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35º FAZER A FESTA – Festival Internacional de Teatro 22 Abril a 1 Maio | Porto e Maia Teatro - Dança - Música - Exposições - Encontros - Tertúlias 1. O Teatro Art’Imagem, realiza este ano a sua 35º edição do FAZER A FESTA – Festival Internacional de Teatro, um festival que se organiza desde 1982, por onde já passaram as mais representativas companhias nacionais e galegas, várias companhias brasileiras e muitas outras de países europeus. Decorrerá de 22 de Abril a 1 de Maio nos Jardins da Casa das Artes e Salão Nobre da Junta de Freguesia do Bonfim na cidade do Porto e na Quinta da Caverneira, em Águas Santas, Maia. Dez dias seguidos de teatro, dança, música, exposições, encontros e tertúlias, com espectáculos para adultos, infância e juventude, públicos familiares e escolares. Teatro de câmara e de rua, performances, novo circo e clowns, leituras de peças e contos. Participam 8 companhias de teatro, 5 nacionais e 3 estrangeiras, provenientes da Galiza-Espanha, Brasil e Cabo Verde, num total de 17 representações. Uma boa parte dos espectáculos da programação do Festival é da responsabilidade do Teatro Art´Imagem, forma encontrada para minorar a falta de apoios, com espectáculos próprios e outros em co-produção com os músicos Bruno Boaro, brasileiro e Bilan, de Cabo Verde. Estarão também presentes, como em anos anteriores, uma companhia brasileira, HARÉM TEATRO, de Teresina, no Piauí, e outra galega XERPO TEATRO, de Porrinho, bem como o Teatro das Beiras, da Covilhã, Estúdio B, companhia de dança sediada na Maia, Pedro Correia de Vila do Conde, Rui Paixão de Santa Maria da Feira e António Lago do Porto. Serão apresentados textos de José Saramago, Manuel João Gomes e Mário Viegas e seus poetas ditos, do romeno Matei Visniec, do galego Álex Sobrino, do poeta brasileiro Paulo Leminski e de vários autores cabo-verdianos. Durante o Festival estará patente no Teatro Carlos Alberto uma Exposição denominada Para Lá da Memória dos 35 anos do Fazer a Festa - Autópsia de um Festival, suas lembranças, erranças e naveganças. Da programação do Festival consta ainda a realização de duas Tertúlias Performativas, a realizar também no Teatro Carlos Alberto, onde se recordam duas figuras teatrais que acompanharam de perto o Festival, Manuel João Gomes, crítico de teatro e tradutor e Mário Viegas, actor e encenador, homenageando-se assim todos os artistas e companhias participantes nas trinta e cinco edições bem como todas as instituições que o apoiaram e públicos presentes. Um encontro aberto e reflexão pública denominado Que Fazer com o Fazer a Festa, 35 anos depois? na Junta de Freguesia do Bonfim, no Porto, constituirá um dos momentos mais importantes desta edição , porque nele se discutirá o futuro do Festival. Leituras de peça, conta contos, a apresentação ao público e à comunidade artística da cidade e região de quatro festivais de teatro (dois portugueses, um galego e outro brasileiro), uma sala de teatro da Galiza e uma associação de festivais portugueses de teatro, completam esta edição deste Fazer a Festa. 2. O FAZER A FESTA é terceiro Festival Internacional mais antigo do País tendo já recebido a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal do Porto nos inícios dos anos dois mil. Esta edição do Festival tem um orçamento de 65.000 euros, tendo apenas conseguido para a sua realização cerca de 15.000 euros em “dinheiro vivo” provenientes da DGArtes/Ministério da Cultura e do IPDJ, bem como o apoio da Câmara Municipal da Maia, fruto de um protocolo firmado há anos com a companhia, da Direcção Regional da Cultura do Norte, do Teatro Nacional S. João, da Junta de Freguesia do Bonfim e da cumplicidade das companhias e artistas presentes, fruto de uma rede de cumplicidades forjada ao longo de 35 anos da actividade teatral do Art´Imagem e que se alargou aos quatro cantos do mundo. Para memória futura assinale-se que, pelo terceiro ano consecutivo, o Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto e o Teatro Municipal Rivoli não dão qualquer colaboração e apoio à realização do Festival, excluindo-o da sua programação cultural. Para que não seja a sua última