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NEEJA- NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-CULTURA
POPULR, CONSTRUÍNDO UM MUNDO NOVO.
APOSTILA DE HISTÓRIA- MÓDULO- 09
PROFESSORAS: IVONE VENDRUSCULO
SANDRA M. C. SCHERER
BRASIL REPUBLICANO
Em 15 de Novembro de 1889 teve início o Brasil Republicano, período de Nossa
História que se estende até aos dias de hoje. Neste ano o Marechal Deodoro da Fonseca
declarou a proclamação da Republica dando um ponto final no Império Brasileiro que
havia sido governado pelos imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II e pelos membros
do Governo Regencial.
Acontecimentos do Brasil República
A República Velha
Os primeiros 41 anos do Brasil Republicano ficaram conhecidos como República
Velha, período em que o Brasil foi governado pela oligarquia cafeeira da região sudeste.
A Era Vargas
A dominação política dos senhores do café seria afetada pela crise econômica que
afetou o mundo em 1929. Os opositores do governo uniram-se aos militares do
Movimento Tenentista na tarefa de derrubar a República do Café com Leite.
Em 1930, políticos oposicionistas e militares do exército deram um golpe de estado e
fizeram de Getúlio Vargas a personificação do Estado Brasileiro. Os 15 anos do
governo Getúlio Vargas ficaram conhecido como Era Vargas.
República Populista Brasileira
Em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas deixa o poder brasileiro.
No mesmo ano, Eurico Gaspar Dutra tornasse o primeiro presidente eleito da chamada
República Populista. Anos depois Getúlio Vargas, maior nome da politica brasileira,
tiraria sua própria vida em nome de sua honra.
Ditadura Militar Brasileira
Em 1962 o Populismo no Brasil passou a ser sinônimo de Comunismo. Os grupos
políticos de direita incentivaram os militares brasileiros a derrubarem o governo de João
Goulart. Com a desculpa de conter o avanço do comunismo no Brasil, as Forças
Armadas brasileira deram um golpe de estado e passaram a governar o Brasil.
A República Nova
O regime militar brasileiro chegaria ao fim com a eleição que elegeu Tancredo Neves
como Presidente do Brasil. Infelizmente o presidente eleito faleceu antes de tomar
posse. Em seu lugar assumiu o governo vice Presidente, José Sarney.
Cronologia do Brasil Republicano
1989 – Os militares derrubaram o Governo Imperial de Dom Pedro II e proclamaram a
República. Os Marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto governaram o Brasil
na chamada República da Espada
1894 – Prudente de Morais tonasse o Primeiro Presidente Civil do Brasil. Seu governo
inaugura a chamada República do Café com Leite.
1896 – Os sertanejos liderados por Antônio Conselheiro foram derrotados pelas forças
governamentais na Guerra de Canudos.
1904 – Oswaldo Cruz com sua Lei da Vacina fez com que a população do Rio de
Janeiro se rebelassem na Revolta da Vacina.
1910 – Os castigos corporais aplicado aos soldados da Marinha fez com que os mesmos
se rebelassem contras os seus superiores na Revolta da Chibata.
1912 – No Sul do Brasil as disputas por território entre Santa Catarina e Paraná gerou a
Guerra do Contestado.
1922 – Um grupo de militares, contrários a posse de Artur Bernardes como presidente,
se rebelaram na Revolta do Forte de Copacabana.
1924 – Em São Paulo acontece a segunda revolta militar do Tenentismo. Passados
alguns dias de luta na capital paulista, o comando tenentista retirou-se para o Sul da
Brasil para formarem a Coluna Prestes.
1930 – A Revolução de 30 derruba o governo de Washington Luís, entregando o poder
presidencial a Getúlio Vargas.
1932 - Os representantes políticos de São Paulo que faziam parte política do café com
leite, persuadiram a população do Estado de São Paulo a lutarem contra o governo
revolucionário de Getúlio Vargas. A revolta dos Paulistas ficou conhecido como
M.M.D.C..
1938 - Morre na Bahia o cangaceiro Virgulino Ferreira da Sila, maior nome do Cangaço
no Brasil.
