Ano 2006
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Ano 2006
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O ano de 2006 foi marcado por uma intensa actividade virada para a conclusão de alguns processos de reestruturação de empresas, e de alienação de algumas participações sociais do Estado a privados e aos Gestores, Técnicos e Trabalhadores, no seguimento da política de desinvestimento público onde as iniciativas privadas podem maximizar o contributo para o desenvolvimento. Como acção de carácter permanente com vista a responder a questões decorrentes da paralisação de unidades económicas participadas pelo Estado, prosseguimos com o processo de saneamento de passivos, devendo salientar o pagamento de indemnizações aos trabalhadores. O plano de pagamento de indemnizações aos trabalhadores, previsto para o período e cuja responsabilidade cabia ao Estado, foi cumprido e levámos a bom termo negociações de processos para a alienação do património de algumas empresas. Cabe aqui salientar que tais processos encerram certa complexidade devido ao estado de falência das empresas, dívidas bastante elevadas com a banca e com outros credores, situação agravada por períodos longos de paralisação das actividades. Dos casos com as características acima descritas, destacamos as sociedades: Texmoque, Hotel Santa Carolina, Companhia Siderúrgica de Moçambique, Trefil, Vidreira de Moçambique. Registámos com ânimo algum desenvolvimento no domínio dos processos ligados à venda das participações do Estado, aos Gestores, Técnicos e Trabalhadores (GTT’s). Nesta matéria, o destaque vai para as participações do Estado reservadas aos GTT’s na Emose, Mecanotubos, Anfrena e Hidroáfrica. Estes processos caracterizaram-se por certa complexidade, devido ao facto de envolverem um elevado número de abrangidos. Realizamos a meio do ano um seminário de apresentação do Estatuto do Gestor Público, onde se concluiu que aquele instrumento jurídico vinha suprir uma lacuna que há muito era notada pelos principais actores da gestão pública. Com efeito, o Estatuto do Gestor Público é um esforço no sentido de a gestão das empresas participadas pelo Estado pautarem por uma governação corporativa que visa buscar cada vez IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 1 maior eficiência económica e transparência nos actos de gestão. No ano de 2006 concretamente no dia 21 de Dezembro o IGEPE completou cinco anos desde a sua criação tendo sido registado, por isso, um momento particular da vida da instituição. Embora o lapso de tempo decorrido pareça ainda curto, somos todavia tentados a afirmar que do ponto de vista de realizações muito foi feito. Com a consciência dos desafios que se nos colocam pela frente, queremos aproveitar esta oportunidade para agradecer todo o apoio e colaboração que nos têm sido dispensados, pelo Ministério das Finanças, pelos membros do Conselho Consultivo, Conselho Fiscal, e todos os parceiros nesta caminhada em busca do contributo para o desenvolvimento sustentável. Os nossos agradecimentos são extensivos aos colaboradores em geral pela disponibilidade e participação na realização do objecto da instituição. Daniel Gabriel Tembe (Presidente do Conselho de Administração) IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 2 CARACTERIZAÇÃO DO IGEPE Missão Gerir as Participações do Estado, maximizando o investimento de capitais públicos. Visão Ser uma Instituição líder e de referência em Investimentos de capitais públicos no sector empresarial Órgãos Sociais Os Órgãos Sociais do IGEPE são constituídos pelo Conselho Consultivo, Conselho de Administração, composto por 5 membros e Conselho Fiscal. Conselho de Administração Daniel Gabriel Tembe Presidente do Conselho de Administração Maria Iolanda Macamo Wane Administradora Silvestre Valente Sechene Administrador Maria Otília Monjane Santos Administradora Rosário Francisco Fernandes Administrador Conselho Fiscal José Chichava Presidente do Conselho Fiscal Eugénio Guilaze Simbine 1º Vogal Ilídio Guibalo 2º Vogal IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 3 Estrutura Organizacional A estrutura Organizacional é constituída por dois Pelouros, o de Controlo de Participações e o de Engenharia Financeira, duas Direcções: Controle de Participações e Engenharia Financeira, o Gabinete Técnico e 5 Departamentos. Figura 1 ORGANOGRAMA DO IGEPE C. Consultivo (CC) C. Fiscal (CF) CA Gabinete Técnico (GT) Pelouro de E.F (PEF) Direcção EF (DEF) Secretariado Pelouro de C.P (PCP) Direcção CP (DCP) Dept. AFI (DAFI) Dept. AEAP (DAEAP) Dept. A e Cont. (DAC) Dept. CPT (DCPT) Dept. CTD (DCTD) IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 4 I. RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2006 1. Introdução A reestruturação de Empresas participadas pelo Estado e as medidas de consolidação da implementação de instrumentos de regulamentação das actividades dos Gestores Públicos, constituíram de entre outras, o cerne das actividades do IGEPE no presente ano. Como acção permanente o IGEPE prosseguiu com o processo de saneamento de passivos e algumas questões decorrentes da paralisação de unidades económicas participadas e procedeu a divulgação do Estatuto do Gestor Público, medida importante, tendo em conta que o conhecimento e implementação do conteúdo daquele instrumento propiciará condições para uma gestão eficiente das empresas de propriedade do Estado, bem como das sociedades em que o Estado detenha participações sociais. O V e VI Conselhos Consultivos do IGEPE reunidos em Julho e Dezembro respectivamente procederam à apreciação do Balanço de Actividades do I Semestre e o Balanço Anual de 2006 bem como as perspectivas para 2007. Adicionalmente, as reuniões do Conselho Consultivo constituíram uma oportunidade para apresentar aos participantes outros temas de reflexão e interesse geral. No Conselho Consultivo de Julho foi apresentado e debatido o tema, “Perspectivas da Indústria Nacional” e o tema, “Proposta de Regulamento dos Representantes do Estado nas Empresas”, documento que foi objecto de apreciação pelo Conselho Consultivo do Ministro das Finanças e, posteriormente submetido ao Conselho de Ministros para aprovação. Este projecto deve ser entendido como um instrumento complementar do Estatuto do Gestor Público. A reunião do Conselho Consultivo de Dezembro contemplou a apresentação do tema: “a visão do Ministério dos Transportes e Comunicações para os Sectores de Telecomunicações e dos Transportes Aéreos”. Como um exemplo de sucesso no quadro do processo de reestruturação empresarial foi apresentado o Caso