Plano Municipal de Saneamento - Prefeitura Municipal de Alto
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Plano Municipal de Saneamento - Prefeitura Municipal de Alto
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BASICO DE ALTO ARAGUAIA-MT ABASTECIMENTO DE ÁGUA ESGOTAMENTO SANITÁRIO LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESIDUOS SOLIDOS DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS SUMÁRIO FICHA TÉCNICA 10 APRESENTAÇÃO 12 INTRODUÇÃO 13 PARTE1 15 1.0 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ALTO ARAGUAIA 15 1.01 Estrutura Administrativa 18 1.02 Um Breve Histórico da Cidade de Alto Araguaia 21 1.03 Potencial Turístico 23 1.04 Dados da Saúde em Alto Araguaia 25 1.05 Hidrografia de Alto Araguaia 27 1.06 O Aquífero Guarani na região de Alto Araguaia 30 1.2 TRAJETÓRIA DA POLÍTICA DE SANEAMENTO NO BRASIL 31 1.2.1 Conceito e Gestão de Saneamento 33 1.2.2 Gestão de Recursos Hídricos 35 1.2.3 Gestão de Esgotamento Sanitário 37 1.2.3.1 Tipos de Esgotamento Sanitário 38 1.2.3.2 Rede Coletora 38 1.2.3.3 Fossa Séptica 38 1.2.3.4 Fossa Negra 39 1.2.4 Gestão de Resíduos Sólidos 40 1.2.5 Definição de Resíduos Sólidos 40 1.2.6 Classificação dos Resíduos Sólidos 41 1.2.7 Tarifa de Resíduos Sólidos 42 1.2.8 Logística Reversa 43 1.2.9 Gestão de Águas Pluviais Urbanas 44 1.3 POLÍTICA E PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 45 1.3.1 Política de Saneamento Básico de Alto Araguaia 46 1.3.3 Controle de Qualidade da Água 51 1.3.4 Definição dos principais Parâmetros de Qualidade da Água 52 1.3.4.1 Turbidez 52 1.3.4.2 Cloro Residual 53 1.3.4.3 Cor 53 1.3.4.4 pH 54 1.4 PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL 54 1.4.1 Mobilização Social na Área 01 56 1.4. 1.2 Plantio de Mudas na Nascente do Córrego Gordura 58 1.4.1.3 Audiência Pública Para Apresentação do Diagnóstico Técnico/Participativo e Discussão Sobre Prognóstico 59 1.4.2 Mobilização Social na Área 02 (Jardim Novo Araguaia) 60 1.4.3 Mobilização Social na Área 03 (Distrito do Buriti) 62 1.4.4 Mobilização na Área 04 (Região do Córrego Rico) 63 1.4.5 Mobilização na Área 05 (Região do Gato Preto) 64 1.4.6 Mobilização na Área 06 (Região do Paraíso) 66 1.4.7 Mobilização na Área 07 (Colônia do Ariranha) 67 1.4.8 Mobilização Através dos Meios de Comunicação em Massa 68 1.5 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 69 1.5.1 Sistema de Abastecimento Principal 69 1.5.2 Sistema de Abastecimento Jardim Novo Araguaia 73 1.5.3 Sistema de Abastecimento Distrito do Buriti 74 1.5.4 Outros Sistemas de Abastecimento Isolados 75 1.6 DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 79 1.6.1 O Lixão de Alto Araguaia 81 1.7 DIAGNÓSTICO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO 84 1.7.1 Descrição do Sistema de Esgotamento Sanitário 86 1.8 DIAGNÓSTICO DO MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS 88 1.8.1 Tipos de Drenagem 89 1.8.1.1 Superficial 89 1.8.1.2 Subterrânea 89 1.8.1.4 Elevação Mecânica (bombas) 89 1.8.2 Caracterização das ruas por tipo de pavimentação 90 PARTE 2 92 2.0 DIRETRIZES 92 2.1 Diretrizes 92 2.2 ESTRATÉGIAS 93 2.3 PROGNÓSTICO 97 2.3.1 Metas e Prazos 98 2.3.2 Metas e Prazos 100 2.3.3 Consórcio Intermunicipal de Aterro sanitário 101 2.3.4 Prescrições Para Outros Resíduos 103 2.4 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES 104 2.4.1 PROGRAMA DE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO 104 2.4.2 Abastecimento de Água 105 2.4.3 Esgotamento Sanitário 108 2.4.3 Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos 109 2.4.4 Drenagem e manejo das Águas Pluviais Urbanas 111 2.5 Programa Melhorias Operacionais e da Qualidade dos Serviços 112 2.5.1 Abastecimento de Água 112 2.5.2 Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos 112 2.6 Programa Melhorias Organizacional Gerencial 114 2.7 Programa de Recuperação de Nascentes 115 2.7 AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA 116 2.8 REGULAÇÃO 117 2.8.1 Regulação do Saneamento no Estado do Mato Grosso 117 2.8.2 A AGER 119 2.9 MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL 120 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 122 ANEXOS 1 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO PARA FORMAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DO PMSB. 124 ANEXOS 1.1 – ATA DA REUNIÃO PARA FORMAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DO PMSB. 125 ANEXOS 1.3 – FOTOS DA REUNIÃO PARA FORMAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DO PMSB. 127 ANEXOS 2 – LISTA DE PARTICIPANTES DA 1ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO DO PMSB DE ALTO ARAGUAIA. 129 ANEXOS 2.1 – ATA DA 1ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO DO PMSB DE ALTO ARAGUAIA. 133 ANEXOS 2.2 – CONVITEDA 1ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO DO PMSB DE ALTO ARAGUAIA. 134 ANEXOS 2.3 – FOTOS DA REUNIÃO PARA FORMAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DO PMSB. 139 ANEXOS 3 – LISTA DE PARTICIPANTES DO PLANTIO DE MUDAS NA NASCENTE DO CÓRREGO GORDURA 140 ANEXOS 3.1 – ATA DO PLANTIO DE MUDAS NA NASCENTE DO CÓRREGO GORDURA 142 ANEXOS 3.2 – FOTOS DO PLANTIO DE MUDAS NA NASCENTE DO CÓRREGO GORDURA 143 ANEXOS 4 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NO JARDIM NOVO ARAGUAIA 144 ANEXOS 4.1– ATA DA REUNIÃO NO JARDIM NOVO ARAGUAIA 146 ANEXOS 4.2– FOTOS DA REUNIÃO NO JARDIM NOVO ARAGUAIA 148 ANEXOS 5 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NO DISTRITO DO BURITI 149 ANEXOS 5.1 – ATADA REUNIÃO NO DISTRITO DO BURITI 150 ANEXOS 5.2 – FOTOS DA REUNIÃO NO DISTRITO DO BURITI 151 ANEXOS 6 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NA REGIÃO DO CÓRREGO RICO 152 ANEXOS 6.1 – ATA DA REUNIÃO NA REGIÃO DO CÓRREGO RICO 153 ANEXOS 6.2 – FOTOS DA REUNIÃO NA REGIÃO DO CÓRREGO RICO 154 ANEXOS 7 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NA REGIÃO DO GATO PRETO 155 ANEXOS 7.1 – ATADA REUNIÃO NA REGIÃO DO GATO PRETO 157 ANEXOS 7.2 – FOTOSDA REUNIÃO NA REGIÃO DO GATO PRETO 158 ANEXOS 8 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NA REGIÃO DO PARAÍSO 159 ANEXOS 8.1 – ATA DA REUNIÃO NA REGIÃO DO PARAÍSO 160 ANEXOS 8.2 – FOTOS DA REUNIÃO NA REGIÃO DO PARAÍSO 161 ANEXOS 9 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NA COLÔNIA DO ARIRANHA 163 ANEXOS 9.1 – ATA DA REUNIÃO NA COLÔNIA DO ARIRANHA 164 ANEXOS 9.2 – FOTOS DA REUNIÃO NA COLÔNIA DO ARIRANHA 165 ANEXOS 10 – LISTA DE PARTICIPANTES DA 2ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO SOBRE O PMSB DE ALTO ARAGUAIA 167 ANEXOS 10.1 – ATA DA 2ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO SOBRE O PMSB DE ALTO ARAGUAIA 170 ANEXOS 10.2 – FOTOS DA 2ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO SOBRE O PMSB DE ALTO ARAGUAIA 172 ANEXOS 11 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO PARA APROVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA. 173 ANEXOS 11.1 – ATA DA REUNIÃO PARA APROVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA. 174 ANEXOS 11.2 – FOTOS DA REUNIÃO PARA APROVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA. 175 APÊNDICE A – PROGRAMAS DE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO 176 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 177 ESGOTAMENTO SANITÁRIO 186 LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 192 DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 198 APÊNDICE “B” PROGRAMA MELHORIAS OPERACIONAIS E DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS 200 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 201 Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos 203 APÊNDICE “C” PROGRAMA MELHORIAS ORGANIZACIONAL GERENCIAL209 APÊNDICE “D” PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE NASCENTES 214 APÊNDICE “E” – PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA 216 APENDICE “F” – MINUTA DO PRJETO DE LEI 220 FICHA TÉCNICA Clodomiro Pereira Valeiro (Texto – Coordenação – Execução) Luiz Carlos de Souza (Revisão Técnica – Coordenação – Execução) Lucilene Araújo Borges (Secretária – Elaboração de Atas) GRUPOS DE TRABALHO Comitê de Coordenação Clodomiro Pereira Valeiro – Esp. Em Gestão Municipal Luiz Carlos de Souza – Engenheiro Sanitarista Juldézio Borges de oliveira – Secretário Municipal de Infraestrutura Vanderalques de Castro – Presidente da Câmara Municipal de Alto Araguaia Ondino Rodrigues Lima Neto – Jornalista Comitê de Execução Clodomiro Pereira Valeiro – Esp. Em Gestão Municipal Luiz Carlos de Souza – Engenheiro Sanitarista Jeane Oliveira Borges – Engenheira Civil Lucilene Araújo Borges – Vigilância Sanitária Alberto de Jesus Araújo – ONG – ABAA – Associação Beneficente Amigos do Araguaia Izabel Cristina da Silva – Assessoria Jurídica Nelsoney da Costa Marques – ONG – ACENAT Jeferson Luiz Berigo – Secretário Municipal do Meio Ambiente Dimas Gomes Neto – Secretário Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento 10 Martha Silvia Zaidem Maia Brandão – Secretária Municipal de Saúde Sandra Paniago B. de Oliveira – Secretária Municipal de Assistência Social Manoela Nunes de Souza – Técnica em Gestão Escolar Sylvia Maia santos – Vereadora 11 APRESENTAÇÃO O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é o instrumento de planejamento da prestação dos serviços de saneamento, pautado na Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007, que determina que o titular dos serviços deverá formular a respectiva política pública de saneamento básico, elaborar os planos de saneamento básico nos termos desta Lei, prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação, adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento público, fixar os direitos e os deveres dos usuários, estabelecer mecanismos de controle social, estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento. A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico deve seguir as diretrizes da Lei nº 11.445/2007, regulamentada pelo decreto lei nº 7.217/2010, que estabelece entre seus princípios fundamentais, a universalização e a integridade da prestação dos serviços. A universalização é conceituada como a ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico. A integridade é compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso aos mesmos em conformidade com suas necessidades e maximizando a eficiência das suas ações e resultados. Assim, estabelece-se a premissa de investimentos contínuos, de modo a alcançar a universalização e a oferta integral aos serviços de saneamento básico, em conformidade com o contexto local da população atendida. Portanto a política pública de saneamento básico do município de Alto Araguaia deve ser formulada visando a universalização e a integralidade da prestação dos serviços, tendo o Plano Municipal de Saneamento Básico como instrumento de definição de diretrizes e estratégias para um período de vinte anos. 12 INTRODUÇÃO O presente trabalho constitui na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico da cidade de Alto Araguaia-MT referente aos sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de resíduos sólidos e de manejo de águas pluviais urbanas, pautados nas diretrizes estabelecidas na Lei Federal n° 11.445, de 05 de janeiro de 2007 regulamentada pelo Decreto Lei n° 2.750/10, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico. O Plano municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia visa dotar o município de instrumentos para uma gestão mais aprimorada dos serviços de saneamento básico, traçando um diagnóstico dos serviços existentes e apontando um prognóstico do que deve ser feito para universalizar os serviços essenciais contemplando os anseios da sociedade no que condiz aos quatro eixos do saneamento, para um horizonte de 20 anos. Na primeira parte será elencado um diagnóstico da situação do município de Alto Araguaia em relação aos serviços de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de resíduos sólidos e de manejo de águas pluviais urbanas. O diagnóstico situacional abordará ainda um estudo do desenvolvimento demográfico, possibilitando uma programação de investimentos em serviços de saneamento conforme o crescimento da população e o aumento da demanda pelos serviços, para garantir o acesso de forma universal, em quantidade e qualidade para suprir as necessidades básicas de todos os moradores do município. O diagnóstico, assim como todas as ações do Plano Municipal de Saneamento Básico, deverá ser feito dentro dos termos da Lei nº 11.445/2007 e do Decreto Federal nº 7.217/2010, que no Art. 34 do Cap. IV, determina que o controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante adoção, entre outros, dos seguintes mecanismos: debates e audiências públicas; consultas públicas; conferências das cidades; ou participação de órgãos colegiados de caráter consultivo na formação da política de saneamento básico, bem como no seu planejamento e avaliação. Para realização do diagnóstico situacional deverão ser feitos levantamentos através do controle social, com a efetiva participação da sociedade e pelos membros da equipe técnica que compõe os comitês de elaboração do Plano Municipal de Saneamento básico, instituídas por meio de ato público do poder executivo. Os comitês de elaboração do PMSB deverão ser formados por representantes das instituições do poder público municipal, estadual e federal 13 relacionados com o saneamento básico, bem como por representantes de organizações da sociedade civil, representantes de conselhos municipais, câmara de vereadores, Ministério Público e outros. Os técnicos lotados no quadro de servidores municipais são essenciais para formação dos grupos de trabalho, que deverão ser compostos por uma equipe multidisciplinar. Na segunda parte serão elencadas as diretrizes que deverão orientar, de modo geral, a execução do PMSB de Alto Araguaia e o cumprimento das metas estabelecidas a curto, médio e a longo prazo. Nesta parte, serão abordadas também as estratégias relativas às ações de coordenação e planejamento para implementação da Política municipal de Saneamento Básico, relativas à prestação, gestão e regulação dos serviços de saneamento básico e relativas aos investimentos público e cobrança dos serviços de saneamento básico para garantir a sustentabilidade do sistema. As obras, os programas e projetos serão apresentados a partir de um prognóstico feito pelo comitê de execução do Plano Municipal de Saneamento básico com a participação da população, através de audiências públicas, reuniões e enquetes para ouvir as proposições da sociedade em relação ao saneamento básico. 14 PARTE1 1.0 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ALTO ARAGUAIA Alto Araguaia encontra-se a uma distância de 418 km. da capital do estado de Mato Grosso, sua altitude é de 662 metros em relação ao nível do mar. Segundo dados do IBGE, Alto Araguaia possui uma extensão territorial de 5.514,50 km², com localização geográfica na Mesorregião 130, Microrregião 539, Sudeste mato-grossense, nas coordenadas: latitude 17º18’54”, longitude 53°12’54”, sob o código do município: 5100300. Relevo Planalto Taquari-Itiquira, Alto Araguaia faz divisa com os seguintes municípios: Araguainha a 66 quilômetros pela rodovia MT-100,Itiquira a 118 quilômetros pela MT-199, Alto Garças a 55 quilômetro pela BR-364, Alto Taquari a 63 quilômetros pela MT-100, Sonora (MS) a 211 quilômetros, Pedro Gomes (MS) a 216 quilômetros, Alcinópolis (MS) a 169 quilômetros e Santa Rita do Araguaia (GO) que faz divisa apenas pelo Rio Araguaia. 1 Alto Araguaia é de clima tropical e úmido com cerca de três meses de seca, sempre de junho a agosto. Todavia, nos últimos anos esse período vem se prolongando, com início no mês de junho e só terminando em outubro. A precipitação é de 1.750mm, sendo que a maior intensidade se dá de dezembro a fevereiro. A temperatura média anual é de 22ºC. A vegetação nativa do município é formada por cerrado, floresta e floresta de transição, com presença de várias espécies frutíferas, como a gabiroba, araticum, croadinha, marmelada, buriti, pequi, 1 Localização do Município no contexto do Estado do Mato Grosso. http://www.mteseusmunicipios.com.br/NG/conteudo.php?sid=111&cid=667. ACESSO: 11 de setembro de 2012 15 caju do campo, jatobá, murici e muitas outras espécies que garantem a alimentação da fauna do cerrado, que ainda pode se encontrar várias espécies, como lobo, tatu, capivara, anta, paca, arara, tamanduá, onça, cervo, ema, mutum, seriema, gavião e muitas outras espécies de animais. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Agricultura, a área rural de Alto Araguaia está dividida em cerrado, floresta e floresta de transição, conforme tabela a seguir: Cerrado Floresta Floresta de Transição Total 392.238,3281 16.724,9006 130.620,2309 539.583,4596 hectares hectares hectares hectares 72,7% 3,1% 24,2% 100,0% Quadro 01. Fonte: Secretaria Municipal de Agricultura Figura01. Frutos do cerrado – foto: do autor Figura02. Animais do cerrado – foto: do autor A área de conservação total do município de Alto Araguaia, conforme dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, é de 189.366,12 hectares, representando um percentual de 34,19% em relação à área global do município, distribuídos nas seguintes áreas: Área de Proteção Ambiental Córrego Gordura e Boiadeiro, com área de 8.285,20 hectares; Área de Proteção Ambiental do Ribeirão do Sapo, com 15.451,62 hectares; Área de Proteção Ambiental Ribeirão Claro, Água Emendada, Paraíso e Araguainha, com 103.940,50 hectares; Área de Proteção Ambiental Rio Araguaia, com área de 59.924,00 hectares; Parque Natural Municipal da Lagoa dos Veados, com área de 1.550,00 hectares e Parque Municipal Natural Córrego Boiadeiro, com área de 214,80 hectares. A população de Alto Araguaia, de acordo com estimativa da Agência Regional do IBGE de Alto Araguaia, é de 16.284 habitantes em 2.012. No último senso (2.010) a população era de 15.644 habitantes, dos quais 8.069 são do sexo masculino e 7.575 do sexo feminino, sendo que 88,42% desse total ocupam a zona urbana, enquanto 11,58% estão na 16 zona rural. A distribuição da população por faixa etária se dá em maior número entre pessoas com idade de 25 A 29 anos, tanto nas pessoas do sexo masculino quanto feminino. Quadro 02. Fonte: IBGE Segundo dados do IBGE, o maior crescimento populacional em Alto Araguaia foi percebido entre os anos de 2.006 e 2.010 com um aumento de 31,65% durante o período. Outro crescimento tão expressivo só houve entre o período de 1.960 a 1.970 em que ocorreu um aumento de 96,92% e na próxima década, que entre o ano de 1.970 a 1.980 teve um aumento de 40,80% na população do nosso município. Podemos perceber também, que de 1.950 a 1.960 a população sofreu um decréscimo de 63,36%. Nos demais períodos, de 1.980 até 2.006 o número da população ficou oscilando na faixa entre 1 e 2% ao ano. 17 EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO EM ALTO ARAGUAIA– MT ANO QUANT. ANO 1940 10.363 1995 1950 11.049 1996 1960 4.048 1997 1970 7.971 1998 1980 11.223 1999 1991 10.770 2000 1992 10.991 2001 1993 11.211 2002 1994 11.412 2003 Quadro 03. Elaborada pelo autor. Fonte: IBGE QUNT. 11.607 11.030 11.114 11.184 11.255 11.410 11.401 11.545 11.607 ANO 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 QUNT. 11.738 11.811 11.883 13.790 14.324 14.611 15.644 15.969 16.284 O índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), de acordo com dados do IBGE, em 2010 foi de 0,704, em 2000 foi 0,583 e em 1991 foi de 0,430. O IDH é uma medida importante concebida pela ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população, anualmente é elaborado o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com base em três pilares Saúde, Educação e Renda. O IDH varia entre 0 (nenhum desenvolvimento humano) e 1 (desenvolvimento humano total), revelando que quanto maior a proximidade de 1, mais desenvolvido é o país, estado ou cidade. O PIB per capta a preços correntes em 2008 em Alto Araguaia foi de 52.388,57 reais e em 2010, de acordo com IBGE, aumentou para 74.274,43. Enquanto que no estado de Mato Grosso o PIB per capta foi de 20.044,67 em 2010. O PIB (Produto Interno Bruto) representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período determinado. O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região. 1.01 Estrutura Administrativa A prefeitura da cidade de Alto Araguaia conta com um quadro de 856 servidores, sendo 692 efetivos, 77 contratados, 80 comissionados e 7 eletivos, e a estrutura administrativa segue conforme tabela a seguir: 18 Prefeito Chefe de Gabinete Secretaria Municipal de Administração Secretaria Municipal de Agricultura, pecuária e abastecimento Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Municipal de Meio ambiente e Desenvolvimento Urbano Secretaria Municipal de Educação Secretaria Municipal de Esporte, Turismo, Cultura e Lazer. Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Urbanos Secretaria Municipal de Obras e Frotas Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos Quadro 04 Quanto a hierarquia, segue cargos e funções conforme organogramas a seguir: Quadro 05. Lei nº 2.743/2010 19 Quadro 06. Lei nº 2.743/2010 Quadro 07. Lei nº 2.743/2010 20 Quadro 08. Lei nº 2.743/2010 1.02 Um Breve Histórico da Cidade de Alto Araguaia O município de Alto Araguaia, de acordo com IBGE, foi criado em 1.921, através da Resolução n° 837 com a denominação de Santa Rita do Araguaya, em homenagem à Santa Rita e ao rio Araguaia, que divide os estados de Mato Grosso e Goiás, sendo seu primeiro intendente o major Carlos Hugueney. Todavia, segundo dados obtidos no site da Prefeitura Municipal de Alto Araguaia, já havia registros de povoação desde 1.911, época em que foi criada a primeira escola na povoação. Mas a povoação da região do Araguaia, Garças e seus afluentes, de acordo com Oliveira (1998), teve início no ano de 1890, quando até então, sua população era restritamente indígena. A pretensão dos desbravadores era explorar a agricultura e desenvolver a criação de gado. Todavia, segundo a autora, o desbravador João José de Moraes Cajango descobriu a existência de diamantes através dos índios Bororos, que ocasionou um grande impulso ao povoamento da colônia do Registro da Araguaya. O nome Alto Araguaia, segundo IBGE, é de origem geográfica, por estar próximo à nascente do rio Araguaia e foi assim denominado pelo Decreto-Lei 208 de 26 de Outubro de 1.938. Na década de 50, o município que era constituído pelos distritos de Alto Araguaia, Alcantilado, Cassamunga, Itiquira, Ribeirãozinho, Santa Rita do Araguaia e São Vicente, foi sendo desmembrado dando origem aos municípios de Ponte Branca, Alto Garças, Itiquira e 21 Tesouro. Já o distrito de Taquari, só foi desmembrado de Alto Araguaia e elevado à condição de município no ano de 1.996, com a denominação de Alto Taquari. Atualmente Alto Araguaia sofreu grandes alterações em vários contextos, na educação, na saúde, na indústria e no comércio. A educação se fortaleceu com a abertura de vários cursos superiores, que além dos que já existiam na modalidade regular na UNEMAT – Letras, que começou a ser ofertado em 1.992, Computação, que iniciou em 2.001 e o curso de Comunicação Social, que teve início em 2.006, vários outros cursos são oferecidos em universidades particulares, como a UNOPAR e a UNIP. Mas a grande conquista nos últimos nos área da educação foi a abertura da UAB – Universidade Aberta do Brasil – com cursos de nível superior de Licenciatura em Ciência Biológicas, Bacharelado em Administração Pública e Licenciatura em Física, na modalidade à distância completamente gratuitos em parceria com a UNEMAT e em 2012 abriu o curso de Pedagogia em parceria com a UFMT, também na modalidade à distancia e gratuito. Além dos cursos de graduação a UAB oferece em parceria com a UNEMAT cursos de especialização Latu Sensu em Gestão Municipal, Gestão Pública e Gestão em Saúde. Além de todos os cursos superiores, contamos com uma ótima base no ensino fundamental e médio. Com escolas municipais, estaduais e particulares na zona urbana, e na zona rural escolas municipais que atendem alunos de todas as regiões do município, com transporte escolar garantido para todos os alunos que dele necessite. Na economia houve grande avanço com a chegada da ferrovia e a instalação do terminal ferroviário, melhorando a qualidade de vida dos araguaienses de forma significativa, aumentando o poder aquisitivo e aquecendo o comércio da cidade, possibilitando a abertura de novos estabelecimentos e gerando mais empregos. No ramo imobiliário também teve grane crescimento, tanto em imóveis para aluguel, quanto em construções próprias. A área do esporte em Alto Araguaia está sob a responsabilidade da SEMEL – Secretaria Municipal de Esportes, Lazer, Turismo e Cultura, que tem um calendário de atividades com várias modalidades de esportes, das quais muitas se tornaram tradição, como a Tacinha Araguaia de Futsal, que está na XXIV edição; a Taça Pantera do Leste, XIX edição; a Taça Araguaia de Futsal, XXXI edição; Torneio Aberto de Tênis, II edição; Copa Araguaia de Esportes Diversos, V edição; Taça do Funcionalismo Público, V edição, e muitos outros 22 eventos esportivos, como os Jogos Estudantis, a Copa Araguaia de Vôlei de Areia que também são tradicionais em nossa cidade. A cidade de Alto Araguaia conta inda com o Parque Municipal “Atanael Farias da Costa“ com ampla área para caminhada em pistas em meio a uma grande diversidade de árvores nativas do cerrado, com o Estádio Antônio Afonso de melo (Bilinão), o Ginásio de Esportes Jerônimo Samita Maia (Samitão), o Mini Estádio Benedito Paes Felício e cinco quadras poliesportivas em vários bairros da cidade. Com isso o esporte passa a fazer parte da vida dos araguaienses, proporcionando melhor qualidade de vida e um bom condicionamento físico à todos que procuram praticar alguma modalidade de esporte. A prefeitura municipal, através da SEMEL desenvolve ainda vários projetos esportivos, como o “Projeto Todos no Tênis”, que é uma parceria da Prefeitura Municipal com o Ministério Público, que atende cerca de 100 crianças de 5 à 15 anos de idade; a Escolinha de Futebol de Campo no Mine Estádio Benedito Paes Felício, que atende mais de 80crianças de 6 à 17 anos; o “Projeto Escola da Bola”, na quadra Antônio Faria da Costa, que atende mais de 100 crianças; o “Projeto Escolinha de Futsal” no Ginásio Samitão, que atende em torno de 80 crianças de 5 a 17 anos; a “Escolinha de Vôlei” que atende alunos de 10 a 17 anos e o “Projeto Escolinha de Futsal Feminino”, que treina alunos de 10 a 17 anos, que conta com o título de penta campeão regional dos jogos escolares na categoria de 15 a 17 anos, campeão estadual na categoria de 12 a 14 anos e disputou o campeonato brasileiro de futsal em João Pessoa, fazendo uma ótima campanha. 1.03 Potencial Turístico Existe em Alto Araguaia um grande potencial turístico a ser explorado, visto que estamos às margens de um dos mais importantes rios do território nacional, com cachoeiras, cavernas, praias e muitas outras belezas naturais, que se bem exploradas pedem trazer grandes fomentos ao município na área do turismo, que já conta com um grande evento como o Festival Náutico, que acontece uma vez por ano, sempre no começo do mês de setembro, atraindo milhares de pessoas de várias partes do país. Outro evento que faz parte do calendário festivo de Alto Araguaia é a Expoaia, “festa de peão”, que já está na sua 12ª edição e é uma festa promovida pelo Sindicato Rural dos Produtores de Alto Araguaia, que também 23 atrai expectadores de várias cidades vizinhas para assistir aos shows de renome nacional e participarem de vários outros eventos que acontecem durante as festividades. O Festival Náutico de Alto Araguaia foi criado em 1997 pela administração municipal daquela época (gestão 1997/2000). O intuito na época era produzir um evento festivo que envolvesse a população araguaiense através de danças típicas, esportes de várias modalidades, passeios de barcos, boias, jet-ski, banho de rio, e através do comércio de bebidas e comidas típicas da região em barracas de palha, representadas por entidades como a APAE, asilo e outras. Os idealizadores do Festival Náutico tinham também uma preocupação com o meio ambiente, e assim, organizaram uma ação de limpeza nas margens e no leito do rio Araguaia, de onde foram retiradas grandes quantidades de resíduos que comprometiam a balneabilidade daquele perímetro do rio. Foi feito também plantio de mudas nativas nas margens do rio para evitar erosões e assoreamento e contribuir com a beleza natural. Com o passar do tempo o Festival Náutico foi tomando proporções de um grande evento, que vem aumentando a cada ano, tendo como atração principal os shows com artistas locais, regionais e com grandes nomes da música nacional. Já as barracas que antes eram construídas com madeira e palha extraídas da natureza foram substituídas por tendas mais modernas e que não prejudicam o meio ambiente, assim como a prática de jet-ski e canoagem foram proibidas para não prejudicar as encostas do rio. Figura 03. Arquivo - Noêmia Presser Nidermeier Figura 04. Arquivo - Noêmia Presser Nidermeier Além de todo potencial turístico que o rio Araguaia nos oferece, existem vários outros pontos, como a Cachoeira das Orquídeas no Córrego Rico, a Cachoeira do Salto da Onça no Córrego das Pontinhas, Cachoeira Paraíso no Córrego Paraíso, Cachoeira Água Emendada no 24 Córrego Água Emendada, Cachoeira do Sonho, Cachoeira do Sonho II e Cachoeira do Quati no Rio Araguainha, Cachoeira Salto das Três Quedas no “Corgão” e a Gruta da gota santa, que além de grande beleza, traz uma história mística de fé e milagre que atrai a atenção de muita gente. Conta os antigos, que as pessoas enfermas viam de longas distâncias em carros de boi, depois eram carregados em rede até a gruta, onde passavam cerca de três dias bebendo da água que goteja do teto e de lá saiam curados. Figura 05. Gruta da Gota Santa. Foto do autor Figura 06. Cachoeira Couto Magalhães. F. do autor 1.04 Dados da Saúde em Alto Araguaia Na área da saúde em Alto Araguaia houve um grande avanço a partir do ano de 2004,com a aquisição do Hospital Municipal com recursos do estado e uma contrapartida do município com recursos próprios, que atende toda a população araguaiense. Houve também um grande avanço em construção de PSFs, que atende a população com mais comodidade e prontidão em todos os bairros da cidade, exceto no bairro Maria das Graças de Souza Pinto, que ainda não conta com esse tipo de unidade de saúde. O sistema de saúde de Alto Araguaia é composto por seis unidades básicas de saúde (UBS) das quais uma está localizada na zona rural. Entre essas seis UBS, contamos com um Hospital Municipal que contempla especialidades como ginecologista, obstetra, pediatra, médico do trabalho, serviços de Ultra Sonografia, Eletrocardiograma, Raio-X, Cardiotocografia, Farmácia e Laboratório. Além do Sistema de saúde do município, existe mais dos hospitais particulares em Alto Araguaia. 25 Quadro 9. De acordo com levantamento de dados na Secretaria Municipal de Saúde, durante o período de janeiro a novembro de 2013 o Hospital Municipal de Alto Araguaia realizou os seguintes procedimentos: PROCEDIMENTOS Consultas Clínicas Internações Clínicas Internações Pediátricas Observações 24 horas Cirurgias Pequenas Cirurgias Cesarianas Partos Normais Quadro 10. TOTAL 22.670 305 83 590 65 117 112 57 De acordo com dados do Datasus, no ano de 2011 houve 235 casos de nascidos vivos no município de Alto Araguaia. Os casos de doenças relacionados com o saneamento, através de vetores, durante o período de 2001 a 2011, foram de 506, sendo 1 caso confirmado de malária, 137 casos confirmados de leishmaniose, 368 notificações de dengue, conforme quadro a seguir: 26 Quadro 11. 1.05 Hidrografia de Alto Araguaia O município de Alto Araguaia localiza-se na bacia dos rios Araguaia – Tocantins, uma bacia hidrográfica totalmente brasileira, pois nasce e deságua em território nacional, formada pelo conjunto hídrico de todas as águas que correm para os rios Araguaia e Tocantins. O rio Araguaia brota na Serra do Caiapó, próximo ao Parque Nacional das Emas, sua nascente está situada na divisa do estado de Goiás com Mato Grosso a uma altitude de 850 m e percorre uma extensão de 2.115 km até o encontro com o rio Tocantins. O Rio Araguaia flui quase paralelo ao Tocantins por uma longa extensão e apesar de ser um rio de planície, possui trechos de cachoeiras e corredeiras. 