2015 - Instituto Fazendo História
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2015 - Instituto Fazendo História
R E L ATÓ R I O A N UA L D E AT I V I D A D E S 2015 CON S E LH O FO R M AÇ ÃO P R O FISSIO N AL Claudia de Freitas Vidigal Presidente Camila Werneck de Souza Dias Vice-presidente Márcio Chevis Svartman Diretor Tatiana Barile (coord.) Cristina Rocha Dias Fernanda Cocitta Renato Luiz da Silva Fonseca Raul Araujo Roberta Alencar Consultores Independentes Allan Finkel Conselheiro Fabiola Santoro Conselheira Renata Marmelsztejn Conselheira P AL AV R A DE B E B Ê Roberta Alencar (coord.) Amanda Estelles Patricia Grinfeld CON S E LH O F I SC A L Claudia Yazigi Gabriela Antici Fabio Kaufmann CO M TATO COORD E N A ÇÃO G ER A L Mahyra Costivelli (coord.) Isabela Mendes de Lemos João Verani Manuela Fagundes Laís Gonçalves Boto Isabel Penteado E QUI P E A D MI N I ST R A T I V A Maíra Bertanha Gisele Juodinis Grasielle Azevedo Ana Raquel Ribeiro (coord.) GRUPO NÓS AP ADR IN HAM E N TO AFE TIV O ACO L HIM E N TO E M R E DE DESENVOLVIMENTO I N S TI TUCI ON AL Mônica Vidiz (coord.) Daniela Vasconcellos Virginia Toledo FAM IL IA ACO L HE DO R A Silvana Zanini Winters Roberta Vialli F A Z E N D O MI N H A H I ST Ó R I A Debora Vigevani (coord.) Amanda Estelles Lana Terpins Lara Naddeo Mariana Landi Monica Vidiz HISTÓ R IAS CR U Z ADAS Debora Vigevani (coord.) Monica Vidiz Luiza Ferreira André Lombardi Sumário 05 1 INSTIT UTO FAZENDO HISTÓRIA 2 FAZENDO MINHA HISTÓRIA 09 3 FORMAÇ Ã O PROFISSIO NA L 15 4 COM TATO 5 PRIMEIRA INFÂNC IA 6 GRUPO NÓS 7 APADRINHAMENTO AFETI VO 29 8 OUTRO S PRO JETOS E AÇ ÕES 32 9 SUSTENTA B IL IDADE 10 17 21 25 35 COM QUEM FAZEMOS ESSA HISTÓ RIA 36 4 1 INSTITUTO FAZENDO HISTÓRIA Toda criança cresce com a cabeça cheia de histórias. E as histórias em que acreditamos sobre nós mesmos são poderosas, moldam o jeito que vivemos, as escolhas que fazemos e, ao final, a história que acabamos escrevendo para nossas próprias vidas. Para muitas crianças que estão crescendo dentro de um ciclo de pobreza, violência e abandono, muitas vezes a história em que acreditam é assim: “Você não tem futuro, não tem potencial. Você vale pouco! Dê-se por satisfeito, agradeça por ter um teto e uma comida, isso já é muito para você!” E assim, além de recursos limitados, a visão dessa criança se torna limitada, suas escolhas se tornam limitadas. Mas e se alguém der um passo à frente e trouxer uma história diferente? Alguém que acredite em seu valor, em sua potência, em seu direito de se expressar, na riqueza de suas possibilidades? Há mais de dez anos, o Instituto Fazendo História mobiliza pessoas para que se aproximem das crianças e adolescentes acolhidos e busquem, numa relação de respeito, cuidado e amorosidade, escutar e construir com eles novas histórias. Assim, o IFH contribui para que crianças e adolescentes que precisaram ser afastados de suas famílias possam encontrar nos serviços de acolhimento um momento de reparação efetiva. Visão Toda criança e adolescente tem o direito de se desenvolver plenamente, em família e na comunidade. Missão Colaborar com o desenvolvimento de crianças e adolescentes com experiência de acolhimento, a fim de fortalecê-los para que se apropriem e transformem suas histórias. Valores Compromisso com crianças e adolescentes Direito às histórias de vida Franqueza nas relações Compartilhar nosso conhecimento Trabalho voluntário qualificado 5 O I N S T I T UT O FAZ E NDO H IS TÓR IA E M N ÚM E R OS mais de 2.494 4.500 profissionais participaram de formações livros distribuídos 190 serviços de acolhimento 1.530 648 crianças e adolescentes atendidos voluntários trabalharam em nossos programas 39 (Números de 2015) estagiários universitários Você sabia? A medida do acolhimento é excepcional, temporária, provisória e existe para garantir às crianças e aos adolescentes os seus direitos, quando estes estão ameaçados ou violados. Todo o trabalho do Instituto baseia-se em quatro principais documentos e parâmetros legais: (1) o Estatuto da Criança e do Adolescente, (2) o Plano Nacional de Promoção e Defesa do Direito a Convivência Familiar e Comunitária, (3) as Orientações Técnicas para os serviços de acolhimento e (4) as Diretrizes da ONU para cuidados alternativos de crianças e adolescentes. 6 S U M ÁR IO DOS P R OG R A MA S O Instituto Fazendo História atua para mudar para melhor a história das crianças e adolescentes acolhidos. Conheça nossos programas! Oferece meios de expressão para que cada criança ou adolescente entre em contato com sua história de vida e a registre, utilizando a literatura infantil como mediadora desse processo. Busca a profissionalização dos serviços de acolhimento. Atua junto às equipes criando espaços de reflexão sobre a prática e trazendo subsídios para que os profissionais trabalhem de forma mais efetiva a cada dia. primeira infância Oferece atendimento psicológico às crianças e adolescentes. Os psicoterapeutas que atuam nesse programa são voluntários e contam com supervisões semanais oferecidas por profissionais também voluntários. Trabalha para fortalecer a qualidade do acolhimento oferecido aos bebês e para minimizar a institucionalização dos pequenos, acreditando nas famílias acolhedoras como melhor estratégia para essa faixa etária. Em 2015 foi iniciado um programa de Famílias Acolhedoras para a primeira infância. Acompanha adolescentes no processo de desligamento do serviço de acolhimento, oferecendo o apoio para que eles enfrentem os desafios dessa transição para a vida adulta autônoma. Oferece convivência familiar e comunitária para crianças e adolescentes com vínculos familiares fragilizados ou rompidos, que possuem poucas chances de adoção ou reintegração familiar por meio de voluntários comprometidos com o papel de Padrinho Afetivo. 7 8 2 FAZENDO MINHA HISTÓRIA Cris foi colaboradora voluntária do Fazendo Minha História e já contou muitas histórias às crianças e adolescentes. Um dia, porém, teve uma surpresa com um dos meninos: “O Wellington me falou: ‘Hoje eu quero contar a minha história’. Então, ele se sentou e começou: ‘Eu nasci…’. E contou a história dele inteira, a ida para o abrigo, a saída de lá, o encontro com a Lúcia (mãe social), a adoção e tudo mais. Foi contando, contando, e no final olhou e escreveu: ‘Esse Wellington tem futuro!’”