Diário Catarinense

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Diário Catarinense
Radar de Notícias – Segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Arquivo de Notícias políticas publicadas na imprensa
Diário Catarinense
Informe Político
As regionais em evidência
Passava das 19h30min de ontem quando o vice-governador Eduardo Pinho Moreira chegava à Casa
dAgronômica para conversar com o governador Raimundo Colombo sobre a montagem do quadro partidário na
composição das regionais. Colombo ainda não estava na residência oficial, mas a conversa dava a dimensão
que ambos pretendem dar ao próximo momento, delicado, de formação da administração estadual.
Pinho Moreira listou os casos mais nevrálgicos. Em Chapecó, onde DEM e PMDB disputam a regional, existe
certo consenso de que é hora de abrir espaço para os peemedebistas do Oeste, alijados do processo de
montagem das secretarias centrais e das principais empresa públicas. A queda de braço será inevitável, pois os
demistas com influência junto a Colombo devem pedir a posição.
Laguna e Tubarão enfrentam uma situação singular. São duas pastas para três pretendentes. PSDB, PMDB e
DEM cortejam duas noivas. Nem a matemática, muito menos a divisão de forças regionais resolvem, sem
negociar, a partilha sem traumas.
Os demais pontos de possível conflito estão, segundo Pinho Moreira, em Mafra e Timbó. Talvez Caçador,
território minado. De um lado, o deputado e secretário estadual da Infraestrutura, Valdir Cobalchini (PMDB), que
reivindica que a pasta prossiga nas mãos do peemedebista Gilberto Comazzetto. Teria o apoio de diversos
prefeitos da região, inclusive dos tucanos Emerson Zanella (Macieira), Valdir Cardoso (Timbó Grande) e
Ludovino Labas (Lebon Régis), que assinaram um documento onde pedem a continuidade de Comazzetto no
cargo. Ocorre que o influente Saulo Sperotto (PSDB), embora enfrente uma batalha judicial para reverter no TRE
uma decisão de 1º grau que lhe cassou o mandato, por conta de suposta compra de votos em troca de
combustível, pleiteia a regional para seu chefe de gabinete, Munir Bittar. No Centro Administrativo e, ontem à
noite, na Casa d’Agronômica, é sabido que não há como contentar todos os aliados. Como bem disse, dias atrás,
o secretário da Casa Civil, Antônio Ceron, o processo de escolha pressupõe ferimentos, com leves
sangramentos.
O MP E A VIDA REAL
A proposta de que a atuação do promotor de Justiça tenha o caráter de transformador social levou os 21
aprovados no último concurso, que tomaram posse em agosto passado, a subir o morro na Comunidade Mont
Serrat, em Florianópolis. Na prática, conheceram o trabalho desenvolvido pelo padre Vilson Groh e por quatro
organizações não governamentais que atuam na transformação da vida de crianças e adolescentes. Foi dos
beneficiados que os promotores ouviram relatos impressionantes de como projetos sociais os tiraram da
criminalidade ou impediram que fossem atraídos para seu meio. O diretor do Centro de Estudos e
Aperfeiçoamento Funcional do MP, promotor Gustavo Viviani de Souza, coordenou a atividade.
Recado dado em Laguna, ontem, durante uma confraternização do Partido Progressista: a sigla disputará o
maior número de municípios no ano que vem. A regra vale para o pessoal do Sul do Estado, representado na
foto, anfitrião do encontro regionalizado, e para todo o Estado. Da esquerda para a direita: Leodegar Tiscoski,
ex-deputado e secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades; deputado Valmir Comin,
Beth Tiscoski, do PP Mulher e candidata ao Senado nas últimas eleições; Joares Ponticelli, presidente estadual
do partido, e o deputado José Milton Scheffer.
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A pauta
Como a coluna adiantou na edição de ontem, Colombo e Pinho Moreira tentarão chegar a um mapeamento de
partidos por regional que contemple 80% dos espaços nesta conversa.
Até quinta ou sexta-feira desta semana, no mais tardar, pretendem divulgar a nominata definitiva de secretários
das 36 regionais.
Em casa
O líder do governo na Assembleia, deputado Elizeu Mattos (PMDB), anda em alta com o Centro Administrativo,
promoveu um encontro com empresários lageanos, na última sexta, que foi prestigiado pelo governador
Raimundo Colombo.
Ao lado do governador, o deputado entregou ao presidente do Clube Caça e Tiro, Vanderlei Brandalise, uma
cópia do Diário Oficial com o projeto de autoria dele que declara a instituição de utilidade pública estadual. Elizeu
também ganhou o apoio de Colombo para a iniciativa de propor a criação da Associação Amiga do Hospital
Infantil Seara do Bem.
Reforma
As mais variadas teses antecedem a reforma política.
As mais pessimistas apontam até o hipnotismo praticado por velhas raposas no Congresso para impedir que a
matéria evolua.
Valores
Tomada de preços para a residência oficial de José Sarney, presidente do Senado, revela R$ 64 mil para
despesas com a alimentação na residência oficial.
Na Assembleia catarinense, a compra de 6 mil quilos de açúcar refinado, 6,5 mil garrafões de 20 litros de água
mineral e 17,6 mil litros de leite integral longa vida (80 litros por dia), segundo o Diário Oficial da casa, chega a
R$ 68.877.
Dilema (1)
Se vingar a sessão da Câmara da Capital, nesta segunda, para analisar os pedidos de cassação contra os
vereadores Asael Pereira (PSB) e Ricardo Vieira (PC do B), por suposto pedido de dinheiro para votar na eleição
da presidência, os parlamentares terão a oportunidade de transformar a própria imagem da instituição que
representam.
Mas a questão não é tão simples. Se cassarem os colegas, podem ser acusados de condenar pelo aspecto
político, sem provas consistentes além das testemunhais. E se os mantiverem em plenário, enfrentarão
insinuações de corporativismo.
Dilema (2)
De fato, a Câmara se envolveu ou foi envolvida em um jogo patrocinado por Dário Berger (PMDB). Derrotado na
eleição de Jaime Tonello (DEM), que pode vir a responder interinamente pela prefeitura, caso Dário seja cassado
como prefeito itinerante pelo TSE, o chefe do Executivo atirou para todos os lados e comprometeu, de forma
severa, a imagem dos vereadores e da Câmara, de olho em 2012.
A independência do poder também estará em jogo na sessão de cassação, sem contar com as dúvidas sobre
possíveis vícios jurídicos gritantes na condução dos processos no Conselho de Ética, que devem levar a decisão
a bater na porta do Poder Judiciário esta semana. Não importa o resultado, o Legislativo de Florianópolis já
perdeu ao aceitar cair na vala comum do denuncismo.
Mais uma
Antes era a eleição da presidência da Câmara, no Congresso Nacional. Depois, foram os apagões no Nordeste e
em São Paulo. Agora, se fala em Brasília que a votação do valor do salário mínimo pode adiar, ainda mais, a
indicação do nome para comandar a Eletrosul.
Na bolsa de apostas, saem os nomes e entram as possibilidades de outros fatos políticos que poderiam
postergar as disputas entre PT e PMDB na composição dos cargos-chaves do setor elétrico.
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“É claro que gostaríamos de tê-lo em nossas fileiras, mas acho que este não é momento para o governador se
preocupar com isso.”
CASILDO MALDANER, senador do PMDB, ao afirmar que a responsabilidade maior de Raimundo Colombo,
agora, é com a administração do Estado e não com as especulações sobre a troca de partido.
Informe Econômico
Para driblar a alta da carne
Entre os produtos e serviços que registram maior pressão inflacionária, o preço da carne bovina é um dos que
mais pesam no bolso da maioria dos brasileiros. Segundo o levantamento do IBGE para a inflação (IPCA) do
último ano, o preço da picanha aumentou 42%, e o do filé-mignon, 52%. Mas em Santa Catarina, em
determinadas fases do ano passado, o preço da carne bovina no atacado subiu mais de 60%. E o problema
segue. No início deste mês, em São Paulo, ocusto do boi gordo subiu 1,52%.
Se o consumidor quiser fugir dos preços altos, pode optar por produtos substitutos, como as carnes de suíno e
de frango. No caso dos cortes suínos, com a passagem das festas de final de ano, houve queda de preços. Para
evitar um recuo muito elevado, governos de SC, PR e SP reduziram o ICMS do produto neste início de ano. O
quilo da carne de frango segue estável, por isso é outra alternativa. A situação só não é pior para o consumidor
porque o dólar baixo vem inibindo um maior volume de exportações.
