Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório

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Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório
 2014
EstaçãoExperimentaldeCiênciasFlorestaisdeItatinga
(RelatórioExecutivo)
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Departamento de Ciências Florestais 2014
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
PREFÁCIO A contribuição da Estação Experimental de Itatinga (EECF‐Itatinga) segue as linhas de atuação da Universidade de São Paulo nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Contudo, o maior destaque está na formação e capacitação de recursos humanos, principalmente, no caso dos alunos do curso de graduação em Engenharia Florestal da ESALQ. Os alunos nelas atuam desde o primeiro ano da universidade, tomando contato com o cotidiano da sua futura profissão, com o desenvolvimento dos projetos de pesquisas e com a transmissão dos conhecimentos gerados no meio acadêmico, em retribuição à sociedade responsável pela sua manutenção. O aprender como consequência da realização, a interação pessoal ampla e a imersão em ambientes ricos quanto à diversidade, são resultados da concretização do esforço de docentes, funcionários e estudantes em prol do desenvolvimento da Ciência Florestal. Uma história de vida de 25 anos perpetuando‐se em cada uma das pessoas que por ali passaram, deixando a sua marca e carregando consigo o conhecimento e a certeza de um futuro melhor para o nosso País. MISSÃO Promover a participação da Universidade de São Paulo no desenvolvimento do Estado de São Paulo e do Brasil, trazendo contribuição científica e educacional na área de Ciências Florestais! Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
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Sumário 1. ASPECTOS INSTITUCIONAIS ............................................................................................ 3 1.1. Apresentação .................................................................................................................. 4 1.2. Organograma da Comissão Administrativa ..................................................................... 7 1.3. Quadro de Recursos Humanos ........................................................................................ 8 1.4. Base Administrativa e Operacional ................................................................................. 8 1.5. Ocupação Territorial (Uso do Solo) ................................................................................. 9 2. ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO .................................................................................. 10 2.1. Ensino e Extensão Univesitária ..................................................................................... 11 2.2. Pesquisas ....................................................................................................................... 21 2.3. Parcerias Institucionais .................................................................................................. 33 3. USO MÚLTIPLO FLORESTAL .......................................................................................... 35 4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS ..................................................................................... 37 Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
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1. ASPECTOS INSTITUCIONAIS Desde 1988, o Departamento de Ciências Florestais (LCF), da Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), é responsável
pela administração da Estação Experimental de Ciências Florestal de
Itatinga (EECF-Itatinga). Essa Estação Experimental é um patrimônio
da Universidade de São Paulo (USP) e, atualmente, é reconhecida
como um dos mais importantes centros de pesquisa, ensino e
extensão universitária do mundo.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
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2014
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1.1. APRESENTAÇÃO A Estação Experimental de Ciências
docentes do
Florestais de Itatinga (EECF-Itatinga) é
florestal, entre os quais, o chefe de
constituída pela união da Fazenda
departamento e mais quatro docentes,
Monjolinho com a Fazenda Potreirinho,
representando as áreas de silvicultura
matrículas no. 14067 e no. 14068,
de espécies nativas e exóticas, de
respectivamente.
fazendas
ambiência e de tecnologia da madeira.
foram doadas à Escola Superior de
Também fazem parte dessa comissão
Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ)
dois engenheiros florestais que são os
e
da
técnicos-adminsitrativos do LCF e que
Universidade de São Paulo (USP) em
atuam junto ao Serviço de Estações
1988 através da doação de um dos
Experimentais (SVEE) da Diretoria da
hortos
ESALQ.
incorporadas
florestais
Essas
ao
patrimônio
remanescentes
da
Estrada de Ferro Sorocabana. Esta
doação, autorizada pela Lei nº 1.744 de
21/08/78, foi efetivada no Cartório de
Notas de Piracicaba em 28/07/88 e no
Cartório de Registro de Imóveis e
Anexos da Comarca de Botucatu em
17/08/88. A área total da EECF-Itatinga
é de 2.175,43 ha, descontando-se a
área
que
foi
cedida
ao
Governo
Estadual para a construção da Rodovia
Castelo Branco (SP 280).
curso de
engenharia
Desde o início, a EECF-Itainga vem
atuando em prol da promoção do
ensino, da pesquisa e da extensão
florestal. Neste sentido, é regularmente
utilizada para aulas práticas dos cursos
de graduação e de pós-graduação da
ESALQ/USP e de outras instituições de
ensino superior e técnico. Além disso,
vem promovendo o treinamento e a
capacitação de técnicos de nível médio
e superior por meio do oferecimento de
Desde a sua fundação, a EECF-Itatinga
estágios ao longo do ano ou de forma
vem
uma
concentrada nos períodos de férias.
do
Constitui ainda, um importante centro
sendo
comissão
gerenciada
por
coordenadora
Departamento de Ciências Florestais
de
(LCF) da ESALQ que é composta sete
produção científica no âmbito nacional
servidores
e internacional.
da
USP,
sendo:
cinco
pesquisas
contribuindo
para
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
4
a
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Figura 1. Núcleo administrativo da EECF-Itatinga-LCF/ESALQ-USP
O uso múltiplo florestal das suas áreas
restauração das áreas naturais e no
experimentais é uma das estratégias
manejo
para
experimentais
otimizar
os
seus
recursos
silvicultural
das
que
áreas
inclui,
naturais. Neste sentido, além do uso
principalmente,
para
atividades
prevenção e controle de incêndios, de
acadêmicas e científicas, as suas áreas
controle de pragas e doenças, de
experimentais têm sido aproveitadas
reforma e conservação de estradas e
para a produção de bens madeireiros e
carreadores, entre outras. A EECF-
não madeireiros, como por exemplos,
Itatinga conta ainda com um viveiro
madeira, mel, sementes e resina de
florestal
Pinus.
contribui
produção anual de 700.000 mudas de
significativamente com a geração de
espécies arbóreas para atender a
renda industrial que, por sua vez, tem
demanda das pesquisas e do mercado
sido
consumidor. De uma forma em geral, a
a
promoção
Essa
de
produção
essencial
para
promover
as
com
as
atividades
capacidade
de
para
condições necessárias para garantir o
receita
bem-estar, a segurança e o melhor
extremamente
atendimento da comunidade da USP e
promover as atividades acadêmicas,
dos demais usuários e frequentadores.
científicas e de extensão, nas quais se
Também, a receita tem sido aplicada
incluem as atividades do Programa de
na
Educação Ambiental (PEA).
manutenção
imobiliário,
na
do
patrimônio
conservação
industrial
tem
sido
importante
para
e
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
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2014
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Todas as realizações na EECF-Itatinga
experimental
vêm sendo obtidas a partir de um plano
instalados os projetos temáticos, igual
diretor, no qual se prevê uma ocupação
a 459,23 ha (21%); área utilizada para
territorial estratégica voltada o uso do
o manejo florestal associado com áreas
solo
a
de experimentação, igual a 984,65 ha
preservação
(45%); áreas destinadas às Reservas
em
concomitância
a
com
conservação
e
ambiental,
respeitando-se
onde
se
encontram
as
Ecológicas da USP, igual a 565,0 ha ou
imposições da legislação ambiental
(26%), conforme Portarias Nos. 5.648 e
vigentes, principalmente, no que se
5.837, ambas de 2012, nas quais estão
refere à legislação florestal. Nesse
incluídas as áreas de preservação
contexto,
permanente e de reserva legal; e os
ao
conseguiu-se
sustentável
longo
dos
estabelecer
do
solo,
no
25
anos
um
uso
qual,
a
distribuição territorial dos 2.175,43 ha
ocorre
da
seguinte
forma:
outros
166,55
infraestruturas,
ha
rede
(8%)
com
hidrográfica
malha viária.
