Estudo 12: SERVIR A DEUS É PRIVILÉGIO DE TODOS

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Estudo 12: SERVIR A DEUS É PRIVILÉGIO DE TODOS
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Estudo 12: SERVIR A DEUS É PRIVILÉGIO DE TODOS - cap. 7. 17 –
38.
Neste texto encontramos:
- No serviço ao Senhor cada cristão deve permanecer no dom que
recebeu, no lugar e na situação
em que estava ou foi colocado a
não ser que receba outra direção
de Deus confirmada em Sua Palavra. v. 17 - 22, 24.
- Jesus Cristo nos comprou para
Deus dando a Sua vida como pagamento. Nada mais devemos à
natureza pecaminosa. Somos definitivamente Dele. Não elejamos
outro senhor que não seja o Senhor. v. 23.
- Os solteiros que aguardam o
casamento, os viúvos e viúvas, os
celibatários e os casados têm custos e benefícios em seu dom e
estado civil. Os não casados lutam
tenazmente para se manterem
puros em seu espírito/alma e corpo, mas estão livres para se dedicarem ao Senhor. Se decidirem
permanecer solteiros ou se casarem nenhum mal há nisso. Os
casados se realizam no casamento, mas dividem o seu tempo entre
o serviço ao Senhor e à família,
sem satisfazer plenamente a ambos. Na obediência ao dom recebido de Deus está a bênção. v.25
- 28.
- A esperança na iminente volta de
Cristo vivida pelos cristãos da época gerou um clima de desapego
ao que lhes podia dar prazer ou
dor. Essa mesma atitude e esperança nos motivam no tempo presente. v. 29 – 31; Romanos 8. 18;
2 Coríntios 4. 16 – 18.
- O estado de solteiro permite que
a pessoa se dedique integralmen-
te no serviço ao Senhor. Jesus
adotou o celibato vivido em santidade com essa motivação. O falso
celibato é abominável a Deus. Os
casados, em razão do seu estado
e responsabilidades na família têm
o seu tempo dividido. O que importa é que ambos sirvam ao Senhor no estado em que foram
chamados. v. 32 – 34.
- Na família de Deus há ministérios específicos para solteiros e
casados. Cada um sirva a Deus
na vocação em que foi chamado.
Deus não aceita as justificativas
dos omissos. v. 35.
- Os jovens que haviam estabelecido para si o voto de celibato para melhor servirem ao Senhor deveriam a cada dia confirmá-lo com
uma conduta santa. Caso não
suportassem os custos do celibato
deveriam se casar e permanecer
servindo ao Senhor nesse novo
estado. Da mesma forma o pai
que almejasse para a filha o celibato a fim de que ela melhor servisse ao Senhor, deveria liberá-la
para o casamento caso ela manifestasse a impossibilidade de
permanecer nesse estado em pureza de vida ou por outras razões.
Deus não deseja que Seus filhos
assumam com Ele compromissos
que não possam ser cumpridos
plenamente. O amor e não o medo ou a hipocrisia deve presidir o
nosso relacionamento com Deus.
v. 36 – 37. Veja a tradução de
John N.Darby: “Mas se alguém julga
que se comporta indignamente para com
sua virgindade, se tiver passado a flor da
idade, e se for necessário, que faça o que
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quiser, não peca: que se casem. Mas
aquele que está firme em seu coração,
não tendo necessidade, mas tendo autoridade sobre a sua própria vontade, e tem
decidido no seu coração guardar a sua
virgindade, ele faz bem. De sorte que
aquele que casa faz bem; e aquele que
não casa faz melhor”. Fonte da tradução –
Comentário Ritchie – 1 Coríntios, de J.
Hunter, p. 116 – Edições Cristãs, Ourinhos, SP; Eclesiastes 5. 2, 4.
- Paulo deixa clara a sua posição
pessoal favorável ao celibato voluntário e vivido em santidade. A
igreja estava em expansão e necessitava de obreiros em tempo
integral no serviço de edificação e
ensino nas demais igrejas e na
obra de evangelização de alcance
mundial. Esse trabalho, de natureza urgente, seria feito melhor pelos solteiros que possuíam todo o
tempo disponível para servir ao
Senhor. Não fecha, porém, a possibilidade do casamento àqueles
que foram vocacionados para o
casamento. v. 1, 7, 8, 20, 24, 25,
26, 27, 32, 34, 38
VISÃO GERAL
Há sempre uma vaga disponível na igreja de Cristo a quem
deseja servir a Deus independente
de sua condição civil.
