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Trigo: controle de
plantas daninhas
Maçã: a sarna da macieira
Milho: novo inseticida
de alta tecnologia
Índice
2
Milho
Novo inseticida
de alta tecnologia
6
Milho
Resistência de
Spodoptera
frugiperda a
inseticidas
10
Imidacloprid
10 anos de
aplicação no Brasil
14
Trigo
Controle de
plantas daninhas
16
Maçã
A sarna da macieira
20
Soja
Tratamento de
sementes
24
Projeto Águas
Deixamos de publicar a bibliografia da maioria
das matérias desta edição, que permanece à
disposição dos interessados.
O tratamento de
sementes é hoje
a melhor opção para o
controle das pragas
iniciais da cultura do
milho, em especial
contra insetos como o
percevejo-barriga-verde,
que tem causado
sérios prejuízos aos
produtores
Para instalar uma lavoura de milho com alta
produtividade e correspondente rentabilidade, é necessário tomar uma série de
decisões no planejamento da lavoura. A primeira e mais importante é a seleção do híbrido, quando se deve eleger dentre uma série
de diferentes características as que trarão
melhor resultado, levando em consideração
se o objetivo da lavoura é a colheita de grãos
ou a produção de silagem. Essa definição
deve então ser combinada com as condições
locais como solo, clima e sistema de produção adotado.
A tecnologia disponível para a produção é
um fator muito importante na seleção do
híbrido a ser plantado. Para obtenção de
uma alta produtividade no milho, é fundamental ter conhecimento sobre a cultura,
respeitar as exigências de clima e solo e
saber implementar estratégias racionais de
manejo, que são básicas para que o híbrido
escolhido possa expressar todo seu potencial produtivo e assim propiciar a rentabilidade esperada.
Correio Agrícola - Publicação
Semestral (Janeiro/Junho 2004)
Órgão informativo técnico, dirigido a engenheiros
agrônomos, agricultores, técnicos agrícolas,
faculdades de agronomia e bibliotecas.
Editado pela Bayer CropScience Ltda.
Rua Verbo Divino, 1207, Bloco B
São Paulo - SP / Fone (0xx11) 2165-7600
www.bayercropscience.com.br
Produção: Assessoria de Propaganda da Bayer S.A.
Coordenação geral: Adriana Porto
Coordenação técnica: Engenheiros Agrônomos
Paulo Renato Calegaro, Jedir Fiorelli e Gilmar Franco.
Jornalista responsável: Allen A. Dupré, MTb 9057.
2
CORREIO 1/04
No Brasil, apesar de a área plantada ter se
mantido praticamente constante nos últimos
sete anos, pode-se verificar um aumento na
produtividade da cultura. Esse incremento
se explica pela necessidade que o produtor
tem de aumentar seus rendimentos e sua
competitividade.
Com a manutenção da área de plantio ao
longo dos últimos anos, o aumento de produtividade só foi possível graças ao aumento da
tecnologia aplicada. Em algumas regiões em
que a cultura do milho é a principal opção de
plantio, as produtividades são muito mais altas
que a média brasileira, a exemplo da região de
Guarapuava -PR, onde a produtividade média
tem alcançado valores de 9 toneladas de grãos
por hectare.
No gráfico 1 pode-se verificar que, mesmo
nessas regiões, a produtividade apresentou um
incremento nos últimos anos, o que demonstra
que é possível produzir mais milho e ser competitivo com os maiores produtores mundiais.
Principais pragas que atacam o milho na fase inicial
Nome comum
ATENÇÃO:
ience em
Bayer CropSc reço
novo ende
Produtividade em alta
Nome científico
Controle
Grupo Químico
Percevejo-barriga-verde . . . . . . . . .Dichelops furcatus . . . . . . . . . . . . . . . .Neonicotinóides
Percevejo-barriga-verde . . . . . . . . .Dichelops melacanthus . . . . . . . . . . . . . .Neonicotinóides
Tripes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Frankliniella williamsi . . . . . . . . . . . . . . .Neonicotinóides
Coró . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Phyllophaga cuyabana . . . . . . . . . . . . . .Neonicotinóides
Cigarrinha-do-milho . . . . . . . . . . . .Dalbulus maidis . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Neonicotinóides
Cigarrinha-das-pastagens . . . . . . .Deois flavopicta . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Neonicotinóides
Pulgão-do-milho . . . . . . . . . . . . . . .Rhopalosiphum maidis . . . . . . . . . . . . . .Neonicotinóides
Larva alfinete . . . . . . . . . . . . . . . . .Diabrotica speciosa . . . . . . . . . . . . . . . . .Neonicotinóides
Lagarta-do-cartucho . . . . . . . . . . . .Spodoptera frugiperda . . . . . . . . . . . . . .Carbamatos
Lagarta-elasmo . . . . . . . . . . . . . . .Elasmopalpus lignosellus . . . . . . . . . . . .Carbamatos
Controle das pragas iniciais
Nas lavouras de milho bem planejadas,
para proporcionar alta produção, é
necessário ter em mente a manutenção permanente da população de plantas. As pragas de importância na cultura do milho
ocorrem desde o plantio, na fase de germinação, o que causa grandes reduções na
população de plantas sadias e produtivas.
Por isso, o controle das pragas iniciais tem
sido fator fundamental para se obterem
incrementos na produtividade.
O tratamento de sementes adequado tem
sido um forte aliado para evitar os prejuízos
causados por essas pragas de difícil controle. A grande vantagem desse tipo de
tratamento é o seu caráter preventivo, visto
que as pragas atacam as plantas já a partir
da germinação, causando-lhes deformações
e retardando o desenvolvimento da lavoura.
Ataques mais fortes causam a morte das
plantas. Os prejuízos normalmente são
grandes e irreparáveis, uma vez que o
replantio é inviável.
A perda de plantas pelo ataque destes insetos, além dos danos diretos, com a redução
do estande final de plantas por área e a perda
de uniformidade da lavoura, provoca danos
indiretos, com o desenvolvimento indesejado de plantas invasoras nos espaços abertos
nas linhas.
O agricultor que tem por objetivo aumentar
a produtividade deve utilizar sementes
tratadas, acompanhar o desenvolvimento
da lavoura por meio do levantamento das
pragas e, em situações de alta pressão,
complementar o controle dos insetos com
pulverizações foliares.
1/04 CORREIO
3
Gráfico 1 - Manutenção da área de plantio e
aumento da produtividade média do Brasil
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
1996/97
1997/98
1998/99
1999/2000
Área de plantio
(milhões de hectares)
2000/01
2001/02
2002/03
Produtividade média
(toneladas por hectare)
Produção
(milhões de toneladas)
Gráfico 2 - Incremento da produtividade
em áreas de alta tecnologia
kg/hectare
10000
9500
9000
8500
8000
7500
7000
6500
6000
5500
5000
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Fonte: Cooperativa Agrária Mista de Entre Rios, Guarapuava - PR
Gráfico 3 - Resultados de ensaios
no controle de Dichelops melancanthus
% Controle
95%
90%
85%
80%
% Ataque testemunha:
18 DAP = 40%: 28 DAP = 60%
75%
18 DAP*
70%
28 DAP
65%
Gaucho 600 FS
4
Poncho
Outro Neonicotinoide
CORREIO 1/04
* DAP = Dias após o plantio
Fonte: Desenvolvimento Bayer CropScience
Percevejo-barriga-verde,
foco das atenções
Dentre as pragas mencionadas, o percevejobarriga-verde tem sido a praga recente que
mais se alastrou nas regiões produtoras nos
últimos anos, causando muitos prejuízos, por
provocar a perda total das plantas atacadas.
Estes insetos vivem próximos ao solo,
escondem-se na palhada e atacam as plântulas de milho perfurando o caule, que, no início, ainda se encontra tenro. Ao se alimentarem, injetam saliva, que contém toxinas. A planta atacada, em razão dos danos
mecânicos e da presença dessas toxinas,
passa a desenvolver-se mais lentamente.
Nos locais perfurados pelo inseto, as folhas ao
se expandirem apresentam furos, ficando
totalmente deformadas, podendo levar as
plantas à morte. Muitas plantas que sobrevivem com o sistema foliar totalmente danificado passam a gerar perfilhos e praticamente
podem ser consideradas como improdutivas.
A presença e o alastramento desse percevejo tem justificado o emprego de inseticidas
do grupo dos neocotinóides via tratamento
de sementes. Em 1995, a Bayer lançou no
mercado o inseticida Gaucho, que contém
em sua formulação o ingrediente ativo inovador Imidacloprid, altamente eficaz no
controle do complexo das importantes pragas iniciais do milho.
A introdução de Gaucho revolucionou o
conceito de controle dessas pragas, antes
somente possível com as pulverizações.
Dessa forma, com o tratamento de sementes
com esse inseticida inovador, os agricultores
das regiões em que o percevejo-barriga-verde
surgiu primeiramente (oeste do Paraná, sudoeste de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul)
passaram a ter à disposição uma nova ferramenta para o controle desse inseto.
PONCHO, o protetor
da alta tecnologia
A Bayer CropScience, líder mundial de mercado e desenvolvimento dos inseticidas da
classe dos neonicotinóides, está lançando
mundialmente uma nova molécula desta
classe química, o inseticida Poncho para
tratamento de sementes de milho.