área
Figura 2. Exemplo da evolução da ocupação e uso do solo na EECF-Itatinga
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e
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1.2. ORGANOGRAMA DA COMISSÃO ADMINISTRATIVA Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ)
Diretor: Prof. Dr. José Vicente Caixeta Filho
Departamento de Ciências Florestais (LCF)
Chef: Prof. Dr. Mário Tomazello Filho
Serviço de Estações Experimentais
Comissão Administrativa das
(SVEE-DIRE/ESALQ)
Estações Experimentais - LCF
Coordenação
Assitência Técnica de Direção
Prof. Dr. Silvio F. B. Ferraz – Ambiência/Administração
Eng. Dr. João Carlos Teixeira Mendes
Prof. Dr. Pedro H. S. Brancalion – Silvicultura de Nativas
Eng. Msc. Rildo Moreira e Moreira
Profa. Dra. Luciana D. Silva – Silvicultura de Exóticas
Profa. Dra. Adriana M. Nolasco – Tecnologia da Madeira
1.3. QUADRO DE RECURSOS HUMANOS CARGOS
FUNÇÕES
EMPREGADOR
QUANTIDADE
TOTAL
USP
2
2
USP
1
1
FEALQ
1
1
Apoio operacional no campo
USP
4
4
Operador de máquinas Apoio operacional no campo
USP
1
1
FEALQ
1
1
USP
1
Terceirizado
18
Engenheiros Florestais Assistência Técnica e Administrativa
Técnico Florestal
Secretária
Auxiliar agropecuário
Cozinheira
Vigilantes
Assistência Operacional
Apoio Administrativo
Apoio operacional no refeitório
Vigilância da monitoria
Vigilância da guarita e rondas
Geral
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1.4. BASE ADMINISTRATIVA E OPERACIONAL Figura 3. Ilustração das principais infraestruturas que servem de apoio administrativo e
operacional no dia-a-dia da EECF-Itatinga.
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1.5. OCUPAÇÃO TERRITORIAL (USOS DO SOLO) Figura 4. Representação espacial do uso do solo na E.E. de Itatinga.
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2. ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO A promoção da educação, do desenvolvimento científico e da
extensão universitária é o principal objetivo Estação Experimental de
Ciências Florestais de Itatinga-LCF. Para isto, uma série de
atividades tem sido prioridades e aperfeiçoadas ao longo dos anos
como, por exemplos, apoio ao ensino e pesquisa, oferecimento de
estágios e promoção de eventos técnico-científicos. Desde 2004,
estas atividades vêm contando com o apoio do programa de
educação ambiental, principalmente, visando à segurança, o bemestar e o bom atendimento da comunidade da USP e de todos os
usuários e frequentadores da Estação Experimental.
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2.1. ENSINO E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Seguindo as linhas de atuação da USP nas
Um dos maiores destaques está na excelente
áreas de ensino, pesquisa e extensão, a
formação
coordenação administrativa não tem medido
humanos, não só dos estudantes do curso de
esforços para que a Estação Experimental de
engenharia florestal da USP, mas, também,
Ciências Florestais de Itatinga cumpra com a
de outras instituições de ensino superior e
sua missão de promover a participação da
técnico, tanto do Estado de São Paulo como
Universidade
de outros Estados brasileiros, (Tabelas 1 e 2).
de
São
Paulo
no
e
capacitação
de
recursos
desenvolvimento do Estado de São Paulo e
do Brasil, trazendo contribuição científica e
educacional na área de Ciências Florestais.
Tabela 1 - Relação das disciplinas de graduação e de pós-graduação da USP que tem sido
ministradas na EECF-Itatinga-LCF, nos últimos 15 anos.
DISCIPLINA
PROFESSOR
OBSERVAÇÃO
Curso
Silvicultura Urbana
Demostenes da Silva Filho
LCF 636
Pós Graduação
Ecologia Florestal
Fábio Poggiani / Ciro A. Righi
LCF0491
Graduação
Ciclagem de Nutrientes
Fábio Poggiani
LCF 5741
Pós Graduação
Introdução à Engenharia Florestal
Fernando Seixas
LCF0106
Graduação
Implantação Florestal
José Leonardo M. Gonçalves
LCF0621
Graduação
Solos Florestais
José Leonardo M. Gonçalves
LCF0620
Graduação
Fertilidade e Man. Solos Florestais
José Leonardo M. Gonçalves
LCF 5723
Pós Graduação
Recursos Energéticos Florestais
José Otávio Brito
LCF0542
Graduação
Gestão de Impactos Ambientais
Katia Maria P. M. B. Ferraz
LCF1697
Graduação
Gestão Ambiental
Luiz Carlos Estraviz Rodrigues
LES 111
Graduação
Relações Água-Planta-Atmosfera
Luiz R. Angelocci
LCF 5743
Pós Graduação
Educação Ambiental
Marcos Sorrentino
LCF0270
Graduação
Restauração Ecológica
Pedro Henrique S. Brancalion
LCF 5880
Pós Graduação
Silvicultura Tropical
Virgilio Viana
LCF0493
Graduação
Manejo de Bacias Hidrograficas
Walter P.Lima/Silvio F. B. Ferraz
LCF 678
Graduação
Hidrologia Ecossistemas Florestais
Walter de Paula Lima
LCF 5719
Pós Graduação
Melhoramento Florestal I
Weber A. N. Amaral
LCF 676
Graduação
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Tabela 2 - Relação das disciplinas que não fazem parte da grade curricular da USP e que tem sido
ministradas na EECF-Itatinga-LCF nos últimos 15 anos.
DISCIPLINA
RESPONSÁVEL
INSTITUIÇÃO
Fertilizantes e Corretivos
Prof. Iraê Amaral Guerrini
UNESP – Botucatu/SP
Biologia, Produção e Tecnologia de
Sementes Florestais
Prof. Claudio Cavariani
UNESP – Botucatu/SP
Silvicultura
Prof. Magali Ribeiro da Silva
UNESP – Botucatu/SP
Ciências Biológicas
Prof. Yuriko
UNESP – Botucatu/SP
Ecologia Animal
Profa. Virginia S. Ueda
UNESP – Botucatu/SP
Zoologia de Vertebrados
Profª. Virginia S. Ueda
UNESP – Botucatu/SP
Ciclagem Biogeoquimica
Prof. Jean Paul Laclau
UNESP – Botucatu/SP
Fotografia Ciêntifica Biológicas
Profª Elza Guimarães
UNESP – Botucatu/SP
Manejo de Bacias
Prof. Manuel E. G. Guandique
UNESP – Sorocaba/SP
Climatologia e Hidrologia
Prof. Manuel E. G. Guandique
UNESP – Sorocaba/SP
Melhoramento Florestal
Prof. Antonio Higa
UFPR - Curitiba PR
Ecologia Florestal
Prof. Msc. João C. T. Mendes
CEUNSP – Itu/SP
Silvicultura
Prof. Ademir Diniz Neves Caju
FAIT – Itapeva/SP
Silvicultura
Prof. Fábio Leite de Souza
FAIT – Itapeva/SP
Ciências Biológicas
Profª Suzzete Leal
Silvicultura e manejo
Prof. Edson Prof. Luiz P. Correa
ETE Prefeito José Coury - Rio das Pedras/SP
FAIT – Itapeva/SP
Bacias hidrográficas
Profa. Claudia Moster
ETE Prefeito José Coury - Rio das Pedras/SP
Inventário florestal
Prof. João Dal Ponte Filho
ETE Prof Dr Antonio Eufrásio de Toledo
– Presidente Prudente/SP
Silvicultura e manejo
Prof. Plinio Carielo
ETE Prof Dr Antonio Eufrásio de Toledo
– Presidente Prudente/SP
Bacias hidrográficas
Prof. Renato de Araujo Ferreira
ETE Prof Dr Antonio Eufrásio de Toledo
– Presidente Prudente/SP
Nos últimos quinze anos, a EECF-Itatinga
Patrocínio de Itu (CEUNSP); 2 disciplinas da
atendeu
que
Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de
complementaram o aprendizado teórico de 37
Itapeva (FAIT); 1 disciplina das Faculdades
disciplinas de graduação, de pós-graduação e
Integradas Regionais de Avaré (FIRA); 2
de colégios técnicos, sendo: 17 disciplinas da
disciplinas
ESALQ/USP; 10 disciplinas da Universidade
Prefeito José Coury de Rio das Pedras; e 3
Estadual Paulista (UNESP), dos campi de
disciplinas da Escola Técnica Estadual Prof.
