proposta de projeto de centro de educação infantil a partir do
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proposta de projeto de centro de educação infantil a partir do
PROPOSTA DE PROJETO PARA CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL A PARTIR DO PROGRAMA DE NECESSIDADES UTILIZADO PELO FNDE (FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO) RESUMO: A partir da década de 1960 inicia-se a inserção da mulher no mercado de trabalho. Desde então, este assunto é alvo de diversas discussões, dentre elas a necessidade de um local para abrigar seus filhos durante a jornada de trabalho. A realidade fez com que fossem criados equipamentos que garantissem e influenciassem na formação dos filhos. Contudo, criou-se a primeira instituição que auxilia neste processo: a creche. Este ambiente surge com intuito de contribuir com a interação, socialização, além de auxiliar na moldagem do caráter das crianças perante a sociedade. Partindo deste pressuposto, o planejamento desta instituição vai além de conhecimento teórico e construtivo. É importante que haja uma maior penetração na psicologia para que se entenda como a arquitetura pode influenciar e favorecer todo o processo de inclusão até o inicio do ensinoaprendizagem da criança. Esta pesquisa apresenta um projeto de uma creche municipal de educação infantil, seguindo as devidas diretrizes projetuais do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), de modo que atenda todas as necessidades dos usuários e sua comunidade, e os fatores pertinentes à região, garantindo um local onde as crianças possam libertar a imaginação e serem estimuladas através dela. O projeto proposto para creche tem como objetivo instigar o aprendizado e proporcionar às crianças a experiência de viver interagindo, por meio da arquitetura escolar, visto que esta possui importância fundamental na pedagogia construtiva infantil. Palavras chave: creche, arquitetura escolar, educação infantil. 1. INTRODUÇÃO Devido à transformação histórica que se deu em todo o mundo nos anos 70 e 80 com os movimentos operário e feminista, o conceito de organização familiar mudou radicalmente nas ultimas décadas. A sociedade que incorporava a família tradicional onde havia apenas uma fonte de renda deu espaço para a inserção da mulher no mercado de trabalho. Padrões foram rompidos e, hoje, famílias são formadas com diversas configurações. Foi neste período que se intensificaram as lutas pela democratização da educação pública que levou a aprovação do reconhecimento da educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e um dever do Estado. De acordo com a Constituição Federal de 1988: “tanto é direito subjetivo das crianças com idade entre zero e cinco anos (art.208, IV), como é direito dos(as) trabalhadores(as) urbanos(as) e rurais em relação a seus filhos e dependentes (art.7°, XXV).” De acordo com Bento et al (2012) essas mudanças no cenário familiar e social ocasionaram na transformação positiva nas práticas educacionais entre as crianças de 0 a 6 anos. A ausência da mulher dedicada ao lar em tempo integral criou a necessidade de espaços coletivos que unam o ensino, o desenvolvimento, o bem estar e a diversão das crianças em determinado período do dia onde elas são cuidadas por profissionais especializados que buscam suprir a todas as necessidades do público infantil. As creches surgiram neste contexto para atender aos pais que não dispõem de tempo para trabalhar e cuidar de seus filhos no período que se traduz como definitivo nas questões educacionais e cognitivas destes pequenos seres humanos. Atualmente, ela é baseada em teorias de áreas interdisciplinares como a psicologia, psiquiatria e pedagogia, entre outras. Este artigo apresenta a proposta de uma creche municipal que busca atender as necessidades das crianças e seus familiares a partir da criação de um ambiente saudável onde elas possam adquirir novos conhecimentos e vivenciar experiências que serão imprescindíveis para sua formação moral. O projeto foi desenvolvido de acordo com o Manual Técnico de Arquitetura e Engenharia do FNDE que apresenta modelos de instituições padronizadas que buscam integrar toda a comunidade educacional e criar um ambiente saudável de aprendizado para as crianças. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é uma entidade administrativa vinculada ao Ministério da Educação que visa a garantia e manutenção da educação básica no Brasil. Foi criada em 1969 e é de sua competência a execução de políticas educacionais. Para garantir a aquisição de equipamentos de qualidade e seguros para as crianças e funcionários das instituições de ensinos públicas, o governo federal criou o Proinfância (Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil). Este programa faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e promove assistência financeira para a construção de creches e pré-escolas para que as crianças tenham acesso à educação desde os primeiros anos de vida. O Proinfância promove o atendimento das crianças de zero a seis anos dividindo-as em níveis de acordo com sua idade. Cada idade possui suas particularidades e cada criança responde de uma maneira ao meio em que está inserida. Contudo, por meio deste artigo, busca-se demonstrar o importante papel da arquitetura no processo pedagógico, ressaltando que a mesma contribui grandemente para uma aprendizagem eficiente, além de auxiliar os professores e contribuir na formação das crianças. 