edição, um Bom Fazer a Festa! Um novo e renovado FAZER A FESTA em 2017! José Leitão Director Artístico do Teatro Art´Imagem PROGRAMAÇÃO Sexta, 22 de Abril 17h00 Teatro Carlos Alberto | Porto PARA LÁ DA MEMÓRIA DOS 35 ANOS DO FAZER A FESTA Autópsia de um Festival de Teatro EXPOSIÇÂO Abertura Patente ao público de 22 Abril a 1 Maio (terça a sábado das 14h00 às 19h00, domingo das 14h00 às 16h00) Curadoria José Maia Vídeo Eduardo Morais e Sara Santos Silva Direcção Artística José Leitão Produção Teatro Art´Imagem Apoio TNSJ AUTÓPSIA DE UM FESTIVAL DE TEATRO Lembranças, erranças e naveganças. O Festival FAZER A FESTA realiza-se ininterruptamente no Porto desde 1981 tendo já ocupado vários espaços da cidade, desde os seus teatros, associações e juntas de freguesia às suas principais praças e ruas, estendendo-se a outras cidades do distrito como Maia, Gaia e Matosinhos, entre outras. No princípio dos anos noventa e durante quase duas décadas, o Festival construiu nos jardins do Palácio de Cristal uma autêntica Aldeia Teatral onde centenas de companhias portuguesas e estrangeiras se apresentaram em tendas com os seus espectáculos que atraíram milhares de espectadores, destes uma fatia enorme de crianças das escolas que viam pela primeira vez teatro. O FAZER A FESTA era então uma importante festa do teatro português, e o primeiro Festival Internacional que anunciava a primavera teatral na cidade e os outros dois festivais que decorriam durante o ano. A sua importância foi reconhecida pela autarquia portuense e por isso foi por ela galardoado com a Medalha de Mérito Cultural. É o terceiro festival internacional mais antigo do país e durante muitos anos o único com uma programação dedicada ao teatro para a infância e juventude e ao teatro de rua. Sim, sabemos que isto é passado e que "as cinzas já não ardem", porém com esta Exposição quisemos fazer o ponto da situação e, para avançar ou parar, torna-se necessário lembrar este pequeno recorte da pequena história recente do teatro português, resgatar do olvido e homenagear todos os que o apoiaram e nele participaram, dos criadores e companhias nacionais e estrangeiras que o tornaram possível, bem como aos milhares de espectadores que a ele acorriam em festa e devotadamente. Trinta e cinco edições não permitem alinhavar um discurso fluido e coerente, o FAZER A FESTA passou por diversas fases, melhores e piores e foi resistindo à espera de melhores dias, mas estes teimam em não chegar. Hoje o seu estado é francamente desmoralizador e encontra-se muito debilitado e já não é mais possível resistir por resistir. Necessitamos de dar um passo mais, procurar um novo caminho e encontrar um espaço que o torne único e necessário, perante a actual situação artística da cidade e do país. Esta Exposição foi olhar e estudar o passado para poder escrutinar o tempo presente e pensar o futuro. Nós sabemos que sem memória não existe conhecimento e sem este não há criatividade possível, por isso queremos alicerçar o devir, olhando-nos e dando-nos a ver, passar o testemunho do que fizemos para os que virão depois, é que nós não somos o princípio da história, ela já existia antes e vai continuar depois do nosso fim. O caminho que fizemos foi feito aprendendo a caminhar, caminhando sempre. Este caminho não tem fim, outros ocuparão o nosso lugar e trilharão outras vias, porque nós sabemos que os que gostam de aprender são os que se perdem nos caminhos, na esperança de se encontrarem a si e aos outros. Continuaremos a caminhar. (Autópsia significa também, vide dicionários, exame minucioso; julgamento feito de modo austero. Inspecção; exame detalhado de si próprio) José Leitão Director artístico Teatro Art´Imagem 18h00 Teatro Carlos Alberto | Porto Bum!.. | António Lago Porto Performance 20 M M/12 Gratuito Um jogo de aniversário, com orquestra, bolo, balões, foguetes, champanhe e animações. Um espaço encerrado para a livre circulação. Há por fora um universo negro que rasteja à espera. Há limites, há barreiras, há confusão. Desespera. Performance de António Lago com a colaboração e participação Alexandre Osório e Susana Quicca Sábado, 23 de Abril 16h00 Jardins da Casa das Artes | Porto Lullaby | Rui