Botucatu e de Sorocaba; 1 disciplina da
Dr. Antonio Eufrásio de Toledo de Presidente
Universidade Federal do Paraná (UFPR); 1
Prudente.
2.692
estudantes
da
Escola
Técnica
Estadual
disciplina do Centro Nossa Senhora do
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
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Figura 5. Áreas nas fazendas Monjolinho e Potreirinho que são utilizadas para o desenvolvimento
de atividades didáticas e os respectivos conteúdos das aulas práticas.
Figura 6. Momentos das aulas práticas da disciplina LCF0106 – Introdução à Engenharia Florestal
que é ministrada no primeiro semestre do curso de Engenharia Florestal da ESALQ/USP
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
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Algumas aulas de campo tem prestado uma
2010, sob a orientação do Prof. Dr. Silvio F.
grande contribuição com a geração de
B.
produtos que servem para o embasamento
diagnóstico do manejo florestal na microbacia
técnico e operacional da equipe da EECF-
do
Itatinga. Muitos desses produtos são gerados
entendimento do uso do solo e das suas
na forma de estudos de caso. Um desses
conseqüências, também servirá de base para
estudos foi realizado pela disciplina LCF 0678
um trabalho mais amplo que terá como
- Manejo de Bacias Hidrográficas do curso de
objetivo
Engenharia Florestal da ESALQ/USP em
ambiental na referida microbacia.
Ferraz.
ITA.
Este
Além
o
trabalho
de
resultou
contribuir
planejamento
da
para
Figura 7. Ilustração do resultado do diagnóstico sobre o manejo florestal na microbacia do ITA
o
adequação
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
no
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Outro estudo de caso foi realizado pela
pequenos estudos de casos. Alguns geraram
disciplina Zoologia de Campo do curso de
resultados inovadores, como por exemplo, a
Ciências Biológicas da UNESP/Botucatu, sob
identificação de 2 espécies de crustáceos que
a orientação do Prof. Dr. Wilson Uieda e da
habitam naturalmente os cursos d’água da
Profa. Dra. Virgínia Sanches Uieda. Ao longo
região.
de 60 horas aulas foram desenvolvidos
Figura 8. Espécies de crustáceos identificados na microbacia do Potreirinho na EECF-Itatinga
Figura 9. Momentos de aulas práticas realizadas nas áreas experimentais e de manejo florestal da
EECF-Itatinga-LCF/ESALQ-USP.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
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A transmissão dos conhecimentos gerados na
Em ambos os programas os estudantes
EECF-Itatinga, em retribuição à sociedade
recebem
que é responsável pela sua manutenção,
alojamento, alimentação, transporte e seguro.
sempre foi prioridade e, para isto, uma série
Ao todo já foram formados 783 estagiários,
de atividades de extensão universitária tem
sendo 276 no programa de residência e 507
sido promovida ao longo dos anos. Como
no
parte dessas atividades, a EECF-Itatinga
respectivamente. Os estagiários atendidos
promove há 14 anos dois programas de
foram provenientes de 36 instituições de
estágios que tem como princípio o aprender
ensino, sendo 10 de nível técnico e 26 de
como consequência da realização. Esses
nível superior.
programas são: (i) Residência: estágio de
longa duração, ao longo do ano, no qual os
estudantes podem participar de diferentes
áreas operacionais ou de uma pesquisa
específica; (ii) Concentrado ou Férias: estágio
vivencial com caráter de curta duração, com
atividades concentradas nos períodos de
férias escolares e feriados.
todo
programa
apoio
de
logístico,
férias,
incluindo
35%
e
Os programas de estágios são mecanismos
de extensão repercutentes no Brasil e no
exterior, abrangendo 29 cidades brasileiras e
3 estrangeiras, sendo: 18 do Estado de São
Paulo, 3 do Paraná, 2 de Santa Catarina, 2 do
Mato Grosso do Sul, 2 do Mato Grosso, 1 do
Rio Grande do Sul, 1 de Goiás, 1 da França,
1 dos EUA e 1 da Finlândia, (Tabela 3).
Figura 10. Estagiários durante treinamento na EECF-Itatinga-LCF/ESALQ.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
65%
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Tabela 3 - Relação das instituições que tem participado dos programas de estágios da EECFItatinga, com as respectivas quantidades de alunos atendidos. Entende-se: R =
residência e F = férias.
Superior
Técnico
Nível
INSTITUIÇÃO
ORIGEM
R
F
TOTAL
ETE "Dona Sebastiana de Barros"
São Manoel SP
14
35
49
ETE "Dr. Dario Pacheco Pedroso"
Taquarivaí SP
14
16
30
ETE "Orlando Quagliato"
Santa Cruz R. Pardo SP
2
7
9
ETE "Dr. José Coury"
Rio das Pedras SP
0
10
10
ETE "Pref. José Esteves"
Cerqueira Cesar SP
5
0
5
ETEC "Conego José Bento"
Jacareí SP
0
1
1
ETE "Dep. Francisco Franco"
Rancharia SP
87
12
99
Colégio Florestal Iratí
Iratí PR
47
14
61
CEDUP Vidal Ramos
Canoinhas SC
8
0
8
Colégio Florestal de São Leopoldo
São Leopoldo RS
8
3
11
ESALQ - USP
Piracicaba SP
1
312
313
UNESP - Campus de Botucatu - FCA
Botucatu SP
6
12
18
UNESP - Ilha Solteira - ILES
Ilha Solteira SP
0
2
2
UNESP - Campus de Registro
Registro SP
1
3
4
FIRA - Faculdades Integradas R. de Avaré
Avaré SP
28
8
36
FAEF - Fac. Agronomia e Eng. Florestal
Garça SP
6
17
23
FAIT - Faculdade de Itapeva
Itapeva SP
10
3
13
Faculdade Eduvale de Avaré
Avaré SP
3
0
3
FATEC - Botucatu
Botucatu SP
1
2
3
FATEC - Capão Bonito
Capão Bonito SP
0
1
1
UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos
Sorocaba SP
5
5
10
UFMS - Universidade Federal Mato Grosso do
Sul
Dourados MS
1
1
2
UFPR - Univ. Federal do Paraná
Curitiba PR
0
12
12
Centro Regional Educacional - UNIPinhal
Pinhal PR
0
2
2
UDESC - Univ. Federal de Santa Catarina
Lages SC
2
14
16
UEMS - Univ. Estadual do Mato Grosso Sul
Cassilândia MS
3
0
3
ULBRA - ILES - Instituto Luetrano de Ensino
Superior
Itumbiara GO
0
5
5
UFMT - Universidade Federal Mato Grosso
Cuiabá MT
0
2
2
UNITAU - Universidade de Taubaté
Taubaté SP
0
2
2
UEG - Universidade Estadual de Goias
UNEMAT - Univeridade do Estado de Mato
Grosso
Goias
0
2
2
Alta Floresta MT
0
2
2
Lins SP
0
1
1
França
França
21
1
22
North Carolina State University
EUA - Estados Unidos
1
0
1
University of Eastern Finland
Finlândia
2
0
2
UNILINS - Universidade de Lins
TOTAL
276 507
783
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
17
2014
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
Também como parte das atividades de
seus
extensão
pela
técnicas.
