12 - Museu dos Coches
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12 - Museu dos Coches
MUSEU DOS COCHES O Museu Nacional dos Coches conserva e expõe no ambiente requintado do antigo Picadeiro Real uma excecional coleção de viaturas reais do século XVII aos finais do século XIX. Considerada a mais notável coleção do mundo do seu género permite ao visitante compreender não só a evolução técnica dos transportes de tração animal como acompanhar as mudanças de gosto manifestadas nas artes decorativas tão bem expressas na ornamentação das viaturas. O Museu Nacional dos Coches é um dos museus mais visitados de Portugal e o mais visitado da cidade de Lisboa. O edifício Em 1726, o rei D. João V compra a D. João da Silveira Telo e Meneses, 3º Conde de Aveiras, a "Quinta de Baixo", situada junto ao rio Tejo no aprazível termo de Belém na parte ocidental da cidade de Lisboa, na qual se integrava um conjunto de casas nobres, o Palácio de Belém e um Picadeiro. Em 1786 foi mandado destruir o antigo picadeiro para, em sua substituição, ser construído o atual, obra da iniciativa do infante D. João, futuro rei D. João VI, filho da rainha D. Maria I e de D. Pedro III, grande entusiasta pela Arte Equestre. As obras de construção do Picadeiro Real tiveram início em 1787 e muito embora a estrutura do edifício ficasse pronta um ano depois, as decorações exteriores e interiores prolongaram-se até cerca de 1828. Nos motivos decorativos utilizados em toda a decoração do teto e painéis nos topos do salão, predominam elementos ligados à arte equestre. Destacam-se no teto do picadeiro em tela pintada, três grandes medalhões ovais com cenas alegóricas. Em 1904, quando da adaptação do picadeiro a museu realizaram-se obras sob orientação de Rosendo Carvalheira, arquiteto dos Palácios Reais, sendo as pinturas então restauradas pelos pintores José Malhoa e António Conceição e Silva. Mais tarde, em 1940, nova campanha de obras orientada pelo arquiteto Raul Lino vai permitir a ampliação da área de exposição com a construção de um novo salão lateral. Entre 1999 e 2001 procedeu-se a uma recuperação das coberturas do edifício, e à remodelação do teto do Salão Lateral dando ao edifício o seu aspeto atual. História Criado por iniciativa da Rainha D. Amélia de Orleãns e Bragança, mulher do rei D. Carlos I, o Museu dos Coches Reaes, como então se chamava, foi inaugurado no dia 23 de Maio de 1905. D. Amélia, senhora de grande cultura, toma consciência do valor patrimonial das viaturas de gala da Casa Real e com o apoio de Monsenhor Joaquim Boto, Cónego da Patriarcal de Lisboa e do Conselho do Rei e do seu Estribeiro-Mor, Tenente Coronel de Cavalaria Alfredo Albuquerque, propõe-se reuni-lo, salvaguardá-lo e apresentá-lo ao público à semelhança do que acontecera, pela primeira vez em Paris em 1900, na Exposição Universal. O local escolhido para a sua instalação foi o Picadeiro Real de Belém que deixara de ser utilizado e onde, há época, já se encontravam armazenadas algumas das principais viaturas da corte e para onde a rainha fez convergir os antigos carros nobres da Casa Real Portuguesa e respetivos acessórios, património que se encontrava disperso pelos vários depósitos e cocheiras dos palácios reais. Da primitiva coleção faziam parte 29 viaturas, fardamentos de gala, arreios de tiro e acessórios de cavalaria utilizados pela Família Real. Após a implantação da Republica, em 1910, o Museu passa a designar-se por Museu Nacional dos Coches e o seu espólio foi enriquecido com outros veículos da Coroa, do Patriarcado de Lisboa e de algumas casas nobres. Hoje o Museu reune uma coleção que é considerada única no mundo devido à variedade artística das magníficas viaturas de aparato dos séculos XVII, XVIII e XIX e ao número de exemplares que integra. De entre os veículos expostos destacam-se coches, berlindas, carruagens, seges, carrinhos de passeio, liteiras, cadeirinhas e carrinhos de criança formando um interessante conjunto que permite ao visitante compreender a evolução técnica e artística dos meios de transporte utilizados pelas cortes europeias até ao aparecimento do automóvel. Completam a coleção um núcleo de arreios de tiro, arreios de cavalaria, selas, fardamentos de gala, de armaria e acessórios de cortejo setecentistas de que se destaca um conjunto de trombetas da Charamela Real bem como uma galeria de retratos a óleo dos monarcas da Dinastia de Bragança. Informações úteis Praça Afonso de Albuquerque 1300-004 LISBOA Telefone: (351) 213 610 850 Fax: (351) 213 632 503 Site: www.museudoscoches.pt Transportes Autocarro: 28, 714, 727, 729, 751 Elétrico: 15 Comboio: Linha de Cascais (Estação de Belém) Barco: Estação Fluvial de Belém Horário Aberto: 10:00 - 18:00 (Terça-feira a Domingo) Última entrada: 17:30 Encerrado: Segundas-feiras, 1 de Janeiro, 1 de Maio, Domingo de Páscoa e 25 de Dezembro Preçário Normal: 5,00€ + de 65 anos: 2,50€ Cartão Jovem: 2,00€ Bilhete de Família: - 50% de desconto para os filhos menores (15-18 anos) desde que acompanhados por um dos pais Entrada Livre: - Domingos e Feriados até às 14h00 Mediante comprovação documental: - Crianças até aos 14 anos - Membros da APOM/ICOM, Academia Nacional de Belas Artes, Academia Internacional da Cultura Portuguesa e Academia Portuguesa de História - Investigadores, Jornalistas e Profissionais de Turismo no desempenho das suas funções - Professores e alunos de qualquer grau de ensino no âmbito de visitas de estudo - Mecenas institucionais dos respetivos museus - Membros de Associações de Amigos dos Museus - Funcionários do Ministério da Cultura - Funcionários do IMC e serviços dependentes - Portadores do Lisboa Card
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