Poncho é formulado à base de um novo
ingrediente ativo, o Clothianidin, que
demonstrou, ao longo de anos de ensaios nas
condições brasileiras, uma atividade excepcional no controle de pragas iniciais do
milho, confirmando os resultados obtidos
nos Estados Unidos e na Europa, o que lhe
atribui a condição de inseticida que nasceu
para defender o milho durante a germinação
e a fase inicial da lavoura.
PONCHO já está registrado no Brasil para
o controle dos seguintes insetos na cultura
do milho:
Inseto
Dose por 100 kg
de sementes
Cigarrinha-do-milho. . . . . . . . . . 400 ml
Dalbulus maidis
No gráfico 3, PONCHO mostra nos ensaios
uma atividade bastante superior à dos produtos que atualmente se encontram no mercado.
Associando tecnologias
PONCHO, após demonstrar na cultura do
milho o seu melhor desempenho, sobressaindo-se no controle do complexo de pragas em relação aos demais neonicotinóides,
passou a ser posicionado mundialmente
como a melhor opção de controle via tratamento de sementes para a cultura do milho.
Nesse sentido, PONCHO virá ao mercado
aplicado sobre as sementes de milho híbrido de alto valor cultural e de alta produtividade, já prontas para o plantio.
As vantagens que o agricultor de alta tecnologia terá com as sementes já tratadas
com PONCHO, além da alta produtividade do híbrido e do elevado grau de proteção contra o ataque do complexo de pragas, incluem ainda a qualidade do tratamento em si, a economia de tempo e mãode-obra e praticidade.
Na associação de tecnologias de ponta
como essa, o produtor que visa a melhorar
a sua rentabilidade na cultura do milho terá
a melhor opção.
Percevejo-barriga-verde
Tripes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350 ml
Frankliniella williamsi
Danos causados pelo
percevejo-barriga-verde
Percevejo-barriga-verde . . . . . . 350 ml
Dichelops furcatus
Dichelops melacanthus
Pulgão-do-milho . . . . . . . . . . . . 400 ml
Rhopalosiphum maidis
Autores: Jedir Fiorelli (CREA 5060493900/D SP) Gerente de Desenvolvimento de Inseticidas da
Bayer CropScience e Johann Wilhelm Reichenbach
(CREA 110.004/D SP) - Gerente de Portfolio
Tratamento de Sementes da Bayer CropScience
1/04 CORREIO
5
Resistência de
Spodoptera
frugiperda
a inseticidas
Tem-se observado
o aumento de
problemas com
Spodoptera
frugiperda devido
aos plantios
sucessivos das
culturas de milho
e de algodão em
determinadas
regiões
6
CORREIO 1/04
A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda
(J. E. Smith), é considerada a principal praga
da cultura do milho no Brasil. Atualmente, os
cuidados no controle dessa praga são tomados
praticamente durante todo o período de
desenvolvimento das plantas, pois os danos
provocados pelas lagartas às plantas de milho
estendem-se desde o desfolhamento em diferentes graus de severidade (fase vegetativa)
até a incidência de perfurações nas espigas
(fase reprodutiva). No entanto, o modelo de
cultivo e exploração do milho e outras culturas (principalmente a do algodão) pode
estar contribuindo para a consolidação de
S. frugiperda como praga-chave. Os levantamentos de produção têm reiterado que o
milho vem sendo cultivado de modo intensivo e em diferentes épocas do ano no Brasil.
Assim, a produção de milho tem sido contabilizada em duas grandes safras cultivadas
durante o ano agrícola (1a safra e 2a safra),
além do cultivo no inverno em regiões com
infra-estrutura de irrigação. A área total cultivada com milho na safra 2002/2003 atingiu
pouco mais de 13 milhões de hectares, gerando uma produção de aproximadamente 47
milhões de toneladas. Por sua vez, a chamada
2a safra ("safrinha") apresentou uma participação bastante significativa nesses números
totais. Aproximadamente 26% da área cultivada e do total produzido em 2002/2003
devem ser atribuídos aos plantios de 2a safra
de milho. Esses valores mostram a ocorrência
de uma expansão significativa nos plantios de
milho fora de sua época tradicional de cultivo
(Gráfico 1). A conseqüência prática destes
crescentes plantios tem sido a presença da
cultura do milho em diferentes estádios de
desenvolvimento fenológico durante grande
parte do ano agrícola. Deste modo, os insetos
pragas como S. frugiperda podem encontrar
facilmente as plantas de milho para serem
exploradas, uma vez que existe a formação
de uma verdadeira ponte biológica criada
pelos plantios sucessivos da cultura. Além
disso, S. frugiperda é uma espécie polífaga,
a qual tem ocorrido como praga também na
cultura do algodão. Portanto, existe a suspeita e alguns indicativos de que os plantios de
algodão também têm contribuído para o
agravamento das infestações de S. frugiperda na cultura do milho.
Uso irracional de inseticidas
Apesar dos esforços existentes para a integração de diferentes táticas para a composição de programas de manejo da lagarta-
do-cartucho, a utilização de inseticidas,
muitas vezes de largo espectro de ação, tem
sido o método de escolha da maioria dos
agricultores para o controle dessa praga.
Não obstaste, em função da ocorrência das
intensas infestações que têm comprometido
seriamente a produtividade da cultura do
milho, a aplicação de inseticidas para controle
de S. frugiperda tem sido muitas vezes realizada de modo abusivo e incorreto mediante aplicações de produtos em altas doses ou em misturas de tanque. A aplicação excessiva e inadequada de inseticidas contrapõe-se à teoria do
MIP (Manejo Integrado de Pragas), por afetar
negativamente a manutenção e a eficiência dos
inimigos naturais das pragas.
No entanto, em alguns casos o controle químico da lagarta-do-cartucho não tem sido suficiente para atingir um nível satisfatório de
redução da população da praga na cultura do
milho. A suspeita da evolução da resistência da
praga a determinados inseticidas foi levantada
com as constantes reclamações dos produtores
rurais sobre a ocorrência de falhas no controle
de S. frugiperda. Cabe ressaltar que a ocorrência de falhas no controle de uma determinada
praga não significa necessariamente que se
trata de um caso de resistência de insetos a
inseticidas. Tais falhas após a aplicação de um
inseticida podem estar associadas, por exemplo, ao emprego de doses inadequadas ou a
deficiências na técnica de aplicação do produto químico. A partir do momento em que as
variáveis que compõem o sucesso da aplicação
de um inseticida estão otimizadas e sob controle, e mesmo assim as falhas no controle de uma
praga continuam a ser observadas, poderia levantar-se a hipótese de que se trata de um caso
de resistência de insetos a alguns inseticidas.
A resistência
A resistência caracteriza-se por ser pré-adaptativa, genética e, portanto, hereditária. O fato de
a resistência ser pré-adaptativa significa dizer
que os indivíduos resistentes encontram-se no
campo mesmo antes da aplicação do produto
químico. Por sua vez, o uso constante de um
determinado inseticida ou ainda de produtos
químicos com o mesmo mecanismo de ação
levará à evolução da resistência. Deste modo, a
seleção de indivíduos resistentes deve ser
entendida como um processo esperado numa
população de insetos que é controlada com
inseticidas. Isso porque o inseticida funciona
como a pressão seletiva que impõe a sobrevivência dos indivíduos resistentes, os quais já
se encontravam na população de insetos.
Porém, no início do processo de seleção, a freqüência dos indivíduos resistentes é baixa, e
portanto não são percebidas falhas no controle
da praga após o uso do inseticida. Entretanto,
os indivíduos resistentes que restam na área
depois da aplicação do produto, ao se
acasalarem, irão transmitir a característica da
resistência para os insetos da geração seguinte.
Desse modo, com o passar do tempo e das gerações da praga e com a continuidade da aplicação de um determinado inseticida, existe
uma grande possibilidade de os indivíduos
resistentes aumentarem sua freqüência na área,
atingindo-se assim o momento em que as falhas no controle da praga são percebidas pelo
agricultor. Assim, denomina-se como freqüência crítica de resistência a freqüência de indivíduos resistentes presentes no campo a partir da
qual são percebidas as falhas no controle da
praga. Entretanto, por se tratar de um processo
evolutivo, é necessário algum tempo para que
a freqüência crítica de resistência da praga a
um determinado inseticida seja atingida no
campo e os produtores observem falhas no
controle da praga. Assim, a taxa com que
ocorre a evolução da resistência na população de insetos é afetada por uma série de
fatores genéticos e bioecológicos da praga
alvo de controle, além de fatores operacionais vinculados à
característica
toxicológica
Adulto de Spodoptera frugiperda
Lagarta de Spodoptera frugiperda
1/04 CORREIO
7
do inseticida e de seu modo de aplicação.
O efeito imediato da evolução da resistência é
a perda do inseticida como opção no controle
da praga. Neste sentido, há necessidade de
considerar os aspectos relacionados à pesquisa
e desenvolvimento de novos inseticidas. É de
conhecimento de todos que as oportunidades
para descoberta de novas moléculas com efeito
inseticida estão cada vez mais restritas, com o
custo para desenvolvimento de novos produtos
atingindo valores muito elevados.
Outras conseqüências
Técnicas de bioensaio (aplicação tópica e
ingestão) para monitoramento da resistência
Entretanto, além da perda do produto químico, a evolução da resistência de insetos a
inseticidas apresenta outras conseqüências
negativas para o meio ambiente e que entram
em conflito com o MIP. Por exemplo, os
agricultores diante de falhas sucessivas no
controle das pragas, passam a utilizar doses
mais elevadas dos inseticidas, ou ainda adotam produtos químicos de maior toxicidade,
além de aumentar o número de aplicações
com inseticidas. De modo geral, além de
encarecer o tratamento fitossanitário, tem-se
como conseqüências da instauração da
resistência no campo maior agressão ao meio
ambiente, maior destruição de inimigos naturais das pragas, elevação do risco de contaminações por parte dos trabalhadores rurais
e, como dito anteriormente, clara contraposição aos princípios do MIP.