27 Figura 07 (fonte: Acesso: 02-09-2012 http://olivergeo.blogspot.com.br/2010/09/bacias-hidrograficas-brasileiras.html) Próximo a região da nascente, entre os municípios de Alto Araguaia e Araguainha o rio Araguaia recebe águas de importantes afluentes, como o córrego Sapo, Sapinho, Gordura, Boiadeiro, Sapé, Ribeirão Claro e do rio Araguainha, o que contribui com o aumento do volume de suas águas a poucos quilômetros da nascente. Além desses afluentes, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Agricultura, em todo o território de Alto Araguaia existem 3.560 nascentes que contribuem na constituição da nossa hidrografia. Toda essa riqueza hídrica se deve ao trabalho de conscientização e fiscalização do município, que conta com uma área de APP de 36.629,9237 hectares. Devemos considerar também que estamos em uma das áreas de afloramento e descarga do Aquífero Guarani, que é de suma importância para nosso sistema hídrico. O córrego Gordura, manancial responsável pelo suprimento do sistema principal de abastecimento de água de Alto Araguaia, nasce na zona rural do município de Alto Araguaia nas coordenadas geográficas W: 53º20’21.08” S: 17º25’43.03” e percorre 16,70 km em linha reta até desaguar no Córrego Boiadeiro, nas coordenadas W: 53º14’10.74” S: 17º18’52.09”, onde é feito a captação da água. Ao longo de sua trajetória o Córrego Gordura recebe águas dos seguintes afluentes: Córrego Água Emendada, Córrego Pau Terra, Córrego Roncador, 28 Córrego Jaguatirica, Córrego da Anta e Córrego Sapé. Esse último é responsável pelo suprimento do sistema de abastecimento do Jardim Novo Araguaia. Em visita ao local da nascente do Córrego Gordura podemos constatar que sua perenidade corre sérios riscos, visto que no início de sua formação foi feito uma intervenção para construção de um aterro a fim de represar água para consumo animal, formando um reservatório que há alguns anos atrás se mantinha cheio em todos os períodos do ano e tinha uma grande quantidade de peixes da espécie traira. Agora, em período de estiagem a parte que foi represada encontra-se completamente seca, com presença de uma vegetação típica de cabeceiras de rios e em alguns pontos com presença de capim usado como pastagem. A 800 metros abaixo do local em que foi construída a primeira represa existe mais um açude construído no curso d`água que pode interferir no volume de água, que vem diminuindo a cada ano. Essa diminuição pode ser percebida pela falta de capacidade de suprimento no sistema de abastecimento. Outro motivo de preocupação é a falta de preservação no entorno da nascente do Córrego Gordura, que de acordo com a Lei 12.651 de 25 de maio de 2012 (Novo Código Florestal) não está sendo mentidos os limites de APP, que deve ter uma área de preservação no limite de 50 metros das nascentes de água, além de cerca para delimitar e manter a área protegida. Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d`água, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros.(Lei 12.651 de 25 de maio de 2012, capítulo II, Art. 4ª) Figura 08. Represa no Córrego Gordura. Foto: do autor Figura09. Imagem área da nascente do córrego Gordura. Fonte Google Earth. 29 1.06 O Aquífero Guarani na região de Alto Araguaia O Aquífero Guarani, de acordo com artigo publicado por Dr. Rosinha (2006), é uma das maiores reservas hidrográficas do mundo localizado na América do Sul, abrangendo quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, somando uma área de 1.087.880 km². No Brasil a área de abrangência do Aquífero Guarani é de 840.000 km², o que corresponde a 2/3 de sua totalidade e se estende aos estados de Goiás, com 39.367 km²; Minas Gerais, com 38.585 km²; Mato Grosso, com 7.217 km²; Mato Grosso do Sul, com 18.945 km²; São Paulo, com 142.959 km²; Paraná, com 119.525 km²; Santa Catarina, com 44.132 km² e Rio Grande do Sul, com 154.680 km². O nome aquífero, segundo o autor, é uma homenagem ao povo indígena da tribo Guarani. A importância do Aquífero Guarani em nossa região é que além das zonas de descarga, que são comuns em regiões de várzeas e pântanos, aqui esse grande reservatório subterrâneo também recebe recarga de águas através de acidentes geográficos que captam as águas pluviais que infiltram através de fissuras nas rochas, de voçorocas e encostas de serras, reabastecendo e garantindo a perenidade do Guarani. Existem ainda, as áreas de afloramento, onde as rochas de armazenamento das águas do aquífero ficam expostas. O uso das águas do Aquífero Guarani no município de Alto Araguaia se dá através de poços artesianos, que abastecem as atividades agrícolas, pecuárias e industriais. Mas a exploração das águas do Guarani não se restringe apenas aos poços artesianos, pois existem vários pontos de afloramento, onde as águas brotam das rochas e são captadas para uso em fazendas ou em sistemas coletivos de abastecimento, como ocorre no Distrito do Buriti e na Colônia da Ariranha. Devemos nos atentar pelo fato de que em nossa região existem várias voçorocas, que por um lado contribui para o sistema de recarga do Aquífero Guarani, mas por se tratar muitas vezes de locais de terras fracas, que se deslocam com grande facilidade, essas áreas de recarga, ao reabastecerem os reservatórios do aquífero levam substâncias que podem contaminar as águas, como resíduos de agrotóxicos usados em lavouras e sedimentos naturais, que também podem interferir na qualidade da água, alterando a cor, a turbidez e outros parâmetros que podem comprometer os padrões de potabilidade. 30 Figura 10 e 11.Mapa Esquemático e esquema do Aquífero Guarani Fonte: http://ecourbana.files.wordpress.com/2008/07/aquiferoguarani1td8.gif. Acesso: 08/10/2012 1.2 TRAJETÓRIA DA POLÍTICA DE SANEAMENTO NO BRASIL No Brasil, de acordo com MORAES e BORJA (2012), as políticas de saneamento estão fortemente ligadas aos interesses políticos. Desde o início do século XX, com apoio da Fundação Rockfeller, que proporcionou apoio técnico e econômico ao Brasil para combater as endemias rurais de malária e ancilostomíase, que representavam entraves para a economia. Tempos depois, em 1942, ainda com apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos, foi criado o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP). O acordo de cooperação entre os dois países, segundo os autores, se deu pelo interesse dos Estados Unidos às fontes produtoras do vale do rio Amazonas, do estado de Goiás e do vale do rio Doce. Em 1960, com a expiração do convênio com os Estados Unidos, o SESP foi renomeado para Fundação SESP (FSESP), uma entidade nacional ligada ao Ministério da Saúde. Já em 1991 houve uma fusão da FSESP com a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM), originando a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), que se mantém atuando até hoje. Ainda no ano de 1959, de acordo com os autores, foi criada a Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), que financiou ações na área de saneamento pelo Banco Internacional de Desenvolvimento (BID). A partir de então, houve uma grande 31 mudança na gestão dos serviços de saneamento no Brasil, sob o modelo de administração via empresa de economia mista e autarquias, que era mais viável e flexível que a administração direta. A partir dessa época os serviços de saneamento passam a ser administrados de forma autossustentável, constituindo um período em que os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto passaram a ser tarifados para garantir a cobertura de seus custos. Modelo esse, que veio a se consolidar no período de 1971 a 1986, com o Plano Nacional de Saneamento (PLANASA). Os Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAE) foram precursores na cobrança de tarifas. Assim, toda água consumida deveria ser paga, de forma que os pobres tivessem garantia de uma taxa mínima com quantidade suficiente para garantir a higiene e nutrição. De acordo com os autores, o modelo dos SAAE se diferenciam dos modelos anteriores em que o saneamento estava mais ligado à área da saúde. Em 1967, com a consolidação das empresas de economia mista, foi criado o Banco Nacional de Habitação (BNH), com o objetivo de promover e controlar a política de saneamento no Brasil. Um ano depois, foi criado o Sistema Financeiro de Saneamento (SFS) que realizava ações de saneamento com utilização dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Assim, começa a se consolidar o modelo de gestão por companhias estatais, em que a concessão de empréstimos era vinculada a estatização dos serviços de saneamento. A história do saneamento no Brasil passa a ter novos rumos a partir do governo FHC, que segundo MORAES e BORJA (2012), passa a cumprir o acordo estabelecido no Congresso de Washington, que visava à contenção de gastos em políticas sociais, a modernização da administração pública e a privatização de estatais. Deste modo, com a promulgação da Lei de Concessões (Lei N° 8.987 e 9.074/1.995), o setor privado começa a ganhar espaço no setor de saneamento. Por fim, em fevereiro de 2.001, com Projeto de Lei 4.147/2.001, fica transferido aos estados a titularidade do município para estabelecer e proporcionar os serviços de saneamento. Também contribuindo, Coelho (2.009), afirma que a favor das privatizações, alegava-se que as empresas estatais seriam ineficientes e deficitárias e a consequência desses déficits seriam cobertos pelos contribuintes. Outra mudança rumo ao avanço do saneamento se deu a partir de 2.003, com a eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criou o Ministério das Cidades e nele a 32 Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, com visão à retomada de investimentos públicos com qualificação dos gastos em saneamento. Logo depois, de acordo com os autores, o Projeto de Lei n° 5.296/2.005 passa a disponibilizar recursos do FGRS e FAT para investimentos em saneamento. Em 2007 a Lei 11.445/2.007 (Lei Nacional do Saneamento Básico) é sancionada, e logo em seguida é lançado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saneamento 2.007-2.008, com previsão de recursos de 40 bilhões de reais. Posteriormente, foi lançado o PAC2, em 29 de março de 2.010, que de acordo com o site de planejamento do Governo, tem previsão de 6,7 bilhões em investimentos na área de saneamento durante o período de 2.011 a 2.014. A partir do governo Lula, as ações de financiamento e regulação de saneamento são assumidas pela união. Através da criação do Ministério das Cidades e no seu âmbito a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, deu-se abertura à participação da sociedade civil, através de conferencias e dos Conselhos das Cidades. De acordo com o Ministério das Cidades, o planejamento do saneamento deve contemplar a participação da sociedade, envolvendo a comunidade para essa atividade. É importante ressaltar que a comunidade deve ter seu papel participativo na tomada de decisões e nas atividades de planejamento, garantindo uma ampla participação contemplando agentes públicos, sociedade civil organizada e a população em geral. 1.2.1 Conceito e Gestão de Saneamento O conceito de saneamento, de acordo com o IBGE, em divulgação no Atlas de saneamento 2011, abrange aspectos que vão além do saneamento básico, que engloba o abastecimento de água potável, a coleta, tratamento e disposição final dos esgotos e dos resíduos sólidos e gasosos, os serviços de limpeza urbana e a drenagem de águas pluviais urbanas. É o que se denomina saneamento ambiental, que abrange também o controle ambiental de vetores e reservatórios de doenças, o estudo da ocupação e do uso da terra e obras especializadas para proteção e melhoria das condições de vida. Pois esses fatores são muitas vezes, o patamar do saneamento básico. A lei 11.445/2007 define saneamento como o conjunto dos serviços, infraestruturas e instalações de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo 33 de resíduos sólidos e manejo e drenagem de águas pluviais urbanas. Esses serviços estão fortemente relacionados entre si, visto que o esgotamento sanitário sem tratamento e disposição adequada contamina corpos d`água, resíduos sólidos depositados em locais e condições inadequadas podem contaminar as áreas de mananciais e lençóis freáticos, prejudicando o uso da água, pode ainda favorecer a ocorrência de enchentes, além de promover a proliferação de vetores. Neste sentido, a melhoria das condições do saneamento básico tem impactos diretos na promoção da saúde humana e na qualidade de vida. Na área de saneamento, a gestão tem sido o eixo principal, visto que os recursos investidos podem ficar subutilizados quando não se faz um bom planejamento e uma boa gestão. Sendo assim, muito deve ser feito além de investimentos em obras de saneamento, precisa-se também investir em gestores. É o que apontou a Pesquisa Nacional de Serviço de Saneamento Básico – PNSB 2008, em que foi elencado que o saneamento básico está muito aquém das necessidades elementares da população brasileira, visto que existem diferenças regionais muito acentuadas nas obras de saneamento e esse fato está claramente relacionado à gestão dos recursos. Nesse sentido, a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico deve ter um foco especial voltado para a gestão, que o titular do serviço deverá fazer através de planejamento, que de acordo com a Lei 11.445/2007 não pode ser delegado a outro ente. É através do planejamento que chegamos a um diagnóstico da situação e avaliação de seus impactos nas condições de vida, definindo objetivos e metas para universalização dos serviços de saneamento básico. Quadro 12 Fonte: FUNASA/ASSEMAE. Oficina de Política e Plano Municipal de Saneamento Básico. Rondonópolis-MT 15 a 19 de julho de 2013. 34 Podemos concluir que um grade erro na gestão de saneamento está nas contingências políticas, que causam um grande inchaço na administração pública, onde cargos que deveriam ser ocupados por profissionais de carreira, ou por técnicos, são preenchidos por pessoas vindas de outros segmentos, sem a qualificação necessária para administrar questões tão complexas como as do saneamento. Assim, podemos afirmar que dentro da estrutura administrativa do nosso município, assim como da maioria dos municípios brasileiros, o conceito de política atrapalha de forma significativa a gestão municipal. E no saneamento isso é muito relevante, visto que nesse setor a gestão define o resultado das ações e das contingências, que podem ter resultados catastróficos em virtude um modelo de gestão que não adota uma política de meritocracia e de profissionalismo. 1.2.2 Gestão de Recursos Hídricos Conforme Pires, Feijó e Luiz (2.009), “o ser humano sempre procurou viver próximo dos rios porque a água exerce papel importante na vida das comunidades”. O consumo da água sempre serviu para o abastecimento humano na irrigação, para fins industriais, na produção de energia elétrica, na diluição e afastamento de despejo, para dessedentação de animais e muitas outras funções. Segundo os autores, o homem sempre buscou compreender as questões relacionadas à água porque ninguém consegue viver sem ela. A água, segundo os autores, não está distribuída de forma uniforme no planeta Enem sempre está disponível de acordo com as necessidades humanas, pois a água não acompanha o crescimento da população. O Brasil dispõe de recursos naturais em abundância, todavia, pouco ou mal explorados. A água ocupa 70% da superfície da terra. A maior parte (97%) é salgada. Dos 3% de água doce, menos de 1% vai para os rios, ficando disponível para uso. O restante está nas geleiras, icebergs e em subsolos muito profundos. Hoje, cerca de 250 milhões de pessoas, em 26 países, já enfrentaram a escassez de água. Em 30 anos, este número deverá saltar para 3 bilhões de pessoas, em 52 países. (PIRES, FEIJÓ, LUIZ, 2.009, P. 3). No que se diz respeito a gestão das água, os desafios são muitos, segundo os autores, no Brasil, um dos grandes desafios é melhorar a qualidade da água na zona rural, outro desafio é minimizar o uso da água na agricultura e na pecuária, pois uma das consequências 35 do uso da água no setor agrícola é a poluição dos rios. Assim, com a degradação dos recursos hídricos, esse recurso vem tornando cada vez mais escasso, podendo desencadear a ocorrência de uma verdadeira crise da água. Para os autores, a água é um elemento fundamental à vida dos indivíduos em coletividade, sendo necessária para vários tipos de utilização, não só para o uso doméstico, mas também é vital para a economia, na geração de energia elétrica, nas indústrias e no meio rural. Esse bem, além de problemas relacionados à quantidade, possui também os problemas relacionados à qualidade, que aumenta mais a escassez desse recurso, pois nem toda a água disponível é própria para o consumo. De acordo com os autores, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 25 milhões de pessoas morrem por ano em virtude de doenças transmitidas pela água, visto que 70% da população rural e 25% da população urbana não dispõe de abastecimento adequado de água potável. Assim, a água usada pelo homem precisa estar em conformidade com as exigências das leis que regularizam o seu uso para garantir a saúde e o bem estar da sociedade. No Brasil, de acordo com IBGE, no Atlas de Saneamento 2011, o acesso à água por rede geral de abastecimento é bastante difundido, visto que mais de 90% dos municípios têm todos os distritos atendidos por esse serviço. O acesso ao abastecimento de água por rede geral de abastecimento está mais concentrado na região Sudeste, com destaque para o estado de São Paulo. Os municípios sem esse atendimento, ou com atendimento parcial estão nas regiões Norte e Centro-Oeste e interior das regiões Nordeste e Sul, onde os municípios possuem uma grande extensão territorial com uma pequena população, tornando difícil a universalização do serviço de abastecimento de água por rede geral. Vale ressaltar que o serviço de abastecimento de água por rede geral possui uma ampla difusão no Brasil, mas a garantia da qualidade desta água ainda não é efetiva. Para tanto, muito ainda deve ser feito na área do saneamento para garantir a qualidade da água distribuída. Queremos ressaltar, que na gestão de recursos hídricos não são relevantes apenas os serviços de infraestrutura e investimentos em expansão de redes de abastecimento. A preservação é de suma importância para garantir além da qualidade, a quantidade de água suficiente para suprir as nossas necessidades. Neste sentido, temos que pensar também em um modelo de fiscalização eficiente, visto que a fiscalização ambiental tem como principal 36 fundamento atuar de forma educativa, orientando e alertando empreendedores quanto à necessidade de compatibilização do desenvolvimento econômico com a preservação dos recursos naturais, objetivando garantir a sua própria existência. A educação ambiental deve ser feita de forma efetiva, tanto no âmbito formal quanto não formal. Sabendo que a educação ambiental formal precisa permear as disciplinas curriculares das escolas públicas e privadas, enquanto a educação ambiental não formal compreende práticas educativas voltadas para a sensibilização e mobilização da comunidade em ações que visem a melhoria da qualidade do meio ambiente, promovendo a transformação cultural. Assim, a fiscalização e a educação ambiental são peças fundamentais para a sustentabilidade de nossos recursos hídricos. 1.2.3 Gestão de Esgotamento Sanitário De acordo com Fernandes (2003), É característico de qualquer comunidade humana, o uso de água como uma necessidade básica para desempenho das diversas atividades diárias e, com isso, a geração de águas residuárias sem condições de reaproveitamento, usualmente denominado de esgoto, que corresponde a cerca de 70% da água consumida, e podem ser classificados de acordo com sua origem, como esgoto sanitário ou doméstico, esgoto industrial e esgoto pluvial. O esgoto sanitário é toda a parcela originada das atividades domésticas, tais como lavagem de pisos, de roupas, consumos em pias de cozinha e da utilização de aparelhos sanitários tais como chuveiro, bacia sanitária e lavatórios. Os esgotos domésticos provêm principalmente de residências, edifícios comerciais, instituições ou quaisquer edificações que contenham banheiros, lavanderias ou cozinhas. O esgoto industrial é toda a parcela originada da atividade industrial onde é necessária a utilização da água em seu processo produtivo. É importante destacar que as características dessa parcela de esgoto dependerão da atividade da indústria em questão. O esgoto pluvial é toda a contribuição gerada pelo escoamento superficial decorrente das precipitações e, em alguns casos, lavagem das ruas e de drenos subterrâneos. Vale ressaltar que esse tipo de esgoto deve ser lançado em uma rede exclusiva, que não receba outro tipo de esgoto. 37 A necessidade de se instalar rede de esgoto em toda a cidade de Alto Araguaia é fato indiscutível, visto que a atual situação é de construções residenciais, comerciais e públicas lançando seus esgotos em fossas negras ou em redes de esgoto clandestinas, que destinam seus efluentes diretamente para os rios ou em muitas vezes são ligadas às redes de águas pluviais, que acabam chegando aos corpos receptores sem nenhum tipo de tratamento. Este fato deve-se, em parte, ao crescimento desordenado da área urbana da cidade, com criação de loteamentos sem infraestrutura e deve-se também à falta de uma política de saneamento que busque formar cidadãos conscientes, que compreendam a necessidade preservar o meio ambiente, com construção de fossas sépticas ou outras soluções que garanta a salubridade ambiental. 1.2.3.1 Tipos de Esgotamento Sanitário 1.2.3.2 Rede Coletora Trata-se das tubulações que recebem os esgotos gerados nas residências, no comércio e nas indústrias. A rede coletora é implantada sob a via pública ou passeios, sendo dotada de poços de visita, para inspeção e introdução de equipamentos de limpeza e manutenção. Na maioria das vezes usa-se tubulações de PVC 150mm. Figura 12. Fonte: http://www2.ucg.br/nupenge/pdf/gestaodoesgotamentosanitario.pdf 1.2.3.3 Fossa Séptica 38 São unidades de tratamento primário de esgotos, onde a velocidade e permanência do líquido na fossa permitem a separação da fração sólida do líquido. Proporcionando digestão limitada da matéria orgânica e acúmulo dos sólidos. É uma maneira simples e barata de disposição dos esgotos indicada, sobretudo, para a zona rural ou residências isoladas. Todavia, o tratamento não é completo como numa estação de tratamento de esgotos. A fossa séptica consiste em um tanque enterrado, podendo ser de alvenaria ou prémoldadas, que recebe os esgotos, retém a parte sólida e inicia o processo biológico de purificação da parte líquida. Todavia, é preciso que esses efluentes sejam filtrados no solo para completar o processo biológico de purificação e eliminar o risco de contaminação. Vale ressaltar que a fossa séptica, como sistema de tratamento do esgoto doméstico tem como finalidade soluções provisórias de saneamento básicos em locais onde não haja rede de esgoto. 1.2.3.4 Fossa Negra A fossa negra é construída sem levar em conta as recomendações técnicas, como distância mínima de 20 metros de lençóis freáticos ou poços, contaminando a água. A construção de fossas negras é uma alternativa de muitos moradores por ser mais barata, porém, em contrapartida é a menos segura. A fossa negra, como popularmente é conhecida, é uma escavação feita sem revestimento, onde os dejetos caem diretamente em contato com a terra. Quando se decompõe, esse material é absorvido pelo solo ou então fica parado na superfície da fossa, o que pode agredir não somente a saúde da população com o principal mente o meio ambiente. Assim, a gestão dos serviços de esgotamento sanitário, como dos demais elos do saneamento, é de uma complexidade grandiosa e de difícil controle, onde zonas de proteção aos mananciais são invadidas, fossas são construídas, ligações de esgoto são direcionadas para os cursos de água, rios são enterrados, as cidades se impermeabilizam dificultando a infiltração das águas das chuvas, enfim, a qualidade de vida da população é afetada. Daí a necessidade de uma gestão feita com profissionalismo e qualidade para que os recursos públicos sejam aplicados de forma correta. 39 1.2.4 Gestão de Resíduos Sólidos Muitos problemas de saúde, de acordo com Lima (2.009), estão relacionados à falta de saneamento, ou ao saneamento inadequado. No que se refere a resíduos sólidos, desde a geração, armazenamento, coleta, segregação, reciclagem e destinação final podem causar problemas de contaminação, causando vários tipos de doenças do tipo respiratória, gastrintestinais, parasitárias, dermatológicas, degenerativas, infectocontagiosas, intoxicações e até transtornos mentais. De acordo com a autora, um dos grandes problemas está relacionado um comportamento social marcado por altos níveis de desperdício. A sociedade atual consome em demasia, causando um desequilíbrio ecológico, pois para consumir retira os recursos naturais numa velocidade e escala maior do que a capacidade de regeneração. De outro lado, está a geração de resíduos, que com isso, aumenta de tal forma que a natureza não consegue absorver. O resultado, segundo Lima (2.009), é o desequilíbrio ambiental que se percebe através do aumento da poluição atmosférica, da agressão à camada de ozônio, das mudanças climáticas e das grandes catástrofes que acontecem na natureza atualmente. Assim, o consumo de bens e serviços é um grande desafio à gestão ambiental em termos de controle de riscos e promoção de saúde. Mesmo com várias iniciativas relacionadas ao desenvolvimento sustentável, segundo a autora, o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos ainda é uma das questões sociais, ambientais e de saúde a serem solucionadas. Mas houve um grande avanço rumo a uma gestão sustentável de resíduos sólidos com a criação da Lei 11.445/2007 que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. 1.2.5 Definição de Resíduos Sólidos De acordo com Lima (2.009), “lixo ou resíduos sólidos é todo resto de atividade humana considerada descartável, indesejável ou inútil pelos seus geradores”. Mas ressalta a autora, que essa definição pode ser muito relativa, pois o que é considerado inútil para uns 40 pode ser valioso para outros, podendo se tornar até matéria prima para outros produtos ou processos. A sociedade atual, segundo a autora, consome em demasia, e para tanto, retira da natureza esses recursos numa velocidade e escala bem maior do que sua capacidade de regeneração. De outro lado, a geração de resíduos sólidos vem aumentando de modo que ultrapassa a capacidade da natureza absorvê-los. O resultado é o desequilíbrio que se mostra através do aumento da poluição atmosférica, da agressão à camada de ozônio e das mudanças climáticas que afetam negativamente a vida do planeta. O aumento da geração de resíduos sólidos é maior nos grandes centros urbanos, onde existe maior concentração populacional e a aglomeração de sistemas produtivos cujas atividades impactam o meio ambiente é mais acentuada. Todavia, devemos pensar em uma gestão de resíduos sólidos mais eficiente para todas as localidades, que vise diminuir a produção de resíduos e destinar de forma adequada o que for gerado. A Lei 11.445/2.007, no Cap. I, Art. 3º, define: Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos como conjunto de atividades, infraestrutura e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico o dos resíduos de varrição e limpeza de vias públicas. 1.2.6 Classificação dos Resíduos Sólidos De acordo com Lima (2.009), considerando os aspectos de natureza técnica, a norma brasileira NBR 10.004 (2.004), distingue-os em duas classes, de acordo com as propriedades dos materiais, com sendo: classe I (ou perigosos), os que representam risco à saúde pública ou meio ambiente com graus de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, e classe II, ou não perigosos, que se dividem em classe II A, ou não inertes, os que podem apresentar propriedades como biodegrabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água, e resíduos classe II B, ou inertes, classificados a partir da solubilização de seus constituintes. Outra forma de classificar, segundo a autora, é quanto à sua origem, ou seja, domiciliar, comercial, público, de serviço de saúde, industrial, agrícola e entulhos de obras. 41 Os resíduos sólidos domiciliares são aqueles gerados nas atividades diárias em residências, apartamentos, condomínios e demais edificações residenciais. Esses tipos de resíduos são constituídos por restos de alimentos, produtos deteriorados, papel, embalagens em geral, restos de higiene pessoal; Resíduo sólido comercial, gerados em supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, hotéis, bares, restaurantes, shopping centers e outros estabelecimentos; Resíduos sólidos públicos, são de origem dos serviços de limpeza pública como poda e varrição, capina, limpeza de terrenos, córregos, galerias de águas pluviais e bueiros; Resíduos de serviço de saúde são aqueles que podem conter germes oriundos de atividades médicas, hospitais, laboratórios, farmácias e postos de saúde; Resíduos industriais apresentam características muito diversificadas, dependendo do tipo de produto manufaturado; Resíduos agrícolas são resíduos gerados nas atividades agrícolas e pecuárias, como embalagens de agroquímicos, que geralmente são altamente tóxicos gerando grade preocupação quanto aos cuidados no seu manuseio e destinação final; Resíduos de portos, aeroportos e terminais rodo ferroviários, é o lixo gerado pelos passageiros em veículos e aeronaves, considerados sépticos, pois podem conter vírus e bactérias que podem ser transportadas entre municípios, estados e países e resíduos da construção civil, que segundo resolução CONAMA 307/2.2002, são os resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil e materiais vindos de escavações de terrenos. 1.2.7 Tarifa de Resíduos Sólidos A Lei 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, estabelece que os serviços públicos de saneamento tenham sustentabilidade econômicofinanceira assegurada mediante remuneração dos serviços através de sistema de cobrança e composição de taxas ou tarifas. A tarifa de resíduos sólidos em Alto Araguaia foi regularizada pela Lei nº 3.038 de 18 de dezembro de 2012, que “dá novos valores às tabelas I, II, III e IV dos serviços e tarifas de água e esgotamento sanitário e cria a tabela de valores de coleta de lixo”. Todavia, vale ressaltar, que essa lei não passou por um controle social através de audiência pública e por nenhum órgão de regulamentação. 42 TABELA VI – COLETA DE LIXO I – Imóveis Residenciais R$ 7,00 II – Imóveis Comerciais R$ 10,00 III – Imóveis Industriais R$ 10,00 IV – Imóveis Hospitalares e congêneres R$ 10,00 V – Demais Imóveis R$ 10,00 Quadro 13. Lei nº 3.038/2012 1.2.8 Logística Reversa A partir da publicação da Lei Federal nº 12.305/2010, lixões a céu aberto e aterros controlados ficam proibidos. A Lei, determina que todas as administrações públicas municipais, indistintamente do seu porte e localização, devem construir aterros sanitários e encerrarem as atividades dos lixões e aterros controlados, no prazo máximo de 4(quatro) anos, substituindo os por aterros sanitários ou industriais, onde só poderão ser depositados resíduos sem qualquer possibilidade de reciclagem e reaproveitamento, obrigando também a compostagem dos resíduos orgânicos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos instituída pela Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, regulamentada pelo Decreto Nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010, entre os conceitos introduzidos em nossa legislação ambiental está a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a logística reversa e o acordo setorial. A Lei dedicou especial atenção à logística reversa e definiu três diferentes instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação: Regulamento, acordo setorial e termo de compromisso. De acordo com a Lei 12.305/2010, os fabricantes, distribuidores e comerciantes, organizados em acordos setoriais, ficam obrigados a recolher e destinar para a reciclagem as embalagens de plástico, papel, papelão, de vidro e as metálicas usadas. As embalagens de Agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes e suas embalagens, todos os tipos de lâmpadas e de equipamentos eletroeletrônicos descartados pelos consumidores, fazem parte da logística reversa, que deverá também retornar estes resíduos à sua cadeia de origem para reciclagem. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vidados produtos é o conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e 43 comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei. Caso os geradores dos resíduos os deixe acondicionados, armazenados ou destinados em condições não condizentes com a Lei e com as normas Conama/Anvisa, significando dano ou ameaça ao meio ambiente e à saúde pública, a prefeitura deve proceder ao seu recolhimento, acondicionamento, armazenagem e destinação, respeitando as normas de saúde e segurança ocupacional e com licença ambiental específica, cobrando dos responsáveis todos os custos e despesas envolvidas. 1.2.9 Gestão de Águas Pluviais Urbanas Um dos mais importantes entre os serviços de saneamento, de acordo com IBGE, no Atlas de Saneamento 2011 é o manejo de águas pluviais urbanas, considerando o crescimento das cidades e o planejamento urbano, bem como a manutenção das condições de segurança e da saúde da população. O manejo de águas pluviais urbanas compreende a coleta, o escoamento e a drenagem das águas das chuvas por meio de recursos urbanos construídos para esse fim, como bueiros, bocas de lobo, sarjetas, dispositivos dissipadores de energia e controle de vazão, assim como a disposição dos efluentes em pontos de lançamentos ou corpos receptores, para garantir um escoamento rápido das águas das chuvas, prevenindo inundações. De acordo com dados do IBGE (2011), cerca de 95% dos municípios fazem o manejo de águas pluviais, sendo que a maioria utiliza cursos d`água permanentes como principais receptores, como rios, córregos e lagos. Essa prática pode causar o assoreamento desses cursos d`água, podendo acarretar sérios problemas ambientais. Ainda temos outros agravantes como o aumento da impermeabilização e redução da capacidade de infiltrar as águas das chuvas. Para que esses problemas possam ser atenuados é necessário o correto funcionamento e a manutenção dos sistemas de drenagem urbana. Além de amortecer os impactos ambientais, a correta manutenção provoca o rápido escoamento das águas pluviais prevenindo a formação de poças e alagados, evitando a proliferação de mosquitos, causadores de doenças como a dengue, a febre amarela, a malária e a leishmaniose. 