ESCOLHA DAS ARMAS

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ESCOLHA DAS ARMAS
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@jornaldothomaz_
@jornaldothomaz
EDIÇÃO 09 • ANO UM • SETEMBRO DE 2015
PUBLICAÇÃO DO CLUBE LITERÁRIO DO COLÉGIO MILITAR DO RIO DE JANEIRO
P R O F E S S O R A S H E Y L A P AS C O AL ( C O O R D E N AÇ ÃO )
INFANTARIA
A Rainha das armas aposta na tradição para conquistar novos discípulos
de Sampaio. (p. 2)
CAVALARIA
A Estrela guia tem
como carro-chefe a
união dos cavalarianos e o amor deles pelo esquadrão.
(p. 3)
ARTILHARIA
A Poderosa bateria
garante que é impossível se arrepender de escolhêla. (p.4)
ESCOLHA
DAS ARMAS
O terceiro bimestre acende o alerta de que o ano
já foi embora. Nessa hora, então, começa a bater a ansiedade nos alunos da 4º CIA, pois está chegando a
tão sonhada hora da escolha de arma. Contudo, muitos ainda não estão com 100% de certeza de qual escolher. Por isso, nesta edição tão especial, os literários
apresentam suas armas, mostrando as qualidades e
dificuldades de cada uma.
Vocês pediram, a gente fez
Saímos pelo colégio colhendo opiniões e sugestões
para o nosso jornal. Foi um pedido geral a reformulação do
design do Jornal do Thomaz. Aqui está nosso novo modelo. Decidimos também ter uma presença mais atuante nas
redes sociais!!!! Nosso projeto só cresce e contamos com
a ajuda de vocês para ele crescer ainda mais. Estamos
abertos a novas críticas e sugestões, lembre-se, esse jornal é feito para VOCÊ, integrante do CMRJ!
Interação
COMUNICAÇÕES
A Arma do Comando mostra que no
azul do céu e nas
batidas dos corações ecoam as comunicações. (p.5)
Mande seus recados para o nosso jornal.
mundo tem o que falar, nós sabemos, e
por isso criamos um espaço aqui para todos os seus comentários sobre o dia a dia
de nosso colégio!!! Garantimos sua identidade, ou não ( se você não tiver vergonha...). Mande para nós pelas redes sociais, o endereço está no todo de nossa
capa. E acompanhe também nossa página no Facebook: Clube Literário CMRJ.
Todo
I N FA N TA R I A
Por que escolher a Infantaria? Por fazer dela sua casa
e de seus membros sua família?
Rainha das armas, alma do
colégio, espírito dos alunos, a vibração do Colégio Militar... Há várias
razões e, por isso, chega a ser difícil
explicar o sentimento nesta Arma.
Todos nós, quando entramos no Ensino Médio, queremos um lar, algum
lugar que possa nos acolher, que
não nos imponha rótulos, e sim nos
aceite como realmente somos. Acho
que foi por isso que escolhemos a
Infantaria.
O que é ser de Infantaria? Essa é uma pergunta quase impossível
de se responder em poucas linhas.
Pertencer a essa Arma não é apenas
usar um coturno e uma divisa com
uma granada e dois fuzis, mas é,
antes de tudo, se entregar de corpo
e alma ao combate escolar.
Nosso diferencial já começa
no “trote”. Jogar tinta um no outro?
NÃO! Tem rastejo, “pagação de flexão” e muita ralação! Para muitos
infantes o banhesp pode ser algo
revelador. Você se vê fazendo coisas
que nunca imaginava ser capaz de
fazer e, ao final do dia, a sensação é
incrível, é aquele sentimento que
enche o peito: “Sou capaz de tu-
do agora, pode
mandar aquela
prova que eu
devoro”.
Pelos Literários
E é nesse dia que se consagra
a união, quando no meio do campo
de futebol nós gritamos a oração do
infante com todas as nossas forças.
Nossa rotina escolar é vivida
intensamente, como uma nova batalha a cada tempo de aula, em cada
VI ou AE.
E nossa união, talvez não seja
vista diariamente nos corredores ou
na formatura matinal, mas ela existe!
Somos guerreiros traçando estratégias diariamente, mas em momentos
que exigem a nossa demonstração
de força, como nas Olimpíadas Internas ou nos Jogos das Amizades,
causamos arrepio, nos tornamos uma só voz, corpo e coração para alcançar a vitória.
Muitos amigos de outras Armas insistem em perguntar de onde
vem o amor que todo infante tem
pela Rainha. É arrebatador, certamente nos apaixonamos por essa
arma assim que superamos nossos
medos e avançamos rumo ao conhecimento, pois a infantaria faz isso
com as pessoas. Isso pode ser visto
principalmente nos momentos em
que estamos juntos, mais unidos do
que nunca!
Não importa se perdemos ou
ganhamos, sempre, E SEMPRE
MESMO! vai ter uma galera pra animar e levantar a moral da equipe. É
muito fácil ficar do lado da sua arma
quando ela está invicta, difícil é ficar
ao lado dela quando a situação fica
complicada. Aliás, isso pode acontecer. Conosco aconteceu na última
olimpíada. Ser de infantaria é ter
uma segunda família. E famílias
sempre têm seus altos e baixos, mas
sempre estará unida para o que der
e vier.
