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abril /maio 2016 APRIL/MAY 2016 INFORMATIVO DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO GOVERNO DA BAHIA uMBu, o FruTo perMITIDo a “árvore sagrada do sertão”, segundo euclides da cunha, o umbuzeiro alimenta a criação, combate doenças e ajuda no convívio com seca ao produzir doces, sucos e até cerveja. umBu, the alloWed fruit the “sacred tree of the dry wilderness sertão”, according to euclides da Cunha, the umbu tree feeds the Creation, it fights disease and helps to survive in the drought producing jams, juices and even beer. Lavra de Braúna, no município de Nordestina, semiárido da Bahia, vai produzir pedras que estão entre as cinco mais preciosas do mundo. Mine Map - export type diamonds Braúna Mining in the town of Nordestina, semiarid region of Bahia state will produce stones that are among the five most precious in the world. Leandra Santos, assistente social da Lipari leandra santos, social worker at lipari SuMÁRIO cONTENTS 6 o novo brilho do sertão Com investimentos de r$ 100 milhões a lipari vai produzir diamantes em nordestina. the new brIghtness of the dy wIlderness sertão with investments of r$ 100 million lipari will produce diamonds in nordestina. DIvULGAçãO 46 mais papel e celulose © suzano anuncia investimentos para ampliar produção de papel e celulose em mucuri. more cellulose and paper suzano announces investments to expand production of paper and cellulose at mucuri. 22 34 a indÚstria do umBu muito mais que uma umbuzada, do umbu faz-se geleia, compota e uma cerveja saborosa. the umbu fruIt Industry much more than an umbuzada, from the umbu fruit one can make the umbu jelly, jam and a tasty beer. mais pneus bridgestone firestone anuncia investimentos de r$ 262 milhões em sua fábrica no Polo industrial de Camaçari. more tIres bridgestone firestone announces investments of r $ 262 million in its plant in camaçari industrial complex. 38 moBilidade e negÓcios essencial à mobilidade urbana, o metrô também é espaço para bons negócios. mobIlIty and busIness essential to urban mobility, there is also room for good deals in the metro. 4 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios 54 polo de energia eÓlica tecsis implanta em Camaçari uma fábrica de pás e acessórios para geradores eólicos. energy wInd pole tecsis sets up blades and accessories for wind generators factory in camacari. 60 viagem ao fundo do mar Cimatec e Centro alemão constroem robô para pesquisa de petróleo em águas profundas. seabed travel cimatec and german centre build a robot to do oil researches within deep waters. 68 Bons negÓcios good business ponto de vista point of view 70 investir na bahia investing in bahia E ternos e melhores amigos da mulher, se‑ gundo a indústria do entretenimento, em Nordestina os diamantes brilham mais do que o Sol do semiárido. A mina de Braúna, da Lipari Mineração, vai aumentar em mais de seis vezes a produção brasileira. O diamante de la está entre os cinco mais cobiçados, aqui e nas lapidarias de Amsterdã. Mas o sertanejo não esquece outra “joia” regional, o umbu. A fruta, que mantem o homem e a criação nos tempos de seca, tem aplicações cada vez mais sofis‑ ticadas: umbuzada, geleia, compota e, agora, cerveja que vem lá de Uauá! Saindo do Sertão para o Litoral, o Metrô de Salvador contribui para a mobilidade urbana e abre oportunidades de bons negócios. De máquinas de autoatendimento com salgados e bebidas, a motoci‑ cletas e pizzas expressas, é emprego e renda na cidade com um dos maiores índices de desemprego do país. No Polo de Camaçari, a implantação de uma nova unidade para fabricação de pás e acessórios amplia a cadeia produtiva de equipamentos para gerar energia eólica. A Tecsis anuncia um investimento estimado em R$ 100 milhões, para gerar 1.800 empregos diretos na primeira etapa e outros 1.700 na segunda. Mais inves‑ timentos também no Extremo Sul. A Suzano Papel e Celulose anuncia cerca de R$ 1,6 bilhão para projetos que aumentam a produção em Mucuri. Em Salvador, o Senai/Cimatec constrói um robô para pesquisa de petróleo em águas profundas, capaz de mergulhar até 4 mil metros, que servirá para pesquisar, principalmente, campos do pré‑sal. O robô baiano é uma parceria com o Centro Alemão de Pesquisa para Inteligência Artificial (DFKI). Um brinde, com cerveja de umbu! Centro Administrativo da Bahia – CAB IV Avenida, 415 – Salvador – Bahia – Brasil CEP: 41.745‑002 Tels.: (71) 3115‑7816/3115‑7836 E‑mail: [email protected] www.sde.ba.gov.br Abril/Maio 2016 Semiarid Jewels E ndless and women best friends, according to the en‑ tertainment industry in Nordestina, diamonds shine brighter than the sun’s semiarid region. Braúna mine Lipari Mining will increase by more than six times the Brazilian production. This sort of diamond it is among the five most desirable here and in Amsterdam lapidaries . But the countryman does not forget another local”jewel”, umbu. A fruit that keeps man and its animal breeding in times of drought. This fruit has been used in increasingly sophisticated manners such as : umbuzada, jelly, jam, and even a beer which comes from Uauá! Leaving the wildness dry sertão towards the coast. Salvador city metro contributes to urban mobility and opens opportunities for good business. From snacks and drinks Self-service machines to motorcycles and express pizzas, it generates employment and income to the city that holds one of the highest unemployment rates in the country. In Camaçari complex, the implementation of a new unit for the manufacture of blades and accessories expands the chain equipment production to generate wind energy. The Tecsis announces an estimated investment of R $ 100 million to generate 1,800 direct jobs in the first stage and other 1,700 in the second one. More investments also in the extreme south. Suzano Papel e Celulose announces about R $ 1.6 billion to back projects which increase production in Mucuri. In Salvador, Senai / Cimatec builds a robot to search for oil in deep water, it is able to dive up to 4000 meters which will be used to research mainly presalt fields. The robot from Bahia state is a partnership with the German Research Center for Artificial Intelligence (DFKI). A toast with umbu beer! Rui Costa superintendente de promoção do investimento vice‑governador vice‑governor Paulo Guimarães governador do estado state governor Informativo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo da Bahia Newsletter by the Secretary of State for Economic Development Information © Joias do semiárido divulgação PRESENTATION apresentacão João Leão secretário de desenvolvimento econômico economic development secretary Jorge Hereda superintendente de estudos e políticas públicas secretário de comunicação social secretary of social communication fotografia André Curvello coordenação‑geral general coordination Reinaldo Sampaio Nestor Mendes Jr. superintendente de desenvolvimento de empreendimentos coordenação editorial Paulo Sérgio Ferraro reporters Ana Lúcia Andrade Fabiane Pita Bandeira Nelson Rios Pedro Carvalho Perla Ribeiro superintendent of promoting investment superintendent of studies and public policy superintendent enterprises development redação editorial coordination Alberto Freitas DRT/BA 1.180 photography ilustração illustration Osvaldo Pavanelli editoração typesetting Alan Maia Kauan Sales revisão proofreading Josias A. Andrade tradução translation Adriano Gambarini Alanete O. Fioravante Alberto Coutinho/GOVBA Cesare Santos Carol Garcia/GOVBA Elói Corrêa/GOVBA pré‑impressão e impressão Fábio Peixoto pre‑printing and printing Manu Dias/GOVBA Egba Mateus Pereira/GOVBA Pedro Moraes/GOVBA tiragem print run Ricardo Prado 10.000 exemplares 5 Bahia opportunities land good business Valter Pontes/FIEB 10,000ofcopies MINERAÇãO MININg MINERAÇãO MININg diamantes no sertao com investimentos de r$ 200 milhões, nordestina, no semi-árido Baiano, começa a produzir, em junho deste ano, diamantes a partir da extração direta da rocha, na primeira mina do gênero na américa latina. with investments of r $ 200 million, nordestina, in the semi-arid estate of bahia wil start in this coming june to produce diamonds from the direct eXtraction of the rocK. the first mine of its Kind in latin america. A por /by nestor mendes Jr. paisagem seca e poeirenta de Nor‑ destina, no sertão sisaleiro da Bahia, a 350 km de Salvador, começa a ganhar o brilho eterno dos diamantes, na pri‑ meira experiência de extração direta da rocha (fonte primária) na América Latina. Com produção estimada de 300 mil quilates/ano, a mina baiana a céu aberto de Braúna (nome de uma árvore típica da caatinga), com profundidade de 250 m e diâmetro de 340 m, vai aumentar em mais de seis vezes a produção brasileira do mineral, na casa de 46,2 mil quilates. 6 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios DiaMonDs in the Dry wilDness “sertao” oF Bahia estate. he dry and dusty landscape of the Northeast at the sisal wildness, estate of Bahia at 350 km from Salvador begins to gain the eternal brilliance of diamonds, which is the first experience of a direct extraction of the rock (primary source) in Latin America. With an estimated production of 300,000 carats / year, the open pit mine of Brauna (name of a typical dry caatinga forest tree) with a depth of 250 m and diameter of 340 m will increase by more than six times the Brazilian production of mineral which is estimated in 46,200 carats. T vANER CASAES/BAPRESS © da bahia Leandra Santos e Marcos Borges, o Bolinha, com um kimberlito da mina de diamantes da Lipari, em Nordestina A mina de Nordestina é resultado de oito anos de pesquisas e investimentos de cerca de R$ 200 milhões da Lipari Mineração — joint venture entre a Aftergut & Zonen, da Bélgica, e a Favourite Company, da China — comandada pelo geólogo canadense Kenneth W. Johnson. O tipo de diamante encontrado na região — chamada de Green Stone Belt Itapicuru — está entre os cinco mais preciosos e cobiçados do mundo. O diamante baiano será extraído de kimberlitos — rochas vulcânicas que formam o manto da terra — a cerca de 3 quilômetros da superfície. Explosões de vulcões, ocorridas há bilhões de anos, produziram os kimberlitos, que podem trazer em sua composição diamantes e/ou outras pedras preciosas, como grana‑ das e olivinas. Por meio da erosão natural do solo, os diamantes podem se soltar e chegar até aos aluviões de rios (fonte secundária). Nordestina mine is the result of eight years of research and investments of about R $ 200 million by Lipari Mining – joint venture between Aftergut & Zonen, Belgium and Favourite Company from China – led by a Canadian geologist Kenneth W. Johnson. The sort of diamond found in the area which is called Green Stone Belt Itapicuru is among of the five most precious and coveted ones in the world. Diamond from Bahia estate will be extracted from kimberlites – volcanic rocks that make up the earth’s mantle – about 3 kilometers from the surface. volcanic explosions that occurred billions of years ago produced the kimberlites, which might bring in their formation diamonds and / or other precious stones such as garnets and olivine. Through a natural soil erosion, diamonds can loose themselves and reach the rivers mudslides (secondary source). Bahia opportunities - land of good business 7 vANER CASAES/BAPRESS MINERAÇãO MININg © “a geologia do diamante é muito específica. na ocorrência da Bahia estamos falando de rochas formadas há 642 milhões de anos. ”the geology of the dIamond Is very specIfIc. at bahIa state’s event we are talkIng about rocks formed 642 mIllIon years ago. paul donattI, geÓlogo / geologist. “A geologia do diamante é muito específica. Na ocorrência da Bahia estamos falando de rochas forma‑ das há 642 milhões de anos, na era Neoproterozóica — raras na América do Sul — quando é mais comum encontrarmos formações kimberlíticas entre 80 e 220 milhões de anos”, explica o geólogo Paulo Donatti, gerente de exploração da Lipari e Ph.D em geologia de kimberlitos. baixo risCo ambiental Além do pioneirismo de ser a primeira mina de extração de diamantes kimberlíticos da América do Sul, Braúna irá utilizar alta tecnologia para obter >> diamantinas “ao contrário dos homens, os diamantes duram”. “Unlike men, the diamonds last” shirley Bass em Diamonds Are Forever, gravação do Arctic Monkeys / in Diamonds Are Forever, recording Arctic Monkeys >> “Diamond geology is very specific. In the occurrence happened in the estate of Bahia we are alluding about rocks formed there 642 million years ago in the Neoproterozoic era – rare in South America – once it is more common to find kimberlite formations between 80 and 220 million years, “explains geologist Paul Donatti from Lipari who is also Ph.D in kimberlite geology exploration manager. low enVironMental risk In addition to be the pioneer of the first mine extractioning kimberlite diamonds in South America, Braúna will use high technology in order to obtain low humidity waste in which cuts out the necessity to build tailings dams, avoiding the risk of tragedies such as the one occurred in “Barragem de Fundão” in Samarco’s mine in Minas Gerais. In Nordestina, a centrifugal decanter imported from Germany will be able to reuse 98% of the water used in the industrial processing of kimberlite. “The Recovering of the fine waste water will enable the production of low humidity waste, avoiding the production of mud, thus avoiding dams construction,” says Donatti. In addition to reducing potential environmental damage, the technology will allow them to use less © Vaner Casaes/BAPRESS em braúna não será preciso construir barragens de rejeitos In braúna there will be no need to build tailings dams resíduos com baixa umidade, o que elimina a ne‑ cessidade de construção de barragens de rejeitos, evitando‑se o risco de tragédias como a ocorrida na Barragem de Fundão, na mina da Samarco, em Minas Gerais. Em Nordestina, uma centrífuga de decantação, importada da Alemanha, será capaz de reaproveitar 98% da água utilizada no processamento industrial do kimberlito. “A recuperação da água do rejeito fino vai permitir a produção de resíduos com baixa umidade, evitando a produção de lama e, water from Itapicuru River. “The densified material still has got about 63% water. By using a centrifuge the humidity falls to 20% and the water returns to the process. Without using tailings dam and only 10 m³ / h of water pumped into the system, we will use only 2% of new water in the process, “says Bonatti. Nordestina Environment Council keeps a close eye in the implementation of this mine, especialy when comes to the to interference within the dry caatinga forest and Itapicuru river. Due to the >> diamantinas > Diamantes se formam a cerca de 150 km de profundidade, sob alta pressão. E chegam à superfície em velocidade supersônica pelo magma vulcânico. Se não, viram carvão. > O grafite (que você usa no seu lápis) e o diamante são minerais formados a partir do mesmo elemento químico: o carbono. > Diamonds form about 150 km depth under high pressure. And they come to the surface at supersonic speed by the volcanic magma. If not, they become coal. > Graphite (which you use in your pencil) and diamond are minerals formed from the same chemical element: carbon. >> Bahia opportunities - land of good business 9 © Vaner Casaes/BAPRESS mineração mining o processo de garimpagem utilizará apenas 2% de água nova The mining process will use only 2% of new water consequentemente, a construção de barragens”, diz Donatti. Além de reduzir possíveis danos ambientais, a tecnologia vai permitir que se utilize menos água do Rio Itapicuru. “O material adensado ainda tem em torno de 63% de água. Com a centrífuga, a umidade cai a 20% e a água retorna ao processo. Sem utiliza‑ ção de barragem de rejeitos e com apenas 10 m³/h de água bombeados para o sistema. Utilizaremos, portanto, apenas 2% de água nova no processo”, explica Bonatti. drought, the great dam of the river is virtually without water and the supply is made mostly through water truck pipe. Dry Caatinga Forest won the Arctic Ten years later, after investing R $ 84 million in research – 91 drill holes to a vertical depth of 350 meters, in addition to the mining and the processing of nearly 9 tons of kimberlite, in the surface as well as in the underground, – Lipari has concluded that Braúna could be realistically possible. >> diamantinas > “Blue Moon” é o diamante mais caro do mundo, leiloado em 2015, na Suíça, por US$ 48,4 milhões. O arrematante foi Joseph Lau, magnata do setor imobiliário de Hong Kong. > No cinema, o diamante sempre reluziu. E nunca brilhou tanto como em “Os Diamantes são Eternos”, na última atuação do genial Sean Connery no papel de James Bond. > “Blue Moon” is the most expensive diamond in the world, auctioned in 2015 in Switzerland, for $ 48.4 million. The winning bidder was Joseph Lau, estate magnate from Hong Kong. > In film, the diamond always shines and has never shone as much as in “Diamonds are Forever”, featuring Sean Connery in his last performance as James Bond . 10 Bahia oportunidades - terra de bons negócios >> divulgação © os diamantes são os melhores amigos das mulheres, dizia marilyn Diamonds are women’s best friends, said Marilyn O Conselho de Meio Ambiente de Nordestina está acompanhando de perto a implantação da mina, in‑ clusive quanto às interferências na caatinga e no Rio Itapicuru. Por causa da seca, a grande barragem do rio está praticamente sem água e o abastecimento é feito, em grande parte, através de carros‑pipa. Caatinga ganhou do Ártico Dez anos depois de investir R$ 84 milhões em pes‑ quisas — 91 furos de sondagem a uma profundidade vertical de 350 metros, além da lavra e processamento de quase 9 mil toneladas de kimberlito, tanto da su‑ perfície quanto subterrâneo, — a Lipari concluiu que a Braúna era viável. E antes de gastar mais de R$ 100 milhões na planta industrial, a companhia utilizou uma planta semi ‑industrial — uma mini‑mina — para fazer as amostras de grande volume, avaliação dos diamantes gerados e os estudos de viabilidade. “Os resultados foram altamente positivos. Temos a boa perspectiva de produzir, em média, 25 quilates de diamantes brutos por cada 100 toneladas de rocha. Aqui é o semi‑árido baiano, mas os investimentos são And before spending more than R $ 100 million in the industrial plant, the company used a semi-industrial plant – sort of a mini-mine to make large volume samples, evaluation of generated diamonds and feasibility studies. “The results were highly positive. We have a good prospect to produce on average 25 carats of rough diamonds per 100 tonnes of rock. We are in the semiarid Bahia estate and investments are lower and the conditions are less inhospitable than in Canada. For example there in Canada the reservations are almost in the Arctic in the middle of the ice, “says Canadian Johnson who also has lived many years in Central Africa in the middle of the “blood diamonds” from Sierra Leone. Underground Mine The estimated mine life is eight years, but Lipari can also extend mining in the central and northern parts of Brauna where studies were carried out only on the surface and not testing them on the depth of up to 250 m within the occurrences of mastic, rosemary and umbu trees. Today all production is concentrated in the southern part of the mine where braúna warehouse – B3 is placed. Preliminary studies also point to the potential of an underground mine with a poll accusing the presence Bahia opportunities - land of good business 11 infografia mina Braúna separação por meio denso (dms) Britagem secundária Fragmentação do minério com granulometria >25 <70mm. Retorna o minério para o Scrubber e Peneira na granulometria inferior a 25 mm. secondary crushing ore fragmentation with a particle size> 25 <70mm. it returns the ore to the scrubber and sieves in particle size less than 25 mm. Classificação por meio de ciclones de acordo com a densidade, separando os minerais leves dos pesados. O diamante é um mineral pesado. • Material pesado (Concentrado): Após classificação granulométrica segue para o Prédio de Recuperação Final. • Material Leve: Granulometria >10 mm vai para britagem terciária (rebritagem) e a fração < 10 mm segue para o silo de rejeito, onde é transportado por caminhões para a pilha de estéril. dense medium separation (dms) classification by means of cyclones according to the density, separating light from heavy mineral. diamond is a heavy mineral. • heavy material (concentrate): after a particle size classification it goes to the final recovery building. • light material: particle size> 10 mm goes to the tertiary crushing (re‑crushing) and the fraction <10 mm goes to the waste silo, which is transported by trucks to the waste dump. mina Perfuração, Desmonte, Escavação e Transporte: • Minério para o pátio de Estoque da Planta de Beneficiamento (Rampa de Alimentação). • Estéril