44 1.3 POLÍTICA E PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO A Política de Saneamento Básico, de acordo com Termo de Referência (FUNASA/ASSEMAE, 2012), trata do modelo jurídico institucional definindo de forma clara e objetiva os direitos e deveres dos cidadãos. Os administradores e gestores públicos são os responsáveis pela formulação da Política Pública e pelo desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico, dentro de suas prerrogativas constitucionais. A Lei 11.445/2007, Lei do Saneamento Básico, no seu Art. 9º, instituiu que o titular dos serviços formulará a Política e Plano Municipal de Saneamento Básico do município. Assim, a existência do PMSB é um requisito prévio para que o município possa ter acesso aos recursos públicos federais para aplicação em ações de saneamento ambiental. A formulação da Política e elaboração do PMSB são considerados instrumentos centrais na gestão e prestação dos serviços públicos de saneamento básico. São funções essenciais da gestão dos serviços públicos de saneamento básico o planejamento, a regulação, prestação e a fiscalização dos serviços e o controle social. A Lei 11.445/2007 prevê que o Plano Municipal de Saneamento Básico deverá ser pensado para um universo de vinte anos, sendo revisto periodicamente em prazo mínimo de quatro anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual Municipal. O PMSB é documento básico do planejamento, contemplando os modelos de gestão, as metas, os projetos e as respectivas tecnologias, as estimativas dos custos dos serviços. O Plano Municipal de Saneamento Básico, de acordo com TR. deve contemplar a universalização do acesso integral das ações, segurança, qualidade e regularidade na prestação dos serviços, a promoção da saúde pública, a proteção do meio ambiente, articulado com as políticas de desenvolvimento urbano, saúde, proteção ambiental e interesse social. A Política de Saneamento Básico deve visar a eficiência e sustentabilidade econômica, considerando a capacidade de pagamento dos usuários. O acesso aos serviços de saneamento básico deve ser garantido a todos os cidadãos mediante tecnologias apropriadas à realidade socioeconômica, cultural e ambiental e devem ser promovidos de forma integral garantindo à todos os serviços inter-relacionados de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais urbanas e manejo de resíduos sólidos com igualdade, independente de etnia, credo ou situação socioeconômica, 45 visto que todos cidadãos tem direitos iguais no acesso a serviços de saneamento básico de boa qualidade. 1.3.1 Política de Saneamento Básico de Alto Araguaia Os serviços de saneamento básico no município de Alto Araguaia são tarifados de acordo com a Lei Municipal nº 1.237/2001, que cria a divisão municipal de água e esgoto, e a Lei nº 1.260/2001 que aprova as tabelas de valores dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e regulamentado pelo Decreto nº 048/2001, até chegar à atual Lei nº 3.038 de 18 de dezembro de 2012, que dá novos valores aos serviços e tarifas do sistema de água e esgoto e cria a tabela de valores de coleta de lixo. A prestação dos serviços de saneamento do nosso município não se submete a nenhum órgão de regulamentação. Assim, esse instrumento de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia irá discutir, através de audiência pública, sobre a consolidação de uma política que estabeleça normas para os serviços de saneamento prestados no município, para que a partir da aprovação deste instrumento, possa ser criado um órgão para regulamentar e fiscalizar o cumprimento das normas estabelecidas no Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia e aprovadas por lei. De acordo com a FUNASA (2001), cerca de um terço dos municípios brasileiros gerenciam seus serviços de saneamento de forma direta. Uma parte organizada sob as formas de autarquias, empresas ou departamentos, outras, simplesmente ainda não perceberam a importância de se organizar. É o que acontece, principalmente nas pequenas cidades e em regiões menos desenvolvidas. Os serviços públicos de saneamento no município de Alto Araguaia são prestados de forma direta, ou seja, a própria prefeitura é quem administra através de uma divisão criada por uma lei específica. Esse tipo de administração é o mais comum em grande parte dos municípios brasileiros, todavia, não podemos afirmar que é a melhor forma de gerir esses serviços, visto que os recursos arrecadados através das tarifas de água, esgoto e de resíduos sólidos acabam sendo diluídos de forma geral na arrecadação municipal que por sua vez serão aplicados em outras áreas diferentes do saneamento. 46 A FUNASA tem preconizado a administração indireta, com a criação de autarquias municipais de direito público, modelo que tem sido desenvolvido e aperfeiçoado desde 1952. Esse modelo de gestão, de acordo com a FUNASA, mostrou-se mais eficaz quando comparada a outras. As autarquias são entes administrativos autônomos, criados por lei específica, com personalidade jurídica de direito público, patrimônio próprio e atribuições outorgadas na forma da lei, tendo como princípio fundamental a descentralização. Segue um quadro comparativo entre Departamento, Autarquia e Empresa: ASPECTOS DEPARTAMENTOS AUTARQUIAS EMPRESAS Criação e extinção Lei de organização da administração pública Lei específica Lei específica Prefeito municipal Quadro da prefeitura estatutário ou CLT Direito público Diretoria da autarquia Quadro próprio estatutário ou CLT Direito privado Presidente da empresa Quadro próprio CLT Nenhuma Total Total Personalidade jurídica Ordenador de despesas Regime jurídico de pessoal Autonomia financeira Autonomia administrativa Prestação de contas Tributos Direito público Compartilhada Total Total Tribunal de contas do Tribunal de contas do Tribunal de contas do estado estado estado Imposto de renda, Isento Isento IPVA, CONFINS, ICMS, etc. Quadro 14. 1.3.2 Tarifa e Qualidade da Água O primeiro tributo brasileiro, de acordo com Abrantes e Ferreira (2.010), denominado quinto do pau-brasil, era pago à Coroa Portuguesa pelos colonizadores que queriam explorar as terras brasileiras. Esse tributo não era necessariamente pago através de moeda, podia ser pago também com a própria mercadoria produzida no Brasil. Com a organização e o aumento da exploração agrícola surgiram dispositivos legais para a cobrança de tributos. Assim, segundo os autores, as exigências tributárias significativamente no Brasil, e novos tributos surgiram, como o do monopólio do pau-brasil, das especiarias e drogas, dos direitos alfandegários sobre importação e exportação, que era um quinto dos metais e pedras preciosas e um décimo do pescado e das colheitas. 47 A responsabilidade tributária, de acordo com os autores, consiste no dever do contribuinte de efetivar o pagamento dos tributos ou penalidades pecuniárias. Não podemos falar de tributação sem mencionarmos a sua administração, lembra os autores, pois a administração tributária implica na verificação do cumprimento das obrigações pelo contribuinte. Assim, as próprias leis que instituem os tributos estabelecem as normas de competência e os poderes dos agentes públicos no desempenho das atividades fiscalizadoras. A água é sem dúvida um patrimônio da humanidade, pois se trata de um elemento fundamental para prover a vida do homem e de todo ser vivo, o que a torna um bem comum. Todavia, esse recurso não chega até o consumidor de forma natural. A água para chegar até nossa casa passa por um longo processo, que vai desde sua captação, adução, tratamento e distribuição. Para tanto, obras de elevado custo precisam ser edificadas. E mesmo depois de prontas, precisam de constante manutenção e de profissionais para manter em funcionamento esses sistemas. Para garantir todo esse processo é necessária a cobrança de taxas pelo uso da água. Assim, todo consumidor, que tem direito garantido de receber a água própria para o consumo, tem também o dever de contribuir com a sustentabilidade do sistema de abastecimento, e isso se faz através de cobrança de taxa. A distribuição de água na cidade de Alto Araguaia é de responsabilidade da Prefeitura Municipal, que mantém uma divisão responsável pela prestação dos serviços de abastecimento de água, vinculada à Secretaria Municipal de Infra Estrutura a qual responde pelos serviços de esgotamento sanitário, coleta de resíduos sólidos, manejo de águas pluviais, serviços de varrição e todos os serviços de infraestrutura da cidade. A DIVAES, Divisão de Água e Esgoto foi criada pela Lei n° 1.237/2001 e suas regulamentações – Decreto n° 048/2001 e Lei 1.260/2001. A cobrança da tarifa de água, conforme a Lei Municipal 2.269/2007, que dá novos valores aos serviços e tarifas, é praticada em quatro categorias, sendo elas: Residencial, Comercial, Industrial e Poder Público, as quais obedecem às variantes por categoria e faixa de consumo, conforme tabela abaixo: 48 Quadro: 15 Fonte: Lei N° 2.269/2007 A cobrança das tarifas pelos serviços de abastecimento de água não se submete a nenhum órgão regulamentador, conforme determina a Lei 11.445 / 2007, que autoriza revisão anual dos valores para garantir a sustentabilidade dos serviços e também promover uma tarifa social que observe a capacidade de pagamento para garantir acesso ao serviço de abastecimento de água tratada à toda população. Existe somente a Lei Municipal 1.321/2001, que isenta do pagamento da tarifa de água e todas as tarifas municipais para as entidades sem fins lucrativos. Atualmente, segundo dados da DIVAES, Divisão de Água e Esgoto, existem 5.679 ligações de água, sendo que 5.087 ligações estão ativas e 588 estão inativas. Do total geral de ligações, 4.826 possuem hidrômetro e 851 não possuem hidrômetro. Desse total de ligações 5.204 são da categoria residencial, 377 são da categoria comercial e 98 ligações são da categoria pública. De acordo com dados da DIVAES, todas as residências localizadas na zona urbana possuem ligação de água, exceto um pequeno percentual, que corresponde a 0,15% das moradias não recebem esse serviço. 49 Quadro 16. Quantidade de ligações por categoria De acordo com dados da Prefeitura Municipal, uma nova tabela de valores para tarifa e serviços do sistema de abastecimento de água foi aprovada através da Lei n° 3.038, de 18 de dezembro de 2012, e passou a vigorar a partir do mês de janeiro de 2013. O aumento foi calculado de acordo com variação do INPC do período de 01 de janeiro de 2009 a 05 de maio de 2012, que somou um percentual de 20%, conforme tabela abaixo: Quadro: 17. Fonte: Lei N° 3.038/2012 50 Quadro :18. Fonte: Lei N° 3.038/2012 1.3.3 Controle de Qualidade da Água O conceito de qualidade da água está relacionado às características apresentadas pela água, determinadas pelas substâncias nela presentes. A potabilidade da água é aferida pelo atendimento dos valores máximos permitidos estabelecidos para cada parâmetro. O padrão de aceitação para consumo humano inclui VMP para diversas substâncias que podem provocar rejeição ao consumo em decorrência do aspecto estético da água, do gosto ou do odor. O controle de qualidade da água é feito dentro das normas do Ministério da Saúde e obedecendo as quantidades mínimas de amostragens de acordo com a Portaria 2.419 / 2011 que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Os padrões de potabilidade físico químico que correspondem aos parâmetros de pH, turbidez, cloro residual livre e cor, são analisados em intervalos de uma hora no laboratório da DIVAES de amostras coletadas na saída dos dois reservatórios do sistema principal. As amostras do sistema Jardim Novo Araguaia são analisadas duas vezes ao dia e as amostras do sistema do Buriti são analisadas uma vez ao dia somente no parâmetro de cloro residual livre. Já as amostras coletadas nas redes de abastecimento são enviadas a um laboratório terceirizado, que faz análises físico químicas e bacteriológicas uma vez por mês. Existe ainda uma análise semestral, que examina 4 parâmetros bacteriológicos e 73 parâmetros físico químicos. 51 A água distribuída para os consumidores de Alto Araguaia é captada em um manancial que até poucos anos atrás era bem preservado, dispensando o tratamento convencional. Contudo, com a implantação do sistema de transporte ferroviário e a construção do complexo industrial em nossa cidade, nosso ecossistema foi alterado, mudando as características da água. Outros fatores que podem influenciar na degradação do Córrego Gordura é o desmatamento das matas ciliares para plantação de pastagens e de lavouras e também a construção de represas na nascente do córrego. Ainda, as grandes plantações de cana-deaçúcar e de eucalipto é motivo de alerta, visto que essas culturas são praticadas muito próximas às nascentes e em áreas ciliares que vão perdendo sua extensão e ameaçando a perenidade de nossos rios. Mesmo com a constante fiscalização da Secretaria Municipal de meio Ambiente, que faz um notável trabalho de vigilância para evitar a degradação desses mananciais, muitas ações acontecem fora do alcance da fiscalização do município, que muitas vezes chegam a conhecimento por meio de denúncia, depois que pouco pode ser feito. 1.3.4 Definição dos principais Parâmetros de Qualidade da Água 1.3.4.1 Turbidez A turbidez é uma característica da água devida à presença de partículas em estado coloidal, em suspensão, matéria orgânica e inorgânica finamente dividida, plâncton e outros organismos microscópicos. Ela expressa a interferência à passagem de luz através do líquido, portanto, simplificadamente, a transparência da água. Valores de turbidez em torno de 8 UT ou menos são imperceptíveis visualmente. Águas represadas usualmente apresentam turbidez mais reduzida, decorrente da sedimentação das partículas em suspensão. Em geral, a turbidez da água bruta de mananciais superficiais apresenta variações sazonais significativas entre períodos de chuva e estiagem, o que exige atenção na operação da estação de tratamento de água. A turbidez da água bruta é um dos principais parâmetros de seleção de tecnologia de tratamento e de controle operacional dos processos de tratamento. Águasrepresadas usualmente apresentam turbidez mais reduzida, decorrente da sedimentação das partículas em suspensão. Na água filtrada, a turbidez assume uma função de indicador sanitário e não meramente estético. A remoção de turbidez por meio da filtração indica a remoção de 52 partículas em suspensão, incluindo cistos e oocistos de protozoários. Os critérios reconhecidos internacionalmente como indicadores da remoção de protozoários são Remoção/inativação conjunta, por meio da filtração–desinfecção, de99,9% (3 log) de cistos de Giardia: turbidez da água filtrada inferior a0,5 UT para a filtração rápida e 1,0 UT para a filtração lenta (2,5 log de remoção), complementada por desinfecção adequada para inativação equivalente a 0,5 logs, controlada pelo tempo de contato, residual de cloro livre e temperatura. Remoção de 99% (2,0 log) de oocistos de Cryptosporidium: turbidez da água filtrada inferior a 0,3 UT para a filtração rápida e 1,0 UT para a filtração lenta. 1.3.4.2 Cloro Residual Um dos mais importantes atributos de um desinfetante é sua capacidade de manter residuais minimamente estáveis após sua aplicação e reações na água, sendo esta uma das principais vantagens do cloro. Na saída do tanque de contato, a medida do cloro residual cumpre um papel de indicador da eficiência da desinfecção, devendo ser observado um mínimo de 0,5mg/L de cloro livre. No sistema de distribuição, a manutenção de residuais de cloro tem por objetivo prevenir a pós-contaminação, sendo sua medida também um indicador da segurança da água distribuída. No sistema de distribuição, deve ser mantido um teor de cloro residual livre de 0,2 mg/L. Portanto, em qualquer situação o cloro residual é um parâmetro indicador de potabilidade microbiológica da água. Em geral, considera-se que os problemas de odor e sabor na água são mais sentido sem concentrações acima de 1 mg/L e que nenhum efeito adverso à saúde é observado até teores de cloro livre de 5 mg/L (OMS, 1995). 1.3.4.3 Cor A cor é dada pela presença de substâncias dissolvidas, decorrentes da decomposição de matéria orgânica (plâncton, substâncias húmicas), pela presença de substâncias tais como ferro e manganês ou pela introdução de efluentes industriais. Quando a determinação da cor é realizada após centrifugação da amostra para eliminar a interferência de partículas coloidais e suspensas, obtém-se a cor verdadeira. Caso contrário, tem-se a cor aparente. Cor é um parâmetro essencialmente de natureza estética e componente do padrão de aceitação para consumo. Entretanto, a cor devida a substâncias orgânicas pode indicar a 53 presença de precursores de formação de trihalometanos, um subproduto tóxico da cloração. Cor elevada no sistema de distribuição pode ainda contribuir para o consumo do cloro residual. 1.3.4.4 pH O pH (potencial hidrogeniônico) da água é a medida da atividade dos íons hidrogênio e expressa a intensidade de condições ácidas (pH < 7,0) ou alcalinas (pH > 7,0). Águas naturais tendem a apresentar um pH próximo da neutralidade em decorrência de sua capacidade de tamponamento. Entretanto, as próprias características do solo, a presença de ácidos húmicos (cor intensa) ou uma atividade fotossintética intensa podem contribuir para a elevação ou a redução natural do pH. O valor do pH influi na solubilidade de diversas substâncias, na forma em que estas se apresentam na água e em sua toxicidade. Além disso, o pH é um parâmetro-chave de controle do processo de coagulação, fundamental para o bom desempenho de todo o processo de tratamento da água, e a cada água corresponderá um pH ótimo de coagulação. O condicionamento final da água após o tratamento pode exigir também a correção do pH para evitar problemas de corrosão. Mais importante, o pH é um parâmetro fundamental de controle da desinfecção, em um pH elevado a cloração perde eficiência. Na Portaria MS no 518/2004 recomenda-se o fornecimento de água em pH na faixa de 6,0 – 9,5. 1.4 PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL De acordo com o Termo de Referência da FUNASA para elaboração de Plano Municipal de Saneamento Básico, a sociedade deve participar durante todo o período de elaboração para que o processo seja democrático e reflita o interesse da sociedade em todas as áreas de abrangência do plano , que compreende o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, coleta e destinação de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais urbana. O Plano de Mobilização Social deve consistir em um constante fluxo de comunicação entre os grupos sociais e os comitês de coordenação e de execução do PMSB. Assim, a população estará em constante processo de atuação e envolvida de forma efetiva em todas as fases de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, obedecendo às diretrizes da 54 Lei n° 11.445/2007, que estabelece como princípio a participação da sociedade em todos os processos de elaboração do Plano. Para manter vivos na população o interesse e a vontade de participar do processo de elaboração do PMSB é preciso muita criatividade, que além de reuniões e audiências públicas, outros meios podem ser utilizados para garantir a participação da sociedade, como promoção de eventos, campanhas e a elaboração de materiais como brindes com temas relacionados ao saneamento. Para tornar a participação da sociedade mais abrangente, criamos um blog para que todas as ações de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico possam ser acompanhadas e onde os internautas podem participar ativamente por meio de comentários e também votando em enquetes. A área de abrangência do PMSB contempla toda extensão territorial do município de Alto Araguaia, que compreende a zona urbana, distritos, colônias e zona rural com população espaçada ou adensada. Para elaboração das mobilizações sociais o município de Alto Araguaia foi dividido de acordo com os sistemas de abastecimento de água, visto que os demais serviços de saneamento seguem os mesmos padrões de distribuição. O sistema principal de abastecimento que corresponde a parte central, os bairros Boiadeiro, Gabiroba, Atlântico, COHAB I e II, São Francisco de Assis, Primavera, Alvorada, Beira Rio, Aeroporto, Nossa Senhora Aparecida, e o bairro Professora Maria das Graças de Souza Pinto formam a área denominada 01, o bairro Jardim Novo Araguaia fica denominado como área 02, o Distrito do Buriti fica como área 03, o assentamento Córrego Rico é a área 04, o assentamento Gato Preto fica denominado área 05, a região do Paraíso denomina-se como área 06 e a Colônia do Ariranha denominamos de área 07, nas quais deverá acontecer as mobilizações sociais através de audiências públicas, reuniões, oficinas e ações voltadas para o saneamento. No dia 07 de janeiro de 2013 aconteceu a primeira reunião para tratar do PMSB de Alto Araguaia, com início às 16:20h, na UAB – Universidade Aberta do Brasil. O objetivo foi apresentar os membros dos comitês de execução e coordenação e discutir sobre as fases de elaboração. De acordo com a Portaria 599 e a portaria 600 da Prefeitura Municipal de Alto Araguaia, ambas de 14 de dezembro de 2012, foram nomeados os membros dos comitês para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia, com a seguinte 55 formação. Comitê de Coordenação: Clodomiro Pereira Valeiro, Luiz Carlos de Souza, Juldézio Borges de Oliveira, Vanderalques de Castro e Ondino Rodrigues Lima. Comitê de Execução: Jeane Oliveira Borges, Reginaldo Pinheiro, Wilson Ferreira Coelho Neto, Izabel Crhistina da Silva, Alberto de Jesus Araújo, Nelsoney da Costa Marques, Jefferson Luiz Berigo, Dimas Gomes Neto, Martha Silvia Maia Brandão, Sandra Paniago B. de Oliveira, Manoela Nunes de Souza e Sylvia Maia santos. Figura 13: André da FM Figura 14: Ondino R. Lima 1.4.1 Mobilização Social na Área 01 A primeira audiência publicado PMSB de Alto Araguaia aconteceu no dia 29 de janeiro de 2013, às 14:00h, no auditório da Câmara Municipal de Alto Araguaia, envolvendo vários segmentos da sociedade correspondentes à área 01, que compreende a parte central da cidade e os demais bairros integrados ao sistema principal de abastecimento de água, conforme mapa demonstrado nas figuras16 e 17. 56 Figura: 15 e 16 - Mapa do sistema principal de abastecimento de água: Área 01 A audiência pública teve o objetivo de esclarecer sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico, informando sobre a necessidade de sua elaboração, sobre as responsabilidades e atribuições do município desde o início da formulação do PMSB até sua aprovação. Foi explanado também sobre a importância da participação da população em todas as fases de elaboração do PMSB. Foi ainda apresentado o “Projeto de Reciclagem de Óleo”, que já é fruto do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia. O “Projeto de Reciclagem de Óleo” tem como objetivo principal evitar que o óleo saturado seja jogado nas redes de esgoto para que não haja problemas de obstrução e rompimento nas redes e para que o produto não chegue até a estação de tratamento, o que implicaria em aumento no consumo de produtos químicos, onerando as despesas com o processo de tratamento do esgoto. Figura 17. Nelsoney da Costa Marques Figura 18. Nelsoney da Costa Marques 57 Convocação/divulgação Rádio Blog do PMSB e site da Prefeitura. Convite com protocolo de recebimento. Público atingido Sociedade em geral. Sociedade em geral. Representantes do poder executivo, legislativo, judiciário, de ONGs, da educação, do comércio e vários setores da sociedade. Comparecimento 68 pessoas, conforme lista de presença. Conclusão Nenhuma autoridade convidada apareceu, exceto os vereadores. Notouse maior interesse por parte alunos e professores, especialmente da Escola Carlos Hugueney e José Inácio Fraga. Quadro 19. 1.4. 1.2 Plantio de Mudas na Nascente do Córrego Gordura Outra mobilização social envolvendo a comunidade da Área 01 foi realizada no dia 09 de maio de 2013, envolvendo alunos e professores da Escola Municipal José Inácio Fraga, representantes, da imprensa, da Divisão de Água e Esgoto, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da ONG ACENAT e o dono da propriedade. A ação foi realizada na área onde esta localizada a principal nascente do Córrego Gordura, manancial responsável pelo abastecimento de água do município, localizada nas coordenadas geográficas: S 17°25’49.98” W 53°20’20.03”. O local em que foi feito o plantio das mudas é uma área degradada pelo mau uso e falta de proteção e conservação do solo e da vegetação o que causou a secagem da represa que foi construída no final da década de 1980 pelo antigo dono da propriedade. O atual proprietário da fazenda explicou hoje é dono de uma área de 3.000 hectares que adquiriu em 2008 e que está disposto a contribuir para recuperar a área degradada. Antes de iniciar os serviços de plantio das espécies nativas do cerrado pelos alunos e os demais participantes, o presidente da ACENAT apresentou uma palestra sobre educação ambiental, onde foi explanado sobre a importância da conservação das nascentes e outros assuntos relacionados a questões ambientais. 58 Figura 19. Nelsoney da Costa Marques Figura 20. Nelsoney da Costa Marques Convocação/divulgação Público atingido Comparecimento Informal, pessoalmente Alunos e 29 pessoas, e por telefone professores, conforme lista de servidores públicos, presença. ONGs, proprietário da área reflorestada. Quadro 20 1.4.1.3 Conclusão Boa participação, principalmente da área da educação. 111 mudas plantadas. Audiência Pública Para Apresentação do Diagnóstico Técnico/Participativo e Discussão Sobre Prognóstico No dia 29 de novembro de 2013, às 10 horas, no auditório da Câmara municipal de Alto Araguaia aconteceu a segunda Audiência Pública para tratar do Plano Municipal de Saneamento Básico. Os trabalhos desenvolvidos foram a apresentação do diagnóstico técnico/participativo e a elaboração do prognóstico, que de acordo com a determinação da Lei nº 11.445/2007, deve ser feito com a participação da sociedade. No decorrer da audiência, foi apresentado o diagnóstico e indagado se alguém tinha algum questionamento ou alguma contribuição acerco do que fora exposto. Logo em seguida, começou a discussão para levantar quais seriam os anseios da sociedade em relação aos serviços de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de resíduos sólidos e de drenagem de águas pluviais urbanas. No decorrer das atividades várias ideias surgiram e foram amplamente discutidas e anotadas em ata, para fazer parte do diagnóstico participativo para elaboração do PMSB de Alto Araguaia. 59 A Audiência Pública teve um bom número de participantes, com a presença de professores da UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso, da Escola Estadual Carlos Hugueney, de alunos da rede estadual e de representantes da sociedade civil de Alto Araguaia. Figura 21. Do autor. Figura 22. Do autor. 1.4.2 Mobilização Social na Área 02 (Jardim Novo Araguaia) O bairro Jardim Novo Araguaia está localizado a 3.500 metros do centro da cidade de Alto Araguaia e, de acordo com dados do IBGE há 73 residências com 212 habitantes. O bairro Jardim Novo Araguaia foi criado no final da década de 70 mas só nos últimos anos vem aumentando seu desenvolvimento, com construções de novas moradias e empreendimentos comerciais. Figura 23 Figura 24 60 A reunião para discutir sobre a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia no bairro Jardim Novo Araguaia aconteceu no dia 22 de junho de 2013, na sede da Associação de Moradores do referido bairro, iniciando às 17:20 h. e terminando 18:04 h, conduzida pelo Coordenador do Comitê de Execução do PMSB. Na pauta, foi elucidado sobre a Lei 11.445/2007, esclarecendo aos moradores a importância da participação da população em todas as fases de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico. Os participantes foram ouvidos e entre as principais reclamações estavam a coleta de lixo, que de acordo com relato dos moradores, naquele bairro só acontece uma vez por semana. Os moradores também pediram que as ruas fossem nomeadas para facilitar a localização. Foi lembrado também que não existe redes coletoras nem tratamento de esgoto no bairro Jardim Novo Araguaia. Foi discutido ainda na reunião sobre a Política de Saneamento, que na ocasião, moradores reclamaram sobre o preço da taxa de coleta de lixo. Foi esclarecido também sobre a cobrança de tarifa da água, que até então, considerando a qualidade e quantidade de água distribuída, a cobrança só é feita aos consumidores com tipo de “economia” comercial. Ficou assim explicado que com a construção da Estação de Tratamento de Água e ampliação das redes, que levará água tratada até o bairro Jardim Novo Araguaia, a água será tarifada e cobrada de acordo com a lei municipal que regulariza os serviços de água e esgoto deste município. Figura 25. do autor Figura 26. do autor Outro assunto abordado na reunião foi sobre a reciclagem de óleo de cozinha usado, ficando esclarecido que já existe um projeto em andamento, que contempla tanto a coleta do óleo de cozinha usado, quanto seu aproveitamento para fabricação de sabão e produtos de 61 limpeza, através de cursos promovidos pela Prefeitura Municipal de Alto Araguaia, para atender toda a população, assim como para promover a capacitação profissional dos servidores públicos municipal. Convocação/divulgação Divulgação no Site da Prefeitura, no Blog do PMSB e em redes sociais e por telefone, Público atingido Comparecimento Moradores do Bairro 26 pessoas, Jardim Novo conforme lista de Araguaia, presença. representantes políticos e a sociedade em geral. Conclusão Boa participação, vários moradores contribuíram através de questionamentos e sugestões. Quadro 21 1.4.3 Mobilização Social na Área 03 (Distrito do Buriti) O Distrito do Buriti, localizado a 99 quilômetros do centro de Alto Araguaia, foi sede de mais uma reunião do comitê de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia, que aconteceu no dia 12 de junho de 2013 na Escola Estadual Onecidio Manoel de Rezende, com início às 10:04h e término às 10:38h, para tratar de assuntos pertinentes aos quatro eixos do saneamento. Figura 27 Figura 28 A reunião começou com a exposição da necessidade de se elaborar o PMSB, de acordo com a determinação da Lei 11.445/2007. Foi enfatizado também sobre a importância da participação da população em todas as fases de elaboração do plano, pois é através da participação da sociedade que será feito o diagnóstico dos serviços existente e elencado propostas para melhorias nos serviços de saneamento. 62 Figura 29 Figura 30 Ao ouvir os participantes, notamos que um dos maiores problemas era quanto ao esgotamento sanitário e sobre a qualidade da água de abastecimento. O sistema de saúde também foi discutido na reunião. Depois de discutido os assuntos propostos acerca do saneamento e esclarecido todas as questões levantadas pelos representantes do Distrito do Buriti a reunião foi encerrada. 1.4.4 Mobilização na Área 04 (Região do Córrego Rico) Figura 31 . Figura 32 . No dia 30 de janeiro de 2013, as 14:00h foi realizado na sede do assentamento Córrego Rico uma reunião para tratar da elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia, com a participação do presidente da associação, com grande número de sitiantes assentados na região do Córrego Rico, com representante do poder executivo e do legislativo de Alto Araguaia e os membros dos comitês de elaboração do PMSB. 63 A reunião teve como principais objetivos informar aos assentados do Córrego Rico sobre a da elaboração do PMSB de Alto Araguaia e a importância da participação de toda população durante todas as etapas do processo de elaboração, visto que o plano abrange não somente as áreas urbanas como também as áreas rurais, compreendendo todo o território do município. Outro assunto discutido foi a distribuição de água tratada para atender todos os assentados daquela região. Na ocasião, foi feito um cadastro com nome da propriedade, nome do proprietário e a situação de cada sítio em relação ao abastecimento de água potável, em que todos os assentados presentes foram ouvidos e toda manifestação registrada através de ata elaborada e assinada por todos presentes na reunião. Figura 33. Figura 34. 1.4.5 Mobilização na Área 05 (Região do Gato Preto) Figura 35. Figura 36. Aos 18 de outubro de 2013, às 09:05h membros do comitê de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia realizaram uma reunião com professores, 64 alunos e moradores da região do Gato Preto na Escola Municipal Aníbal Pereira Júnior. Os principais assuntos debatidos foram sobre abastecimento de água e sobre resíduos sólidos, onde os participantes da reunião deram suas contribuições acerca dos temas discutidos. No diagnóstico participativo sobre abastecimento de água, ficou claro que a região do Gato preto não precisa de construção de obras de sistemas de distribuição de água, visto que não há escassez, nem água de má qualidade em nenhuma propriedade. Notamos que grande parte dos moradores usam água córregos ou de poços artesianos, que são perenes durante todos os períodos do ano e apresentam uma boa qualidade, necessitando apenas de adição de cloro para desinfecção. Durante a reunião podemos constatar, através da participação dos moradores ali presentes, que na parte de resíduos sólidos ainda não existe uma solução adequada para coleta nem destinação final de forma adequada para os resíduos ali produzidos. Existe a conscientização de se fazer um manejo sustentável de resíduos sólidos, visto que a população fez vários questionamentos a esse respeito, e na ocasião, cobraram a construção de um ponto de coleta para resíduos sólidos para atender toda região do Gato Preto. Figura 37. Figura 38. 