Exposuper
A Associação Catarinense de Supermercados (Acats) vai lançar amanhã, em Joinville, a próxima edição da
Exposuper, a convenção e feira anual dos supermercadistas, que será realizada na Expoville, em junho. Mais de
60% dos espaços do pavilhão já estão comercializados para o evento. O lançamento será às 11h, no Hotel
Bourbon.
Avanço em lácteos
Primeira empresa mundial a ter leite rastreado eletronicamente (foto), a Coopercentral Aurora fechou 2010 com o
processamento de 302,2 milhões de litros, 22,7% mais do que em 2009. A projeção, para este ano, é de 420
milhões de litros, o que representará cerca de 40% mais frente ao ano anterior, informa o presidente da
organização, Mário Lanznaster. Além de leite longa vida, em pó e queijos, a empresa vai produzir requeijão,
manteiga e soro em pó.
Miele será jurado
O estilista Carlos Miele, um dos maiores nomes do designer de moda brasileira no exterior, que desfila suas
coleções de vestidos de festas sempre em Nova York, será um dos jurados da final do Verão Top Model, no
próximo sábado, em Florianópolis.
A propósito, hoje, ele apresenta sua coleção inverno na disputada semana nova-iorquina da moda. Na lista de
estrelas mundiais que já usaram seus vestidos estão Beyoncé, Sarah Jessica Parker, Jennifer Lopez e Scarlett
Johanson.
Mais produção
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil e Argentina têm posições semelhantes sobre o que
deve ser feito diante da alta dos preços das commodities. O assunto será debatido no encontro do G-20, em
Paris. Segundo Mantega, é preciso estimular a produção para reduzir os preços.
Enquanto os consumidores sofrem, o agronegócio brasileiro vive mais uma boa fase, com mais margem de lucro.
Lá e aqui
Na Suécia, país de Primeiro Mundo, a velocidade máxima é 90 quilômetros por hora. Se o motorista for pego a
95, leva multa de R$ 750; se for flagrado a 100, paga o dobro, R$ 1,5 mil, e se chegar a 110, perde a carteira de
habilitação por um ano e só a recebe de volta se passar num curso, informa a revista Caminhoneiro. Aqui, muitos
ultrapassam a velocidade, e as punições, quando ocorrem, são bem mais brandas.
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Processos virtuais
Advogados trabalhistas de Palhoça e região podem participar hoje, às 19h30min, de reunião promovida pelo
Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SC) para receber orientações sobre o funcionamento do processo virtual da
Justiça do Trabalho do Estado, o Provi. Juízes e outros profissionais da Justiça vão informar sobre questões
processuais e técnicas, entre as quais a digitalização de documentos e cadastro no peticionamento eletrônico. O
encontro será às 19h30min, na sede da OAB, baseada na Rua Cesar Leopoldo Scheidt, sem número,
loteamento Pagani.
Peixe na merenda
A ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, a exemplo do que fez em Santa Catarina, está se reunindo com
produtores de pescados e governadores para negociar decisões que possam incrementar a produção do setor.
Segundo ela, uma das metas do governo federal é que todas as crianças brasileiras tenham pescado na
merenda escolar uma vez por semana.
Na semana passada, esteve com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, quando pediu atenção ao
licenciamento ambiental para a pesca e aquicultura, reforço a instituições de pesquisa e isenção de impostos.
Também reclamou de legislações estaduais em conflito com a legislação nacional do setor.
55 bilhões
de reais é o a valor que poderá chegar o novo aporte do Tesouro Nacional ao BNDES para financiar a compra de
máquinas, equipamentos, caminhões e investimentos em projetos de inovação.
Moacir Pereira
Política: e a reforma?
O presidente do Senado, José Sarney, deverá instalar esta semana a Comissão Especial da Reforma Política.
Estarão participando os ex-presidentes Fernando Collor, Itamar Franco, o próprio Sarney e os ex-governadores
que hoje ocupam cadeiras no Senado. Este debate sobre a reforma política é tão antigo quanto o da reforma
tributária. Ambas têm defensores do Norte ao Sul. Sobre a urgência das duas reformas há unanimidade nacional.
Mas empacaram há muito tempo. Falta vontade política.
A reforma tributária não sai porque o governo federal não quer abrir mão do absurdo centralismo que garante
recordes de arrecadação e poder de barganha sobre deputados e senadores na repartição dos recursos. Há
muito prevalece a troca de votos pela liberação de verbas públicas e convênios. Os governadores também não
admitem uma nova divisão do bolo tributário. Resultado: os municípios é que pagam a conta. Houve novos
encargos delegados pelo governo central, mas dependem de convênios com Brasília. Os recursos não
engordaram como os da capital federal. E os prefeitos gastam milhares de reais em viagens sucessivas a
Brasília, de chapéu na mão, reféns dos deputados.
Na política, situações mais graves. Alguém acredita que Sarney, que manda no poder federal há mais de meio
século, vai propor mudanças reais para aprimorar o sistema político? Um ex-presidente que mora no Maranhão e
se elegeu senador pelo Amapá vai alterar as regras para moralizar a política nacional e aprimorar a
representação parlamentar? Outro ex-presidente, cassado por corrupção, defensor de currais eleitorais num dos
mais pobres estados nordestinos, vai sugerir medidas para legitimar a atuação dos partidos e dar mais lisura ao
processo eleitoral? E o que dizer dos ex-governadores que há décadas estão no Senado e muito pouco fizeram
pela reforma política?
PROPOSTAS
Luiz Henrique, estreando no Senado, é um dos membros da Comissão. Seus correligionários manifestam
esperanças de que sua presença possa contribuir para que a reforma aconteça. Já os adversários revelam
ceticismo, apontando as várias ações que respondeu na Justiça por infrações à lei eleitoral e aos métodos de
cooptação que empregou durante quase oito anos no governo.
O ex-governador já tem uma lista de propostas para submeter à comissão. Algumas fazem parte de sua
pregação política. Outras são mais recentes. Ele quer, por exemplo, que as eleições sejam verticalizadas e
realizadas apenas a cada seis anos, vedada a reeleição. Tem aspectos positivos. Acabaria com esta fixação dos
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políticos de só pensarem em eleições. Nem bem são diplomados e tomam posse e já estão pensando no pleito
seguinte. Viraram carreiristas. E cidadãos eleitos deputados nem assumem e já viram secretários. Outros,
escolhidos prefeitos, viram deputados na eleição seguinte. Eleição a cada seis anos representaria uma
gigantesca economia de recursos. Mas teria um grande problema: e os governadores e prefeitos que se revelam
incompetentes, despreparados nos primeiros meses?
Outras sugestões de Luiz Henrique: financiamento público de campanha, programas eleitorais na TV ao vivo,
sem produção; fidelidade partidária, perda de mandato e inelegibilidade do infiel por duas eleições; voto distrital
misto, conforme o modelo alemão; voto de lista partidária a deputado federal; e redução do número de partidos
para, no máximo, cinco.
Ficam faltando prestação de contas na internet, fim dos suplentes de senadores, veto às doações de empresas e
muitas outras mudanças. Mas com Sarney e Cia. muda para ficar exatamente como está.
Visor
CLIMA PESADO
Tem gente entendida no assunto que crava no desfecho de logo mais: até o início da sessão da Câmara de
Vereadores da Capital, hoje, às 19h, sai uma decisão judicial impedindo a votação em plenário do pedido de
cassação dos vereadores Ricardo Vieira (PC do B) e Asael Pereira (PSB). As falhas processuais durante a
reunião da Comissão de Ética teriam sido gritantes. Uma delas foi a participação do vereador Dinho (PSB), que
integrava a chapa derrotada na eleição da mesa diretora. Logo, não poderia ter acusado os opositores por
quebra de decoro, por razões mais do que óbvias.
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Independente de uma eventual decisão judicial, o clima tem tudo para ficar pesadíssimo na Casa. Uma intensa
mobilização via internet em defesa do vereador Ricardo Vieira promete lotar as galerias da Câmara. Na primeira
sessão do ano após a eleição, no último dia 3, o vereador João da Bega (PMDB) já foi bastante hostilizado pela
claque do parlamentar socialista. Acesse www.diario.com.br/visor e confira o vídeo do clima da primeira sessão
do ano.