Portanto, deve-se compreender que a
resistência a inseticidas torna-se um problema não apenas para o agricultor, mas para
toda a sociedade que acaba sendo atingida de
forma direta e indireta, por exemplo, pela
maior freqüência nas aplicações de inseticidas. Assim, torna-se necessária a elaboração de
programas de manejo da resistência de insetos
a inseticidas com os objetivos principais de
evitar, retardar, ou mesmo, reverter a evolução
da resistência. Em outras palavras, pode-se
dizer que as práticas de manejo da resistência
têm como principal objetivo garantir a presença da suscetibilidade existente em uma
determinada população de insetos. As estratégias para o manejo da resistência têm por objetivo minimizar as diferenças existentes entre os
indivíduos suscetíveis e os resistentes na
resposta ao tratamento químico. Desse modo, é
possível preservar ou até prolongar a vida útil
de inseticidas que possuem características
desejáveis no MIP.
Monitoramento da resistência
O monitoramento para a verificação de alterações na suscetibilidade dos insetos é uma
das partes mais importantes do manejo da
resistência a inseticidas. Por meio desse tipo
de monitoramento, é possível avaliar a eficácia das estratégias de manejo em retardar a
evolução da resistência. O passo inicial para
os trabalhos de monitoramento é o estabelecimento da resposta natural de populações
geograficamente distintas da praga aos inseticidas que são utilizados pelos agricultores
para manejo de S. frugiperda. Desse modo,
são estabelecidas as linhas básicas de
suscetibilidade a inseticidas em diferentes
populações da praga mediante realização de
bioensaios toxicológicos (Tabela 1), para
posterior acompanhamento sistemático da
suscetibilidade dos insetos nestas regiões.
Gráfico 1 - Distribuição da área plantada nas diferentes épocas de cultivo de milho
e evolução da produção no período de 1990/91 a 2002/03
Área plantada com milho
(em mil hectares)
Produção de milho
(em mil toneladas)
50000
140000
12000
40000
10000
30000
8000
6000
20000
4000
10000
2000
0
Safras
0
1990/91
8
1991/92
1992/93
CORREIO Área
1/04 na primeira safra
1993/94
1994/95
1995/96
1996/97 1997/98
Área na segunda safra
1998/99 1999/2000 2000/01
Produção de milho
2001/02
2002/03
O Laboratório de Resistência de Artrópodes
a Pesticidas da ESALQ/USP tem conduzido
trabalhos de monitoramento da suscetibilidade a inseticidas em populações de S.
frugiperda coletadas na cultura do milho em
diferentes regiões do Brasil desde 1995. Nos
dois últimos anos, o trabalho de monitoramento tem envolvido populações da praga
coletadas também na cultura do algodão em
uma mesma região de cultivo de milho. Com
isso, tem-se por objetivo coletar informações
sobre o impacto do manejo da praga nas culturas de milho e algodão em uma mesma
região agrícola sobre a suscetibilidade de S.
frugiperda aos principais inseticidas utilizados para o seu controle na cultura do milho.
Esses trabalhos de monitoramento da
resistência têm sido financiados pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (FAPESP) e pelo Comitê
Brasileiro de Ação a Resistência a
Inseticidas (IRAC-BR). Os dados obtidos
por meio do monitoramento podem ser utilizados em conjunto com informações tais
como o mecanismo de ação dos diferentes
produtos químicos e o risco potencial para
evolução da resistência em uma determinada
região para que seja estabelecido um programa de rotação de inseticidas.
Importância da rotação de
inseticidas no MIP
A rotação de inseticidas tem sido uma das
estratégias para o manejo da resistência e
vem sendo utilizada com o objetivo de reduzir a pressão de seleção com um determinado
produto. Para o sucesso da rotação de inseticidas, uma das condições básicas é a ausência de resistência cruzada entre os componentes da rotação. Para tanto, é importante
compor o programa de rotação com produtos que possuem mecanismos de ação distintos (Tabela 1). Sem dúvida, o manejo da
resistência a inseticidas deve ser encarado
como parte integrante do MIP e vice-versa.
Em outras palavras, medidas como a
adoção de níveis de controle para a praga na
cultura, a integração de diferentes táticas de
controle (controle cultural, controle
biológico, controle por comportamento,
variedades resistentes, etc.) e o uso de
inseticidas seletivos a inimigos naturais
devem ser implementadas para o sucesso do
manejo da resistência de S. frugiperda a
inseticidas. Com a possibilidade de introdução de plantas geneticamente modificadas que são resistentes a algumas pragas
no Brasil, essa nova tecnologia também
poderá ser incorporada nos programas de
MIP da cultura do milho, na tentativa de
reduzir a pressão seletiva com os inseticidas
convencionais. No entanto, como em qualquer outra tática de controle, devem ser
realizados estudos relacionados à evolução
da resistência de pragas para as plantas
geneticamente modificadas, bem como a
avaliação do seu possível impacto sobre os
organismos não-alvos, os microorganismos
do solo, etc.
Autores: Samuel Martinelli - Doutorando em
Entomologia e Prof. Dr. Celso Omoto (CREA
nº 146.601/D) Engº Agrº - Depto. Entomologia,
Fitopatologia e Zoologia Agrícola/ESALQ-USP
Tabela 1. Ingredientes ativos registrados para controle de
S. frugiperda na cultura do milho (Fonte: IRAC-BR)
Grupo químico
Mecanismo de
ação primário
Ingrediente ativo
Piretróides
Moduladores dos
canais de sódio
Alfametrina, Betacyflutrina, Cipermetrina,
Cyfluthrina, Deltametrina, Esfenvalerate,
Fenvalerate, Fenpropatrina, Permetrina,
Lambdacialothrina, Zetacipermetrina
Organofosforados
Inibidores da enzima
acetilcolinesterase
Clorpirifós, Fenitrotion, Piridafention,
Paration metílico, Triclorfon, Triazofós
Carbamatos
Inibidores da enzima
acetilcolinesterase
Carbaril, Metomil, Tiodicarb
Naturalyte
Moduladores de receptores
de acetilcolina
Spinosad
Diacilhidrazinas
Agonistas de ecdisteróides
Metoxyfenozide, Tebufenozide
Derivados de Uréia
Inibidores da biossíntese
da quitina
Clorfluazuron, Diflubenzuron, Lufenuron,
Novaluron, Teflubenzuron, Triflumuron
1/04 CORREIO
9
Imidacloprid é a primeira molécula pertencente à
classe química dos inseticidas neonicotinóides
descoberta e desenvolvida pela Bayer CropScience.
Suas principais características são: baixa toxicidade a
animais de sangue quente; excelentes propriedades
sistêmicas; e prolongado período de controle de
sugadores, coleópteros, cupins e outros insetos
10 CORREIO 1/04
Em fevereiro de 1985, químicos da Nihon
Bayer Agrochem KK, filial da Bayer
CropScience sediada no Japão, sintetizaram pela primeira vez o Imidacloprid
como nova molécula de um novo grupo
químico - uma verdadeira inovação para o
controle de pragas, um composto químico
estável com propriedades biológicas muito
interessantes.
Os primeiros registros oficiais foram
aprovados na Europa e na Ásia (Espanha e
Japão) em 1992. No Brasil e nos EUA, os
primeiros registros ocorreram em 1994.
Atualmente o produto é comercializado em
mais de 120 países, sendo indicado para
mais de 140 cultivos nas mais diferentes
formas de aplicação, conforme as necessidades dos mercados, sendo as mais comuns
no setor agrícola o tratamento de sementes e
as aplicações foliares, via solo e via tronco.
Além das aplicações agrícolas, Imidacloprid é largamente utilizado no mercado
de jardinagem profissional, com marcas
específicas (Merit) e no mercado veterinário para controle de pulgas em gatos e
cães (Advantage).
A Bayer CropScience foi a pioneira no
desenvolvimento desse grupo de produtos,
do qual tem o maior número de moléculas
(três). Além disso, é responsável por todas
as informações publicadas sobre todos os
aspectos inerentes ao uso e à segurança do
produto para o homem e o meio ambiente,
tendo desenvolvido todos os processos e
estudos biológicos e químicos, os métodos
de análise e as avaliações de toxicologia,
metabolismo e resíduos.
Proteção das plantas
No Brasil
No Brasil, os primeiros ensaios foram iniciados em 1989, com foco em controle de
pragas sugadoras por meio de tratamentos
foliares e de sementes. Após quatro anos de
pesquisa, foram definidos os perfis biológicos da molécula para as condições brasileiras. A partir daí, o desenvolvimento foi
direcionado para o registro de produtos
para mercados de alto valor agregado, com
novas tecnologias de aplicação até então
inexistentes como esguicho em mudas de
fumo e hortaliças, além de um novo conceito de controle de sugadores via tratamento de sementes em algodão, feijão,
milho, trigo e cevada.
Desse modo, mais uma vez por meio do
desenvolvimento de novos conceitos, a Bayer
CropScience passou a oferecer ao mercado
uma grande inovação tecnológica para
enfrentar os sugadores vetores de viroses que
causavam grandes perdas de produtividade e
exigiam grande número de tratamentos para o
seu controle .
