PROJETO: CAIXA MÁGICA DE SURPRESAS "Um livro é uma

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PROJETO: CAIXA MÁGICA DE SURPRESAS "Um livro é uma
PROJETO:
CAIXA MÁGICA DE SURPRESAS
"Um livro é uma beleza,
é caixa mágica só de surpresa.
Um livro parece mudo,
mas nele a gente descobre tudo."
( Elias José)
JUSTIFICATIVA
A partir do trecho da poesia de Elias José, percebemos que a literatura pode
proporcionar as vivências e experiências mais significativas da vida de uma criança: seus
sorrisos, sentimentos, aconchegos, alegrias, verdades, imaginações, sonhos, fantasias, um
mundo de descobertas sem fim. E, além de proporcionar às crianças o contato com livros,
revistas, jornais, poesias, folders e outros portadores de textos, a proposta foi além da escola,
pois envolveu as famílias e a comunidade.
Entre o sonho, a imaginação e a vontade de conquistar novos olhares e descobertas,
surgiu o Projeto "CAIXA MÁGICA DE SURPRESAS". Inicialmente, foi realizado com crianças de
3 meses a 1 ano de idade, na Escola Municipal de Educação Infantil Professor Ernest Sarlet,
situada na Rua Paquistão, 399, Bairro Rincão, no município de Novo Hamburgo - RS. Após,
expandiu-se para os demais alunos da escola, professores, funcionários, inclusive para outra
escola do bairro e comunidade.
Cabe destacar que, o bairro onde a escola é situada, localiza-se numa região de
vulnerabilidade social, sendo que em frente ao portão principal de entrada, tem um beco,
onde a venda e o consumo de drogas é eminente e diário.
O Projeto teve início em fevereiro de 2014 e ainda está acontecendo, tendo sua
previsão para o término no final do ano letivo. Desde seu início, foram utilizados diversos
portadores de textos, os quais serão citados no decorrer do projeto.
OBJETIVOS
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Ampliar o conhecimento de mundo que possuem, através da interação com
seus pares, adultos e crianças de outras faixas etárias;
Familiarizar-se com a leitura e escrita, por meio do manuseio de livros, revistas
e outros portadores de texto;
Escutar textos lidos, participando e apreciando de momentos de leitura;
Participar de variadas situações de comunicação oral, para interagir e
expressar seus desejos, necessidades e sentimentos;
Possibilitar a interação dos pais com os filhos, através do projeto de leitura,
para que se torne um hábito familiar;
Explorar, de maneira livre e lúdica, os materiais oferecidos em diferentes
espaços da escola;
Experienciar, através de narrativas, recursos e diferentes manifestações
teatrais, representatividade, construindo relações entre palco e plateia;
Ampliar as experiências de leitura e escrita no âmbito familiar, compartilhando
diferentes portadores de textos, fornecidos pela escola, incentivando o prazer
pela leitura;
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Brincar com materiais e objetos que incentivem brincadeiras individuais e
coletivas, em um espaço lúdico de troca e cooperação, favorecendo o jogo
simbólico;
Desenvolver o gosto, amor e respeito pela natureza, seres vivos e plantas,
observando a interação entre as espécies, animais, vegetais, solo, água e ar,
desenvolvendo noções de cuidado consigo mesmo e com a ambiente natural;
METODOLOGIA
A proposta contemplou, de fevereiro a junho de 2014, as crianças da Creche Faixa
Etária Zero(crianças até 11 meses em 31 de março de 2014). A turma do C0 é composta por
dezessete crianças, acompanhadas por três docentes, que tem claro em sua prática a
importância de serem mediadoras de leitura. Nesse primeiro semestre foram desenvolvidas
atividades de Hora do Conto, em diferentes ambientes, previamente organizados como: sala
de referência, praças, biblioteca, “Bangalô de livros”, espaços em meio à natureza e coletivos.