1945 – Getúlio Vargas pressionado pela oposição política saiu da presidência do Brasil
para dar lugar ao presidente eleito, Eurico Gaspar de Dutra. Era o início dos governos
populistas do Brasil.
1964 - Humberto Alencar Castelo Branco tornasse o primeiro presidente escolhido pelo
Regime Militar.
1985 – Jose Sarney toma posse como Presidente do Brasil. Era o início da Nova
República do Brasil.
Estado Novo
O Estado Novo foi o período que marcou o governo de Getúlio Vargas, depois do golpe
militar. Vargas manteve o controle da nação com a ditadura do Estado Novo, que tinha
influência fascista e autoritária.
Nesse período, Vargas impediu a realização de eleições diretas e controlou os poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário. O Estado Novo só terminou depois de 1945, com o
fim da Segunda Guerra Mundial.
A redemocratização aconteceu graças à elite, que tirou Vargas do poder. Com o fim do
Estado Novo, o Brasil viveu seu primeiro processo de transição democrática.
A Volta de Vargas ao Poder
O governo do general Dutra representou alinhamento do país com os Estados Unidos
dentro do quadro internacional da guerra fria. A influência norte-americana trouxe como
conseqüência a abertura econômica às empresas multinacionais dos EUA e também a
ruptura de relações do Brasil com a URSS dentro do conceito de segurança do
hemisfério ocidental atlântico. Em seguida, foi decretada a ilegalidade do Partido
Comunista Brasileiro (1947).
No plano interno, o governo Dutra procurou reduzir a intervenção do Estado na
economia, enquanto fracassava no propósito de estabelecer uma política econômica
baseada na saúde, alimentação, transporte e energia: o famoso Plano Salte, que ficou
sem aplicação. No entanto, conseguiu ampliar a acumulação de capitais, adotando
inclusive modelo agroexportador, enquanto o país passou a importar equipamentos
ferroviários, artigos de plástico, automóvel e equipamentos de televisão, com a
implantação das primeiras emissoras em 1950.
O governo empreendeu uma "política de conciliação nacional", que se traduzia na
divisão de poderes entre os grupos oligárquicos e as forças consolidadas com a
Revolução de 30, o setor urbano industrial e também representantes das camadas sociais
em ascensão. O controle sobre as representações sindicais permaneceu, com mais de
180 intervenções estatais no sindicato nesse período.
Getúlio Vargas: a preparação da volta
A abertura ao capital estrangeiro limitava a ação do estado e dificultava o crescimento
industrial de setores da economia nacional. Setores da burguesia fabril, ideólogos do
nacionalismo de seguimentos das classes médias urbanas desejavam a volta de Getúlio.
O ex-ditador possuía também apoio popular, graças a sua imagem de "pai dos pobres".
O retorno de Getúlio significava a retomada de um desenvolvimento sob o patrocínio do
Estado com uma política de subsídios à expansão industrial com concessão de créditos e
ainda com a redução de preços de matérias primas, a serem produzidas pelas empresas
estatais. Essa convergência de interesses privilegiava Getúlio como o único dirigente
capaz de realizar esse programa de desenvolvimento.
Os defensores da industrialização nacionalista apegavam-se à ilusão de que o
desenvolvimento levaria à emancipação, ao mesmo tempo e com igual resultado, o país
e classe trabalhadora. A mobilização das massas - através de comícios, sindicatos e do
PTB - tornou-se o principal instrumento de pressão dos populistas contra a oposição
conservadora: os setores agroexportadores, os importadores, as parcelas mais
tradicionais da classe média, os representantes do capital estrangeiro e as facções
(grupos) "mais retrógrados" (mais conservadores e contrários) das forças armadas.
Além disso, Getúlio podia acionar um sólido controle das reivindicações das classes
trabalhadoras através dos sindicatos sob controle estatal.
Nas eleições de 3 de outubro de 1950, Getúlio (Partido Trabalhista Brasileiro - PTB)
venceu com 48,7% dos votos, Eduardo Gomes (União Democrática Nacional - UDN)
conseguiu 29,7% e Cristiano Machado (Partido Social Democrático - PSD) 25,5%. Na
Câmara Federal, o PSD reuniu 112 deputados, a UDN conseguiu 81, o PTB conquistou
51 e o PSP (Partido Social Progressista) - comandado por Ademar de Barros, com
grande força política em São Paulo - obteve 24 deputados; os demais partidos ficaram
com 36 deputados.