65 1.4.6 Mobilização na Área 06 (Região do Paraíso) Figura 39. Figura 40. No dia 16 de maio de 2013foi realizada uma reunião na Escola Municipal Patrocínio Joaquim Dias conduzida pelos membros do comitê de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia com a participação dos servidores lotados naquela instituição e com moradores da região do Paraíso. Um dos assuntos discutidos foi a questão dos resíduos sólidos produzidos na escola e na região. Os resíduos de lavoura também foi foco de discussão, e na oportunidade, visitamos uma fazenda para averiguar sobre o assunto discutido, onde constatamos a prática de queima dos vasilhames de agrotóxicos. Foi lembrado ainda que a escola trabalha com o sistema de compostagem dos resíduos orgânicos, que são usados na adubação de hortaliças nas aulas de práticas agrícolas. A questão do abastecimento de água também foi discutida sem nenhuma reclamação, visto que a água naquela região apresenta características físico/química que asseguram sua potabilidade, de acordo com análise feita em amostras coletadas no poço artesiano que abastece a escola e também da água de um córrego que abastecesse algumas propriedades rurais. O projeto de reciclagem de óleo também foi abordado na reunião, em que foi exposto os propósitos desse projeto e apontado a participação da escola na coleta de óleo usado. Outro ponto discutido foi o blog do PMSB de Alto Araguaia, que dispõe de informações a respeito do andamento da elaboração do plano, expõe as atas das reuniões e muitos outros assuntos a respeito do saneamento. 66 Figura 41. Figura 42. 1.4.7 Mobilização na Área 07 (Colônia do Ariranha) Membros do comitê de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia estiveram no dia 18 de outubro de 2013 na Colônia do Ariranha para reunirem-se com os moradores daquela região. A reunião aconteceu a partir das 11:03h na Escola Municipal Joaquim Estevão de melo e contou com a participação de professores, alunos e moradores. Na reunião foi esplanado sobre a necessidade da participação da sociedade durante todas as fases de elaboração do PMSB. Dos assuntos abordados o que mais se destacou foi a necessidade da cosntrução de um poço artesiano e instalação de redes de abastecimento de água para atender os moradores, que ainda são abastecidos em suas residências por meio de uma bomba carneiro, que bombeia a água através de mangueiras de irrigação diretamente para as casas daquele povoado. Assim, de acordo com os participantes da reunião, eles esperam que medidas sejam tomadas no sentido de contruir um poço artesiano, um reservatório e redes de abastecimento que atenda a escola e todos os moradores com água de qualidade e quantidade suficiente para garantir a saúde e o bem estar de todos. 67 Figura 43. Figura 44. 1.4.8 Mobilização Através dos Meios de Comunicação em Massa Além de audiências públicas e reuniões, realizadas com objetivo de envolver a população em todas as etapas de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia, colocamos a disposição da população um blog com publicação de todas as atividades relacionadas ao PMSB, onde o internauta pode acompanhar a evolução da elaboração através dos materiais publicados, como ata das reuniões e audiências públicas, fotografias de todos estes eventos e de enquetes, onde a população tem a liberdade de opinar através do voto sobre assuntos relacionados ao saneamento. O blog foi criado no mês de janeiro de 2013 e até início do mês de dezembro teve mais de 3.000 acessos. Outro meio de comunicação usado para difundir as informações durante a elaboração do PMSB foi o site oficial da Prefeitura Municipal de Alto Araguaia e outros sites de notícias de nosso município, assim como o rádio e a rede de TV local. Quadro 22. 68 1.5 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 1.5.1 Sistema de Abastecimento Principal Os sistemas de produção e distribuição de água da cidade de Alto Araguaia, segundo estudos baseados no crescimento populacional e no desenvolvimento da cidade, não garantem mais o abastecimento para toda a população sem que haja ampliações na captação e distribuição em curto prazo, para atender a demanda de toda população. Assim, para garantir o acesso a um serviço de qualidade e quantidade necessárias, várias obras precisam ser edificadas nos sistemas de abastecimento de água, como ampliação da captação e das redes de abastecimento e um sistema de tratamento para garantir a qualidade da água, que recebe apenas a etapa de desinfecção. A capacidade de produção do sistema principal de abastecimento é de 208m³ / hora, captada no córrego Gordura e transportada para dois reservatórios com capacidade para 500.000 litros cada, através de duas adutoras, uma construída com tubos de ferro galvanizado de 200 mm e outra com tubos de PVC defofo de 160 mm. Nos reservatórios é feito apenas uma etapa do tratamento com hipoclorito de Cálcio para desinfecção da água a ser distribuída para a população. O sistema de distribuição é feito por gravidade para a parte baixa da cidade, que corresponde aos bairros: Boiadeiro, Centro, Gabiroba, Atlântico, COHAB I e II, São Francisco de Assis, Primavera, Alvorada, Beira Rio e por meio de pressurização para a parte alta, que corresponde aos bairros: Aeroporto, Nossa Senhora Aparecida e Professora Maria das Graças de Souza Pinto. O sistema de pressurização é composto por quatro conjuntos de moto bomba, sendo que dois conjuntos estão ligados a um reservatório e outros dois conjuntos ao outro reservatório. Assim, sempre tem dois conjuntos de moto bomba em funcionamento, visto que cada reservatório possui uma adutora pressurizada com saída para sentidos diferentes, sendo uma de 110 mm e outra de 160 mm. Existe ainda uma adutora de 250 mm com saída para parte baixa da cidade, onde a distribuição é feita por gravidade. As redes de abastecimento de água são compostas por tubos de PBA e de PVC, com profundidade variável entre 60 cm até 2 metros, formando uma malha de 71.630,04 quilômetros de extensão. Essas partes mais profundas são resultantes de aterros feitos em obras de terraplanagem para pavimentação. O diâmetro das redes de abastecimento é de 250 e 69 200 mm para adutora principal, de 160 mm para adutoras secundárias ou sub adutoras e de 110 mm e 60 mm para as demais redes de distribuição, de onde derivam os ramais das ligações prediais que são feitos com tubos de PVC de 25 mm e em algumas ligações com mangueiras de PEAD de alta resistência. Existem ainda, em raros casos ligações antigas feitas com tubos de ferro galvanizado, assim como há também dois pequenos trechos de rede de 60 mm, feita com tubos de amianto localizados na Rua João II e na Rua Rio Branco. Existe ainda, um trecho de 125,23 m de rede de tubos de 110 mm de ferro galvanizado, que abastece um reservatório no pátio da Prefeitura Municipal. Os dois reservatórios de água possuem capacidade para 500.000 litros cada. Um foi construído no ano de 2005, feito com chapas de aço especial e se encontra em bom estado de conservação (reservatório 02). Todavia, vale ressaltar que esse reservatório não pode ser usado em sua capacidade máxima, visto que está interligado ao outro que se encontra em desnível de terreno. O outro reservatório (01) foi construído na época da fundação da companhia de água, antiga SANEMAT, entre o final da década de 70 e início da década de 80. Sua edificação é de concreto armado, desde a fundação, até a cobertura e encontra-se em estado de alerta, visto que parte da ferragem da estrutura está oxidando, provocando pequenas fissuras no concreto. O fundo do reservatório 01 também apresenta problemas de rachaduras que resulta em vazamento de água contínuo, mas em pequena quantidade, o que requer uma avaliação técnica para que possa ser feito os reparos necessários. Figura 45. Reservatório 01 figura 46. Reservatório 02 De acordo com informações de antigos moradores, nas primeiras décadas da fundação de Alto Araguaia o abastecimento de água era feito em sistemas isolados por meio de cisternas, também conhecidos por cacimbas, que são pequenos poços em formato circular, que com poucos metros de escavação alcançam o lençol freático represando uma quantidade de 70 água sem interromper o curso do lençol freático, o que gera uma quantidade suficiente para abastecer uma casa. Esse sistema de abastecimento foi utilizado sem oferecer problemas de potabilidade por várias décadas, depois, com o aumento de construções de casas as cisternas não eram mais uma fonte de água segura, pois o sistema de esgotamento sanitário também era feito da mesma forma, só que, em escavações mais superficiais. No início da década de 70 foram construídos dois poços artesianos que abasteciam um reservatório localizado na parte central da cidade, no pátio da Prefeitura Municipal, que distribuía água para uma pequena parte da população do centro da cidade. Agora, os poços estão desativados e o reservatório abastece apenas as instalações do prédio da prefeitura. Figura 47. Poço artesiano da década de 70. Foto do autor De acordo com informações obtidas de dois ex-funcionários da SANEMAT, que são servidores aposentados pelo estado de mato Grosso, o sistema de abastecimento de água de Alto Araguaia começou a ser construído em 1.978. Segundo um dos informantes, Sr. Wilson Nascimento da Silva, mais conhecido como Vivi, o sistema de captação de água no Córrego Gordura, a adutora, o reservatório e o escritório comercial da SANEMAT ficaram prontos para entrar em funcionamento de forma definitiva em maio de 1.980 com uma equipe de cinco funcionários. Segundo informações de outro funcionário da época, Sr. Abel José Velasco, que era responsável pela captação de água, no período de 1.980 até 1.985 a água era bombeada para o reservatório por um conjunto de moto bomba movido a diesel, que segundo ele funcionava de forma insatisfatória, causando por muitas vezes a interrupção no fornecimento de água. No início do ano de 1.985 esse conjunto de moto bomba a diesel foi substituído por dois conjuntos elétricos que ainda estão em funcionamento, integrados a mais um conjunto que foi adquirido no ano de 2005 para abastecer um novo reservatório por uma adutora construída com tubos de PBA de 160 mm. 71 Figura 48 e 49. Estação de Captação do Córrego Gordura – foto do autor REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - SISTEMA PRINCIPAL DESCRIÇÃO MATERIAL DIÂMETRO EXTENSÃO / MTS. REDE ADUTORA PBA 250mm 869,29 REDE ADUTORA PBA 200mm 376,31 REDE DISTRIB. PBA 160mm 1.956,94 REDE DISTRIB. DEFOFO 160mm 2.797,96 REDE DISTRIB. PBA 110mm 7.610,13 REDE DISTRIB. FERRO GALV. 110mm 125,23 REDE DISTRIB. PBA 85mm 1.738,80 REDE DISTRIB. PBA 60mm 54.785,42 REDE DISTRIB. AMIANTO 60mm 636,28 REDE DISTRIB. PVC 32mm 102,12 REDE DISTRIB. PVC 25mm 325,38 REDE DISTRIB. PVC 20mm 306,18 MEDIDA TOTAL DAS REDES DE ABASTECIMENTO 71.630,04 Quadro 23. REDESADUTORAS DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA BRUTA - SISTEMA PRINCIPAL DESCRIÇÃO MATERIAL DIÂMETRO EXTENSÃO / MTS. ADUTORA FERRO GALV. 200mm 1.125,43 ADUTORA DEFOFO 160mm 1.145,15 EXTENSÃO TOTAL DAS REDES ADUT. CAPT. ÁGUA BRUTA 2.270,58 Quadro 24. 72 1.5.2 Sistema de Abastecimento Jardim Novo Araguaia Outro sistema de distribuição de água está localizado no bairro Jardim Novo Araguaia. Sua captação é feita no córrego Sapé e transportada através de uma adutora de 110 mm para um reservatório elevado feito de concreto armado na propriedade da Dona Neuza Marques Soares, viúva do Sr. Bailon Francisco Rosa, fundador do bairro Jardim Novo Araguaia. De acordo com D. Neuza, eles se mudaram da cidade de Campo Grande - MS para Alto Araguaia no ano de 1978, quando adquiriram aquela área e lá estabeleceram residência fazendo logo em seguida o loteamento, que originou o bairro Jardim Novo Araguaia. Nos primeiros anos os poucos moradores não contavam com um sistema de água potável, a água era trazida do Córrego Monjolinho através de uma roda d água que por meio de mangueiras chegava diretamente até as casas. No ano de 1.980, segundo D. Neuza, seu esposo construiu um reservatório de concreto que ainda está em funcionamento, mas a água ainda chegava pelo antigo sistema de roda d água. Só em 1.990 que foi construído um sistema de captação com um poço de sucção e a água passou a ser então bombeada por um conjunto de moto bomba elétrico, com capacidade para suprir toda demanda de água até os dias atuais. O sistema de adução é feito por uma malha de tubos de PBA de 110 mm até o reservatório, onde é feito a desinfecção com Hipoclorito de Cálcio e distribuída para a população por meio de redes de tubos de PVC de 60 mm, de onde derivam as ligações prediais para cada residência. Vale lembrar, que por falta de um sistema de redes de abastecimento em todas as ruas, ainda existem algumas ligações feitas com mangueiras que derivam diretamente da adutora, causando constantes vazamentos devido a fragilidade desse tipo de material, o que resulta em contaminação da água das ligações que foram feitas diretamente da adutora. REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - SISTEMA JARDIM NOVO ARAGUAIA DESCRIÇÃO MATERIAL DIÂMETRO EXTENSÃO / MTS. REDE DISTRIB. PBA 60mm 4.748,51 REDE DISTRIB. PVC 50mm 260,80 REDE DISTRIB. PVC 25mm 152,36 MEDIDA TOTAL DAS REDES DE ABASTECIMENTO 5.161,67 Quadro 25. 73 REDEADUTORA DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA BRUTA - JARDIM N. ARAGUAIA DESCRIÇÃO MATERIAL DIÂMETRO EXTENSÃO / MTS. ADUTORA PBA 110mm 1.348,05 EXTENSÃO TOTAL DAS REDES ADUT. CAPT. ÁGUA BRUTA 1.348,05 Quadro 26. 1.5.3 Sistema de Abastecimento Distrito do Buriti Para se chegar a um sistema de abastecimento de água com capacidade para atender uma demanda de 74 ligações entre consumidores na zona urbana e na rural foi um caminho de árduo labor, sempre contando com a participação da comunidade daquela região para executar os serviços. Segundo informações obtidas em pesquisa de campo, o Distrito do Buriti originou-se com a construção de uma pequena escola nas proximidades do Ribeirão do Buriti para atender a comunidade rural daquela região. De acordo com o Sr. Erminio Augusto do Nascimento, pioneiro daquele povoado, no ano de 1.970 ele construiu sua casa próximo à escola e pediu providências ao prefeito de Alto Araguaia no sentido de abertura de uma rua, pois outras famílias também queriam assentar moradia ali para facilitar o acesso de seus filhos à escola. No início do povoamento, os poucos moradores utilizavam do Ribeirão do Buriti para desenvolver suas atividades cotidianas, onde eles lavavam roupas, louças, tomavam banho e ainda transportavam água para o consumo em suas casas. Só em 1983 surgiu a ideia de canalizar a água de uma nascente na Serra Preta. A ideia foi colocada em prática e os moradores passaram a receber água encanada em mangueiras de irrigação que funcionou por cerca de uma década. Todavia, esse sistema passou a ser insuficiente visto que a população aumentou e a demanda por água passou a ser maior que a capacidade de produção, deu então início à escavação de um poço artesiano, que segundo o Sr. Erminio, houve muitas complicações por encontrarem várias camadas de rocha o que dificultava aprofundar e encontrar água, até que em uma profundidade de 150 metros uma pequena veia de água foi atingida, mas não foi suficiente. Depois de mais 10 metros de escavação foi encontrado uma camada de ouro, o que dificultou ainda mais, pois danificava os equipamentos de perfuração. Assim, com mais alguns metros furados sem obter sucesso, o poço foi abandonado e até o momento ainda jorra uma pequena quantidade de água que atingem um filete de menos de 20 mm de uma água salobra que não serve para ser consumida. 74 O sistema de captação e distribuição de água com capacidade e qualidade adequadas para atender toda população do Buriti só foi construído no ano de 1994, composto por duas captações na Serra Preta, localizada a sete quilômetros do reservatório aonde a água chega por queda natural através uma adutora de tubos de PVC de 60 mm. A distribuição da água é feita sem a necessidade de bombeamento, visto que o reservatório foi construído em um ponto estratégico que consegue suprir as ligações em todos os pontos da cidade. REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - DISTRITO DO BURITI DESCRIÇÃO MATERIAL DIÂMETRO EXTENSÃO / MTS. REDE DISTRIB. PBA 60mm 2.991,04 EXTENSÃO TOTAL DAS REDES ADUT. CAPT. ÁGUA BRUTA 2.991,04 Quadro 27. REDEADUTORA DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA BRUTA - DISTRITO DO BURITI DESCRIÇÃO MATERIAL DIÂMETRO EXTENSÃO / MTS. ADUTORA PVC 60mm 7.000,00 ESTENSÃO TOTAL DAS REDES ADUT. CAPT. ÁGUA BRUTA 7.000,00 Quadro 28. 1.5.4 Outros Sistemas de Abastecimento Isolados Em Alto Araguaia existem outros sistemas de abastecimento que não fazem parte do controle de monitoramento da Prefeitura Municipal, que são poços artesianos no distrito industrial que servem somente à dona de sua concessão, como nas empresas que estão instaladas no terminal ferroviário, os quais são monitorados pelas próprias firmas, que fazem o controle da qualidade da água para que possam manter a licença de funcionamento dos poços. Existem também alguns poços semi artesianos em um posto de combustível localizado fora do perímetro urbano da cidade e em algumas propriedades rurais, os quais não são monitorados. Na Colônia da Ariranha, comunidade criada na década de 70, o abastecimento de água é feito por meio de distribuição direta para cada consumidor, onde a água é bombeada por meio de duas bombas tipo carneiro diretamente para os reservatórios das residências e das construções de uso coletivo, que consiste em uma escola municipal e um posto de saúde. Há também nessa comunidade, um poço artesiano que abastece somente a igreja católica e o salão paroquial, o qual não é feito nenhum tipo de monitoramento da qualidade da água. 75 Conforme conversa com moradores locais notamos que não há necessidade de investimentos para aumentar a capacidade de produção de água, que é de 10m³ por dia, visto que ali restam poucos moradores e assim a demanda não tende a aumentar. Figura 50 e 51. Casas abandonadas na Colônia da Ariranha – fotos do autor Atualmente mora na Colônia da Ariranha apenas 15 pessoas, constituindo 4 famílias, os outros usuários são os alunos que moram em fazendas e vem estudar na Escola Municipal Joaquim Estevão de Melo, além de alguns usuários casuais, que migram para essa comunidade em épocas de feriado ou para participarem de festividades religiosas que acontecem na paróquia da igreja católica. Esse sistema de abastecimento não mantém um monitoramento da qualidade da água. Foi feito somente uma coleta de amostra na captação no dia 26/09/2012 para fins de determinar a potabilidade em que o resultado foi negativo para a amostra analisada, pois mesmo se tratando de água captada diretamente de uma nascente dentro da rocha, havia presença de coliformes totais e coliformes fecais, tornando-a imprópria para consumo humano sem que seja feito tratamento. Assim, vê-se a necessidade de construir um reservatório onde a água possa ser submetida a um processo de desinfecção para depois ser distribuída. Figura 52 e 53. Sistema de abastecimento da Colônia da Ariranha – fotos do autor 76 Outro sistema de isolado está na comunidade do Gato Preto, onde o abastecimento é feito através de um poço artesiano, em que somente a Escola Municipal Aníbal Pereira Júnior é abastecida por esse sistema, o qual não possui controle de qualidade da água. Nesse sistema a água é coletada no poço e armazenada em um reservatório de fibra de vidro, de onde segue para as instalações sem nenhum tipo de tratamento. Existe também um sistema de captação alternativo através de uma roda d`água instalada no Córrego Edinho à 2500 metros, que abastece a escola no caso de falta de energia por tempo prolongado ou quando ocorre algum defeito no sistema de bombeamento no poço artesiano. Figura 54 e 55. Sistema de abastecimento do Gato Preto – fotos do autor O assentamento Gato Preto foi consolidado no ano de 2001, quando o INCRA, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária distribuiu 87 lotes aos trabalhadores “sem terra” daquela região. A principal atividade dos sitiantes é a criação de gado leiteiro em que a maior parte do leite produzido é armazenada em resfriadores comunitários, de onde segue a cada três dias para um laticínio na cidade de Ponte Branca-MT. Outras atividades é a criação de animais de pequeno porte e plantações para subsistência. O abastecimento de água nos sítios do Assentamento Gato Preto é feito através de bombeamento por rodas d`água, visto que se trata de uma região com recursos hídricos em abundância. Todavia, por se tratar de terras montanhosas, os rios e córregos são de difícil acesso, assim em muitas propriedades o abastecimento é feito por meio de poços artesianos, que soma um total de 31 poços distribuídos nas propriedades onde a captação da água dos córregos se torna inviável. Quanto aos padrões de potabilidade, foi notado, através de análises físico química que os poços artesianos produzem água de melhor qualidade nos parâmetros 77 cor e turbidez, já o pH das águas dos córregos está mas dentro dos padrões de potabilidade do que a água de poços artesianos. Existem ainda comunidades que não possuem sistema coletivo de distribuição de água potável, e é de responsabilidade do município promover ações de saneamento para garantir a saúde pública tanto na zona urbana, quanto na zona rural onde haja necessidade coletiva, e esse serviço ainda tem uma cobertura muito inexpressiva em todo território nacional. A lei 11.445/2007, lei do Saneamento, estabelece que o Plano municipal de Saneamento Básico deve abranger todo o território do município, compreendendo as áreas urbana e rural. O Assentamento Córrego Rico, com sede localizada a 21,70 quilômetros do centro de Alto Araguaia possui 47 propriedades com cerca de 30 hectares cada, das quais todas apresentam problemas de abastecimento de água, pois apesar de existir 04 córregos naquela região, a água não é de qualidade nem quantidade suficiente para atender toda aquela comunidade, visto que esses recursos hídricos existentes apresentam níveis de degradação que crescem a cada dia, provenientes de ações agrícolas e da pecuária, que ocasionam assoreamento e aumento na turbidez das águas, assim como a contaminação por fertilizantes e agrotóxicos, tornando a água inadequada para o consumo humano. Na região do Rio do Peixe, localizada à161 quilômetros da zona urbana da cidade de Alto Araguaia, sendo 51 quilômetros através da rodovia MT 100 e 110 quilômetros pela MT 465, há um sistema de abastecimento de água que abastece a Escola Municipal Manoel Martins, o centro de saúde, a igreja católica, o centro comunitário e uma propriedade rural. As demais propriedades da região são na maioria abastecidas por córregos que fazem parte da Bacia do Paraguai, como o Córrego da Aldeia, Córrego do Angico, Córrego da Paca, Córrego Jararaca, Córrego da Barraquinha, Córrego do Lazinho, e outro que formam o Rio do Peixe. Existem algumas fazendas que são abastecida por poços artesianos, que de acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura, totaliza 9 propriedades abastecidas por poços artesianos. Existe ainda na região, segundo informação de moradores do Rio do Peixe, uma invasão de propriedade, onde residem 5 famílias em situação irregular de ocupação, das quais uma também é abastecida por um poço artesiano perfurado na propriedade invadida. De acordo com moradores, alguns poços da região do Rio do Peixe produzem água salobre, imprópria para o consumo humano. Todavia, foi coletada amostras de água na saída do poço artesiano que abastece a Escola Municipal Manoel Martins e os demais prédios 78 comunitários, das quais foram analisados os parâmetros: Turbidez, cloro residual livre, pH, cor, coliformes totais e coliformes fecais, conforme resultado na tabela abaixo: Data da coleta 10/05/2013 Hora da coleta 13:00 Turbidez Cloro pH Cor Coliformes Coliformes residual totais fecais VMP VMP VMP VMP VMP VMP 5,00 0,20/5,00 6,00/9,00 15,00 AUSENTE AUSENTE RESULT RESULT RESULT RESULT RESULT RESULT 0,02 0,00 5,18 0,00 Ausente Ausente Quadro 29. O abastecimento de água na região do Paraíso é feito através de poço artesiano para a Escola Municipal, que atende cerca de 80 pessoas, entre alunos e servidores públicos, nas propriedades rurais daquela região o abastecimento é feito na maioria através de córregos que são abundantes e com águas de boa qualidade. Data da coleta 16/05/2013 Hora da coleta 13:00 Turbidez Cloro pH Cor Coliformes Coliformes residual totais fecais VMP VMP VMP VMP VMP VMP 5,00 0,20/5,00 6,00/9,00 15,00 AUSENTE AUSENTE RESULT RESULT RESULT RESULT RESULT RESULT 0,00 0,00 5,31 0,00 Ausente Ausente Quadro 30. 1.6 DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS De acordo com a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2.010, considera-se como Resíduos Sólidos as matérias, substâncias, objetos ou bens descartados que resulte das atividades do homem em sociedade, tanto em estado sólido, semissólido, gasoso em recipientes e líquidos, que sejam inviáveis de ser lançados na rede pública de esgotos ou em corpos d`água. Assim sendo, todo Resíduo Sólido que produzimos, tanto os domiciliares, comerciais, ou industriais, devem ter um sistema de manejo adequado, que envolve desde a forma de armazenamento, de coleta, transporte até sua destinação final. No município de Alto Araguaia, de acordo com informação da Secretaria Municipal de Infraestrutura, órgão responsável pelos serviços de limpeza urbana, a produção per capta de resíduos sólidos urbano é de 0,88 kg/hab./dia e o manejo desses Resíduos Sólidos é feito de forma centralizada pela Prefeitura Municipal, que coleta os resíduos domiciliares e comerciais todos os dias úteis da semana. Na zona industrial, que compreende principalmente 79 ao Terminal Ferroviário, a coleta dos resíduos considerados comuns, é feita duas vezes por semana, os demais resíduos, considerados contaminantes, são coletados por empresas especializadas. Os resíduos resultantes de varrição das ruas são coletados diariamente, já os resíduos provenientes de poda de árvores e capina de quintais, assim como os entulhos em pequenas quantidades são coletados pelas equipes de limpeza da prefeitura diariamente. Já os entulhos de quintais e resíduos da construção civil são de responsabilidade de quem o produz, ficando obrigado a contratar uma empresa particular para removê-los e dar uma disposição final em local adequado. Resíduos Domésticos Coletados em Residências e Comércios Toneladas Toneladas toneladas toneladas por dia por semana por mês por ano 14,57 72,88 291,52 3.496,80 Quadro 31. Coleta de Resíduos domésticos. Elaborada pelo autor Resíduos de Galhos e Capina M³ M³ M³ M³ por dia por semana por mês por ano 12,5 62,5 250 3.000 Tabela 32. Coleta de Resíduos de Galhos e Capina. Elaborada pelo autor Resíduos de Entulho e Varrição toneladas Toneladas toneladas toneladas por dia por semana por mês por ano 4 20 80 960 Tabela 33. Coleta de Resíduos de Entulho e Varrição. Elaborada pelo autor Existe também, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, uma coleta diferenciada para os Resíduos produzidos em grande quantidade, como na feira livre, que acontece aos domingos e no Hospital Municipal, onde o lixo comum (resíduos de sobras de alimentos durante a preparação de refeições e materiais de escritório) são coletados por uma empresa terceirizada que faz a coleta diária no Hospital e uma vez por semana na feira livre, em veículos do tipo caminhão com caçamba removível. A frota efetiva envolvida no manejo de Resíduos Sólidos consiste em 02 caminhões tipo prensa e mais 03 caminhões do tipo basculante que fazem a coleta do lixo doméstico, exceto no caso da feira livre e do Hospital Municipal. Existem mais 06 caminhões contratados 80 que são responsáveis pela coleta de entulhos de construções em pequenas quantidades, de galhos de podas de árvores, de capina e de varrição das ruas da cidade. Os resíduos dos Serviços de Saúde, no que se refere ao Hospital Municipal, segundo seu Superintendente, são devidamente classificados, conservados e destinados, de acordo com o que estabelece a ANVISA. O lixo comum, de acordo com o Superintendente, é removido diariamente e destinado ao lixão municipal, já os resíduos infectantes e contaminantes, que compreende a cerca de 600 kg. mensal, são recolhidos quinzenalmente por uma empresa terceirizada especializada em coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde, os quais são destinados à incineração na capital do estado de Mato Grosso, com acompanhamento da Secretaria de Estado do Meio ambiente. Os resíduos produzidos em todos os PSFs da cidade são manejados e destinados de igual maneira aos resíduos produzidos no Hospital Municipal. Os resíduos considerados contaminantes produzidos pelas farmácias de Alto Araguaia, como agulhas, seringas, gaze, esparadrapo e outros, de acordo com seus proprietários, são coletados pela mesma empresa que coleta os resíduos do Hospital Municipal, sem ônus para os empresários, pais há uma parceria da Prefeitura Municipal com os empreendedores do ramo farmacêutico. Nos hospitais particulares, segundo informação de seus administradores, os resíduos de serviço de saúde seguem os mesmos procedimentos do Hospital Municipal, são classificados e armazenados dentro das normas da ANVISA e depois são destinados para incineração pela mesma empresa que faz o manejo de todos os resíduos de serviço de saúde. As empresas de serviços funerário, de acordo com informação dos administradores, seguem os mesmos procedimentos de manejo e a destinação final é a mesma. 1.6.1 O Lixão de Alto Araguaia A Lei, que reúne diretrizes e ações com vista à gestão integrada e ao gerenciamento adequado dos resíduos sólido, com visão no desenvolvimento no âmbito social, econômico e ambiental, atribuir responsabilidade às pessoas, tanto física quanto jurídicas, de direito público ou privado, que são responsáveis direto ou indiretamente pela geração de resíduos sólidos, como também aos gestores responsáveis pelo manejo desses resíduos. Assim, tanto os geradores dos resíduos, quanto a gestão pública estão sujeitos à observância desta lei. 81 Localizado a 9.255 metros do centro da cidade, às margens da Rodovia MT-100, no sentido Alto Araguaia / Alto Taquari, nas coordenadas geográficas W: 53º14’53,73” S: 17º23’30,27”, o “lixão” não atende às normas da Lei 12.305, de 2 de agosto de 2.010, que determina as diretrizes que visam suprir a crescente preocupação com a preservação dos recursos naturais e com a saúde pública. Desde o início de sua operação em 1.999, não contamos com nenhum programa de coleta seletiva e nem uma destinação adequada dos resíduos sólidos. Existem apenas quatro pessoas que vivem dos produtos catados no lixão. De acordo com esses catadores, o valor obtido com a venda dos produtos, que são basicamente alumínio e cobre, não é muito bom, mas dá para sobreviver somente com esse serviço. De acordo com um dos catadores, outros artigos como papel, plástico e vidro não são reaproveitados porque não há comprador para esse tipo de produtos. Figuras56 e 57. Lixão Municipal. Foto do autor Segundo NEVES (2008), o lixo pode ser muito lucrativo, pode até criar impérios, basta ter criatividade e investimentos. Todavia para que isso aconteça, são necessários outros tipos de investimentos além de uma estrutura para reciclagem. Primeiro é preciso formar cidadãos conscientes, que percebam que a sustentabilidade é responsabilidade de cada um, depois precisa de vontade política e de bons gestores, que tenham visão de que gastar em uma coleta seletiva, por exemplo, é investimento que reflete na saúde pública, que contribui também para a Pegada Ecológica, que a cada dia avançamos um passo no aclive de uma escala sem fim rumo à um planeta incapaz de suportar a demanda por recursos naturais. A composição gravimétrica dos resíduos sólidos, conforme levantamentos do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Alto Araguaia-MT (2004), feito de acordo 82 com procedimentos para obtenção de amostragens recomendado pelo IPT (19998), segue descrita na tabela a seguir: COMPONENTES Papel (papel, revistas, jornais, etc.) Papelão Plástico filme (saquinhos e sacolas de supermercados) Plástico rígido (embalagens rígidas) Pet Trapo (pedaços de panos) Metais ferrosos (lata, ferro comum, flândes, etc. Cobre, Alumínio Vidros coloridos Vidros incolores Madeira Couro Borracha (pneus e similares) Entulhos de construção (tijolos, concreto, cerâmica, azulejos, etc.) Embalagens tetra Pack Pilhas Baterias Material de jardinagem (folhas, galhos e congêneres) Matéria orgânica (restos de alimentos0 Outros (pontas de cigarros, calçados, absorventes, papel higiênico, fraldas descartáveis, terra, etc. Quadro 34. PERCENTAGEM % 10 13 8 0,2 0,1 0,06 1 0,03 1 0,4 0,09 0,03 0,03 0,06 5 2 0 1 44 14 Os resíduos sólidos coletados em alto Araguaia são destinados ao “lixão” a céu aberto, não recebendo nenhum tipo de tratamento, onde parte dos resíduos são incinerados, e depois recebem um recobrimento com solo. Não há nenhum tipo de controle ambiental e sanitário, visto que o “lixão” recebe todas as tipologias de resíduos sólidos gerados no município, exceto os resíduos de saúde, e o local de recebimento não dispõe de impermeabilização de leito, sistema de drenagem e tratamento dos líquidos percolados nem a queima do gás produzido no processo de decomposição. 