IFLOMA – Indústrias Florestais de Manica, SA, onde os gestores desta unidade fizeram uma apresentação sobre a sua experiência do ponto de vista de gestão e estratégia futura para a empresa. IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 5 A realização das reuniões do Conselho Consultivo em Julho e Dezembro de 2006 constituiu num momento ímpar de debate dos problemas da instituição, mormente a situação das participadas bem como de acompanhamento do ambiente macro económico do País, particularmente no que tange à situação das empresas participadas pelo Estado. No quadro do fortalecimento da capacidade institucional e busca de experiências sobre a evolução de outras instituições similares, membros da Administração do IGEPE, visitaram instituições congéneres da Malásia e Singapura tendo trazido importantes experiências que contribuem para a definição das linhas estratégicas do IGEPE. Na tentativa de exploração das experiências forjadas nas viagens a Malásia e Singapura e no seguimento do encontro de 2005 em Bilene, um Conselho de Administração alargado a quadros de direcção e técnicos do IGEPE foi realizado em Dezembro último com o objectivo de promover uma reflexão sobre a Estratégia da instituição, que culminou com a definição da Missão e Visão do IGEPE. 2. Enquadramento Macroeconómico 2.1 Economia Moçambicana Estima-se que a economia moçambicana deverá ter observado em 2006 um crescimento do PIB na ordem de 9,6%1, fortemente influenciada não pelos grandes projectos como tem acontecido em anos anteriores mas pelo dinamismo e crescimento que se tem verificado nos sectores de construção, mineração, transportes e comunicações para além da agro-pecuária. A inflação não foi de encontro às expectativas, ao atingir dois dígitos, situando-se em 13,6%2. Nas áreas produtivas em 2006, destaca-se um grande contributo da indústria extractiva, transportes e comunicações, e os serviços do sector público, tendo a agricultura continuado a registar níveis de crescimento que ainda não justificam a sua condição de base de desenvolvimento do país, pese os investimentos de modernização que estão sendo injectados. 1 Balanço do Plano Económico e Social 2006, Fevereiro de 2007 INE - Instituto Nacional de Estatística IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 2 6 As contas externas de 2006 traduziram-se no agravamento do déficit da balança das transacções correntes, situando-se em 22% contra os 17% em 2005. A taxa de cobertura das importações calculava-se em 90% (Setembro de 2006), ou seja, 33% excluindo os grandes projectos. No que diz respeito, ao mercado cambial o Metical depreciou-se no ano de 2006, em 6% relativamente ao dólar americano e, 3.5% face ao Rand moeda Sul Africana e 14% relativamente ao Euro, moeda única da União Europeia. 3. Actividades Realizadas em 2006 3.1. Controle de Participações 3.1.1. Situação das Participações do Estado A 31 de Dezembro de 2006, a carteira de participações do Estado registava um universo de 155 empresas, das quais: Em funcionamento pleno Em deficiente funcionamento Paralisadas e/ou em liquidação 36 78 41 23.% 50% 27% Conforme se pode depreender, das 155 empresas participadas pelo Estado apenas 36 se encontram em pleno funcionamento, sendo da actividade deste conjunto de empresas que têm resultado os dividendos arrecadados para as receitas do Estado. No caso das empresas em deficiente funcionamento, o enfoque do IGEPE tem sido o de procurar mecanismos para a sua reestruturação, esperando-se que parte delas volte a conhecer níveis satisfatórios de funcionamento. Relativamente às empresas paralisadas, os esforços da instituição têm-se centrado na busca de soluções para a sua viabilização, acção que passa pela identificação de investidores interessados em tomar as unidades no seu todo para as reabilitarem, com o objectivo de reactivar as suas actividades. Não sendo possível a manutenção da actividade anterior, a reconversão em novas áreas de produção ou o estabelecimento de parcerias com o Estado têm sido propostos. IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 7 3.1.2. Venda das Participações Sociais do Estado No período em análise foram alienadas participações sociais ou o património que o Estado detinha em 17 sociedades (anexo I), incluindo as participações destinadas aos Gestores, Técnicos e Trabalhadores (GTT’s). Deste conjunto, o destaque vai para a Texmoque, Hotéis Dona Ana e Santa Carolina, Socremo, Sociedade de Desenvolvimento Moságrius, Chá de Magoma, Citrinos de Manica e Sociedade Algodoeira de Namialo, Texmoque A Texmoque encontrava-se paralisada há mais de dez anos. Foi identificado um investidor estrangeiro que pretende investir numa primeira fase cerca de 5,0 milhões de USD para a reabilitação da fábrica e arranque da actividade produtiva. Realce vai também para o facto de o referido investidor pretender manter a actividade têxtil e criar cerca de 800 postos de trabalho directo. Estão em curso na unidade acções preliminares visando o início do processo de reabilitação. Hotéis Dona Ana e Santa Carolina Estas duas unidades hoteleiras, localizadas no Distrito de Vilanculos, Província de Inhambane, que se encontram paralisadas há muito tempo, foram adquiridas por um investidor estrangeiro que pretende reabilitá-los e reactivar a actividade de hotelaria. A reabertura daquelas unidades contribuirá, certamente, para um maior desenvolvimento da indústria turística do país. Socremo Como materialização das medidas tomadas pelo Governo para contribuir na reinserção social dos ex-trabalhadores moçambicanos na extinta RDA, foi cedida a participação social até então detida pelo Estado na Socremo, ao FORTMOD – Fórum dos ex-trabalhadores moçambicanos na ex-RDA. Sociedade de Desenvolvimento Moságrius, SA (SDM) Como implementação da Resolução do Conselho de Ministros que aprovou, em Janeiro de 2005, o princípio de reestruturação desta empresa que se encontrava paralisada há cerca de 5 anos, foi concluído o processo de saneamento financeiro e alienação da maioria da participação social do Estado à Fundação Malonda, que pretende injectar recursos 8 IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ para viabilizar a sociedade e transformá-la num instrumento de apoio ao sector privado na província de Niassa. Como resultado deste processo, foi também alterada a designação da empresa de SDM para Sociedade Malonda, SA (SM). Chá de Magoma, Citrinos de Manica e Sociedade Algodoeira de Namialo No âmbito do processo de saneamento financeiro de todas as empresas do Grupo João Ferreira dos Santos, o Estado deixou de fazer parte das respectivas sociedades. Processos autorizados pela CIRE que aguardam assinatura das escrituras Ainda no quadro da venda de participações sociais do Estado, aguarda-se pela assinatura das escrituras de compra e venda, relativas a 5 empresas, cujos processos foram objecto de autorização pela CIRE. Nesses processos destaca-se os casos da Companhia Siderúrgica de Moçambique, SARL (CSM) e Companhia Moçambicana de Trefilaria (TREFIL, LDA). A CSM (que se encontra paralisada desde 2000) e a TREFIL, LDA, são unidades nas quais o investidor identificado pretende instalar uma indústria siderúrgica para a produção de varão e arame de ferro, entre outros, para o que se dispõe a investir, de imediato, cerca de 10 milhões de USD e empregar cerca de 200 trabalhadores. Merece igualmente realce a Carbomoc, E.E., empresa paralisada desde 1982 e que foi recentemente extinta. Na sequência, está a decorrer o processo da sua liquidação. 