É importante dizer que, antes da contação da história, o espaço é preparado com
tapetes coloridos, mantas, luzes diferenciadas, almofadas, plantas, cestos, árvore literária,
caixas com surpresas, varal literário, móbiles ou materiais que remetam à história que será
contada. Muitas histórias são narradas, através de dramatizações realizadas pelas docentes. O
espaço é organizado de forma a ser acolhedor e aconchegante, despertando o interesse e a
participação da criança. É importante citar que, são utilizados recursos visuais (televisão
didática, computador, fantoches, palitoches, dedoches, lanternas, personagens em EVA, bichos
de pelúcia, animais vivos, máscaras, livros em relevo, elementos da natureza, painéis, entre
outros) e sonoros (instrumentos musicais, sons produzidos pelo corpo e materiais da
natureza). Antes da contação da História, incentivamos as crianças a entrarem no clima
daquele momento, que é especial e mágico.
Ressaltamos que, em fevereiro, as crianças da faixa etária zero encontravam-se no
período de adaptação, familiarizando-se com a escola, colegas e professoras. Também
estavam vivenciando a rotina das atividades de alimentação, brincadeiras, sono e passeios em
espaços diferentes. Tendo em vista esta fase, a proposta inicial foi a preparação da sala de
referência, que tornou-se um ambiente motivador para a leitura. Foram expostos cestos de
livros e revistas, estando ao alcance das crianças para que pudessem manipular livremente,
descobrindo suas características e possibilidades de manuseio, desenvolvendo assim, sua
autonomia para buscá-los. Foi organizado o Canto do Aconchego, com almofadas, livros de
pano e bichos de pelúcia, local onde as crianças podiam descansar e brincar com os elementos.
Na segunda semana, iniciamos com a narração de histórias. O mesmo acontecia
diariamente na sala de referência das crianças, onde permaneciam deitadas no tapete, pois
todos eram bebês pequenos e muitos ainda não engatinhavam e nem caminhavam. As
propostas eram desenvolvidas com muitos recursos auditivos (instrumentos musicais,
elementos da natureza, latas, panelas,...) e visuais, com materiais que possibilitassem o
manuseio, inclusive colocando-os na boca, característica desta faixa etária.
Porém, mesmo demonstrando o interesse pela história através do brilho no olhar,
sorrisos, bater de palmas e balbucios, algumas vezes era necessário interromper a contação
para atender as necessidades biológicas da criança, como sono, alimentação e troca de fraldas,
visando seu bem-estar. A Hora do Conto era retomada em outros momentos, para pequenos
grupos. Tentamos, desde o início, criar uma organização, para que os bebês reconhecessem os
momentos específicos da contação de histórias, poesias, lendas ou contos, como se fosse um
Ritual: música inicial (Parabéns a você, que entrou neste lugar, uma linda história a professora
irá contar) ou utilização de algum instrumento, para que prestassem atenção e aprendessem a
diferenciar estes momentos aos da rotina. Acontecia a contação, e logo em seguida, a
conversa sobre a narração. O momento era encerrado com outra música (Parabéns a você que
prestou atenção, quem gostou da história, guarda no coração).
Destacamos algumas histórias, poesias ou contos narrados, na sala de referência:
Contos Clássicos ( Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, Os Três Porquinhos...), O Ovo (Milton
Célio de Oliveira Filho), Adivinha o quanto eu te amo (Sam McBratney ), O cabelo de
Lelê(Valéria Bel), Um mundinho para todos (Ingrid Biesemeyer Bellinghausen), Albertina a vaca
estradeira (Christina Dias), Douglas quer um abraço(David Melling) A ovelha Rosa de Dona
Rose(Donaldo Buchweitz) Caixa Vermelha( Semíramis Paterno), Existe amor para todos(Sanja
Pregl ) Vovô Nenê(Margaret Wild), O Homem que amava caixas(Stephen King) Poesia na
varanda(Sônia Junqueira) Poema: O Livro ( Autor desconhecido) e Vídeo: Se todas coisas
fossem mães(Sylvia Orthof). Após as rodas de leitura, inúmeras foram as atividades realizadas:
conversações, culinária, pintura, observações, brincadeiras, dramatizações, imitações,
musicalização e manuseio dos recursos.
