must - BAPEN

Transcrição

must - BAPEN
O FOLHETO EXPLICATIVO
DA ‘MUST’
Um guia para a ‘Malnutrition Universal Screening Tool’
(‘MUST’: ‘Ferramenta Universal para Rastreio da Malnutrição’)
para adultos
Editado em nome da MAG por
Vera Todorovic, Christine Russell e Marinos Elia
O FOLHETO EXPLICATIVO
DA ‘MUST’
Um guia para a ‘Ferramenta Universal para Rastreio da
Malnutrição’(‘MUST’) para adultos
Editado em nome da MAG por
Vera Todorovic, Christine Russell e Marinos Elia
Membros do Malnutrition Action Group (MAG), um Comité Permanente
da British Association for Parenteral and Enteral Nutrition (BAPEN):
Professor Marinos Elia (Presidente), Christine Russell,
Dr Rebecca Stratton, Vera Todorovic, Liz Evans, Kirstine Farrer
O Folheto Explicativo da ‘MUST’ foi concebido para explicar a necessidade do rastreio
nutricional e a forma como realizá-lo utilizando a ‘Ferramenta Universal para Rastreio
da Malnutrição’ (‘MUST’). Pode ainda ser utilizado para fins de formação.
O folheto faz parte do kit de ferramentas ‘MUST’ (visite http://www.bapen.org.uk/
musttoolkit.html), que também inclui
•
•
•
•
•
A ‘Ferramenta Universal para Rastreio da Malnutrição’ (‘MUST’)
O Relatório ‘MUST’
O Calculador ‘MUST’
Os módulos de e-learning sobre o rastreio nutricional utilizando a ‘MUST’
A Aplicação ‘MUST’
Para mais informações no que se refere a qualquer aspeto do plano de cuidados da
‘MUST’, ou referências, consulte o documento que contém as linhas de orientação
completas, o Relatório ‘MUST’.
Encontrará mais informações sobre outras publicações da BAPEN em www.bapen.org.uk
Secure Hold Business Centre,
Studley Road, Redditch,
Worcs B98 7LG
Tel: +44 (0)1527 45 78 50
[email protected].
A ‘MUST’ tem o apoio da British Dietetic Association (Associação Dietética Britânica), do Royal
College of Nursing (Real Faculdade de Enfermagem), da Registered Nursing Home Association
(Associação Registada de Enfermagem ao Domicílio) e do Royal College of Physicians (Real
Faculdade de Medicina)
Publicado pela primeira vez em novembro de 2003. Revisto e impresso em novembro de 2011
© BAPEN novembro de 2003 ISBN 978-1-899467-07-6
Publicado pela BAPEN, registada como organização caritativa com o número de inscrição
1023927
Todos os direitos reservados. Este documento pode ser fotocopiado para fins de disseminação
e formação, desde que a fonte seja acreditada e reconhecida. Podem ser reproduzidas cópias
para fins de publicidade e promoção. Será obrigatória uma autorização escrita da BAPEN se for
necessária uma reprodução ou adaptação substancial.
Associação Britânica para a Nutrição Parentérica
e Entérica (British Association for Parenteral and
Enteral Nutrition, BAPEN)
A BAPEN é uma associação multiprofissional e uma organização
caritativa registada, estabelecida em 1992. Os seus membros são
médicos, nutricionistas, enfermeiros, doentes, farmacêuticos, políticos
ligados à saúde e indivíduos ligados aos setores da indústria da saúde,
à saúde pública e à investigação.
• A BAPEN trabalha para cumprir a sua missão de sensibilização
da prevalência e impacto da malnutrição, elevando os padrões
ligados aos cuidados nutricionais e desenvolvendo percursos
apropriados para evitar a malnutrição.
• A BAPEN investiga e publica as evidências da malnutrição
e fornece ferramentas, orientação, recursos educativos e
eventos a todos os profissionais de saúde e cuidados para
apoiar a implementação dos cuidados nutricionais em todas
as instituições e de acordo com as necessidades individuais.
• A BAPEN trabalha em parceria com os seus membros, os seus
grupos nucleares de especialistas e os acionistas externos
para incluir cuidados nutricionais excelentes nas políticas, nos
processos e nas práticas de todas as instituições de saúde e
cuidados.
• O Malnutrition Action Group (MAG) é um Comité Permanente
da BAPEN.
Para mais informações sobre como se tornar membro contacte os escritórios
da BAPEN ou registe-se no respetivo website em www.bapen.org.uk
O Folheto Explicativo da ‘MUST’
Índice
1. Contexto
Finalidade ...................................................................
Definição de malnutrição .............................................
A malnutrição e a saúde pública ..................................
Consequências da malnutrição ....................................
Avaliação e análise .....................................................
1
1
1
1
3
4
2.Rastreio nutricional e planeamento de cuidados com a ‘MUST’
Rastreio nutricional .....................................................
Como fazer um rastreio utilizando a ‘MUST’ .................
Passos 1 – 5 .......................................................
O plano de cuidados ..................................................
Intervenções nutricionais orais ..............................
Alimentação .............................................
Suplementos nutricionais orais ..................
Suporte nutricional artificial ..................................
Monitorização .....................................................
5
5
5
6
9
9
9
9
9
9
3. Tomar medidas com a ‘MUST’ Medir a altura e o peso ..............................................
Altura .................................................................
Peso ..................................................................
Cálculo do índice de massa corporal (IMC) ..................
Medições alternativas ................................................
Altura ................................................................
Comprimento do antebraço (cúbito) ...........
Altura do joelho ........................................
Envergadura ............................................
Peso ................................................................
Perda de peso recente ........................................
Fazer a estimativa da categoria de IMC ...............
Medir a circunferência da linha
média do braço (CLMB) ............................
Alterações de peso ao longo do tempo ................
10
10
10
10
10
10
10
11
11
14
14
14
16
16
16
4. Notas, gráficos e tabelas 17
Notas .....................................................................17-18
O fluxograma da ‘MUST’ ............................................. 19
Gráfico de IMC e pontuação do IMC ........................ 20-21
Tabelas de perda de peso .......................................22-23
5. Referências 24
Contexto
1. Contexto
Finalidade
A ‘Ferramenta Universal para Rastreio da Malnutrição’ (‘MUST’) foi
concebida para ajudar a identificar os indivíduos adultos com baixo peso
e que, por isso, estão em risco de sofrer de malnutrição, bem como para
identificar aqueles que sofrem de obesidade. Não foi concebida para detetar
deficiências na ingestão reduzida ou excessiva de vitaminas e minerais.
