Relatório de Gestão 2013

Transcrição

Relatório de Gestão 2013
Relatório de Atividades
2013
Missão Institucional
Promover e articular ações de
defesa de direitos, prevenção,
orientação,
prestação
de
serviços e apoio à família,
direcionadas à melhoria da
qualidade de vida da pessoa
com deficiência e à construção
de uma sociedade justa e
solidária.
1
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente
Vice-Presidente
1ª Diretora Secretária
2ª Diretora Secretária
1ª Diretor Financeiro
2º Diretor Financeiro
1ª Diretora Social
2ª Diretora Social
Diretora de Patrimônio
Autodefensores representantes das pessoas
com deficiência
Sérgio Sampaio Bezerra
Judith Maria de Magalhães Monteiro
Efigênia Anacleto Martins Pereira
Myriam Bastos Martinho Vieira
Milton Gontijo Ferreira
Marcelo Alexandre David
Zilda de Oliveira Lopes
Cláudia Antônia Rodrigues de Souza
Lúcia Maria Bellico
Ítalo Clever da Fonseca Braga e
Raphaela Gracielle Alves dos Santos
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Heraldo Santos Dutra
Ivani Rosrio Santos Campos
Laércio Carlos Dias
Leda Maria de Mello Coimbra
Maria Benedita Ferreira Porfiro
Maria José Xavier Milton
Maria Lúcia Santos Lopes
Neuza Aparecida Bonadio Guedes
CONSELHO FISCAL
Titulares
Elisa Maria Vasconcellos Magalhães
Maria Francisca de Assis Camilo
Márcio Pacheco de Melo
Suplentes
Laura Veríssimo dos Santos
Vanda Mundim Queiroz
Paulo Melgaço Valadares
CONSELHO
CONSULTIVO
Lucy Spíndola Garrido
Heloisa Maria Penedo de Azeredo
Maria Dolores da Cunha Pinto
2
EQUIPE
Procurador Jurídico
Procurador Jurídico Adjunto
Secretária Executiva
Assessora Jurídica
Coordenadora de Planejamento Estratégico
Gerente da Central de Doações
Gerente de Planejamento, Acompanhamento,
Monitoramento e Avaliação de Ações
Coordenador de Gestão Estratégica
Gerente Administrativo
Gerente Financeiro
Seção de Pessoal
Coordenadora de Ações Integrais e Integradas para
o Desenvolvimento Humano da Pessoa com
Deficiência Intelectual e Deficiência Múltipla
Equipe de Assistentes Sociais
Gerente de Ações de Aprendizagem e
Educação Inclusiva
Maria Tereza Feldner
João Bosco Pinto Monteiro
Darci Fioravante Barros Barbosa
Anna Carolina Ianino Lima Andrade
Cyntia Mansur Zambaldi
Elisa Cláudia Moreira
Denise Maria de Castro Chaves
Henrique Mendes Ferreira
Tiago Dias de Oliveira
Mara Cristina Correa Motta
Rodrigo Marquiore
Patrícia Pinto Valadares
Elen Azevedo Mariz
Nathália Barros de Andrade
Maria Cristina Machado Guimarães
Idelino Júnior
Gerente de Educação Para e Pelo Lazer
Sanderleia Rodrigues
Gerente de Trabalho, Emprego e Renda
Patrícia Pinto Valadares
Gerente de Autogestão, Autodefesa e Família
Gerente de Promoção da Saúde
Gerente de Controle e Avaliação dos Serviços de
Saúde
Gerente do Programa Casa Lar
Luciene Carvalhais
Leda Fioravante Diniz
Maria Helenice Oliveira Gontijo
Alina Cynthia Braga dos Santos Silva
3
SUMÁRIO
ASSUNTO
PÁGINA
Introdução
5
Ações de Assistência Social
7
Serviços e Ações de Proteção Social Especial – Média Complexidade
7
Serviços e Ações de Proteção Social Especial – Alta Complexidade
25
Ações de Assessoramento e Defesa de Direitos
29
Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva
30
Ações de Promoção da Saúde
34
Ações de Sustentabilidade Institucional
42
Planejamento Estratégico
42
Gestão Estratégica
44
Receitas e Despesas Efetivas
44
Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação de Ações
55
Considerações Finais
74
4
Introdução
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belo Horizonte - APAE-BH é uma
organização social sem fins econômicos, formada por pais, amigos e pessoas com deficiência
intelectual e múltipla que, unidos por objetivos comuns, buscam construir uma sociedade mais justa
e igualitária.
Atualmente, a APAE-BH atende, diretamente, a 400 pessoas com deficiência intelectual e múltipla
em seu ciclo de vida, promovendo seu desenvolvimento global e a melhoria de sua qualidade de
vida, além de prestar apoio a suas famílias.
A Apae de Belo Horizonte investe de forma permanente na avaliação de suas ações, avançando no
conhecimento e inovação dos serviços prestados, o que permite estabelecer parcerias com o poder
público, visando organizar serviços relevantes de interesse social. A entidade conta, também, com a
participação permanente e efetiva de seus profissionais, autodefensores e familiares nos conselhos
paritários e deliberativos de políticas públicas, exercendo o controle social, dialogando, debatendo e
participando da estruturação da rede social do município.
A APAE de Belo Horizonte atua preponderantemente na área de assistência social, oferecendo,
também, serviços nas áreas de educação e saúde, cujas finalidades são:
a) promover a melhoria da qualidade de vida de crianças, adolescentes, adultos e idosos com
deficiência, preferencialmente, intelectual, múltipla e com transtornos globais do
desenvolvimento em seu ciclo de vida, buscando assegurar-lhes o pleno exercício da cidadania;
b) prestar serviços de habilitação e reabilitação a este público e promover sua integração à vida
comunitária no campo da assistência social, realizando atendimentos, assessoramento e defesa e
garantia de direitos, de forma isolada ou cumulativa;
c) prestar serviços de educação especial às pessoas com deficiência, preferencialmente, intelectual e
múltipla;
d) oferecer serviços de prevenção na área de saúde, visando assegurar melhor qualidade de vida
para as pessoas com deficiência, preferencialmente, intelectual e múltipla;
Objetivo Geral
A APAE de Belo Horizonte tem por MISSÃO promover e articular ações de defesa de direitos,
prevenção, orientação, prestação de serviços e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida
da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária.
Origem dos Recursos
Os recursos necessários à manutenção da APAE de Belo Horizonte são constituídos, em sua
maioria, por contribuições de associados e de terceiros através da central de doações. A instituição
conta, também, com convênios com o poder público para execução de Programas, com a elaboração
de projetos para captação de recursos e com a promoção de eventos esporádicos.
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Infraestrutura
A APAE de Belo Horizonte foi fundada em 15 de abril de 1961 e ao longo de sua existência
conseguiu avanços notáveis, tanto na melhoria de sua estrutura física, quanto na ampliação e
aprimoramento dos serviços prestados.
Em relação à estrutura física, a instituição possui dois prédios em regime de comodato, onde se
localiza a sua sede, na Rua Cristal, 78 em Santa Tereza, com um total de 32 salas.
Nesta sede, são desenvolvidos os seguintes Programas:
 Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva (Escola Oficina Sofia Antipoff);
 serviços de assistência social de proteção social especial de média complexidade:
Programa de Educação Para e Pelo Lazer, com 5 salas para oficinas;
Programa Trabalho, Emprego e Renda;
Programa Autogestão, Autodefesa e Família, com 4 salas,
Gerência do Programa Casa Lar – Serviço de Proteção Social Especial de Alta
Complexidade, com 1 sala;
Atendimento educacional de autistas com a metodologia TEACCH (Treatment and
Education of Autistic and Communication Handicapped Children – Tratamento e
Educação de Crianças Autistas e com Dificuldades na Comunicação), com 2 salas
estruturadas.
As demais salas são utilizadas como salas de aula comuns, secretaria, biblioteca, informática,
lanchonete e sala de dança. Além disso, há também dezoito banheiros, um fraldário, um auditório,
uma quadra coberta, uma piscina aquecida, um refeitório, três almoxarifados, uma recepção e dois
elevadores.
Próximo à sede, na Rua Grafito, 15, na Clínica Intervir, funciona o Programa de Promoção da
Saúde, com dois ginásios de cinesioterapia, cinco salas de consultório, uma recepção, uma copa,
uma sala da administração, um consultório odontológico e um elevador.
Para realizar o Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade – acolhimento
institucional, Programa Casa Lar, a instituição mantém 4 imóveis em comodato com a Prefeitura,
uma casa própria e outras quatro alugadas.
A instituição possui, ainda, três veículos: uma kombi para atendimento das Casas Lares, um Fiat
Uno para serviços administrativos e atendimento dos profissionais em serviço e um micro-ônibus
para o deslocamento de usuários em atividades nos espaços sociais, potencializando os
aprendizados e promovendo sua inclusão.
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I - AÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
1.
SERVIÇOS E AÇÕES DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL - MÉDIA
COMPLEXIDADE: Serviço de Proteção Social Especial para a Pessoa com
Deficiência, Idosos e suas Famílias - Habilitação e Reabilitação Social da Pessoa com
deficiência e sua família.
Recursos financeiros utilizados nas ações dos programas de proteção especial de média
complexidade: R$2.339.206,48 (dois milhões, trezentos e trinta e nove mil, duzentos e
seis reais e quarenta e oito centavos).
A) Serviço de Assistência Social
Envolve ações desenvolvidas pelas assistentes sociais e psicólogas no acolhimento,
avaliação e monitoramento das famílias dos usuários atendidos e daquelas que procuram
a Apae-BH, tendo como objetivo articular ações e criar dispositivos que facilitem a
integração entre as famílias e a Apae-BH e entre os usuários e suas famílias, viabilizando
os processos na dinâmica: casa – Apae – família.
Público Alvo: famílias que procuram a APAE-BH para atendimento de seus filhos com
deficiência intelectual e múltipla, bem como aqueles que já frequentam os programas da
instituição e as famílias.
Capacidade de atendimento: aproximadamente 200 famílias de pessoas com deficiência
intelectual.
Abrangência territorial: famílias advindas de todas as regionais de Belo Horizonte e da
Região Metropolitana.
Recursos humanos:
 02 psicólogas
 03 assistentes sociais
Atividades desenvolvidas:
 Efetivação de estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e
serviços sociosassistenciais;
 Efetivação do PAF- Plano de Atendimento da Família, com o objetivo de orientar e
acompanhar as famílias na solução de problemas, utilizando os recursos da
comunidade e trabalhando as potencialidades e vulnerabilidades das famílias;
 Promoção do protagonismo das famílias para melhoria da qualidade de vida, utilizando
estratégia de intervenção para orientar e discutir os problemas familiares e geração de
renda;
 Fazer os encaminhamentos adequados a cada caso da demanda espontânea,
trabalhando em rede e utilizando os serviços públicos de saúde, CRAS e CREAS mais
próximos das residências dos solicitantes, como suporte, entre outros;
 Acompanhamento, junto à Escola Oficina Sofia Antipoff, das situações de
infrequência, dos problemas comportamentais e de condutas dos usuários, das
dificuldades e vulnerabilidades familiares, atuando em parceria com os outros
profissionais que compõem a equipe destes setores;
7
 Visitas domiciliares, hospitalares, em escolas comuns e em locais de trabalho com o
objetivo de estudar a situação socioeconômica familiar, grau de vulnerabilidade
pessoal e social, bem como definir ações a serem desenvolvidas pela instituição em
resposta a cada caso estudado;
 Controle das vagas de convênios mantidos pela APAE de Belo Horizonte com o
Governo Estadual (Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social de
Minas Gerais - SEDESE);
 Acompanhamento e orientação do grupo de mães artesãs ligadas ao Centro Público
(Economia Popular Solidária) e ao Espaço Cidadania nas Feiras da Afonso Pena e
Bernardo Monteiro;
 Garantia de stand para as mães na 24ª Feira Nacional de Artesanato, de forma
totalmente gratuita, através do trabalho já desenvolvido pela APAE-BH com o grupo
de artesãs;
 Garantir o direito de ir e vir dos usuários da APAE-BH, através do cadastro, revisão e
recurso de processos do Cartão Benefício Inclusão enviados semanalmente para o
BHTRANS;
 Liberação de almoço para mães e alunos da instituição após avaliação socioeconômica;
 Estudo social (PAF) para liberação de cesta básica para as famílias carentes da APAEBH;
 Participação do Conselho Municipal das Pessoas Portadoras de Deficiência CMPPD,
colaborando e oferecendo suporte a 2 conselheiras suplentes da APAE- BH, eleitas
para a gestão 2011/2013. Nova representante foi eleita para representar a APAE-BH a
partir de abril de 2013;
 Representação da APAE-BH em diversos eventos e reuniões, quando solicitado pela
coordenação;
 Orientação de estágio de Serviço Social da aluna Sandra Maria Dias, nos dois
semestres do ano de 2013, com carga horária de 200 horas;
 Participação na 2ª Oficina de Materiais Reciclados desenvolvida com 32 mães, em
duas sessões em cada um dos dois turnos, para informações sobre a Metodologia
TEACCH e confecção de materiais pedagógicos a serem utilizados nas salas
estruturadas deste Método. Houve a participação da assistente social, supervisores e
alguns professores;
 Participação em dois Seminários internos como palestrante, realizados na instituição;
 Preparação para Audiência Pública na Câmara Municipal sobre a importância da
manutenção das Escolas Especiais,
 3º Seminário interno de Educação da Escola Oficina Sofia Antipoff;
 Supervisão de estágio em Serviço Social da FAMINAS;
 Participação no XII Congresso da Rede Mineira das Apaes, com apresentação de
pôster sobre o tema “A Roda de Conversa como serviço da Tecnologia Assistiva”;
 Participação no Fórum Permanente de Entidades Socioassistenciais, como suplente,
representando a APAE de Belo Horizonte.
 Participação nas capacitações em serviço - Autismo: Educação e Comunicação,
abordando o espectro do autismo em suas variações nas condições pessoais em relação
às interações interpessoais;
 Palestra: Treinamento de pais, com a Doutoranda da UFMG , Maria Isabel Pinheiro;
 Reuniões trimestrais para avaliação da aprendizagem dos filhos;
 Participação dentro da sala de aula, principalmente no projeto: Mães Monitoras;
 Participação das mães no Recreio com a criação do projeto: Mães Recreadoras;
 Participação nas oficinas de Material Reciclado e Comunicação Alternativa;
 Participação no Seminário de Educação Especial.
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Resultados quantitativos:
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884 atendimentos individuais de família;
32 visitas domiciliares;
03 visitas hospitalares;
17 reuniões com mães, pais e /ou responsáveis;
30 reuniões com equipes dos programas;
05 reuniões de Plenária e comissão de Políticas Sociais do Conselho Municipal de
Direitos da Pessoa com Deficiência;
10 reuniões com grupo de mães Tapeceiras que expõem nas feiras livres de artesanato
na Afonso Pena e Bernardo Monteiro;
04 reuniões de Assistentes Sociais / Coordenação integrada;
25 Reuniões de Assistentes Sociais e Gerente Autogestão, Autodefesa e Família;
65 Planos de Acompanhamento Familiar;
Processos encaminhados a BHTRANS com 15 novos cadastros, 42 revisões, 02
recursos e 03 mudanças de categoria;
13 inscrições de mães no Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal;
67 benefícios sociais.
B) PROGRAMA AUTOGESTÃO, AUTODEFESA E FAMÍLIA
Descrição do Programa
Este programa realiza ações que valorizam a pessoa com deficiência intelectual e sua
família, conhecendo suas necessidades, dificuldades e aspirações. Constrói estratégias
para incentivar o exercício da autonomia e independência dos usuários, contando com
a participação e o apoio de sua família. Valoriza e capacita a pessoa com deficiência
intelectual e sua família, dando-lhes voz e incentivando sua participação ativa no
movimento apaeano para se tornarem protagonistas de seus direitos e deveres.
Público Alvo: pessoas com deficiência intelectual e suas famílias.
Capacidade de atendimento: aproximadamente 200 pessoas com deficiência
intelectual e múltipla e suas famílias
Abrangência territorial: todas as regionais de Belo Horizonte e Região Metropolitana.
Recursos Humanos: A equipe responsável pelo programa é formada por quatro
profissionais: uma psicóloga, que tem a função de gerente e coordena a Escola de
Formação de Autodefensores; uma assistente social responsável pela Escola de Pais e
pelas Rodas de Conversa; uma artesã responsável pela Oficina de Artesanato destinada
aos familiares dos usuários da Apae-BH, e uma advogada que atua na agência jurídica.
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Eixos de atuação:
Eixo 1 – Autogestão e Autodefesa
Para as ações de autogestão são utilizadas estratégias integradas em todos os programas
da APAE-BH por meio de projetos que possibilitem o desenvolvimento das pessoas
com deficiência intelectual e múltipla, a liberdade de expressão, a capacidade de tomar
decisões, fazer escolhas e concretizar ações.
As ações de autodefesa têm o objetivo de capacitar a pessoa com deficiência intelectual
e múltipla acerca de seus direitos e deveres enquanto cidadão, levando-o a pensar,
opinar, discutir, buscar soluções e elaborar conceitos.
Atividades desenvolvidas:
 Escola de Formação de Autodefensores
Estratégia utilizada para desenvolver com as pessoas com deficiência intelectual
ações que favoreçam o protagonismo, a participação e inclusão social, qualificandoas para o exercício da cidadania.
Metodologia: As aulas acontecem em grupo, com 01 turma no período da manhã e
outra no período da tarde. O curso tem um período mínimo de 1 ano e capacidade
para 15 pessoas com deficiência intelectual e múltipla, de ambos os sexos, na faixa
etária de 19 a 43 anos. Os encontros são semanais, com carga horária de quatro horas
em cada turno e conteúdo programático pré-estabelecido e proposto pela Federação
das Apaes do Estado de Minas Gerais.
Resultados: Maior autonomia e independência dos usuários, comportamento mais
adequado nos diversos ambientes e contextos sociais, melhoria significativa na
comunicação, aumento da capacidade de escolha e de verbalização dos desejos e
reivindicações, maior iniciativa para defender seus direitos na instituição, na família
e no meio social, melhor entendimento e cumprimento das regras e deveres. Estes
resultados possibilitaram ampliar a participação das pessoas com deficiência
intelectual nos seguintes espaços sociais e de defesa de direitos:
 Participação nos Conselhos de Defesa de Direitos;
 Participação na Pré-Conferência de Assistência Social de Belo Horizonte
representante do segmento usuário;
 Participação na X Conferência Municipal de Assistência Social de Belo
Horizonte;
 Participação no Seminário Interno, durante a Semana Nacional da Pessoa com
Deficiência Intelectual e Múltipla na Apae BH;
 Interatividade: “Todo dia é dia de alegria”. Apresentação do contador de história
Fernando Gaivota;
 Participação no planejamento, organização e divulgação da Festa a Fantasia,
realizada na Apae-BH;
 Participação na XXX Corrida Rústica da Afonso Pena.
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Estágio Social Colégio Loyola - Promoção da Inclusão Social.
 Neste Eixo de Autodefesa está a parceria com o Colégio Loyola, através do
Estágio Social, onde 40 alunos do 9º ano do ensino fundamental daquele Colégio
participam de atividades desenvolvidas com as pessoas com deficiência intelectual
e múltipla, na Apae–BH, com o objetivo de promover a Inclusão Social. Os
alunos frequentam as reuniões da Escola de Formação de Autodefensores e de
Oficinas do Programa Trabalho, Emprego e Renda.
Resultado:
 Realização da campanha Verão Solidário, mobilizando estudantes, professores e
funcionários do Colégio Loyola na venda de picolés produzidos pelos usuários da
Apae-BH na Oficina de Sorveteria. O objetivo foi promover uma ação social
planejada e implementada pelos alunos a partir da venda da produção de picolés
da oficina, arrecadando recursos para a instituição. Esta ação despertou nos alunos
do Colégio Loyola, o espírito de cooperação, solidariedade, participação e de
responsabilidade social.
Eixo de Apoio à Família:
Atividades desenvolvidas:
 Escola de Mães
Tem como objetivo criar um espaço de informação, aprendizagem e troca de
experiências para os pais das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, para
orientá-los e capacitá-los para se tornarem protagonistas na busca de recursos na
rede de proteção social para a defesa de direitos de seus filhos com deficiência.
Neste ano de 2013, a Apae de Belo Horizonte firmou convênio com a Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, com objetivo
de fortalecer e qualificar as mulheres, mães de pessoas com deficiência intelectual
usuárias desta instituição, conscientizando-as a respeito da deficiência de seu
filho, da realidade que as cerca e fornecendo elementos essenciais para seu
protagonismo em defesa de seus direitos. Das 100 vagas disponibilizadas, houve
87 inscrições e 73 mulheres/mães frequentaram as aulas.
Duas turmas da Escola de Mães já tiveram formatura, sendo 35 alunas do turno da
manhã e 38 do turno da tarde.
Conteúdos ministrados:
 12/08 – Atividade Complementar – Exibição do filme “COLEGAS” que conta a
história de três jovens com síndrome de Down, que são os protagonistas;
 19/08 – Direitos das Pessoas com deficiência e das mulheres – Linda Goulart,
Chefe de Gabinete da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República, Brasília – DF;
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 02/09 – Estrutura e Gestão da APAE – Cleusa Borges dos Santos – Presidente da
APAE de Pedro Leopoldo;
 20/09 – Organização de Serviços – Isabel Cecília, Psicóloga e Gerente Técnica da
APAE de Pedro Leopoldo;
 30/09 – Atividade Complementar – Sérgio Sampaio, Equipe de Gerentes e Alunas
da Escola de Mães;
 07/10 – Programa Trabalho, Emprego e Renda – Darneily, gerente do Programa
na Apae-BH, Marly, pedagoga, e as professoras Márcia Gontijo, Ienes e Gilsilene;
 21/10 – Coordenação de Planejamento Estratégico e Gerência de Promoção à
Saúde - Cyntia Mansur e Camila Fernandes, pela Coordenação de Planejamento
Estratégico, e Lêda Fioravante, gerente do Programa de Promoção da Saúde;
 28/10 – Casa Lar, Programa Educação Para e Pelo Lazer e Agência Jurídica –
Alina, gerente do Programa Casa Lar; Sanderléia, gerente do Programa Educação
Para e Pelo Lazer; e a advogada Anna Carolina Ianino Lima Andrade, responsável
pela Agência Jurídica da APAE-BH;
 11/11 – Coordenadoria de Gestão Estratégica e Ações de Aprendizagem / Escola –
Henrique Mendes, coordenador de Gestão Estratégica; Idelino Júnior, gerente do
Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva – Escola Oficina Sofia
Antipoff, da Apae-BH, juntamente com a Supervisora Tatiana.
 25/11 – Provas finais do Módulo II da Escola de Mães
Resultados:
 Participação das mães em eventos de representatividade da instituição e de defesa
de direitos;
 Divulgação da experiência apaeana em órgãos públicos e privados, no âmbito
municipal;
 Participação em ato público, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em
defesa das Escolas Especiais;
 Participação no Seminário sobre políticas públicas na Câmara Municipal de Belo
Horizonte com o tema “Como as políticas estão convergindo para diminuir as
diferenças”;
 Presença na entrega do Grande Colar do Mérito Legislativo promovido pela
Câmara Municipal de Belo Horizonte, recebido pelo Presidente da Apae-BH;
 Participação no 3º Seminário de Educação Especial, promovido pela Apae-BH,
com o tema: “Escola e Família: compartilhando saberes e tecnologias para
desenvolver a linguagem”;
 Participação da instrutora de oficinas como palestrante da mesa redonda no
Congresso Mineiro no eixo família com o tema: “Moda e Vestuário”.
 Participação na 19ª Semana da Pessoa com Deficiência, promovida pela Secretaria
Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania de Belo Horizonte;
 Participação de 10 familiares da Escola de Mães no II Fórum Mineiro de
Autogestão, Autodefesa e Família e XII Congresso da Rede Mineira das Apaes,
que tiveram como tema: “Tecnologia Assistiva Promovendo o Desenvolvimento
da Pessoa com Deficiência Intelectual”;
 Formação do Grupo Cultural Coletivo de Mães, sob a direção de Idelino Júnior,
gerente do Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva da Apae-BH;
 Apresentação do grupo de mães da Apae-BH na Formatura da III Turma da Escola
de Pais;
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 Apresentação na Oficina de Capacitação de Novos Dirigentes, promovido pela
FEAPAES-MG, no Colégio Pio XII;
 Apresentação do grupo Coletivo de Mães, sob a direção de Idelino Júnior, na
Abertura do II Fórum Mineiro de Autogestão, Autodefesa e Família e XII
Congresso da Rede Mineira das Apaes;
 Participação nas reuniões e mobilização para a eleição no Conselho Municipal das
Pessoas com Deficiência de Belo Horizonte – Conselheira Suplente Dalva Maria
do Carmo, como ouvinte, com o apoio de profissional da Apae-BH;
 Participação na capacitação de novos conselheiros, promovida pela prefeitura,
através da ESAF – Escola Superior de Administração Fazendária, com
participação na mesa: “Apoio à família da pessoa com deficiência”;
 Participação na IX Mostra de Arte, Inclusão e Cidadania e 19º Semana da Pessoa
com Deficiência;
 Capacitação Método TEACCH pelo PAIS - Programa de Autismo e Inclusão
Social, da Apae – BH.
PROJETO BEM ESTAR
Tem o objetivo de incentivar os pais, responsáveis e familiares a buscar novas
conquistas e realizações, ampliando seu potencial, favorecendo sua capacidade
individual e de sua família, tornando-os capazes de contribuir para sua manutenção e
de seu grupo familiar e para a melhoria da qualidade de vida. Este projeto envolve a
participação de 120 pais.
Ações: Roda de Conversa
Oficinas de Artesanato
Grupos de Vivências: Reiki
Grupo de “Mães Artesãs da Apae-BH”
RODA DE CONVERSA
É uma estratégia educativa e comunicativa utilizada para proporcionar aos pais/e ou
responsáveis pelas pessoas com deficiência intelectual, um espaço de diálogo, troca
de informações, cuja finalidade é a satisfação das necessidades básicas de
aprendizagem, compreensão e empoderamento.
Metodologia