Estamos convocando os
novos infantes, mas pedimos
um favor, não nos procurem
por ostentação, somos guerreiros, o que buscamos em vocês
do Fundamental é o verdadeiro
espírito de Sampaio: Garra,
força, determinação e, acima
de tudo, total comprometimento com a Rainha das Armas.
INFANTARIA!!!! SELVA!!!!!
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C AVA L A R I A
Ser do Esquadrão de Cavalaria é uma experiência única
na vida do aluno. Dizem por aí
que cavalarianos são metidos.
Podem até ser, mas somente se
ser metido é sentir orgulho em
usar suas botas e esporas pelo o
espirito que elas representam
(não apenas por estética), amar a
vista que têm em cima do cavalo
e preferir o esquadrão a qualquer
outro lugar do CMRJ, pois lá amigos se tornam irmãos e o cavalo,
o nobre companheiro.
Ser de cavalaria tem suas
implicações. Um cavalariano tem
que vibrar nas formaturas ao cantar os brados da arma, perder a
voz nas olimpíadas, ser
um com seus pares e
não trocar por nada as
lanças cruzadas no seu
braço.
O sentimento que
permeia o esquadrão se
reflete em sala de aula.
O famoso “padrão cavalaria” é real, logo, a
pressão nas turmas de
CAV é enorme. Contudo, quando alguém não
corresponde a essas
expectativas, ele não é
desprezado pelos outros, estes ajudam aquele e torcem para que
ele recupere suas notas. Por isso, não tenha medo, você terá
irmãos ao seu lado para suportar
a pressão, tudo que você precisa
fazer é se esforçar.
Todos aprendem a amar o
cavalo. No inicio vocês poderão
ter medo. Entretanto, aos poucos
ele irá conquistar sua confiança
e, principalmente, seu coração. É
indescritível a sensação do primeiro galope, do primeiro salto e
da primeira queda. O nobre amigo nos ensina a cair e a levantar,
nos acalma quando estamos nervosos e consola quando estamos
tristes. Talvez isso soe esquisito,
pois só quem prova disso entende o que estou falando. Se você
quer experimentar, vá para a
CAV, pois eu garanto que irá gostar. Agora, se você não gosta de
cavalos e não quer nenhum contato com eles, faça um favor a si
mesmo não indo para lá.
As dúvidas enchem um aluno do 9° ano. Se seu coração
Por Al Rafael Elias
arrependeu em escolhê-la e nem
haverá, pois o amor logo inunda
a alma daqueles que chegam do
fundamental. Você pode fazer
história, afinal, em 2016 a cavalaria pode se tornar a maior campeã de todos os tempos. Que Osório os acompanhe. FURACÃO!
palpita ao ouvir o nome da CAVALARIA, se você está disposto
a cantar, gritar e até mesmo chorar por ela, se quer sentir a incrível sensação de se conectar com
o cavalo (mesmo que com temor)
e se quer pertencer a uma família
no CMRJ, vá para a cavalaria.
Não há relatos de alguém que se
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A RT I L H A R I A
Por Al Hannah
Há quem fora escolhido desde o berço,
com a grande influência de seu pai artilheiro.
Existem aqueles que conhecem a arma, se apaixonam e esperam ansiosamente quatro anos para finalmente levar no braço o símbolo
da Artilharia. Muitos mudam de opinião na palestra de armas. Contudo, no fim, todos nós,
Artilheiros, entendemos que a dúvida pode ser
duradoura, mas a certeza de ter feito a melhor
escolha é eterna. A cada tiro do canhão, nosso
coração explode junto, porque não há lugar no
mundo que caiba o turbilhão de sentimentos
que a Artilharia nos proporciona.
A emoção ao cantar “Heróis da Artilharia”
pela primeira vez é indescritível. Defender a
Pesada Bateria durante as Olimpíadas Internas,
doando toda nossa força, nos traz um orgulho
imensurável. Cada respiração ofegante pela
tentativa de cantar cada vez mais alto durante
as formaturas vale absurdamente a pena. Nada
se compara com a felicidade que sentimos por
fazer parte dessa família.
Durante três anos, vestimos a camisa do
colégio e carregamos no lado esquerdo o símbolo da arma escolhida, mas são necessários
pouquíssimos dias para que a bomba percorra
o caminho que leva aos nossos corações e se
eternize em nós. Amizade, lealdade e união são
grandes marcas de nossa arma e talvez serão
os principais motivos para permanecermos artilheiros mesmo depois da saída do colégio.
“Eles que venham. Por aqui não passarão.”