Definição de malnutrição
Não existe uma definição universalmente aceite de malnutrição mas,
cada vez mais, utiliza-se a seguinte:
Malnutrição é um estado de nutrição em que existe uma deficiência
ou um excesso (ou um desequilíbrio) de energia, proteína e outros
nutrientes, que provoca efeitos adversos mensuráveis na condição e
no funcionamento tecidular/corporal (forma, dimensão e composição
anatómicas) e no resultado clínico.1
Apesar de o termo “malnutrição” poder referir-se à subnutrição ou à
sobrenutrição, será aqui utilizado para referir a subnutrição. O IMC >30kg/m2
é utilizado para indicar os indivíduos com excesso de peso (obesos).
A malnutrição e a saúde pública
Prevê-se que, em qualquer momento, mais de 3 milhões de pessoas no
Reino Unido estarão em risco de malnutrição2 e, no entanto, este continua
a ser um problema pouco reconhecido e pouco tratado. Além disso, no
Reino Unido, em 2007, os gastos da saúde pública referentes à malnutrição
relacionada com a doença foi calculada em mais de £13 biliões por ano,
cerca de 80% dos quais em Inglaterra2. Este é um fardo pesado e um custo
a suportar, não só para os indivíduos, mas também para os serviços de
cuidados sociais e de saúde e para a sociedade em geral.
A Tabela 1 resume a prevalência da malnutrição (médio e alto risco
combinados, de acordo com a ‘MUST’) nas admissões das instituições
de cuidados de saúde em todo o Reino Unido, que realça a dimensão do
problema. Os valores foram retirados dos inquéritos semana de rastreio
da nutrição da BAPEN realizados em 2007, 2008 e 2010.3-5
1
Contexto
Tabela 1Resumo dos riscos da malnutrição (médio e alto
risco, de acordo com a MUST) nas admissões das
instituições de cuidados recolhidos nos dados
semana de rastreio da nutrição da BAPEN 3-5
Instituição de cuidados
Risco de malnutrição
(médio e alto risco
combinados)
Hospital
% em risco de
malnutrição
Instituições de cuidados*
Unidades de cuidados
mentais
Fonte dos dados
28%
NSW 2007, 2008
34%
NSW 2010
30%
NSW 2007
42%
NSW 2008
37%
NSW 2010
19%
NSW 2007
20%
NSW 2008
18%
NSW 2010
*Os valores referem-se aos doentes internos, admitidos nas instituições de cuidados, nos
últimos 6 meses
NSW = semana de rastreio da nutrição
Os dados dos estudos referentes às clínicas de ambulatório sugerem que
16 a 21% dos doentes estão em risco de malnutrição (médio e alto risco),
sendo que os doentes de risco têm significativamente mais admissões em
hospitais com internamentos significativamente mais longos.6-8
Foi efetuado um pequeno número de inquéritos para estimar o risco de
malnutrição em pessoas que viviam em abrigos no Reino Unido. Os dados
destes estudos sugerem que 10 a 14% estão em risco de malnutrição
(médio e alto risco combinados, de acordo com a ‘MUST’).9-11
Num dado momento, a vasta maioria (93%) das pessoas em risco de
malnutrição vivem na comunidade, 5% estão em instituições de cuidados
e 2% estão nos hospitais.2
Os grupos mais vulneráveis e que se encontram nutricionalmente em
risco incluem os dos idosos, os dos indivíduos que padecem de doenças
crónicas, os que tiveram alta recentemente do hospital e os pobres ou
socialmente isolados.2
2
Contexto
Tabela 2Consequências da malnutrição
Frequentemente, a malnutrição não é detetada nem tratada, provocando um
vasto leque de consequências adversas.2
Efeito
Consequência
Resposta imunitária
comprometida
Incapacidade em lutar contra a infeção
Força muscular reduzida e
fadiga
Inatividade e redução da capacidade de ir trabalhar, ir às compras,
cozinhar e tratar de si. O funcionamento muscular deficiente pode resultar
em quedas e, no caso de deficiência da função muscular respiratória,
pode resultar em fraca pressão da função da tosse – demorando a
expetoração e atrasando a recuperação da infeção respiratória
Inatividade
Em doentes acamados, isto pode resultar em úlceras de pressão e
coágulos venosos, que podem soltar-se e embolizar
Perda de regulação da
temperatura
Hipotermia
Deficiência da cicatrização de
feridas
Aumento das complicações relacionadas com os ferimentos, como
infeções e fraturas não unidas
Incapacidade em regular o sal
e os líquidos
Predisposição para a super-hidratação ou desidratação
Incapacidade em regular a
menstruação
Deficiência da função reprodutora
Deficiência fetal e de
programação infantil
A malnutrição durante a gravidez predispõe a doenças crónicas
comuns, como as doenças cardiovasculares, enfarte e diabetes (na
idade adulta)
Atraso de crescimento
Nanismo, atraso do desenvolvimento sexual, redução da massa e da
força muscular
Função psicossocial
deficiente
Mesmo quando não é complicada por outras doenças, a malnutrição
provoca apatia, depressão, introversão, desmazelo, hipocondria,
perda de libido e deterioração das interações sociais (incluindo a
ligação mãe-filho)
(Adaptado de Combating Malnutrition: Recommendations for Action. BAPEN 20092)
Estes efeitos adversos de malnutrição aumentam os custos dos serviços de
cuidados de saúde e sociais em todo o Reino Unido e na comunidade em geral.
Na comunidade, é mais provável que os indivíduos mais idosos, identificados
através da ‘MUST’ como estando em risco de malnutrição, sejam internados nos
hospitais e consultem o Médico de Clínica Geral com maior frequência12. Também
ficou demonstrado que os indivíduos de baixo peso (IMC <20 kg/m2) consomem
mais recursos de cuidados de saúde do que aqueles que têm um IMC entre os 20
e os 25 kg/m2, apresentando uma média superior de receitas passadas (9%), de
consultas ao médico de clínica geral (6%) e de internamentos hospitalares (25%).13
Nos hospitais, os doentes em risco de malnutrição ficam no hospital
significativamente mais tempo do que aqueles que não apresentam malnutrição e
têm maior probabilidade de serem transferidos para outras instituições de cuidados
3
de saúde do que de receberem alta para irem para casa.14,15
12
m2
Contexto
Avaliação e análise
A ‘Ferramenta Universal para Rastreio da Malnutrição’ (‘MUST’) foi avaliada
em enfermarias de hospitais, em clínicas para doentes em ambulatório,
em centros de clínica geral, na comunidade e em instituições de cuidados.