Esta
EECF-Itatinga, vale mencionar que mais de
interação
dos
150
empresas e possibilita a vivencia com o setor
universitária
eventos
promovidas
técnico-científicos
já
foram
promovidos nas suas dependências, trazendo
para o município um público estimado de
3.100
pessoas,
profissionais
entre
do
setor
pesquisadores,
agroflorestal
e
proprietários rurais, tanto do Brasil como do
exterior.
Entre
técnicos
também
realizem
aproximação
nossos
visitas
ajuda
na
com
as
alunos
produtivo das ciências florestais;
Também, ao longo do ano a EECF-Itatinga
promove uma série de reuniões técnicas com
o objetivo principal de apresentar e divulgar
os
projetos
e
as
pesquisas
em
desenvolvimento, vários em parcerias, Entre
os
eventos,
são
as realizadas recentemente, destacam-se a
promovidas visitas técnicas, pelas quais os
reunião da IUFRO - International Conference
representantes
e
de
anualmente
diferentes
instituições,
do
Projeto
IntensiFix
(eventos
nacionais e internacionais, visitam a EECF-
internacionais) e as reuniões técnicas dos
Itatinga para conhecerem os experimentos
Programas Cooperativos do IPEF (Instituto de
instalados.
instituições
Pesquisa e Estudos Florestais) - PTSM,
internacionais destacamos o CIRAD (França),
PROMAB, PPPiB, EucFlux e ProBio. Assim
NCSU, Ohio State University e Nebrasca
como as visitas técnicas, estas reuniões
University (Universidades Norte-Americanas)
possibilitam o maior fluxo de informação entre
pelos desdobramentos que estas visitas
as instituições contribuindo para excelência
possibilitaram.
dos trabalhos realizados.
Dentre
Hoje
as
temos
algumas
pesquisas em desenvolvimento em parceria
com estas instituições que contribui sobre
maneira com a internacionalização de nossa
instituição. Dentre as instituições nacionais
destacamos
EMBRAPA,
UFPR,
UFRJ,
UNESP, FATEC e CATI. Assim como com as
instituições internacionais, a parceria com
estas instituições de pesquisa e ensino
colaboram para universalização das ações da
USP. Atenta à realidade das empresas do
setor florestal, a EECF-Itatinga tem contato
próximo com as mesmas possibilitando que
Entre
os
destaca-se
eventos
a
técnicos-científicos,
série
do
de
Eucaliptocultura, que vem sendo realizado em
parceria com o Instituto de Pesquisas e
Estudos
Florestais
Coordenadoria
de
(IPEF)
e
com
Assistência
a
Técnica
Integral de São Paulo (CATI), a qual já
capacitou em 13 edições mais de 350
produtores
rurais,
tanto
para
cultivar
Eucalyptus para uso múltiplo como para
planejar melhor o uso da propriedade rural do
ponto de vista econômico e ambiental.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
Curso
18
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
Figura 11. Momentos em eventos técnicos-científicos promovidos na EECF-Itatinga-LCF/ESALQ.
A
inserção
da
universitário,
sociedade
no
ambiente
semana e feriados. Nesta categoria,
nas
incluem-se as atividades de educação
especificamente,
dependências da Estação Experimental de
ambienta formal;
Ciências Florestais de Itatinga, também tem
sido prioridade e promovida pelo Programa
(ii) Visitas ocasionais: na qual são atendidos,
de Educação Ambiental (PEA). Com a sua
apenas em dias de expediente normal, os
reformulação e ampliação em 2004, foram
visitantes casuais que buscam o lazer ou
estabelecidas duas categorias de visitação
a recreação.
pública do PEA, que são:
(i)
os
Nos últimas 10 anos, desde quando o PEA
o
passou a ser monitorado, foram atendidos
agendamento para que o técnico de
4.336 visitantes, sendo, 1.124 em visitas
apoio educativo possa monitorar e dar
ocasionais e 3.212 por meio de visitas
todo apoio necessário, tanto em dias de
monitoradas.
Visitas
programadas:
interessados
devem
na
qual
fazer
expediente normal como nos finais de
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
19
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
É importante ressaltar que o município de
de São Paulo, como por exemplos, de
Itatinga tem sido o maior beneficiado pelo
Piracicaba, de Bauru, de São Paulo, de
PEA, tendo em vista que pelo menos 80% do
Bofete, entre outras cidades.
público das visitas monitoradas, ou seja,
aproximadamente 2.569 visitantes, tem sido
alunos
das
suas
escolas
municipais
e
estaduais.
Visando melhorias na segurança, garantia do
bem-estar e excelência na qualidade do
atendimento à comunidade, a coordenação
da EECF-Itatinga continuará trabalhando no
A EECF-Itatinga tem mantido as portas
sentido de manter o programa de educação
abertas à comunidade Itatinguense por meio
ambiental e incentivar cada vez mais que as
de parcerias com a Secretaria de Educação e
visitas aconteçam de forma programada.
com a Secretaria de Meio Ambiente da
Prefeitura Municipal. Os outros 20% do
público
das
visitas
monitoradas
foram
provenientes de outros municípios do Estado
Figura 12. Momentos de visitas programadas promovidas pelo PEA na EECF-Itatinga-LCF/ESALQ.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
20
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
2.2. PESQUISAS Baseado em sua ampla rede experimental e
de
boas condições de infraestrutura e apoio
plantações de eucalipto. As pesquisas são
logístico, estão em andamento 150 projetos
conduzidas por quinze pesquisadores da
de pesquisa em diferentes talhões das
ESALQ/USP e do CIRAD da França;
fazendas Monjolinho e Potreirinho. A seguir
estão relacionadas as principais linhas de
pesquisa:
i)
uso
da
água
e
nutrientes
iii) Ecologia Florestal –
Nessa linha de
pesquisa se incluem estudos sobre a
influência de plantações florestais nos
Melhoramento
Genético
de
Espécies
recursos
naturais,
bem
como
o
Florestais Tropicais e Subtropicais – Tem
desenvolvimento de práticas de manejo
como objetivos introduzir, conservar e
destinadas
melhorar
espécies
ambientais. Destaca-se o Programa de
florestais com potencial de uso múltiplo. A
Monitoramento de Bacias Hidrográficas,
EECF-Itatinga
reconhecida
que monitora indicadores de qualidade e
internacionalmente como um dos mais
quantidade hídrica de três microbacias,
importantes bancos de germoplasma de
uma na fazenda Potreirinho e duas na
espécies florestais do mundo, devido,
fazenda Monjolinho. Também se destaca
principalmente, à sua diversidade de
um projeto de pesquisa firmado entre a
espécies e ao seu controle genético. O
ESALQ e a SABESP, sobre a disposição
desenvolvimento de clones superiores
de lodo de esgoto tratado em plantações
para uso múltiplo em pequenas e médias
florestais, em condução desde 1998. Por
propriedades rurais é um dos destaques
fim, destaca-se a pesquisa de longo prazo
dessa linha de pesquisa.
sobre colheita florestal de baixo impacto
geneticamente
é
ii) Silvicultura e Manejo Florestal – Essa
linha
de
pesquisa
tem
contribuído
significativamente para o desenvolvimento
de
boas
práticas
consequentemente,
desenvolvimento
florestal
silviculturais
para
tecnológico
brasileiro.
