ESCOLHA DAS ARMAS
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ESCOLHA DAS ARMAS
(21) 980731388 @jornaldothomaz_ @jornaldothomaz EDIÇÃO 09 • ANO UM • SETEMBRO DE 2015 PUBLICAÇÃO DO CLUBE LITERÁRIO DO COLÉGIO MILITAR DO RIO DE JANEIRO P R O F E S S O R A S H E Y L A P AS C O AL ( C O O R D E N AÇ ÃO ) INFANTARIA A Rainha das armas aposta na tradição para conquistar novos discípulos de Sampaio. (p. 2) CAVALARIA A Estrela guia tem como carro-chefe a união dos cavalarianos e o amor deles pelo esquadrão. (p. 3) ARTILHARIA A Poderosa bateria garante que é impossível se arrepender de escolhêla. (p.4) ESCOLHA DAS ARMAS O terceiro bimestre acende o alerta de que o ano já foi embora. Nessa hora, então, começa a bater a ansiedade nos alunos da 4º CIA, pois está chegando a tão sonhada hora da escolha de arma. Contudo, muitos ainda não estão com 100% de certeza de qual escolher. Por isso, nesta edição tão especial, os literários apresentam suas armas, mostrando as qualidades e dificuldades de cada uma. Vocês pediram, a gente fez Saímos pelo colégio colhendo opiniões e sugestões para o nosso jornal. Foi um pedido geral a reformulação do design do Jornal do Thomaz. Aqui está nosso novo modelo. Decidimos também ter uma presença mais atuante nas redes sociais!!!! Nosso projeto só cresce e contamos com a ajuda de vocês para ele crescer ainda mais. Estamos abertos a novas críticas e sugestões, lembre-se, esse jornal é feito para VOCÊ, integrante do CMRJ! Interação COMUNICAÇÕES A Arma do Comando mostra que no azul do céu e nas batidas dos corações ecoam as comunicações. (p.5) Mande seus recados para o nosso jornal. mundo tem o que falar, nós sabemos, e por isso criamos um espaço aqui para todos os seus comentários sobre o dia a dia de nosso colégio!!! Garantimos sua identidade, ou não ( se você não tiver vergonha...). Mande para nós pelas redes sociais, o endereço está no todo de nossa capa. E acompanhe também nossa página no Facebook: Clube Literário CMRJ. Todo I N FA N TA R I A Por que escolher a Infantaria? Por fazer dela sua casa e de seus membros sua família? Rainha das armas, alma do colégio, espírito dos alunos, a vibração do Colégio Militar... Há várias razões e, por isso, chega a ser difícil explicar o sentimento nesta Arma. Todos nós, quando entramos no Ensino Médio, queremos um lar, algum lugar que possa nos acolher, que não nos imponha rótulos, e sim nos aceite como realmente somos. Acho que foi por isso que escolhemos a Infantaria. O que é ser de Infantaria? Essa é uma pergunta quase impossível de se responder em poucas linhas. Pertencer a essa Arma não é apenas usar um coturno e uma divisa com uma granada e dois fuzis, mas é, antes de tudo, se entregar de corpo e alma ao combate escolar. Nosso diferencial já começa no “trote”. Jogar tinta um no outro? NÃO! Tem rastejo, “pagação de flexão” e muita ralação! Para muitos infantes o banhesp pode ser algo revelador. Você se vê fazendo coisas que nunca imaginava ser capaz de fazer e, ao final do dia, a sensação é incrível, é aquele sentimento que enche o peito: “Sou capaz de tu- do agora, pode mandar aquela prova que eu devoro”. Pelos Literários E é nesse dia que se consagra a união, quando no meio do campo de futebol nós gritamos a oração do infante com todas as nossas forças. Nossa rotina escolar é vivida intensamente, como uma nova batalha a cada tempo de aula, em cada VI ou AE. E nossa união, talvez não seja vista diariamente nos corredores ou na formatura matinal, mas ela existe! Somos guerreiros traçando estratégias diariamente, mas em momentos que exigem a nossa demonstração de força, como nas Olimpíadas Internas ou nos Jogos das Amizades, causamos arrepio, nos tornamos uma só voz, corpo e coração para alcançar a vitória. Muitos amigos de outras Armas insistem em perguntar de onde vem o amor que todo infante tem pela Rainha. É arrebatador, certamente nos apaixonamos por essa arma assim que superamos nossos medos e avançamos rumo ao conhecimento, pois a infantaria faz isso com as pessoas. Isso pode ser visto principalmente nos momentos em que estamos juntos, mais unidos do que nunca! Não importa se perdemos ou ganhamos, sempre, E SEMPRE MESMO! vai ter uma galera pra animar e levantar a moral da equipe. É muito fácil ficar do lado da sua arma quando ela está invicta, difícil é ficar ao lado dela quando a situação fica complicada. Aliás, isso pode acontecer. Conosco aconteceu na última olimpíada. Ser de infantaria é ter uma segunda família. E famílias sempre têm seus altos e baixos, mas sempre estará unida para o que der e vier. Estamos convocando os novos infantes, mas pedimos um favor, não nos procurem por ostentação, somos guerreiros, o que buscamos em vocês do Fundamental é o verdadeiro espírito de Sampaio: Garra, força, determinação e, acima de tudo, total comprometimento com a Rainha das Armas. INFANTARIA!!!! SELVA!!!!! 