Concluiu-se que a utilização da ‘MUST’ para categorizar os doentes quanto
ao risco de malnutrição era um processo fácil, rápido, reproduzível e
internamente consistente. A ‘MUST’ pode ser utilizada em doentes em
que não é possível obter a altura e peso, uma vez que é fornecida uma
variedade de medidas alternativas e de critérios subjetivos.
Foram descritos resultados positivos no que se refere ao autorastreio dos doentes com a ‘MUST’, obtendo-se resultados de rastreio
comparáveis aos dos profissionais de saúde.16
A base da evidência da ‘MUST’ está resumida no Relatório ‘MUST’, cujas
cópias estão disponíveis nos escritórios da BAPEN.
A ‘MUST’ foi desenvolvida em 2003 pelo grupo multidisciplinar
Malnutrition Advisory Group (MAG), um Comité Permanente da
British Association for Parenteral and Enteral Nutrition (BAPEN). O
desenvolvimento da ‘MUST’ foi revisto de forma independente por
membros da Royal College of Physicians, Royal College of General
Practitioners, Royal College of Obstetricians and Gynaecologists,
Royal College of Nursing, British Dietetic Association e muitas outras
organizações, médicos independentes e profissionais de saúde.
A ‘MUST’ continua a ter o apoio do MAG (agora chamado Malnutrition
Action Group) e de recursos educacionais, tendo sido desenvolvidas
outras ferramentas para auxiliar à sua implementação.
O pessoal cujas responsabilidades passam pelo rastreio nutricional com
a ‘MUST’ devem receber formação adequada para assegurar que são
competentes na realização do seu trabalho.
Encontrará disponíveis informações sobre os recursos de E-learning
da BAPEN para utilização da ‘MUST’ em instituições hospitalares e
comunitárias em www.bapen.org.uk
A ‘MUST’ é a ferramenta de rastreio nutricional mais vastamente utilizada
no Reino Unido.5 É também comummente utilizada noutros países do
mundo.
A ‘MUST’ é revista anualmente.
4
Rastreio nutricional e planeamento de cuidados com a ‘MUST’
2. A
valiação nutricional e planeamento de cuidados
com a ‘MUST’
Rastreio nutricional
Este é o primeiro passo no que se refere à identificação de indivíduos
que possam estar, ou que possam vir a estar, em risco nutricional,
e que possam beneficiar de uma intervenção nutricional adequada.
É um procedimento rápido, simples e geral utilizado pelo pessoal de
enfermagem, médico e outro num primeiro contacto com o indivíduo
para que possam ser implementadas linhas de orientação claras,
com o objetivo de se tomarem medidas, e para que se possa fornecer
um aconselhamento nutricional apropriado. Alguns indivíduos podem
necessitar apenas de ajuda e aconselhamento no que se refere à
alimentação e bebidas. Outros, porém, poderão ter de ser encaminhados
para outras especialidades mais específicas, para aconselhamento.
O rastreio poderá ter de ser repetido regularmente, uma vez que a
condição clínica e os problemas nutricionais dos indivíduos podem
alterar-se. É especialmente importante reavaliar os indivíduos
identificados como estando em risco à medida que vão avançando nas
instituições de cuidados.
É sempre melhor prevenir ou detetar problemas atempadamente através
do rastreio do que descobrir problemas graves mais tarde.
Como fazer um rastreio utilizando a ‘MUST’
Deverão ser seguidos os cinco passos existentes:
Passos 1 e 2 – Reunir medições nutricionais (altura, peso, IMC, perda
de peso involuntária recente). Se não for possível obter a altura e o
peso, utilize as medições alternativas (consulte as páginas 10-15).
Passo 3 – Considere a consequência de uma doença grave.
Passo 4 – Determine a pontuação ou a categoria de risco geral da malnutrição.
Se não for possível estabelecer o IMC nem a perda de peso, avalie o risco geral
subjetivamente utilizando “Outros critérios” (consulte a página 7).
Passo 5 – Utilizando as linhas de orientação de controlo e/ou as políticas
locais, forme um plano de cuidados apropriado. Consulte o exemplo nas
páginas 8 a 9 quanto às considerações de planeamento de cuidados e a
página 19 para ver o fluxograma da ‘MUST’.
5
Rastreio nutricional e planeamento de cuidados com a ‘MUST’
Passos 1 – 5
Passo 1: Índice de massa corporal (IMC) (kg/m2)
•O IMC oferece uma interpretação rápida do estado crónico da
proteína-energia com base na altura e no peso de um indivíduo.
•Obtenha a altura e o peso de um indivíduo para calcular o IMC ou utilize
o gráfico de IMC (consulte as páginas 20 a 21 para ver o gráfico de
IMC da ‘MUST’) para estabelecer a pontuação do IMC do indivíduo.
•Se o peso e a altura não estiverem disponíveis, pode ser apropriado
utilizar o peso e altura indicados pelo indivíduo, se os valores forem
realistas. Também é possível utilizar medições e observações
alternativas (consulte as páginas 10 a 15).
Se não for possível obter estes valores, devem utilizar-se os critérios subjetivos
(consulte a página 7) para se obter uma impressão clínica geral da categoria de
risco nutricional do indivíduo.
Passo 2: Perda de peso
•A perda de peso involuntária ao longo de 3 a 6 meses é um fator de risco
mais importante para a definição da categoria de risco de malnutrição do que o
próprio IMC.
•Para estabelecer a pontuação da perda de peso do indivíduo, pergunte se foi
sentida qualquer perda de peso nos últimos 3 a 6 meses e, em caso afirmativo,
quanto é que o indivíduo perdeu (ou procure nos respetivos registos médicos).
•Deduza o peso atual do peso anterior para calcular o valor do peso perdido.
Utilize as tabelas de perda de peso (consulte a página 22) para estabelecer a
pontuação da perda de peso.
•Se o indivíduo não tiver perdido peso (ou se ganhou peso), a pontuação é 0.
Tabela 3Pontuação da perda de peso
6
Pontuação
Perda de peso involuntária Significado
nos últimos 3 a 6 meses
(% de peso corporal)
2
>10
Significativo em termos clínicos
1
5 – 10
Mais do que a variação intra-individual
normal – indicador inicial de aumento
do risco de malnutrição
0
<5
Com a variação intra-individual “normal”
Rastreio nutricional e planeamento de cuidados com a ‘MUST’
Passo 3: A doença grave pode afetar o risco de malnutrição
•Se o indivíduo está atualmente afetado por uma condição patofisiológica
ou psicológica grave e se não houve ingestão nutricional ou a probabilidade
de ter havido ingestão nutricional há mais de 5 dias, é provável que haja
risco nutricional. Neste grupo de doentes estão incluídos aqueles que
estão gravemente doentes, aqueles que têm dificuldades de deglutição (por
exemplo, após um enfarte), os que apresentam lesões na cabeça ou os
que foram submetidos a cirurgia gastrointestinal.
