seis meses
de gestão desta diretoria sendo aprovado com louvor, tendo assessoria de
escritório contábil.
No período, foram criados o
“DEVASC” (defesa profissional), o
“DIVAS” (diretrizes vasculares), o
“PRÓ-ATIVO” (programa de apoio
as regionais), o “PRÓTESES” (implantes, órteses e próteses vasculares), o
TEVASC (reformulação do título de
especialista), o “PROIT” (incentivo
a titulação), o JOVEM VASCULAR
(apoio ao jovem angiologista e cirurgião vascular), a SBACV On-line
(transmissões on-line, edição de cursos e eventos offline), SELO (certificação dos laboratórios não-invasivos),
PROGRAMAS SOCIAS (do “Olho ao
Pé diabético”, “Cicatrizando a Úlcera
Venosa” e “Mutirão de Fístulas” para
hemodiálise) e recriamos os “FÓRUNS”.
A diretoria científica reestruturou as atividades do Conselho
Científico com reuniões periódicas
do TEVASC com a criação da Comissão de Avaliação do TEVASC (CAT)
que prepara, elabora as provas para
o concurso de especialista e área de
atuação, com reuniões quase bimensais em São Paulo com o objetivo de
trazer uma avaliação prática, objetiva e direta do candidato. Tivemos a
ajuda e disponibilidade da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) que ajudou nesta tarefa de reformulação do nosso
concurso. Participou também da comissão temporária de avaliação das
residências e estágios em angiologia
e cirurgia vascular em parceria com
a comissão nacional de residência
médica (CNRM), com proposta de
ampliação da residência de cirurgia
vascular para três anos, com o último ano com predomínio em cirurgia
endovascular e ecografia vascular, e
CIRCULAÇÃO |
na proposta de transformar para três
anos o programa de residência em
angiologia com entrada direta sem
pré-requisito de clínica médica.
A diretoria de defesa profissional foi muito atuante, com liderança
da nossa vice-presidente, Dra. Solange Evangelista, que coordenou o
Fórum de Defesa Profissional em todas as regionais do Brasil, com a realização do Workshop de Defesa Profissional que resumiu os resultados
dos fóruns regionais e discutimos a
proposta de implantação plena da
CBHPM 5ª edição junto com o CFM,
AMB e ANS, todo evento transmitido on-line e editado na página da
SBACV.
Trabalhamos na proposta de implantação da CBHPM 5ª edição, na de
não-realização de escleroterapia estética pelo convênio e na do lançamento
da “Campanha Nacional de Defesa
Profissional da SBACV”.
Na Câmara de Implantes da
AMB/CFM/ANS/saúde suplementar, tivemos participação decisiva na
padronização de materiais de órteses e próteses, defendendo a autonomia do médico na escolha adequada
do material a ser usado no procedimento.
A diretoria de publicação realizou
duas reuniões com as maiores autoridades científicas em publicação, divulgação e implementação de revistas
científicas com o objetivo de reformulação do nosso Jornal Vascular Brasileiro (JVB), que teve nova capa, editoração, revisão, editoração, publicação
e divulgação.
A diretoria de patrimônio realizou
o levantamento de todo os bens da
sede da SBACV e a reformulação das
salas e espaços da nossa sede.
As Comissões tiveram atuações
importantes: a de Endovascular ela-
26 |
CIRCULAÇÃO |
Temos a plena
consciência de que
as nossas regionais
são as células mais
importantes para
chegarmos de forma
adequada ao associado,
elemento mais
importante para esta
diretoria da SBACV
borou a prova de área de atuação,
participou das diretrizes; a de Nãoinvasivo elaborou todo o programa
de creditação dos laboratórios nãoinvasivos, da prova de ecografia vascular e das diretrizes de ecografia; as
de Artérias, Linfático, Flebologia e
Experimental participaram das diretrizes e reuniões afins.
Terceira Ação:
Municipalização das
nossas atividades
A municipalização das nossas
atividades associativas, científicas,
políticas, sociais e culturais foi muito
importante para a aderência das regionais às nossas ações e programas.
Nos comunicamos diretamente com
os presidentes e regionais, decidimos
em conjunto, ajudamos as regionais
com menos condições estruturais e
financeiras, na programação científica, nos deslocamentos dos membros,
na assessoria contábil e jurídica. Temos a plena consciência de que as
nossas regionais são as células mais
importantes para chegarmos de forma adequada ao associado, elemento
mais importante para esta diretoria da
SBACV.
Vamos à luta para em 2011 implantamos a CBHPM 5ª edição, realizarmos os Fóruns de Varizes, doença
venosa crônica, pé diabético, aneurisma de aorta e doença carotídea, cursos
on-line de preparação para o concurso
de especialista e área de atuação, de
cirurgia endovascular e ecografia vascular.
Nossas metas são: aumentar em
20% o número de associados e conseguir mais 30% de sócios titulares;
indexar o nosso JVB no PubMed; colocar mais duas revistas internacionais
on-line à disposição dos nossos associados adimplentes; termos a inadimplência de mensalidade menor de
10%; reformarmos o nosso estatuto e
regimento tornando-os mais simples,
objetivos e voltados para o associado;
organizar os nossos eventos oficiais
e os principais da nossa especialidade para definição da programação
não repetitiva, calendário adequado,
transmissão on-line sempre que possível para os associados adimplentes;
cursos de bioética; apoio às regionais
para os eventos e para o Congresso
Brasileiro de Angiologia e de Cirurgia
Vascular.
Todas estas realizações só foram e
serão possíveis pelo trabalho de todos,
pela força das regionais, pela aderência e confiança dos associados, pela
paz dos nossos espíritos, pelo equilíbrio emocional e pelo amor de nossas famílias e amigos. Mas, acima de
tudo, pela ajuda de Deus.
Um feliz Natal de amor, paz e
saúde, com humildade e um próspero
ano novo de conquistas reais e duradouras são os nossos votos.
Dr. Guilherme Pitta, presidente da
SBACV, e todos que fazem parte desta maravilhosa diretoria da SBACV 2010/2011
Regionais
Minas faz balanço
de atividades de 2010
No total, foram sete eventos em prol do associado
e da população leiga
E
m dezembro, quando assumiu a
presidência da SBACV de Minas
Gerais, o médico Bruno Naves
pediu participação mais ativa dos associados nas atividades da regional e
prometeu realizar uma gestão dinâmica, voltada para os problemas e lutas
da Sociedade. Quase um ano depois, a
diretoria da regional pontua as principais realizações de 2010 e comemora os
resultados.
No primeiro semestre, o calendário de eventos da SBACV-MG
esteve marcado por importantes
atividades: Fórum de Defesa Profissional (abril); Ação Global, em Ibirité
(maio); Corrida e Caminhada Circulando pela Vida (maio); Doação de
alimentos lácteos para portadores de
paralisia cerebral (maio); Congresso
Mineiro de Angiologia e de Cirurgia
Vascular, realizado em Divinópolis
(junho); e Curso de Endovascular
(abril/julho).
Em outubro, a regional comemorou o Dia do Médico, com a participação no Programa Saúde na Praça.
Foram ministradas palestras sobre varizes e atendimento à população. Para
Naves, o ano foi de muito trabalho. “O
objetivo era conclamar os associados
para que estivessem mais próximos da
regional. Creio que avançamos muito
nesse quesito. Com relação às atividades da Sociedade, procuramos nos
organizar, buscar parceiros e nos envolver nas principais lutas da especialidade. Foi um ano positivo”, enfatizou.
anos
ENCONTRO DE ANGIOLOGIA
E DE CIRURGIA VASCULAR
RIO DE JANEIRO
1986-2011
06 a 09 de abril de 2011
www.sbacvrj.com.br
Em sua mensagem para os médicos, ele destaca o compromisso
de unidade, ética e amorosidade.