O Nacionalismo Varguista
Em janeiro de 1951, Vargas e Café Filho assumiram a presidência e a vice-presidência,
já contando com o apoio do PSD. Embora esse partido tenha lançado Cristiano
Machado para candidato a presidente, na prática o PSD trabalhou para Getúlio.
A política de Vargas foi a de incentivar a industrialização. Assim, o nacionalismo
econômico getulista, pregado na campanha presidencial, era o de reservar a exploração
mineral e as indústrias de base (siderurgia, usinas hidrelétricas, construção de rodovias,
eletrificação) ao capital privado de algumas empresas nacionais ou ao capital do Estado.
Aliás, o Estado garantia o desenvolvimento de setores da economia quando a iniciativa
privada não se interessava, quer porque os custos fossem elevados e, portanto, com
lucros menores, quer porque o retorno do capital investido e sua lucratividade
demorassem um tempo considerado grande demais para os setores privados.
Esta política econômica deixava ao capital estrangeiro as indústrias de bens de
consumo. Outra finalidade do nacionalismo varguista era reduzir a participação das
empresas estrangeiras no comércio e nas atividades financeiras (como os bancos).
É importante compreender a dupla contradição do nacionalismo de Getúlio. De um lado,
buscava uma autonomia econômica através da expansão industrial, financiando setores
fabris nacionais; ao mesmo tempo, tentava fazer essa política parecer de interesse de
toda a população brasileira. De fato, atendia aos interesses das classes abastadas dos
setores industriais. Por outro lado, Vargas precisava dos capitais internacionais para
implantar uma suposta independência econômica. Verifica-se, portanto, que o
desenvolvimento do país estava condicionado aos empréstimos estrangeiros.
Assim, os setores da burguesia brasileira mais identificados com o capital internacional,
como a UDN, fizeram oposição às políticas nacionalizantes de Vargas. Em 1951,
Getúlio enviou ao Congresso o projeto de criação da Petrobrás - empresa de capital
misto, mas com a maioria das ações em poder do Estado, garantindo monopólio estatal
para realizar a perfuração de poços de prospecção e o refino de petróleo.
Confusões e perigos do populismo
A oposição a Getúlio relacionava-se aos discursos da campanha, na qual chegou a dizer:
"Empenhar-me-ei a fundo em fazer um governo eminentemente nacionalista. O Brasil
ainda não conquistou a sua independência econômica e, nesse sentido, farei tudo para
consegui-lo. Cuidarei de valorizar o café, de resolver o problema da eletricidade e,
sobretudo, de atacar a exploração das forças internacionais. Mas, além disso, Getúlio
prometia de forma populista que se for eleito a 3 de outubro, no ato de posse, o povo
subirá comigo as escadas do Catete (palácio presidencial)... E comigo ficará no
governo".
Estas posições populistas aterrorizavam os grupos conservadores, pois a identificação
da posição nacionalista com os postulados comunistas provinha do fato de que o PCB,
através de seus porta-vozes "legais'; vinha defendendo o desenvolvimento de um
capitalismo nacional ; estimulado pela ideia de que haveria um setor "burguêsnacionalista" interessado em competir com o capital monopolista estrangeiro.
Oposições conservadoras a Getúlio
Nos dois anos que se seguiram até a aprovação da Petrobrás (criada em 1953), a UDN e
o capitalismo internacional promoveram intensa campanha contra a política de
"emancipação nacional". O ano de 1953 ficou marcado pelo impasse sócio-político e
econômico do getulismo.
De um lado, as classes trabalhadoras reivindicavam melhores salários (afinal, desde
1951 o salário-mínimo não subia), mais empregos e exigiam o cumprimento das
promessas varguistas do "povo subir as escadas do palácio e governar com ele". De
outro lado, a ampliação do parque industrial e a infra-estrutura (siderurgia, eletrificação
etc.) para garantir o crescimento fabril necessitavam de investimentos estrangeiros.