Nessa
e,
o
do
linha
a
mitigar
os
impactos
que, pelo caráter inovador, tem servido de
modelo para a elaboração de políticas
públicas de uso da reserva legal no
Estado de São Paulo;
iv) Tecnologia
Florestal
–
A
demanda
setor
crescente por produtos de base florestal
de
sustentável tem estimulado o avanço de
pesquisa destaca-se o projeto temático
pesquisas
sobre processos de ciclagem e eficiência
madeireiros
em
e
busca
de
produtos
não-madeireiros
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
em
21
com
2014
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
potencial econômico para o mercado
PROMAB – Programa de Monitoramento de
brasileiro. Neste sentido, as florestas da
Bacias Hidrográficas: tem como foco o uso da
rede
uma
microbacia hidrográfica experimental para
importante fonte de material genético para
avaliação dos efeitos do manejo florestal
pesquisas sobre madeiras destinadas à
sobre os recursos hídricos. Esses efeitos são
movelaria, produção de óleo essencial e
avaliados a partir do monitoramento semanal
resinagem em Pinus (parceria com a
com coletas de dados da quantidade e da
Associação de Resinadores do Brasil –
qualidade dos recursos hídricos (Figura 13).
ARESB).
Na EECF-Itatinga existem três microbacias
experimental
têm
sido
Associados a essas linhas existem sete
projetos
principal
temáticos
em
característica
andamento,
e
o
cuja
aspecto
multidisciplinar das pesquisas que envolve a
participação
públicas
de
e
diferentes
privadas,
instituições
nacionais
e
internacionais. A seguir apresenta-se uma
síntese de cada projeto temático:
que já estão sendo monitoradas e ocupam
uma área total de 276 ha, sendo que: a
microbacia do TINGA tem 87 ha; a microbacia
do Monjolinho tem 130 ha; e a microbacia da
Forquilha
tem
59
ha,
(Figura
14).
microbacia do TINGA é uma das pioneiras de
uma grande rede experimental de bacias
hidrográficas que estão distribuídas em todo
território brasileiro e em áreas manejadas por
diferentes empresas florestais.
Figura 13. Vertedouro da Microbacia do Tinga e coleta de dados sobre o seu lençol freático.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
A
22
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
Figura 14. Descrição básica de cada microbacia experimental na EECF-Itatinga-LCF/ESALQ.
Já se encontra em andamento na microbacia
de uso sustentável da reserva legal para as
da
fazenda
propriedades rurais brasileiras, por meio de
Monjolinho, a conversão de 30 ha de floresta
uma parceria entre a EECF-Itatinga/ESALQ-
plantada com Eucalyptus em floresta nativa.
USP com o IPEF e com a Secretaria Estadual
Essa área deverá ser transformada em um
de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
polo de disseminação de modelos pioneiros
(SMA).
Forquilha,
localizada
na
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
23
2014
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
PTSM – Programa Temático de Silvicultura e
operacional da área de silvicultura, visando
Manejo:
ao
é
constituído
por
projetos
de
aumento
da
produtividade
dos
pesquisa que geram embasamento científico
povoamentos florestais e à sustentabilidade
e tecnológico adequado para a decisão
dos sítios a médio e longo prazo.
Figura 14. Exemplos de consórcio de espécies florestais e de preparo de solo utilizando técnicas
de cultivo mínimo, que são algumas das linhas de pesquisas do PTSM.
EUCFLUX – Torre de Fluxo: tem como
encontrar-se instalado numa fazenda da
principal objetivo avaliar os fluxos de energia,
Duratex S/A, os pesquisadores e os técnicos
carbono e água entre os ecossistemas e a
envolvidos recebem da EECF-Itatinga todos
atmosfera, utilizando uma torre para abrigar
os recursos logísticos, operacionais e de
equipamentos meteorológicos sobre a copa
infraestruturas necessários para viabilizar
da floresta. Apesar do complexo da torre
operacionalmente as pesquisas.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
24
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
Figura 15. Vista geral das instalações na área experimental do projeto EUCFLUX.
Transferência e Balanço de Água e Nutrientes
balanço
em Povoamentos de Eucalyptus: projeto
plantadas. Este projeto é fruto de uma
temático
parceria entre a ESALQ/USP, o IPEF e o
que
investiga
os
efeitos
das
operações silviculturais e do manejo no
biogeoquímico
das
florestas
CIRAD da França.
Figura 16. Aspectos gerais de uma área experimental da rede de pesquisas do projeto de
transferência e balanço de água e nutrientes em povoamentos de Eucalyptus.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
25
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
PROBIO – Programa de Biossólido: esse
resíduos das estações de tratamento e,
programa estudo o efeito da aplicação do
ainda, a substituição parcial de fertilizantes
lodo de esgoto ou biossólido em florestas
minerais na manutenção da produtividade
plantadas visando melhor aplicação para os
florestal.
Figura 17. Momento da aplicação de biossólido numa área experimental na EECF-Itatinga.
PCNC – Programa Cooperativo de Novos
USP, visando a obtenção de materiais
Cultivares: esse programa contém pesquisas
genéticos de uso múltiplo para atender a
sobre a seleção e testes de novos cultivares,
demanda de pequenos e médios produtores
a partir da clonagem de materiais superiores
rurais. O registro de cada material testado é
de espécies puras e híbridos interespecíficos
feito pela sigla USP/IPEF seguido de número
das Estações Experimentais do LCF/ESALQ-
sequencial.
Figura 18. Exemplos de dois clones diferentes plantados numa área de manejo florestal.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
26
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
PPPIB – Produtividade Potencial de Pinus no
Experimental de Itatinga, fazem parte mais 10
Brasil:
visam
empresas florestais ou de tecnologia: Klabin,
compreender e quantificar os processos que
Caxuana, Vale do Corisco, Norske, Rigesa,
controlam a produtividade do Pinus e suas
Stora Enso Arapoti, Derflin Florestal, Juliana
interações com o ambiente. Além da Estação
Florestal, Masisa e Arbogen.
os
estudos
deste
projeto
Figura 19. Aspectos gerais da área irrigada do PPPIB, onde estão sendo feitas avaliações de
potencial de produtividade com Pinus taeda e Pinus caribaea var. hondurensis.
Além dos projetos temáticos, cabe destacar o
coordenação da equipe técnica da EECF-
TUME – Teste de Uso Múltiplo de Eucalyptus.