RECORDE
A Secretaria de Turismo de Balneário Camboriú está festejando: o número de turistas no mês de janeiro foi
recorde na cidade: 900.876 visitantes. Em relação a 2010, foi um aumento de 10,12%. O número de ônibus de
turismo na cidade também foi maior do que em 2010. No ano passado, foram registrados pelo Portal de
Informações Turísticas (PIT) da Avenida do Estado, no mês de janeiro, 996 ônibus trazendo 38.901 visitantes.
Neste ano, o aumento foi de 26,3% , sendo que o registro foi de 1.258 coletivos na cidade, com 51.083
passageiros. A maioria dos visitantes veio de outros estados brasileiros (45,6%), da Argentina (33,4%), Paraguai
(12,2%), Uruguai (5,1%), Chile (3,2%) e até da longínqua Coréia do Sul (0,5%).
OUTDOORS
Repercutiu a foto do outdoor com uma imagem erótica na altura do mirante do Morro da Lagoa da Conceição,
publicada ontem pelo Visor (comentários no blog www.diario.com.br/visor). Imoralidade e agressão ambiental
incomodam muita gente. E algum promotor ou procurador Ministério Público, será que passou por lá?
Política
COMPRA DE VOTOS
Defesa quer impedir votação
Os processos de cassações de Asael Pereira e Ricardo Vieira estão na pauta para ser julgados pela Câmara da
Capital
A Câmara Municipal de Florianópolis marcou para hoje, às 19h, a votação da cassação dos vereadores Asael
Pereira (PSB) e Ricardo Vieira (PC do B). O pedido foi feito pelo Conselho de Ética, que acusa os dois por
quebra de decoro parlamentar no episódio da compra e venda de votos na eleição do presidente da casa, em
dezembro.
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Após a derrota, o candidato João da Bega (PMDB) foi à tribuna para denunciar possíveis irregularidades. Depois,
nos corredores da Câmara, fez um desabafo, que foi filmado, onde afirmava que alguém teria pedido dinheiro
para votar nele. O prefeito Dário Berger (PMDB) confirmou que Asael teria solicitado R$ 300 mil, e Vieira, por
intermediários, queria R$ 230 mil. Os dois sempre negaram as acusações.
Hoje, vão tentar suspender na Justiça a realização da sessão sob a alegação de que houve irregularidades na
condução do processo de investigação feito pelo Conselho de Ética. Segundo o advogado de Asael Pereira
(PSB), Celso Bedin, não será questionado o mérito da decisão do Conselho de Ética na Justiça, mas os erros na
tramitação do processo. Entre eles, a participação do vereador Edinon Manoel da Rosa (PPS), que integrou a
mesa diretora na época em que a investigação foi instaurada. Bedin lembra que Edinon propôs a expulsão de
Asael do partido, mas não obteve êxito, logo, sua decisão não seria imparcial.
– Todo o processo está viciado. Asael foi julgado com base na palavra do prefeito.Vamos protocolar no primeiro
horário de expediente do Judiciário o mandado de segurança solicitando a suspensão da sessão – disse Bedin.
Ele ressalta que, no parecer do Conselho de Ética, Asael foi punido por não provar que é idôneo. Outro motivo é
porque fazia parte da base e votou em Jaime Tonello (DEM) da oposição.
– Se houver sessão vou provar que o mérito da decisão é questionável. O vereador tem autonomia para votar.
O vereador Ricardo afirma que o processo foi manipulado. Ele se reuniu ontem com a executiva do partido e o
seu advogado para definir as ações judiciais. Voltam a se encontrar hoje para preparar a fala do vereador na
sessão.
– Eu fui julgado antes de apresentar minha defesa. Houve uma manipulação do processo pela base do governo,
o que se constituiu em um golpe. A decisão reflete a derrota de Dário na sucessão do presidente da Câmara e
um gesto de fazer política na base da corrupção e do troca-troca – afirmou.
OLHO NO PODER
Veterano na arte do toma lá, dá cá
Líder do PMDB na Câmara, Henrique Eudardo Lyra Alves pressionou o governo Dilma para ganhar mais espaço
no Planalto
Com quatro décadas de bagagem acumulada nos meandros do fisiologismo parlamentar, o líder do PMDB na
Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ouviu uma graça da presidente Dilma Rousseff.
No momento em que o potiguar deixava o Planalto, a petista tentou amenizar o clima de guerra instaurada pelo
PMDB na disputa por cargos de segundo escalão.
– Já sei o que farei. Vou mandar um bambolê de presente para o líder.
Em 2008, Dilma recebeu um bambolê de Henrique. O objetivo da brincadeira era insinuar que a aspirante à
sucessão de Lula não tinha jogo de cintura para a política.
Três anos depois, o ambiente amistoso é mera aparência. À frente de uma bancada de 79 parlamentares,
Henrique não tem poupado o Planalto de chantagens na hora de ampliar o espaço do partido.
Ele defende com maior ênfase o feudo do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no setor energético. A postura
dividiu os peemedebistas e antecipou o lançamento de uma corrente interna, crítica ao fisiologismo da cúpula.
Henrique não se abalou com o fogo amigo e seguiu fustigando o Planalto com ameaças de CPIs. O gesto
agressivo, que contrasta com seu estilo até então conciliador, surpreendeu até seus inimigos políticos. Segundo
parlamentares do PMDB, Henrique incorporou o personagem do correligionário do Rio.
– Ele (Henrique) e o Cunha interpretam o jogo do policial bom e do policial mau. Enquanto pela frente o líder
afaga e elogia, por trás, o Eduardo ameaça e chantageia – conta uma vítima das artimanhas da dupla.
A obscura parceria entre eles surgiu de uma necessidade mútua. Ao debutar na Câmara, em 2003, Cunha se
aproximou do veterano colega, que lhe abriu as portas do alto clero e garantiu acesso aos gabinetes ministeriais.
Com uma ascensão meteórica sobre o setor elétrico, Cunha logo passou a controlar um grupo estimado de 40
parlamentares. A fidelidade dessa bancada particular permitiu a Henrique medir forças com expoentes, como os
senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).
– O Eduardo (Cunha) tem uma visão empresarial do mandato. Sua capacidade de amealhar recursos e
influenciar no governo seduziu o Henrique – diz um deputado do Rio.
Apesar da aparente afinidade, Henrique e Cunha evitam deixar o flanco aberto. Amigos próximos contam que,
em almoços e jantares políticos, a dupla sempre deixa os restaurantes junta, para evitar que um fale mal do outro
pelas costas.
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Graduado em Direito e dono de um patrimônio de R$ 5,6 milhões, Henrique age movido pela intuição. O perfil
articulador e o afinco em cumprir os acordos cativaram os integrantes da alta cúpula petista.
– Mesmo com as ameaças, não nos interessa enfraquecer o Henrique. O PMDB precisa ter um polo de
interlocução – diz André Vargas (PT-PR).
Ao longo das quatro décadas de vida pública, Henrique por três vezes tentou um cargo executivo, sem êxito. Foi
duas vezes derrotado na disputa pela prefeitura de Natal. Quando foi indicado pelo partido para ocupar a vaga
de vice na chapa presidencial do tucano José Serra, em 2002, foi a imprensa que demoliu suas pretensões.
Acuado por documentos que descortinaram sua separação litigiosa com a ex-mulher Monica Infante Alves e
detalharam os hábitos nababescos do peemedebista, Henrique se viu obrigado a renunciar à vaga, ocupada por
Rita Camata (PMDB-ES).
Quem é
Nascido no Rio de Janeiro, Henrique Eduardo Lyra Alves é herdeiro da família Alves, uma oligarquia política que
domina o Rio Grande do Norte há quase 70 anos, considerada um dos clãs mais poderosos do Nordeste.
Na árvore genealógica de Henrique, destacam-se o falecido pai, Aluísio Alves (ex-ministro, ex-senador e exgovernador), o primo Garibaldi Alves Filho (ex-presidente do Senado e atual ministro da Previdência) e o tio,
Garibaldi Alves (senador).
A família Alves é dona de um conglomerado de comunicações que controla emissoras de rádio e jornais e tem
participação na filiada local da Rede Globo.
Eleito deputado federal pela primeira vez em 1971, pelo então MDB. Está em seu 11º mandato, reeleito com 191
mil votos.
Expoente do PMDB, teve breve passagem pelo PP entre 1980 e 1982.
Em 1998, tratou um câncer nas cordas vocais. A doença o deixou com a voz metalizada.
