este link. - Lusobridge

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Boletim da
Nº11, Fevereiro 2015
Federação
Portuguesa de
Bridge
Editorial
Bullying no Bridge?
Apesar das várias iniciativas de sensibilização dos agentes
desportivos para os aspectos da disciplina, da ética e do fair
play, continuamos a assistir a comportamentos inaceitáveis à
mesa de jogo. Estas condutas assumem particular gravidade
quando praticadas por jogadores experientes face a praticantes iniciados ou jovens.
Pedidos de esclarecimento sobre o leilão feito em termos inquisitórios, insinuações sobre alegadas condutas antidesportivas dos adversários, mandar jogar o adversário que fez
uma reivindicação (claim), chamar o árbitro em tons agressivos ou fazer juízos sobre a utilização de informação não autorizada, condutas muitas vezes destinadas a intimidar adversários menos experientes, têm as características do
bullying.
É um tema que deve merecer a melhor atenção dos Directores de Torneio, mas também dos formadores que, para além
das técnicas do jogo, devem transmitir aos seus formandos
as regras de conduta e os seus direitos e deveres enquanto
jogadores.
Inocêncio Araújo
Presidente da FPB
Nesta edição:
Editorial
1
Prémios FPB
2
A Convenção Splimit
3
Entrevista a um praticante
4e5
Competindo pelo Parcial
6 a 13
Dobraram o Stayman, e
agora?
14
A Convenção 1345
15
Ajudas para Iniciados
16
Avançando com o pé
direito
17
PRÉMIOS FPB
PRÉMIO FAIR PLAY ENGENHEIRO SOARES DE OLIVEIRA
O Prémio Fair Play destina-se a recompensar o praticante que, ao longo de cada época
desportiva, se tenha distinguido pelo seu comportamento, nomeadamente pelo conhecimento e
respeito pelas regras do jogo, pela relação cordata com adversários, parceiros e árbitros, pela
humildade nas vitórias e desportivismo nas derrotas, pelo respeito pelas decisões dos árbitros, e
pela pontualidade.
O regulamento do prémio pode ser consultado no site da FPB (http://www.fpbridge.com/
Regulamentos/RPFP_Regulamento_do_Premio_Fair_Play.pdf).
O prémio relativo a 2014 foi atribuído ao praticante:
João Carlos Kruss Melo Fanha Vicente (981).
PRÉMIOS FPB DOS SIMULTÂNEOS NACIONAIS
Tendo em vista estimular a participação e o desempenho dos praticantes nos Simultâneos
Nacionais (SN), a Direcção da FPB, tendo obtido a concordância das entidades organizadoras,
decidiu atribuir prémios bimensais e anuais, com base nas classificações acumuladas, ajustadas
com handicap.
O regulamento do prémio pode ser consultado no site da FPB (http://www.fpbridge.com/SNPremiosFPB/SN_Premios_FPB-Regulamento.pdf).
Os vencedores do período Janeiro/Fevereiro foram:
1 – Nos SN das Segundas-feiras, o praticante António José Peres Albuquerque de Melo
(2130), do Centro de Bridge da Bairrada.
2 – Nos SN das Quintas-feiras, o praticante Fernando Jorge Carvalho Morais Gomes (3052),
do Clube de Bridge do Porto.
PARABÉNS AOS VENCEDORES
Nº11, Fevereiro 2015
Federação Portuguesa de Bridge
A CONVENÇÃO SPLIMIT
A Convenção SPLIMIT, é a combinação de dois termos de Bridge: Splinter e Limit.
Pode integrar-se em qualquer sistema de ricos quintos, sempre que não se joguem os Apoios Bergen.
Depois da abertura de um em rico, as respostas seguintes mostram 4 cartas de
apoio ao rico e um singleton/chicana:
Abertura em 1
2 Splimit fit a copas, 7-10 PH singleton/chicana a espadas
3 Splimit fit a copas, 7-10 PH singleton/chicana a paus
3 Splimit fit a copas, 7-10 PH singleton/chicana a oiros
Abertura em 1
3 Splimit fit a espadas, 7-10 PH singleton/chicana a paus
3 Splimit fit a espadas, 7-10 PH singleton/chicana a oiros
3 Splimit fit a espadas, 7-10 PH singleton/chicana a copas
Inversas em Salto (Mini-splinters)
Também se usam sobre a apertura de um em menor quando o respondente marca um rico ao nível 1. Para mostrar fit, o respondent com 15/16+ pontos e um
singleton ou chicana marca ao nível três com uma inversa:
Eis
1
1
1
1
as únicas quatro respostas splimit:
– 1 ; 3 singleton/chicana a oiros
– 1 ; 3 singleton/chicana a copas
– 1 ; 3 singleton/chicana a oiros
– 1 ; 3 singleton/chicana a copas
Se você não está a fazer uma inversa em salto, um salto para o nível três num
naipe de menor ranking (por exemplo, 1
– 1 ; 3 ), considera-se um salto
com mudança de naipe forte que mostra 19+ pontos, e portanto não é um splimit.