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
Acolhida dos participantes pela condutora do grupo;
Dinâmicas de descontração que possibilitem a interação entre os participantes;
Leitura de texto reflexivo;
Conversa em grupo com apresentação do tema;
Debate sobre os temas sugeridos pelos participantes e profissionais;
Os encontros são realizados todas as quartas-feiras, das 15:00 às 16:30 h, e às
quintas-feiras, das 10:00 às 11:30;
 Número de participantes: média de 10 pais por encontro.
Temas debatidos:
 Indenização por danos materiais e morais - Advogada Anna Carolina;
 A família da pessoa com deficiência – Texto suplementar: “As Sem-Razões do
Amor”, poema de Carlos Drummond de Andrade;
 Autoestima da mulher – Texto: “Feliz por nada”, de Martha Medeiros.
13
 O impacto do álcool na família - Atividade suplementar: exibição e discussão
sobre filme: “Quando um homem ama uma mulher”- Sessão “Cinema, pipoca e
guaraná”;
 Dinâmica de interação: Mostrando as escolhas que podemos fazer na vida - texto
suplementar “Reverência ao destino”, de Carlos Drummond de Andrade;
 Informações institucionais;
 Prestação de serviços, como: Apoio ao cadastramento no programa “Minha
Casa, Minha Vida”; reuniões com as mães artesãs para definição da
comercialização na barraca de Artesanato da Bernardo Monteiro;
 Condicionalidades para a concessão de cestas básicas;
 Horários de distribuição do vale-refeição para mães e alunos;
 Mudança do protocolo de revisão e cadastro do benefício – Cartão BH-BUS;
 Horários de entrada e saída na instituição.
Conclusão:
Conforme avaliação da equipe, houve aumento na frequência e maior participação
das mães durante os encontros, com as participantes contribuindo com o tema,
fazendo comentários, perguntas, esclarecendo dúvidas e propondo novos temas.
OFICINAS DE ARTESANATO
Descrição
Desenvolve atividades que possibilitam aprendizagem de técnicas de artesanato,
desenvolvimento da criatividade e de habilidades específicas.
Os produtos confeccionados pelas mães nas Oficinas de Artesanato são destinados à
comercialização em feiras livres para complementação da renda familiar e uma parte
desse recurso é utilizada para reposição e aquisição de matéria-prima para as
oficinas.
Atividades Realizadas e Resultados:
Curso
Matéria-prima / Custo
Quantidade
Número de
confeccionada participantes
Decoupage em vidro
Vidros reciclados, papel, cola
3 unidades
3
Decoupage em madeira
Caixas em MDF, tinta para artesanato, fitas,
rendas, brilho para tinta 60,00, lixa: 2,00
12 unidades
5
Porta Guardanapo em telas
Telas: 25 x 0,50. Cones de linha 3 x 4,80.
Raminhos de flores: 5,60. Fitas diversas
06 unidades
Porta recados em CD
Material reciclado – reaproveitamento
15 unidades
Patchcolagem
Aplicação em tecido
Panos de prato: 20 x 1,90
Cola para tecidos: 2 x 2,80
18 unidades
Peso de porta
Material reciclado – reaproveitamento
08 unidades
03
Cabide Organizador
Cabides 1,25 x 12
08 unidades
07
Enfeites de Natal
Reaproveitamento de tecidos
Bolas de isopor 25 x 0,75
Rolo de sutache 2 x 8,00
25 unidades
08
Guirlanda de Natal
Reaproveitamento de tecidos, botões e fitas
05 unidades
04
Pote de sorvete tema “Papai Noel”
Folhas de EVA 6 x 1,50
Cola branca 9,90
20 unidades
05
5
06
08
14
Produto
Matéria-prima / Custo
Enfeite Natalino com CD quadrinho
Reaproveitamento de CDs, tecidos, fitas, laços
Enfeites de Natal – guirlanda
de corações
Reciclagem de tecidos, linhas e botões
Porta Tesoura com tema
“Coruja”
Agulheiro com tema
“Galinha”
Quantidade
Número de
confeccionada participantes
2 unidades
02
12 unidades
06
Reaproveitamento de korino, botões, linhas,
agulhas
01 unidade
04
Porta alfinete 9 x 0,70
01 unidade
04
 Participação do grupo de “Mães Artesãs da Apae-BH” na UNILAR e na Feira
Nacional de Artesanato.
Reiki
Esta atividade é realizada por uma equipe de voluntárias que promovem sessões de
Reiki às sextas-feiras, na Apae-BH. Para participar, a pessoa interessada deve se
comprometer a frequentar as oito semanas de tratamento.
Em 2013, 29 mães de pessoas com deficiência intelectual, divididas em 3 grupos,
receberam Reiki.
C - PROGRAMA TRABALHO, EMPREGO E RENDA
Descrição do Programa
O Programa Trabalho, Emprego e Renda consiste em oferecer ao usuário com deficiência
intelectual e múltipla maior variedade de experiências em oficinas de trabalho, através de
atividades práticas e complementares, por meio de vivências e do fazer para conhecer,
definindo seu interesse e desenvolvendo suas capacidades e potencialidades para a vida e
para o trabalho.
Público alvo: Usuários com deficiência intelectual acima dos 14 anos de idade.
Recursos humanos:
01 Gerente,
01 pedagoga,
01assistente social,
01 nutricionista,
01 fisioterapeuta,
01 terapeuta ocupacional,
01 psicólogo,
01 fonoaudióloga,
01 monitora,
01 instrutora,
01 auxiliar de padaria.
15
Abrangência territorial: famílias oriundas de todas as regionais de Belo Horizonte e da
região metropolitana.
Eixos de Atuação:
Eixo 1: Formação Inicial para o Trabalho
Tem como objetivo geral o desenvolvimento humano do usuário com deficiência intelectual
e múltipla. É realizada através de oficinas com atividades laborais que possibilitam ao
usuário aprender a identificar, discriminar e utilizar distintas ferramentas para a leitura de
mundo, favorecendo sua inclusão social.
Os objetivos específicos