2 C AVA L A R I A Ser do Esquadrão de Cavalaria é uma experiência única na vida do aluno. Dizem por aí que cavalarianos são metidos. Podem até ser, mas somente se ser metido é sentir orgulho em usar suas botas e esporas pelo o espirito que elas representam (não apenas por estética), amar a vista que têm em cima do cavalo e preferir o esquadrão a qualquer outro lugar do CMRJ, pois lá amigos se tornam irmãos e o cavalo, o nobre companheiro. Ser de cavalaria tem suas implicações. Um cavalariano tem que vibrar nas formaturas ao cantar os brados da arma, perder a voz nas olimpíadas, ser um com seus pares e não trocar por nada as lanças cruzadas no seu braço. O sentimento que permeia o esquadrão se reflete em sala de aula. O famoso “padrão cavalaria” é real, logo, a pressão nas turmas de CAV é enorme. Contudo, quando alguém não corresponde a essas expectativas, ele não é desprezado pelos outros, estes ajudam aquele e torcem para que ele recupere suas notas. Por isso, não tenha medo, você terá irmãos ao seu lado para suportar a pressão, tudo que você precisa fazer é se esforçar. Todos aprendem a amar o cavalo. No inicio vocês poderão ter medo. Entretanto, aos poucos ele irá conquistar sua confiança e, principalmente, seu coração. É indescritível a sensação do primeiro galope, do primeiro salto e da primeira queda. O nobre amigo nos ensina a cair e a levantar, nos acalma quando estamos nervosos e consola quando estamos tristes. Talvez isso soe esquisito, pois só quem prova disso entende o que estou falando. Se você quer experimentar, vá para a CAV, pois eu garanto que irá gostar. Agora, se você não gosta de cavalos e não quer nenhum contato com eles, faça um favor a si mesmo não indo para lá. As dúvidas enchem um aluno do 9° ano. Se seu coração Por Al Rafael Elias arrependeu em escolhê-la e nem haverá, pois o amor logo inunda a alma daqueles que chegam do fundamental. Você pode fazer história, afinal, em 2016 a cavalaria pode se tornar a maior campeã de todos os tempos. Que Osório os acompanhe. FURACÃO! palpita ao ouvir o nome da CAVALARIA, se você está disposto a cantar, gritar e até mesmo chorar por ela, se quer sentir a incrível sensação de se conectar com o cavalo (mesmo que com temor) e se quer pertencer a uma família no CMRJ, vá para a cavalaria. Não há relatos de alguém que se 3 A RT I L H A R I A Por Al Hannah Há quem fora escolhido desde o berço, com a grande influência de seu pai artilheiro. Existem aqueles que conhecem a arma, se apaixonam e esperam ansiosamente quatro anos para finalmente levar no braço o símbolo da Artilharia. Muitos mudam de opinião na palestra de armas. Contudo, no fim, todos nós, Artilheiros, entendemos que a dúvida pode ser duradoura, mas a certeza de ter feito a melhor escolha é eterna. A cada tiro do canhão, nosso coração explode junto, porque não há lugar no mundo que caiba o turbilhão de sentimentos que a Artilharia nos proporciona. A emoção ao cantar “Heróis da Artilharia” pela primeira vez é indescritível. Defender a Pesada Bateria durante as Olimpíadas Internas, doando toda nossa força, nos traz um orgulho imensurável. Cada respiração ofegante pela tentativa de cantar cada vez mais alto durante as formaturas vale absurdamente a pena. Nada se compara com a felicidade que sentimos por fazer parte dessa família. Durante três anos, vestimos a camisa do colégio e carregamos no lado esquerdo o símbolo da arma escolhida, mas são necessários pouquíssimos dias para que a bomba percorra o caminho que leva aos nossos corações e se eternize em nós. Amizade, lealdade e união são grandes marcas de nossa arma e talvez serão os principais motivos para permanecermos artilheiros mesmo depois da saída do colégio. “Eles que venham. Por aqui não passarão.” (Marechal Emílio Mallet - Patrono da Artilharia) 4 C MUNICAÇÕES Por AlsSá Só e Marcelle Pascoal Para você que deseja ou ainda está indeciso sobre ser um comunicante operacional, vamos lhe dar uma ajudinha! Claro que não deixaremos de citar que nossa Arma é ótima, porém mostraremos alguns lados ruins também (sempre tem. Né, guri?). Bem, vamos lá. Se você pretende ser comunicante, talvez se inspire com esses relatos. Na Cia COM tem um fato incrível, somos recebidos numa pequena