FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR

Transcrição

FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
FISIOLOGIA
CARDIOVASCULAR
Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc
Enfermeiro Intensivista, mestre e doutorando em Neuropsiquiatria- CCSUFPE
Docente da UPE, FUNESO, FG
Plantonista da Unidade de Suporte Avançado em Neurocirurgia do HRUSAN
PROPRIEDADES DO MÚSCULO
CARDÍACO

A capacidade do músculo cardíaco de iniciar e conduzir
impulsos elétricos e contrair suas fibras de forma
sincrônica e eficaz depende de quatro propriedades
fundamentais:




EXCITABILIDADE
RITMICIDADE INTRÍNSECA
CONDUTIVIDADE
CONTRATILIDADE
PROPRIEDADES DO MÚSCULO
CARDÍACO




Excitabilidade: É a capacidade das células de
responderem a estimulação elétrica, química e
mecânica.
Automaticidade: É a capacidade do músculo cardíaco de
iniciar um impulso elétrico espontâneo. Ex. Nódulo
sinoatrial e nódulo atrioventricular.
Condutividade: É a capacidade do tecido miocárdico
disseminar ou irradiar impulsos elétricos.
Contratilidade: Em resposta ao impulso elétrico,
apresentando um período de inexcitabilidade após a
contração denominado de período refratário.
MÚSCULO CARDÍACO

Lei de Starling do coração ou Lei de Frank – Starling:
“Quanto mais fibra cardíaca é distendida, maior tensão
por ela gerada quando contraída”.
Circulação

PEQUENA CIRCULAÇÃO


Coração → Pulmões → Coração
GRANDE CIRCULAÇÃO

Coração → Corpo → Coração
DÉBITO CARDÍACO

DEFINIÇÃO:



É a quantidade de sangue bombeado pelo coração
por minuto.
É o produto da freqüência cardíaca e o volume
ejetado pelo ventrículo esquerdo em cada contração
( volume sistólico ).
Em média é de 5l/min, dado por uma FC média de 70
bpm e volume sistólico médio de 70 ml.
DÉBITO CARDÍACO

Volume sistólico final ( VSF ) é o volume de sangue que
fica nos ventrículos após a sístole.

Volume diastólico final ( VDF ) é o volume de sangue
presente nos ventrículos no final da diástole. (cerca de
110 ml )

Fração de Ejeção ( FE ) = VS / VDF ; normal > 58 % ;
em cada contração o coração normal ejeta cerca de 2/3
de seu volume armazenado.
DÉBITO CARDÍACO

Pré – carga: É a distensão ventricular inicial, que pode
ser mensurada indiretamente como a pressão
ventricular diastólica final.

Pós – carga: É a força contra a qual o coração deve
bombear o sangue, ou seja, quanto maior a resistência
ao fluxo sangüíneo maior a pós – carga. 

O músculo cardíaco responde ao aumento do pós –
carga alterando sua contratilidade
DÉBITO CARDÍACO

Contratilidade: É a quantidade de força sistólica exercida
pelo músculo cardíaco numa determinada pré – carga.

Cronotropismo: Velocidade de contração ventricular;

Inotropismo: É a força de contração ventricular.


Inotropismo positivo: Força de contração ventricular
aumentada ( estimulação simpática neural ).
Inotropismo negativo: Força de contração ventricular
diminuída ( estimulação parassimpática neural ) .
CENTROS DE CONTROLE
CARDIOVASCULAR

O controle central da função cardiovascular ocorre
através da interação entre o tronco cerebral e os
receptores periféricos específicos.

O tronco cerebral também recebe dados de centros
cerebrais superiores ( hipotálamo e córtex cerebral ).
CENTROS DE CONTROLE
CARDIOVASCULAR

O tronco cerebral possui duas áreas de controle
cardiovascular:


Vasoconstritora/Cardioaceleradora – Quando estimulada
atua na musculatura lisa provocando vasoconstrição e 
a resistência vascular;  FC e a descarga simpática para
os nodos AS e AV.
Vasodepressora/Cardioinibidora – Atua inibindo o centro
vasoconstritor ;  o estímulo vagal (parassimpático) e 
a FC.
CENTROS DE CONTROLE
CARDIOVASCULAR

Os receptores cardiovasculares periféricos são de dois
tipos:

Barorreceptores: Respondem a alteração de pressão.