Compilado por Luis Correia
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 3
Federação Portuguesa de Bridge
Entrevista a um praticante
Paulo Gonçalves Pereira
Quando é que começou a jogar Bridge e porquê?
Aprendi a jogar Bridge com o meu pai quando tinha 14 anos. A Viviane ensinou-me os rudimentos do Bridge competitivo quando tinha 24 anos e trouxe-me até ao CBL para experimentar. Gostei e assinei contrato com o Bridge
para toda a vida.
Como tem sido essa experiência?
O Bridge tornou-se uma parte indispensável da minha vida por diversos motivos: pela satisfação intelectual que
sentimos quando jogamos Bridge, pela adrenalina associada à vertente competitiva, pela contribuição que sinto
estar a dar para o desenvolvimento do Bridge com o projecto português da Associação Viviane Gonçalves Pereira
e, sobretudo, pelos amigos bridgistas que fiz.
Como praticante com experiência de dirigente federativo, o que considera que pode ser melhorado no Bridge nacional?
Na minha opinião os dois principais objectivos dos dirigentes desportivos devem ser a captação e formação de novos praticantes, aliciando-os também a continuarem no Bridge, após o período formativo, e a criação de um maior
índice competitivo no Bridge de alta competição, tendo em conta as restrições financeiras existentes, que exigem
uma gestão muito criteriosa dos fundos disponíveis. Penso que a Direcção da FPB está em geral a fazer um bom
trabalho, mas deveria rever os critérios com que está a seleccionar as equipas representantes do país, pois o método que está a ser utilizado afastou uma elevada percentagem dos melhores jogadores nacionais.
Qual a sua maior ambição, enquanto praticante?
Gostaria de participar numa equipa nacional que obtenha um resultado verdadeiramente notável num campeonato
da Europa ou numa Olimpíada. Gostaria também de manter mais alguns anos o primeiro lugar no ranking, o que
já ocorre há quase 15 anos consecutivos. Julgo que é uma proeza rara em qualquer modalidade e em qualquer
país, mas se existirem performances superiores gostaria de conhecê-las e tentar ultrapassá-las, para ser detentor
de algo único.
Qual foi o seu maior triunfo bridgístico?
A nível pessoal destacaria duas sucessões de resultados em curto período de tempo de que julgo poder orgulharme. Em primeiro lugar e fazendo equipa com a Sofia Pessoa, o Rui Silva Santos, o Jorge Castanheira, o Nuno Paz
e o Carlos Luiz, todos em grande forma, no espaço de três meses obtivemos uma vitória no Festival de Equipas de
Biarritz, com grande avanço sobre o segundo classificado (não precisávamos de jogar o último encontro), tivemos
uma excelente participação no Bermuda Bowl do Estoril (num campeonato em que, só com os resultados entre as
equipas europeias, ficaríamos em segundo lugar, só atrás da Itália, mas à frente da Polónia, Rússia, Holanda, Inglaterra e Suécia), e o 5º lugar no subsequente Transnacional de Equipas. A nível pessoal, destaco a minha recente sucessão de vitórias, sempre com parceiros diferentes: Festival de Madrid em Setembro com o António Palma;
Nacional de Pares por IMPs no Porto em Outubro com a Sofia Pessoa; Festival de Marbella em Novembro com o
João Paes de Carvalho; Festival de Vilamoura em Dezembro com o Paulo Dias e Festival de Évora em Janeiro com
o Paulo Sarmento.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 4
Federação Portuguesa de Bridge
Entrevista a um praticante (continuação)
Tem alguma história sobre Bridge que queira partilhar?
Num campeonato Nacional de Pares Open estava a jogar com a Ana Tadeu de flanco a última mão de uma das
sessões, num contrato carteado pelo António Palma. Chegou à nossa mesa o Jorge Cruzeiro que perguntou: Qual é o contrato? – Alguém respondeu 4 espadas, e ele, de imediato, retorquiu: - Dobradas ou simples? Claro
que esta questão levantou problemas, pois a possibilidade de dobre imediatamente sugeriu a hipótese dos
trunfos estarem encostados (como era o caso), situação difícil de adivinhar pelo carteador, sem o referido dobre.
Chamado à mesa o árbitro Lino Tralhão anulou a mão e em relatório escrito divulgou a sua decisão, que até
hoje terá sido única no género: atribuição de 60% a cada par e penalização a “mirone Cruzeiro” de 25% do
TOP.
Partilhe connosco algumas das suas preferências:
Prato preferido?
Sou um apaixonado pela boa gastronomia em geral.
Bebida preferida?
Gin e Vodka Tónicos, um bom vinho, o mais importante é que seja em boa companhia.
Outro “hobby” que não o Bridge?
Jogar futebol e organizar “Mistery Murders”.
O filme da sua vida?
Vertigo de Alfred Hitchcock e Casablanca de Michael Curtiz.
O livro da sua vida?
Recomendo dois livros de Bridge inesquecíveis: Bridge in the Menagerie do Victor Mollo e Miracles of Card Play
de Terence Reese e David Bird.
Música preferida?
The Year of the Cat de Al Stewart.
Viagem de sonho (feita ou pensada)?