3.1.3. Venda de Participações do Estado aos Gestores, Técnicos e Trabalhadores (GTT’s) Durante o ano foram concluídos os processos de venda aos GTT’s em 4 empresas, estando a decorrer outros, em diversos estágios de negociação, relativos a 11 sociedades (anexo II). Neste capítulo, mantêm-se as dificuldades que os GTT´s enfrentam na identificação de fontes de financiamento para a aquisição das participações a si reservadas. Na generalidade, este tem sido o principal constrangimento, pelo facto de grande parte das empresas com participações reservadas aos GTT´s se encontrarem com dificuldades económico-financeiras, limitando deste modo o usufruto das demais facilidades criadas pela legislação, como são os casos IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 9 do recurso a dividendos futuros para o pagamento das participações. 3.1.4. Processos de Reestruturação a decorrer em algumas empresas No âmbito da reestruturação empresarial estão em diferentes estágios de tratamento, os processos relativos a 27 empresas (anexo III), sendo de realçar os seguintes: Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, SA - CMH e Companhia Moçambicana do Gasoduto, SA –CMG A CMH já realizou a sua participação no projecto com a SASOL, encontrando-se na fase conclusiva as negociações para a contratação de financiamentos com vista à realização da participação da CMG no projecto com a ROMPCO (Empresa Sul Africana associada à CMG no projecto de transporte do Gás para a RSA). Por outro lado, decorre com o envolvimento directo do IGEPE, o processo de definição de mecanismos para a participação de nacionais na CMH e CMG. Linhas Aéreas de Moçambique, SA — LAM Está em curso o processo de reestruturação da empresa, trabalho que consiste, de entre outras medidas, no redimensionamento da força de trabalho e saneamento financeiro. Está igualmente em preparação o estudo que irá apresentar a proposta de estratégia da empresa que irá garantir a sua sustentabilidade. Mabor de Moçambique, SA Foi já concluído o processo de pagamento de indemnizações a todos os trabalhadores e continuam a decorrer diligências visando identificar potenciais investidores interessados pela unidade fabril. Petróleos de Moçambique — Petromoc, SA Após a aprovação, pelo Conselho de Ministros, do princípio de reestruturação da empresa, foi lançado um Concurso Público para a selecção do Consultor que irá proceder à avaliação e apresentar recomendações sobre as opções a seguir para reestruturar a empresa. Telecomunicações de Moçambique - TDM, SA IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 10 Decorre o processo de reestruturação, nesta fase assente no redimensionamento da força de trabalho e na redefinição da estrutura organizacional. As taxas de interligação, desfavoráveis ao operador fixo, continuam a ser um nó de estrangulamento nos resultados da empresa. 3.1.5. Assembleias Gerais Em 2006 e até 31 de Dezembro foram realizadas 84 sessões de Assembleias Gerais, das quais 48 foram Ordinárias e 36 Extraordinárias. A participação do IGEPE naquelas sessões permitiu um acompanhamento da actividade das empresas participadas, conhecer os seus desafios e contribuir na tomada de decisões estratégicas para a vida das mesmas, concorrendo desta forma para um melhor desempenho. Com a intervenção do IGEPE tem sido notada uma melhoria de qualidade na preparação das sessões de Assembleias Gerais, desde a produção e apresentação das demonstrações financeiras, até à informação prestada através dos relatórios de gestão. Tem-se evidenciado também uma maior coordenação com os representantes do Estado e Gestores Públicos de empresas participadas, o que permitiu uma melhor harmonização nas decisões a serem tomadas nas sessões. Entretanto, tem-se verificado que algumas empresas continuam a não obedecer aos aspectos legais que devem ser observados para a realização de Assembleias Gerais, o que culmina com a não tomada das deliberações para as quais as sessões são convocadas. O IGEPE propõe-se continuar a trabalhar com as empresas nesta situação para que as irregularidade sejam ultrapassadas. 4. Outras Actividades 4.1. Recursos Humanos Ao nível da área de Recursos Humanos e ao longo do corrente ano, foi dada continuidade às acções de formação de curta duração aos quadros da instituição, de forma a dotá-los de capacidades de intervenção e apoio às participadas, bem como responder a possíveis solicitações do mercado em geral, destacando-se os seguintes cursos: IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 11 Gestão e análise de projectos; Gestão financeira para o desenvolvimento de projectos; Gestão de Documentos em Arquivos, Bibliotecas e Centros de Documentação e Informação; Reciclagem no domínio da língua Inglesa. O quadro de pessoal do Instituto até 31 de Dezembro de 2006 era composto por 27 trabalhadores (figura 2). Figura 2 Estrutura do Quadro Pessoal 9 5 1 27 2 10 Ec o no mi s t a s J uris t a s Ge s t o r d e Inf o rmá t ic a C o nt a b i l is t a s Pes s s o al A d minis t ra t i v o To t a l 4.2. Organização Interna Está em processo de apreciação o Manual de Procedimentos Administrativos e Financeiros do IGEPE, instrumento que vai fortalecer as medidas de controlo interno e uma clara divisão de responsabilidades. 