para a Pilha de Estéril. mine drilling, blasting, excavation and transport: • ore to the stock yard of beneficiation plant (power ramp). • sterile to sterile stack. rampa de alimentação Alimentação da Planta de Beneficiamento (Módulo de britagem primária) Power ramp food processing plant (primary crushing module). Britagem Primária, scrubber e Peneira Fragmentação e Classificação do minério • Britagem Primária: entrega o minério com granulometria inferior a 70 mm. • Scrubber: Desagregação e lavagem do minério para liberação da fração fina (< 1mm). • Peneira: Classifica o minério. >1 <25mm vai para o silo de Alimentação do DMS. A fração >25mm vai para o britador secundário. Primary crushing, scrubber and sieve fragmentation and ore rating • primary crushing: delivery ore with a particle size less than 70 mm. • scrubber: breakdowns and ore washing to release the fine fraction (<1mm). • sieve: sorts the ore. > 1 <25mm goes to the dms power silo. the fraction> 25mm goes to the secondary crusher. Britagem terciária Recebe o material leve do DMS com granulometria >10 mm e libera o material com granulometria <10 mm para a Peneira e posteriormente para o silo do DMS. tertiary crushing receives the light material of the dms with a particle size> 10 mm and releases the material with a particle size <10 mm for the sieve and then to the dms silo. recuperação Final Recebe o concentrado classificado do DMS. Aqui o diamante é separado utilizando as máquinas de identificação de diamantes (Flow Sort). O material selecionado pelo Flow Sort é encaminhado para a picagem manual. Final recovery gets concentrated rated dms. here the diamond is separated by using the diamond identification machines (flow sort). the material selected by flow sort is routed to the manual cutting. espessador/centrífuga: Toda fração < 1 mm é enviada para classificação em ciclone, sendo que o material na fração < 0,4 mm é encaminhada para espessador e o under flow do espessador passa por um processo de desaguamento na centrífuga e então a fração sólida é encaminhada para o silo de rejeito da planta e a fração >0,4mm é peneirado e posteriormente encaminhado para o silo de rejeito. thickener/centrifuge: every fraction <1 mm is sent to cyclone classification, and the material in the fraction <0.4 mm is directed to flow under the thickener and the thickener undergoes a dewatering process in a centrifuge and then the solid fraction is forwarded to the waste silo plant and the fraction> 0.4 mm is sieved and then forwarded to the waste bin. Pilha de estéril Recebe todo o estéril da mina e rejeito da planta de beneficiamento. sterile cubicle gets all the mine barren and tailings from the processing plant. MINERAÇãO MININg mais reduzidos e as condições são bem menos inós‑ pitas do que no Canadá, por exemplo, porque lá as reservas estão quase no Ártico, no meio do gelo”, diz o canadense Johnson, que também viveu muito anos na África central, em meio aos “diamantes de sangue” de Serra Leoa. mina subterrÂnea A estimativa de vida útil da mina é de oito anos, mas a Lipari pode também estender a lavra nas partes central e norte da Braúna, onde só foram realizados estudos na superfície, sem testá‑las na profundidade de até 250 m nas ocorrências aroeira, alecrim e um‑ buzeiro. Hoje, toda a produção está concentrada na parte sul da mina, onde se encontra o depósito braúna — o B3. Estudos preliminares apontam também para o potencial de uma mina subterrânea, com uma son‑ dagem acusando presença do minério a uma profun‑ didade de 350 m. Nos dois ou três primeiros anos de operação do B3, a companhia já deverá ter o resultado dos testes geotécnicos e de viabilidade. No quinto ou sexto ano de lavra, a Lipari já precisaria iniciar o desenvolvimento da mina subterrânea, sem interrup‑ ção da produção. O prefeito de Nordestina, Wilson Araújo Matos, o Ito, diz que a entrada em operação da mina de dia‑ mantes vai mudar a realidade econômica e social de Nordestina, mas torce para que o empreendimento dure mais do que uma década. “Estamos muito es‑ perançosos, sobretudo porque os investimentos que a companhia fez são muito altos. É um sinal de que a mina de Braúna e toda região têm muito potencial”, aposta Matos. a estimativa de vida útil da mina na superfície é de oito anos the estImated useful lIfe of the mIne surface Is eIght years of ore to a depth of 350 m. In the first two or three years of B3 operation the company shall have the results of geotechnical tests and feasibility. In the fifth or sixth year of mining, Lipari would just need to begin the development of the underground mine without interrupting any on going production. The Mayor of Nordestina Mr. Wilson Araújo Matos, known as Ito, says that the diamond mine operational entry >> diamantinas > Os diamantes são mesmo eternos. só poderiam ser derretidos quando expostos a uma temperatura de 5.500oC. Ou seja: somente dentro do sol, cuja temperatura é de 5.800oC. > Os diamantes explorados no Brasil foram formados há cerca de 120 milhões de anos. na mina de Braúna, na Bahia, as ocorrências datam de 642 milhões de anos. > Diamonds really are forever. One could be melted when exposed to a temperature 5.500oC. In other words, only within the Sun in which temperature is 5.800oC. > Diamonds prospected in Brazil were formed about 120 million years. In Braúna mine in the state of Bahia, events date back to 642 million years. 14 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios >> Vaner Casaes/BAPRESS © O prefeito tem razão no seu otimismo: estudos do Governo Federal mostram que há no país, ainda não pesquisados, 1.325 ocorrências de kimberlitos ou mi‑ nerais associados, onde podem ser descobertos os depósitos primários de diamantes. Vitrines do mundo Todo o diamante nordestinense será exportado. Mensalmente, cerca de três quilos de pedras brutas sairão da mina de Braúna, através de helicóptero, para Salvador, de onde seguirão para os principais centros de lapidação de diamantes no mundo: Tel‑ Aviv, em Israel; Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Antuérpia, na Bélgica: onde se concentra 50% do mercado de diamantes brutos do mundo e 84% dos lapidados. Segundo estudos da Antwerp World Diamond Center (AWDC) há um grande potencial de crescimento das vendas de diamantes no mundo. Das famílias chi‑ nesas, 40% têm alguma joia com diamante, uma will change the economic and social reality of Nordestina and he hopes that the project lasts more than a decade. “We are very hopeful, especially because the company has made very high investments. It is a sign that Brauna mine and the whole region have a lot of potential .” Matos backs it. The mayor is right in his optimism: federal government studies show that there are within the country 1,325 occurrences of kimberlites and associated minerals yet not surveyed where primary diamond depots may be discovered. Displaying to the World Nordestina’s diamond will be exported. Every month about three kilograms of rough stones will leave Brauna mine by helicopter to Salvador which will reach the main diamond cutting centers in the world: TelAviv, Israel; Dubai, United Arab Emirates, Antwerp and Belgium which concentrates 50% of the gross world diamond market and 84% of the polished ones. According to studies of the Antwerp World Diamond Center (AWDC) there is a great potential for a growth Bahia opportunities - land of good business 15 © Vaner Casaes/BAPRESS mineração mining “A demanda de diamantes sempre será menor do que a oferta”, diz Johnson “The demand for diamonds will always be less than the supply,” says Johnson proporção muito menor do que as dos Estados Unidos e de países europeus. Até 2020, o mercado de diamantes estará aquecido. Estimativas apontam que a demanda mundial por dia‑ mantes brutos subirá da casa dos US$ 14 bilhões atuais para quase US$ 20 bilhões. O canadense Jonhson é bem otimista: “A demanda de diamantes sempre será menor do que a oferta”. in sales of diamonds in the world. Among Chinese households 40% have some jewelry with diamond. A much smaller proportion than the US and European countries. By 2020 the diamond market will be booming. Estimates suggest that the global demand for rough diamonds will rise from about US $ 14 billion today to nearly $ 20 billion. The Canadian Jonhson is quite optimistic: “The demand for diamonds will always be less than its supply.” >> diamantinas > O Ciclo do Diamante no Brasil durou cerca de 150 anos, da segunda metade do século XVIII até o final do século XIX, quando o país foi o maior produtor mundial. > Os primeiros diamantes no Brasil foram encontrados na região onde hoje fica Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, em 1725. > Diamond Cycle in Brazil lasted around 150 years, the second half of the eighteenth century until the late nineteenth century, when the country was the world’s largest producer. > The first diamonds in Brazil were found in the area where today is Diamantina in the Jequitinhonha Valley, Minas Gerais, in 1725. 16 Bahia oportunidades - terra de bons negócios >> Vaner Casaes/BAPRESS © Economia brilha em Nordestina Negócios e investimentos já começam a ser feitos no município em razão da riqueza da mina Braúna, que projeta, durante a sua vida útil, um lucro líquido de US$ 330 milhões. Business and investments already being made in the city because of the wealth of Brauna stone mine, which forecasts over its useful life is a net income of $ 330 million. A lém de multiplicar a oferta do mineral no País, a mina da Lipari vai sacudir a economia da peque‑ na Nordestina, município de tradição garimpeira e pouco menos de 14 mil habitantes e 468,8 km2, encra‑ vado no semi‑árido baiano. Além da sede, o território de Nordestina é integrado pelos povoados de Mari, Jacu, Serra Branca, Picada, Angico e Pedra D’água, além de 12 comunidades quilombolas, sendo as principais Salinas, Tanque Bonito, Poças e Bom Sucesso. Estudos geológicos mostram que as reservas locais podem chegar até a 2 milhões de quilates, com o valor de venda do diamante baiano oscilando entre US$ 275 e US$ 325 o quilate. A projeção é que a mina Braúna, durante a sua vida útil, resulte em um lucro líquido de US$ 330 milhões. Nordestina’s Economy prospers n addition to multiply the supply of the mineral in the country, Lipari mine will shake Nordestina economy, an artisanal miner tradition county with its just under 14 000 inhabitants and 468.8 km2, deeprooted in Bahia’s semiarid region. In addition to its headquarters, Nordestina is constituted by the towns of Mari, Jacu, Serra Branca, Minced, Angico and Pedra D’água, adding to this 12 indigenous “quilombo” communities; the main Salinas, Tanque Bonito, Poças and Bom Sucesso. Geological studies show that local stocks can get up to 2 million carats, with the sales value of the Bahia estate diamond ranging between $ 275 and $ 325 per carat. The forecast is that the Brauna I Bahia opportunities - land of good business 17 © Vaner Casaes/BAPRESS mineração mining Giovanni Bell: a Prefeitura deixará de ser a única grande empregadora Giovanni Bell, the City Hall will no longer be the only major employer 18 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Vaner Casaes/BAPRESS mine over its useful life results in a net profit of US $ 330 million. For the county with the mine at its peak production, there should be injected almost R $ 30 million into the economy by only two taxes – CFEM and ISS , bearing in mind the salaries of the 250 new direct jobs generated by the mine. “ When our FPM (County Participation Fund) reaches R $ 400 thousand per month, we may say we had a good month. And the City Hall with 320 effective public staff © Para o município, com a mina no seu pico de produção, devem ser injetados na economia através apenas de dois tributos — CFEM e ISS — quase R$ 30 milhões, sem contar a massa salarial repre‑ sentada pelos 250 novos empregos diretos gerados pela mina. “Quando o repasse do nosso FPM (Fundo de Participação dos Municípios) é muito bom chega, no máximo, a R$ 400 mil mensais. E a Prefeitura, com 320 funcionários públicos efetivos, deixará de ser a única grande empregadora do município, passando a dividir essa grande carga com a Lipari”, diz Giovanni Bell, secretário de Administração da Prefeitura de Nordestina. Ele diz que a movimentação econômica já é sentida no preço das terra e no valor dos aluguéis. “Uma casa de dois cômodos, sem garagem, que se alugava por R$ 250,00, hoje chega até a R$ 700,00”, diz. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jorge Hereda, Nordestina deve aproveitar a riqueza do diamante para fortalecer e diversificar sua economia. “Os benefícios que a produção de diamantes podem trazer para a população local são inegáveis. Os empregos e os novos negócios vão ajudar a melhorar a vida em Nordestina, mas é o Consumidor tem mais opção de compras Cosumer has got more shopping options Vaner Casaes/BAPRESS © Luciany Lopes: “Inauguramos em abril de 2015 e o investimento já valeu a pena” Luciany Lopes, “We opened in April 2015 and the investment has been worth.” preciso usar saber a riqueza para se fortalecer e crescer”, diz Hereda. Reflexos na cidade Bell diz que a mina já trouxe reflexos — ainda que tímidos — na arrecadação de ISS, mas o que ele constata mesmo é que há novos investimentos na cidade, como restaurantes, lanchonetes, clínicas, laboratório, lojas de móveis, roupas e material de construção, além de supermercados. Luciany Lopes, 22 anos, filha do empresário de Santa Luz Lauri Pereira Lopes, é quem gerencia a filial da Nete will no longer be the only major employer in the city, sharing this large load with Lipari.” says Giovanni Bell, Nordestina’s City Hall Administrative Secretary. He says that the economic prosperity can be already noticed by the price of the land and by the price of house lettings. “A two-room house with no garage used to be rented for R $ 250.00 now it reaches the price of R $ 700.00,” he says. For Mr. Jorge Hereda, Bahia’s Economic Development Secretary, Nordestina should appropriate of the wealth of the diamond to strengthen and diversify its economy. “The benefits that diamond production can bring to >> diamantinas > O maior diamante encontrado no Brasil foi batizado de Getúlio Vargas. Com 726 quilates, deu origem a 29 pedras. Hoje, não valeria menos do que US$ 50 milhões. > Em 1731, o vice-rei e governador geral do Brasil, Vasco Fernandes de Menezes, o Conde de Sabugosa – proibiu, através de Carta Régia, a exploração de diamantes na Bahia. > The largest diamond found in Brazil was named Getulio Vargas. With 726 carats, it has risen 29 stones. Today it would not be worth less than $ 50 million. > In 1731, the Viceroy and General Governor of Brazil Vasco Fernandes de Menezes, Count of Sabugosa has banned, by Royal Charter, diamond exploration in Bahia. >> Bahia opportunities - land of good business 19 © vANER CASAES/BAPRESS MINERAÇãO MININg a chegada da lipari provocou uma expansão no comércio de nordestina lIparI arrIval has caused an expansIon In nordestIna trade market Móveis em Nordestina. “Abrimos em abril de 2015 e o investimento já valeu a pena. vendemos bem para o pessoal da Lipari e da M‑Almeida”, conta Luciany, apos‑ tando no crescimento das vendas de geladeiras, fogões, camas, guarda‑roupas, eletrodomésticos e celulares. Thiago Marques Macário, 27 anos, é outro jovem empreendedor que aposta na riqueza que os diamante irão trazer para Nordestina. Ele investiu R$ 30 mil na modernização e ampliação de seu mercadinho na Rua Humbelino Santana, no centro, onde disputa acirrada‑ mente os clientes com mais quatro concorrentes. “Abrimos a loja em 2010, mas resolvemos, no ano passado, nos associarmos a uma rede maior — a Smart — em busca de produtos exclusivos e preços menores. the local population are undeniable. Jobs and new businesses will help to improve life in Nordestina, but you need to know how to use wealth to strengthen and grow, “says Hereda. BeneFits reFleCteD in the City Bell says that the mine has brought benefits even if it is a modest way through the collection of ISS, but what really catches his eyes is that there are new investments in the city such as; restaurants, cafeterias, clinics, laboratory, furniture stores, clothing and building materials , and supermarkets. Luciany Lopes 22, Santa Luz Lauri Pereira Lopes entrepreneur’s daughter is the one who manages Nete >> diamantinas > Em 1817, o capitão-mor Felix Ribeiro de morais encontrou diamantes na serra do Gagau, onde posteriormente surgiu a vila de mucugê, na Chapada diamantina. > Os diamantes fizeram florescer as Lavras diamantinas na Bahia: Vila de santa isabel do Paraguaçu (mucugê), a Vila dos Lençóis, a Vila de andaraí e a Vila Bela das Palmeiras. > In 1817, the Captain-General Felix Ribeiro de Morais found diamonds in Sierra Gagau where later arose the town of Mucugê, in the Chapada Diamantina. > Diamonds flourished Diamantinas mining in Bahia state : Vila Santa Isabel do Paraguaçu (Mucugê), Vila dos Lençóis, Vila de Andaraí and Vila Bela das Palmeiras. 20 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios >> vANER CASAES/BAPRESS © o jovem empreendedor thiago aposta na riqueza dos diamantes the young entrepreneur thIago belIeves In the wealth of dIamonds Apesar da crise, nossas vendas cresceram cerca de 20% em 2015. Com a entrada em operação da mina, o negócio vai crescer ainda mais”, aposta Macário. inVestimentos soCiais A Lipari está fazendo investimentos diretos na moderni‑ zação do hospital municipal Otto Alencar e prevê gastar mais R$ 1 milhão em apoio a organizações sociais, comunidades quilombolas, educação para os jovens, atividades culturais e proteção ao patrimônio arqueológico. A festa junina dos últimos dois anos foi patrocinada pela mineradora. Já os governos Estadual e Federal estão construídas ou em construção 140 novas habitações pelo programa Minha Casa, Minha vida, além de 750 casas pelo pro‑ grama de habitação rural. A produção brasileira de diamantes, até loren iPsun a operação da mina baiana da Lipari, lOrenprovém IPsunde aluviões. A produção anual de 46,2 mil quilates, estimada pelo Departa‑ mento Nacional de Produção Mineral (DNPM), representa cerca de 0,04% de todo o diamante explorado no mundo. um quilate equivale a 0,2 gramas. Com a produção da Bahia, o Brasil irá entrar em um seleto grupo de 23 minas de diamantes kimberlíticos em atividade no mundo: rússia, Canadá, África do sul, Austrália, serra Leoa, Angola, Índia, Lesoto, Congo, Botswana e Tanzânia. Desde 1930 que já se identificava a presença de diamantes na região do rio Itapicuru, no semi‑árido da Bahia. Nos anos 1990, a gigante da mineração e joalheria De Beers, com sede em Luxembur‑ go, veio para o Brasil à procura de novas jazidas. foi ela quem desco‑ briu as 22 ocorrências kimberlíticas na Bahia, mas não deu continuidade às pesquisas. Os indícios descobertos pela De Beers continuaram a ser prospec‑ tados, na década de 2000, pela Vaaldiam resources, empresa do cana‑ dense Kenneth Johnson. Em 2008, Johnson vendeu os direitos Furniture branch in Nordestina. “We opened in April 2015 and the investment was worth it. We sold well to Lipari and M Almeida” says Luciany. She is counting on growth in sales of refrigerators, stoves, beds, wardrobe, home appliances and mobile phones. Thiago Marques Macario 27, is another young entrepreneur who counts on the wealth that the diamond will bring to Nordestina. He has invested R $ 30 thousand in the modernization and expansion of its small market in Humbelino Santana Street in the city center, where he enthusiastically disputes customers with four others competitors. “We opened the store in 2010, but last year we decided to partner with a larger network – Smart – in searching for unique products and lower prices. Despite the crisis our sales grew by 20% in 2015. With the entry of the mine in operation, business will grow even more”, believes Macario. soCial inVestMents Lipari is making direct investments in the modernization of the municipal hospital Otto Alencar and expects to spend an additional $ 1 million in support of social organizations, quilombolas communities, education for young people, cultural activities and protection of the archaeological heritage. The last two years June Festival was sponsored by the mining company. Furthermore, state and federal governments have built or it is in the process of building 140 new homes by “Minha Casa Minha vida” program. In addition to 750 houses by rural housing program. minerários do Projeto Braúna para o grupo sino‑belga que criou a Lipari Mineração, companhia brasileira de capital fechado. u p to the operation of the Bahia state mine Liparinow Brazilian production of diamonds has been coming from alluvium. The annual production of 46,200 carats estimated by the National Department of Mineral Production (DNPM) represents about 0.04% of all diamond explored in the world. One carat is equal to 0.2 grams. With the production of Bahia state, Brazil will join a select group of 23 mining kimberlite diamonds in activity in the world: Russia, Canada, South Africa, Australia, Sierra Leone, Angola, India, Lesotho, Congo, Botswana and Tanzania. Presence of diamonds has been identified Since 1930 in the Itapicuru river, the semi-arid region of Bahia state. In the 90’s a mining and jewelry giant De Beers, based in Luxembourg came to Brazil in search of new depots. It has discovered 22 kimberlite occurrences in Bahia state, but it did not continue the research. The evidences discovered by De Beers continued to be prospected in the 2000s by Vaaldiam Resources, a company owned by Kenneth Johnson from Canada. In 2008 Mr. Johnson sold the mining rights of the Brauna project for sinobelga group that has created Lipari Mining, a private Brazilian company . Bahia opportunities - land of good business 21 © DIvULGAçãO bENdITO FRuTO blESSEd FRuIT no Balaio do na capital é porque chegou o verão; na caatinga, hoje é riqueza. if it is in the capital it is Because summer has arrived; and today in the Wildness dry caatinga it means Wealth. no fim do século xix, ao coBrir a guerra de canudos, euclides da cunha registrou na sua oBra-prima os sertões: “o umBuzeiro é a árvore sagrada do sertão”. in the late nineteenth CentUry while CoVering CanUdos war eUClides da CUnha reCorded in his MasterpieCe os sertÕes: “the UMBUZeiro is the saCred tree of the wilderness.” T por /by nestor mendes Jr. odo baiano aprende desde cedo quando está chegando o verão: nas ruas e feiras livres das cidades, na capital e no interior, balaios carregados de umbu – ou imbu – anunciam um delicioso dezembro doce‑azedo. Essa fruta verde, redonda, de polpa carnuda, suculenta, rica em vitamina C e caroço muito duro, secularmente sempre ajudou a sustentar a economia do semi‑árido, seja na Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí e norte de Minas Gerais. 