. A história de Wellington* tem tudo para se repetir entre muitas outras crianças e adolescentes que estão em serviços de acolhimento, mas é preciso um esforço e muita atenção para que cada criança seja mesmo acolhida de forma singular, individualizada. Como é possível garantir a memória e as lembranças relativas ao período do acolhimento? Quem poderá contar e relembrar às crianças e adolescentes o que gostavam de fazer, como era sua rotina, quais eram as pessoas que faziam parte de suas vidas? E como garantir que cada criança conte a sua própria versão de sua história e de sua família? MO M ENT O S PARA RE LE MB RA R Num momento tão delicado como o do acolhimento, em que os jovens estão separados de suas famílias, longe de casa, do bairro e da escola a que estavam acostumados, ter adultos com quem possam conversar sobre seus sentimentos, medos e dúvidas traz alívio, sensação de cuidado, de não estarem sozinhos. Você sabia? 45,3% das unidades pesquisadas elaboram o Plano de Atendimento Individual e Familiar, apesar de a formulação deste documento ser obrigatória por Lei 34,4% elaboram e enviam relatórios periódicos sobre as crianças e adolescentes para o Poder Judiciário 36,5% organizam pertences individuais e fotografias dos jovens Fonte: FioCruz e MDS, 2011 *Nome fictício 9 Para superar os desafios desse cenário, o programa Fazendo Minha História oferece espaços para que cada criança e adolescente em situação de acolhimento possa se expressar, elaborar sua própria história (passada, presente e futura) e se apropriar dela. A partir de um vínculo de confiança com o colaborador e por meio da literatura infanto-juvenil, as crianças e jovens produzem um álbum com a versão deles de suas histórias de vida. São encontros semanais, com uma hora de duração, em média. A quantidade dos encontros, só a relação dos dois (criança e colaborador) irá definir. Usualmente, os encontros ocorrem por cerca de um ano. Com desenhos, colagens, fotos e texto, retratam experiências e pessoas significativas que fizeram parte de suas trajetórias antes e durante o acolhimento, valorizam suas famílias e origens, registram informações que os ajudam, hoje e amanhã, a entender o período do acolhimento e abordam sonhos e desejos para o futuro. Nas palavras da educadora Anatália dos Santos, de um serviço de acolhimento, o álbum vira quase um “cartão de visita” dessas crianças e jovens. “Quando cheguei ao abrigo, essa foi a primeira referência que me passaram: ‘Você quer saber a minha história? Está registrada aqui!’. Para todos que chegam – profissionais, voluntários, visitas – a primeira coisa à qual elas se referem é o Fazendo Minha História: ‘Vem cá ver o meu álbum!’ Parece que falam: ‘Venha me conhecer!’”, conta. “ELES ESTÃO N UMA SITUAÇÃO FRAG I LIZADA, E MUITAS VEZES ISSO FAZ COM QUE ESQUEÇAM QUEM ELES S ÃO VERDADEIRAMENTE. MAS COM ESSE TRABALHO CONSIG O RESGATAR O QUE E LES TÊM DE MELHOR, OS SONHOS , AS PERSPECTIV AS, OS VALORES… E ISSO É LINDO! CONSIG O VER OS OLHINHOS DELES BRILHANDO E ACREDITO QUE ISSO POSSA TRANSFORMAR MESMO A VIDA DELES A CADA SEMANA.” Luciana Tabuti, voluntária do FMH 10 FAZ E N DO M I N H A H IS TÓR IA E M N ÚM E R OS 586 3.732 profissionais participaram de formações livros distribuídos 1.249 70 crianças e adolescentes atendidos serviços de acolhimento 32 estagiários universitários 543 voluntários trabalharam em nossos programas 20 serviços de acolhimento parceiros à distância (Números de 2015) VOLU N TA R IA DO Os voluntários que atuam no programa são selecionados, formados e supervisionados para garantir a qualidade do trabalho oferecido às crianças e adolescentes. Luciana Tabuti é uma das que se encantaram com o projeto: “O diferencial do Fazendo Minha História é que trabalha com as potencialidades do ser humano e também com a forma como eu ajudo a desenvolver os pontos fortes de um ser que está em formação, de modo que ele leve isso para a vida toda”. Um ponto fundamental do trabalho, acrescenta, é o resgate da essência dessas crianças e adolescentes. “Eles estão numa situação fragilizada, e muitas vezes isso faz com que esqueçam quem eles são verdadeiramente. Mas com esse trabalho consigo resgatar o que eles têm de melhor, os sonhos, as perspectivas, os valores… e isso é lindo! Consigo ver os olhinhos deles brilhando e acredito que isso possa transformar mesmo a vida deles a cada semana.” 11 A VA LIAÇ Ã O PARA N ÓS É L EV A DA A S É R IO! Veja alguns dos resultados específicos do programa: REALIDADE DOS SERVIÇ OS DE ACOLHIMENTO ANTES DO FMH RESULTADOS A LCANÇADOS AP ÓS FMH 165 livros de qualidade regular 400 livros de boa qualidade 31% das crianças diziam gostar de ler 85% das crianças dizem gostar de ler 55% das crianças possuíam fotos que poderiam ser levadas ao saírem do serviço de acolhimento 96% das crianças e adolescentes possuem álbuns com fotos e ricas informações sobre suas histórias 10% das crianças e adolescentes conheciam ou se envolviam com a produção dos registros pessoais 100% das crianças e adolescentes participam ou se envolvem com a produção dos álbuns 40% das crianças e adolescentes conversavam com profissionais da casa sobre suas histórias de vida 90% das crianças e adolescentes conversam com profissionais da casa sobre suas histórias de vida A metodologia do FMH é citada nas “Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para crianças e adolescentes”, documento nacional que traz os parâmetros para o acolhimento em todo país, como uma atividade importante a ser desenvolvida com os jovens. Em 2015, o programa foi convidado para compartilhar sua metodologia em diversos locais: t 7BSBEB*OGÉODJBF+VWFOUVEFEP'ØSVNEF+BCBRVBSB t ***4FNJOÈSJP*OUFSOBDJPOBMi2VBMJEBEFEPT4FSWJÎPTEF Acolhimento de Criancas e Adolescentes” t (SVQPEF"QPJPË"EPÎÍPEF4ÍP1BVMP t &ODPOUSPOBDJPOBMEFUÏDOJDPTEBT"MEFJBT*OGBOUJT404 Brasil t $BQBDJUBÎÍPEP*OTUJUVUP#FSÎPEB$JEBEBOJBFN#SBTÓMJB t $VSTP-JEFSBOÎB&YFDVUJWBFN%FTFOWPMWJNFOUPEB Primeira Infância, no Insper t $POHSFTTP*OUFSOBDJPOBMEF/PWBT/BSSBUJWBT promovido pela ECA/USP 12 Agora temos também o guia do projeto em inglês! Um agradecimento especial aos voluntários que fizeram acontecer: Adriana Albahari Fuchs André Carvalho Ramos Andressa de Paula Borba Bruna de Oliveira Jade Jagger Maitê Gothe Priscila Antunes FMH em um clique Para quem tiver interesse em trabalhar com histórias de vida, o IFH lançou um aplicativo com toda a metodologia organizada e disponível. Baixe aqui: http://app. vc/fmh2015. Você também pode entrar em contato e adquirir um kit de replicação da metodologia. Já foram mais de 700 downloads realizados. 