Itatinga-LCF
Trata-se de uma rede experimental que tem
assessoria aos produtores rurais parceiros do
um caráter extensionista e o objetivo principal
TUME.
de incentivar o plantio de Eucalytpus por
A ampla rede experimental existente na
pequenos
rurais,
EECF-Itatinga vem sendo conduzida por
visando o uso múltiplo florestal. A primeira
grupos de pesquisadores e estudantes da
área experimental foi instalada em 1997 na
ESALQ e de instituições parceiras. Estão em
EECF-Itatinga e, a partir de então, já foram
andamento 19 trabalhos científicos de pós-
instalados mais de 100 módulos em várias
graduação.
regiões
no
dissertações de mestrado e 15 teses de
Paraguai. As informações geradas pelas
doutorado. Desse montante, 48 pesquisas
avaliações
está
são da ESALQ, 5 da UNESP/FCA, 5 da
formando um grande banco de dados sobre a
USP/CENA, 2 da UFSCAR e 2 da Ecole
adaptação edafoclimática de várias espécies
Nationale du Géne Rural, des Eaux et des
de Eucalyptus. Esse projeto está sob a
Forêts (ENGREF-França).
e
médios
brasileiras
dos
e
produtores
numa
diferentes
região
módulos
que,
Já
também,
foram
concluídas
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
fornece
27
28
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
Quadro 1 - Relação das dissertações de mestrados realizadas nas áreas experimentais da EECFItatinga/ESALQ-USP e já concluídas
Dissertações Caracterização hidrológica de uma microbacia hidrográfica da estação experimental de ciências florestais de Itatinga, ESALQ/USP Efeito das plantações florestais (Eucalyptus sp.) sobre a dinâmica de nutrientes em região de cerrado do estado de São Paulo, Efeitos do corte raso do eucalipto sobre o balanço hídrico e a ciclagem de nutrientes em uma microbacia experimental Avaliação do Método de Morton para a Estimativa da Evapotranspiração Real em Microbacia Hidrográfica Efeito do Lodo de Esgoto (Biossólido) sobre a nutrição, ciclagem de nutrientes e crescimento de su‐bosque em plantação de eucalipto Variação da regeneração natural da vegetação arbórea no sub‐bosque de Eucalyptus saligna Smith, manejado por talhadia, localizado no município de Itatinga, SP. Mapeamento de solos e de produtividade em plantações de E. grandis na EECF de Itatinga com uso de geoprocessamento. Estrutura genética em populações de bracatinga (Mimosa scabrella Benth. ) por marcador isoenzimático e caracteres quantitativos. Influência da aplicação do lodo de esgoto (Biossólido) sobre a concentração e o estoque de nutrientes na biomassa do sub‐bosque, na serrapilheira e no solo de um talhão de E. grandis Mamiferos de médio e grande porte em florestas de Eucalyptus spp com diferentes densidades de sub‐bosque no município de Itatinga, SP Dissipação e mobilidade dos herbicidas glifosato e oxifluorfen em um solo manejado no sistema de cultivo mínimo e florestado com Eucaliptus grandis Crescimento e fixação de nitrogênio em plantios mistos de eucalipto e leguminosas arbóreas nativas Pastas estimulantes em sistemas de resinagem de Pinus elliottii var. elliottii Efeito da aplicação do lodo de esgoto e de fertilização mineral no crescimento e propriedades da madeira de árvores de Eucalyptus grandis W. Hill ex. Maiden Produção de madeira, ciclagem de nutrientes e fertilidade do solo em plantios de Eucalyptus grandis, após aplicação de lodo de esgoto Avaliação hidrológica da zona ripária através da análise da água subterrânea ao longo das vertentes de uma microbacia experimental Desenvolvimento de raiz fina em povoamentos monoespecíficos e mistos de Eucalyptus grandis e Acacia mangium Ecotoxicologia de um sistema florestal de eucalipto tratado com lodo de esgoto Resposta à fertilização nitrogenada e estoque de nitrogênio biodisponível em solos usados para plantações de Eucalyptus Ciclagem de nutrientes e metais pesados em plantios de Eucalyptus grandis adubados com lodos de esgoto produzidos em diferentes estações de tratamento da região metropolitana de São Paulo Parâmetros genéticos obtidos por modelos mistos em progênies e procedências da Mimosa scabrela Benthan (bracatinga) Comparação de métodos não‐destrutivos de cubagem de árvores em pé visando à determinação da biomassa Efeito das espécies na decomposição da serapilheira e na transferência de N entre folhas em plantios mistos de Eucalyptus grandis e Acacia mangium Efeito da disponibilidade de água e adubação potássica na respiração aérea de Eucalyptus no Brasil Influência da disponibilidade de água e potássio na distribuição das raízes finas e na velocidade das raízes mais profundas em plantações de Eucalyptus no Brasil. Respiração de Plantações aéreas Acacia mistas e Eucalyptus no Brasil Caracterização das taxas fotossintéticas em Pinus caribaea e Pinus taeda sob diferentes níveis de estresse hídrico e nutricional. Avaliação da relação de crescimento e respostas ecofisiológicas de clones de Eucalyptus sp e híbrido submetidos a diferentes doses de adubação potássica. Instituição Ano ESALQ 1994 ESALQ 1998 ESALQ 1999 UNESP 1999 ESALQ 2000 ESALQ 2002 ESALQ 2003 ESALQ 2004 ESALQ 2005 ESALQ 2005 ESALQ 2006 ESALQ 2006 ESALQ 2006 ESALQ 2007 ESALQ 2007 ESALQ 2007 ESALQ 2007 CENA 2008 ESALQ 2009 ESALQ 2010 ESALQ 2010 ESALQ 2011 CENA 2012 ESALQ 2012 ESALQ 2012 ESALQ 2012 ESALQ 2013 ESALQ 2013 Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
28
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
Quadro 2 - Relação das teses de doutorado realizadas nas áreas experimentais da EECFItatinga/ESALQ-USP e já concluídas
Teses Instituição Ano UFSCAR 2004 Ciclagem de nutrientes após aplicação de lodo de esgoto (Biossólido) sobre latossolo cultivado com Eucalyptus grandis ESALQ 2005 Modificações na qualidade da madeira de Eucalyptus grandis causadas pela adubação de lodo de esgoto tratado ESALQ 2006 Lodo de esgoto em plantações de eucalipto: carbono, nitrogênio e aspectos da fotossíntese UFSCAR 2006 Processo e modelagem do comportamento de elementos fornecidos pela adubação no plantio intensivo de eucalipto no Brasil. Recomendações para o manejo sustentável. ESALQ 2008 ESALQ 2009 CENA 2009 ESALQ 2010 ESALQ 2011 ESALQ 2011 ESALQ 2012 ESALQ 2012 ESALQ 2012 Efeitos da adubação potássica sobre adaptação à seca do Eucaliptus grandis CENA 2013 Efeito residual do lodo de esgoto na produtividade e ciclagem de nutrientes em plantios de Eucalyptus grandis e no cultivo de plantas alimentícias (simulando alteração do uso agrícola do solo) ESALQ 2014 Critérios e indicadores para monitoramento hidrológico de florestas plantadas Nutrição, crescimento, eficiência de uso de água e de nutrientes em povoamentos de Eucalyptus grandis fertilizados com potássio e sódio Produção de madeira e elementos potencialmente tóxicos no sistema solo‐eucalipto tratado com lodo de esgoto Água e carbono saldos de plantações de rápido crescimento de Eucalyptus: modelagem e extrapolação espacial da trama para a região. Contribuição de amostras de água nas camadas mais profundas do solo para a água e nutrição mineral de Eucalyptus. Variabilidade espacial e temporal da produtividade de uma plantação de eucalipto ‐ calibração e validação do modelo ecofisiológico Maestra. Alternativas de colheita de Eucalyptus e seus impactos no solo e na vegetação nativa em processo de regeneração num plantio abandonado. Produção de biomassa aérea e ciclagem de nitrogênio em consórcio de genótipos de Eucalyptus com Acacia mangium Atributos microbianos e químicos do solo e da serapilheira em plantios puros e mistos de Eucalyptus grandis e Acacia mangium Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
29
2014
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
Quadro 3 - Relação das teses de doutorado e dissertações de mestrados que estão sendo
realizadas nas áreas experimentais da EECF-Itatinga/ESALQ-USP.