22 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios in the UMBU FrUit Basket eople from Bahia state learns at very early age that when summer is about to come, in the city and suburbs street markets fruit baskets full of umbu or imbu fruits start announcing the arrival of a delicious sour and sweet December. This green round fruit, fleshy pulp, juicy, rich in vitamin C and very hard seed for centuries has been helping always to sustain the semiarid region’s economy in the states of Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Ceara, Rio Grande do Norte, Paraiba, Piauí and north of Minas Gerais. P © vANER CASAES/BAPRESS Nos idos de 1897, um certo carioca de Cantagalo se embrenhou pelo sertão da Bahia, entre Canudos e Monte Santo, cobrindo a Guerra de Canudos para o jornal O Estado de São Paulo. Euclides da Cunha, que transformaria seu relato da batalha no monumental épico Os Sertões, conviveu de perto com a caatinga e não titubeou ao escrever: “O umbuzeiro é a árvore sagrada do sertão”. É tão sagrada que é uma árvore que deve ser pro‑ tegida pela lei. No ano passado, a deputada Neusa Cadore apresentou o projeto de lei estadual nº 21.135/2015, que tramita na Assembleia Legislativa da Bahia, com o objetivo de tornar o umbuzeiro como espécie de interesse comum e imune de corte. Além disso, propõe também que a planta seja considerada como rara e ameaçada de extinção. E só pode ser santa uma árvore verdejante, carregada de cheirosas flores brancas – que alimenta as abelhas – e frutos como bolas de gude gigantes, no meio de uma paisagem “seca e amarela, coberta de cactos, ossadas e seixos”, como bem descreve em “Infância” (1945) outro gênio da literatura brasileira: Graciliano Ramos. A água acumulada em suas raízes presta‑se ao combate de verminoses e da disenteria. A casca do tronco e dos galhos é utilizada pelo sertanejo no combate às diarréias, blenorragias, hemorróidas e afecções da garganta. O sagrado umbuzeiro, árvore com até 7 m de altura, de galhos retorcidos e copa frondosa, é a aposta princi‑ pal da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá – Coopercuc – nos três municípios do alto Back in 1897, a certain Carioca gentleman from Cantagalo travelled into the wildnes land of the state of Bahia, between Canudos and Monte Santo covering Canudos War for “O Estado de São Paulo” newspaper. Euclides da Cunha who would turn his battle report into a monumental epic called “ Os Sertões “ has lived close to the wildness dry caatinga and did not hesitate to write: “The umbuzeiro is the sacred tree of the wilderness.” It is so sacred that it is a tree that should be protected by law. Last year a deputy Ms Neusa Cadore presented a state bill No. 21,135 / 2015, which is being processed at the Bahia Legislative Assembly with the aim of making the umbu tree a species of common interest and to be immune of cutting. In addition to this it also proposes that the plant is considered rare and endangered of extinction. It can only be a holy green tree, laden with fragrant white flowers , feeding bees and with fruits like giant marbles in the middle of a landscape “dry and yellow, covered by cactus, bones and pebbles” so well described by Graciliano Ramos, another genius of Brazilian literature, in his book “infancia” (1945) The accumulated water in its roots helps to combat worms and dysentery. The bark of the trunk and branches is used by the peasant to combat diarrhea, blenorragias, hemorrhoids and diseases of the throat. The sacred umbuzeiro tree, which can reaches up to 7 m high, gnarled branches and canopy leafy is the main focus of The Family Agriculture Cooperative of Canudos, Uauá and Curaçá – Coopercuc – joint together within the three counties of the dry wildness sertao of Bahia state in order to make life in the drought easier with no need to fight against it but for a life a bit less harsh. emanuel messias almeida e enock gonçalves, na unidade industrial da coopercuc em uauá emanuel messIas almeIda and enock gonÇalves from coopercuc In uaua cIty Bahia opportunities - land of good business 23 bENdITO FRuTO blESSEd FRuIT Com capacidade de se desenvolver sob sol forte e com pouca água, a árvore é um exemplo de sustentabi‑ lidade e fonte de renda para mais de 500 famílias e 262 associados ligados à Cooperativa, fundada em 2003. “O umbu é fonte de riqueza para o caatingueiro, mas não queremos somente uma riqueza temporã. Queremos que ela ajude o nosso sustento o ano inteiro, a vida toda. O semi‑árido é viável e dá pra viver aqui, sim”, diz Adilson Ribeiro, presidente e um dos fundadores da Coopercuc. Para que o umbu não seja apenas uma fruta exótica nos cestos das feiras baianas, nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março – distribuído por atravessadores – e possa agregar valor e render dividendos econômicos sempre, a Cooperativa apostou na industrialização, criando a linha de produtos Gravetero e transformando o fruto em polpa, nego bom (doce típico servido em pequenos pedaços com açúcar cristal), suco, doces, compotas, geléia, pasta concentrada e, até, numa improvável cerveja de umbu. Batizada de Saison Umbu, a bebida é resultado da asso‑ ciação da Coopercuc com a empresa mineira especializada em cervejas com frutas e especiarias brasileiras cultivadas em comunidades nativas, a Experimento Beer, de Belo Horizonte. A cerveja foi lançada em 2015, na sétima edição do Festival Regional do Umbu, em Uauá, e não deu pra quem quis: toda a produção anual se esgotou rapidamente. A Saison tem 10% da fruta em sua composição e 6,2% de álcool. A acidez, doçura e perfume do umbu equilibram‑se com os aromas e sabores frutados, cítricos adilson riBeiro, presidente e um dos fundadores da coopercuc adIlson rIbeIro dIrector and one of the founders of coopercuc 24 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios vANER CASAES/BAPRESS riQueza Para o Caatingueiro wealth For the Brazilian Dry Forest Caatinga Man With a natural ability to grow under strong sunshine and little water, this tree is an example of sustainability and source of income for more than 500 families and 262 members conected to the Cooperativef which was founded in 2003. “The umbu is a source of wealth for the man dry forest caatinga man, but we do not want a temporary wealth. We want it to give us support all year long, a lifetime. It is possible to live in the semiarid region. Yes, we can live here, “says Adilson Ribeiro, president and cofounder of Coopercuc. In order to the umbu fruit not becoming just an exotic fruit in the baskets of Bahia states fairs during the months of December, January, February and March – being distributed by middlemen – and yet to add value and yield economic dividends , the Cooperative has invested in industrialization, creating Gravetero products line and turning the fruit into pulp,” nego bom” (typical sweet served in small pieces with crystal sugar), juice, candy, jam, jelly, concentrated paste and even an unlikely umbu beer. Named “Saison Umbu”, the drink is a result of a joint effort of Coopercuc with a company from Minas Gerais, Belo Horizonte called “Experimento Beer” which is an expert in fruity beers and Brazilian spices grown by indigenous communities. This beer was launched in the seventh edition of the Regional Umbu Festival in Uaua in 2015 and it was not enough, many people did not not have it. All annual production was sold out quickly. Saison beer has 10% of the fruit in its composition and 6.2% alcohol. The acidity, sweetness and balanced perfume of umbu fruit with its aromas and fruity flavors, citrus and spicy of the refreshing Saison beer, a style originated in Belgium which traditionally includes in its production ingredients such as seeds, spices and fruits. © sertão da Bahia, para que a convivência com a seca – e não contra ela – seja ainda menos agreste. Vaner Casaes/BAPRESS © Maria José Silva “Com cinco anos, já subia nos galhos para catar umbu ‘inchado’” Maria José Silva “When I was five years old used to climb the tree to get good fruits” e condimentados da refrescante Saison – estilo de cerveja originado na Bélgica que, tradicionalmente, inclui em sua produção ingredientes como sementes, especiarias e frutas. NOVOS INVESTIMENTOS Para fazer frente aos novos desafios, a Coopercuc está investindo, em parceria com o Governo do Estado, através do programa Pró‑Semi‑árido, R$ 3 milhões na construção de uma nova unidade agroindustrial dedi‑ cada ao suco, polpa e concentrado de umbu. “Recebemos no ano passado a visita de um industrial da Alemanha que quer importar polpa de umbu, maracujá da caatinga, manga e goiaba. Com a nova fábrica, deve‑ remos triplicar a nossa produção para aproveitamento de mais de 600 toneladas/ano de umbu”, diz Ribeiro. A médio prazo, a implantação de uma cervejaria para a produção direta da Saison Umbu também está na mira da Cooperativa. Um dos cooperados, o técnico em Alimentos Emanuel Messias Almeida, 20 anos, vai fazer um curso na Escola de Cervejaria, em Blumenau/ SC e, depois, viaja para Pelotas/RS para estagiar em uma cervejaria da agricultura familiar. MULHERES À FRENTE Fundada em 2003, a história da Coopercuc come‑ çou muito antes, na década de 1980, quando freiras ligadas à Pastoral Rural da Diocese de Paulo Afonso e Juazeiro se associaram à ONG Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), com sede em Juazeiro/BA, para organizar o trabalho produtivo NEW INVESTMENTS To face the new challenges, Coopercuc is investing RS $ 3 million in partnership with the State Government, through the PróSemiárido program to build a new agroindustrial unit dedicated to the juice, pulp and umbu fruit concentrate. “We received last year a visiting from a German manufacturer who want to import umbu fruit pulp, caatinga passion fruit , mango and guava. With the new plant we should triple our production in order to use more than 600 tons / year of umbu”, says Ribeiro. In the medium run, the implementation of a brewery for the direct production of Saison Umbu is also in the sights of the Cooperative. One of the members, the food technician Emanuel Messias Almeida, 20 years old will take a course in the Brewery School in Blumenau / SC and then travels to Pelotas / RS to undergo a training in a family farming brewery. WOMEN AHEAD Founded in 2003, Coopercuc history began much earlier in the 1980s when nuns linked to Paulo Afonso and Juazeiro Rural Pastoral Diocese joined the Regional Institute NGO Small Agricultural Appropriate (IRPAA), based in Juazeiro / BA to organize a productive work of women and ensure household food stability of Curaçá, Uauá and Canudo within PróCUC Project. A strong religious feeling in Antonio Conselheiro’s land has facilitated the action of IRPAA with the work of “catechesis” made by the Pastoral Diocese . “The groundwork mainly done by women, facilitated everything. Between 1999 and 2000, we set up a tent in the fair Uauá, Curaçá and Canudos to sell the sweets and the result was remarkable. It was the way to Bahia opportunities - land of good business 25 bendito fruto blessed fruit coopercuc © Vaner Casaes/BAPRESS • A Coopercuc existe há 13 anos e opera em 18 comunidades de três grandes municípios da região semi-árida da Bahia: Curaçá, Uauá e Canudos; • As mulheres representam cerca de 75% dos cooperados; • São industrializadas entre 170 e 200 toneladas/ano, representando menos de1% da safra de umbu da região. • Coopercuc has been there for 13 years and works in 18 communities in three cities in Bahia: Curaçá, Uauá and Canudos; De doces à cerveja, o umbu tem 1001 formas de uso. • The women represent about 75% of the workers; • Around 170 to 200 tons per year are processed, which means less than 1% of the production in the region. das mulheres e garantir a segurança alimentar das fa‑ mílias de Curaçá, Uauá e Canudos no Projeto Pró‑CUC. O sentimento religioso muito forte nessa terra de Antonio Conselheiro facilitou a ação do IRPAA, com o trabalho de “catequese” feita pela Pastoral. “O trabalho de base feito pelas mulheres, principalmente, facilitou tudo. Entre 1999 e 2000, montamos uma barraca nas feiras de Uauá, Curaçá e Canudos para vender os doces e o resultado foi extraordinário. Era o caminho para garantir sustentabilidade e renda para as famílias”, explica o vere‑ ador Miroval Ribeiro Marques, que foi membro da equipe do IRPAA e articulador da Rede Sabor Natural do Sertão. A ideia inicial era aproveitar a fruta além do período da safra, apropriando‑se da tradição sertaneja dos doces, do vi‑ nho de umbu e da umbuzada. Deu tão certo, que começaram a chegar mais e mais pedidos de encomendas. As mulheres, que representam cerca de 75% dos cooperados da Coopercuc, perceberam que o negócio era bom e gerava renda. Em 2003, com recursos da CRS (Catholic Relief Services), dos Estados Unidos, e da ONG Horizont 3000, da Áustria. Apesar de existir há 13 anos, a Coopercuc não dá vencimento na produção de umbu. “Industrializamos entre 170 e 200 toneladas/ano, o que nem é 1% da produção de umbu na região. É uma quantidade muito pequena, mas ainda assim é um ganho muito importante para as famílias”, explica o presidente da Cooperativa. 26 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Candy to beer, umbu has 1001 ways to use. Sítio do Tomás ensure sustainability and income for the families, “said Councilman Miroval Ribeiro Marques who was a team member of the IRPAA and coordinator of the Network Flavor Natural of the dry wildness sertão. The initial idea was to take advantage of the fruit beyond the harvest period, benefiting from the sweets countryside tradition, umbu wine and umbuzada. It was so successful, they started getting more and more requests for orders. Women, who represent about 75% of the cooperative members of Coopercuc have realized that business was good and that it has generated income. In 2003, with funds from CRS (Catholic Relief Services) from the United States, and from NGO Horizont 3000 from Austria. Despite its 13 years , the Coopercuc does not due to produce umbu. “ we Industrialize between 170 and 200 tons / year, which is not even 1% of umbu production in the region. It is a very small amount, but it’s still a very important gain for the families,”said the president of the Cooperative. Before the Cooperative, middlemen paid less than R$ 5.00 on an umbu sack. Today because of the price regulation is made by Coopercuc, the payment is no less than R$ 40.00. “Our life has changed. I was born in the countryside, in Testa Branca community in Uaua. Since I was a boy I used to pick umbus with a trough made from umburana . We used to live without electricity and without running water. I could not study there because there was no agriCultura familiar © vANER CASAES/BAPRESS Os produtos derivados do umbu são a grande apos‑ ta da Cooperativa, mas outras frutas produzidas pela agricultura familiar, como a goiaba, a manga, o maracujá e a banana também entram na composição de geléias e doces mistos, produzidos na sede, em Uauá, e em 18 comunidades que possuem 15 pequenas fábricas instaladas nas roças de Canudos, Uauá e Curaçá. vANER CASAES/BAPRESS © Antes da Cooperativa, os atravessadores pagavam menos de R$ 5,00 na saca de umbu. Hoje, por causa da regulação de preços feita pela Coopercuc, não pagam menos de R$ 40,00. “A nossa vida mudou. Nasci na roça, na comunidade de Testa Branca, em Uauá. Desde menino ia pequeno com um gamela de umburana catar umbu. vivíamos sem luz, sem água encanada. Não pude estudar, porque não tinha escola. Hoje, a nossa vida mudou. vivemos melhor, de modo mais digno e confortável, e ninguém mais morre de fome. Éramos os ‘flagelados da seca’, vivíamos das esmolas das cestas básicas e das frentes de trabalho das obras contra a seca. Hoje, vivemos do nosso trabalho na caatinga”, diz Ribeiro. No semi‑árido não há muitas opções econômicas. A caatinga desafia o empreendedorismo, mas os filhos das terras da Guerra de Canudos não desistem. “Temos que conviver bem com ela. A prova de que ela é viável, é a Coopercuc. O que era subsistência, passa a ser tam‑ bém indústria, emprego, desenvolvimento”, diz Santos. school. Today our life has changed. We live a better life in a more dignified and comfortable manner, and no one starves. We were the ‘victims of drought’, we used to live on the alms of a food baskets and we used to work in the fronts works against the drought. Today, we live on our work in the caatinga bush, “says Ribeiro. In the semi‑arid region there are not many economic options. The caatinga challenges entrepreneurship, but we , the children of Canudos War land do not give up. “We have to get along well with it. Coopercuc is the proof that life here is possible . What was subsistence shall also be industry, employment, development, “says Santos. FaMily FarMing Products derivatives from umbu fruit are the main focus of the Cooperative, but there are other fruits produced by family farmers such as guava, mango, passion fruit and bananas which we also add to jams composition and mixed sweets which are produced at headquarters in Uaua and in 18 communities that have 15 small factories in the countryside fields of Canudos, Uauá and Curaçá. “Zele do umbuzeiro, pois plantas novas não tem mais os que ainda existem já tem cem anos ou mais e só quem os viu nascer foram nossos ancestrais” trecho do cordel de JobIson torQuato exposto na sede da coopercuc soMe poetry of JoBison torQUato is showed in CooperCUC head offiCe Bahia opportunities - land of good business 27 bENdITO FRuTO blESSEd FRuIT as duas maria josé e aldice na colheita de umBu nas roças roseli da silva no Beneficiamento do umBu marIa José and marIa aldIce Into umbu harvest fIelds roselI da sIlva In productIon miroval riBeiro marques, pioneiro do irpaa e articulador da rede saBor natural do sertão. mIroval rIbeIro marQues, the fIrst one In Irpaa and In charge of rede sabor natural do sertão communIty Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios vANER CASAES/BAPRESS Coopercuc products are present in the school feeding program marketed via a Food Program Acquisition and a National School Feeding Programme of the Federal Government. The umbu culture is also reference in family farming plan called “Brazil Without Poverty, coordinated action by the ministries of Agrarian Development (MDA) and the Social Development and Fight against Hunger (MDS), with the direct support of Bahia Government. In addition to industrialization, the Cooperative was also responsible for a mindset changing in the management of umbuzeiro. The removal of potatoes roots decreased and the harvest made with wooden stick scams is becoming less frequent. If one breaks the branches off, the umbu tree will produce less and less. The umbu is now harvested by hand without letting the fruit fall to the ground. Now during the harvest we undergo a fruit screening: the ripe, yellow skin and sweet pulp fruits are selected to make jelly and umbuzada; the green, crisp acids fruits are selected to make jam; and the “swollen”one not green nor ripe enough, a bit acid and firm are destined to sweets and umbuzadas. vANER CASAES/BAPRESS Os produtos da Coopercuc estão presentes no programa de alimentação escolar, comercializados via Programa de Aquisição de Alimentos e Programa Nacional de Alimentação Escolar, do Governo Federal. A cultura do umbu também é referência na agricultura familiar, no Plano Brasil Sem Miséria, ação coordenada pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com o apoio direto do Governo da Bahia. Além da industrialização, a Cooperativa também foi responsável pela mudança de mentalidade no manejo do umbuzeiro. A retirada das batatas das raízes diminuiu e a colheita feita com golpes de vara de madeira é cada vez menos freqüente. É que com a quebra dos galhos, o umbuzeiro cada vez mais vai produzindo menos. O umbu agora é colhido com a mão, sem permitir que os frutos caiam no chão. Na própria colheita já passam por uma triagem: os maduros, de casca amarela e polpa doce, são separados para fazer geleia e umbuzada; os verdes, ácidos e crocantes, servem para compotas; e os “inchados”, nem verdes nem maduros, pouco ácidos e firmes, se destinam aos doces e umbuzadas. 