É pouco provável este quadro ocorrer na comunidade ou em doentes que
frequentam as consultas em ambulatório de uma clínica.
Somar 2 à pontuação
Passo 4: Risco geral de malnutrição
Estabeleça o risco geral de malnutrição depois de considerar todos
os fatores relevantes. Some as pontuações dos passos 1, 2 e 3 para
calcular o risco geral de malnutrição.
0 = baixo risco 1 = risco médio 2 ou mais = alto risco
Se não for possível estabelecer o IMC nem a perda de peso avalie a
categoria de risco geral utilizando os “Critérios subjetivos” indicados na
caixa em baixo.
Critérios subjetivos
Se não for possível obter a altura, o peso ou o IMC, os seguintes critérios
relacionados com os mesmos podem ajudar a formar uma opinião da categoria
do risco nutricional geral em que o doente se encontra. Os fatores indicados
em baixo podem influenciar ou contribuir para o risco de malnutrição.
Tenha em conta: estes critérios devem ser utilizados coletivamente e
não em separado como alternativas aos passos 1 e 2 da ‘MUST’ e não
foram concebidos para a atribuição de uma pontuação real. A medição
da circunferência da linha média do braço (CLMB) pode ser utilizada para
calcular a categoria do IMC (consulte a página 16) e ajudar à tomada de
decisões sobre a impressão geral do risco nutricional do indivíduo.
IMC
•Impressão clínica – magro, peso aceitável, peso a mais. O
enfraquecimento óbvio (bastante magro) e a obesidade (peso a mais
visível) podem ser anotados.
Continuação >>
7
Rastreio nutricional e planeamento de cuidados com a ‘MUST’
Perda de peso
•O vestuário e/ou os acessórios já não assentam bem.
•As causas prováveis de perda de peso são o historial de ingestão alimentar
reduzida, a diminuição do apetite ou a disfagia (problemas de deglutição) há
mais de 3 a 6 meses e doença subjacente ou incapacidade psicossocial/física.
Doença grave
•Gravemente doente e falta de ingestão nutricional ou probabilidade
de não haver ingestão nutricional há mais de 5 dias.
Calcule a categoria do risco de malnutrição (baixo, médio ou alto)
com base na sua avaliação geral.
Passo 5: Linhas de orientação de controlo
Definir um plano de cuidados apropriado
•Registe a pontuação de risco geral do indivíduo, acerte e documente
um plano de cuidados e todos os conselhos que lhe der.
•Os indivíduos que se encontram nas categorias de risco alto ou médio
necessitam, normalmente, de outros tipos de intervenção como os
sugeridos na caixa em baixo. Para ficar a conhecer um exemplo das linhas
de orientação de controlo, consulte o fluxograma da ‘MUST’ na página 19.
Tabela 4Pontuação geral da ‘MUST’ e linhas de orientação
de controlo sugeridas
Pontuação da ‘MUST’ (IMC +
perda de peso + consequência
de doença grave)
Risco geral de Ação
malnutrição
2 or mais
Alto
Tratar - a menos que se suspeite
poder prejudicar ou não beneficiar
com o suporte nutricional, por
exemplo, morte iminente.
1
Médio
Observar - ou tratar caso esteja a
aproximar-se do alto risco ou caso se
preveja uma deterioração clínica rápida.
0
Baixo
Cuidados de rotina - a menos que se
preveja uma deterioração clínica rápida
Nos indivíduos obesos, as condições subjacentes graves são geralmente
controladas antes de se tratar a obesidade
8
Rastreio nutricional e planeamento de cuidados com a ‘MUST’
O plano de cuidados
1. Definir metas e objetivos de tratamento.
2. Tratar todas as condições subjacentes.
3. Tratar a malnutrição com alimentos e/ou com suplementos nutricionais orais
(SNO). Os indivíduos que não conseguem cumprir os seus requisitos nutricionais
oralmente podem necessitar de um suporte nutricional artificial, por exemplo,
nutrição entérica ou parentérica. Nenhum destes métodos é exclusivo e pode ser
necessária a combinação de alguns ou todos os métodos. Se os indivíduos sofrem
de excesso de peso ou obesidade, siga as linhas de orientação locais referentes
ao controlo de peso.
4. Monitorizar e rever a intervenção nutricional e o plano de cuidados.
5. R
eavaliar os indivíduos identificados como estando em risco nutricional à medida
que vão passando pelas instituições de cuidados.
Intervenções nutricionais orais
Alimentos e líquidos
Considere o seguinte:
•Providenciar ajuda e aconselhamento no que se refere às opções alimentares,
aos alimentos e às bebidas.
•Assegurar a inclusão de alimentos saborosos, tentadores e com um bom valor
nutricional durante e entre as refeições. É importante assegurar que é fornecida a
gama total de nutrientes (incluindo os macro e micro nutrientes) durante o dia.
•Assegurar a provisão de líquidos adequados
•Oferecer assistência com as compras, a preparação dos alimentos e a
alimentação sempre que seja apropriado.
•Proporcionar um ambiente agradável para a refeição – no hospital, em casa, em
restaurantes ou através de outras organizações.
Suplementos nutricionais orais
Considere o seguinte:
•Utilizar os SNO quando não é possível cumprir os requisitos nutricionais com os
alimentos. Normalmente, é importante uma ingestão diária de 250 a 600 kcal
adicionais. A ingestão de SNO pode ser melhorada variando a textura e os sabores
oferecidos. A utilização dos SNO densos em energia e proteínas deve ser considerada
para os doentes que não consigam consumir o volume de um SNO normal.
•Deverão ser dados orientação e aconselhamento dietéticos quando se
recomendam os SNO.
Suporte nutricional artificial (nutrição entérica e parentérica)
Se for necessário, siga as políticas locais.
Monitorização
Todos os indivíduos identificados como estando em risco de malnutrição devem ser
monitorizados regularmente para assegurar que o seu plano de cuidados continua a ir
ao encontro das suas necessidades.
9
Tomar medidas com a ‘MUST’
3. Tomar medidas para utilização com a ‘MUST’
Medir a altura e o peso
Altura
•Utilize uma régua telescópica (estadiómetro) sempre que possível.