família! Você praticamente conhece a todos e todos te conhecem, é um clima bom e amigável. Conhecerá Rondon, nosso patrono! Poderá se espelhar em seu exemplo de homem capaz de doar a própria vida em função da integração e respeito entre as pessoas, sem distinção. Com toda certeza, sentirá o espírito explorador saltando de suas veias, que logo estarão pulsando de sangue azul. Sentir algo que poucos compartilham e que muitos não entendem, o verdadeiro sentido da UNIÃO! O azul do céu vai ecoar as COM, Arma invisível que ataca pelo ar direto para o seu coração. Também somos guerreiros bem competitivos, mas temos um diferencial, nas Olimpíadas Internas nada nos para, por que? Nossa união é muito forte. Ninguém entende, chegamos quietinhos, observando tudo e aí aquele sentimento começa a pulsar no peito explodindo na torcida. E tudo isso em família! É...tudo isso é lindo mas também existem tempestades, a adaptação é difícil, principalmente quando existem tantas para escolher. Mas nos valemos de nossa história, muitas vezes a guerra maior é manter a paz, reagir às provocações com humildade e sabedoria. Vocês vão ouvir por aí, qualquer palavra relacionada à malandragem, baderna, AOE, Retirada e RD vai ser ligada ao fato de ser comunicante (literalmente) Vão escutar piadinhas por ai, mas não se deixem enganar, a união entre nós causa estranhamento nas outras pessoas, é estranho receber vários alunos que não encontraram vagas em outras armas e criar nele um sentimento tão forte, tão intenso a ponto de rejeitar a arma pretendida inicialmente. A Cia COM busca na 4ª Cia os verdadeiros seguidores de Rondon, persistentes e pacificadores na busca pelo ideal da integração. Então, futura chama azul, está disposto a se tornar único e desbravar o Brasil conosco? Pronto para ser um comunicante? Fazer parte da nossa família? #VemPraCOM, te esperamos lá ano que vem! Abraços. 5 1822, presente e futuro Por Als Rafael Elias e Millena Pascoal No dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I proclamou a independência em um contexto bem menos conturbado ao que se deu a independência americana e a da América Espanhola. Em 1822 éramos um país agroexportador, escravista, satélite na geopolítica mundial e sem esperança de futuro. Contudo, negros, indígenas e brancos se uniram e formaram um só povo, o povo brasileiro. Este povo lutou ao longo de décadas para tornar o Brasil um país melhor. Hoje somos a 7ª economia do mundo, umas das maiores potências políticas e militares do hemisfério sul e um dos povos mais felizes do planeta. Todavia, ainda precisamos nos tornar independentes de hábitos que já nos assolavam em 1822. A escravidão acabou, porém a desigualdade social ainda perdura no Brasil. Somos um país industrializado, mas carente de tecnologias próprias. Estamos em paz com os vizinhos, em contrapartida, 1 milhão de brasileiros foram assassinados nos últimos 24 anos. Somos uma democracia, entretanto, nossas paredes estão corroídas pela corrupção instaurada na máquina pública. Todos os dias precisam ser 7 de setembro. Todos os dias precisamos libertar o país daquilo que o aprisiona. Nós, os futuros líderes da nação, temos a oportunidade de bradar uma independência definitiva e concluir o trabalho que D. Pedro começou em 1822. Parece uma tarefa quase insana se pensarmos na realidade do nosso País, mas para isso temos uma nação disposta a buscar na educação e no reforço dos Valores as forças necessárias para construir o futuro com disciplina, amor a pátria e muita educação, como dito pelo Deputado Federal Jair Bolsonaro, que conversou com os alunos do CMRJ no desfile realizado na Av. Presidente Vargas. Ele reforçou também a importância da preparação dos lideres dentro de nosso Colégio. POESIA DE VALOR Já se foi o tempo da fumaça, do pó e da cicuta Por Poeta Sergio Vaz Esses dias tinha um moleque na quebrada com uma arma de quase 400 páginas na mão. Uma minas cheirando prosa, uns acendendo poesia. Um cara sem nike no pé indo para o trampo com o zóio vermelho de tanto ler no ônibus. Uns tiozinho e umas tiazinha no sarau enchendo a cara de poemas. Depois saíram vomitando versos na calçada. O tráfico de informação não para, uns estão saindo algemado aos diplomas depois de experimentarem umas pílulas de sabedoria. As famílias, convenientes, estão em êxtase. Esses vidas mansas estão esvaziando as cadeias e desempregando os datenas. A vida não é mesmo loka? Al CMRJ não se engana nem busca distração momentânea, somos livres e as drogas são uma armadilha que queremos bem longe de nossas vidas 6