28 © vANER CASAES/BAPRESS © © Vaner Casaes/BAPRESS © Sudoeste baiano também aposta na “umbueconomia” A Cooproaf, de Manoel Vitorino – considerada a capital baiana do umbu – já dispõe de três fábricas para o processamento do umbu. Cooproaf is in Manoel Vitorino city, which is the capital of umbu, has already three factories to process umbu. F undada em 2010 – sete anos depois da Coopercuc – a Cooproaf – Cooperativa de Produção e Comercialização dos produtos da Agricultura Familiar do Sudoeste da Bahia, reúne 63 cooperados e beneficia mais de 500 famílias em torno da produção, beneficiamento e comercialização do umbu, além de outras frutas nativas, em três unidades industriais nos municípios de Manoel Vitorino e Mirante, no Sudoeste da Bahia, região onde se concentra a maior produção da fruta. A Cooperativa, nascida de uma articulação entre o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) e o Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, é formada pelo Instituto São Francisco de Assis e pelas associações dos Feirantes, do Bairro Santo Antônio, de Boa Vista, de Poço da Pedra, de Anta Gorda e de Mata de Cipó. Southeast Bahia also believes in working with umbu fruit t was founded in 2010, seven years after Coopercuc, with 63 partners and helps over 500 families with production, improvement and selling umbu and other fruits in that region where the production of umbu increases. The company is a result form a partnership between IRPAA and Bahia government, through Agriculture Department, São Francisco de Assis Institute and Vendors Association are part of it. Cooproaf founded its first factory to process umbu in 2013 by using the mark Imbuira in Manoel Vitorino city with Onça and Boa Vista communities working together. The unit may produce up to 120 tons of umbu per year. The government in 2014 invested R$1,2 million to build the Quatro Forças Unidas industry in Espírito I Bahia opportunities - land of good business 29 bendito fruto blessed fruit © COOPROAF helps over 500 families in production Santo community in Mirante city to process 100 tons of umbu a year. The Nova Esperança industry, an R$854 investment, was built in 2015 in Barra da Purificação community in Manoel Vitorino city with 32 formal jobs and also helps 235 local families. “The factories in Barra da Purificação, espírito santo and Manoel Vitorino can produce 300 tons of umbu, guava and passion fruits every year. There are a lot of umbu in this region, but we didn’t properly use such abundance, a total waste”, Nério Oliveira says, a Cooproaf associate. Manu Dias/GOVBA m Lençóis, na Chapada Diamantina, funciona uma grande estação experimental de fruticultura orgânica, parceria entre a Embrapa e a empresa Bioenergia Orgânicos em três fazendas que totalizam 3,5 mil hectares. Na estação, com 80 hectares, há 22 hectares de manga, dez hectares de maracujá, dez hectares de abacaxi (essas três primeiras áreas já para escala comercial), três hectares de umbu e umbu‑cajá), cinco hectares de acerola, três hectares de goiaba, 3,5 hectares de citros, além de um hectare para experimentos de solos. A Bioenergia assinou com o Governo do Estado protocolo de in‑ tenções para a instalação da unidade de processamento industrial, cujo projeto vem sendo desenvolvido sob a orientação do Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas (Ital). O objetivo da Bioenergia é o processamento de polpa integral. A previsão é de que a indústria esteja funcionando ainda este ano, com capacidade para processar 40 toneladas de frutas por dia em um tur‑ no. Cerca de 50% da capacidade de processamento da indústria será oriundo da própria empresa, enquanto a outra metade será produzida por parceiros da agricultura familiar. A COOPROAF BENEFICIA MAIS DE 500 FAMILIAS EM TORNO DA CADEIA PRODUTIVA © E Fruticultura orgânica em Lençóis Manu Dias/GOVBA Utilizando a marca comercial Imbuira, a Cooproaf inaugurou a primeira fábrica de processamento de umbu – a Agroindústria de Beneficiamento de Frutas – em 2013, na sede do município de Manoel Vitorino, envolvendo ainda as comunidades de Onça e Boa Vista. A unidade pode processar até 120 toneladas/ ano de umbu. Em 2014, o Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), investiu R$ 1,2 milhão na construção da agroindústria Quatro Forças Unidas, na comuni‑ dade de Espírito Santo, no município de Mirante, voltada pra o processamento de 100 toneladas de umbu/ano. Em 2015, moradores da pequena comunidade de Barra da Purificação, no município de Manoel Vitorino, receberam, também do Governo do Estado, as instalações da agroindústria Nova Esperança, re‑ presentando investimentos de R$ 854 mil, empregos diretos para 32 pessoas e benefícios a 235 famílias do povoado. “As fábricas de Barra da Purificação, Espírito Santo e da sede, em Naoel Vitorino, têm capaci‑ dade anual de processar 300 toneladas de frutas como umbu, goiaba e maracujá da caatinga. Tem muito umbu aqui na região, mas a gente não apro‑ veitava nada dessa riqueza. Era muito desperdí‑ cio”, diz Nério Oliveira, presidente da Associação Comunitária dos Pequenos Produtores de Poço da Pedra e associado à Cooproaf. Organic fruits in Lençóis city E mbrapa and Bioenergia Orgânicos company have three farms (3,5 hectares) in Lençóis city for organic fruits. They are 22 hectares of mangos, 10 for passion fruits, 10 for pineapples, these three for commerce, 3 for umbu, 5 for barbados cherry, 3 for guava, 3,5 for citrus and 1 to test the soil. Bioenergia has an agreement with the government to install a unit for industrial process and it has been controlled by Ital, a technology institute. Processing the fruit pulp is the objective. The factory is likely to be ready this year to process 40 tons per day. Around 50% of the industry work will be from the company itself, whereas the other half will be from farming families. divulgação/embrapa © Árvore que dá de beber Planta endêmica do semi‑árido nordestino, suportou os últimos cinco anos de estiagem sem parar de frutificar. Endemic plant of the semi-arid northeast, endured the last five years of drought without stopping to bear fruit. O umbuzeiro, ou imbuzeiro (Spondias tuberosa), em tupi‑guarani é “y‑mb‑u”, que significava “árvore que dá de beber”. Durante a seca fica “pelado”, mas volta a ser revestir de folhas após as primeiras chuvas. Planta originária do semi‑árido nordestino, suportou os últimos cinco anos de estiagem sem parar de frutificar. E é na raiz que está o seu poder e força: uma batata – o xilopódio – faz com que a árvore possa armazenar até dois mil litros de água, além de nutrientes, e possa mantê‑la viva por mais de 100 anos. Cada pé de umbu tem milhares de xilopódios, ca‑ pazes de armazenar água por décadas, garantindo a sobrevivência da própria árvore, de homens e mulheres, de abelhas, passarinhos, tatus, cotias e bodes. Euclides da Cunha descreveu em “Os Sertões” a técnica serta‑ neja de matar a sede bebendo a água contida na batata do umbuzeiro: uma massa úmida, doce e fresca que, espremida, solta água e, do bagaço, se faz farinha. Maria José Ferreira Andrade Silva, natural do Sitio do Meio, em Uauá, sabe que após as primeiras chuvas no sertão é hora de florir o umbuzeiro. “Com cinco anos de idade, já subia nos galhos para catar umbu ‘inchado’, com a casca mais durinha, pra vender pros A Tree that produces a drink he umbuzeiro or imbuzeiro (Spondias tuberosa) in Tupi Guaraní is “ymbu”, meaning “tree which produces a drink.” During the drought it has no leaf to coat in green leaves just after the first rains. This plant is originaly from the native semi-arid northeast. It has endured the last five years of drought without stopping to bear fruit . It is within its root that its strength and power their power remains: a potato – the xylopodium – it is the responsible to store up to two liters of water, and nutrients, and maintain it in order to live for over 100 years. Each umbu tree has got thousands of umbu xylopodium capable of storing water for decades, ensuring the survival of the tree itself, of men and women, of bees, of birds, of armadillos, of agoutis and of goats. Euclides da Cunha described in “Sertões” the peasant man technique to quench thirst by drinking water in the umbuzeiro potato: a moist, sweet and fresh mass that if squeezed it looses water and from the bagasse one can make flour. Maria José Ferreira Andrade Silva from Sitio do Meio, in Uaua, knows that after the first rains in the T Bahia opportunities - land of good business 31 © vANER CASAES/BAPRESS © vANER CASAES/BAPRESS bENdITO FRuTO blESSEd FRuIT a emBrapa pesquisa mudas com genótipos superiores embrapa researches plant saplIng wIth top genotypes caminhões ou pra fazer umbuzada”, conta Maria, que saiu pra catar umbu na roça ao lado de suas vizinhas Aldice e sua xará Maria José. Segundo Maria José, quem primeiro dá o sinal de que tem umbu no pé é o bode. Ele abre uma vereda na vegetação emaranhada da caatinga e deixa um rastro para quem o quiser seguir. É por esse caminhos que seguem as catadeiras de umbu. Hoje, para proteger os umbuzeiros da sanha dos bodes, as comunidades cercam as árvores. Efeitos do super‑pastoreio: muito bode, pouca terra fértil. Com as chuvas de outubro, os umbuzeiros se enchem de folhas e de flores perfumadas, alimento para as abelhas, que se encarregam de espalhar o pólen pela caatinga. Após 60 dias da florada surgem os frutos, dando início à safra, que costuma ir de dezembro a março. “Como este ano as chuvas vieram em janeiro, vamos ter umbu até o mês de abril e, quem sabe, maio”, diz Aldice Pereira de Jesus, que nasceu no povoado de Serra Grande, em Curaçá. PesQuisa A Embrapa Semi‑Árido, com sede em Petrolina/ PE, que possui o maior Banco de Germoplasma de Umbuzeiro do Nordeste, vem realizando diversas pes‑ quisas com a espécie, inclusive desenvolvendo mudas com genótipos superiores e orientando o plantio na caatinga em espaços regulares. Enquanto os umbuzeiros plantados com sementes produzem depois de 12 anos, os de plantas enxertadas, desenvolvidos pela Embrapa, começam a frutificar depois de cinco. Um hectare com 100 plantas tem potencial de produzir 30 toneladas de frutos/ano. 32 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios wildness dry sertao, it’s time for the umbu tree to bloom. “When I was five I used ti climb the branches to pick umbu , the ones with a hard peel to sell to the trucks or to make umbuzada,” says Maria who came to pick umbu in the fields alongside her neighbor Aldice and her namesake Maria Jose. According to Maria José, a goat is the first to identify that there is umbu to be collected on the tree. It opens a path in the tangled vegetation of the savanna and leaves a trail for those who want to follow. It is this path that the umbu pickers follow. Nowadays to protect ombú trees from the fury of goats the communities surrounding the trees with fencies. Overgrazing Effects of : too many goats, too little fertile land. During October rains umbus fill with leaves and fragrant flowers, food for bees which are responsible for spreading the pollen over savanna. After 60 days of flowering the fruit appears ushering the harvest which usually starts from December to March. “As this year the rains came in January we will have umbu until the month of April and perhaps even May,” says Aldice Pereira de Jesus who was born in the village of Serra Grande in Curaçá. researCh Embrapa in Petrolina city has the largest Germplasm Bank of umbu fruit in Northeast Brazil to research, develop plant sapling with top genotypes and lead the plantation in caatinga. The regular trees produce after 12 years and the treated ones from Embrapa after 5 years. One hectare with 100 trees may produce 30 tons of fruits per year. Especial umBuzeiro: árvore sagrada do sertão por euclIdes da cunha “O umbuzeiro é a árvore sagrada do sertão. sócia fiel das rápidas horas felizes e longos dias amargos dos vaqueiros. representa o mais fri‑ sante exemplo de adaptação da flora sertaneja. foi, talvez, de talhe mais vigoroso e alto — e veio descaindo, pouco a pouco, numa interdecadên‑ cia de estios flamívomos e invernos torrenciais, modificando‑se à feição do meio, desinvoluindo, até se pre‑ parar para a resistência e reagindo, por fim, desafiando as secas dura‑ douras, sustentando‑se nas quadras miseráveis mercê da energia vital que economiza nas estações bené‑ ficas das reservas guardadas em grande cópia nas raízes. E reparte‑as com o homem. se não existisse o umbuzeiro aquele trato de sertão, tão estéril que nele escasseiam os carnaubais tão pro‑ videncialmente dispersos nos que o convizinham até ao Ceará, estaria despovoado. O umbu é para o in‑ feliz matuto que ali vive o mesmo que a mauritia (N.E: palmeira da mesma família do buriti), para os garaunos dos llanos (N.E: povos que habitam em terras, hoje, da Venezuela e da Colômbia). Alimenta‑o e mitiga‑lhe a sede. Abre‑lhe o seio acariciador e amigo, onde os ramos recurvos e entrelaça‑ dos parecem de propósito feitos para a armação das redes bamboantes. E ao chegarem os tempos felizes dá‑ ‑lhe os frutos de sabor esquisito para o preparo da umbuzada tradicional. O gado, mesmo nos dias de abas‑ tança, cobiça o sumo acidulado das suas folhas. realça‑se‑lhe, então, o porte, levantada, em recorte firme, a copa arredondada, num plano per‑ feito sobre o chão, à altura atingida pelos bois mais altos, ao modo de plantas ornamentais entregues à solicitude de práticos jardineiros. Assim decotadas semelham grandes calotas esféricas. Dominam a flora sertaneja nos tempos felizes, como os cereus (N.E: cactos) melancólicos nos paroxismos estivais.” Os sertões, publicado em 1901 Special uMbu tree: IMPOrtAnt tree In cOuntrY sIDe he umbu tree is very important for the local people, a loyal friend ´T for the workers over happy hours and long days. They represent the best example for adaptation, as they used to be high trees but due hard drought and torrential rain, they have gradually been declining until being prepared to resist the long droughts by using the reserves in their roots eventually. And they shared it with people. The dry land is from that region to Ceara state, so the umbu trees are the reason for having people there. Umbu fruit means life for the local people as the mauritia tree is for the garaunos (some people in Venezuela and Colombia). It helps fight hunger and thirst by giving the delicious and weird fruits to prepare typical and traditional foods during the happy times. The bend and interlaced branches seem be done to have a comfortable hammock. Even in days of abundance the cattle desires the juice of its leaves. Then, it turned out to be great, tall, strong cut, round cup, a perfect view on the land, reaching the tallest of the cows, like ornamental plants given to the experienced gardeners’ care. Such design reminds big spherical caps. It dominates the flora in the wilderness over happy times, like the melancholic cereus (cactus) for the next summery paroxysm. Rebellion in the Backlands, published in 1901 industry © autogreenmag.com indústria Bridgestone investe R$ 262 milhões na Bahia Número de empregos diretos subirá dos atuais 560 para 830 na fábrica do Polo Industrial de Camaçari. The factory in Camaçari city has now 560 employees and will have 830 soon A por /by Bridgestone Firestone, uma das maiores fabricantes de pneus do mundo, investirá, em 2016, R$ 262 milhões na ampliação da sua planta industrial Bahia, sendo R$ 252 milhões no incremento da produção e R$ 10 milhões na construção de um centro de distribuição. Atualmente a fábrica trabalha em três turnos e espera chegar, com a ampliação, a produzir 8,1 mil pneus/dia. Protocolo de intenções nesse sentido foi assinado com o Governo da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. 34 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Redacão Bridgstone has invested R$262 million in Bahia state ridgestone Firestone, one of the largest tires factories worldwide, will invest in 2016 R$262 million to expand in Bahia, R$252 million to improve production and R$10 million to build a distribution center. Nowadays they work full time and expect to produce 8,1 tyres per day. The company assigned agreement with the government. B © ALBERTO COUTINHO / GOvBA Com os novos investimento na ampliação, a Bridgestone Firestone aumenta de 560 para 830 o número de empregos na sua unidade fabril da Bahia, implantada em 2007. Apenas cerca de 25% da produ‑ ção de pneus na Bridgestone da Bahia equipa carros novos, enquanto 50% vai para o mercado de reposição e perto de 25% é para exportação. Para Fossen, o investimento da Bridgestone Firestone confirma a aposta da companhia na fábrica instalada no Polo Industrial de Camaçari. “É a nossa fábrica mais moderna da América Latina e uma das cin‑ co mais modernas do mundo. vou aos Estados Unidos para discutir novos investimentos e, se possível, elevar a produção baiana para 14 ou 16 mil pneus/dias, com o foco voltado para a exportações, principalmente para os Estados Unidos”, diz o diretor‑presidente da empresa, Fábio Marcel Fossen. De acordo com o executivo, o mercado brasileiro de pneus sofre bastante com a crise econômica, princi‑ palmente no setor de caminhões e máquinas pesadas, mas ressalta que os investimentos da companhia são a longo prazo. “Estamos no Brasil, e principalmente na Bahia, pra ficar. O momento não é bom, mas o mer‑ cado brasileiro é estratégico para a nossa empresa”, ressalta Fossen. “Não é um investimento para este momento, quan‑ do há uma queda expressiva na venda de automóveis, mas para o futuro, para dois anos ou mais. Apesar das dificuldades, as grandes companhias sabem que Bridgestone Firestone will increase the number of workers from 560 to 830 after expanding its unit in Bahia that started in 2007. Around just 25% of tires production in Bridgestone Bahia are for new cars, 50% are for replacement and nearly 25% for exportation. Fossen thinks the investment confirms that the company believes in the unit in Camaçari. “That is the most modern one in Latin America and one of the five most modern worldwide. I will go to USA to discuss new investments to probably increase the production, making it 14 or 16 tires per day to export to USA mostly”, Fábio Marcel Fossen says, the director. According to him the Brazilian crisis affects mainly the trucks and machines, but he affirms it will be long term investment. “We are in Bahia, Brazil, to stay. The moment isn’t good, but the Brazilian market is special for our company”, Frossen says. “We will not invest at the moment because people aren’t buying cars, but in the future like in two years or so. Despite the hard times, the great companies know the Brazilian market is still one of the most important”, Jorge Hereda says, the secretary of Economic Development Department. proMising Market in Bahia Bridgestone Firestone in Bahia was founded in February/02/2007. It invested R$160 million to have a “fáBrica da Bahia é a mais moderna da américa latina” “the factory In bahIa Is the most modern In latIn amerIca” FÁBIO MARCEL FOSSEN, PRESIDENTE DA BRIDGESTONE FIRESTONE / THE PRESIDENT Bahia opportunities - land of good business 35 © DIvULGAçãO INdúSTRIA INduSTRy Bridgestone firestone na Bahia opera em sistema modular, onde a tradicional produção linear é suBstituída por módulos que produzem quatro mil pneus/dia brIdgestone fIrestone In bahIa works In modular system Instead of the tradItIonal lInear productIon and produce 4.000 tIres a day o mercado brasileiro ainda é um dos mais potenciais do mundo”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda. aPosta na bahia A Bridgestone Firestone na Bahia foi inaugurada no dia 2 de fevereiro de 2007. Na unidade de 75 