Paixão Santa Maria da Feira Teatro 45 M M/6 Uma revelação no universo do clown em Portugal. Lullaby é um espetáculo dinâmico, com a participação directa do público, numa performance cómica e provocadora que abre espaço ao jogo de improviso entre um palhaço transgressor e o espectador. Nesta aventura, partimos todos em busca do riso, da cumplicidade e da emoção, embarcando num ambiente poético, alimentado pela música ao vivo, rumo a um novo mundo de brincar. Recentemente Rui Paixão foi seleccionado pelo Cirque du Soleil para integrar o elenco das suas novas criações. Criação e Interpretação Rui Paixão Música e Sonoplastia Carlos Reis Domingo, 24 de Abril 16h00 Jardins da Casa das Artes - Porto Mimo’s Dixie Concert| Mimo’s Dixie Band Música/Mímica/Circo 40 M M/6 Gratuito Mimo`s Dixie Concert é a um espetáculo/concerto onde a inovação parte de uma linguagem única fruto da aliança entre o Jazz Dixieland dos "anos 20", o gesto mímico, as artes circenses e a comédia, proporcionam ao público um verdadeiro espetáculo de entretenimento onde todas estas formas de expressão se justapõem entre si. Com mais de uma hora de música entrecortada por shows de malabarismo, comédia, entretenimento, em que o gesto está associado a um determinado som e sem se ouvir uma única palavra das suas bocas. Os Mimo`s mostram que o silêncio é também parte fulcral do espetáculo onde muitas vezes este serve como interlocutor para uma completa percepção de um espetáculo total. Criação e Concepção Mimo`s Dixie Band Direção Artística Carlos Raposo / David Valente Performers João Tavares – Banjo André Carvalho – Tuba André Ribeiro Trombone Carlos Raposo - Trompete David Valente - Percussão (Washboard) / Malabarismo Luís Carvalho - Clarinete Miguel Estima - Percussão 18h00 Junta de Freguesia de Bonfim | Porto Que Fazer com o Fazer a Festa, 35 anos depois? Encontro Aberto/Reflexão Pública Um encontro de artistas e companhias que ao longo dos trinta e cinco anos determinaram o rumo deste Festival. Um encontro antes de mais de autocrítica. Lembrar os contextos em que o Fazer a Festa decorreu, as diferentes épocas, os constrangimentos teatrais, culturais, políticos e sociais que o condicionou, na cidade e no país. A sua relação com as estruturas teatrais do país e da região, o envolvimento dos públicos e os olhares das entidades autárquicas e do poder central no apoio e ao seu financiamento. O apogeu e a morte das políticas culturais na cidade, após o Porto 2001. Os doze anos de destruição e censura institucional dos agentes culturais e por parte de um presidente de Câmara, Rui Rio. Os cortes, ainda antes da chamada crise, do Ministério da Cultura que estrangulou a actividade cultural em todo o país. Um Festival teimando em resistir artística e politicamente, à custa dos seus próprios promotores e quase unicamente apoiado por cumplicidades teatrais e culturais das companhias nacionais e internacionais que permitiram, ano após anos, construir programações minimamente credíveis que continuou a contar com um público fiel que continuava a vir assistir aos espectáculos, sem dinheiro vivo em jogo e praticamente construído com o trabalho voluntário das companhias profissionais portuguesas e estrangeira que teimosamente apostavam connosco na continuação deste Festival. Sempre à espera das mudanças que se avizinhavam e à sombra da terrível pobreza em que nos fizeram mergulhar. E veio a mudança na cidade, a festa voltou aos teatros, perdão aos teatros municipais, os outros sempre estiveram em festa sem foguetes nem fogo-deartifício, trabalhando e acolhendo público quase na clandestinidade, resistindo à asfixia cultural que tomou conta do burgo enquanto o mesmo se vendia ao turismo e se transformava numa feira hodierna de cidades de plástico para consumos low-coast e prête-à-porter. Já vamos para o terceiro ano da nova era artística e cultural da cidade, tudo depressa muito depressa e sempre muitas coisas a acontecer. O Fazer a Festa devagar, devagar, continua a lutar para não morrer. Procuramos soluções, caminhos de futuro para que o Festival continue ou então executar a sentença de morte anunciada. Chegados aqui, que fazer? José Leitão Director artístico do Teatro