5. Investimentos Um dos grandes desafios do IGEPE é a concepção de medidas visando a exploração cabal das fontes de receitas previstas no seu Estatuto Orgânico, com o objectivo de tornar a instituição não apenas auto-suficiente quanto sustentável, a médio e longo prazos, como também numa referência no âmbito do investimento público no sector empresarial. Como resultados imediatos da reflexão interna que tem vindo a ser privilegiada, foram identificadas algumas áreas potenciais de investimento, sendo de destacar, os Investimentos em carteira em áreas estratégicas como as dos sectores de gás natural e de resseguros. IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 12 E’ neste âmbito que o IGEPE prosseguiu com o processo adesão na sociedade Autogás onde espera adquirir 22% capital social. Na empresa de Resseguros, o Conselho Administração do IGEPE aprovou a aquisição de 20% capital social da ZIMRE – Empresa Moçambicana Resseguros. de do de no de II ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA O exercício económico de 2006 é globalmente positivo. As actividades financeiras foram realizadas num ambiente macro económico caracterizado por relativa descida das taxas de juro e da estabilidade das taxas de câmbio contribuindo para a melhoria do ambiente macro económico. Embora a inflação média planificada de um dígito, 7%, tenha sido superada fixando-se em termos de inflação media de 13,6%, não invalida a conclusão de que o ambiente económico e a confiança dos investidores foram uma realidade observada3. Com efeito, as demonstrações financeiras suportes deste relatório, reportam que os custos dos bens e serviços foram, agravados com o aumento dos preços praticados pelos fornecedores de bens e serviços e as receitas cotadas em dólares apreciaram-se, como resultado da ligeira depreciação do metical nos últimos dois meses do ano. O relatório financeiro é constituído por três partes, a primeira, relativa à abordagem na óptica dos resultados do exercício, a segunda, relativa à abordagem na óptica das receitas, subdividida em Receitas totais, Receitas do Estado e Receitas do IGEPE, a terceira parte, relativa à abordagem na óptica de Despesa, subdividida em Despesas do Estado no Sector Empresarial, no âmbito das Operações Financeiras Activas e Despesas do IGEPE, abordadas na perspectiva de custos do exercício. Fonte: Banco de Moçambique IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 3 13 1. Resultado Líquido do Exercício No ano de 2006, o IGEPE obteve um resultado líquido de 125,67 milhões de meticais. Comparado com o resultado líquido obtido em 2005 de 21,06 milhões de meticais, observa-se um aumento de 104,60 milhões de meticais, devido fundamentalmente ao crescente acompanhamento e apoio das empresas participadas, que se traduz no incremento de dividendos em resultado da melhoria dos métodos de gestão nas empresas. O aumento das receitas de dividendos do IGEPE em 203%, comparativamente com os dividendos recebidos no ano de 2005, contribuiu para este superávit, em grande medida. As receitas de aplicações financeiras cresceram em 200% comparadas com as arrecadado em igual período de 2005. 2. Proposta de Aplicação de Resultados O exercício económico de 2006 produziu um resultado líquido positivo de 125,67 milhões de meticais, ao qual se propõe a seguinte aplicação: Tabela 1: Aplicação do Resultado - 2006 IGEPE Tesouro Total 62.836.506,35 62.836.506,35 125.673.012,70 50 % 50 % 100 % Esta proposta visa capacitar o IGEPE em recursos para fazer face a investimentos em sectores estratégicos identificados no ano passado, como é o caso do gás natural e do resseguro. 3. Receitas Totais As receitas totais arrecadas no exercício de 2006 foram no montante de 601,17 milhões de meticais, fundamentalmente a título de dividendos e alienações (Figura 3). IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 14 Figura 3: Receita Total 89,61% Receitas de Dividendos Receitas de Alienações das Participações Receitas de Alienações aos GTT´s Outras Receitas 2,73% 1,57% 6,08% A rubrica outras receitas compreende, despesas de praça, dividendos de exercícios anteriores e juros de aplicações financeiras. Em termos comparativos, constata-se que em relação as receitas totais de 2005, as receitas realizadas em 2006 apresentam um crescimento acentuado no montante de 216,80 milhões de meticais, correspondentes a 56% (Tabela 2). Tabela 2- Receitas Totais -2006 un: MTn Descrição Receitas de Dividendos Receitas de Alienações das Participações Receitas de Despesas de Praça Receitas de Alienações aos GTT´s Receitas de Juros de Depositos Outras Receitas Total das Receitas Variação % jan-dez/06 jan-dez/05 538,727,628.12 36,576,119.15 557,410.00 9,451,262.31 13,272,611.56 2,585,947.34 251,129,811.44 54,305,838.47 992,912.69 22,608,000.00 4,428,259.55 50,909,467.17 114.52% -32.65% 601,170,978.48 384,374,289.32 56.40% -58.20% 199.73% -94.92% Do montante da receita total realizada no valor de 601,17 milhões de meticais, 487,78 milhões correspondem ao valor das receitas do Estado e 113,39 milhões de meticais constituem receitas do IGEPE (Tabelas 3 e 5). IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 15 4. Receitas do Estado Tabela 3- Receitas do ESTADO- 2006 un: MTn Descrição Receitas de Dividendos jan-dez/06 445,102,092.03 jan-dez/05 220,231,517.75 312,788,822.50 1,281,562.54 112,276.32 18,112,777.57 52,568,291.08 530,605.77 17,014.67 59,690,741.58 179,958,355.50 1,084,739.12 187,294.66 0.00 0.00 0.00 15,241.94 38,985,886.52 Receitas de Alienações das Participações 33,997,005.43 49,881,925.98 EMMA FAMA FAPEL Caravel Moagens de Moçambique Somec Promar Incal Lusotufo CIMA Quimica Geral Tecnel Sociedade Industrial de Tabaco Tian Complexo Turistico de Magaruque Industria de Peugas de Moçambique Ceres Polycajú Saboeira de Inhambane Hotel Dona Ana Emplana Tempografica Texmoque Beira Eneegering SDG Hotel Santa Carolina Ch'a de Gurue 0.00 402,310.83 1,215,000.00 0.00 0.00 0.00 0.00 18,000.00 0.00 90,000.00 0.00 0.00 0.00 0.00 827,590.65 0.00 0.00 90,000.00 3,032,892.72 4,511.70 76,961.00 11,117,811.68 656,505.00 435,153.45 14,710,043.69 1,320,224.71 4,320,060.22 1,419,811.12 2,250,000.00 54,000.00 1,080,000.00 3,354,043.23 255,690.00 27,000.00 6,709,230.00 90,000.00 8,945,640.00 496,412.10 5,104,169.91 13,343,010.53 1,321,702.67 768,031.20 253,125.00 90,000.