Relatório de Gestão 2013
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Relatório de Gestão 2013
Relatório de Atividades 2013 Missão Institucional Promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientação, prestação de serviços e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária. 1 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente Vice-Presidente 1ª Diretora Secretária 2ª Diretora Secretária 1ª Diretor Financeiro 2º Diretor Financeiro 1ª Diretora Social 2ª Diretora Social Diretora de Patrimônio Autodefensores representantes das pessoas com deficiência Sérgio Sampaio Bezerra Judith Maria de Magalhães Monteiro Efigênia Anacleto Martins Pereira Myriam Bastos Martinho Vieira Milton Gontijo Ferreira Marcelo Alexandre David Zilda de Oliveira Lopes Cláudia Antônia Rodrigues de Souza Lúcia Maria Bellico Ítalo Clever da Fonseca Braga e Raphaela Gracielle Alves dos Santos CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Heraldo Santos Dutra Ivani Rosrio Santos Campos Laércio Carlos Dias Leda Maria de Mello Coimbra Maria Benedita Ferreira Porfiro Maria José Xavier Milton Maria Lúcia Santos Lopes Neuza Aparecida Bonadio Guedes CONSELHO FISCAL Titulares Elisa Maria Vasconcellos Magalhães Maria Francisca de Assis Camilo Márcio Pacheco de Melo Suplentes Laura Veríssimo dos Santos Vanda Mundim Queiroz Paulo Melgaço Valadares CONSELHO CONSULTIVO Lucy Spíndola Garrido Heloisa Maria Penedo de Azeredo Maria Dolores da Cunha Pinto 2 EQUIPE Procurador Jurídico Procurador Jurídico Adjunto Secretária Executiva Assessora Jurídica Coordenadora de Planejamento Estratégico Gerente da Central de Doações Gerente de Planejamento, Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação de Ações Coordenador de Gestão Estratégica Gerente Administrativo Gerente Financeiro Seção de Pessoal Coordenadora de Ações Integrais e Integradas para o Desenvolvimento Humano da Pessoa com Deficiência Intelectual e Deficiência Múltipla Equipe de Assistentes Sociais Gerente de Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva Maria Tereza Feldner João Bosco Pinto Monteiro Darci Fioravante Barros Barbosa Anna Carolina Ianino Lima Andrade Cyntia Mansur Zambaldi Elisa Cláudia Moreira Denise Maria de Castro Chaves Henrique Mendes Ferreira Tiago Dias de Oliveira Mara Cristina Correa Motta Rodrigo Marquiore Patrícia Pinto Valadares Elen Azevedo Mariz Nathália Barros de Andrade Maria Cristina Machado Guimarães Idelino Júnior Gerente de Educação Para e Pelo Lazer Sanderleia Rodrigues Gerente de Trabalho, Emprego e Renda Patrícia Pinto Valadares Gerente de Autogestão, Autodefesa e Família Gerente de Promoção da Saúde Gerente de Controle e Avaliação dos Serviços de Saúde Gerente do Programa Casa Lar Luciene Carvalhais Leda Fioravante Diniz Maria Helenice Oliveira Gontijo Alina Cynthia Braga dos Santos Silva 3 SUMÁRIO ASSUNTO PÁGINA Introdução 5 Ações de Assistência Social 7 Serviços e Ações de Proteção Social Especial – Média Complexidade 7 Serviços e Ações de Proteção Social Especial – Alta Complexidade 25 Ações de Assessoramento e Defesa de Direitos 29 Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva 30 Ações de Promoção da Saúde 34 Ações de Sustentabilidade Institucional 42 Planejamento Estratégico 42 Gestão Estratégica 44 Receitas e Despesas Efetivas 44 Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação de Ações 55 Considerações Finais 74 4 Introdução A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belo Horizonte - APAE-BH é uma organização social sem fins econômicos, formada por pais, amigos e pessoas com deficiência intelectual e múltipla que, unidos por objetivos comuns, buscam construir uma sociedade mais justa e igualitária. Atualmente, a APAE-BH atende, diretamente, a 400 pessoas com deficiência intelectual e múltipla em seu ciclo de vida, promovendo seu desenvolvimento global e a melhoria de sua qualidade de vida, além de prestar apoio a suas famílias. A Apae de Belo Horizonte investe de forma permanente na avaliação de suas ações, avançando no conhecimento e inovação dos serviços prestados, o que permite estabelecer parcerias com o poder público, visando organizar serviços relevantes de interesse social. A entidade conta, também, com a participação permanente e efetiva de seus profissionais, autodefensores e familiares nos conselhos paritários e deliberativos de políticas públicas, exercendo o controle social, dialogando, debatendo e participando da estruturação da rede social do município. A APAE de Belo Horizonte atua preponderantemente na área de assistência social, oferecendo, também, serviços nas áreas de educação e saúde, cujas finalidades são: a) promover a melhoria da qualidade de vida de crianças, adolescentes, adultos e idosos com deficiência, preferencialmente, intelectual, múltipla e com transtornos globais do desenvolvimento em seu ciclo de vida, buscando assegurar-lhes o pleno exercício da cidadania; b) prestar serviços de habilitação e reabilitação a este público e promover sua integração à vida comunitária no campo da assistência social, realizando atendimentos, assessoramento e defesa e garantia de direitos, de forma isolada ou cumulativa; c) prestar serviços de educação especial às pessoas com deficiência, preferencialmente, intelectual e múltipla; d) oferecer serviços de prevenção na área de saúde, visando assegurar melhor qualidade de vida para as pessoas com deficiência, preferencialmente, intelectual e múltipla; Objetivo Geral A APAE de Belo Horizonte tem por MISSÃO promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientação, prestação de serviços e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária. Origem dos Recursos Os recursos necessários à manutenção da APAE de Belo Horizonte são constituídos, em sua maioria, por contribuições de associados e de terceiros através da central de doações. A instituição conta, também, com convênios com o poder público para execução de Programas, com a elaboração de projetos para captação de recursos e com a promoção de eventos esporádicos. 5 Infraestrutura A APAE de Belo Horizonte foi fundada em 15 de abril de 1961 e ao longo de sua existência conseguiu avanços notáveis, tanto na melhoria de sua estrutura física, quanto na ampliação e aprimoramento dos serviços prestados. Em relação à estrutura física, a instituição possui dois prédios em regime de comodato, onde se localiza a sua sede, na Rua Cristal, 78 em Santa Tereza, com um total de 32 salas. Nesta sede, são desenvolvidos os seguintes Programas: Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva (Escola Oficina Sofia Antipoff); serviços de assistência social de proteção social especial de média complexidade: Programa de Educação Para e Pelo Lazer, com 5 salas para oficinas; Programa Trabalho, Emprego e Renda; Programa Autogestão, Autodefesa e Família, com 4 salas, Gerência do Programa Casa Lar – Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, com 1 sala; Atendimento educacional de autistas com a metodologia TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication Handicapped Children – Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Dificuldades na Comunicação), com 2 salas estruturadas. As demais salas são utilizadas como salas de aula comuns, secretaria, biblioteca, informática, lanchonete e sala de dança. Além disso, há também dezoito banheiros, um fraldário, um auditório, uma quadra coberta, uma piscina aquecida, um refeitório, três almoxarifados, uma recepção e dois elevadores. Próximo à sede, na Rua Grafito, 15, na Clínica Intervir, funciona o Programa de Promoção da Saúde, com dois ginásios de cinesioterapia, cinco salas de consultório, uma recepção, uma copa, uma sala da administração, um consultório odontológico e um elevador. Para realizar o Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade – acolhimento institucional, Programa Casa Lar, a instituição mantém 4 imóveis em comodato com a Prefeitura, uma casa própria e outras quatro alugadas. A instituição possui, ainda, três veículos: uma kombi para atendimento das Casas Lares, um Fiat Uno para serviços administrativos e atendimento dos profissionais em serviço e um micro-ônibus para o deslocamento de usuários em atividades nos espaços sociais, potencializando os aprendizados e promovendo sua inclusão. 6 I - AÇÕES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 1. SERVIÇOS E AÇÕES DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL - MÉDIA COMPLEXIDADE: Serviço de Proteção Social Especial para a Pessoa com Deficiência, Idosos e suas Famílias - Habilitação e Reabilitação Social da Pessoa com deficiência e sua família. Recursos financeiros utilizados nas ações dos programas de proteção especial de média complexidade: R$2.339.206,48 (dois milhões, trezentos e trinta e nove mil, duzentos e seis reais e quarenta e oito centavos). A) Serviço de Assistência Social Envolve ações desenvolvidas pelas assistentes sociais e psicólogas no acolhimento, avaliação e monitoramento das famílias dos usuários atendidos e daquelas que procuram a Apae-BH, tendo como objetivo articular ações e criar dispositivos que facilitem a integração entre as famílias e a Apae-BH e entre os usuários e suas famílias, viabilizando os processos na dinâmica: casa – Apae – família. Público Alvo: famílias que procuram a APAE-BH para atendimento de seus filhos com deficiência intelectual e múltipla, bem como aqueles que já frequentam os programas da instituição e as famílias. Capacidade de atendimento: aproximadamente 200 famílias de pessoas com deficiência intelectual. Abrangência territorial: famílias advindas de todas as regionais de Belo Horizonte e da Região Metropolitana. Recursos humanos: 02 psicólogas 03 assistentes sociais Atividades desenvolvidas: Efetivação de estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociosassistenciais; Efetivação do PAF- Plano de Atendimento da Família, com o objetivo de orientar e acompanhar as famílias na solução de problemas, utilizando os recursos da comunidade e trabalhando as potencialidades e vulnerabilidades das famílias; Promoção do protagonismo das famílias para melhoria da qualidade de vida, utilizando estratégia de intervenção para orientar e discutir os problemas familiares e geração de renda; Fazer os encaminhamentos adequados a cada caso da demanda espontânea, trabalhando em rede e utilizando os serviços públicos de saúde, CRAS e CREAS mais próximos das residências dos solicitantes, como suporte, entre outros; Acompanhamento, junto à Escola Oficina Sofia Antipoff, das situações de infrequência, dos problemas comportamentais e de condutas dos usuários, das dificuldades e vulnerabilidades familiares, atuando em parceria com os outros profissionais que compõem a equipe destes setores; 7 Visitas domiciliares, hospitalares, em escolas comuns e em locais de trabalho com o objetivo de estudar a situação socioeconômica familiar, grau de vulnerabilidade pessoal e social, bem como definir ações a serem desenvolvidas pela instituição em resposta a cada caso estudado; Controle das vagas de convênios mantidos pela APAE de Belo Horizonte com o Governo Estadual (Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas Gerais - SEDESE); Acompanhamento e orientação do grupo de mães artesãs ligadas ao Centro Público (Economia Popular Solidária) e ao Espaço Cidadania nas Feiras da Afonso Pena e Bernardo Monteiro; Garantia de stand para as mães na 24ª Feira Nacional de Artesanato, de forma totalmente gratuita, através do trabalho já desenvolvido pela APAE-BH com o grupo de artesãs; Garantir o direito de ir e vir dos usuários da APAE-BH, através do cadastro, revisão e recurso de processos do Cartão Benefício Inclusão enviados semanalmente para o BHTRANS; Liberação de almoço para mães e alunos da instituição após avaliação socioeconômica; Estudo social (PAF) para liberação de cesta básica para as famílias carentes da APAEBH; Participação do Conselho Municipal das Pessoas Portadoras de Deficiência CMPPD, colaborando e oferecendo suporte a 2 conselheiras suplentes da APAE- BH, eleitas para a gestão 2011/2013. Nova representante foi eleita para representar a APAE-BH a partir de abril de 2013; Representação da APAE-BH em diversos eventos e reuniões, quando solicitado pela coordenação; Orientação de estágio de Serviço Social da aluna Sandra Maria Dias, nos dois semestres do ano de 2013, com carga horária de 200 horas; Participação na 2ª Oficina de Materiais Reciclados desenvolvida com 32 mães, em duas sessões em cada um dos dois turnos, para informações sobre a Metodologia TEACCH e confecção de materiais pedagógicos a serem utilizados nas salas estruturadas deste Método. Houve a participação da assistente social, supervisores e alguns professores; Participação em dois Seminários internos como palestrante, realizados na instituição; Preparação para Audiência Pública na Câmara Municipal sobre a importância da manutenção das Escolas Especiais, 3º Seminário interno de Educação da Escola Oficina Sofia Antipoff; Supervisão de estágio em Serviço Social da FAMINAS; Participação no XII Congresso da Rede Mineira das Apaes, com apresentação de pôster sobre o tema “A Roda de Conversa como serviço da Tecnologia Assistiva”; Participação no Fórum Permanente de Entidades Socioassistenciais, como suplente, representando a APAE de Belo Horizonte. Participação nas capacitações em serviço - Autismo: Educação e Comunicação, abordando o espectro do autismo em suas variações nas condições pessoais em relação às interações interpessoais; Palestra: Treinamento de pais, com a Doutoranda da UFMG , Maria Isabel Pinheiro; Reuniões trimestrais para avaliação da aprendizagem dos filhos; Participação dentro da sala de aula, principalmente no projeto: Mães Monitoras; Participação das mães no Recreio com a criação do projeto: Mães Recreadoras; Participação nas oficinas de Material Reciclado e Comunicação Alternativa; Participação no Seminário de Educação Especial. 8 Resultados quantitativos: 884 atendimentos individuais de família; 32 visitas domiciliares; 03 visitas hospitalares; 17 reuniões com mães, pais e /ou responsáveis; 30 reuniões com equipes dos programas; 05 reuniões de Plenária e comissão de Políticas Sociais do Conselho Municipal de Direitos da Pessoa com Deficiência; 10 reuniões com grupo de mães Tapeceiras que expõem nas feiras livres de artesanato na Afonso Pena e Bernardo Monteiro; 04 reuniões de Assistentes Sociais / Coordenação integrada; 25 Reuniões de Assistentes Sociais e Gerente Autogestão, Autodefesa e Família; 65 Planos de Acompanhamento Familiar; Processos encaminhados a BHTRANS com 15 novos cadastros, 42 revisões, 02 recursos e 03 mudanças de categoria; 13 inscrições de mães no Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal; 67 benefícios sociais. B) PROGRAMA AUTOGESTÃO, AUTODEFESA E FAMÍLIA Descrição do Programa Este programa realiza ações que valorizam a pessoa com deficiência intelectual e sua família, conhecendo suas necessidades, dificuldades e aspirações. Constrói estratégias para incentivar o exercício da autonomia e independência dos usuários, contando com a participação e o apoio de sua família. Valoriza e capacita a pessoa com deficiência intelectual e sua família, dando-lhes voz e incentivando sua participação ativa no movimento apaeano para se tornarem protagonistas de seus direitos e deveres. Público Alvo: pessoas com deficiência intelectual e suas famílias. Capacidade de atendimento: aproximadamente 200 pessoas com deficiência intelectual e múltipla e suas famílias Abrangência territorial: todas as regionais de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Recursos Humanos: A equipe responsável pelo programa é formada por quatro profissionais: uma psicóloga, que tem a função de gerente e coordena a Escola de Formação de Autodefensores; uma assistente social responsável pela Escola de Pais e pelas Rodas de Conversa; uma artesã responsável pela Oficina de Artesanato destinada aos familiares dos usuários da Apae-BH, e uma advogada que atua na agência jurídica. 