Após todo o trabalho de pesquisa e desenvolvimento da molécula, no final de 1994 a
Bayer CropScience obteve o registro das
marcas comerciais Confidor e Premier,
respectivamente para tratamentos foliares e
de sementes. Paralelamente ao seu lançamento, Confidor foi desenvolvido no campo
por uma equipe de agrônomos especialistas
em tabaco em toda a região fumageira do
sul do Brasil. Mais de 500 campos demonstrativos foram instalados e, por meio de dias
de campo organizados em conjunto com o
setor fumageiro, demonstrou-se aos plantadores de fumo uma verdadeira revolução na
tecnologia de controle de pragas da cultura.
Onde anteriormente era necessário efetuar
mais de quatro pulverizações, com o uso de
equipamentos de dificil manuseio, passouse a fazer uma só aplicação de Confidor,
substituindo alguns produtos indesejáveis
ao setor.
Como resultado da interação da Bayer
CropScience com especialistas do setor
fumageiro, Imidacloprid trouxe um grande
ganho de produtividade para toda a cadeia
produtiva do fumo e um produto final com
melhor qualidade para o consumidor.
Em outra frente de trabalho, a empresa não
economizou esforços para desenvolver um
novo tratamento de sementes com novo foco
– a proteção das plantas. Os problemas com
sugadores, como mosca branca no feijão e
pulgões no algodão, estavam aumentando e os
produtos existentes no mercado já apresentavam limitações de controle devido à alta
pressão das pragas. Imidacloprid, por meio de
suas marcas comerciais, não só trouxe um
ganho no controle das pragas, mas também
efeitos indiretos nas plantas, como melhor
enraizamento e desenvolvimento vegetativo,
proporcionando-lhes melhor arranque inicial
e tolerância a dificuldades climáticas.
Enquanto a Bayer CropScience revolucionava os mercados mencionados, surgiam outros
problemas fitossanitários como a CVC (clorose variegada dos citros), causada por uma
bactéria transmitida por sugadores como
Oncometopia fascialis, Dilobopterus costalimai e Acrogonias sp, entre outras. Mais uma
vez, técnicos da empresa, conhecendo o
potencial do Imidacloprid, desenvolveram
outra inovação: o tratamento via tronco com o
produto Winner, largamente utilizado até hoje,
proporcionando um prolongado período de
proteção contra esses sugadores de difícil controle, substituindo o grande número de pulverizações que era feito antes com produtos
com curtos períodos de controle.
1/04 CORREIO 11
Tratamento de sementes
O tratamento de sementes com o produto
Gaucho 600FS, melhorado e aprimorado dia
a dia, é uma realidade nos grandes cultivos
como algodão, milho, feijão, cereais de inverno e soja. Em cereais de inverno, em razão de
sua alta eficácia sobre vetores transmissores
de viroses (pulgões), Gaucho 600FS mostrou
ao mercado os grandes benefícios da nova
tecnologia, sobretudo a possibilidade de
maiores produtividades, ao mesmo tempo em
que impede a transmissão do VNAC (vírus
do nanismo amarelo da cevada). Sem o pioneirismo da Bayer CropScience no desenvolvimento do Imidacloprid, a transmissão
do VNAC estaria ocorrendo até hoje, causando grandes perdas de produtividade e prejuízos à agricultura.
No cultivo do milho, o percevejo-barrigaverde (Diclelops sp) causa grandes prejuízos
para o setor. Neste caso, da mesma forma
que no segmento de cereais de inverno, a
Bayer CropScience foi novamente a primeira
empresa a oferecer, com Gaucho 600FS, um
tratamento de sementes muito eficaz no controle de sugadores, com excelente relação
custo/benefício para o controle dessa e de
outras importantes pragas.
Gaucho também é um importante aliado dos
produtores no tratamento de sementes dos
grandes cultivos de dicotiledôneas como algodão, feijão e soja, não só controlando as pragas iniciais dessas culturas, mas igualmente
diminuindo os efeitos das adversidades
climáticas, aumentando a produtividade das
lavouras e a qualidade do produto final.
Além das inovações no controle das pragas,
a Bayer CropScience também vem melhorando seus produtos por meio de novas tecnologias em formulações. No caso do
Gaucho, são grandes os benefícios proporcionados pela formulação líquida, que permite melhor dosificação. Adicionalmente, o
mercado conta com uma melhor distribuição
comercial e uma forte assistência técnica
prestada por uma equipe especializada no
tratamento de sementes .
Para o controle de pragas via foliar por meio
12 CORREIO 1/04
de pulverizações, foi lançado no mercado em
2002 o produto Provado, cujas principais
características são: excelente controle das
pragas sugadoras, ótima ação sistêmica, prolongado período de proteção, baixa toxicidade ao homem e baixo impacto ambiental .
Linha em expansão
As inovações não param por aí. Com mais
de 15 anos de desenvolvimento em campo e
aplicações comerciais, Imidacloprid está
presente nos diversos cultivos, com várias
formas de aplicação e diferentes marcas
comerciais, incluídas em várias famílias de
produtos conforme as necessidades de cada
segmento.
Hoje, os produtos comerciais que compõem a linha contendo o ingrediente ativo
Imidacloprid são:
Gaucho – uso exclusivo para tratamento
de sementes
Confidor – uso em drench e tratamento
de bandejas de mudas
Provado - uso em tratamentos foliares
Premier – uso via solo
Winner – uso via tratamento de tronco
Em breve, um novo produto - Connect – será
adicionado à linha, trazendo um novo conceito de controle do complexo de pragas dos
principais cultivos.
Todas as formulações comerciais apresentam
excelente fitocompatibilidade, assim como
compatibilidade com outros produtos.
Flexibilidade de uso
Imidacloprid tem como importante característica a alta ação sistêmica, principalmente
via raiz, um pré-requisito fundamental para
uso em aplicações via tratamentos de sulco,
via água de irrigação ou drench, em forma de
granulados de solo, assim como via tratamento de sementes .
Seu excelente efeito de contato somado à sua
boa aderência e penetrabilidade via folha e
tronco possibilitam que Imidacloprid tenha
formulações específicas para tratamentos
foliares e via tronco .
Devido às suas características, Imidacloprid
pode ser oferecido em diversas formulações,
específicas para culturas e diferentes pragas,
com doses relativamente baixas, inclusive
em combinações com outros produtos.
Dentro do seu amplo espectro de ação,
Imidacloprid apresenta excelente atividade
contra pragas de difícil controle e/ou resistentes aos produtos convencionais, entre
as quais destacam-se as pragas sugadoras
como pulgões, cigarrinhas, tripes, mosca
branca e percevejos, assim como várias
espécies de coleópteros, minadores de folhas e algumas moscas.
Cigarrinha
Manejo de resistência
Desde 1995 Imidacloprid é considerado um
dos mais importantes produtos do mercado
de inseticidas, justificando a liderança que
detém no setor. Ao mesmo tempo, a Bayer
CropScience, por meio de sua atuação
responsável, e a comunidade acadêmica vêm
desenvolvendo formas de utilização desse
ingrediente ativo para o manejo eficaz de
pragas de difícil controle. Estudos de desempenho, suscetibilidade e resistência cruzada
são constantemente realizados para monitorar o uso dos inseticidas nas diversas culturas e manter a sua eficácia, possibilitandolhes longevidade no mercado .
Visando à máxima eficácia do Imidacloprid e
dos seus demais inseticidas, a Bayer CropScience, juntamente com os novos conhecimentos gerados pelos entomologistas, renova anualmente suas recomendações específicas para cada cultura, apresentando aos
agricultores, por meio de suas estratégias de
tratamento, as mais eficientes combinações,
levando sempre em consideração a segurança do aplicador, a preservação do meio
ambiente e o manejo de resistência de suas
moléculas ou produtos .
Autores: Gilson Oliveira, Gerente de Projetos –
Marketing Estratégico; e Jedir Fiorelli,
Gerente de Desenvolvimento – Bayer
CropScience.
Pulgão
Tripes
Mosca Branca
Percevejo
Vaquinha
1/04 CORREIO 13
Controle de plantas daninhas
TRIGO
O correto controle das plantas daninhas,
no início desenvolvimento da cultura,
previne perdas de produtividade do trigo
O trigo é uma das poucas e mais lucrativas
opções de cultivo nas lavouras do sul do
Brasil. A área de cultivo com o cereal vem
aumentando em razão dos melhores preços e
do lançamento de cultivares de alta capacidade de produção levando a uma maior tecnificação dos produtores, que, para obterem
melhores produtividades, também utilizam
maiores quantidades de insumos.
Os cultivares de trigo atualmente disponíveis
apresentam elevado potencial de rendimento,
mas esse potencial não é obtido a campo, em
função do clima e das técnicas de manejo
empregadas na cultura.
14 CORREIO 1/04
A instalação da cultura tem papel preponderante na determinação da produtividade,
enquanto o controle adequado das pragas,
doenças e plantas daninhas evita perdas de
produtividade.
Em relação às plantas daninhas, estas
devem ser controladas no início do desenvolvimento da cultura, devendo o controle
ser eficiente e realizado na época correta,
visto que quanto maior for a produtividade
maiores são a perdas causadas pela matocompetição. A espécie e a população das
plantas daninhas, a época em que a dessecação foi realizada, o clima, a época de
semeadura, a cobertura do solo e as
condições sanitárias e de desenvolvimento
da cultura são fatores que determinam a
época de início de controle das plantas
daninhas.
