Flica - Fim de semana em Cachoeira teve repente, recitais e cortejo

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Flica - Fim de semana em Cachoeira teve repente, recitais e cortejo
Fundação Pedro Calmon - Governo da Bahia -
Flica - Fim de semana em Cachoeira teve repente, recitais e cortejo poéticos e
lançamento de livro
Livro e Leitura
Postado em: 18/10/2015 19:20
A animação deste sábado (17), na Flica, ficou por conta da programação infantil do Espaço Leia e
Passe Adiante. Durante todo o dia, música, leitura e brincadeira atraíram as centenas de crianças
que visitaram o Espaço e se divertiram com a contação de história do projeto Livro Viajante,
apresentação musical de Paraíba da Viola e da banda de Palhaços A+ Comunidade.
O estudante Josafá Ribeiro Rios, 8 anos, da Escola Joaquim Torres dos Santos, da comunidade
do Tupim de Cachoeira, era um dos atentos à apresentação do A+ Comunidade. “Eles fazem piadas
e também brincam com a gente, estou gostando muito”, disse o garoto aplaudindo o espetáculo, que
também é formado por crianças. “Apresentamos brincadeiras que muitas crianças atualmente não
têm contato, ou seja, cantamos cantigas e contamos histórias da infância de nossos avôs para
divertí-las, o que termina entretendo pessoas de toda idades”, disse Rafifi Maria Ara, conhecida
como Bujona, integrante dos Palhaços A+ Comunidade. Após a apresentação do Palhaços A+
Comunidade, os músicos Paraíba da Viola e Leandro Tranquilino fizeram um show de repente com
temas sobre a feira de livros e o projeto Leia e Passe Adiante. “O cara já nasce poeta, ninguém
ensina. Tudo que fazemos é de improviso, porque se não nasce poeta não se consegue cantar”,
explicou Paraíba da Viola, que atua como repentista há mais de 30 anos. Leandro Tranquilino,
parceiro e que estava ao lado de Paraíba, acrescentou: “O repente além de ser um texto de
improviso, pode misturar o momento presente e o sentido histórico sem perder a dinâmica dos
versos”, enfatizou Leandro. Quem aprovou a apresentação foi o aposentado santamarense, Roberto
Ribeiro Santos: “Eles são bons. Gosto de ouvir músicas do sertão. Eles cantam o que sentem e
sátiras entre as regiões e os fatos políticos também”. Programação infantil - Usando linguagens
artísticas, a contação de história feita pelo professor Jorge Conceição, no período da tarde,
percorreu as ruas de Cachoeira, com os integrantes fantasiados com figurinos de bois e recitando
cantigas em combate ao preconceito. “O boi multicor não causa um efeito imediato de desconstruir
o que a criança traz desde a infância até a fase adulta. É evidente que com ela fica mais fácil de
trabalhar ludicamente, o que pode haver uma transformação de certos comportamentos, pois muitas
aprendem com os adultos. Ela não tem tempo de construir essa mentalidade. Então, quando
emitimos mensagens através da música e do teatro, desconstruímos certos recalques, assim as
crianças começam a considerar o boi preto ou de qualquer outra cor, bonito”, frisou Conceição. De
mãos dada com a mãe, Pedro Souza, 7 anos, não parava de cantar a música de domínio público“boi
boi boi da cara preta”. “É uma forma muito interessante de combater o preconceito entre as
crianças. Eles conhecem as músicas, mas com outros sentidos, com novas histórias”, disse a
soteropolitana Roberta Souza, que veio passar o dia na Flica. Após a apresentação do Boi
Multicor, houve o lançamento do segundo livro da escritora Luíza Helena, 12 anos, “O lobisomem de
Itaberaba”. “Todos podem escrever, basta querer e não desistir de sonhos”, disse ela quando
indagada como começou a redigir seus primeiros rabiscos. Helena contou que seu primeiro livro
chama-se “A cidade perdida dos piratas”, e informou como surgiu o enredo da publicação. “Tinha um
barco afundado numa praia próxima a minha casa e ao perguntar ao meu pai se poderia vê-lo de
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perto ele respondeu que não, mas que eu poderia escrever e imaginar o que tinha acontecido.
Assim brotou a história”, contou a escritora mirim que começou com apenas 9 anos. Ao final do
lançamento houve a apresentação do grupo Rouxinol, que recitou poemas de autores baianos e
brasileiros numa apresentação calcada nas linguagens do teatro e da música. No encerramento da
Flica, domingo (18/09), a Fundação Pedro Calmon / Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
promoveu um cortejo poético com a participação especial do coletivo “Poesia Além das Sete Praças,
Sarau da Onça, Ocupação Cultural e o Grupo Ágape. FLICA - Nesta edição, o Governo do Estado
ampliou sua atuação na Flica, com a participação articulada de diferentes secretarias e órgãos para
o desenvolvimento de atividades relacionadas às áreas de educação, cultura e turismo. A maior
parte da programação vai acontecer no Espaço Educar para Transformar, localizado em frente à
Câmara Municipal de Cachoeira. Lá, o público poderá conferir lançamento de livros, exposições,
contação de histórias e saraus, entre outros eventos. O governo também é um dos responsáveis
pela viabilização da festa, através do programa de incentivos fiscais Fazcultura, uma parceria das
secretarias estaduais de Cultura e da Fazenda. O evento conta, ainda, com patrocínio da Coelba e
da Oi e apoio cultural da Oi Futuro, da Prefeitura Municipal de Cachoeira, do Sebrae e da
Odebrecht.
Confira aqui fotos da Fundação na Flica.
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