“Eu desejo que possamos praticar
a arte de se bem amar e se amando
cuidemos da saúde, da família, dos
amigos e da profissão. Que valorizemos todo investimento feito ao
longo de anos em conhecimento e
possamos aplicar de forma ética e
digna no exercício de nossa profissão. A nossa SBACV tem feito a
sua parte na valorização de nossa
profissão, mas só com a participação de todos poderemos conquistar
o que merecemos. Eu desejo que a
Sociedade se fortaleça com a presença e atuação dos associados”,
afirmou. (RR)
SBACV Entrevista
"Convênios deveriam ser restritos
a laboratórios e hospitais"
Professora e ex-presidente da SBACV, Merisa Garrido avalia a situação atual da classe e
aponta a união dos médicos para fugir da intermediação dos planos de saúde
A
Rose Rocha
alagoana Merisa Garrido nasceu no bairro de Pajuçara, em
Maceió, onde estudou até os 17
anos, quando ingressou na Faculdade
Nacional de Medicina, da Universidade do Brasil – atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – e teve que
se transferir para a capital fluminense.
No Rio, construiu uma sólida carreira
como médica e professora universitária.
A médica recebeu condecorações
importantes no país como a Ordem
do Mérito Angiológico René Fontaine,
membro emérito do Colégio Brasileiro
de Cirurgiões, entre outras. No exterior,
foi agraciada com cinco títulos como
membro de honra de sociedades científicas. A professora Merisa também presidiu a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular na gestão
1990/1991.
Devido a graves problemas de saúde de sua irmã, a professora não participou do IMAGO, em Maceió, nem do
Congresso peruano, em Lima, eventos
onde foi homenageada. Nesta entrevista, ela fala sobre a formação médica, as
pesquisas científicas no Brasil, o mercado de trabalho, a má remuneração e sua
relação com a SBACV, instituição com a
qual tem grande ligação.
CIRCULAÇÃO - Sua trajetória profissional está intimamente ligada à história da SBACV. Como é sua relação
com a Sociedade?
28 |
CIRCULAÇÃO |
DRA. MERISA GARRIDO – É
muito forte. O trabalho que nela realizei
não decorreu apenas de mérito pessoal,
mas da ajuda dos colegas que me acompanharam e daqueles que me antecederam. A Sociedade deve muito a duas
pessoas que fizeram parte desde sua
fundação: os professores Mário Degni
e Rubens Carlos Mayall. Através deste
último, ingressei na SBACV e me aproximei de vários colegas que, com seus
exemplos, marcaram minha vida profissional, como o grande amigo e eminente angiologista professor Amélio Pinto
Ribeiro. Muitas diretorias trabalharam
pelo engrandecimento da Sociedade,
que vem seguindo seu caminho cada
vez melhor, com sede própria nacional
e com várias regionais. Pelo trabalho de
várias diretorias deixou de ser uma entidade caseira. Reformou seus estatutos,
cresceu muito e atualmente conta com
quase 3 mil associados.
...os planos de saúde
pagam mal, não
permitindo dedicar o
tempo necessário a um
bom atendimento aos
pacientes (...)
CIRCULAÇÃO – Como a senhora observa a formação dos angiologistas e
cirurgiões vasculares no país?
DRA. MERISA – A princípio um
fato deve ser considerado: não existe
disciplina de cirurgia vascular na maior
parte das escolas médicas do país. Angiologia unicamente na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Hoje, A SBACV já realiza concurso para
áreas de atuação, enquanto o ensino da
especialidade ainda está aquém do desejado na maior parte das universidades brasileiras. Nos serviços credenciados pela Sociedade, ou nas residências
médicas que o Ministério da Educação
oferece, pode o jovem médico adquirir
conhecimento necessário para o exercício profissional. Melhores condições
representam luta antiga e inglória. O
importante é não esmorecer.
CIRCULAÇÃO – Com sua visão de
professora e cirurgiã vascular, qual é
a sua avaliação da produção científica
no Brasil? Estamos produzindo material de qualidade?
DRA. MERISA – Com base no que
publica o Jornal Vascular Brasileiro, eu
diria que sim, mas se consideramos as
circunstâncias e o mau aproveitamento
dos trabalhos de qualidade, apresentados em Congressos e a quantidade de
publicações em periódicos indexados,
a produção científica é inexpressiva.
De certo modo há razões para isto: a
excessiva carga de trabalho dos médicos, a falta de tempo disponível às pesquisas, principalmente para levá-las à
publicação. O que cresceu extraordina-
SBACV Entrevista
Não existe disciplina
de cirurgia vascular
na maior parte das
escolas médicas do país.
Angiologia unicamente
na Uerj
riamente no Brasil foi a quantidade de
livros médicos, em particular, na nossa
especialidade. Já contamos com dois
alentados tratados: o de FHA MAFFEI
em sua quarta edição, e o CJ M Brito,
na segunda.
CIRCULAÇÃO – Como analisa o mercado de trabalho na área atualmente?
Quais os principais contrastes observados agora e no período em que a senhora atuava?
DRA. MERISA – O mercado de
trabalho, não apenas para os de nossa especialidade, mas para os médicos
em geral, está praticamente restrito ao
serviço público mal remunerado e que,
com raríssimas exceções, se pratica em
hospitais sucateados e aos convênios,
uma verdadeira praga para o exercício
profissional, pois os planos de saúde
pagam mal, não permitindo dedicar o
tempo necessário a um bom atendimento aos pacientes. Já existem médicos
(poucos, é claro) que fogem da intermediação, o que a meu ver seria uma atitude de bom resultado se a classe fosse
unida. Convênios deveriam ser restritos
a empresas (laboratórios e hospitais).
CIRCULAÇÃO – Que avaliação a senhora faz das residências médicas no
país? Quais as diferenças com as de
sua época?
DRA. MERISA – Continuam insuficientes. A diferença fundamental é
que existiam tão-somente em poucas
especialidades e alguns hospitais que
ofereciam apenas “casa e comida” ao
recém-formado que estagiava nos serviços de clínica médica, cirurgia geral,
pediatria, ginecologia e obstetrícia.
Hoje, a residência médica remunerada
nem sempre é de boa qualidade e em
número muito pequeno em relação aos
diplomados.
CIRCULAÇÃO – Em sua opinião,
quais os principais problemas enfrentados pela especialidade?
DRA. MERISA – Na nossa, e creio
que nas demais, é a quantidade imensa
de informações decorrentes dos avanços tecnológicos, que por um lado são
bem-vindos, por outro, nem sempre
são exequíveis nos vários rincões do
nosso país. Acabam beneficiando uns
poucos médicos e pacientes.
CIRCULAÇÃO – E as conquistas?
Nesse contexto, qual o papel da SBACV?
DRA. MERISA – Conquistas é
certo que existem. O relevante papel
da SBACV na formação ou atualização
científica de seus associados se intensificou nos últimos anos e ainda mais na
gestão do professor Guilherme Pitta,
graças aos recursos oferecidos por videoconferência, transmissão de fóruns
e a possibilidade de estabelecer contato
simultâneo com qualquer associado,
auxiliando-lhe em diagnósticos e sugestões terapêuticas. Há divulgação de
conhecimento com eficiência e rapidez.
CIRCULAÇÃO – A senhora foi responsável pela realização do primeiro IMAGO no Brasil. Depois de um
hiato de cinco anos, a SBACV voltou
a realizar este evento no país. Qual a
importância desse Congresso?