Possibilitar que o usuário adquira o nível máximo de autonomia pessoal;
Desenvolver habilidades de vida diária e prática e habilidades sociais;
Treinar hábitos e atitudes essenciais para a vida e para o trabalho;
Facilitar a compreensão do mundo onde vivemos e do mundo do trabalho;
Propiciar uma autoavaliação para identificar as aspirações e limitações pessoais para
determinadas tarefas;
 Capacitar o usuário para viver em sociedade e melhorar a sua qualidade de vida;
 Sensibilizar e conscientizar as famílias sobre a importância de qualificar
profissionalmente a pessoa com deficiência intelectual e múltipla, para a sua colocação
no mercado de trabalho, evidenciando o seu potencial laboral.
Organização das oficinas:
São quatro oficinas, duas no turno da manhã e duas no turno da tarde, com uma média de 10
usuários em cada uma e com duração de 1 a 3 anos.
Oficinas do turno da Manhã
 Padaria
 Culinária
Oficinas no turno da Tarde
 Culinária
 Sorveteria
Total de usuários nas oficinas de Formação Inicial para o Trabalho: 28 usuários.
Público alvo
Usuários da Escola Oficina Sofia Antipoff, da Apae-BH, que concluíram a EJA anos finais,
e aqueles admitidos na instituição após avaliação multidimensional.
Metodologia
O ambiente de execução das tarefas é o mais similar possível a uma situação real de
trabalho e o instrutor da oficina estimula a participação do usuário para favorecer sua
elaboração mental na aquisição de novos conhecimentos, promovendo o desenvolvimento
das atividades práticas propostas.
As atividades são desenvolvidas em uma sequência que vai do simples para o complexo,
procurando incrementar o nível de dificuldade das tarefas, segundo o progresso do usuário.
16
Conteúdos
São desenvolvidas as habilidades de gestão que englobam competências e conhecimentos
relativos à autogestão, à melhoria da qualidade de vida, à produtividade, às habilidades
interpessoais, responsabilidade, autoestima, observância de regras e leis, integração social,
aperfeiçoamento de conhecimentos básicos para o trabalho e para a vida adulta.
Por fim, as habilidades práticas compreendem a competência e conhecimentos específicos
acerca de processos, métodos, técnicas, normas, regulamentações, tipos de materiais e
equipamentos e outros conteúdos específicos das oficinas de trabalho.
Avaliação
A avaliação das aprendizagens dos usuários na Formação Inicial para o Trabalho é um
processo contínuo na busca de novas estratégias para o desenvolvimento das
potencialidades do mesmo, utilizando os seguintes instrumentos:




Realização de entrevista com a família do usuário;
Elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual - PDI;
Registro do desempenho do usuário nas diversas atividades das oficinas;
Relatórios descritivos semestrais sobre o comportamento ocupacional, emocional,
social e cognitivo do usuário.
Este processo avaliativo é que define se o usuário irá para a Qualificação Profissional ou
outro programa da APAE-BH, voltado para o jovem adulto. É, também, levado em conta se
há interesse, por parte do usuário e de sua família, de encaminhá-lo para o mercado formal
e/ou informal de trabalho.
Resultados
 Melhora significativa das habilidades intelectuais, sociais, comportamentais,
comunicativas e motoras dos usuários, através do trabalho prático nas oficinas;
 Aprimoramento do trabalho de autogestão, levando os usuários a serem mais
independentes, atuantes e formadores de opiniões;
 Encaminhamentos das famílias para os diversos equipamentos da rede de proteção
social como: CRAS, Regionais da PBH, Posto Médico, Conselho Tutelar, INSS,
Agência Jurídica e Programa de Cesta Básica, estes dois últimos da APAE-BH;
 Exposição e venda de produtos confeccionados pelos usuários no “Pólo Móveis” e no
Bazar Ponto Chic, mantido pela APAE-BH;
 Produção e venda de salgados, pizzas, bolos, tortas, pães, doces, biscoitos caseiros,
congelados, picolés, sorvetes, sundae, milk shake, cafés, sucos e outros;
 Fabricação de produtos diet na Oficina de Culinária, favorecendo a alimentação
saudável dos usuários diabéticos;
 Venda de picolés e sorvetes na comunidade, três vezes por semana, com o objetivo de
trabalhar independência, socialização, locomoção nos espaços da comunidade e o valor
do dinheiro;
 Melhora no controle de qualidade dos alimentos produzidos nas oficinas.
Eixo 2: Qualificação para o Trabalho
Tem o objetivo de oferecer à pessoa com deficiência intelectual e múltipla o
desenvolvimento de habilidades específicas e conhecimentos de uma profissão. Consiste
fundamentalmente em desenvolver as habilidades necessárias ao desempenho de uma tarefa
por meio de atividades práticas, fazendo com que o usuário possa executar e produzir um
determinado trabalho com qualidade, produtividade e responsabilidade na função que
exercerá futuramente, de acordo com as demandas do mercado. Este Eixo caracteriza-se
pelo seu objetivo eminentemente qualificador da mão-de-obra da pessoa com deficiência
17
intelectual para o emprego que, vale salientar, varia muito em decorrência do contexto
regional.
Objetivos específicos




Treinar o usuário para o exercício de atividades profissionais;
Aperfeiçoar conhecimentos básicos necessários a sua profissionalização;
Servir de treinamento para posterior colocação no mercado de trabalho competitivo;
Oferecer aos usuários condições para o desenvolvimento de postura adequada ao
trabalho.
Pré-requisitos para admissão na Qualificação Para o Trabalho
 Avaliação final, realizada pela equipe técnica de Formação Inicial para o Trabalho,
ressaltando o desenvolvimento das habilidades necessárias para o ingresso do usuário na
Qualificação para o Trabalho;
 Interesse da família e do usuário em ser inserido no mercado de trabalho;
 Documentação pessoal: Carteira Profissional; Certificado de Reservista e Titulo de
eleitor.
Metodologia
 O processo de Qualificação Para o Trabalho é desenvolvido por meio de atividades
práticas em ambientes que proporcionam situação real de trabalho na própria instituição
e/ou em empresas parceiras da APAE-BH;
 O usuário é treinado pelo profissional na área de atuação;
 Período de duração: de 1 a 3 anos.
Avaliação
A avaliação dos usuários tem como base o seu desempenho, adotando-se os indicadores
utilizados pelas empresas, com as devidas adequações, considerando-se o público em
questão. São utilizados os seguintes instrumentos na Qualificação Para o Trabalho:
 Protocolo de Observação e Análise das Competências e Tarefas, de acordo com a função
que será executada na empresa;
 Definição se o usuário está apto ou não para sua colocação no mercado de trabalho
competitivo.
Total de usuários na Qualificação Para o Trabalho: 20
Oficinas de Qualificação
a) Apae Júnior
Tem o objetivo de treinar as pessoas com deficiência intelectual numa função específica
nos espaços da Apae, com o acompanhamento direto do profissional responsável pelo
trabalho no setor onde ele está sendo treinado e com a supervisão da Terapeuta
Ocupacional.
De acordo com o nível de interesse e as habilidades dos usuários, eles foram inseridos
nos seguintes ambientes de trabalho, dentro da instituição:





01 usuário como recepcionista na Clínica Intervir;
01 usuário na limpeza do refeitório;
02 usuários como atendentes de lanchonete;
05 usuários como monitores de sala;
01 usuário na limpeza das salas.
18
Atividades desenvolvidas
 Acompanhamento e monitoramento de 10 usuários do APAE JÚNIOR pela
Terapeuta Ocupacional e pela Assistente Social;
 Orientação da terapeuta ocupacional e da assistente social do setor aos 10 usuários e
aos profissionais que atuam diretamente na mesma função e no mesmo setor da
instituição,
 Reunião semanal com os usuários do APAE-JUNIOR com a Terapeuta
Ocupacional, a Assistente Social e a Psicóloga do setor, totalizando 86 encontros;
 Realização de 10 avaliações de desempenho dos usuários do APAE-JUNIOR
juntamente com o profissional responsável pelo mesmo no seu local de trabalho;
 Confecção de 06 adaptações para os usuários do APAE-JUNIOR, melhorando a
autonomia e independência no trabalho, realizadas pela Terapeuta Ocupacional e
Fonoaudióloga;
 Realização de 16 reuniões com os responsáveis pelos usuários, sobre seu
desempenho no trabalho do APAE-JUNIOR e esclarecimentos sobre questões
legais, feitas pela Terapeuta Ocupacional e pela Assistente Social.
b) Parcerias com Empresas
Em agosto de 2012 a APAE BH firmou uma parceria com a Empresa Gerencial e com o
SENAC, encaminhando 10 usuários para participar do curso de qualificação com aulas
teóricas e práticas, com duração de 1 ano e uma bolsa com remuneração de meio salário
mínimo. Os usuários que participaram deste projeto permaneceram na empresa um
horário e no outro horário freqüentaram as oficinas da EJA- Anos Finais na APAE. Este
curso terminou em setembro de 2013.
Todos concluíram o curso de qualificação e apenas uma usuária foi inserida no mercado
de trabalho.
c) Cursos de Qualificação de Mão de Obra
Este curso consiste no treinamento de mão de obra, através de cursos de qualificação de
curta duração para o mercado formal e/ou informal. Em 2013 foram oferecidos 2 cursos
de qualificação para as oficinas de alimentos. São eles: biscoitos caseiros e tortas
salgadas.
Eixo 3: Colocação no Trabalho – Inclusão Produtiva: Intermediação de Mão de Obra
da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.
Consiste na inserção da pessoa com deficiência intelectual e múltipla em algum tipo de
atividade laboral, primordialmente competitiva, e sempre condizente com o potencial,
condições físicas e aspirações desta pessoa e, também, com a disponibilidade de vagas
existentes no mercado.
Nesta etapa, o usuário deve estar apto a atingir os índices de produtividade como
quantidade e qualidade do produto, além de demonstrar a postura profissional exigida
pelo mercado.
Pré-requisitos para o ingresso
Avaliação satisfatória do desempenho profissional do usuário, realizada por
profissional da Qualificação Para o Trabalho, que encaminhará o candidato para a
empresa, juntamente com sua avaliação. Este Eixo é monitorado pela Terapeuta
Ocupacional e pela Assistência Social, que acompanham a pessoa com deficiência
intelectual e múltipla na empresa empregadora, participando e orientando o setor de
19
recursos humanos no processo de seleção, treinamento e avaliação de desempenho,
quando necessário.
Atividades realizadas
 Encaminhamento de 04 usuários para o mercado de trabalho, após conclusão da
etapa de Qualificação Para o Trabalho;
 Acompanhamento de 05 empresas (Linx, Seculus, Milplan Engenharia, Estrata
Engenharia e Grupo Aterpa) em visita ao Programa para conhecerem os usuários e o
trabalho desenvolvido nas oficinas, pela Terapeuta Ocupacional e pela Assistente
Social;
 Monitoramento e avaliação pela Terapeuta Ocupacional e pela Assistente Social,
dos 10 usuários participantes do APAE JÚNIOR e dos 10 usuários que participaram
da Qualificação Externa na empresa Gerencial Brasil / SENAC, com o objetivo de
qualificar mão de obra para o mercado de trabalho;
 Orientação e acompanhamento dos usuários que foram encaminhados para o
trabalho nas empresas, feitos pela terapeuta ocupacional e pela assistente social;
 Levantamento de vagas nas empresas parceiras para possível inserção do usuário no
trabalho, realizado pela Assistência Social e pela Terapeuta Ocupacional;
 Visitas às empresas para avaliação de possíveis funções e adaptações necessárias
para inserção do usuário na atividade, realizadas pela Assistência Social e pela
Terapeuta Ocupacional;
 Realização de 10 entrevistas com as famílias para preenchimento da Anamnese
Social, demonstrando indicadores importantes para o conhecimento do núcleo
familiar, favorecendo o trabalho com o usuário e com sua família;
 Realização de análise das atividades para busca da função mais adequada ao perfil
do usuário nas empresas parceiras, realizada pela Terapeuta Ocupacional.
Resultados
 Desenvolvimento significativo na aprendizagem dos usuários, através das áreas de
conhecimento trabalhadas dentro das oficinas de atividades práticas, contemplando
assim a integralidade das ações;
 Envolvimento das famílias no processo de inserção do usuário no trabalho, levando
a mesma a ser corresponsável pelo sucesso profissional de seu filho;
 Inserção de 55 usuários com deficiência intelectual no mercado de trabalho, nas
seguintes empresas: Supermercado Super Nosso, Supermercado Sales,
Supermercados BH, Supermercado EPA, Supermercado Carrefour, FUNDEP –
Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, Hotel IBIS, Restaurante Maria das
Tranças, Casa & Tinta, Centauro Esportes, McDonald’s, Hotel Formule1,
Transportadora Pássaro Verde, Spec Engenharia, Condomínio Morro do Chapéu,
Luíza Barcelos Calçados, Cinto de Segurança, Colégio Coleguium, Gerencial Brasil,
SENAC, AmBev, Droga Raia, Hospital Life Center, C&A, Cinemark, Milplan
Engenharia.
D - PROGRAMA EDUCAÇÃO PARA E PELO LAZER
Descrição do Programa
Este programa visa proporcionar aos participantes com deficiência intelectual e
múltipla, seja ele, jovem, adulto ou em processo de envelhecimento, vivências sociais e
culturais, bem como desenvolver, através da arte e do esporte, competências,
habilidades, autonomia e atitudes para a melhoria da aprendizagem, qualidade de vida e
exercício da cidadania.
Este trabalho tem como principal objetivo garantir o início de uma trajetória de
descobertas, transformação da vida e despertar de sensibilidade através de novos olhares
20
e pensamentos referentes às pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Também
visa contribuir para a resignificação de pensamentos, conceitos e atitudes da sociedade
que acabam por reforçar a idéia de que a deficiência intelectual e múltipla é uma
condição definitiva de incapacidade e de infantilidade.
Público alvo
 Nas oficinas: Jovens, adultos e pessoas com deficiência intelectual e múltipla em
processo de envelhecimento, que necessitam de apoios extensivos e generalizados,
com conclusão do ensino fundamental.
 Nos grupos artísticos: usuários com deficiência intelectual e múltipla a partir dos 14
anos de idade, que tenham habilidades e interesse em participar dos grupos artísticos
oferecidos (coral e percussão).
Recursos humanos