9 Eixos de atuação: Eixo 1 – Autogestão e Autodefesa Para as ações de autogestão são utilizadas estratégias integradas em todos os programas da APAE-BH por meio de projetos que possibilitem o desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, a liberdade de expressão, a capacidade de tomar decisões, fazer escolhas e concretizar ações. As ações de autodefesa têm o objetivo de capacitar a pessoa com deficiência intelectual e múltipla acerca de seus direitos e deveres enquanto cidadão, levando-o a pensar, opinar, discutir, buscar soluções e elaborar conceitos. Atividades desenvolvidas: Escola de Formação de Autodefensores Estratégia utilizada para desenvolver com as pessoas com deficiência intelectual ações que favoreçam o protagonismo, a participação e inclusão social, qualificandoas para o exercício da cidadania. Metodologia: As aulas acontecem em grupo, com 01 turma no período da manhã e outra no período da tarde. O curso tem um período mínimo de 1 ano e capacidade para 15 pessoas com deficiência intelectual e múltipla, de ambos os sexos, na faixa etária de 19 a 43 anos. Os encontros são semanais, com carga horária de quatro horas em cada turno e conteúdo programático pré-estabelecido e proposto pela Federação das Apaes do Estado de Minas Gerais. Resultados: Maior autonomia e independência dos usuários, comportamento mais adequado nos diversos ambientes e contextos sociais, melhoria significativa na comunicação, aumento da capacidade de escolha e de verbalização dos desejos e reivindicações, maior iniciativa para defender seus direitos na instituição, na família e no meio social, melhor entendimento e cumprimento das regras e deveres. Estes resultados possibilitaram ampliar a participação das pessoas com deficiência intelectual nos seguintes espaços sociais e de defesa de direitos: Participação nos Conselhos de Defesa de Direitos; Participação na Pré-Conferência de Assistência Social de Belo Horizonte representante do segmento usuário; Participação na X Conferência Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte; Participação no Seminário Interno, durante a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla na Apae BH; Interatividade: “Todo dia é dia de alegria”. Apresentação do contador de história Fernando Gaivota; Participação no planejamento, organização e divulgação da Festa a Fantasia, realizada na Apae-BH; Participação na XXX Corrida Rústica da Afonso Pena. 10 Estágio Social Colégio Loyola - Promoção da Inclusão Social. Neste Eixo de Autodefesa está a parceria com o Colégio Loyola, através do Estágio Social, onde 40 alunos do 9º ano do ensino fundamental daquele Colégio participam de atividades desenvolvidas com as pessoas com deficiência intelectual e múltipla, na Apae–BH, com o objetivo de promover a Inclusão Social. Os alunos frequentam as reuniões da Escola de Formação de Autodefensores e de Oficinas do Programa Trabalho, Emprego e Renda. Resultado: Realização da campanha Verão Solidário, mobilizando estudantes, professores e funcionários do Colégio Loyola na venda de picolés produzidos pelos usuários da Apae-BH na Oficina de Sorveteria. O objetivo foi promover uma ação social planejada e implementada pelos alunos a partir da venda da produção de picolés da oficina, arrecadando recursos para a instituição. Esta ação despertou nos alunos do Colégio Loyola, o espírito de cooperação, solidariedade, participação e de responsabilidade social. Eixo de Apoio à Família: Atividades desenvolvidas: Escola de Mães Tem como objetivo criar um espaço de informação, aprendizagem e troca de experiências para os pais das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, para orientá-los e capacitá-los para se tornarem protagonistas na busca de recursos na rede de proteção social para a defesa de direitos de seus filhos com deficiência. Neste ano de 2013, a Apae de Belo Horizonte firmou convênio com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, com objetivo de fortalecer e qualificar as mulheres, mães de pessoas com deficiência intelectual usuárias desta instituição, conscientizando-as a respeito da deficiência de seu filho, da realidade que as cerca e fornecendo elementos essenciais para seu protagonismo em defesa de seus direitos. Das 100 vagas disponibilizadas, houve 87 inscrições e 73 mulheres/mães frequentaram as aulas. Duas turmas da Escola de Mães já tiveram formatura, sendo 35 alunas do turno da manhã e 38 do turno da tarde. Conteúdos ministrados: 12/08 – Atividade Complementar – Exibição do filme “COLEGAS” que conta a história de três jovens com síndrome de Down, que são os protagonistas; 19/08 – Direitos das Pessoas com deficiência e das mulheres – Linda Goulart, Chefe de Gabinete da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Brasília – DF; 11 02/09 – Estrutura e Gestão da APAE – Cleusa Borges dos Santos – Presidente da APAE de Pedro Leopoldo; 20/09 – Organização de Serviços – Isabel Cecília, Psicóloga e Gerente Técnica da APAE de Pedro Leopoldo; 30/09 – Atividade Complementar – Sérgio Sampaio, Equipe de Gerentes e Alunas da Escola de Mães; 07/10 – Programa Trabalho, Emprego e Renda – Darneily, gerente do Programa na Apae-BH, Marly, pedagoga, e as professoras Márcia Gontijo, Ienes e Gilsilene; 21/10 – Coordenação de Planejamento Estratégico e Gerência de Promoção à Saúde - Cyntia Mansur e Camila Fernandes, pela Coordenação de Planejamento Estratégico, e Lêda Fioravante, gerente do Programa de Promoção da Saúde; 28/10 – Casa Lar, Programa Educação Para e Pelo Lazer e Agência Jurídica – Alina, gerente do Programa Casa Lar; Sanderléia, gerente do Programa Educação Para e Pelo Lazer; e a advogada Anna Carolina Ianino Lima Andrade, responsável pela Agência Jurídica da APAE-BH; 11/11 – Coordenadoria de Gestão Estratégica e Ações de Aprendizagem / Escola – Henrique Mendes, coordenador de Gestão Estratégica; Idelino Júnior, gerente do Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva – Escola Oficina Sofia Antipoff, da Apae-BH, juntamente com a Supervisora Tatiana. 25/11 – Provas finais do Módulo II da Escola de Mães Resultados: Participação das mães em eventos de representatividade da instituição e de defesa de direitos; Divulgação da experiência apaeana em órgãos públicos e privados, no âmbito municipal; Participação em ato público, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em defesa das Escolas Especiais; Participação no Seminário sobre políticas públicas na Câmara Municipal de Belo Horizonte com o tema “Como as políticas estão convergindo para diminuir as diferenças”; Presença na entrega do Grande Colar do Mérito Legislativo promovido pela Câmara Municipal de Belo Horizonte, recebido pelo Presidente da Apae-BH; Participação no 3º Seminário de Educação Especial, promovido pela Apae-BH, com o tema: “Escola e Família: compartilhando saberes e tecnologias para desenvolver a linguagem”; Participação da instrutora de oficinas como palestrante da mesa redonda no Congresso Mineiro no eixo família com o tema: “Moda e Vestuário”. Participação na 19ª Semana da Pessoa com Deficiência, promovida pela Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania de Belo Horizonte; Participação de 10 familiares da Escola de Mães no II Fórum Mineiro de Autogestão, Autodefesa e Família e XII Congresso da Rede Mineira das Apaes, que tiveram como tema: “Tecnologia Assistiva Promovendo o Desenvolvimento da Pessoa com Deficiência Intelectual”; Formação do Grupo Cultural Coletivo de Mães, sob a direção de Idelino Júnior, gerente do Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva da Apae-BH; Apresentação do grupo de mães da Apae-BH na Formatura da III Turma da Escola de Pais; 12 Apresentação na Oficina de Capacitação de Novos Dirigentes, promovido pela FEAPAES-MG, no Colégio Pio XII; Apresentação do grupo Coletivo de Mães, sob a direção de Idelino Júnior, na Abertura do II Fórum Mineiro de Autogestão, Autodefesa e Família e XII Congresso da Rede Mineira das Apaes; Participação nas reuniões e mobilização para a eleição no Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência de Belo Horizonte – Conselheira Suplente Dalva Maria do Carmo, como ouvinte, com o apoio de profissional da Apae-BH; Participação na capacitação de novos conselheiros, promovida pela prefeitura, através da ESAF – Escola Superior de Administração Fazendária, com participação na mesa: “Apoio à família da pessoa com deficiência”; Participação na IX Mostra de Arte, Inclusão e Cidadania e 19º Semana da Pessoa com Deficiência; Capacitação Método TEACCH pelo PAIS - Programa de Autismo e Inclusão Social, da Apae – BH. PROJETO BEM ESTAR Tem o objetivo de incentivar os pais, responsáveis e familiares a buscar novas conquistas e realizações, ampliando seu potencial, favorecendo sua capacidade individual e de sua família, tornando-os capazes de contribuir para sua manutenção e de seu grupo familiar e para a melhoria da qualidade de vida. Este projeto envolve a participação de 120 pais. Ações: Roda de Conversa Oficinas de Artesanato Grupos de Vivências: Reiki Grupo de “Mães Artesãs da Apae-BH” RODA DE CONVERSA É uma estratégia educativa e comunicativa utilizada para proporcionar aos pais/e ou responsáveis pelas pessoas com deficiência intelectual, um espaço de diálogo, troca de informações, cuja finalidade é a satisfação das necessidades básicas de aprendizagem, compreensão e empoderamento. Metodologia Acolhida dos participantes pela condutora do grupo; Dinâmicas de descontração que possibilitem a interação entre os participantes; Leitura de texto reflexivo; Conversa em grupo com apresentação do tema; Debate sobre os temas sugeridos pelos participantes e profissionais; Os encontros são realizados todas as quartas-feiras, das 15:00 às 16:30 h, e às quintas-feiras, das 10:00 às 11:30; Número de participantes: média de 10 pais por encontro. Temas debatidos: Indenização por danos materiais e morais - Advogada Anna Carolina; A família da pessoa com deficiência – Texto suplementar: “As Sem-Razões do Amor”, poema de Carlos Drummond de Andrade; Autoestima da mulher – Texto: “Feliz por nada”, de Martha Medeiros. 13 O impacto do álcool na família - Atividade suplementar: exibição e discussão sobre filme: “Quando um homem ama uma mulher”- Sessão “Cinema, pipoca e guaraná”; Dinâmica de interação: Mostrando as escolhas que podemos fazer na vida - texto suplementar “Reverência ao destino”, de Carlos Drummond de Andrade; Informações institucionais; Prestação de serviços, como: Apoio ao cadastramento no programa “Minha Casa, Minha Vida”; reuniões com as mães artesãs para definição da comercialização na barraca de Artesanato da Bernardo Monteiro; Condicionalidades para a concessão de cestas básicas; Horários de distribuição do vale-refeição para mães e alunos; Mudança do protocolo de revisão e cadastro do benefício – Cartão BH-BUS; Horários de entrada e saída na instituição. Conclusão: Conforme avaliação da equipe, houve aumento na frequência e maior participação das mães durante os encontros, com as participantes contribuindo com o tema, fazendo comentários, perguntas, esclarecendo dúvidas e propondo novos temas. OFICINAS DE ARTESANATO Descrição Desenvolve atividades que possibilitam aprendizagem de técnicas de artesanato, desenvolvimento da criatividade e de habilidades específicas. Os produtos confeccionados pelas mães nas Oficinas de Artesanato são destinados à comercialização em feiras livres para complementação da renda familiar e uma parte desse recurso é utilizada para reposição e aquisição de matéria-prima para as oficinas. Atividades Realizadas e Resultados: Curso Matéria-prima / Custo Quantidade Número de confeccionada participantes Decoupage em vidro Vidros reciclados, papel, cola 3 unidades 3 Decoupage em madeira Caixas em MDF, tinta para artesanato, fitas, rendas, brilho para tinta 60,00, lixa: 2,00 12 unidades 5 Porta Guardanapo em telas Telas: 25 x 0,50. Cones de linha 3 x 4,80. Raminhos de flores: 5,60. Fitas diversas 06 unidades Porta recados em CD Material reciclado – reaproveitamento 15 unidades Patchcolagem Aplicação em tecido Panos de prato: 20 x 1,90 Cola para tecidos: 2 x 2,80 18 unidades Peso de porta Material reciclado – reaproveitamento 08 unidades 03 Cabide Organizador Cabides 1,25 x 12 08 unidades 07 Enfeites de Natal Reaproveitamento de tecidos Bolas de isopor 25 x 0,75 Rolo de sutache 2 x 8,00 25 unidades 08 Guirlanda de Natal Reaproveitamento de tecidos, botões e fitas 05 unidades 04 Pote de sorvete tema “Papai Noel” Folhas de EVA 6 x 1,50 Cola branca 9,90 20 unidades 05 5 06 08 14 Produto Matéria-prima / Custo Enfeite Natalino com CD quadrinho Reaproveitamento de CDs, tecidos, fitas, laços Enfeites de Natal – guirlanda de corações Reciclagem de tecidos, linhas e botões Porta Tesoura com tema “Coruja” Agulheiro com tema “Galinha” Quantidade Número de confeccionada participantes 2 unidades 02 12 unidades 06 Reaproveitamento de korino, botões, linhas, agulhas 01 unidade 04 Porta alfinete 9 x 0,70 01 unidade 04 Participação do grupo de “Mães Artesãs da Apae-BH” na UNILAR e na Feira Nacional de Artesanato. Reiki Esta atividade é realizada por uma equipe de voluntárias que promovem sessões de Reiki às sextas-feiras, na Apae-BH. Para participar, a pessoa interessada deve se comprometer a frequentar as oito semanas de tratamento. Em 2013, 29 mães de pessoas com deficiência intelectual, divididas em 3 grupos, receberam Reiki. C - PROGRAMA TRABALHO, EMPREGO E RENDA Descrição do Programa O Programa Trabalho, Emprego e Renda consiste em oferecer ao usuário com deficiência intelectual e múltipla maior variedade de experiências em oficinas de trabalho, através de atividades práticas e complementares, por meio de vivências e do fazer para conhecer, definindo seu interesse e desenvolvendo suas capacidades e potencialidades para a vida e para o trabalho. Público alvo: Usuários com deficiência intelectual acima dos 14 anos de idade. Recursos humanos: 01 Gerente, 01 pedagoga, 01assistente social, 01 nutricionista, 01 fisioterapeuta, 01 terapeuta ocupacional, 01 psicólogo, 01 fonoaudióloga, 01 monitora, 01 instrutora, 01 auxiliar de padaria. 15 Abrangência territorial: famílias oriundas de todas as regionais de Belo Horizonte e da região metropolitana. Eixos de Atuação: Eixo 1: Formação Inicial para o Trabalho Tem como objetivo geral o desenvolvimento humano do usuário com deficiência intelectual e múltipla. É realizada através de oficinas com atividades laborais que possibilitam ao usuário aprender a identificar, discriminar e utilizar distintas ferramentas para a leitura de mundo, favorecendo sua inclusão social. Os objetivos específicos Possibilitar que o usuário adquira o nível máximo de autonomia pessoal; Desenvolver habilidades de vida diária e prática e habilidades sociais; Treinar hábitos e atitudes essenciais para a vida e para o trabalho; Facilitar a compreensão do mundo onde vivemos e do mundo do trabalho; Propiciar uma autoavaliação para identificar as aspirações e limitações pessoais para determinadas tarefas; Capacitar o usuário para viver em sociedade e melhorar a sua qualidade de vida; Sensibilizar e conscientizar as famílias sobre a importância de qualificar profissionalmente a pessoa com deficiência intelectual e múltipla, para a sua colocação no mercado de trabalho, evidenciando o seu potencial laboral. Organização das oficinas: São quatro oficinas, duas no turno da manhã e duas no turno da tarde, com uma média de 10 usuários em cada uma e com duração de 1 a 3 anos. Oficinas do turno da Manhã Padaria Culinária Oficinas no turno da Tarde Culinária Sorveteria Total de usuários nas oficinas de Formação Inicial para o Trabalho: 28 usuários. Público alvo Usuários da Escola Oficina Sofia Antipoff, da Apae-BH, que concluíram a EJA anos finais, e aqueles admitidos na instituição após avaliação multidimensional. Metodologia O ambiente de execução das tarefas é o mais similar possível a uma situação real de trabalho e o instrutor da oficina estimula a participação do usuário para favorecer sua elaboração mental na aquisição de novos conhecimentos, promovendo o desenvolvimento das atividades práticas propostas. As atividades são desenvolvidas em uma sequência que vai do simples para o complexo, procurando incrementar o nível de dificuldade das tarefas, segundo o progresso do usuário. 