DRA. MERISA – Não fui responsável pelo primeiro IMAGO. Em defesa
do nosso quinhão nos procedimentos
radiológicos, registrei na AMB, entre
outros, o Departamento de Angiologia
da SBACV. Houve um enorme acúmulo
de novas técnicas e atualmente a endo-
Merisa exibe medalha recebida no Congresso
Brasileiro em 2009
vascular é a fascinante área de atuação
de nossa especialidade. A ideia foi do
Bertolotti, natural que me entusiasmasse a possibilidade de um Congresso
deste tipo sob o aval da SBACV. O batismo com esse nome foi de autoria de
Amélio Pinto-Ribeiro. O primeiro e o
segundo IMAGO foram realizados no
Brasil, este último aconteceu na década
de 1990, quando eu exercia o cargo de
presidente na Sociedade. Nossos projetos eram ambiciosos, realizar sobre
tema tão palpitante um Congresso da
SBACV, falando português no exterior.
Então exportamos para Miami e Nuremberg, depois o trouxemos de volta
ao Brasil para realização em Salvador.
Em seguida foi a vez de Barcelona e
Lima, para finalmente Pitta o ressuscitar
em Maceió. Aliás, Pitta está fazendo um
excelente trabalho à frente da Sociedade. Parabéns!
CIRCULAÇÃO – Qual seu desejo
para 2011?
DRA. MERISA – Que a SBACV,
nesta gestão, pela terceira vez presidida
por um alagoano, consiga pleno êxito.
CIRCULAÇÃO |
Faz a diferença
O responsável pela
união das regionais
do N e NE
Na década de 90, o pernambucano Edinaldo de Barros
Torres conseguiu mostrar às regionais que era possível
realizar um evento de grande porte no interior
Torres recebe homenagem da presidente da
SBACV-AL, Lídia Clotildes
O
Rose Rocha
médico Edinaldo de Barros
Torres é um humanista. Observador e muito articulado, ele
pertence a uma geração de médicos,
cujo maior compromisso está na ética
e no comprometimento social. Motivo suficiente para que ele retornasse
já formado ao sertão nordestino, de
onde é originário, para trabalhar em
sua cidade natal, Petrolina (PE), e em
Juazeiro (BA).
Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas do Recife, Torres fez
residência médica em cirurgia geral e
vascular no Hospital dos Servidores
do Estado do Rio de Janeiro. É especialista em angiologia e cirurgia vascular e possui títulos de habilitação
em ecografia vascular com Doppler a
cores e de angiorradiologia e cirurgia
endovascular.
Sempre engajado nas atividades
da Sociedade, Torres é considerado
por seus pares o grande responsável
pela união entre as regionais do Norte e Nordeste, motivo pelo qual foi
homenageado este ano pela regional
de Alagoas.
30 |
CIRCULAÇÃO |
Nesta entrevista, com a argumentação precisa de quem acompanha de
perto os problemas e avanços da especialidade, ele fala sobre os fatos que culminaram na união e fortalecimento das
regionais do Nordeste e outros temas.
CIRCULAÇÃO – Em 1997, durante o
Congresso de Curitiba, o senhor destacou a importância da união das regionais nordestinas e deu o primeiro
passo no sentido de uni-las. Que leitura o senhor faz desse fato?
DR. EDINALDO TORRES – Em
Curitiba, eu provoquei o encontro dos
presidentes das regionais do Nordeste
para solicitar apoio na realização do
Encontro Pernambucano em Petrolina,
visto que o evento acontecia sempre
em Recife. A nova diretoria pernambucana não concordou em realizar o
encontro numa cidade do interior, a
730 km da capital, temendo a falta de
infraestrutura para receber o evento.
Acredito que era a primeira vez que
acontecia uma reunião como aquela.
CIRCULAÇÃO – E como foi esse encontro?
DR. TORRES – Essa foi a primeira vez que os presidentes de regionais nordestinas se uniram para
conseguir apoio a um pleito. Na
verdade, era muito raro esse tipo de
reunião, pois cada um cuidava dos
problemas internos de seus estados.
Naquele encontro, recebi o apoio de
todos os presentes para a realização
do evento em Petrolina, inclusive do
presidente da regional de Pernambuco, Francisco Leandro, que não
chegou a se reeleger. No IMAGO
de 1998, em Salvador, tive o apoio
do presidente da SBACV na época,
Fernando Macedo, e neste evento
novamente consegui reunir os presidentes das regionais do Nordeste.
Todos, exceto Pernambuco, estavam
a favor da realização do encontro
em Petrolina. E sob o comando do
presidente Fernando Macedo foi
acordado que a diretoria da regional
pernambucana faria uma visita a Petrolina para avaliar as condições da
cidade.
CIRCULAÇÃO – E como os senhores
se prepararam para essa avaliação?
Faz a diferença
DR. TORRES – Mobilizamos as
entidades médicas locais, empresas
públicas e privadas, a comunidade
médica e, principalmente, o apoio do
então prefeito, Guilherme Coelho. No
dia da visita da comissão avaliadora
tive a grata surpresa de receber o apoio
dos presidentes das regionais de Sergipe, Bahia e Alagoas, respectivamente,
Valbert Martins, Cícero Fidelis e Guilherme Pitta, que foram a Petrolina
acompanhar a inspeção. Ali vi concretamente os primeiros passos de união
entre as regionais nordestinas.
CIRCULAÇÃO – Em que momento
foi definida a realização do I Encontro Norte-Nordeste de Angiologia e
de Cirurgia Vascular?
DR. TORRES – Em março de
1998, durante o Encontro Pernambucano, os representantes dos estados da Bahia (Cícero Fidelis e Luiz
Augusto Rogério), Pernambuco
(Raquel Aline Fernandes, Odilon de
Almeida e eu), Alagoas (Guilherme
Pitta), Rio Grande do Norte (Jaime
César Melo e Anísio Virgolino da
Silva) e o representante da SBACV
nacional Odilon Almeida Batista
decidiram que o evento oficial das
regionais Norte-Nordeste para 1999
seria a realização do I Encontro de
Norte-Nordeste de Angiologia e Cirurgia Vascular nas cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Aquele
evento foi um marco para Petrolina
e todas as regionais envolvidas. Fruto de uma luta conjunta, onde todos
trabalharam muito para que tudo saísse bem.
CIRCULAÇÃO – Depois desse
encontro histórico, as regionais voltaram a se reunir?
DR. TORRES – Outros encontros
de grande porte se sucederam na área
médica. Diante de tamanha mobilização, o movimento de união Norte-
Nordeste cresceu significativamente
e foi nesta crescente que o médico
baiano Liberato Karaoglan foi eleito
em 2004, por consenso, presidente da
SBACV nacional. A força das regionais do Norte e Nordeste estimulou a
presença da SBACV nas cidades do interior, tendo o médico Guilherme Pitta como o principal incentivador desta
interiorização.
Seja competente;
procure se atualizar;
trate o seu paciente
com atenção e você
sempre terá sua fatia do
mercado
CIRCULAÇÃO – O senhor foi homenageado pela regional de Alagoas
como um dos responsáveis pela realização do Congresso Brasileiro da especialidade, em 2009, naquele estado.
Como conseguiu esta conquista?
DR. TORRES – Foi um momento importante, pois para que aquele
evento acontecesse em Alagoas, tivemos que percorrer um longo caminho, articulando e costurando essa
necessária união. A última eleição foi
a nossa “prova de fogo”. Disputamos
a eleição com representante de São
Paulo, uma das maiores autoridades
da Angiologia e Cirurgia Vascular do
Brasil, e saímos vitoriosos. Hoje não
devemos mais pensar na união NorteNordeste, mas sim na união da especialidade em todo o país.
CIRCULAÇÃO – Como o senhor
avalia a formação de angiologistas e
cirurgiões vasculares?
DR. TORRES – Não sou professor universitário, mas me preocupa a
falta de profundidade no ensino da semiologia médica. Apesar de estar es-
crito em todos os livros que “A clínica
é soberana”, temos visto os médicos,
especialistas ou não, solicitando cada
vez mais exames, grande parte destes
desnecessários, e muitas vezes retardando o tratamento. Para mim, isso é
reflexo da falta de semiologia médica
no curso de graduação.