2. METODOLOGIA A proposta de elaboração do projeto do centro de educação infantil municipal (creche e pré-escola) foi feita a nível acadêmico e teve seu desenvolvimento acompanhado por uma profissional graduada de Arquitetura e Urbanismo. Para a elaboração do mesmo foi necessário o estudo detalhado deste tipo de instituição, de seus usuários, colaboradores e profissionais atuantes. Visitas in loco foram realizadas e revelaram situações cotidianas pertinentes que só podem sem levadas em consideração quando observadas pessoalmente. Posteriormente, foram divulgados os dados contendo a localização onde o projeto seria implantado, a metragem quadrada do terreno, o programa de necessidades e a quantidade de crianças usuárias daquela instituição. Foi determinado ainda que a criação tivesse conceito e partido arquitetônico que se expressariam na essência lúdica da creche. A partir daí, foram avaliados pontos determinantes como a identidade do local, análise de vizinhança e do entorno, o clima, acessibilidade, tecnologia a ser utilizada e necessidade dos usuários. Para a formação do conceito foi realizado um estudo baseado nas necessidades infantis durante seu período de permanência na instituição. Artigos com diversas temáticas foram debatidos e conclusões foram obtidas através da interseção das informações. Ficando evidente a necessidade de um espaço viável e atrativo não só para as crianças como também para seus familiares e para os profissionais atuantes. De acordo com o FNDE, a unidade educacional infantil deve buscar cumprir os seguintes requisitos: Fonte: Manual Técnico de Arquitetura e Engenharia; Orientação para Elaboração de Projetos de Construção de Centros de Educação Infantil - FNDE. Portanto, para realização deste estudo foram realizadas diversas pesquisas tanto teóricas quanto práticas, de modo que se abrangesse a verdadeira vivência em uma instituição infantil. Em fim das etapas, foi possível que se analisasse como a concepção do projeto arquitetônico pode impactar a formação e a vida das crianças, a partir de um ambiente agradável e bem planejado. 3. DIAGNÓSTICO E ASPECTOS PROJETUAIS 3.1 Análise do terreno O terreno destinado à implantação da creche situa-se no Bairro Martins em Uberlândia-MG, no cruzamento entre as Ruas Carmo Giffoni e Estrela do Sul. Com metragem de 91,00m x 68,00m, possui área total de aproximadamente 6.188,00 m² (Figura 1), e está disposto próximo ao Terminal Rodoviário Castelo Branco, ponto essencial para a entrada e saída de pessoas no Município. N Figura 1: Mapa Planialtimétrico de Uberlândia – MG. Destaque em azul para a localização do terreno da creche municipal. Fonte: Prefeitura de Uberlândia, adaptado por autoras, 2014. A topografia natural do terreno é considerada sutil quando levado em conta as suas dimensões (91x68m). A variação topográfica no terreno causa um desnível de aproximadamente sete metros de diferença entre a sua parte mais alta e sua parte mais baixa. A melhor maneira encontrada para tratar desta topografia levemente acidentada foi a divisão da creche em construções isoladas de blocos pedagógicos separados de acordo com sua função. Utilizando-se de serviços de terraplanagem, corte e aterro, foi possível a criação de platôs nivelados com cotas específicas que auxiliaram na execução do projeto e solucionaram a questão topográfica a partir de seu partido arquitetônico. 3.2 Conceito O projeto de arquitetura não é um processo linear, em que uma tarefa específica conduz a uma única solução. É um processo em que todos os aspectos relevantes são submetidos a um rigoroso juízo crítico. (LEUPEN, 2004). Em seguida, (LEUPEN,2004) define o conceito como uma expressão de ideias subjacentes ao desenho que orienta nas decisões de projeto em uma determinada direção, organizando e excluindo variantes. Sendo assim, o conceito sempre está inserido e um plano abstrato, onde se podem admitir diferentes soluções espaciais e formas cabíveis, que podem ser testadas quanto às suas qualidades construtivas e formais, sem deixar de enfatizar o quesito funcional para que a partir disso se defina o partido arquitetônico, além disto, ressalta-se que a concepção do projeto deve atender de modo geral todas as condicionantes e qualidades locais. Partindo desta ideia, o conceito da creche municipal foi baseado no quebra-cabeça. Jogo formado por diversas peças que se unem formando um só