16 Conteúdos São desenvolvidas as habilidades de gestão que englobam competências e conhecimentos relativos à autogestão, à melhoria da qualidade de vida, à produtividade, às habilidades interpessoais, responsabilidade, autoestima, observância de regras e leis, integração social, aperfeiçoamento de conhecimentos básicos para o trabalho e para a vida adulta. Por fim, as habilidades práticas compreendem a competência e conhecimentos específicos acerca de processos, métodos, técnicas, normas, regulamentações, tipos de materiais e equipamentos e outros conteúdos específicos das oficinas de trabalho. Avaliação A avaliação das aprendizagens dos usuários na Formação Inicial para o Trabalho é um processo contínuo na busca de novas estratégias para o desenvolvimento das potencialidades do mesmo, utilizando os seguintes instrumentos: Realização de entrevista com a família do usuário; Elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual - PDI; Registro do desempenho do usuário nas diversas atividades das oficinas; Relatórios descritivos semestrais sobre o comportamento ocupacional, emocional, social e cognitivo do usuário. Este processo avaliativo é que define se o usuário irá para a Qualificação Profissional ou outro programa da APAE-BH, voltado para o jovem adulto. É, também, levado em conta se há interesse, por parte do usuário e de sua família, de encaminhá-lo para o mercado formal e/ou informal de trabalho. Resultados Melhora significativa das habilidades intelectuais, sociais, comportamentais, comunicativas e motoras dos usuários, através do trabalho prático nas oficinas; Aprimoramento do trabalho de autogestão, levando os usuários a serem mais independentes, atuantes e formadores de opiniões; Encaminhamentos das famílias para os diversos equipamentos da rede de proteção social como: CRAS, Regionais da PBH, Posto Médico, Conselho Tutelar, INSS, Agência Jurídica e Programa de Cesta Básica, estes dois últimos da APAE-BH; Exposição e venda de produtos confeccionados pelos usuários no “Pólo Móveis” e no Bazar Ponto Chic, mantido pela APAE-BH; Produção e venda de salgados, pizzas, bolos, tortas, pães, doces, biscoitos caseiros, congelados, picolés, sorvetes, sundae, milk shake, cafés, sucos e outros; Fabricação de produtos diet na Oficina de Culinária, favorecendo a alimentação saudável dos usuários diabéticos; Venda de picolés e sorvetes na comunidade, três vezes por semana, com o objetivo de trabalhar independência, socialização, locomoção nos espaços da comunidade e o valor do dinheiro; Melhora no controle de qualidade dos alimentos produzidos nas oficinas. Eixo 2: Qualificação para o Trabalho Tem o objetivo de oferecer à pessoa com deficiência intelectual e múltipla o desenvolvimento de habilidades específicas e conhecimentos de uma profissão. Consiste fundamentalmente em desenvolver as habilidades necessárias ao desempenho de uma tarefa por meio de atividades práticas, fazendo com que o usuário possa executar e produzir um determinado trabalho com qualidade, produtividade e responsabilidade na função que exercerá futuramente, de acordo com as demandas do mercado. Este Eixo caracteriza-se pelo seu objetivo eminentemente qualificador da mão-de-obra da pessoa com deficiência 17 intelectual para o emprego que, vale salientar, varia muito em decorrência do contexto regional. Objetivos específicos Treinar o usuário para o exercício de atividades profissionais; Aperfeiçoar conhecimentos básicos necessários a sua profissionalização; Servir de treinamento para posterior colocação no mercado de trabalho competitivo; Oferecer aos usuários condições para o desenvolvimento de postura adequada ao trabalho. Pré-requisitos para admissão na Qualificação Para o Trabalho Avaliação final, realizada pela equipe técnica de Formação Inicial para o Trabalho, ressaltando o desenvolvimento das habilidades necessárias para o ingresso do usuário na Qualificação para o Trabalho; Interesse da família e do usuário em ser inserido no mercado de trabalho; Documentação pessoal: Carteira Profissional; Certificado de Reservista e Titulo de eleitor. Metodologia O processo de Qualificação Para o Trabalho é desenvolvido por meio de atividades práticas em ambientes que proporcionam situação real de trabalho na própria instituição e/ou em empresas parceiras da APAE-BH; O usuário é treinado pelo profissional na área de atuação; Período de duração: de 1 a 3 anos. Avaliação A avaliação dos usuários tem como base o seu desempenho, adotando-se os indicadores utilizados pelas empresas, com as devidas adequações, considerando-se o público em questão. São utilizados os seguintes instrumentos na Qualificação Para o Trabalho: Protocolo de Observação e Análise das Competências e Tarefas, de acordo com a função que será executada na empresa; Definição se o usuário está apto ou não para sua colocação no mercado de trabalho competitivo. Total de usuários na Qualificação Para o Trabalho: 20 Oficinas de Qualificação a) Apae Júnior Tem o objetivo de treinar as pessoas com deficiência intelectual numa função específica nos espaços da Apae, com o acompanhamento direto do profissional responsável pelo trabalho no setor onde ele está sendo treinado e com a supervisão da Terapeuta Ocupacional. De acordo com o nível de interesse e as habilidades dos usuários, eles foram inseridos nos seguintes ambientes de trabalho, dentro da instituição: 01 usuário como recepcionista na Clínica Intervir; 01 usuário na limpeza do refeitório; 02 usuários como atendentes de lanchonete; 05 usuários como monitores de sala; 01 usuário na limpeza das salas. 18 Atividades desenvolvidas Acompanhamento e monitoramento de 10 usuários do APAE JÚNIOR pela Terapeuta Ocupacional e pela Assistente Social; Orientação da terapeuta ocupacional e da assistente social do setor aos 10 usuários e aos profissionais que atuam diretamente na mesma função e no mesmo setor da instituição, Reunião semanal com os usuários do APAE-JUNIOR com a Terapeuta Ocupacional, a Assistente Social e a Psicóloga do setor, totalizando 86 encontros; Realização de 10 avaliações de desempenho dos usuários do APAE-JUNIOR juntamente com o profissional responsável pelo mesmo no seu local de trabalho; Confecção de 06 adaptações para os usuários do APAE-JUNIOR, melhorando a autonomia e independência no trabalho, realizadas pela Terapeuta Ocupacional e Fonoaudióloga; Realização de 16 reuniões com os responsáveis pelos usuários, sobre seu desempenho no trabalho do APAE-JUNIOR e esclarecimentos sobre questões legais, feitas pela Terapeuta Ocupacional e pela Assistente Social. b) Parcerias com Empresas Em agosto de 2012 a APAE BH firmou uma parceria com a Empresa Gerencial e com o SENAC, encaminhando 10 usuários para participar do curso de qualificação com aulas teóricas e práticas, com duração de 1 ano e uma bolsa com remuneração de meio salário mínimo. Os usuários que participaram deste projeto permaneceram na empresa um horário e no outro horário freqüentaram as oficinas da EJA- Anos Finais na APAE. Este curso terminou em setembro de 2013. Todos concluíram o curso de qualificação e apenas uma usuária foi inserida no mercado de trabalho. c) Cursos de Qualificação de Mão de Obra Este curso consiste no treinamento de mão de obra, através de cursos de qualificação de curta duração para o mercado formal e/ou informal. Em 2013 foram oferecidos 2 cursos de qualificação para as oficinas de alimentos. São eles: biscoitos caseiros e tortas salgadas. Eixo 3: Colocação no Trabalho – Inclusão Produtiva: Intermediação de Mão de Obra da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Consiste na inserção da pessoa com deficiência intelectual e múltipla em algum tipo de atividade laboral, primordialmente competitiva, e sempre condizente com o potencial, condições físicas e aspirações desta pessoa e, também, com a disponibilidade de vagas existentes no mercado. Nesta etapa, o usuário deve estar apto a atingir os índices de produtividade como quantidade e qualidade do produto, além de demonstrar a postura profissional exigida pelo mercado. Pré-requisitos para o ingresso Avaliação satisfatória do desempenho profissional do usuário, realizada por profissional da Qualificação Para o Trabalho, que encaminhará o candidato para a empresa, juntamente com sua avaliação. Este Eixo é monitorado pela Terapeuta Ocupacional e pela Assistência Social, que acompanham a pessoa com deficiência intelectual e múltipla na empresa empregadora, participando e orientando o setor de 19 recursos humanos no processo de seleção, treinamento e avaliação de desempenho, quando necessário. Atividades realizadas Encaminhamento de 04 usuários para o mercado de trabalho, após conclusão da etapa de Qualificação Para o Trabalho; Acompanhamento de 05 empresas (Linx, Seculus, Milplan Engenharia, Estrata Engenharia e Grupo Aterpa) em visita ao Programa para conhecerem os usuários e o trabalho desenvolvido nas oficinas, pela Terapeuta Ocupacional e pela Assistente Social; Monitoramento e avaliação pela Terapeuta Ocupacional e pela Assistente Social, dos 10 usuários participantes do APAE JÚNIOR e dos 10 usuários que participaram da Qualificação Externa na empresa Gerencial Brasil / SENAC, com o objetivo de qualificar mão de obra para o mercado de trabalho; Orientação e acompanhamento dos usuários que foram encaminhados para o trabalho nas empresas, feitos pela terapeuta ocupacional e pela assistente social; Levantamento de vagas nas empresas parceiras para possível inserção do usuário no trabalho, realizado pela Assistência Social e pela Terapeuta Ocupacional; Visitas às empresas para avaliação de possíveis funções e adaptações necessárias para inserção do usuário na atividade, realizadas pela Assistência Social e pela Terapeuta Ocupacional; Realização de 10 entrevistas com as famílias para preenchimento da Anamnese Social, demonstrando indicadores importantes para o conhecimento do núcleo familiar, favorecendo o trabalho com o usuário e com sua família; Realização de análise das atividades para busca da função mais adequada ao perfil do usuário nas empresas parceiras, realizada pela Terapeuta Ocupacional. Resultados Desenvolvimento significativo na aprendizagem dos usuários, através das áreas de conhecimento trabalhadas dentro das oficinas de atividades práticas, contemplando assim a integralidade das ações; Envolvimento das famílias no processo de inserção do usuário no trabalho, levando a mesma a ser corresponsável pelo sucesso profissional de seu filho; Inserção de 55 usuários com deficiência intelectual no mercado de trabalho, nas seguintes empresas: Supermercado Super Nosso, Supermercado Sales, Supermercados BH, Supermercado EPA, Supermercado Carrefour, FUNDEP – Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, Hotel IBIS, Restaurante Maria das Tranças, Casa & Tinta, Centauro Esportes, McDonald’s, Hotel Formule1, Transportadora Pássaro Verde, Spec Engenharia, Condomínio Morro do Chapéu, Luíza Barcelos Calçados, Cinto de Segurança, Colégio Coleguium, Gerencial Brasil, SENAC, AmBev, Droga Raia, Hospital Life Center, C&A, Cinemark, Milplan Engenharia. D - PROGRAMA EDUCAÇÃO PARA E PELO LAZER Descrição do Programa Este programa visa proporcionar aos participantes com deficiência intelectual e múltipla, seja ele, jovem, adulto ou em processo de envelhecimento, vivências sociais e culturais, bem como desenvolver, através da arte e do esporte, competências, habilidades, autonomia e atitudes para a melhoria da aprendizagem, qualidade de vida e exercício da cidadania. Este trabalho tem como principal objetivo garantir o início de uma trajetória de descobertas, transformação da vida e despertar de sensibilidade através de novos olhares 20 e pensamentos referentes às pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Também visa contribuir para a resignificação de pensamentos, conceitos e atitudes da sociedade que acabam por reforçar a idéia de que a deficiência intelectual e múltipla é uma condição definitiva de incapacidade e de infantilidade. Público alvo Nas oficinas: Jovens, adultos e pessoas com deficiência intelectual e múltipla em processo de envelhecimento, que necessitam de apoios extensivos e generalizados, com conclusão do ensino fundamental. Nos grupos artísticos: usuários com deficiência intelectual e múltipla a partir dos 14 anos de idade, que tenham habilidades e interesse em participar dos grupos artísticos oferecidos (coral e percussão). Recursos humanos 01 gerente, 01 professor de música, 01 professor de percussão, 01 pedagoga, 01 educador social 01 assistente social Abrangência territorial: Pessoas com deficiência intelectual e múltipla advindas de todas as regionais de Belo Horizonte. Objetivos Desenvolver habilidades gerais proporcionando aprendizagens significativas que ampliem o conhecimento em relação a si mesmo e ao mundo à sua volta, promovendo a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida pessoal e familiar de forma ativa e criativa; Desenvolver competências, habilidades e atitudes para favorecer a inclusão social e o exercício da cidadania com a inserção no cenário artístico e cultural da comunidade e de outros programas dentro da instituição, contribuindo para a compreensão e descoberta de diversas possibilidades de lazer através de momentos de descontração, aprendizagem e diversão. Despertar a criatividade e estimular a autoexpressão, possibilitando o desenvolvimento de potencialidades e o estímulo do pensamento artístico, ampliando a autonomia e independência da pessoa com deficiência através do deu desenvolvimento global, respeitando sempre seus limites e possibilidades, concentrando sempre nas oportunidades. Metodologia O Programa Educação Para e Pelo Lazer é constituído de oficinas e grupos artísticos voltados para o ensino, aprendizagem e vivência da arte e da cultura, incluindo observação, experimentação, criação, orientação, aulas teóricas e práticas, atividades de lazer e apresentações artísticas, priorizando a descoberta de valores, atitudes, e conhecimentos em várias áreas. Oficinas: São realizadas de 2ª a 6ª feira, das 7:30 às 11:30 e das 13:00 às 17:00 horas, com a participação de 73 usuários. 