EX-GOVERNADORES
STF vai analisar pensões
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia colocou na pauta de julgamentos de quarta-feira a
ação que contesta as aposentadorias vitalícias pagas aos ex-governadores do Pará.
Esse será o primeiro julgamento das cinco ações ajuizadas pelo Ordem dos Advogados do Brasil (AOB) contra
as superaposentadorias. A entidade questiona também as pensões pagas aos ex-governadores de Sergipe,
Paraná, Amazonas e Acre.
A decisão sobre o caso do Pará deve criar jurisprudência sobre a questão, ou seja, servirá de exemplo para
outros caos. O STF já considerou inconstitucional as pensões de ex-governadores de Mato Grosso do Sul.
No entendimento da OAB, a previsão de pagamento de pensões nas Constituições estaduais viola a Constituição
Federal. O OAB pode ainda contestar aposentadorias pagas em outros Estados. No total, são gastos pelo menos
R$ 31,5 milhões por ano com essas aposentadorias, beneficiando 135 pessoas, entre ex-governadores e viúvas.
Em Santa Catarina, são oito ex-governadores que recebem, cada um, pensões vitalícias de R$ 22.11,65 por
mês. São eles: Colombo Salles, Antônio Carlos Konder Reis, Jorge Bornhausen, Henrique Córdova, Esperidião
Amin, Casildo Maldaner, Paulo Afonso Vieira e Leonel Pavan. Há também três viúvas de ex-governadores e uma
filha, que recebem R$ 15 mil mensais cada uma.
O Estado gasta R$ 236.890 por mês. Dois ex-governadores abriram mão de receber, Luiz Henrique da Silveira,
que agora é senador, e Eduardo Pinho Moreira, que atualmente exerce o cargo de vice-governador.
BOM OU RUIM
Orçamento divide Alckmin e Serra
Líderes do PSDB têm opiniões diferentes sobre corte de R$ 50 bilhões
Quando é para comentar a tesourada no orçamento da União, anunciada na semana passada, pelo governo da
presidente Dilma Rousseff, nem os líderes de oposição se entendem.
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse, ontem, que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento
da União, é uma medida necessária para conter o avanço da inflação, mas alertou que a decisão da equipe
econômica não pode prejudicar investimentos na área social.
O ex-governador José Serra (PSDB), que estava junto Alckmin no interior de São Paulo, discordou: – Por
enquanto é só espuma.
Serra, candidato derrotado na eleição presidencial, acrescentou: – (O corte) não está discriminado, explicitado,
por enquanto é só espuma.
Para Alckmin, os investimentos devem ser preservados dos cortes.
– Entendo que a política fiscal brasileira precisa ser mais dura, então acho que isso é necessário para não deixar
a inflação crescer, pois no ano passado tivemos a inflação bem acima da meta, mas o importante é que o corte
não seja feito em investimentos, especialmente na área social – lembrou Alckmin.
Esta foi a primeira visita de Serra ao lado de Alckmin no interior paulista neste ano.
Durante a entrega de casas, o ex-candidato à Presidência da República tratou distribuir alfinetadas no governo
federal:
– É o único programa dirigido a famílias com renda até um salário mínimo, porque o Minha Casa Minha Vida não,
não andou nessa parte, sem contar a qualidade das casas – referindo-se ao maior programa dos governos Lula
e Dilma.
JOSÉ SERRA
Ex-candidato à Presidência
"O corte no orçamento não está discriminado, explicitado. Por enquanto, é só espuma."
MÍNIMO
Pedetista defende o valor de R$ 545O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), garantiu que vai defender junto
aos 26 parlamentares do seu partido o valor de R$ 545 para o salário mínimo na votação desta quarta-feira.
O líder da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, que é deputado do partido de Lupi, desdenha as ameaças do
Planalto, diz que não recua dos R$ 560 e arremata:
– Não temos carguinhos.
– Fui voto vencido. Agora, tenho de defender a posição do governo, em nome do acordo feito por uma política
salarial para os próximos quatro anos – disse Lupi.
Na avaliação dele, a política do mínimo em vigor permitirá que se chegue a um reajuste entre 13% e 15%, de
2011 para 2013. A inflação e os gastos do governo são outras duas razões citadas por Lupi para manter o voto
nos R$ 545.
– É hora de colaborar com o aperto do cinto – resumiu.
A posição do ministro deixa Paulinho da Força Sindical sozinho – pelo menos dentro do PDT – na pregação por
um salário de R$ 560.
– Já reduzimos de R$ 580 para R$ 560 – lembrou o deputado.
Ele disse que as centrais sindicais vão promover uma manifestação pelos R$ 560 na quarta-feira,.
Questionado sobre as ameaças que o governo está fazendo aos aliados, de que ficarão sem os cargos ou
verbas de emendas se não votarem os R$ 545, Paulinho desdenhou:
– Não temos medo de ameaças. Eles vão retaliar o quê? A vantagem nossa é que não temos carguinhos ou
emendas para receber. Não temos nada a perder e vamos defender os R$ 560.
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Além de contar com a mobilização de trabalhadores e aposentados, Paulinho espera que rendam votos para a
proposta de R$ 560 a insatisfação parlamentar com os cortes no Orçamento, que atingirão projetos de interesse
das bancadas, assim como o corte das emendas individuais e a suspensão das negociações para preencher os
cargos de segundo escalão no governo federal.
– Vamos para o voto e vamos ver quem ganha – disse Paulinho.
CESTA BÁSICA
Sarney gasta R$ 64 mil em compras
Produtos de açougue, frios e frutas serão entregues na residência oficial do presidente do Senado
Em comemoração à permanência na presidência do Senado, o tetrapresidente José Sarney (PMDB-AP) não
economizou no supermercado. A Casa reservou R$ 64 mil para abastecer a despensa.
Na última semana, foi autorizada pelo Senado a reserva de recursos no orçamento para a compra de produtos
de açougue, frios e frutas in natura, segundo o site Contas Abertas (www.contasabertas.org.br). O material será
entregue na residência oficial da presidência da Casa, portanto, no endereço do próprio Sarney. E as compras
para a residência do presidente do Senado não param por aqui. Outros R$ 5,1 mil foram programados para
garantir a limpeza da casa. Quem também está de olho no esfregão é o Grupamento de Infraestrutura e Apoio de
São José dos Campos, da Força Aérea Brasileira. O órgão comprometeu R$ 7,8 mil para a aquisição de 75
panos de limpeza, nas cores verde e azul.
Na quinta-feira, Sarney anunciou a primeira meta de ação depois de reeleito: um plano de cortes de gastos no
Senado, como horas extras e cargos comissionados, seguindo o Planalto que anunciou um corte de R$ 50
bilhões no orçamento.
SAÚDE DE ALENCAR
Ex-vice quer ser chamado de senador
O ex-vice-presidente José Alencar permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital SírioLibanês, em São Paulo.
Segundo a assessoria do hospital, o político passou bem e seu quadro é estável. Alencar foi internado na quartafeira após sofrer uma inflamação causada por uma perfuração no intestino. Apesar de ter sido cogitada a
hipótese de o ex-vice deixar a UTI, o hospital informou que, ainda, não há previsão para isso acontecer.
Alencar disse ao ex-deputado federal Albano Franco que está “preparado para morrer”, mas que pretende “viver
até quando for digno”. O relato foi feito pelo próprio ex-deputado, após visita de três horas com o ex-vicepresidente, que estava acompanhado por sua esposa, dona Mariza, pelo filho Josué e pelo neto.
Quando o ex-deputado chegou à UTI, Alencar estava cortando o cabelo e aparentava cansaço, segundo Albano
Franco, mas conversava sobre diversos assuntos. Alencar recordou a época em que era vice-presidente de
Albano Franco na Confederação Nacional da Indústria. Falaram sobre os oito anos de governo Lula e Alencar
confessou que, apesar de ter passado o período todo na vice-Presidência , prefere ser chamado de senador.
Franco disse que Alencar falou com naturalidade sobre sua doença – ele trava uma luta contra um câncer
abdominal há mais de 13 anos –, que está consciente da gravidade de seu estado de saúde.