Certifique-se de que está corretamente posicionada contra a parede.
•Peça ao indivíduo que tire os sapatos e que se mantenha direito,
com os pés bem assentes no chão e os calcanhares bem
encostados à régua telescópica ou à parede (caso não utilize uma
régua telescópica).
•Certifique-se de que o indivíduo está a olhar em frente e baixe a peça
da cabeça até tocar suavemente no topo da mesma.
•Leia e anote a altura.
Peso
•Utilize balanças clínicas sempre que possível.17 Certifique-se de que
a balança recebe verificações de precisão frequentes e assegure-se
de que está no zero antes de o indivíduo subir.
•Pese o indivíduo com roupas leves e sem sapatos.
Cálculo do índice de massa corporal (IMC)
O IMC real pode ser calculado utilizando a seguinte equação:
IMC =
Peso (kg)
Altura (m)2
A pontuação do IMC pode ser obtida utilizando o gráfico de IMC
fornecido (consulte as páginas 20-21).
Medições alternativas
Altura
•Se não for possível medir a altura, utilize a altura recentemente
documentada ou indicada pelo indivíduo (se for fiável e realista).
•Se não for possível medir a altura, se o indivíduo não a souber
ou se não conseguir indicá-la, poderão ser utilizadas as medições
alternativas a seguir para calcular a altura.
10
Tomar medidas com a ‘MUST’
(i) Comprimento do antebraço (cúbito)
• P
eça ao indivíduo que dobre um
braço (o esquerdo, se possível),
com a palma da mão virada para
baixo sobre o peito e os dedos a
apontarem para o ombro oposto.
• U
tilizando uma fita métrica, meça o
comprimento em centímetros (cm)
até ao meio centímetro (0,5 cm) mais
próximo entre o ponto do cotovelo
(olecrano) e o ponto médio do osso saliente do pulso (processo estiloide).
• U
tilize a tabela na página 12 para converter o comprimento cubital (cm)
em altura (m).
(ii) Altura do joelho
• Meça a perna esquerda, se possível.
• O
indivíduo deve estar sentado numa cadeira,
descalço, e manter o joelho num ângulo reto.
• S
egure a fita métrica entre o 3º e o 4º dedo
com a leitura zero por baixo dos dedos.
• P
onha a sua mão esticada sobre a coxa do
indivíduo, cerca de 4 cm por trás da parte da
frente do joelho.
• E
stique a fita métrica a direito para baixo
na parte lateral da perna alinhada com a
saliência óssea no tornozelo (maléolo lateral)
até à base do calcanhar. Meça até ao meio
centímetro (0,5 cm) mais próximo.
• A
note o comprimento e utilize a tabela na página 13 para converter a
altura do joelho (cm) em altura (m).
11
Altura
(m)
Altura
(m)
Altura
(m)
12
Altura
(m)
32.0
1.84
1.84
1.69
1.65
25.0
1.65
1.61
Mulheres (<65 anos)
Mulheres (≥65 anos)
Homens (<65 anos)
Homens (≥65 anos)
Comprimento cubital (cm)
Mulheres (<65 anos)
Mulheres (≥65 anos)
1.87
Homens (≥65 anos)
Comprimento cubital (cm)
1.94
Homens (<65 anos)
Tabela 5
1.60
1.63
24.5
1.63
1.67
1.83
1.83
31.5
1.86
1.93
1.58
1.62
24.0
1.62
1.66
1.81
1.81
31.0
1.84
1.91
1.56
1.61
23.5
1.60
1.64
1.79
1.80
30.5
1.82
1.89
1.55
1.59
23.0
1.59
1.62
1.78
1.79
30.0
1.81
1.87
1.53
1.58
22.5
1.57
1.60
1.76
1.77
29.5
1.79
1.85
1.52
1.56
22.0
1.56
1.58
1.75
1.76
29.0
1.78
1.84
1.50
1.55
21.5
1.54
1.57
1.73
1.75
28.5
1.76
1.82
1.48
1.54
21.0
1.52
1.55
1.71
1.73
28.0
1.75
1.80
1.47
1.52
20.5
1.51
1.53
1.70
1.72
27.5
1.73
1.78
1.45
1.51
20.0
1.49
1.51
1.68
1.70
27.0
1.71
1.76
1.44
1.50
19.5
1.48
1.49
1.66
1.69
26.5
1.70
1.75
Calcular a altura a partir do comprimento cubital
1.42
1.48
19.0
1.46
1.48
1.65
1.68
26.0
1.68
1.73
1.40
1.47
18.5
1.45
1.46
1.63
1.66
25.5
1.67
1.71
Tomar medidas com a ‘MUST’
Altura
(m)
Altura
(m)
Altura
(m)
Altura
(m)
Altura
(m)
Altura
(m)
1.72
1.66
1.63
50.0
1.61
1.58
Mulheres (60-90 anos)
Homens (18-59 anos)
Homens (60-90 anos)
Altura do joelho (cm)
Mulheres (18-59 anos)
Mulheres (60-90 anos)
57.0
57.5
1.79
Homens (60-90 anos)
1.75
1.80
Homens (18-59 anos)
Altura do joelho (cm)
1.78
1.86
Mulheres (60-90 anos)
Mulheres (18-59 anos)
1.88 1.875 1.87
1.89
1.57
1.60
49.5
1.62
1.65
1.71
1.86
63.0
1.90
1.90
56.5
1.77
1.78
56.0
1.76
1.77
48.5
1.60
1.63
1.69
48.0
1.59
1.62
1.68
1.56
1.55
1.54
1.59 1.585 1.58
49.0
1.61
1.64
1.70
1.72
55.5
1.74
1.76
1.84 1.835 1.83
1.74 1.735 1.73
1.79
1.85
63.5
1.91
Mulheres (18-59 anos)
64.0
1.92
64.5
65.0
1.93
1.94
1.91
Altura do joelho (cm)
1.92
Homens (60-90 anos)
1.93
1.94
1.53
1.57
47.5
1.58
1.61
1.67
1.71
55.0
1.73
1.75
1.82
1.85
62.5
1.89
1.89
1.52
1.56
47.0
1.57
1.60
1.66
1.70
54.5
1.72
1.74
1.81
1.84
62.0
1.88
1.88
1.51
1.55
46.5
1.56
1.59
1.65
1.69
54.0
1.71
1.73
1.80
1.83
61.5
1.87
1.50
1.54
46.0
1.55
1.58
1.64
1.68
53.5
1.70
1.72
1.79
1.82
61.0
1.86
1.77
1.80
60.0
1.84
1.85
1.76
1.79
59.5
1.83
1.84
1.66
52.5
1.68
1.65
52.0
1.67
1.49
1.53
45.5
1.54
1.57
1.61
1.64
51.5
1.66
1.69
1.75
1.78
59.0
1.82
1.83
1.48
1.52
45.0
1.53
1.47
1.51
44.5
1.52
1.46
1.50
44.0
1.51
1.56 1.555 1.55
1.63 1.625 1.62
1.67
53.0
1.69
1.71 1.705 1.70
1.78
1.81
60.5
1.85
1.87 1.865 1.86
Calcular a altura a partir da altura do joelho
Homens (18-59 anos)
Tabela 6
1.45
1.49
43.5
1.49
1.54
1.60
1.63
51.0
1.65
1.68
1.74
1.77
58.5
1.81
1.82
1.44
1.48
43.0
1.48
1.53
1.59
1.62
50.5
1.64
1.67
1.73
1.76
58.0
1.80
1.81
Tomar medidas com a ‘MUST’
13
Tomar medidas com a ‘MUST’
(iii) Envergadura
• Idealmente o indivíduo deve estar de pé pois isso tornará mais fácil a medição.