13 14 3 FORMAÇÃO PROFISSIONAL Profissionais reflexivos, criativos, corajosos, amorosos. Ser educador nos serviços de acolhimento é tarefa exigente, técnica e emocionalmente. Nos projetos de formação o objetivo é construir, junto aos profissionais, um espaço de reflexão e aprimoramento da prática. Aliando conhecimento teórico a atividades experienciais, as ações buscam formar profissionais cada dia mais bem preparados e comprometidos com um atendimento individualizado às crianças e adolescentes. “O espaço da formação para os educadores permitiu que eles se sentissem respaldados, e isso foi essencial para o trabalho na casa. Percebemos que, a partir dos encontros, eles passaram a se sentir mais empoderados e a atuar com mais liberdade e criatividade, o que representou maior qualidade nas ações com as crianças e adolescentes”, ressalta Helga Helena Batista Martins, psicóloga de um serviço de acolhimento parceiro. F O R M AÇÃO PRO FI S S I ON A L E M N Ú ME R OS 36 processos de formação em Serviços de Acolhimento – pontuais e continuados – na Grande São Paulo e interior dos Estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo 523 encontros transformadores com 879 educadores e técnicos 1.801 profissionais formados no total 16 oficinas temáticas para 20 serviços de acolhimento cada uma, com 922 profissionais (Números de 2015) 23 serviços de acolhimento com os quais trabalhamos em projetos contínuos apresentaram os seguintes resultados: t 'PSUBMFDFSBNPtrabalho técnico, iniciando a organização de cronograma de atividades, diferenciação da função dos técnicos e maior articulação com a rede. t *OJDJBSBNPVDPODMVÓSBNTFVTProjetos Político Pedagógicos, contribuindo para o alinhamento das ações e atuações pautadas em um parâmetro profissional. TEMAS DAS OFICINAS Acolhimento de Bebês: práticas e reflexões Arte e possibilidades de expressão no cotidiano Acolhendo as famílias: um desafio para toda a equipe Plano Individual de Atendimento – atendimento individualizado e articulação com a rede Agressividade e limites: como lidar? Ritos de passagem: chegadas e partidas Adolescência e uso de drogas: pensando caminhos Sexualidade na infância e adolescência Diagnóstico, para quê? Reflexões sobre a medicalização de crianças e adolescentes Adolescência e autonomia: eles estão prontos? t 3FBMJ[BSBNNFOTBMNFOUFdiscussões de casos de crianças e adolescentes incluindo equipe de educadores, contribuindo para um atendimento que considera a história de vida de cada um. t $POTUSVÓSBNnovas propostas pedagógicas na rotina (rodas de conversa, definição conjunta de regras e atividades lúdicas), pautadas em seus projetos político pedagógicos e que promovam a autonomia das crianças e adolescentes. 15 16 4 COM TATO Fabi* não era muito falante, tinha dificuldade de se expressar e preferia ficar quieta no seu cantinho. Tudo isso mudou quando ela passou a participar do programa Com Tato. É o que ilustra sua terapeuta, Juliana Braga: “O ganho mais importante que a Fabi teve foi adquirir segurança para se expressar, para dizer o que pensa e sente. Isso lhe deu a oportunidade de se colocar ativamente no mundo onde vive e não se submeter às regras impostas a ela sem questionamentos. A terapia teve sua importância nesse processo”. Assim como para Fabi, o programa oferece a diversas crianças e adolescentes em situação de acolhimento atendimento psicoterapêutico gratuito nos consultórios particulares de psicólogos qualificados e orientados por supervisores clínicos experientes. “Ao longo de 11 anos supervisionando o trabalho de terapeutas do Com Tato, pude acompanhar de perto processos desafiadores e de profunda transformação. E o mais importante foi observar crianças e jovens superando a condição de vítima e submetimento, surpreendendo com as soluções criativas que encontram para significar suas histórias e resolver seus impasses”, reforça a professora doutora da PUC/SP Isabel Kahn, Supervisora do Com Tato desde 2005. No espaço terapêutico, os jovens em situação de acolhimento têm a possibilidade de resgatar, elaborar e dar novos sentidos para suas histórias de vida, fortalecendo as bases para a construção de seus próprios projetos - e de seu futuro. A partir de uma escuta que valoriza cada criança e adolescente, esses jovens têm a possibilidade de estabelecer vínculos duradouros e estáveis, baseados em relações de confiança, já que a maioria dos atendimentos dura de 1 a 3 anos. Um reflexo disso é que, entre 2007 e 2015, 77% dos jovens atendidos pelo Com Tato tiveram a oportunidade de estabelecer com seus terapeutas um vínculo de referência de longa duração. *Nome fictício Você sabia? t "0SHBOJ[BÎÍP.VOEJBMEF4BÞEFFTUJNBRVF20% da população mundial de crianças e adolescentes necessitam de cuidados em Saúde Mental (OMS, 2005), enquanto o Ministério da Saúde estima esse número entre 10% e 20%, sendo que de 3% a 4% necessitam de tratamento intensivo. t "JODJEÐODJBEFsofrimento psíquico entre crianças e adolescentes em situação de acolhimento é significativamente maior que na população em geral, provavelmente associada às vivências de violência, negligência e abandono que antecedem e, por vezes, se mantêm no acolhimento. t 35% das crianças e adolescentes acolhidos têm sintomas de depressão t 0BUFOEJNFOUPQTJDPUFSBQÐVUJDPBDSJBOÎBTFBEPMFTDFOUFTUFNefeito de redução de sintomas de ansiedade e dos problemas escolares, além da melhora nas relações interpessoais e nas escalas de retraimento, pensamento, introversão, ansiedade e depressão. 