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 Receitas de Alienações aos GTT´s 8,506,136.08 22,608,000.00 Cimentos de Moçambique Anfrena BIM EMOSE 0.00 110,250.00 8,297,786.08 98,100.00 22,608,000.00 0.00 0.00 0.00 Outras Receitas 176,868.58 35,633,542.45 Pilar Coop Outros 0.00 176,868.58 91,311.71 35,542,230.74 487,782,102.12 328,354,986.17 Mozal Stema Domus BIM Mcel Petromoc Ciedima T.D.M. Total das Receitas IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ Variação % 102.11% -31.85% -62.38% 48.55% 16 Em 2006 as receitas do IGEPE têm a composição espelhada na figura 5. Destacando-se as receitas de dividendos com um peso significativo nas receitas do Estado de 91%, Segue a componente alienações das empresas com um peso relativo de 7%, e as alienações aos GTTs registam um peso de 2% (Figura 4). Figura 4: Receita do Estado 91,25% Receitas de Dividendos Receitas de Alienações das Participações Receitas de Alienações aos GTT´s Outras Receitas 0,04% 1,74% 6,97% Do valor de 487.78 milhões de meticais a favor do Estado (Tabela 3), foram efectivamente transferidos no presente exercício o valor de 375.17 milhões de meticais para a conta do Tesouro Público, estando os restantes 112.61 milhões de meticais em cobrança (Tabela 4). Tabela 4 - Dividendos DIVIDENDOS DO ESTADO EM COBRANÇA Mcel TDM Petromoc Total un: MT valor 52.568.291,08 59.690.741,58 353.737,19 112.612.769,85 5. Receitas do IGEPE • Percentagem sobre os dividendos das empresas participadas pelo Estado; • Dividendos de acções próprias; • Percentagem sobre alienações das participações (Tabela 5). IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 17 Para o ano de 2006 a rubrica Dotação Orçamental O.E (tabela 5), apresenta um valor nulo, dado que já foi considerado nas categorias de receitas de dividendos ou das alienações, “receitas consignadas” para financiar as despesas correntes, decorrente da nova filosofia de consignação de receita relativamente ao princípio de alocação directa de orçamento do Estado, prática dos anos anteriores. IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 18 Tabela 5- Receitas do IGEPE- 2006 un: MTn Descrição Receitas de Dividendos jan-dez/06 jan-dez/05 93.625.536,09 30.898.293,69 Mozal 55.198.027,50 16.872.917,99 Coca-Cola S.A.R.L. 11.844.531,32 7.575.622,41 2.879.354,79 1.612.877,41 Stema Domus S.A.R.L. 964.659,79 493.593,10 Cervejas de Moçambique S.A.R.L. 5.489.400,00 4.336.750,53 Mcel 4.510.606,62 0,00 TDM 4.969.045,11 0,00 BIM 7.762.618,96 0,00 7.292,00 6.532,26 2.579.113,72 4.423.912,49 Ciedima Receitas de Alienações das Participações EMMA FAMA FAPEL Caravel Moagens de Moçambique Somec Promar Incal Lusotufo CIMA Tecnel Sociedade Industrial de Tabaco Tian Ifloma Maquinag Maragra Socief Companhia do BUZI Complexo Turistico de Magaruque Industria de Peugas de Moçambique Ceres Polycajú Saboeira de Inhambane Hotel Dona Ana Emplana Suinicultura Tempografica Beira Eneegering SDG Hotel Santa Carolina Ch'a de Gurue Despesas de Praça Hotel Santa Carolina Anfrena Texmoque Hotel Dona Ana Tempografica EMMA Fapel Incal SOMEC Promar Cimentos de Moçambique Lusotufo Mobeira Getcoop Sociedade Industrial de Tabaco Tian Receitas de Alienações aos GTT´s Anfrena BIM EMOSE Receitas de Juros de Depositos Juros bancarios Outras Receitas Total das Receitas Dotação Orçamental O.G.E. TOTAL DOS PROVEITOS 54.701,20 125.000,00 2.000,00 10.000,00 77.125,00 10.000,00 329.001,96 501,30 24.733,20 8.551,00 72.945,00 48.350,38 1.635.387,18 180.817,50 Variação % 203,01% -41,70% 369.100,00 158.762,55 250.000,00 6.000,00 120.000,00 366.212,44 29.296,80 3.000,00 745.470,00 0,00 55.156,90 567.129,99 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.483.511,01 146.811,00 85.336,80 28.125,00 10.000,00 557.410,00 992.912,69 195.014,00 1.225,00 252.100,00 100.520,00 8.551,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 36.910,00 50.000,00 500,00 122.558,52 9.765,60 251.200,00 101.880,90 143.584,67 219.800,00 56.713,00 945.126,23 0,00 12.250,00 921.976,23 10.900,00 0,00 0,00 0,00 13.272.611,56 4.428.259,55 199,73% 13.272.611,56 4.428.259,55 199,73% 2.409.078,76 1.304.230,73 84,71% 113.388.876,36 42.047.609,15 169,67% 0,00 13.971.694,00 -100,00% 113.388.876,36 56.019.303,15 102,41% IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ -43,86% 19 Em 2006 as receitas do IGEPE têm a seguinte composição (figura 5). Figura 5: Receita do IGEPE 82,57% Receitas de Dividendos Receitas de Alienações das Participações Receitas de Alienações aos GTT´s Outras Receitas 14,32% 2,27% 0,83% 6. Custos Neste domínio salientam-se três componentes: • • • As despesas inerentes à execução do Orçamento do Estado no âmbito da rubrica de Operações Financeiras Activas; As despesas inerentes ao funcionamento do IGEPE, com recurso ao Orçamento do Estado; As despesas inerentes ao funcionamento do IGEPE, financiadas por receitas próprias. 6.1. Despesas: Operações Financeiras Activas Para o exercício de 2006, o Estado disponibilizou o montante de 100,00 milhões de meticais. Deste valor, foi utilizado o montante de 92,55 milhões meticais que corresponde uma utilização de 93%, (Tabela 6 e 7) IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 20 Tabela 6 - Despesas do Estado no dominio Empresarial- 2006 un: MTn Orçamentado 34.896.040,00 8.900.000,00 8.871.300,00 3.396.540,00 3.161.600,00 10.566.600,00 Valor Realizado 27.735.234,42 8.900.000,00 8.871.300,00 3.396.540,00 3.161.600,00 3.405.794,42 II. Passivo das Participações Assumidas22.189.900,00 Mabor 20.587.500,00 Riopele 1.602.400,00 22.189.900,00 20.587.500,00 1.602.400,00 0,00 0,00 0,00 100,00% 100,00% 100,00% 42.914.060,00 e INSS III. Dissolução e Liquidação de Sociedades Maquinag 5.560.600,00 Sotil 1.841.700,00 IPM 4.853.460,00 EMMA 4.000.000,00 FAMA 3.500.000,00 Pescom Internacional 5.558.300,00 SOMEC 200.000,00 Vidreira e Cristelaria 16.000.000,00 IMA 1.400.000,00 42.628.298,51 5.560.600,00 1.841.646,96 4.853.460,00 4.000.000,00 3.500.000,00 5.558.300,00 0,00 16.000.000,00 1.314.291,55 285.761,49 0,00 53,04 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 0,00 85.708,45 99,33% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% 100,00% 93,88% 92.553.432,93 7.446.567,07 92,55% Empresas I. Indemnizações Mabor Riopele Somec Textil de Mocuba Texmanta Total 100.000.000,00 Saldo Grau_realiz. % 7.160.805,58 79,48% 0,00 100,00% 0,00 100,00% 0,00 100,00% 0,00 100,00% 7.160.805,58 32,23% O renascente de 7,45 milhões de meticais, resulta da não utilização efectiva dos valores orçamentados para as empresas Texmanta, e IMA. Entretanto, 7,36 milhões de meticais do saldo acima referido foi realocado para pagamento de salários/indemnizações em atrasos bem como para o acompanhamento do aumento do capital social, nas empresas Textil de Mocuba, Loumar e Sociedade de Notícias. Esta realocação, foi deferida por despacho de 22 de Janeiro de 2007 de S.Excia o Vice-Ministro das Finanças (tabela 7). Tabela 7 - Outras Despesas do Estado no dominio Empresarial - 2006 un: MTn Empresas I. II. Indemnizações/Salarios em atraso Textil de Mocuba Loumar Aumento de Capital Social Sociedade de Noticias Total de outras despesas no dominio Empresarial Valor Utilizado 2.420.939,00 1.438.456,58 3.501.410,00 7.360.805,58 O saldo de 