CIRCULAÇÃO – E a produção científica da especialidade no Brasil?
DR. TORRES – Estamos produzindo trabalhos científicos de qualidade, inclusive com revistas indexadas. Temos acompanhado que a
SBACV tem difundido cada vez mais
a metodologia científica e cobrado
qualidade nos artigos que publica no
Jornal Vascular.
CIRCULAÇÃO – Como o senhor vê o
mercado de trabalho na área?
DR. TORRES – Neste aspecto,
talvez eu não pense como grande
parte dos colegas que escrevem artigos nos boletins da especialidade
Brasil afora. O Brasil é imenso. Tem
espaço para todos. Se as capitais estão sem espaço, recomendo as cidades do interior do país. Seja competente; procure se atualizar; trate o seu
paciente com atenção e você sempre
terá sua fatia do mercado.
CIRCULAÇÃO – Na sua visão, qual o
papel da SBACV?
DR. TORRES – Proporcionar cada
vez mais oportunidades para seus sócios se qualificarem. Continuar com a
definição de diretrizes para cada grupo
de patologias, determinando os procedimentos que cabem ser realizados
para cada doença e fazendo lobby com
a AMB para que estes procedimentos
sejam autorizados pelos convênios e
que se pague um preço justo por eles.
Criar e apoiar o uso de ferramentas de
tecnologia da informação, permitindo
cada vez mais a aproximação dos sócios entre si e com a SBACV.
CIRCULAÇÃO |
Debate Saúde
Você sabe como
patentear sua criação?
Oliveira é agora o coordenador da Comissão
Temporária de Inovação Tecnológica da SBACV
Q
Por sugestão do associado Heriberto de Oliveira,
SBACV cria Comissão Temporária de Inovação
Tecnológica para fomentar desenvolvimento de
inovações e registro de patentes
Aline Thomaz
ue médico nunca se deparou na
prática cirúrgica diária com algum instrumento que se fosse
aperfeiçoado poderia ser mais eficaz?
Muitos têm a ideia, mas não a levam
adiante. Isso, por sorte, não aconteceu
com o médico mineiro Heriberto Brito
de Oliveira. Ele não só constatou que
era possível melhorar um dreno de
tórax e um cateter balão, como também desenvolveu os instrumentos e
registrou suas respectivas patentes no
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
E não parou por aí. O cirurgião
vascular sugeriu à Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular a criação de uma Comissão
Temporária de Inovação Tecnológica
para auxiliar os médicos no desenvolvimento e registro de suas ideias. A
sugestão foi acatada e o médico convidado a participar do setor que, desde
outubro, está responsável pelo fomento científico junto aos médicos.
O cateter balão desenvolvido pelo
médico tem um revestimento na superfície dotado de espículas que surgem
após inflado com a finalidade de lesar
o endotélio do vaso, o que promove um
processo inflamatório e consequente fibrose do mesmo. Outra diferença para
o tradicional é a retirada do balão ainda
inflado. Já o dreno de tórax com fixação
por balonete impede a retração do dre-
32 |
CIRCULAÇÃO |
no de tórax no interior da cavidade torácica bem como sua introdução, evitando
inconvenientes como a introdução inadvertida, o que levaria à infecção.
Radicado atualmente em São José
dos Campos, interior de São Paulo, o
médico, pós-graduado em Angiologia e
Cirurgia Vascular na Santa Casa de Belo
Horizonte/FCMMG, conversou com o
Boletim Circulação sobre como é o registro de patentes no Brasil. Veja:
CIRCULAÇÃO – O senhor desenvolveu e registrou a patente de um dreno
de tórax com fixação por balonete e de
um cateter balão com espículas para lesão endovascular. Quais os benefícios
dos novos instrumentos?
DR. HERIBERTO DE OLIVEIRA
–Trata-se de patentes de modelo de utilidade. São adaptações em materiais já
existentes que podem trazer melhoria
ou utilização para atividade diversa da
original. No caso do dreno de tórax, foi
acrescentado balonete interno e externo
que impede a introdução e a retirada/
retração inadvertida, diminuindo o risco
de complicações, tais como infecção com
introdução inadvertida, troca de dreno,
lesão de estruturas internas etc, que,
além de gerar aumento do custo, causam aumento do sofrimento ao paciente.
CIRCULAÇÃO – Quando o senhor
percebeu que tinha duas novidades
em mãos?
DR. OLIVEIRA – A patente é uma
ideia, o “saber operário”. A empregada
doméstica ao fazer uma adaptação em
um cabo de vassoura para melhorar
sua atividade é uma inventora e pode
patentear esta ideia. A diferença entre as ideias de um médico é que esta
agrega enorme valor, como no caso do
cirurgião vascular Thomas Fogarty, que
desenvolveu o cateter de embolectomia
que leva seu nome, entre muitas outras.
Esta especificamente transformou a cirurgia vascular na sua época. Também
poderíamos citar Dos Santos, Parodi
etc. É o que, sem modéstia, estamos implantando na SBACV. Queremos que a
nossa Sociedade possua uma Comissão
e, posteriormente, um Departamento
de Inovação Tecnológica. O brasileiro é
muito criativo e, como aprendemos na
Santa Casa de Belo Horizonte com o Dr.
João Alfredo de Paula e Silva (um dos
primeiros presidentes da então SBAngMG ), o limite da cirurgia vascular é a
criatividade do cirurgião! Para tal, temos a disposição e o grande interesse
da atual gestão em ser a catalisadora
das ideias, junto ao INPI, universidades,
parques tecnológicos e a indústria.
CIRCULAÇÃO – Os dois equipamentos já estão sendo produzidos em
larga escala?
DR. OLIVEIRA – O dreno de tórax
está na fase de pesquisa de mercado pela
Edelmedical, empresa ligada ao parque
Debate Saúde
tecnológico da UNIVAP. Moro há quatro anos em uma cidade que transpira
inovação: São José dos Campos (SP).
Na cidade (governo municipal), há
uma política agressiva de empreendedorismo nas escolas, dois parques tecnológicos, sendo um deles o maior do
Brasil. Além de uma tradição de agregar
valor à matéria-prima. Aqui é a sede da
EMBRAER, ITA/IEAV/CTA e INPE.
A UNIVAP foi quem criou o primeiro parque tecnológico da cidade e um
dos renomado curso de pós-graduação
em Engenharia Biomédica (mestrado e
doutorado).
No Brasil, o inventor
recebe da empresa, em
geral, pelo direito de
produção e não pelo
número de peças (...)
CIRCULAÇÃO – Pretende realizar algum curso para divulgá-los?
DR. OLIVEIRA – Por enquanto estamos na etapa de pesquisa de mercado,
mas já temos duas empresas que manifestaram interesse e propostas reais. No
Brasil, o inventor recebe da empresa,
em geral, pelo direito de produção e
não pelo número de peças, por isso a
pesquisa de mercado é tão importante.
CIRCULAÇÃO – Foi difícil conseguir patenteá-los?
DR. OLIVEIRA – Graças a ajuda
dos funcionários do INPI, em São Paulo, não foi tão difícil como nos coloca os
escritórios de advocacia especializados.
Porém deveria ser mais fácil ainda e
sem ônus. É o que pretendemos através
da SBACV primeiramente e depois via
AMB. Esta riqueza não pode ser dada à
indústria gratuitamente. Precisávamos
de um departamento específico para
Como garantir sua patente:
1.Consultar a LPI (Lei de Propriedade Industrial) para verificar se sua invenção
pode ser patenteável.
A patente de invenção vigora pelo prazo de 20 anos e a de modelo de utilidade pelo
prazo de 15 anos contados da data de depósito.
2.Determine se seu pedido é uma patente de invenção ou modelo de utilidade.