mil m2 de área construída foram investidos US$160 milhões, com a responsabilidade de fazer pneus de alta performance para automóveis de passeio e picapes. O processo produtivo da fábrica do Polo Industrial de Camaçari adota nova tecnologia da Bridgestone Firestone, que opera em sistema modular, onde a tra‑ dicional produção linear é substituída por módulos que produzem quatro mil pneus/dia cada. Com a ampliação, a planta baiana vai operar com dois módulos e capacidade diária para produzir oito mil pneus. O sistema permite maior produtividade, 36 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios 75.000 m2 to produce high performance tires for small cars and trucks. The factory produces 4.000 tires a day by using the new Bridgestone Firestone technology, a modular system, instead of the traditional linear production. The unit in Bahia will work with two machines and can produce 8.000 tires daily. The system increases production, controls the quality of the industrial process and make expansion possible. The unit in Bahia is a strategy for the president of Bridgestone Firestone in Brazil. “We have many works in Bahia, the port is close to ease exportation and we reach the production rates with the unit in Camaçari. When I go to USA or Japan to discuss investments, I compete with other 12 presidents from other countries”, Frossen says. divulgação © controle de qualidade em todo o processo industrial e agilidade na realização de futuras expansões. Para o presidente da Bridgestone Firestone no Brasil, a fábrica da Bahia é estratégica para o crescimento da empresa. “Nós temos uma série de trabalhos desenvol‑ vidos com o Estado, temos a proximidade do porto, que facilita a exportação e temos os índices de produtividade que atingimos com a fábrica em Camaçari. Quando vou aos Estados Unidos ou ao Japão discutir a ampliação de investimentos, estou disputando com outros 12 presiden‑ tes de unidades de outros países”, diz Fossen. No Brasil desde 1923 It has been in Brazil since 1923 A Firestone foi fundada em 3 de agosto de 1900, em Ohio, nos EUA, com o nome de Firestone Tire & Rubber Company, pelo jovem empreendedor Harvey Firestone, com um capital ini‑ cial de US$ 20 mil. Inicialmente, a empresa fabricava pneus para carruagens e contava, então, com 12 empregados. Em 1923, a companhia começou as suas operações no Brasil, com um escritório de negócios em São Paulo. Em 1939 decidiu montar sua primeira fábrica no país, no município paulista de Santo André. Já a Bridgestone é um conglomerado japonês da indústria da borracha, criada na cidade de Kurume, em 1931, para abastecer a máquina bélica do Japão na II Guerra. Em 1988, a Bridgestone adquiriu a Firestone. A união das duas empresas pioneiras no segmento resultou em uma forte corporação mundial, hoje a maior fabricante mundial de pneus. F irestone was founded in August/3/1900 in Ohio, USA, as Firestone Tire & Rubber Company, by the young entrepreneur Harvey Firestone, who invested US$20.000. At first, the company had 12 workers to produced tires for carriages. The company started working in Brazil in 1923 in São Paulo. It had its first factory in Santo Andre city in 1939. Bridgestone started in Kurume, Japan, in 1931, to supply the Japanese war machine in the Second World War. Bridgestone bought Firestone in 1988, so it is now the largest tire company in the world. Bahia opportunities - land of good business 37 © ADRIANO GAMBARINI OPORTuNIdAdES OPPORTuNITIES negÓcios No MeTrÔ o metrô de salvador aBre perspectivas de investimentos, além de Benefícios para a moBilidade urBana da terceira maior cidade do país. the sUBway in salVador City eXpeCts inVestMents, Besides iMproVes traffiC in the third largest City in BraZil por /by pedro carvalho O Metrô de Salvador abre perspectivas de grandes mudanças e benefícios para a mobilidade urbana da terceira maior cidade do país. Por outro lado, a implantação do sistema metroviário, pelo Governo do Estado, com execução e operação da CCR Metrô Bahia, também gera expectativas quanto à abertura de muitas oportunidades de emprego e renda, sobretudo para potenciais empreendedores que desejam montar um negócio em uma das estações. 38 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios sUBway systeM he subway in Salvador expects big changes and improves the traffic in the third largest city in Brazil. On the other hand, the system installed by CCR Company and government, also brings jobs opportunities, mostly for entrepreneurs who want open business in the subway stations. The subway working with line 1 is offering spaces to have many kinds of stores in the stations. Whoever is interested must show a business plan that will be T Com o início da operação da linha 1, o Metrô já está oferecendo espaços para implantação de quios‑ ques, estandes ou lojas nas estações. Os interessados deverão fazer um cadastro e apresentar um plano de negócio, que será avaliado pela CCR. “A nossa visão é de que a exploração comercial das estações tem que agregar serviço para o cliente de transporte. Não é o contrário, ou seja, que o serviço vai atrair o consumi‑ dor passageiro”, explica o diretor‑presidente da CCR Metrô Bahia, Luis Valença. Somente na linha 1, estão sendo oferecidos 576 metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL) nas primeiras oito estações. O negócio tem que ser pensado em um modelo dife‑ renciado de comércio ou serviço. Valença lembra que o passageiro – potencial consumidor – vai ficar pouco tempo na estação, já que, em média, cada trem passará entre analyzed by CCR. “Our mission is to have stores in the station that will serve people in subway”, Luis Valença explains, the director of CCR Metrô Bahia. The line 1 is 576 m of gross leasable area in the first eight stations. The business must be a different way of commerce and service. Valença believes the user, or the customer, will be waiting a few minutes in the station, since each train takes about three or four minutes to come. That is the estimated time when in operation. Nowadays, the trains take eight minutes to come. He worked in the yellow line in São Paulo, so he explains that the station is not a place for shopping, unlike mall, bus station or airport. Anyway, the passenger may find options of products and services during the time there. “The businessperson Bahia opportunities - land of good business 39 © três a quatro minutos. Este é tempo estimável quando o sistema estiver em total operação. Atualmente, são oito minutos entre um trem e outro. Com a experiência de já ter liderado a Linha 4/Amarela do Metrô de São Paulo, ele explica que a estação não é um local para onde as pessoas vão se deslocar para comprar. É um formato diferente de um centro comercial, ou mesmo de rodoviária e aeroporto. De qualquer forma, o passageiro poderá encontrar opções de produtos e serviços durante o tempo em que estiver nos equipamentos. “O empreendedor que quer adquirir um espaço para comércio ou serviço tem que pensar desta forma. Não pode pensar na forma clássica de comércio ou shopping center. Nossa pretensão é oferecer comodidade aos usuários que diariamente passam pelas estações, satisfazendo suas necessida‑ des. Buscamos agregar serviços como alimentação, conserto de roupas e calçados, lavanderia, acessórios e presentes, entre outros negócios”, enfatizou. A rede baiana Torre de Pizza é uma das empresas que pretendem implantar quiosques nas estações do metrô. Acreditando no novo nicho, o empresário Flávio Barbosa aposta na refeição rápida para os passageiros com o sistema Express de pizza feita na hora. A primeira unidade está sendo instalada na estação do Campo da Pólvora, e, em breve, mais uma estará funcionando na estação Acesso Norte. “Nosso plano é expandir para todas as estações”, disse o empresário. Numa primeira etapa, o projeto da Torre de Pizza é chegar a 12 estações. Com elas, segundo Barbosa, a CAROL GARCIA / GOvBA OPORTuNIdAdES OPPORTuNITIES to work there must agree with it and never think as having a traditional store or mall. Our intention is make the daily passengers comfortable, fulfilling their needs. We search for food services, clothes and shoes repair, laundry, accessories, gifts and so”, he says. Torre de Pizza Restaurant is one of the companies that intend to work in the subway stations. The businessman Flávio Barbosa believes in fast food for passengers and he will use the Express system that makes fresh pizza. The first unit is being installed in the Campo da Polvora station, and soon one more will be ready in Acesso Norte station. “Having one restaurant in each station is our plan”, he says. sistema metroViário de salVador e lauro de Freitas suBWAy sysTEM IN sALVADOr AND LAurO DE frEITAs sysTEMs r$ 6.000 empregos investimento (diretos e indiretos) 3,6 bilhões r$3,6 billion investment 23 estaÇÕes 23 stations 40 Bahia Bahia oportunidades oportunidades -- terra terra de de bons bons negÓcios negÓcios 6.000 formal and informal jobs 41 km eXtensÃo CAROL GARCIA / GOvBA © Estação Á guas Norte Est açã o La Est pa açã oC . da Pól vor a Est açã oB rota Est s açã oB ono cô Est açã oD etra n Estação A cesso Est açã oP Est ern açã am oR bué odo s viár ia Estação R etiro Est Est açã açã o Im oC buí AB Estação B om Juá “we Intend to have at all statIons and that means 114 machInes” WALDNEY OLIVEIRA E EDUARDO CASTRO At first, the project of Torre de Pizza is to reach 12 stations. It will have over 100 jobs opportunities according to Barbosa, as at least eight people will work in each unit. “We believe in that business because there Claras Est Est açã açã oA oM ero uss por uru to nga Est açã o La uro de Fre itas Estação B rasilgás Estação P irajá “pretendemos colocar em todas as estações, com um total estimado de 114 máquinas em todo o metrô” Est açã Est oF açã lam oP boy itua ant çu Est açã Est oB açã airr o Ta od aP mb az uru gy empresa deve gerar mais de 100 empregos diretos, já que pelo menos oito pessoas trabalharão em cada quiosque. “Acreditamos no negócio, em função do grande fluxo es‑ perado para as estações e a necessidade que haverá pela alimentação rápida e prática”, afirmou o empreendedor. A WD Machine foi uma das primeiras a apostar no metrô. O empreendedor Waldney Oliveira implantou máquinas de venda de sucos, refrigerantes, snacks, frutas e iogurtes, inicialmente nas estações da Lapa e Campo da Pólvora. Recentemente, também implantou nas unidades Brotas e Pirajá. “Pretendemos colocar em todas as estações, com um total estimado de 114 máquinas em todo o metrô”, afirmou. linha 1 17km linha 2 24km Bahia opportunities - land of good business 41 © FABIO PEIXOTO OPORTuNIdAdES OPPORTuNITIES “acreditamos no negócio, em função do grande fluxo e a necessidade que haverá pela alimentação rápida e prática” “we belIeve In that busIness because there are many people passIng by and so they wIll need fast food” FLÁVIO E GISELLE BARBOSA, SÓCIOS DA TORRE DE PIZZA Mesmo as máquinas realizando as vendas em auto‑ atendimento, Oliveira explica que a logística demanda mão de obra. Sua expectativa é criar pelo menos 20 empregos para ampliar o negócio, incluindo pessoal de estoque, logística e manutenção das máquinas. “Temos certeza que os resultados serão muito posi‑ tivos”, afirmou. No projeto de expansão dos negócios no metrô, Oliveira e seu sócio Eduardo Castro pensam em in‑ cluir novos produtos, como venda de chocolate, café e até acessórios de celular e cosméticos através das máquinas. Ele informou que a WD está montando uma parceria com a indústria de cosméticos Natura para oferecer os produtos da marca. “Será a primeira operação da Natura neste tipo de máquina”, informou. Há ainda quem aposte no fluxo das estações para prospectar clientela. É o caso da concessionária de mo‑ tos Motopema, da marca Honda. A empresa implantou estandes em duas estações: Lapa e Retiro. “Percebemos 42 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios are so many people in the stations and they will need fast food”, the entrepreneur says. The WD Machine was one of the first to believe in the subway. Waldney Oliveira installed machines to sell juices, sodas, snacks, fruits and yogurts firstly in the Lapa and Campo da Polvora stations. Recently he also installed in the Brotas and Pirajá units. “We intend to have the machines in all stations, which means 114 machines”, he affirmed. They are self‑service machines, but even so, the company needs people to work in the logistic. That is why he expects to have at least 20 employees to expand the business working in logistic, maintenance and stock. “We are sure the results will be positive! He affirmed. In the project to expand the business in the subway, the partners Oliveira and Eduardo Castro are about to have products like chocolate, coffe and even mobile accessories and cosmetics in the machines. He said that WD has a partnership Com todo o sistema em operação, no próximo ano, a expectativa da CCR é que o número de passageiros ultrapasse de 500 mil por dia. São oito estações na Linha 1 e outras 12 estações na linha 2, sem contar as adicionais Brasilgás e Águas Claras, na primeira, e Lauro de Freitas na segunda, que ainda dependem de licitação complementar. No total, serão 23. As estações terão formatos diferentes, tanto em di‑ mensão quanto em característica de uso. “Nas estações mais periféricas, elas têm, normalmente, uma situação mais pendular, porque as pessoas vão em um sentido e voltam em outro sentido. Pirajá, por exemplo, deverá ter uma carga maior pela manhã, e a Lapa deve ter uma carga maior à tarde. Então a pessoa que vai vender comida, por exemplo, deve levar em considerações o fluxo de pessoas Máquina da Natura Natura Machine A máquina da Natura na estação do metrô (Lapa) é a primeira do país. Ela faz parte de um projeto‑piloto – espécie de pegue e pague e de exposi‑ ção da marca – desenvolvido entre a WD em parceria com a Natura. “As vendas da Natura são feitas por basicamente por consultores e enviadas via correio. “Nes‑ te caso, o cliente leva o produto na hora. Não precisa ficar esperando a sua chega‑ da pelo correio”, explica Waldney. Na maquininha da WD, o usuário do metrô pode levar para casa vários produtos da linha Sou, como shampoo, condicionador, loção hidratante e sabonete. Many people passing by Next year the subway will be operating and CCR expects over 500 passengers per day. There are eight stations for line 1 and 12 stations for line 2, with 3 more stations to be operating any time soon, just after license. There will be 23 stations. The stations will be in different sizes and appearance for a better use. “Those stations in the end of each line will have more passengers in a certain hour of the day. At Pirajá station it will happen early in the morning and Lapa station in the afternoon. So, the restaurants for example, must think carol garcia / govba Fluxo with Natura cosmetics to offer their products. “Natura will work with machine for the first time”, he informed. Some companies believe in getting more clients as there are so many people using the stations. One of them is Motopema Honda that has a booth in two stations: Lapa and Retiro. “We noticed so many people there and it may be an opportunity for selling”, Marco Antônio de Brito said. The booths are 2 m2 with table, receptionists and a motorcycle. The strategy is to change the model of the motorcycle every week in order to show their products to the public. “This project is pilot, but we are willing to have more booths in other stations, as long as we have positive result from the booths we already have”, Brito said. The contract is a simple lease agreement, no royalties. “Today one m2 is R$600 in any station. The price may be different depend on the kind of business”, Luis Valença informed. The contracts may be for three months or two years. T he Natura machine at Lapa station will be the first one in Brazil. The pilot project developed by WD and Natura is a self service machine to show its products and where the client pays and gets the product. “Natura products are sold by the sellers and the post office brings those products. The clients get the product right away through the machine. They don’t need to wait for the post office, Waldney explains. The subway user can get many products like shampoo, conditioner, lotion and soap through the WD machines. The products are especially for body and hair and they are known for their “smart packaging” which uses 70% less plastic and avoid wasting. © o grande fluxo e vimos a possibilidade de novos negó‑ cios”, afirmou o gerente Marco Antônio de Brito. Os estandes têm dois metros quadrados, com um balcão e uma mesa com funcionários, além da exposição de uma motocicleta. A estratégia da empresa é mudar semanalmente o modelo da moto, para que a possível clientela possa conhecer os produtos. “Montamos este estande, que é um piloto. Mas, nossa intenção, é montar em outras estações, conforme obtivermos resultado nas que já estamos em operação”, declarou Brito. O sistema é de locação simples, sem royalties. “Temos um preço referência, inicialmente, que é R$ 600,00 por metro quadrado, em qualquer estação. Dependendo do empreendimento, podem ser feitos ajustes nos va‑ lores”, informou Luis Valença. Os contratos possuem prazos relativamente curtos, de três meses a dois anos. Bahia opportunities - land of good business 43 © CAROL GARCIA / GOvBA OPORTuNIdAdES OPPORTuNITIES nas extremidades”, explicou. As estações mais ao centro do sistema, segundo valença, deverão ter uma distribuição mais ou menos comum, com pico equilibrado na manhã e na tarde. “O que queremos são pessoas que já tenham competência no negócio. Requer experiência e conheci‑ mento no ramo do empreendimento a ser implantado”, declarou. Quanto ao número de unidades nas estações, o diretor‑presidente da CCR diz não haver restrição. Mas, segundo ele, o objetivo é não criar concorrência local, para não causar impedimento entre empreendedores. emPregos A implantação de negócios nas estações do metrô contribuirá para a criação estimada de até seis mil em‑ pregos diretos e indiretos no metrô de Salvador. Do to‑ tal, mais de 1,5 mil postos de trabalhos serão criados diretamente pela concessionária CCR. “Outros milhares serão oferecidos pelas empresas nas estações, pelos terceirizados e fornecedores. Nós, vamos gerar muito emprego para mecânicos, eletricistas, eletromecânicos, engenheiros civil, entre outros profissionais”, destacou o baiano Luis valença, que se mostra animado com a reper‑ cussão e impacto do metrô na capital, tão forte quanto à implantação do Polo Petroquímico, onde já trabalhou. O diretor‑presidente da CCR Metrô Bahia é formado em matemática pela Universidade Católica do Salvador (UCSal) e administração pela Fundação Getúlio vargas. Após atuar em outros estados, volta à sua terra para liderar a implantação de um dos maiores empreendimentos do 44 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios a implantação de negócios nas estações do metrô contriBuirá para a criação estimada de até seis mil empregos diretos e indiretos the busIness In the subway statIons wIll have up to sIx thousand formal and Informal Jobs. about it and be prepared”, explained. The central stations, according to valença, will have about the same number of passengers during the day. “We want knowledgeable people to work”, he said. No matter how many business each station will have, that isn’t a concern for CCR president. But, he doesn’t want the store owners to compete for it may bring obstacles. JoBs The business in the subway stations will bring up to 6.000 formal and informal jobs in Salvador city. Just CCR have 1,5 thousand jobs. “The others will be offered by the companies in the stations, partners and suppliers. We will need machinist, electrician, electromechanical, engineer and other professionals”, Luis valença said very proudly, as the subway project is as important to the economy as the Polo Petroquímico was some time ago, where he also worked. The president of CCR Metrô Bahia is a mathematician graduated in UCSAL and a business administration graduated in Fundação carol garcia / govba © carol garcia / govba Getulio Vargas University. He worked in other states and came back to Bahia to manage a R$3,6 billion project. It is 41 km, the third largest subway system in Brazil after Rio de Janeiro and São Paulo systems. There are 40 trains, each with four cars. Valença said the system will be ready very soon and few systems in the world could be ready that soon. “We are organizing the schedule of each station. All stations will be ready by June, 2017”, he affirmed. The line 2 has 12 stations and some of them will be ready this year, according to him. Whoever is interested in opening business should email to [email protected] or call 71. 