85,76 mil meticais, não foi utilizado até à data do fecho tendo sido transferido para a conta de Estado. IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 21 6.2. Despesas (Custos) de Funcionamento do IGEPE No que respeita ao IGEPE, o custo total foi de 103,21 milhões de meticais que representa um aumento em cerca de 161% relativamente ao ano de 2005 (Tabela 8). Tabela 8- Custos do IGEPE- 2006 un: MT jan-dez/06 Rubrica Remunerações aos trabalhadores 27.483.163,98 jan-dez/05 Variação % 25.578.813,57 7,45% Fornecimentos de terceiros 1.122.434,72 947.481,42 18,47% Serviços de terceiros 5.290.810,44 6.121.038,58 -13,56% Encargos financeiros 1.790.455,54 1.083.355,39 65,27% 171.497,00 111.036,08 54,45% 2.843.919,20 2.077.822,95 36,87% 64.507.681,99 3.601.961,24 1690,90% 103.209.962,87 39.521.509,23 161,15% Impostos e taxas Amortizações do exercício Outros custos Total dos Custos do exercício 6.3. Despesas de Funcionamento do IGEPE (Orc. Estado) O valor de Custos Totais referido acima (tabela 8), inclui 19,87 milhões de meticais que tiveram um grau de realização de 74% da dotação disponível do Orçamento do Estado atribuído ao IGEPE para o exercício de 2006 (Tabela 9). Tabela 9 - Despesas do IGEPE no Âmbito do O.E. - 2006 Descrição Despesas com o Pessoal Salarios e remunerações Outras despesas com o pessoal Bens e Serviços Bens Serviços Maquinas e Equipamentos Outras Maquinas e Equipamentos Total das despesas un: MT Valor Disponível Realizado Grau_realiz. % 22.852.097,62 15.741.334,37 68,88 21.166.181,62 14.055.418,37 66,41 1.685.916,00 1.685.916,00 100,00 3.460.914,00 731.616,23 2.729.297,77 3.460.914,00 731.616,23 2.729.297,77 100,00 100,00 100,00 663.183,00 663.183,00 663.183,00 663.183,00 100,00 100,00 26.976.194,62 19.865.431,37 73,64 O montante Orçamentado pelo Estado não foi utilizado na totalidade devido ao processo de adaptação aos novos registos das receitas Consignadas do IGEPE através do e-SISTAFE. IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 22 7. Perspectivas Em 2007, esforços serão desenvolvidos com vista a cumprir com o programa de actividades que entre outros, prevê que ao longo do I semestre sejam concluídos os 5 processos de alienação/reestruturação que já obtiveram decisão da CIRE, paralelamente ao prosseguimento de processos de reestruturação. Dos processos acima referidos, merece destaque, por ser o primeiro caso do género, a venda das acções das empresas CMH e CMG a entidades nacionais. Com vista a uma eventual reactivação da indústria de pneus no país, será priorizada a busca de formas de operacionalização da Mabor de Moçambique, que poderá passar pelo lançamento de um concurso público internacional. Serão continuadas acções visando encontrar soluções para o encerramento dos processos de venda aos GTT´s, esperando-se concluir 6 processos ao longo do ano do conjunto de 12 em curso. Com efeito, o ano de 2007 será de muitos desafios para o Instituto no prosseguimento de acções enquadradas no objectivo mais geral do Governo que se consubstanciam na necessidade da promoção do crescimento económico rápido, sustentável e abrangente focalizando a atenção na criação de um ambiente favorável ao investimento e desenvolvimento do empresariado nacional. IGEPE-RELATÓRIO E CONTAS 2006__________________________________________________ 23 Balanço Tabela 10- Balanço em 31 de Dezembro de 2006 jan-dez/06 un: MT jan-dez/05 ACTIVO CORRENTE Caixa Bancos Titulos Negociaveis Devedores Antecipações activas PASSIVO CORRENTE Fornecedores Credor-Impostos Credores-trabalhadores Credor Accionista-Estado Outros credores Antecipações passivas Activo corrente liquido Imobilizações FUNDOS PRÓPRIOS Capital Estatutário Reservas Provisões Lucros/Prejuizos Acumulados De Exercicios Anteriores Do Exercicio 24 3.850,00 214.602.785,95 0,00 181.863.869,23 3.346.712,79 399.817.217,97 400,82 147.682.652,15 26.278.000,00 8.420.569,35 546.208,75 182.927.831,07 66.851,38 1.539.505,40 35.788,98 118.577.460,60 35.510.745,84 3.786.019,65 159.516.371,85 240.300.846,12 400.975.189,18 641.276.035,30 38.892,50 778.537,09 28.331,06 62.036.637,99 14.771.063,62 7.186.335,52 84.839.797,78 98.088.033,29 301.722.930,02 399.810.963,31 361.014.762,89 94.245.809,97 58.943.094,32 361.014.762,89 0,00 0,00 1.399.355,42 17.727.416,14 125.673.012,70 641.276.035,30 21.068.784,29 399.810.963,31 Demonstração de Resultados Tabela 11- Demonstração de Resultado jan-dez/06 PROVEITOS E GANHOS Percentagens s/ alienações Despesas de praça Dividendos de Acções Juros de depositos Outros proveitos CUSTOS E PERDAS Remunerações aos trabalhadores Fornecimentos de terceiros Serviços de terceiros Encargos financeiros Impostos e taxas Amortizações do exercício Outros custos RESULTADOS Resultados da exploração do exercício Resultados extraordinários do exercício Resultados imputáveis a exercícios anteriores Resultado Líquido do exercício 3.524.239,95 557.410,00 93.625.536,09 13.272.611,56 2.409.078,76 113.388.876,36 4.423.912,49 992.912,69 30.898.293,69 4.428.259,55 15.275.924,72 56.019.303,15 27.483.163,98 1.122.434,72 5.290.810,44 1.790.455,54 171.497,00 2.843.919,20 64.507.681,99 25.578.813,57 947.481,42 6.121.038,58 1.083.355,39 111.036,08 2.077.822,95 3.601.961,24 103.209.962,87 39.521.509,23 10.178.913,49 -3.862.060,08 119.356.159,29 125.673.012,70 16.497.793,92 3.544.387,46 1.026.602,91 21.068.784,29 Maputo, 30 de Março de 2007 O Conselho de Administração Dr. Daniel Gabriel Tembe ________________________ (Presidente do Conselho de Administração) Dra. Maria Iolanda Wane __________________________ (Administradora) 25 un: MT jan-dez/05 II. Notas Às Contas 31 de Dezembro de 2006 1. Princípios Contabilísticos O IGEPE é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. O seu capital Estatutário está integralmente realizado. As contas apresentadas reflectem a posição financeira em 31 de Dezembro de 2006 e os resultados das suas operações. As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no princípio do custo histórico, especialização de exercício ou de acréscimo e o de materialidade, estando de acordo com o plano Geral de Contabilidade e práticas comuns em vigor em Moçambique. 2. Base de Apresentação 2.1. Balanço Da analise ao balanço, e evidente o aumento da estrutura patrimonial do IGEPE, como resultado do empenho que a instituição vem desenvolvendo. O Activo corrente verificou um aumento de 119%, devido ao facto de ter sido contabilizado em devedores os dividendos que se espera receber das empresas mCel, SA, TDM, SA e Petromoc, SA e parte considerável da receita do IGEPE depositada na conta do Ministério das Finanças, como resultado das orientações4 de S. Excia o Ministro das Finanças. Em relação aos títulos negociáveis no montante de 26 milhões de meticais em 2006, reflectia as obrigações de tesouro que o IGEPE detém junto de instituições financeiras. 