01 gerente,
01 professor de música,
01 professor de percussão,
01 pedagoga,
01 educador social
01 assistente social
Abrangência territorial: Pessoas com deficiência intelectual e múltipla advindas de
todas as regionais de Belo Horizonte.
Objetivos
 Desenvolver habilidades gerais proporcionando aprendizagens significativas que
ampliem o conhecimento em relação a si mesmo e ao mundo à sua volta,
promovendo a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida pessoal e familiar de
forma ativa e criativa;
 Desenvolver competências, habilidades e atitudes para favorecer a inclusão social e o
exercício da cidadania com a inserção no cenário artístico e cultural da comunidade e
de outros programas dentro da instituição, contribuindo para a compreensão e
descoberta de diversas possibilidades de lazer através de momentos de descontração,
aprendizagem e diversão.
 Despertar a criatividade e estimular a autoexpressão, possibilitando o
desenvolvimento de potencialidades e o estímulo do pensamento artístico,
ampliando a autonomia e independência da pessoa com deficiência através do deu
desenvolvimento global, respeitando sempre seus limites e possibilidades,
concentrando sempre nas oportunidades.
Metodologia
O Programa Educação Para e Pelo Lazer é constituído de oficinas e grupos artísticos
voltados para o ensino, aprendizagem e vivência da arte e da cultura, incluindo
observação, experimentação, criação, orientação, aulas teóricas e práticas, atividades de
lazer e apresentações artísticas, priorizando a descoberta de valores, atitudes, e
conhecimentos em várias áreas.
Oficinas: São realizadas de 2ª a 6ª feira, das 7:30 às 11:30 e das 13:00 às 17:00 horas,
com a participação de 73 usuários.
21
Grupos artísticos: São realizados às 6ª feiras das 9:30 às 11:30 e das 15:00 às 17:00
horas, com a participação de 90 usuários.
Atividades desenvolvidas nas oficinas
Oficina de animação cognitiva, lúdica e comunicativa
Esta Oficina é realizada na Ambiência Bem Viver e desenvolve atividades de vivências
e iniciação em artes manuais e esportivas, com o objetivo de dar acesso e estimular os
participantes a observar, experimentar e explorar diversos materiais e técnicas artísticas
e esportivas simples, bem como, interagir com algumas atividades recreativas e culturais
da comunidade, buscando sempre identificar e valorizar o conhecimento prévio, a
tolerância e o desejo de cada pessoa. Esta oficina é ministrada pelos professores de
educação física e de música
Atividades desenvolvidas
 Estimulação vocal, exercícios de comunicação e linguagem; conscientização auditiva,
experimentação de timbres de instrumentos musicais, jogo de interpretação com
fantoche e jogo da memória, criação de histórias a partir de objetos diversos, dinâmicas
e brincadeiras, apreciação e interpretação de filmes e apreciação de vídeos das aulas.
Oficina de dança e expressão e corporal
Realizada na Ambiência Corpo e Movimento, esta oficina proporciona a
aprendizagem através de jogos, brincadeiras rítmicas e atividades corporais, explorando
possibilidades para o desenvolvimento do potencial criativo, artístico e esportivo. Esta
oficina é ministrada pelos professores de educação física e de dança.
Atividades desenvolvidas
 esquema corporal, alongamento e expressão corporal; relaxamento e exercício de
respiração; brincadeiras e jogos rítmicos; iniciação e experimentação de atividades
esportivas; experimentação e manipulação de instrumentos; Oficina de Capoeira e
ginástica rítmica; Oficinas e grupos de dança, música e teatro; Atividade sensorial
motora.
Oficina comunitária e atividades da vida diária e prática
Realizada na Ambiência Vivências, esta oficina compreende atividades de interação
familiar e comunitária, buscando enfatizar o ensino e a aprendizagem ligada à
experiência e vivência do aluno em relação a questões culturais, sociais e
intersubjetivas, apontando para a aprendizagem significativa de formação do cidadão.
Ministrada pelos professores de educação física e de percussão, poderão participar desta
oficina alunos e seus familiares e pessoas da comunidade.
Atividades desenvolvidas
 Prática de atividade físico social;
 Estimulação da independência, da responsabilidade e da autonomia;
 Incentivar os hábitos de auto-cuidado, alimentação saudável, cuidados com a saúde e
lazer;
 Resgate da identidade, autoestima e comunicação social;
 Entendimento das regras sociais e atitudes de respeito e cortesia
22
Resultados qualitativos





Interesse dos participantes das oficinas em experimentar, explorar e aprender;
Desenvolvimento do potencial criativo e das habilidades socioeducativas;
Interação, participação e demonstração de confiança por parte das famílias;
Encaminhamento de três alunos das oficinas para os grupos artísticos;
Estudo fotoetnográfico das atividades realizadas nas oficinas.
Resultados quantitativos
 50% dos usuários apresentaram boa evolução e foram encaminhados para os grupos
artísticos (coral e bateria);
 50% dos usuários apresentaram evolução nos aspectos de desenvoltura, autoestima,
autoconfiança, comunicação e iniciativa;
 75% dos usuários obtiveram melhora na interação com o ambiente, com os
educadores e com os colegas;
 80% dos usuários melhoraram o comportamento;
 70% dos usuários aumentaram de forma significativa sua capacidade de
aprendizagem em contextos informais.
Grupos Artísticos
Os grupos artísticos da APAE-BH se dedicam ao aprofundamento e aperfeiçoamento
artístico, estruturados em modelo de grupos com focos em dança, música, teatro e
percussão. Formados por 90 frequentadores distribuídos em músicos (percussionistas e
cantores), atores e dançarinos com deficiência intelectual e múltipla e por pessoas da
comunidade.
Atividades desenvolvidas
Coral “Vozes da APAE”
Desenvolve com os alunos a capacidade de vocalização e afinação; habilidade rítmica e
melódica; pronúncia, articulação e dicção; percepção harmônica e afinação; aumento do
vocabulário e linguagem; interpretação e improvisação, utilizando os seguintes
exercícios:





vocalização e afinação;
habilidade rítmica e melódica;
pronúncia articulação e dicção;
percepção harmônica e afinação;
interpretação e improvisação.
Grupo de Dança “Expressão e Movimento”
Desenvolve com os alunos a flexibilidade, o equilíbrio e a postura; conscientização e
desenvoltura corporal; estética e criatividade; capacidade rítmica e expressiva; técnica
de dança.
Ritmos trabalhados
 Dança contemporânea
 Cirandas
 Dança Afrobrasileira
23
Percussão Popular e Bateria APAETUCADA
Desenvolvem com os alunos o conhecimento e interesse por instrumentos percussivos;
habilidade rítmica e coordenação motora; acompanhamento melódico e percepção
melódica; reprodução e produção sonora; reparo e cuidados com instrumentos.
Ritmos trabalhados










Marcha Rancho, Marchinha
Baião
Valsa
Percussão corporal
Fanfarra
Samba
Olodum
Funk
Congado
Cantigas folclóricas
Atividades desenvolvidas





Conhecimento e interesse por instrumentos percussivos;
Treino de ritmos e coordenação motora;
Exercícios de acompanhamento melódico e percepção melódica;
Reprodução e produção sonora;
Reparo e cuidados com instrumentos
Resultados qualitativos