Art´Imagem Segunda, 25 de Abril (feriado) 16h00 Jardins da Casa das Artes - Porto Fábrica das Gravatas | Solo Clown de Pedro Correia Vila do Conde Teatro 45 M M/6 "Fábrica das Gravatas" é um solo de palhaço que aborda de uma forma absurda, filosófica e poética a condição do homem em relação às máquinas, à tecnologia e ao trabalho. O dia-a-dia de um palhaço que trabalha numa fábrica de gravatas que é constantemente interrompido pelos pequenos prazeres da vida. A batalha entre o tempo, as máquinas e os palhaços começou! Este espetáculo inspira-se no cinema de Jacques Tati (Playtime), Buster Keaton (the electric house), Charlie Chaplin (Modern Times) e nos pensamentos do filósofo português Agostinho da Silva sobre a obrigatoriedade de trabalhar. Este espetáculo está num processo de criação e experimentação. Neste processo tem sido desenvolvido o cruzamento entre a arte do palhaço e a multimédia (vídeo e a música). Criação e Interpretação Pedro Correia 18h00 Junta de Freguesia do Bonfim- Porto QUANTOS LEMINSKIS CABEM AQUI | Teatro Art'Imagem/Bruno Boaro São Paulo-Brasil Performance Músico-Teatral São Paulo- Brasil 20 M M/ 12 Gratuito Os versos do poeta brasileiro Paulo Leminski encontram música e interpretação numa performance especial para os 35 anos do Fazer a Festa, em que a criação do paulista Bruno Boaro, em residência artística no Teatro Art'Imagem e da actriz da companhia Daniela Pego, passa pela fusão de culturas e sotaques dos dois países, dando corpo e voz a um labirinto de múltiplos sentidos. "Parecia fora de si A silaba silenciosa. Mandei a frase sonhar, E ela se foi num labirinto" Textos Paulo Leminski (Brasil) Criação e Interpretação: Daniela Pêgo e Bruno Boaro Música Bruno Boaro 18h30 Junta de Freguesia do Bonfim | Porto Apresentação Festivais Internacionais de Teatro Encontro Aberto Portugal, Brasil e Galiza O FAZER A FESTA – Festival Internacional de Teatro (Teatro Art´Imagem) e a POLIEDRO Associação Informal de Festivais de Artes Performativas promovem um encontro aberto à comunidade teatral da cidade do Porto e da região e a todos os interessados para dar a conhecer quatro Festivais Internacionais de Teatro: . MIT - Mostra Internacional de Teatro de Ribadavia (1984), da Galiza, dirigido por Roberto Pascoal. . FESTLUSO - Festival de Teatro Lusófono (2009), de Teresina, Piauí, Brasil, dirigido por Francisco Pellé (Harém Teatro) . PERIFERIAS - Festival de Artes Performativas de Sintra (2012), dirigido por João Mello Alvim (Chão de Oliva) . FITA - Festival Internacional de Teatro do Alentejo (2014), dirigido por António Revez (Lêndias de Encantar /Beja) . Festibero - Festival Ibero-Americano de Teatro de São Paulo, de São Paulo, Brasil, dirigido por Adriana Belic A POLIEDRO é uma Associação Informal de Festivais de Artes Performativas que engloba estes dois últimos festivais de teatro portugueses e o FAZER A FESTA – Festival Internacional de Teatro (1982). Terça, 26 de Abril 10h30 e 14h30 Auditório da Quinta da Caverneira |Águas Santas /Maia A MAIOR FLOR E OUTRAS HISTÓRIAS SEGUNDO JOSÉ | Teatro Art’Imagem Teatro (mediante marcação prévia) 50 M M/6 Inspirado na obra de José Saramago e tendo como base de trabalho dramatúrgico o seu livro para crianças “A Maior Flor do Mundo”, o Teatro Art´Imagem apresenta uma peça de teatro para ser vista por adultos e crianças em conjunto. Julgamos que a peça referida poderá funcionar como uma boa introdução à leitura da obra “A MAIOR FLOR DO MUNDO” que faz parte do Plano de Leitura do 1º Ciclo assim como introdução à obra geral do autor, podendo, naturalmente, ser visto por um público mais alargado e para além do contexto escolar. "Havia uma aldeia e um menino (ou uma menina?). Havia também os avós com quem a menina (menino?) vivia, mais os vizinhos. Um dia sai o menino (menina?) pelos fundos do quintal e toca a andar, toca a andar. Caminhou, caminhou, correu, correu, parou, parou... Até que chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinha (sozinho?). - Vou ou não vou? Foi! À descoberta de si, à descoberta do mundo.” Deu a volta ao continente muitas vezes sem sair do seu lugar. Viu coisas nunca vistas e recordou outras vividas. Encontrou pelo caminho homens