3.Realizar uma busca para certificar-se de que sua invenção tem novidade.
4.Escrever o pedido de patente.
O pedido de patente é composto de requerimento (disponível no site do INPI),
relatório descritivo, reivindicações, desenhos (se for o caso), resumo e comprovante
de pagamento da retribuição relativa ao depósito.
5.Depositar o pedido de patente no INPI.
A atual taxa de depósito varia de R$ 80 a R$ 200. O pedido de exame de invenção com
até dez reivindicações varia de R$ 200 a R$ 520. Já o pedido de exame de Modelo de
Utilidade varia de R$ 128 a R$ 320.
6.Solicitar o pedido de exame.
7.Acompanhar o andamento processual do pedido e aguardar o exame técnico.
8.Cumprir as eventuais exigências técnicas que possam ser feitas pelo examinador
do INPI.
9.Deferida a patente solicitar a expedição da carta patente.
10.Manter o pagamento das anuidades em dia.
Fonte: http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/patente/pasta_garantir
incentivar a criatividade e o empreendedorismo médico, dar subvenção para
patentear e não parar aí. Precisamos
criar uma rede de empresas, universidades e parques tecnológicos parceiros.
CIRCULAÇÃO – Poderia nos explicar
como foi o passo a passo para obter a
patente?
DR. OLIVEIRA – Existe um passo
a passo no site do INPI (www.inpi.gov.
br). Mas graças ao brilhante e sempre
disponível professor Aldemar de Araújo Castro, foi criado, já no primeiro encontro com a atual diretoria, um curso
(ead) gratuito, que ajuda a pessoa interessada a criar sua primeira patente, que
já está disponível no link: www.decisaoclinica.com.
CIRCULAÇÃO – Seu processo de
patente durou quase 2 anos. Qual sua
avaliação sobre o registro de patentes
no Brasil?
DR. OLIVEIRA – Realmente há
uma ritualística a ser seguida, mas
que não causa prejuízo. Aqui precisamos dar mérito ao atual governo federal, especificamente ao Ministério
de Desenvolvimento, que criou, no
início de 2010, a Secretaria de Inovação fornecendo recursos e políticas
sérias para fazer link entre este e os
Ministérios de Ciência e Tecnologia
e da Educação, até então alheios ao
processo.
CIRCULAÇÃO – Indicaria aos médicos patentearem suas descobertas?
Por quê?
DR. OLIVEIRA – Claro! Só é dono
quem registra. E no momento que você
patenteia, outros conhecerão sua ideia
e farão aprimoramentos, contribuindo
para o desenvolvimento não só do procedimento, mas também para a riqueza
do país.
CIRCULAÇÃO |
Dicas
Lazer
Chicago sedia
Congresso Vascular em 2011
Evento americano acontece de 16 a 18 de junho.
Veja as dicas de atrações turísticas e compras na Windy City
A
Aline Thomaz
terceira maior cidade americana, Chicago, será a sede do próximo Vascular Annual Meeting
da American Vascular Association (AVA),
de 16 a 18 de junho de 2011. A cidade
fica localizada no estado de Illinois, ao
norte dos EUA e às margens do Lago
Michigan. Principal centro industrial
americano, Chicago possui um pouco
mais de 2,8 milhões de habitantes e diversas atrações turísticas.
Para quem aprecia roteiros culturais, a cidade é perfeita. Entre as
opções mais renomadas estão o Field
Museum of Natural History (www.
34 |
CIRCULAÇÃO |
fieldmuseum.org), que possui a
maior ossada de um Tiranossauro
Rex no mundo e fica ao lado do Shedd
Aquarium
(www.sheddaquarium.
org), local repleto de aquários que
guardam desde pequenos peixes, cavalos marinhos até baleias e tubarões;
o Museum of Contemporary Art (www.
mcachicago.org), que tem exibições
de pintura, escultura, fotografia, vídeo, dança, música e performances; e
o Museum of Science & Industry (www.
msichicago.org), considerado o “pai”
dos museus interativos, com 2 mil
atrações, desde as últimas conquistas
científicas às exibições clássicas. Lá
está o submarino alemão U-505, capturado em 1944.
Os parques às margens do Lago
Michigan mostram por que Chicago é
apelidada de “Windy City”. Conhecêlos é um passeio imperdível. Outra
parada certa é a Navy Pier, um píer
usado como centro de treinamento da
Marinha durante a Segunda Guerra
Mundial e que hoje abriga restaurantes, lojas e eventos culturais. Do
local partem passeios de barco, ótima chance de ver a cidade de outra
perspectiva.
Dicas
Aline Thomaz
Lazer
Aline Thomaz
Saguão principal do Field Museum, onde está a maior ossada de um Tiranossauro Rex
O prédio mais alto da foto é o John
Hancock Center, de onde se tem uma vista
panorâmica da cidade
Em Chicago, há dois arranhacéus para se ter uma bela visão panorâmica da cidade. São eles a Sears
Tower e o John Hancock Center. A Sears
Tower foi concluída na década de 70,
quando superou o World Trade Center
em tamanho: são 527 metros em 108
andares. Atualmente é a segunda
maior torre da América do Norte,
superada apenas pela CN Tower, de
Toronto (Canadá). O John Hancock
Center ficou pronto no mesmo período e tem 344 metros e 100 andares.
Ir ao John Hancock é um convite às
compras, pois o prédio fica ao lado do
Criado em 1930, o Shedd Aquarium ainda é o maior aquário do mundo com 19 milhões de litros
Water Tower Place, um shopping com
mais de 100 lojas, entre elas Macy’s,
Lacoste, Adidas e Fossil. Perto dali
também está a TJ-Maxx, uma loja
de departamentos com produtos de
marca a preços bem convidativos.
O cartão-postal da cidade é a região conhecida como The Loop devido
aos trens elevados que passam por lá.
A área foi revitalizada e hoje possui
um centro reconhecido internacionalmente de teatros, óperas e danças.
Enquanto na Argentina o tango é a sua
característica mais forte, em Chicago
o blues é a sua melodia. Então visitar
Chicago e não conhecer uma casa de
blues é como ir a Buenos Aires e não
assistir a um show de tango. Entre as
opções há a Green Mill (www.greenmilljazz.com), o Café Mestizo (www.
cafemestizo.com) e o Kingston Mines
(www.kingstonmines.com).
Saiba mais:
Meeting 2011:
www.vascularweb.org
Atrações em Chicago:
www.explorechicago.org
CIRCULAÇÃO |
Dicas
Espaço Cultural
Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas naturais
Autor: David Servan-Schreiber
Editora: Fontanar
Tumor no cérebro, esse foi o diagnóstico que o médico psiquiatra e professor David ServanSchreiber recebeu ao fazer um exame de ressonância magnética aos 30 anos. Determinado
a conhecer a doença e a vencê-la a qualquer custo, ele traçou seu caminho de cura aliando
a medicina convencional a práticas e alimentação saudável. David Servan-Schreiber é médico psiquiatra e professor da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, e da Universidade
de Lyon, na França. Sua tese de doutorado, sob a direção do prêmio Nobel Herbert Simon,
foi publicada na prestigiada revista Science. O premiado neuropsiquiatra, um dos fundadores do Centro de Medicina Complementar em Pittsburgh, defende o valor da medicina
ocidental tradicional aliado a práticas integradas de mente e corpo.