A Notícia
AN Portal
"NÃO TENHO CARGOS"
Irritado com críticas que estaria recebendo por “eventual” desgaste da Conurb – ele diz preparar ações judiciais
atrás de reparação – o deputado federal Mauro Mariani (PMDB) nega ter indicado Tufi Michreff Neto para a
Conurb. Ou quem quer que seja para o governo Carlito. “Tufi é meu amigo, trabalhou comigo. Também tenho
relações com outras pessoas no governo. Mas perguntem ao Carlito se eu indiquei alguém, apenas fui
comunicado da nomeação dele. Em 2008, era a história de ‘forasteiro’. Como não dá mais, agora é essa da
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Conurb”, diz Mariani. O deputado diz que o PMDB deve deixar o governo se quiser ter candidato a prefeito, mas
não diz quando. “O partido tem de se reunir e definir. A mim, nada afeta pessoalmente, não tenho cargos”,
resume. O PMDB deve definir em março se fica no governo Carlito. A sigla está dividida sobre a permanência.
Bem menos
Com população equivalente a de Joinville, mas arrecadação bem menor, Londrina tem menos de cem cargos
comissionados na Prefeitura. A metade é preenchida por servidores de carreira. Em Joinville, são mais de 600
postos de confiança à disposição de nomeação pelo prefeito (o número não é de agora etc., mas agora também
não houve esforço algum pela redução).
A pedido
Ainda não dá bem para saber se a reforma em curso no governo Carlito são adequações do prefeito às
exigências dos aliados e uma tentativa de dar cara nova à administração ou não passam de pedidos feitos por
Eduardo Dalbosco (Planejamento) no final do ano passado. Foi quando Dalbosco teve conversa com Carlito
dizendo que do jeito que estava, ele não ficaria.
Enfim, saiu o contrato para a prestação de serviço para a Águas de Joinville. O primeiro contrato durou cinco
anos, assinado assim que companhia foi criada. Ano passado, foi feita outra licitação e a mesma empresa
venceu, a Ambiental. O contrato pelos próximos 14 meses, prorrogável, é de R$ 14,6 milhões. Houve deságio,
pois a licitação foi lançada com valor de R$ 21 milhões.
É O QUE TEMOS
Mais uma vez, a água tomou conta do gramado da Arena Joinville. E o rodo improvisado foi a providência para
tentar enxugar. Mais nada.
A “Folha de S.Paulo” perguntou aos corretores de imóveis quais os itens mais exigidos em apartamentos de alto
padrão em São Paulo. Piso aquecido, elevador acionado pela íris dos olhos, árvore com plaquinha com o próprio
nome, quatro vagas na garagem, iluminação ativada pela voz e, pasmem, paredes que sugam pó. Se pesquisa e
se descobre que é um sistema central que suga o pó por meio de tubos espalhados pela parede. Em Joinville,
tem construtor analisando o troço.
Mais agentes
Leitor manifesta surpresa em saber que a média diária de multas pagas em Joinville passou de R$ 30 mil para
R$ 33 mil (comparação entre os últimos trimestres de 2009 e 2010). O cidadão se diz surpreso porque a Conurb
diz que a média de multas por agente é de duas por dia, sempre foi e continua sendo. É, pode ser, só que o
número de agentes cresceu em Joinville e mais multas são aplicadas.
PERTO DO CACHOEIRA
Observador da fauna do rio Cachoeira, no Centro de Joinville, Valmice Vieira deparou com esse aracuã na
manhã de ontem. Ele já tinha visto a espécie por aí, mas não perto do rio.
Mais tempo
Foi prorrogado o contrato do geoprocessamento na área rural de Joinville, com elevação do valor contratado,
porque apareceram lotes, desmembramentos, loteamentos e até condomínios que não constavam dos cadastros
do Incra quando o trabalho começou. Quando o trabalho foi feito na área urbana, foram identificadas milhares de
construções ampliadas sem autorização. O geoprocessamento mapeia todas as construções e lotes de uma
determinada área.
Em quinto
Pesquisa realizada pela Prefeitura de Balneário Camboriú colocou os joinvilenses em quinto lugar entre os
veranistas da cidade litorânea. Curitiba é a cidade que mais manda turistas para Balneário, seguida por Buenos
Aires e Córdoba, ambas na Argentina. A quarta colocação é de Blumenau.
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Nova relatoria da CPI dos Móveis na Câmara de Joinville diz que se depender dela, a frase “terminou em pizza”
será extinta. Zilnete foi governista, virou independente e agora é de oposição à Prefeitura.
Agora vai
Assim como o senador Luiz Henrique, Mauro Mariani acha que agora a reforma política sai. Ele defende as listas
fechadas, isto é, em vez de votar em candidatos, o eleitor vota em listas preparadas pelos partidos. Os primeiros
colocados na lista são eleitos – o partido que teve mais votos elege mais gente. LHS diz não haverá caciquismo,
isto é, quem tem mais força no partido vai para os primeiros lugares, aumentando a chance de eleição.
Circunstâncias
Seja como for, diz Luiz Henrique, as convenções partidárias já escolhem hoje quem vai concorrer. A ordem da
lista, caso seja adotada, também vão será definida pelas siglas. Já Mariani acha que se os partidos resolverem
colocar pessoas sem expressão nos primeiros lugares da lista, os eleitores não vão votar no partido.
Fabio Dalonso e Carlos Caetano estão interessados em ser o próximo presidente do PSDB de Joinville. O
vereador Lauro Kalfels (PSDB) acredita que o último a se candidatar, o que ainda não ocorreu, leva a parada,
por consenso. Talvez sejam um vereador, diz Lauro.
Presença de Chiodini
O deputado Carlos Chiodini (PMDB) está montando a base em Joinville também. Com base em Jaraguá,
Chiodini escolheu Décio Krelling, ex-vereador e atual diretor do Hospital Bethesda como chefe de gabinete.
Antônio Borba, de Barra do Sul mas com atuação em Joinville, também está na assessoria. Completa o time
Virlei Edson da Costa. Em 2010, Chiodini fez 1,3 mil votos em Joinville.
Ainda na Câmara
Enquanto não é desatado o nó dos suplentes (polêmica sobre quem assume, se pela colocação na aliança ou na
sigla), os federais nomeados para cargos no governo Colombo seguem na Câmara. Mas no caso de Paulo
Bornhausen, a secretaria dele, de Desenvolvimento, está sendo tocada por interino. João Rodrigues e Marco
Tebaldi seguem deputados e sem substitutos nas secretarias. Devem se licenciar nesta semana.
Canal Aberto
O TRIO PEEMEDEBISTA
O vice-presidente Michel Temer já decidiu que Paulo Afonso Vieira, João Matos e Neuto de Conto vão ser os três
peemedebistas de Santa Catarina a serem aproveitados nos melhores cargos federais reservados ao Estado. O
trio está na própria cota pessoal, com base em entendimento já formalizado com a presidente Dilma Rousseff.
Esse encaminhamento foi confidenciado por Temer a, pelo menos, dois deputados federais de SC, na semana
passada. Como Neuto se engajou na campanha presidencial de José Serra, a diretoria do BRDE vaga com a
posse de Casildo Maldaner no Senado seria providencial, até porque a indicação partiria do governador
Raimundo Colombo, também alinhado com a candidatura tucana.
Neste caso, as duas diretorias da Eletrosul seriam destinadas a Paulo Afonso e João Matos, já que a presidência
estaria sendo disputada pelos petistas Eurides Mescolotto e Cláudio Vignatti. O primeiro conta com o apoio da
ministra Ideli Salvatti (Pesca) para continuar, enquanto que o outro com o respaldo do presidente estadual do PT,
José Fritsch, e da esmagadora maioria do partido.
O ex-governador Paulo Afonso só gostaria de voltar à estatal se fosse para presidi-la, mas se sujeitaria a
reassumir o mesmo posto desde que seja indispensável para confirmar o nome de João Matos para a outra
diretoria, em dobradinha peemedebista.
Na hipótese da nomeação de João Matos estiver assegurada, o ex-governador faria a opção pelo BRDE,
cabendo a Neuto a outra diretoria da Eletrosul. Qualquer que seja a equação, Michel Temer quer Neuto de Conto
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contemplado, pois aí estaria praticando um gesto na direção do senador Luiz Henrique, com quem o vice e o
próprio governo Dilma querem uma aproximação.
Pelo visto, quem vai acabar sobrando é o ex-deputado Manoel Dias, ainda mais agora que o PDT fechou
questão contra o salário mínimo de R$ 545, desafiando a orientação do Planalto na votação desta quarta-feira,
no Congresso.
O Conselho Nacional de Justiça pretende formatar uma proposta de criação de um fundo de pensão para juízes.