Visita ao Mineirão;
Apreciação de filmes em salas de Cinema e de peças em salas de teatro;
Participação em eventos em praças e no Parque Municipal;
Participação na Festa à Fantasia.
Resultados quantitativos
 75% dos usuários compreendem e reproduzem os ritmos musicais como: altura,
dinâmica, intensidade, velocidade e ritmo;
 30% dos usuários têm capacidade de assimilar propostas mais elaboras realizando
processos criativos;
 45% dos usuários conseguem acompanhar grupos profissionais (bateria e coral) como
músico ou cantor de apoio;
 80 % apresentam melhora na pronúncia e dicção;
 95 % apresentaram melhora na autoestima e autoconfiança.
Período de realização das atividades: de fevereiro a dezembro, com apresentações
previamente agendadas aos sábados e domingos.
24
2 - PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL - ALTA COMPLEXIDADE – Serviço
de Acolhimento Institucional Para Pessoas com Deficiência
Recursos financeiros utilizados nas ações dos programas de proteção especial de alta
complexidade: R$1.144.540,00 (um milhão, cento e quarenta e quatro mil, quinhentos e
quarenta reais)
A - PROGRAMA CASA LAR
Descrição do programa
O Programa Casa Lar, desenvolvido pela Apae de Belo Horizonte desde de 1997 em
parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, oferece acolhimento
para 58 moradores com deficiência intelectual da extinta FEBEM.
É um programa que se preocupa com o sujeito, sua singularidade, história, cultura e vida
cotidiana, favorecendo o seu protagonismo, sua autonomia e a sua inclusão comunitária.
O Programa possui 09 casas lares que funcionam em dois modelos:
1º) 08 Casas Lares cujos moradores apresentam deficiência intelectual e múltipla e
requerem apoios extensivos e generalizados e, para atender a esta demanda, é
necessária a participação constante e efetiva de funcionários – Mães/Pais Sociais e
auxiliares.
2º) 01 Casa Lar Supervisionada, onde residem quatro moradoras que apresentam parcial
autonomia e independência nas suas atividades rotineiras e, por isso, não
necessitam de apoio de uma Mãe Social, mas de orientações e supervisão da equipe
técnica da instituição.
Recursos humanos:
01 gerente,
01 assistente social,
01 enfermeira,
01 administrador,
01 motorista,
01 psicólogo,
10 pais/mães sociais,
18 auxiliares,
01 psiquiatra.
Público alvo: 55 pessoas com deficiência intelectual e múltiplas vítimas de abandono
e/ou sem referência familiar, advindas da extinta FEBEM – MG e
encaminhadas pelo poder público.
Abrangência territorial: Pessoas advindas da extinta FEBEM-MG, encaminhadas ao
Programa Casa Lar pelo poder público.
Atividades realizadas
 Orientação e acompanhamento, feito pela equipe técnica, do trabalho realizado pelas mães/pais
sociais e auxiliares;
 Reuniões com os funcionários para pactuar metas e esclarecer dúvidas;
 Capacitação das mães/pais sociais, auxiliares e equipe técnica sobre o Método Teacch para
implementação nas Casas Lares que possuem moradores autistas;
25
 Elaboração e implementação do “Programa de Economia de Fichas - PEF”, pela equipe técnica
em conjunto com mães/pais sociais, com o objetivo de realizar mudanças de comportamento que
favoreçam o convívio diário. Este programa funciona como um sistema monetário local e pode
ser considerado como um programa motivacional. Após um bom comportamento, que acontece
através de combinados, o morador pode ser premiado; logo, as chances de tais ações se
repetirem em situações futuras aumentam de forma considerável. Após elaboração do PEF,
foram selecionados os moradores e pactuadas suas metas, respeitando o perfil de cada um.
 Participação das mães/pais sociais nas reuniões dos programas da APAE e em outros
equipamentos da comunidade, onde estão inseridos os respectivos moradores;
 Elaboração de relatórios semestrais de cada morador, solicitados pelo Ministério Público e pelo
Juizado da Infância e Juventude;
 Organização de prontuários de cada morador, contendo todos os relatórios, exames, e
documentações atualizados e em local de fácil acesso;
 Atualização e manutenção dos prontuários, com as informações referentes aos moradores e
acompanhamento das intervenções de saúde;
 Desenvolvimento de ações de prevenção de saúde com os moradores;
 Elaboração e execução do Plano de Ação para o Projeto Equipar da SEDESE – Secretaria de
Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas Gerais, visando à troca de móveis e
eletrodomésticos das 9 Casas Lares;
 Elaboração, pela nutricionista, do Manual de Boas Práticas, contendo informações sobre
recebimento e armazenamento de alimentos, fluxogramas de compras, POP’s – Procedimentos
Operacionais Padrão, Higiene alimentos, utensílios, equipamentos, ambiental;
 Elaboração, pela nutricionista, do Manual de Orientações Nutricionais, contendo informações
sobre alimentos permitidos e proibidos em algumas situações (dieta laxativa, constipante,
hipertensão arterial, diabetes, etc);
 Organização da equipe técnica para realizar atividades culturais e de lazer com todos os
moradores;
 Articulação da equipe técnica com os equipamentos públicos de saúde, educação e assistência
social nas comunidades onde as casas estão inseridas.
 Aprofundamento de discussão com a SEDESE, em relação a uma nova proposta para 14
moradores do programa, com transtorno mental grave que necessitam de atendimento e
acompanhamento da saúde mental;
 Manutenção da estrutura física das casas;
 Acompanhamento, pela assistente social, dos recursos financeiros e materiais consumidos nas
casas;
 Visitas regulares nas Casas Lares, acompanhando diretamente o planejamento financeiro,
controle de estoque, evitando desperdícios e o acúmulo de produtos, controlando gastos e
evitando a falta de produtos nas Casas Lares.
Resultados qualitativos
 Bom relacionamento com a equipe, resultando em discussões e condutas pertinentes no que diz
respeito aos moradores;
 Participação dos profissionais nas reuniões, demonstrando interesse em aprimorar seus
conhecimentos e competências;
 Planejamento e estruturação das atividades diárias para os moradores com transtorno do
espectro de autismo com melhora em relação à organização de tempo, espaço e
comunicação;
 Diminuição das intervenções com apoio físico dos moradores que apresentam auto ou
heteroagressão;
 Melhora significativa das moradoras inseridas no programa de economia de fichas,
quanto ao relacionamento com os funcionários da APAE, principalmente com a mãe
social e discreta melhora no relacionamento com as demais moradoras da casa. Percebese melhora, também, em relação ao comportamento diário, como pedir licença, dizer
bom dia, entender o melhor momento para ir a determinados lugares, etc. Discreta
melhora quanto à disposição para cumprir suas tarefas no lar com mais
responsabilidade. As moradoras estão mais organizadas e auxiliando em algumas tarefas
e apresentam discreta melhora quanto aos hábitos alimentares (com dicas verbais,
passaram a se alimentarem com menos rapidez). Apresentaram melhora quanto às
26
atividades de autocuidado e na forma de se comunicar, redução na frequência de
comportamentos de autoagressividade e heteroagressividade, ocorrendo apenas em
casos de frustração grave.
 Maior adesão das mães sociais às orientações nutricionais;
 Avaliação fonoaudiológica dos moradores, sendo observadas as seguintes alterações:
dificuldades nos movimentos de língua, principalmente a lateralização e elevação; fraqueza na
execução da tosse e processo de envelhecimento dos moradores em relação à linguagem e
também às funções estomatognáticas (mastigação, deglutição, fala).
Resultados quantitativos
Gráfico 1 : Número de relatórios solicitados
Gráfico 2 : Perfil Nutricional Geral dos moradores de Casa Lar,
com idade maior ou igual a 18 anos
Perfil Nutricional dos Moradores de Casa Lar da APAEBH, com idade maior ou igual a 18 anos, ano de 2013.
23
25
20
15
10
5
0
11
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4
So
2
0
za
M
ag
re
5
Classificação
Perfil Nutricional dos Moradores de Casa Lar da APAEBH, com idade maior ou igual a 18 anos,ano de 2013.
6%
2%
0%
4 % 10%
Magreza Grau III
Magreza Grau II
8%
Magreza Grau I
Eutrófico
22%
Sobrepes o
Obes idade Grau I
48%
Obes idade Grau II
Obes idade Grau III
Gráfico 3: Perfil nutricional em percentual dos moradores com idade inferior a 18 anos
27
Perfil Nutricional dos moradores de Casa Lar da
APAE-BH, com idade inferior a 18 anos, no ano de
2013.
0; 0%
1; 20%
Desnutrição Pregressa
1; 20%
Desnutrição Crônica
0; 0%
Eutrófico
Sobrepeso
Obesidade
3; 60%
Gráfico 4: Perfil nutricional em números absolutos
Perfil Nutricional dos moradores de Casa Lar da
APAE-BH, com idade inferior a 18 anos, ano de 2013.
3
Série1
1
0
Sobrepeso
Eutrófico
Desnutriçã
o Crônica
0
Obesidade
1
Desnutriçã
o
Pregressa
4
3
2
1
0
Gráfico 5 – Articulação com a Rede Socioassistencial
Fonte: Programa Casa Lar – Serviço Social/2013
Gráfico 6 – Demandas do Serviço Social
Fonte: Programa Casa Lar – Serviço Social/2013
28
II - AÇÕES DE DEFESA DE DIREITOS
AGÊNCIA JURÍDICA
Descrição do programa
Tem como objetivo geral promover a defesa e garantia de direitos da pessoa com deficiência
intelectual e de seus familiares, buscando, também, conscientizá-los e orientá-los sobre seus direitos e
deveres, e apoiá-los na busca de soluções de conflitos, de modo a fortalecer a cidadania e a inclusão
social.
Recursos humanos
 1 advogada,
 1 psicólogo,
 1 assistente social.
Público Alvo: Pessoas com deficiência intelectual e múltipla atendidas pela instituição e seus
familiares.
Abrangência territorial: município de Belo Horizonte.
Atividades desenvolvidas:
 Atendimento individual de pais e responsáveis legais pelos usuários da Apae de Belo Horizonte,
com o propósito de ouvir e esclarecer suas dúvidas, dificuldades e sugerir orientações;
 Ajuizamento e acompanhamento, de forma prioritária, das demandas judiciais e extrajudiciais,
que envolvem diretamente a pessoa com deficiência;
 Atendimento de usuários e de seus familiares para esclarecer dúvidas e propor orientações sobre
questões não relacionadas à deficiência;
 Divulgação dos serviços disponíveis na Agência Jurídica junto aos gerentes e coordenadores da
entidade e por meio de afixação de cartazes nos murais institucionais;
 Participação, duas vezes ao mês, nas Rodas de Conversa, estratégia educativa desenvolvida pelo
eixo de Apoio à Família, apresentando de forma didática as legislações e programas de governo e
esclarecendo quais os requisitos e meios de garantir o acesso a eles;
 Temas abordados nas participações em Rodas de Conversa:
Direitos e deveres previstos no Código de Defesa do Consumidor;
Acesso ao Plano de Benefícios da Previdência Social;
Direitos e deveres no contrato de aluguel;
Lei Maria da Penha (violência doméstica);
Indenização por danos morais e materiais;
Direitos e deveres de vizinhança.
 Participação no XII Congresso da Rede Mineira das Apaes, promovido pela Federação das Apaes
do Estado de Minas Gerais, apresentando o trabalho intitulado “A Agência Jurídica facilitando a
participação da família da pessoa com deficiência intelectual: uma proposta de tecnologia
assistiva”, que mostrou aos participantes uma nova estratégia de atuação da Agência Jurídica,
adotada pela Apae de Belo Horizonte, de modo a alcançar o maior número de usuários e
respectivos familiares quanto à divulgação, orientação e defesa de direitos, bem como
empoderamento enquanto cidadãos.
Resultados qualitativos
 Em razão das atividades desenvolvidas pela Agência Jurídica em 2013 foi possível observar que
ao longo do ano houve uma constante e crescente procura dos usuários pelos atendimentos
individuais, tornando a Agência Jurídica um ponto de referência da família na busca de solução de
conflitos, dúvidas e orientações.
 O aumento da procura pelos atendimentos individuais pode ser atribuído a dois fatores: ao contato
estabelecido pela advogada com as famílias, através das Rodas de Conversa, quando foram
tratados diferentes temas jurídicos que, de alguma forma, instigaram-nas a buscar soluções para
29
seus conflitos e orientações, inclusive em caráter preventivo, e, também, ao estreitamento da
Agência Jurídica com os profissionais de outros setores da entidade que, conscientes do trabalho
desenvolvido pela Agência Jurídica, passaram a indicar este serviço aos usuários e familiares e a
pedir a participação da advogada nas discussões de diversos casos.
 Nos encontros das Rodas de Conversa, as famílias foram receptivas aos conteúdos em discussão,
interagiram com a advogada, colocaram as suas opiniões, trouxeram suas experiências e,
inclusive, sugeriram temas para outros encontros.
 A interação da Agência Jurídica com os demais Programas da Apae de Belo Horizonte foi
importante inclusive para acionar a rede de serviços municipais, dialogar com os profissionais
envolvidos e discutir negativas ou inércia na prestação de serviços públicos pelo Município de
Belo Horizonte, podendo citar como exemplos o Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS), o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e o Setor de entrega de medicação da
Prefeitura que não acompanhavam a contento alguns usuários da Apae de Belo Horizonte.
 Os resultados das pesquisas de monitoramento e avaliação, desenvolvida por gerência específica
da Apae de Belo Horizonte, mostram que das atividades desenvolvidas no Eixo de Apoio à
Família, no 1º semestre de 2013, a Agência Jurídica teve 11% de procura pelas mães
entrevistadas, sendo a segunda atividade mais procurada. No 2º semestre do mesmo ano, esta
Agência teve 13,4% de procura e, dentre as atividades listadas na pesquisa, passou a ser a
primeira mais procurada pelas entrevistadas.
Resultados quantitativos
 79 (setenta e nove) famílias atendidas individualmente pela advogada da Agência Jurídica;
 31 (trinta e um) processos foram ajuizados, sendo:
15 (quinze) processos de curatela,
1 (um) processo de violência doméstica,
4 (quatro) processos de pensão alimentícia,
2 (dois) processos de regulamentação de visita,
2 (dois) processos de guarda,
1 (um) processo de indenização por danos morais,
2 (dois) processos de concessão de gratuidade no transporte coletivo municipal,
1 (um) processo de inventário,
1 (um) inquérito policial,
1 (um) processo de anulação de contrato bancário,
1 (um) processo de isenção tributária na aquisição de veículo.
Assim, podemos inferir que as famílias dos usuários da Apae de Belo Horizonte utilizam e têm
demonstrado satisfação em relação aos serviços prestados pela Agência Jurídica.
III - AÇÕES DE APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Descrição do programa
O programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva corresponde ao conjunto de
ações, procedimentos e estratégias especializadas dentro do espaço escolar mantido pela
APAE de Belo Horizonte, tendo em vista a garantia do percurso escolar e a aprendizagem
efetiva dos alunos com idade a partir de 06 anos e que, pela demanda das famílias e
avaliação da equipe multidimensional da APAE, seja indicado para a Escola Especial.
A Escola Especial Oficina Sofia Antipoff é uma entidade educativa, pertencente ao
sistema regular de ensino, credenciada/autorizada sob a portaria nº 232/2003 de
15/03/2003, sendo sua mantenedora a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de
Belo Horizonte – APAE-BH.
30
Recursos humanos
 Da área Administrativa
02 Gerentes
03 Supervisores pedagógicos
01 Secretário Escolar
01 Auxiliar de Secretaria ( Somente no primeiro semestre)
06 Monitores
02 Ajudantes de Sala
01 Assistente Social
 Da área pedagógica
03 supervisores pedagógicos
02 professores de aula especializada
02 professores no laboratório de informática – atividade complementar
28 professores regentes de turma
12 professores regência de aulas – Título Precário
 Do Programa de Promoção da Saúde
02 Fonoaudiólogos
01 Fisioterapeuta
01 Nutricionista
02 Terapeutas Ocupacionais
02 Psicólogo
01 Auxiliar de dentista
Público alvo
Pessoas com deficiência intelectual e múltipla que necessitam de apoios extensivos e
generalizados, com idade mínima de 06 anos para os anos iniciais do ensino fundamental
e com idade igual ou acima de 15 anos para EJA anos iniciais e finais.
Capacidade de atendimento
180 alunos com deficiência intelectual e múltipla que necessitam de apoios extensivos e
generalizados
Abrangência territorial: todas as regionais de Belo Horizonte e região metropolitana.
Recursos financeiros utilizados: R$681.176,66
Da Organização da Escola
As turmas foram organizadas em Ciclos de Aprendizagem conforme descrito abaixo:
Ciclo de Aprendizagem Inicial
1º Ano – 1 turma
2º Ano – 2 turmas
Ciclo de Aprendizagem Intermediário
2º Ciclo – 1 turma
3º Ciclo – 6 turmas
Educação de Jovens e Adultos – Anos Iniciais
31
1º Período – 1 turma
2º Período – 2 turmas
Educação de Jovens e Adultos – Anos Finais: 1º, 2º e 3º períodos
2º Período – 12 turmas
Proposta Pedagógica
Em 2013, a Escola Oficina Sofia Antipoff deu continuidade à proposta pedagógica
iniciada em 2012, que teve como ponto de partida a Pedagogia de Projetos.
A estratégia de projetos se consolidou como uma possibilidade de reorganização das
ações educativas para o público com deficiência intelectual e múltipla, uma vez que
funcionou como ponto de encontro entre o currículo formal e as demandas
educacionais reais do aluno e/ou da turma. Através da pedagogia de projetos, outras
estratégias de intervenção pedagógica, como a Metodologia TEACCH e a
Comunicação Alternativa, dialogam ampliando as possibilidades de aprendizagem
para o alunato da escola da APAE.
Foi objetivo da Escola em 2013, sistematizar as ações pedagógicas articuladas com a
proposta de “projetos”, tendo em vista a natureza da educação especial, assim como
criar dispositivos de interação das ações pedagógicas, com os pais.
Em relação à Educação de Jovens e Adultos, foi mantida a metodologia de oficinas
práticas de bijuteria, sorveteria, padaria, artes visuais e artesanato para o
desenvolvimento dos conteúdos acadêmicos.
Toda a proposta pedagógica na Escola Especial da APAE tem como objetivo o
desenvolvimento integral do sujeito com deficiência, considerando os espaços de
realização das atividades, as metodologias e a interação com outros programas da
instituição.
Atividades desenvolvidas
 Estruturação do esquema de “projetos” em todas as turmas dos anos iniciais;
 Supervisão da equipe pedagógica, colaboração no planejamento e pedagogia de
Projetos ;
 Formação continuada de professores;
 Colaboração na sistematização do relatório trimestral de avaliação do
desenvolvimento do aluno;
 Coordenação da execução de 06 oficinas de Materiais Reciclados e de Comunicação
Alternativa com pais dos alunos;
 Orientação na reorganização do currículo escolar – anos iniciais
 Realização de 05 reuniões com pais, sendo 3 trimestrais;
 Apresentação de trabalho pelos professores e supervisores no Congresso Mineiro das
APAES;
 Aplicação da 1ª Oficina de Comunicação Alternativa
 Capacitação da equipe da escola sobre a Metodologia TEACCH, com carga horária
de 40 horas.
32
Participações
Vídeo Conferência: projeto Organização da Educação de Jovens e Adultos – Anos
Finais nas Escolas Especiais, na Superintendência – Metropolitana A;
Seminário de Comunicação Alternativa, em Gramado;
Fórum Mineiro de Autogestão, Autodefesa e Família;
Fórum Regional de Autogestão, Autodefesa e Família com o tema “Tecnologias
Assistivas promovendo o desenvolvimento da pessoa com deficiência intelectual e
múltipla” - APAE BH;
Curso sobre Autismo, ministrado pela Equipe PAIS – APAE BH;
Programa de Treinamento de Pais, em parceria com a UFMG;
Curso de Avaliação em Autismo;
Curso de Treinamento no Modelo Educacional da AMA – São Paulo;
Resultados qualitativos
Podemos concluir que o ano de 2013 representou um ano de bons resultados para a
Escola Oficina Sofia Antipoff, sobretudo naquilo que nos propusemos a intensificar, ou
seja, a comunicação. A Escola pode contar, novamente, com o apoio dos profissionais
dos diversos programas que prestaram apoio à equipe pedagógica.
 A Pedagogia de Projetos se consolidou como dispositivo organizador de todo o processo
pedagógico, ao passo que torna a prática flexível aos alunos. A partir daí, iniciamos o
que está proposto como Comunidades de Aprendizagem, ação que torna a prática ainda
mais flexível no sentido de atender os alunos para além das formalidades estruturais.
 As conquistas na aquisição de habilidades de comunicação foram muito significativas no
âmbito da escola. Muitos recursos e dispositivos foram criados para que os alunos
pudessem, de fato, se comunicar ou se empoderar de mecanismos que os fizessem se
expressar mais e melhor.
 A Escola conseguiu, em 2013, se apropriar de uma ferramenta de avaliação funcional,
que registra os avanços dos alunos na perspectiva dos profissionais e também da família,
de maneira a visualizar mais claramente as áreas potenciais e apontar os desafios da
escola para o ano subsequente.
 A proposta para o ano letivo de 2014, conforme definido pela equipe, é continuar a
abordagem da Linguagem, com vistas à comunicação. Isto significa que trabalharemos
para que os alunos consigam desenvolver sua própria maneira de emitir informações
subjetivas, com vistas à elaboração de estratégias, recursos e materiais que viabilizem
sua comunicação efetiva.
 Maior apropriação dos professores em relação à EJA Anos Finais;
 Maior exatidão no desenvolvimento do relatório trimestral dos alunos.
Resultados quantitativos
Para avaliação, tanto dos pais como dos profissionais, são consideradas as seguintes habilidades:
a) Em relação à HABILIDADE INTELECTUAL
 No primeiro trimestre de 2012:
 Dos pais entrevistados pela Gerência deste Programa, apenas 12% consideraram que
seus filhos alcançaram algum avanço na habilidade intelectual; enquanto que os
33
profissionais, após avaliação de todos os alunos, consideraram que 45% deles tinham
avançado.
 No primeiro trimestre de 2013:
 Dos pais entrevistados, 12,5% consideraram que seus filhos alcançaram algum
avanço; enquanto que após avaliarem todos os alunos, os profissionais consideraram
que 62,7% deles tinham avançado.
b) Em relação à HABILIDADE COMPORTAMENTAL
 No primeiro trimestre de 2012: A avaliação dos pais entrevistados apontou que 25%
dos alunos obtiveram algum avanço nesta área, enquanto que na avaliação dos
profissionais a porcentagem é de 58,6%.
c) Em relação á HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO
 No primeiro trimestre de 2012: Dos pais entrevistados, 7% observaram avanço em
seus filhos e os profissionais avaliaram que 27% dos alunos conseguiram avançar.
 No primeiro trimestre de 2013: O gráfico de avaliação dos pais entrevistados apontou
que 15% dos alunos obtiveram êxito nesta área, contra 57,9% apontados pela avaliação
dos profissionais.
Conclusão
A partir dos dados comparativos apresentados constatou-se que entre o ano de 2012 e 2013,
obtivemos resultados positivos com os alunos, na concepção dos pais e dos profissionais. Isto
significa que os recursos, estratégias, materiais e a proposta pedagógica têm sido eficazes na
aquisição de habilidades pelos alunos, ampliando suas possibilidades de apreensão e
aprendizagem.
IV – AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
Descrição do Programa
O Programa Promoção da Saúde tem como objetivo promover a saúde da pessoa com
deficiência intelectual e múltipla em seu ciclo de vida, a sua capacidade funcional e
desempenho humano, contribuindo para sua inclusão social e prevenindo agravos que
determinam o surgimento de deficiências.
As principais diretrizes deste programa são a promoção da qualidade de vida, a prevenção
de deficiências, a atenção integral à saúde com ações de habilitação e reabilitação e
capacitação de recursos humanos.
Recursos humanos
01 Assistente social
03 Fisioterapeutas
34
04 Fonoaudiólogas
01 Psicólogo
02 Terapeutas Ocupacionais
02 Dentistas
05 Auxiliares de consultório dentário
01 Auxiliar administrativo
Público alvo
Pessoas com deficiência intelectual, múltipla e/ou autismo desde o nascimento até a idade
adulta e crianças, desde o nascimento, que se encontram em situação de risco devido à
prematuridade e vulnerabilidade social, prevenindo o desenvolvimento de deficiências.
Atividades Desenvolvidas
a) Assistência Social
Este serviço abrange diversas ações, tais como: realizar a acolhida, a escuta da família, o
estudo socioeconômico, as visitas domiciliares, o monitoramento e o acompanhamento dos
atendidos pela instituição e suas famílias, a orientação, articulação e encaminhamentos para
outros serviços da rede (CRAS, CREAS, Postos de saúde, INSS, BHTRANS, dentre
outros), orientação psicossocial e sócio-jurídica, defesa de direitos, articulação com os
serviços de outras políticas públicas, articulações interinstitucionais com o sistema de
garantia de direitos, elaboração de relatórios, mobilização para o exercício da cidadania e o
estímulo ao convívio familiar e comunitário.
Resultados
 Acolhimento: ampliação do acesso aos serviços e benefícios sociais que possibilitem o
cuidado dos usuários e das suas famílias, assim como a rede de proteção social
governamental e não governamental, garantindo a continuidade no trabalho da
assistência social.
 Encaminhamentos para Benefícios Sociais: 67 famílias
 Triagem: avaliação inicial para definição do público e cadastro de pessoas com
deficiência intelectual que desejam ser inseridas em algum dos programas oferecidos
pela APAE de Belo Horizonte. Número de pessoas com deficiência intelectual
admitidas nos programas da Apae:
13 pessoas na Escola
09 pessoas no Programa Educação Para e Pelo Lazer
07 pessoas no Programa Trabalho, Emprego e Renda
07 pessoas encaminhadas para os serviços da Prefeitura de Belo Horizonte
07 pessoas para o Programa Promoção da Saúde
41 pessoas aguardando vaga
 Anamnese social: Compreensão da realidade socioeconômica, desvendando as
questões sociais, reforçando a importância da participação da família na instituição, na
comunidade e trabalhando os determinantes sociais.
 Plano de Atendimento Familiar - PAF: Planejamento, execução, acompanhamento e
avaliação das ações desenvolvidas com 79 famílias, contendo objetivos, estratégias e
metas, considerando o perfil, vulnerabilidades e as potencialidades de cada família.
35
 Visitas domiciliares: Realização de 17 visitas domiciliares para conhecimento das
condições de vida do usuário, garantindo a aproximação da instituição com a realidade
do mesmo.
 Acompanhamento dos usuários faltosos: Redução da reincidência de faltas aos
atendimentos de reabilitação oferecidos pela Clínica Intervir da APAE-BH e,
principalmente, maior comprometimento das famílias com o tratamento de reabilitação.
b) Avaliação Multidimensional
Realizada pela equipe multidisciplinar, esta avaliação é pautada em estudos e critérios
científicos, propondo a intervenção e a indicação dos apoios necessários à pessoa com
deficiência intelectual e múltipla no que se refere à funcionalidade em seu ciclo de vida,
visando à prevenção do agravo da deficiência e o favorecimento de competências sociais
para sua autonomia e independência.
Resultados qualitativos
 Organização da “porta de entrada” para admissão nos programas e serviços da APAE
BH.
 Maior conscientização das famílias no que se refere aos serviços oferecidos aos seus
filhos, bem como as normas de funcionamento da instituição.
 Troca de informações relacionadas aos usuários, definindo o programa e a conduta
mais adequada à necessidade daquele usuário.
 Construção do Plano Terapêutico Individual – PTI para início do tratamento.
Resultados quantitativos
 60 usuários admitidos pelo convênio SUS
 31 usuários admitidos em gratuidade
c) Intervenção Precoce
Atendimento de 56 crianças/mês, desde o seu nascimento até os 03 anos de idade, que se
encontrem em situação de risco de desenvolvimento de deficiência, pela vulnerabilidade
social e que apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor devido a síndromes
neurológicas e/ou genéticas. Os atendimentos acontecem 2 ou 3 vezes por semana nas
seguintes especialidades: fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia.
Resultados qualitativos
 Disponibilização de maior número de vagas para Intervenção, junto ao SUS.
 Aumento no número de encaminhamento de usuários pelo SUS.
 Famílias mais participativas com utilização do protocolo de reavaliação semestral,
COPM, avaliação de desempenho ocupacional.
 Prevenção de agravos, melhora no prognóstico e qualidade de vida das pessoas com
deficiência;
 Atuação intersetorial e sistêmica para atender às necessidades do usuário.
Resultados quantitativos
 43 usuários atendidos pelo convênio SUS
 1.548 atendimentos no SUS
36
d) Reabilitação/habilitação
Ações de Atenção Integral à Saúde
As ações de reabilitação/habilitação visam favorecer o desenvolvimento das
capacidades e habilidades sociais, cognitivas e motoras que promovem a autonomia,
independência, participação social e melhoria da qualidade de vida da pessoa com
deficiência.
Resultados qualitativos
 Utilização da COPM – Canadian Occupational Performance Measure (Medida
Canadense de Desempenho Ocupacional), protocolo de avaliação do desempenho
ocupacional do usuário e de satisfação da família, para atender a suas expectativas
no que se refere ao autocuidado, produtividade e lazer.
 Maior envolvimento da família, através da aplicação do protocolo da COPM,
favorecendo o desenvolvimento de habilidades essenciais para a autonomia e o
desenvolvimento integral do usuário.
 Atendimento das necessidades específicas do usuário e enfoque nas novas demandas
apresentadas pela família e observadas pela equipe durante o processo de
reabilitação, no que se refere a sua autonomia, vida social, sexual, trabalho e lazer.
 Aumento da força muscular global, auxiliando na realização de atividades como
transferências, ortostatismo ou marcha.
 Melhor organização das funções de sucção, mastigação e deglutição dos alimentos.
 Desenvolvimento do usuário nos aspectos cognitivo e de linguagem.
 Maior autonomia do usuário nas AVDs.
 Prescrição ou confecção de adaptações individual ou do ambiente.
 Sistema musculoesquelético: prevenção de complicações como contraturas e
deformidades articulares e ósseas.
Resultados quantitativos
 180 usuários atendidos pelo convênio SUS
 07 usuários atendidos em gratuidade
 140 atendimentos pelo SUS
 44 atendimentos em gratuidade
e) Disfagia
Atendimento implantado pela equipe especializada de Fonoaudiologia e Fisioterapia
Respiratória com o objetivo de minimizar aspirações respiratórias durante alimentação.
Resultados qualitativos:
 Melhora do quadro respiratório, minimizando acúmulo de secreção,
37
 Ganho da força de tosse, permitindo uma resposta satisfatória em relação à oferta do
alimento.
 Dificuldade das famílias em aceitar o prognóstico e outra via de alimentação para o
filho, tornando o quadro clínico dos usuários instável e progressivo quanto à
deglutição.
 Oferta do alimento em diferentes consistências para melhorar a qualidade da
alimentação.
Resultados quantitativos
 03 usuários atendidos pelo SUS
 66 atendimentos pelo SUS
f) Qualidade de Vida
Programa multidisciplinar com estratégias terapêuticas objetivas e integradas, visando
intervenção com as famílias através de orientações e mudanças nas rotinas e preparando,
tanto a família quanto o usuário, para a alta da reabilitação.
Resultados
 4 pacientes receberam alta, sendo acompanhados pelos Centros de Saúde de Referência.
 08 usuários atendidos pelo SUS
 264 atendimentos pelo SUS
g) Programa de autismo e inclusão social – PAIS
Capacitação de 15 profissionais de diversos programas da instituição, “Transtorno do
Espectro Autista na Perspectiva Educacional”, com carga horária de 40 horas.
h) Fisioterapia Respiratória
Este atendimento é realizado de forma individualizada e utiliza estratégias, meios e técnicas
de avaliação e tratamento não invasivos, com o objetivo de otimizar o transporte de
oxigênio, prevenir ou minimizar disfunções cardiorrespiratórias, promovendo funcionalidade
e qualidade de vida. O público atendido é formado por pacientes com diagnóstico de
deficiência intelectual, múltipla e/ou autismo com quadro de Disfunção Respiratória
Sistêmica.
Resultados qualitativos