Quinze dias de férias com boa companhia, numa ilha paradisíaca, com óptimo ambiente, excelente comida e
bebida, muita animação nocturna e Bridge durante a tarde.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 5
Federação Portuguesa de Bridge
COMPETINDO PELO PARCIAL
Quando o leilão dos seus adversários morre num nível baixo, deve passar e defender ou deve
entrar no leilão? Nos leilões seguintes, Sul deve estar inclinado a passar ou a entrar no leilão?
(1)
Oeste
Norte
Este
1
passo
1
2
passo
Sul
passo
passo
?
(2)
Oeste
Norte
Este
1
passo
1
2
passo
Sul
passo
passo
?
Há uma diferença significativa entre os dois leilões. Em (1), não há evidência dum fit para EsteOeste. De facto, Este poderia ter um singleton ou inclusivamente chicana a oiros. Quando o leilão não revelou um bom naipe de trunfo, não há urgência em competir. Deve voltar a abrir só
se tem algo que valha a pena mostrar, o que seria estranho dado o seu silêncio na ronda anterior. Um naipe pobre de 6 cartas, demasiado fraco para declarar inicialmente, seria uma justificação. No leilão (1), Sul poderia entrar com 2
com algo como:
73
1086432
4
AK97
Se a última voz foi 1ST, deve falar somente se tem uma acção bastante clara. De contrário arrisca-se a pagar uma penalização substancial.
Em (2), é muito provável que Este-Oeste tenham pelo menos oito espadas entre os dois. Se
têm um fit, deverá estar ansioso por competir, quase nunca se deve vender o leilão ao nível
dois.
A Regra 3-sobre-2
Se os adversários marcam e se apoiam num naipe, e se detêm ao nível dois, considere seriamente reabrir o leilão em última posição.
Quando eles têm um fit e aproximadamente a metade dos PH, geralmente podem fazer oito vazas. Se eles têm aproximadamente a metade dos pontos, então também os tem a sua linha. Se
têm um fit, a sua linha também tem (quase sempre). O seu trabalho consiste em tirá-los da segurança do nível dois e empurrá-los para o perigo do nível três.
Deve estar preparado para ir ao nível três por si mesmo e, possivelmente, ir para o cabide. Inclusivamente se não cumpre o seu contrato ao nível três, o custo deve ser inferior ao que eles
teriam anotado se os tivesse deixado jogar ao nível dois. Para si o bom vem quando eles decidem jogar ao nível três.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 6
Federação Portuguesa de Bridge
COMPETINDO PELO PARCIAL (continuação)
Foram empurrados para um nível mais alto do que eles desejavam ir e talvez agora se possa
derrotá-los. Tendo-os empurrado para o nível três, passe e defenda. Não compita uma vez
mais.
Este conselho sobre o estar preparado para competir aplica-se só se aconteceram dois passes
e chega a sua vez de falar. Se também passa, o leilão termina. O conselho não se aplica no assento directo, quando a última voz foi à sua direita. No leilão (2), Norte está no assento directo sobre 1
e sobre 2 . Para leiloar no assento directo, necessita valores completos para a
acção que tome. Para leiloar no último lugar necessita-se mais coragem do que pontos.
Suponha que Norte na sequência (2) dobra 2 . Que espera que Norte tenha?
Como a acção foi no assento directo, Norte deve ter cerca de abertura ou melhor, com copas e
paus, os naipes não nomeados. Se Norte não dobra é quase certo que é devido a não ter um
adequado naipe de copas.
Suponha na sequência (2) Sul dobra 2 . Que pode esperar de Sul?
Sul deve ter pelo menos quatro copas e quatro paus, mas a contagem de pontos é quase irrelevante. Se eles têm 18-19-20-21-22 PH, então o seu lado tem o resto: 22-21-20-19-18 PH.
Assim, suponhamos que no leilão 2, Norte-Sul têm 20 PH. Então, se Sul tem 12, o seu parceiro
terá 8, enquanto se Sul tem 7, o seu parceiro terá 13. O que Sul tenha não importa, já que o
total do par combinado estará próximo dos 20 pontos.
Suponhamos que decidiu tomar uma atitude em último lugar. Que acções estão disponíveis?
A Intervenção retardada
(3)
Oeste
Norte
1
passo
passo
Este
Sul
passo
2
?
As opções para Norte são dizer 2 , 3
ou 3 , uma intervenção retardada. Se o naipe marcado poderia ter sido marcado ao nível 1, uma má qualidade do naipe poderá explicar não o
ter marcado antes. A expectativa para uma intervenção tardia é um naipe de 5 cartas, mas o
naipe não requer nenhuma qualidade. Umas 2
retardadas poderia ser com:
J8742
A2
KQ
7532
Uma consequência importante é que o parceiro não tem que estar ansioso, se está à defesa,
por sair a esse naipe. O facto de não ter declarado o naipe antes mostra um naipe fraco. No
(3) anterior, Norte poderia dizer 3
com:
A5
K2
Nº11, Fevereiro 2015
K93
J86532
Federação Portuguesa de Bridge
COMPETINDO PELO PARCIAL (continuação)
(mau naipe numa boa mão), ou com:
92
874
52
AK863
(bom naipe com má mão)
Depois duma intervenção retardada do parceiro, nunca suba se os opositores não leiloam e
quase nunca suba para o nível três se eles o empurram. Não se deixe impressionar porque
tem 13-14 pontos. O seu parceiro já tomou os seus valores em conta para fazer a intervenção
tardia.