Vargas expôs-se, então, aos ataques do capital internacional.
A UDN, identificada com os interesses norte-americanos, criticava as "nacionalizações"
do governo, defendendo o fim da intervenção estatal para beneficiar a indústria. Para a
UDN, a indústria e a agricultura deveriam desenvolver-se livremente, de acordo com as
forças do mercado (o que era uma forma de tentar manter vivo o "país agrário", além de
valorizar o capital estrangeiro, atribuindo-lhe o papel de "suprir" as dificuldades
"naturais "do país.
Quanto à política externa, o partido, ao lado das correntes das Forças Armadas, era o
maior defensor do alinhamento com o bloco "ocidental"; liderado na Guerra Fria pelos
Estados Unidos.
É fundamental compreender, entretanto, que Vargas tinha clareza a respeito das
intenções da política imperialista norte-americana e não desejava de forma alguma
romper com os Estados Unidos. Mas pretendia, como era do seu estilo, manter uma
política de conciliação entre os setores mais conservadores, que não ofereciam
resistência ao imperialismo, e os nacionalistas, que acreditavam numa suposta
autonomia nacional , esquecendo-se do caráter internacional da economia capitalista.
1954: Ano Decisivo
O ano de 1954 foi marcado pela proposta do ministro do Trabalho, João Goulart, de
conceder um aumento de 100% no salário mínimo. As reações das classes empresariais
e dos setores conservadores se fizeram presentes através de inúmeros protestos nos
jornais e manifestos das Forças Armadas contra as medidas do Ministério, resultando na
demissão de Goulart e do ministro da Guerra.
Para os dois ministérios, Vargas nomeou homens mais conservadores, mas manteve sua
política de nacionalização, enviando ao Congresso um projeto para a criação da
Eletrobras. Desse modo, os ataques oposicionistas continuaram. Em abril do mesmo
ano, a UDN e setores de direita das Forças Armadas formaram a Cruzada Democrática união das forças mais reacionárias (aquelas que são contrárias a qualquer ação do
progresso social) - para lutar pelo afastamento do presidente.
A UDN tentou no Congresso a aprovação do impedimento de Vargas no exercício da
presidência. Vargas ainda dispunha de deputados do PSD, PTB e PSP que não apoiaram
a medida da UDN e resolveu dar um "troco" à oposição. No dia 1° de maio de 1954, fez
vários elogios ao ex-ministro João Goulart e concedeu 100% de aumento no salário
mínimo.
Novos ataques surgiram e um incidente selou a administração varguista. Um dos mais
fiéis colaboradores de Getúlio, o general Mendes de Morais, ordenou ao guarda-costas
do presidente, Gregório Fortunato, que preparasse um atentado ao jornalista Carlos
Lacerda - o mais critico oposicionista ao governo Vargas, aliado à UDN e ligado às
Forças Armadas. No dia 5 de agosto, na fracassada tentativa de assassinar Carlos
Lacerda, saiu mortalmente ferido o major da Aeronáutica Rubens Vaz - membro de um
grupo militar que escoltava Lacerda.
A repercussão do fato provocou manifestações, nas quais as Forças Armadas e os
setores conservadores exigiam diariamente a renúncia do presidente.
Diante das pressões, Vargas reuniu o Ministério no dia 23 de agosto, para anunciar que
concordava em tirar uma "licença" do cargo, mas não aceitava renunciar. As forças
oposicionistas e, em particular, o Exército não aceitaram a decisão presidencial e
reafirmaram o desejo de renúncia de Vargas. Na manhã de 24 de agosto de 1954, após
um encontro com o ministro da Guerra, Zenóbio da Costa, que lhe comunicou a posição
do Exército, Vargas foi para seus aposentos e suicidou-se com um tiro no coração.
Formaram-se protestos populares contra os oposicionistas, e os jornais anti-varguistas
fecharam por alguns dias, além de sofrerem vários atentados. Líderes da oposição, como
Carlos Lacerda, tiveram que se ausentar do país. Houve uma comoção total por parte
da população brasileira.