4 Despacho de 31/11/2006 26 Relativamente ao passivo corrente, verificou-se um aumento na ordem de 88%, devido a parte dos dividendos que se espera receber a favor do estado. O saldo da rubrica outros credores reflecte valores que se destinam as empresas participadas no âmbito das operações financeiras activas, que até a data de relato ainda não haviam sido transferidos. No que se refere as Imobilizações Financeiras, o crescimento da rubrica em 33%, tem a haver com o aumento do capital social da empresa Stema, SA e a reclassificação das obrigações de tesouro. Dos fundos próprios, o aumento em 60%, deve-se para além do resultado do exercício, na constituição de reservas, resultante da conversão da dívida do accionista Estado para o aumento do capital social do Stema, SA, cujo valor de cerca de 71,00 contos reverteu-se a favor do IGEPE. 2.1.1. Caixa e Bancos O saldo inclui valores em moeda estrangeira (USD), actualizados conforme procedimento contabilistico apropriado ao câmbio de compra do Banco de Moçambique à data do balanço. 2.1.2. Devedores Reflecte os valores adiantados pelo IGEPE a empresas para o pagamento de salários em atraso, indemnizações e outros passivos, receita do Estado resultante de dividendos declarados e não pagos em poder das empresas e receita do IGEPE em poder do Tesouro (Tabela 12). Tabela 12- DEVEDORES Rubrica DEVEDORES Trabalhadores Depositos de Garantia Adiantamento as empresas/ outros Dividendos e Alienações a Receber Total Devedores 27 un: MTn valor 73.792,53 93.093,15 20.380.483,24 161.316.500,31 181.863.869,23 2.1.3. Antecipações Activas Estão contabilizados os valores correspondentes as despesas de “Seguro Automóvel e Assinaturas de Jornais” que tendo sido pagas no exercício, dizem respeito ao próximo exercício e ainda, as estimativas de rendimentos das aplicações financeiras cujo período de maturidade recomenda especialização. 2.1.4. Imobilizado Os registos efectuados nas contas de imobilizado obedecem ao princípio de custo histórico (Tabela 13). Tabela 13 - Imobilizado Bruto Rubricas Saldo inicial Aumentos Reavaliações Alienações Transferências e Abates un: MTn Saldo final Equipamentos 5.215.262,26 4.642.009,09 2.038.566,55 7.818.704,80 Outros meios básicos 5.900.402,66 691.156,42 140.372,36 6.591.559,08 Grandes reparações 36.901,68 36.901,68 Encargos plurianuais Imobilizações financeiras 295.430.800,00 97.423.600,00 Total do Activo Bruto 306.583.366,60 102.756.765,51 392.854.400,00 Investimentos em curso 2.1.5. 2.178.938,91 Amortizações e Reintegrações O mapa de Amortizações e Reintegrações foi elaborado por grupos homogéneos respeitando as taxas da Portaria nº 20817, de 27 de Janeiro de 1968 (Tabela 14). Tabela 14: Amortizações e Reintegrações un: MT Rubricas Equipamentos Saldo inicial 2.454.925,42 Outros meios básicos 2.392.786,21 871.690,20 12.724,86 6.147,82 4.860.436,49 1.806.180,28 Grandes reparações Aumentos Reavaliações 928.342,26 Alienações Transferências e Abates 253.058,15 Saldo final 3.130.209,53 87.182,31 3.177.294,09 18.872,68 Encargos plurianuais Total das Amortizações e Reintegrações 28 0,00 0,00 340.240,46 6.326.376,30 407.301.565,56 2.1.6. Imobilizações Financeiras Reflecte a carteira de empresas participadas pelo IGEPE com a indicação do valor relevado com base no pressuposto do custo histórico e com a demonstração da respectiva percentagem de participação (Tabela 15) Tabela 15- Imobilizações Financeiras Empresas Capital social Stema S.A.R.L. Cervejas de Moçambique S.A.R.L. Coca-cola sabco S.A.R.L. Emose S.A.R.L. Petromoc S.A.R.L. Gapi S.A.R.L. C.I.M. S.A.R.L. Domus S.A.R.L. Total 2.1.7. 245.935.000,00 200.000.000,00 223.500.000,00 157.000.000,00 476.000.000,00 41.000.000,00 168.000.000,00 500.000,00 1.511.935.000,00 un: MTn Participação do IGEPE % Valor 56,00% 137.723.600,00 2,00% 4.000.000,00 28,78% 64.323.300,00 31,00% 48.670.000,00 20,00% 95.200.000,00 30,00% 12.300.000,00 2,52% 4.237.500,00 80,00% 400.000,00 366.854.400,00 Antecipações Passivas Está contabilizada a previsão de custos postecipados referentes a pagamentos de telefone, água e luz, consultoria de imagem comunicações e serviços de auditoria especializados. 2.1.8. Capital Estatutário O Capital Estatutário totalmente realizado é de 361.01 milhões de meticais fixado por Despacho de S. Excia a Ministra do Plano e Finanças de 31 de Março de 2003.(Tabela n.º 16). Tabela 16 - Capital Estatutario Descrição Participações Financeiras Dotação Monetária Bens Patrimoniais Total un: MT Valor 295,430,800.00 64,325,528.00 1,258,434.89 361,014,762.89 29 Peso 81.80% 17.80% 0.40% 100.00% 2.2. Demonstração de Resultados Da analise ao Mapa de Demonstração de Resultados, é evidente o aumentos dos proveitos e ganhos e dos custos e perdas no exercício em analise. O aumento substancial de 102% dos proveitos e ganhos resulta nos esforços que o IGEPE vem desenvolvendo na cobrança de dividendos e na rentabilização das suas disponibilidades, em aplicações financeiras de curto prazo. Em relação aos custos e perdas, destaque vai para a criação de provisão para créditos de cobrança duvidosa, como resultado da actual conjuntura económica, aliado ao estado critico das empresas participadas, em que o IGEPE concedeu adiantamentos. O aumento dos resultados, deve-se grande parte a afirmação do IGEPE no mercado, como gestor das participações do Estado e o seu papel nas políticas de distribuição de resultados nas empresas participadas o que veio a aumento o nível de retorno do investimento nessas empresas através de captação de mais dividendos. Referir que em relação aos resultados extraordinários do exercício, a redução deve-se fundamentalmente a anulação das dividas incobráveis no valor de 3.66 milhões de meticais. 30 2.2.1. Remunerações aos Trabalhadores O aumento verificado em 7,45%, deve-se ao ajustamentos salarial resultante do enquadramento dos técnicos, nas careiras profissionais (Tabela 17) Tabela 17- REMUNERAÇÕES AOS TRABALHADORES un: MT Valor Rubrica Variação % jan-dez/06 jan-dez/05 20,680,221.63 18,441,304.59 12.14% 2,591,961.82 2,217,178.81 16.90% Remunerações aos trabalhadores Salários Remunerações extraordinárias Subsídios Indemnizações Pensões Gratificação de chefia 357,750.00 339,000.00 5.53% Complemento técnico 3,618,992.00 3,222,586.00 12.30% Honorarios 234,238.53 Outras Abonus aos trabalhadores Total Remunerações aos trabalhadores 2.2.2. 