e mulheres construindo um convento a mando do rei, uma cidade de cegos onde um cão enxuga as lágrimas duma mulher caída no chão e uma menina num balouço que subia alto até ao céu. Passou de menino a rapaz, depois foi homem. Recordou a sua infância, as brincadeiras, a ajuda nos trabalhos do campo, a gentes e animais da aldeia, as novas descobertas, os primeiros amores. Dramaturgia e Encenação José Leitão Interpretação Daniela Pêgo e Flávio Hamilton Pinturas Agostinho Santos Música Alfredo Teixeira Espaço Cénico Fátima Maio, José Leitão e José Lopes Figurinos e Adereços Fátima Maio Apoio ao Movimento Renato Vieira e Lígia Vieira Desenho de Luz Leunam Ordep Fotografia Leonel Ranção Design MOODYSTUDIO Produção Executiva Sofia Leal Direcção Técnica Pedro Carvalho 17h00 Teatro Carlos Alberto | Porto MANUEL JOÃO GOMES UMA ESPÉCIE DE DOCE GUERRILHEIRO NA CRÍTICA DE TEATRO OU UM BOM PRETEXTO PARA SE FALAR (DA CRÍTICA) HOJE. TERTÚLIA Leituras de textos “mais ou menos” performativos de/e sobre Manuel João Gomes e um espaço aberto para se fazer um mapeamento da crítica e divulgação teatral na comunicação social. Acompanhando a Exposição "QUE FAZER SOBRE O FAZER A FESTA 35 ANOS DEPOIS " AUTÓPSIA DE UM FESTIVAL DE TEATRO, achamos por bem lembrar e homenagear duas pessoas ímpares do teatro português (Manuel João Gomes e Mário Viegas) e que que acompanharam com muito carinho e entusiasmo este Festival, divulgando-o, participando nele, tornando-o maior e que muito nos honraram. São os rostos encontrados por nós para agradecer a todos quantos com a sua presença fizeram com que, trinta e cinco anos depois, o FAZER A FESTA ainda continue. A sua recordação só será frutífera se for entendida como olhares de hoje, porque saudades só do futuro. José Leitão Director Artístico do Teatro Art´Imagem Quarta, 27 de Abril 10h30 e 14h30 Auditório da Quinta da Caverneira | Águas Santas/Maia A MAIOR FLOR E OUTRAS HISTÓRIAS SEGUNDO JOSÉ | Teatro Art’Imagem Teatro (mediante marcação prévia) 50M M/6 Inspirado na obra de José Saramago e tendo como base de trabalho dramatúrgico o seu livro para crianças “A Maior Flor do Mundo”, o Teatro Art´Imagem apresenta uma peça de teatro para ser vista por adultos e crianças em conjunto. Julgamos que a peça referida poderá funcionar como uma boa introdução à leitura da obra “A MAIOR FLOR DO MUNDO” que faz parte do Plano de Leitura do 1º Ciclo assim como introdução à obra geral do autor, podendo, naturalmente, ser visto por um público mais alargado e para além do contexto escolar. "Havia uma aldeia e um menino (ou uma menina?). Havia também os avós com quem a menina (menino?) vivia, mais os vizinhos. Um dia sai o menino (menina?) pelos fundos do quintal e toca a andar, toca a andar. Caminhou, caminhou, correu, correu, parou, parou... Até que chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinha (sozinho?). - Vou ou não vou? Foi! À descoberta de si, à descoberta do mundo.” Deu a volta ao continente muitas vezes sem sair do seu lugar. Viu coisas nunca vistas e recordou outras vividas. Encontrou pelo caminho homens e mulheres construindo um convento a mando do rei, uma cidade de cegos onde um cão enxuga as lágrimas duma mulher caída no chão e uma menina num balouço que subia alto até ao céu. Passou de menino a rapaz, depois foi homem. Recordou a sua infância, as brincadeiras, a ajuda nos trabalhos do campo, a gentes e animais da aldeia, as novas descobertas, os primeiros amores. Dramaturgia e Encenação José Leitão Interpretação Daniela Pêgo e Flávio Hamilton Pinturas Agostinho Santos Música Alfredo Teixeira Espaço Cénico Fátima Maio, José Leitão e José Lopes Figurinos e Adereços Fátima Maio Apoio ao Movimento Renato Vieira e Lígia Vieira Desenho de Luz Leunam Ordep Fotografia Leonel Ranção Design MOODYSTUDIO Produção Executiva Sofia Leal Direcção Técnica Pedro Carvalho 17h00 Teatro Carlos Alberto | Porto MÁRIO VIEGAS QUE PENA AS IDEIAS SEREM O QUE SÃO OU ENQUANTO SE ESTÁ À ESPERA DE GODOT PORQUE NÃO FALAR DE UM RAPAZ CHAMADO MÁRIO VIEGAS? TERTÚLIA Leituras de textos “mais ou menos” performativos por actores convidados e um espaço para intervenções artísticas do público presente sobre o homenageado. Acompanhando