17 CRESCEMOS cerca de 60% neste ano! CO M TA T O E M N Ú M E RO S Cuidando das famílias 118 crianças e adolescentes atendidos 49 terapeutas voluntários 32 serviços de acolhimento parceiros 14 supervisores voluntários O trabalho com as famílias dos jovens é um dos pilares de todos os atendimentos do Com Tato. Além da ampliação da rede de atendimento individual, o programa passou a oferecer psicoterapia familiar como um recurso complementar e com grande potência transformadora nos processos de restauração do convívio e fortalecimento dos vínculos afetivos e familiares. (Números de 2015) T ER APEU T AS E S U P E RVI S ORES Adriana Elisabeth Dias Alessandra Balaban Alexandre Collarile Yamaguti Ana Flávia Moreira L’abbate Ana Maria Cordeiro Angélica Medeiros Angelina Verônica Chu "OOF$BSPMJOF(VFEFT Belzair Formiga di Donato Bruno Espósito Camila Franco M. Abreu $BNJMB4PV[B%JBT(FSBTTJ Camila Stocco Zanatta Carla Caminata Carminholi Carolina Maroni Carolina Torres Cecília Ferrari França Cenira Loenia de Oliveira Christianne F. Lima Nascimento Clarissa Temer Cláudia Bonfily Pimentel %BOJFMB"SBÞKPEF(PEPZ Daniela de Camara Cezar Daniela Teperman Daniele John Daniele Pisani de Freitas Denise Mathias Eliane Aparecida Lara (BCSJFMB$BTFMBUUP (MFOEB#FJHMFS Isabel de Campos Rezende 18 Isabel Kahn Ivens Queiroz Cavalcante Ivone Maria Charran Jaqueline Marquez de Oliveira Júlia Fatio Vasconcellos +ÞMJB(VTNÍP&JE Lana Terpins Laura de Vilhena Abraão Luciana Bocayuva Khair -VDJBOB(BSDJB$BSOFJSP Luiza P. Vaz Camarano Maiá Aiello Barros Marcela Pires Assef Mariana Facanali Angelini Marília Costa Tannure Marina Hernandes Migliari .JSJBN(SBKFX Paloma Vilhena Paula C. Maluf Tasca Paula Lima Freire Raquel Efraim Renate Meyer Sanches 4BOESB-PQFT(#'FSSFJSB Sandra Pavone Silvana Parente Fernandes Silvia Regina Antunes Petrilli Tânia Corghi Veríssimo Tatiana Barile Tatiana T. Inglez Mazzarella 5IBJT(BSSBGB Tomás Bonomi “AO LON GO DE 11 ANOS SUPERVISIONANDO O TRABA LHO DE TERAPEUTAS DO COM TATO, PUDE ACOMPANHAR DE PERTO PRO CESSOS DESAFIADORES E DE P ROFUNDA TRANSFORMAÇÃO. E O MAIS IMPORTANTE FOI OBSERVAR CRIAN ÇAS E JO VENS SUPERANDO A CONDIÇÃO DE VÍ TIMA E SUBMETIMENTO, SUR PREENDENDO COM AS SOLUÇÕES CRIATIV AS QUE ENCONTRAM PARA SIGNIFI CAR SUAS HISTÓRIAS E RESOLVER SEUS IMPASSES” . Isabel Kahn, Supervisora do Com Tato desde 2005 19 20 5 PRIMEIRA INFÂNC IA Caio* era um bebê que preocupava os adultos do serviço de acolhimento. Seu desenvolvimento não ia bem, e o prognóstico não era dos melhores. “Nossos encontros semanais me deixavam cheia de dúvidas, mas uma coisa fez toda a diferença: fazer seu álbum, contar sua história e ver seu próprio rosto revelado nas fotos! Caio começou a pedir para se ver em seus registros e os apontava orgulhoso e sorridente. Esses registros foram entregues a ele e à sua família substituta e renderam bons papos durante sua adaptação, garantindo uma melhor passagem nessa etapa de sua vida”, conta Amanda Estelles, técnica do Palavra de Bebê. Assim como Caio, Aline* também parecia ter seu desenvolvimento comprometido, apesar de ter chegado ao serviço de acolhimento saudável. “Era bem difícil entender o que ela tentava insistentemente dizer. Foram muitos livros, muitas histórias, palavras e sons que mediaram a nossa relação e rechearam o vocabulário de Aline. Lembro até hoje dos seus livros preferidos e dos registros em seu álbum, cheio de palavras e de histórias que agora ela pode contar do seu jeito e ser entendida”, recorda Amanda. Foi para narrar mais e mais histórias de transformação como essas que a equipe do Instituto se dedicou, entre 2008 e 2015, a oferecer um olhar específico às questões da primeira infância em situação de acolhimento institucional, podendo contribuir para um acolhimento de maior qualidade a essa faixa etária. Profissionais dos serviços de acolhimento participaram ativamente dos encontros de formação, dos ateliês com os bebês e colaboradores voluntários e da confecção dos álbuns de histórias de cada criança. *Nomes fictícios P A LA V R A DE B E B Ê E M N Ú M E R OS “ERA BEM DIFÍCIL ENTENDER O QUE ELA TENTAVA INSISTENTEMENTE DIZER. FORAM MUITOS LIVROS, MUITAS H ISTÓRIAS , PALAV RAS E SONS QUE MEDIARAM A NOSSA RELAÇÃO E RECHEARAM O VOCABULÁRIO DE ALINE ” . Amanda Estelles, técnica do Palavra de Bebê 4 105 educadores e técnicos envolvidos serviços de acolhimento parceiros 80 bebês atendidos diretamente 11 colaboradores voluntários (Números de 2015) 21 O programa contou, por quatro anos, com uma parceria com a Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUC/SP, por meio do curso de Psicologia. Em 2015 tivemos mais uma vez a atuação de uma dupla de estagiárias, que esteve sob supervisão da professora Isabel Kahn. Fale por mim Conheça a campanha Fale Por Mim, que visa acabar com a institucionalização de crianças menores de 3 anos na América Latina e Caribe. Acesse: www. falepormim.org. F A MÍLIA S AC O LHE DORAS O trabalho com a primeira infância está ganhando um novo formato. Em 2015, o Fazendo História se propôs o desafio de realizar o projeto Famílias Acolhedoras na cidade de São Paulo, com objetivo de atender crianças entre 0 e 2 anos, garantindo a permanência desses pequenos em um ambiente familiar pelo tempo necessário de acolhimento. Dessa forma, inicia sua participação ativa na campanha pela não institucionalização de bebês! O projeto recruta, seleciona, forma e acompanha as famílias acolhedoras. O trabalho da equipe junto à rede de garantia de direitos possibilitará o retorno à família de origem ou, na impossibilidade de isso ocorrer, o encaminhamento para adoção. “Como voluntário do programa ‘Famílias Acolhedoras’, a pergunta que sempre nos fazem é: ‘Como vocês conseguem se desapegar da criança acolhida quando ela vai embora’? Quando chega a hora de a criança partir, eu sei que farei parte da vida de alguém que me ama tanto quanto eu a amo. É nisso que acredito, é isso que me traz alento. Então, como faço pra desapegar? Fácil! Não desapego! Eu as carrego comigo... Nas cicatrizes no meu coração!”, conta Luiz Monich e Ana Magali, participantes de um outro programa de famílias acolhedoras. Você sabia? t /P#SBTJMBUVBMNFOUF315 municípios contam com serviços de acolhimento em Famílias Acolhedoras. Esse número vem crescendo ano a ano, mas ainda representa um percentual pequeno perto dos serviços de acolhimento institucional. t 1SPGJTTJPOBJTEBÈSFBFFTUVEJPTPTWÐNEFCBUFOEPBOFDFTTJEBEFEFBNQMJBÎÍPEFTTF formato para garantir o direito à convivência familiar e comunitária às crianças e adolescentes que precisam ser separados temporariamente de suas famílias de origem. 