A intenção é substituir o atual sistema de aposentadoria integral ou proporcional por tempo de serviço por um de
contribuição entre magistrados e o Estado.
Com base nesse modelo, por exemplo, simulações apontam que juízes que contribuem com R$ 2,9 mil por mês
(igual valor pago pelo Estado), podem se aposentar recebendo até R$ 70 mil.
O advogado Jefferson Kravchychyn, único catarinense a integrar o CNJ, que coordena o grupo de trabalho, quer
levar a proposta para discussão pelo plenário e, se aprovado, encaminhá-lo para o Supremo Tribunal Federal até
junho. O STF remeterá para o Congresso.
Pode?
O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima cassou o mandato do deputado Chico das Verduras (PRP-RR), sob
acusação de compra de votos.
Para substituir Chico, que totalizou em outubro do ano passado 5.903 votos, dois suplentes entraram na briga: o
primeiro da coligação, Francisco Evangelista (PSL), que fez 5.204 votos, e a primeira do partido, Irma Lançoni
(PRP), que recebeu apenas 98 votos na última eleição.
Irma é a 16ª suplente de uma coligação de nove partidos, mas vai lutar, no Supremo Tribunal Federal, pelo
direito de assumir uma vaga na Câmara, graças ao entendimento do STF, que tem concedido liminares com
base na fidelidade partidária.
Desdobramento
Em Santa Catarina, três políticos estão em situação semelhante a de Irma Lançoni: Romana Remor (DEM) e
Gervásio Silva (PSDB), não pela cassação dos titulares, mas pela licença de João Rodrigues (DEM) e Marco
Tebaldi (PSDB).
Jovino Cardoso (DEM) está na expectativa da posse de Paulo Bornhausen (DEM) na Secretaria do
Desenvolvimento Econômico Sustentável.
Pressão
O presidente do PMDB de Santa Catarina, João Matos, esteve reunido, no Palácio do Planalto, com o ministro
Luiz Sérgio (relações institucionais). No cardápio, a relação de nomes do partido, que poderão ocupar cargos no
governo federal.
João Matos esteve acompanhado do ex-governador Paulo Afonso Vieira e do coordenador do PMDB catarinense
no Congresso, Celso Maldaner, além do deputado Rogério Peninha Mendonça.
Trégua
Agripino Maia almoça hoje, em São Paulo, com Marco Maciel e Jorge Bornhausen. O senador do Rio Grande do
Norte é o candidato do presidente Rodrigo Maia (RJ), enquanto o ex-senador pernambucano o nome preferencial
de JKB. Bornhausen vai intermediar a conversa entre Agripino e Maciel, na expectativa de que os dois grupos
cheguem a um acordo, sob pena de colocar em risco a unidade do já combalido DEM, na convenção nacional de
15 de março, em Brasília.
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“O velho MDB de guerra precisa de renovação. Está na hora do JPMDB entrar em ação.” A afirmação é do
prefeito Ronério Heiderscheidt (Palhoça), que coordena junto ao prefeito Edson Piriquito, na sexta, em Balneário
Camboriú, uma reunião política com a presença de lideranças da Juventude peemedebista, prefeitos, vice,
vereadores, presidentes do partido em Santa Catarina.
BASE DE SUSTENTAÇÃO
Três caras novas na Assembleia: José Nei Ascari (E), Adilor Guglielmi (Doia) e Maurício Eskudlark (D), que
votam com o governo Colombo, na minirreforma administrativa que chega essa semana na Casa.
NO PLANALTO
Colegas na Câmara em vários mandatos, João Matos (E) e Luiz Sérgio (RJ) tiveram um encontro que o
presidente estadual do PMDB viu como “proveitoso”. Defi nição de cargos federais em breve.
TRANSIÇÃO
Gelson Merísio (DEM) reassume hoje a presidência da Assembleia. Na interinidade, Moacir Sopelsa (PMDB)
costurou o acordo em torno das comissões técnicas, com a Casa já estando em condições de atuar nesta
legislatura.
IDENTIDADE
Embora de partidos diferentes, Merísio e Sopelsa são aliados da tríplice que elegeu Colombo e representam a
região Oeste na Assembleia.
TROCA
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Assim como a tendência do DEM é fechar com Sopelsa a Prefeitura de Concórdia, em 2012, o PMDB poderia
retribuir na terra natal de Merísio (Xanxerê), alinhando-se ao candidato liberal.
POSIÇÃO
Se depender do presidente da Câmara, Marco Maia, quem continua assumindo no lugar dos deputados que
estão se licenciando para tomar posse em ministérios ou secretarias de Estado são os suplentes da coligação e
não do partido.
FAVORECIDOS
A postura de Marco Maia agrada a Colombo e assegura a investidura de Valdir Colatto (PMDB), Carmen Zanotto
(PPS) e Gean Loureiro (PMDB).
Política
JUDICIÁRIO
Pactos federativos já aprovaram 46 projetos
O Terceiro Pacto Republicano pela Modernização e Melhoria do Judiciário, anunciado na semana passada como
uma das prioridades do STF, ainda está em fase de estudo, mas já é visto com bons olhos pela comunidade
jurídica. Segundo levantamentos do Ministério da Justiça e do STF, pelo menos 46 leis e emendas
constitucionais foram aprovadas entre 2004 e 2009.
COLUNAS
Blog Exxtra
Por Ivan Lopes da Silva
O que é inflação?
Esta deve ser uma pergunta recorrente, nos últimos dias, para a maioria dos brasileiros que acompanham a vida
econômica nas últimas duas décadas. Quatro anos do governo Fernando Collor-Itamar Franco, oito de Fernando
Henrique Cardoso e outros oito de Luiz Inácio Lula da Silva. Depois deste período, o quadro fiscal preocupante,
que exigirá um aperto inédito de R$ 50 bilhões nos gastos públicos este ano, é parte da herança deixada para a
presidenta Dilma Rousseff, pelo antecessor e mentor Lula. Estudo da Fipe mostra que em doze meses, até
janeiro, os preços dos serviços reajustados segundo critérios informais subiram 8,45%, ante 4,93% para serviços
com critérios formais de aumento. Já a inflação geral ao consumidor, medida pelo IPC da Fipe (variação de
preços para o consumidor na cidade de São Paulo), no período, foi de 6,2%.
Nesse rol estão, por exemplo, o filé mignon, que aumentou 54,55% em 12 meses, seguindo a alta de preço das
carnes no mercado internacional; e até eletrônicos como o celular, cujo preço caiu 13,38% no período, por causa
da desvalorização do dólar em relação ao real e da forte concorrência dos importados.
Mas o que é inflação? É preciso ser didático com esse “bicho” estranho para muitos. Ela (o bicho) é o aumento
persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a inflação chega a zero, dizemos que houve uma
estabilidade nos preços.
Há, também, o excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances da inflação da
demanda acontecer aumenta quando a economia produz próximo do emprego de recursos. Para a inflação de
demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a
redução da procura agregada.
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Já a inflação de custos é associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam.
Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção, fazendo com que os preços de mercado também
sofram aumento.
As causas mais comuns da inflação de custos são relacionadas às seguintes questões: os aumentos salariais
fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o aumento do custo de matéria-prima provoca
um aumento nos custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a
estrutura de mercado em algumas empresas, que aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de
produção.
O problema no qual devemos prestar atenção é que, caso não aconteça uma reação do governo para barrar
esse “bicho” estranho, os jovens, principalmente, com menos de 40 anos, poderão ouvir muito falar em inflação.
Governador busca investimentos para o Estado em visita à sede da GM
Durante visita à General Motors (foto), em
São Caetano do Sul (SP), o governador
Raimundo Colombo, acompanhado do
senador Luiz Henrique, recebeu a notícia
de que a fábrica da empresa em Joinville
será inaugurada em 2012. “Ficamos muito
felizes com a instalação da fábrica no
nosso Santa Catarina, pois vai aliar o
desenvolvimento da região à geração de
empregos. Parabéns ao senador Luiz
Henrique, que iniciou esse processo, e ao
Estado pelo abrigo de uma importante marca como a GM”, comemorou o governador.
Agravo de instrumento do MPE contra Ideli é negado por ministra do TSE
O Ministério Público Eleitoral teve negado seguimento a um agravo de instrumento, pela ministra do TSE
Carmen Lúcia, contra uma decisão do TRESC que negou provimento a uma representação do MPE que pedia a
aplicação de multa à candidata ao governo (foto) Ideli Salvatti (PT).