Preço: de R$ 22 a R$ 39,90
Uma Breve História do Mundo
Autor: Geoffrey Blainey
Editora: Fundamento
“É como ver a paisagem pela janela de um trem em movimento”, afirma o professor
Geoffrey Blainey, um dos mais aclamados historiadores da atualidade. Em Uma Breve História
do Mundo, o autor faz um balanço da fantástica saga da humanidade, magistralmente com-
pilada desde seus primórdios até os frenéticos dias em que vivemos. Sem jamais perder o
foco, Blainey vai mais além: descreve a geografia das civilizações e analisa o legado de seus
povos. O leitor deve se preparar para uma viagem inesquecível: saberá como eram as noites
dos primeiros nômades; testemunhará o surgimento das religiões; questionará a carnificina
das guerras e acompanhará a ascensão e queda dos grandes impérios. Uma Breve História do
Mundo vai entrelaçando a história de um povo a outro, de forma didática e vibrante, levandonos a conhecer e interpretar melhor os fatos que nos levaram aos dias de hoje.
Preço: de R$ 21,90 a R$ 35.
Marketing Médico – Criando valor para o paciente
Autor: Renato Gregório
Editora: DOC
Como utilizar as ferramentas de gestão e as estratégias do marketing para gerar credibi-
lidade entre os pacientes e fortalecer sua imagem e reputação? Com um texto claro e objetivo,
o autor Renato Gregório responde a estas perguntas, mostrando aos médicos os principais
recursos disponíveis para gerar credibilidade e confiança, valorizar sua imagem, oferecer
serviços com a melhor qualidade possível, encantar seus pacientes, motivar funcionários, co-
laboradores e obter vantagem competitiva no mercado. O livro desmistifica os conceitos de
marketing e mostra como ações simples e inteligentes – a correta análise de fatores internos
e externos, além do adequado planejamento – fazem toda a diferença na construção de uma
carreira de sucesso. Para adquirir: www.editoradoc.com.br ou (21) 2425-8878.
Preço: R$ 49,90.
36 |
CIRCULAÇÃO |
Calendário de Eventos
2010
DEZEMBRO
2 a 4
Concurso de Especialista em Angiologia e
Cirurgia Vascular
São Paulo-SP
3 e 4
Concurso para área de atuação em Cirurgia
Endovascular
São Paulo-SP
2011
FEVEREIRO
12
XIX Encontro dos ex-estagiários do serviço de
cirurgia vascular do Hospital da Beneficência
Portuguesa de São Paulo
São Paulo-SP
24 a 27 II Controvérsias em Cirurgia Vascular e
Endovascular
Guarujá-SP
ABRIL
06 a 09 25 anos do Encontro de Angiologia e de
Cirurgia Vascular
Rio de Janeiro-RJ
JUNHO
16 a 18 Vascular Annual Meeting da American
Vascular Association (AVA)
Chicago-EUA
OUTUBRO
12 a 15 Congresso Brasileiro de Angiologia e de
Cirurgia Vascular
São Paulo-SP
18 a 21 Vascular Interventional Advances (VIVA)
Las Vegas-EUA
Saiba mais sobre todos os eventos em: www.sbacv.com.br
CIRCULAÇÃO |
Angiologia e Vascular
Médicos recebem
prêmio
Associados se reuniram para assistir palestra do Dr. Caiafa, último à direita
Curso em Sergipe
No dia 10 de setembro, aconteceu a terceira palestra do Curso de Atualização de Angiologia e de Cirurgia Vascular da regional Sergipe. A aula
foi ministrada pelo coordenador de Projetos Sociais da SBACV, Dr. Jackson
Silveira Caiafa. Estiveram presentes os sócios Ana Karina, Áurea Regina
(coordenadora de Defesa Profissional da SBACV-SE), Carlos Eduardo, João
Vianney, José Aderval (presidente da SBACV-SE), Marco Prado (coordenador científico da SBACV-SE), Maira Oliveira (tesoureira da SBACV-SE),
Marta Hagenbeck, Roberto Mauricio, Roberto Ximenes (colaborador e fotógrafo oficial da regional), Valéria Ramalho (secretária da entidade), Walbert
Martins (vice-presidente SBACV-SE), Wilson Leão e mais de 30 estudantes
de medicina das Universidades Tiradentes e Federal de Sergipe.
Brasileiro na
presidência da
WMA
Presidente da AMB, Amaral assume WMA em 2012
38 |
CIRCULAÇÃO |
O presidente da Associação
Médica Brasileira (AMB), Dr.
José Luiz Gomes do Amaral,
foi eleito por aclamação para
presidir a Associação Médica
Mundial (WMA) em 2012. A
eleição ocorreu em 16 de outubro, durante a Assembleia
Geral da WMA, realizada em
Vancouver, Canadá. É a terceira vez que um brasileiro assume o cargo máximo na entidade. O cirurgião catarinense
Antônio Moniz de Aragão
presidiu a WMA em 1961 e o
dermatologista paulista Pedro
Kassab em 1976.
O presidente da regional Sergipe
da SBACV, Dr. José Aderval Aragão, da Universidade Federal de
Sergipe (UFS), e o professor Dr.
Francisco Prado Reis, da Universidade Tiradentes (UNIT), receberam
o Título de Proficiência em Anatomia na Modalidade Humana por
notório saber da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA) no XXIV
Congresso Brasileiro de Anatomia.
Os médicos também ganharam o
Prêmio Renato Locchi de Ciências
Morfologicas 2010, na Área Macroscópica com o Estudo Anatômico
das Redes Venosas Gastrocnêmias
pela SBA. Está é a primeira vez
que o prêmio nacional condecora
médicos do Nordeste. No mesmo
evento, Aderval foi eleito 1º Secretário da diretoria da SBA para a gestão de 2011-2014. Ele também será
vice-presidente do XXV Congresso
Brasileiro de Anatomia que será realizado em Salvador, em 2012.
twitter.com/
sbacv
SBACV no Twitter
Você sabia que a SBACV está no twitter? Acompanhe todas as ações e novidades que a entidade
esteja desenvolvendo. Basta procurar por @SBACV ou se você não tem twitter, acesse a rede social
pelo endereço: www.twitter.com/sbacv
Apareça aqui
Recebeu algum prêmio ou defendeu tese de
mestrado/doutorado? Envie sua notícia com
foto para o Boletim Circulação: circulacao@
sbacv.com.br. As imagens devem ter resolução de 300 DPIs. As sugestões serão encaminhadas à equipe editorial para aprovação e
publicação. Aguardamos seu e-mail!
em notas
Nova residência
em PE
Liga Acadêmica
Mais de 100 estudantes estiveram presentes na aula de inauguração, no
dia 30 de agosto, da Liga Acadêmica de Cirurgia Vascular e Angiologia
de Sergipe (LICASE), no auditório do Conselho Regional de Medicina de
Sergipe. Os palestrantes foram o professor Dr. José Aderval Aragão com
o tema: “Cirurgia Vascular e Angiologia: Que especialidade é essa?”. Ele
também falou sobre o papel da SBACV e de suas regionais. O segundo
professor do dia foi Marco Antônio Prado Nunes que falou sobre o passado
e o presente da especialidade, enfatizando o papel da prevenção para diminuição da morbi-mortalidade. O terceiro tema foi “Aterosclerose e suas
atualidades”, ministrado pelo Dr. Hugo Leite de Farias Brito, da Universidade Federal de Sergipe. Estiveram ainda presentes ao evento, os sócios
colaboradores da LICASE: Alexandre Dantas, Edson Marques de Souza,
Cristiane Vilaça Campos Gomes e Valéria Ramalho.
Os estudantes de medicina do Recife ganharão em 2011 uma nova
residência médica em Cirurgia
Vascular, vinculada ao Instituto
de Medicina Integral Professor
Fernando Figueira - IMIP. Serão
duas vagas. A prova de seleção
acontece em dezembro em conjunto ao concurso da rede de
Residências Médicas do SUS. O
serviço de Cirurgia Vascular do
IMIP será chefiado pelo Dr. José
Welington Barros e a coordenação ficará a cargo do Dr. Esdras
Lins, que é vice-coordenador da
residência médica de Cirurgia
Vascular do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco. “A nova residência contará com ultrassonografia
vascular e hemodinâmica além
de trabalhar em conjunto com o
Serviço de Nefrologia e Hemodiálise do IMIP, o que possibilitará aos novos residentes contato
com os mais diversos tipos de cirurgia para realização de acessos
venosos”, afirma Lins.