83 1.7 DIAGNÓSTICO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO O esgotamento sanitário em Alto Araguaia, como na maioria dos municípios brasileiros ainda está longe de alcançar os índices necessários que contemple um manejo adequado. Atualmente não contamos com nenhum domicílio atendido com tratamento do esgoto coletado. E se no tratamento ainda estamos no marco zero, pouco muda no que se refere à coleta e destinação de esgoto que na maior parte da cidade acontece de forma desordenada, com redes particulares sem manutenção e com destinação final direta no rio Araguaia ou no rio Boiadeiro, sem nenhum tipo de tratamento. De acordo com a lei 11.445 / 2007, é de responsabilidade do município prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, visando a universalização do acesso e a integralidade, assim como fixar os direitos e deveres dos usuários. No que se refere ao esgotamento sanitário, ainda não existe cobrança de tarifa pela sua coleta, que só existe de forma organizada, com mapeamento das redes em 6,26% da cidade, em comparação com as redes de abastecimento de água, perfazendo uma malha de 4.789,95 metros de extensão em tubos de PVC de 150 milímetros. Existe ainda um projeto de esgotamento sanitário em andamento, que contempla a instalação de redes coletoras e construção de uma estação de tratamento do esgoto coletado, contemplando uma parte do bairro Atlântico, outra parte do bairro Aeroporto e o bairro Gabiroba em quase sua totalidade, onde está sendo construída a ETE. Esse sistema de esgotamento sanitário que está sendo construído alcançará um percentual de 9,25% da cidade, somando 15,51% da cidade com ligações de esgoto coletado e tratado. De acordo com levantamento planimétrico, a cidade de Alto Araguaia foi dividida em 5 bacias, denominadas A,B,C,D e E, conforme “quadro 35”, que contempla toda a zona urbana do município, exceto o bairro Jardim Novo Araguaia e o Distrito do Buriti. Desta forma, será assegurada a universalização dos serviços de esgotamento sanitário em toda “Área 01”, que corresponde ao sistema principal de distribuição de água. 84 Quadro 35. Figuras 58 e 59. Construção da ETE e redes coletoras. Foto do autor 85 Quadro 36. 1.7.1 Descrição do Sistema de Esgotamento Sanitário O Sistema de Esgotamento Sanitário da Cidade de Alto Araguaia – MT possui atualmente uma etapa implantada, com extensão de 4.789,95 m de rede coletora, executados com recursos próprios, sendo os esgotos lançados diretamente no Córrego Mané Falado sem tratamento. Uma segunda etapa em execução com 9.778,80 m de rede coletora e sistema de tratamento dos esgotos por ETE compacta do tipo UASB + FBASN + DS- Reator Anaeróbio de Fluxo ascendente, seguido de Filtro Biológico aerado submerso Nitrificante com decantador Secundário e Leito de Secagem, localizado na margem esquerda do Rio Araguaia, com capacidade para atender uma vazão máxima de 27 l/s, portanto as duas etapas. Além disso, para programar a implantação do sistema de esgotamento sanitário foi elaborado um estudo de bacias contribuintes, como objetivo expor de maneira clara a concepção geral do sistema e propor melhor arranjo, sob os pontos de vista técnicos, econômico, financeiro, social e ambiental. As bacias ficaram assim compostas: - Bacia A, os bairros: Vila Aeroporto e NS Aparecida; - Bacia B, os bairros: Centro, Atlântico, Dom Bosco, parte da Vila Aeroporto e Setor Padre Danilo; 86 - Bacia C, os bairros: Centro, Beira Rio, Alvorada e Boiadeiro; - Bacia D, o bairro: Boiadeiro; - Bacia E, os bairros: Cohab e Setor Castro; O arranjo destas bacias contribuiu para mostrar as prioridades na execução do sistema de esgotamento em etapas, conforme estabelecido na ilustração abaixo. A escolha da Bacia B para implantação na segunda etapa foi estabelecido como prioridade em virtude da existência de 6,26% de rede coletora executada no Bairro Atlântico, de que os esgotos são lançados diretamente no Córrego Mané Falado sem tratamento e pela limitação dos recursos financeiros. Quadro demonstrativo de vazões contribuintes nas bacias para a situação atual e para fim de plano e percentual de esgoto coletado e tratado. BACIAS QC (2013) QC (2033) Esgoto coletado 2013 Esgoto tratado 2013 (%) (%) A 12,53 21,47 0 0 B 12,26 18,05 6,26 0 C 10,91 16,71 0 0 D 0,8 1,2 0 0 E 0,7 1,1 0 0 F 0,5 0,9 0 0 Qmáx 38,7 l/s 59,43 l/s 6,26 0 Quadro 37. QC – vazão contribuinte das bacias. O gráfico das contribuição das bacias mostra que as bacias A, B e C apresentaram são na situação atual as maiores contribuições 87 Quadro 38. Diante da situação pode-se afirmar que a falta de redes coletoras de esgoto, desencadeia-se uma série de problemas relacionados: interligações 1.8 DIAGNÓSTICO DO MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS A drenagem das águas pluviais urbanas, de acordo com a FUNASA (2007), se sobressai como um dos mais sensíveis dos problemas causados pela urbanização, tanto em razão das dificuldades de manejo das águas pluviais quanto em razão da interferência com os demais sistemas de infraestrutura, além de que, com a retenção da água na superfície do solo, surgem diversos problemas que afetam diretamente a qualidade de vida da população. Problemas ou falta de sistemas de drenagem podem trazer diversos tipos de transtornos, como inundações e alagamentos e além desses problemas gerados, também propicia o aparecimento de doenças como a leptospirose, diarreia, febre tifoide e a proliferação dos mosquitos anofelinos, que podem disseminar a malária. Portanto, estas águas deverão ser drenadas e como medida preventiva adotar-se um sistema de escoamento eficaz que possa sofrer adaptações, para atender à evolução urbanística, que aparece no decorrer do tempo. 88 1.8.1 Tipos de Drenagem 1.8.1.1 Superficial É mais utilizada em terrenos planos, com capa superficial sustentável e subsolo rochoso ou argiloso impermeável, impede o incharcamento do terreno, evita a saturação prolongada do solo e acelera a passagem da água sem risco de erosão e acumulação de lama no leito. 1.8.1.2 Subterrânea A drenagem subterrânea tem como objetivo descer o lençol freático até um nível que favoreça os cultivos e garantir a estabilidade das estradas e a segurança das construções. A drenagem subterrânea utilizando valas é aplicada nos casos em que não é preciso descer o lençol freático mais que 1,5m, isto porque o volume de terra a ser removido será proporcional ao quadrado da profundidade da vala. 1.8.1.3 Vertical É utilizada em terrenos planos quase sem declive para que a água drene, como nos pântanos e marisma. Estes terrenos possuem uma capa superficial encharcada por existir abaixo dela uma camada impermeável, impedindo, assim, a infiltração. Pode-se dar saída às águas superficiais e subterrâneas, pelos poços verticais, fincados ou perfurados, preenchidos com pedras, cascalho ou areia grossa, protegendo assim, a sua estabilidade. 1.8.1.4 Elevação Mecânica (bombas) É utilizado quando o nível da água a ser bombeada é inferior ao nível do local destinado a receber o líquido, uma vez que não há carga hidráulica no extremo interior da área a ser drenada. Quando o lençol freático do terreno é elevado, podendo-se substituir a rede de drenagem superficial por sistema de poços, a partir do bombeamento para as valas coletoras. 89 1.8.2 Conceito de Drenagem Urbana A drenagem urbana é pode ser definida como microdrenagem e macrodrenagem. A microdrenagem urbana é definida pelo sistema de condutos pluviais a nível de loteamento ou de rede primária urbana, que propicia a ocupação do espaço urbano ou periurbano por uma forma artificial de assentamento, adaptando-se ao sistema de circulação viária. O sistema de microdrenagem é formado de bocas de lobo, sarjetas, poços de visita, tubos de ligações e condutos. A macrodrenagem é um conjunto de obras que visam melhorar as condições de escoamento de forma a atenuar os problemas de erosões, assoreamento e inundações ao longo dos principais talvegues. Ela é responsável pelo escoamento final das águas, a qual pode ser formada por canais naturais ou artificiais, galerias de grandes dimensões e estruturas auxiliares. A macrodrenagem de uma zona urbana corresponde à rede de drenagem natural pré-existente nos terrenos antes da ocupação, sendo constituída pelos igarapés, córregos, riachos e rios localizados nos talvegues e valas. Os canais são cursos d`água artificiais destinados a conduzir água à superfície livre. A topografia do terreno, natureza do solo e o tipo de escoamento, determinam a forma da seção a ser adotada, as inclinações de taludes e declividade longitudinal dos canais. As principais obras de macrodrenagem são: retificação e/ou ampliação das seções de cursos naturais, construção de canais artificiais ou galerias de grandes dimensões e estruturas auxiliares para proteção contra erosões e assoreamento, travessias e estações de bombeamento. 1.8.2 Caracterização das ruas por tipo de pavimentação A cidade de Alto Araguaia, excluindo o Distrito do Buriti e o Loteamento Demellas, possui uma malha de 94.053,99 metros de estradas urbanas, das quais existe um percentual de 57,78% de ruas pavimentadas com asfalto, 9,50% de ruas pavimentadas com bloquetes e 31,34% sem pavimentação, e ainda 1,38% de ruas não executadas, ou seja, ainda sem abrir, conforme tabela a seguir: 90 Todos os bairros de Alto Araguaia, exceto loteamento Demellas e Distrito do Buriti Asfalto Bloquete Sem pavimento Não abertas 57,78% 9,50% 31,34% 1,38% 54.344,40 mts. 8.935,13mts. 29.476,52mts. 1.297,94mts. Extensão total de ruas/mts. 94.053,99 Quadro 39. Asfalto 0% 0,00 Loteamento Demellas Bloquete Sem pavimento 0% 26% 0,00 1.168,96mts. Extensão total de ruas/mts. Não abertas 74% 3.327,04mts. 4.496,00 Distrito do Buriti Bloquete Sem pavimento 0% 29,07% 0,00 1.563,97mts. Extensão total de ruas/mts Não abertas 0% 0,00 5.380,00 Quadro 40. Asfalto 70,93 3.816,03mts Quadro 41. Conforme levantamento em campo, podemos constatar que a quantidade de ruas pavimentadas é superior à quantidade em extensão de galerias de águas pluviais, que somam uma malha de 11.132,00metros entre manilhas de concreto e tubos de PVC, nas medidas de 0,30m a 2,00m, enquanto as ruas asfaltadas somam 54.344,40 metros. Todavia, toda a extensão de ruas pavimentadas possuem sistema de escoamento de águas pluviais por meio de sarjetas, que na maioria, não possuem obras de contenção de velocidade para atenuar a energia de impacto nos cursos d`água. 91 PARTE 2 2.0 DIRETRIZES A seguir, serão elencadas as diretrizes e estratégias propostas para o Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia, estabelecidos com base na Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007. As diretrizes, que podemos entender como conjunto de instruções para se tratar e levar a termo um plano, e as estratégias, que se refere ao que pretendemos fazer e quais os objetivos que queremos alcançar, visam assegurar o alcance das metas estabelecidas e sua gradual tradução nas ações programáticas e nos objetivos que pretendemos concretizar com a implementação do PMSB. 2.1 Diretrizes As diretrizes deverão orientar, em nível geral, a execução do Plano Municipal de Saneamento Básico de alto Araguaia e o cumprimento das metas estabelecidas e estão organizadas em três blocos temáticos: A. Relativas às ações de coordenação e planejamento no setor para efetiva implementação da Política de Saneamento Básico: São fundamentais para assegurar o avanço institucional da política municipal de saneamento, com perenidade e sustentação ao longo do período de implementação do PMSB, com os seguintes objetivos: 1. Fortalecer a coordenação da Política de saneamento Básico de Alto Araguaia, utilizando o PMSB como instrumento orientador das políticas, programas, projetos e ações do setor, considerando seu caráter vinculante ao poder público e aos prestadores de serviços, buscando sua observância na previsão orçamentária e na execução financeira, cuja prioridade de alocação deve observar critérios sanitário, epidemiológico e social na elaboração de recursos para ações de saneamento básico; 2. Englobar a integralidade do território do município e ser compatível com o disposto nos demais planos correlatos, sendo revisto periodicamente, em prazo não superior a quatro anos, anteriormente à elaboração dos planos plurianuais; 92 B. Relativas à prestação e regulação dos serviços de saneamento básico, com vistas à sua universalização: Buscam assegurar o fortalecimento da prestação dos serviços, bem como do papel do titular, a partir das atividades de gestão e regulação, na perspectiva da maior eficiência e eficácia do setor. 1. Buscar a universalização e a integralidade sanitária nas zonas urbana e rural, da oferta da coleta de resíduos sólidos na zona urbana e aglomerados da zona rural, do manejo e disposição final adequada dos resíduos sólidos, minimizando riscos à saúde e assegurando qualidade ambiental, do manejo das águas pluviais urbanas minimizando a ocorrência de problemas críticos de inundação, enchentes ou alagamentos; 2. Fortalecer a gestão institucional e a prestação dos serviços, apoiando a capacitação técnica e gerencial dos operadores públicos de serviços de saneamento básico, desenvolver ações de comunicação, mobilização e educação ambiental e a transparência e acesso às informações, bem como à prestação de contas e o controle social; 3. Assegurar ambiente regulatório que reduza riscos e incertezas normativas e estimule a cooperação entre os atores do setor, através do apoio à agência reguladora nas atividades de acompanhamento; C. Relativas ao investimento público e cobrança dos serviços de saneamento básico: Visam assegurar o fluxo estável de recursos financeiros para o setor e mecanismos para sua eficiente utilização e fiscalização, com base no princípio de qualificação dos gastos públicos e da progressiva priorização de investimentos em medidas estruturantes, que fornecem suporte político e gerencial para a sustentabilidade da prestação dos serviços; 1. Assegurar recursos compatíveis com as metas e resultados estabelecidos no PMSB, orientando sua destinação e aplicação segundo critérios que visem à universalização dos serviços, priorizando os usuários com menor capacidade de pagamento; 2. Buscar maior eficiência, eficácia e efetividade nos resultados, estabelecendo metas de desempenho operacional para os operadores de serviços de saneamento básico. 2.2 ESTRATÉGIAS Das diretrizes expostas decorrem as estratégias, que deverão ser observadas na execução da política de saneamento básico de Alto Araguaia durante a vigência deste PMSB, 93 tanto na execução dos programas, projetos e ações, como no cumprimento das metas estabelecidas. As estratégias são apresentadas a seguir, agrupadas em três blocos temáticos: A. Relativas às ações de coordenação e planejamento no setor, para efetiva implementação da Política Municipal de Saneamento Básico, que contempla: 1. Criar órgão na estrutura administrativa municipal para coordenação, articulação e integração da política, a partir das diretrizes do PMSB, fortalecendo a capacidade técnica e administrativa, por meio de recursos humanos, logísticos, orçamentários e financeiros. 2. Desenvolver gestão e realizar avaliações periódicas para a previsão orçamentária e a execução financeira, no campo do saneamento básico, observando as metas e diretrizes estabelecidas no PMSB, o qual deve estar integrado com os demais planejamentos setoriais fortalecendo uma visão integrada das necessidades de todo o território municipal; B. Relativas à prestação, gestão e regulação dos serviços de saneamento básico, com vistas à sua universalização: 1. Promover a melhoria da eficiência dos sistemas de tratamento de água e de esgotamento existentes, reduzindo a ineficácia nos serviços de abastecimento de água potável, com vistas ao atendimento das metas estabelecidas, assim como o atendimento à legislação da qualidade da água para consumo humano, incluindo aquela referente à exigência de informação ao consumidor, fomentando a melhoria do controle e vigilância da qualidade da água e do manejo dos resíduos sólidos pautados na não geração, na redução do consumo, no reuso de materiais, na coleta seletiva, na reciclagem e na participação em consórcios e implantar projetos, programas e ações para o manejo das águas pluviais urbanas; 2. Promover práticas permanentes de educação ambiental, através da qualificação de pessoal e da capacitação de professores, agentes comunitários e técnicos educacionais de todos os níveis da rede municipal para elaboração de projetos e materiais educativos adequados voltados para o saneamento básico a ser divulgado com vista a informar sobre a prestação dos serviços e fortalecer a cultura da participação e do controle social por meio da participação em conselhos, audiências públicas, reuniões comunitárias e demais ações de mobilização social, e a capacitação continuada de conselheiros e representantes de instâncias de controle social em questões específicas de saneamento básico; 94 3. Delegar as atividades de fiscalização e regulação dos serviços de saneamento básico à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Mato Grosso, ou criar uma Agência Reguladora Municipal, dentro das normas estabelecidas pela lei. 4. Criar o Conselho Municipal de Saneamento Básico, com intuito de fiscalizar, acompanhar e decidir sobre os serviços de saneamento básico do município de Alto Araguaia. 5. Promover uma reestruturação no sistema de gestão dos serviços de saneamento básico, dando prioridade ao sistema de Autarquia, visando melhorias no setor, através de investimentos em máquinas, equipamentos e veículos, assim como na regularização do quadro de servidores do sistema de saneamento através programa de enquadramento nas devidas funções. C) Relativas ao investimento público e cobrança dos serviços de saneamento básico: 1. Inserir os programas propostos pelo PMSB nos PPAs, definindo para cada ano, os valores a serem investidos, por fonte de recursos e por componente do saneamento básico, prevendo o aumento progressivo dos recursos para medidas estruturantes ao longo dos anos, para a gestão dos serviços com vistas a garantir a eficiência e efetividade do investimento em medidas estruturais e na melhoria da gestão; 2. Implantar sistema de avaliação e monitoramento das metas e demais indicadores de resultados e impacto estabelecidos pelo PMSB, além de acompanhar a aplicação das verbas destinadas no orçamento público. A caracterização para atendimento e déficit dos serviços de saneamento básico está apresentada no quadro 36, que apresenta o objetivo final do PMSB de Alto Araguaia, uma vez que para cálculo de cobertura atual dos serviços foram considerados os sistemas correspondentes à realidade do município. Esta caracterização é referência para redução do déficit no saneamento básico de Alto Araguaia e os levantamentos foram feitos dentro das exigências da nº 11.445/2007 e Decreto nº 7.217/2010, que determina que haja participação da população em todas as etapas de elaboração do PMSB. 95 Déficit Atendimento precário -Dentre o conjunto com fornecimento de água do sistema principal, falta hidrometração em 15,02% das ligações de água; falta de abastecimento de água em 0,15% das residências; falta de tratamento completo da água -Fornecimento de água distribuída; potável por redes de -Dentre o conjunto com distribuição para 99,85% fornecimento de água no das residências da zona Jardim Novo Araguaia urbana, sem existem ramais ligados intermitência sistemática; diretamente na rede -Hidrometração de adutora; não há 84,98% do total de hidrometração nas ligações ligações de água no residenciais e não é feito sistema principal; tratamento completo na -Abastecimento de água água distribuída e não Abastecimento potável por redes de existe cobrança pelo de água distribuição no bairro serviços de abastecimento Jardim Novas Araguaia, de água, exceto nas sem intermitência ligações comerciais; sistemática; -no sistema de -fornecimento de água abastecimento de água do potável no Distrito do Distrito do Buriti 0,50% Buriti, por redes de das residência urbanas não distribuição por são atendidas; não há gravidade. Com tratamento completo da atendimento de 99,50% água distribuída e não das residências urbanas. existe tarifação para o -Abastecimento na zona serviço de fornecimento de rural por meio de água. nascentes, mananciais, -Não existe programa de cisternas e poços controle social nem tarifa artesianos. diferenciada de acordo com a capacidade de pagamento em nenhuma localidade que tenha distribuição de água; -Nas localidades da zona rural há falta de água potável em períodos de seca e em algumas propriedades a água não apresenta padrões adequados de potabilidade. Componente Atendimento adequado Sem atendimento Todas as situações não enquadradas nas definições de atendimento e que se constituem em práticas consideradas inadequadas, como coleta de água em poços a longa distância, em cursos de água, ausência de banheiro ou sanitário, fossas rudimentares, lançamento de esgoto direto em valas, rio, lago ou em galerias de águas pluviais, coleta indevida de resíduos sólidos em área urbana, ausência de coleta, resíduos queimados ou enterrados ou jogados em terrenos baldios. 96 Esgotamento sanitário -Coleta de esgoto em 6,26% da cidade por redes coletoras. -Coleta de resíduos sólidos domésticos direta na área urbana; -Manejo correto de resíduos de saúde, com destinação final Manejo de adequada; resíduos -varrição diária em todos sólidos os bairros do município; -Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos; -Programas de coleta de entulhos e resíduos de construção civil. -Galerias de águas pluviais urbanas; Manejo de -Dentre o conjunto com águas pluviais pavimentação asfáltica, urbanas obras de manejo de águas pluviais, como sarjetas, bueiros e galerias. Quadro 42. _Esgoto coletado lançado diretamente em corpo d´água, sem tratamento; -Uso de fossas rudimentares; -Ligação de esgoto em redes de águas pluviais; -Lançamento de esgotos residenciais diretamente em rios; -Ausência de coleta, direta ou indireta na zona rural; -Na zona urbana, destino final dos resíduos sólidos coletados para lixão a céu aberto; -Falta de coleta seletiva, de reaproveitamento ou reciclagem; -Falta de regulação e fiscalização nas tarifas cobradas pelos serviços. -Dentre o conjunto com galerias de águas pluviais urbanas, implantação em terrenos particulares com edificações; -Falta de obras de drenagem e pavimentação. 2.3 PROGNÓSTICO O prognóstico para o setor de saneamento básico tomará como base a projeção do crescimento da população para que as diversas intervenções atendam plenamente o objetivo da universalização das zonas urbana e rural de Alto Araguaia para um horizonte de 20 anos. 97 2.3.1 Metas e Prazos As metas foram estabelecidas a partir dos dados, informações e indicadores que apontaram as deficiências dos serviços no diagnóstico técnico / participativo. Ressaltamos que como foram usadas diversas fontes, houve a necessidade de operar com estimativas. Certamente, isto incorrerá em análises e ajustes futuros para melhor adequação de seus valores e orientar a consolidação dos indicadores ao longo do tempo. Entretanto, o diagnóstico possibilitou estabelecer valores de referência para a cobertura e o atendimento, a partir dos quais definimos as metas, relativas à universalização dos componentes do setor, classificadas como curto (de 0 a 4 anos), médio (de 5 a 12 anos) e longo (de 13 a 20 anos) prazos. As metas de cobertura e atendimento estabelecidas encontram-se organizadas no quadro 41. MunicípioLoca lidade (área) Indicador Formula / Variáveis Cobertura de Abastecime nto de Água Percentual do número de domicílios ou da população com cobertura de abastecimento de água Índice de atendimento População total total de atendida com água água Sistema principal /Sede Jardim Novo Araguaia Distrito do Buriti Colônia Ariranha Assentamento Córrego Rico Sistema principal/Sede Jardim Novo Araguaia Distrito do Buriti Colônia Ariranha Assentamento Córrego Rico Sistema principal/Sede Índices Atuais Metas de Cobertura e Atendimento – Percentual / Prazos Curto Médio Longo 20142 20182 2026 017 025 2033 99,85 99,90 99,95 100 80 98 99 100 98 99 99,50 100 0 100 100 100 0 98 100 100 99,80 99,90 99,95 100 79 98 99 100 98 99 99,50 100 0 100 100 100 0 97 99 100 6,26 9,25 60 100 98 Cobertura de esgotament o sanitário Índice de atendiment o total de esgoto Cobertura de coleta de resíduos sólidos Índice de atendiment o total da coleta de resíduos sólidos Percentual do número de domicílios ou da população com cobertura de esgotamento sanitário População total atendida com esgotamento sanitário Percentual do número de domicílios ou população com cobertura de coleta de resíduos sólidos População total atendida com coleta de resíduos sólidos Jardim Novo Araguaia Distrito do Buriti Colônia Ariranha Assentamento Córrego Rico Paraíso Sistema principal/Sede Jardim Novo Araguaia Distrito do Buriti Colônia Ariranha Assentamento Córrego Rico Paraíso Sistema principal/Sede Jardim Novo Araguaia Distrito do Buriti Colônia Ariranha Assentamento Córrego Rico Paraíso Gato Preto Rio do peixe Sistema principal/Sede Jardim Novo Araguaia Distrito do Buriti Colônia Ariranha Assentamento Córrego Rico Paraíso Gato Preto Rio do peixe 0 25 50 100 0 0 50 100 0 0 50 100 0 0 20 50 60 60 100 100 4,90 9 50 100 0 20 44 95 0 0 30 90 0 0 48 100 0 0 20 50 60 60 100 100 90 100 100 100 85 100 100 100 95 100 100 100 0 80 100 100 0 0 0 0 50 90 90 50 100 100 100 100 100 100 100 100 87 100 100 100 80 100 100 100 92 100 100 100 0 80 100 100 0 0 0 0 50 85 85 45 90 95 100 90 100 100 100 100 Quadro 43. 99 2.3.2 Metas e Prazos Visando atingir a universalização do saneamento básico de Alto Araguaia, ao longo dos 20 anos, é necessário atender as demandas atuais e acompanhar o seu crescimento, fazendo-se indispensável visualizar a projeção de crescimento populacional do município para que as metas de cobertura do setor de saneamento seja compatível com o desenvolvimento do município. A partir dos dados populacionais obtidos no IBGE, calculamos o desenvolvimento médio anual da população, cujas taxas encontram-se nos quadros03 e 42. Através dos dados obtidos, fizemos a estimativa de crescimento populacional para os próximos 20 anos, com base na taxa de crescimento geométrica, cujo resultado apontou o número de 20.941 habitantes para o ano de 2033, conforme quadro 43. Projeção da população do estado de Mato Grosso de 2013/2030 2013 2014 2015 2016 2017 2018 3.182.113 3.224.357 3.265.486 3.305.531 3.344.544 3.382.487 2019 2020 2021 2022 2023 2024 3.419.350 3.455.092 3.489.729 3.523.288 3.555.738 3.587.069 2025 2026 2027 2028 2029 2030 3.617.251 3.646.277 3.674.131 3.700.794 3.726.248 3.750.469 Quadro 44. Fonte: IBGE. Projeção da população de Alto Araguaia de 2013/2033 2013 2014 2015 2016 2017 2018 16.284 16.500 16.719 16.939 17.159 17.382 2020 2021 2022 2023 2024 2025 17.835 18.066 18.300 18.537 18.777 19.017 2027 2028 2029 2030 2031 2032 19.500 19.743 19.979 20.218 20.460 20.705 Quadro 45. Desenvolvido pelo autor. 2019 17.607 2026 19.260 2033 20.941 Partindo da projeção do crescimento populacional, podem ser estimadas as demandas para cada um dos componentes do saneamento básico ao longo do horizonte de planejamento de 20 anos. O quadro 40 apresenta as demandas estimadas para o município de Alto Araguaia, considerando o crescimento populacional baseado no cenário da taxa de crescimento geométrico. Foi estimado uma demanda de 200 L/hab/dia para o componente de água e uma contribuição de 160 L/hab/dia para o componente esgoto. No componente resíduos sólidos, 100 consideramos uma contribuição de 0,88 kg/hab/dia. No componente drenagem, estimou-se uma área urbana de 4,96 km² a ser atendida com macro e micro drenagem e o seu aumento em função do crescimento populacional. Ano População (hab.) L /s Longo prazo Médio prazo Curto prazo Água 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 16.500 16.719 16.939 17.159 17.382 17.607 17.835 18.066 18.300 18.537 18.777 19.017 19.260 19.500 19.743 19.979 20.218 20.460 20.705 20.941 38,19 38,69 39,19 39,69 40,20 40,72 41,24 41,77 42,31 42,86 43,41 43,96 44,52 45,07 45,63 46,17 46,72 47,28 47,81 48,35 Demanda total L/s Kg/dia Resíduos Esgoto sólidos 30,55 30,95 31,35 31,75 32,16 32,57 32,99 33,41 33,84 34,28 34,72 35,16 35,61 36,05 36,50 36,93 37,37 38,24 38,24 38,68 14.520 14.713 14.908 15.101 15.297 15.496 15.697 15.901 16.107 16.317 16.529 16.740 16.954 17.166 17.380 17.588 17.799 18.012 18.217 18.424 Km² Drenagem 4,96 5,02 5,08 5,14 5,20 5,26 5,32 5,38 5,44 5,51 5,58 5,65 5,72 5,79 5,86 5,93 6,00 6,07 6,14 6,21 Quadro 46. 2.3.3 Consórcio Intermunicipal de Aterro sanitário A Lei Federal nº 12.305/2010, conhecida como a Lei Nacional de Resíduos Sólidos (LNRS), dispõe no art. 9º sobre diretrizes da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos e traz, em ordem de prioridade, as seguintes ações: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos rejeitos de modo ambientalmente adequado. O art. 8º desta lei incentiva a adoção de consórcios entre entes federados para elevar a escala de aproveitamento e reduzir custos como instrumentos da política de resíduos sólidos. Como meio de fortalecimento dessa forma de gestão, o art. 45 estabelece prioridade na 101 obtenção de incentivos do governo federal aos consórcios públicos constituídos, para viabilizar a descentralização e a prestação dos serviços relacionados aos resíduos. O art. 26 estabelece que o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos é o responsável pela organização e prestação direta ou indireta desses serviços, em conformidade com o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e a LNSB. Quanto à destinação ou disposição final dos resíduos a céu aberto (lixões), excetuando-se os derivados de mineração, a LNRS proíbe esta prática, em seu art. 47. Define, ainda, prazo para a extinção dos lixões, observando o ano de 2014 como prazo limite para implantação da disposição final ambientalmente adequada dos resíduos. Desta forma, considerando as obrigações, incentivos e os prazos da Lei nº 12.305, os consórcios são a melhor forma de gestão para a componente resíduos sólidos. Além disso, dentre os fatores levados em consideração para o incentivo à implantação de consórcios intermunicipais de aterros sanitários, destacam-se: Melhoria da qualidade da operação dos aterros, evitando que se tornem lixões e gerem desperdício do dinheiro público investido na sua implantação; Menor número de áreas utilizadas como aterros sanitários (possíveis focos de contaminação quando mau operados); Ganhos de escala de operação e rateio dos custos administrativos e operacionais; Otimização do uso de máquinas e equipamentos no aterro; Maior disponibilidade de recursos para proteção ambiental; Maior representatividade na solução de problemas locais. Visando firmar uma parceria entre os municípios do Estado do Mato Grossono incentivo à implantação de consórcios intermunicipais, a Secretaria das Cidades do Estado do Mato Grosso, vem incentivando o município de Alto Araguaia a formar parceria com os municípios de Alto Garças e Alto Taquari a implantar o Consórcio Público de Resíduos Sólido, onde o município de Alto Araguaia, por estar entre as duas cidades deve sediar o aterro sanitário. O modelo de Consórcio Intermunicipal deverá abranger como responsabilidade do município de Alto Araguaia, a coleta regular e seletiva dos resíduos gerados na sede do município e nas áreas rurais e distrito de sua competência, assim como a operação e manutenção do aterro sanitário em parceria com os municípios integrantes do Consórcio. 102 2.3.4 Prescrições Para Outros Resíduos O manejo dos resíduos sólidos da construção civil e demolição, os serviços de saúde, de varrição, capina e roçada e limpeza de logradouros, de acordo com Art. 13 do Decreto nº 7.404/2010, que regulamenta a Lei nº 11.445/2007, deverão obedecer as seguintes prescrições: Resíduos da Construção e Demolição Inserir na legislação (código de obras e posturas do município) de Alto Araguaia, disciplinamento da gestão dos resíduos de resíduos sólidos da construção e demolição, estabelecendo regras e obrigações para os geradores, que induzam a práticas de construção menos impactantes ao meio ambiente e à saúde, bem como diminuam a geração deste tipo de resíduo, haja vista tratar-se de responsabilidade é do próprio gerador; Definir locais ambientalmente adequados para disposição final dos resíduos da construção e demolição, preferencialmente utilizando-os em obras públicas, tais como pavimentação, aterramento de áreas, recuperação de áreas degradadas, entre outros. Resíduos dos Serviços de Saúde Exigir a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos dos geradores de resíduos de serviços de saúde nos termos do Inciso I, art. 20 da Lei 12.305/2010, tanto para os serviços públicos de saúde, quanto para os privados; Coletar, dar tratamento e disposição final adequada a todos os resíduos dos serviços de saúde; Dotar os coletores de resíduos de serviços de saúde de equipamentos de proteção individual, bem como oferecer treinamento para coleta desses resíduos. Resíduos de Varrição, Capina e Roçada. 