21 Grupos artísticos: São realizados às 6ª feiras das 9:30 às 11:30 e das 15:00 às 17:00 horas, com a participação de 90 usuários. Atividades desenvolvidas nas oficinas Oficina de animação cognitiva, lúdica e comunicativa Esta Oficina é realizada na Ambiência Bem Viver e desenvolve atividades de vivências e iniciação em artes manuais e esportivas, com o objetivo de dar acesso e estimular os participantes a observar, experimentar e explorar diversos materiais e técnicas artísticas e esportivas simples, bem como, interagir com algumas atividades recreativas e culturais da comunidade, buscando sempre identificar e valorizar o conhecimento prévio, a tolerância e o desejo de cada pessoa. Esta oficina é ministrada pelos professores de educação física e de música Atividades desenvolvidas Estimulação vocal, exercícios de comunicação e linguagem; conscientização auditiva, experimentação de timbres de instrumentos musicais, jogo de interpretação com fantoche e jogo da memória, criação de histórias a partir de objetos diversos, dinâmicas e brincadeiras, apreciação e interpretação de filmes e apreciação de vídeos das aulas. Oficina de dança e expressão e corporal Realizada na Ambiência Corpo e Movimento, esta oficina proporciona a aprendizagem através de jogos, brincadeiras rítmicas e atividades corporais, explorando possibilidades para o desenvolvimento do potencial criativo, artístico e esportivo. Esta oficina é ministrada pelos professores de educação física e de dança. Atividades desenvolvidas esquema corporal, alongamento e expressão corporal; relaxamento e exercício de respiração; brincadeiras e jogos rítmicos; iniciação e experimentação de atividades esportivas; experimentação e manipulação de instrumentos; Oficina de Capoeira e ginástica rítmica; Oficinas e grupos de dança, música e teatro; Atividade sensorial motora. Oficina comunitária e atividades da vida diária e prática Realizada na Ambiência Vivências, esta oficina compreende atividades de interação familiar e comunitária, buscando enfatizar o ensino e a aprendizagem ligada à experiência e vivência do aluno em relação a questões culturais, sociais e intersubjetivas, apontando para a aprendizagem significativa de formação do cidadão. Ministrada pelos professores de educação física e de percussão, poderão participar desta oficina alunos e seus familiares e pessoas da comunidade. Atividades desenvolvidas Prática de atividade físico social; Estimulação da independência, da responsabilidade e da autonomia; Incentivar os hábitos de auto-cuidado, alimentação saudável, cuidados com a saúde e lazer; Resgate da identidade, autoestima e comunicação social; Entendimento das regras sociais e atitudes de respeito e cortesia 22 Resultados qualitativos Interesse dos participantes das oficinas em experimentar, explorar e aprender; Desenvolvimento do potencial criativo e das habilidades socioeducativas; Interação, participação e demonstração de confiança por parte das famílias; Encaminhamento de três alunos das oficinas para os grupos artísticos; Estudo fotoetnográfico das atividades realizadas nas oficinas. Resultados quantitativos 50% dos usuários apresentaram boa evolução e foram encaminhados para os grupos artísticos (coral e bateria); 50% dos usuários apresentaram evolução nos aspectos de desenvoltura, autoestima, autoconfiança, comunicação e iniciativa; 75% dos usuários obtiveram melhora na interação com o ambiente, com os educadores e com os colegas; 80% dos usuários melhoraram o comportamento; 70% dos usuários aumentaram de forma significativa sua capacidade de aprendizagem em contextos informais. Grupos Artísticos Os grupos artísticos da APAE-BH se dedicam ao aprofundamento e aperfeiçoamento artístico, estruturados em modelo de grupos com focos em dança, música, teatro e percussão. Formados por 90 frequentadores distribuídos em músicos (percussionistas e cantores), atores e dançarinos com deficiência intelectual e múltipla e por pessoas da comunidade. Atividades desenvolvidas Coral “Vozes da APAE” Desenvolve com os alunos a capacidade de vocalização e afinação; habilidade rítmica e melódica; pronúncia, articulação e dicção; percepção harmônica e afinação; aumento do vocabulário e linguagem; interpretação e improvisação, utilizando os seguintes exercícios: vocalização e afinação; habilidade rítmica e melódica; pronúncia articulação e dicção; percepção harmônica e afinação; interpretação e improvisação. Grupo de Dança “Expressão e Movimento” Desenvolve com os alunos a flexibilidade, o equilíbrio e a postura; conscientização e desenvoltura corporal; estética e criatividade; capacidade rítmica e expressiva; técnica de dança. Ritmos trabalhados Dança contemporânea Cirandas Dança Afrobrasileira 23 Percussão Popular e Bateria APAETUCADA Desenvolvem com os alunos o conhecimento e interesse por instrumentos percussivos; habilidade rítmica e coordenação motora; acompanhamento melódico e percepção melódica; reprodução e produção sonora; reparo e cuidados com instrumentos. Ritmos trabalhados Marcha Rancho, Marchinha Baião Valsa Percussão corporal Fanfarra Samba Olodum Funk Congado Cantigas folclóricas Atividades desenvolvidas Conhecimento e interesse por instrumentos percussivos; Treino de ritmos e coordenação motora; Exercícios de acompanhamento melódico e percepção melódica; Reprodução e produção sonora; Reparo e cuidados com instrumentos Resultados qualitativos Visita ao Mineirão; Apreciação de filmes em salas de Cinema e de peças em salas de teatro; Participação em eventos em praças e no Parque Municipal; Participação na Festa à Fantasia. Resultados quantitativos 75% dos usuários compreendem e reproduzem os ritmos musicais como: altura, dinâmica, intensidade, velocidade e ritmo; 30% dos usuários têm capacidade de assimilar propostas mais elaboras realizando processos criativos; 45% dos usuários conseguem acompanhar grupos profissionais (bateria e coral) como músico ou cantor de apoio; 80 % apresentam melhora na pronúncia e dicção; 95 % apresentaram melhora na autoestima e autoconfiança. Período de realização das atividades: de fevereiro a dezembro, com apresentações previamente agendadas aos sábados e domingos. 24 2 - PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL - ALTA COMPLEXIDADE – Serviço de Acolhimento Institucional Para Pessoas com Deficiência Recursos financeiros utilizados nas ações dos programas de proteção especial de alta complexidade: R$1.144.540,00 (um milhão, cento e quarenta e quatro mil, quinhentos e quarenta reais) A - PROGRAMA CASA LAR Descrição do programa O Programa Casa Lar, desenvolvido pela Apae de Belo Horizonte desde de 1997 em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, oferece acolhimento para 58 moradores com deficiência intelectual da extinta FEBEM. É um programa que se preocupa com o sujeito, sua singularidade, história, cultura e vida cotidiana, favorecendo o seu protagonismo, sua autonomia e a sua inclusão comunitária. O Programa possui 09 casas lares que funcionam em dois modelos: 1º) 08 Casas Lares cujos moradores apresentam deficiência intelectual e múltipla e requerem apoios extensivos e generalizados e, para atender a esta demanda, é necessária a participação constante e efetiva de funcionários – Mães/Pais Sociais e auxiliares. 2º) 01 Casa Lar Supervisionada, onde residem quatro moradoras que apresentam parcial autonomia e independência nas suas atividades rotineiras e, por isso, não necessitam de apoio de uma Mãe Social, mas de orientações e supervisão da equipe técnica da instituição. Recursos humanos: 01 gerente, 01 assistente social, 01 enfermeira, 01 administrador, 01 motorista, 01 psicólogo, 10 pais/mães sociais, 18 auxiliares, 01 psiquiatra. Público alvo: 55 pessoas com deficiência intelectual e múltiplas vítimas de abandono e/ou sem referência familiar, advindas da extinta FEBEM – MG e encaminhadas pelo poder público. Abrangência territorial: Pessoas advindas da extinta FEBEM-MG, encaminhadas ao Programa Casa Lar pelo poder público. Atividades realizadas Orientação e acompanhamento, feito pela equipe técnica, do trabalho realizado pelas mães/pais sociais e auxiliares; Reuniões com os funcionários para pactuar metas e esclarecer dúvidas; Capacitação das mães/pais sociais, auxiliares e equipe técnica sobre o Método Teacch para implementação nas Casas Lares que possuem moradores autistas; 25 Elaboração e implementação do “Programa de Economia de Fichas - PEF”, pela equipe técnica em conjunto com mães/pais sociais, com o objetivo de realizar mudanças de comportamento que favoreçam o convívio diário. Este programa funciona como um sistema monetário local e pode ser considerado como um programa motivacional. Após um bom comportamento, que acontece através de combinados, o morador pode ser premiado; logo, as chances de tais ações se repetirem em situações futuras aumentam de forma considerável. Após elaboração do PEF, foram selecionados os moradores e pactuadas suas metas, respeitando o perfil de cada um. Participação das mães/pais sociais nas reuniões dos programas da APAE e em outros equipamentos da comunidade, onde estão inseridos os respectivos moradores; Elaboração de relatórios semestrais de cada morador, solicitados pelo Ministério Público e pelo Juizado da Infância e Juventude; Organização de prontuários de cada morador, contendo todos os relatórios, exames, e documentações atualizados e em local de fácil acesso; Atualização e manutenção dos prontuários, com as informações referentes aos moradores e acompanhamento das intervenções de saúde; Desenvolvimento de ações de prevenção de saúde com os moradores; Elaboração e execução do Plano de Ação para o Projeto Equipar da SEDESE – Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas Gerais, visando à troca de móveis e eletrodomésticos das 9 Casas Lares; Elaboração, pela nutricionista, do Manual de Boas Práticas, contendo informações sobre recebimento e armazenamento de alimentos, fluxogramas de compras, POP’s – Procedimentos Operacionais Padrão, Higiene alimentos, utensílios, equipamentos, ambiental; Elaboração, pela nutricionista, do Manual de Orientações Nutricionais, contendo informações sobre alimentos permitidos e proibidos em algumas situações (dieta laxativa, constipante, hipertensão arterial, diabetes, etc); Organização da equipe técnica para realizar atividades culturais e de lazer com todos os moradores; Articulação da equipe técnica com os equipamentos públicos de saúde, educação e assistência social nas comunidades onde as casas estão inseridas. Aprofundamento de discussão com a SEDESE, em relação a uma nova proposta para 14 moradores do programa, com transtorno mental grave que necessitam de atendimento e acompanhamento da saúde mental; Manutenção da estrutura física das casas; Acompanhamento, pela assistente social, dos recursos financeiros e materiais consumidos nas casas; Visitas regulares nas Casas Lares, acompanhando diretamente o planejamento financeiro, controle de estoque, evitando desperdícios e o acúmulo de produtos, controlando gastos e evitando a falta de produtos nas Casas Lares. Resultados qualitativos Bom relacionamento com a equipe, resultando em discussões e condutas pertinentes no que diz respeito aos moradores; Participação dos profissionais nas reuniões, demonstrando interesse em aprimorar seus conhecimentos e competências; Planejamento e estruturação das atividades diárias para os moradores com transtorno do espectro de autismo com melhora em relação à organização de tempo, espaço e comunicação; Diminuição das intervenções com apoio físico dos moradores que apresentam auto ou heteroagressão; Melhora significativa das moradoras inseridas no programa de economia de fichas, quanto ao relacionamento com os funcionários da APAE, principalmente com a mãe social e discreta melhora no relacionamento com as demais moradoras da casa. Percebese melhora, também, em relação ao comportamento diário, como pedir licença, dizer bom dia, entender o melhor momento para ir a determinados lugares, etc. Discreta melhora quanto à disposição para cumprir suas tarefas no lar com mais responsabilidade. As moradoras estão mais organizadas e auxiliando em algumas tarefas e apresentam discreta melhora quanto aos hábitos alimentares (com dicas verbais, passaram a se alimentarem com menos rapidez). Apresentaram melhora quanto às 26 atividades de autocuidado e na forma de se comunicar, redução na frequência de comportamentos de autoagressividade e heteroagressividade, ocorrendo apenas em casos de frustração grave. Maior adesão das mães sociais às orientações nutricionais; Avaliação fonoaudiológica dos moradores, sendo observadas as seguintes alterações: dificuldades nos movimentos de língua, principalmente a lateralização e elevação; fraqueza na execução da tosse e processo de envelhecimento dos moradores em relação à linguagem e também às funções estomatognáticas (mastigação, deglutição, fala). Resultados quantitativos Gráfico 1 : Número de relatórios solicitados Gráfico 2 : Perfil Nutricional Geral dos moradores de Casa Lar, com idade maior ou igual a 18 anos Perfil Nutricional dos Moradores de Casa Lar da APAEBH, com idade maior ou igual a 18 anos, ano de 2013. 23 25 20 15 10 5 0 11 I II II O be sid a de de G G ra u ra u ra u G ad e sid a O be sid 3 1 I pe so br e O be Eu tró u G ra za G ra M ag re za fic o I II u II I u G ra M ag re 4 So 2 0 za M ag re 5 Classificação Perfil Nutricional dos Moradores de Casa Lar da APAEBH, com idade maior ou igual a 18 anos,ano de 2013. 6% 2% 0% 4 % 10% Magreza Grau III Magreza Grau II 8% Magreza Grau I Eutrófico 22% Sobrepes o Obes idade Grau I 48% Obes idade Grau II Obes idade Grau III Gráfico 3: Perfil nutricional em percentual dos moradores com idade inferior a 18 anos 27 Perfil Nutricional dos moradores de Casa Lar da APAE-BH, com idade inferior a 18 anos, no ano de 2013. 0; 0% 1; 20% Desnutrição Pregressa 1; 20% Desnutrição Crônica 0; 0% Eutrófico Sobrepeso Obesidade 3; 60% Gráfico 4: Perfil nutricional em números absolutos Perfil Nutricional dos moradores de Casa Lar da APAE-BH, com idade inferior a 18 anos, ano de 2013. 