O Dobre atrasado
O dobre atrasado utiliza-se geralmente quando está curto no naipe deles e tem 3-4 cartas nos
outros naipes. Se eles marcaram e se apoiaram num rico, então o dobre atrasado deve incluir
4 cartas no outro rico e tolerância para os menores. Se eles marcaram e se apoiaram num
menor, o dobre atrasado deve ser com pelo menos 4-3 nos ricos.
(4)
Oeste
1
Passo
Norte
Este
Passo 2
Sul
Passo
?
Para dobrar, Norte deve ter pelo menos 4 copas e pelo menos 4-3 nos menores. Pode-se estar curto a paus sempre que Norte esteja preparado para remover a resposta de 3
para 3
(6 oiros ou 5 bons).
A razão para não ter dobrado antes foi a falta de força. Para dobrar 1
Norte deveria ter
aproximadamente a mesma força que uma mão com abertura. Para um dobre atrasado, a distribuição é importante, mas a força em cartas altas é em grande medida irrelevante.
Em resposta a um dobre atrasado, o parceiro tem que escolher o melhor naipe ao nível mais
barato. Não dê uma resposta em salto a um dobre atrasado! Não se excite porque lhe pareça
ter uma boa mão. O facto de que os opositores se tenham detido ao nível dois, fez com que
ficasse marcado com um pouco de força. O seu parceiro terá deduzido os pontos da sua mão
de 20 para fazer uma estimativa da provável fortaleza da sua mão. Se sente que tem um mão
muito boa, pode confiar razoavelmente em que o dobrador terá, para compensar, uma mão
muito má.
O objectivo é empurrá-los para o nível três. Uma vez que se tenha conseguido, nem quem
dobrou nem o parceiro devem empurrar de novo. Pressione uma vez, não duas vezes. “Não
vá ao poço com demasiada frequência. Se volta a falar o dobre punitivo está eminente”.
Depois de os ter empurrado para o nível três, raras vezes é adequado fazer um dobre punitivo
depois duma intervenção tardia ou de um dobre atrasado. Eles não lhe roubaram nada, pelo
que um dobre punitivo não é necessário. A derrota do contrato já significará para si uma pontuação decente. Um dobre punitivo ao nível três está justificado se a mão pertence à sua linha, se tem 23 PH ou mais e eles têm 17 ou menos. Se esse fosse o caso, a sua linha teria
entrado antes no leilão.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 8
Federação Portuguesa de Bridge
COMPETINDO PELO PARCIAL (continuação)
A Intervenção em 2ST atrasada
(5)
Oeste
Norte
1
passo
passo
Este
Sul
passo
2
?
Que acção deve tomar Norte com:
9532
4
KQ52
KJ32
Como eles marcaram e se apoiaram num naipe, detendo-se no nível dois, é correcto tomar
acções, mas Norte não pode dar-se ao luxo de dobrar. Que se passa se o parceiro responde 3
? Uma intervenção em 3
ou 3
carece de comprimento no naipe e como pode decidir
que menor marcar?
A solução é utilizar uma intervenção atrasada de 2ST como uma solicitação para o parceiro
participar, mas só para escolher um naipe menor. Um dobre atrasado significa, “Escolhe um
naipe”, enquanto que 2ST atrasado diz “Escolhe um dos menores”.
Os 2ST atrasados não pode ser uma verdadeira mão para ST. Com uma mão forte e equilibrada, teria tomado medidas na ronda anterior (marcar 1ST ou dobrar). Este uso de 2ST segue o
conceito da intervenção dos 2ST inusuais onde uma intervenção imediata de 2ST mostra pelo
menos 5-5 nos menores, aproximadamente 6-11 PH e a disposição de sacrificar-se se os adversários marcam partida num rico. Os 2ST atrasados têm que ser um 4-4 ou 5-4 nos menores (com 5-5 poderia ter dito 2ST na ronda anterior). Pode ser que seja 5-5 nos menores, se a
qualidade dos menores é fraca.
A mão de Norte depois do leilão (5) anterior é ideal para o uso dos 2ST atrasados. As 4 cartas
de espadas significam que o parceiro deve ter singleton ou uma chicana em espadas e portanto é muito provável que tenha comprimento num dos menores.