resultante serviu de inspiração para a configuração volumétrica e funcional da edificação. Por ser um brinquedo didático, divertido, versátil e lúdico o quebra-cabeça é um conceito ideal para a creche que deve ter fundamentos arquitetônicos e funcionais relacionados às suas características. O jogo foi inventado por um cartógrafo inglês de nome John Spilsbury. Ele criou um mapa sobre madeira e cortou os países em suas fronteiras. O resultado disso foi um brinquedo didático que tinha o objetivo de ajudar as crianças a aprender mais sobre geografia. Contudo, o sucesso foi tão grande que os quebra-cabeças acabaram se tornando um dos principais brinquedos didáticos, e não demorou muito para se popularizar como um jogo interessante para todas as idades. No partido arquitetônico o conceito se projeta na organização da instituição em blocos separados que, figurativamente se unem uns aos outros formando um encaixe (Figura 2). Além de serem divididos de acordo com sua função, os blocos se distribuem por todo o terreno fazendo com que o mesmo seja melhor aproveitado. No pátio central há a utilização de pórticos que representam as peças do quebra-cabeças que atuam como elementos decorativos e cercam a área recreativa. Figura 2: divisão em blocos da creche Figura 3: a inspiração - peças de quebra- Fonte: Própria autora cabeça Fonte:www.brfreepik.com 3.3 Distribuição dos espaços A organização do espaço é imprescindível para o bom funcionamento da creche. A localização de cada ambiente deve ser pensada de maneira a facilitar os acessos e promover segurança aos usuários da instituição. O Manual Técnico de Arquitetura e Engenharia do FNDE propõe a utilização de um programa de necessidades de organizações espaciais que reúnam em cada unidade as atividades relacionadas entre si que mais se assemelham. Cada instituição deve se adequar a esta recomendação de acordo com sua estrutura física para que haja melhor interligação entre as tarefas executadas (Quadro 1). Ambientes Socio-Pedagógicos Ambientes Administrativos Ambientes de Serviços Sala de repouso Recepção Cozinha Sala de atividades Secretaria Despensa Sala multiuso Almoxarifado Lavanderia Fraldário Sala dos professores DML Lactário Sala de direção e coordenação Depósito de lixo Solário Pátio coberto Área de recreação descoberta Refeitórios Banheiro Área externa Quadro 1: programa de necessidades para organização espacial Fonte: FNDE A proposta determina que a instituição deverá ter capacidade para 60 crianças em período integral divididas de acordo com a faixa etária e distribuídas conforme apresentado no quadro 2. Creche I Creche II Creche III Pré-escola 0 – 1 ano 1 – 2 anos 2 – 4 anos 4 – 6 anos 10 crianças 10 crianças 20 crianças 20 crianças Quadro 2: capacidade da creche Fonte: Próprias autoras 3.3.1 Caracterização dos espaços É preciso deixar o espaço suficientemente pensado para estimular a curiosidade e a imaginação da criança, mas incompleto o bastante para que ela se aproprie e transforme esse espaço através da sua ação – Mayumi Souza Lima (1989). A infraestrutura escolar deve possibilitar conforto e segurança, sendo fundamental o estudo da inter-relação pessoa/ambiente para que o local projetado supra as necessidades de quem o ocupa, no caso alunos, professores e funcionários. Locais totalmente projetados para crianças podem influenciar de maneira positiva seu aprendizado, precisam ser pensados de maneira prática, funcional e segura gerando uma relação harmoniosa entre as pessoas e os ambientes físicos. Para um âmbito ergonômico é necessário a compreensão da relação do homem com as ferramentas para que os desenvolvimentos de tarefas sejam de melhor desempenho. A setorização dos ambientes foi dada em função das atividades e interação entre alunos garantindo às crianças diversão, incentivo a participação de atividades nos espaços coletivos e garantir proteção na área externa. O acesso principal à instituição é feita pelo ambiente administrativo. Todos aqueles que entram na creche devem passar por um corredor que contém grandes painéis de vidro que permite os funcionários terem contato visual com quem entra e sai do local. No centro localiza-se o pátio descoberto que permite a circulação para todos os outros blocos. Acesso Figura 4: Fluxograma indicando os acessos entre os blocos Fonte: Próprias autoras 4. O PROJETO Fonte A divisão da estrutura física em seis blocos distintos foi feita por dois motivos principais. Primeiramente, para solucionar as condições topográficas, onde foram utilizados platôs com corte e aterro de no máximo 80 centímetros por unidade e posteriormente para a melhor ocupação do terreno de quase 6.200 m². Figura 5: Setorização da creche Fonte: Próprias autoras LEGENDA: Camarim Fonte Os telhados dos blocos são de telha metálica em platibandas e cada edificação possui marquises que protegem das intempéries climáticas. Na área externa, os caminhos são protegidos por