3 Série1 1 0 Sobrepeso Eutrófico Desnutriçã o Crônica 0 Obesidade 1 Desnutriçã o Pregressa 4 3 2 1 0 Gráfico 5 – Articulação com a Rede Socioassistencial Fonte: Programa Casa Lar – Serviço Social/2013 Gráfico 6 – Demandas do Serviço Social Fonte: Programa Casa Lar – Serviço Social/2013 28 II - AÇÕES DE DEFESA DE DIREITOS AGÊNCIA JURÍDICA Descrição do programa Tem como objetivo geral promover a defesa e garantia de direitos da pessoa com deficiência intelectual e de seus familiares, buscando, também, conscientizá-los e orientá-los sobre seus direitos e deveres, e apoiá-los na busca de soluções de conflitos, de modo a fortalecer a cidadania e a inclusão social. Recursos humanos 1 advogada, 1 psicólogo, 1 assistente social. Público Alvo: Pessoas com deficiência intelectual e múltipla atendidas pela instituição e seus familiares. Abrangência territorial: município de Belo Horizonte. Atividades desenvolvidas: Atendimento individual de pais e responsáveis legais pelos usuários da Apae de Belo Horizonte, com o propósito de ouvir e esclarecer suas dúvidas, dificuldades e sugerir orientações; Ajuizamento e acompanhamento, de forma prioritária, das demandas judiciais e extrajudiciais, que envolvem diretamente a pessoa com deficiência; Atendimento de usuários e de seus familiares para esclarecer dúvidas e propor orientações sobre questões não relacionadas à deficiência; Divulgação dos serviços disponíveis na Agência Jurídica junto aos gerentes e coordenadores da entidade e por meio de afixação de cartazes nos murais institucionais; Participação, duas vezes ao mês, nas Rodas de Conversa, estratégia educativa desenvolvida pelo eixo de Apoio à Família, apresentando de forma didática as legislações e programas de governo e esclarecendo quais os requisitos e meios de garantir o acesso a eles; Temas abordados nas participações em Rodas de Conversa: Direitos e deveres previstos no Código de Defesa do Consumidor; Acesso ao Plano de Benefícios da Previdência Social; Direitos e deveres no contrato de aluguel; Lei Maria da Penha (violência doméstica); Indenização por danos morais e materiais; Direitos e deveres de vizinhança. Participação no XII Congresso da Rede Mineira das Apaes, promovido pela Federação das Apaes do Estado de Minas Gerais, apresentando o trabalho intitulado “A Agência Jurídica facilitando a participação da família da pessoa com deficiência intelectual: uma proposta de tecnologia assistiva”, que mostrou aos participantes uma nova estratégia de atuação da Agência Jurídica, adotada pela Apae de Belo Horizonte, de modo a alcançar o maior número de usuários e respectivos familiares quanto à divulgação, orientação e defesa de direitos, bem como empoderamento enquanto cidadãos. Resultados qualitativos Em razão das atividades desenvolvidas pela Agência Jurídica em 2013 foi possível observar que ao longo do ano houve uma constante e crescente procura dos usuários pelos atendimentos individuais, tornando a Agência Jurídica um ponto de referência da família na busca de solução de conflitos, dúvidas e orientações. O aumento da procura pelos atendimentos individuais pode ser atribuído a dois fatores: ao contato estabelecido pela advogada com as famílias, através das Rodas de Conversa, quando foram tratados diferentes temas jurídicos que, de alguma forma, instigaram-nas a buscar soluções para 29 seus conflitos e orientações, inclusive em caráter preventivo, e, também, ao estreitamento da Agência Jurídica com os profissionais de outros setores da entidade que, conscientes do trabalho desenvolvido pela Agência Jurídica, passaram a indicar este serviço aos usuários e familiares e a pedir a participação da advogada nas discussões de diversos casos. Nos encontros das Rodas de Conversa, as famílias foram receptivas aos conteúdos em discussão, interagiram com a advogada, colocaram as suas opiniões, trouxeram suas experiências e, inclusive, sugeriram temas para outros encontros. A interação da Agência Jurídica com os demais Programas da Apae de Belo Horizonte foi importante inclusive para acionar a rede de serviços municipais, dialogar com os profissionais envolvidos e discutir negativas ou inércia na prestação de serviços públicos pelo Município de Belo Horizonte, podendo citar como exemplos o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e o Setor de entrega de medicação da Prefeitura que não acompanhavam a contento alguns usuários da Apae de Belo Horizonte. Os resultados das pesquisas de monitoramento e avaliação, desenvolvida por gerência específica da Apae de Belo Horizonte, mostram que das atividades desenvolvidas no Eixo de Apoio à Família, no 1º semestre de 2013, a Agência Jurídica teve 11% de procura pelas mães entrevistadas, sendo a segunda atividade mais procurada. No 2º semestre do mesmo ano, esta Agência teve 13,4% de procura e, dentre as atividades listadas na pesquisa, passou a ser a primeira mais procurada pelas entrevistadas. Resultados quantitativos 79 (setenta e nove) famílias atendidas individualmente pela advogada da Agência Jurídica; 31 (trinta e um) processos foram ajuizados, sendo: 15 (quinze) processos de curatela, 1 (um) processo de violência doméstica, 4 (quatro) processos de pensão alimentícia, 2 (dois) processos de regulamentação de visita, 2 (dois) processos de guarda, 1 (um) processo de indenização por danos morais, 2 (dois) processos de concessão de gratuidade no transporte coletivo municipal, 1 (um) processo de inventário, 1 (um) inquérito policial, 1 (um) processo de anulação de contrato bancário, 1 (um) processo de isenção tributária na aquisição de veículo. Assim, podemos inferir que as famílias dos usuários da Apae de Belo Horizonte utilizam e têm demonstrado satisfação em relação aos serviços prestados pela Agência Jurídica. III - AÇÕES DE APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO INCLUSIVA Descrição do programa O programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva corresponde ao conjunto de ações, procedimentos e estratégias especializadas dentro do espaço escolar mantido pela APAE de Belo Horizonte, tendo em vista a garantia do percurso escolar e a aprendizagem efetiva dos alunos com idade a partir de 06 anos e que, pela demanda das famílias e avaliação da equipe multidimensional da APAE, seja indicado para a Escola Especial. A Escola Especial Oficina Sofia Antipoff é uma entidade educativa, pertencente ao sistema regular de ensino, credenciada/autorizada sob a portaria nº 232/2003 de 15/03/2003, sendo sua mantenedora a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Belo Horizonte – APAE-BH. 30 Recursos humanos Da área Administrativa 02 Gerentes 03 Supervisores pedagógicos 01 Secretário Escolar 01 Auxiliar de Secretaria ( Somente no primeiro semestre) 06 Monitores 02 Ajudantes de Sala 01 Assistente Social Da área pedagógica 03 supervisores pedagógicos 02 professores de aula especializada 02 professores no laboratório de informática – atividade complementar 28 professores regentes de turma 12 professores regência de aulas – Título Precário Do Programa de Promoção da Saúde 02 Fonoaudiólogos 01 Fisioterapeuta 01 Nutricionista 02 Terapeutas Ocupacionais 02 Psicólogo 01 Auxiliar de dentista Público alvo Pessoas com deficiência intelectual e múltipla que necessitam de apoios extensivos e generalizados, com idade mínima de 06 anos para os anos iniciais do ensino fundamental e com idade igual ou acima de 15 anos para EJA anos iniciais e finais. Capacidade de atendimento 180 alunos com deficiência intelectual e múltipla que necessitam de apoios extensivos e generalizados Abrangência territorial: todas as regionais de Belo Horizonte e região metropolitana. Recursos financeiros utilizados: R$681.176,66 Da Organização da Escola As turmas foram organizadas em Ciclos de Aprendizagem conforme descrito abaixo: Ciclo de Aprendizagem Inicial 1º Ano – 1 turma 2º Ano – 2 turmas Ciclo de Aprendizagem Intermediário 2º Ciclo – 1 turma 3º Ciclo – 6 turmas Educação de Jovens e Adultos – Anos Iniciais 31 1º Período – 1 turma 2º Período – 2 turmas Educação de Jovens e Adultos – Anos Finais: 1º, 2º e 3º períodos 2º Período – 12 turmas Proposta Pedagógica Em 2013, a Escola Oficina Sofia Antipoff deu continuidade à proposta pedagógica iniciada em 2012, que teve como ponto de partida a Pedagogia de Projetos. A estratégia de projetos se consolidou como uma possibilidade de reorganização das ações educativas para o público com deficiência intelectual e múltipla, uma vez que funcionou como ponto de encontro entre o currículo formal e as demandas educacionais reais do aluno e/ou da turma. Através da pedagogia de projetos, outras estratégias de intervenção pedagógica, como a Metodologia TEACCH e a Comunicação Alternativa, dialogam ampliando as possibilidades de aprendizagem para o alunato da escola da APAE. Foi objetivo da Escola em 2013, sistematizar as ações pedagógicas articuladas com a proposta de “projetos”, tendo em vista a natureza da educação especial, assim como criar dispositivos de interação das ações pedagógicas, com os pais. Em relação à Educação de Jovens e Adultos, foi mantida a metodologia de oficinas práticas de bijuteria, sorveteria, padaria, artes visuais e artesanato para o desenvolvimento dos conteúdos acadêmicos. Toda a proposta pedagógica na Escola Especial da APAE tem como objetivo o desenvolvimento integral do sujeito com deficiência, considerando os espaços de realização das atividades, as metodologias e a interação com outros programas da instituição. Atividades desenvolvidas Estruturação do esquema de “projetos” em todas as turmas dos anos iniciais; Supervisão da equipe pedagógica, colaboração no planejamento e pedagogia de Projetos ; Formação continuada de professores; Colaboração na sistematização do relatório trimestral de avaliação do desenvolvimento do aluno; Coordenação da execução de 06 oficinas de Materiais Reciclados e de Comunicação Alternativa com pais dos alunos; Orientação na reorganização do currículo escolar – anos iniciais Realização de 05 reuniões com pais, sendo 3 trimestrais; Apresentação de trabalho pelos professores e supervisores no Congresso Mineiro das APAES; Aplicação da 1ª Oficina de Comunicação Alternativa Capacitação da equipe da escola sobre a Metodologia TEACCH, com carga horária de 40 horas. 32 Participações Vídeo Conferência: projeto Organização da Educação de Jovens e Adultos – Anos Finais nas Escolas Especiais, na Superintendência – Metropolitana A; Seminário de Comunicação Alternativa, em Gramado; Fórum Mineiro de Autogestão, Autodefesa e Família; Fórum Regional de Autogestão, Autodefesa e Família com o tema “Tecnologias Assistivas promovendo o desenvolvimento da pessoa com deficiência intelectual e múltipla” - APAE BH; Curso sobre Autismo, ministrado pela Equipe PAIS – APAE BH; Programa de Treinamento de Pais, em parceria com a UFMG; Curso de Avaliação em Autismo; Curso de Treinamento no Modelo Educacional da AMA – São Paulo; Resultados qualitativos Podemos concluir que o ano de 2013 representou um ano de bons resultados para a Escola Oficina Sofia Antipoff, sobretudo naquilo que nos propusemos a intensificar, ou seja, a comunicação. A Escola pode contar, novamente, com o apoio dos profissionais dos diversos programas que prestaram apoio à equipe pedagógica. A Pedagogia de Projetos se consolidou como dispositivo organizador de todo o processo pedagógico, ao passo que torna a prática flexível aos alunos. A partir daí, iniciamos o que está proposto como Comunidades de Aprendizagem, ação que torna a prática ainda mais flexível no sentido de atender os alunos para além das formalidades estruturais. As conquistas na aquisição de habilidades de comunicação foram muito significativas no âmbito da escola. Muitos recursos e dispositivos foram criados para que os alunos pudessem, de fato, se comunicar ou se empoderar de mecanismos que os fizessem se expressar mais e melhor. A Escola conseguiu, em 2013, se apropriar de uma ferramenta de avaliação funcional, que registra os avanços dos alunos na perspectiva dos profissionais e também da família, de maneira a visualizar mais claramente as áreas potenciais e apontar os desafios da escola para o ano subsequente. A proposta para o ano letivo de 2014, conforme definido pela equipe, é continuar a abordagem da Linguagem, com vistas à comunicação. Isto significa que trabalharemos para que os alunos consigam desenvolver sua própria maneira de emitir informações subjetivas, com vistas à elaboração de estratégias, recursos e materiais que viabilizem sua comunicação efetiva. Maior apropriação dos professores em relação à EJA Anos Finais; Maior exatidão no desenvolvimento do relatório trimestral dos alunos. Resultados quantitativos Para avaliação, tanto dos pais como dos profissionais, são consideradas as seguintes habilidades: a) Em relação à HABILIDADE INTELECTUAL No primeiro trimestre de 2012: Dos pais entrevistados pela Gerência deste Programa, apenas 12% consideraram que seus filhos alcançaram algum avanço na habilidade intelectual; enquanto que os 33 profissionais, após avaliação de todos os alunos, consideraram que 45% deles tinham avançado. No primeiro trimestre de 2013: Dos pais entrevistados, 12,5% consideraram que seus filhos alcançaram algum avanço; enquanto que após avaliarem todos os alunos, os profissionais consideraram que 62,7% deles tinham avançado. b) Em relação à HABILIDADE COMPORTAMENTAL No primeiro trimestre de 2012: A avaliação dos pais entrevistados apontou que 25% dos alunos obtiveram algum avanço nesta área, enquanto que na avaliação dos profissionais a porcentagem é de 58,6%. c) Em relação á HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO No primeiro trimestre de 2012: Dos pais entrevistados, 7% observaram avanço em seus filhos e os profissionais avaliaram que 27% dos alunos conseguiram avançar. No primeiro trimestre de 2013: O gráfico de avaliação dos pais entrevistados apontou que 15% dos alunos obtiveram êxito nesta área, contra 57,9% apontados pela avaliação dos profissionais. Conclusão A partir dos dados comparativos apresentados constatou-se que entre o ano de 2012 e 2013, obtivemos resultados positivos com os alunos, na concepção dos pais e dos profissionais. Isto significa que os recursos, estratégias, materiais e a proposta pedagógica têm sido eficazes na aquisição de habilidades pelos alunos, ampliando suas possibilidades de apreensão e aprendizagem. IV – AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Descrição do Programa O Programa Promoção da Saúde tem como objetivo promover a saúde da pessoa com deficiência intelectual e múltipla em seu ciclo de vida, a sua capacidade funcional e desempenho humano, contribuindo para sua inclusão social e prevenindo agravos que determinam o surgimento de deficiências. As principais diretrizes deste programa são a promoção da qualidade de vida, a prevenção de deficiências, a atenção integral à saúde com ações de habilitação e reabilitação e capacitação de recursos humanos. Recursos humanos 01 Assistente social 03 Fisioterapeutas 34 04 Fonoaudiólogas 01 Psicólogo 02 Terapeutas Ocupacionais 02 Dentistas 05 Auxiliares de consultório dentário 01 Auxiliar administrativo Público alvo Pessoas com deficiência intelectual, múltipla e/ou autismo desde o nascimento até a idade adulta e crianças, desde o nascimento, que se encontram em situação de risco devido à prematuridade e vulnerabilidade social, prevenindo o desenvolvimento de deficiências. Atividades Desenvolvidas a) Assistência Social Este serviço abrange diversas ações, tais como: realizar a acolhida, a escuta da família, o estudo socioeconômico, as visitas domiciliares, o monitoramento e o acompanhamento dos atendidos pela instituição e suas famílias, a orientação, articulação e encaminhamentos para outros serviços da rede (CRAS, CREAS, Postos de saúde, INSS, BHTRANS, dentre outros), orientação psicossocial e sócio-jurídica, defesa de direitos, articulação com os serviços de outras políticas públicas, articulações interinstitucionais com o sistema de garantia de direitos, elaboração de relatórios, mobilização para o exercício da cidadania e o estímulo ao convívio familiar e comunitário. Resultados Acolhimento: ampliação do acesso aos serviços e benefícios sociais que possibilitem o cuidado dos usuários e das suas famílias, assim como a rede de proteção social governamental e não governamental, garantindo a continuidade no trabalho da assistência social. Encaminhamentos para Benefícios Sociais: 67 famílias Triagem: avaliação inicial para definição do público e cadastro de pessoas com deficiência intelectual que desejam ser inseridas em algum dos programas oferecidos pela APAE de Belo Horizonte. Número de pessoas com deficiência intelectual admitidas nos programas da Apae: 13 pessoas na Escola 09 pessoas no Programa Educação Para e Pelo Lazer 07 pessoas no Programa Trabalho, Emprego e Renda 07 pessoas encaminhadas para os serviços da Prefeitura de Belo Horizonte 07 pessoas para o Programa Promoção da Saúde 41 pessoas aguardando vaga Anamnese social: Compreensão da realidade socioeconômica, desvendando as questões sociais, reforçando a importância da participação da família na instituição, na comunidade e trabalhando os determinantes sociais. Plano de Atendimento Familiar - PAF: Planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas com 79 famílias, contendo objetivos, estratégias e metas, considerando o perfil, vulnerabilidades e as potencialidades de cada família. 