Com o objetivo de ampliar o conhecimento do mundo que possuem, o projeto
estendeu-se além da sala de referência para diferentes espaços:
A) Biblioteca- local novo para os bebês e preparado com tapete de EVA, almofadas para o
aconchego e conforto. Na primeira visita explicamos a dinâmica do lugar e suas funções.
Nesse dia, as crianças foram recepcionadas com a música “Entre duendes e fadas” ( Carrossel).
A história contada foi CINDERELA (Contos Clássicos), com a utilização dos fantoches, que
simbolizavam as personagens. Após o término da contação, os bebês puderam explorar o
ambiente, fantoches e livros, divertindo-se e descobrindo o local, por eles ainda desconhecido.
Um dos objetivos do Projeto é possibilitar que as crianças possam visitar e usufruir a
Biblioteca, pelo menos uma vez na semana. Em outro momento, foi contada a história “O
PINTINHO” (Coleção - Bichos Divertidos em Três D), com a utilização do painel de feltro, onde
as personagens de papel eram afixadas. Como culminância, recebemos a visita de um pintinho
(animal), que acompanhou a turma até o pátio externo para ser observado, ficando livremente
no espaço, entre as crianças. Cantamos diversas músicas relacionadas a bichos como Pintinho
Amarelinho, Seu Lobato tinha um Sítio, Galinha Pintadinha, entre outras, com a utilização do
violão. Os bebês ficaram encantados com o som deste instrumento, prestando muita atenção
e sorrindo, participando das músicas através de gestos e balbucios. O manuseio de livros
sempre faz parte destes momentos, antes ou depois da contação, respeitando o interesse das
crianças.
B) Solário dos bebês- espaço ao ar livre, com balanços, carrossel, guarda-sol e folhagens
plantadas pelos bebês dos anos anteriores, e cuidados pelos atuais. O local é modificado para
recepcionar os pequeninos, para os momentos literários, acrescentando panos coloridos,
tapetes de tecido, flores e bichos do jardim. Antes da narração, incentivamos os bebês a
observarem tudo que nele contêm. Exemplifico histórias narradas: Lar doce lar (Christine
Tagg). Nesse dia, a recepção foi feita com panos coloridos pendurados, folhagens, flores e
tapete de tecido, onde foram colocados diversos livros. Após o manuseio, contamos a história
e observamos o caracol que se encontrava no chão do pátio. Sugerimos para as crianças a
construção de um lar para o bicho, assim como aconteceu na história. Plantamos mudas de
folhagens num vaso grande que se encontrava no local, onde colocamos o caracol nomeado de
Cadu. Demonstraram muita curiosidade e entusiasmo ao realizarem essa atividade, onde
puderam manusear, além dos livros, as plantas e o animal, segurando-o na mão. Após este dia,
seguidamente visitamos o lar de Cadu, mas às vezes, ele está escondido; Cadu, o caracol sem
pressa (Kate Thomson), utilizando os dedoches. Após a contação, procuramos o Cadu que
mora no Solário.
C) Praça do Bairro- local externo ao lado da escola, que é utilizado pela comunidade. Na
primeira ida a esse lugar, levamos um tapete, onde todos sentaram para apreciar o espaço e
participar da musicalização e contação da história preparada para aquele momento. As
crianças da comunidade, que estavam na praça com suas famílias, se aproximaram para
participar, interagindo com os bebês e as professoras. Nesse dia, foi narrada a história “Cores”.
Logo após, as crianças foram convidadas a apreciarem as cores do mundo e da natureza ao seu
redor, a beleza das flores, a cor do céu, das árvores, da grama, das nuvens, etc.