34327777. © estado, cujo investimento passa dos R$ 3,6 bilhões. O terceiro maior metrô do país, com 41 quilômetros, ficará atrás apenas dos sistemas metroviários de São Paulo e Rio de Janeiro, e a frota será de 40 trens, cada um deles com quatro carros. Valença destaca o ritmo das obras como uma das mais rápidas do mundo. “Estamos ajustando o cronograma de cada estação, individualmente. Mas, até meados de 2017, teremos todas as estações entregues”, afirmou. Uma parte importante das 12 novas estações da Linha 2 será entregue ainda este ano, segundo ele. Os interessados em abrir um negócio no metrô devem enviar um e‑mail para comercial.metrobahia@grupoccr. com.br ou ligar para o telefone (71) 3432‑7777. Bahia opportunities - land of good business 45 © ADRIANO GAMBARINI EXPANSãO EXPANSION 46 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios Bahia serÁ ConteMplada CoM investimentos de r$ 1,6 Bilhão da sUZano papel e CelUlose fáBrica de mucuri, no extremo-sul será ampliada com uma unidade de produção de papel higiênico. the faCtory in MUCUri City will haVe a Unit to prodUCe toilet paper por /by A fabIane pItta Bahia será um dos estados contempla‑ dos no pacote de projetos anunciados em 2015 pela Suzano Papel e Celulose. A companhia vai investir um total de R$ 1,625 bilhão na expansão da capacidade produtiva de celulose, na entrada do segmento de papel tissue (para fins sanitários) e em tratamento de efluentes, até o primeiro trimestre de 2018. Segundo Jorge Emanuel Reis Cajazeira, Diretor de Relações Institucionais da empresa, os projetos atendem os pilares estratégicos da Suzano que são competitividade estrutural (projeto 5.1) e negócios adjacentes (tissue). sUzano papel e CelUlose CoMpany will inVest r$1,6 Billion in Bahia uzano Papel e Celulose has chosen Bahia state to have its project. The company will be investing R$1,625 billion until 2018 to increase production of cellulose to have toilet tissue and to treat effluents. According to Jorge Emanuel Reis Cajazeiras, director of the company, the projects are part of the company strategy that are structural competitiveness (project 5.1) and adjacent business (tissue). S Bahia opportunities - land of good business 47 expansão expansion © Elói Corrêa/govba O Projeto 5.1 prevê o aumento da capacidade de produção das atuais 4,7 milhões de toneladas de papel e celulose para 5,1 milhões e a conclusão esta prevista para o quarto trimestre de 2017, nas unidades industriais de Mucuri (BA) e Imperatriz (MA), com investimento total de R$ 1,1 bilhão. De acordo com a informacao de Cajazeira, o investimento prevê aumento da base florestal e redução do custo caixa de produção de celulose, garantindo mais competitividade. “O obje‑ tivo da empresa é chegar a um custo de produção da celulose de US$ 150 por tonelada em 2018 e, ao final do primeiro ciclo florestal (2021/2022), US$ 125 por tonelada”, afirma. No segmento de tissue, onde a Suzano ainda não atua, o investimento anunciado foi de R$ 425 milhões, para as unidades de Mucuri e Imperatriz. Os dois 48 Bahia oportunidades - terra de bons negócios a suzano prevê o aumento da capacidade de produção de papel e celulose Suzano expects to increase production of paper and cellulose The project 5.1 expects to increase production from the current 4,7 million tons of paper and cellulose to 5,1 million and it is supposed to be ready in 2017, at the industrial units in Mucuri city and Imperatriz city, total investment is R$1,1 billion. Cajazeiras informed that is for Stimulating growth for forest-based products and reducing costs of cellulose production, ensuring the competitiveness. “The company purpose is to spend US$150 to produce © equipamentos de produção de bobinas para conver‑ são em papel higiênico foram adquiridos da empresa alemã Voith, no início deste ano e têm capacidade de produção de 60 mil toneladas/ano cada. Segundo informado pela Suzano, o contrato teve valor de US$ 58 milhões e é parte do investimento já anunciado em novembro passado. A expectativa é de que as obras civis nas duas unidades comecem em maio proximo. A previsão é que a operação da fábrica em Imperatriz inicie no tereciro trimestre de 2017 e a de Mucuri, três meses depois. Segmento Tissue A estratégia da Suzano é atuar como parceiro in‑ dustrial de players do segmento tissue, fornecendo divulgação a ampliação da fábrica de mucuri entra em operação no final de 2017 The factory will be expanded in 2017 per ton of cellulose in 2018 and US$125 per ton in 2021/2022”, he affirms. Suzano company doesn’t work with tissue yet, but the investment is R$425million to start with at units in Mucuri and Imperatriz. The two machines to produce toilet paper are from the German company Voith and can each machine produce 60.000 tons a year. Suzano informed that the contract was US$58 million and it is a part of the investment. The construction at the two Bahia opportunities - land of good business 49 expansão expansion os jumbos que serão convertidos no produto final, garantindo competitividade de custos e de logística. Segundo Walter Schalka, CEO (executivo) da Suzano Papel e Celulose, os consumidores de papel higiênico no Brasil estão migrando gradualmente dos produtos de folha simples para os produtos mais sofisticados, com folhas duplas e triplas. “O mercado brasileiro consumiu cerca de 800 mil toneladas de papel higiê‑ nico no ano passado. Identificamos uma nova frente de consumidores na qual conseguimos agregar valor à nossa celulose. Podemos ser muito competitivos e é isso que estamos propondo ao mercado”, afirma Schalka. A expectativa da companhia é de que a demanda local por tissue cresça, em média, 5% ao ano. Nas regiões Norte e Nordeste, porém, o crescimento tem 50 Bahia oportunidades - terra de bons negócios units is supposed to start in May and the factory might be ready in Imperatriz in 2017 and in Mucuri three months later. Tissue Suzano strategy is to be a partner of other companies that also work with tissue by supplying material and ensuring cost and logistic competitiveness. Walter Schalka, director of Suzano, says the consumers of toilet paper in Brazil have been gradually changing the type of paper to use from simple to sophisticated one. “About 800.000 tons of paper was sold last year in Brazil. We have noticed a new consumer who appreciates our cellulose. We can be very competitive and that is our intention.” divulgação © superado essa taxa. Com a fabricação de bobinas na Bahia e no Maranhão, a Suzano espera se aproximar dos mercados mais promissores, com unidades inte‑ gradas, produto de qualidade e custo competitivo, em especial na questão de logística, já que grande parte das bobinas é hoje produzida no Sul e Sudeste do país. atualmente a unidade de Mucuri tem capacidade de produção de 1,7 milhão de toneladas de celulose e 230 mil toneladas de papel The unit in Mucuri now can produce 1,7 million tons of cellulose and 230 thousand of paper Unidade baiana Os R$ 100 milhões restantes do valor total anunciado serão investidos na fábrica da Bahia para a expansão e modernização da estação de tratamento de efluentes, com conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2018. Atualmente a unidade de Mucuri tem capacidade de produção de 1,7 milhão de toneladas de celulose Schalka says. The company expects to grow around 5% per year. Although in North and Northeast Brazil the growth has been even greater than this rate. Probably Suzano will reach the promising markets by having the units in Bahia and Maranhão states, good products and competitive price especially in Bahia opportunities - land of good business 51 © Divulgação expansão expansion e 230 mil toneladas de papel. A produção de celulose de mercado são destinados à exportação e papéis de imprimir e escrever atendem, principalmente, o mer‑ cado interno, em especial a região Nordeste do país. “Com o novo projeto de tissue, passaremos também a produzir bobinas para a conversão em papel higiê‑ nico no extremo sul da Bahia. A nossa expectativa é de que essa produção também seja direcionada para os demais estados do Nordeste”, afirma o Diretor de Relações Institucionais da Suzano. Cajazeira declara ainda que quando as duas novas unidades estiverem em fase de novas contratações de mão‑de‑obra, o fator regional será levando em conta e reafirma que este é um compromisso da Suzano com as comunidades onde ela atua. O diretor da empresa destaca que a Suzano Papel e Celulose está sempre atenta à possibilidade de agregar novas parcerias. “Estamos investindo na construção de uma unidade integrada do SESI/SENAI, voltada à educação de jovens e adultos em Teixeira de Freitas, proxima a Mucuri, em parceria com a Federação das 52 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Podemos ser muito competitivos e é isso que estamos propondo ao mercado”, afirma Schalka We can be competitive and it is what we are willing to do” Schalka says logistic since most paper roll are produced in South and Southeast Brazil. Unit in Bahia The company will spend R$100 million to have a unit in Bahia, so that the place to treat the effluent will be modern and bigger, and it will be ready in 2018. Nowadays the unit in Mucuri can produce 1,7 million tons of cellulose and 230 thousand tons of paper. The cellulose is for exportation and printer and writing paper are mostly to be sold in Brazil, mainly in Northeast Brazil. “Following the project of tissue we will produce in South Bahia rolls for toilet paper. We expect to sell to Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). A expectativa, após a conclusão das obras, prevista para 2017, é aten‑ der 1.100 pessoas nos primeiros dois anos de funcio‑ namento”, finaliza. Suzano Papel e Celulose Suzano Papel and Cellulose It is a forestry company and one of the largest for paper and cellulose in Latin America. Controlled by Suzano Holding and part of Suzano Group, it started investing in paper and cellulose 91 years ago and now keeps commercial operations in nearly 60 countries. There are five industrial units: Suzano, Rio Verde, Limeira, Mucuri and Imperatriz cities. The company produces 4 million and 700 thousand tons of and cellulose per year. © Divulgação A companhia Suzano Papel e Celulose é uma empresa de base florestal e uma das maiores produtoras vertical‑ mente integradas de papel e celulose de eucalipto da América Latina. Controlada pela Suzano Holding e por parte do Grupo Suzano, a industria comecou a investir na industria de transformacao de papel e celulose há 91 anos, e hoje conta com operações globais em aproxima‑ damente 60 países. Atualmente, a Suzano possui cinco unidades industriais: Suzano, Rio Verde e Limeira, no interior do Estado de São Paulo. Na regiao Nordeste do pais ela tem unidades industriais em Mucuri, no extremo sul da Bahia, e Imperatriz, no interior do Maranhão. Sua capacidade total de produção é de 4 milhoes e 700 mil toneladas de papel e celulose por ano. other states in Northeast too”, director of Suzano says. Cajazeira also says that the two new units were hiring workers, mostly local people because it is a deal with the community. The director told Suzano is always willing to have partners. “We will have a unit in SESI/SENAI school in Teixeira de Freitas city, to teach young and adult people and it is a deal with FIEB. The unit will be ready in 2017 with 1.100 people in the first two years”, he says. o fator regional é levado em conta para a contratação de mão de obra The local workers are the favorite ones Bahia opportunities - land of good business 53 © divulgação energia energy Bons ventos trazem Tecsis para a Bahia Nova fábrica de pás eólicas entra em operação com investimento de R$ 200 milhões e geração de 1.500 empregos diretos para os baianos Wind blades ones factory has invested R$200 million and offered 1.500 jobs por /by Ana Lúcia Andrade C om o selo 100% brasileira, a Tecsis, uma das maiores fabricantes mundiais de pás customizadas para energia eólica, firma uma nova base de operação na Bahia. Instalada no Polo Industrial de Camaçari, a segunda unidade de produção de pás eólicas da companhia já está operacional e prevê iniciar a produção ainda em janeiro. Com um investimento totalizado em R$ 200 milhões — R$ 170 milhões divididos entre investidor imobiliário e adiantamento de recursos de clientes e R$ 30 milhões da própria Tecsis —, a nova fábrica foi projetada para operar com oito linhas de produção ativas. Na primeira etapa, a capacidade estimada de produção é de 1.000 pás por ano, com estimativa de dobrar o número em menos de dois anos. 54 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Luckily Tecsis company is in Bahia ecsis, a Brazilian company and one of the largest factories of wind blades, now has a unit in Bahia. The second unit in Camaçari shall start producing in January. It has invested R$200 million – R$170 million spent in the building and clients and R$30 million from Tecsis – a new factory was projected to operate with eight production lines. In the first step the estimated capacity is 1.000 blades a year and it shall be doubled in less than two years. In 2015 the total production in the unit in Sorocaba city was 3.900 blades (1.300 sets with three blades each). It may sell R$1,5 billion a year, but not for sure. The company founded in 1995 has invested in a T A operação plena dos oito moldes ativos da Tecsis Camaçari, em 2017, pressupõe cerca de 2.000 eMployees Tecsis in Camaçari will need 2.000 employees to be totally operating in 2017. That is why it has hired some workers from Camaçari for the first step that will begin in the next weeks. Nearly 1.500 people have been hired. It has Senai‑BA as partner to have specific courses for the workers. For having qualified professionals it has spent about R$1 million. The courses in Senai are for 720 job vacancies on the fi rst phase. The students from the courses also were interviewed and tested for the job. The new employees in Tecsis have a training course before going to production line. They must metade das pás produzidas são voltadas para o mercado doméstico DIvULGAçãO mÃo de obra project to work in other countries and also intends to build a third factory abroad. However, half of the produced blades are sold in Brazil for this market has expanded in this country. Tecsis in Camaçari plans to expand its building as long as it gets more contracts, but it is already working to expand in 2017. Firstly, two places will serve the clients for the next three years and they are ready to start producing, one Gamesa and one Acciona, both Spanish companies. The company has also assigned more two contracts and shall start operating in 2016. One of the contracts is with the French Group, Alstom. The company cannot calculate the profit with the new factory due to the changes in the production process, models and dollar value. Two years ago it would be calculated around R$100.000 for each blade, but not now. So that Tecsis has chosen not to reveal an official number about it for the factory in Camaçari. © Em 2015, a produção total da Tecsis, concentrada na unidade de Sorocaba, interior de São Paulo, foi de 3.900 pás (1.300 sets, conjunto de três pás eóli‑ cas). Ainda sem números fechados, prevê um fatu‑ ramento de R$ 1,5 bilhão no ano. A companhia fundada em 1995 também tem investido em um projeto de internacionalização, e pretende construir uma terceira fábrica fora do Brasil. Contudo, com a expansão da produção eólica no país, atualmente metade das pás produzidas têm sido voltadas para o mercado doméstico. Construída em módulos, a Tecsis de Camaçari tem um plano de expansão à medida que os contratos que forem sendo fechados. Mas já calcula ampliar uma nova fase da operação no segundo semestre de 2017. Nesta primeira etapa, dois moldes já foram contratados com demanda para os próximos três anos e estão prontos para iniciar produção, um da Gamesa e outro da Acciona, ambas espanholas. Outros dois contratos também foram fechados para a fábrica baiana, e de‑ verão entrar em produção ainda em 2016. Um desses com o grupo francês Alstom. Mudanças nos processos produtivos, modelos e cotação do dólar prejudicam uma previsão de fatu‑ ramento para a nova fábrica. Em números de dois anos atrás, o cálculo básico seria feito com base em 100 mil reais para o valor de cada pá, mas isso não corresponde ao período atual. Assim sendo, a Tecsis prefere não divulgar um valor oficial sobre o fatura‑ mento da fábrica de Camaçari. half of produced blades are for sellIng In brazIl Bahia opportunities - land of good business 55 © DIvULGAçãO ENERgIA ENERgy novas linhas de transmissão na Bahia neW transmission lines in Bahia funcionários. Para esta primeira etapa, que se inicia nas próximas semanas, foi dada prioridade à contra‑ tação de mão de obra entre os moradores da região de Camaçari. Cerca de 1.500 empregados diretos já estão em processo de contratação. Para tanto, foi firmado um convênio com o Senai‑ ‑BA para elaboração de cursos específicos para a empresa. Entre capacitação e contratação de pro‑ fissionais da região, foram investidos cerca de R$ 1 PÁS dA TEcSIS gIRAM PElO MuNdO MAIN cOuNTRIES ThAT uSE TEcSIS blAdES além do brasil, a tecsis já enviou equipamentos para estados unidos, canadá, méxico, romênia, turquia, Itália, alemanha, Irlanda, espanha, polônia, suécia, Índia, china, austrália, entre outros. empresa foi criada em sorocaba, em 1995. nesses 20 anos, já produziu quase 45 mil pás, com capacidade total para gerar 25 gw, equivalente a quase duas usinas de Itaipu. Besides Brazil, tecsis also send products to Usa, Canada, Mexico, romania, turkey, italy, germany, ireland, spain, poland, sweden, indian, China, australia and others. the companywasfoundedinsorocabacityin1995. ithasproducedalmost45thousandblades overthelast20yearsandcanproduce25Gw which means nearly two plants like itaipu. 56 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios juazeiro – ourolÂndia 500 kv gentio do ouro – Bom jesus da lapa 500 kv sapeaçu – iBicoara – Barreiras – Bom 500 kv jesus da lapa – gilBués (pi) eunápolis – teixeira de freitas 230 kv Barreiras – formosa (go) 500 kv irecê – morro do chapéu 230 kv poções – messias (al) 230 kv DIvULGAçãO © milhão. Os cursos aplicados pelo Senai abrangeram mais de 720 vagas na primeira fase dos editais. Os alunos certificados nesses cursos passaram por exa‑ mes e entrevistas sociofuncionais, a caminho da contratação. Na Tecsis, os novos funcionários também recebem um novo treinamento técnico, antes de serem enca‑ minhados para a produção. O objetivo é que possam conhecer mais profundamente os processos industriais deeply know about the very specific industrial process of wind blades. Since the factory will be built gradually it shall need more workers in the next years. The good news is that this process uses few machines, it really needs many workers. So the more production line increases the more workers are needed. Tecsis thinks about being totally operating in 2018. ALBERTO COUTINHO/GOvBA melHor Potencial eólico do PaÍs the best PlAce FOr WInD enerGY In the cOuntrY © t erra de ventos constantes e sol forte, a Bahia leva vantagem nos leilões da Agên‑ cia Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que são baseados em critérios de custo/efici‑ ência. O estado possui o melhor potencial eólico‑solar do país, com 195 mil MW de potencial eólico a 150m e uma média anual de irradiação solar eleva‑ da, alcançando picos de 6,5 kWh/m2. Prova disso o estado hoje está à frente do rio Grande do Norte e do Ceará, há mais tempo investindo em projetos de energia, com r$ 22,7 bilhões em investimentos e 230 projetos comercializados. Com 505 MW médios, a Bahia é o terceiro maior produtor de energia eólica do Brasil, um crescimento de 123% em relação a 2014. A previsão é que, em 2020, o estado será o primeiro produtor. Com um detalhe, enquanto os outros estados nordestinos localizam os projetos no litoral, a Bahia tem maior potencial eólico justamente no interior do estado, especialmente ao longo de toda margem direita do rio são francisco, desde a serra do Espinhaço até Juazeiro. O fato não só reduz os problemas ambientais como promove inclusão social e desen‑ volvimento em regiões mais carentes como os municípios do semiárido. Nesses, distribuídos em 22 municípios, em energia eólica já existem con‑ tratos privados do mercado livre, investidos r$ 18,5 bilhões em 186 usi‑ nas, com 4,5 GW de potência. De acordo com o PIEE — Programa de Investimento em Energia Elétrica, do Gover‑ no federal, um investimento de r$ 186 bi‑ lhões deve propiciar a realização de leilões para gerar entre 25 mil e 31 mil MW de ener‑ gia, até 2018. O programa inclui a constru‑ ção de 38 mil km de linhas de transmissão, com r$ 4,1 bilhões investidos. B ahia is sunny and very windy and that is an advantage at auction of Aneel as it based on cost efficiency. Bahia is the best place for wind energy in Brazil with 195 thousand MW in 150 m and high solar irradiation that reaches 6,5 kWh/m2. Even though Rio Grande do Norte and Ceará states have invested R$22,7 billion in 230 energy