35 Visitas domiciliares: Realização de 17 visitas domiciliares para conhecimento das condições de vida do usuário, garantindo a aproximação da instituição com a realidade do mesmo. Acompanhamento dos usuários faltosos: Redução da reincidência de faltas aos atendimentos de reabilitação oferecidos pela Clínica Intervir da APAE-BH e, principalmente, maior comprometimento das famílias com o tratamento de reabilitação. b) Avaliação Multidimensional Realizada pela equipe multidisciplinar, esta avaliação é pautada em estudos e critérios científicos, propondo a intervenção e a indicação dos apoios necessários à pessoa com deficiência intelectual e múltipla no que se refere à funcionalidade em seu ciclo de vida, visando à prevenção do agravo da deficiência e o favorecimento de competências sociais para sua autonomia e independência. Resultados qualitativos Organização da “porta de entrada” para admissão nos programas e serviços da APAE BH. Maior conscientização das famílias no que se refere aos serviços oferecidos aos seus filhos, bem como as normas de funcionamento da instituição. Troca de informações relacionadas aos usuários, definindo o programa e a conduta mais adequada à necessidade daquele usuário. Construção do Plano Terapêutico Individual – PTI para início do tratamento. Resultados quantitativos 60 usuários admitidos pelo convênio SUS 31 usuários admitidos em gratuidade c) Intervenção Precoce Atendimento de 56 crianças/mês, desde o seu nascimento até os 03 anos de idade, que se encontrem em situação de risco de desenvolvimento de deficiência, pela vulnerabilidade social e que apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor devido a síndromes neurológicas e/ou genéticas. Os atendimentos acontecem 2 ou 3 vezes por semana nas seguintes especialidades: fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia. Resultados qualitativos Disponibilização de maior número de vagas para Intervenção, junto ao SUS. Aumento no número de encaminhamento de usuários pelo SUS. Famílias mais participativas com utilização do protocolo de reavaliação semestral, COPM, avaliação de desempenho ocupacional. Prevenção de agravos, melhora no prognóstico e qualidade de vida das pessoas com deficiência; Atuação intersetorial e sistêmica para atender às necessidades do usuário. Resultados quantitativos 43 usuários atendidos pelo convênio SUS 1.548 atendimentos no SUS 36 d) Reabilitação/habilitação Ações de Atenção Integral à Saúde As ações de reabilitação/habilitação visam favorecer o desenvolvimento das capacidades e habilidades sociais, cognitivas e motoras que promovem a autonomia, independência, participação social e melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência. Resultados qualitativos Utilização da COPM – Canadian Occupational Performance Measure (Medida Canadense de Desempenho Ocupacional), protocolo de avaliação do desempenho ocupacional do usuário e de satisfação da família, para atender a suas expectativas no que se refere ao autocuidado, produtividade e lazer. Maior envolvimento da família, através da aplicação do protocolo da COPM, favorecendo o desenvolvimento de habilidades essenciais para a autonomia e o desenvolvimento integral do usuário. Atendimento das necessidades específicas do usuário e enfoque nas novas demandas apresentadas pela família e observadas pela equipe durante o processo de reabilitação, no que se refere a sua autonomia, vida social, sexual, trabalho e lazer. Aumento da força muscular global, auxiliando na realização de atividades como transferências, ortostatismo ou marcha. Melhor organização das funções de sucção, mastigação e deglutição dos alimentos. Desenvolvimento do usuário nos aspectos cognitivo e de linguagem. Maior autonomia do usuário nas AVDs. Prescrição ou confecção de adaptações individual ou do ambiente. Sistema musculoesquelético: prevenção de complicações como contraturas e deformidades articulares e ósseas. Resultados quantitativos 180 usuários atendidos pelo convênio SUS 07 usuários atendidos em gratuidade 140 atendimentos pelo SUS 44 atendimentos em gratuidade e) Disfagia Atendimento implantado pela equipe especializada de Fonoaudiologia e Fisioterapia Respiratória com o objetivo de minimizar aspirações respiratórias durante alimentação. Resultados qualitativos: Melhora do quadro respiratório, minimizando acúmulo de secreção, 37 Ganho da força de tosse, permitindo uma resposta satisfatória em relação à oferta do alimento. Dificuldade das famílias em aceitar o prognóstico e outra via de alimentação para o filho, tornando o quadro clínico dos usuários instável e progressivo quanto à deglutição. Oferta do alimento em diferentes consistências para melhorar a qualidade da alimentação. Resultados quantitativos 03 usuários atendidos pelo SUS 66 atendimentos pelo SUS f) Qualidade de Vida Programa multidisciplinar com estratégias terapêuticas objetivas e integradas, visando intervenção com as famílias através de orientações e mudanças nas rotinas e preparando, tanto a família quanto o usuário, para a alta da reabilitação. Resultados 4 pacientes receberam alta, sendo acompanhados pelos Centros de Saúde de Referência. 08 usuários atendidos pelo SUS 264 atendimentos pelo SUS g) Programa de autismo e inclusão social – PAIS Capacitação de 15 profissionais de diversos programas da instituição, “Transtorno do Espectro Autista na Perspectiva Educacional”, com carga horária de 40 horas. h) Fisioterapia Respiratória Este atendimento é realizado de forma individualizada e utiliza estratégias, meios e técnicas de avaliação e tratamento não invasivos, com o objetivo de otimizar o transporte de oxigênio, prevenir ou minimizar disfunções cardiorrespiratórias, promovendo funcionalidade e qualidade de vida. O público atendido é formado por pacientes com diagnóstico de deficiência intelectual, múltipla e/ou autismo com quadro de Disfunção Respiratória Sistêmica. Resultados qualitativos Melhora do aporte de oxigênio, preparação para retirada da traqueostomia, redução do índice de hospitalizações, prevenção ou minimização de disfunções cardiorrespiratórias, promoção de funcionalidade e melhor qualidade de vida. Resultados quantitativos 28 usuários atendidos pelo SUS 1.057 atendimentos pelo SUS i) Prevenção e Atenção Básica de Saúde 38 No serviço de Prevenção e Atenção Básica de Saúde são oferecidos atendimentos de Nutrição, Odontologia, Psiquiatria e Pediatria, com o objetivo de promover os cuidados básicos da saúde e dar atenção integral à saúde das pessoas com deficiência intelectual e múltipla e/ou com autismo, visando à produção de efeitos mais positivos na prevenção de doenças, na reabilitação e no bem estar do indivíduo. Nutrição: serviço realizado pela nutricionista, com acompanhamento dos usuários para promover a mudança de hábitos através da educação nutricional. Resultado qualitativo Melhora da conscientização de hábitos alimentares e de vida mais saudáveis, através da educação nutricional, favorecendo o controle do açúcar, a ingestão hídrica, a atividade física e a redução do sobrepeso. Resultado quantitativo: 301 atendimentos em gratuidade. Odontologia: Através do convênio com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, são oferecidos atendimento clínico odontológico, atividades de atenção secundária e prevenção para os usuários da instituição e as PNEs – Pessoas com Necessidades Especiais, encaminhados pelo SUS – BH, através de programas de escovação, aplicação de flúor, capacitação e orientação dos familiares e, sempre que possível, promovendo a autonomia do usuário. Resultados qualitativos Redução do tempo de tratamento do usuário; Redução do número de encaminhamentos de usuários para anestesia geral; Agilidade para realização de risco cirúrgico (HOB); Maior conscientização de pais, alunos e professores sobre a importância da saúde bucal, através de palestras. Resultados quantitativos 1.461 usuários atendidos na Odontologia, encaminhados pela Central de Marcação de Consultas do Município de Belo Horizonte 499 usuários atendidos pela APAE BH 4.073 procedimentos realizados 569 aplicações de flúor 573 sessões de escovação Confecção de 32 porta-escovas de dente Confecção de 10 porta-escovas de dente individuais Medicina: O serviço de pediatria oferecido pela APAE de Belo Horizonte tem como proposta a avaliação dos usuários com a finalidade de identificar e intervir nos problemas clínicos e outros eventuais, favorecendo o desenvolvimento integral do usuário com mais qualidade de vida e orientação à família. O pediatra realiza encaminhamentos para outras especialidades e elabora relatórios para benefícios sociais. Resultados qualitativos A partir do acompanhamento clínico dos usuários é possível evitar e/ou minimizar agravos, devidos à vulnerabilidade nos acometimentos comuns da infância e adolescência. 39 Orientações às famílias na busca dos tratamentos necessários aos filho, bem como o acesso aos benefícios sociais. Resultado quantitativo 96 usuários atendidos em gratuidade j) Ações Integradas de Saúde na Escola Oficina Sofia Antipoff Os profissionais da saúde acompanham e orientam os educadores nas atividades pedagógicas, sociais, físicas, lúdicas e da vida diária e prática, considerando as necessidades e especificidades individuais dos usuários. Resultados qualitativos Os usuários apresentaram discreta melhora quanto à interação com o ambiente (com as atividades e com a figura da professora) e engajamento nas propostas de atividades. Maior domínio das professoras em relação ao método, facilitando a evolução dos alunos. Alguns alunos apresentaram evolução significativa após uso de comunicação alternativa, utilizando o PECS (Picture Exchange Communication System). Com o acompanhamento dos alunos no refeitório, alguns apresentaram melhora no padrão mastigatório. Maior utilização da agenda Teacch e execução dos comandos sinalizados. Redução da ocorrência de comportamentos inadequados (heteroagressivos, autolesivos, etc.). Maior participação dos pais, estendendo as orientações ao ambiente doméstico. Resultados quantitativos 29 usuários atendidos em gratuidade 328 atendimentos k) Ações Integradas de Saúde nas Oficinas Terapêuticas Nessas oficinas são desenvolvidas habilidades de vida diária, habilidades sociais e intelectuais, com acompanhamento e orientação dos profissionais da saúde para os instrutores de oficinas durante o desenvolvimento das atividades, visando melhora do desempenho funcional dos aprendizes, o desenvolvimento de suas habilidades laborais e a sua possível inclusão no mercado de trabalho. Resultados qualitativos Melhora da compreensão de regras e limites pelo usuário. Adoção de postura mais adequada durante a realização das oficinas. Maior iniciativa dos usuários para participarem das atividades e expressarem seus pensamentos. Melhora no relacionamento entre os colegas. Melhora das habilidades comunicativas através da expressão oral ou da comunicação alternativa. Inclusão no mercado de trabalho. 40 Resultados quantitativos 55 usuários atendidos pelo SUS 2.465 atendimentos realizados nas oficinas l) Projetos Desenvolvidos PRONAS/PCD - Programa Nacional de Apoio e Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência Participação na elaboração do Projeto de Reforma e ampliação da Clínica Intervir para acréscimo dos atendimentos de reabilitação, aquisição de mobiliários e equipamentos, e do Projeto Mais Reabilitação, com a capacitação da equipe de saúde e implantação do tratamento Pedia Suit. Resultado: O Ministério da Saúde deu parecer favorável para execução do projeto, para início em 2014. SERDI II – Serviços Especializados de Reabilitação em Deficiência Intelectual da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência do SUS/MG Apresentação da proposta técnica para habilitação em SERDI II, unidade de abrangência microrregional. Convênios Convênio com o SMSA/SUS-BH – Reabilitação e Saúde Bucal. Estágios Curriculares: Convênio com a UFMG – Terapia Ocupacional: 40hs semanais. Convênio com a FAMINAS – Terapia Ocupacional: início mar/2013 – 16hs semanais. Apresentação da instituição e da organização dos serviços de saúde aos estagiários pelo setor de Comunicação e pela Gerência de Promoção da Saúde. Residência em Terapia Ocupacional e Odontologia, em parceria com o Hospital Municipal Odilon Behrens. Parcerias Sistema Integrado de Gestão das Apaes - SIGA Este Sistema criado pela Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais promove o intercâmbio de gestores e de profissionais envolvidos com boas práticas de gestão na Rede Apae. Neste Sistema, as Apaes abrem suas portas para as demais conhecerem sua estrutura, funcionamento e organização de serviços, promovendo o intercâmbio de informações sobre eficiência nas práticas de gestão. Trata-se de um instrumento de apoio prático de capacitação que os Conselheiros e Consultores Técnicos Regionais e Estaduais podem utilizar para orientar as Apaes que desejam aperfeiçoar seus programas e serviços. Atualmente, a Apae-BH participa do SIGA com os seguintes serviços: Avaliação Multidimensional e Serviço de Controle e Avaliação. 41 Resultado qualitativo: Capacitação das equipes de Saúde das APAEs Divinópolis, Neopomuceno, Liberdade e Barbacena. m) Estudo Técnico-Científico Participação no II Fórum Mineiro de Autogestão Autodefesa e Família e no XII Congresso da Rede Mineira das Apaes, com 10 profissionais inscritos; Apresentação dos trabalhos de Avaliação Multidimensional e Controle e Avaliação no II Fórum Mineiro de Autogestão Autodefesa e Família e no XII Congresso da Rede Mineira das Apaes; Organização de estudo em reuniões de equipe semanais; Capacitação em reabilitação virtual através da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais; Projeto para aquisição de equipamentos PediaSuit e capacitação de profissionais para utilização dos mesmos; Capacitação dos profissionais da saúde sobre a aplicação do Protocolo de COPM, ministrado pela Coordenadora de Estágio da FAMINAS – Faculdade de Minas. V – AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE INSTITUCIONAL A – COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CAPTAÇÃO DE RECURSOS E COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL Descrição das atividades A Coordenação de Planejamento Estratégico elabora e executa estratégicas com metas bem definidas, visando à estabilidade financeira da instituição utilizando ferramentas que divulgam o trabalho realizado pela entidade e fortalecem sua imagem junto ao público externo. Além disso, esta Coordenação envolve o público interno no desenvolvimento de suas ações, busca parceiros e arrecada recursos financeiros. Equipe: 1 coordenador, 1 gerente da Central de Doações, 1 técnica em Comunicação, 1 vendedora do Bazar Ponto Chic, 8 operadoras de telemarketing 7 motoqueiros. Atividades desenvolvidas 1. Central de Doações Foram realizadas as seguintes ações: divulgação, pelo telefone, do trabalho realizado pela instituição e de seus eventos, venda de bilhetes da Campanha Apae Noel, tanto para os doadores como para a comunidade de Belo Horizonte. Atualmente, há cerca de 10.000 doadores, sendo classificados como mensais e esporádicos. As doações financeiras feitas à APAE-BH foram realizadas das seguintes formas: 42 por meio da nossa Central de Doações, com recolhimento efetuado por mensageiro/motoqueiro da instituição; por meio de depósito bancário; por meio da conta de energia elétrica – CEMIG. Resultados Financeiros Em 2013, a Central de Doações arrecadou a importância de R$ 1.683.241,94 (um milhão, seiscentos e oitenta e três mil, duzentos e quarenta e um reais e noventa e quatro centavos); Venda de 2.934 bilhetes da Campanha APAE NOEL, sorteio de prêmios pela Loteria Federal promovido anualmente pela Federação Nacional das APAEs, totalizando R$ 23.472,00 (vinte e três mil, quatrocentos e setenta e dois reais). 