Liminar determina nova eleição da Mesa da Câmara de Vereadores de Laguna
O juiz Mauricio Fabiano Mortari, da 2ª Vara Cível da Comarca de Laguna, deferiu parcialmente liminar em
mandado de segurança e determinou nova eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores. Ele manteve os
membros eleitos em agosto do ano passado em caráter excepcional e interino, além da convocação, em 48
horas.
Adelor Lessa
Não dá mais para ficar só falando na BR-101. Está na hora de agir!
Os discursos são recorrentes e os protestos repetitivos. Até porque, por mais que se fale, e grite, não muda a
situação na BR-101. Então, tem que se fazer alguma coisa. Não dá mais para ficar só falando.
Fechar a rodovia foi um tipo de protesto que até deu resultado numa época em que era preciso chamar a
atenção das autoridades, e fazer com que se interessassem pelo nosso problema. Mas esta etapa já está
vencida. Hoje, todos conhecem o assunto em Brasília. O que falta agora é decisão política. E isso só sai com
pressão. Político é suscetível à pressão. Quanto maior, mais fácil de resolver.
O Sul de Santa Catarina saiu da eleição de 2010 com uma representação política respeitável. Um vicegovernador, três deputados federais e oito deputados estaduais. Um movimento com todos eles pode ser o “fato
novo”. É algo que ainda não foi feito. Melhor ainda se conseguirem envolver, na linha de frente, o Governador, os
três senadores e os outros 13 deputados federais catarinenses.
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Imaginem uma comitiva com este peso político aterrissar em Brasília decidida a desatar os “nós” da BR-101?
Não tem como não dar resultado!
A obra no trecho norte só saiu quando foi feito movimento semelhante, reforçado por aquele abaixo assinado
com mais de 1 milhão de assinaturas.
Na Praia
Duas casas em Laguna foram movimentadas no fim de semana por reuniões políticas. Na de Eduardo Moreira,
foram feitas discussões sobre nomeações para cargos do Governo no Sul. Na de Leodegar Tiscoski, líderes do
PP do Sul atualizaram informações sobre aproximação com o DEM e o Governo Colombo.
Mais um
Tiscoski informou aos prefeitos, deputados e dirigentes do PP que o partido vai “emplacar” mais um cargo
importante no Governo Dilma. Presidência da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Só não deu nome, nem
data.
Cobrado
Presidente do PP de Içara, Arnaldinho Lodetti, estava na reunião na casa de Tiscoski e ouviu cobranças sobre o
acordo político que fez com o prefeito Gentil da Luz, PMDB. Há fortes reações na região. Assim que ele
apareceu, alguém gritou: “cadê o Gentil?”.
Aliança
A aproximação do PP com o DEM e o Governo Colombo já produz efeitos políticos em Orleans. O ex-prefeito
Valmir Bratti, PP, está disposto a compor com Lussa Librelato, DEM, para a eleição de 2012. Lussa, atual viceprefeito, seria o candidato a prefeito e Bratti o vice.
Mapeado
O empresário Diomício Vidal, ex-presidente da Acic, será o vice-presidente regional Sul da Fiesc no próximo
mandato. Já foi convidado pelo futuro Presidente, Glauco Corte, e aceitou. Guido Burigo, atual vice-regional,
deverá ter cargo na diretoria executiva.
Números
Vantenor Gomes, Criciúma, por e-mail, sobre “reajustes”:
“Veja como são as coisas neste Brasil. Minha aposentadoria foi corrigida neste mês em exatos 6,41% e o
imposto de renda retido na fonte, pasmem, foi corrigido em exatos 70,61%. Isso mesmo. Seis vírgula quarenta e
um por cento de aumento, contra setenta vírgula sessenta e um por cento. É ou não é uma vergonha!”.
Julio Scussel, Criciúma, sobre “cortes” do Governo:
“O governo federal cortou R$ 50 bilhões dos investimentos previstos para 2011, mas terá que arrumar R$ 100
bilhões até 2013 para as 12 sedes da Copa do Mundo de 2014 e mais R$ 100 bi para as Olimpíadas de 2016.
Claro que os pagamentos não serão à vista, mas em algum lugar as despesas terão que ser alocadas. Como
ficará a nossa BR-101? E os investimentos para Santa Catarina, que não terá Copa do Mundo e nem
Olimpíadas?”.
A fuga e as lajotas
Vizinhos do Presídio Santa Augusta, em Criciúma, estão preocupados, e com medo. Dizem que antes acontecia
fuga de presos, em média, quatro vezes no ano. Agora, a frequência é muito maior. Tem quase todos os meses.
E quando os presos pulam o muro, fogem pelas casas ou pelos terrenos dos vizinhos. Por e-mail, ontem, uma
vizinha afirmou que na fuga de sábado contou pelo menos seis pulando o muro do Presídio ao lado da sua casa.
Há que faça relação entre o aumento na incidência de fugas com a fábrica de lajotas que passou a funcionar no
Presídio. “Parece que eles amontoam lajotas, ou material usado na fábrica, e com isso fazem escada para pular
o muro”, contou uma das vizinhas.
Fora
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No primeiro fim de semana que passou na região Sul como deputado federal (o anterior ele ficou em Brasília),
Ronaldo Benedet, PMDB, fez questão de “cortar na raiz” as especulações sobre sua possível candidatura a
prefeito de Criciúma - “Não existe esta possibilidade, e não vai existir. Eu sou cabo eleitoral do Vampiro e vou
trabalhar para o PMDB voltar à Prefeitura”.
Presidente ou Presidenta?
Pode ser apenas porque é algo novo, que não estamos acostumados ainda, mas não consigo me adaptar ao
“Presidenta”. Não é sonoro! E não vejo nenhum sentido para insistirem nisso. Em todos os países do mundo, as
mulheres que assumem o Poder são chamadas de “Presidente”. Será que o próximo homem que vier a assumir
vai querer ser chamado de “Presidento”.
Mas, depois que escrevi sobre isso no twitter, recebi muitas mensagens a respeito, e transcrevo uma delas:
“No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo
atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é
mendicante…
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que
tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que
se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não
“presidenta”, independentemente do sexo que tenha.
Se diz capela ardente, e não capela “ardenta”; se diz estudante, e não “estudanta”; se diz adolescente, e não
“adolescenta”; se diz paciente, e não “pacienta”.
Um bom exemplo seria:
“A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta
para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta
dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre
português, só para ficar contenta.”
Paulo Alceu
Novo partido
Começou um movimento em São Paulo para a criação do Partido dos Militares Brasileiros. Por enquanto a
representação está concentrada na Polícia Militar, mas buscando apoio no Exército, Marinha e Aeronáutica. O
detalhe é que a legislação veta a militância partidária de integrantes da ativa. O meio de burlar essa exigência
está sendo inscrever as mulheres dos militares na lista de apoio. Já começa bem. Se vai fazer sucesso é esperar
pra ver, mas de saída já há entraves como a participação das Forças Armadas que não se integram a iniciativas
lideradas pela PM. Há criticas ao nome, pois passa corporativismo. Por outro lado a bandeira é ficha limpissima e
o pilar é o da democracia e dos direitos humanos. Por aqui a Assembléia tem um representante da PM, mas
ligado aos praças, o deputado sargento Soares. Na Câmara o deputado Jair Bolssonaro ligado ao Exército e que
já falou que não deixa o PP. Enquanto isso prossegue a novela do DEM, que de repente vai terminar com a
mudança de nome e todos juntos.
História
Na terça-feira, durante homenagem na Câmara de Vereadores de Florianópolis ao Centenário de Nascimento de
Aderbal Ramos da Silva será apresentada uma exposição de fotografias relatando a trajetória do ex-governador
sendo aberta ao público durante 15 dias. Depois será levada à Assembléia Legislativa. Segundo o curador do
Instituto Carl Hoepcke, Marx Miller, trata-se de uma seqüência de fotos que vai desde á juventude passando pelo
casamento, pela vida política e pela consagração de homem público.
Reclamação 1
Partiu do presidente da Federação dos Hospitais de Santa Catarina, Tércio Kasten, a reclamação de que
entidades ligadas ao segmento não foram ouvidas para debater a composição do novo valor do piso regional.
Para Kasten, mais uma vez as entidades da saúde ficaram de fora do debate, inclusive, ferindo a Lei
Complementar que prevê a participação nas discussões.