Quimiorreceptores: Respondem a alteração química do
sangue.
CENTROS DE CONTROLE
CARDIOVASCULAR
Os barorreceptores dividem-se em dois conjuntos
diferentes de acordo com a localização anatômica: 1(
Arco aórtico e seio carotídeo) e 2 ( paredes dos átrios e
das grandes veias torácicas e pulmonares )

Arco aórtico e seio carotídeo: Sensores arteriais de
pressão elevada, monitorizam as pressões arteriais
geradas pelo ventrículo esquerdo

Quanto maior a pressão arterial, maior a distensão e
maior a taxa de descarga neural para os centros
cardiovasculares no tronco cerebral.
CENTROS DE CONTROLE
CARDIOVASCULAR

Nas paredes dos átrios e grandes veias torácicas e
pulmonares: Sensores de baixa pressão respondem às
alterações dos volumes pulmonares.

Os barorreceptores atriais e venosos regulam o volume
de sangue através de seus efeitos sobre:



Atividade simpática renal
A liberação de hormônio antidiurético (ADH) ou
vasopressina ( provocam retenção de sódio e água )
A liberação do fator natriurético atrial. ( potente diurético)
CENTROS DE CONTROLE
CARDIOVASCULAR

Quimiorreceptores: São fortemente estimulados pela
hipoxemia.

Os principais efeitos cardiovasculares da estimulação
dos quimiorreceptores são:
Vasoconstrição
 Aumento da FC

PRESSÃO ARTERIAL

Pressão arterial = Débito cardíaco x Resistência
Periférica total.

Pressão Sistólica: Indica o trabalho do coração e a
tensão que age contra as paredes arteriais durante a
contração ventricular. É de aproximadamente 120
mmHg.

Pressão diastólica: Indica a resistência periférica ou a
facilidade com que o sangue flui das arteríolas para os
capilares. É de aproximadamente 80 mmHg.
CICLO CARDÍACO

É o período do início de um batimento cardíaco até o
início do batimento seguinte, compreendendo dois
períodos ( sístole – contração e diástole – relaxamento ).

O trabalho mecânico do coração apoia-se em duas
variáveis: volume de sangue e pressão.

PRESSÃO: A contração das fibras miocárdicas
determina a elevação da pressão intracavitária e o
relaxamento das fibras induz a uma queda pressórica.
CICLO CARDÍACO

O ciclo cardíaco é subdividido nas seguintes etapas:

SÍSTOLE: - Fase de contração isovolumétrica
- Fase de ejeção ventricular

DIÁSTOLE: - Fase de relaxamento isovolumétrico
- Fase de enchimento venticular
- Fase de contração atrial
CICLO CARDÍACO

Enchimento ventricular lento: Momento de repouso
elétrico e mecânico do coração.

As cúspides da valva mitral estão semi-abertas, com
ausência ou pequena passagem de sangue por elas.

O fluxo é pequeno ou ausente devido à pequena diferença
de pressão entre o átrio e o ventrículo esquerdo.
CICLO CARDÍACO

Fase de contração atrial: Devido a um novo estímulo no
nó sinusal a musculatura atrial irá se contrair.

Ocorre uma redução do volume interno do átrio esquerdo

Elevação do nível pressórico da cavidade, com
conseqüente impulsão de sangue para o ventrículo
esquerdo.

A contração atrial é responsável por 25 a 30% do débito
cardíaco.
CICLO CARDÍACO

Fase de contração isovolumétrica: Neste momento o
estímulo elétrico passa do nó atrioventricular para a
musculatura ventricular.



O ventrículo se contrai elevando sua pressão até atingir e
ultrapassar a pressão intra-atrial.
Ocorre o fechamento das cúspides da valva mitral.
Ocorre a contração ventricular com conseqüente aumento
de pressão na câmara, com as valvas aórticas e mitral
fechadas.
CICLO CARDÍACO

Fase de ejeção ventricular: Ocorre quando a pressão
intraventricular
supera
a
pressão
intra-aórtica
provocando a abertura da valva aórtica.


Neste momento o gradiente de pressão entre a aorta
e o ventrículo esquerdo ( 5 mmHg ) mantém a ejeção
sangüínea.
A queda de pressão intraventricular inferior ao da
aorta
facilita o fechamento da valva aórtica,
concluindo a sístole.
CICLO CARDÍACO

Fase de relaxamento isovolumétrico: Inicia com o
decréscimo da pressão intraventricular.

Fase de enchimento ventricular rápido: Em seguida
ocorre a elevação da pressão atrial, com abertura da
valva mitral e o esvaziamento do átrio esquerdo.

Neste
momento
o
coração
volta
a
ficar
momentaneamente em repouso elétrico e mecânico.
OBRIGADO!!!!!!

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