2. Comunicação Institucional A Comunicação Institucional tem por responsabilidade acompanhar, registrar e divulgar todas as ações realizadas pela entidade. Atividades desenvolvidas Gerenciamento do Site da Apae de Belo Horizonte O Movimento Apaeano é o maior da categoria na América Latina e o segundo maior do mundo. O Projeto Apae em Rede reúne a Federação Nacional, 26 federações estaduais e todas as Apaes do Brasil que aderiram a ele e todo o trabalho desenvolvido em cada entidade filiada é divulgado em seus respectivos sites. O portal eletrônico da Apae-BH tem uma média de 6.000 visitas mensais, com pessoas do mundo inteiro e tem sido referência para empresas que buscam parcerias e informações sobre o trabalho realizado com a pessoa com deficiência intelectual e múltipla. Além de divulgar os serviços prestados pela APAE-BH, o site é utilizado para prestar contas de suas ações e atividades financeiras de forma transparente. Gerenciamento do Facebook da Apae de Belo Horizonte Atualmente o facebook da Apae tem 8.800 seguidores e é uma importante ferramenta de divulgação dos trabalhos realizados pela instituição e uma forma rápida e eficiente de contato direto com todos os que simpatizam com a causa. Apoio à campanha de doações da Apae-BH Foram realizadas campanhas com empresas para coleta de doações diversas. Cobertura de eventos Acompanhamento dos eventos para elaborar matéria para o site, release e registro de fotos. 3. Coordenação e apoio ao Bazar Ponto Chic O Bazar Ponto Chic é uma das formas de arrecadação de recursos financeiros, e um canal de divulgação dos produtos confeccionados pela instituição. Este setor conta com uma costureira que produz peças para comercialização. 43 Em 2013, o Bazar teve uma renda bruta de aproximadamente R$36.000,00 (trinta e seis mil reais). Resultados Em 2013, o Bazar Ponto Chic contou com parceiros que contribuíram de forma expressiva para o alcance de resultado: Servas, Rede Hotéis Arcor, Instituto Ativa Brasil, Jornal do Buritis,Escola Galileu Galilei, Hospital Belo Horizonte, Coven Confecções, Rede Minas, J. Chebly, Colégio Loyola, Casa Mais Construtora e STA Engenharia. 4. Eventos Durante o ano de 2013 foram realizados o Festival de Sorvete, o Macarrão com Samba, a Festa Junina e o Festival de Pizza, que tiveram como objetivo o levantamento de recursos financeiros, alcançando uma arrecadação total de R$40.000,00 (quarenta mil reais). Para realização desses eventos contamos com importantes parcerias, tais como: Guinness Pizza, Come Lanches e Krug Bier. Fatores que contribuíram para o aumento da captação de recursos: divulgação externa do trabalho; endomarketing (mobilização para envolvimento dos funcionários); presença nas redes sociais; monitoramento de metas de arrecadação mensal; acompanhamento diário das vendas do Bazar Ponto Chic; realização de campanhas para captação de doações; credibilidade da marca APAE; parcerias com empresas. 5. Projetos elaborados e aprovados PRONAS/PCD – Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência – Mais Reabilitação e Reforma da Clínica Intervir FURNAS – Aquecimento solar da piscina da instituição Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais – Aquisição de um veículo tipo Pick-Up B – COORDENADORIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA 1. RECEITAS E DESPESAS EFETIVAS COMPARATIVO DOS GASTOS EFETIVOS DO TRIÊNIO 2011 A 2013 Este estudo faz uma comparação entre os gastos efetivos da Apae de Belo Horizonte referente ao triênio (2011-2013). O objetivo é demonstrar os gastos da gestão neste período, finalizando a série histórica, e analisando as variações das despesas. Os parâmetros foram os gastos realmente efetuados durante os 12 (doze) meses dos respectivos anos. É importante destacar que eventualmente poderá haver despesas e/ou receitas não previstas na tabela abaixo. TABELA 1 Comparativo das Despesas Fixas, Variáveis 2011, 2012 e 2013 Despesas 2011 2012 2013 44 Água e Saneamento 36.766,00 25.127,00 Alimentação 14.150,00 37.436,00 Auditoria 8.000,00 2.000,00 Cartório 1.265,00 2.363,00 Comparativo das Despesas Fixas, Variáveis 2011, 2012 e 2013 Despesas 2011 Combustíveis Correio Despesas com promoções e eventos Energia Elétrica Gás Garagem Ônibus Impressos e Materiais de escritório Limpeza – Serviço Terceirizado Manutenção de veículos Manutenção e conservação predial Materiais de Higiene e limpeza Materiais didáticos e pedagógicos Materiais para formação profissional Serviços Prestados – Pessoa Física Serviçso Prestados – Pessoa Jurídica Sistemas Informática do Tele Apae Suprimento de Caixa para Pequenas Despesas Taxas e contribuições Telefonia fixa Telefonia móvel Vestuario – Uniformes Vigilância TOTAL 2012 43.488,00 33.774,00 1.052,00 2.050,00 3.920,00 4.384,00 35.578,00 32.663,00 12.853,00 11.519,00 0,00 0,00 5.062,00 7.983,00 0,00 0,00 4.978,00 11.580,00 10.340,00 39.954,00 3.338,00 3.906,00 434,00 2.453,00 10.647,00 10.545,00 34.765,00 37.982,00 61.000,00 70.620,00 40.633,00 31.200,00 11.550,00 13.550,00 17.682,00 15.270,00 42.000,00 36.782,00 11.435,00 11.053,00 15.000,00 7.750,00 22.337,00 3.056,00 478.273,00 455.000,00 36.466,96 69.645,41 2.000,00 2.192,08 2013 30.984,05 1.594,24 6.974,80 35.683,77 15.770,18 4.800,00 10.362,56 85.822,00 4.512,00 20.545,45 14.946,00 1.654,02 15.543,84 35.876,98 64.799,84 31.020,00 14.100,00 15.510,00 36.650,60 9.964,00 0,00 4.186,22 561.605.00 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. TABELA 2 Receitas Destinadas para Pagamento da Manutenção 2013 Seguem abaixo as fontes de receitas destinadas ao pagamento das despesas fixas e variáveis do ano de 2013: RECEITAS Doações e Parcerias Sócios Contribuintes Convênio FNDE – PDDE Apae Energia (50%) Eventos Refeições Vendidas Refeitório TOTAL PREVISÃO VALOR ANUAL 365.000,00 16.000,00 11.020,00 125.000,00 40.000,00 4.585,00 561.605,00 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte Como podemos ver, algumas rubricas tiveram variações relevantes durante o triênio 2011/2013. Serão explicados agora, os porquês dessas variações, tanto para maior quanto para menor. Alimentação: Valor 2011: R$ 14.150,00 Valor 2012: R$ 37.436,00 45 Valor 2013: R$ 69.645,41 Esse aumento se verifica por várias razões: A mais relevante delas foi o término, em dezembro de 2012, da parceria entre a Apae e o Instituto Sagrada Família, que repassava R$ 3.600,00/mês, ou seja, R$ 43.200,00/ano, para a compra de alimentos e material de limpeza. E isso refletiu diretamente no ano de 2013. Eram dispensados aproximadamente 2/3 desse valor para essa rubrica. Tivemos também uma importante diminuição das doações feitas por pessoas físicas, o que ajudava bastante a instituição mensalmente. Em 2012 houve, também, um aumento significativo no gasto com alimentação devido à distribuição de lanches em reuniões e eventos internos e externos da instituição (Escola de Mães, ensaios da Banda da Diversidade, Fórum Local, etc), e do suporte realizado na alimentação/lanches em alguns cursos e reuniões da Federação das APAEs do Estado de Minas Gerais, em função do pacto de Gestão. Além das refeições e lanches distribuídos aos alunos, houve aumento do número de refeições vendidas aos funcionários e de autorizações de gratuidade de refeições para algumas mães/responsáveis. Estas autorizações são analisadas pelas assistentes sociais, de acordo com a demanda e necessidade da família. E, para finalizar, em alguns meses a doação do Banco de Alimentos da Prefeitura de Belo Horizonte foi insuficiente ou aconteceu de os produtos estarem em estado avançado de degradação tornando impossível sua conservação e utilização futura. Isto levou a instituição a aumentar a compra de hortifrutigranjeiros, sendo esta uma constante no triênio. Gráfico 1 – Alimentação 80 69,6 60 37,4 40 20 Alimentação 14,1 0 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. Manutenção dos Veículos: 2011: R$ 4.978,00 2012: R$ 11.580,00 2013: R$ 4.512,20 Em 2012 o motivo desse aumento considerável na manutenção dos veículos foi o desgaste natural dos mesmos (alguns com mais de 10 anos de uso). No final do ano, buscou-se resolver o problema renovando a frota, vendendo os veículos mais antigos e ficando apenas com os mais novos para, assim, diminuir os gastos. Como resultado desta ação, no ano de 2013 houve uma diminuição de aproximadamente 61% no valor gasto para manutenção a frota da Apae, como podemos observar no gráfico abaixo: 46 Gráfico 2 – Manutenção de Veículos 15 11,5 10 4,9 5 Manutenção Veículos 4,5 0 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. Manutenção e Conservação Predial: 2011: R$ 10.340,00 2012: R$ 39.954,00 2013: R$ 20.545,45 Em 2012, um dos principais motivos para esse aumento foi a transferência do setor administrativo-financeiro, da presidência e da superintendência para o prédio onde o funcionamento seria mais funcional e adequado. Gastou-se com toda a estrutura física, como divisórias, rebaixamento do teto em PVC, reestruturação dos cabeamentos de internet, pontos de rede e telefonia. Além disso, uma das principais buscas da gestão em 2012, foi justamente deixar a Apae-BH mais apresentável, bem cuidada e com sua manutenção feita de forma periódica. Para isso houve gasto com reformas e benfeitorias em todos os prédios. Em 2013, ainda foram necessários gastos significativos da ordem de R$ 20.000,00 para, praticamente, terminar o que foi iniciado em 2012 e manter todas as instalações e dependências funcionando perfeitamente. A tendência dessa rubrica é que seu valor diminua constantemente, uma vez que fica muito mais barato trabalhar com prevenção do que com correção. Gráfico 3- Manutenção e Conservação Predial 50 40 30 Manut. Predial 20 10 0 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. Água e Saneamento: 2011: R$ 36.766,00 2012: R$ 25.127,00 2013: R$ 36.466,96 47 Em 2012, comparativamente com 2011, a Apae conseguiu reduzir essa rubrica em aproximadamente 32%, devido a um grande esforço coletivo de conscientização do uso da água na entidade, tanto no dia a dia, quanto na limpeza do prédio, evitando-se o desperdício. Já em 2013 esse valor voltou a subir praticamente na mesma proporção que diminuiu no ano anterior, devido a um vazamento no sistema de aquecimento solar da piscina. A maior dificuldade para se descobrir este problema, foi a localização do mesmo: um cano com uma pequena rachadura sobre o telhado, que impossibilitava sua visualização imediata. Gráfico 5 – Água e Saneamento 40 30 20 Água/Saneamento 10 0 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. Auditoria: 2011: R$ 8.000,00 2012: R$ 2.000,00 2013: R$ 2.000,00 Em 2013, manteve-se a redução de aproximadamente 75% nessa rubrica. Continuou-se com a mesma empresa de auditoria independente, mantendo-se sempre o foco na qualidade e confiabilidade no processo. Gráfico 6 – Auditoria 10 8 6 Auditoria 4 2 0 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. Combustível: 2011: R$ 43.488,00 2012: R$ 33.774,00 2013: R$ 30.984,05 Em 2012, comparativamente a 2011, houve uma redução de aproximadamente 22% nessa rubrica porque a Apae trabalhou com uma quantidade de veículos mais adequada à sua estrutura. Em 2013, se conseguiu nova diminuição nesta rubrica, um pouco menor desta vez, na ordem de 8,2%. É importante ressaltar que no final de 2013 a frota da Apae foi aumentada com um micro48 ônibus, adquirido com recursos da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Assim, a entidade tem, hoje, um veículo de passeio e um utilitário Kombi para o transporte dos moradores das Casas Lares, que a instituição já possuía, além do micro-ônibus. Gráfico 7 – Combustível 50 40 30 Combustível 20 10 0 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. Despesas com Vigilância Patrimonial: 2011: R$ 22.337,00 2012: R$ 3.073,00 2013: R$ 4.183,00 Desde o início do triênio, essa rubrica tem sido uma das maiores economias da Apae-BH. Em meados de 2011, a Apae de Belo Horizonte adotou um novo, moderno e mais barato sistema de vigilância. Deixou-se de contratar a vigilância presencial, que custava aproximadamente R$ 6.000,00 ao mês, ou seja, R$ 72.000,00 ao ano, e se adotou a vigilância eletrônica, através de sensores de movimento. Em 2012 com todos os equipamentos e cabeamentos já realizados, o custo desse sistema de vigilância caiu aproximadamente 86% em relação ao ano anterior. Em 2013 houve um pequeno aumento nessa rubrica, da ordem de R$ 1.000,00, até mesmo por uma depreciação normal dos equipamentos, exigindo a troca de alguns sensores. Esse foi um grande acerto na gestão, gerando uma economia muito significativa. Gráfico 8 - Vigilância Patrimonial 25 20 15 Vigilância 10 5 0 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. Vestuário – Uniformes 2011: R$ 15.000,00 2012: R$ 7.750,00 2013: R$ 0,00 49 O valor dessa rubrica diminuiu periodicamente porque no ano de 2011 foi feita uma grande compra de uniformes, principalmente para os alunos. Em 2012 terminou esse pagamento e foram repostos alguns uniformes dos funcionários, principalmente do refeitório, até por ser uma determinação da Vigilância Sanitária do município de Belo Horizonte. Em 2013, essa compra dos anos anteriores supriu a necessidade de novos investimentos com estes materiais. Gráfico 9 – Vestuário – Uniformes 20 15 10 Uniformes 5 0 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. Sistemas de Informática 2011: R$ 40.633,00 2012: R$ 31.200,00 2013: R$ 31.200,00 Em 2012 foi feita uma reestruturação nos sistemas de informática, principalmente no Tele Apae, onde se conseguiu baratear os contratos com os fornecedores já existentes e, inclusive, diminuir o número de empresas prestadoras de serviço, reduzindo em aproximadamente 23% essa rubrica. Em 2013 as despesas com sistemas de informática se mantiveram nos mesmos patamares porque as empresas e os contratos de manutenção não sofreram alterações. Gráfico 10 – Sistema de Informática 50 40 30 Sist. Informática 20 10 0 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte. Material de Higiene e Limpeza 2011: R$ 3.338,00 2012: R$ 3.906,00 2013: R$ 14.946,00 Como dito anteriormente, a Apae perdeu o convênio com o Instituto Sagrada Família, que financiava praticamente toda a despesa da entidade com essa rubrica. Os valores gastos em 2013, praticamente triplicaram e ultrapassaram, em muito, os valores dos anos anteriores. Mas 50 ainda assim, a Apae conseguiu absorver esse aumento, não deixando cair a qualidade nem a quantidade de produtos para seu funcionamento. Gráfico 11- Material de Higiene e Limpeza 20 15 10 Hig/Limpeza 5 0 2011 2012 2013 FOLHA DE PAGAMENTO Em 2013, as despesas com pessoal ficaram na ordem de R$ 231.815,68 ao mês, totalizando aproximadamente R$ 2.781.788,19 ao ano. Nesse valor estão incluídos o pagamento dos salários, décimo terceiro, férias, plano de saúde, vales transporte, serviço de consultoria e dissídio coletivo (calculado em 6% pela média histórica). O que se observa é um aumento constante na folha de pagamento, mas não pelo aumento no número de contratações de funcionários, e sim pelo dissídio coletivo que eleva a mesma em aproximadamente R$ 105.000,00 ao ano. Tabela 3 Despesas com Folha de Pagamento - Apae 2011 x 2012 x 2013 Rubrica Folha de Pagamento (13º, Férias, Impostos, Dissídio) Plano de Saúde Vale Alimentação Vale Transporte TOTAL 2011 2.264.596,01 84.304,99 90.976,00 116.123,00 2.556.000,00 2012 2.370.032,19 85.304,25 91.540,00 117.123,56 2.664.000,00 2013 2.474.032,19 86.196,00 103.560,00 118.000,00 2.781.788,19 