Pesquisa sobre trombose
Pitta participa de coletiva de imprensa com 18
veículos de comunicação
Pesquisa realizada pelo Ibope, a pedido da Sanofi-Aventis,
com o apoio da SBACV e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, revelou que 57% dos brasileiros não
sabem quais os sintomas da trombose. A embolia pulmonar,
uma das complicações da trombose, está ainda mais desconhecida: das pessoas entrevistadas, 78% relatam não saber do
que se trata. O estudo mostrou que o grupo de alto risco é
o que pratica menos exercício, tem mais excesso de peso
e fuma mais. O estudo foi apresentado em coletiva de imprensa no dia 26 de outubro, em São Paulo, com a presença
de 18 veículos de comunicação do país inteiro. Na ocasião, o
presidente da SBACV, Guilherme Pitta, concedeu uma entrevista sobre o tema de cerca de 10 minutos ao vivo ao canal a
cabo Globonews.
CIRCULAÇÃO |
Perfil Regionais
Confira o número atualizado
de sócios no país
Até novembro, SBACV soma 2.911 sócios. Número diminuiu, pois houve associados jubilados
102
417
220
1.741
431
40 |
CIRCULAÇÃO |
Estado
Associados
Sudeste
1.741
Sul
431
Nordeste
417
Centro-Oeste
220
Norte
102
Total
2.911
Perfil Regionais
A SBACV nos estados
(Dados atualizados com base no CANU em 05/11/2010 e com
informações das regionais)
Norte: 102 Associados
ACRE
Aspirantes: 05
Presidente: Ângela Cláudia Paixão Soares de Magalhães
E-mail: [email protected]
Telefones: 68 9224.1031 / 3901.2590
AMAPÁ
Aspirantes: 02
Efetivos: 01
Total: 03
Presidente: Mário Nazareno
Telefone: 96 8115.5000
AMAZONAS
Aspirantes: 12
Efetivos: 20
Titular: 01
Total: 33
Presidente: Fernando Rodrigues
Telefones: 92 9982.6282 / 92 3232.6956 (cons.)
PARÁ
Aspirantes: 17
Efetivos: 16
Titular: 01
Total: 34
Presidente: Flávio Cavalleiro de Macedo Ribeiro
Telefones: 91 8111.4730/3222.2669
Endereço Sede: Passagem Bolonha, 134, Nazaré
CEP: 66053-060 Belém-PA
RONDÔNIA
Aspirantes: 12
Efetivos: 04
Total: 16
Presidente: José Carvalho Rosa
Email: [email protected]
Telefone: 69 8115.8808
RORAIMA
Informações não fornecidas pela regional e não disponíveis no
Canu.
TOCANTINS
Aspirantes: 04
Efetivos: 05
Titular: 01
Titular Remido: 01
Total: 11
Presidente: Silvio Alves da Silva
Telefone: 63 9978.2053
Nordeste: 417 associados
ALAGOAS
Aspirantes: 14
Efetivos: 21
Efetivo Remido: 01
Titulares: 04
Titular Emérito: 01
Total: 41
Presidente: Lídia Clotildes Firmino Costa
Telefones: 82 9659.4422 / 82 8882.3636
Endereço sede: Av: Humberto Mendes, 796- salas 39/40- Centro
Empresarial Wall Street-Poço CEP: 57020-580 Maceió-AL
BAHIA
Aspirantes: 36
Efetivos: 75
Efetivo Remido:01
Titulares: 03
Total: 115
Presidente: Dejean Sampaio Amorim Filho
E-mail: [email protected]/ [email protected]
Telefones: 71. 8721-0967 -(71) 3271-5368 / 3271-5369
Endereço Sede: Av. Tancredo Neves, nº 1632, Ed. Salvador Trade
Center, Salas 501/502 Torre Sul – Caminho das Árvores
CEP: 41.820-020 Salvador-BA
CEARÁ
Aspirantes: 14
Efetivos: 19
Titulares: 07
Remidos: 06
Total: 46
Presidente: Vânia Lucia Cabral Rebouças
Telefones: 85 8888.9849 /85 3265.5449/85 3224.0892
CIRCULAÇÃO |
Perfil Regionais
MARANHÃO
Aspirantes: 02
Efetivos: 11
Total: 13
Presidente: Carlos Alberto Azulay Junior
Telefones: 98 8822.7377
PARAÍBA
Aspirantes: 12
Efetivos: 14
Titular: 02
Total: 28
Presidente: Alzumar Zacarias de Medeiros
Telefones: 83 9971.2288/ 83 3342.1033/ 83 3321.5524
Endereço Sede: Rua Rodrigues Alves, 1070- Prata
CEP: 58.400-550 Campina Grande-PB
PIAUÍ
Aspirantes: 09
Efetivos: 04
Titulares: 01
Total: 14
Presidente: Renato Duarte Barbosa
Telefones: 86 9982.0294
PERNAMBUCO
Aspirantes: 27
Efetivos: 52
Efetivo Remido: 01
Titulares: 20
Titular Remido: 01
Remidos: 02
Total: 103
Presidente: André Valença Guimarães
E-mail: [email protected]/ [email protected]
Telefones: 81 9975.8502/81 3466.5752 81 9653.3044
Endereço Sede: Av. Engenheiro Domingos Ferreira, 801, Sala
603, Aptº 603- Pina
CEP: 51.011-051 Recife-PE
RIO GRANDE DO NORTE
Aspirantes: 09
Efetivos: 16
Titulares: 03
Total: 28
Presidente: Glenda Myriam de Souza Rocha
Telefones: 84 99889398
Endereço Sede: R. Apodi, 556 Tirol
CEP 59.020-130 Natal -RN 42 |
CIRCULAÇÃO |
SERGIPE
Aspirantes: 09
Efetivos: 20
Total: 29
Presidente: José Aderval Aragão
Telefones: 79 9191.6767/ 9989.6767/ 3255.1079/3224.1444
Endereço Sede: Rua Aloísio Campos, Nº 500, Atalaia
CEP: 49.035-020 Aracajú-SE
Centro-Oeste: 220 associados
DISTRITO FEDERAL
Aspirantes: 28
Efetivos: 39
Titulares: 03
Total: 70
Presidente: Samuel Barbosa Mathias
Telefones: 61 8124.1168
Endereço Sede: Prédio AMBr - Setor de Clubes Sul Trecho 03,
Lote 05, Conj. 06, Sl. 210 A
GOIÁS
Aspirantes: 31
Efetivos: 58
Titulares: 02
Total: 91
Presidente: Dr. Luiz Alberto da Silva
Telefones: 62 9242-0608/ 3251-0679
Endereço Sede: Avenida Mutirão, Nº 2653, setor Marista
Goiânia- GO
MATO GROSSO
Aspirantes: 11
Efetivos: 11
Total: 22
Presidente: Jorge Luiz Novak
Telefones: 65 9971.2807
MATO GROSSO DO SUL
Aspirantes: 10
Efetivos: 22
Titulares: 05
Total: 37
Presidente: Giuliano Paiva Santa Rosa
Telefones: 67 9236.5309
Perfil Regionais
Sudeste: 1.741 associados
Sul: 431 associados
ESPÍRITO SANTO
Aspirantes: 40
Efetivos: 48
Titulares: 04
Total: 92
Presidente: José Marcelo Corassa
Telefones: 27 9989.7394/27 3225.3082/ 27 3324.3667
PARANÁ
Aspirantes: 69
Efetivos: 78
Titulares: 16
Titular remido:01
Titular Fundador: 02
Titular Benemérito: 02
Total: 168
MINAS GERAIS
Aspirantes: 183
Efetivos: 93
Titulares: 22
Efetivos Remidos: 04
Total: 303
Presidente: Bruno de Lima Naves
E-mail: [email protected] / brunonaves1957@
gmail.com /[email protected]/sbacvmg@sbacvmg.