D) Saguão da escola- espaço coberto onde as turmas se reúnem para vivenciar diferentes
momentos, onde têm a oportunidade de conviver e trocar experiências com crianças de várias
idades. Destacamos a narração realizada por uma contadora de histórias da cidade, que
dramatizou a “coelha Pimprinela” e suas aventuras. Ela utilizou figurino diferenciado e colorido
e objetos diversos para obter a participação de todos os presentes. Outros momentos
importantes que acontecem mensalmente neste ambiente, são as apresentações das turmas
da escola, com músicas, danças, teatro, narração de histórias, entre outros. Uma das
apresentações foi realizada pela turma da Faixa Etária 1( um ano)que narrou, através de
crachás grandes, a história “As coisas que eu gosto”. As crianças demonstraram interesse e
observaram, com muita atenção, os momentos de narração.
E) Espaço Verde do Aprender- ambiente rodeado de plantas, árvores, horta, pergolado de
madeira e brinquedos. A contação da história “Era uma vez uma semente” ocorreu no
pergolado, tendo como culminância o plantio de sementes de girassóis, o pós- cuidado e o
acompanhamento do crescimento das flores.
Destacamos que, em todos os ambientes onde a leitura e contação de histórias
ocorrem, reconheçemos o interesse e a compreensão da criança através do seu olhar, da
aproximação à narradora e personagens, ao constante manuseio de livros, revistas e jornais,
durante a brincadeira livre e a participação através de gestos e balbucios. Fica nítido que,
durante o brincar, demonstram curiosidade e desejo de “ler” os portadores de texto que estão
sempre à disposição deles.
Dentro deste projeto, foram abordados diversos temas como: famílias, a diversidade,
amor ao próximo, aos animais e a natureza, as diferenças, a importância de cada um e o
cuidado e preservação do meio ambiente. Tudo isso, proporcionando momentos lúdicos onde
pudessem interagir com seus pares, adultos, crianças maiores e com o meio, expressando
desejos, bem como sentimentos através da linguagem corporal e oral.
Para complementar o trabalho desenvolvido dentro da escola, as famílias foram
convidadas a participarem ainda mais do projeto, enriquecendo o mesmo com suas
contribuições. Participaram através da confecção de trabalhos manuais feitos em casa com a
criança e enviados para a escola para compartilhar. Citamos alguns exemplos de atividades: a
confecção de brinquedos com materiais recicláveis e uma mensagem sobre o mundo que
desejam para seu (ua) filho (a).
Para que as famílias tivessem acesso à leitura, foi criada a Sacola Mágica de Leitura,
que é enviada para a casa da criança semanalmente. A Sacola Mágica visita as famílias todos
os finais de semana, devendo retornar na segunda-feira para ser reorganizada. Constam nela:
um livro infantil e um portador de texto para a família (revista, folder informativo, texto sobre
o desenvolvimento das crianças). No segundo semestre do corrente ano, a sacola foi
complementada com um caderno de registros, onde as famílias puderam escrever ou desenhar
suas impressões sobre as leituras realizadas (Como a criança reage ao escutar e manusear o
livro? A revista ou folder é apropriado? A família gostou de receber a sacola? Sugestões).
Destacamos que em frente à sala de referência encontra-se uma “caixa de surpresas”,
onde colocamos lembranças que remetam as histórias contadas durante a semana. As famílias
retiram as mesmas para compartilhar em suas casas (mensagens, trechos de livros,
brinquedo/poesia, aquário com Pet, imãs de geladeira, balões, entre outras).
Além da proposta feita às crianças e famílias da turma do C0, a comunidade foi
contemplada com uma “Biblioteca Comunitária”, ideia que surge através da participação da
Gincana Municipal da copa “Bola na Rede”. Cada escola recebeu um país para pesquisar. A
Colômbia era o designado para a EMEI Professor Ernest Sarlet. Pesquisando, observamos que é
considerado o País das Bibliotecas e que, em inúmeras paradas de ônibus, existem espaços
literários, sem controle de retirada e devolução. Lancei esta proposta para as famílias de todas
as crianças da escola, a fim de divulgar o projeto e arrecadar livros e revistas para criação de
um ambiente de leitura. Com o auxílio das famílias, das outras professoras, amigos e
familiares, arrecadamos em média 120 livros infantis; 40 livros juvenis-adulto, incluindo Gibis e
Mangá; 50 revistas divididas em: Crescer, Moda Casa, Carros, Vida e Saúde, Época, Pequenas
Empresas- Grandes Negócios, National Geografic. A Biblioteca Comunitária encontra-se numa
“Caixa Mágica”, na calçada em frente à escola, permanecendo ali no período de
funcionamento da mesma (7h30 min às 17h15min). Semanalmente, reponho livros e revistas.