projects, these two states are after Bahia in production. Bahia is the third largest producer of wind power in Brazil with about 505 MW, in other words it has grown 123% since 2014, and is likely to be the first one in 2020. Unlike the other states that work at beachside Bahia countryside is its best place to wind power, mainly around São Francisco River, from Serra do Espinhaço to Juazeiro. That way reduces the environmental problems, increases social inclusion and helps develop the poor cities in the area. Distributed in 22 cities, already there are contract with private companies to invest R$18,5 billion to have plants with 4,5 GW. According to PIEE (Electric Energy Investment Program) investing R$186 billion may afford auction to produce from 25 thousand to 31 thousand MW of energy by 2018. The project also makes possible 38.000 km of transmission line by spending R$4,1 billion. Bahia opportunities - land of good business 57 © divulgação mineração mining da construção de pás eólicas, já que são bastante específicos. Como a implantação da fábrica será feita em módulos e etapas, é prevista a ampliação de novas contratações nos próximos anos. Destaque importante é que, na produção de pás, há uso intenso de mão de obra, pois os processos ainda são pouco automatizados. Com o aumento das linhas de produção, é certo que haverá necessidade de contratação de novas equipes, em função dos con‑ tratos assinados. A Tecsis avalia entrar em 2018 com os oito moldes em plena operação. CADEIA PRODUTIVA DA ENERGIA EÓLICA Com a chegada da Tecsis, a Bahia já abriga seis empreendimentos industriais para completar a ca‑ deia produtiva da energia eólica. Além das pás cus‑ tomizadas, há fábricas de torres eólicas, pás, nacelles e montagem de turbinas. As outras empresas são as espanholas Gamesa, Acciona Windpower e Torrebras, a joint venture entre a brasileira Andrade Gutierrez e o grupo francês Alstom denominada TEN e a Wobben Windpower, subsidiária da alemã Enercon GmbH. 58 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Nos últimos dez anos In the last ten years • As torres do aerogeradores ficaram mais altas: de 50 m para os 120 m atuais; The towers of the wind turbines have become higher: from 50 m to 120 m now; • A potência das máquinas triplicou, de 1MW para 3MW; The machines are three times more powerful, from 1 MW to 3 MW; • O preço médio da energia obtida pela força dos ventos caiu 45%, fazendo com a eólica seja a segunda energia mais barata no país, atrás somente da hidrelétrica. The wind energy price has lowered 45%, it is the second cheapest energy in Brazil just after the hydroelectric one. Números da energia eólica O Brasil detém a 10ª maior capacidade de geração do mundo, segundo o Conselho Global de Energia Eólica. Ficou atrás apenas de China, Alemanha e Estados Unidos no que diz respeito ao crescimento do potencial em 2014. Cabe à Região Nordeste 75% da capacidade de produção brasileira, sendo que, dos cinco maiores estados produtores, quatro são do NE — Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, e Piauí. A energia eólica responde por 5,8% da matriz na‑ cional de energia, abastecendo 6 milhões de residên‑ cias. Desde 2009, através de leilões, já foram contratados 15.168,2 MW, em 600 empreendimentos a partir de fonte eólica. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), atualmente a energia eólica é con‑ siderada a segunda mais competitiva do país, atrás somente de projetos hidrelétricos de grande porte. Para a presidente executiva da associação, Elbia Gannoum, “até 2020, seremos a segunda maior fonte de geração de energia do Brasil”. Production Chain of Wind Energy Tecsis is one of the six industries of wind power in Bahia. They produce blades, wind tower, nacelles and wind turbines. The other companies are the Spanish Gamesa, Acciona Windpower and Torrebras, a joint venture between the Brazilian Andrade Gutierrez and the French Group Alstom called TEN and Wobben Windpower, a affiliate of the German Enercon GmbH. Numbers from wind power Brazil is the tenth one in capacity according to GWEC. Regarding the growth in 2014 Brazil is just after China, Germany and USA. Northeast Brazil keeps 75% of the capacity in this country, and four states in Northeast are among the five largest producers in this country – Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará and Piauí. The wind power is responsible for 5,8% of the energy in Brazil and it means 6 million of houses. Since 2009 they sold 15.168,2 MW for 600 businesses. Abeeolica (Brazilian Association of Wind Power) informs that wind energy is now the second more competitive in Brazil, just after big hydroelectric projects. Elbia Gannoum, the president, says, “We will be the second largest energy source in Brazil by 2020”. Bahia opportunities - land of good business 59 © Mateus Pereira/GOVBA Tecnologia Technology Bahia desenvolve o seu “Yellow Submarine” Robô será utilizado para inspeção visual em 3D de alta resolução A robot will be used for 3 D high resolution inspection por /by fabiane pita bandeira A música Yellow Submarine é uma das can‑ ções mais famosas da banda dos quatro meninos de Liverpool, The Beatles. A tec‑ nologia possibilitou materializar a música e assim nasceu o submarino amarelo da Bahia. Batizado FlatFish, o veículo autônomo submarino — AUV é o primeiro protótipo do tipo desenvolvido no Brasil, uma parceria do SENAI CIMATEC com a BG Brasil, parte da BG Group, que atua nas áreas de exploração e produção de óleo e gás e de gás natural liquefeito, uma importante ferramenta na exploração de petróleo e gás em águas profundas, garantindo maior segurança operacional e ao meio ambiente. 60 Bahia oportunidades - terra de bons negócios “Yellow Submarine” is developed in Bahia ellow Submarine is one of the most famous music of Beatles. The technology made possible to have one in Bahia. Its name is FlatFish, a submarine – AUV, the first kind of prototype develop in Brazil by SENAI CIMATEC and BG Brasil that works with oil, gas and liquefied gas, an important tool to get petroleum and gas in deep water in a safe way for the operation and environment. Y Mateus Pereira/GOVBA © os supercomputadores são pontos de partida para os grandes projetos The supercomputers are the start for great projects Foi investido um total de R$30 milhões na primeira fase do projeto que começou no final de 2013 e finalizou em dezembro de 2015. Os recursos aportados no projeto são de três fontes, da própria BG Group com apoio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do SENAI/BA. Já o Centro de Pesquisa Alemão para Inteligência Artificial — DFKI entrou como parceiro tecnológico do SENAI CIMATEC para o desenvolvimento do submarino. “Hoje temos um protótipo de robô de inspeção sub‑ marina para operação de até 300 metros de profundidade. É importante salientar que temos um programa de robótica enxergando 5 a 10 anos para frente e estamos trabalhando em etapas. Estimamos que dentro de 4 a 5 anos, tenhamos desenvolvido tecnologia para que o FlatFish chegue aos 3 mil metros de profundidade, um passo importante para o Estado entrar no circuito de exploração do pré‑sal”, afirma o engenheiro mecânico Daniel Motta, gerente do Centro Tecnológico do SENAI CIMATEC. Quanto à produção em escala comercial, o SENAI CIMATEC já começou a discutir com empresas que The project started spending R$30 million in 2013 and finished in December/2015. The resources come from three sources, BG Group sponsored by ANP, Embrapii and SENAI/BA. DFKI, a German Research Center for Artificial Intelligence, has been a partner of SENAI CIMATEC to develop the submarine. “We have a prototype robot for underwater inspection up to 300 meter depth. It is important to know that we have a 5-to-10-year-ahead-robotic program and we have been working step by step. We might make the FlatFish able to reach 3.000 meter depth within 4 or 5 years, a significant step to exploit pre-salt layer”. Daniel Mota affirms, engineer and Technology manager at SENAI CIMATEC. SENAI CIMATEC has already started talked to some companies that may be interested in FlatFish. “The robot reaches 300 meter depth yet, but it may be improved for pre-salt layer work. However, the one for lower depth can be sold within few years”, Motta says. The manager told they hired German and French researchers from DFKI and professionals from local Bahia opportunities - land of good business 61 © MATEUS PEREIRA/GOvBA TEcNOlOgIA TEchNOlOgy temos um programa de roBótica enxergando 5 a 10 anos para frente We have a roBotic program 5 to 10 years ahead danIel motta, gerente do centro tecnolÓgIco / technology center manager tem interesse em comercializar o FlatFish. “O robô ainda está no estágio de 300 metros de profundidade, tem muita tecnologia a ser desenvolvida para atender a demanda comercial focada em pré sal. Já a comer‑ cialização para demandas com menor profundidade pode ser feita dentro de poucos anos”, diz Motta. Segundo o gerente, no início do projeto foram con‑ tratados pesquisadores alemães e franceses do DFKI e profissionais baianos provenientes de universidades do Estado. “Privilegiando alunos baianos e pensando no fato da residência e do profissional querer estabelecer sua carreira aqui e manter a competência na Bahia. Hoje contamos com 23 pesquisadores, sendo 17 baianos, 4 estrangeiros e 2 de outros estados”, afirma. Para a segunda etapa, que também tem previsão de durar dois anos, a estimativa é que o investimento chegue a R$ 40 milhões para desenvolver o projeto da docking station, a estação de docagem onde o FlatFish vai conectar para carregar bateria e fazer download e upload de infor‑ mações. “O objetivo é que o robô possa viver debaixo d’água durante um ano, passado este tempo, o equipamento precisa voltar para manutenção da estrutura mecânica, re‑ tirada de sedimentos, verificação dos sistemas e troca de componentes”, explica o gerente do Centro Tecnológico. CriatiVidade baiana O engenheiro eletricista e eletrônico, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre em Engenharia da Produção pela Universidade Federal 62 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios universities at the beginning of the project. “We preferred the local students so that the capacity can be kept in Bahia. Now we have 23 researchers, 17 from Bahia, 2 from other states and 4 from other countries”. He affirms. The second step must run for two years and the investment should be R$40 million to develop the docking station project, a station where the FlatFish will charge the battery and download and upload information. “The robot should be under water for one year, after that, the machine and system must be checked, sediment be removed and some parts changed”. The manager explains. CreatiVity in Bahia Marco Reis, an electrical and electronic engineer, graduated in UFPR, master in UFSC and supervisor of the FlatFish project and from Mato Grosso state, believes the first prototype made in Brazil is successful because of the creative people from Bahia. “Everyone knows that the petroleum shall be got from deep water in 10 or 15 years and it needs a robot. We went to Germany last year to show FlatFish and we got to know other projects, but no project was as ahead as ours in such little time. It was audacious”, he says. He also said, “When I am asked, why SENAI? Such vEJA OS dETAlhES dO FlatFish chEcK ThE FlatFish dETAIlS 1. torre de comunicação Responsável pelas funções recuperação do veículo em caso de falha do sistema, dispondo de uma bateira própria, a torre envia sua aposição atual via satélite para a equipe de buscas. Communication Tower It restores the vehicle functions in case of system failure by using its own battery the tower sends information via satellite to the rescue team. 5. Propulsores O sistema de atuação é composto por 6 desses motores, cada um dispondo de 60N de força. Tal sistema permite atuação em 5 graus de liberdade garantindo assim alta capacidade de manobrabilidade. Propellants The system has 6 of those, each one is 60N powerful. Such system allows perform in 5 degrees of freedom to make sure high capacity of maneuverability. 14. usBl É um componente que utiliza ondas acústicas para realizar comunicação e estimação de posição do veículo quando submerso. O equipamento disponível no flatfish possui um raio de atuação de até 1 km e comunicação de até 32 kb de banda, a antena de recepção fica no veículo na sua parte superior e sistema de posicionamento em uma base fixa no seu ambiente de atuação. USBL It uses acoustic waves for communication and to determine the vehicle position when underwater. The equipment in FlatFish reaches up to 1 km and communication can be up to 32 kb, the reception antenna is on the top of the vehicle and position system on the fixed base at the place to perform. 9. sonar de varredura É um sonar que realiza varreduras lineares em 360 graus com 70 metros de raio, o flatfish possui 2 desses sonares um disposto na horizontal na frente do veículo e outro na vertical na parte traseira, servem para o reconhecimento e desvio de obstáculos. Scan Sonar It performs 360 degree scanning with 70 meters distance and there are two of those at FlatFish, one is horizontally in front of the vehicle and one is vertically on the back of the vehicle to notice and avoid obstacles. 7. Faróis de led O sistema dispõe de 4 leds com alta capacidade de iluminação (até 7 mil lumens cada) para aquisição de imagens em ambientes com baixa ou nenhuma iluminação. LED Headlight They are high illumination headlights (up to 7.000 lumens each) to get images in dark or very dark places. 8. sonar de micro-batimetria É um sonar de alta precisão que estima a distância para a estruturas em sua linha de avaliação. É utilizado tanto para a realização de inspeção quanto para o sistema de navegação do veículo. Micro-bathymetric Sonar It is high precision sonar that estimates the distance for structures. It is as useful for inspection as for navigation. 6. câmeras O sistema dispõe de 4 câmeras com resolução 2xFull HD (2040 x 2040) dispostas em configuração estereoscópica permitindo a aquisição de imagens para a realização de reconstrução 3D de objetos de interesse tanto na frente quanto abaixo do veículo. 2. Bateria Com 5 kwh de potência é responsável por alimentar todo o sistema do veículo, proporcionando uma autonomia estimada de até 8h. Battery It is 5 kwh, serves all vehicle system and lasts up to 8 h. Cameras There are 4 cameras 2x Full HD (240 x 2040) prepared in stereoscopic configuration for 3D reconstruction of the interesting objects in front of and under the vehicle. 8. sonar de micro-batimetria É um sonar de alta precisão que estima a distância para a estruturas em sua linha de avaliação. É utilizado tanto para a realização de inspeção quanto para o sistema de navegação do veículo. Laser Schemes reference lines for the captured imag 4. sonar de imageamento Utilizado no sistema de navegação delimitando pontos de referência e para realizar a inspeção de estruturas. 3. lasers Traça linhas de referência para as imagens capturadas pelo veículo melhorando a sensação de profundidade e distancia em cada quadro. Laser Schemes reference lines for the captured images improving feeling of depth and distance. 13. sensor de pressão Serve para estimar a profundidade na qual o veículo se encontra, dado utilizado como referência para os sistemas autônomos de controle e navegação. Pressure sensor Determines the depth where the vehicle is. Information used as reference for the systems of control and navigation. Imaging Sonar It is used to delimit reference points and to inspect structure. 10. dVl (doppler Velocity log) Este sensor estima a velocidade do veículo em relação ao solo, bem como as velocidades das correntes do ambiente de atuação do robô. Serve para compor o sistema de estimação de posição do veículo, o qual possibilita a navegação autônoma do equipamento. DLV This device estimates the vehicle speed regarding the soil, as well as the tide speed where the robot is. It is useful to define the vehicle position which makes possible the equipment independently navigates. 11. compartimento seco 1 12. compartimento seco 2 O flatfish possui dois compartimentos secos para embarcar os componentes do que não podem ter contato com a agua, feitas de titânio esses compartimentos foram testados para pressões em profundidades de até 300 metros. • O compartimento 1 embarca toda a solução de navegação do veículo, possuindo entre outras coisas um computador para processamento dos sistemas, sensores inerciais, eletrônica de potência dos motores, eletrônica do USBL, além de sistemas de comunicação e alimentação. • O compartimento 2 embarca toda a solução inspeção, possui um computador de alta performance dedicado para a realização de processamento gráfico, bem como toda a eletrônica básica para aquisição de dados para as câmeras e os sonares de inspeção do sistema Dry compartment 1 Dry compartment 2 These two dry compartments to take the components that cannot get wet are made of titanium and were tested for depth pressure up to 300 meters. • The compartment 1 takes all navigation solution of the vehicle, with computer, inertial sensor, Power electronic of the machines, USBL electronic, communication system and food. • The compartment 2 takes all inspection solution, with high performance computing to graphic process, likewise all basic electronics to obtain data for the cameras and the sonar for system inspection. tecnologia Technology de Santa Catarina (UFSC) e coordenador do projeto FlatFish, Marco Reis, mato‑grossense de nascença e baiano de coração, atribui à criatividade baiana o su‑ cesso do primeiro protótipo do tipo feito no Brasil. “Todo mundo sabe que para fazer exploração de pe‑ tróleo daqui a 10/15 anos, vai ter que ser em águas profundas e para isso é preciso de um robô. Quando lançamos o FlatFish em junho do ano passado, na Alemanha, conhecemos outros projetos, mas nenhum estava no estágio que nós estávamos, num curto espaço de tempo. Foi um projeto ousado”, afirma. O coordenador completa dizendo, “quando você me pergunta, por que o SENAI? Essa criatividade é da Bahia! Somos condecorados pela criatividade na mú‑ sica, na cultura, na arte e na tecnologia também. Se olharmos a média de idade do time, são muitos garotos, eu sou o mais velho da turma. Temos esse sangue, essa gana de entregar o projeto e tudo feito na Bahia e por baianos. O recurso financeiro é vital, ele promove, mas aqui temos um somatório de elementos e comprome‑ timento é um deles. Queremos sair da rotina, olhamos a perspectiva de forma diferente. Nossa visão é romper com a mesmice. Esse é o diferencial do SENAI CIMATEC no Brasil. Isso dá orgulho, as pessoas aqui fazem a diferença”, diz o engenheiro de 45 anos. Geovane Mimoso, 26 anos, é formado em ciências da computação pela Universidade Estadual de Santa Cruz em Ilhéus, na Bahia e mestrando em engenharia mecatrônica na UFBA. Entrou no projeto em 2014, Camaçari será sede de uma unidade CIMATEC Industrial Centro de pesquisa e inovação vai apoiar na atração de novas empresas de base tecnológica C amaçari foi escolhida para receber a instalação do CIMATEC Industrial, que será planejado para ter um aspecto muito pa‑ recido com um ambiente industrial e está sendo concebido para operar com serviços tecnológicos em grande escala e com pro‑ jetos de pesquisa e inovação, cujas execuções demandem estrutu‑ ras, espaços, utilidades ou segurança típicos de uma área industrial. “O município ganhará um centro de pesquisa e inovação respei‑ tado nacionalmente e internacionalmente, capaz de apoiar a Bahia na atração de novas empresas de base tecnológica, além de oportu‑ nizar a região a desenvolver suas próprias empresas baseadas na inovação”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Esta‑ do da Bahia (FIEB), Ricardo Alban. 