22 23 24 6 GRUPO NÓS O jovem Rai morou uma parte importante de sua vida em abrigos. Quando estava chegando a hora de sair do serviço de acolhimento, como acontece com boa parte dos adolescentes, não se sentia preparado para enfrentar tantos desafios. “Eu como jovem não conhecia o mundo, não sabia me planejar financeiramente, não sabia muito o que fazer de profissão e muito menos como arrumar um emprego. O <(SVQP>O»TNFBKVEPVBQFOTBSFNUVEPFNBJTVNQPVDPDPNPT encontros individuais e também com os encontros em grupo”, diz o rapaz, no terceiro ano do projeto. Willian Jonathan, que participou do projeto durante três anos, destaca PVUSPCFOFGÓDJPEPO»Ti7PDÐOÍPFTUÈTP[JOIPOBCVTDBEFVNB TPMVÎÍP/P(SVQPWPDÐTFNQSFUFNBMHVÏNRVFQPEFUFBKVEBSB achá-la”. 0(SVQPO»TFYJTUFKVTUBNFOUFQBSBGBDJMJUBSPQSPDFTTPEF transição de jovens acolhidos para a vida autônoma e inserida na comunidade, oferecendo suporte para as questões e dificuldades que aparecem nessa fase da vida. Por meio do acompanhamento individual dos jovens, da participação em grupos temáticos e saídas culturais, contribui para o desenvolvimento de projetos profissionais e de moradia, para a educação financeira e para a apropriação da cultura e dos espaços públicos. A parceria com o Instituto da Criança e o Mural do Coach, por meio EPQSPKFUP7FN4FSQPTTJCJMJUPVBBNQMJBÎÍPEP(SVQPO»TB adolescentes acolhidos que não fazem parte do programa e que, em dois encontros, puderam refletir sobre seus projetos de vida. Compartilhando a experiência O projeto tem sido uma referência para a rede que atende adolescentes com experiência em acolhimento e que precisa conhecer estratégias eficazes de desenvolvimento da autonomia. Em 2015, o Grupo nÓs foi convidado para apresentar sua metodologia e reflexões em espaços diversos, como: “VO CÊ N ÃO ESTÁ SOZINHO NA BUSCA DE UMA SOLUÇÃO . NO GRUPO, VOCÊ SEMPRE TEM ALGUÉM QUE P ODE TE AJUDAR A ACHÁ-LA”. Willian Jonathan, participante t*'ØSVN*OUFSOBDJPOBMEF$VJEBEPT Alternativos “Pelo Direito a Convivência Familiar e Comunitária de Crianças, Adolescentes e Jovens” t***4FNJOÈSJP*OUFSOBDJPOBMi2VBMJEBEF dos Serviços de Acolhimento de Crianças e Adolescentes” t3FQÞCMJDBT+PWFOTEF4ÍP1BVMP t*OTUJUVUP#FSÎPEB$JEBEBOJBFN Brasília t$FOUSPTEF3FGFSÐODJB&TQFDJBMJ[BEP de Assistência Social, de São Paulo t1SPHSBNBEF1SPUFÎÍPB$SJBOÎBTF Adolescentes Ameaçados de Morte t4FSWJÎPTEF"DPMIJNFOUPEFOUSPFGPSB de São Paulo 25 O G RUP O N ÓS E M N Ú M E ROS 100% 90% dos adolescentes participantes sabem circular pela cidade antes de sair do abrigo dos adolescentes que se formam ao final de 3 anos de projeto trabalham 100% 25 64 instituições parceiras (20 abrigos e 5 repúblicas) adolescentes acompanhados 43% dos adolescentes que se formam ao final de 3 anos de projeto conseguem guardar ou investir dinheiro dos adolescentes participantes possuem experiências profissionais antes de sair do abrigo 100% dos adolescentes que se formam ao final de 3 anos de projeto permanecem em uma moradia por mais de 6 meses (Números de 2015) Você sabia? 23,4% dos jovens entre 18 e 24 anos nãoUSBCBMIBNOFNFTUVEBN*#(& Mais de 53% das pessoas assassinadas são jovens - principalmente negros - entre 15 e 29 anos (Anistia Internacional, 2015) 1 em cada 5 mulheres tem o primeiro filho antes dos 20 anos (OMS) A taxa de inadimplência de pessoas entre 18 e 25 anos é de 28,7% (Serasa, 2014) 401 adolescentes são desligados de serviços de acolhimento, por ano, no Estado de São Paulo, por atingir a maioridade (Conselho Nacional do Ministério Público, 2013). Dá para imaginar como seria passar por esse momento sem apoio e orientação? 26 INSPIRA ÇÕES Nos EUA, foram realizados estudos com crianças e adolescentes que vivem uma situação de risco ou vulnerabilidade social e que contaram com um mentor como suporte, constatando-se que: Esses adolescentes tornaram-se significativamente menos propensos a participar de 4 dos 5 comportamentos de risco elencados: tDBSSFHBSVNBBSNB tVTBSESPHBTJMÓDJUBT tGVNBSNBJTEFDJODPDJHBSSPTQPSEJB tUFSSFMBÎÜFTTFYVBJTDPNNBJTEFVNQBSDFJSPOPTÞMUJNPTTFJT meses tOÍPTFDPNQSPWPVNFMIPSBTJHOJGJDBUJWBOPVTPEFÈMDPPM Esses adolescentes têm 81% mais chances de participar regularmente de esportes e atividades extracurriculares do que aqueles que não têm um mentor. Esses jovens têm 55% mais chances de se inscrever no ensino superior São 77% mais predispostos a se envolver em atividades voluntárias São 130% mais propensos a assumir cargos de liderança (em clubes, times esportivos ou agremiações por exemplo). Têm 52% menos chances do que os seus pares de faltar em um dia de escola e são 37% menos propensos a faltar em uma aula. Houve ainda redução nos sintomas de depressão a partir do mentoring. 27 28 AP ADRINHAMENTO AFETIVO 7 Andressa* estava faltando muito à escola, então sua madrinha afetiva, Ana Lúcia, contou para ela que este ano iria conhecer a escola, os professores e que escolheriam parte do material escolar juntas. “Ela sugeriu registrarmos em nosso caderno o seguinte acordo: eu vou conhecer a escola, frequentar as reuniões e ajudar com materiais; ela não irá faltar mais e vai tirar boas notas. Andressa escreveu e nós duas assinamos! Tudo proposto por ela!”, conta Ana Lúcia. Já a madrinha afetiva Verlucia encontrou vários pontos em comum com a garota Dani*: “Já na saída, quando pegamos o ônibus, descobri que ela conhecia tudo por ali! Eu também sou muito ligada em mapas e caminhos. Chegando em casa: só diversão! Ela e a minha gata fizeram uma festa. Depois do almoço, cantamos, rimos, vimos algumas fotos, ela deitou na rede e quis me mostrar algumas músicas de que gostava. Para minha surpresa, diversas delas são regravações de canções de que eu gostava quando era pequena. O dia voou!”. As histórias de Andressa e Ana Lúcia e de Dani e Verlucia somente se encontraram por causa do Apadrinhamento Afetivo - uma estratégia para que crianças e adolescentes com poucas chances de adoção encontrem suporte afetivo além daqueles construídos dentro da instituição. Vivenciam, assim, chances melhores de se sentirem apoiados e fortalecidos na construção de uma vida autônoma. O programa tem como objetivos: t 'PSUBMFDFSBDPOWJWÐODJBGBNJMJBSFDPNVOJUÈSJBEFTTBT crianças e adolescentes, por meio da mobilização, formação e acompanhamento de padrinhos e madrinhas afetivas; t "NQMJBSBSFEFEFBQPJPTPDJBMFEFWÓODVMPTBGFUJWPTTFHVSPTF duradouros de crianças e adolescentes, favorecendo a construção de um projeto de futuro. Apesar da expressiva demanda pelo apadrinhamento afetivo, 67% dos abrigos do Brasil ainda não contam com um programa em curso. “ELA SUGERI U REGISTRARMOS EM NOSSO C ADERNO O SEGUINTE ACORDO : EU VO U CONHEC ER A ESCOLA, FREQUENTAR AS REUNI ÕES E AJUDAR COM MATERIAIS; ELA NÃO IRÁ FALTAR MAIS E VAI TIRAR BOAS NOTAS.» Ana Lúcia, madrinha afetiva *Nomes fictícios No primeiro semestre de 2015, a Vara da Infância e da Juventude do Fórum Central de São Paulo teve a iniciativa de desenvolver o programa de Apadrinhamento Afetivo. Para sua implementação, estabeleceu parceria com três organizações da sociedade civil, sendo uma delas o Instituto Fazendo História. 