No dia 25 de agosto, tomava posse o vice-presidente Café Filho, que reformulou o
Ministério, colocando um ministro do Exército menos comprometido com os setores
políticos, o general Henrique Teixeira Lott, que acima de tudo gozava de grande
respeitabilidade em todos os setores militares. Diante das pressões, o governo de Café
Filho facilitou a ascensão da UDN.
A tentativa de golpe
Com a aproximação de novas eleições, as forças getulistas do PSD e PTB uniram-se
novamente e lançaram para candidato o ex-prefeito de Belo Horizonte e governador de
Minas Gerais: o mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira. Realizadas as eleições, JK
conquistou 36% dos votos.
A UDN não aceitou a derrota e tentou impugnar através do Congresso a posse dos
eleitos, acusando de corrupção o pleito eleitoral. Fracassada nas suas tentativas perante
o Congresso para anular as eleições, a UDN e grupos das Forças Armadas organizaram
um golpe de Estado. Evidenciava-se, dessa forma, que os conservadores, não possuindo
adesão popular, utilizavam as forças militares para "salvar a democracia", ou seja,
recorriam ao Exército, Marinha e Aeronáutica para conseguir o poder.
As articulações foram montadas: Café Filho tirou licença por motivo de doença, sendo
substituído por Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados. Do lado das forças
militares, o coronel Bizarria Mamede era o encarregado de incitar as forças armadas.
Assim, no enterro do general Canrobert, pronunciou um discurso contra a posse de JK.
O general Lott determinou a punição de Mamede, colocando-o preso. Mas os superiores
do coronel recusaram-se a puni-lo. Lott exigiu que o presidente-interino Carlos Luz o
apoiasse, deixando evidente sua posição: ou cumpriam-se suas ordens ou ele seria
demissionário do cargo de ministro. Carlos Luz não aprovou a decisão de Lott, o que o
obrigou a romper com o governo.
No entanto, na noite do dia 10 de novembro, Lott participou de uma reunião com chefes
militares de confiança, os quais advertiram-no sobre as intenções do presidente Carlos
Luz.
Na manhã do dia 11 de novembro de 1955, tropas e tanques militares ocuparam o Rio
de Janeiro, provocando a fuga de Carlos Luz, Carlos Lacerda e outros líderes
conservadores, que tentaram organizar uma resistência em São Paulo, mas as forças
militares colocaram-se a favor da lei, ou seja, garantiram a posse dos eleitos. O
Congresso destituiu Carlos Luz, mas também impediu o retorno de Café Filho - que
subitamente "curou-se" de sua enfermidade, estando evidente seu apoio à tentativa de
golpe. O Congresso nomeou então o senador Nereu Ramos para presidente até a posse
de JK e de seu vice, João Goulart, em 01 de fevereiro de 1956.
A Redemocratizaçâo no Perìodo de 1945-1964
A Redemocratização no Brasil aconteceu no período que compreendeu os anos de 1945
a 1964. O período marcou grandes mudanças no Brasil.
Nessa fase, o país foi governado por Gaspar Dutra, Getúlio Vargas, João Café Filho, JK
e João Goulart. A redemocratização do Brasil aconteceu em dois processos de transição
política que colocaram fim a regimes ditatoriais.
A primeira redemocratização aconteceu em 1945, e marcou o fim do Estado Novo de
Getúlio Vargas. Essa mudança ocorreu depois de 8 anos de um governo ditador de
Vargas (1937-45). Nesse período houve um golpe militar comandado por Getúlio para
controlar o poder no país.
O segundo processo de redemocratização aconteceu em 1985, quando o Regime Militar
chegou ao fim depois de 21 anos de ditadura (1964-1985).
Vamos conhecer alguns fatos das duas redemocratizações do Brasil:
Ditadura Militar
A Ditadura Militar durou duas décadas. O período foi marcado por censura, violência e
repressão. A ditadura só começou a perder força quando a sociedade passou a
reivindicar as liberdades individuais.
A volta da democracia aconteceu depois dos anos de chumbo do governo Médici, do
governo de Ernesto Geisel e do governo de João Baptista Figueiredo. Em 1985, o Brasil
viveu o processo de Redemocratização.
A eleição presidencial de Tancredo Neves, em 1984, marcou o fim da Ditadura Militar.