64 Bahia oportunidades - terra de bons negócios a criatividade baiana é o diferencial do senai‑cimatec Creativity in Bahia makes the difference for Senai Cimatec Serão investidos cerca de R$ 50 milhões na primeira etapa de implantação, oriundos de um empréstimo junto ao BNDES, como parte do Programa SENAI de Apoio à Competitividade da Indústria, liderado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O projeto está em fase de planejamento, com a elaboração do Masterplan do CIMATEC Industrial e posterior elaboração dos proje‑ tos básicos e executivos da 1ª etapa de implantação que deverá es‑ tar pronta ao final de 2017. Alban explica que o CIMATEC Industrial é uma extensão do SENAI CIMATEC instalado em Salvador. “Nas instalações atuais, certos ensaios e determinadas atividades relacionadas a projetos de inovação não podem ser realizados adequada‑ mente e com a devida segurança. O CIMATEC Industrial abrigará, portanto, a construção de grandes protótipos e plantas‑ piloto, a realização de tes‑ tes e validações de processos em escala natural e a operação de equipa‑ mentos e plantas‑piloto que envolver certo grau de risco industrial”, diz. No CIMATEC Industrial não serão implantados cursos técnicos ou superiores específicos. Eles continuarão sendo realizados na Escola Mateus Pereira/GOVBA © © Valter Pontes/FIEB passou três meses no DFKI na Alemanha e é respon‑ sável pela integração do sistema do FlatFish. “Integrar o projeto foi uma grande oportunidade de trabalhar com o que eu amo e aqui no Brasil. Todos me diziam que eu teria que sair do país se quisesse trabalhar na minha área, mas sempre acreditei que pudesse fazer algo novo e diferente aqui”, afirma. Rebeca Lima, 29 anos, formada em engenharia elétrica pela UFBA, é uma das três mulheres a integrar a equipe do projeto. “Minha experiência era em indústria e startup, Técnica de Camaçari e no Campus do CIMATEC em Salvador. A atual equipe da instituição será responsável pela operação nos dois pro‑ jetos concomitantemente. Entretanto, a ampliação do número de projetos de inovação com a implantação do CIMATEC Industrial po‑ derá demandar novas equipes de engenheiros, técnicos e pessoal de apoio para executar as pesquisas e ensaios necessários. CIMATEC for industry will be in Camaçari Research and Innovation Center will help to bring new technology companies IMATEC has chosen Camaçari to have a new place planned to work with technology and research and innovation projects, which requires good structure, spaces, utilities or security like industrial places. C creativity is from Bahia! We are creative in music, culture, art and also technology. The researchers are young, I am the oldest one. That is what we are about and we want to make it real here in Bahia by people from Bahia. Financial resource is vital, but we are compromised anyway. We want something different, a new perspective. Making something new is our mission. That is what characterizes SENAI CIMATEC in Brazil. It makes people proud because they know they are important”, the 45 years old engineer says. Geovane Mimoso, 26 years old, is graduated in Computer Science and master in Mechatronics Engineer in UFBA. He started working for the project in 2014, stayed in DFKI in Germany for three months and is responsible for integrating the system FlatFish. “I love this project it was a great opportunity in Brazil. Everyone used to say that I would have to leave Brazil to work in this area, but I always believed I could do something different and new here”. He affirms. Rebeca Lima, 29 years old, graduated in Electrical Engineering in UFBA, is one of the three women working for the project. “Although I used to work in industries and startup that are so different, I have always been interested in researching, but this a very limited area for professors and so. Now I can work with what I am really interested in and develop a real product. What fascinates me is the challenge”, Rebeca says. “The research and innovation center will be in Camaçari, recognized in Brazil and worldwide, it will help Bahia attract new technology companies, and also it will help the region develop its own companies based on innovation”, Ricardo Alban, president of FIEB, affirms. BNDES will loan R$50 million to start the center, from a program of SENAI to support competitiveness in industry, led by CNI. The project has been planned by CIMATEC and it will formulate the basic and superior projects for the first phase that may be ready at the end of 2017. Alban explains that industrial CIMATEC is part of SENAI CIMATEC in Salvador city. “Some activities regarding innovation projects cannot be properly and safely performed. Therefore, Industrial CIMATEC will be a suitable place for prototypes and pilot plants, tests, process full scale and for operating equipment and risky pilot plants”, says. Industrial CIMATEC will not run any kind of courses. The courses will remain in Salvador and Camaçari CIMATEC. The current team will be responsible for operating the two projects concomitantly. Nevertheless, more projects at Industrial CIMATEC demand more workers like engineers, technicians and people to help research and whatever is needed. Bahia opportunities - land of good business 65 © que são mundos diferentes. Mas meu interesse sempre foi por pesquisa, mas o cenário de desenvolvimento em inovação em geral é restrito ao meio acadêmico. Aqui consegui trabalhar com minha área de interesse e ainda desenvolvendo um produto de verdade. O que me encanta é a novidade, o desafio e a quebra na rotina”, fala Rebeca. Daniel Motta, gerente do Centro Tecnológico, faz questão de ratificar o importante papel da ANP. Toda indústria de Petróleo e Gás no Brasil, regulamentada pelo órgão, precisa investir 1% do seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento, sendo que metade pode ser investida internamente e a outra metade precisa ser investida com parceiro brasileiro. “Essa obrigatoriedade movimenta toda dinâmica da tecnologia. Se não existisse essa regu‑ lamentação, talvez a BG fizesse uma parceria diretamente com o DFKI”, explica. Além disso, destaca o papel da Embrapii que financia este tipo de pesquisa. Mateus Pereira/GOVBA tecnologia Technology FlatFish xROV O veículo robótico vai atuar na inspeção visual em 3D de alta resolução, com redução de custos de ope‑ ração e contribuindo na exploração de óleo e gás em águas profundas, garantindo maior segurança opera‑ cional e ao meio ambiente. “Tecnicamente existem outros robôs semelhantes a esse, mas até agora não tem nenhum que faça inspeção. A maioria dos modelos tem conceito de robô torpedo, que faz movimento único. A manobrabilidade do FlatFish é muito maior, maior, ele consegue prever os obstáculos e traçar uma nova rota”, explica Marco Antonio dos Reis. O FlatFish ficará em uma estação submarina sem a necessidade de barcos de apoio e o operador será capaz de estabelecer uma missão de inspeção remota‑ mente da superfície. O veículo realizará o planejamento e a execução da missão de forma autônoma, saindo da estação submarina, coletando os dados de inspeção e enviando‑os para o operador na superfície. O robô é dotado de uma série de equipamentos e sensores que permitem fazer a inspeção térmica e visual. Enquanto o robô não é produzido em escala comercial, as inspeções são feitas através de ROV – Veículo Operado Remotamente. Ele é operado por controle remoto de dentro de uma embarcação com tripulação que precisa ir até os locais a serem inspecionados. O ROV é lançado ao mar através de cabos para fazer a inspeção submarina 66 Bahia oportunidades - terra de bons negócios Daniel Mota, Technology Center Manager, confirms the importance of ANP. All petroleum industries in Brazil need to invest 1% in research and development by investing half inside and half in Brazilian partners. “It moves the technology. Otherwise, maybe BG and DFKI would be partners”, he explains. Furthermore, he talks about Embrapii that pays for that kind of research. FlatfFsh XROV A robot will be used for 3 D high resolution inspection, reducing expenses and helping get oil and gas in deep water, in a safe way for the operation and environment. “There are other similar robots, but no robots can inspect so far. Most the models can make just a single movement. FlatFish has better maneuverability for it can see ahead the obstacles o robô garante maior segurança operacional e ao meio ambiente The robot assures safeness for operation and environment e o controle acontece de forma remota dentro da em‑ barcação. O piloto controla o robô submarino que trans‑ mite as imagens em tempo real em um monitor de TV. “É uma atividade que exige muita atenção do piloto e co‑piloto e as duplas precisam ser revezadas a cada hora de atividade, sem ultrapassar um total de 6 horas. Além disso, a água precisa estar calma e não em grande profundidade, o que chamamos de shallow water, não pode ter ondas, nem tempestade, para que haja um ambiente propício para fazer a inspeção. O custo de um dia de inspeção gira em torno de 120 a 200 mil dólares e geralmente leva uns 15 dias para inspecionar uma área completa”, explica o coordenador do projeto FlatFish. Reis acredita que o investimento em um robô AUV possa reduzir entre 70% e 80% os custos de uma operação. “O projeto do FlatFish vai potencializar a segurança do indi‑ víduo, além de promover a preservação do meio ambiente, já que a embarcação não irá para o mar, finaliza. and get another access”, Marco Antonio dos Reis explains. Flatfish will be in an underwater station with no boats to support and an operator will inspect from surface. The vehicle will plan and execute the task automatically by leaving the underwater station, collecting information after inspection and sending them to the operator in surface. The robot has sensors and parts to allow thermal imaging and visual inspection. While the robot isn’t produced to sell, ROV have been inspecting. It is operated by a remote control in a boat with workers who need to go to the places under inspection. ROV is thrown to the sea by cables to inspect underwater and such control comes from inside the boat. The operator controls the robot that sends images right away to a TV. “That task requires two very attentive operators who are replaced for other two operators after one hour working and the shift must be only 6 hours. Moreover, the sea needs to be calm and no very deep, what is called shallow water, no waves, no storms, in order to have inspection. One day of inspection is around US$120.000 to US$200.000 and usually it takes 15 days to inspect an area”, FlatFish supervisor explains. He believes that AUV robot may reduce 70% to 80% the expenses with operation. “The project FlatFish will increase safeness and preserve environment since the boat will not go to the sea”. He says. Bahia opportunities - land of good business 67 Cotton flower A Icofort - uma das maiores empresas do Norte e Nordeste em processamento de algodão - vai concluir neste primeiro semestre de 2016 um investimento de R$ 45 milhões em seu parque industrial em Juazeiro, no Vale do São Francisco. A meta é dobrar a capacidade de refino de óleo bruto de algodão das atuais 200 toneladas por dia para 400 toneladas/dia, além de inaugurar uma nova linha industrial para a produção de margarinas e gorduras vegetais. Icofort, one of the largest companies in North and Northeast Brazil for cotton process, will spend R$45 million on its industrial unit in Juazeiro city. The goal is to double the capacity of refining cotton oil from 200 tons per day to 400 tons per day, and also have a new industrial line to produce margarine and vegetable fat. © DIvULGAçãO Flor de Algodão © DIvULGAçãO bONS NEgÓcIOS gOOd buSINESS Sulfur free air Ar livre de enxofre Paranapanema, the largest copper producer in Brazil, has invested R$65 million to modernize (UAS) the unit in Dias D’Avila city. When cooper is melting, gas is emitted – essentially sulfur dioxide – USA ensures that it is treated and turned sulfuric acid and fresh air, so environment is free of gas. The unit in Bahia produces about 40.000 ton of sulfuric acid per month. © DIvULGAçãO A Paranapanema, maior produtora de cobre do Brasil, investiu R$ 65 milhões na modernização da Unidade de Ácido Sulfúrico (UAS) da planta de Dias d’Ávila. A UAS garante que o gás gerado no forno durante a fundição do cobre – essencialmente dióxido de enxofre – seja tratado e convertido em ácido sulfúrico e ar limpo, evitando assim a emissão de gases na atmosfera. A planta baiana da companhia produz cerca de 40 mil toneladas de ácido sulfúrico/mês. Bahia mais Azul A Azul, terceira maior companhia aérea do país, anunciou a ampliação de suas operações na Bahia. Os voos ligando Vitória da Conquista a Salvador serão retomados com a substituição dos aviões turboélices ATR pelos modernos jatos da Embraer. A companhia passa também a oferecer voos diários de Porto Seguro a Campinas e um voo semanal para São José do Rio Preto e Presidente Prudente, todos municípios paulistas. 68 Bahia oportunidades - terra de bons negÓcios Blue Bahia Azul airlines, the third largest one in Brazil, will increase its operations in Bahia. The flight Vitória da Conquista – Salvador cities will be back and the turboprop aircrafts ATR will be replaced by the Embraer modern airplanes. The company will offer daily flights from Porto Seguro city to Campinas city and a flight from São José do Rio Preto city to Presidente Prudente city every week. © DIvULGAçãO Brumado, Dom Basílio e Rio de Contas A Enel Green Power está investindo cerca de R$ 3 bilhões em usinas eólicas e solares na Bahia. Somente R$ 440 milhões estão na construção de dois parques eólicos Cristalândia I e II, com capacidade instalada de 30 MW (15 turbinas) e 60 MW (30 turbinas) respectivamente, que devem entrar em funcionamento em 2018. As usinas serão instaladas em Brumado (37 aerogeradores), Dom Basílio (6 aerogeradores) e Rio de Contas (2 aerogeradores). Brumado, Dom Basílio and Rio de Contas cities Enel Green Power has invested around R$3 billion to have wind farms and solar power plants in Bahia. It has spent R$440 million to build two wind farms named Cristalãndia I and II, that are 300MW (15 turbines) and 60 MW (30 turbines) respectively and should be ready in 2018. The plants will be in Brumado city (37 windmills), Dom Basílio (6 windmills) and Rio de Contas (2 windmills). Mapa Solar O SENAI/Cimatec será responsável pela elaboração do Atlas Solar da Bahia. Convênio nesse sentido foi assinado com o Governo do Estado, por meio das secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Infraestrutura. O objetivo do estudo é tornar o Estado referência na produção de energia fotovoltaica (solar), assim como já acontece com a eólica. A Bahia já conta com 32 projetos em energia solar: 893,8 MW de capacidade instalada. Solar Map SENAI/CIMATEC elaborates the Solar Maps Atlas in Bahia. Contract signed by the Science, Technology, Infrastructure and Innovation Department of Government. The study is to produce solar photovoltaic energy in Bahia, as it is already about wind power. There are 32 projects in Bahia about solar energy: 893,8 MW. More PET bottles Engepack will invest R$100 million to modernize and expand the factory in Bahia in Simões Filho city. The company is one of the largest companies in Brazil and produces 4,2 billion bottles a year. They are for sodas, water and edible oil, and they will soon be for beer and milk too. Pipoca doce em Passé Fundada há 23 anos, o Grupo Cicopal anunciou investimentos de R$ 18 milhões e geração de 225 empregos diretos em uma nova fábrica no município de São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador. A indústria terá capacidade de produção de 400 toneladas/mês de salgadinho de milho, bebida mista, refrigerante e pipoca doce das marcas Mico’s e Sullper. O grupo já possui outras três fábricas na Bahia, Goiás e Pará. Sweet pop corn in Passé city Cicopal Group founded 23 years ago is about to invest R$18 million and that means 225 jobs for a new unit in São Sebastião do Passé city, close to Salvador. The industry will produce 400 tons a month of snacks, drinks, sodas and sweet pop corn named Mico’s and Sullper. There are factories in Bahia, Goiás and Pará states. © DIvULGAçãO A Engepack vai investir R$ 100 milhões na modernização e ampliação da fábrica na Bahia, no Centro Industrial de Aratu, em Simões Filho. A companhia está entre as maiores empresas do mercado nacional e conta com capacidade anual de produção acima de 4,2 bilhões de embalagens. A companhia, que divide entre refrigerantes, água mineral e óleo comestível a sua produção de garrafas PET (politereftalato de etileno), quer entrar com força no envase de cerveja e leite. © DIvULGAçãO Mais garrafas PET Bahia opportunities - land of good business 69 Ciência science investir na bahia investing in bahia Votorantim Cimentos consolida compromisso com a Bahia Erik Ribeiro Weide Araújo* 70 Bahia oportunidades - terra de bons negócios © Divulgação C om uma participação de 3,8% no produto interno bruto do Brasil e o maior PIB do Nordeste, a Bahia é estra‑ tégica para a indústria da construção civil, setor que responde por 8% da economia local. A importância decisi‑ va do Estado para o segmento levou a Votorantim Cimentos a apostar em uma nova fábrica. Em Camaçari, um dos maiores polos industriais da América Latina, a empresa investiu R$ 25 milhões em sua primeira unidade exclusiva de produção de argamassas no mercado nordestino. A planta, inaugurada em novembro de 2015, gera 80 empregos diretos e indiretos. Tem capacidade para 206 mil toneladas por ano. A nova fábrica consolida a rela‑ ção histórica da Votorantim Cimentos com a Bahia. Nos anos 80, a empresa operou duas fábricas de cimentos no Estado, a Cocisa e a Cimento Aratu. Nos anos 2000, outro empreendimento com a nossa marca foi uma moagem de cimentos e argamassa no Complexo Industrial de Aratu. Fatores diversos levaram à descontinuidade dessas unidades, sem que fosse esquecido o objetivo de retomar a presença no mercado baiano. Sabemos que o atual cenário do Brasil é desafiador. O valor adiciona‑ do da construção civil no Estado, que registrou curva ascendente de 2003 a 2010, desacelerou nos últimos anos. Mas, a Votorantim Cimentos, presente no negócio de materiais de construção desde 1933, já viu muitas crises ao lon‑ go de sua trajetória. Foi justamente a ousadia que levou a empresa a sobre‑ viver a essas oscilações do mercado interno e exterior. E se firmar como um dos maiores players globais do setor, com capacidade produtiva de cimento de 54,5 milhões de toneladas/ano e presença em 14 países. Nesse contexto, o Nordeste é uma região estratégica. Nos Estados nordestinos, estão instaladas atu‑ almente seis plantas industriais da empresa, localizadas no Maranhão, Ceará, Pernambuco, Sergipe e, ago‑ ra, também na Bahia. Nesse Estado de oportunidades, a Votorantim Cimentos chegou para ficar e cons‑ truir, com um portfólio de produ‑ tos e serviços para atender a todos os tipos de obras, da fundação ao acabamento. A Votorantim Cimentos se desen‑ volve mantendo o posicionamento ba‑ seado na perenidade do negócio e dos relacionamentos. E foco em produtos que são feitos para durar. A fábrica em Camaçari representa essa visão. São soluções e produtos que demonstram o compromisso com os clientes e com relações duradouras baseadas na con‑ fiança e no cuidado individual. Mais do que isso, evidenciam, o nosso compro‑ misso com a Bahia. Cement Votorantim has been committed to expand in Bahia T he company is the largest GDP in Northeast Brazil, its participa‑ tion in Brazil GDP is 3,8%, and Ba‑ hia is strategy for civil construction which is 8% of the local economy. Votorantim will have a new factory because believes Bahia is an im‑ portant state. The company has in‑ vested R$25 million in its first unit exclusively to produce mortar in Northeast. The factory, opened in 2015, creates 80 formal and informal jobs and can produce 206.000 tons per year. The new factory affirms the part‑ nership between the company and Bahia. The company used to have two factories in 80’s named Cocisa and Aratu Cement. Another business owned by the company in 2000’s was a cement and mortar factory in Aratu district. Those units were closed due many problems, but coming back to Bahia is a deal. We know the business situation in Brazil is a challenge. The civil con‑ struction sector in Bahia has increased from 2003 to 2010 and has decreased since then. But Cement Votoratim has been in this business since 1933, and has already seen many moments of crisis. The company has survived those crisis in Brazil and worldwide just because it is audacious. It is now one of the largest companies in this sector and can produce 54,5 million ton per year of cement and it is in 14 countries. Northeast is a strategic region. There are six factories in Maranhão, Ceará, Pernambuco, Sergipe and now Bahia. In this state of opportunities, Votoratim has come to stay with many products and services to work with all kinds of construction, from foundation to conclusion. Votorantim has grown but has kept its idea for the business and transac‑ tions. And the products are to last. The factory in Camaçari represents it. It has reliable products and solu‑ tion that show commitment with the clients. Furthermore, it indicates our commitment with Bahia. *Gerente‑geral de Operações da Votorantim Cimentos ‑ Brasil *Manager at Cement Votorantim Brasil Bahia opportunities - land of good business 71 O perigo aumentou e o combate precisa ser ainda mais forte. Já está provado que o mosquito da dengue também transmite a Chikungunya e o Zika vírus, que pode causar a microcefalia em bebês. É uma doença muito grave, com risco de paralisia cerebral, dificuldades motoras, sequelas para toda a vida e até a morte. Mais do que nunca, precisamos da ação de todos. Faça sua parte na luta contra o mosquito. Não deixe água parada e acabe com os focos.