a Exposição "QUE FAZER SOBRE O FAZER A FESTA 35 ANOS DEPOIS " AUTÓPSIA DE UM FESTIVAL DE TEATRO, achamos por bem lembrar e homenagear duas pessoas ímpares do teatro português (Manuel João Gomes e Mário Viegas) e que que acompanharam com muito carinho e entusiasmo este Festival, divulgando-o, participando nele, tornando-o maior e que muito nos honraram. São os rostos encontrados por nós para agradecer a todos quantos com a sua presença fizeram com que, trinta e cinco anos depois, o FAZER A FESTA ainda continue. A sua recordação só será frutífera se for entendida como olhares de hoje, porque saudades só do futuro. José Leitão Director Artístico do Teatro Art´Imagem Quinta, 28 de Abril 18h00 Biblioteca da Quinta da Caverneira-Águas Santas/Maia Velho palhaço precisa-se! de Matéi Visniec | Teatro Art’Imagem Teatro Falado – Comunidade de Leitores Entrada livre M/ 16 anos O Fundo Teatral Art´Imagem/C.M.Maia (Biblioteca da Quinta da Caverneira) realiza a 4ª sessão da Comunidade de Leitores, especialmente para o Fazer a Festa – Festival Internacional de Teatro. A atividade “Teatro Falado - comunidade de leitores”, pretende tornar mais apelativa a actividade de leitura de textos de teatro, em reflexão e conversa informal sobre os mesmos, para que os adultos não percam os hábitos e a disponibilidade para a leitura, a compreensão e a crítica dos livros e do teatro. A propósito da presença do grupo Teatro Harém, do Brasil, no nosso país e dentro da programação do festival, decidimos dedicar esta quarta sessão ao autor que se apresentado nessa mesma noite, Matéi Visniec, com a peça Um Bico Para Velhos Palhaços, numa encenação de Arimatan Martins. A primeira vez que este autor foi encenado em Portugal foi pelo grupo Teatro Extremo, de Almada, no ano de 2003, com o espetáculo Velho palhaço precisa-se, a partir do mesmo texto. Petit Boulot pour Vieux Clown (Velho Palhaço Precisa-se) foi a última peça que Matéi Visniec escreveu na Roménia em 1987, antes de ter ido para o exílio em França. Na peça é explorada a temática do velho artista sem trabalho, onde a ternura do clown se mistura com a amargura, e onde a competição entre os seres humanos constrói uma feroz desumanizaçao. Três velhos palhaços tentam a todo o custo conseguir um trabalho, num registo de comédia simultaneamente engraçado e trágico. Matéi Visniec, dramaturgo, poeta e jornalista nasceu na Roménia em 1956. Na Roménia todas as obras que escreveu foram recusadas pela censura. Visniec deixou a Roménia em 1987 e instalou-se em Paris, onde obteve o estatuto de refugiado político e em 1993 a nacionalidade Francesa. A sua fama a nível internacional começa em 1992 com o êxito da peça Les Chevaux a la fenêtre (Os Cavalos à Janela) em Lyon, e da peça Petit Boulot pour Vieux Clown (Velho Palhaço Precisa-se) no Bonner Biennale. Desde então, Visniec passa a ser posto em cena em vários teatros franceses e seguidamente em diversos países da Europa Ocidental e do Leste, Canadá, Brasil, etc. Após a queda do regime comunista, Visniec foi redescoberto na Roménia e passou a ser um dos autores mais encenados, sendo várias vezes premiado. As suas obras encontram-se publicadas em várias línguas, nomeadamente a francesa e a inglesa. Em Portugal, nenhuma das suas obras foi ainda publicada. Direcção da Leitura Micaela Barbosa 21h30 Auditório da Quinta da Caverneira - Águas Santas/ Maia Harém Teatro | Um Bico Para Velhos Palhaços Teresina /Piauí – Brasil Teatro 65 M M/12 A peça aborda o tema da competição feroz entre as pessoas e também as condições em que vivem os idosos na nossa sociedade. Uma proposta de reflexão às gerações futuras. Na peça, respondendo a um anúncio, três velhos palhaços reencontram-se numa sala para serem recebidos em audição. Esperam conseguir uma oportunidade de emprego temporário. Enquanto aguardam, relembram o seu velho passado, recheado de momentos de humor e sarcasmo. Autor Matéi Visniec Concepção dramatúrgica e encenação Arimatan Martins Interpretação: Francisco Pellé, Francisco de Castro e Fernando Freitas Desenho de Luz e Operação Assai Campelo Musica original Daniel Hulk e André de Sousa (Conjunto Roque Moreira) Figurinos Bid Lima Cenografia e adereços