Nesse momento, o vice-presidente, José Sarney, também ocupou o governo e lançou
uma nova Constituição para o país.
Em 1989, a sociedade votou pela primeira e elegeu o presidente Fernando Collor de
Mello.
EXERCÌCIOS
1-Em que data foi Proclamada a República Brasileira?
2- Quem governou o Brasil no Período conhecido como República Velha?
3- Em que ano Vargas assume o poder brasileiro e como?
4- Quais as classes sociais que lutaram para derrubar os oligarcas?
5-Qual o período da 2ª Guerra Mundial?
6-Porque em 1945, Vargas perde o poder no Brasil?
7- Qual a ala partidária que estimulou os Militares a derrubar o governo Goulart?
8-- Qual o motivo usado pela direita para derrubar Goulart?
O PERÍODO MILITAR 1964-1985
O Regime militarfoi o período da política brasileira em que militares conduziram o país.
Essa época ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos
Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão
de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram
contrários ao regime militar.
A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de
1964, resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o
poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens
afinados como uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que durou até a
eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o golpe, sob a
alegação de que havia uma ameaça comunista no país.
Golpe Militar de 1964
O Golpe Militar de 1964 marca uma série de eventos ocorridos em 31 de março de 1964
no Brasil, e que culminaram em um golpe de estado no dia 1 de abril de 1964. Esse
golpe pôs fim ao governo do presidente João Goulart, também conhecido como Jango,
que havia sido de forma democrática, eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB).
Imediatamente após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-1. Com 11
artigos, o mesmo dava ao governo militar o poder de modificar a constituição, anular
mandatos legislativos, interromper direitos políticos por 10 anos e demitir, colocar em
disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a
segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública, além
de determinar eleições indiretas para a presidência da República.
Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do
poder Executivo, caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a
função de legislar, em detrimento dos outros poderes estabelecidos pela Constituição de
1946. O Alto Comando das Forças Armadas passou a controlar a sucessão presidencial,
indicando um candidato militar que era referendado pelo Congresso Nacional.
A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos,
sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade
foram suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as
manifestações artísticas foram reprimidos pela censura. A década de 1960 iniciou
também, um período de grandes transformações na economia do Brasil,de
modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao
capital estrangeiro e do endividamento externo.
Governo Castello Branco (1964-1967)
Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da
República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a
democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária.
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos.
Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos
tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam
intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o
funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro ( MDB ) e a
Aliança Renovadora Nacional ( ARENA ). Enquanto o primeiro era de oposição, de
certa forma controlada, o segundo representava os militares.
o Brasil Hoje
O primeiro presidente civil eleito desde o golpe militar de 1964 foi Tancredo Neves. Ele
não chegou a assumir, sendo operado no dia 14 de março de 1985 e contraindo infecção
hospitalar. No dia da posse, 15 de março de 1985, assume então José Sarney de modo
interino, e após 21 de abril, data do falecimento de Tancredo Neves, como presidente
em caráter pleno.
A democracia foi reestabelecida em 1988, quando a atual Constituição Federal foi
promulgada.
Fernando Collor foi eleito em 1989, na primeira eleição direta para Presidente da
República desde. Seu governo perdurou até 1992, quando renunciou devido a processo
de "impugnação" movido contra ele. O processo de afastamento ocorreu em decorrência
de uma série de denúncias envolvendo o Presidente Collor em esquemas de corrupção,
que seriam comandados pelo seu ex-tesoureiro de campanha, Paulo César Farias. O
vice-presidente, Itamar Franco, assume em seu lugar.
No governo de Itamar Franco é criado o Plano Real, articulado por seu Ministro da
Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. O governo Itamar contou com a presença de
vários senadores como ministros. Historiadores chegam a considerar esse fenômeno
como um "parlamentarismo branco". Cardoso foi eleito em 1994 e reeleito em 1998.
Cumpre dois mandatos e transmite a faixa presidencial ao seu sucessor em 1º de janeiro
de 2003.
Imagem do Porto de Santos. As exportações são o símbolo do novo crescimento
econômico.