Possíveis resultados da regra de 3-sobre-2
(a) Permite-lhes jogar ao nível dois -110
(b) Marca ao nível três e cumpre +110
(c) Marca ao nível três e apanha 1 cabide -50/-100
(d) Eles marcam ao nível três e vão para o cabide +50/+100
(e) Marca ao nível três e cumpre –140
(f) Eles dobram ao nível três -500
Se os deixa tranquilamente a jogar ao nível dois no rico, estará a marcar -110 a maior parte
das vezes. Se toma uma das acções atrasadas anteriores e se compromete ao nível três, vailhe correr melhor em três situações (b, c e d). Se eles empurram para o nível três e cumprem
o que seja, não estará pior. Fazer três em 2
ou fazer três em 3
é o mesmo resultado.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 9
Federação Portuguesa de Bridge
COMPETINDO PELO PARCIAL (continuação)
De vez em quando terá um resultado de terror, jogará dobrado e pode marcar negativamente um número grande. Se todos os resultados anteriores são igualmente prováveis, a estratégia recomendada continua a ser sensata. Vai marcar melhor uns 60% (b, c e d), o ponto
de equilíbrio é 20% (e) e vai sofrer 20% (f). De facto, (f) é o resultado menos provável. A
maioria das vezes poderão fazer oito vazas no seu fit de trunfo e a maioria das vezes não o
vão dobrar. Eles só têm aproximadamente a metade dos PH e como têm um fit, um dobre
punitivo não é atractivo. A experiência indica (b, c e d) acontecem aproximadamente 70%
das vezes, (e) aproximadamente 20% e (f) aproximadamente 10%. O importante não é centrar-se nos maus momentos. Quando acontece um desastre, faça uma reflexão sobre todos
os grandes resultados que obteve anteriormente.
Suponha que o leilão começa:
(6)
Oeste
Norte
Este
1
passo
2
passo
dobro
passo
Sul
passo
?
Que deve fazer Sul com:
74
863
QJ52
A964
Não é claro que menor escolher. O seu parceiro poderia ter 4-3 nos menores, talvez 5-3.
Porque arriscar-se a escolher o menor equivocado? Porque não usar os 2ST de resposta ao
dobre atrasado para pedir ao seu parceiro que escolha o menor? Seria esquisito querer jogar
2ST em frente a um dobre atrasado. O par dificilmente pode ter força para tornar viáveis os
2ST. Em resposta a um dobre informativo imediato, 2ST é uma mão forte natural, equilibrada (geralmente 10 a 12 pontos). Em resposta a um dobre atrasado, utilize 2ST para os menores.
Quando não é prudente seguir a regra 3-sobre-2?
(a) Quando possa acontecer que não tenham fit
Se o leilão não revela que os adversários tenham um bom fit de trunfo, geralmente depois
do respondente só tenha mostrado uma preferência, não é necessário competir com a mesma energia.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 10
Federação Portuguesa de Bridge
COMPETINDO PELO PARCIAL (continuação)
(7)
Oeste
Norte
Este
Sul
1
passo 1ST
passo
2
passo
passo
passo
2
?
Pararam ao nível dois sem marcar e apoiar nenhum naipe. As 2
de Sul são uma preferência,
não tem que ser com mais que um doubleton e talvez estejam a jogar só com sete cartas em linha. Desconfie em leiloar aqui, se tem três cartas no naipe de abertura, é provável que eles entrem em cortes defensivos em copas, se ficar com um contrato.
(b) Não compita se eles estão a jogar no seu terceiro naipe como triunfo.
Por exemplo:
(8)
Oeste
Norte
Este
Sul
1
passo
1
passo
1
passo
2
passo
passo
?
O único naipe que resta é paus e eles sabem muito acerca dos padrões das mãos, assim que é
muito provável um corte cruzado defensivo. Quando eles terminam no seu terceiro naipe como
naipe de trunfo, o declarante é bastante provável que jogue a mão em corte cruzado. A sua melhor defesa é sair e jogar trunfo em cada oportunidade.
(c) Não compita contra jogadores notoriamente conhecidos por marcarem por baixo.
Deve reconhecer aqueles jogadores do seu clube que sempre leiloam de menos. Se não é assim,
não perca de vista aqueles pares que frequentemente anotam 170 quando o campo joga partida.
Uma vez que tenha apurado quais os pares crónicos o marcar por baixo, não se apure muito em
competir contra eles na zona dum parcial sem valores completos. É muito provável que tenham
perdido a partida e estaria a dar-lhes uma segunda oportunidade, e pode empurra-los para partida. Quanto mais fortes sejam os adversários, mais seguro é competir quando se detiveram no
nível dois. Os jogadores fortes raramente perdem uma partida.
(d) Se um adversário demora muito tempo antes de passar sobre o nível dois do seu
par, não reabra.
A pessoa que entra em transe (pensa durante muito tempo) e depois passa estará a considerar
fazer um convite para partida. Se entra, frequentemente os empurrará para partida e irão cumpri
-la. Não reabra contra uma longa pensada.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 11
Federação Portuguesa de Bridge
COMPETINDO PELO PARCIAL (continuação)
A regra 3-sobre-3
Quando os opositores competiram até ao nível três sobre a sua voz ao nível dois, deve passar
e defender, ou deve falar ao nível três sobre o deles? A maioria das vezes estará em melhor
situação defendendo. Muito frequentemente nenhuma das partes podem fazer nove vazas, assim porque falar quando estão no ponto de falar eles? Não assuma que porque eles entraram
ao nível três, eles vão fazer nove vazas. Os adversários são bastante falíveis.