Emanuel de Andrade Visual gráfico Paulo Moura (irmão de criação) Fotografias Margareth Leite Produção Soraya Guimarães e Francisco Pellé Sexta, 29 de Abril 19h00 Biblioteca da Quinta da Caverneira-Águas Santas/Maia Uma Sala de Teatro Galega Apresentação da Sala Ingrávida O Porrinho – Galiza Pelo Fundo Teatral Art´Imagem/C.M.Maia Um espaço cultural de denominado Ingrávida - Espazo de Gavitación Artística recentemente aberto em Porrinho, 10km a seguir a Valença, já na Galiza, vem dar-se a conhecer à comunidade teatral e artística da cidade do Porto e sua região, encontrando-se disponível para receber propostas de grupos portugueses para ali se apresentarem. Programa espectáculos multidisciplinares nomeadamente teatro, circo, magia, programação infantil e acções de formação, oficinas e encontros. Dirigida pelo Xerpo Teatro, que nesta Sala estreia as suas criações e que está neste Fazer a Festa em intercâmbio com o Teatro Art´Imagem. Esta é uma acção organizada pelo Fazer a Festa e a Poliedro-Associação Informal de Festivais de Artes Performativas de que fazem parte além do FAZER A FESTA- Festival Internacional de Teatro, o FITA- Festival Internacional de Teatro do Alentejo e do Periferias- Festival de Artes Performativas de Sintra. 21h30 Auditório da Quinta da Caverneira | Águas Santas/Maia Ello - Trabalhos Coreográficos | Estúdio B Maia Dança (Comemorações do Dia Mundial da Dança) 50 M M/6 Cada corpo é um pedaço só, E são precisos mais, para um abraço. Fervilha de uma intensão, de uma causa ou de uma revolta, E lá se escapa uma palavra. Um tom, Uma voz, Outra moda. Sem coro, não passa de algazarra. Numa hora de amanhã, Há-de ouvir-se o eco de todos os gestos. Mesmo daqueles que foram deixados no silêncio. E sim, estavam acompanhados. São elos de uma única corrente. Trabalhos coreográficos desenvolvidos com os Alunos do Estúdio B Direcção e Coreografia Ana Lígia Vieira e Renato Vieira Produção executiva Ana Lígia Vieira Sábado, 30 de Abril 16h00 Biblioteca Quinta da Caverneira/Fundo Teatral Art’Imagem/C.M. Maia Águas Santas/Maia O silêncio da Água de José Saramago | Teatro Art’Imagem Hora do Conto 40 M M/6 Gratuito A Hora do conto, um momento de partilha do gosto pela leitura e do incentivo à mesma. "Em uma tarde silenciosa, um garoto vai pescar à beira do Tejo e é surpreendido por um peixe enorme que lhe puxa o anzol. Infelizmente, a linha arrebenta, deixando-o escapar. Ele corre até a casa dos avós, com a esperança de voltar, rearmar a vara e “ajustar as contas com o monstro”. Direcção e Leitura Daniela Pego 21h30 Auditório da Quinta da Caverneira | Águas Santas/Maia Metamorfoses | Xerpo Teatro Porrinho – Galiza Teatro 60 M M/12 Gregor Samsa é um programador que trabalha para uma empresa que abusa de seus serviços, é um mileurista do que depende toda a sua família e, em seu tempo livre, trabalha em um emulador do pensamento humano que, em teoria, seria capaz de reproduzir o pensamento uma pessoa concreta. A falta de financiamento ea curiosidade levam a experimentar em suas carnes a técnica. Assim começa um trabalho como o "monstruoso inseto" da Metamorfose original é convertido em um inseto social, um incompreendido, um inadaptado. Ideia e Dramaturgia Álex Sobrino Assessoria de Direcção Irene Moreira Assessoria de Interpretação Mariana Carballal Assessoria tecnológica Francisco Javier Ribadas Pena (UVIGO), Juanma LoDo, Xosel Díez (CinemaSticado) y Viscepátix 23h00 Bar da Quinta da Caverneira| Águas Santas/Maia QUANTOS LEMINSKIS CABEM AQUI | Teatro Art’Imagem/Bruno Boaro São Paulo - Brasil Performance Músico-Teatral 20 M M/ 12 Gratuito Os versos do poeta brasileiro Paulo Leminski encontram música e interpretação numa performance especial para os 35 anos do Fazer a Festa, em que a criação do paulista Bruno Boaro, em residência artística no Teatro Art'Imagem e da actriz da companhia Daniela Pego, passa pela fusão de culturas e sotaques dos dois países, dando corpo e voz a um labirinto de múltiplos sentidos. "Parecia fora de si A silaba silenciosa. Mandei a frase sonhar, E ela se foi num labirinto" Textos Paulo Leminski (Brasil) Criação e Interpretação Daniela Pêgo e Bruno Boaro Música Bruno Boaro Domingo, 1 de Maio 