29 A PA D R INH AM E N T O AFE T IVO E M NÚ M E R OS 19 crianças e adolescentes apadrinhados 03 24 madrinhas e padrinhos voluntários serviços de acolhimento parceiros Você sabia? t 2VBOUPNBJTWFMIPTmenos chances de adoção t 79% das crianças e adolescentes em condições legais para a adoção têm mais de 7 anos, de acordo com dados do Cadastro Nacional da Adoção t 3,12% é o índice de pretendentes interessados na adoção de crianças maiores de 6 anos t 1,66% dos pretendentes aceitaria adotar crianças com até 7 anos t Menos de 1% tem interesse de adotar crianças com mais de 8 anos t .BJTEF4700 crianças e adolescentes em condições legais para a adoção têm de 7 a 17 anos Observando esses dados, é enorme o número de crianças e adolescentes que tem como única perspectiva morar em serviços de acolhimento até completarem os 18 anos. Poucas delas contam com vínculos afetivos com seus familiares – a maioria faz parte do grupo de 40% das crianças e adolescentes acolhidos que não recebem visitas na instituição, tendo poucas chances de conviver com uma família. NOTA: A condição legal para a adoção depende em primeiro lugar da destituição do poder familiar, medida tomada quando todas as chances de reinserção da criança ou adolescente em sua família de origem foram esgotadas. 30 31 8 OUTROS PROJETOS E AÇÕES A C OL H I ME N T O EM RE D E É um grupo colaborativo de discussões, troca de experiências e oportunidades sobre o acolhimento. Há cinco anos essa rede virtual vem reunindo profissionais que atuam direta ou indiretamente em serviços de acolhimento, comprometidos com o constante aprimoramento das práticas nessa área. Os resultados já podem ser notados na fala de participantes: “Além de ser um instrumento em que as pessoas podem se expressar e encontrar companheiros de trabalho que estejam vivenciando situações semelhantes, contribui para diminuir a angústia e a sensação de ‘estarmos sozinhos’”, afirma um integrante do Acolhimento em Rede, da cidade de Campinas, em pesquisa anônima sobre o próprio grupo. Os principais objetivos da iniciativa são: t "UJWBSFGPSUBMFDFSBSFEFEFUSBCBMIBEPSFTFNDVJEBEPTBMUFSOBUJWPT t 'PNFOUBSBUSPDBEFFYQFSJÐODJBT t %JGVOEJSPDPOIFDJNFOUPQSPEV[JEP t %JTQPOJCJMJ[BSJOGPSNBÎÜFTSFMFWBOUFTBPTEJWFSTPTBUPSFTEBSFEF A C O L HI M E N T O E M R E DE E M N ÚM E R OS O Acolhimento em Rede tem atingido seus objetivos por meio de três principais ferramentas: um grupo fechado de e-mail, um portal colaborativo e um perfil no Facebook. Até o final de 2015, apresentava: 1.500 inscritos 63.300 acessos ao portal 1.800 curtidores no Facebook Você sabia? Apesar de ser uma iniciativa do IFH, o Acolhimento em Rede pertence hoje à comunidade interessada em qualificar o acolhimento em todo o Brasil. Acesse o site: www.acolhimentoemrede.org.br. 32 HISTÓRI A S C RUZA D A S Quem é que nunca sentiu uma pontinha de medo ao saber que teria um filho? Homens ou mulheres, mais jovens ou mais velhos, casados ou não, provavelmente vivenciam inseguranças ao receber a notícia de que serão pais, mesmo quando a gravidez é planejada. No caso de pais adotivos, a ansiedade pode ser ainda maior. Afinal, qual é a história dessa criança que estou adotando? Ciente disso, o Instituto desenvolveu o Histórias Cruzadas, que oferece um espaço de reflexão e trocas de experiência para famílias adotivas, ao longo de encontros quinzenais. Seu objetivo é apoiar pais e filhos a se comunicarem de forma afetiva e verdadeira, por meio da construção de uma narrativa familiar coletiva que acolha as diversas percepções de cada um de seus membros. “Hoje muitos dos meus medos simplesmente deixaram de existir. Sou uma pessoa mais confiante e feliz na minha escolha de adotar e constituir uma família embasada no amor, educação e respeito para todos. Além disso, consigo visualizar a enorme importância que faz e fará um álbum de fotos e recordações gerado no Histórias Cruzadas para meu filho Felipe (BCSJFM4ÍPNFNØSJBTQSFDJPTÓTTJNBTRVFMFWBSFNPTQBSBPSFTUPEF nossas vidas!”, comenta Eduardo Tardelli, participante do projeto. Para Carla Pujol, que decidiu participar do Histórias Cruzadas imaginando que seria uma oportunidade de, em família, desfrutar de momentos lúdicos com a montagem do álbum, a experiência foi muito além: “Conforme os encontros foram acontecendo percebi que, na verdade, o projeto abrange muito mais do que isso. A montagem do álbum é a consequência das inúmeras reflexões que os temas discutidos em grupo suscitam. Examinar inúmeros assuntos em grupo me proporcionou oportunidades para reavaliar conceitos, reforçar convicções, revalidar posições, resignificar ideias e me ‘ver’ tão claramente em outras pessoas tão diferentes”. H IS T Ó R IA S C RU Z ADAS E M NÚME R OS 18 famílias atendidas A experiência acumulada ao longo dos dois anos de trabalho com as famílias adotivas resultou em uma sistematização da metodologia. Confira no site www.fazendohistoria.org.br 33 O IN STIT UT O F A Z E N D O H I S T Ó R I A E M 2 0 1 5 Encontros, seminários, articulação e fortalecimento das redes jan/2015 Participação na série Espiral de Conversa, com o tema “Transparência no campo social - um relatório de atividades pode ser realmente um aliado nos dias atuais?”, promovida pelo FICAS. Participação no Seminário “A importância dos educadores nos serviços de acolhimento institucional”, promovido pela Vara da Penha, na UNICSUL. Participação no evento “Direito à Identidade: Problemas Globais – Soluções no Brasil”, que abordou a questão do direito humano à Identidade, da perspectiva do tráfico internacional de crianças, com foco especial na adoção ilegal internacional. O Instituto leva estudantes do curso de Liderança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância do Insper a uma instituição de acolhimento para apresentar o Fazendo Minha História. Participação no Colóquio Internacional de Psicossociologia – Trabalho e Sociedade: Intervenção, espaços e políticas, em Brasília. Grupo nÓs participa do VI Seminário do Instituto Berço da Cidadania, em Brasília, sobre experiências e perspectivas na promoção de autonomia de adolescentes em acolhimento institucional. Participação no 1º Congresso Internacional de Novas Narrativas, na ECA/USP. IFH participa de aula para residentes do Hospital e Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha. dez2015 IFH participa da Primeira Semana Estadual do Bebê, promovida pela UNICEF. O evento foi realizado dentro da Unidade Materno Infantil (UMI) do Complexo Prisional Talavera Bruce no Rio de Janeiro. 