Mestrado e Doutorado Instituição Fixação de N e fertilidade do solo em sistema agroflorestal. ESALQ Sazonalidade da atividade cambial e formação do lenho de árvores de Eucalyptus grandis sob o efeito de fertilização potássica e sódica x disponibilidade hídrica. ESALQ Produção e mortalidade de raízes finas em plantios de Eucalyptus grandis em solo de diferentes texturas. CENA Modelando (MAESPA) a influência da água disponível e nutrientes sobre a intercepção de radiação e do crescimento de árvores individuais. ENGREF Dinâmica da matéria orgânica do solo após a arborização de pastagens com eucalipto e acácias em cultura pura ou misturada. ENGREF Avaliação dos efeitos hidrológicos de diferentes intensidades de corte no manejo do eucalipto ESALQ Epidemia de ferrugem causada por Puccinia psidii em monocultivo de Eucalyptus grandis x E. urophylla e em plantios consorciados com Acacia mangium UNESP Manejo de resíduos florestais e métodos de preparo de solo em duas rotações de cultivo de Eucalyptus grandis. ESALQ Resposta à fertilizantes fosfatados e à aplicação integral de fertilizantes em plantações de Eucalyptus. ESALQ Caracterização da qualidade do lenho e avaliação do crescimento em diâmetro de árvores de Eucalyptus grandis w. Hill ex Maiden com 8 anos após aplicação de potássio e sódio ESALQ Transpiração e eficiência de uso da água em plantios puros e mistos de Eucalyptus grandis e Acacia mangium. UNESP Variabilidade entre quatro materiais genéticos de Eucalyptus spp quanto à distribuição de raízes finas em Latossolos muito profundos UNESP Caracterização da morfologia da copa e da anatomia das folhas de dezesseis materiais genéticos de Eucalyptus com distintos ideotipos ao longo de um gradiente de produtividade em Itatinga, SP ESALQ Efeitos de três diferentes sistemas de colheita sobre a estrutura e a diversidade da regeneração natural em plantio abandonado de Eucalyptus spp. Estudo de tamanhos de parcelas para otimização amostral em remanescentes de florestas nativas em Itatinga – SP ESALQ Efeito da ação da espécie fixadora de Nitrogênio Acacia Mangium no crescimento e arquitetura de raízes finas em consórcio com Eucalyptus grandis UNESP Alocação de carbono em Pinus caribaea var. hondurensis e Pinus taeda L. sob diferentes manejos hídricos e nutricionais em Itatinga, SP. ESALQ Efeito das estradas florestais na produção e dinâmica de sedimentos na micro‐bacia do Tinga. ESALQ Crescimento e eficiência no uso da água por diferentes clones de E. grandis vs. E. urophylla sob doses de potássio ESALQ Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
ESALQ 30
2014
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
Graças ao caráter inovador de sua produção
pesquisas em ciências florestais e ambientais
científica e tecnológica, a EECF-Itatinga é
do mundo. As Figuras 20 e 21 demonstram a
reconhecida nacional e internacionalmente
distribuição espacial das áreas experimentais
como
na EECF-Itatinga-LCF/ESALQ-USP.
um
dos
importantes
centros
de
Figura 20. Representação da distribuição espacial de áreas experimentais na EECF-Itatinga.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
31
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
Figura 21. Representação da distribuição espacial das áreas de monitoramento de produtividade
(inventário) em relação aos diferentes sítios que existem na EECF-Itatinga.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
32
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
2.3. PARCERIAS INSTITUCIONAIS A EECF-Itatinga tem firmado várias parcerias
CIRAD
institucionais em prol de sua missão, cabendo
Internationale em Recherche Agronomique
os seguintes destaques:
pour le Dévelopment: tem atuado como
–
Centre
de
Coopération
agente fomentador do projeto “Transferência
e
 Instituições de Pesquisa:
Balanço
de
Água
e
Nutrientes
em
Povoamentos de Eucalyptus”, bem como, tem
promovido a interação entre pesquisadores
IPEF – Instituto de Pesquisas e Estudos
estrangeiros e vários docentes, alunos e
Florestais: tem promovido projetos científicos
pesquisadores do LCF/ESALQ.
em diversas linhas de pesquisas, com a
docentes,
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa
pesquisadores e alunos da ESALQ e de
Agropecuária (Sudeste): tem contribuído para
outras instituições de ensino. Além disto,
a coordenação e a produção científica do
presta grande contribuição no programa de
projeto
melhoramento
Estações
Leguminosas
Experimentais. Esta parceria possibilita a
Silvopastoril”.
participação
de
vários
genético
das
“Produtividade
Forrageiras
de
Espécies
para
Sistema
interação nos projetos de pesquisas entre a
Universidade e várias empresas privadas do
 Instituições de Ensino:
setor florestal.
UNESP – Universidade do Estado de São
FEALQ – Fundação de Estudos Agrários Luiz
Paulo – Campus de Botucatu e Sorocaba:
de
no
participação em vários projetos de pesquisa e
gerenciamento e no desenvolvimento de
promovem aulas práticas nas 2 Estações
diferentes projetos de pesquisas.
Experimentais.
CENA – Centro de Energia Nuclear na
UEMS – Universidade Estadual do Mato
Agricultura:
Grosso do Sul – Cassilândia: participação nos
Queiroz:
tem
tem
participado
participado
em
vários
projetos temáticos e, com isto, tem promovido
a
interação
do
LCF
com
programas de estágios.
outros
departamentos da ESALQ e com outras
NCSU – North Caroline State – EUA:
instituições nacionais e internacionais.
participação nos programas de estágios e em
projetos temáticos.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
33
2014
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
AgroParisTech
(Cursus
Agronome)
–
Paris/França: participação nos programas de
 Instituições Públicas (Extensão):
estágios e em projetos temáticos.
FIRA – Faculdade Integrada Regional de
Avaré
–
Avaré/SP:
participação
nos
programas de estágios.
PM
-
Prefeitura
participação nos programas de estágios.
de
Itatinga:
participação nas atividades do Programa de
Educação
Ambiental,
Secretarias
FAIT – Faculdade de Itapeva – Itapeva/SP:
Municipal
de
Meio
por
meio
Ambiente
das
e
de
Educação.
SABESP
–
Companhia
de
Saneamento
Básico do Estado de São Paulo: agente
ILES/ULBRA – Instituto Luterano de Ensino
fomentador do projeto temático sobre uso de
Superior – Itumbiará/GO: participação nos
biossólido
programas de estágio.
(PROBIO).
em
plantações
florestais
Escola Técnica Estadual “Presidente Costa e
Silva” – Irati/PR: participação nos programas
CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica
de estágio.
Integral do Estado de São Paulo: agente
fomentador do projeto temático sobre uso
Escola
Técnica
Estadual
“Prefeito
José
múltiplo de espécies de Eucalyptus (TUME).
Coury” – Rio das Pedras/SP: participação nos
programas de estágio.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
34
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
3. USO MÚLTIPLO FLORESTAL Como estratégia administrativa por parte do LCF da ESALQ/USP para manter
a excelência na qualidade dos serviços prestados pela EECF-Iatinga à
sociedade, bem como, para garantir o bem-estar e a segurança dos seus
usuários e frequentadores, as áreas experimentais também têm sido utilizadas
para a geração de bens madeireiros e não madeireiros.