(Marechal Emílio Mallet
- Patrono da Artilharia)
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C
MUNICAÇÕES
Por AlsSá Só e Marcelle Pascoal
Para você que deseja ou ainda está indeciso sobre ser um comunicante operacional, vamos lhe dar uma ajudinha! Claro que não deixaremos de citar que nossa Arma é ótima, porém
mostraremos alguns lados ruins também
(sempre tem. Né, guri?). Bem, vamos lá. Se você
pretende ser comunicante, talvez se inspire com
esses relatos. Na Cia COM tem um fato incrível,
somos recebidos numa pequena família! Você
praticamente conhece a todos e todos te conhecem, é um clima bom e amigável. Conhecerá
Rondon, nosso patrono! Poderá se espelhar em
seu exemplo de homem capaz de doar a própria
vida em função da integração e respeito entre as
pessoas, sem distinção. Com toda certeza, sentirá o espírito explorador saltando de suas veias,
que logo estarão pulsando de sangue azul. Sentir algo que poucos compartilham e que muitos
não entendem, o verdadeiro sentido da UNIÃO!
O azul do céu vai ecoar as COM, Arma invisível
que ataca pelo ar direto para o seu coração.
Também somos guerreiros bem competitivos,
mas temos um diferencial, nas Olimpíadas Internas nada nos para, por que? Nossa união é muito forte. Ninguém entende, chegamos quietinhos,
observando tudo e aí aquele sentimento começa
a pulsar no peito explodindo na torcida. E tudo
isso em família!
É...tudo isso é lindo mas também existem
tempestades, a adaptação é difícil, principalmente quando existem tantas para escolher. Mas
nos valemos de nossa história, muitas vezes a
guerra maior é manter a paz, reagir às provocações com humildade e sabedoria. Vocês vão
ouvir por aí, qualquer palavra relacionada à malandragem, baderna, AOE, Retirada e RD vai ser
ligada ao fato de ser comunicante (literalmente)
Vão escutar piadinhas por ai, mas não se deixem
enganar, a união entre nós causa estranhamento
nas outras pessoas, é estranho receber vários
alunos que não encontraram vagas em outras
armas e criar nele um sentimento tão forte, tão
intenso a ponto de rejeitar a arma pretendida inicialmente. A Cia COM busca na 4ª Cia os verdadeiros seguidores de Rondon, persistentes e pacificadores na busca pelo ideal da integração.
Então, futura chama azul, está disposto a
se tornar único e desbravar o Brasil conosco?
Pronto para ser um comunicante? Fazer parte
da nossa família?
#VemPraCOM, te esperamos lá ano que vem!
Abraços.
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1822, presente e futuro
Por Als Rafael Elias e Millena Pascoal
No dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I
proclamou a independência em um contexto bem
menos conturbado ao que se deu a independência
americana e a da América Espanhola. Em 1822
éramos um país agroexportador, escravista, satélite na geopolítica mundial e sem esperança de futuro. Contudo, negros, indígenas e brancos se uniram e formaram um só povo, o povo brasileiro.
Este povo lutou ao longo de décadas para tornar o
Brasil um país melhor. Hoje somos a 7ª economia
do mundo, umas das maiores potências políticas e
militares do hemisfério sul e um dos povos mais
felizes do planeta. Todavia, ainda precisamos nos
tornar independentes de hábitos que já nos assolavam em 1822. A escravidão acabou, porém a
desigualdade social ainda perdura no Brasil. Somos um país industrializado, mas carente de tecnologias próprias. Estamos em paz com os vizinhos, em contrapartida, 1 milhão de brasileiros
foram assassinados nos últimos 24 anos. Somos
uma democracia, entretanto, nossas paredes estão corroídas pela corrupção instaurada na máquina pública.
Todos os dias precisam ser 7 de setembro.
Todos os dias precisamos libertar o país daquilo
que o aprisiona. Nós, os futuros líderes da nação,
temos a oportunidade de bradar uma independência definitiva e concluir o trabalho que D. Pedro
começou em 1822.
Parece uma tarefa quase insana se pensarmos na realidade do nosso País, mas para isso
temos uma nação disposta a buscar na educação
e no reforço dos Valores as forças necessárias
para construir o futuro com disciplina, amor a pátria e muita educação, como dito pelo Deputado
Federal Jair Bolsonaro, que conversou com os
alunos do CMRJ no desfile realizado na Av. Presidente Vargas. Ele reforçou também a importância
da preparação dos lideres dentro de nosso Colégio.
POESIA DE VALOR
Já se foi o tempo da fumaça,
do pó e da cicuta
Por Poeta Sergio Vaz
Esses dias tinha um moleque na quebrada
com uma arma de quase 400 páginas na mão.
Uma minas cheirando prosa, uns acendendo poesia.
Um cara sem nike no pé indo para o trampo
com o zóio vermelho de tanto ler no ônibus.
Uns tiozinho e umas tiazinha no sarau
enchendo a cara de poemas.
Depois saíram vomitando versos na calçada.
O tráfico de informação não para,
uns estão saindo algemado aos diplomas
depois de experimentarem umas pílulas de sabedoria.
As famílias, convenientes, estão em êxtase.
Esses vidas mansas estão esvaziando as cadeias
e desempregando os datenas.
A vida não é mesmo loka?
Al CMRJ não se engana nem busca distração momentânea, somos livres e as
drogas são uma armadilha que queremos bem longe de nossas vidas
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