27,483,163.98 206,933.60 13.20% 1,151,810.57 -100.00% 25,578,813.57 7.45% Fornecimento e Serviços de Terceiros Nestas rubricas, embora se verifique variações intra rubricas, no cômputo geral ou em agregado a variação é de 9%, que pese o aumento de preços dos insumos e serviços revela a implementação de melhoradas medidas de gestão criteriosas. (Tabela 18) 31 Tabela 18- FORNECIMENTOS E SERVIÇOS DE TERCEIROS un: MT Valor Rubrica jan-dez/06 jan-dez/05 Variação % Fornecimentos de terceiros Água 15,121.50 14,690.51 2.93% Electricidade 165,023.63 119,576.63 38.01% Combustíveis e lubrificantes 213,882.19 157,130.83 36.12% 1,071.00 629.50 70.14% Ferramentas e utensílios Material de manutenção e reparação Material de escritório 64,264.89 36,929.52 74.02% 458,408.55 295,017.70 55.38% Publicidade e promoção Artigos de higiene e conforto Outros fornecimentos Sub-total 29,544.55 11,182.75 164.20% 175,118.41 312,323.98 -43.93% 1,122,434.72 947,481.42 18.47% 258,487.29 120,952.32 113.71% Serviços de terceiros Manutenção e reparação Transporte de carga 350.00 650.00 -46.15% Comunicações 410,864.89 375,723.48 9.35% Transporte de passageiros 871,873.31 890,249.95 -2.06% 104,927.88 -100.00% 1,643.91 3480.61% Comissões a intermediários Assistência técnica 58,862.02 Publicidade e promoção 992,346.00 1,040,831.22 -4.66% Serviços especializados 2,632,328.26 3,335,156.33 -21.07% 65,698.67 250,903.49 -73.82% 5,290,810.44 6,121,038.58 -13.56% 6,413,245.16 7,068,520.00 -9.27% Outros serviços de terceiros Sub-total Total de Fornecimentos e Serviços de terceiros 2.2.3. Impostos e Taxas O ajustamento dos salários em razão da implementação de novas carreiras profissionais teve impacto nos encargos com o INSS que se traduziram no incremento verificado relativamente ao ano anterior tendo se fixado em 54.45% em 2006 (Tabela 19 32 Tabela 19- IMPOSTOS e TAXAS un: MT Valor Rubrica jan-dez/06 Variação % jan-dez/05 Impostos e taxas Imposto de consumo Diferenciais de preços Direitos aduaneiros Imposto de selo 69,74 Contribuição predial Imposto sobre o valor acrescentado Segurança Social Taxas 169.575,26 109.470,08 1.852,00 1.176,00 57,48% 390,00 -100,00% 111.036,08 54,45% Outros impostos Total de impostos e taxas 2.2.4. 171.497,00 54,91% Outros Custos Tabela 20- OUTROS CUSTOS un: MT Valor Rubrica jan-dez/06 jan-dez/05 Variação % Outros custos Rendas e alugueres Seguros 2,579,572.68 2,130,622.56 21.07% 299,055.57 220,273.20 35.77% Royalties Despesas de representação 3,765.00 898.00 319.27% 2,112,304.58 837,527.64 152.21% Deslocações e estadas 542,876.94 411,000.84 32.09% Despesas de notariado 27,012.90 1,639.00 1548.13% 3,601,961.24 1690.90% Outras despesas com os trabalhadores Provisão 58,943,094.32 Total de outros custos 64,507,681.99 A variação significativa que se observa nesta rubrica, devese fundamentalmente às provisões criadas para as dividas de cobrança duvidosa. Refira-se que nunca antes haviam criadas tais tipos de provisões. A rubrica renda e aluguer registou um aumento de 21.07%, como resultado do ajustamento anual do valor da renda e da variação cambial dado que os contratos afins foram firmados em moeda convertível. 33 2.2.5. Encargos Financeiros A rubrica Outros Custos e Perdas Financeiras, integra o valor correspondente a encargos com os serviços bancários, o valor referente a retenção na fonte sobre os juros de depósitos a prazo e a ordem (Tabela 21). Tabela 21- ENCARGOS FINANCEIROS un: MT Valor Rubrica jan-dez/06 Variação % jan-dez/05 Encargos financeiros Juros bancarios 76.160,23 Encargos bancários 238.464,75 128.257,56 85,93% Juros locação financeira Comissões bancárias Outros custos e perdas financeiras 1.475.830,56 955.097,83 54,52% Total de encargos financeiros 1.790.455,54 1.083.355,39 65,27% 2.3. Conta de Resultados 2.3.1. Resultado da Venda ou Abate de Meios Imobilizados (Mais-Valias Realizadas) As mais-valias no montante de 225,04 mil meticais são resultantes do abate e venda dos meios imobilizados, no presente exercício (Tabela 22). Tabela 22- RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS DO EXERCÍCIO un: MT Valor Rubrica jan-dez/06 jan-dez/05 Variação % Resultados extraordinários do exercício Resultado venda ou abate meios imobilizados 225,035.47 62,961.10 257.42% Quebras anormais meios circulantes materiais Créditos incobráveis (3,655,646.37) Donativos Multas (1,735.74) Flutuação cambiais (431,449.24) -100.00% 3,483,162.10 -112.39% 3,544,387.46 -208.96% Regularização IVA calculo pro-rata definitivo Outros resultados extraordinários 0.06 Total de Resultados extraordinários do exercício 34 (3,862,060.08) 2.3.2. Flutuações Cambiais (Diferenças Cambiais) O saldo no valor de 431,45 mil meticais, reflecte a depreciação do metical face ao dólar, comparativamente ao igual período do ano anterior. 2.3.3. Créditos Incobráveis Os créditos incobráveis no valor de 3.66 milhões meticais, resultam de adiantamentos concedidos empresas Quimica Geral, Maquinag, Fapel e Industrias Peúgas de Moçambique, no âmbito de saneamento passivos. de as de de Os valores adiantados deveriam ter sido compensados à posterior com base na receita de alienação destas empresas. Não tendo sido possível tal desconto em momento oportuno, a sua recuperação se afigura impossível. O valor relativo às empresas Química Geral e Maquinag se refere a adiantamentos efectuados com o intuito de garantir a protecção das instalações e garantir serviços mínimos. Dado que, o valor da receita de alienação destas empresas foi encaminhado ao Tesouro na totalidade, a probabilidade de reavê-lo a favor do IGEPE se considera remota. No que concerne à empresa Fapel, o valor em causa equivale ao montante do desconto preconizado pelo Decreto 23/2006, no âmbito do perdão parcial de dívida. un: MTn Tabela 23 - CRÉDITOS INCOBRAVEIS Fapel Quimica Geral Industrias de Peugas de Moçambique Maquinag Total Devedores 35 valor 854.327,42 122.671,92 940,65 2.677.706,38 3.655.646,37 2.3.4. Resultados Imputáveis a Exercícios Anteriores Tabela 23- RESULTADOS IMPUTÁVEIS A EXERCÍCIOS ANTERIORES un: MT Valor Rubrica jan-dez/06 jan-dez/05 Variação % Resultados imputáveis a exercícios anteriores Agravamento ou diminuição de impostos Recebimentos de créditos incobráveis Outros resultados imputáveis Resultados imputáveis a exercícios anteriores 119,356,159.29 1,026,602.91 11526.32% 119,356,159.29 1,026,602.91 11526.32% Em Outros Resultados imputáveis a Exercícios Anteriores, está contabilizada parte da receita de dividendos e alienações que diz respeito a exercícios anteriores. 36
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