As infestantes de folhas largas (fabáceas)
são as que ocorrem mais freqüentemente
nas lavouras de trigo. No entanto, a aveia
e o azevém são considerados plantas daninhas de importância, visto que emergem
junto com a cultura do trigo, apresentam
alta capacidade de matocompetição e são
de difícil controle, uma vez que têm características muito semelhantes às do trigo.
O crescente uso do plantio direto, da
rotação de culturas e da integração
lavoura-pecuária tem propiciado um
aumento substancial do uso dessas espécies nas áreas tritícolas.
A utilização de herbicidas para o controle
de plantas daninhas em pós-emergência no
trigo tem aumentado substancialmente. Em
geral, quando da ocorrência de espécies de
folhas largas e estreitas no mesmo local é
necessária a aplicação de mais de um herbicida para o controle das plantas de ambas
as espécies.
Controle de azevém e aveia
No controle de aveia e azevém com o uso do
produto Hussar, deve-se levar em consideração que o azevém é mais sensível ao produto, sendo controlado com doses entre 70 e
100 g/ha, variável com o estádio das plantas
na época da aplicação. Para o controle de
aveia, menos sensível ao produto, a aplicação deve ser realizada preferencialmente
em pós-inicial. A dose de Hussar a ser utilizada deve ser maior do que a para azevém,
sendo que, para a aplicação em pós-inicial, a
dose indicada varia de 100 a 130 g/ha, de
acordo com o estádio e a população da aveia.
Não é recomendável a aplicação em plantas
mais desenvolvidas (pós-média), visto que
Resultados de controle de plantas daninhas
com iodosulfuron methyl-sodium aos 45 dias após a aplicação
Tratamento
Dose
Azevém
1. Hussar1
2. Hussar
3. Hussar1*
4. Hussar*
5. Hussar*
6. Hussar2*
70 g
70 g
100 g
100 g
130 g
70/70 g
90,0 c
90,0 c
98,0 a
92,5 bc
95,7 ab
98,5 a
Planta daninha
Aveia*
Picão-preto
68,8 d
73,8 cd
91,5 ab
65,0 d
81,3 bc
93,3 a
93,3 b
99,5 a
99,0 a
100,0 a
99,0 a
100,0 a
Nabo
98,0 ab
98,0 ab
97,7 b
99,5 ab
99,5 ab
100,0 a
nessa situação a dose deve ser maior do que
130 g/ha. No entanto, a aplicação seqüencial
é a mais adequada, por garantir um melhor
controle e deixando a cultura livre da presença das plantas daninhas por um maior
período. Nessa modalidade de aplicação,
pode-se utilizar de 60 a 70 g/ha de Hussar em
cada aplicação.
Controle de espécies
de folhas largas
Hussar promove controle eficiente de
inúmeras espécies de folhas largas, mesmo
em doses baixas. No caso de Raphanus
raphanistrum (nabo) e Bidens pilosa (picãopreto), de ocorrência freqüente nas lavouras
de trigo, Hussar mostra-se eficiente na dose
de 70 g/ha. Esses resultados mostram que
Hussar controla a maioria das espécies que
incidem durante a cultura do trigo, sendo o
controle das mesmas condicionado à dose e à
época em que o produto é aplicado.
Autor: Jeferson Zagonel – Engº Agrº, Dr., Prof.
Associado (CREA nº 8756-D/PR), Departamento
de Fitotecnia e Fitossanidade – UEPG
1
Aplicação em pós-inicial; 2Aplicação seqüencial; * em fase de inclusão no registro do produto
1/04 CORREIO 15
A sarna é uma das duas principais
doenças da macieira no sul do Brasil,
causando perdas de produtividade que se
prolongam pelos anos seguintes. Por
isso, exige um cuidadoso controle
Os sintomas e sinais da doença se manifestam
em folhas, flores, pecíolos, pedúnculos, frutos
e ramos novos. O sintoma inicial nas folhas é
observado sob forma de manchas mais claras
que a cor verde característica, perceptíveis
contra a luz do sol. Estas manchas mudam
rapidamente para a cor verde oliva típica da
sarna e, com o envelhecimento da lesão, para
a cor acinzentada. Em condições ambientes
favoráveis, as lesões podem se espalhar por
toda a superfície foliar. Quando predominam
períodos chuvosos na primavera, a infecção
nos frutos pode ultrapassar 80%.
Infecções nos pecíolos e pedúnculos, caracterizadas pelas lesões pretas, resultam na queda
prematura de folhas e frutos. Os ramos
novos, quando infectados, podem apresentar lesões e cancros de cor pardo-escura. A
infecção nos frutos pequenos provoca
deformação, rachadura e queda prematura.
Os frutos em fase de maturação também
podem ser infectados. Neste caso, as lesões
são circulares com, no máximo, 2 a 3 mm
de diâmetro e coloração escura. Nos frutos
16 CORREIO 1/04
de película verde, estas lesões são inicialmente avermelhadas, as quais vão escurecendo à medida que se desenvolvem,
inclusive durante a armazenagem na
câmara frigorífica.
Epidemiologia
O ciclo de vida do fungo Venturia inaequalis
é constituído de duas fases distintas: a) fase
saprofítica ou sexuada, que ocorre nas folhas
caídas sobre o solo durante o período de
repouso da macieira; b) fase parasítica ou
assexuada, que se manifesta durante o período vegetativo da macieira.
No outono, após a queda natural das folhas e
a morte das suas células, o micélio penetra
profundamente no tecido e inicia a formação
do pseudotécio A temperatura ideal para a
fase sexuada é de 4º C, não havendo formação do pseudotécio a 15º C ou mais.
A umidade também é um fator limitante na
formação dos pseudotécios, não ocorrendo
em folhas muito secas.
A sarna da macieira
A produção e a maturação dos ascósporos
ocorrem durante o final do inverno e o início
da primavera, em temperaturas de 16º C a
18º C, não ocorrendo em temperaturas superiores a 24º C devido ao abortamento das
ascas. Os pseudotécios e ascósporos
amadurecem de modo intermitente, ou seja, a
liberação de ascósporos se inicia geralmente
em agosto, um pouco antes da brotação da
macieira, atinge o pico durante a floração,
nos meses de setembro e outubro, e encerrase no final de novembro.
A liberação dos ascósporos ocorre na presença de chuva, sendo a maioria (96% a
97%) liberada durante o dia e somente 3% a
4% durante a noite. Na presença de luz, máxima liberação é observada entre 3 e 6 horas
após o início da chuva. O umedecimento da
folha provoca o alongamento do asco
maduro, o que resulta na projeção dos ascósporos através da abertura natural (ostíolo)
presente nas ascas, e a corrente de ar se
responsabiliza pela sua disseminação. Se
houver continuidade do molhamento, os
ascósporos iniciam a germinação. Porém,
para que haja infecção, é necessária a permanência do molhamento por um determinado período (PM) de acordo com a temperatura ambiente. Por exemplo, para que
ocorra infecção nas folhas a 16º C, o PM
mínimo é de 9 horas, enquanto que a 6º C
são necessárias 21 horas. Já nos frutos, o
período de molhamento necessário para a
infecção depende do seu estádio fenológico.
Cerca de 9 a 17 dias após, surge grande
quantidade de conídios que pressionam as
células, provocando, então, o rompimento da
cutícula e o aparecimento das lesões verde
olivas, típicas da doença.
Os conídios, produzidos em número de até
100 mil por lesão, são os responsáveis pela
infecção secundária. A água é, novamente, o
principal fator na disseminação do patógeno,
pois provoca o inchamento dos conidióforos
e a imediata liberação dos conídios. Estes
são carregados pelos respingos de água e
pela corrente de ar para outras partes das
plantas. Havendo água livre, os conídios
começam a germinar de modo similar aos
ascósporos. Enquanto a germinação e a penetração dos esporos são altamente dependentes da umidade relativa e do período de
molhamento, posterior patogênese depende
fundamentalmente da temperatura ambiente.
Máxima expansão das lesões ocorre em
torno de 19º C, sendo mínima abaixo de 0º C
ou acima de 26º C. Além disso, a produção
de conídios é baixa em umidade relativa do
ar inferior a 60%.
Controle
No sul do Brasil, o período crítico para a
ocorrência da sarna inicia-se com a brotação da macieira, em setembro, e prolongase até o final de novembro, quando cessa a
liberação de ascósporos. Nesse período,
ocorre rápida expansão foliar e desenvolvimento dos ramos terminais.
Atualmente, o controle químico é a principal medida de controle da sarna, visto que
os principais cultivares comerciais, Gala e
Fuji, são muito suscetíveis a esta doença.
Com o uso de fungicidas mais eficientes,
informações da epidemiologia da sarna, e
com base nos avisos fitossanitários, pode-se
controlar racionalmente a sarna, com redução das pulverizações.
Para o controle da sarna, os fungicidas
podem ser aplicados (a) sistematicamente,
com base na fenologia da macieira ou (b)
seguindo, além da fenologia da macieira, a
liberação de ascosporos e os períodos de
infecção da doença, de acordo com a Tabela
de Mills.
Para a utilização eficiente dos fungicidas, é
fundamental que se conheça a atividade
destes sobre o desenvolvimento da sarna.
• Atividade pré-infecção ou protetora - Os
fungicidas que apresentam esta característica
devem ser aplicados antes ou durante a ocorrência de um período de infecção, no mais tardar até 24 horas após o início da chuva. Os fungicidas de segunda geração, que atuam
inibindo a germinação dos esporos ou o alongamento do tubo germinativo, e os do grupo
das estrobilurinas se enquadram neste grupo.