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte Tabela 4 Receitas Destinadas para Folha Pagamento 2013 RECEITAS Tele Apae SUS Casa Lar Apae Energia Apae Noel TOTAL VALOR ANUAL 1.683.241,94 318.113,38 503.432,87 240.000,00 37.000,00 2.781.788,19 Fonte: Financeiro/contábil da Apae de Belo Horizonte Conforme pode ser observado, as despesas com folha de pagamento no ano de 2013 foram maiores que 2012 em R$ 117.788,19. Isso se deve, principalmente, ao dissídio coletivo que encareceu a folha de pagamento em aproximadamente em R$ 8.000,00 ao mês. Durante todo o triênio, uma das maiores dificuldades da Apae-BH foi justamente encontrar formas de aumentar suas receitas numa proporção no mínimo igual ao valor vinculado do dissídio, uma vez 51 que a instituição não tem como repassar esse aumento e, por conseguinte, tem que absorver essa despesa anualmente. Com relação aos benefícios, plano de saúde, vale alimentação e vale transporte os patamares ficaram praticamente iguais em comparação com o ano anterior. O plano de saúde permaneceu no mesmo patamar de desconto e os vales transporte tiveram um reajuste pequeno no início do ano. Gráfico 10 Gastos com Folha de Pagamento 2011 x 2012 x 2013 3.000.000,00 2.500.000,00 2.000.000,00 Folha 2011 1.500.000,00 Folha 2012 1.000.000,00 Folha 2013 500.000,00 0,00 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte Gráfico 11 Gastos com Benefícios 2011 x 2012 x 2013 120.000,00 100.000,00 80.000,00 Plano de Saúde 60.000,00 Vale Alimentação 40.000,00 Vale Transporte 20.000,00 0,00 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte CASA LAR Os valores para as despesas de 2013 foram mantidas na ordem de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para o pagamento das contas de água, luz e telefone das nove Casas Lares gerenciadas pela ApaeBH e R$ 70.000,00 (setenta mil reais) para o pagamento dos alugueis. Em 2013 as receitas do recebimento do BPC se mantiveram na ordem de R$ 340.000,00 (trezentos e quarenta mil reais). É importante ressaltar que, para 2013, ainda foi necessária uma reserva de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para assegurar o pagamento da folha nos meses de janeiro, fevereiro e março. Para 2014, isso não será necessário, uma vez que a SEDESE-Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas Gerais, responsável pelo repasse dos recursos, reorganizou as 52 datas base de repasse, deixando-as quadrimestrais, solucionando esse problema crônico de todo início de ano. Na tabela 2, abaixo, demonstramos essas despesas. Tabela 2 Despesas Água, Luz, Telefone Aluguéis Reserva para Folha Pagamento Total 2011 62.043,00 43.224,24 84.504,00 189.771,35 2012 55.412,92 49.907,64 150.000,00 255.320,56 2013 58.183,57 53.401,17 150.000,00 261.584,74 Fonte: Financeiro/Contábil – Apae de Belo Horizonte Como se pode ver na tabela acima, os gastos com água, luz e telefone das Casas Lares tiveram um aumento de aproximadamente 5%. Os aluguéis sofrem reajustes anuais na faixa de 7%, o que faz com que essa rubrica aumente anualmente. Um ponto que merece atenção é com relação às contas de água, que ainda apresentam aumentos esporádicos, devido na maioria das vezes a vazamentos originados pelo desgaste natural das instalações hidráulicas. Gráfico 12 Gastos Efetivos Água, Luz, Telefone, Aluguéis, Reserva 2011 x 2012 x 2013. 160.000,00 140.000,00 120.000,00 100.000,00 80.000,00 60.000,00 40.000,00 20.000,00 0,00 Água, Luz, Telefone Aluguéis Reserva Folha Pgto 2011 2012 2013 Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte Em seguida, na tabela 3, demonstramos os gastos com medicamentos, alimentação, suprimento de caixa, apoio aos trabalhadores, combustível e manutenção das Casas Lares, em 2011, 2012 e 2013. Tabela 3 Despesas Medicamentos Alimentação Suprimento de Caixa Repasse Financeiro a moradores para despesas pessoais Combustível Manutenção TOTAL 2011 36.546,96 79.676.16 57.600,00 14.400,00 6.543,21 135.233.67 330.000,00 2012 59.271,84 99.877,50 57.600,00 14.400,00 10.967,52 97.883,14 340.000,00 2013 62.827,94 107.867,70 57.600,00 14.400,00 11.625,57 85.678,79 340.000,00 Fonte: Financeiro/contábil: Apae de Belo Horizonte Os gastos com medicamentos e alimentação aumentaram praticamente na mesma proporção da inflação: aproximadamente 6% ao ano. A quantidade de medicamentos comprados em 2013 53 permaneceu muito próxima à de 2012. Esta situação se deve à falta constante dos medicamentos nos postos de saúde da rede municipal, onde deveriam ser fornecidos de forma gratuita. E, por nossos usuários fazerem uso contínuo desses medicamentos, a APAE-BH é obrigada a arcar com essa despesa. Além disso, há as compras urgentes para suprir as necessidades imediatas das Casas Lares. A alimentação teve um aumento de 8%, superando, inclusive, a média da inflação de acordo com IPC (Índice de Preços ao Consumidor). O fluxo adotado no final de 2012, o sistema de “reposição de estoque pela diferença”, foi mantido em 2013; ou seja, a compra e encaminhamento de alimentos para as Casas Lares só é feita após verificação do estoque de cada uma delas, evitando-se a escassez, o excesso e o desperdício. É importante ressaltar que, em 2013, duas Casas Lares apresentaram boa gestão e começaram a fazer suas compras de forma descentralizada, por meio de um cartão-alimentação que a mãe social utiliza para fazer as compras do mês e, após a prestação de contas à Apae-BH o cartão tem seu crédito renovado. As rubricas de suprimento de caixa e o repasse financeiro aos moradores para suas despesas pessoais não sofreram alterações nem reajustes. As despesas com combustível aumentaram, na ordem de 6%, (seis por cento). Gráfico 13 Despesas Casas Lares 2011 x 2012 x 2013 Medicamentos 140.000,00 Alimentação 120.000,00 100.000,00 Suprimento de Caixa Rep.Financeiro 80.000,00 60.000,00 40.000,00 Combustível 20.000,00 0,00 2011 2012 2013 Manutenção Fonte: Financeiro/Contábil: Apae de Belo Horizonte Conclusões Nota-se que pelos resultados, que as despesas fixas e variáveis totais de 2013 ficaram R$ 106.105,00 (cento e seis mil, cento e cinco reais) maiores que em 2012, perfazendo um total de 18,9%. Isso se deve, principalmente, ao aumento considerável nos gastos com alimentação e material de limpeza que, conforme explicado anteriormente, é devido ao cancelamento de convênios com entidades parceiras. Além disso, houve cancelamento de doação de alimentos feita por pessoas físicas, o que contribuiu ainda mais para esse processo de evolução das despesas. Tivemos, ainda, aumento no consumo de água, devido a um vazamento de difícil localização. Vale destacar que as despesas que superaram o valor orçado, em sua grande maioria se devem a investimento na área, seja para melhor atendimento dos alunos e suas famílias, ou para pequenas 54 reformas da estrutura física da instituição, tendo sempre como norte a melhoria na qualidade dos serviços prestados. Em contrapartida, algumas despesas sofreram consideráveis reduções que, a médio e longo prazos, representarão uma grande economia para a entidade. A tendência continua sendo de reduzir os custos fixos e variáveis por meio de controle mais rígido a cada ano, de conscientização dos colaboradores para evitar desperdícios e a utilização de tecnologias mais modernas e econômicas / baratas. Para tanto, a entidade deve se manter focada no controle de despesas, buscando formas de reduzir seus custos e agindo de forma inteligente, responsável e preventiva. A folha de pagamento aumentou em R$118.000,00 (cento e dezoito mil reais), devido ao dissídio coletivo anual. Manter sua receita nos patamares das suas despesas com pagamento de pessoal ainda é a maior dificuldade da Apae de Belo Horizonte. Atualmente, o Programa Casa Lar é autossustentável, com despesas e receitas bem divididas e equilibradas, após o departamento financeiro da entidade adotar rigoroso controle de todos os gastos. Acreditamos que os resultados do triênio foram muito satisfatórios. Consideramos que a Apae está mais bem cuidada, limpa, com melhorias substanciais em sua infraestrutura e em bom funcionamento dos serviços. Entretanto, ainda existem grandes desafios, como a sustentabilidade institucional, uma vez que o dissídio coletivo desarticula praticamente todas as tentativas e conquistas no sentido de se alcançar a autossuficiência financeira. É necessário um esforço coletivo no sentido de buscar, com determinação, o aumento significativo da arrecadação de recursos financeiros e a continuidade do controle e redução de gastos. VI - ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE AÇÕES Como nos anos anteriores, de 2011 e 2012, em 2013 foram realizadas, no 1º e no 2º semestres a pesquisa de satisfação do usuário, com aplicação do questionário para dar continuidade à avaliação dos serviços prestados pela APAE de Belo Horizonte, sob o ponto de vista da pessoa com deficiência intelectual e de suas famílias. A pesquisa de satisfação dos usuários é um sistema de administração de informações que, continuamente, capta a voz do usuário através da avaliação da performance da instituição a partir do seu ponto de vista. Os dados apurados são analisados, processados e os resultados são apresentados aos gestores, profissionais e familiares, gerando propostas para subsidiarem os demais instrumentos de monitoramento e avaliação, como: Plano de Desenvolvimento Individual, Avaliação de Desempenho do Profissional, Plano de Acompanhamento Familiar e o Plano de Ação da Apae. Nessas entrevistas com os usuários e seus pais/responsáveis foram avaliados os seguintes Programas: Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva – Escola Especial Sofia Antipoff, com entrevistas com as mães/pais/responsáveis e, pela primeira vez, com os próprios alunos; 55 Autogestão, Autodefesa e Família – Eixos de Apoio à Família e Escola de Formação de Autodefensores; Educação Para e Pelo Lazer; Promoção da Saúde Trabalho, Emprego e Renda. Nas primeiras entrevistas realizadas com alunos da Escola Oficina Sofia Antipoff, previamente selecionados pelos supervisores pedagógicos, foi observada grande dificuldade de comunicação entre a entrevistadora e os entrevistados, o que levou esta Gerência a buscar o apoio do diretor do Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva. Para sanar essa dificuldade foram criados recursos adaptados para Comunicação Alternativa e Aumentativa (prancha de atividades adaptadas) que pudessem facilitar a expressão e a compreensão das respostas. Além disso, ficou combinado que os supervisores pedagógicos participariam das entrevistas como facilitadores. Para enriquecer o trabalho, esta Gerência propôs que essas entrevistas fossem filmadas para que, por meio dos vídeos, pudessem ser identificadas possíveis falhas de abordagem e avaliadas a atuação dos supervisores como facilitadores, o grau de coerência entre as respostas e o comportamento dos usuários durante as entrevistas, bem como a compreensão dessas respostas expressas nos gráficos. Assim, algumas entrevistas realizadas com os alunos da Escola Oficina Sofia Antipoff, no 2º semestre de 2013, foram filmadas, editadas e, posteriormente, encaminhadas ao Gerente do Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva e à Secretaria Executiva da APAE-BH, ficando uma cópia nos arquivos desta Gerência. Outra importante utilidade dessas imagens é a oportunidade de reflexão, por parte dos educadores e especialistas do Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva, acerca dos objetivos a serem alcançados e dos resultados efetivamente obtidos junto a esses usuários. Houve, também, outra significativa alteração na estrutura de dois Programas de atendimento aos usuários da APAE-BH: a integração do Programa Envelhecimento Saudável ao Programa Educação Para e Pelo Lazer. Dessa forma, o Programa Educação Para e Pelo Lazer que contava com 16 participantes em 2012, passou a ter 73 integrantes em 2013. No quadro abaixo, apresentamos o número de pessoas entrevistadas em 2013: Programas Autogestão, Autodefesa e Apoio à Família Família Escola de Autodefensores Ações de Aprendizagem Mães/responsáveis e Educação Inclusiva Alunos Educação Para e Pelo Lazer Promoção da Saúde Trabalho Emprego e Renda Total Pessoas entrevistadas no 1º semestre 44 07 40 00 32 101 28 252 Pessoas entrevistadas no 2º semestre 15 09 12 08 22 35 13 114 Total de entrevistados em 2013 59 16 52 08 54 136 41 366 Os gráficos a seguir comparam os resultados obtidos no primeiro e no segundo semestre de 2013, separados por Programa: 1) Programa Ações de Aprendizagem e Educação Inclusiva a) Entrevistas com pais/responsáveis 56 57 58 b) Entrevistas com 8 (oito) alunos da Escola Especial Sofia Antipoff 59 60 61 2) Programa Autogestão, Autodefesa e Família a) Apoio à Família 62 63 64 b) Escola de Formação de Autodefensores 65 66 3. Programa Educação Para e Pelo Lazer 67 68 4. Programa Promoção da Saúde 69 70 71 5. Programa Trabalho, Emprego e Renda 72 73 V - CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o ano de 2013 foi feito grande esforço para que as metas estabelecidas no Plano de Ação fossem alcançadas. Este ano se caracterizou pela estruturação e qualificação dos serviços oferecidos pela APAEBH, cabendo destacar as seguintes ações: fusão do Programa Envelhecimento Saudável com o Programa de Educação Para e Pelo Lazer com o objetivo de atender os jovens e adultos que concluíram a EJA anos finais e não têm perspectiva de inserção no mercado de trabalho e para as pessoas com deficiência intelectual e múltipla em processo de envelhecimento; estabelecimento de convênio com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, com o objetivo de fortalecer e qualificar as mulheres-mães de pessoas com deficiência intelectual usuárias desta instituição, conscientizando-as a respeito da deficiência de seus filhos, da realidade que as cerca e fornecendo elementos essenciais para seu protagonismo em defesa de seus direitos; reestruturação do Programa Casa Lar com uma equipe mais comprometida com o bem-estar emocional, social e físico dos moradores das 9 casas lares; implantação do Programa de Economia de Fichas no Programa Casa Lar, obtendo resultados significativos para a melhoria da qualidade de vida dos moradores; implementação do Seminário Interno de Educação com a ampliação da participação dos pais; resultado da proposta temática de desenvolvimento da linguagem da pessoa com deficiência intelectual e múltipla possibilitando e ampliando sua comunicação no ambiente escolar e social; formação do Grupo Cultural Coletivo de Mães; aprovação do Projeto PRONAS para reforma da Clínica Intervir, ampliação dos atendimentos, aquisição de novos equipamentos e capacitação da equipe de saúde; aprovação do Projeto Equipar, pela SEDESE- Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas Gerais, para aquisição de móveis e eletrodomésticos para as Casas Lares; participação de 46 profissionais da Apae-BH no II Fórum Mineiro de Autogestão, Autodefesa e Família e XII Congresso da Rede Mineira das Apaes; apresentação de 16 trabalhos pelos profissionais da Apae-BH no II Fórum Mineiro de Autogestão, Autodefesa e Família e XII Congresso da Rede Mineira das Apaes, em mesas redondas e posters. A expectativa para 2014 é aprimorar e qualificar o trabalho, incentivando os profissionais na construção de conhecimento sobre deficiência intelectual e de pesquisa acerca de tecnologias assistivas que favoreçam a aprendizagem, a funcionalidade, a autonomia, a independência e a inclusão social deste público. Belo Horizonte, dezembro de 2013. Sérgio Sampaio Bezerra Presidente 74
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