Uma das melhores directrizes nesta área utiliza o número de trunfos em poder do seu lado como base para a sua decisão:
Ao nível três:
Com oito trunfos do seu lado: Passe e defenda.
Com nove trunfos do seu lado : Marque 3-sobre-3.
Tenha em conta que esta norma se aplica só quando o leilão já se encontra ao nível três. No
nível dois, siga a regra de 3-sobre-2.
Se ambas as partes têm fit e um lado conta com nove trunfos, um lado parece que tem nove
vazas (ainda que, não necessariamente o lado que tem os nove trunfos). Se isto é assim, então o seu lado é o que tem as nove vazas, é obvio que faz sentido fazer uma oferta 3-sobre-3.
Se eles são os que vão fazer nove vazas, pode fazer uma oferta de 3 sobre-3, optando por
apanhar um cabide (deve fazer oito vazas) em vez de deixar que eles façam o seu parcial ao
nível três.
O par deve ser capaz de poder dizer se têm oito ou nove trunfos. Se a sua linha marcou e
apoiou um naipe, devem ter oito trunfos entre os dois. Se qualquer das partes tem um trunfo
extra, então o par deve ter nove trunfos. Se nenhum dos dois tem um trunfo extra, então têm
só oito triunfos. Ao jogar ricos de 5 cartas, um apoio ao rico de abertura mostra 3 cartas do
naipe. Se o respondente na realidade tem quatro trunfos, o respondente sabe que o par conta
com nove trunfos e assim é ele que vai tomar a decisão do 3-sobre-3.
Trata-se duma área problemática para aqueles pares que podem apoiar o rico de 4 cartas do
seu parceiro só com 3 cartas. É muito mais difícil para esses pares avaliar se têm sete ou oito
ou nove trunfos.
Se vai usar o 3-sobre-3, frequentemente vale a penafazê~lo duma vez.
Por exemplo:
(9)
Oeste
Norte
Este
1
Passo
2
Passo
2ST
?
Sul
Passo
Se Este tem a intenção de marcar 3
mais à frente, Este pode assim marcar agora 3 . Isto
não mostra força extra, só um trunfo extra. A vantagem vem quando Sul está em condições de
indicar o menor preferido, assim Norte poderia ter uma opção mais difícil para escolher a sua
saída.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 12
Federação Portuguesa de Bridge
COMPETINDO PELO PARCIAL (continuação)
A regra de 4-sobre -3
Não leiloe uma mão de parcial ao nível quatro. Se eles passaram de nível marcando ao nível
três, passe e defenda em vez de empurra-los para o nível quatro. A maioria das vezes você
irá para o cabide ao nível quatro. Porque não esperar que sejam eles a ir para o cabide?
Compilado por Luis Correia
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 13
Federação Portuguesa de Bridge
DOBRARAM O STAYMAN, E AGORA?
Fonte: Aussie Youth Bridge Bulletin
Depois de abrir em 1ST e o seu parceiro responder 2
Stayman, às vezes o jogador à sua direita dobra para
mostrar que tem naipe de Paus, e pedindo salda a esse naipe. Geralmente você ignora o dobre e continua com
normalidade, mas às vezes tem muito bons Paus como por exemplo
AQJ85, e gostaria de sugerir 2
XX como contrato. Ou talvez às vezes tem poucos Paus como por exemplo
jogar 3ST sem uma paragem a Paus. Como pode manejar esta situação?
Há um montão de variações que pode jOgar, mas esta é uma fácil de recordar:
1ST
Passo
Xo2
xx e acredita que debe evitar
Dobro
2
?
Redobro
2
/2
Uma forte sugestão para jogar 2
XX (ou seja, você tem 5 boas cartas de Paus)
Uma resposta normal, mas com paragem a Paus
/2
Passo
Nega paragem a Paus
Depois do abridor passar negando paragem a Paus, o respondente pode continuar assim:
1ST
Passo
Passo
Passo
Dobro
2
?
Depois do respondente Redobrar para reiniciar o Stayman:
Redobro
Stayman
2
Mão fraca, tipicamente uma distribuição 4-4-5-0
2
Fraco, para jogar, 5/4 nos ricos
/2
1ST
Passo
Passo
Passo
2
Redobro
Dobro
Passo
?
2
Sem ricos quartos
2
4 espadas
2
4 copas
2ST
4-4 em ricos
A razão para trocar as copas com as espadas e vice-versa em 2
/2
quando o respondente reinicia o
Stayman é porque o abridor não tem paragem a Paus, assim que o contrato final vai ser melhor com o respondente como declarante, não o abridor.
Se quer tornar isto ainda mais simples, basta só seguir as respostas naturais ao Stayman quando o respondente
reinicia o Stayman. De contrario, a forma mais fácil de recordar isto é: Depois dum X do Stayman = promete
uma paragem a Paus com respostas naturais ao Stayman, XX é a sugestão de jogar 2
redobrados e o Passe
nega uma paragem a Paus. Sobre o Passe, o respondente pode fazer um “signoff” em 2x, ou XX, para reiniciar o
Stayman e as respostas dependem das que o par escolha.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 14
Federação Portuguesa de Bridge
A CONVENÇÃO 1345
Suponha que joga ST 15-17 e o seu parceiro abre em 1ST. Tem uma das seguintes mãos:
A.
