O Velho Maçom

Transcrição

O Velho Maçom
Ney Lisboa de Miranda 33º.
Assessor Especial do Sob.’. Grande Inspetor Litúrgico
1ª Inspetoria Litúrgica do Paraná.
Vale de Curitiba.
15/06/14
Meu Dileto e Estimado Ir. ’. Manif
Este “Velho Maçom” com o passar dos anos sente na sua alma a transformação que
pouco a pouco se opera em si próprio tornando-o em um “MAÇOM VELHO” cujas
forças fraquejam para lutar contra o senhor TEMPO; assusta-se com o terrível e
insólito gargalhar dessa terrível criatura pois o tem como o “Algoz” da humanidade.
.
Ele o – SENHOR TEMPO - desperta no meu íntimo, neste momento, uma força
Hercúlea impossível de contê-la, porquanto, anima a minha alma e alimenta o desejo
de juntar-me aos aventureiros da expedição de “PONCE DE LEON” e com eles
buscar em terras desconhecidas a “MILAGROSA FONTE DA JUVENTUDE” - Oxalá
encontremo-la!
- Se encontrá-la, satisfarei o meu férreo desejo, com as mãos em forma de concha,
colherei a água e bebê-la-ei, até fartar-me!
Ao experimentar o frescor da linfa cristalina firmarei o pensamento, para voltar a ser
mais um “MAÇOM”,independentemente de ser um “VELHO MAÇOM ou MAÇOM
VELHO”
- Desejo tornar-me apenas mais um maçom,
A nave singra os mares, branca espuma desprende-se das ondas e parece desejar
acompanhar a nossa aventura por mares ignotos, (como na afirmação de Luiz Vaz
de Camões) nunca dantes navegados, especialmente, por um “ Maçom Velho”
desejoso em reverter o destino e voltar a ser, pelo menos um “VELHO MAÇOM”,
considerando a sua data de iniciação.
-Chegamos ao primeiro ponto do nosso destino.
A nave dos modernos Argonautas comandada por experiente e competente “Artífice
da Arte Real” com mãos fortes, olhar tranquilo, porém arguto, perscrutava o
horizonte, de tempos em tempos e orientava o timoneiro transmitindo-lhe instruções
para seguir nesta ou naquela direção.
A sua experiência era tão grande, que poucas vezes, se serviu do sextante de
navegação marítima, para orientação do curso da nave.
Recebemos ordem de desembarque, colocamos-nos em fila, os mais graduados com
preferência, passaram à frente e deu-se o desembarque.
Em terra, fomos recepcionados por nativos do local, “companheiros” de todas as
idades respeitosamente, após o primeiro contato, alegremente saudavam-nos como
irmãos viajantes, procedentes de terra distante, em busca do “elixir da longevidade”
cuja vinda já tinha sido prevista pelo Sumo Pontífice, Sacerdote do Templo de
“Salomão”, a visão se dera quando em preces, incensava o Santuário construído em
louvor ao Grande Arquiteto do Universo preparando-o para mais uma reunião.
Sentados, ao “Sul” sob a sombra de formosas colunas papiriformes, ordem de
arquitetura egípcias, iludindo visão os nautas que a primeira vista tiveram-nas como
majestosas palmeiras.
- Unidos pelo mesmo ideal, formavam um círculo em torno do seu “Instrutor”
escutavam com total interesse as palavras do seu guia, cujo tema versava sobre
princípios do REAA – (Graus Inefáveis).
Dizia ele: - “Antes de ingressamos no caminho da felicidade que a primeira série dos
graus inefáveis nos aponta, devemos voltar pelo caminho já percorrido no simbolismo
maçônico e num justo exame de consciência, verificarmos qual foi o nosso
aproveitamento até o presente momento”.
- Continuava, ele:
“... naturalmente, os intrépidos e destemidos nautas já percorreram, velozmente, por
cinco anos, ou mais tempo a estrada do conhecimento básico, sem o qual, até o
“condor”, cuja visão é inexcedível pela agudeza, com que lá do alto distingue a menor
de suas vítimas e num voo fulminante como um bólido atira-se sobre sua presa, não