pergolados de madeira com fechamento de policarbonato. Figura 6: Perspectiva externa Fonte: Próprias autoras As salas de atividades foram projetadas com áreas entre 55 a 80 m² atendendo a cada idade separadamente e são conjugadas com a área de repouso (13 a 20 m²). Em seu fechamento há um grande painel de vidro que permite que as professoras enxerguem as duas áreas, dando mais segurança às crianças. O berçário (0 a 1 ano) e a sala de atividades das crianças de 1 a 2 anos têm acesso ao fraldário e lactário e possuem solários que permitem que elas tomem banho de sol pela manhã. Figura 7: Fraldário Fonte: Próprias autoras Figura 8: Sala de atividades do berçário Fonte: Próprias autoras Figura 9: Área de repouso do berçário Fonte: Próprias autoras Os acessos foram definidos de acordo com suas respectivas funções. A entrada principal deverá ser usada para funcionários, alunos e pais ou responsáveis. As demais entradas são destinadas para a carga e descarga de mercadorias, bem como para a retirada de lixo, e para o estacionamento. O estacionamento é composto por oito vagas regulares e duas destinadas a deficientes físicos. As paredes voltadas para o interior da creche são fechadas por cobogós que permitem ver a instituição. A escolha de não utilizar passagem direta do estacionamento para o interior da creche foi feita porque acredita-se que a quantidade de acessos deve ser limitada para a promoção da segurança daqueles que utilizam a escola. Nos ambientes sócio-pedagógicos os sistemas construtivos foram feitos com base nas recomendações do FNDE. Foram utilizados pisos não escorregadios e de fácil limpeza para que as crianças não derrapem ou se machuquem. As janelas propostas terão até três metros de comprimento com proteção de vidro na parte mais baixa. Esse sistema permite boa iluminação, ventilação apropriada e visibilidade para o ambiente externo sem proporcionar perigo às crianças. Figura 10: Sala de atividades Fonte: Próprias autoras No pátio central foi implantada uma fonte interativa cuja função é promover maior conforto térmico nos dias de calor, sendo uma atividade diferencial durante o momento de recreação. A disposição dos espaços deve ser pensada de maneira funcional de modo que promova segurança, interação e conforto aos usuários. A arquitetura escolar proposta se baseia na pedagogia construtiva infantil e tem como objetivo influenciar na aprendizagem das crianças e como elas se interagem a partir do planejamento de um local onde elas possam libertar a imaginação e serem estimuladas através dela. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A inserção da mulher no mercado de trabalho houve a necessidade da criação de um local seguro para a permanência de seus filhos durante a jornada de trabalho. Por isso, foi declarado na Constituição Federal de 1988 que seria dever do Estado oferecer creches e pré-escolas a crianças de zero a seis anos de idade. Devido a este fator surge a necessidade da criação de um espaço organizado e apropriado para que as crianças permaneçam e realizem suas atividades com excelência. O projeto de creche apresentado neste trabalho busca a criação de um espaço lúdico-pedagógico a partir dos padrões definidos pelo FNDE. O ambiente projetado para atividades infantis tem intuito de estimular a imaginação, convivência e interação, quebrando barreiras de princípios sobre aprendizagem. A utilização do conceito de “quebra cabeça” mostra que além dos métodos comuns de ensino, é preciso estimular a imaginação de diferentes formas, pois mesmo com pequena idade as experiências vividas fazem diferença no crescimento intelectual, moral e social das crianças. Afirma-se, portanto, que creches e pré-escolas cumprem um papel fundamental para a sociedade, sendo instrumentos urbanos imprescindíveis que desenvolvem a relação da criança com o espaço em que se insere auxiliando no processo de aprendizagem. REFERÊNCIAS BENTO, Maria Aparecida Silva; ABRAMOWICZ, Anete; PAULA, Carolina de; DUARTE, Teles; TRINIDAD, Cristina Teodoro; OYAYOMI, Débora; ARAÚJO, Cristina de; OLIVEIRA, Fabiana de; ROSEMBERG, Fúlvia; JÚNIOR, Hédio Silva; DIAS, Lucimar Rosa; SILVEIRA, Marly; SILVA, Paulo Vinicius Baptista da; CARVALHO, Silvia Pereira de. Educação infantil, igualdade racial e diversidade: aspectos políticos, jurídicos, conceituais. São Paulo: Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades - CEERT, 2012. CONSELHO ESTADUAL DA MULHER. Como montar uma creche ou centro infantil, Belo Horizonte 1990 FNDE. Manual Técnico de Arquitetura e Engenharia; Orientação para Elaboração de Projetos de Construção de Centros de Educação Infantil LEUPEN, Bernard, et al. Proyecto y análisis: evolucion de los principios em arquitectura. Barcelona: Editora Gustavo Gilli, 2004 LIMA, M. W. S. A cidade e a criança. São Paulo: Nobel, 1989 SILVA, Denise Gomes; Sans Guerra. Reflexões sobre o diálogo entre espaços físicos e o cotidiano na educação infantil