103 Estabelecer e implantar planejamento e cronograma da varrição, roçada e capina, objetivando reduzir os custos dos serviços da Prefeitura; Definir cronograma especial de varrição para áreas críticas (locais com probabilidade de acumulo de águas pluviais) vinculado aos períodos que precedam as chuvas; Estabelecer regras para organização de eventos de caráter popular geradores de grande quantidade de lixo. Coleta Regular e Seletiva Inserir na legislação municipal matéria que discipline o acondicionamento e disposição adequada do lixo doméstico de forma a permitir a execução da coleta regular e seletiva de maneira eficiente e eficaz. 2.4 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES Com objetivo de atender as demandas referentes aos serviços de saneamento básico, propõe-se 4 (quatro) programas para o município de Alto Araguaia, com os respectivos projetos e ações a serem executados, traduzindo, desta forma, as estratégias para alcance dos objetivos e metas estabelecidos. 2.4.1 Programa de Acessibilidade ao Saneamento Básico Este programa engloba os projetos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais urbanas e sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, com respectivas ações visando a ampliação da cobertura dos componentes do setor e melhorias dos índices de atendimento, no intuito de se atingir o objetivo principal da Lei nº 11.445/2007, que visa a universalização dos serviços de saneamento. Os dados representados nos quadros 38 e 39, que representam, respectivamente a previsão do crescimento populacional para o estado de mato Grosso e para o município de Alto Araguaia demonstram redução da taxa de crescimento, portanto, consideramos nos 104 cálculos das estimativas das demandas dos serviços em alto Araguaia, para os próximos 20 anos, taxa de crescimento geométrico entre 1,33 a 1,14% para o final do período. Estabelecemos os seguintes projetos no âmbito do Programa de Acessibilidade ao Saneamento Básico, cujo detalhamento encontra-se no apêndice“A” deste Plano Municipal de Saneamento Básico: 2.4.2 Abastecimento de Água Sistema Principal Projeto 1: Ampliação e integração do sistema principal de abastecimento de água com o sistema do Jardim Novo Araguaia. Objetivo: Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade, incluindo desinfecção e filtragem da água distribuída. Justificativa: Os sistemas de abastecimento de água existentes individualmente na sede (sistema principal) e no bairro Jardim Novo Araguaia têm cobertura de 99,85 e 80%, respectivamente, sem o processo de filtração da água distribuída. Assim, para alcançar a universalização do sistema de abastecimento de água é necessário ampliar a cobertura, conforme indicado no quadro 37 deste PMSB. Projeto 2: Implantação de sistema de micromedição em todas as ligações de água do sistema principal e Jardim Novo Araguaia e regularização da cobrança pelos serviços. Objetivo: Garantir a auto sustentabilidade do serviço de abastecimento de água, de forma justa, em que todos os consumidores deverão pagar pela quantidade consumida, obedecendo a capacidade de pagamento através de programas e projetos de controle social. Justificativa: Dos sistemas de abastecimento de água existentes no município de Alto Araguaia, não existe hidrometração em todas as ligações e no bairro Jardim Novo 105 Araguaia o serviço de fornecimento de água não é cobrado, exceto nas ligações comerciais. Sistema Distrito do Buriti Projeto 3: Implantação de sistema de micromedição em todas as ligações de água do Distrito do Buriti e regularização da cobrança pelos serviços. Objetivo: Garantir a auto sustentabilidade do sistema de abastecimento de água, de forma justa, em que cada consumidor pague pela quantidade de água consumida, obedecendo a capacidade de pagamento através de programas e projetos de controle social. Justificativa: No sistema do Distrito do Buriti o serviço de abastecimento de água não é medido nem cobrado. Projeto 4: Ampliação da cobertura do abastecimento de água no Distrito do Buriti. Objetivo: Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade. Justificativa: o sistema existente tem cobertura de 98%, sem tratamento adequado da água distribuída. Assentamento Córrego Rico Projeto 5: Implantação de sistema de distribuição de água por rede de abastecimento. Objetivo: Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade nas 48 propriedades rurais do Assentamento Córrego Rico. Justificativa: segundo diagnóstico técnico/participativo, o abastecimento de água daquela localidade não atende a demanda no que se refere à qualidade e quantidade de água. 106 Colônia do Ariranha Projeto 6: Implantação de sistema de abastecimento de água por poço artesiano e rede de distribuição. Objetivo: Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade. Justificativa: Na Colônia do Ariranha o sistema de captação e distribuição de água não atende a demanda da população em quantidade e qualidade. Demais localidades Projeto 7: Tratamento da água distribuída nas escolas, centros comunitários e outros locais que atende comunidades rurais. Objetivo:universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade. Justificativa: A água distribuída na região do Paraíso, no Gato Preto e no Rio do Peixe não atende aos padrões de potabilidade estabelecido pela Portaria MS 2.914 de 12 de dezembro de 2011. Loteamento Buritis Projeto 8: Implantação de redes de abastecimento de água no loteamento Buritis para atender o Residencial André Maggi. Objetivo: universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade. Justificativa: O Residencial André Maggi, a ser implantado no loteamento Buritis é um empreendimento público, cabendo a Prefeitura Municipal de Alto Araguaia a execução dos serviços de infraestrutura. 107 2.4.3 Esgotamento Sanitário Projeto 9: Implantação de Estação de Tratamento de Esgoto, redes coletoras e ramais de ligação na “Bacia B”. Objetivo: Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade e quantidade, conforme normas legais e regulamentares. Justificativa: De acordo com diagnóstico, a cobertura de esgotamento sanitário em Alto Araguaia é de 6,26% de esgoto não tratado. Assim, será necessário investimentos em infraestrutura para garantir a cobertura dos domicílios da “Bacia B”, assegurando sua universalização. Projeto 10: implantação de sistema de esgotamento sanitário, com coleta e tratamento nas Bacias A, C, D e E. Objetivo: Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade e quantidade. Justificativa: Conforme diagnóstico, os bairros que compõem as referidas bacias não têm cobertura dos serviços de esgotamento sanitário. Assim será necessária construção de obras de infraestrutura para assegurar a universalização. Projeto 11: implantação de sistema de esgotamento sanitário, com coleta e tratamento no bairro Jardim Novo Araguaia. Objetivo: Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade e quantidade. Justificativa: Conforme diagnóstico, o bairro Jardim Novo Araguaia não têm cobertura dos serviços de esgotamento sanitário. Assim será necessária construção de obras de infraestrutura para assegurar a universalização. Projeto 12: implantação de sistema de esgotamento sanitário, com coleta e tratamento no Distrito do Buriti. 108 Objetivo: Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade e quantidade. Justificativa: Conforme diagnóstico, o Distrito do Buriti não têm cobertura dos serviços de esgotamento sanitário. Assim será necessária construção de obras de infraestrutura para assegurar a universalização. Soluções Individuais (Fossa Séptica e Sumidouro) Projeto 13: Construção de fossas sépticas e sumidouros para a população com residência às margens do córrego Boiadeiro e do rio Araguaia e na zona rural. Objetivos: Universalizar o esgotamento sanitário para a população que se encontra em locais sem possibilidade de coleta de esgoto por redes coletoras. Justificativa: Conforme diagnóstico existe locais na zona urbana de Alto Araguaia que não há viabilidade técnica para implantação de redes coletoras, devido a problemas de altitude (cota baixa) e na zona rural, existem casos de pessoas com baixo poder aquisitivo, que precisam de melhorias voltadas para prevenção de doenças relacionadas à falta de serviços de saneamento. Assim, sem a cobertura de esgotamento sanitário nesses locais, faz-se necessário a construção de obras de soluções individuais, que irá contribuir para assegurar a universalização do esgotamento sanitário. 2.4.3 Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos Sede do Município Projeto 14: Ampliação da coleta de resíduos sólidos na zona urbana de Alto Araguaia. Objetivo: Ampliar a cobertura e o atendimento da coleta de resíduos sólidos na zona urbana de Alto Araguaia. Justificativa: De acordo com diagnóstico participativo, nem todos os bairros da cidade são atendidos diariamente com a cobertura de coleta de resíduos. Portanto, faz-se 109 necessário a ampliação de cobertura e atendimento dos serviços para garantir a universalização. Projeto 15: Implantação da coleta de resíduos sólidos na zona rural de Alto Araguaia. Objetivo: Implantar a coleta de resíduos sólidos na zona rural de Alto Araguaia. Justificativa: Conforme diagnóstico participativo, não há cobertura do serviço de coleta de resíduos sólidos nas comunidades da zona rural de Alto Araguaia, fazendo-se necessário desenvolver projetos de coleta dos resíduos produzidos na zona rural para assegurar a universalização do serviço. Projeto 16: Implantação do Aterro Sanitário Através de Consórcio Intermunicipal Objetivo: De acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010, que dispõe no art. 9º sobre diretrizes da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos traz, em ordem de prioridade, as seguintes ações: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos rejeitos de modo ambientalmente adequado. O art. 8º desta lei incentiva a adoção de consórcios entre entes federados para elevar a escala de aproveitamento e reduzir custos como instrumentos da política de resíduos sólidos. Justificativa: A geração de resíduos sólidos é inevitável, todavia, o controle de suas consequências está na destinação e disposição final adequada. Portanto, faz-se necessário que os resíduos gerados em Alto Araguaia tenham, além de coleta regular e seletiva, uma destinação final adequada em aterro sanitário dentro nas normas das leis específicas. Projeto 17: Elaborar projeto de Logística Reversa Objetivo: Elaborar, planejar e executar programas e projetos de Logística Reversa, visando diminuir a poluição e a contaminação do ecossistema, com retorno dos materiais descritos na Lei 12.305/2010. 110 Justificativa: Existem produtos altamente contaminantes, que se descartados de forma inadequada podem causar danos irreversíveis, tanto para o meio ambiente, quanto à saúde pública. Projeto 18: Criação de Eco Pontos ou Pontos de Entrega Voluntária Objetivo: Incentivar a população de cada bairro, ou comunidade a levar o resíduo produzido em sua casa para um ponto de coleta, onde o mesmo deverá ser classificado , separado e armazenado até a coleta e destinação adequada. Justificativa: Alguns tipos de resíduos, como vidros, eletrodomésticos e outros, não podem ser colocados em lixeiras comuns. Assim, o ponto de coleta é uma solução para receber esses tipos de resíduos. 2.4.4 Drenagem e manejo das Águas Pluviais Urbanas Sede do Município Projeto 19: Elaboração e execução de projeto de drenagem urbana. Objetivo: Objetivo: Elaborar projeto executivo, planejar e executar obras do sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas de Alto Araguaia. Justificativa: O desenvolvimento de Ato Araguaia, o qual vem sedo impulsionado por obras da construção civil e pelas obras públicas, principalmente pelas melhorias sanitárias que fazem parte deste PMSB, exigirá reorganização da infraestrutura do município, especificamente em relação à drenagem urbana. Este projeto executivo deve englobar os pontos críticos de acúmulo de água no período pós- chuva, bem como avaliar as áreas próximas aos recursos hídricos, observando a ocorrência de ocupação de áreas ribeirinhas, e trazer soluções que evitem maiores transtornos à população. Assim como projetar a substituição de galerias existentes em terrenos particulares e sob edificações. 111 2.5 Programa Melhorias Operacionais e da Qualidade dos Serviços É um programa que abranges os projetos, com suas respectivas ações, voltadas para o incremento de melhorias e da qualidade dos componentes do setor. Cujo detalhamento encontra-se no apêndice “B” deste PMSB: 2.5.1 Abastecimento de Água Sede do Município, jardim Novo Araguaia e Distrito do Buriti Projeto 1: Adequar o fornecimento de água distribuída pela DIVAES – Divisão de água e Esgoto de Alto Araguaia. Objetivo: Prestar fornecimento de água com continuidade e pressão, de acordo com as normas da ABNT e demais regulamentos. Justificativa: De acordo com diagnóstico técnico/participativo, os três sistemas de distribuição de água são deficitários no tocante à pressão em algumas partes das referidas áreas. Desta forma, a prefeitura municipal, titular dos serviços, deverá empreender ações junto a DIVAES para equalizar o abastecimento. 2.5.2 Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos Projeto 2: Disposição final dos resíduos sólidos em aterro sanitário consorciado. Objetivo: Eliminação de lixão com recuperação da área degradada e dispor adequadamente os resíduos em aterro consorciado. Justificativa: O uso de lixões polui o meio ambiente, e é imprescindível sua permuta por aterros sanitários, os quais devem receber apenas os rejeitos. O custo para manutenção deum aterro sanitário é elevado para que cada município possua oseu aterro, e diante desta realidade, foram consolidados consórcios para a execução e manutenção de aterros sanitários. Este projeto visa acompanhar o consórcio de resíduos sólidos, no qual Alto Araguaia sediará a construção do aterro sanitário. 112 Projeto 3: Unidade de triagem dos resíduos sólidos da coleta seletiva dos municípios consorciados. Objetivo: Construir uma unidade de triagem para realizar a segregação dos resíduos recicláveis. Justificativa: Diante da realidade de que os aterros sanitários receberão apenas rejeitos, é imprescindível que os resíduos recicláveis, que em Alto Araguaia representam um percentual significativo desses resíduos sólidos, tenham destino adequado. Projeto 4: Unidade de compostagem dos resíduos sólidos Objetivo: Construir uma unidade de compostagem para tratamento da matéria orgânica. Justificativa: Diante da realidade de que os aterros sanitários receberão apenas rejeitos, é imprescindível que a matéria orgânica, que em Alto Araguaia representa 44% dos resíduos sólidos, tenha destino adequado, podendo a mesma ser utilizada como condicionador do solo para fins de plantio. Projeto 5: Projeto de Reciclagem de Óleo Objetivo: Recolher o óleo de cozinha usado, dando ao consumidor desconto no valor da fatura de água relativo à quantidade de óleo recolhido. Justificativa: O óleo de cozinha saturado, quando jogado nas redes de esgoto, pode causar obstrução nas tubulações, e com isso, se houver rompimentos o óleo vai contaminar o solo e o lençol freático e ainda vai aumentar o custo de manutenção no sistema de esgotamento sanitário. Projeto 6: Criação de Cooperativa de Catadores Objetivo: Melhorar a qualidade de vida dos catadores. Justificativa: Com a consolidação do Consórcio Intermunicipal de Aterro Sanitário, o mesmo só deverá receber materiais considerados como rejeito, que não tenha possibilidade de ser reciclado. Para tanto, faz-se necessário a criação de uma cooperativa para executar o trabalho de classificação dos resíduos. 113 2.6 Programa Melhorias Organizacional Gerencial Este programa contempla os projetos, com suas respectivas ações, objetivando o fortalecimento do titular dos serviços de saneamento básico, por meio da gestão e dos recursos institucionais, por parte do município de Alto Araguaia. Tem por base as diretrizes “A”, estabelecendo ações com objetivo de atingir as estratégias “A” e “B”, elencadas nos itens 2.1 e 2.2. Foram estabelecidos os seguintes projetos, cujo detalhamento encontra-se no Apêndice C deste PMSB. Projeto 1: Implantação do Sistema de Autarquia Para Gerir o Setor de Saneamento Básico Objetivo: Aprimorar o sistema de gestão dos recursos gerados através da cobrança dos serviços de saneamento básico. Justificativa: De acordo com o diagnóstico, o município de Alto Araguaia não aplica diretamente na área do saneamento os recursos oriundos da cobrança pelos serviços, tornando o setor deficitário em máquinas e equipamentos e em recursos humanos. Projeto 2: Fortalecimento da Gestão dos Serviços Objetivo: Aperfeiçoar a capacidade de gestão da Prefeitura Municipal de Alto Araguaia no exercício das atribuições, relacionadas ao saneamento básico, com o estabelecimento de recursos humanos para atuar no setor. Justificativa: De acordo com o diagnóstico, o município de Alto Araguaia não dispõe de recursos humanos suficiente para fazer a gestão dos serviços de saneamento básico, e mais especificamente, deste PMSB. Projeto 3: Implantação de Sistema de Informações Objetivo: Implantar o sistema de informações no município. Justificativa: O município não possui estrutura que possibilite o acompanhamento direto das necessidades e/ou dos avanços alcançados quanto aos serviços de 114 saneamento básico, e por ser exigência da Lei nº 11.445/2007, este projeto deverá ser desenvolvido de forma que o sistema deva ser compatível com o SINISA, e também com o sistema de informações do órgão regulador dos serviços de saneamento. Projeto 4: Fortalecimento da Classe dos Servidores do setor de Saneamento Objetivo: Valorizar o servidor público municipal, através de uma política de regularização de cargos e salários e enquadramento dos servidores lotados no setor de saneamento. Justificativa: Os servidores envolvidos nos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário não têm jornada de trabalho compatível com sua remuneração. Visto que se trata de setores fundamentais ao bom andamento da saúde e do bem estar da população, é imprescindível uma regularização no setor. 2.7 Programa de Recuperação de Nascentes Este programa contempla os projetos, com suas respectivas ações, objetivando o equilíbrio ambiental através de projetos de recuperação e preservação de áreas degradadas de rios, córregos e nascentes dos rios de nossa bacia. Tem por base as diretrizes “A”, estabelecendo ações com objetivo de atingir a estratégia “A”, elencadas nos itens 2.1 e 2.2. Foram estabelecidos os seguintes projetos, cujo detalhamento encontra-se no Apêndice “D” deste PMSB. Projeto 1: Recuperação da Nascente do córrego Gordura Objetivo: Buscar junto aos órgãos competentes, recursos humanos e financeiro para recuperar a área degradada na nascente do córrego Gordura. Justificativa: Ao longo dos anos o manancial em que fazemos a captação de água para distribuição vem apresentando uma queda significativa no seu potencial de produção de água. Uma das principais causas observada foi a degradação da área no local de sua 115 nascente. Assim, faz-se necessário um programa de recuperação para garantir sua perenidade. 2.7 AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA As ações de emergência e contingência, contidas neste PMSB, identificam e priorizam riscos que envolvem os componentes do setor de saneamento básico. O objetivo destas ações é estabelecer medidas de controle para reduzir ou eliminar os possíveis riscos, aos usuários e ao meio ambiente. As ações e diretrizes contemplam prevenção, atuação, funções e responsabilidades nos procedimentos de atuação, envolvendo os órgãos da Prefeitura Municipal de Alto Araguaia, responsáveis pelo setor do saneamento, no auxílio e combate às ocorrências emergenciais no setor de saneamento básico. Estas ações são de relevância significativa, uma vez que englobam as diversas situações que podem impactar na prestação dos serviços. Ademais, é importante observar que, em situações críticas, o atendimento e funcionamento operacional dos serviços públicos de saneamento básico envolvem custos diferenciados. Considerando a ocorrência de anormalidades em quaisquer sistemas do saneamento básico, a comunicação do fato deve seguir uma sequência visando à adoção de medidas que permitam com rapidez e eficiência sanar as anormalidades que caracterizam a situação, bem como o controle dos seus efeitos. Em situação de emergência, esta deverá ser comunicada aos responsáveis para mobilização das ações necessárias ao atendimento, com o objetivo de normalizar a situação. Caso seja necessário realizar evacuação e o abandono de áreas afetadas por emergência, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros deverão coordenar todas as ações. Para cada componente (água, esgoto, resíduos e drenagem urbana)devem ser nomeados coordenadores responsáveis e nas situações de emergência, o coordenador local designado deverá providenciar a documentação e os registros fotográficos das emergências para registro de informações que subsidiem os processos investigatórios e jurídicos. Deve ainda a prefeitura municipal, detalhar as diretrizes apresentadas em Planos de Emergência e Contingência, visando especificar ações concretas de atuação, com base em normatização do órgão responsável pela regulação do setor se saneamento. 116 O Plano de Emergência e Contingência de Alto Araguaia está explicitado no apêndice “E” deste PMSB. 2.8 REGULAÇÃO A finalidade da regulação é proteger o interesse público, visando o atendimento dos princípios e das diretrizes que orientam a formação e a condução das políticas públicas. A regulação é entendida como a intervenção do Estado nas ordens econômica e social, com o objetivo de se alcançar eficiência e equidade, traduzidas como a universalização na provisão de bens e serviços públicos de natureza essencial, por parte de prestadores de serviços estatais e privados. Além disso, a Lei nº 11.445/2007 estabelece a regulação como condição vinculante para a validade dos contratos de prestação dos serviços de água e esgoto. 2.8.1 Regulação do Saneamento no Estado do Mato Grosso Com a criação da SANEMAT - Companhia Estadual de Saneamento do Estado de Mato Grosso, sociedade de economia mista, autorizada pela Lei nº 2.626, de 07 de julho de 1966, e pelo Decreto nº 120, de 03 de agosto de 1966, ocorreram as transferências das Concessões Municipais para o Estado. Visando dar instrumentos à gestão e investimentos necessários ao Setor, foi implantado pelo Governo Federal, o Plano Nacional de Saneamento - PLANASA, que a partir de 1971, buscou superar as dificuldades locais da prestação e do financiamento dos serviços de saneamento por meio do estabelecimento de Empresas Estaduais, formadas mediante concessões formais, ou informais, dos municípios brasileiros. A adesão da SANEMAT ao PLANASA possibilitou o atendimento, até fevereiro de 1998, de 92 (noventa e dois) municípios do Estado, com sistemas de abastecimento de água e em alguns com sistemas de esgotamento sanitário. Após 34 anos de criação da SANEMAT, o Governo do Estado de Mato Grosso devolve as concessões dos serviços de saneamento aos Municípios. Em 13 de dezembro de 2000, através da Lei 7.358, o Governo Estadual autorizou a extinção da Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso. O Governo do Estado de 117 Mato Grosso, então acionista majoritário, aprova a Lei 7.359 de 13 de dezembro de 2.000, alterada pela Lei n° 7.535 de 06 de novembro de 2001, que autoriza o Estado a conceder incentivos à municipalização dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, em função da população urbana do município, número de ligações domiciliares de água e valor do faturamento mensal. Os municípios que aderiram ao Plano de Incentivos assinaram o Termo de Rescisão do Contrato de Concessão e Confissão de Dívida com a SANEMAT com a interveniência do Governo de Estado e assinaram o Termo de Confissão e Assunção de Dívida com o Estado. Hoje, no Estado de Mato Grosso, devido a remunicipalização do Setor de Saneamento, cada Município faz opção pela gestão dos seus sistemas, muitos concedendo à iniciativa privada, outros criando Autarquias, Companhia Municipal de Saneamento ou Departamento Autônomos. A Regulação, controle e fiscalização dos serviços de Saneamento, que, conforme artigo 23, inciso IX, da Constituição Federal, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, promover programas para a melhora das condições de saneamento. Ainda, o artigo 30, inciso V da Constituição Federal, dispõe que compete aos municípios organizar e prestar diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local o que não exclui a competência suplementar dos Estados e da União para definir políticas, bem como fiscalizar a qualidade dos serviços. No Mato Grosso, a AGER, criada como uma Agência de Regulação multisetorial, pela Lei n° 7.101, de 14 de janeiro de 1999, e alterada pela Lei Complementar n° 66, de 22 de dezembro de 1999, em seu artigo 3º, inciso I e Parágrafo único, tem competência para exercer as funções que lhe sejam delegadas por legislação específica, em especial na área de Saneamento, entre outras atividades, a competência para controlar, fiscalizar e regular, bem como normatizar e padronizar os serviços públicos delegados, cuja organização e prestação é de competência dos Municípios. Em janeiro de 2002, o Governo do Estado aprova Lei 7.638 de 16 de janeiro de 2002, que institui a Política Estadual de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário. O artigo 22 da Lei 7.638/2002 dispõe que todas as formas de prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário e todos os seus agentes executores serão submetidos às atividades de regulação e controle. Nessa mesma Legislação, conforme o artigo 33, a AGER definirá as condições mínimas de cobertura e qualidade para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, no Estado de Mato Grosso. 118 2.8.2 A AGER A AGER, Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso, de natureza autárquica, foi criada pela Lei nº 7.101, de 14 de janeiro de 1999 e alterada pela Lei Complementar nº 66, de 22 de dezembro de 1999. Compete à AGER/MT, controlar e fiscalizar, bem como, se for o caso, normatizar, padronizar, conceder e fixar tarifas dos serviços públicos delegados em decorrência de normal legal ou regulamentar, disposição convenial ou contratual, ou por ato administrativo do Estado de Mato Grosso, suas autarquias e fundações públicas ou entidades paraestatais, em especial: saneamento; rodovias; portos e hidrovias; transporte intermunicipal de passageiros; distribuição de gás canalizado; energia elétrica; telecomunicações. O nosso papel é garantir a prestação dos serviços de forma adequada, assegurando a harmonia e o equilíbrio entre o Poder Concedente, os Usuários e os Concessionários ou delegatários de serviços públicos. Constituem objetivos da AGER zelar pelo equilíbrio econômico financeiro dos contratos de concessão e consolidar-se como órgão de Estado, oferecendo um modelo regulatório estável e em condições de proporcionar estabilidade e atratividade à novos investimentos no Estado de Mato Grosso, assegurando a prestação do serviço público adequado, ou Universalidade, seja, Regularidade, aquele que Continuidade, satisfaz as condições Eficiência, Segurança, de: Atualidade, Generalidade, Cortesia na sua prestação e Modicidade nas suas tarifas. 119 ORGANOGRAMA LEGENDA: COU: Coordenadoria de Ouvidoria. CCC: Coordenadoria de Contratos e Concessões. CEE: Coordenadoria de Estudos Econômicos. CES: Coordenadoria de Energia e Saneamento. CTR: Coordenadoria de Transportes e Rodovias. CAS: Coordenadoria de Administração Sistêmica. 2.9 MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL O acesso à informação torna-se imprescindível para o controle social e é garantido no art. 26 da Lei nº 11.445/2007, que assegura “publicidade dos relatórios, estudos, decisões e instrumentos equivalentes que se refiram à regulação ou à fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos usuários e prestadores, a eles podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente da existência de interesse direto”. Conforme definido no inciso IV do caput do art. 3º da Lei no 11.445/2007, compete ao titular dos serviços o estabelecimento dos mecanismos de controle social. No processo de elaboração dos Planos de Saneamento Básico, a referida lei, em seu § 5º do art. 19, assegura “ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas”. 120 Consoante esta assertiva, o Decreto nº 7.217/2010, em seu art. 34, declara que o controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante a adoção de debates e audiências públicas, realizadas de modo a possibilitar o acesso da população, podendo ser realizadas de forma regionalizada ou por meio de consultas públicas, promovidas de forma a possibilitar que qualquer do povo, independentemente de interesse, ofereça críticas e sugestões a propostas do Poder Público, devendo tais consultas ser adequadamente respondidas. Para garantir o acompanhamento das ações elencadas no PMSB, deverá ser instituído, obrigatoriamente, por meio de legislação específica, o controle social realizado por meio de órgão colegiado, de caráter consultivo, com participação na formulação da política de saneamento básico, bem como no seu planejamento e avaliação. Suas funções e competências deverão ser exercidas por órgão colegiado, como exemplo, o Conselho Municipal de saneamento Básico, sendo assegurada a participação de representantes dos titulares dos serviços, de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico, dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico, dos usuários de serviços de saneamento básico e de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico, nos termos do art. 47 da Lei no 11.445/2007. Em suma, o Plano Municipal de Saneamento Básico, sendo oriundo de um processo de discussão com a Sociedade Civil em Alto Araguaia, será peça fundamental na formulação da política pública do setor de saneamento básico de Alto Araguaia, tendo, como principal resultado, a definição de seus princípios e diretrizes, buscando a eficiência por meio do planejamento dos investimentos, respaldado nos interesses e na sabedoria dos técnicos e da população, rumo à universalização. Para elaboração do PMSB de Alto Araguaia foram realizadas 2 (duas) audiências públicas, para discussões do diagnóstico e prognóstico, respectivamente. Além da mobilização social, realizada pelos membros dos comitês de elaboração do PMSB, com acontecimento de várias reuniões em todas as áreas do município, conforme anexos neste PMSB. Por fim, o município de Alto Araguaia deve, até o final de 2014, instituir o órgão colegiado, que deverá ser um Conselho Municipal de Saneamento Básico, que exercerá as funções de controle social, do contrário será vedado ao município, a partir do exercício financeiro de 2014, o acesso aos recursos federais ou àqueles geridos ou administrados por 121 órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico, de acordo com o § 6o, art. 34 do Decreto nº 7.217/2010. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGER – Agência de Regulação dos Serviços Público Delegados do Estado do Mato Grosso. Disponível em: http://www.ager.mt.gov.br/html/organograma.php. Acesso: 10-12-2013. Mapa Esquemático do Aquífero Guarani FONTE: Modificado de CAS/SRH/MMA (2001) por Boscardin Borghetti et al. (2004) Aquífero Guarani, Reserva Estratégica. Disponível em: WWW.drrosinha.com.br/wpcontent/uploads/p11-1.pdf. Acesso: 28-08-2012 Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. 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Decreto Nº 7.217, de 21 de junho de 2010. BRASIL, Presidência da República, Casa Civil. Lei nº 12.305 de 02 de Agosto de 2010. COELHO, Ricardo Corrêa. Estado, governo e mercado – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009. ABRANTES, Luiz Antônio e FERREIRA, Marco Aurélio Marques. Gestão tributária. Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : 122 UAB, 2010. FUNASA/ASSEMAE. Oficina de Política e Plano Municipal de Saneamento Básico. Rondonópolis-MT 15 a 19 de julho de 2013. Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento – ASSEMAE. Política e Plano Municipal de Saneamento Básico. Artes Gráficas e Editora Pontual. Brasília, 2012. OLIVEIRA, Altair Machado de. Alto Araguaia dos Garimpos à Soja. Cuiabá: Editora Print Express, 1998. Distância entre cidades. 