• Atividade pós-infecção ou curativa - Os
fungicidas possuem a capacidade de penetrar
no tecido hospedeiro e inibir o desenvolvimento do fungo quando aplicados até 96
horas após o início da chuva. Vários fungicidas, notadamente os inibidores da biossíntese de ergosterol (IBEs) e as anilinopirimidinas (ANPs) apresentam esta característica.
A fase saprofítica do fungo Venturia inaequalis
ocorre nas folhas caídas da macieira
Sintoma de sarna em folha
Pequenos frutos atacados pela sarna
18 CORREIO 1/04
Por outro lado, estes fungicidas (IBEs e
ANPs) não inibem a germinação dos
esporos e, além disso, apresentam ação
bastante específica, portanto com potencial para o desenvolvimento de resistência. Como medida para retardar o aparecimento de resistência, recomenda-se que os
fungicidas curativos sejam usados, no
máximo, quatro vezes por ciclo e, preferencialmente, em mistura com os fungicidas de contato. Tem-se observado que o
uso de misturas de fungicidas, além da
possibilidade de retardar o processo de
resistência, proporciona controle mais eficiente da sarna.
• Atividade pré-sintoma - Neste caso também os fungicidas são aplicados após o início do período infeccioso, porém, dois a
três dias antes do aparecimento dos sintomas. Com isso, não se inibe o aparecimento das lesões, porém as que se formam
são atípicas, cloróticas ou necróticas. Além
disso, a produção de conídios é mínima e
estes, quase sempre inviáveis. Os fungicidas IBEs e o dodine, apesar de atuarem de
maneira diferente sobre o fungo, apresentam este tipo de atividade.
• Atividade pós-sintoma ou erradicante O fungicida, uma vez aplicado sobre a
lesão, evita a formação de novos conídios e
os poucos que se formam não germinam.
Esta característica é muito importante para
reduzir o progresso da doença. O fungicida
dodine, as estrobilurinas e, em menor
intensidade, o chlorothalonil apresentam
este tipo de atividade. Os fungicidas protetores, como captan e ditiocarbamatos,
quando aplicados nas lesões, também
reduzem a produção de conídios, entretanto, as lesões continuam a esporular quando
cessa o efeito residual do produto. Neste
caso, é comum se observar produção de
esporos nos bordos das lesões.
No sistema de calendário, as aplicações de
fungicidas são realizadas sistematicamente,
a partir da brotação da macieira, mais precisamente a partir do estádio fenológico de
pontas verdes (estádio C), o que ocorre
comumente no final de agosto ao início de
setembro. Posteriormente, as pulverizações,
normalmente com misturas de tanque de
fungicidas protetores e curativos, são repetidas semanalmente, antecipando-se aos
períodos chuvosos.
No sistema de controle com base na previsão da sarna, a pulverização é iniciada,
também, com o início da brotação da
macieira, porém as aplicações sucessivas
são efetuadas de acordo com a ocorrência
dos períodos de infecção da sarna. O monitoramento dos períodos críticos é realizado
por meio de equipamentos que registram a
temperatura, a umidade relativa do ar e o
período de molhamento foliar, além da precipitação. Mesmo neste sistema, recomenda-se, sempre que possível, realizar tratamentos preventivos com fungicidas protetores, os quais devem ser aplicados até 24
horas após o início da chuva. As aplicações
em pós-infecção com os fungicidas curativos devem ser realizadas somente quando
necessário. Neste caso, é recomendável
que estes sejam misturados com fungicidas
protetores, pois além da possibilidade de
retardar o aparecimento da resistência,
aumenta a eficácia do tratamento. Os tratamentos subseqüentes são realizados de
acordo com a ocorrência dos novos períodos de infecção, respeitando-se um intervalo mínimo de sete dias. As pulverizações,
no Brasil, são realizadas com equipamentos
do tipo turbo-atomizador, a alto volume,
com um volume de calda que varia de mil a
2 mil litros/ha, ou a baixo volume, com
500 litros/ha de calda ou menos.
Práticas culturais, como o uso de espaçamento adequado de plantio e quebra-ventos, poda e condução das plantas visando a
maior arejamento das plantas e melhor
penetração e deposição dos fungicidas,
aumentam a eficácia dos tratamentos
fitossanitários.
Yoshinori Katsurayama, Engº Agrº, M.Sc.
Fitopatologista, CREA-SP 54.463-D
José Itamar da Silva Boneti, Engº Agrº, M.Sc.
Fitopatologista, CREA-SC 3.527-D,
Um fungicida inovador
para a cultura da macieira
Flint 500 WG chegou ao Brasil para ser um
novo padrão no controle da sarna-damacieira. O novo fungicida já está sendo utilizado com muito sucesso em importantes
países produtores de maçã que apresentam
alta incidência dessa doença. Em numerosos
ensaios comparativos de campo, realizados
também por pesquisadores de entidades oficiais brasileiras, Flint mostrou claramente
essa posição de destaque.
Flint contém Trifloxystrobin, ingrediente
ativo que apresenta ação mesostêmica, o que
significa alta afinidade com a superfície vegetal e com as camadas de cera, fazendo
com que se armazene de forma duradoura
logo abaixo da superfície, criando um
depósito de substância ativa resistente à
lavagem pela chuva. Nesse local, protegido
da influência de fatores climáticos,
Trifloxystrobin pode exercer sua excelente
eficiência e seu prolongado período de proteção. Mediante mecanismos de redistribuição, o ingrediente ativo alcança inclusive pontos próximos dos órgãos vegetais
que não foram perfeitamente cobertos pela
aplicação. Devido à sua atividade translaminar, certa quantidade do ingrediente ativo
aplicado penetra no tecido foliar. Além
disso, outra parte passa à fase de vapor e por
meio dela o ingrediente ativo se redistribui
nas folhas e na planta tratada. Desse modo,
a partir da ação mesostêmica, o manto protetor fungicida que envolve a planta e a protege eficazmente de infecções provocadas
por fungos ativa-se, de tempos em tempos, a
partir do depósito de ingrediente ativo.
Flint inibe as fases iniciais do ciclo evolutivo
da maioria dos fungos, ou seja, atua especialmente na germinação dos esporos e no
crescimento do tubo germinativo. Por isso,
normalmente, sua aplicação deve ser realizada cedo e de forma preventiva. A sarna-damacieira constitui-se em um caso especial, já
que Flint também controla estádios mais
avançados do fungo, como o crescimento do
estroma subcuticular. Nos programas de pulverizações para controlar a doença, tal fato
representa um benefício adicional em termos
de flexibilidade na época de aplicação. No
entanto, para aproveitar ao máximo o potencial de desempenho de Flint contra a sarna, o
produto deve ser aplicado preventivamente,
nas doses de 7,5 a 10 g /100 litros, com base
em um volume de 1000 litros de calda/ha.
Especialmente quando se utiliza Flint
durante o período principal de infecção ou
em pomares com alto vigor vegetativo, os
intervalos entre os tratamentos não devem
superar 7 a 10 dias.
Manejo da resistência
Relativamente ao desenvolvimento de resistência de fungos fitopatogênicos, trata-se de
um fenômeno que não é raro entre os fungicidas modernos, inclusive para a classe das
estrobilurinas. Até o momento, em nível mundial, os casos pontuais de cepas de Venturia
inaequalis resistentes às estrobilurinas limitam-se a poucas regiões com cultivo intensivo
de macieira e a campos experimentais, nos
quais foram desobedecidos todos os princípios do manejo preventivo de resistências.
Para manter a utilização a longo prazo dos
ingredientes ativos dessa classe, que se
mostram com alta eficiência no controle de
doenças da macieira, sempre se deve levar
em conta as seguintes recomendações:
• os fungicidas à base de estrobilurinas
nunca podem ser aplicados mais de 3 a 4
vezes por safra;
• o manejo preventivo de resistência em
sarna-da-macieira necessariamente inclui
seguir a recomendação das doses, das
épocas de aplicação e dos intervalos entre
as aplicações;
• evitar mais de 2 aplicações seguidas com
estrobilurinas;
• deve-se aplicar Flint e outras estrobilurinas
em alternância/combinação com fungicidas
de mecanismos de ação diferentes.
Considerando-se esse último aspecto, a Bayer
CropScience dispõe de excelentes fungicidas
para o controle da sarna e que apresentam
mecanismos de ação distintos das estrobilurinas. Do grupo químico das anilinopirimidinas,
destaca-se o Mythos (Pyrimethanil); da linha
de triazóis, Palisade (Fluquinconazole) e
Folicur PM (Tebuconazole) são os mais eficientes para a sarna; ainda, como fungicida de
amplo espectro, há o Antracol (Propineb), que
pertence à classe dos ditiocarbamatos.
Flint® - Novo Fungicida no Programa Bayer CropScience de Proteção à Macieira
Sarna
Mancha-foliar-da-gala
Mariposa-oriental
Traça-das-frutas
Ácaro-vermelho-europeu
Pulgão-lanígero/piolho-de-são-josé
Mosca-das-frutas
Plantas daninhas
Agosto/Setembro
Brotação
Outubro/Novembro
Floração
Dezembro/Fevereiro
Frutificação
Antracol®
Mythos®
Flint®/Folicur ®/Palisade®
Lebaycid®
Sevin 480®
Envidor ®
Caligur®
Decis®
Ethion®
Finale®
1/04 CORREIO 19
Desenvolvimento de Produtos - Bayer Cropscience
Os sojicultores
exigem, cada vez
mais, sementes de
alta qualidade,
que proporcionem
lavouras saudáveis
e produtivas.
