Lantana camara (lantana) - Invasive Plants in Portugal

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Lantana camara (lantana) - Invasive Plants in Portugal
Lantana camara (lantana)
Arbusto ascendente a ereto, vigoroso, espinhos curvos e com um forte odor. Flores amarelas e rosa.
Nome cien fico: Lantana camara L.
Nome vulgar: cambará, lantana
Família: Verbenaceae
Estatuto em Portugal: espécie invasora (listada no anexo I do Decreto-Lei n° 565/99, de 21 dezembro)
Nível de risco: 34 | Valor ob2do de acordo com um protocolo adaptado do Australian Weed Risk
Assessment (Pheloung et al. 1999), segundo o qual valores acima de 6 significam que a espécie tem risco
de ter comportamento invasor no território Português | Actualizado em 07/10/2015.
Sinonímia: Lantana aculeata L., Lantana camara L. var. aculeata (L.) Moldenke, Lantana camara L.
var. flava (Medik.) Moldenke, Lantana camara L. var. hybrida (Neubert) Moldenke, Lantana camara L.
var. mista (L.) L. H. Bailey, Lantana camara L. var. mutabilis (Hook.) L. H. Bailey, Lantana camara L.
var. nivea (Vent.) L. H. Bailey, Lantana camara L. var. sanguinea (Medik.) L. H. Bailey, Lantana
scabrida Aiton, Lantana 2liifolia auct. non Cham.
Data de atualização: 07/10/2015 | Perfil elaborado pela Equipa do projecto LIFE+ Terras do Priolo.
Ajude-nos a mapear esta espécie na nossa plataforma de ciência cidadã.
Como reconhecer
Planta nanofanerófita. Arbusto erecto e baixo ou subescandente, vigoroso, com espinho fortes e recurvados e um forte odor a frutos silvestres, a2ngindo 2 a 4 m.
Folhas: ovadas ou ovado-oblongas, agudas ou subagudas, rugosas na parte superior, escábricas em ambos os lados.
Flores: pequenas, laranjas, ou variando entre branco e vermelho, em vários tons e com um entrada vermelha à entrada do tubo, em inflorescências axilares.
Frutos: pequena drupa, azul-esverdeado, negro, brilhante, com duas sementes.
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Lantana camara (lantana)
Espécies semelhantes
A lantana é similar à Lantana montevidensis. Esta úl2ma é mais pequena, prostrada e de flor rosa.
Caracterís!cas que facilitam a invasão
A planta a2nge a maturação sexual em 2 a 3 anos e reproduz-se por via seminal com a produção de
centenas a milhares de sementes/planta/ano). A dispersão é natural por endozoocoria, favorecida por
plantação, abandono de terrenos e alteração do território.
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
Área de distribuição na!va
América Central e do Sul.
Distribuição em Portugal
Portugal con2nental (Douro Litoral, Beira Litoral,
Baixo Alentejo, Algarve) e arquipélagos dos Açores e
da Madeira.
Para verificar localizações mais detalhadas desta
espécie, verifique o mapa interac2vo online. Este
mapa ainda está incompleto - precisamos da sua
ajuda! Contribua submetendo registos de localização
da espécie onde a conhecer.
Outros locais onde a espécie é invasora
Cabo Verde, Europa do Sul e Este, África Oriental e Ocidental, Madagáscar, Mauritânia, América do Norte,
Caraíbas, Índia, China, Ásia, Austrália e Nova Zelândia.
Razão da introdução
A introdução foi intencional para fins ornamentais em jardins e parques.
A mbientes preferenciais de invasão
Matos costeiros, terrenos cul2vados e vegetação de origem antrópica. U2lizado em sebes ou jardins.
IMPACTES
Impactes nos ecossistemas
A espécie forma manchas densas que rompem a estrutura, a abundância e sucessão dos ecossistemas que
invade. Impede o desenvolvimento da vegetação na2va e reduz a diversidade de espécies por compe2ção
e recrutamento.
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Impactes económicos
Potencialmente, custos elevados na aplicação de medidas de controlo.
Habitats Rede Natura 2000 mais sujeitos a impactes
•
Charnecas macaronésicas endémicas (4050);
•
Formações baixas de euforbiáceas junto a falésias (5320).
CONTROLO
O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área
invadida, iden2ficação das causas da invasão, avaliação dos impactes, definição das prioridades de
intervenção, seleção das metodologias de controlo adequadas e sua aplicação. Posteriormente, será
fundamental a monitorização da eficácia das metodologias e da recuperação da área intervencionada, de
forma a realizar, sempre que necessário, o controlo de seguimento.
Os métodos de controlo usados em Lantana camara incluem:
Controlo 0sico
Arranque manual: método manual é a forma mais eficaz de controlo das plantas. A extracção total da
raiz e da planta requer mão-de-obra e tempo de trabalho, no entanto, é viável e aconselhável em locais
de fácil acesso, com baixo perigo de erosão ou em pequenas manchas próximo de populações de espécies
raras e em perigo. Os resíduos vegetais e fragmentos podem ser deixados no local a secar.
Visite a página Como Controlar para informação adicional e mais detalhada sobre a aplicação correta
destas metodologias.
REFERÊNCIAS
DAISIE European Invasive Alien Species Gateway (2012) Lantana camara L. Disponível: hZp://
www.europe-aliens.org/speciesFactsheet.do?speciesId=19121 [Consultado 08/10/2015].
Flora Digital de Portugal (2014) Lantana camara L. (Lam.) Baill. Disponível: hZp://jb.utad.pt/especie/
lantana_camara [Consultado 08/10/2015].
Luís Silva, Rodolfo Corvelo, Mónica Moura, A. García Gallo & José Aufusto Carvalho (2008) Lantana
camara L.. In: Silva L, E Ojeda Land & JL Rodríguez Luengo (eds.) Flora e Fauna Invasora da Macaronésia.
TOP 100 nos Açores, Madeira e Canárias, pp. 294-297. ARENA, Ponta Delgada.
Marchante H, Morais M, Freitas H, Marchante E (2014) Guia Prá2co para a Iden2ficação de Plantas
Invasoras em Portugal. Imprensa da Universidade de Coimbra, Coimbra, pp. 63.
Schäfer H. (2005). Flora of the Azores. A Field Guide. Second Enlarged edi2on. Margraf Publishers,
Weikersheim.
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