dando oportunidade de defesa a pobre vítima, todavia, nem sempre consegue o seu
objetivo.
- “Expedicionários”, hoje vocês chegaram ao pé da “escada em caracol”, examinem-na
uma vez mais, considerem-na como sendo a primeira ou a última oportunidade que
lhes esteja sendo concedida!
Talvez...!
- Ó nautas! Que a ansiedade não lhe turve a visão e nem o raciocínio, sirvam-se do
momento, degustem o presente:
- Percebam o mosaico no qual ela se assenta, não lhes devolve a lembrança daquele
momento memorável em que lhes ensinaram caminhar os três primeiros passos em
esquadria?
- Quanta saudade!
- Reparem, a grade curricular expõe a cultura humana de todos os tempos, são
matérias, se bem compreendidas ensinam o homem maçom peregrinar, do norte ao
sul, ou mudar sua direção, quando permitido, do “ocidente” para alcançar o seu
“oriente”.
- Qual é oriente do maçom?
- Acaso não é o local onde se encontra a “FONTE DA JUVENTUDE”?
- Porquanto sabe o maçom que a cultura humana será sempre progressista, jamais
deixará de reconhecer a sua origem, pois SABEDORIA é a FONTE INESGOTÁVEL
DA JUVENTUDE ETERNA, tão perseguida por todos os homens, em todas as épocas
e em todos os quadrantes da Terra, todavia alcançada por poucos, mesmo entre os
Obreiros da Arte Real.
- A escada em caracol, apresenta, ilustrativamente, ao “buscador da “VERDADE”, o
caminho que se bem trilhado, levá-lo-á frente ‘A FONTE DA JUVENTUDE’ do saber.
- No segundo lance da “escada” ou grade escolar com sete degraus, indica o “trivium”
e o “quadrivium” das matérias que somadas comporão as “SETE CIÊNCIAS
LIBERAIS” da antiguidade; os três primeiros degraus alertam ao estudante para incluir
no seu currículo, sólido conhecimento gramatical, retórica razoável e lógica
convincentes para, expor aos mestres, o resultado do seu aprendizado.
No seguinte lance com quatro degraus, o noviço tomará contato com a ciência dos
números arábicos, herança dos matemáticos “árabes”, aprenderá manipula-los
primeiramente, na formas mais elementar, que é a “ARITMETICA “-, conhecerá os
mistérios da numerologia e, preparar-se-á para adentrar no estágio da “GEOMETRIA”,
que é a base de toda a estrutura dos ensinamentos “exotéricos, éticos e morais” da
maçonaria.
Juntará ao seu acervo novos instrumentos de trabalho mais delicados e precisos,
para a continuidade da sua obra, que é esculpir “O HOMEM PERFEITO”.
Deverá cultivar a amizade de Orfeu e embalar-se na sonoridade maravilhosa da “Lira
de Sete Cordas”, usada pelo Semideus, párea acalmar as “bacantes” que se
compraziam, em suas festividades, dilacerar o coração dos incautos atraídos com
seus cantos orgíacos.
Por final, olhar para o “céu azulado”, salpicado de estrelas e procurar na “cultura”
caldáica os sacerdotes-astrólogos e buscar os tratados e estudos versando sobre os
“SETE PLANETAS” conhecidos na antiguidade e a influência deles sobre a o nosso
planeta e ação que exerciam sobre a humanidade.
Deverá separar a “astrologia” dos antigos da nobre “astronomia”, ciência de realce,
ajuda cientistas, com aparelhos sofisticados, pesquisar o Universo, na busca do
mistério do início do Universo.
Aprovado, o “noviço” poderá almejar o seu ingresso na “Oficina do Meio” e percorrer
vagarosamente o trajeto, longo e difícil do “RITO ESCOCÊS”.
Agora sinto-me constrangido, mas posso afirmar após ter percorrido pelos “sete
mares” bravios, enfrentado os discípulos da ignorância que manietam os homens,
lutado contra “dragões”da estultice, finalmente encontrei a FONTE DA JUVENTUDE:
“ESTÁ NO ESPÍRITO HOMEM”,
“JAMAIS ENVELHECE”.

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