Isso requer o
tratamento das
sementes não só
com fungicidas,
mas também com
inseticidas e
micronutrientes
20 CORREIO 1/04
Na cultura da soja, a obtenção de uma lavoura
com população adequada de plantas depende
da correta utilização de diversas práticas.
Destas, são essenciais o bom preparo do solo, a
semeadura em época adequada e em solo com
boa disponibilidade hídrica, a utilização correta de herbicidas e a boa regulagem da semeadora (densidade e profundidade). Porém, o sucesso dessas práticas está condicionado à utilização de sementes de boa qualidade (França Neto
& Henning, 1984). Em situações em que as
velocidades de germinação e emergência de
plântulas venham a ser prejudicadas, o tratamento das sementes com fungicidas específicos propiciará uma proteção extra às sementes.
O tratamento químico de sementes, visando
ao controle de doenças transmitidas por
sementes, é uma prática antiga. Seu relato
mais remoto, segundo Machado (2000), data
de 1637, envolvendo o tratamento de
sementes de trigo com água salina, objetivando o controle de Tilletia caries ou T. foetida.
Segundo relatos históricos, sementes de trigo
coletadas em um barco que havia naufragado
em águas britânicas, ao serem semeadas,
deram origem a plantas sadias, livres desses
patógenos, fato esse que não ocorria em
sementes produzidas na própria região e não
submetidas ao tratamento salino.
Mais tarde, em 1755, Matthieu de Tillet,
botânico francês, recomendou o uso de calcário e cal para o tratamento químico de
sementes de trigo (Copeland & McDonald,
1995). Cinqüenta anos mais tarde, Prevost,
botânico suíço, introduziu o uso de sulfato de
cobre para o tratamento de sementes.
Entretanto, um novo conceito de tratamento
químico de sementes foi lançado na década
de 1920, com a utilização de fungicidas mercuriais orgânicos, os quais, algumas décadas
depois, tiveram sua utilização proibida, devido aos problemas ambientais que podem ser
causados pelos compostos à base de mercúrio. Esse fato demandou o desenvolvimento de outros fungicidas mais eficazes e que
não apresentassem as implicações ecológicas
dos mercuriais.
Recomendações
No Brasil, especificamente para a semente
de soja, a primeira recomendação oficial do
tratamento com fungicidas foi feita pela
Embrapa Soja, em 1981 (Henning et al.,
1981). Naquela ocasião, o tratamento de
sementes passou a ser recomendado apenas
para situações em que a semeadura fosse efetuada em solos com baixa disponibilidade
hídrica. Essa recomendação visava à proteção da semente contra fungos habitantes do
solo, como Aspergillus spp., Fusarium spp. e
Rhizoctonia solani. Um fato curioso: nessa
primeira recomendação, o tratamento de
sementes de soja era indicado para ser realizado imediatamente antes da semeadura, não
sendo aconselhada a sua realização antes ou
durante o período de armazenagem. Essa
recomendação restrita baseou-se em resultados de pesquisa que não mostravam vantagens em se tratar a semente antes ou durante
o armazenamento. Devido a um sistema de
controle de qualidade não muito eficaz, temiase que possíveis prejuízos pudessem ocorrer
aos produtores de sementes, os quais, ao
tratarem eventualmente um lote com qualidade duvidosa, poderiam ter, por ocasião da
semeadura, um lote com germinação abaixo
do padrão mínimo de 80%. Assim, a não comercialização de lotes tratados representaria
grandes prejuízos ao produtor, pois essas
sementes não poderiam ser comercializadas
como grãos para consumo humano ou animal.
O tratamento de sementes de soja com fungicidas, que, na safra 1991/92, não atingia
1/04 CORREIO 21
5% da área semeada, é hoje uma prática
amplamente utilizada pelos sojicultores, com
estimativas de até 93% de adoção, desde a
safra 2001/02 no Brasil (Henning, 2003).
Essa prática tem um custo bastante reduzido,
representando apenas 0,5% do custo de
instalação da lavoura (Henning et al., 1997).
Razões da utilização
Vários fatores contribuíram para que o tratamento de sementes de soja viesse a ser tão
amplamente utilizado: a conscientização dos
sojicultores da importância do controle e da
prevenção da disseminação de diversas
doenças fúngicas, que podem ser transmitidas pela semente; as vantagens advindas da
proteção à semente pelo seu tratamento, que
resulta em maior segurança quanto ao estabelecimento de uma população adequada de
plantas; o lançamento no mercado de novas
formulações líquidas de fungicidas mais eficazes para o tratamento da semente; e o
lançamento de diversos modelos de
máquinas que, na lavoura, realizam a tarefa
de tratar a semente com precisão, rapidez e
menores riscos de intoxicação dos seus
operadores.
As recomendações atuais de tratamento de
sementes de soja envolvem sempre o
emprego de dois princípios ativos de fungicidas, sendo um produto de atuação sistêmica, que visa ao controle de fitopatógenos
transmitidos pela semente, e outro de contato, que tem a função de proteção das
sementes, principalmente contra fungos
habitantes do solo.
Atualmente, tem sido corriqueira a prática
do tratamento de sementes de soja com
fungicidas associados com micronutrientes,
especialmente cobalto e molibdênio, essenciais à cultura. Respostas significativas sobre
o rendimento de grãos têm sido observadas
em função do tratamento de sementes com
esses micronutrientes (Henning et al., 1997).
Além de fungicidas e micronutrientes, tem
sido comum a demanda pelo tratamento de
sementes de soja com inseticidas, visando
ao controle de pragas que afetam o desenvolvimento inicial das plântulas no campo.
Não se pode deixar de mencionar, também,
o crescente uso de corantes e polímeros
nessa operação, objetivando, além de dar
melhor aspecto à semente, propiciar melhor
adesão dos produtos aplicados.
Portanto, a semente de soja tem sido utilizada como "meio de transporte" de diversos
produtos na semeadura, como fungicidas de
contato e sistêmicos, inoculantes, inseticidas, corantes e/ou polímeros e micronutrientes, principalmente Co e Mo.
O tratamento de sementes com vários produtos requer atenção especial quanto à possibilidade da ocorrência de fitotoxicidade
22 CORREIO 1/04
dos mesmos às plântulas e, também, possíveis incompatibilidades entre os produtos
usados e entre esses e a viabilidade do
Bradyrhizobium. Daí a importância de se utilizarem apenas os produtos recomendados
pela pesquisa, quer sejam fungicidas, inseticidas, micronutrientes ou corantes/polímeros.
Mudanças no mercado
Entretanto, apesar dos resultados positivos
obtidos pelo tratamento de sementes de soja,
o mercado está sinalizando para algumas
mudanças. Hoje, a demanda pela aquisição
de sementes de soja já tratadas com fungicidas, micronutrientes (Co e Mo) e, eventualmente, com inseticidas tem aumentado consideravelmente. Esse fato tem levado diversos produtores de sementes a se equiparem
para fornecer sementes já tratadas com esses
produtos.
Alguns fatores explicam o porquê dessa
crescente demanda pela aquisição de
sementes já tratadas:
a) qualidade e precisão da aplicação, que é
realizada com produtos de eficiência
comprovada, utilizando equipamentos de
alta precisão, propiciando tratamento uniforme em todas as sementes do lote;
b) inexistência de risco de intoxicação ao produtor, por não ter de realizar o tratamento
com produtos potencialmente tóxicos;
c) maior comodidade e facilidade ao produtor,
que economizará mão-de-obra e tempo;
d) custo menor ou, na pior das hipóteses, igual
ao do tratamento realizado na propriedade.
Ao adquirir sementes já tratadas, o
sojicultor necessitará apenas aplicar o
inoculante, operação relativamente mais
simples, pois não requer a precisão do
tratamento com micronutrientes, fungicidas e inseticidas. E hoje, com a recomendação pela pesquisa da aplicação de inoculante líquido diretamente no sulco,
durante a semeadura, o sojicultor não terá
necessidade de realizar nenhum tratamento adicional à semente.
Requisitos
Entretanto, para que o produtor de sementes
de soja venha a adotar a prática da comercialização de sementes já tratadas, deverá
atender a algumas exigências:
a) dispor de um bom sistema de controle de
qualidade, para a correta seleção dos lotes a
serem tratados, uma vez que os mesmos
deverão manter a sua qualidade até o momento da comercialização e da semeadura;
o laboratório tem também a função de
pesquisa, visando à comprovação da eficácia dos produtos utilizados no tratamento,
além da detecção de possíveis efeitos
fitotóxicos às plântulas;
b) dispor também de um bom setor comercial,
que deverá dimensionar o volume de sementes a ser tratado, para que seja totalmente disponibilizado ao comércio, evitando, assim, possíveis prejuízos, decorrentes
da não venda de lotes tratados; e
c) ter boas logística e infra-estrutura para o
tratamento de sementes, com máquinas de
última geração, que realizem essa operação
com precisão, eficácia e bom rendimento.
Obviamente, somente produtores de semente
dispostos a investir nessa tecnologia e que
detenham um excelente sistema de controle
de qualidade e um bom planejamento comercial terão condições de colocar no mercado
sementes de soja de elevada qualidade, previamente tratadas com fungicidas, micronutrientes e inseticidas. É importante frisar que,
uma vez tratada, a semente só poderá ser
comercializada em embalagens de papel
multifolhado, nas quais devem constar as
seguintes informações: princípio ativo, dose,
antídoto e símbolo de periculosidade.