• Localize e marque o ponto médio do nó esternal (o “V” na base do pescoço).
• Peça ao indivíduo que levante o braço direito até estar na horizontal
relativamente ao ombro (dê assistência, se necessário, certificando-se, ao
mesmo tempo, que o pulso está direito).
• Coloque uma fita métrica entre o dedo médio e o anelar da mão direita do
indivíduo, posicionando o ponto zero da fita na base dos dedos.
• Estique a fita métrica a todo o comprimento do braço até ao ponto médio no nó
esternal e tome nota da medição até ao meio centímetro (0,5 cm) mais próximo.
Utilize a tabela na página 15 para converter o comprimento da envergadura (cm)
em altura (m).
Notas:
• A envergadura não deve ser utilizada em indivíduos com curvatura grave
ou óbvia da coluna (cifose ou escoliose).
• Nos indivíduos acamados, os que sofrem de incapacidades graves e os
que têm cifose ou escoliose, é preferível utilizar o comprimento cubital
para calcular a altura.
Peso
Se o indivíduo não puder ser pesado, utilize o peso que tenha sido
recentemente documentado nas notas da instituição referentes ao indivíduo
ou utilize o peso indicado pelo doente (se for fiável e realista).
Perda de peso recente
• Se não for possível realizar a medições de peso, poderá ser útil consultar um
histórico de perda de peso. Utilize as medições padrão documentadas nas
notas da instituição referentes ao indivíduo ou o valor da perda de peso indicada
pelo doente (se for fiável e realista). Se não for possível obter nenhuma destas
medições, terá de utilizar os critérios subjetivos (consulte a página 7) para obter
uma impressão clínica da categoria de risco nutricional geral de um indivíduo.
14
Altura
(m)
Altura
(m)
Altura
(m)
Altura
(m)
15
1.75
1.69
Homens (16-54 anos)
Homens (≥55 anos)
1.69
1.65
Mulheres (16-54 anos)
Mulheres (≥55 anos)
82
1.86
Envergadura (cm)
1.91
99
Envergadura (cm)
Mulheres (≥55 anos)
1.90
Homens (≥55 anos)
Mulheres (16-54 anos)
1.97
Homens (16-54 anos)
1.64
1.67
81
1.68
1.73
1.85
1.89
98
1.89
1.95
1.63
1.66
80
1.67
1.72
1.83
1.88
97
1.87
1.94
Tabela 7
1.62
1.65
79
1.66
1.71
1.82
1.87
96
1.86
1.93
1.61
1.63
78
1.65
1.69
1.81
1.85
95
1.85
1.92
1.59
1.62
77
1.64
1.68
1.80
1.84
94
1.84
1.90
1.58
1.61
76
1.62
1.67
1.79
1.83
93
1.83
1.89
1.57
1.59
75
1.61
1.65
1.77
1.82
92
1.81
1.88
1.56
1.58
74
1.60
1.64
1.76
1.80
91
1.80
1.86
1.55
1.57
73
1.59
1.63
1.75
1.79
90
1.79
1.85
1.54
1.56
72
1.57
1.62
1.74
1.78
89
1.78
1.84
1.52
1.54
71
1.56
1.60
1.73
1.76
88
1.77
1.82
Calcular a altura utilizando a envergadura
1.51
1.53
70
1.55
1.59
1.71
1.75
87
1.75
1.81
1.50
1.52
69
1.54
1.58
1.70
1.74
86
1.74
1.80
1.49
1.50
68
1.53
1.56
1.69
1.72
85
1.73
1.78
1.47
1.49
67
1.51
1.55
1.68
1.71
84
1.72
1.77
1.46
1.48
66
1.50
1.54
1.67
1.70
83
1.71
1.76
Tomar medidas com a ‘MUST’
Calcular a categoria do índice de massa corporal (IMC)
Se não for possível medir nem obter a altura e o peso, pode calcular-se um
intervalo provável do IMC utilizando a circunferência da linha média do braço
(CLMB) que pode ser utilizada para suportar uma impressão geral da categoria
de risco do indivíduo utilizando os critérios subjetivos (consulte a página 7).
Tenha em conta que a utilização da CLMB não foi
Fig.1
concebida para gerar uma pontuação
Medir a circunferência da linha média do braço (CLMB)
Consulte a Fig.1
• O indivíduo deve estar em pé ou sentado.
• Utilize o braço esquerdo, se possível, e peça ao
indivíduo para se despir para que o braço fique nu.
• Localize o topo do ombro (acrómio) e o ponto do
cotovelo (processo de olecrano).
• Meça a distância entre os dois pontos, identifique o
ponto médio e marque-o no braço.
Consulte a Fig.2
• Peça ao indivíduo para deixar o braço pendurado solto
e, com uma fita métrica, meça a circunferência do
braço no ponto médio. Não aperte demasiado a fita
métrica – deve ficar apenas ajustada confortavelmente
em volta do braço.
Fig.2
Se a CLMB for inferior a 23,5 cm, é provável que o IMC seja
inferior a 20 kg/m2 sendo que, provavelmente, o indivíduo tem
baixo peso.
Se a CLMB for superior a 32,0 cm, é provável que o IMC seja superior
a 30 kg/m2 sendo que, provavelmente, o indivíduo é obeso.