34 Participação na VIII Semana da Valorização da Primeira Infância e Cultura de Paz, no Senado Federal, em Brasília. Programa Formação participa de reunião mensal da Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional IV – Lapa com os serviços de acolhimento, abordando o tema da formação e supervisão de educadores e técnicos. 9 SUSTENTABILIDADE O mais importante recurso que mobilizamos e que, sem dúvida, é o que nos permite tamanho alcance é o capital humano. Só em 2015 foram 648 voluntários e 39 estagiários, quase 700 pessoas oferecendo seu tempo para melhor acolher as crianças e adolescentes nas mais diversas formas, semanalmente, de forma sistemática. São mais de 140 mil horas de trabalho voluntário. Qual seria o valor disso? De todo modo, é preciso de dinheiro para realizar as suas ações. A sustentabilidade financeira do Instituto encontra suporte na qualidade dos projetos executados, na excelência em gestão e na qualidade na comunicação de suas ações. É assim que mantém parcerias de longo prazo com investidores, parceiros técnicos, equipe de trabalho e colaboradores. As contas do Instituto são auditadas a fim de garantir a transparência nas demonstrações financeiras há 5 anos e contamos com um Conselho Fiscal atuante, crítico e colaborativo. O Instituto Fazendo História tem um fundo de reserva que foi conquistado ao longo de anos de uma gestão financeira responsável. Até 2020, temos como objetivo subsidiar 100% dos custos administrativos do Instituto pagos com os rendimentos de tal fundo. O R IGE M D OS R E CUR SOS 5% 2% Investimento de Pessoas Jurídicas 8% 35% 9% 13% FUMCAD (Pessoas Jurídicas e Físicas) 825.165 Prestação de Serviços 372.641 Lei Rouanet ((Pessoas Jurídicas e Físicas) 271.670 Rendimentos 236.220 Doações de Pessoas Físicas 158.859 Eventos e Produtos 28% 1.052.688 57.642 Total 2.974.885 Fazendo Minha História 490.850 Formação 467.553 (SVQPO»T 377.005 A P LI C A Ç ÃO D OS R E CUR S OS 9% 22% 18% 2% 3% 4% 4% 21% 17% Comunicação 85.429 Primeira Infância 84.853 Projetos Especiais 61.937 Com Tato 46.085 Administrativo e Financeiro 409.623 Aporte no Fundo de Reserva 173.324 Total Aplicado Saldo remanescente para 2016 Total 2.196.657 778.228 2.974.885 35 10 C OM QUEM FAZEMOS A NOSSA HISTÓRIA S E RV IÇ O S DE A C O LH I M E N TO São Paulo (SP) Abrigo Amigos da Inocência Abrigo Anália Franco Abrigo Betsaida Abrigo Marly Cury Abrigo Solid Rock Aldeias Infantis SOS Brasil – Prog. Rio Bonito Associação Maria Helen Drexel Casa Abrigo São Judas Tadeu Casa Coração de Maria Casa do Pequeno Cidadão N. S. Aparecida Casa Lar Santo Amaro Casa Maria Thereza – FUNSAI Casa Nazaré – Associação Missão Belém Casa Nossa Senhora Auxiliadora Casa Semeia Casa Taiguara Casa Taiguarinha Casa Vida I e II Cruzada Pró Infância – Abrigo Butantã EDD Lar 2 Instituto Curumim Lar de Elisinha Lar Escola Cairbar Schutel – Casa Topázio Lar Vinícius Lar Vó Miriam MAESP Minha Casa I e II Novo Lar Betânia I e II Obra Social Dom Bosco PAC Pirituba I e II Projeto Amigos das Crianças – Saica I São Domingos Sávio Saica ABCDE Saica ABECAL 4BJDB"MFODBS(PNFT'FSSFJSB Saica Casa da Árvore Saica Casa Verde Saica Capão Redondo Saica Catarina Kentenich Saica Dom Paulo Saica Edel Quinn Saica Edith Stein 4BJDB(SBWBUBÓ 4BJDB(SPTTBSM Saica Heloisa Freitas Brito Saica Joselito Lopes Martins Saica Madre Mazzarello Saica Mãe Legionária Saica Mensageiros Saica Minha Casa Saica Nosso Lar III e IV Saica Odila Franco Saica Padre Damian Saica Reviver I e II Saica Roberto Borghi Saica São Mateus I e II e V Saica Sol e Vida Saica Terceiro Milênio 4BJDB7JMB(VJMIFSNJOB Saica Vovó Cecília Saica Vovó Matilde Saica Vovô Nelson Saica Campo Limpo Saica Maria Maymard Padre Batista Lar Batista de Crianças (unidade Cambuci) Lar Frei Leopoldo Lar Ser Feliz 36 República Jovem Casa Verde República Jovem Lapa República Jovem Vila Formosa República Jovem Ermelino Matarazzo República da Casa do Cristo Estado de São Paulo Abrigo Amamos (Osasco) Abrigo Betania (Mococa) Abrigo Municipal de Jacareí Abrigo Municipal de Santa Branca Abrigo Obede Edom (Mogi das Cruzes) Abrigo Reviver (Franco da Rocha) Acolhimento Provisório Institucional de Crianças de Jacareí AEDHA CONVIVER (Campinas) "&%)"(VBSEJOIB$BNQJOBT Aldeias Infantis SOS (Campinas, Rio Claro/ 4BOUB(FSUSVEFT AMIC CASA LAR (Campinas) Associação dos Amigos da Criança – AMIC (Campinas) Associação Lar Renascer (Artur Nogueira) Casa Abrigo (Santa Cruz das Palmeiras) CASA Betel (Campinas) Casa Crescer e Brilhar (São Vicente) Casa do Menor Francisco de Assis (Leme) Casa Transitória (Jundiaí) CMPCA – Centro Municipal de Proteção a Criança e Adolescente (Campinas) Convívio I e II (Campinas) Lar Casa Bela (Sorocaba) Lar da Criança Feliz (Campinas) Lar dos Meninos (Presidente Prudente) Lar Santa Filomena (Presidente Prudente) Padre Haroldo – Acolhimento Rua (Campinas) Padre Haroldo – Casa Verde (Campinas) Prefeitura de Várzea Paulista SAPECA (Campinas) Seabrigo C.A. (Santos) 6/*"4&$"#3*(0$BNQJOBT Unidade de Apoio Infantil (Campinas) Unidade Municipal de Atendimento da Criança e do Adolescente (Conchal) Amazonas Abrigo O Pequeno Nazareno (Manaus) Aldeias Infantis SOS (Manaus) Mato Grosso do Sul "CSJHP-ZHJB)BOT$BNQP(SBOEF "CSJHP7PWØ.JMPDB$BNQP(SBOEF $BTBEB$SJBOÎB1FOJFM*$BNQP(SBOEF $BTBEB$SJBOÎB1FOJFM**$BNQP(SBOEF 404$SJBOÎB$BNQP(SBOEF 404#FCÐø$BNQP(SBOEF Minas Gerais Lar Fonte de Vida Nova (Poços de Caldas) Lar Filhos da Bênção (Poços de Caldas) Ponto de Contacto Nova Canaã (Betim) Paraná Abrigo Nuselon (Londrina) Rio de Janeiro Abrigo Municipal de Vassouras Casa da Criança (Mendes) Casa Municipal da Criança e do Adolescente de Valença Serviço de Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes (Barra do Piraí) Casa de Acolhida do Catete (RJ) 61*+PBRVJN(BSDJB3+ Santa Catarina Associação Ecos de Esperança (Florianópolis) Casa-Lar Nossa Senhora do Carmo (Florianópolis) Casa de Acolhimento para Crianças e Adolescente de Florianópolis Lar São Vicente de Paulo (Florianópolis) PAR CEIROS T ÉC NIC O S Associação Morungaba Atados Campanha Cuida Bem de Mim Colégio Santa Cruz Colmeia CRP-SP FICAS Fundação Abrinq Fundação Vanzolini (PWFSOP&TUBEVBM130"$ (PWFSOP'FEFSBM.