A43
9
KJT43
QT65
B.
9
A43
KJT4
QT652
C.
–
KJ9
QT654
KQ543
Nos três casos está curto num dos ricos, com três cartas no outro rico, e têm os valores para jogar partida. Mas que partida?
- 3ST seria um contrato errado se a defesa começar por tirar 5 ou 6 vazas no seu naipe curto.
- 5 num menor pode bem ser o ideal se o Abridor não tem paragem no nosso rico curto (poderia ser necessário que tivesse
duas paragens).
- 4 num rico em fit 4-3 poderia muito bem ser o contrato mágico. Todas as mãos anteriores são muito adequadas para jugar
num fit 4-3, com os cortes na mão curta a trunfo.
As Bases
Assim: Qual é a solução? É a convenção 1345.
É assim que funciona:
- 1ST - 3
mostra curto a copas (singleton ou chicana), exactamente três cartas de espadas, e 9 ou 10 cartas nos menores
(geralmente 5-4, 4-5 ou 5-5)
- 1ST - 3
mostra curto a espadas, exactamente três cartas de copas e 9 ou 10 cartas nos menores.
Um Exemplo
J53
KQ106
A97
AQ9
AK84
Q9762
74
9532
QJ10
84
J854
106
10
AJ8
K6532
K732
Norte é o dador, e muitos pares não duvidariam em marcar 1ST-3ST, e cabidar quando a saída é uma óbvia carta de espadas.
Mas a Convenção 1345 pode vir salvar-nos.
Norte abre em 1ST, Sul diz 3
(três cartas de copas e curto a espadas), Norte obviamente diz 4
mas os cortes a espadas fazem-se na mão curta, e há 11 vazas com um carteio cuidadoso.
Forcing de Partida ou Não?
Usando a Convenção 1345, pode travar o leilão em 4
ou 4
. Sim… é um fit 4-3,
? Talvez devesse permitir essa possibilidade (ainda que al-
guns não o façam). Sendo isto assim, depois 1ST - 3
, aqui estão as nossas redeclarações propostas pelo abridor:
- 3ST é uma mão com bons valores a espadas (duas paragens).
-4
mostra 4 (ou 5) copas.
-4
e4
mostra preferência para jogar um contrato num dos menores e é passável se o respondente está mínimo (ou
tem uma mão “lenta”).
-5
ou 5
é uma versão melhorada do exposto acima.
- 4
(o rico curto do respondente) mostra uma mão realmente boa num em ambos os menores, e usa-se para convidar
para cheleme se o respondente considerar que é possível. Para usar esta voz de 4
los, sem valores a espadas, talvex algo do género:
cumprem-se 6
ou 6
J53,
K6,
AQT7,
, o abridor necessita ter muitos controAQ97. Como podem ver, nesta mão
.
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Federação Portuguesa de Bridge
AJUDAS PARA INICIADOS
Problema 1: O Declarante, tendo o A e o K dum mesmo naipe que os adversários jogam, ganha a vaza
com o A. 8 vazas mais tarde nessa mão começa a perguntar-se se o K é alto. Não se recorda que jogou o
A na vaza 1.
Ajuda: Ganhe a vaza 1 com o K, mais tarde vai saber que o A é bom. Talvez com o passar do tempo e
com a prática não necessite desta ajuda, e jogue primeiro o A para que os adversários não saibam quem
tem o K. Mas enquanto for iniciado recomenda-se jogar primeiro o K.
Problema 2: Não posso recordar-me de tudo o que aprendo nas aulas. Sinto-me confuso!
Ajuda: Primeiro clarifiquemos que ninguém pode recordar tudo, a sua habilidade para reter mais informação está directamente relacionada com quanto joga. Não é importante a maneira como pratica, mas
quanto mais pratique mais vai recordar. Jogue... jogue... jogue... Aprender bridge é equivalente a resolver um quebra-cabeças de 1000 peças. Quanto mais avança mais clara se torna a imagem. As primeiras
100 peças levam muito tempo, as últimas 100 peças parecem cair sozinhas no lugar correcto. O Bridge é
como um quebra-cabeças sem final. Qualquer jogador de Bridge, esteja em que nível esteja, está sempre
a aprender.
Problema 3: Como defensor, finalmente ganha a mão na vaza 7, mas já não podia recordar qual tinha
sido a saída do parceiro.
Ajuda: O seu parceiro sai a uma pequena copa contra um contrato de 3ST. Deveria começar por olhar
para as suas copas e ainda que sejam todas pequenas dizer para si próprio: "Gosto das minhas copas..."
Mais tarde na vaza 7, procurando o que jogar, o seu olhar prévio vai cair nas copas e automaticamente
vai-se recordar. Faça isso mentalmente, funciona.
Problema 4: Às vezes conto mal os trunfos, ou porque me esqueço de algum ou porque dou uma volta
a mais.