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Reclamação 2
O piso em debate é de R$ 660,00. Segundo entidades ligadas aos hospitais haverá um impacto na folha de 42%
em média podendo até inviabilizar as gestões. A Associação dos Hospitais destaca que a folha hoje representa
50% dos custos hospitalares. Há uma certa insatisfação, não é de hoje, das entidades ligadas ao setor sentindose excluídas do debate.
Agitando
Internamente o PMDB sempre foi um partido em ebulição. Sobram ações e reações. Mais uma vez o prefeito de
Palhoça, Ronério Heiderscheidt, vem buscando espaço para se manter em evidência. Uma das bandeiras agora
é estimular o JPMDB destacando que "o velho MDB de guerra precisa de renovação". Na próxima sexta-feira se
une ao prefeito Edison Piriquito em Balneário Camboriú para uma reunião com lideranças jovens.
Avanço
Na quarta-feira será instalada no Congresso a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Um dos
projetos em debate e com apoio integral é a lei complementar que eleva os valores de enquadramento desses
segmentos. Uma forma de aperfeiçoar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa em vigor desde 2006. Por
exemplo, a microempresa terá o limite de faturamento elevado de R$ 240 mil para R$ 360 mil anuais.
Participante
O senador Luiz Henrique da Silveira integra a comissão que vai elaborar um anteprojeto de lei de reforma
política. Dos doze integrantes, dois são ex-presidentes da República, Fernando Collor e Itamar Franco, e oito são
ex-governadores. Uma discussão interessante e obrigatória onde o senador catarinense tem bem claro em suas
propostas o fim da reeleição e a coincidência dos mandatos, inclusive, de senadores hoje de oito anos.
Excesso
Enquanto o governo Dilma Rousseff corta na própria carne o Senado continua vivendo nababescamente. Os
gastos com pessoal subiram 15% no ano passado e a previsão é subir mais 12% este ano. Mas como sempre há
justificativas. Quais são? Contratações de mais servidores, aposentadorias e pagamento de correções salariais
determinado pelo Judiciário. Uma Casa inchada, perdulária, e , de repente questionada em suas realizações.
Embora o presidente José Sarney garantiu que haverá "cortes bastantes", entre eles as horas extras de diretores
que devem trabalhar o tempo que for necessário. É esperar para se certificar, até porque já houve discurso
semelhante.
Egito
O que aconteceu no Egito poderá provocar um efeito dominó num Oriente Médio sempre em convulsão. O mais
importante é que o povo, sem lideres, escolheu a democracia dando um basta à ditadura, que ocupa espaço em
outros muitos países da Região. Certamente isso causará um impacto em outras nações que usam há décadas
do regime de força sustentado pelo Exército. Mas o que temos com isso? Um redemoinho no Oriente Médio num
mundo globalizado atingirá num período curto outras Regiões mexendo com a economia, um tanto cambaleante,
e criando incertezas. Vale a pena acompanhar essa movimentação que enaltece a democracia, mas que exige
atenção quanto a radicalismos.
Opiniões
Com a idéia de construir uma ponte entre as duas que ligam o Continente à Ilha de Santa Catarina já tem gente
achando mais aconselhável fechar uma delas reduzindo a entrada e exigindo pagamento de pedágio.
Mudanças
Agora são R$ 83 milhões para o transporte escolar que serão repassados pela Secretaria da Educação aos
municípios em nove parcelas por intermédio das 36 Regionais. Houve uma mudança. Os valores liberados
estarão relacionados ao índice de aluno transportado, diferente dos anos anteriores onde todos os municípios
recebiam o mesmo montante. É um recurso que merece controle e observação.
19
A vida segue
A respeito, infelizmente, da Câmara de Vereadores de Florianópolis o verdadeiro Conselho de Ética se formará
em 2012. Daí saberemos quantos sobrarão e quantos serão cassados pelo voto.
Folha de São Paulo
Painel
Caça-fantasmas
Enquanto revisa os contratos firmados por seu antecessor, Geraldo Alckmin prepara outra operação com
potencial de constrangimento para a gestão do correligionário José Serra. A Corregedoria Geral da
Administração fará um pente-fino nos convênios assinados por São Paulo com ONGs e entidades beneficentes
para realização de festas e eventos. Em 2010, 1.800 instituições receberam recursos do Estado.
Um cadastro dessas associações será montado para permitir checagem dos endereços e fiscalização do
emprego do dinheiro, detectando eventuais entidades de fachada e desvios de recursos e de finalidade.
-------------------------------------------------------------------------------Na ponta do lápis A renegociação de contratos de obras e serviços terceirizados que passaram pelo crivo dos
40 corregedores do Palácio dos Bandeirantes gerou economia de R$ 61 mil em janeiro. Apesar do início
modesto, eles têm a expectativa de, até o final do final do ano, atingir a marca de R$ 7 milhões.
A conferir A despeito de desconfianças do mercado, o governo paulista acredita que, até o Carnaval, a Bertin
depositará a caução de R$ 360 milhões e captará o R$ 1,5 bilhão necessário para assinar o contrato do trecho
leste do Rodoanel.
Como assim? Depois de instalar o PSB confortavelmente em seu secretariado, Alckmin não está achando a
menor graça na corte do partido a Gilberto Kassab (DEM).
Caderninho Embora a novela ainda esteja em aberto, a anuência do Palácio do Planalto às tratativas do PSB
com Kassab é mais um revés computado pelo PMDB, que há meses negocia o passe do prefeito de São Paulo com ou sem a passagem deste, primeiro, por um novo partido "de transição".
Tropas A tensão entre o presidente do PSB, Eduardo Campos, e os irmãos Gomes, Cid e Ciro, resulta em
animosidade permanente entre deputados de Pernambuco e do Ceará na bancada do PSB.
Prioridades Em conversas com aliados, Cid Gomes costuma dizer que Eduardo erra ao escolher a ele e ao
irmão como alvos. "Se quer ser candidato a vice-presidente em 2014, ele não deveria estar preocupado conosco,
e sim com o PMDB", argumenta o governador do Ceará.
Calendário Amanhã, com a posse de Flávio Decat na presidência de Furnas, Dilma Rousseff formaliza o
despejo do PMDB da Câmara do comando da estatal. No dia seguinte, ela enfrenta seu primeiro teste de
estresse com o Legislativo, na votação do salário mínimo.
Termômetro Não que se espere o pior da bancada peemedebista. Na sexta-feira, cálculo conservador indicava
que, dos 77 deputados do partido, ao menos 50 devem votar a favor dos R$ 545 propostos pelo governo.
Pró-facultativo Membro da recém-indicada comissão do Senado para tratar da reforma política, o ex-presidente
da República Itamar Franco (PPS-MG) defenderá o fim do voto obrigatório.
Bumbo Começam a ser veiculadas nesta semana em TV e rádio peças publicitárias do programa "Saúde não
tem preço", de distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes.
Vem aí Além de Barack Obama, que desembarca no Brasil em março, também o primeiro-ministro do Canadá,
Stephen Harper, manifestou o desejo de visitar Dilma no primeiro semestre.
20
Passaporte Enquanto isso, Lula, que já tem viagem marcada à Venezuela, avalia convites para ir à Argentina e
e aos Estados Unidos.
Suprapartidário No governo do petista Agnelo Queiroz, os dois deputados eleitos pelo DEM à Câmara do
Distrito Federal, Eliana Pedrosa e Raad Massouh, conseguiram indicar os administradores do Sudoeste e do
Núcleo Bandeirante.
-------------------------------------------------------------------------------com LETÍCIA SANDER e FABIO ZAMBELI
tiroteio
"Dilma de 'vítima' da herança de Lula lembra a piada do sujeito flagrado carregando o porco do vizinho nas
costas: 'Gastança? Que gastança? Tira esse bicho daí!'."
DO TUCANO EDUARDO GRAEFF, secretário-geral da Presidência no governo FHC, sobre as dificuldades
fiscais enfrentadas no terceiro mandato petista.
Contraponto
Já vai?
Ronaldo Caiado (DEM-GO) dava entrevista no Salão Verde quando tropeçou num protetor de luz. Ao vê-lo, um
colega brincou com a proposta do deputado para permitir que cadeiras abertas na Câmara sejam preenchidas
por suplentes da coligação, e não necessariamente da sigla de quem saiu, contrariando entendimento do STF:
-A sua PEC ainda não foi derrubada, mas você....

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