O candidato Luis Inácio Lula da Silva, do PT, foi eleito presidente com
aproximadamente 61% dos votos válidos. Lula repetiria o feito em 2006, sendo reeleito
no segundo turno disputado contra Geraldo Alckmin, do mesmo PSDB.
Apesar da estabilidade macro-econômica que reduziu as taxas de inflação e de juros e
aumentou a renda per capita, colocando o país em uma lista dos países mais promissores
do mundo, ao lado de China, Rússia, Índia e África do Sul com Fernando Henrique e
Lula, diferenças remanescem ainda entre a população urbana e rural, os estados do norte
e do sul, os pobres e os ricos.[6] Alguns dos desafios dos governos incluem a
necessidade de promover melhor infra-estrutura, modernizar o sistema de impostos, as
leis de trabalho e reduzir a desigualdade de renda e diminuir o custo Brasil.
A economia brasileira contém uma indústria desenvolvida, inclusive com indústria
aeronáutica e uma agricultura desenvolvida e associada à indústria - o agronegócio,
sendo que o setor de serviços cada vez ganha mais peso na economia . As recentes
administrações expandiram a competição em portos marítimos, estradas de ferro, em
telecomunicações, em geração de eletricidade, em distribuição do gás natural e em
aeroportos com o alvo de promover o melhoramento da infra-estrutura. O Brasil
começou à voltar-se para as exportações em 2004, e, mesmo com um real valorizado e a
crise internacional, atingiu em 2008 exportações de US$ 197,9 bilhões, importações de
US$ 173,2 bilhões,o que coloca o país entre os 19 maiores exportadores do planeta.
No dia 1º de janeiro de 2011, Dilma Rousseff assumiu a Presidência da República,
tornando-se a primeira mulher a assumir o posto de chefe de Estado, e também de
governo, em toda a história do Brasil.
EXERCÌCIOS
9-Em que ano os Militares tomaram o poder brasileiro e governaram até quando?
10- Quem foi o último governo Ditatorial brasileiro?
11- Quem foram os primeiros candidatos eleitos indiretamente após a Ditadura?
12- Quem foram os primeiros candidatos á Presidente e Vice após a Proclamação da
República?
13- Quem foi o Primeiro Presidente Civil da República brasileira?
14- Quem era Líder do Arraial de Canudos do Sertão Baiano?
15-Quem foi o Primeiro Sanitarista brasileiro, responsável pela vacina da varíola e
também pela Revolta da Vacina?
16-Porque houve a Revolta da Chibata?
17- A Guerra do Contestado entre Santa Catarina e Paraná era causada por qual motivo?
18- O que foi a Revolta do Forte de Copacabana?
19- Onde teve início os Movimentos Tenentistas, que se uniram a Coluna Prestes?
20- O que foi a Revolução de 1930?
21- Quais as iniciais dos nomes dos 4 estudantes que morreram lutando por São Paulo,
contra Getúlio Vargas?
22- Em que ano morre o Cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, popularmente
conhecido como Lampião?
23- Em que ano Vargas volta ao poder, após ser derrubado pelos Militares em 1945?
24-Quando Getúlio volta ao poder, qual seu lema para governar?
25-Em que ano Getúlio Vargas se suicidou?
26- Qual a fase após o período ditatorial de Vargas no Brasil, onde se deu a
Redemocratização?
27-Qual o Período conhecido como Ditadura Militar no Brasil?
28-O Plano Real foi criado no Governo de quem?
29- Quem foi o Presidente brasileiro que sofreu Impugnação deixando o poder para
Itamar Franco?
30- Qual o ano em que Luís Inácio Lula da silva foi eleito pela 1ª vez, e qual o ano de
sua reeleição?
31- Qm que ano Dilma Rousseff, foi eleita para seu primeiro mandato e qual o ano de
sua reeleição?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFA
Piletti,Nelson,HistóriaeVida,volume 3,3ª Edição, Atica
Ceriacopi Reinaldo e Azevedo C.Gislaine,História em Movimento, volume 1, Etitora
Ática. Educação de Jovens e dultos,EditoraVergínia, e Moderna,1ª Edição, São Paulo2013.
Carneiro; Miguel Castilho Junior, Rubem Gorki,Educação de Jovens e AdultosGlobal.
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