Alterações de peso ao longo do tempo
• A CLMB também pode ser utilizada para calcular a alteração de peso
ao longo de um período de tempo e pode ser útil para os indivíduos
que se encontram nos cuidados continuados.
• A CLMB tem de ser medida repetidamente ao longo de um período de
tempo, de preferência fazendo-se duas medições em cada ocasião e
utilizando a média dos dois valores.
Se a CLMB se alterar em, pelo menos, 10% é então provável que o
peso e o IMC se tenham alterado em aproximadamente 10% ou mais.
Sem outras evidências não é possível atribuir valores absolutos às
medições da CLMB ou às alterações percentuais.
16
Notas, gráficos e tabelas
4. Notas, gráficos e tabelas
Notas
1. Os valores do IMC no gráfico de IMC fornecido com a ‘MUST’ foram
arredondados para o número inteiro mais próximo. A área sombreada a
amarelo representa os valores do IMC de 18,5 a 20,0 kg/m2. Portanto, os
valores de 20 que estão acima desta área sombreada representam valores
superiores a 20 e inferiores a 20,5 kg/m2. Os valores de 18 que estão abaixo
desta área representam valores inferiores a 18,5 e acima de 17,5 kg/m2.
2. Deve ter-se muita atenção quando se interpreta o IMC ou a percentagem da
perda de peso do doente, caso esteja presente algum dos seguintes pontos:
Retenção de líquidos: (i) IMC Mais significativo se o doente estiver dentro dos valores de
baixo peso com edema; subtrair ~2kg quando o edema é praticamente indetetável
(edema grave é >10 kg; consulte o Relatório ‘MUST’); pode utilizar a CLMB nos casos de
ascite ou edema nas pernas ou no tronco, mas nunca nos braços; voltar a medir o peso
depois de corrigir a desidratação ou a super-hidratação; inspecionar o indivíduo para
classificá-lo como magro, peso aceitável ou com excesso de peso/obeso. (ii) Alteração
de peso Quando existem grandes alterações de líquidos e flutuações de líquidos, um
historial de mudanças de apetite e presença de condições que, provavelmente, levam à
alteração de peso, são fatores que podem ser utilizados como parte de uma avaliação
subjetiva geral do risco de malnutrição (categorias de risco baixo ou médio/alto).
Gravidez: (i) IMC pré-gravidez Medida no início da gravidez; peso e altura
documentados ou indicados pela paciente (ou calculados utilizando as medições
no início da gravidez); CLMB em qualquer altura durante a gravidez. (ii)
Alteração de peso Um aumento de peso de <1 kg (<0,5 kg nas pacientes
obesas) ou de >3 kg por mês durante o 2º e o 3º trimestre requer, geralmente,
nova avaliação mais profunda. Consulte o Relatório ‘MUST’ para obter
informações mais detalhadas.
Aleitamento: (i) IMC IMC medido. (ii) Alteração de peso Tal como para o
edema (acima).
Doença grave: Consequência de doença grave (e sem ingestão alimentar
durante >5 dias). Geralmente, isto aplica-se à maioria dos doentes que se
encontram nos cuidados intensivos ou em unidades de elevada dependência.
Próteses: IMC As próteses sintéticas e outras para o peso no membro superior
<1 kg; parte inferior da pena e costas 0,9 a 4,5 kg dependendo do material e
do local. Consulte o Relatório ‘MUST’ para obter informações mais detalhadas.
Amputações: IMC Os ajustes do peso corporal podem ser feitos a partir do
conhecimento dos segmentos do membro em falta: Membro superior 4,9%
(parte superior do braço 2,7%; antebraço, 1,6%; mão, 0,6%); membro inferior
15,6% (anca 9,7%; parte inferior da perna 4,5%; pé 1,4%).
17
Notas, gráficos e tabelas
Os cálculos para se obter os pesos antes da amputação são dados em baixo:
Tabela 8Cálculos para obter os pesos antes da amputação
Amputação
Cálculo
Abaixo do joelho
Peso atual (kg) x 1.063
Perna inteira
Peso atual (kg) x 1.18
Antebraço
Peso atual (kg) x 1.022
Braço inteiro
Peso atual (kg) x 1.05
3. P
ara os doentes identificados como obesos ou como tendo excesso de
peso e que estão, realmente, doentes, a necessidade de tratar a perda
de peso deve ser adiada até o indivíduo se encontrar numa condição
clínica mais estável.
18
Notas, gráficos e tabelas
Passo 1 +
Pontuação do IMC
IMC kg/m 2
>20 (>30
Obesidade)
18.5 - 20
<18.5
Pontuação
=0
=1
=2
Se não for possível obter a altura e o
peso, consulte a parte de trás para saber
como obter medições alternativas e
como utilizar os critérios subjetivos
Passo 2 + Passo 3
Pontuação da consequência
Pontuação da perda
de peso
de doença grave
Perda de peso
involuntária nos últimos
3 a 6 meses
%
Pontuação
<5
=0
5-10
=1
>10
=2
Se o indivíduo está
gravemente doente e reduziu
drasticamente a ingestão
nutricional ou se se prevê
não conseguir alimentar-se
durante >5 dias
Pontuação 2
Passo 4
Risco geral de malnutrição
É improvável que a consequência
de doença grave seja aplicada fora
do hospital. Consulte o Folheto
Explicativo da ‘MUST’ para obter
mais informações
Somar todas as pontuações para calcular o risco geral de malnutrição
Pontuação 0 baixo risco Pontuação 1 risco médio Pontuação 2 ou superior, alto risco
Passo 5
Linhas de orientação de controlo
0
Baixo Risco
Cuidados de saúde
de rotina
Repetir o rastreio
Hospital – semanalmente
Instituições de cuidados –
mensalmente
Comunidade – anualmente
para grupos especiais
por exemplo os indivíduos
>75 anos
1
Risco Médio
2 ou mais
Alto Risco
Registar a ingestão nutricional
durante 3 dias
Se for adequada – preocupação
ligeira e repetir o rastreio
Hospital – semanalmente
Instituição de cuidados –
pelo menos mensalmente
Comunidade – pelo menos
de 2 a 3 meses
Se for inadequada – preocupação
clínica – seguir as políticas locais,
definir objetivos, melhorar e
aumentar a ingestão nutricional
geral, monitorizar e rever o plano
de cuidados regularmente
Remeter ao nutricionista, à
equipa de suporte nutricional ou
implementar a política local
Observar
Todas as categorias de risco:
Tratar as condições subjacentes e prestar ajuda e
aconselhamento nas opções alimentares, nos alimentos e nas
bebidas quando necessário.