*/$-FJ3PVBOFU *OTUJUVUP(FSBS ITAFI (Instituto de Tecnologia, Administração e Filosofia) Instituto da Criança I2 Eventos Mural do Coach Prefeitura de SP/FUMCAD/CMDCA ProSaber PUC-SP Quero Saber Raia Coaching Rede Nacional da Primeira Infância Rede Ubuntu Rede Cidadã Universidade Cruzeiro do Sul UM% Coaching APO IADORES A Voz do Brasil Amor Horizontal Comércio, Serviços e Reciclagem (Redial) (SVQP4VQFSBÎÍP (MPCBM(JWJOH ITK Treinamentos Lets Recursos Virtuais Manuel Alceu Advogados Marta Sá Arquitetos Pillow Plano1 Comunicação Warner Bros DO ADORES VIA PRO GRAMA NOTA FISCA L PA ULISTA Bona Bar Botica Brewdog Casa Europa Clube Alto de Pinheiros Conceição Bem casados Desfrutti Empório Santa Adelaide (BSEÐOJB Juice me Bukz Maremonti Mulata Brasil Puket Quintana Bar Ruffinos Tasty Urban Remedy Veríssimo Vito Restaurante G E N T E Q UE I NV E$ TE N O N O S S O TR AB A L HO! Abílio Tavares Adão Edgar Delforno Adhemar Cesar Ribeiro Filho "ESJBOB(PNFT Adriana Mariani Adriana Tuono Ferraro Adriano Cesar Martins Alan Terpins Alberto Sandiviero Alessandra Ribeiro Alexander Sanches "MFYBOESF(POÎBMWFTEB4JMWB Alexandre Herchcovitch "NBOEB(SB[JFMFEF4PVTB Ana Beatriz Assumpção Raia Ana Maria Freitas Ana Segall Antonio Carlos Almeida Costa Antonio Carlos Cantero Arthur Richter Aurea Medrado Barbara Calixto Barbara Ramos Soares da Rocha Beatriz Dutra Bernardo Ricupero Bianca Schleifer Mente Breno Ribeiro Bruna Mendes Bruna Spina Bruno Pinelli Caio Sousa Mota Camila Mendonça Camila Mesquita Cossi Camila Micheleto Camila Werneck de Souza Dias Carlos Eduardo Andreovi Ambrósio Carol Moreira Carolina Evangelista Carolina Naddeo Catherine Nakiri Cinara Ruiz Clarice Steinbruch $MBVEFOF0MJWFJSB(POÎBMWFT $MBVEJBEF.POMFWBE)PNT(JM Clarissa de Toledo Temer Lulia Cleidson Alves $PODIJUB1JOIFJSP(BSDJB'FSSFJSP Cristiane Pinhel Cristiano Lourenco Cristina Lichtenberger Assumpção Dália Shpaisman Putinato Daniela Aun Daniela Cunha do Val Daniela Loureiro de Vasconcelos Daniela Plaster Kok Deborah Neistein Delita Fehr Denize Neves Diego Cervino Lopes Eduardo Carboni Tardelli Eduardo Emanuel Freire &EVBSEP(BCSJFM4JMWBEF$BSWBMIP Eli Fontana Elisabete Salgado Vidal Elizangela Ferreira Enzo Vasconcellos Tisaka Estela Angerami Fabiana Curi Fabiana Hilsenrath Fabiano Belli Custodio Fábio Alprowitch Fabio Dalla Colletta de Mattos Fabio Rocco de Oliveira Fabio Vidiz Fabricio Coev M. dos Santos Felipe Wimmer Carneiro Fernanda Araujo Fernanda Thais Magalhães Fernanda Vidigal Flavio Villaca de Paula Teixeira (BCSJFMMF%JBT%VBSUF (JPWBOOB)POPSBUP1BHHJPTTJ (JTFMF#BSSPDP (JTFMF+VPEJOJT (SBDJFMBF$MBWFSJFEF.FTTBOP (SB[JFMB(BMMJ'FSSFJSB#BSJPOJ (SFHPSJP3VTTP (SFHPSZ-BVSFODF#SVOP$MBFSIPVU (VJMIFSNF'JHVFJSFEP (VJMIFSNF7JEJHBM(POÎBMWFT (VTUBWP;BOHVFUJO;BNBSJPMJ Haroldo Korte Helcia Vasconcellos )FMEFS&HJEJP(BSDJB4JRVFJSB Helder Rodrigues da Cunha Soares Helena Reichert Hélio e Marina )FMPJTB(VBSJUB Heloísa Maria Lima de Freitas Jaime Bork Jayme Marmelsztejn Jayne Book Joana Cochrane João Carlos Fernandes Brandao José Carlos Dias José Catarino da Silva José de Souza Fonseca Filho Juliana Santana Isidoro Leal Jussara Maria Araujo Alves Laura Davis Mattar -FBOESP.FOEFT(PVMBSU -FBOESP4BOUPT(POÎBMWFT Lidia Wrona Lina Rita Vasta Klein -VDBTEF1JDPMJ(BSDJB Lucas Ribeiro Luciana Nogueira Lucilene Moreira da Silva Luís Fernando Loureiro Luis Stuhlberger Maíra Susi Maísa Vieira Marcel Yudi Karasawa Marcelo Augusto Pagliuso Cidin Marcelo Bernal Marcelo Karvelis Franco Marcelo Mazotti Marcelo Rocha Marcos Amendola Zaidan Marcos Souza Margarete da Silva Albuquerque Maria Adelia Baptista Pereira Sehr Maria Beatriz Teixeira Aliperti Maria Cecilia Lins Maria do Carmo Silva .BSJB&EVBSEB(VJEP3BNPT .BSJB'($MFNFOUF .BSJB)FMFOB(BSDJB1BMMBSFT;PDLVO Maria Heli Dalla Colletta de Mattos Mariana Buffe Mariana Kato Silva Telles Mariana Veríssimo .BSJOB(VBTQBSJEF#SJUP(POÎBMWFT Marina Magalhães Marjory Misasi Marly Sarne Maurilio de Mazzer Papa Junior Mayra Franco Monica Maioli Monica Mello Monica Vidiz Patrícia Pereira dos Santos Paula de Barros Nabholz Paula Pena Moreira Paulo Bitelman Paulo Henrique Pinto Nogueira Pedro Stucchi Vannucchi Priscilla Pompeu Piva di Bella Rafael Sanção Araujo Freire Rafael Silva de Oliveira Renan da Silva Moreira Castro Renata Freire Renata Leal Conceição Belmonte Renata Queiroz de Moraes Ricardo Meneghetti Fagundes Ricardo Taira Robert Ronei Rodrigues Da Silva Rodolfo Spielmann 3PESJHP(BSDF[ Rudney Mesquita Sandra Helena Klinger Rocha Selma Silva Baptista Sergio de Sá 4IJSMFZ$JSDF(JSPUP Silvia Korytnicki Simone Cristina Dias Sonia Freitas Suzana Costa 4ZMWJB(VJNBSÍFT Tamara Barile Teresa Bracher Thais Silva de Alencar Thamis Mendez Tiago Marcelo P. dos Santos Ulysses Elias Amabile Vera Meneguetti Vicente Santos Vinicius Camargo Virginia Toledo Vivian Cukier Teig Vivian Tempel Wagner Bruno Olivatto :WPOOF5FJYFJSBEF(PFZF 37 P A T R O C I N AD OR ES 2014 Categoria Educação para o Trabalho Programa Grupo nÓs Instituto Fazendo História São Paulo - SP 38 Acompanhe nosso trabalho www.facebook.com/instituto.fazendohistoria institutofazendohistoria.wordpress.com www.youtube.com/institutofh @institutofazendohistoria Para receber nossos relatórios de atividades e newsletters, inscreva-se no site: www.fazendohistoria.org.br. PROJ ETO GRÁ FICO FOTOS IL U S TRAÇ Õ ES Luciana Sion Acervo Instituto Fazendo História e Rene Paciullo (p.14 e p.31) Sandra Javera Rua Alberto Faria, 1308 – Alto de Pinheiros 05459 001 São Paulo SP Brasil Tel/fax: (11) 3021-9889 [email protected] www.fazendohistoria.org.br 40
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