A prática de adquirir sementes de soja previamente tratadas pode trazer, sem dúvidas, muitas
vantagens técnicas e financeiras ao sojicultor.
Os fatos aqui descritos justificam plenamente o
interesse crescente por sua adoção.
Autores: José de Barros França Neto, Engº Agrº
(CREA 48073-DPR), Ph.D., e Ademir Assis
Henning, Engº Agrº (CREA 4302-DPR), Ph.D.,
pesquisadores da Embrapa Soja, Londrina, PR -
Literatura consultada
COPELAND, L.O.; MCDONALD, M.B. Seed
science and technology. 3a. edição. Chapman &
Hall, Nova York. 409p. 1995.
FRANÇA NETO, J.B.; HENNING, A.A.
Qualidades fisiológica e sanitária de sementes de
soja. Embrapa CNPSo, Londrina. 39p. 1984.
(Circular Técnica, 09).
HENNING, A.A. Patologia de sementes. In:
Encontro Técnico 6, NOVAS TECNOLOGIAS
EM SEMENTES. COODETEC, Cascavel. p.90110. 2003.
HENNING, A.A.; CAMPO, R.J.; SFREDO, G.J.
Tratamento com fungicidas, aplicação de
micronutrientes e inoculação de sementes de soja.
Embrapa Soja, Londrina. 6p. 1997. (Comunicado
Técnico, 58).
HENNING, A.A.; FRANÇA NETO, J.B.;
COSTA, N.P. Recomendação do tratamento
químico de sementes de soja Glycine max (L.)
Merrill. Embrapa CNPSo, Londrina. 9p. 1981.
(Comunicado Técnico, 12.)
MACHADO, J.C. Tratamento de sementes no
controle de doenças. LAPS/UFLA/FAEPE,
Lavras. 138p. 2000.
1/04 CORREIO 23
24 CORREIO 1/04
Iniciativa do Programa Agrovida da Bayer CropScience,
o Projeto Águas atua em benefício da
sustentabilidade da agricultura brasileira
Desde 1995, quando foi criado o Programa
Agrovida, buscou-se lançar projetos que, além
de agregar orientações técnicas e novas tecnologias para os agricultores e seus familiares, fossem inovadores e abrangessem aspectos pouco
utilizados em projetos anteriores.
Nesse sentido, foram implementadas diversas
ações relacionadas ao uso correto e seguro dos
produtos fitossanitários, visando a levar informações sobre segurança aos agricultores, bem
como sobre preservação do meio ambiente.
Recentemente lançou-se mais um projeto
Agrovida, totalmente pioneiro, dentro do
conceito de agricultura sustentável, no
qual, além de se buscar produzir alimentos
em quantidade e com qualidade, preservando-se o ambiente, procura-se assegurar
que as bases naturais da vida se conservem
para as futuras gerações.
Trata-se do "Projeto Águas", cujo objetivo é
disponibilizar ao agricultor informações
sobre proteção dos corpos d’água, recuperação de áreas degradadas, revegetação
dessas áreas com espécies nativas e
frutíferas, além de conservação das áreas de
preservação permanente.
O primeiro projeto-piloto foi implantado no
Estado de São Paulo como resultado de uma
parceria com o Departamento de Ciências
Biológicas – Laboratório de Ecologia e
Restauração Florestal, da Escola Superior
de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/
USP), de Piracicaba, SP.
Uma propriedade agrícola foi escolhida e
nela iniciou-se o projeto de adequação
ambiental, que visa neste caso à recuperação de uma fonte de água, já em fase de
desaparecimento.
1/04 CORREIO 25
Na primeira etapa dessa adequação ambiental, assim como deve ocorrer em todos projetos dessa natureza, realizou-se o levantamento florestal, ou seja, foi feita a identificação
das espécies de plantas presentes no entorno,
foram determinadas as distâncias mínimas
entre as margens da lagoa e o início do cultivo e definiu-se a solução mais adequada para
a recuperação da área em questão.
O planejamento adequado permite que
ocorra a perpetuação da floresta, isto é, que
após o manejo inicial, ela seja auto-suficiente no seu desenvolvimento, processo no
26 CORREIO 1/04
qual algumas plantas mais velhas vão morrendo e outras novas vão nascendo, numa
substituição natural ao longo do tempo.
Foram retiradas algumas plantas cítricas, que
se encontravam em local inadequado e em
desacordo com o Código Florestal, que exige
que se respeitem determinadas distâncias mínimas ao redor de qualquer fonte d’água, seja
natural ou artificial.
Depois disso, foram plantadas 4 mil mudas de
espécies nativas e frutíferas, sendo estas reproduzidas em viveiros, que serviram para reconstituir o local, atraindo também a fauna nativa.
Rio Pardinho - RS
O que a legislação prevê
De acordo com a Lei Federal 4.771, de 15 de
setembro 1965, que instituiu o Código
Florestal, alterada pela Lei 7.803 de 1989,
são consideradas áreas de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural situadas ao longo dos rios ou
de qualquer curso d’água. Dependendo da
largura e do tipo desse corpo d’água, existe
uma determinada faixa em metros a ser
preservada.
O projeto piloto foi implantado no Estado de São Paulo
Local em recuperação - SP
Os corpos d’água que usualmente existem
numa propriedade rural são nascentes, córregos, rios, lagos, represas e açudes. Para
preservar esses mananciais, é necessária a
adoção de práticas adequadas de conservação
do solo e manejo da área cultivada e, não
menos importante, de conservação da vegetação do entorno desses mananciais.
Geralmente, essa vegetação é uma floresta
que está distribuída na forma de pestanas ao
longo de um curso d’água, sendo comumente
conhecida como "floresta ciliar" ou, nas
áreas de cerrado, como "floresta de galeria".
No entanto, no lugar das árvores que compõem uma floresta, muitas vezes pode-se
encontrar um campo úmido, que é uma vegetação nativa composta por ervas e arbustos.
A vegetação nativa presente no entorno dos
corpos d’água funciona como reguladora do
fluxo de água, dos sedimentos e nutrientes
entre os terrenos mais altos da bacia hidrográfica e o ecossistema aquático, desempenhando o papel de filtro entre as partes utilizadas pelo homem para a agricultura e a
rede de drenagem.
Nas áreas florestais, as copas das árvores
interceptam e absorvem a radiação solar,
contribuindo para a estabilidade térmica dos
cursos d’água.
Devido à sua importância na manutenção dos
cursos d’água, e o seu papel como hábitat
para a fauna silvestre, é necessária e obrigatória por lei a conservação ou a revegetação de campos e florestas nas margens dos
cursos d’água e a sua efetiva proteção contra
incêndios e agentes poluidores.
Fase inicial - SP
Novos projetos
Recentemente, a Bayer CropScience iniciou
projeto similar no Rio Grande do Sul, em
parceria com a UNISC – Universidade de
Santa Cruz do Sul, a AFUBRA – Associação
dos Fumicultores do Brasil e o SINDIFUMO
– Sindicato da Indústria do Fumo. Nesse projeto busca-se a recuperação via reflorestamento da mata ciliar nas margens e encostas
do rio Pardinho, em propriedade agrícola
localizada no município de Santa Cruz do
Sul.
Após o levantamento florestal visando à
identificação das espécies de plantas presentes no entorno, foi realizada uma limpeza
em decorrência do acúmulo de entulhos
depositados na encosta do rio Pardinho e o
plantio no início deste ano de mais de 1.200
mudas de espécies nativas.
É muito importante o acompanhamento na
fase pós-plantio, pois adubações, controle de
formigas, capinas e aguações se fazem
necessárias.
A implantação desse projeto irá proporcionar um maior nível de proteção nessa
faixa da encosta do rio Pardinho e espera-se
com isso que os demais produtores da
região possam sentir-se motivados a adotálo e assim ajudar na recuperação da bacia
hidrográfica desse rio.
Crianças de escolas ligadas às secretarias
estadual e municipais da região serão convidadas a visitá-lo bem como a desenvolver
trabalhos escolares a respeito, ajudando na
sua divulgação.
Plantas em desenvolvimento - SP
Mais iniciativas
Neste mesmo ano, é intenção da empresa
lançar também um outro Projeto Águas em
Goiás, onde já se iniciaram os entendimentos
preliminares.
Visando a contribuir na orientação aos
agricultores quanto à proteção dos corpos
d’água, foi elaborado um manual com informações úteis, juntamente com um encarte
sobre a produção de espécies nativas nas propriedades agrícolas.
A Bayer CropScience, ao lançar tais projetos
e disponibilizar materiais educativos*, tem
por objetivo colaborar na orientação aos
agricultores e incentivá-los a desenvolver em
suas propriedades projetos similares, visando
à proteção dos corpos d’água, oferecendo
assim meios para que possam manter um
relacionamento harmonioso com o ambiente
e contribuir para a tão desejada sustentabilidade da agricultura.
* o Manual de Orientação (com encarte) e o
vídeo do Projeto Águas estão disponíveis
no site da empresa: www.bayercropscience.com.br
Autoria: Departamento Pesquisa & Desenvolvimento
Área Stewardship - Bayer CropScience
1/04 CORREIO 27
A joaninha vermelha é um pequeno besouro
útil muito freqüente nas condições brasileiras.
Esse predador destaca-se por promover o
controle biológico, alimentando-se de
espécies de pulgões e cochonilhas,
que são pragas importantes e prejudiciais
à agricultura.
www.bayercropscience.com.br