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Aos sete dias do mês de janeiro de dois mil e treze, às dezesseis horas e vinte minutos, na UAB (Universidade Aberta do Brasil), nos termos do Ofício Circular n° 01/2013, foi realizada a primeira reunião do comitê de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico para o município de Alto Araguaia. O Sr. Clodomiro Pereira Valeiro, coordenador do comitê, fez a abertura dos trabalhos, nomeando a mim Lucilene Araújo Borges suplente da Stª. Isabel Chistina da Silva como relatora e, informou que o projeto a ser tratado fazia parte de seu trabalho de conclusão de curso e que entre diálogos com o Sr. Luiz Carlos de Souza, engenheiro sanitarista e com o prefeito Jerônimo Samita Maia Neto decidiram colocar o projeto em prática. Destacou ainda que a reunião é apenas para esclarecer o que é o comitê e que de acordo com a Lei 11.445/2007, Lei do Saneamento Básico, todas as prefeituras obrigatoriamente deverão elaborar esse Plano. O coordenador mencionou ações do PMSB, retratou sobre a criação de um blog, onde a vereadora Srª. Sílvia Maia apoiou dizendo que assim a população poderia ter acesso às informações. Foi cogitada a hipótese de realizar uma reunião em todos os bairros do município. O Sr. Clodomiro deixou claro que a aprovação do PMSB deve ter a participação da população, em seguida, falou sobre as fases de elaboração do Plano, bem como formação do grupo de trabalho, plano de mobilização social, diagnóstico técnico-participativo, entre outros. O Sr. Luiz Carlos referiu que a seu ver a parte mais importante do comitê é o plano de mobilização social. A Srª. Jeane, engenheira civil, enfocou que a classe estudantil é a que mais se envolve nesses projetos, e a Srª. Sandra, Secretária Municipal de Promoção Social acrescentou que os Demolay também gostam de ajudar nesses projetos. O Sr. Luiz Carlos enfatizou novamente a importância de se criar um mecanismo para a participação da população, como expor o projeto nas escolas e lembrou ainda que a FUNASA se fará presente no projeto. Em seguida o coordenador mostrou a portaria do comitê. A Srª. Sílvia Maia aludiu a importância de reuniões com os diferentes setores da prefeitura. O Sr. Clodomiro explicou sobre o comitê de execução e o cronograma de execução, como por exemplo, reciclagem de óleo de cozinha, que para isto, pode-se convocar o SENAR para ministrar cursos para os membros do comitê para que eles deem o curso à população e destaca que o que tem primeira importância no momento é a mobilização e a criação do blog. Logo, destacou sobre o diagnóstico do sistema de abastecimento de água, onde anunciou que será entregue uma cópia para cada membro do comitê. A Srª. Jeane supra citou a hipótese de fazer Educação Ambiental com algumas comunidades, tal como Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O Sr. Luiz Carlos destacou a importância dos membros do comitê ajudarem na elaboração do Plano e chamou a atenção para que todos efetivamente contribuam para elaboração do mesmo, indagou ainda que há a hipótese da contribuição de uma consultoria. Discorreu que o comitê tem apenas oito meses para elaborar o projeto. Em seguida, a Srª. Sílvia maia indicou as agentes de saúde como fortes aliadas do projeto, pois vão de casa em casa e assim o trabalho de Educação Ambiental pode começar por elas. Após 125 as manifestações dos presentes a reunião foi dada como encerrada às 17:03h, e elaborada esta ata, sendo por e os mais presentes assinada. Lucilene Araújo Borges, Jefferson Luiz Berigo, José Fabiano Dias de Souza, Nelsoney da Costa Marques, Jeane Oliveira Borges, Clodomiro Pereira Valeiro, Luiz Carlos de Souza, Sandra Paniago B. de Oliveira e Sílvia Maia Santos. 126 ANEXOS 1.3 – FOTOS DA REUNIÃO PARA FORMAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DO PMSB. 127 128 ANEXOS 2 – LISTA DE PARTICIPANTES DA 1ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO DO PMSB DE ALTO ARAGUAIA. 129 130 131 132 ANEXOS 2.1 – ATA DA 1ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO DO PMSB DE ALTO ARAGUAIA. ATA DA PRIMEIRA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO DO PLANO MUNICIPALDE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA – MT E APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE RECICLAGEM DE ÓLEO. Aos vinte e nove dias do mês de abril de 2013, às quatorze horas/Brasília, no auditório da Câmara Municipal “Alba Berigo”, onde foi realizada a primeira audiência pública do Comitê de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, com a presença de segmentos da sociedade do município, bem como a presença de alunos, assim como vereadores dessa Casa de Lei, assim como a presença do engenheiro sanitarista Luiz Carlos de Souza e o Sr. Clodomiro Pereira Valeiro, as quais palestraram ao público os assuntos debatidos pelo município na Política de Saneamento Básico de acordo com a Lei nº 11.445/2007. Foi levado ao conhecimento dos demais participantes as necessidades e as prioridades na Política de saneamento básico do município, sendo debatido o que cabe a cada um fazer, ou seja, a comunidade, o município e seus governos estadual, assim como o governo federal. Finalizando o tópico de saneamento básico, onde salientou o Sr. Clodomiro as metas e as demais providências que serão tomadas diante do projeto que será apresentado ao governo para que a prefeitura possa buscar providências para que os trabalhos sejam executados com êxito. Logo, o Sr. Clodomiro deu início aos trabalhos de apresentação do Projeto de Reciclagem de Óleo, o qual é jogado de forma incorreta nas pias, indo direto para as redes de esgoto poluindo o meio ambiente. Foi salientado aos participantes a necessidade dos pontos de coleta, promovendo uma ação social na redução da tarifa de água do município, esse projeto visa promover ações sociais, levando a educação ambiental para as escolas, assim como toda a sociedade através de oficinas e cursos de fabricação de sabão e outros derivados do óleo de cozinha saturado. Após os assuntos debatidos, foi dada por encerrada a primeira audiência Pública às quinze horas e quarenta minutos, elaborada essa ata, sendo por mim assinada. Isabel Christina da Silva. 133 ANEXOS 2.2 – CONVITEDA 1ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO DO PMSB DE ALTO ARAGUAIA. 134 135 136 137 138 ANEXOS 2.3 – FOTOS DA REUNIÃO PARA FORMAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DO PMSB. 139 ANEXOS 3 – LISTA DE PARTICIPANTES DO PLANTIO DE MUDAS NA NASCENTE DO CÓRREGO GORDURA 140 141 ANEXOS 3.1 – ATA DO PLANTIO DE MUDAS NA NASCENTE DO CÓRREGO GORDURA ATA DA AÇÃO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA Aos nove dias do mês de maio de dois mil de treze, às quatorze horas e quarenta e nove minutos, na nascente do rio Gordura localizado na Fazenda Faveiro, membros do comitê do Plano Municipal de Saneamento Básico promoveram uma ação social à qual foi envolvido alunos da sétima e oitava séries com seus respectivos professores da Escola Municipal José Inácio Fraga. Participaram também do evento o Sr. Maury (coordenador de saneamento), o Sr. Ramires (proprietário da Fazenda faveiro) e um de seus funcionários e o Sr. Marcos Cardial (assessor de imprensa da Prefeitura Municipal de Alto Araguaia). A ação se deu ao plantio de mudas no local acima supracitado. Antes do início da ação, o Sr. Clodomiro coordenador do PMSB de Alto Araguaia perguntou ao senhor Ramires se ele pretende estender a plantação de eucalipto até as proximidades da nascente. Em resposta o Sr. Ramires ressaltou que não, enfocando ainda, que deixou aquela área apenas para preservação. Logo, o Sr. Nelsoney embasou que estender a plantação de eucalipto até a nascente causaria grande impacto ao meio ambiente. Antes de começar o plantio, os alunos foram levados a uma sombra onde o Sr. Nelsoney palestrou primeiramente com agradecimentos ao Sr. Ramires por permitir tal ação e pela disponibilidade de se fazer presente. Em seguida palestrou aos alunos que os mesmos estariam dando continuidade no que fazem em sala de aula, visto que a ação trata-se também de Educação Ambiental. Mencionou que a água é um bem necessário para a vida humana, e por consequente, com a ação, estão dando melhoria na qualidade de vida. Esclareceu ainda, que o que estavam fazendo ali seria favorável ao afloramento de mais água. Enfatizou que quanto mais árvore, mais água. O Sr. Nelsoney salientou ainda acerca do plantio e cuidados que se deve ter com as raízes. O Sr. Clodomiro lembrou a todos que os saquinhos das mudas eram para serem colocados em um balde, tendo o apoio de uma professora, que enfatizou que me um lugar desses, devemos deixar apenas os rastros. Em seguida deu-se início ao plantio. Ao término da ação todos se direcionaram ao primeiro olho d`água da nascente. Após isto, a ação foi dada por encerrada às dezesseis horas e trinta minutos e foi elaborada essa ata, sendo por mim assinada. Lucilene Araújo Borges. 142 ANEXOS 3.2 – FOTOS DO PLANTIO DE MUDAS NA NASCENTE DO CÓRREGO GORDURA 143 ANEXOS 4 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NO JARDIM NOVO ARAGUAIA 144 145 ANEXOS 4.1– ATA DA REUNIÃO NO JARDIM NOVO ARAGUAIA ATA DA REUNIÃO PARA DISCUSSÃO SOBRE A ELABORAÇÃO DO PMSB NO MUNICÍPIO DE ALTO ARAGUAIA NO BAIRRO JARDIM NOVO ARAGUAIA Aos vinte e dois dias do mês de junho de dois mil e treze, às dezessete horas e vinte minutos, na Associação de Moradores do Bairro Jardim Novo Araguaia, foi realizada uma reunião com membros do Comitê de Execução do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia e os moradores do local. O Sr. Clodomiro Pereira Valeiro, Coordenador do Comitê e execução deu início à reunião nomeando a mim Lucilene Araújo Borges como relatora e em seguida relatou sobre o PMSB, mencionou as devidas leis e deixou claro a importância da população participar na elaboração do projeto em questão, e que portanto, tal reunião teria como propósito ouvir os presentes, suas opiniões, o que para eles está bom e o que está faltando. A Srª. Solange comunicou que a coleta de lixo é realizada apenas uma vez por semana, e que deveria ser pelo menos duas vezes, evitando assim acúmulo de lixo. Logo, o Sr. Clodomiro destacou que as obras apontadas no PMSB estão visadas para começar a partir do próximo ano, porém algumas atividades já podem e estão sendo realizadas de imediato. A Srª. Silvia Maia, vereadora deste município, enfocou que anotará todas as solicitações. Os moradores pediram latões de lixo e o Sr. Janser, presidente da Associação esclareceu que já havia feito tal solicitação e que está documentado com o Sr. Juldésio, Secretário de Infra Estrutura, o pedido de cento e dez latões de lixo. O Sr. Clodomiro abordou sobre reciclagem de óleo e sobre os possíveis descontos que os moradores ganhariam na conta de água por cada litro de óleo usado. Ressalvou ainda que a vereadora Sílvia Maia vem lutando para fazer valer o projeto mencionado neste instante através de indicações. O Sr. Abel Coura, presidente da Associação de Moradores do Bairro Nossa Senhora Aparecida, que se fez presente nesta reunião enfocou já ter feito curso sobre reciclagem de óleo, e que o mesmo serviu para que o dinheiro arrecadado com a venda dos produtos dessa reciclagem seja destinado à Associação. Por conseguinte o Sr. Clodomiro salientou a hipótese de colocar a ideia no projeto, uma vez que o mesmo ainda não virou lei. Uma das moradoras achou válido solicitar nomes para as ruas do bairro Jardim Novo Araguaia, quando então, a Srª. Silvia Maia opinou que fosse deito uma lista com nomes de pessoas que eles gostassem de homenagear e em contrapartida, os moradores disseram que já haviam feito essa lista e que a mesma já havia sido entregue aos órgãos competentes. A Srª. Silvia Maia pediu uma cópia da lista citada. Uma das presentes nessa reunião mostrou sua indignação com os gastos desnecessários de água por alguns moradores e à eles foi deixado o número de telefone para possíveis denúncias. Os participantes da reunião solicitaram manilhas para a construção de fossas sépticas, uma vez que o bairro Jardim Novo Araguaia possui o solo arenoso, sendo assim de fácil assoreamento, o que não ocorreria com a fossa séptica que também impediria a contaminação do lençol freático. Uma das moradoras indagou sobre a taxa de lixo se ali naquele bairro há lugares que o caminhão de lixo não passa. Atentamente, a Srª. Silvia Maia anotou todos os pontos necessários, inclusive as ruas que não tem energia e os orelhões com telefones estragados. Em seguida o Sr. Maury Carneiro discorreu sobre a potabilidade da água consumida no bairro, explicitou que diariamente os operadores vão fazer a cloração da água. Falou das obras que 146 beneficiarão todos no Jardim Novo Araguaia. Que será feito rede de água até onde não há rua e que a água será captada do córrego Gordura, sendo tratada e inclusive filtrada. O Sr. Maury estimou aproximadamente seis meses para o término das obras. “podem ficar despreocupados, pois em breve vocês terão água tratada, potável e com abundância”, afirmou o Sr. Maury, bem como deixou claro que a partir daí a mesma será cobrada e, pediu para os moradores ajudarem quanto a fiscalização das obras. A Srª. Neuza solicitou asfalto para todas as ruas e que fosse feito a abertura de outras, que estão no mapa, porém encontram-se fechadas. Logo, foi questionado unanimemente a falta de um PSF no bairro, e os mesmos precisam se direcionar ao PSF da COHAB. Relataram que a maioria dos moradores não possuem veículos e precisam fazer esse trajeto a pé e de madrugada. E isso acontece com frequência. “Imagine uma senhora que não tem meio de transporte ter que descer daqui de madrugada para ir no PSF da COHAB, ou com criança” esclareceu um dos moradores. O Sr. Maury perguntou se tem faltado água com frequência e a Srª. Neuza respondeu que quando a caixa d`água está cheia não falta, mas quando está na metade, falta em algumas residências. Por fim, o Sr. Clodomiro ressaltou que tudo estava sendo registrado na ata. Os moradores denunciaram escorpiões vindos de terrenos baldios. A Srª. Silvia Maia fez os devidos agradecimentos e deixou claro que anotou todas as reivindicações e que se reunirá com o prefeito Sr. Jerônimo Samita Maia Neto para tratarem das mesmas. Após manifestações dos presentes e prestados todos os esclarecimentos, a reunião foi dada por encerrada às dezoito horas e quatro minutos, elaborada essa ata, sendo por mim assinada. Lucilene Araújo Borges, relatora. 147 ANEXOS 4.2– FOTOS DA REUNIÃO NO JARDIM NOVO ARAGUAIA 148 ANEXOS 5 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NO DISTRITO DO BURITI 149 ANEXOS 5.1 – ATADA REUNIÃO NO DISTRITO DO BURITI ATA DA REUNIÃO PARA DISCUSSÃO SOBRE A ELABORAÇÃO DO PMSB NO MUNICÍPIO DE ALTO ARAGUAIA NO DISTRITO DO BURITI Aos doze dias do mês de junho de dois mil e treze, às dez horas e quatro minutos, na Escola Estadual Onecídio Manoel de Rezende, foi realizada uma reunião com membros do Comitê do Plano Municipal de Saneamento Básico. O Sr. Clodomiro Pereira Valeiro, coordenador do Comitê, fez as devidas apresentações e em seguida discorreu acerca do PMSB, enfatizando a Lei 11.445/2007 e destacou que todos os municípios devem fazer o Plano Municipal de Saneamento Básico e a maioria dos municípios não fizeram e por conseguinte o prazo para a elaboração do mesmo foi estendido até o final de 2013. Enfatizou a importância da participação população nesse plano. Em seguida, a Sra. Evanilce ressaltou que um dos principais problemas enfrentados pela população do Distrito do Buriti é o esgotamento sanitário. Uma das funcionárias da escola questionou se esse plano realmente sairá do papel e em resposta o Sr. Clodomiro disse que sim, explicitando que primeiramente há que ser feito um diagnóstico, sendo esse o principal motivo da nossa presença ali. Logo, outra funcionária da escola se opôs quanto a presença de cloro na água e mencionou ainda que, no dia que é realizada a cloração, ninguém aguenta beber a mesma e questionou se no caso o cloro líquido não seria melhor. O Sr. Clodomiro esclareceu as questões acerca do cloro, ressaltando que irá dar atenção na possibilidade de troca do tipo de cloro. Em seguida, indagou sobre a coleta de lixo, onde os presentes disseram que houve uma grande melhoria, uma vez que tal atividade voltou a acontecer no Distrito a cerca de um mês. E, preocupados com o servidor Maurício, designado ao Distrito para cuidar da limpeza das ruas, manutenção do abastecimento de água e do cemitério. Os presentes questionaram o acúmulo de atividades exercidas por ele e pediram para que o mesmo não seja substituído na atribuição da água. Logo, o Sr. Maurício relatou a necessidade de um filtro na rede de distribuição, tendo o apoio dos presentes. “É viável um filtro na rede de distribuição por causa da quantidade de areia e folhas que sai na água”, deixou claro o Sr. Maurício. “Mais que viável, é necessário”, acrescentou o Sr. Clodomiro. Valendo-se do memento, criticaram a falta de transporte na saúde, falta de medicamentos, falta de médico e o fato de que quando chove molha tudo no PSF. Expressaram ainda sobre a quantidade de pernilongos, bem como sobre a existência de terrenos baldios sujos. O professor Alcides voltou à questão do esgoto, lembrando que não faz sentido fazer a rede de esgoto se for para ser destinado ao rio e em contra partida o Sr. Clodomiro esclareceu que toda água de esgoto deve passar por um tratamento a ponto de chegar limpa à sua destinação final. O Sr. João disse ser viável a melhoria na estação de captação substituindo a caixa d`água de fibra por uma de alvenaria. Após manifestações dos presentes e prestados todos os esclarecimentos, a reunião foi dada por encerrada às dez horas e trinta e oito minutos, elaborada essa ata, sendo por mim assinada. Lucilene Araújo Borges, relatora. 150 ANEXOS 5.2 – FOTOS DA REUNIÃO NO DISTRITO DO BURITI 151 ANEXOS 6 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NA REGIÃO DO CÓRREGO RICO 152 ANEXOS 6.1 – ATA DA REUNIÃO NA REGIÃO DO CÓRREGO RICO ATA DA SEGUNDA REUNIÃO A CERCA DA DISCUSSÃO SOBRE A ELABORAÇÃO DO PMSB DE ALTO ARAGUAIA-MT Aos trinta dias do mês de janeiro de dois mil de treze, às quatorze horas, no Assentamento Topázio Córrego Rico, foi realizada a segunda reunião do comitê de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico para o município de Alto Araguaia, com os moradores do assentamento. O Sr. Clodomiro Pereira Valeiro, coordenador do comitê, fez a abertura dos trabalhos, nomeando a mim, Lucilene Araújo Borges, suplente da Srtª. Isabel Christina da Silva como relatora, e informou que está fazendo um projeto de PMSB que é um projeto da faculdade e ele está fazendo e que está desenvolvendo o mesmo para a prefeitura, e que logo, esse projeto será encaminhado à câmara Municipal para aprovação e por fim conseguir convênios para a execução do mesmo. O Sr. Clodomiro salientou ainda que a reunião é apenas para fazer o cadastro dos moradores que precisam de água. Deu-se início ao cadastramento, o Sr. Alexandre relatou que precisa, pois a água que ele usa é de mina e é pouca. Em seguida o Sr. Clodomiro disse que a importância do projeto não é só trazer água, mas sim, água tratada. O Sr. Antônio Augusto mencionou as dificuldades que ele encontra em sua propriedade com relação a água. O representante do Sr. Bispo enfocou que a água está barrenta. Foi cogitada a hipótese de pagamento de taxa. O Sr. Clodomiro retratou que na próxima visita trarão aparelhos para medir a altitude de onde passará a rede de abastecimento. O vereador, Sr. Anderson deixou claro que estará sempre à disposição para o que for preciso para a realização do projeto. O Sr. Clodomiro esclareceu que o projeto é demorado, mas que se pode buscar convênios. O Sr. Antônio Augusto colocou a propriedade dele à disposição para ser colocada a caixa d`água. Relatou-se a cerca dos dois poços que há no assentamento, que um está funcionando e outro necessita de limpeza. Em suma, todos os moradores necessitam de água, pois as fontes de água secam no verão, os que usam mina, a água está barrenta e também secam no verão e outros usam água do córrego. Após as manifestações dos presentes, a reunião foi dada como encerrada às 15:59h, e elaborada essa ata, sendo por mim e os demais presentes assinada. Lucilene Araújo Borges, Clodomiro Pereira Valeiro, Carlos Alberto Vieira Gomes, Maria Aparecida Alves de Paula, Osmar da Silva, Eurides Dias Silva, Manoel Messias Pereira, Alexandre Correa Filho, Antônio Augusto Martins de Oliveira, Miralva Neves C. Borges, Sebastião Bento David, OstilioTexeira da Silva, Leonel Jonas da Silva, João Pereira do N. Neto, Doracilda Ferreira Borges, José Neves Correia, Anderson Borges, José Fabiano Dias de Souza e Cipriano Teodoro Borges. 153 ANEXOS 6.2 – FOTOS DA REUNIÃO NA REGIÃO DO CÓRREGO RICO 154 ANEXOS 7 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NA REGIÃO DO GATO PRETO 155 156 ANEXOS 7.1 – ATADA REUNIÃO NA REGIÃO DO GATO PRETO ATA DA REUNIÃO PARA DISCUSSÃO SOBRE A ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA NA ESCOLA MUNICIPAL ANÍBAL PEREIRA JÚNIOR. NA REGIÃO DO GATO PRETO. Aos dezoito dias do mês de outubro de dois mil e treze, às nove horas e cinco minutos, na Escola Municipal Aníbal Pereira Júnior, foi realizada uma reunião com membros do comitê de elaboração do Plano Municipal de Alto Araguaia, alunos e funcionários da escola, que são moradores da região do Gato Preto. O senhor Clodomiro Pereira valeiro deu início à reunião nomeando a mim Lucilene Araújo Borges como relatora e em seguida enfatizou sobre a importância da elaboração do PMSB, as leis e a importância da participação da população, uma vez que o mesmo engloba todas as regiões do município. Em seguida, pediu para que os presentes relatassem a respeito, ou seja, suas opiniões acerca do saneamento básico. O senhor Clodomiro destacou que em questão de água já foi realizado uma análise e que a mesma possui boa potabilidade. Os servidores mencionaram que estão começando um projeto de reciclagem de resíduos sólidos. Foi questionada a falta de um ponto de coleta de resíduos sólidos, posto que, os resíduos produzidos na região são queimados ou lançados em erosões e até em nascentes. Expressaram a falta de capacitação para professores ou alguém que os ajude em projeto de reciclagem. O senhor Clodomiro salientou que todos os problemas apontados serão relatados no projeto do PMSB e em seguida, apresentou aos participantes o Projeto de Reciclagem de Óleo e explicou como funcionará. Os presentes demonstraram interesse no projeto. Logo, uma das presentes questionou a falta de latão de lixo e indagou sobre a possibilidade da doação desses latões. O senhor Clodomiro afirmou que essas questões serão vistas com urgência e declarou ainda que no que diz respeito à água, a mesma deverá ser tratada com cloro e enfocou sobre as contaminações, tais como coliformes totais e E. Colli. Um dos participantes falou do produto que joga nas nascentes para questão do mosquito, e então, o senhor Clodomiro disse que passará o caso para a Vigilância Ambiental. Enfocou ainda que será levado uma urna para logística reversa, onde os moradores colocarão pilhas, baterias, entre outros que serão levados à prefeitura e a mesma encaminhará à uma destinação final adequada. Os moradores falaram de embalagens de produtos veterinários. O senhor Clodomiro mencionou que o caso será passado à Secretaria Municipal de Agricultura, que terá uma solução adequada mas, enquanto isso os materiais em questão deverão ser destinados aos pontos de coleta. O Senhor Clodomiro finalizou expressando que o PMSB é determinado pelo Governo Federal e falou do prazo que cada município tem para elaborar o mesmo. Após manifestações dos presentes e prestados todos os esclarecimentos, a reunião foi dada por encerrada às nove horas e trinta e seis minutos, elaborada essa ata, sendo por mim assinada. Lucilene Araújo Borges. 157 ANEXOS 7.2 – FOTOSDA REUNIÃO NA REGIÃO DO GATO PRETO 158 ANEXOS 8 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NA REGIÃO DO PARAÍSO 159 ANEXOS 8.1 – ATA DA REUNIÃO NA REGIÃO DO PARAÍSO ATA DA REUNIÃO ACERCA DA DISCUSSÃO SOBRE A ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA NA REGIÃO DO PARAÍSO Aos dezesseis dias do mês de maio de dois mil e treze, às traze horas e cinco minutos, na Escola Municipal Patrocínio Joaquim Dias, foi realizada uma reunião com membros do Comitê do Plano Municipal de Saneamento Básico de Alto Araguaia e funcionários da escola mencionada. O Sr. Clodomiro Pereira Valeiro, coordenador do comitê iniciou a reunião nomeando a mim, Lucilene Araújo Borges como relatora e aclarou aos funcionários da escola sobre o PMSB. Feito isto, o Sr. Clodomiro procurou saber se os participantes da reunião teriam algo a dizer sobre o sistema de abastecimento de água. Neste momento o Sra. Nelcy, que se fazia presente como parte da equipe VISA/SMS, enfocou que esse projeto faz parte do trabalho de conclusão de curso do Sr. Clodomiro e que o mesmo está direcionando este trabalho para a Prefeitura municipal de Alto Araguaia. Uma das professoras retratou a questão dos resíduos sólidos produzidos na escola e região. A diretora da escola ressaltou que existe uma associação com um projeto de ponto de coleta de resíduos sólidos. No projeto está visando ponto de coleta para resíduos comuns e ponto de coleta para resíduos de lavouras, entre eles embalagens de agrotóxicos. Foi enfocado que os resíduos produzidos na escola são ali mesmo queimados por falta de local para uma destinação adequada. A diretora da escola salientou que aproximadamente a quatro anos a escola em questão vem trabalhando com reciclagem do lixo orgânico e que em uma pequena quantidade deu certo. Foi mencionado sobre a horta em mandala, onde é usado a compostagem produzida pelo lixo orgânico. Ressaltando que a horta em questão foi visitada pelos membros do comitê do PMSB e pela equipe VISA/SMS que estavam no local para coletar e fazer análises da água consumida na escola e vizinhança. Ao que se refere à horta, foi esclarecido que o único adubo usado é o de compostagem produzida por eles. Em seguida o Sr. Clodomiro enfatizou sobre o projeto de reciclagem de óleo de cozinha e dos cursos que estão sendo visados pelos membros do comitê do PMSB, tal como produção de sabão caseiro. Logo, a professora Maria Ozana esclareceu sobre seus projetos, como jardim suspenso, canteiros com garrafas pet, artesanatos, entre outros. Ficou entendido que a ideia de reciclagem é válida e será levada à frente. Em seguida o Sr. Clodomiro destacou sobre o blog do Plano Municipal de Saneamento Básico. Após as manifestações dos presentes a reunião foi dada por encerrada às treze horas e vinte minutos e elaborada essa ata, sendo por mim assinada. Lucilene Araújo Borges. 160 ANEXOS 8.2 – FOTOS DA REUNIÃO NA REGIÃO DO PARAÍSO REUNIÃO ACERCA DA DISCUSSÃO SOBRE A ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA NA REGIÃO DO PARAÍSO 161 162 ANEXOS 9 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO NA COLÔNIA DO ARIRANHA 163 ANEXOS 9.1 – ATA DA REUNIÃO NA COLÔNIA DO ARIRANHA ATA DA REUNIÃO PARA DISCUSSÃO SOBRE A ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA NA ESCOLA MUNICIPAL JOAQUIM ESTEVÃO DE MELO. NA COLÔNIA DO ARIRANHA. Aos dezoito dias do mês de outubro de dois mil e treze, às onze horas e treze minutos, na Escola Municipal Joaquim Estevão de Melo, foi realizada uma reunião com membros do comitê de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, alunos e funcionários, bem como moradores da região Colônia do Ariranha. O senhor Clodomiro Pereira Valeiro, coordenador do comitê, deu início à reunião nomeando a mim Lucilene Araújo Borges como relatora e em seguida, discorreu sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico. Explicou que o plano em questão envolve todo o município, inclusive a zona rural. Disse ainda já ter ciência de que o maior problema enfrentado por moradores dessa região é a água. A senhora Eurides afirmou que a melhor solução seria um poço artesiano, pois a água ali não possui boa qualidade, que é uma região acidentada e que a água apresenta contaminação por fezes de animais. Segundo os presentes, falta muita água, inclusive na escola. Um dos presentes deixou claro que fará um registro fotográfico e fará denúncias. O senhor Clodomiro salientou quês denuncias serão válidas. Um dos moradores enfocou que a água é bombeada mas não tem reservatório e alegou já ter usado seu veículo para transportar água de longe a escola. O senhor Clodomiro afirmou colocar a construção do poço artesiano como meta a curto prazo. Afirmou ainda que a água será submetida ao tratamento por cloro. Os moradores enfocaram que a produção de lixo é pouca. O senhor Clodomiro falou sobre o ponto de coleta que deverá ser construído no gato Preto e levantou a hipótese de juntar os resíduos ali produzidos e levar para esse ponto de coleta. Após manifestações dos presentes e prestados todos os esclarecimentos, a reunião foi dada por encerrada aas onze horas e trinta minutos, elaborada essa ata, sendo por mim assinada. Lucilene Araújo Borges. 164 ANEXOS 9.2 – FOTOS DA REUNIÃO NA COLÔNIA DO ARIRANHA 165 166 ANEXOS 10 – LISTA DE PARTICIPANTES DA 2ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO SOBRE O PMSB DE ALTO ARAGUAIA 167 168 169 ANEXOS 10.1 – ATA DA 2ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO SOBRE O PMSB DE ALTO ARAGUAIA ATA DA SEGUNDA AUDIENCIA PUBLICA DO PLANO MUNICIPALDE SANEAMENTO BASICO NA CAMARA MUNICIPAL DE ALTO ARAGUAIA Aos vinte e nove dias do mês de novembro de dois mil e treze às dez horas e três minutos, deu-se início a segunda Audiência Pública acerca do Plano Municipal de Saneamento Básico com a presença de membros do Comitê do PMSB, Vereadores, Representantes de ONGs, Secretário de Meio Ambiente, Alunos do terceiro ano da Escola Estadual Carlos Hugueney, entre outros. O Sr. Luiz de inicio a Audiência expressando seus agradecimentos a presença de todos e ditou o motivo e a importância da mesma para a conscientização de tudo que poderá melhorar no município de agora até daqui vinte anos com relação a infra – estrutura. Salientou ainda que a contribuição dos presentes para o término da elaboração do Plano é muito importante, e lembrou a todos que Saneamento Básico está diretamente ligado à Saúde da População. Em seguida, passou a palavra para o Sr. Clodomiro Pereira Valeiro, que fez uma breve apresentação a cerca do PMSB, expressou sobre a Lei e que o Plano é exigência do Governo Federal. Explanou como está sendo elaborado o Plano e que o mesmo deve abranger os quatro eixos do Saneamento Básico, sendo água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem. Expressou que houve reuniões em todos os bairros e regiões do município para a montagem do diagnóstico. Em seguida, apontou os indicadores como metas imediatas, a curto e a longo prazo, como exemplo, citou a nascente do Gordura e pontos do município que não estão inclusos no abastecimento de água. Logo, apresentou registros fotográficos do Sistema de captação de água do Córrego Gordura. O Sr. Nelsoney indagou quando e como é realizada a lavragem da caixa d’água. O Sr Luiz afirmou que a DIVAES tem o Sistema de Controle da qualidade da água e que se a caixa não fosse lavrada, daria alterações no resultado das análises. Em seguida, o Sr. Clodomiro salientou sobre os resíduos sólidos, quanto se produz e o manejo. Foi esclarecido que deverá ter um órgão para regulamentar e fiscalizar o serviço. O Sr. Finega questionou se há um técnico que fará as análises de água. O Sr. Luiz respondeu mencionando a melhoria do Sistema de Distribuição de água e que terá um Laboratório Completo no DIVAES. Neste ato, o Sr. Nelsoney relatou que a água tem que ficar isolada da rede de esgoto, não tem que ficar paralela. Sr Luiz disse que a proposta será colocada no projeto. O Sr. Clodomiro deu seguimento dispondo os componentes dos Resíduos Sólidos. Em seguida, expressou sobre Esgotamento Sanitário, e disse que as redes coletoras foram feitas em dois mil e quatro, e contando com as redes já existentes, serão coletados quase vinte por cento do esgoto do município. O Sr. Luiz enfocou o estudo que foi realizado sobre as Bacias do Município e que os recursos financeiros foram direcionados à Bacia do ManéFalado. A Estação que será usada em Alto Araguaia é Compacta com Tratamento Biológico de acordo com o Sr. Luiz, que afirmou ainda que a intenção do Governo é manter uma fiscalização sistemática com o despejo do esgoto já tratado no Rio Araguaia. O Sr. Clodomiro apontou um gráfico do esgoto que é coletado, do que está sendo implantado, e do esgoto clandestino. Em seguida, mencionou sobre Drenagem de águas Pluviais. Falou dos pontos 170 com e sem Pavimentação no município e que até mesmo Loteamento Particular já está com rede de água e energia. Enfocou como é realizado o escoamento (por meio de sarjetas). O Sr. Luiz expressou o fato das redes de água pluviais feitas a cerca de 30 anos, que foram executadas de forma inadequada, uma vez que passam por baixo das residências, e durante as chuvas algumas redes se rompem dentro das mesmas. Neste instante, o Sr. Nelsoney afirmou que o Plano também é para corrigir o que foi feito de formas errôneas. Os vereadores Finega e Rosimeire deram exemplos de lugares onde a rede rompeu dentro de residências. O Sr. Clodomiro explicou todos os eixos do PMSB e que tudo o que for ser realizado deve ter a participação da população. O Sr. Gonçalo, gerente de vigilância sanitária de Alto Araguaia, perguntou se o plano menciona o fato do lençol freático do município ser muito superficial, e que por esse motivo, em época de chuva algumas residências são inundadas, e há dificuldades na construção de fossas. O Sr. Luiz informou que há o plano diretor que ordena todo o espaço do município com os tipos de ocupação. E que há sim, estudos para dar rumo a tais questões, bem como a situação dos que residem às margens do rio. Nelsoney salientou a doação de fossas sépticas, onde o Sr. Luis disse que a proposta pode ser colocada no plano. O Sr. Finega disse acreditar que vai acabar os problemas relacionados a água com a construção dos três reservatórios. Logo, a Sra. Rosimeire pediu para que as redes podres sejam trocadas. Em seguida, o Sr. Luiz destacou os bairros que a estação irá tratar. E que será feita uma estação de tratamento para tratar a parte central do município. Nelson Ney deixou claro que não concorda com a tarifa de coleta de resíduos sólidos, e falou dos cachorros nas ruas que fazem bagunça nos lixos. O professor da UNEMAT que se fez presente na audiência enfocou que no organograma da prefeitura não setor ligado a questão posta pelo Sr. Nelsoney. O Sr. Finega relatou sobre a solicitação de um centro de zoonose. Após manifestação dos presentes e prestados todos os esclarecimentos, a reunião foi dada por encerrada às onze horas e dois minutos, elaborada esta Ata sendo por mim assinada. Lucilene Araújo Borges. 