16h00 Auditório da Quinta da Caverneira | Águas Santas/Maia Cavaleiro Procura-se | Teatro das Beiras Covilhã Teatro 50 M M/3 É em primeiro lugar uma homenagem aos saltimbancos, trota mundos, e ao seu teatro ambulante. É neste universo imaginário do teatro itinerante que encontramos os nossos heróis de carne e osso, é nas suas aventuras e dissabores que descobrimos uma curiosa metáfora entre o teatro e a realidade. Neste universo de ficção, que tanta vez se mistura com a vida, um casal de atores dos tempos modernos, profissionais talentosos, recorrem à arte teatral para contar, de terra em terra, as ancestrais histórias de capa e espada. Entre muitas malas, trapos, bonecos, cores, personagens, objetos e muitas artes de magia, somos convidados a descobrir como o tão valente em valentia Cavaleiro conseguiu salvar a Princesa de dois monstros maléficos! O teatro vence batalhas! Encenação e Interpretação Marco Ferreira e Sónia Botelho Cenografia e figurinos Marco Ferreira e Sónia Botelho Costureiras Ana Antão e Isabel Antão Apoio técnico Jay Collin Cartaz Bibiana Nunes Secretariado Eugénia Nunes Fotografia do cartaz Fernando Sena Fotos de cena Paulo Nuno Silva Vídeo Ivo Silva 19h00 Auditório da Quinta da Caverneira | Águas Santas/Maia NÔTE D’ MINDELO | Bilan & Flávio Cabo Verde/Portugal Música e Poesia de Cabo Verde 45 M M/6 Nôte d’Mindel Ê sabe e silenciosa Nôte d’Mindel Ê branca e luminosa Nôte d’amor De luar sim c´ma prata(...) (Morna do compositor B. Léza) Mindelo é o seu porto!, dizia-se. Há já algum tempo que esta afirmação caiu em desuso. Contudo, o Mindelo de hoje será a consequência directa dos tempos áureos do seu Porto Grande. A descendência mindelense possui traços de carácter indelevelmente marcados por esse contacto com o mundo que aportava na sua baía. Mindelo é uma cidade cosmopolita na sua essência. Designada de capital cultural de Cabo Verde, mindelo sempre foi a cidade do acontecimento e das grandes transformações culturais. Cidade de poetas e artistas variados, é a mais “cantada” de todas as cidades do arquipélago. Mindelo é a utopia em permanência. Cidade patologicamente poética, é à noite que desabrocha esplendorosamente para lá das fronteiras da realidade concreta do dia-a-dia. Dizia o poeta na morna “Nôte d’Mindel” que a noite do Mindelo é sedutora como os olhos de uma mulata. Foi precisamente essa morna que nos serviu de mote para, à nossa moda, contar a cidade. A nossa viagem é necessariamente poética. A cidade que aqui trazemos é uma espécie de Olimpo, onde talvez os deuses já não governam mas continuam a sonhar. Textos adaptação a partir de Manuel Ferreira, Vasco Martins, Tchalé Figueira, Baltasar Lopes e outros Música BILAN e Interpretação FLÁVIO HAMILTON actor residente do Teatro Art’Imagem 20h30 Bar da Quinta da Caverneira| Águas Santas/Maia Encerramento FICHA TÉCNICA Produção | Teatro Art´Imagem Director Artístico | José Leitão Concepção e Direcção de Montagem | Pedro Carvalho Coordenação de Produção e Assistente de Programação| Sofia Leal Produção Executiva | Daniela Pêgo e Carina Moutinho Apoio à Produção | Flávio Hamilton, Jorge Mendo, Bruno Boaro e Ana Teixeira Coordenação das Tertúlias | Micaela Barbosa Web Design | Inácio Barroso Fotografia e Vídeo | Leonel Ranção Design | Sofia Carvalho EQUIPA TÉCNICA Coordenação | Pedro Carvalho Técnico Maquinista | José Lopes BILHETEIRA AUDITÓRIO QUINTA DA CAVERNEIRA - MAIA 5,00€ | Normal 3,00€ | Desconto para estudantes, M/65, Profissionais das Artes Cénicas e Desempregados Horário Uma hora antes do início de cada espectáculo. Nota: Todos os Espectáculos de rua que decorrem no Porto na Casa das Artes são GRATUITOS. + INFO TEATRO ART'IMAGEM 22 208 40 14 | 93 53 09 952 | 91 08 18 719 [email protected] | www.teatroartimagem.org LOCAIS DE ESPECTÁCULOS, TERTÚLIAS E EXPOSIÇÃO Auditório da Quinta da Caverneira Avenida Pastor Joaquim Eduardo Machado 4425-253 Águas Santas – Maia Casa das Artes Tem acesso pela Rua António Cardoso 175 e também pela Rua Ruben A, 210 4150-639 Porto Junta de Freguesia do Bonfim Campo 24 Agosto, 294 4300-506 Porto Teatro Carlos Alberto Rua das Oliveiras, 43 4050-449 Porto
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