Ajuda: Em vez de contar até 13 é muito mais fácil contar os que faltam. Por exemplo: tem 8 triunfos,
faltam-lhe 5. Dá uma volta, ambos os adversários assistem (“Isso dá dois!”). Dá uma segunda volta, ambos os adversários assistem (“Isso dá 4. Fica só um fora.”). Às vezes esquece-se de contar os trunfos
que se usaram para cortar na sua mão. Se calcula quantos trunfos lhe faltam mal se estende o morto,
então não se deverá preocupar com os trunfos que se usaram para cortar. Se um dos adversários corta
antes que comece a destrunfar, recorde ao contar (Aí vai 1).
Problema 5: Às vezes tenho medo de passar o nível e cabidar, jogando partida e especialmente jogando cheleme. Como desenvolvo confiança?
Ajuda: Depois de tudo... É só um jogo. Qual é o castigo por cabidar um contrato? A melhor resposta talvez seja: Vejamos a seguinte mão. Não há polícia do bridge e muitos dos seus amigos principiantes vão
pensar que teve valentia em marcar partida. Enquanto o seu cardiologista não o proíba de jogar bridge... assuma o jogo como se fosse uma aventura. Mark Twain disse uma vez: “Coragem é a resistência
ao medo, ser mestre em manejar o medo, não a ausência de medo.” O grande bónus é que se cumpre a
partida ou o cheleme: Tem direito a presumir!
Problema 6: frequentemente sinto-me confundido a respeito de que se devo destrunfar ou devo esperar para o fazer mais tarde durante o carteio. Há alguma fórmula mágica para este problema?
Ajuda: Ainda que haja varias razões pelas quais se deve esperar para destrunfar, a mais comum delas é:
Quando há oportunidades de cortar do lado curto a trunfo, primeiro fazem-se os cortes e depois destrunfa-se. (Se no leilão se fez um transfer, note que o lado curto a trunfo é geralmente a mão do declarante,
não o morto). Cortar do lado curto a trunfo gera vazas extra. É um milagre em bridge poder converter
perdentes em ganhantes.
Compilado por Luis Correia
Nº11, Fevereiro 2015
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Porque o Bridge
é uma Paixão
AVANÇANDO COM O PÉ DIREITO
Extraido de: Declarer Play the Bergen Way
Tente não pensar sobre:
- Em que outro contrato gostaria de estar a jogar.
- Qualquer voz do seu parceiro de que não tenha gostado.
- Qualquer das suas vozes que não funcionou bem (ainda que tenham
sido razoáveis).
Tente memorizar:
- A saída.
- A distribuição e as figuras do morto.
Assegure-se de:
- Evitar jogar depressa.
- Conte as ganhantes e perdentes.
- Considere a saída. Pelo leilão… á a que esperava?
- Pense nas entradas em ambas as mãos. Se tem a possibilidade de
ganhar a saída em qualquer das duas mãos pense um pouco mais
sobre as entradas.
- Não ganhe automaticamente a saída porque o poda fazer.
O Mais importante: Não comece a jogar sem um plano. Livros inteiros foram
escritos sobre o destino dum contrato dependendo do que o declarante fez na primeira
vaza! Inclusivamente um plano imperfeito é melhor que nada.
Onde, Onde Deveria Estar?
Quando você tem uma opção de onde ganhar uma vaza, pense cuidadosamente acerca
de: onde quer estar lã mais para a frente.
Oeste
Passo
Passo
Norte
Este
Sul
1
Passo
1ST
3ST
Fim
Quando você tem uma opção de onde ganhar uma vaza, pense cuidadosamente acerca
de: onde quer estar lã mais para a frente.
Salda:
J
O que faz na primeira vaza? Tem três opções:
A. Ganhar com o
A
B. Ganhar com o
K
C. Recuar de ambas as mãos.
Sugiro que tome a sua decisão antes de continuar a ler.
Você tem seis ganhantes seguras em Ases e Reis: uma espada, duas copas, dois oiros
e um pau. São necessárias três vazas extra, e seria agradável se as pudesse conseguir
do mesmo naipe. Um naipe se destaca – PAUS. Nenhum outro naipe lhe oferece possibilidades de arranjar três vazas adicionais. O único pau importante que lhe falta é o
K, assim deveria poder ganhar 4 vazas nesse naipe depois de só perder uma. Não
cometa o erro de ganhar com o
A e jogar a
Q. Tão pouco recue a saída. Uma
segunda volta de copas o forçaria a utilizar o seu precioso
A, a sua única entrada
para o naipe comprido de paus. Sempre e quando você possa chegar à mão depois de
apurar os paus, vai obter três vazas de paus extra. Assim que deve guardar o
A
para mais tarde. Ao contrário deve ganhar a saída com o rei do morto e jogar o
A, e continuar com o
4. Não importa quem tem o
K. E-O podem fazer o
K
quando quiserem, mas você já terá as suas vazas de paus e o
A cuidadosamente
reservado para chegar a elas. Recorde: Quando está a apurar um naipe, “Use primeiro
as figuras do lado curto.” Esta regra tem muito poucas excepções.
Nº11, Fevereiro 2015 — Página 17
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