171 ANEXOS 10.2 – FOTOS DA 2ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUSSÃO SOBRE O PMSB DE ALTO ARAGUAIA 172 ANEXOS 11 – LISTA DE PARTICIPANTES DA REUNIÃO PARA APROVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA. 173 ANEXOS 11.1 – ATA DA REUNIÃO PARA APROVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA. Aos dezesseis dias do mês de dezembro de 2013, às quatorze horas/Brasília, na Câmara Municipal de Alto Araguaia foi realizada uma reunião com membros do comitê de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, com a presença de representantes da sociedade do município e vereadores dessa Casa de Lei. A reunião teve início com a fala do Egº. Sanitarista Luiz Carlos de Souza, que esclareceu sobre a necessidade dessa reunião para que nosso Plano Municipal de Saneamento Básico fosse elaborado obedecendo todas fases estabelecidas no termo de Referência da FUNASA, que no caso, essa seria a última fase antes do encaminhamento do Projeto de Lei para votação na Câmara Municipal. Por isso torna-se indispensável a presença de representantes da sociedade civil e de todos os vereadores, para que eles possam conhecer todos os componentes do PMSB, como o diagnóstico dos serviços existentes, as metas estabelecidas, os projetos e os planos de emergência e contingência. Em seguida, a palavra foi passada ao coordenador do PMSB, Sr. Clodomiro Pereira Valeiro que começou a apresentação do plano em que foi mostrado desde as características do município, seu potencial turístico, as áreas degradadas na nascente do córrego Gordura, o diagnóstico dos serviços existentes no setor de saneamento. O Presidente da ONG ACENAT, Sr. Nelsoney das Costa Marques, ressaltou sobre a preocupação com as nascentes do nosso município, principalmente do córrego Gordura, que é o manancial onde se faz a captação de água para abastecimento. Dando prosseguimento à apresentação do PMSB, o Sr. Clodomiro esclareceu sobre o plano de emergência e contingência e começou a discorrer sobre o detalhamento de cada projeto que compõe o PMSB. Alguns projetos foram contestados em relação aos valores, todavia o Sr. Clodomiro explicou que os valores foram planejados de acordo levantamentos técnicos, mas que poderiam ser alterados, visto que tais valores eram referenciais, podendo ser alterados de acordo com as necessidades observadas durante a elaboração de projeto executivo. Assim, os vereadores Guilherme Gonçalves Berigo, Marilzan, Nelcy e Rosimeire, que haviam contestado quanto aos valores, concordaram que se tratava apenas de referências para que tais obras pudessem ser inseridas nos demais planos do município, que para tanto teriam que ter seus valores referenciados. Assim ficou esclarecido que o PMSB de Alto Araguaia é um instrumento de planejamento para os próximos vinte anos e que será necessário adoção de algumas medidas para acompanhar o desenvolvimento do PMSB durante esse período, como contratação de um órgão de regulação para os serviços de saneamento e a criação do Conselho Municipal de Saneamento para garantir o controle social durante o período de vigência deste PMSB. Depois de esclarecidas todas as dúvidas, a reunião foi encerrada às quinze horas e vinte e oito minutos. Foi lavrada esta ata e por mim assinada. Clodomiro pereira valeiro. 174 ANEXOS 11.2 – FOTOS DA REUNIÃO PARA APROVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ALTO ARAGUAIA. 175 APÊNDICE A – PROGRAMAS DE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO 176 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 177 ÁREA PROGRAMA SEDE, SISTEMA PRINCIPAL ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Ampliação e integração do sistema principal de abastecimento de água com o sistema do Jardim Novo Araguaia. PROJETO 1 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade, incluindo desinfecção e filtragem da água distribuída. 2– Ações Construção de ETA, implantação de adutora para o bairro Jardim Novo Araguaia, construção de 02 reservatórios de 100.000 litros e 01 reservatório de 600.000 litros, implantação de redes de distribuição no Jardim Novo Araguaia e sub adutora para o bairro Gabiroba, ampliação da cobertura com instalação de 350 novas ligações de água e instalação de 889 hidrômetros, ampliação do sistema de captação no córrego Gordura, substituição de636,28 metros de rede de amianto por tubos de PVC de 60mm. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade da água distribuída; Melhoria na qualidade dos serviços; Aumentar o atendimento da DIVAES no distrito sede (sistema principal) e Jardim Novo Araguaia; Universalização da cobertura e atendimento do abastecimento de água. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) FUNASA 6- Prazo Curto (em execução) 7- Meta Estabelecida 99,90% - Até 2014 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 3.061.300,09 178 ÁREA PROGRAMA PROJETO 2 SEDE, SISTEMA PRINCIPAL ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação de sistema de micromedição em todas as ligações de água do sistema principal e Jardim Novo Araguaia e regularização da cobrança pelos serviços. 1– Objetivo Garantir a auto sustentabilidade do serviço de abastecimento de água e racionalizar o uso e o consumo de água tratada de forma a preservar os recursos naturais. 2– Ações Instalação de 1.100 hidrômetros nas ligações do sistema principal e cadastramento para cobrança de tarifas de água e coleta de lixo no bairro Jardim Novo Araguaia.. 3- Resultados Esperados Diminuição nas perdas de água tratada; Cobrança de forma justa para todos os consumidores; Uso racional da água de abastecimento 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia –FUNASA 6- Prazo Curto 7- Meta Estabelecida 99,90% - Até 2017 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 90.558,00 179 ÁREA PROGRAMA PROJETO 3 BURITI ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação de sistema de micromedição em todas as ligações de água do Distrito do Buriti e regularização da cobrança pelos serviços. 1– Objetivo Garantir a auto sustentabilidade do sistema de abastecimento de água e racionalizar o consumo de água tratada como forma de preservar os recursos naturais. 2– Ações Implantação de cavaletes padronizados e hidrômetros em todas as ligações de água do Distrito do Buriti. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade dos serviços; Garantia de auto sustentação através da tarifação dos serviços; Universalização da cobertura e atendimento do abastecimento de água. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia –FUNASA 6- Prazo Curto 7- Meta Estabelecida 99% - Até 2017 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 120.000,00 180 ÁREA PROGRAMA BURITI ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Ampliação da cobertura do abastecimento de água no Distrito do Buriti. PROJETO 4 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade. 2– Ações Implantação de sistema de filtragem da água distribuída e ampliação das redes de distribuição. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade dos serviços; Melhoria na qualidade da água distribuída; Universalização da cobertura e atendimento do abastecimento de água. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – FUNASA 6- Prazo Curto 7- Meta Estabelecida 99% - Até 2016 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 530.000,00 181 ÁREA ASSENTAMENTO CÓRREGO RICO PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO PROJETO 5 Implantação de rede de distribuição de água. 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água no Projeto de Assentamento – PA Córrego Rico. 2– Ações Implantação de rede de abastecimento de água e reservatório nas propriedades dos assentados. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos assentados daquela área; Universalização da cobertura e atendimento do abastecimento de água. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia –SECID, Secretaria de Estado de Cidades 6- Prazo Curto 7- Meta Estabelecida 98% - Até 2017 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 480.000,00 182 ÁREA PROGRAMA COLÔNIA DO ARIRANHA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação de sistema de abastecimento de água por poço artesiano e rede de distribuição. PROJETO 6 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade. 2– Ações Perfuração de poço artesiano, implantação de reservatório, rede de distribuição e cloração da água. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores da Colônia do Ariranha; Universalização da cobertura e atendimento do abastecimento de água. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia –SECID, Secretaria de Estado de Cidades 6- Prazo Curto 7- Meta Estabelecida 98% - Até 2017 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 80.000,00 183 ÁREA PROGRAMA PARAÍSO, GATO PRETO, RIO DO PEIXE E ARIRANHA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Tratamento da água distribuída nas escolas, centros comunitários e outros locais que atende comunidades rurais. PROJETO 7 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade. 2– Ações Instalação de clorador pressurizado para Tratamento da água com Hipoclorito da Cálcio. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores, com o consumo de água tratada; Universalização da cobertura e atendimento do abastecimento de água tratada. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia. 6- Prazo Curto , médio e longo 7- Meta Estabelecida 98% - até 2015,99% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 45.000,00 20.000,00 20.000,00 184 ÁREA PROGRAMA SEDE – SISTEMA PRINCIPAL ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação de redes de abastecimento de água no Loteamento Buritis para atender a instalação do Residencial André Maggi PROJETO 8 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade. 2– Ações Instalação de redes de abastecimento de água. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores, com cobertura e atendimento de água potável; Universalização da cobertura e atendimento do abastecimento de água tratada. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia - FUNASA 6- Prazo Curto 7- Meta Estabelecida 100% - até 2015 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 65.000,00 185 ESGOTAMENTO SANITÁRIO 186 ÁREA PROGRAMA BACIA “B” SISTEMA PRINCIPAL - SEDE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação de Estação de Tratamento de Esgoto, redes coletoras e ramais de ligação na “Bacia B”. PROJETO 9 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade e quantidade, conforme normas e regulamentos. 2– Ações Construção de ETE, redes coletoras, ramais e ligação de esgoto. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores; Melhoria no atendimento do serviço; Universalização do acesso ao serviço de esgotamento sanitário. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Ministério das Cidades, PAC. 6- Prazo Curto. 7- Meta Estabelecida 9,25% - até 2014 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 3.160.000,00 187 ÁREA PROGRAMA BACIAS “A,C,D,E” SISTEMA PRINCIPAL - SEDE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação de Estação de Tratamento de Esgoto, redes coletoras e ramais de ligação nas “BaciasA,C,D,E”. PROJETO 10 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade e quantidade, conforme normas legais e regulamentares. Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade e quantidade. 2– Ações Construção de ETE, redes coletoras, ramais e ligação de esgoto. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores; Melhoria no atendimento do serviço; Universalização do acesso ao serviço de esgotamento sanitário. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Ministério das Cidades, PAC. 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 30% - até 2017,60% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 5.300.000,00 5.000.000,00 5.600.000,00 188 ÁREA PROGRAMA JARDIM NOVO ARAGUAIA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação de sistema de esgotamento sanitário, com coleta e tratamento no bairro Jardim Novo Araguaia. PROJETO 11 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de esgotamento sanitário no Bairro Jardim Novo Araguaia. 2– Ações Construção de ETE, redes coletoras, ramais e ligação de esgoto. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores; Melhoria no atendimento do serviço; Universalização do acesso ao serviço de esgotamento sanitário. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Ministério das Cidades, PAC. 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 25% - até 2017, 50% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 400.000,00 1.300.000,00 1.400.000,00 189 ÁREA PROGRAMA DISTRITO DO BURITI ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação de sistema de esgotamento sanitário, com coleta e tratamento no Distrito do Buriti. PROJETO 12 1– Objetivo Universalizar a cobertura e o atendimento dos serviços de esgotamento sanitário no Distrito do Buriti. 2– Ações Construção de rede coletora, emissário, ligações domiciliares e tratamento de esgoto. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores; Melhoria no atendimento do serviço; Universalização do acesso ao serviço de esgotamento sanitário. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – FUNASA 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 40% - Até 2016, 50% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 120.000,00 220.000,00 120.000,00 190 ÁREA PROGRAMA PROJETO 13 SOLUÇÕES INDIVIDUAIS ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Construção de fossas sépticas e sumidouros para a população com residência às margens do córrego Boiadeiro e do rio Araguaia e na zona rural. 1– Objetivo Universalizar o esgotamento sanitário para atender população que se encontra em locais sem possibilidade de execução de rede coletora de esgoto. 2– Ações Construção de sistemas de fossas sépticas e sumidouros. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores; Melhoria no atendimento do serviço; Universalização do acesso ao serviço de esgotamento sanitário. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – FUNASA – SECID – outros. 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 99,80% - até 2017, 100% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 250.000,00 60.000,00 60.000,00 191 LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 192 ÁREA PROGRAMA SEDE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Ampliação da coleta de resíduos sólidos na zona urbana de Alto Araguaia. PROJETO 14 1– Objetivo Ampliar a cobertura e o atendimento da coleta de resíduos sólidos na zona urbana de Alto Araguaia. 2– Ações Ampliar a cobertura do serviço de coleta de resíduos sólidos. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores; Melhoria no atendimento do serviço; Universalização do acesso ao serviço de coleta de resíduos sólidos. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia. 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 100% - até 2017, 100% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 80.000,00 50.000,00 193 ÁREA PROGRAMA ZONA RURAL ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação da coleta de resíduos sólidos na zona rural de Alto Araguaia. PROJETO 15 1– Objetivo Implantar a coleta de resíduos sólidos na zona rural de Alto Araguaia. 2– Ações Implantar a cobertura do serviço de coleta de resíduos sólidos nas comunidades da zona rural. Com postos de coleta e transbordo dos resíduos para o aterro sanitário. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade de vida dos moradores; Diminuição de impacto ambiental; Universalização do acesso ao serviço de coleta de resíduos sólidos. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia. 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 90% - até 2017, 100% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 120.000,00 40.000,00 40.000,00 194 ÁREA PROGRAMA SEDE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Implantação do Aterro Sanitário Através de Intermunicipal Consórcio PROJETO 16 1– Objetivo Construir, através consórcio intermunicipal o aterro sanitário para os municípios de Alto Araguaia, Alto Garças e Alto Taquari. 2– Ações Buscar, em parceria com os municípios envolvidos no consórcio, soluções técnico/financeira para construção do aterro sanitário e executar a obra dentro do prazo determinado por lei. 3- Resultados Esperados Coleta seletiva, aproveitamento, reciclagem e destinação adequada dos resíduos sólidos; Universalização do acesso ao serviço de coleta e reciclagem de resíduos sólidos. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Prefeitura Municipal de Alto garças – Prefeitura Municipal de Alto taquari. 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Prefeitura Municipal de Alto garças – Prefeitura Municipal de Alto taquari – SECID – FUNASA – Ministério das Cidades. 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 95% - até 2014, 100% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 3.000.000,00 200.000,00 200.000,00 195 ÁREA PROGRAMA SEDE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Elaborar e desenvolver projetos e Programas de Logística Reversa PROJETO 17 1– Objetivo Elaborar, planejar e executar programas e projetos de Logística Reversa, visando diminuir a poluição e contaminação, com o retorno dos materiais descritos na Lei 12.305/2010 para o ciclo produtor. 2– Ações Recolher e encaminhar os materiais previstos na Lei 12.305/2010 ao ciclo produtor. 3- Resultados Esperados Diminuir impactos ambientais. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Comércio Local – População em Geral 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – FUNASA. 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 70% - até 2014, 95% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 20.000,00 25.000,00 30.000,00 196 ÁREA SEDE, ZONA RURAL, DISTRITO E COMUNIDADES PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO PROJETO 18 Criação de Eco Pontos ou Pontos de Entrega Voluntária 1– Objetivo Incentivar a população de cada bairro, ou comunidade, a levar os resíduos produzidos em sua casa para um ponto de coleta, onde os mesmos deverão ser classificados, separados e armazenados até a coleta e destinação adequada. 2– Ações Recolher, classificar e encaminhar os resíduos para reciclagem ou para o aterro sanitário. 3- Resultados Esperados Diminuir impactos ambientais; Aumentar a cobertura e atendimento de coleta de resíduos sólidos. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Comunidade Local 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – FUNASA. 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 90% - até 2014, 95% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 200.000,00 120.000,00 150.000,00 197 DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 198 ÁREA PROGRAMA PROJETO 19 SEDE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO Elaborar projeto executivo, planejar e executar obras do sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas de Alto Araguaia. 1– Objetivo Elaborar projeto executivo, planejar e executar obras do sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas de Alto Araguaia. 2– Ações Desenvolver projeto de soluções para melhorar os serviços de drenagem de água pluviais urbanas, e através dos projetos executar as obras de melhorias e ampliação. 3- Resultados Esperados Diminuir impactos ambientais, como assoreamento e enchentes. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia –SECID – FUNASA – Ministério das Cidades. 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 70% - até 2014,80% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 3.800.000,00 4.500.000,00 2.200.000,00 199 APÊNDICE “B” PROGRAMA MELHORIAS OPERACIONAIS E DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS 200 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 201 SEDE DO MUNICÍPIO, JARDIM NOVO ARAGUAIA E ÁREA PROGRAMA DISTRITO DO BURITI PROGRAMA MELHORIAS OPERACIONAIS E DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS Adequar o fornecimento de água distribuída pela DIVAES – Divisão de água e Esgoto de Alto Araguaia. PROJETO 1 1– Objetivo Prestar fornecimento de água com continuidade e pressão, de acordo com as normas da ABNT e demais regulamentos. 2– Ações Desempenhar uma rotina de manutenção nos motores de pressurização e em redes de abastecimento e ramais de ligação. Implantação de dispositivos como ventosas e válvulas de retenção. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade dos serviços. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia - DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 100% - até 2014, 100% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 8.000,00 10.000,00 10.000,00 202 Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos 203 ÁREA PROGRAMA SEDE DO MUNICÍPIO, JARDIM NOVO ARAGUAIA E DISTRITO DO BURITI PROGRAMA MELHORIAS OPERACIONAIS E DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS Disposição final dos resíduos sólidos em aterro sanitário consorciado. PROJETO 2 1– Objetivo Eliminação de lixão com recuperação da área degradada e dispor adequadamente os resíduos em aterro consorciado. 2– Ações Substituição do lixão por aterro sanitário controlado; Implantação de coleta seletiva; Ampliação da cobertura do serviço em zonas rurais. 3- Resultados Esperados Melhoria na qualidade dos serviços; Aumento na cobertura dos serviços; Diminuição de impactos ambientais. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 90% - até 2014, 100% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 200.000,00 204 ÁREA PROGRAMA SEDE PROGRAMA MELHORIAS OPERACIONAIS E DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS Unidade de triagem dos resíduos sólidos da coleta seletiva dos municípios consorciados. PROJETO 3 1– Objetivo Construir uma unidade de triagem para realizar a separação dos resíduos recicláveis. 2– Ações Construir, em parceria com os municípios consorciados, unidade de triagem. 3- Resultados Esperados Implementação de renda para catadores; Diminuição de impactos ambientais. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Prefeitura Municipal de Alto Garças – Prefeitura Municipal de Alto taquari 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Prefeitura Municipal de Alto Garças – Prefeitura Municipal de Alto taquari 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 100% - até 2014, 100% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 800.000,00 200.000,00 300.000,00 205 ÁREA PROGRAMA SEDE PROGRAMA MELHORIAS QUALIDADE DOS SERVIÇOS OPERACIONAIS E DA PROJETO 4 Unidade de compostagem de resíduos sólidos (orgânicos) 1– Objetivo Construir uma unidade de compostagem para tratamento da matéria orgânica. 2– Ações Construir, em parceria com os municípios consorciados, unidade de compostagem. 3- Resultados Esperados Implementação de renda para pequenos produtores com aproveitamento de adubo orgânico; Diminuição de impactos ambientais. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Prefeitura Municipal de Alto Garças – Prefeitura Municipal de Alto taquari 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Prefeitura Municipal de Alto Garças – Prefeitura Municipal de Alto taquari 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 80% - até 2014, 90% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 50.000,00 20.000,00 20.000,00 206 ÁREA PROGRAMA SEDE PROGRAMA MELHORIAS QUALIDADE DOS SERVIÇOS OPERACIONAIS E DA PROJETO 5 Projeto de Reciclagem de Óleo 1– Objetivo Fomentar o recolhimento do óleo de cozinha usado através de desconto no valor da fatura de água relativo à quantidade de óleo recolhido. 2– Ações Recolher o óleo de cozinha usado, através de postos de coleta e usar para oferecer cursos de fabricação de sabão e outros produtos de limpeza. 3- Resultados Esperados Diminuir custo de operação da ETE e sistema de redes coletoras. Diminuição de impactos ambientais. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Sindicato dos Produtores Rurais de Alto Araguaia 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 60% - até 2014, 70% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 22.000,00 30.000,00 34.000,00 207 ÁREA PROGRAMA SEDE PROGRAMA MELHORIAS QUALIDADE DOS SERVIÇOS OPERACIONAIS E DA PROJETO 6 Criação de Cooperativas de Catadores 1– Objetivo Melhorar a qualidade de vida dos catadores que trabalham com materiais de reciclagem. 2– Ações Criar associação de catadores para atuar no consórcio Intermunicipal de Aterro sanitário. 3- Resultados Esperados Incrementar a renda dos catadores; Diminuir o impacto ambiental; Fortalecer a prática da Logística Reversa. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – ONGs - Catadores 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – Prefeitura Municipal de Alto Garças – Prefeitura Municipal de Alto Taquari 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 90% - até 2015, 98% - até 2025, 100% - até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 30.000,00 20.000,00 208 APÊNDICE “C” PROGRAMA MELHORIAS ORGANIZACIONAL GERENCIAL 209 ÁREA PROGRAMA SEDE PROGRAMA MELHORIAS ORGANIZACIONAL GERENCIAL Implantação do Sistema de Autarquia Para Gerir o Setor de Saneamento Básico PROJETO 1 1– Objetivo Criar autarquia gestora do SAA para que os recursos oriundos de cobrança de taxas de serviços sejam efetivamente aplicados no setor de saneamento básico. 2– Ações Implementação do sistema de gestão através do sistema de autarquia. 3- Resultados Esperados Melhor gestão dos recursos arrecadados através de tarifas e taxas dos serviços de saneamento. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – FUNASA 6- Prazo Curto. 7- Meta Estabelecida 100% - até 2017. 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 80.000,00 210 ÁREA PROGRAMA SEDE PROGRAMA GERENCIAL MELHORIAS ORGANIZACIONAL PROJETO 2 Fortalecimento da Gestão dos Serviços 1– Objetivo Aperfeiçoar a capacidade de gestão da Prefeitura Municipal de Alto Araguaia no exercício das atribuições, relacionadas ao saneamento básico, com o estabelecimento de recursos humanos para atuar no setor. 2– Ações Qualificar o quadro de servidores existente 3- Resultados Esperados Melhor rendimento nos serviços; Melhor desempenho dos servidores; Diminuição de percas de água. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – FUNASA – AMM - ASSEMAE 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 100% - até 2017, 100% até 2025, 100% até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 20.000,00 23.000,00 35.000,00 211 ÁREA PROGRAMA SEDE PROGRAMA GERENCIAL PROJETO 3 Implantação de Sistema de Informações MELHORIAS ORGANIZACIONAL 1– Objetivo Implantar o sistema de informações no município. 2– Ações Elaborar material informativo, por meio de um sistema de informação em que o consumidor possa acessar dados sobre qualidade da água, leis, normas, etc. 3- Resultados Esperados Melhor clareza no setor de saneamento. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia - DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 100% - até 2017, 100% até 2025, 100% até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 16.000,00 19.000,00 25.000,00 212 ÁREA PROGRAMA SEDE PROGRAMA GERENCIAL PROJETO 4 Fortalecimento da Classe dos Servidores do setor de Saneamento MELHORIAS ORGANIZACIONAL 1– Objetivo Valorizar o servidor público municipal, através de uma política de regularização de cargos e salários e enquadramento dos servidores lotados no setor de saneamento. 2– Ações Desenvolver Plano de Cargo, Carreira e Salários exclusivo para o setor, dando oportunidade de enquadramento de funções, criação de novos cargos e abertura de novas vagas para o setor. 3- Resultados Esperados Melhor desempenho nos serviços prestados; Melhor qualidade de vida para os servidores. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia - DIVAES 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 6- Prazo Curto, médio e longo. 7- Meta Estabelecida 100% - até 2017, 100% até 2025, 100% até 2033 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 120.000,00 213 APÊNDICE “D” PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE NASCENTES 214 ÁREA SEDE PROGRAMA PROGRAMA RECUPERAÇÃO DE NASCENTES PROJETO 1 Recuperação da Nascente do córrego Gordura 1– Objetivo Buscar junto aos órgãos competentes, recursos humanos e financeiro para recuperar a área degradada na nascente do córrego Gordura. 2– Ações Fazer projeto de recuperação e acionar, dentro dos termos da lei, o responsável pela área. 3- Resultados Esperados Aumento no volume de água; Reconstituição e preservação das matas no entorno da nascente do córrego Gordura. 4- Entidade (s) Responsável (eis) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia 5- Entidade (s) Parceira (s) Prefeitura Municipal de Alto Araguaia – FUNASA – AMM - ACENAT 6- Prazo Curto, médio e longo prazo. 7- Meta Estabelecida 100% - até 2017. 8- Orçamento Estimado Curto Médio Longo 150.000,00 300.000,00 200.000,00 215 APÊNDICE “E” – PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA 216 Eventos Adversos Pontos Vulneráveis Estia gem Rompi mento Interrupçã o no bombea mento Contami nação acidenta l Enchen te Vanda lismo 1-4-12 1-4-12 3-6-7-812-14 1-4-1112 1-3-45-1216 Adutora de água bruta 1-4-512 1-4-57-12 ETA 4-5-12 Adutora de água tratada 1-4-57-1213 4-512-13 3-6-7-812-14 2-4-57-13 3-6-7-812 Água Captação Reservatórios Esgoto sanitário Redes de distribuição Poços Rede coletora Interceptores e emissários Elevatórias ETE 1-3-45-61216 3-6-7-812-14 Falta Entupi de mento energia Falta de mercado compra dor Greve Vias bloquea das 1-4-12 1-3-45-61316 5-8 5-8 Quebra do veículo de coleta 1-4-12 5-8 5-8-914-15 Retorno de esgoto 8-9 8 5-8-916 5-8-916 5 5-8 5 5-8 8 5-8 8 5-8 217 Drenagem Macrodrena gem Microdrena gem 5 5-8-9 5 5 5-8-9 5 Resíduos Sólidos Bocas de lobo Limpeza urbana Coleta regular Aterro sanitário ETE aterro Transbordo Coleta seletiva/recicla gem Compostagem 5 5-8-9 5-8-914 9 9-16 5-9-11 11 9 9-10 9-16 5-11 10-11 5-9-10 10-11 10-11 10-11 10-11 8-9-11 5-8-9-14 9-16 9-16 5-11 5-11 9-11 10-11 9-11 218 Medidas Emergenciais 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Manobras de redes para atendimento de atividades essenciais Manobras de rede para isolamento da perda Interrupção do abastecimento até conclusão de medidas saneadoras Acionamento dos meios de comunicação para aviso à população atingida para racionamento (rádios e carro de som quando pertinentes) Acionamento emergencial da manutenção do prestador de serviços e ou Corpo de Bombeiros se for o caso (edificações atingidas e/ou com estabilidade ameaçada) Acionamento dos meios de comunicação para alerta de água imprópria para consumo. Realizar descarga de redes Informar o órgão ambiental componente e/ou Vigilância Sanitária Paralisação temporária dos serviços nos locais atingidos Acionamento dos meios de comunicação para aviso à população para evitar disposição dos resíduos nas ruas Busca de apoio nos municípios vizinhos ou contratação emergencial Apoio com carros pipa a partir de fontes alternativas cadastradas Apoio com carros pipa a partir do sistema principal se necessário Acionar Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros para isolar fonte de contaminação Acionamento dos meios de comunicação para alerta do bloqueio (rádios, TV) Comunicação a Polícia Responsabilidade Prefeitura Municipal de Alto DIVAES Araguaia X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 219 APENDICE “F” – MINUTA DO PRJETO DE LEI 220 MINUTA DO PROJETO DE LEI Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico destinado ao planejamento dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de águas pluviais urbanas na sede e distritos do Município de Alto Araguaia – MT. O PREFEITO MUNICIPAL DE ALTO ARAGUAIA, Estado do Mato Grosso: Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE ALTO ARAGUAIA aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1° - Esta Lei institui o Plano Municipal de saneamento Básico, anexo, com a definição das ações, metas, programas e projetos dos serviços públicos municipais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais urbanas, para o horizonte de 20 (vinte) anos. Art. 2° - O planejamento dos serviços públicos de saneamento básico orientar-se-á de acordo com os princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007, especialmente o disposto nos artigos 19 e 20. Art. 3° - Fica o chefe do Poder Executivo autorizado a delegar as atividades de regulação à Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato – AGER, para atendimento ao disposto da Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Parágrafo único. O exercício das atividades de regulação poderá ser realizado nos termos da Lei Estadual nº7.101, de 14 de janeiro de 1999 e alterada pela Lei Complementar nº 66, de 22 de dezembro de 1999. Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Alto Araguaia – MT 16 de dezembro de 2013. Jerônimo Samita Maia Neto Prefeito Municipal de Alto Araguaia - MT 221