org.br
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Endereço Sede: Av. João Pinheiro, 161/209 – Centro
CEP: 30130-180 – Belo Horizonte -MG
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E-mail: [email protected]/[email protected]
Telefones: 41 9102.5271/ 33356223/ 32448787/ 3242.0978
Endereço Sede: Avenida 7 de Setembro, Nº 5.402, Conj 86
CEP: 80.240-000 Curitiba-PR
RIO DE JANEIRO
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Efetivos: 256
Titulares: 74
Aspirante Remido: 01
Efetivo Remido: 01
Total: 520
Presidente: Manuel Júlio Cota Janeiro
Telefones: 21 9534.9667/21 9840.737821/ 2240-4880 / 2533-7905
Endereço Sede: Praça Floriano, 55/1201 - Cinelândia
CEP. 20031 -050 Rio de Janeiro-RJ
Presidente: Adamastor Humberto Pereira
Telefones: 51 9967.664/ 3014.2001 / 2025- 47 3026.1077
Endereço Sede: Av. Ipiranga, Nº 5.311, Partenon
SÃO PAULO
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Efetivos: 284
Titulares: 75
Efetivos Remidos: 03
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RIO GRANDE DO SUL
Aspirantes: 69
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Total: 159
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SANTA CATARINA
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Titulares: 06
Titular Remido: 01
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CIRCULAÇÃO |
Normas de Publicação
O Boletim Circulação aceita publicar
contribuições dentro dos seguintes critérios:
01 Os artigos devem ser escritos em português e submetidos à apreciação do
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02 O artigo deve ser endereçado à
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ser mudados pelo Conselho Editorial;
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segundo a ordem encaminhada no arquivo. É preciso enviar também o local de trabalho do mesmo;
07 Fotos /Imagens: só serão publicadas
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adequadas à qualidade da publicação; as
mesmas devem ter resolução de 300 dpi’s;
08 As contribuições serão publicadas obedecendo à data de aprovação do Conselho
Editorial;
09 Não serão publicadas separatas nem
haverá envio de cópias extras para os autores do artigo;
10 As seções pertinentes a órgãos
da SBACV tais como Comissões,
Departamentos e Regionais deverão ser
escritas pelos seus componentes;
11 Artigos que sejam enviados após a data
de fechamento do Boletim, mesmo que
“urgentes”, deverão esperar a próxima
edição para serem publicados;
12 SEÇÕES
a) Cartas: nesta seção serão publicadas cartas enviadas ao Boletim ou à
Sociedade Brasileira de Angiologia e
Cirurgia Vascular. O Corpo Editorial se
reserva o direito de não publicar as cartas
em sua íntegra quando muito extensas.
Fica estabelecido ainda que o número
máximo de caracteres com espaço para
cada carta é de 800.
b) Nota do editor: espaço destinado ao
editor para apresentação do conteúdo da
revista e também para debate de assunto
relacionado à área.
c) Editorial do Presidente: espaço para
que o presidente exponha assuntos de interesse da SBACV.
d) Regionais: esta seção visa a dar espaço a todas as Regionais para publicarem
notícias sobre suas atividades. O número de caracteres com espaço para artigo
de uma página deve ser, no mínimo,
1.500 e, no máximo, 2.000. Não serão
aceitos artigos enviados após a data de
fechamento.
e) Departamentos e Comissões: esta seção visa a dar espaço aos Departamentos
e Comissões para noticiarem suas atividades. O número de caracteres com espaço
para artigo de uma página deve ser, no
mínimo, 1.500 e, no máximo, 2.000. Não
serão aceitos artigos enviados após a data
de fechamento.
f) SBACV Entrevista: esta seção destinase a entrevista com médicos da entidade
ou personalidades fora dela que tenham
informações a contribuir para o engrandecimento dos sócios – mínimo de 1.800
caracteres com espaço e máximo de 4.000
caracteres com espaço;
g) Angiologia em Notas: esta seção estará
aberta para curta notícia sobre defesa de
teses, mestrados, cátedras e outros eventos
de destaque na Angiologia, na Cirurgia
Vascular, e no meio médico. O associado
deve enviar texto com nome completo,
nome da instituição, data de defesa, título da dissertação e nomes da banca para
o e-mail: [email protected]. A nota
pode vir acompanhada de foto com resolução de 300 dpi’s;
h) Comunicações Oficiais: esta seção
destina-se a publicações relacionadas a
SBACV, AMB, CFM, MEC e CRM;
i) História da Angiologia/Cirurgia
Vascular: nesta seção serão publicados
acontecimentos que registram fatos e
eventos relativos à história da Angiologia
e da Cirurgia Vascular. O texto terá entre
1.500 e 2.000 caracteres com espaço;
j) Debate Saúde: esta seção tem por objetivo a publicação de assuntos que envolvam temas relevantes e atuais de interesse
do meio médico. Será escrito por sócios a
convite do Conselho Editorial do Boletim
Circulação – espaço mínimo de 1.500 caracteres com espaço e máximo de 2.000
caracteres com espaço;
l) Faz a diferença: matéria elaborada
por jornalista a partir de entrevista com
profissionais do setor para desenhar seu
perfil. A escolha do médico será feita pelo
Conselho Editorial;
m) Conexão: matéria feita por jornalista
com fontes de diferentes áreas e que tragam contribuição para o desenvolvimento técnico, científico ou cultural do angiologista e do cirurgião vascular;
n) Dicas: esta seção será dividida em quatro temas centrais que serão abordados
em forma de rodízio entre as edições. Os
temas serão: Espaço Cultural com dicas
de livros e filmes; Lazer com informações
turísticas; Gastronomia com receitas e dicas; e Tecnologia com novidades no setor
de interesse;
o) Calendário de Eventos: publicação de eventos que tenham o apoio da
SBACV.
p) Perfil das Regionais: espaço destinado
à atualização dos dados das regionais.
XIX ENCONTRO DOS EX-ESTAGIÁRIOS
DO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR
DO HOSPITAL DA BENEFICÊNCIA
PORTUGUESA DE SP
12 DE FEVEREIRO DE 2011
"Os exames sosticados já superam um bom
Exame Clínico de seu paciente?…"
"Existem Armadilhas dos exames de Imagem
na Doença Vascular?…"
"Quais os melhores exames para interpretar
a Doença Vascular?…"
"Quer saber mais?"
Inscrições gratuitas a partir de 3 de janeiro pelo e-mail:
[email protected]
Mais informações: www.sbacvsp.com.br
Participe deste Encontro!
Biênio 2010/2011
Out/Nov/Dez de 2010 - Ano 6 - Nº 04
Por que implantar a
CBHPM 5ª edição?
A CBHPM é o parâmetro mínimo de remuneração
dos honorários médicos;
ANS adotou o padrão de códigos da CBHPM
no TUSS;
Os valores de honorários praticados nos
procedimentos serão negociados;
Não é mais considerado como cartel
utilizar a CBHPM;
As diretrizes são importantes para apoiar as
decisões de procedimentos;
mais informações no site: www.sbacv.com.br
A escleroterapia é procedimento estético, excluído
de cobertura pelos convênios;
O desrespeito às decisões de classe pode ser
considerado infração ética pelo CFM.
página 04
2011
Diretoria apresenta
objetivos para o novo ano
página 24
Parceria
Sociedade fecha
acordo com entidade
intervencionista
vascular americana
página 12

Por que implantar a CBHPM 5ª edição?

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