Melhora do aporte de oxigênio,
preparação para retirada da traqueostomia,
redução do índice de hospitalizações,
prevenção ou minimização de disfunções cardiorrespiratórias,
promoção de funcionalidade e melhor qualidade de vida.
Resultados quantitativos
 28 usuários atendidos pelo SUS
 1.057 atendimentos pelo SUS
i) Prevenção e Atenção Básica de Saúde
38
No serviço de Prevenção e Atenção Básica de Saúde são oferecidos atendimentos de
Nutrição, Odontologia, Psiquiatria e Pediatria, com o objetivo de promover os cuidados
básicos da saúde e dar atenção integral à saúde das pessoas com deficiência intelectual e
múltipla e/ou com autismo, visando à produção de efeitos mais positivos na prevenção de
doenças, na reabilitação e no bem estar do indivíduo.
Nutrição: serviço realizado pela nutricionista, com acompanhamento dos usuários para
promover a mudança de hábitos através da educação nutricional.
Resultado qualitativo
Melhora da conscientização de hábitos alimentares e de vida mais saudáveis, através da
educação nutricional, favorecendo o controle do açúcar, a ingestão hídrica, a atividade
física e a redução do sobrepeso.
Resultado quantitativo: 301 atendimentos em gratuidade.
Odontologia: Através do convênio com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo
Horizonte, são oferecidos atendimento clínico odontológico, atividades de
atenção secundária e prevenção para os usuários da instituição e as PNEs –
Pessoas com Necessidades Especiais, encaminhados pelo SUS – BH, através
de programas de escovação, aplicação de flúor, capacitação e orientação dos
familiares e, sempre que possível, promovendo a autonomia do usuário.
Resultados qualitativos