Além do melhor
aproveitamento destas áreas, isto tem viabilizado economicamente a
conservação geral do patrimônio da USP, realizando-se: a manutenção
silvicultural das áreas experimentais; a manutenção e conservação das
infraestruturas; a aquisição de bens e equipamentos; o controle de pragas e
doenças; entre outras realizações. Além disso, o sucesso do uso múltiplo das
áreas experimentais tem sido uma grande ferramenta de extensão como
modelo para outras propriedades rurais.
Departamento de Ciências Florestais/ESALQ
35
Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
O uso múltiplo florestal das áreas
experimentais da EECF-Itatinga, incluindo as
plantações de Eucalyptus na área arrendada
em
regime
especial
para
empresa
reflorestadora, tem gerado receitas industriais
que são administradas pela USP/ESALQ e
que são usadas para: i) restauração,
ampliação
e
manutenção
de
sua
infraestrutura (sede, laboratórios, galpões,
alojamentos,
viveiro
florestal,
postos
metereológicos,
estradas
rurais),
ii)
conservação e restauração das reservas
ecológicas, iii) apoio logístico a aulas práticas
e a rede experimental, iv) sistema de
prevenção e controle de incêndios, v) controle
de doenças e pragas florestais.
Os principais produtos madeireiros são lenha
e tora. Esses produtos provêm de desbastes
esporádicos dos plantios experimentais, seja
por motivos técnicos para promover a
condução silvicultural da floresta ou para a
retirada de árvores condenadas dos plantios
que apresentam danos físicos ou aspectos
fitossanitários indesejáveis. Tendo em vista
que o manejo florestal da área arrendada tem
a finalidade de produzir madeira, a receita
gerada nessa área também é computada
como parte da produção madeireira.
O manejo das áreas experimentais também
geram
os
seguintes
produtos
não
madeireiros: sementes de espécies arbóreas
nativas e exóticas, mel, resina de pinus e
mudas. A produção de sementes é o sistema
mais antigo de produção não madeireira. As
sementes são subprodutos do manejo das
áreas experimentais do programa temático de
melhoramento genético de espécies tropicais
e subtropicais. As mudas de espécies
arbóreas que são produzidas no viveiro
florestal, cuja capacidade de produção é de
700.000 mudas por ano, também fazem parte
dos produtos não madeireiros. Apesar das
mudas serem prioritariamente destinadas
para as pesquisas, sempre que possível, uma
parte da produção do viveiro é destinado ao
mercado consumidor da região.
Figura 22. Exemplos dos produtos madeireiros e não madeireiros gerados nas áreas experimentais
da EECF-Itainga-LCF/ESALQ-USP.
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4. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS Com base no conteúdo desse relatório, depreende-se que a EECFItatinga é eficiente e de enorme valor socioambiental, com
expressiva repercussão no âmbito local, regional, nacional e
internacional. Nela são desenvolvidas diversas atividades de
ensino, pesquisa e extensão relacionadas à fauna, à flora, aos
recursos hídricos e aos serviços ecossistêmicos em áreas naturais
e florestadas com espécies nativas e exóticas, frutos de 25 anos de
empenho de docentes, funcionários e estudantes da ESALQ e
várias outras entidades parceiras.
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Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (Relatório Executivo)
2014
A distribuição estratégica das diferentes
Essa expressiva diversidade da fauna se
formas de ocupação do solo, que tem como
deve, em grande parte, a conservação
base princípios ecológicos e técnicos de uso
ambiental e a restauração vegetal das áreas
sustentável dos recursos naturais, contribuiu
de preservação permanente e de reserva
para a formação e preservação de amplo
legal, que juntas constituem 565,0 ha de
mosaico edáfico, hídrico e vegetativo, com
Reservas Ecológicas da USP, que foram
espécies nativas e exóticas, que, por sua vez,
estabelecidas pelas Portarias Nos. 5.648 e
tem
5.837, de junho e setembro de 2012,
prestado
relevantes
serviços
ecossistêmicos.
respectivamente, (Figura 4).
Por exemplo, a EECF-Itatinga abriga rica
Na EECF-Itatinga, grande parte das áreas
diversidade
grande
destinadas às Reservas Ecológicas/USP é
heterogeneidade de ambientes, como as
composta por antigas unidades de produção
áreas de vegetação ripária e reserva legal, e
florestal, que foram plantadas com Eucalyptus
as
outras
saligna a mais de 60 anos. Com o declínio da
espécies exóticas, confere uma gama de
Companhia Ferroviária do Estado de São
diversidade ecológica para abrigar a fauna.
Paulo na década de 1960, com a ampliação
Em nossas pesquisas foram registradas 27
da
espécies
oito
Permanente pela Lei 7.511 em 1986 e pela
ameaçadas de extinção e quatro espécies
imposição pela Lei 7.803 de 1989 da
carnívoras, todas bastante exigentes em
averbação da Reserva Legal na matrícula das
termos de qualidade ambiental. A onça-parda
propriedades rurais, a vocação dessas áreas
(Puma concolor) e o lobo-guará (Chrysocyon
passou
brachyurus) são exemplos de carnívoros que
ambiental. Por isso, esses antigos plantios
frequentemente são observados no interior de
ficaram praticamente abandonados ao longo
áreas
florestais.
dos últimos 40 anos. A predominância de
Também foram registradas 129 espécies de
Eucalyptus não foi impedimento para o
aves, três das quais estão em risco de
estabelecimento e o desenvolvimento de
extinção em São Paulo: o curió (Sporophila
regeneração natural de espécies de cerrado e
angolensis), o azulão (Cyanoloxia brissonii) e
de cerradão no sub-bosque. Assim, hoje
a jacupemba (Penelope superciliaris). A
essas florestas se encontram com árvores
presença dessa fauna indica o bom estado de
adultas de eucalipto no estrato superior e com
conservação ecológica de fragmentos de
expressiva vegetação nativa no sub-bosque.
Mata Atlântica e de Cerrado existentes na
Além dessas áreas com cobertura florestal,
área, os que estão em melhor estado de
fazem
preservação na região.
algumas áreas de cerrado que se encontram
de
plantações
de
naturais
vertebrados.
com
eucalipto
mamíferos,
e
A
e
sendo
plantações
largura
de
parte
das
Áreas
produtiva
das
de
para
Reservas
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Preservação
conservação
Ecológicas
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em regeneração e, também, algumas áreas
de uso e ocupação do solo em toda a
ripárias marginais aos cursos d’água que
extensão da EECF-Itatinga tem sido uma das
foram plantadas há mais de 15 anos para
expressivas
restauração da cobertura florestal. Nesse
desenvolvimento sustentável na região. Para
contexto, as Reservas Ecológicas compõem
que ela continue prestando esses serviços e
um mosaico de vegetação que além de
funções, é essencial que sua integridade
beneficiar o meio ambiente, também promove
territorial
condições
de
preservados. Qualquer mudança física no uso
atividades de extensão e de educação
do solo promoverá o desequilíbrio ambiental e
ambiental.
ocasionará sérios danos ao sistema de
favoráveis
à
realização
Com tudo o que foi exposto ao longo desse
documento, conclui-se que a gestão integrada
e
contribuições
patrimônio
para
ecológico
o
sejam
ensino e pesquisa da USP e instituições
parceiras, comprometendo as diretrizes de
trabalho em execução há 25 anos.
Figura 23. Exemplares da fauna brasileira que são encontrados nas Reservas Ecológicas/USP da
EECF-Itatinga: A) Chrysocyon brachyurus – lobo-guará; B) Myrmecophaga tridactyla –
tamanduá-bandeira; C) Puma concolor – suçuarana; e D) Herpailurus yaguarondi –
gato-mourisco.
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