vestir-se bem dá trabalho

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vestir-se bem dá trabalho
Vestir-se bem dá trabalho!
... E até um salário melhor. Consultores de imagem dão dicas preciosas.
Caso alguém ainda não saiba, aqui vai uma realidade da vida: aparência conta pontos no campo
profissional. Um visual impecável e condizente com o ambiente de trabalho ajuda na imagem,
impulsiona a carreira e pode influir até na remuneração. Da mesma forma que qualquer profissional
hoje deve aprimorar constantemente seus conhecimentos, o modo de vestir também pode sempre
melhorar.
Nesta reportagem, VEJA pediu a duas especialistas para incrementar o visual de profissionais de
quatro áreas. Silvana Bianchini, da Dresscode Consultoria de Imagem, avaliou a equipe feminina de um
consultório dentário, além da empresária Clarissa Masullo e da vendedora de uma de suas duas lojas de
decoração. Ilana Berenholc, consultora de imagem, observou funcionárias graduadas de uma instituição
financeira e a vereadora paulistana Tita Dias, junto com uma de suas assessoras parlamentares. Como
pode ser visto nas fotos menores, todas se vestiam corretamente, sem cometer nenhum absurdo. O
que as especialistas fizeram foi acrescentar estilo, sofisticação e "acabamento". A diferença é como
exibir no currículo um diploma por uma faculdade regular ou um MBA de categoria internacional.
Aprenda com elas.
Um visual desses? Não tem preço!
Elas lidam com muito dinheiro e
precisam
estar
sempre
prontas
para
almoçar com presidentes de empresas ou
comparecer ao coquetel de um cliente
importante. A imagem que passam está
diretamente
empresa.
No
ligada
grupo
à
imagem
da
MasterCard,
o
ambiente nos escritórios não chega a ser
formal, embora casual mesmo só seja
permitido às sextas-feiras (ainda assim,
com restrições). A diretora de marketing
Cristina Paslar, 32 anos, fez do infalível
terninho preto seu uniforme. Errar, não erra, mas chega uma hora em que a repetição cansa – é aí que
o vestido tipo envelope com camisa por baixo promove a variação chique, arrematada pelo corte de
cabelo mais caprichado. O escarpim de bico fino e salto alto pode exigir um certo espírito de sacrifício,
mas confere elegância incomparável.
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A colega Stefânia Dzwiggalska, 26 anos, analista de marketing, acha difícil conciliar o
ambiente de trabalho com seu estilo descontraído. Nesse caso, a blusa com recortes assimétricos dá o
toque diferente, completada pelo menos convencional blazer de veludo claro. Para a gerente de
promoções Cristiane Ferreira, 29 anos, um simples trato nos cabelos – corte repicado, tom chocolate
– compôs um visual mais marcante, que a saia com recorte também valoriza. Recortes bem planejados,
como se vê (nada parecido com babados nem com fendas, por favor), são um truque eficiente para
amenizar a formalidade em ambiente muito sério.
Um Toque do Oriente
As duas lojas da empresária Clarissa Masullo, 33 anos,
são
especializadas
em
móveis
e
objetos
importados
da
Indonésia. Clarissa costuma permanecer no escritório a maior
parte do tempo, mas, mesmo assim, "gostaria de ter um pouco
mais a cara da loja". Para evitar qualquer risco de parecer
fantasiada, foi introduzido um toque oriental cuidadosamente
calibrado. O terninho creme respeita o estilo clássico da
empresária; o xale com bordados, que passa ao redor do
pescoço, esconde-se sob o blazer e aparece novamente sobre a
calça, é o elemento de impacto – e ainda disfarça os quadris.
Para a vendedora Luciana Dias, 31 anos, o cuidado de passar
uma imagem condizente com os produtos que está vendendo é
mais importante ainda. Em vez dos tons claros e da jaqueta esportiva, a blusa preta tem gola à
chinesa. Fundamental para quem passa o dia de pé é usar sapatilhas confortáveis. Por fim, o rabo-decavalo troca de lugar: vai para a cabeça de Luciana (que deve mesmo domar quaisquer fios errantes),
enquanto Clarissa realça a elegância com cabelo solto e escovado.
Madame não, por favor
A vereadora petista Tita Dias, 46 anos, de São Paulo,
tem um estilo, como ela mesmo diz, "mais relaxado", e muitas
dúvidas sobre a maneira correta de se vestir. "Num mesmo dia,
eu me reúno com um secretário e visito uma favela", conta.
"Tita usa roupas que não transmitem a autoridade de seu
cargo", diagnosticou Ilana Berenholc. No dia em que se
encontraram, a estampa floral, o decote e o cabelo solto, caindo
no rosto, eram as principais áreas problemáticas. Para não ficar
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parecendo madame, grande temor de Tita, a consultora escolheu um blazer com zíper e prendeu os
cabelos num jovial rabo-de-cavalo. Os tons claros também suavizam o visual. A assessora Lilian
Bento, 25 anos, pela idade tem espaço para usar uma esportiva jaqueta cargo feita de tecido refinado.
Por sugestão do cabeleireiro Marcelo Cavalcante, Lilian repicou o cabelo em volta do rosto, para dar
forma ao penteado.
Tudo neutro, mas não sem graça
As dentistas Poliane Jabur, 28 anos, e Ana Paula Caleiro, 39,
bem que gostariam de trabalhar com roupas coloridas e acessórios
descolados. Mas, na hora de atender os pacientes, quanto menos
penduricalhos e interferência nas roupas, melhor. O branco total é a opção
ideal para quem não usa avental – dá a idéia de limpeza e cuidado que um
paciente espera de uma profissional da área de saúde. Camisetas sem
mangas também devem ser evitadas. O salto é permitido, mas os tamancos
de Poliane, que deixavam os dedos de fora, não. Ana Paula costuma
atender a chamados de emergência e para ela avental é fundamental.
Mesmo sob ele, no entanto, vão melhor as roupas de tons claros, sem
acessórios pesados (como o cinto metálico que ela usava antes). O vestido
fino com coletinho sobreposto segue as regras fundamentais, mas ganha
em estilo. Para atender um paciente-surpresa no consultório, basta trocar o
colete pelo jaleco. Também para a recepcionista Selma Costa, 20 anos, as roupas em tom claro são
mais indicadas. Como não lida fisicamente com pacientes, pode até deixar de fora os dedinhos do pé.
Obrigatório mesmo é manter o cabelo preso e usar maquiagem leve, uma regra válida para todas as
moças que ocupam essa função.
Fonte: Revista Veja Mulher
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