Redução do tempo de tratamento do usuário;
Redução do número de encaminhamentos de usuários para anestesia geral;
Agilidade para realização de risco cirúrgico (HOB);
Maior conscientização de pais, alunos e professores sobre a importância da saúde
bucal, através de palestras.
Resultados quantitativos
 1.461 usuários atendidos na Odontologia, encaminhados pela Central de Marcação
de Consultas do Município de Belo Horizonte
 499 usuários atendidos pela APAE BH
 4.073 procedimentos realizados
 569 aplicações de flúor
 573 sessões de escovação
 Confecção de 32 porta-escovas de dente
 Confecção de 10 porta-escovas de dente individuais
Medicina: O serviço de pediatria oferecido pela APAE de Belo Horizonte tem como
proposta a avaliação dos usuários com a finalidade de identificar e intervir nos
problemas clínicos e outros eventuais, favorecendo o desenvolvimento integral
do usuário com mais qualidade de vida e orientação à família. O pediatra
realiza encaminhamentos para outras especialidades e elabora relatórios para
benefícios sociais.
Resultados qualitativos
 A partir do acompanhamento clínico dos usuários é possível evitar e/ou minimizar
agravos, devidos à vulnerabilidade nos acometimentos comuns da infância e
adolescência.
39
 Orientações às famílias na busca dos tratamentos necessários aos filho, bem como
o acesso aos benefícios sociais.
Resultado quantitativo
 96 usuários atendidos em gratuidade
j) Ações Integradas de Saúde na Escola Oficina Sofia Antipoff
Os profissionais da saúde acompanham e orientam os educadores nas atividades
pedagógicas, sociais, físicas, lúdicas e da vida diária e prática, considerando as necessidades
e especificidades individuais dos usuários.
Resultados qualitativos
 Os usuários apresentaram discreta melhora quanto à interação com o ambiente
(com as atividades e com a figura da professora) e engajamento nas propostas de
atividades.
 Maior domínio das professoras em relação ao método, facilitando a evolução dos
alunos.
 Alguns alunos apresentaram evolução significativa após uso de comunicação
alternativa, utilizando o PECS (Picture Exchange Communication System).
 Com o acompanhamento dos alunos no refeitório, alguns apresentaram melhora no
padrão mastigatório.
 Maior utilização da agenda Teacch e execução dos comandos sinalizados.
 Redução da ocorrência de comportamentos inadequados (heteroagressivos, autolesivos, etc.).
 Maior participação dos pais, estendendo as orientações ao ambiente doméstico.
Resultados quantitativos
 29 usuários atendidos em gratuidade
 328 atendimentos
k) Ações Integradas de Saúde nas Oficinas Terapêuticas
Nessas oficinas são desenvolvidas habilidades de vida diária, habilidades sociais e
intelectuais, com acompanhamento e orientação dos profissionais da saúde para os
instrutores de oficinas durante o desenvolvimento das atividades, visando melhora do
desempenho funcional dos aprendizes, o desenvolvimento de suas habilidades laborais e a
sua possível inclusão no mercado de trabalho.
Resultados qualitativos
 Melhora da compreensão de regras e limites pelo usuário.
 Adoção de postura mais adequada durante a realização das oficinas.
 Maior iniciativa dos usuários para participarem das atividades e expressarem seus
pensamentos.
 Melhora no relacionamento entre os colegas.
 Melhora das habilidades comunicativas através da expressão oral ou da
comunicação alternativa.
 Inclusão no mercado de trabalho.
40
Resultados quantitativos
 55 usuários atendidos pelo SUS
 2.465 atendimentos realizados nas oficinas
l) Projetos Desenvolvidos
 PRONAS/PCD - Programa Nacional de Apoio e Atenção à Saúde da Pessoa com
Deficiência
Participação na elaboração do Projeto de Reforma e ampliação da Clínica Intervir
para acréscimo dos atendimentos de reabilitação, aquisição de mobiliários e
equipamentos, e do Projeto Mais Reabilitação, com a capacitação da equipe de saúde
e implantação do tratamento Pedia Suit.
Resultado: O Ministério da Saúde deu parecer favorável para execução do projeto,
para início em 2014.
 SERDI II – Serviços Especializados de Reabilitação em Deficiência Intelectual da
Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do SUS/MG
Apresentação da proposta técnica para habilitação em SERDI II, unidade de
abrangência microrregional.
 Convênios
 Convênio com o SMSA/SUS-BH – Reabilitação e Saúde Bucal.
 Estágios Curriculares:
Convênio com a UFMG – Terapia Ocupacional: 40hs semanais.
Convênio com a FAMINAS – Terapia Ocupacional: início mar/2013 – 16hs
semanais.
Apresentação da instituição e da organização dos serviços de saúde aos
estagiários pelo setor de Comunicação e pela Gerência de Promoção da Saúde.
Residência em Terapia Ocupacional e Odontologia, em parceria com o Hospital
Municipal Odilon Behrens.
 Parcerias
 Sistema Integrado de Gestão das Apaes - SIGA
Este Sistema criado pela Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais promove
o intercâmbio de gestores e de profissionais envolvidos com boas práticas de gestão
na Rede Apae. Neste Sistema, as Apaes abrem suas portas para as demais
conhecerem sua estrutura, funcionamento e organização de serviços, promovendo o
intercâmbio de informações sobre eficiência nas práticas de gestão. Trata-se de um
instrumento de apoio prático de capacitação que os Conselheiros e Consultores
Técnicos Regionais e Estaduais podem utilizar para orientar as Apaes que desejam
aperfeiçoar seus programas e serviços.
Atualmente, a Apae-BH participa do SIGA com os seguintes serviços: Avaliação
Multidimensional e Serviço de Controle e Avaliação.
41
Resultado qualitativo: Capacitação das equipes de Saúde das APAEs Divinópolis,
Neopomuceno, Liberdade e Barbacena.
m) Estudo Técnico-Científico
 Participação no II Fórum Mineiro de Autogestão Autodefesa e Família e no
XII Congresso da Rede Mineira das Apaes, com 10 profissionais inscritos;
 Apresentação dos trabalhos de Avaliação Multidimensional e Controle e Avaliação no II
Fórum Mineiro de Autogestão Autodefesa e Família e no XII Congresso da Rede Mineira
das Apaes;
 Organização de estudo em reuniões de equipe semanais;
 Capacitação em reabilitação virtual através da Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Gerais;
 Projeto para aquisição de equipamentos PediaSuit e capacitação de profissionais para
utilização dos mesmos;
 Capacitação dos profissionais da saúde sobre a aplicação do Protocolo de COPM,
ministrado pela Coordenadora de Estágio da FAMINAS – Faculdade de Minas.
V – AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL
A – COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
CAPTAÇÃO DE RECURSOS E COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
Descrição das atividades
A Coordenação de Planejamento Estratégico elabora e executa estratégicas com metas bem
definidas, visando à estabilidade financeira da instituição utilizando ferramentas que
divulgam o trabalho realizado pela entidade e fortalecem sua imagem junto ao público
externo. Além disso, esta Coordenação envolve o público interno no desenvolvimento de suas
ações, busca parceiros e arrecada recursos financeiros.
Equipe:
1 coordenador,
1 gerente da Central de Doações,
1 técnica em Comunicação,
1 vendedora do Bazar Ponto Chic,
8 operadoras de telemarketing
7 motoqueiros.
Atividades desenvolvidas
1. Central de Doações
Foram realizadas as seguintes ações: divulgação, pelo telefone, do trabalho realizado
pela instituição e de seus eventos, venda de bilhetes da Campanha Apae Noel, tanto para
os doadores como para a comunidade de Belo Horizonte.
Atualmente, há cerca de 10.000 doadores, sendo classificados como mensais e
esporádicos.
As doações financeiras feitas à APAE-BH foram realizadas das seguintes formas:
42
 por meio da nossa Central de Doações, com recolhimento efetuado por
mensageiro/motoqueiro da instituição;
 por meio de depósito bancário;
 por meio da conta de energia elétrica – CEMIG.
Resultados Financeiros
 Em 2013, a Central de Doações arrecadou a importância de R$ 1.683.241,94 (um
milhão, seiscentos e oitenta e três mil, duzentos e quarenta e um reais e noventa e
quatro centavos);
 Venda de 2.934 bilhetes da Campanha APAE NOEL, sorteio de prêmios pela
Loteria Federal promovido anualmente pela Federação Nacional das APAEs,
totalizando R$ 23.472,00 (vinte e três mil, quatrocentos e setenta e dois reais).
2. Comunicação Institucional
A Comunicação Institucional tem por responsabilidade acompanhar, registrar e divulgar
todas as ações realizadas pela entidade.
Atividades desenvolvidas
Gerenciamento do Site da Apae de Belo Horizonte
O Movimento Apaeano é o maior da categoria na América Latina e o segundo maior do
mundo. O Projeto Apae em Rede reúne a Federação Nacional, 26 federações estaduais
e todas as Apaes do Brasil que aderiram a ele e todo o trabalho desenvolvido em cada
entidade filiada é divulgado em seus respectivos sites.
O portal eletrônico da Apae-BH tem uma média de 6.000 visitas mensais, com pessoas
do mundo inteiro e tem sido referência para empresas que buscam parcerias e
informações sobre o trabalho realizado com a pessoa com deficiência intelectual e
múltipla.
Além de divulgar os serviços prestados pela APAE-BH, o site é utilizado para prestar
contas de suas ações e atividades financeiras de forma transparente.
Gerenciamento do Facebook da Apae de Belo Horizonte
Atualmente o facebook da Apae tem 8.800 seguidores e é uma importante ferramenta
de divulgação dos trabalhos realizados pela instituição e uma forma rápida e eficiente
de contato direto com todos os que simpatizam com a causa.
Apoio à campanha de doações da Apae-BH
Foram realizadas campanhas com empresas para coleta de doações diversas.
Cobertura de eventos
Acompanhamento dos eventos para elaborar matéria para o site, release e registro de
fotos.
3. Coordenação e apoio ao Bazar Ponto Chic
O Bazar Ponto Chic é uma das formas de arrecadação de recursos financeiros, e um
canal de divulgação dos produtos confeccionados pela instituição. Este setor conta com
uma costureira que produz peças para comercialização.
43
Em 2013, o Bazar teve uma renda bruta de aproximadamente R$36.000,00 (trinta e seis
mil reais).
Resultados
Em 2013, o Bazar Ponto Chic contou com parceiros que contribuíram de forma
expressiva para o alcance de resultado: Servas, Rede Hotéis Arcor, Instituto Ativa
Brasil, Jornal do Buritis,Escola Galileu Galilei, Hospital Belo Horizonte, Coven
Confecções, Rede Minas, J. Chebly, Colégio Loyola, Casa Mais Construtora e STA
Engenharia.
4. Eventos
Durante o ano de 2013 foram realizados o Festival de Sorvete, o Macarrão com Samba,
a Festa Junina e o Festival de Pizza, que tiveram como objetivo o levantamento de
recursos financeiros, alcançando uma arrecadação total de R$40.000,00 (quarenta mil
reais).
Para realização desses eventos contamos com importantes parcerias, tais como:
Guinness Pizza, Come Lanches e Krug Bier.
Fatores que contribuíram para o aumento da captação de recursos:
 divulgação externa do trabalho;
 endomarketing (mobilização para envolvimento dos funcionários);
 presença nas redes sociais;
 monitoramento de metas de arrecadação mensal;
 acompanhamento diário das vendas do Bazar Ponto Chic;
 realização de campanhas para captação de doações;
 credibilidade da marca APAE;
 parcerias com empresas.
5. Projetos elaborados e aprovados
 PRONAS/PCD – Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa
com Deficiência – Mais Reabilitação e Reforma da Clínica Intervir
 FURNAS – Aquecimento solar da piscina da instituição
 Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais – Aquisição de um veículo tipo
Pick-Up
B – COORDENADORIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA
1. RECEITAS E DESPESAS EFETIVAS
COMPARATIVO DOS GASTOS EFETIVOS DO TRIÊNIO 2011 A 2013
Este estudo faz uma comparação entre os gastos efetivos da Apae de Belo Horizonte
referente ao triênio (2011-2013). O objetivo é demonstrar os gastos da gestão neste
período, finalizando a série histórica, e analisando as variações das despesas. Os
parâmetros foram os gastos realmente efetuados durante os 12 (doze) meses dos
respectivos anos. É importante destacar que eventualmente poderá haver despesas e/ou
receitas não previstas na tabela abaixo.
TABELA 1
Comparativo das Despesas Fixas, Variáveis 2011, 2012 e 2013
Despesas
2011
2012
2013
44
Água e Saneamento
36.766,00 25.127,00
Alimentação
14.150,00 37.436,00
Auditoria
8.000,00
2.000,00
Cartório
1.265,00
2.363,00
Comparativo das Despesas Fixas, Variáveis 2011, 2012 e 2013
Despesas
2011
Combustíveis
Correio
Despesas com promoções e eventos
Energia Elétrica
Gás
Garagem Ônibus
Impressos e Materiais de escritório
Limpeza – Serviço Terceirizado
Manutenção de veículos
Manutenção e conservação predial
Materiais de Higiene e limpeza
Materiais didáticos e pedagógicos
Materiais para formação profissional
Serviços Prestados – Pessoa Física
Serviçso Prestados – Pessoa Jurídica
Sistemas Informática do Tele Apae
Suprimento de Caixa para Pequenas Despesas
Taxas e contribuições
Telefonia fixa
Telefonia móvel
Vestuario – Uniformes
Vigilância
TOTAL
2012
43.488,00 33.774,00
1.052,00
2.050,00
3.920,00
4.384,00
35.578,00 32.663,00
12.853,00 11.519,00
0,00
0,00
5.062,00
7.983,00
0,00
0,00
4.978,00 11.580,00
10.340,00 39.954,00
3.338,00
3.906,00
434,00
2.453,00
10.647,00 10.545,00
34.765,00 37.982,00
61.000,00 70.620,00
40.633,00 31.200,00
11.550,00 13.550,00
17.682,00 15.270,00
42.000,00 36.782,00
11.435,00 11.053,00
15.000,00
7.750,00
22.337,00
3.056,00
478.273,00 455.000,00
36.466,96
69.645,41
2.000,00
2.192,08
2013
30.984,05
1.594,24
6.974,80
35.683,77
15.770,18
4.800,00
10.362,56
85.822,00
4.512,00
20.545,45
14.946,00
1.654,02
15.543,84
35.876,98
64.799,84
31.020,00
14.100,00
15.510,00
36.650,60
9.964,00
0,00
4.186,22
561.605.00
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
TABELA 2
Receitas Destinadas para Pagamento da Manutenção 2013
Seguem abaixo as fontes de receitas destinadas ao pagamento das despesas fixas e variáveis do ano
de 2013:
RECEITAS
Doações e Parcerias
Sócios Contribuintes
Convênio FNDE – PDDE
Apae Energia (50%)
Eventos
Refeições Vendidas Refeitório
TOTAL
PREVISÃO VALOR
ANUAL
365.000,00
16.000,00
11.020,00
125.000,00
40.000,00
4.585,00
561.605,00
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte
Como podemos ver, algumas rubricas tiveram variações relevantes durante o triênio 2011/2013.
Serão explicados agora, os porquês dessas variações, tanto para maior quanto para menor.
Alimentação:
Valor 2011: R$ 14.150,00
Valor 2012: R$ 37.436,00
45
Valor 2013: R$ 69.645,41
Esse aumento se verifica por várias razões:
A mais relevante delas foi o término, em dezembro de 2012, da parceria entre a Apae e o
Instituto Sagrada Família, que repassava R$ 3.600,00/mês, ou seja, R$ 43.200,00/ano, para a
compra de alimentos e material de limpeza. E isso refletiu diretamente no ano de 2013. Eram
dispensados aproximadamente 2/3 desse valor para essa rubrica. Tivemos também uma
importante diminuição das doações feitas por pessoas físicas, o que ajudava bastante a
instituição mensalmente.
Em 2012 houve, também, um aumento significativo no gasto com alimentação devido à
distribuição de lanches em reuniões e eventos internos e externos da instituição (Escola de
Mães, ensaios da Banda da Diversidade, Fórum Local, etc), e do suporte realizado na
alimentação/lanches em alguns cursos e reuniões da Federação das APAEs do Estado de Minas
Gerais, em função do pacto de Gestão.
Além das refeições e lanches distribuídos aos alunos, houve aumento do número de refeições
vendidas aos funcionários e de autorizações de gratuidade de refeições para algumas
mães/responsáveis. Estas autorizações são analisadas pelas assistentes sociais, de acordo com a
demanda e necessidade da família.
E, para finalizar, em alguns meses a doação do Banco de Alimentos da Prefeitura de Belo
Horizonte foi insuficiente ou aconteceu de os produtos estarem em estado avançado de
degradação tornando impossível sua conservação e utilização futura. Isto levou a instituição a
aumentar a compra de hortifrutigranjeiros, sendo esta uma constante no triênio.
Gráfico 1 – Alimentação
80
69,6
60
37,4
40
20
Alimentação
14,1
0
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
Manutenção dos Veículos:
2011: R$ 4.978,00
2012: R$ 11.580,00
2013: R$ 4.512,20
Em 2012 o motivo desse aumento considerável na manutenção dos veículos foi o desgaste
natural dos mesmos (alguns com mais de 10 anos de uso). No final do ano, buscou-se resolver o
problema renovando a frota, vendendo os veículos mais antigos e ficando apenas com os mais
novos para, assim, diminuir os gastos.
Como resultado desta ação, no ano de 2013 houve uma diminuição de aproximadamente 61% no
valor gasto para manutenção a frota da Apae, como podemos observar no gráfico abaixo:
46
Gráfico 2 – Manutenção de Veículos
15
11,5
10
4,9
5
Manutenção Veículos
4,5
0
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
Manutenção e Conservação Predial:
2011: R$ 10.340,00
2012: R$ 39.954,00
2013: R$ 20.545,45
Em 2012, um dos principais motivos para esse aumento foi a transferência do setor
administrativo-financeiro, da presidência e da superintendência para o prédio onde o
funcionamento seria mais funcional e adequado. Gastou-se com toda a estrutura física, como
divisórias, rebaixamento do teto em PVC, reestruturação dos cabeamentos de internet, pontos de
rede e telefonia.
Além disso, uma das principais buscas da gestão em 2012, foi justamente deixar a Apae-BH
mais apresentável, bem cuidada e com sua manutenção feita de forma periódica. Para isso houve
gasto com reformas e benfeitorias em todos os prédios.
Em 2013, ainda foram necessários gastos significativos da ordem de R$ 20.000,00 para,
praticamente, terminar o que foi iniciado em 2012 e manter todas as instalações e dependências
funcionando perfeitamente. A tendência dessa rubrica é que seu valor diminua constantemente,
uma vez que fica muito mais barato trabalhar com prevenção do que com correção.
Gráfico 3- Manutenção e Conservação Predial
50
40
30
Manut. Predial
20
10
0
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
Água e Saneamento:
2011: R$ 36.766,00
2012: R$ 25.127,00
2013: R$ 36.466,96
47
Em 2012, comparativamente com 2011, a Apae conseguiu reduzir essa rubrica em
aproximadamente 32%, devido a um grande esforço coletivo de conscientização do uso da água
na entidade, tanto no dia a dia, quanto na limpeza do prédio, evitando-se o desperdício.
Já em 2013 esse valor voltou a subir praticamente na mesma proporção que diminuiu no ano
anterior, devido a um vazamento no sistema de aquecimento solar da piscina. A maior
dificuldade para se descobrir este problema, foi a localização do mesmo: um cano com uma
pequena rachadura sobre o telhado, que impossibilitava sua visualização imediata.
Gráfico 5 – Água e Saneamento
40
30
20
Água/Saneamento
10
0
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
Auditoria:
2011: R$ 8.000,00
2012: R$ 2.000,00
2013: R$ 2.000,00
Em 2013, manteve-se a redução de aproximadamente 75% nessa rubrica. Continuou-se com a
mesma empresa de auditoria independente, mantendo-se sempre o foco na qualidade e
confiabilidade no processo.
Gráfico 6 – Auditoria
10
8
6
Auditoria
4
2
0
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
Combustível:
2011: R$ 43.488,00
2012: R$ 33.774,00
2013: R$ 30.984,05
Em 2012, comparativamente a 2011, houve uma redução de aproximadamente 22% nessa
rubrica porque a Apae trabalhou com uma quantidade de veículos mais adequada à sua estrutura.
Em 2013, se conseguiu nova diminuição nesta rubrica, um pouco menor desta vez, na ordem de
8,2%. É importante ressaltar que no final de 2013 a frota da Apae foi aumentada com um micro48
ônibus, adquirido com recursos da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Assim, a