Registar a categoria de risco da malnutrição.
Registar a necessidade de dietas especiais e seguir a política local.
Tratar*
Definir objetivos, melhorar e
aumentar a ingestão nutricional geral
Monitorizar e rever o plano de
cuidados Hospital – semanalmente
Instituição de cuidados –
mensalmente Comunidade –
mensalmente
* A menos que se suspeite poder
prejudicar ou não beneficiar com o
suporte nutricional, por exemplo,
morte iminente.
Obesidade:
Registar a presença de obesidade. Para os doentes
com condições subjacentes, estas são geralmente
controladas antes do tratamento da obesidade.
Reavaliar os indivíduos identificados como estando em risco à medida que vão passando pelas instituições de cuidados
Consulte o Folheto Explicativo da ‘MUST’ para obter informações mais detalhadas e o Relatório ‘MUST’ para obter informações sobre as provas corroborantes.
19
100
99
98
97
96
95
94
93
92
91
90
89
88
87
86
85
84
83
82
81
80
79
78
77
76
75
74
73
72
71
70
47
46
46
46
45
45
44
44
43
43
42
42
41
41
40
40
39
39
38
38
38
37
37
36
36
35
35
34
34
33
33
20
44
44
44
43
43
42
42
41
41
40
40
40
39
39
38
38
37
37
36
36
36
35
35
34
34
33
33
32
32
32
31
43
43
42
42
42
41
41
40
40
39
39
39
38
38
37
37
36
36
35
35
35
34
34
33
33
32
32
32
31
31
30
42
42
41
41
40
40
40
39
39
38
38
38
37
37
36
36
35
35
35
34
34
33
33
32
32
32
31
31
30
30
30
41
41
40
40
39
39
39
38
38
37
37
37
36
36
35
35
35
34
34
33
33
32
32
32
31
31
30
30
30
29
29
40
40
39
39
38
38
38
37
37
36
36
36
35
35
34
34
34
33
33
32
32
32
31
31
30
30
30
29
29
28
28
39
39
38
38
38
37
37
36
36
36
35
35
34
34
34
33
33
32
32
32
31
31
30
30
30
29
29
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41
41
40
40
39
39
38
38
37
37
37
36
36
35
35
34
34
33
33
32
32
38
38
37
37
37
36
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Passo 1 – Pontuação do IMC (e o IMC)
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Notas, gráficos e tabelas
s)
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15
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1.76
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11
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10
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10
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12
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10
10
10
10
1.88
19
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19
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17
17
17
16
16
16
16
15
15
15
14
14
14
14
13
13
13
12
12
12
12
11
11
11
11
10
10
10
9
1.90
Notas, gráficos e tabelas
Peso (quil
Notas, gráficos e tabelas
Passo 2 – Pontuação da perda de peso
Pontuação 0 Pontuação 1 Pontuação 2
Prd peso
< 5%
Prd peso
5 - 10%
Pontuação 0 Pontuação 1 Pontuação 2
Prd peso
> 10%
Prd peso
< 5%
Peso atual
Perda de peso nos últimos
3 a 6 meses
Prd peso
5 - 10%
Prd peso
> 10%
Perda de peso nos últimos
3 a 6 meses
kg
Inferior a
(kg)
Entre
(kg)
Mais de
(kg)
kg
Inferior a
(kg)
Entre
(kg)
Mais de
(kg)
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32
33
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37
38
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40
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42
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45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
1.6
1.6
1.7
1.7
1.8
1.8
1.9
1.9
2.0
2.1
2.1
2.2
2.2
2.3
2.3
2.4
2.4
2.5
2.5
2.6
2.6
2.7
2.7
2.8
2.8
2.9
2.9
3.0
3.1
3.1
3.2
3.2
3.3
3.3
3.4
1.6 - 3.3
1.6 - 3.4
1.7 - 3.6
1.7 - 3.7
1.8 - 3.8
1.8 - 3.9
1.9 - 4.0
1.9 - 4.1
2.0 - 4.2
2.1 - 4.3
2.1 - 4.4
2.2 - 4.6
2.2 - 4.7
2.3 - 4.8
2.3 - 4.9
2.4 - 5.0
2.4 - 5.1
2.5 - 5.2
2.5 - 5.3
2.6 - 5.4
2.6 - 5.6
2.7 - 5.7
2.7 - 5.8
2.8 - 5.9
2.8 - 6.0
2.9 - 6.1
2.9 - 6.2
3.0 - 6.3
3.1 - 6.4
3.1 - 6.6
3.2 - 6.7
3.2 - 6.8
3.3 - 6.9
3.3 - 7.0
3.4 - 7.1
3.3
3.4
3.6
3.7
3.8
3.9
4.0
4.1
4.2
4.3
4.4
4.6
4.7
4.8
4.9
5.0
5.1
5.2
5.3
5.4
5.6
5.7
5.8
5.9
6.0
6.1
6.2
6.3
6.4
6.6
6.7
6.8
6.9
7.0
7.1
65
66
67
68
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70
71
72
73
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75
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78
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5.1
5.2
5.2
3.4 - 7.2
3.5 - 7.3
3.5 - 7.4
3.6 - 7.6
3.6 - 7.7
3.7 - 7.8
3.7 - 7.9
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3.9 - 8.3
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4.2 - 8.7
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22
Notas, gráficos e tabelas
Pontuação 0 Pontuação 1 Pontuação 2
Prd peso
< 5%
Prd peso
5 - 10%
Pontuação 0 Pontuação 1 Pontuação 2
Prd peso
> 10%
Prd peso
< 5%
Prd peso
> 10%
Perda de peso nos últimos
3 a 6 meses
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5.3
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6.8
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5.3 - 11.1
5.3 - 11.2
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5.5 - 11.6
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5.6 - 11.8
5.6 - 11.9
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5.8 - 12.3
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6.2 - 13.1
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6.3 - 13.3
6.4 - 13.4
6.4 - 13.6
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6.6 - 13.9
6.6 - 14.0
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6.7 - 14.2
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6.8 - 14.4
6.9 - 14.6
6.9 - 14.7
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7.1 - 14.9
11.1
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11.3
11.4
11.6
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12.3
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7.1 - 15.0
7.2 - 15.1
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8.2 - 17.3
8.3 - 17.6
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© BAPEN
Peso atual
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3 a 6 meses
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5 - 10%
23
Referências
5. Referências
1.Elia M, Screening for malnutrition: a multidisciplinary responsibility. Development and use
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24
© BAPEN 2012
ISBN 978-1-899467-07-6

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