O que se exige dos obreiros,
como afirma Paulo, é que cada
um se ache fiel, irrepreensível e
que se deixe capacitar pelo Espírito Santo no exercício do ministério
que lhe foi entregue. 1 Coríntios 4.
1 – 2.
FOCALIZANDO A VISÃO
Prosseguindo em sua orientação pastoral em resposta às questões que lhe foram encaminhadas,
o apóstolo Paulo reitera dois temas: celibato e casamento.
O celibato e o casamento são
dons de Deus concedidos àqueles
que receberam esse chamado.
No celibato, voluntariamente, a
pessoa se abstém do casamento
para viver em santidade de vida
no serviço ao Senhor. Volta-se
com todo o ser na prática multiforme do amor de Deus e tira de si
qualquer satisfação que venha
atender seus desejos pessoais ou
tendências consideradas normais
nos seres humanos. Disse Jesus:
“Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e
outros há que a si mesmos se
fizeram eunucos por causa do
reino dos céus. Quem pode aceitar isso, o aceite”. Mateus 19. 12.
Não se trata de misogamia, isto é,
aversão, horror ou ódio ao casamento. Não é saudável opor-se ao
que Deus estabeleceu como primeira e única instituição que legitima o relacionamento íntimo entre
sexos opostos.
O celibatário que está convencido desse dom recebido do Senhor e deseja serví-Lo nesse estado terá diante de si custos e
benefícios. Os custos advêm da
renovação diária da santidade em
permanecer irrepreensível diante
de Deus e no relacionamento com
as pessoas. Os benefícios são
claramente vistos em sua integridade de vida e no serviço cristão.
Jesus Cristo diante do ministério que lhe havia sido entregue
pelo Pai tomou a decisão de manter-se no voto do celibato e o honrou até o fim. Nenhum dos Seus
inimigos dentre os judeus o acusou de qualquer conduta imoral
que ferisse a Lei. Até Satanás
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reconheceu Jesus como o Santo
de Deus. Sua Santidade era o
cumprimento das Escrituras. Isaías 53. 9; Lucas 4. 34; João 8. 46.
Esses testemunhos não podem
ser ignorados pela história. Todas
as tentativas recentes para apresentar Jesus como diferente do
que foi em sua condição humana
é pura insensatez ou esperteza de
quem deseja vantagens econômicas com denúncias falsas. Responderão diante de Deus por isso.
O apóstolo Paulo, dedicado
servo do Senhor, considerando a
necessidade de a igreja ter a seu
serviço pessoas em tempo integral
e devotadas na edificação das
primeiras comunidades cristãs e
no anúncio do Evangelho ao mundo incentivou aqueles que pudessem, a se colocar ao serviço do
Senhor sem qualquer impedimento tal como ele havia feito. Não
descarta, porém, o exercício do
ministério cristão por parte dos
casados.
Na igreja de Jesus Cristo há
ministérios específicos a serem
exercidos por solteiros ou casados, daí as suas repetidas declarações de que cada um deve servir a Deus no estado em que foi
chamado. Em relação a isso também se refere a judeus circuncidados e incircuncisos bem como
aos gentios. Não há impedimento
a quem deseja trabalhar no Reino
de Deus e nem justificativas que
dispensem alguém de servir ao
Senhor.
Outro princípio referido pelo
apóstolo Paulo é que na igreja só
há um Senhor a quem devemos
obediência irrestrita porque Ele
nos comprou para Deus a fim de
que fôssemos considerados filhos.
Ninguém na igreja está autorizado
a reivindicar para si qualquer direito de senhorio sobre os servos de
Deus porque o Senhor é Jesus
Cristo. Nossa dívida permanente
com Deus é a obediência em amor como resposta à manifestação amorosa de Sua Graça.
ENQUADRANDO-SE NA VISÃO
- No serviço ao Senhor exige-se
santidade de solteiros e casados.
DETALHES
- O falso solteiro e o falso casado
não têm espaço na igreja de
Deus.
- No multiministério exercido na
igreja local Paulo recomenda a
Timóteo que o líder seja casado. 1
Timóteo 3. 1 – 13.
APLICAÇÃO
- Manter-se como servo diligente
na vocação entregue por Deus.
PENSAMENTO
As promessas feitas por ocasião
do batismo devem ser lembradas
diariamente e cumpridas.
VERSÍCULO PARA DECORAR
“Vocês foram comprados por alto
preço; não se tornem escravos de
homens”. v. 23,
ORAÇÃO
Capacita-me Senhor para honráLo em minha condição civil.
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