entidade tem, hoje, um veículo de passeio e um utilitário Kombi para o transporte dos moradores
das Casas Lares, que a instituição já possuía, além do micro-ônibus.
Gráfico 7 – Combustível
50
40
30
Combustível
20
10
0
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
Despesas com Vigilância Patrimonial:
2011: R$ 22.337,00
2012: R$ 3.073,00
2013: R$ 4.183,00
Desde o início do triênio, essa rubrica tem sido uma das maiores economias da Apae-BH. Em
meados de 2011, a Apae de Belo Horizonte adotou um novo, moderno e mais barato sistema de
vigilância. Deixou-se de contratar a vigilância presencial, que custava aproximadamente R$
6.000,00 ao mês, ou seja, R$ 72.000,00 ao ano, e se adotou a vigilância eletrônica, através de
sensores de movimento.
Em 2012 com todos os equipamentos e cabeamentos já realizados, o custo desse sistema de
vigilância caiu aproximadamente 86% em relação ao ano anterior.
Em 2013 houve um pequeno aumento nessa rubrica, da ordem de R$ 1.000,00, até mesmo por uma
depreciação normal dos equipamentos, exigindo a troca de alguns sensores. Esse foi um grande
acerto na gestão, gerando uma economia muito significativa.
Gráfico 8 - Vigilância Patrimonial
25
20
15
Vigilância
10
5
0
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
Vestuário – Uniformes
2011: R$ 15.000,00
2012: R$ 7.750,00
2013: R$ 0,00
49
O valor dessa rubrica diminuiu periodicamente porque no ano de 2011 foi feita uma grande
compra de uniformes, principalmente para os alunos.
Em 2012 terminou esse pagamento e foram repostos alguns uniformes dos funcionários,
principalmente do refeitório, até por ser uma determinação da Vigilância Sanitária do município
de Belo Horizonte.
Em 2013, essa compra dos anos anteriores supriu a necessidade de novos investimentos com
estes materiais.
Gráfico 9 – Vestuário – Uniformes
20
15
10
Uniformes
5
0
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
Sistemas de Informática
2011: R$ 40.633,00
2012: R$ 31.200,00
2013: R$ 31.200,00
Em 2012 foi feita uma reestruturação nos sistemas de informática, principalmente no Tele Apae,
onde se conseguiu baratear os contratos com os fornecedores já existentes e, inclusive, diminuir
o número de empresas prestadoras de serviço, reduzindo em aproximadamente 23% essa
rubrica.
Em 2013 as despesas com sistemas de informática se mantiveram nos mesmos patamares porque
as empresas e os contratos de manutenção não sofreram alterações.
Gráfico 10 – Sistema de Informática
50
40
30
Sist. Informática
20
10
0
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte.
Material de Higiene e Limpeza
2011: R$ 3.338,00
2012: R$ 3.906,00
2013: R$ 14.946,00
Como dito anteriormente, a Apae perdeu o convênio com o Instituto Sagrada Família, que
financiava praticamente toda a despesa da entidade com essa rubrica. Os valores gastos em
2013, praticamente triplicaram e ultrapassaram, em muito, os valores dos anos anteriores. Mas
50
ainda assim, a Apae conseguiu absorver esse aumento, não deixando cair a qualidade nem a
quantidade de produtos para seu funcionamento.
Gráfico 11- Material de Higiene e Limpeza
20
15
10
Hig/Limpeza
5
0
2011
2012
2013
FOLHA DE PAGAMENTO
Em 2013, as despesas com pessoal ficaram na ordem de R$ 231.815,68 ao mês, totalizando
aproximadamente R$ 2.781.788,19 ao ano. Nesse valor estão incluídos o pagamento dos salários,
décimo terceiro, férias, plano de saúde, vales transporte, serviço de consultoria e dissídio coletivo
(calculado em 6% pela média histórica). O que se observa é um aumento constante na folha de
pagamento, mas não pelo aumento no número de contratações de funcionários, e sim pelo dissídio
coletivo que eleva a mesma em aproximadamente R$ 105.000,00 ao ano.
Tabela 3
Despesas com Folha de Pagamento - Apae 2011 x 2012 x 2013
Rubrica
Folha de Pagamento (13º, Férias, Impostos, Dissídio)
Plano de Saúde
Vale Alimentação
Vale Transporte
TOTAL
2011
2.264.596,01
84.304,99
90.976,00
116.123,00
2.556.000,00
2012
2.370.032,19
85.304,25
91.540,00
117.123,56
2.664.000,00
2013
2.474.032,19
86.196,00
103.560,00
118.000,00
2.781.788,19
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte
Tabela 4
Receitas Destinadas para Folha Pagamento 2013
RECEITAS
Tele Apae
SUS
Casa Lar
Apae Energia
Apae Noel
TOTAL
VALOR ANUAL
1.683.241,94
318.113,38
503.432,87
240.000,00
37.000,00
2.781.788,19
Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte
Conforme pode ser observado, as despesas com folha de pagamento no ano de 2013 foram maiores
que 2012 em R$ 117.788,19. Isso se deve, principalmente, ao dissídio coletivo que encareceu a
folha de pagamento em aproximadamente em R$ 8.000,00 ao mês.
Durante todo o triênio, uma das maiores dificuldades da Apae-BH foi justamente encontrar formas
de aumentar suas receitas numa proporção no mínimo igual ao valor vinculado do dissídio, uma vez
51
que a instituição não tem como repassar esse aumento e, por conseguinte, tem que absorver essa
despesa anualmente.
Com relação aos benefícios, plano de saúde, vale alimentação e vale transporte os patamares
ficaram praticamente iguais em comparação com o ano anterior. O plano de saúde permaneceu no
mesmo patamar de desconto e os vales transporte tiveram um reajuste pequeno no início do ano.
Gráfico 10
Gastos com Folha de Pagamento 2011 x 2012 x 2013
3.000.000,00
2.500.000,00
2.000.000,00
Folha 2011
1.500.000,00
Folha 2012
1.000.000,00
Folha 2013
500.000,00
0,00
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte
Gráfico 11
Gastos com Benefícios 2011 x 2012 x 2013
120.000,00
100.000,00
80.000,00
Plano de Saúde
60.000,00
Vale Alimentação
40.000,00
Vale Transporte
20.000,00
0,00
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte
CASA LAR
Os valores para as despesas de 2013 foram mantidas na ordem de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)
para o pagamento das contas de água, luz e telefone das nove Casas Lares gerenciadas pela ApaeBH e R$ 70.000,00 (setenta mil reais) para o pagamento dos alugueis.
Em 2013 as receitas do recebimento do BPC se mantiveram na ordem de R$ 340.000,00 (trezentos e
quarenta mil reais).
É importante ressaltar que, para 2013, ainda foi necessária uma reserva de R$ 150.000,00 (cento e
cinquenta mil reais) para assegurar o pagamento da folha nos meses de janeiro, fevereiro e março.
Para 2014, isso não será necessário, uma vez que a SEDESE-Secretaria de Estado de Trabalho e
Desenvolvimento Social de Minas Gerais, responsável pelo repasse dos recursos, reorganizou as
52
datas base de repasse, deixando-as quadrimestrais, solucionando esse problema crônico de todo
início de ano.
Na tabela 2, abaixo, demonstramos essas despesas.
Tabela 2
Despesas
Água, Luz, Telefone
Aluguéis
Reserva para Folha Pagamento
Total
2011
62.043,00
43.224,24
84.504,00
189.771,35
2012
55.412,92
49.907,64
150.000,00
255.320,56
2013
58.183,57
53.401,17
150.000,00
261.584,74
Fonte: Financeiro/Contábil – Apae de Belo Horizonte
Como se pode ver na tabela acima, os gastos com água, luz e telefone das Casas Lares tiveram um
aumento de aproximadamente 5%. Os aluguéis sofrem reajustes anuais na faixa de 7%, o que faz
com que essa rubrica aumente anualmente.
Um ponto que merece atenção é com relação às contas de água, que ainda apresentam aumentos
esporádicos, devido na maioria das vezes a vazamentos originados pelo desgaste natural das
instalações hidráulicas.
Gráfico 12
Gastos Efetivos Água, Luz, Telefone, Aluguéis, Reserva
2011 x 2012 x 2013.
160.000,00
140.000,00
120.000,00
100.000,00
80.000,00
60.000,00
40.000,00
20.000,00
0,00
Água, Luz, Telefone
Aluguéis
Reserva Folha Pgto
2011
2012
2013
Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte
Em seguida, na tabela 3, demonstramos os gastos com medicamentos, alimentação, suprimento de
caixa, apoio aos trabalhadores, combustível e manutenção das Casas Lares, em 2011, 2012 e 2013.
Tabela 3
Despesas
Medicamentos
Alimentação
Suprimento de Caixa
Repasse Financeiro a moradores para despesas pessoais
Combustível
Manutenção
TOTAL
2011
36.546,96
79.676.16
57.600,00
14.400,00
6.543,21
135.233.67
330.000,00
2012
59.271,84
99.877,50
57.600,00
14.400,00
10.967,52
97.883,14
340.000,00
2013
62.827,94
107.867,70
57.600,00
14.400,00
11.625,57
85.678,79
340.000,00
Fonte: Financeiro/contábil: Apae de Belo Horizonte
Os gastos com medicamentos e alimentação aumentaram praticamente na mesma proporção da
inflação: aproximadamente 6% ao ano. A quantidade de medicamentos comprados em 2013
53
permaneceu muito próxima à de 2012. Esta situação se deve à falta constante dos medicamentos nos
postos de saúde da rede municipal, onde deveriam ser fornecidos de forma gratuita. E, por nossos
usuários fazerem uso contínuo desses medicamentos, a APAE-BH é obrigada a arcar com essa
despesa. Além disso, há as compras urgentes para suprir as necessidades imediatas das Casas Lares.
A alimentação teve um aumento de 8%, superando, inclusive, a média da inflação de acordo com
IPC (Índice de Preços ao Consumidor).
O fluxo adotado no final de 2012, o sistema de “reposição de estoque pela diferença”, foi mantido
em 2013; ou seja, a compra e encaminhamento de alimentos para as Casas Lares só é feita após
verificação do estoque de cada uma delas, evitando-se a escassez, o excesso e o desperdício.
É importante ressaltar que, em 2013, duas Casas Lares apresentaram boa gestão e começaram a
fazer suas compras de forma descentralizada, por meio de um cartão-alimentação que a mãe social
utiliza para fazer as compras do mês e, após a prestação de contas à Apae-BH o cartão tem seu
crédito renovado.
As rubricas de suprimento de caixa e o repasse financeiro aos moradores para suas despesas
pessoais não sofreram alterações nem reajustes.
As despesas com combustível aumentaram, na ordem de 6%, (seis por cento).
Gráfico 13
Despesas Casas Lares
2011 x 2012 x 2013
Medicamentos
140.000,00
Alimentação
120.000,00
100.000,00
Suprimento de
Caixa
Rep.Financeiro
80.000,00
60.000,00
40.000,00
Combustível
20.000,00
0,00
2011
2012
2013
Manutenção
Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte
Conclusões
Nota-se que pelos resultados, que as despesas fixas e variáveis totais de 2013 ficaram R$
106.105,00 (cento e seis mil, cento e cinco reais) maiores que em 2012, perfazendo um total de
18,9%. Isso se deve, principalmente, ao aumento considerável nos gastos com alimentação e
material de limpeza que, conforme explicado anteriormente, é devido ao cancelamento de convênios
com entidades parceiras. Além disso, houve cancelamento de doação de alimentos feita por pessoas
físicas, o que contribuiu ainda mais para esse processo de evolução das despesas. Tivemos, ainda,
aumento no consumo de água, devido a um vazamento de difícil localização.
Vale destacar que as despesas que superaram o valor orçado, em sua grande maioria se devem a
investimento na área, seja para melhor atendimento dos alunos e suas famílias, ou para pequenas
54
reformas da estrutura física da instituição, tendo sempre como norte a melhoria na qualidade dos
serviços prestados.
Em contrapartida, algumas despesas sofreram consideráveis reduções que, a médio e longo prazos,
representarão uma grande economia para a entidade.
A tendência continua sendo de reduzir os custos fixos e variáveis por meio de controle mais rígido a
cada ano, de conscientização dos colaboradores para evitar desperdícios e a utilização de
tecnologias mais modernas e econômicas / baratas.
Para tanto, a entidade deve se manter focada no controle de despesas, buscando formas de reduzir
seus custos e agindo de forma inteligente, responsável e preventiva.
A folha de pagamento aumentou em R$118.000,00 (cento e dezoito mil reais), devido ao dissídio
coletivo anual. Manter sua receita nos patamares das suas despesas com pagamento de pessoal ainda
é a maior dificuldade da Apae de Belo Horizonte.
Atualmente, o Programa Casa Lar é autossustentável, com despesas e receitas bem divididas e
equilibradas, após o departamento financeiro da entidade adotar rigoroso controle de todos os
gastos.
Acreditamos que os resultados do triênio foram muito satisfatórios. Consideramos que a Apae está
mais bem cuidada, limpa, com melhorias substanciais em sua infraestrutura e em bom
funcionamento dos serviços.
Entretanto, ainda existem grandes desafios, como a sustentabilidade institucional, uma vez que o
dissídio coletivo desarticula praticamente todas as tentativas e conquistas no sentido de se alcançar a
autossuficiência financeira. É necessário um esforço coletivo no sentido de buscar, com
determinação, o aumento significativo da arrecadação de recursos financeiros e a continuidade do
controle e redução de gastos.
VI - ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
DE AÇÕES
Como nos anos anteriores, de 2011 e 2012, em 2013 foram realizadas, no 1º e no 2º semestres a
pesquisa de satisfação do usuário, com aplicação do questionário para dar continuidade à avaliação
dos serviços prestados pela APAE de Belo Horizonte, sob o ponto de vista da pessoa com
deficiência intelectual e de suas famílias.
A pesquisa de satisfação dos usuários é um sistema de administração de informações que,
continuamente, capta a voz do usuário através da avaliação da performance da instituição a partir do
seu ponto de vista. Os dados apurados são analisados, processados e os resultados são apresentados
aos gestores, profissionais e familiares, gerando propostas para subsidiarem os demais instrumentos
de monitoramento e avaliação, como: Plano de Desenvolvimento Individual, Avaliação de
Desempenho do Profissional, Plano de Acompanhamento Familiar e o Plano de Ação da Apae.
Nessas entrevistas com os usuários e seus pais/responsáveis foram avaliados os seguintes
Programas:
 Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva – Escola Especial Sofia Antipoff, com entrevistas com
as mães/pais/responsáveis e, pela primeira vez, com os próprios alunos;
55
 Autogestão, Autodefesa e Família – Eixos de Apoio à Família e Escola de Formação de
Autodefensores;
 Educação Para e Pelo Lazer;
 Promoção da Saúde
 Trabalho, Emprego e Renda.
Nas primeiras entrevistas realizadas com alunos da Escola Oficina Sofia Antipoff, previamente
selecionados pelos supervisores pedagógicos, foi observada grande dificuldade de comunicação
entre a entrevistadora e os entrevistados, o que levou esta Gerência a buscar o apoio do diretor do
Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva.
Para sanar essa dificuldade foram criados recursos adaptados para Comunicação Alternativa e
Aumentativa (prancha de atividades adaptadas) que pudessem facilitar a expressão e a compreensão
das respostas. Além disso, ficou combinado que os supervisores pedagógicos participariam das
entrevistas como facilitadores.
Para enriquecer o trabalho, esta Gerência propôs que essas entrevistas fossem filmadas para que, por
meio dos vídeos, pudessem ser identificadas possíveis falhas de abordagem e avaliadas a atuação
dos supervisores como facilitadores, o grau de coerência entre as respostas e o comportamento dos
usuários durante as entrevistas, bem como a compreensão dessas respostas expressas nos gráficos.
Assim, algumas entrevistas realizadas com os alunos da Escola Oficina Sofia Antipoff, no 2º
semestre de 2013, foram filmadas, editadas e, posteriormente, encaminhadas ao Gerente do
Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva e à Secretaria Executiva da APAE-BH,
ficando uma cópia nos arquivos desta Gerência.
Outra importante utilidade dessas imagens é a oportunidade de reflexão, por parte dos educadores e
especialistas do Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva, acerca dos objetivos a
serem alcançados e dos resultados efetivamente obtidos junto a esses usuários.
Houve, também, outra significativa alteração na estrutura de dois Programas de atendimento aos
usuários da APAE-BH: a integração do Programa Envelhecimento Saudável ao Programa Educação
Para e Pelo Lazer. Dessa forma, o Programa Educação Para e Pelo Lazer que contava com 16
participantes em 2012, passou a ter 73 integrantes em 2013.
No quadro abaixo, apresentamos o número de pessoas entrevistadas em 2013:
Programas
Autogestão, Autodefesa e Apoio à Família
Família
Escola de Autodefensores
Ações de Aprendizagem Mães/responsáveis
e Educação Inclusiva
Alunos
Educação Para e Pelo Lazer
Promoção da Saúde
Trabalho Emprego e Renda
Total
Pessoas
entrevistadas no
1º semestre
44
07
40
00
32
101
28
252
Pessoas
entrevistadas
no 2º semestre
15
09
12
08
22
35
13
114
Total de
entrevistados
em 2013
59
16
52
08
54
136
41
366
Os gráficos a seguir comparam os resultados obtidos no primeiro e no segundo semestre de 2013,
separados por Programa:
1) Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva
a) Entrevistas com pais/responsáveis
56
57
58
b) Entrevistas com 8 (oito) alunos da Escola Especial Sofia Antipoff
59
60
61
2) Programa Autogestão, Autodefesa e Família
a) Apoio à Família
62
63
64
b) Escola de Formação de Autodefensores
65
66
3. Programa Educação Para e Pelo Lazer
67
68
4. Programa Promoção da Saúde
69
70
71
5. Programa Trabalho, Emprego e Renda
72
73
V - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o ano de 2013 foi feito grande esforço para que as metas estabelecidas no Plano de
Ação fossem alcançadas.
Este ano se caracterizou pela estruturação e qualificação dos serviços oferecidos pela APAEBH, cabendo destacar as seguintes ações:
 fusão do Programa Envelhecimento Saudável com o Programa de Educação Para e Pelo
Lazer com o objetivo de atender os jovens e adultos que concluíram a EJA anos finais e não
têm perspectiva de inserção no mercado de trabalho e para as pessoas com deficiência
intelectual e múltipla em processo de envelhecimento;
 estabelecimento de convênio com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República, com o objetivo de fortalecer e qualificar as mulheres-mães de
pessoas com deficiência intelectual usuárias desta instituição, conscientizando-as a respeito
da deficiência de seus filhos, da realidade que as cerca e fornecendo elementos essenciais
para seu protagonismo em defesa de seus direitos;
 reestruturação do Programa Casa Lar com uma equipe mais comprometida com o bem-estar
emocional, social e físico dos moradores das 9 casas lares;
 implantação do Programa de Economia de Fichas no Programa Casa Lar, obtendo resultados
significativos para a melhoria da qualidade de vida dos moradores;
 implementação do Seminário Interno de Educação com a ampliação da participação dos
pais;
 resultado da proposta temática de desenvolvimento da linguagem da pessoa com deficiência
intelectual e múltipla possibilitando e ampliando sua comunicação no ambiente escolar e
social;
 formação do Grupo Cultural Coletivo de Mães;
 aprovação do Projeto PRONAS para reforma da Clínica Intervir, ampliação dos
atendimentos, aquisição de novos equipamentos e capacitação da equipe de saúde;
 aprovação do Projeto Equipar, pela SEDESE- Secretaria de Estado de Trabalho e
Desenvolvimento Social de Minas Gerais, para aquisição de móveis e eletrodomésticos para
as Casas Lares;
 participação de 46 profissionais da Apae-BH no II Fórum Mineiro de Autogestão,
Autodefesa e Família e XII Congresso da Rede Mineira das Apaes;
 apresentação de 16 trabalhos pelos profissionais da Apae-BH no II Fórum Mineiro de
Autogestão, Autodefesa e Família e XII Congresso da Rede Mineira das Apaes, em mesas
redondas e posters.
A expectativa para 2014 é aprimorar e qualificar o trabalho, incentivando os profissionais na
construção de conhecimento sobre deficiência intelectual e de pesquisa acerca de tecnologias
assistivas que favoreçam a aprendizagem, a funcionalidade, a autonomia, a independência e a
inclusão social deste público.
Belo Horizonte, dezembro de 2013.
Sérgio Sampaio Bezerra
Presidente
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