As crianças do C0, juntamente com as três docentes, divulgaram a proposta para a
comunidade, entregando folders explicativos. O projeto também foi apresentado aos alunos
da EMEF Getúlio Vargas, escola de Ensino Fundamental do bairro. A participação da
comunidade e dos discentes da outra escola é significativa, visto que, diariamente trocam
livros e muitos aguardam o retorno de determinadas obras.
A proposta da Biblioteca Comunitária foi muito bem aceita e elogiada pelas pessoas da
comunidade, que usufruem deste elemento literário. Porém percebo que na maioria das
vezes, não devolvem os livros ou portadores de textos retirados. Desta forma, dificultam o
bom funcionamento, uma vez que, o rodízio das trocas fica prejudicado. Diante disso, um dos
passos seguintes do projeto foi realizar um trabalho de conscientização.
Frente à ideia das Paradas Literárias e da Caixa Mágica de Leitura para a comunidade, a
escola participou da Feira Multicultural do município, expondo uma Parada de Leitura, com
livros confeccionados pelas turmas da EMEI Professor Ernest Sarlet e da escola de ensino
fundamental do bairro EMEF Getúlio Vargas.
O registro das atividades realizadas sobre o projeto é feito, em grande parte, através
de fotografias que são postadas para as famílias em um site de relacionamentos (grupo
fechado). Desta maneira, podem acompanhar a proposta de trabalho da turma. Esta iniciativa
está sendo muito elogiada pelos pais, que apreciam as postagens.
O Projeto foi complementado por várias atividades no segundo semestre, como por
exemplo: a participação e a narração de histórias por parte das famílias, caderno de avaliação
na Sacola Mágica de Leitura, maior contato com lendas e contos regionais, valorizando o
estado e o país, utilização dos CDs e DVDs de histórias e declamação de poesias.
AVALIAÇÃO
A avaliação do projeto acontece durante as propostas realizadas com as crianças,
professoras, famílias e com a comunidade que estão envolvidas. Ficamos em constante
observação para perceber os pontos positivos e os que poderiam ter sido diferentes,
avaliando, discutindo e refletindo sobre os objetivos, e se os mesmos foram alcançados.
Frente às atividades oferecidas, percebemos um grande envolvimento das crianças e
das famílias e a forma amorosa da participação das mesmas, engajando-se na nossa proposta.
Ficou nítido que a leitura é uma “Caixa Mágica de Surpresas” e a cada momento ficávamos
encantadas com a receptividade do que era proposto. Como foi além da sala do C0, as crianças
da escola e as pessoas da comunidade apreciaram retirar e levar para casa os portadores de
textos da “Caixa Mágica”, que estava disponível para a comunidade, na calçada da escola.
Após a observação e constatação deste fato, percebemos que este assunto deveria ser
abordado numa reunião de professoras da escola, para então ser incorporado na rotina da
turma, a oportunidade das crianças levarem os livros e revistas para compartilhar com suas
famílias, prática já realizada pela turma do C0. Esta é uma questão a ser analisada quando
reformularmos o PPP (Projeto Político Pedagógico da escola), pois tendo as crianças um
interesse tão grande para retirar os livros da Biblioteca Comunitária, como é proporcionado o
acesso nas salas de referência? Na própria biblioteca da escola? Podem levar livros para casa e
ler com a família? São algumas perguntas norteadoras da discussão entre os docentes.
“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma
responde.”
(André Maurois)